CISS - Centro de Informação em Saúde Silvestre - Baleia Jubarte é … · 2017-09-27 · De...
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De acordo com os especialistas esse eacute o segundo registro de encalhe de Jubarte em 2017 na regiatildeo entre Marauacute e Una e sexto no estado da Bahia Encalhes desta espeacutecie satildeo comuns no litoral brasileiro neste periacuteodo pois as Jubartes migram das Ilhas Geoacutergia do Sul EUA para o litoral da Bahia normalmente entre julho e outubro em bus-cas das aacuteguas mais quentes para reproduccedilatildeo Durante a migraccedilatildeo alguns animais morrem por enfermidades colisotildees com embarcaccedilotildees e emalhes acidentais em redes de pesca
Entrevista Rian Pereira da SilvaSISS-Geo auxilia o monitoramento de animais marinhos em projetos de pesquisa
Rian Pereira da Silva eacute oceanoacutegrafo mestre em geociecircncias e doutor em geologia Nasceu em Porto Alegre (Rio Grande do Sul) e em Olivenccedila (Ilheacuteus-BA) onde reside atua como Diretor Pre sidente do Instituto Marola Rian usa o SISS-Geo para auxiliar seu trabalho e em 2016 foi o segundo colaborador com mais re gistros enviados em todo o Brasil
Clique no botatildeo ao lado para visualizar este e outros registros no mapa online
Fontes da informaccedilatildeo e fotos Instituto Marola Projeto (a)mar
Baleia Jubarte eacute encontrada morta por teacutecnicos dos projetos Marola e (A)mar na Praia dos Lenccediloacuteis litoral de Una Sul da Bahia
Uma baleia jubarte (Megaptera novaeangliae) foi encontrada morta na manhatilde de segunda-fei-ra (240717) na Praia dos Lenccediloacuteis (Municiacutepio de Una) litoral sul da Bahia O animal foi avistado por populares que acionaram o Instituto Marola e o Projeto (a)mar ambos atuam com conser-vaccedilatildeo marinha na regiatildeo Sul da Bahia monito-rando praias entre Serra Grande Olivenccedila e en-torno Os especialistas dos projetos Rian Pereira da Silva (Oceanoacutegrafo) Stella Tomaacutes (Bioacuteloga) e Wellington Laudano (Meacutedico Veterinaacuterio) foram no local do encalhe e identificaram uma fecircmea de aproximadamente 10 metros de comprimen-to com algumas escoriaccedilotildees e hematomas na regiatildeo da mandiacutebula A causa da morte ainda era desconhecida
CISS - Quais foram as accedilotildees apoacutes o aparecimento da baleia na praia de LenccediloacuteisRian - Como jaacute fizemos monitoramento voluntaacuterio anteriormente fomos avisados pelos morados da regiatildeo e nos dirigimos ao local A ocorrecircncia foi comunicada ao Ibama e a informaccedilatildeo circulou por canais de comunicaccedilatildeo (blogs) e miacutedia dando repercussatildeo ao fato O registro e fotos foi enviado pelo aplicativo do SISS-Geo (Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre)
CISS - Qual a importacircncia do monitoramento da baleia Jubarte e outros animais marinhos Rian - O monitoramento permite o levantamento dos tipos de espeacutecies que ocorrem na nossa zona costeira bem como a sua distribuiccedilatildeo sazonal e espacial e quando possiacutevel determinar a causa da morte
CISS - Qual a contribuiccedilatildeo do SISS-Geo para o mo nitoramento marinhoRian - O uso do aplicativo SISS-Geo permite monitorar a sauacutede de animais silvestres e em especial os animais marinhos neste caso O aplicativo permite realizar o registro fotograacutefico e a sua localizaccedilatildeo em imagens de sateacutelite possibilitando desta forma a distribuiccedilatildeo espacial das ocorrecircncias Todos as ocorrecircncias fazem parte de um banco de dados que possibilita fazer anaacutelises mais detalhadas e consequentemente entender as provaacuteveis causas de aparecimentos de animais marinhos vivos debilitados ou mortosComo ferramenta de gestatildeo assim como o Instituto Marola outras ongrsquos como o Projeto (a( mar fazem comparaccedilotildees de levanta-mentos com as ocorrecircncias no SISS-Geo
BOLETIM INFORMATIVO
BI - CISS009 Setembro
2017
wwwbiodiversidadecissfiocruzbrfacebookcomsaudesilvestre
Baleia Jubarte eacute encontrada morta por teacutecnicos dos projetos Marola e (A)mar na Praia dos Lenccediloacuteis litoral de Una Sul da Bahia
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O aumento do nuacutemero de casos de Febre Amarela em 2017 despertou a atenccedilatildeo das autoridades em sauacutede do Paiacutes Combatida por Oswaldo Cruz no iniacutecio do seacuteculo 20 e erradicada dos grandes centros urbanos desde 1942 a doenccedila voltou a assustar os brasileiros com a prolife-raccedilatildeo de casos de febre amarela silvestre nos uacuteltimos meses Esta zoonose que no seu ciclo silvestre circula entre primatas eacute mo-nitorada pelo Sistema de Vigilacircncia de Epizootias em Primatas Natildeo Humanos (PNH) do Ministeacuterio da Sauacutede O sistema eacute res ponsaacutevel por captar informaccedilotildees sobre adoecimento ou morte de PNH e investigar adequadamente esses eventos com a finalidade de subsidiar a to-mada de decisatildeo para a adoccedilatildeo de medidas de prevenccedilatildeo e de controleTendo em vista a importacircncia de se aliar o controle sanitaacuterio e agrave con-servaccedilatildeo ambiental para monitorar a Febre Amarela entre ou tras doenccedilas vetoriais o Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre da Fio cruz contribui como ferramenta de apoio para a vigilacircncia de epi-zootias oferecendo dados para setores responsaacuteveis e tambeacutem para especialistasAs informaccedilotildees registradas no SISS-Geo satildeo armazenadas em bancos de dados que se re lacionam com mais de 30000 camadas temaacuteticas (ambientais censitaacuterias sociais econocircmicas agropecuarias climaacuteti-casentre outras) adquiridas de di ferentes i nstituiccedilotildees governamentais brasileiras e estrangeiras para a co nstruccedilatildeo de modelos computacio-nais baseados em dados para previsatildeo de zoonoses A partir do re-gistro de um animal morto doente ou com comportamento anormal o sistema o identifica automaticamente e gera alerta em tempo real O fato eacute comunicado ao setor governamental responsaacutevel para que sejam to madas providecircnciasDe outubro de 2016 agrave agosto de 2017 109 regis-tros de primatas foram enviados por colaboradores ao SISS-Geo em 13 estados brasileiros (mapas abaixo) Destes 719 estavam vivos e 281 mortos Entre os registros enviados encontram-se as espeacutecies Callithrix jacchus Ca llithrix aurita Callithrix penicillata Sapajus nigritus Alouata guariba clamintans Leontophitecus rosalia Callicebus cinerascensO Centro de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre da Fiocruz contribui com a vi gilacircncia de epizootias comunicando a ocorrecircncia de registros aos respectivos oacutergatildeos Patrulha Ambiental Vigilacircncia Am biental e Secre-tarias de Sauacutede
Fontes da mateacuteria Portal Fiocruz - Febre Amarela Guia de vigilacircncia de epizootias em primatas natildeo humanos e entomologia aplicada agrave vigilacircncia da febre amarela Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede
Fontes da mateacuteria Portal Fiocruz - Febre Am-arela Guia de vigilacircncia de epizootias em primatas natildeo humanos e entomologia aplica-da agrave vigilacirc
Registros primatas natildeo humanos enviados pelos colaboradores do SISSGeo
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Registros de primatas no SISS-Geo contribuem para vigilacircncia de epizootias no Brasil
Registro enviado do Rio de Janeiro por Gabriela Heliodoro em setembro2017
Registro enviado de Santareacutem - PA por Aladilson Assunccedilatildeo em marccedilo2017
Registro enviado de Santareacutem - PA por Jadson Caetano Azulay em julho2017
Registro enviado da Pedra do Sino - RJpor Pheterson Godinho em maio2017
Apoacutes a entrada do viacuterus da Febre Amarela no Brasil nos anos 1600 a transmissatildeo entre mosquitos e primatas se dispersou pelo Paiacutes e a doenccedila se estabeleceu de forma endecircmica na Amazocircnia Nesta regiatildeo em razatildeo da alta cobertura vaci-nal se observa casos isolados em indiviacuteduos residentes ou vi sitantes natildeo vacinados Na regiatildeo extra-Amazocircnica a febre amarela se apresenta em surtos precedidos de epizootias em ciclos irregulares e se dispersou nas regiotildees Centro-Oes-te Sudeste e Sul do Paiacutes O recente evento epidecircmico da doenccedila teve como ponto de dispersatildeo as regiotildees de Goiaacutes e Tocantins com registros a partir de julho de 2014 seguindo nos sentidos sul e sudeste do paiacutes quando afetou as aacutereas de fragmentos florestais e matas de galerias do centro-oeste de Minas Gerais com registros oficiais de epizootias a partir de outubro de 2016 Os registros foram progressivamente e em curto periacuteodo de tempo acrescidos de novos casos atingindo em ordem cronoloacutegica Minas Gerais Espiacuterito Santo Satildeo Paulo e Rio de Janeiro Estes estados tiveram a maior representatividade (99 dos casos confirmados ndash Informe COES ndash Febre Ama-rela ndeg 432017) no recente evento epidecircmico que alcanccedilou o status de maior surto de febre amarela nas uacuteltimas deacuteca-dasA emergecircncia de doenccedilas oriundas de animais silvestres estaacute fortemente associada agraves alteraccedilotildees ambientais incluindo mudanccedilas climaacuteticas impactos naturais e antropogecircnicos (Estrada-Pentildea et al 2014) As alteraccedilotildees ambientais que promovem a fragmentaccedilatildeo e o isolamento dos ecossiste-mas naturais satildeo as principais causas da perda da biodiversi-dade pois resultam na perda de habitats e na simplificaccedilatildeoreduccedilatildeo da diversidade bioloacutegica dos ecossistemas Estudos recentes mostraram o efeito de diluiccedilatildeo da biodiversidade na modulaccedilatildeo dispersatildeo e dinacircmica de transmissatildeo de
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Febre amarela silvestre no contexto das mudanccedilas ambientaisLiacutevia Abdalla e Marcia Chame
patoacutegenos especialmente nas doenccedilas transmitidas por ar-troacutepodes (Keesing et al 2006 Xavier et al 2012 Poulin amp Forbers 2012 Stephens et al 2016) A transmissatildeo da Febre Amarela Silvestre (FAS) eacute complexa pois envolve centenas de espeacutecies de hospedeiros e mos-quitos vetores Dentre as condiccedilotildees ambientais relacionadas e que podem ter favorecido a raacutepida transmissatildeo no sen-tido Sul e Sudeste do paiacutes algumas hipoacuteteses podem ser aventadas dentre elas a fragmentaccedilatildeo de habitats naturais promovida principalmente pela accedilatildeo antroacutepica as mudanccedilas climaacuteticas regionais favorecendo o aumento populacional de vetores mudanccedilas geneacuteticas no viacuterus alterando o papel de espeacutecies hospedeiras e vetores na transmissatildeo alteraccedilotildees populacionais de primatas e possivelmente de outras es-peacutecies nas aacutereas afetadas dentre outras hipoacutetesesAs regiotildees do Sudeste nas quais ocorrem o atual surto de febre amarela satildeo aacutereas de Mata Atlacircntica ou de transiccedilatildeo Mata Atlacircntica-Cerrado Historicamente estas fitofisiono-mias passaram por intenso processo de degradaccedilatildeo da ve-getaccedilatildeo mas se manteacutem em pequenas e meacutedias porccedilotildees de fragmentos florestais (Fundaccedilatildeo SOS Mata Atlacircntica 2015) Apesar do periacuteodo de reversatildeo na tendecircncia de queda do desmatamento nos uacuteltimos anos no periacuteodo de 2015-2016 o desmatamento de acordo com os estudos da SOS Mata Atlacircntica (2017) cresceu 60 em um ano Isso significa a perda de 29075 ha de mata nos dezessete estados do bioma ndash o que representa aumento de 577 em relaccedilatildeo ao periacuteodo anterior (2014-2015) Os iacutendices de 2015-2016 satildeo comparaacuteveis ao periacuteodo de 2005 a 2008 uacuteltimo periacuteodo epidecircmico da febre amarela (2007-2009) Neste estudo os quatro estados do Sudeste com surto de febre amarela to-talizaram 8475 ha de desmatamento 29 do desfloresta-mento total da Mata Atlacircntica no periacuteodo incrementado
zoonoses
FEBRE AMARELA SILVESTRE
Mosquito Hemagogo
Macaco Bugio
Foto mosquito Fiocruz Foto Bugio Maria Luacutecia Cardoso
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pela produccedilatildeo agropecuaacuteria produccedilatildeo de carvatildeo e conversatildeo das aacutereas florestadas em aacutereas de monoculturas de eucalipto O desmatamento gera impactos negativos para os primatas (dos gecircneros Callithrix Alouatta Cebus Ateles Aotus Saimiri Sapajus) que sobrevivem nessas pequenas porccedilotildees florestais como por exemplo a concentraccedilatildeo de indiviacuteduos o que fa-vorece a transmissatildeo do viacuterus pelos vetores a competiccedilatildeo in-tra e interespeciacutefica e o estresse promovido pela li mitaccedilatildeo de alimentos espaccedilo entre outros recursos vitais que atrelados podem promover a alteraccedilatildeo da imunidade indivi dual tor-nando-os suscetiacuteveis agraves infecccedilotildees a dispersatildeo para outras aacutereas em busca de melhores condiccedilotildees o que pode aumentar o estresse e a dispersatildeo viral As alteraccedilotildees no regime de chuvas e temperaturas provo-cadas pelas mudanccedilas climaacuteticas regionais interferem dire-tamente na vida silvestre No ciclo de transmissatildeo da febre amarela chuvas isoladas e temperaturas elevadas favorecem a reproduccedilatildeo e disseminaccedilatildeo dos principais gecircneros de mos-quitos transmissores da Febre Amarela Silvestre Haemagogus e Sabethes que habitam aacutereas de mata fechada ou as bordas das matas e depositam seus ovos em cavidades de troncos de aacutervores e em bromeacutelias que acumulam aacutegua das chuvas A temperatura elevada favorece a replicaccedilatildeo viral nos veto-res o que contribui para altas taxas de carga viral tanto nos mosquitos quanto nos primatas tornando-os amplificadores (Almeida et al 2016) Nos ambientes naturais ainda se faz necessaacuterio a identificaccedilatildeo do papel de cada espeacutecie de prima-ta na manutenccedilatildeo do viacuterus na natureza bem como de outras espeacutecies como preguiccedilas morcegos marsupiais e eventual-mente ainda outros mamiacuteferosAleacutem do desmatamento e das mudanccedilas climaacuteticas outros fatores podem estar relacionados agrave dinacircmica do surto re-cente de Febre Amarela Silvestre Estudos recentes mostram a emergecircncia de novas alteraccedilotildees geneacuteticas no viacuterus aleacutem
da transmissatildeo transovariana do viacuterus (Bonaldo et al 2017 Almeida et al 2016 De Souza et al 2010) Deve-se considerar tambeacutem a necessidade de estudos aprofundados do impacto da introduccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras como eacute o caso do Callithrix jacchus que por sua capacidade de dispersatildeo e colonizaccedilatildeo de ambientes antropizados podem ampliar a ve-locidade e aacuterea de circulaccedilatildeo do viacuterus Em siacutentese observa-se que nas regiotildees onde o surto iniciou as condiccedilotildees ambientais ofereceram extensas aacutereas com frag-mentos florestais irregulares menores que 5 ha e proacuteximos entre si elevaccedilatildeo das temperaturas meacutedias observadas em 2016 com incremento de 06 a 15degC (INMET 2017) anor-malidade no periacuteodo seco seguido de chuvas isoladas no fim de 2016 e iniacutecio de 2017 populaccedilotildees de primatas e mosqui-tos habitantes dos fragmentos e proximidade de populaccedilotildees humanas e suas atividadesApesar das evidecircncias da convergecircncia destes fatores para a inauguraccedilatildeo do atual evento epidemioloacutegico muitas lacunas e perguntas ainda faltam ser respondidas para a compreensatildeo da rapidez e da extensatildeo alcanccedilada pelos casos de Febre Ama-rela Silvestre no sudeste do Paiacutes Dentre elas vale o aprofun-damento na investigaccedilatildeo da evoluccedilatildeo filogeneacutetica do viacuterus no papel das espeacutecies hospedeiras na manutenccedilatildeo e amplifi-caccedilatildeo viral e sua dinacircmica de dispersatildeo entre os fragmentos florestais a compreensatildeo do efeito da fragmentaccedilatildeo flores-tal e das mudanccedilas climaacuteticas nos habitats das espeacutecies inte-grantes ao ciclo da febre amarela a construccedilatildeo de modelos de previsatildeo sobre a dinacircmica de distribuiccedilatildeo geograacutefica da febre amarela e outras arboviroses A partir dessas pesquisas seraacute possiacutevel identificarconfirmar as condiccedilotildees ambientais fa-voraacuteveis agrave infecccedilatildeo prever os caminhos de disseminaccedilatildeo da doenccedila apoiar as tomadas de decisatildeo poliacuteticas e direcionar os esforccedilos de vigilacircncia e imunizaccedilatildeo das populaccedilotildees humanas nas regiotildees mais vulneraacuteveis
zoonoses Febre Amarela Silvestre continuaccedilatildeo
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
Almeida PS Silva JO Ramos EP Batista PM Faccenda O De Paula MB Monteiro AO Mucci LF Vector aspects in risk areas for silvatic yellow fever in the state of Mato Grosso do Sul Brazil Rev Patol Trop 45 (4)398-411 2016 Disponiacutevel em httpsrevistasufgbriptsparticledownload4460222046Bonaldo M C Goacutemez MM Santos AAC Abreu FVS Ferreira-De-Brito A Miranda RM Castro MG Oliveira RL Genome analysis of yellow fever virus of the ongoing outbreak in Brazil reveals polymorphisms Mem Inst Oswaldo Cruz112 (6) 447-451 2017 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S007402762017000600447amplng=enampnrm=isoDe Souza R P Foster P G Sallum M A M Coimbra T LM Maeda A Y Silveira V R Moreno E S da Silva F G Rocco I M Ferreira I B Suzuki A Oshiro F M Petrella S MCN Pereira L E Katz G Tengan C H Siciliano M M dos Santos C LS Detec-tion of a new yellow fever virus lineage within the South American genotype I in Brazil J Med Virol 82 175ndash185 2010 doi101002jmv21606Estrada-Pentildea A Ostfeld R S Peterson A T Poulin R Fuente J Effects of Environmental change on zoonotic disease risk an eco-logical primer Trends in Parasitology 30 (4)205-214 2014 Disponiacutevel em httpwwwcellcomtrendsparasitologyabstractS1471-4922(14)00032-4Fundaccedilatildeo SOS Mata Atlacircntica Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlacircntica periacuteodo 2015-2016 Satildeo Paulo 2017 69p Fundaccedilatildeo SOS Mata Atlacircntica Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlacircntica periacuteodo 2013-2014 Satildeo Paulo 2015 60p INMET ndash Instituto Nacional de Meteorologia Banco de Dados Meteoroloacutegicos para Ensino e Pesquisa Anomalias de temperaturas meacutedias 2016 Disponiacutevel em httpwwwinmetgovbr Keesing F Holt R D Ostfeld R S Effects of species diversity on disease risk Ecology Letters 9 485-495 2006 Poulin R Forbes M Meta-analysis and research on host-parasite interactions past and future Evol Ecol 261169-1185 2012 Stephens PR AltizerS Smith KF Aguirre AA Brown JH Budischak SA ByersJE Dallas TA Davies TJ DrakeJM Ezenwa VO Farrell M Gittleman JL Han BA Huang S Hutchinson RA Johson P Nunn CL Onstad D Park A Vazquez-Proko-pecGM SchmidtJP PoulinR The macroecology of infectious diseases a new perspective on global-scale drivers of pathogen distribution and impacts Ecology Letters 2016 13p doi 101111ele12644 Disponiacutevel em httpswwwresearchgatenetpublica-tion304609813Xavier S D C Roque A L R Lima V S Monteiro K J L Otaviano J C R Lower Richness of small wild mammals species and Chagas disease risk PLoS Neglected Tropical Diseases 6 (5)1-11 2012 Disponiacutevel em httpwwwplosntdsorgarticleinfo3A-doi2F1013712Fjournalpntd0001647
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Haemagogus Fiocruz imagens Foto Josueacute Damacena
Sabethes Fiocruz imagens Foto Raquel Portugal
Aedes aegypti Fiocruz imagens Foto Raquel Portugal
HabitatAmbiente silvestre comomatas (copa das aacutervores)
ou na periferia das florestas
Ambiente silvestre comomatas (copa das aacutervores)
Ambiente urbano e periurbano
(em torno das residecircncias)
Aparecircncia
Haemagogus leucocelaenuscastanho-escuro preto sem
listras brancas nas patasHaemagogus janthinomyscorpo brilhoso e colorido
Colorido metalizado comtons violeta roxo azul e verde (dependendo da
espeacutecie)
Preto com listras brancasno toacuterax e nas patas
HaacutebitoDiurno com maior atividade
para picadas entre meio-dia e o pocircr do sol
Diurno com maior atividadepara picadas entre
meio-dia e o pocircr do sol
Diurno com maior atividadepara picadas no comeccedilo da manhatilde e no final da
tarde mas tambeacutem pode picar agrave noite
Distacircncia de voo A espeacutecie Hg leococelaenuspode voar por cerca de 6 km Natildeo eacute conhecida
Voa usualmente num raio de 40 a 50 metros Pode atingirateacute 600 metros caso precise
Alvo preferencial Macacos mas pode picarhumanos
Macacos mas pode picarhumanos Humanos
Tramissatildeo do viacuterusda Febre Amarela
Somente a fecircmea transmiteResponsaacutevel pela transmissatildeo
no ciclo silvestre
Somente a fecircmea transmiteResponsaacutevel pela transmissatildeo
no ciclo silvestre
Somente a fecircmea transmiteResponsaacutevel pela transmissatildeo
no ciclo urbano
Criadouros eoviposiccedilatildeo
Deposita os ovos na paredeinterna de ocos das aacutervores
e bambus proacuteximo agravelacircmina drsquoaacutegua
Coloca os ovos diretamentesobre a superfiacutecie da aacutegua
acumulada em ocos das aacuter-vores e bambus
Deposita os ovos na parede interna do criadouro
proacuteximo agrave lacircmina drsquoaacutegua Tem preferecircncia por ambientes
artificiais comuns no ambiente urbano pneus caixa drsquoaacutegua bandeja de ar condicionado vaso de planta ralos dentre
outros
Resistecircncia dos ovos
Ficam viaacuteveis para eclosatildeo por cerca de quatro meses
em ambientes secos
Precisam entrar em contato com a aacutegua logo apoacutes a postura Natildeo resistem em
ambientes sem aacutegua
Ficam viaacuteveis para eclosatildeopor cerca de um ano em
ambientes secos
Ciclo de vida(da eclosatildeo do ovo agrave fase adulta)
7 a 10 dias Cerca de um mecircs 7 a 10 dias
Tempo de vida(na fase adulta) Cerca de 30 dias Ultrapassa meses apoacutes
atingir a idade adulta Cerca de 30 dias
zoonoses Febre Amarela Silvestre
Haemagogus Sabethes e Aedes aegypti semelhanccedilas e diferenccedilas Serviccedilo de Jornalismo e Comunicaccedilatildeo Instituto Oswaldo Cruz - IOC
continuaccedilatildeo
A equipe do Programa Institucional Biodiversidade e Sauacutede Sil-vestre (PIBSS) da Fiocruz realizou a uacuteltima fase do projeto Sauacutede silvestre e inclusatildeo digital a parti cipaccedilatildeo comunitaacuteria no monito-ramento da biodiversidade na Reserva Extrativista Tapajoacutes-Arapi-uns no Paraacute e nos municiacutepios de Uruccediluca Ilheacuteus e Itacareacute no sul da Bahia O objetivo desta etapa foi identificar tomadores de decisatildeo locais para engajaacute-los na busca de caminhos para a me-lhoria da qualidade de vida e da sauacutede e para a conservaccedilatildeo da biodiversidade
Fiocruz conclui na Amazocircnia e Bahia projeto lsquoSauacutede silvestre e inclusatildeo digitalrsquo Agecircncia Fiocruz
ParaacuteAo longo de 17 dias de trabalho foram percorridos 2195 km em embarcaccedilatildeo pelos rios Tapajoacutes e Arapiuns Neste percurso foram realizadas 53 oficinas em 27 comunidades-polo ribei-rinhas e indiacutegenas com a participaccedilatildeo de cerca de 1500 pes-soas Os resultados do projeto foram compartilhados com es-pecialistas ONGs e instituiccedilotildees parceiras durante o seminaacuterio Biodiversidade e Sauacutede na Resex Tapajoacutes-Arapiuns desafios para a conservaccedilatildeo e a qualidade de vida realizado no au-ditoacuterio da Universidade Federal do Oeste do Paraacute (Ufopa) em Santareacutem O encerramento do projeto na Resex Tapajoacutes-Arapi-uns aconteceu na sede do Centro Experimental da Floresta Ati-va (Cefa) do projeto Sauacutede Alegria na comunidade do Caratildeo (PA) em 30 de junho
Sul da BahiaNo sul da Bahia foram realizadas oficinas e rodas de conver-sa com agentes da sauacutede indiacutegena e agentes comunitaacuterios de sauacutede que residem em comunidades tradicionais e qui-lombolas no entorno e no interior do Parque Estadual Serra do Conduru Guardas-parque de unidades de conservaccedilatildeo da regiatildeo profissionais de sauacutede professores liacutederes comunitaacuterios es-tudantes de graduaccedilatildeo e poacutes-graduaccedilatildeo e agentes do Bata-lhatildeo Florestal da Bahia discutiram a importacircncia da sauacutede silvestre para a sauacutede humana em quatro cursos com cerca de 200 participantes O encerramento do projeto aconteceu com um sarau em Uruccediluca em 9 de julho
O projeto identificou nos territoacuterios estudados a percepccedilatildeo das pessoas sobre o risco da transmissatildeo e emergecircncia de zoonoses advindos da biodiversidade e os diversos fatores ambientais sociais e conjunturais que favorecem a trans-missatildeo de doenccedilas A equipe levou agraves comunidades locais a proposta de monitoramento da fauna silvestre com participaccedilatildeo cidadatilde com a formaccedilatildeo de colaboradores comunitaacuterios no uso do aplicativo SISS-Geo (Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre) O treinamento permitiraacute a avaliaccedilatildeo e melhoramento do app para uso em aacutereas vulneraacuteveis e distantes
ReconhecimentoTrecircs colaboradores do Paraacute e trecircs da Bahia se destacaram com o maior nuacutemero de registros de animais silvestres envia-dos pelo aplicativo SISS-Geo e foram premiados com um certificado de reconhecimento Gerente do projeto no Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) Alexandre Ferrazoli integrou a equipe na expediccedilatildeo do rio Arapiuns (PA)ldquoDurante dois anos e meio eu acompanhei com muito interesse este projeto e no final tive o prazer de fazer parte por 14 dias da 4ordm Expediccedilatildeo Arapiuns Pude vivenciar a dedicaccedilatildeo o profissionalismo e o carinho com que esta equi-pe executou o projeto Tive o orgulho de me sentir parte desta equipe que me fez sentir a realidade mais de perto e aprender muitordquo disse FerrazoliA equipe multidisciplinar composta de bioacutelogos meacutedicos veterinaacuterios antropoacuteloga cientistas da computaccedilatildeo geoacutegra-fa profissionais de comunicaccedilatildeo design e administraccedilatildeo executou o projeto durante dois anos e sete meses A inicia-tiva recebeu em maio deste ano o Precircmio Nacional de Biodiversidade 2017
Fotos Andreacute Telles
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5a EXPEDICcedilAtildeO - SUL DA BAHIA
A Plataforma Institucional de Biodiversidade e Sauacutede Silvestre (PIBSS) concluiu o projeto Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo digital a participaccedilatildeo comunitaacuteria no Sauacutede silvestre e inclusatildeo digital nos municiacutepios de Uruccedilu-ca Ilheacuteus e Itacareacute no sul da Bahia O objetivo desta etapa foi identificar tomadores de decisatildeo locais para engajaacute-los na busca de caminhos para a melhoria da qualidade de vida e da sauacutede e para a conservaccedilatildeo da biodiversidade
CERTIFICACcedilAtildeO DE TECNOLOGIA SOCIAL
O Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre (SISS-Geo) da Fiocruz foi uma das 173 iniciativas certifica-das pela Fundaccedilatildeo Banco do Brasil em 2017 entre 735 inscritas Em sua nona ediccedilatildeo a premiaccedilatildeo da Fundaccedilatildeo Banco do Brasil tem o objetivo de levantar projetos sustentaacuteveis que possam ser reaplicados em diversas comunidadesO SISS-GEO passa a compor o Banco de Tecnologia Social (BTS) da Fundaccedilatildeo BB que agora conta com 995 iniciativas aptas para reaplicaccedilatildeo
BIODIVERSIDADE FAZ BEM Agrave SAUDE Guia Praacutetico
O livro-guia foi construiacutedo a partir das experiecircncias vividas em muitos trabalhos de campo nas ofici-nas com as comunidades rodas de conversa e pa-lestras realizadas durante o Projeto ldquoSauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital a participaccedilatildeo de comunidades no monitoramento e na aplicaccedilatildeo de boas praacuteticas para o controle e prevenccedilatildeo de zoonoses emergentesrdquo
PREcircMIO NACIONAL DA BIODIVERSIDADE
Em cooperaccedilatildeo com a Secretaria Estadual de Sauacutede do Rio de Janeiro a Fiocruz realizou um painel so-bre febre amarela e monitoramento de primatas em territoacuterio fluminense devido ao recente surto da doenccedila em estados vizinhos O painel que tratou do viacuterus dos vetores dos macacos da doenccedila e da vaci-na vai discutir propostas para o fortalecimento da integraccedilatildeo entre os diversos setores e alinhar accedilotildees para a detecccedilatildeo precoce de macacos mortos e inter-
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LINHA DO TEMPO
JULHO
JULHO
AGOSTOJULHO
2017
PREcircMIO NACIONAL DA BIODIVERSIDADE
O projeto da Fiocruz Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Di-gital participaccedilatildeo comunitaacuteria no monitoramento da biodiversidade foi o vencedor da categoria Oacutergatildeos Puacuteblicos do Precircmio Nacional de Biodiversidade pro-movido pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente A segunda ediccedilatildeo do evento foi realizada em 22 de maio de 2017 no Palaacutecio do Itamaraty em Brasiacutelia no dia em que se comemora o Dia Internacional da Biodiversidade
4a e 5a EXPEDICcedilOtildeES - TAPAJOacuteSARAPIUNS
A Plataforma Institucional de Biodiversidade e Sauacutede Silvestre (PIBSS) concluiu o projeto Sauacutede Silvestre e inclusatildeo digital a participaccedilatildeo comunitaacuteria no Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital na Reserva Extrativista Tapajoacutes-Arapiuns no ParaacuteO objetivo desta etapa foi identificar tomadores de decisatildeo locais para engajaacute-los na busca de caminhos para a melhoria da qualidade de vida e da sauacutede e para a conservaccedilatildeo da biodiversidade
MAIO
JUNHO
PAINEL FEBRE AMARELA
Em cooperaccedilatildeo com a Secretaria Estadual de Sauacutede do Rio de Janeiro a Fiocruz realizou um painel so-bre febre amarela e monitoramento de primatas em territoacuterio fluminense devido ao recente surto da doenccedila em estados vizinhos O painel que tratou do viacuterus dos vetores dos macacos da doenccedila e da vaci-na vai discutir propostas para o fortalecimento da integraccedilatildeo entre os diversos setores e alinhar accedilotildees para a detecccedilatildeo precoce de macacos mortos e inter-cacircmbio de informaccedilotildees
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LINHA DO TEMPO
JANEIRO
2017
TOP COLABORADOR
SISS-Geo premiou os dez colaboradores e estados brasileiros que mais enviaram registros em 2016Desde o seu lanccedilamento em 2014 o Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre SISS-Geo totaliza 937 pessoas cadastradas Os dez colaboradores que mais se destacaram em 2016 satildeo do Rio de Janeiro (3) Bahia (3) Paraacute (3) e Pernambuco (1)
MARCcedilO
REUNIAtildeO RESEX TAPAJOacuteS
Conselho Deliberativo da RESEX Tapajoacutes Arapiuns se reuniu para apresentar resultados de pesquisas na regiatildeo O Conselho possui 48 cadeiras (27 comu-nitaacuterias e 21 natildeo comunitaacuterias) distribuiacutedas entre 76 entidades titulares e suplentes (48 comunitaacuterias e 28 natildeo comunitaacuterias)
FEVEREIRO
OFICINA FEBRE AMARELA - Imprensa
Oficina realizada (104) no campus de Manguinhos no Rio de Janeiro informou profissionais de comuni-caccedilatildeo sobre os diversos aspectos da doenccedila O objetivo era capacitar os jornalistas sobre a enfer-midade jaacute que esses profissionais satildeo muitas vezes responsaacuteveis por levar agrave populaccedilatildeo de forma sim-ples informaccedilotildees atualizadas e apuradas correta-mente
ABRIL
9
PELO CELULAR
PELA WEB
Seja um ator no monitoramento em Sauacutede Silvestre
Plataforma Institucional Biodiversidade Sauacutede Silvestre - FiocruzBoletim Informativo 009 - Setembro 2017Ediccedilatildeo e Textos Marcia Chame Rita Braune
acesse o sitewwwbiodiversidadecissfiocruzbr
O aumento do nuacutemero de casos de Febre Amarela em 2017 despertou a atenccedilatildeo das autoridades em sauacutede do Paiacutes Combatida por Oswaldo Cruz no iniacutecio do seacuteculo 20 e erradicada dos grandes centros urbanos desde 1942 a doenccedila voltou a assustar os brasileiros com a prolife-raccedilatildeo de casos de febre amarela silvestre nos uacuteltimos meses Esta zoonose que no seu ciclo silvestre circula entre primatas eacute mo-nitorada pelo Sistema de Vigilacircncia de Epizootias em Primatas Natildeo Humanos (PNH) do Ministeacuterio da Sauacutede O sistema eacute res ponsaacutevel por captar informaccedilotildees sobre adoecimento ou morte de PNH e investigar adequadamente esses eventos com a finalidade de subsidiar a to-mada de decisatildeo para a adoccedilatildeo de medidas de prevenccedilatildeo e de controleTendo em vista a importacircncia de se aliar o controle sanitaacuterio e agrave con-servaccedilatildeo ambiental para monitorar a Febre Amarela entre ou tras doenccedilas vetoriais o Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre da Fio cruz contribui como ferramenta de apoio para a vigilacircncia de epi-zootias oferecendo dados para setores responsaacuteveis e tambeacutem para especialistasAs informaccedilotildees registradas no SISS-Geo satildeo armazenadas em bancos de dados que se re lacionam com mais de 30000 camadas temaacuteticas (ambientais censitaacuterias sociais econocircmicas agropecuarias climaacuteti-casentre outras) adquiridas de di ferentes i nstituiccedilotildees governamentais brasileiras e estrangeiras para a co nstruccedilatildeo de modelos computacio-nais baseados em dados para previsatildeo de zoonoses A partir do re-gistro de um animal morto doente ou com comportamento anormal o sistema o identifica automaticamente e gera alerta em tempo real O fato eacute comunicado ao setor governamental responsaacutevel para que sejam to madas providecircnciasDe outubro de 2016 agrave agosto de 2017 109 regis-tros de primatas foram enviados por colaboradores ao SISS-Geo em 13 estados brasileiros (mapas abaixo) Destes 719 estavam vivos e 281 mortos Entre os registros enviados encontram-se as espeacutecies Callithrix jacchus Ca llithrix aurita Callithrix penicillata Sapajus nigritus Alouata guariba clamintans Leontophitecus rosalia Callicebus cinerascensO Centro de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre da Fiocruz contribui com a vi gilacircncia de epizootias comunicando a ocorrecircncia de registros aos respectivos oacutergatildeos Patrulha Ambiental Vigilacircncia Am biental e Secre-tarias de Sauacutede
Fontes da mateacuteria Portal Fiocruz - Febre Amarela Guia de vigilacircncia de epizootias em primatas natildeo humanos e entomologia aplicada agrave vigilacircncia da febre amarela Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede
Fontes da mateacuteria Portal Fiocruz - Febre Am-arela Guia de vigilacircncia de epizootias em primatas natildeo humanos e entomologia aplica-da agrave vigilacirc
Registros primatas natildeo humanos enviados pelos colaboradores do SISSGeo
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Registros de primatas no SISS-Geo contribuem para vigilacircncia de epizootias no Brasil
Registro enviado do Rio de Janeiro por Gabriela Heliodoro em setembro2017
Registro enviado de Santareacutem - PA por Aladilson Assunccedilatildeo em marccedilo2017
Registro enviado de Santareacutem - PA por Jadson Caetano Azulay em julho2017
Registro enviado da Pedra do Sino - RJpor Pheterson Godinho em maio2017
Apoacutes a entrada do viacuterus da Febre Amarela no Brasil nos anos 1600 a transmissatildeo entre mosquitos e primatas se dispersou pelo Paiacutes e a doenccedila se estabeleceu de forma endecircmica na Amazocircnia Nesta regiatildeo em razatildeo da alta cobertura vaci-nal se observa casos isolados em indiviacuteduos residentes ou vi sitantes natildeo vacinados Na regiatildeo extra-Amazocircnica a febre amarela se apresenta em surtos precedidos de epizootias em ciclos irregulares e se dispersou nas regiotildees Centro-Oes-te Sudeste e Sul do Paiacutes O recente evento epidecircmico da doenccedila teve como ponto de dispersatildeo as regiotildees de Goiaacutes e Tocantins com registros a partir de julho de 2014 seguindo nos sentidos sul e sudeste do paiacutes quando afetou as aacutereas de fragmentos florestais e matas de galerias do centro-oeste de Minas Gerais com registros oficiais de epizootias a partir de outubro de 2016 Os registros foram progressivamente e em curto periacuteodo de tempo acrescidos de novos casos atingindo em ordem cronoloacutegica Minas Gerais Espiacuterito Santo Satildeo Paulo e Rio de Janeiro Estes estados tiveram a maior representatividade (99 dos casos confirmados ndash Informe COES ndash Febre Ama-rela ndeg 432017) no recente evento epidecircmico que alcanccedilou o status de maior surto de febre amarela nas uacuteltimas deacuteca-dasA emergecircncia de doenccedilas oriundas de animais silvestres estaacute fortemente associada agraves alteraccedilotildees ambientais incluindo mudanccedilas climaacuteticas impactos naturais e antropogecircnicos (Estrada-Pentildea et al 2014) As alteraccedilotildees ambientais que promovem a fragmentaccedilatildeo e o isolamento dos ecossiste-mas naturais satildeo as principais causas da perda da biodiversi-dade pois resultam na perda de habitats e na simplificaccedilatildeoreduccedilatildeo da diversidade bioloacutegica dos ecossistemas Estudos recentes mostraram o efeito de diluiccedilatildeo da biodiversidade na modulaccedilatildeo dispersatildeo e dinacircmica de transmissatildeo de
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Febre amarela silvestre no contexto das mudanccedilas ambientaisLiacutevia Abdalla e Marcia Chame
patoacutegenos especialmente nas doenccedilas transmitidas por ar-troacutepodes (Keesing et al 2006 Xavier et al 2012 Poulin amp Forbers 2012 Stephens et al 2016) A transmissatildeo da Febre Amarela Silvestre (FAS) eacute complexa pois envolve centenas de espeacutecies de hospedeiros e mos-quitos vetores Dentre as condiccedilotildees ambientais relacionadas e que podem ter favorecido a raacutepida transmissatildeo no sen-tido Sul e Sudeste do paiacutes algumas hipoacuteteses podem ser aventadas dentre elas a fragmentaccedilatildeo de habitats naturais promovida principalmente pela accedilatildeo antroacutepica as mudanccedilas climaacuteticas regionais favorecendo o aumento populacional de vetores mudanccedilas geneacuteticas no viacuterus alterando o papel de espeacutecies hospedeiras e vetores na transmissatildeo alteraccedilotildees populacionais de primatas e possivelmente de outras es-peacutecies nas aacutereas afetadas dentre outras hipoacutetesesAs regiotildees do Sudeste nas quais ocorrem o atual surto de febre amarela satildeo aacutereas de Mata Atlacircntica ou de transiccedilatildeo Mata Atlacircntica-Cerrado Historicamente estas fitofisiono-mias passaram por intenso processo de degradaccedilatildeo da ve-getaccedilatildeo mas se manteacutem em pequenas e meacutedias porccedilotildees de fragmentos florestais (Fundaccedilatildeo SOS Mata Atlacircntica 2015) Apesar do periacuteodo de reversatildeo na tendecircncia de queda do desmatamento nos uacuteltimos anos no periacuteodo de 2015-2016 o desmatamento de acordo com os estudos da SOS Mata Atlacircntica (2017) cresceu 60 em um ano Isso significa a perda de 29075 ha de mata nos dezessete estados do bioma ndash o que representa aumento de 577 em relaccedilatildeo ao periacuteodo anterior (2014-2015) Os iacutendices de 2015-2016 satildeo comparaacuteveis ao periacuteodo de 2005 a 2008 uacuteltimo periacuteodo epidecircmico da febre amarela (2007-2009) Neste estudo os quatro estados do Sudeste com surto de febre amarela to-talizaram 8475 ha de desmatamento 29 do desfloresta-mento total da Mata Atlacircntica no periacuteodo incrementado
zoonoses
FEBRE AMARELA SILVESTRE
Mosquito Hemagogo
Macaco Bugio
Foto mosquito Fiocruz Foto Bugio Maria Luacutecia Cardoso
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pela produccedilatildeo agropecuaacuteria produccedilatildeo de carvatildeo e conversatildeo das aacutereas florestadas em aacutereas de monoculturas de eucalipto O desmatamento gera impactos negativos para os primatas (dos gecircneros Callithrix Alouatta Cebus Ateles Aotus Saimiri Sapajus) que sobrevivem nessas pequenas porccedilotildees florestais como por exemplo a concentraccedilatildeo de indiviacuteduos o que fa-vorece a transmissatildeo do viacuterus pelos vetores a competiccedilatildeo in-tra e interespeciacutefica e o estresse promovido pela li mitaccedilatildeo de alimentos espaccedilo entre outros recursos vitais que atrelados podem promover a alteraccedilatildeo da imunidade indivi dual tor-nando-os suscetiacuteveis agraves infecccedilotildees a dispersatildeo para outras aacutereas em busca de melhores condiccedilotildees o que pode aumentar o estresse e a dispersatildeo viral As alteraccedilotildees no regime de chuvas e temperaturas provo-cadas pelas mudanccedilas climaacuteticas regionais interferem dire-tamente na vida silvestre No ciclo de transmissatildeo da febre amarela chuvas isoladas e temperaturas elevadas favorecem a reproduccedilatildeo e disseminaccedilatildeo dos principais gecircneros de mos-quitos transmissores da Febre Amarela Silvestre Haemagogus e Sabethes que habitam aacutereas de mata fechada ou as bordas das matas e depositam seus ovos em cavidades de troncos de aacutervores e em bromeacutelias que acumulam aacutegua das chuvas A temperatura elevada favorece a replicaccedilatildeo viral nos veto-res o que contribui para altas taxas de carga viral tanto nos mosquitos quanto nos primatas tornando-os amplificadores (Almeida et al 2016) Nos ambientes naturais ainda se faz necessaacuterio a identificaccedilatildeo do papel de cada espeacutecie de prima-ta na manutenccedilatildeo do viacuterus na natureza bem como de outras espeacutecies como preguiccedilas morcegos marsupiais e eventual-mente ainda outros mamiacuteferosAleacutem do desmatamento e das mudanccedilas climaacuteticas outros fatores podem estar relacionados agrave dinacircmica do surto re-cente de Febre Amarela Silvestre Estudos recentes mostram a emergecircncia de novas alteraccedilotildees geneacuteticas no viacuterus aleacutem
da transmissatildeo transovariana do viacuterus (Bonaldo et al 2017 Almeida et al 2016 De Souza et al 2010) Deve-se considerar tambeacutem a necessidade de estudos aprofundados do impacto da introduccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras como eacute o caso do Callithrix jacchus que por sua capacidade de dispersatildeo e colonizaccedilatildeo de ambientes antropizados podem ampliar a ve-locidade e aacuterea de circulaccedilatildeo do viacuterus Em siacutentese observa-se que nas regiotildees onde o surto iniciou as condiccedilotildees ambientais ofereceram extensas aacutereas com frag-mentos florestais irregulares menores que 5 ha e proacuteximos entre si elevaccedilatildeo das temperaturas meacutedias observadas em 2016 com incremento de 06 a 15degC (INMET 2017) anor-malidade no periacuteodo seco seguido de chuvas isoladas no fim de 2016 e iniacutecio de 2017 populaccedilotildees de primatas e mosqui-tos habitantes dos fragmentos e proximidade de populaccedilotildees humanas e suas atividadesApesar das evidecircncias da convergecircncia destes fatores para a inauguraccedilatildeo do atual evento epidemioloacutegico muitas lacunas e perguntas ainda faltam ser respondidas para a compreensatildeo da rapidez e da extensatildeo alcanccedilada pelos casos de Febre Ama-rela Silvestre no sudeste do Paiacutes Dentre elas vale o aprofun-damento na investigaccedilatildeo da evoluccedilatildeo filogeneacutetica do viacuterus no papel das espeacutecies hospedeiras na manutenccedilatildeo e amplifi-caccedilatildeo viral e sua dinacircmica de dispersatildeo entre os fragmentos florestais a compreensatildeo do efeito da fragmentaccedilatildeo flores-tal e das mudanccedilas climaacuteticas nos habitats das espeacutecies inte-grantes ao ciclo da febre amarela a construccedilatildeo de modelos de previsatildeo sobre a dinacircmica de distribuiccedilatildeo geograacutefica da febre amarela e outras arboviroses A partir dessas pesquisas seraacute possiacutevel identificarconfirmar as condiccedilotildees ambientais fa-voraacuteveis agrave infecccedilatildeo prever os caminhos de disseminaccedilatildeo da doenccedila apoiar as tomadas de decisatildeo poliacuteticas e direcionar os esforccedilos de vigilacircncia e imunizaccedilatildeo das populaccedilotildees humanas nas regiotildees mais vulneraacuteveis
zoonoses Febre Amarela Silvestre continuaccedilatildeo
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
Almeida PS Silva JO Ramos EP Batista PM Faccenda O De Paula MB Monteiro AO Mucci LF Vector aspects in risk areas for silvatic yellow fever in the state of Mato Grosso do Sul Brazil Rev Patol Trop 45 (4)398-411 2016 Disponiacutevel em httpsrevistasufgbriptsparticledownload4460222046Bonaldo M C Goacutemez MM Santos AAC Abreu FVS Ferreira-De-Brito A Miranda RM Castro MG Oliveira RL Genome analysis of yellow fever virus of the ongoing outbreak in Brazil reveals polymorphisms Mem Inst Oswaldo Cruz112 (6) 447-451 2017 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S007402762017000600447amplng=enampnrm=isoDe Souza R P Foster P G Sallum M A M Coimbra T LM Maeda A Y Silveira V R Moreno E S da Silva F G Rocco I M Ferreira I B Suzuki A Oshiro F M Petrella S MCN Pereira L E Katz G Tengan C H Siciliano M M dos Santos C LS Detec-tion of a new yellow fever virus lineage within the South American genotype I in Brazil J Med Virol 82 175ndash185 2010 doi101002jmv21606Estrada-Pentildea A Ostfeld R S Peterson A T Poulin R Fuente J Effects of Environmental change on zoonotic disease risk an eco-logical primer Trends in Parasitology 30 (4)205-214 2014 Disponiacutevel em httpwwwcellcomtrendsparasitologyabstractS1471-4922(14)00032-4Fundaccedilatildeo SOS Mata Atlacircntica Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlacircntica periacuteodo 2015-2016 Satildeo Paulo 2017 69p Fundaccedilatildeo SOS Mata Atlacircntica Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlacircntica periacuteodo 2013-2014 Satildeo Paulo 2015 60p INMET ndash Instituto Nacional de Meteorologia Banco de Dados Meteoroloacutegicos para Ensino e Pesquisa Anomalias de temperaturas meacutedias 2016 Disponiacutevel em httpwwwinmetgovbr Keesing F Holt R D Ostfeld R S Effects of species diversity on disease risk Ecology Letters 9 485-495 2006 Poulin R Forbes M Meta-analysis and research on host-parasite interactions past and future Evol Ecol 261169-1185 2012 Stephens PR AltizerS Smith KF Aguirre AA Brown JH Budischak SA ByersJE Dallas TA Davies TJ DrakeJM Ezenwa VO Farrell M Gittleman JL Han BA Huang S Hutchinson RA Johson P Nunn CL Onstad D Park A Vazquez-Proko-pecGM SchmidtJP PoulinR The macroecology of infectious diseases a new perspective on global-scale drivers of pathogen distribution and impacts Ecology Letters 2016 13p doi 101111ele12644 Disponiacutevel em httpswwwresearchgatenetpublica-tion304609813Xavier S D C Roque A L R Lima V S Monteiro K J L Otaviano J C R Lower Richness of small wild mammals species and Chagas disease risk PLoS Neglected Tropical Diseases 6 (5)1-11 2012 Disponiacutevel em httpwwwplosntdsorgarticleinfo3A-doi2F1013712Fjournalpntd0001647
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Haemagogus Fiocruz imagens Foto Josueacute Damacena
Sabethes Fiocruz imagens Foto Raquel Portugal
Aedes aegypti Fiocruz imagens Foto Raquel Portugal
HabitatAmbiente silvestre comomatas (copa das aacutervores)
ou na periferia das florestas
Ambiente silvestre comomatas (copa das aacutervores)
Ambiente urbano e periurbano
(em torno das residecircncias)
Aparecircncia
Haemagogus leucocelaenuscastanho-escuro preto sem
listras brancas nas patasHaemagogus janthinomyscorpo brilhoso e colorido
Colorido metalizado comtons violeta roxo azul e verde (dependendo da
espeacutecie)
Preto com listras brancasno toacuterax e nas patas
HaacutebitoDiurno com maior atividade
para picadas entre meio-dia e o pocircr do sol
Diurno com maior atividadepara picadas entre
meio-dia e o pocircr do sol
Diurno com maior atividadepara picadas no comeccedilo da manhatilde e no final da
tarde mas tambeacutem pode picar agrave noite
Distacircncia de voo A espeacutecie Hg leococelaenuspode voar por cerca de 6 km Natildeo eacute conhecida
Voa usualmente num raio de 40 a 50 metros Pode atingirateacute 600 metros caso precise
Alvo preferencial Macacos mas pode picarhumanos
Macacos mas pode picarhumanos Humanos
Tramissatildeo do viacuterusda Febre Amarela
Somente a fecircmea transmiteResponsaacutevel pela transmissatildeo
no ciclo silvestre
Somente a fecircmea transmiteResponsaacutevel pela transmissatildeo
no ciclo silvestre
Somente a fecircmea transmiteResponsaacutevel pela transmissatildeo
no ciclo urbano
Criadouros eoviposiccedilatildeo
Deposita os ovos na paredeinterna de ocos das aacutervores
e bambus proacuteximo agravelacircmina drsquoaacutegua
Coloca os ovos diretamentesobre a superfiacutecie da aacutegua
acumulada em ocos das aacuter-vores e bambus
Deposita os ovos na parede interna do criadouro
proacuteximo agrave lacircmina drsquoaacutegua Tem preferecircncia por ambientes
artificiais comuns no ambiente urbano pneus caixa drsquoaacutegua bandeja de ar condicionado vaso de planta ralos dentre
outros
Resistecircncia dos ovos
Ficam viaacuteveis para eclosatildeo por cerca de quatro meses
em ambientes secos
Precisam entrar em contato com a aacutegua logo apoacutes a postura Natildeo resistem em
ambientes sem aacutegua
Ficam viaacuteveis para eclosatildeopor cerca de um ano em
ambientes secos
Ciclo de vida(da eclosatildeo do ovo agrave fase adulta)
7 a 10 dias Cerca de um mecircs 7 a 10 dias
Tempo de vida(na fase adulta) Cerca de 30 dias Ultrapassa meses apoacutes
atingir a idade adulta Cerca de 30 dias
zoonoses Febre Amarela Silvestre
Haemagogus Sabethes e Aedes aegypti semelhanccedilas e diferenccedilas Serviccedilo de Jornalismo e Comunicaccedilatildeo Instituto Oswaldo Cruz - IOC
continuaccedilatildeo
A equipe do Programa Institucional Biodiversidade e Sauacutede Sil-vestre (PIBSS) da Fiocruz realizou a uacuteltima fase do projeto Sauacutede silvestre e inclusatildeo digital a parti cipaccedilatildeo comunitaacuteria no monito-ramento da biodiversidade na Reserva Extrativista Tapajoacutes-Arapi-uns no Paraacute e nos municiacutepios de Uruccediluca Ilheacuteus e Itacareacute no sul da Bahia O objetivo desta etapa foi identificar tomadores de decisatildeo locais para engajaacute-los na busca de caminhos para a me-lhoria da qualidade de vida e da sauacutede e para a conservaccedilatildeo da biodiversidade
Fiocruz conclui na Amazocircnia e Bahia projeto lsquoSauacutede silvestre e inclusatildeo digitalrsquo Agecircncia Fiocruz
ParaacuteAo longo de 17 dias de trabalho foram percorridos 2195 km em embarcaccedilatildeo pelos rios Tapajoacutes e Arapiuns Neste percurso foram realizadas 53 oficinas em 27 comunidades-polo ribei-rinhas e indiacutegenas com a participaccedilatildeo de cerca de 1500 pes-soas Os resultados do projeto foram compartilhados com es-pecialistas ONGs e instituiccedilotildees parceiras durante o seminaacuterio Biodiversidade e Sauacutede na Resex Tapajoacutes-Arapiuns desafios para a conservaccedilatildeo e a qualidade de vida realizado no au-ditoacuterio da Universidade Federal do Oeste do Paraacute (Ufopa) em Santareacutem O encerramento do projeto na Resex Tapajoacutes-Arapi-uns aconteceu na sede do Centro Experimental da Floresta Ati-va (Cefa) do projeto Sauacutede Alegria na comunidade do Caratildeo (PA) em 30 de junho
Sul da BahiaNo sul da Bahia foram realizadas oficinas e rodas de conver-sa com agentes da sauacutede indiacutegena e agentes comunitaacuterios de sauacutede que residem em comunidades tradicionais e qui-lombolas no entorno e no interior do Parque Estadual Serra do Conduru Guardas-parque de unidades de conservaccedilatildeo da regiatildeo profissionais de sauacutede professores liacutederes comunitaacuterios es-tudantes de graduaccedilatildeo e poacutes-graduaccedilatildeo e agentes do Bata-lhatildeo Florestal da Bahia discutiram a importacircncia da sauacutede silvestre para a sauacutede humana em quatro cursos com cerca de 200 participantes O encerramento do projeto aconteceu com um sarau em Uruccediluca em 9 de julho
O projeto identificou nos territoacuterios estudados a percepccedilatildeo das pessoas sobre o risco da transmissatildeo e emergecircncia de zoonoses advindos da biodiversidade e os diversos fatores ambientais sociais e conjunturais que favorecem a trans-missatildeo de doenccedilas A equipe levou agraves comunidades locais a proposta de monitoramento da fauna silvestre com participaccedilatildeo cidadatilde com a formaccedilatildeo de colaboradores comunitaacuterios no uso do aplicativo SISS-Geo (Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre) O treinamento permitiraacute a avaliaccedilatildeo e melhoramento do app para uso em aacutereas vulneraacuteveis e distantes
ReconhecimentoTrecircs colaboradores do Paraacute e trecircs da Bahia se destacaram com o maior nuacutemero de registros de animais silvestres envia-dos pelo aplicativo SISS-Geo e foram premiados com um certificado de reconhecimento Gerente do projeto no Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) Alexandre Ferrazoli integrou a equipe na expediccedilatildeo do rio Arapiuns (PA)ldquoDurante dois anos e meio eu acompanhei com muito interesse este projeto e no final tive o prazer de fazer parte por 14 dias da 4ordm Expediccedilatildeo Arapiuns Pude vivenciar a dedicaccedilatildeo o profissionalismo e o carinho com que esta equi-pe executou o projeto Tive o orgulho de me sentir parte desta equipe que me fez sentir a realidade mais de perto e aprender muitordquo disse FerrazoliA equipe multidisciplinar composta de bioacutelogos meacutedicos veterinaacuterios antropoacuteloga cientistas da computaccedilatildeo geoacutegra-fa profissionais de comunicaccedilatildeo design e administraccedilatildeo executou o projeto durante dois anos e sete meses A inicia-tiva recebeu em maio deste ano o Precircmio Nacional de Biodiversidade 2017
Fotos Andreacute Telles
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5a EXPEDICcedilAtildeO - SUL DA BAHIA
A Plataforma Institucional de Biodiversidade e Sauacutede Silvestre (PIBSS) concluiu o projeto Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo digital a participaccedilatildeo comunitaacuteria no Sauacutede silvestre e inclusatildeo digital nos municiacutepios de Uruccedilu-ca Ilheacuteus e Itacareacute no sul da Bahia O objetivo desta etapa foi identificar tomadores de decisatildeo locais para engajaacute-los na busca de caminhos para a melhoria da qualidade de vida e da sauacutede e para a conservaccedilatildeo da biodiversidade
CERTIFICACcedilAtildeO DE TECNOLOGIA SOCIAL
O Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre (SISS-Geo) da Fiocruz foi uma das 173 iniciativas certifica-das pela Fundaccedilatildeo Banco do Brasil em 2017 entre 735 inscritas Em sua nona ediccedilatildeo a premiaccedilatildeo da Fundaccedilatildeo Banco do Brasil tem o objetivo de levantar projetos sustentaacuteveis que possam ser reaplicados em diversas comunidadesO SISS-GEO passa a compor o Banco de Tecnologia Social (BTS) da Fundaccedilatildeo BB que agora conta com 995 iniciativas aptas para reaplicaccedilatildeo
BIODIVERSIDADE FAZ BEM Agrave SAUDE Guia Praacutetico
O livro-guia foi construiacutedo a partir das experiecircncias vividas em muitos trabalhos de campo nas ofici-nas com as comunidades rodas de conversa e pa-lestras realizadas durante o Projeto ldquoSauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital a participaccedilatildeo de comunidades no monitoramento e na aplicaccedilatildeo de boas praacuteticas para o controle e prevenccedilatildeo de zoonoses emergentesrdquo
PREcircMIO NACIONAL DA BIODIVERSIDADE
Em cooperaccedilatildeo com a Secretaria Estadual de Sauacutede do Rio de Janeiro a Fiocruz realizou um painel so-bre febre amarela e monitoramento de primatas em territoacuterio fluminense devido ao recente surto da doenccedila em estados vizinhos O painel que tratou do viacuterus dos vetores dos macacos da doenccedila e da vaci-na vai discutir propostas para o fortalecimento da integraccedilatildeo entre os diversos setores e alinhar accedilotildees para a detecccedilatildeo precoce de macacos mortos e inter-
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LINHA DO TEMPO
JULHO
JULHO
AGOSTOJULHO
2017
PREcircMIO NACIONAL DA BIODIVERSIDADE
O projeto da Fiocruz Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Di-gital participaccedilatildeo comunitaacuteria no monitoramento da biodiversidade foi o vencedor da categoria Oacutergatildeos Puacuteblicos do Precircmio Nacional de Biodiversidade pro-movido pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente A segunda ediccedilatildeo do evento foi realizada em 22 de maio de 2017 no Palaacutecio do Itamaraty em Brasiacutelia no dia em que se comemora o Dia Internacional da Biodiversidade
4a e 5a EXPEDICcedilOtildeES - TAPAJOacuteSARAPIUNS
A Plataforma Institucional de Biodiversidade e Sauacutede Silvestre (PIBSS) concluiu o projeto Sauacutede Silvestre e inclusatildeo digital a participaccedilatildeo comunitaacuteria no Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital na Reserva Extrativista Tapajoacutes-Arapiuns no ParaacuteO objetivo desta etapa foi identificar tomadores de decisatildeo locais para engajaacute-los na busca de caminhos para a melhoria da qualidade de vida e da sauacutede e para a conservaccedilatildeo da biodiversidade
MAIO
JUNHO
PAINEL FEBRE AMARELA
Em cooperaccedilatildeo com a Secretaria Estadual de Sauacutede do Rio de Janeiro a Fiocruz realizou um painel so-bre febre amarela e monitoramento de primatas em territoacuterio fluminense devido ao recente surto da doenccedila em estados vizinhos O painel que tratou do viacuterus dos vetores dos macacos da doenccedila e da vaci-na vai discutir propostas para o fortalecimento da integraccedilatildeo entre os diversos setores e alinhar accedilotildees para a detecccedilatildeo precoce de macacos mortos e inter-cacircmbio de informaccedilotildees
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LINHA DO TEMPO
JANEIRO
2017
TOP COLABORADOR
SISS-Geo premiou os dez colaboradores e estados brasileiros que mais enviaram registros em 2016Desde o seu lanccedilamento em 2014 o Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre SISS-Geo totaliza 937 pessoas cadastradas Os dez colaboradores que mais se destacaram em 2016 satildeo do Rio de Janeiro (3) Bahia (3) Paraacute (3) e Pernambuco (1)
MARCcedilO
REUNIAtildeO RESEX TAPAJOacuteS
Conselho Deliberativo da RESEX Tapajoacutes Arapiuns se reuniu para apresentar resultados de pesquisas na regiatildeo O Conselho possui 48 cadeiras (27 comu-nitaacuterias e 21 natildeo comunitaacuterias) distribuiacutedas entre 76 entidades titulares e suplentes (48 comunitaacuterias e 28 natildeo comunitaacuterias)
FEVEREIRO
OFICINA FEBRE AMARELA - Imprensa
Oficina realizada (104) no campus de Manguinhos no Rio de Janeiro informou profissionais de comuni-caccedilatildeo sobre os diversos aspectos da doenccedila O objetivo era capacitar os jornalistas sobre a enfer-midade jaacute que esses profissionais satildeo muitas vezes responsaacuteveis por levar agrave populaccedilatildeo de forma sim-ples informaccedilotildees atualizadas e apuradas correta-mente
ABRIL
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PELO CELULAR
PELA WEB
Seja um ator no monitoramento em Sauacutede Silvestre
Plataforma Institucional Biodiversidade Sauacutede Silvestre - FiocruzBoletim Informativo 009 - Setembro 2017Ediccedilatildeo e Textos Marcia Chame Rita Braune
acesse o sitewwwbiodiversidadecissfiocruzbr
Apoacutes a entrada do viacuterus da Febre Amarela no Brasil nos anos 1600 a transmissatildeo entre mosquitos e primatas se dispersou pelo Paiacutes e a doenccedila se estabeleceu de forma endecircmica na Amazocircnia Nesta regiatildeo em razatildeo da alta cobertura vaci-nal se observa casos isolados em indiviacuteduos residentes ou vi sitantes natildeo vacinados Na regiatildeo extra-Amazocircnica a febre amarela se apresenta em surtos precedidos de epizootias em ciclos irregulares e se dispersou nas regiotildees Centro-Oes-te Sudeste e Sul do Paiacutes O recente evento epidecircmico da doenccedila teve como ponto de dispersatildeo as regiotildees de Goiaacutes e Tocantins com registros a partir de julho de 2014 seguindo nos sentidos sul e sudeste do paiacutes quando afetou as aacutereas de fragmentos florestais e matas de galerias do centro-oeste de Minas Gerais com registros oficiais de epizootias a partir de outubro de 2016 Os registros foram progressivamente e em curto periacuteodo de tempo acrescidos de novos casos atingindo em ordem cronoloacutegica Minas Gerais Espiacuterito Santo Satildeo Paulo e Rio de Janeiro Estes estados tiveram a maior representatividade (99 dos casos confirmados ndash Informe COES ndash Febre Ama-rela ndeg 432017) no recente evento epidecircmico que alcanccedilou o status de maior surto de febre amarela nas uacuteltimas deacuteca-dasA emergecircncia de doenccedilas oriundas de animais silvestres estaacute fortemente associada agraves alteraccedilotildees ambientais incluindo mudanccedilas climaacuteticas impactos naturais e antropogecircnicos (Estrada-Pentildea et al 2014) As alteraccedilotildees ambientais que promovem a fragmentaccedilatildeo e o isolamento dos ecossiste-mas naturais satildeo as principais causas da perda da biodiversi-dade pois resultam na perda de habitats e na simplificaccedilatildeoreduccedilatildeo da diversidade bioloacutegica dos ecossistemas Estudos recentes mostraram o efeito de diluiccedilatildeo da biodiversidade na modulaccedilatildeo dispersatildeo e dinacircmica de transmissatildeo de
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Febre amarela silvestre no contexto das mudanccedilas ambientaisLiacutevia Abdalla e Marcia Chame
patoacutegenos especialmente nas doenccedilas transmitidas por ar-troacutepodes (Keesing et al 2006 Xavier et al 2012 Poulin amp Forbers 2012 Stephens et al 2016) A transmissatildeo da Febre Amarela Silvestre (FAS) eacute complexa pois envolve centenas de espeacutecies de hospedeiros e mos-quitos vetores Dentre as condiccedilotildees ambientais relacionadas e que podem ter favorecido a raacutepida transmissatildeo no sen-tido Sul e Sudeste do paiacutes algumas hipoacuteteses podem ser aventadas dentre elas a fragmentaccedilatildeo de habitats naturais promovida principalmente pela accedilatildeo antroacutepica as mudanccedilas climaacuteticas regionais favorecendo o aumento populacional de vetores mudanccedilas geneacuteticas no viacuterus alterando o papel de espeacutecies hospedeiras e vetores na transmissatildeo alteraccedilotildees populacionais de primatas e possivelmente de outras es-peacutecies nas aacutereas afetadas dentre outras hipoacutetesesAs regiotildees do Sudeste nas quais ocorrem o atual surto de febre amarela satildeo aacutereas de Mata Atlacircntica ou de transiccedilatildeo Mata Atlacircntica-Cerrado Historicamente estas fitofisiono-mias passaram por intenso processo de degradaccedilatildeo da ve-getaccedilatildeo mas se manteacutem em pequenas e meacutedias porccedilotildees de fragmentos florestais (Fundaccedilatildeo SOS Mata Atlacircntica 2015) Apesar do periacuteodo de reversatildeo na tendecircncia de queda do desmatamento nos uacuteltimos anos no periacuteodo de 2015-2016 o desmatamento de acordo com os estudos da SOS Mata Atlacircntica (2017) cresceu 60 em um ano Isso significa a perda de 29075 ha de mata nos dezessete estados do bioma ndash o que representa aumento de 577 em relaccedilatildeo ao periacuteodo anterior (2014-2015) Os iacutendices de 2015-2016 satildeo comparaacuteveis ao periacuteodo de 2005 a 2008 uacuteltimo periacuteodo epidecircmico da febre amarela (2007-2009) Neste estudo os quatro estados do Sudeste com surto de febre amarela to-talizaram 8475 ha de desmatamento 29 do desfloresta-mento total da Mata Atlacircntica no periacuteodo incrementado
zoonoses
FEBRE AMARELA SILVESTRE
Mosquito Hemagogo
Macaco Bugio
Foto mosquito Fiocruz Foto Bugio Maria Luacutecia Cardoso
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pela produccedilatildeo agropecuaacuteria produccedilatildeo de carvatildeo e conversatildeo das aacutereas florestadas em aacutereas de monoculturas de eucalipto O desmatamento gera impactos negativos para os primatas (dos gecircneros Callithrix Alouatta Cebus Ateles Aotus Saimiri Sapajus) que sobrevivem nessas pequenas porccedilotildees florestais como por exemplo a concentraccedilatildeo de indiviacuteduos o que fa-vorece a transmissatildeo do viacuterus pelos vetores a competiccedilatildeo in-tra e interespeciacutefica e o estresse promovido pela li mitaccedilatildeo de alimentos espaccedilo entre outros recursos vitais que atrelados podem promover a alteraccedilatildeo da imunidade indivi dual tor-nando-os suscetiacuteveis agraves infecccedilotildees a dispersatildeo para outras aacutereas em busca de melhores condiccedilotildees o que pode aumentar o estresse e a dispersatildeo viral As alteraccedilotildees no regime de chuvas e temperaturas provo-cadas pelas mudanccedilas climaacuteticas regionais interferem dire-tamente na vida silvestre No ciclo de transmissatildeo da febre amarela chuvas isoladas e temperaturas elevadas favorecem a reproduccedilatildeo e disseminaccedilatildeo dos principais gecircneros de mos-quitos transmissores da Febre Amarela Silvestre Haemagogus e Sabethes que habitam aacutereas de mata fechada ou as bordas das matas e depositam seus ovos em cavidades de troncos de aacutervores e em bromeacutelias que acumulam aacutegua das chuvas A temperatura elevada favorece a replicaccedilatildeo viral nos veto-res o que contribui para altas taxas de carga viral tanto nos mosquitos quanto nos primatas tornando-os amplificadores (Almeida et al 2016) Nos ambientes naturais ainda se faz necessaacuterio a identificaccedilatildeo do papel de cada espeacutecie de prima-ta na manutenccedilatildeo do viacuterus na natureza bem como de outras espeacutecies como preguiccedilas morcegos marsupiais e eventual-mente ainda outros mamiacuteferosAleacutem do desmatamento e das mudanccedilas climaacuteticas outros fatores podem estar relacionados agrave dinacircmica do surto re-cente de Febre Amarela Silvestre Estudos recentes mostram a emergecircncia de novas alteraccedilotildees geneacuteticas no viacuterus aleacutem
da transmissatildeo transovariana do viacuterus (Bonaldo et al 2017 Almeida et al 2016 De Souza et al 2010) Deve-se considerar tambeacutem a necessidade de estudos aprofundados do impacto da introduccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras como eacute o caso do Callithrix jacchus que por sua capacidade de dispersatildeo e colonizaccedilatildeo de ambientes antropizados podem ampliar a ve-locidade e aacuterea de circulaccedilatildeo do viacuterus Em siacutentese observa-se que nas regiotildees onde o surto iniciou as condiccedilotildees ambientais ofereceram extensas aacutereas com frag-mentos florestais irregulares menores que 5 ha e proacuteximos entre si elevaccedilatildeo das temperaturas meacutedias observadas em 2016 com incremento de 06 a 15degC (INMET 2017) anor-malidade no periacuteodo seco seguido de chuvas isoladas no fim de 2016 e iniacutecio de 2017 populaccedilotildees de primatas e mosqui-tos habitantes dos fragmentos e proximidade de populaccedilotildees humanas e suas atividadesApesar das evidecircncias da convergecircncia destes fatores para a inauguraccedilatildeo do atual evento epidemioloacutegico muitas lacunas e perguntas ainda faltam ser respondidas para a compreensatildeo da rapidez e da extensatildeo alcanccedilada pelos casos de Febre Ama-rela Silvestre no sudeste do Paiacutes Dentre elas vale o aprofun-damento na investigaccedilatildeo da evoluccedilatildeo filogeneacutetica do viacuterus no papel das espeacutecies hospedeiras na manutenccedilatildeo e amplifi-caccedilatildeo viral e sua dinacircmica de dispersatildeo entre os fragmentos florestais a compreensatildeo do efeito da fragmentaccedilatildeo flores-tal e das mudanccedilas climaacuteticas nos habitats das espeacutecies inte-grantes ao ciclo da febre amarela a construccedilatildeo de modelos de previsatildeo sobre a dinacircmica de distribuiccedilatildeo geograacutefica da febre amarela e outras arboviroses A partir dessas pesquisas seraacute possiacutevel identificarconfirmar as condiccedilotildees ambientais fa-voraacuteveis agrave infecccedilatildeo prever os caminhos de disseminaccedilatildeo da doenccedila apoiar as tomadas de decisatildeo poliacuteticas e direcionar os esforccedilos de vigilacircncia e imunizaccedilatildeo das populaccedilotildees humanas nas regiotildees mais vulneraacuteveis
zoonoses Febre Amarela Silvestre continuaccedilatildeo
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
Almeida PS Silva JO Ramos EP Batista PM Faccenda O De Paula MB Monteiro AO Mucci LF Vector aspects in risk areas for silvatic yellow fever in the state of Mato Grosso do Sul Brazil Rev Patol Trop 45 (4)398-411 2016 Disponiacutevel em httpsrevistasufgbriptsparticledownload4460222046Bonaldo M C Goacutemez MM Santos AAC Abreu FVS Ferreira-De-Brito A Miranda RM Castro MG Oliveira RL Genome analysis of yellow fever virus of the ongoing outbreak in Brazil reveals polymorphisms Mem Inst Oswaldo Cruz112 (6) 447-451 2017 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S007402762017000600447amplng=enampnrm=isoDe Souza R P Foster P G Sallum M A M Coimbra T LM Maeda A Y Silveira V R Moreno E S da Silva F G Rocco I M Ferreira I B Suzuki A Oshiro F M Petrella S MCN Pereira L E Katz G Tengan C H Siciliano M M dos Santos C LS Detec-tion of a new yellow fever virus lineage within the South American genotype I in Brazil J Med Virol 82 175ndash185 2010 doi101002jmv21606Estrada-Pentildea A Ostfeld R S Peterson A T Poulin R Fuente J Effects of Environmental change on zoonotic disease risk an eco-logical primer Trends in Parasitology 30 (4)205-214 2014 Disponiacutevel em httpwwwcellcomtrendsparasitologyabstractS1471-4922(14)00032-4Fundaccedilatildeo SOS Mata Atlacircntica Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlacircntica periacuteodo 2015-2016 Satildeo Paulo 2017 69p Fundaccedilatildeo SOS Mata Atlacircntica Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlacircntica periacuteodo 2013-2014 Satildeo Paulo 2015 60p INMET ndash Instituto Nacional de Meteorologia Banco de Dados Meteoroloacutegicos para Ensino e Pesquisa Anomalias de temperaturas meacutedias 2016 Disponiacutevel em httpwwwinmetgovbr Keesing F Holt R D Ostfeld R S Effects of species diversity on disease risk Ecology Letters 9 485-495 2006 Poulin R Forbes M Meta-analysis and research on host-parasite interactions past and future Evol Ecol 261169-1185 2012 Stephens PR AltizerS Smith KF Aguirre AA Brown JH Budischak SA ByersJE Dallas TA Davies TJ DrakeJM Ezenwa VO Farrell M Gittleman JL Han BA Huang S Hutchinson RA Johson P Nunn CL Onstad D Park A Vazquez-Proko-pecGM SchmidtJP PoulinR The macroecology of infectious diseases a new perspective on global-scale drivers of pathogen distribution and impacts Ecology Letters 2016 13p doi 101111ele12644 Disponiacutevel em httpswwwresearchgatenetpublica-tion304609813Xavier S D C Roque A L R Lima V S Monteiro K J L Otaviano J C R Lower Richness of small wild mammals species and Chagas disease risk PLoS Neglected Tropical Diseases 6 (5)1-11 2012 Disponiacutevel em httpwwwplosntdsorgarticleinfo3A-doi2F1013712Fjournalpntd0001647
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Haemagogus Fiocruz imagens Foto Josueacute Damacena
Sabethes Fiocruz imagens Foto Raquel Portugal
Aedes aegypti Fiocruz imagens Foto Raquel Portugal
HabitatAmbiente silvestre comomatas (copa das aacutervores)
ou na periferia das florestas
Ambiente silvestre comomatas (copa das aacutervores)
Ambiente urbano e periurbano
(em torno das residecircncias)
Aparecircncia
Haemagogus leucocelaenuscastanho-escuro preto sem
listras brancas nas patasHaemagogus janthinomyscorpo brilhoso e colorido
Colorido metalizado comtons violeta roxo azul e verde (dependendo da
espeacutecie)
Preto com listras brancasno toacuterax e nas patas
HaacutebitoDiurno com maior atividade
para picadas entre meio-dia e o pocircr do sol
Diurno com maior atividadepara picadas entre
meio-dia e o pocircr do sol
Diurno com maior atividadepara picadas no comeccedilo da manhatilde e no final da
tarde mas tambeacutem pode picar agrave noite
Distacircncia de voo A espeacutecie Hg leococelaenuspode voar por cerca de 6 km Natildeo eacute conhecida
Voa usualmente num raio de 40 a 50 metros Pode atingirateacute 600 metros caso precise
Alvo preferencial Macacos mas pode picarhumanos
Macacos mas pode picarhumanos Humanos
Tramissatildeo do viacuterusda Febre Amarela
Somente a fecircmea transmiteResponsaacutevel pela transmissatildeo
no ciclo silvestre
Somente a fecircmea transmiteResponsaacutevel pela transmissatildeo
no ciclo silvestre
Somente a fecircmea transmiteResponsaacutevel pela transmissatildeo
no ciclo urbano
Criadouros eoviposiccedilatildeo
Deposita os ovos na paredeinterna de ocos das aacutervores
e bambus proacuteximo agravelacircmina drsquoaacutegua
Coloca os ovos diretamentesobre a superfiacutecie da aacutegua
acumulada em ocos das aacuter-vores e bambus
Deposita os ovos na parede interna do criadouro
proacuteximo agrave lacircmina drsquoaacutegua Tem preferecircncia por ambientes
artificiais comuns no ambiente urbano pneus caixa drsquoaacutegua bandeja de ar condicionado vaso de planta ralos dentre
outros
Resistecircncia dos ovos
Ficam viaacuteveis para eclosatildeo por cerca de quatro meses
em ambientes secos
Precisam entrar em contato com a aacutegua logo apoacutes a postura Natildeo resistem em
ambientes sem aacutegua
Ficam viaacuteveis para eclosatildeopor cerca de um ano em
ambientes secos
Ciclo de vida(da eclosatildeo do ovo agrave fase adulta)
7 a 10 dias Cerca de um mecircs 7 a 10 dias
Tempo de vida(na fase adulta) Cerca de 30 dias Ultrapassa meses apoacutes
atingir a idade adulta Cerca de 30 dias
zoonoses Febre Amarela Silvestre
Haemagogus Sabethes e Aedes aegypti semelhanccedilas e diferenccedilas Serviccedilo de Jornalismo e Comunicaccedilatildeo Instituto Oswaldo Cruz - IOC
continuaccedilatildeo
A equipe do Programa Institucional Biodiversidade e Sauacutede Sil-vestre (PIBSS) da Fiocruz realizou a uacuteltima fase do projeto Sauacutede silvestre e inclusatildeo digital a parti cipaccedilatildeo comunitaacuteria no monito-ramento da biodiversidade na Reserva Extrativista Tapajoacutes-Arapi-uns no Paraacute e nos municiacutepios de Uruccediluca Ilheacuteus e Itacareacute no sul da Bahia O objetivo desta etapa foi identificar tomadores de decisatildeo locais para engajaacute-los na busca de caminhos para a me-lhoria da qualidade de vida e da sauacutede e para a conservaccedilatildeo da biodiversidade
Fiocruz conclui na Amazocircnia e Bahia projeto lsquoSauacutede silvestre e inclusatildeo digitalrsquo Agecircncia Fiocruz
ParaacuteAo longo de 17 dias de trabalho foram percorridos 2195 km em embarcaccedilatildeo pelos rios Tapajoacutes e Arapiuns Neste percurso foram realizadas 53 oficinas em 27 comunidades-polo ribei-rinhas e indiacutegenas com a participaccedilatildeo de cerca de 1500 pes-soas Os resultados do projeto foram compartilhados com es-pecialistas ONGs e instituiccedilotildees parceiras durante o seminaacuterio Biodiversidade e Sauacutede na Resex Tapajoacutes-Arapiuns desafios para a conservaccedilatildeo e a qualidade de vida realizado no au-ditoacuterio da Universidade Federal do Oeste do Paraacute (Ufopa) em Santareacutem O encerramento do projeto na Resex Tapajoacutes-Arapi-uns aconteceu na sede do Centro Experimental da Floresta Ati-va (Cefa) do projeto Sauacutede Alegria na comunidade do Caratildeo (PA) em 30 de junho
Sul da BahiaNo sul da Bahia foram realizadas oficinas e rodas de conver-sa com agentes da sauacutede indiacutegena e agentes comunitaacuterios de sauacutede que residem em comunidades tradicionais e qui-lombolas no entorno e no interior do Parque Estadual Serra do Conduru Guardas-parque de unidades de conservaccedilatildeo da regiatildeo profissionais de sauacutede professores liacutederes comunitaacuterios es-tudantes de graduaccedilatildeo e poacutes-graduaccedilatildeo e agentes do Bata-lhatildeo Florestal da Bahia discutiram a importacircncia da sauacutede silvestre para a sauacutede humana em quatro cursos com cerca de 200 participantes O encerramento do projeto aconteceu com um sarau em Uruccediluca em 9 de julho
O projeto identificou nos territoacuterios estudados a percepccedilatildeo das pessoas sobre o risco da transmissatildeo e emergecircncia de zoonoses advindos da biodiversidade e os diversos fatores ambientais sociais e conjunturais que favorecem a trans-missatildeo de doenccedilas A equipe levou agraves comunidades locais a proposta de monitoramento da fauna silvestre com participaccedilatildeo cidadatilde com a formaccedilatildeo de colaboradores comunitaacuterios no uso do aplicativo SISS-Geo (Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre) O treinamento permitiraacute a avaliaccedilatildeo e melhoramento do app para uso em aacutereas vulneraacuteveis e distantes
ReconhecimentoTrecircs colaboradores do Paraacute e trecircs da Bahia se destacaram com o maior nuacutemero de registros de animais silvestres envia-dos pelo aplicativo SISS-Geo e foram premiados com um certificado de reconhecimento Gerente do projeto no Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) Alexandre Ferrazoli integrou a equipe na expediccedilatildeo do rio Arapiuns (PA)ldquoDurante dois anos e meio eu acompanhei com muito interesse este projeto e no final tive o prazer de fazer parte por 14 dias da 4ordm Expediccedilatildeo Arapiuns Pude vivenciar a dedicaccedilatildeo o profissionalismo e o carinho com que esta equi-pe executou o projeto Tive o orgulho de me sentir parte desta equipe que me fez sentir a realidade mais de perto e aprender muitordquo disse FerrazoliA equipe multidisciplinar composta de bioacutelogos meacutedicos veterinaacuterios antropoacuteloga cientistas da computaccedilatildeo geoacutegra-fa profissionais de comunicaccedilatildeo design e administraccedilatildeo executou o projeto durante dois anos e sete meses A inicia-tiva recebeu em maio deste ano o Precircmio Nacional de Biodiversidade 2017
Fotos Andreacute Telles
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5a EXPEDICcedilAtildeO - SUL DA BAHIA
A Plataforma Institucional de Biodiversidade e Sauacutede Silvestre (PIBSS) concluiu o projeto Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo digital a participaccedilatildeo comunitaacuteria no Sauacutede silvestre e inclusatildeo digital nos municiacutepios de Uruccedilu-ca Ilheacuteus e Itacareacute no sul da Bahia O objetivo desta etapa foi identificar tomadores de decisatildeo locais para engajaacute-los na busca de caminhos para a melhoria da qualidade de vida e da sauacutede e para a conservaccedilatildeo da biodiversidade
CERTIFICACcedilAtildeO DE TECNOLOGIA SOCIAL
O Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre (SISS-Geo) da Fiocruz foi uma das 173 iniciativas certifica-das pela Fundaccedilatildeo Banco do Brasil em 2017 entre 735 inscritas Em sua nona ediccedilatildeo a premiaccedilatildeo da Fundaccedilatildeo Banco do Brasil tem o objetivo de levantar projetos sustentaacuteveis que possam ser reaplicados em diversas comunidadesO SISS-GEO passa a compor o Banco de Tecnologia Social (BTS) da Fundaccedilatildeo BB que agora conta com 995 iniciativas aptas para reaplicaccedilatildeo
BIODIVERSIDADE FAZ BEM Agrave SAUDE Guia Praacutetico
O livro-guia foi construiacutedo a partir das experiecircncias vividas em muitos trabalhos de campo nas ofici-nas com as comunidades rodas de conversa e pa-lestras realizadas durante o Projeto ldquoSauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital a participaccedilatildeo de comunidades no monitoramento e na aplicaccedilatildeo de boas praacuteticas para o controle e prevenccedilatildeo de zoonoses emergentesrdquo
PREcircMIO NACIONAL DA BIODIVERSIDADE
Em cooperaccedilatildeo com a Secretaria Estadual de Sauacutede do Rio de Janeiro a Fiocruz realizou um painel so-bre febre amarela e monitoramento de primatas em territoacuterio fluminense devido ao recente surto da doenccedila em estados vizinhos O painel que tratou do viacuterus dos vetores dos macacos da doenccedila e da vaci-na vai discutir propostas para o fortalecimento da integraccedilatildeo entre os diversos setores e alinhar accedilotildees para a detecccedilatildeo precoce de macacos mortos e inter-
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LINHA DO TEMPO
JULHO
JULHO
AGOSTOJULHO
2017
PREcircMIO NACIONAL DA BIODIVERSIDADE
O projeto da Fiocruz Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Di-gital participaccedilatildeo comunitaacuteria no monitoramento da biodiversidade foi o vencedor da categoria Oacutergatildeos Puacuteblicos do Precircmio Nacional de Biodiversidade pro-movido pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente A segunda ediccedilatildeo do evento foi realizada em 22 de maio de 2017 no Palaacutecio do Itamaraty em Brasiacutelia no dia em que se comemora o Dia Internacional da Biodiversidade
4a e 5a EXPEDICcedilOtildeES - TAPAJOacuteSARAPIUNS
A Plataforma Institucional de Biodiversidade e Sauacutede Silvestre (PIBSS) concluiu o projeto Sauacutede Silvestre e inclusatildeo digital a participaccedilatildeo comunitaacuteria no Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital na Reserva Extrativista Tapajoacutes-Arapiuns no ParaacuteO objetivo desta etapa foi identificar tomadores de decisatildeo locais para engajaacute-los na busca de caminhos para a melhoria da qualidade de vida e da sauacutede e para a conservaccedilatildeo da biodiversidade
MAIO
JUNHO
PAINEL FEBRE AMARELA
Em cooperaccedilatildeo com a Secretaria Estadual de Sauacutede do Rio de Janeiro a Fiocruz realizou um painel so-bre febre amarela e monitoramento de primatas em territoacuterio fluminense devido ao recente surto da doenccedila em estados vizinhos O painel que tratou do viacuterus dos vetores dos macacos da doenccedila e da vaci-na vai discutir propostas para o fortalecimento da integraccedilatildeo entre os diversos setores e alinhar accedilotildees para a detecccedilatildeo precoce de macacos mortos e inter-cacircmbio de informaccedilotildees
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LINHA DO TEMPO
JANEIRO
2017
TOP COLABORADOR
SISS-Geo premiou os dez colaboradores e estados brasileiros que mais enviaram registros em 2016Desde o seu lanccedilamento em 2014 o Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre SISS-Geo totaliza 937 pessoas cadastradas Os dez colaboradores que mais se destacaram em 2016 satildeo do Rio de Janeiro (3) Bahia (3) Paraacute (3) e Pernambuco (1)
MARCcedilO
REUNIAtildeO RESEX TAPAJOacuteS
Conselho Deliberativo da RESEX Tapajoacutes Arapiuns se reuniu para apresentar resultados de pesquisas na regiatildeo O Conselho possui 48 cadeiras (27 comu-nitaacuterias e 21 natildeo comunitaacuterias) distribuiacutedas entre 76 entidades titulares e suplentes (48 comunitaacuterias e 28 natildeo comunitaacuterias)
FEVEREIRO
OFICINA FEBRE AMARELA - Imprensa
Oficina realizada (104) no campus de Manguinhos no Rio de Janeiro informou profissionais de comuni-caccedilatildeo sobre os diversos aspectos da doenccedila O objetivo era capacitar os jornalistas sobre a enfer-midade jaacute que esses profissionais satildeo muitas vezes responsaacuteveis por levar agrave populaccedilatildeo de forma sim-ples informaccedilotildees atualizadas e apuradas correta-mente
ABRIL
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PELO CELULAR
PELA WEB
Seja um ator no monitoramento em Sauacutede Silvestre
Plataforma Institucional Biodiversidade Sauacutede Silvestre - FiocruzBoletim Informativo 009 - Setembro 2017Ediccedilatildeo e Textos Marcia Chame Rita Braune
acesse o sitewwwbiodiversidadecissfiocruzbr
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pela produccedilatildeo agropecuaacuteria produccedilatildeo de carvatildeo e conversatildeo das aacutereas florestadas em aacutereas de monoculturas de eucalipto O desmatamento gera impactos negativos para os primatas (dos gecircneros Callithrix Alouatta Cebus Ateles Aotus Saimiri Sapajus) que sobrevivem nessas pequenas porccedilotildees florestais como por exemplo a concentraccedilatildeo de indiviacuteduos o que fa-vorece a transmissatildeo do viacuterus pelos vetores a competiccedilatildeo in-tra e interespeciacutefica e o estresse promovido pela li mitaccedilatildeo de alimentos espaccedilo entre outros recursos vitais que atrelados podem promover a alteraccedilatildeo da imunidade indivi dual tor-nando-os suscetiacuteveis agraves infecccedilotildees a dispersatildeo para outras aacutereas em busca de melhores condiccedilotildees o que pode aumentar o estresse e a dispersatildeo viral As alteraccedilotildees no regime de chuvas e temperaturas provo-cadas pelas mudanccedilas climaacuteticas regionais interferem dire-tamente na vida silvestre No ciclo de transmissatildeo da febre amarela chuvas isoladas e temperaturas elevadas favorecem a reproduccedilatildeo e disseminaccedilatildeo dos principais gecircneros de mos-quitos transmissores da Febre Amarela Silvestre Haemagogus e Sabethes que habitam aacutereas de mata fechada ou as bordas das matas e depositam seus ovos em cavidades de troncos de aacutervores e em bromeacutelias que acumulam aacutegua das chuvas A temperatura elevada favorece a replicaccedilatildeo viral nos veto-res o que contribui para altas taxas de carga viral tanto nos mosquitos quanto nos primatas tornando-os amplificadores (Almeida et al 2016) Nos ambientes naturais ainda se faz necessaacuterio a identificaccedilatildeo do papel de cada espeacutecie de prima-ta na manutenccedilatildeo do viacuterus na natureza bem como de outras espeacutecies como preguiccedilas morcegos marsupiais e eventual-mente ainda outros mamiacuteferosAleacutem do desmatamento e das mudanccedilas climaacuteticas outros fatores podem estar relacionados agrave dinacircmica do surto re-cente de Febre Amarela Silvestre Estudos recentes mostram a emergecircncia de novas alteraccedilotildees geneacuteticas no viacuterus aleacutem
da transmissatildeo transovariana do viacuterus (Bonaldo et al 2017 Almeida et al 2016 De Souza et al 2010) Deve-se considerar tambeacutem a necessidade de estudos aprofundados do impacto da introduccedilatildeo de espeacutecies exoacuteticas invasoras como eacute o caso do Callithrix jacchus que por sua capacidade de dispersatildeo e colonizaccedilatildeo de ambientes antropizados podem ampliar a ve-locidade e aacuterea de circulaccedilatildeo do viacuterus Em siacutentese observa-se que nas regiotildees onde o surto iniciou as condiccedilotildees ambientais ofereceram extensas aacutereas com frag-mentos florestais irregulares menores que 5 ha e proacuteximos entre si elevaccedilatildeo das temperaturas meacutedias observadas em 2016 com incremento de 06 a 15degC (INMET 2017) anor-malidade no periacuteodo seco seguido de chuvas isoladas no fim de 2016 e iniacutecio de 2017 populaccedilotildees de primatas e mosqui-tos habitantes dos fragmentos e proximidade de populaccedilotildees humanas e suas atividadesApesar das evidecircncias da convergecircncia destes fatores para a inauguraccedilatildeo do atual evento epidemioloacutegico muitas lacunas e perguntas ainda faltam ser respondidas para a compreensatildeo da rapidez e da extensatildeo alcanccedilada pelos casos de Febre Ama-rela Silvestre no sudeste do Paiacutes Dentre elas vale o aprofun-damento na investigaccedilatildeo da evoluccedilatildeo filogeneacutetica do viacuterus no papel das espeacutecies hospedeiras na manutenccedilatildeo e amplifi-caccedilatildeo viral e sua dinacircmica de dispersatildeo entre os fragmentos florestais a compreensatildeo do efeito da fragmentaccedilatildeo flores-tal e das mudanccedilas climaacuteticas nos habitats das espeacutecies inte-grantes ao ciclo da febre amarela a construccedilatildeo de modelos de previsatildeo sobre a dinacircmica de distribuiccedilatildeo geograacutefica da febre amarela e outras arboviroses A partir dessas pesquisas seraacute possiacutevel identificarconfirmar as condiccedilotildees ambientais fa-voraacuteveis agrave infecccedilatildeo prever os caminhos de disseminaccedilatildeo da doenccedila apoiar as tomadas de decisatildeo poliacuteticas e direcionar os esforccedilos de vigilacircncia e imunizaccedilatildeo das populaccedilotildees humanas nas regiotildees mais vulneraacuteveis
zoonoses Febre Amarela Silvestre continuaccedilatildeo
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
Almeida PS Silva JO Ramos EP Batista PM Faccenda O De Paula MB Monteiro AO Mucci LF Vector aspects in risk areas for silvatic yellow fever in the state of Mato Grosso do Sul Brazil Rev Patol Trop 45 (4)398-411 2016 Disponiacutevel em httpsrevistasufgbriptsparticledownload4460222046Bonaldo M C Goacutemez MM Santos AAC Abreu FVS Ferreira-De-Brito A Miranda RM Castro MG Oliveira RL Genome analysis of yellow fever virus of the ongoing outbreak in Brazil reveals polymorphisms Mem Inst Oswaldo Cruz112 (6) 447-451 2017 Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S007402762017000600447amplng=enampnrm=isoDe Souza R P Foster P G Sallum M A M Coimbra T LM Maeda A Y Silveira V R Moreno E S da Silva F G Rocco I M Ferreira I B Suzuki A Oshiro F M Petrella S MCN Pereira L E Katz G Tengan C H Siciliano M M dos Santos C LS Detec-tion of a new yellow fever virus lineage within the South American genotype I in Brazil J Med Virol 82 175ndash185 2010 doi101002jmv21606Estrada-Pentildea A Ostfeld R S Peterson A T Poulin R Fuente J Effects of Environmental change on zoonotic disease risk an eco-logical primer Trends in Parasitology 30 (4)205-214 2014 Disponiacutevel em httpwwwcellcomtrendsparasitologyabstractS1471-4922(14)00032-4Fundaccedilatildeo SOS Mata Atlacircntica Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlacircntica periacuteodo 2015-2016 Satildeo Paulo 2017 69p Fundaccedilatildeo SOS Mata Atlacircntica Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlacircntica periacuteodo 2013-2014 Satildeo Paulo 2015 60p INMET ndash Instituto Nacional de Meteorologia Banco de Dados Meteoroloacutegicos para Ensino e Pesquisa Anomalias de temperaturas meacutedias 2016 Disponiacutevel em httpwwwinmetgovbr Keesing F Holt R D Ostfeld R S Effects of species diversity on disease risk Ecology Letters 9 485-495 2006 Poulin R Forbes M Meta-analysis and research on host-parasite interactions past and future Evol Ecol 261169-1185 2012 Stephens PR AltizerS Smith KF Aguirre AA Brown JH Budischak SA ByersJE Dallas TA Davies TJ DrakeJM Ezenwa VO Farrell M Gittleman JL Han BA Huang S Hutchinson RA Johson P Nunn CL Onstad D Park A Vazquez-Proko-pecGM SchmidtJP PoulinR The macroecology of infectious diseases a new perspective on global-scale drivers of pathogen distribution and impacts Ecology Letters 2016 13p doi 101111ele12644 Disponiacutevel em httpswwwresearchgatenetpublica-tion304609813Xavier S D C Roque A L R Lima V S Monteiro K J L Otaviano J C R Lower Richness of small wild mammals species and Chagas disease risk PLoS Neglected Tropical Diseases 6 (5)1-11 2012 Disponiacutevel em httpwwwplosntdsorgarticleinfo3A-doi2F1013712Fjournalpntd0001647
5
Haemagogus Fiocruz imagens Foto Josueacute Damacena
Sabethes Fiocruz imagens Foto Raquel Portugal
Aedes aegypti Fiocruz imagens Foto Raquel Portugal
HabitatAmbiente silvestre comomatas (copa das aacutervores)
ou na periferia das florestas
Ambiente silvestre comomatas (copa das aacutervores)
Ambiente urbano e periurbano
(em torno das residecircncias)
Aparecircncia
Haemagogus leucocelaenuscastanho-escuro preto sem
listras brancas nas patasHaemagogus janthinomyscorpo brilhoso e colorido
Colorido metalizado comtons violeta roxo azul e verde (dependendo da
espeacutecie)
Preto com listras brancasno toacuterax e nas patas
HaacutebitoDiurno com maior atividade
para picadas entre meio-dia e o pocircr do sol
Diurno com maior atividadepara picadas entre
meio-dia e o pocircr do sol
Diurno com maior atividadepara picadas no comeccedilo da manhatilde e no final da
tarde mas tambeacutem pode picar agrave noite
Distacircncia de voo A espeacutecie Hg leococelaenuspode voar por cerca de 6 km Natildeo eacute conhecida
Voa usualmente num raio de 40 a 50 metros Pode atingirateacute 600 metros caso precise
Alvo preferencial Macacos mas pode picarhumanos
Macacos mas pode picarhumanos Humanos
Tramissatildeo do viacuterusda Febre Amarela
Somente a fecircmea transmiteResponsaacutevel pela transmissatildeo
no ciclo silvestre
Somente a fecircmea transmiteResponsaacutevel pela transmissatildeo
no ciclo silvestre
Somente a fecircmea transmiteResponsaacutevel pela transmissatildeo
no ciclo urbano
Criadouros eoviposiccedilatildeo
Deposita os ovos na paredeinterna de ocos das aacutervores
e bambus proacuteximo agravelacircmina drsquoaacutegua
Coloca os ovos diretamentesobre a superfiacutecie da aacutegua
acumulada em ocos das aacuter-vores e bambus
Deposita os ovos na parede interna do criadouro
proacuteximo agrave lacircmina drsquoaacutegua Tem preferecircncia por ambientes
artificiais comuns no ambiente urbano pneus caixa drsquoaacutegua bandeja de ar condicionado vaso de planta ralos dentre
outros
Resistecircncia dos ovos
Ficam viaacuteveis para eclosatildeo por cerca de quatro meses
em ambientes secos
Precisam entrar em contato com a aacutegua logo apoacutes a postura Natildeo resistem em
ambientes sem aacutegua
Ficam viaacuteveis para eclosatildeopor cerca de um ano em
ambientes secos
Ciclo de vida(da eclosatildeo do ovo agrave fase adulta)
7 a 10 dias Cerca de um mecircs 7 a 10 dias
Tempo de vida(na fase adulta) Cerca de 30 dias Ultrapassa meses apoacutes
atingir a idade adulta Cerca de 30 dias
zoonoses Febre Amarela Silvestre
Haemagogus Sabethes e Aedes aegypti semelhanccedilas e diferenccedilas Serviccedilo de Jornalismo e Comunicaccedilatildeo Instituto Oswaldo Cruz - IOC
continuaccedilatildeo
A equipe do Programa Institucional Biodiversidade e Sauacutede Sil-vestre (PIBSS) da Fiocruz realizou a uacuteltima fase do projeto Sauacutede silvestre e inclusatildeo digital a parti cipaccedilatildeo comunitaacuteria no monito-ramento da biodiversidade na Reserva Extrativista Tapajoacutes-Arapi-uns no Paraacute e nos municiacutepios de Uruccediluca Ilheacuteus e Itacareacute no sul da Bahia O objetivo desta etapa foi identificar tomadores de decisatildeo locais para engajaacute-los na busca de caminhos para a me-lhoria da qualidade de vida e da sauacutede e para a conservaccedilatildeo da biodiversidade
Fiocruz conclui na Amazocircnia e Bahia projeto lsquoSauacutede silvestre e inclusatildeo digitalrsquo Agecircncia Fiocruz
ParaacuteAo longo de 17 dias de trabalho foram percorridos 2195 km em embarcaccedilatildeo pelos rios Tapajoacutes e Arapiuns Neste percurso foram realizadas 53 oficinas em 27 comunidades-polo ribei-rinhas e indiacutegenas com a participaccedilatildeo de cerca de 1500 pes-soas Os resultados do projeto foram compartilhados com es-pecialistas ONGs e instituiccedilotildees parceiras durante o seminaacuterio Biodiversidade e Sauacutede na Resex Tapajoacutes-Arapiuns desafios para a conservaccedilatildeo e a qualidade de vida realizado no au-ditoacuterio da Universidade Federal do Oeste do Paraacute (Ufopa) em Santareacutem O encerramento do projeto na Resex Tapajoacutes-Arapi-uns aconteceu na sede do Centro Experimental da Floresta Ati-va (Cefa) do projeto Sauacutede Alegria na comunidade do Caratildeo (PA) em 30 de junho
Sul da BahiaNo sul da Bahia foram realizadas oficinas e rodas de conver-sa com agentes da sauacutede indiacutegena e agentes comunitaacuterios de sauacutede que residem em comunidades tradicionais e qui-lombolas no entorno e no interior do Parque Estadual Serra do Conduru Guardas-parque de unidades de conservaccedilatildeo da regiatildeo profissionais de sauacutede professores liacutederes comunitaacuterios es-tudantes de graduaccedilatildeo e poacutes-graduaccedilatildeo e agentes do Bata-lhatildeo Florestal da Bahia discutiram a importacircncia da sauacutede silvestre para a sauacutede humana em quatro cursos com cerca de 200 participantes O encerramento do projeto aconteceu com um sarau em Uruccediluca em 9 de julho
O projeto identificou nos territoacuterios estudados a percepccedilatildeo das pessoas sobre o risco da transmissatildeo e emergecircncia de zoonoses advindos da biodiversidade e os diversos fatores ambientais sociais e conjunturais que favorecem a trans-missatildeo de doenccedilas A equipe levou agraves comunidades locais a proposta de monitoramento da fauna silvestre com participaccedilatildeo cidadatilde com a formaccedilatildeo de colaboradores comunitaacuterios no uso do aplicativo SISS-Geo (Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre) O treinamento permitiraacute a avaliaccedilatildeo e melhoramento do app para uso em aacutereas vulneraacuteveis e distantes
ReconhecimentoTrecircs colaboradores do Paraacute e trecircs da Bahia se destacaram com o maior nuacutemero de registros de animais silvestres envia-dos pelo aplicativo SISS-Geo e foram premiados com um certificado de reconhecimento Gerente do projeto no Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) Alexandre Ferrazoli integrou a equipe na expediccedilatildeo do rio Arapiuns (PA)ldquoDurante dois anos e meio eu acompanhei com muito interesse este projeto e no final tive o prazer de fazer parte por 14 dias da 4ordm Expediccedilatildeo Arapiuns Pude vivenciar a dedicaccedilatildeo o profissionalismo e o carinho com que esta equi-pe executou o projeto Tive o orgulho de me sentir parte desta equipe que me fez sentir a realidade mais de perto e aprender muitordquo disse FerrazoliA equipe multidisciplinar composta de bioacutelogos meacutedicos veterinaacuterios antropoacuteloga cientistas da computaccedilatildeo geoacutegra-fa profissionais de comunicaccedilatildeo design e administraccedilatildeo executou o projeto durante dois anos e sete meses A inicia-tiva recebeu em maio deste ano o Precircmio Nacional de Biodiversidade 2017
Fotos Andreacute Telles
6
5a EXPEDICcedilAtildeO - SUL DA BAHIA
A Plataforma Institucional de Biodiversidade e Sauacutede Silvestre (PIBSS) concluiu o projeto Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo digital a participaccedilatildeo comunitaacuteria no Sauacutede silvestre e inclusatildeo digital nos municiacutepios de Uruccedilu-ca Ilheacuteus e Itacareacute no sul da Bahia O objetivo desta etapa foi identificar tomadores de decisatildeo locais para engajaacute-los na busca de caminhos para a melhoria da qualidade de vida e da sauacutede e para a conservaccedilatildeo da biodiversidade
CERTIFICACcedilAtildeO DE TECNOLOGIA SOCIAL
O Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre (SISS-Geo) da Fiocruz foi uma das 173 iniciativas certifica-das pela Fundaccedilatildeo Banco do Brasil em 2017 entre 735 inscritas Em sua nona ediccedilatildeo a premiaccedilatildeo da Fundaccedilatildeo Banco do Brasil tem o objetivo de levantar projetos sustentaacuteveis que possam ser reaplicados em diversas comunidadesO SISS-GEO passa a compor o Banco de Tecnologia Social (BTS) da Fundaccedilatildeo BB que agora conta com 995 iniciativas aptas para reaplicaccedilatildeo
BIODIVERSIDADE FAZ BEM Agrave SAUDE Guia Praacutetico
O livro-guia foi construiacutedo a partir das experiecircncias vividas em muitos trabalhos de campo nas ofici-nas com as comunidades rodas de conversa e pa-lestras realizadas durante o Projeto ldquoSauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital a participaccedilatildeo de comunidades no monitoramento e na aplicaccedilatildeo de boas praacuteticas para o controle e prevenccedilatildeo de zoonoses emergentesrdquo
PREcircMIO NACIONAL DA BIODIVERSIDADE
Em cooperaccedilatildeo com a Secretaria Estadual de Sauacutede do Rio de Janeiro a Fiocruz realizou um painel so-bre febre amarela e monitoramento de primatas em territoacuterio fluminense devido ao recente surto da doenccedila em estados vizinhos O painel que tratou do viacuterus dos vetores dos macacos da doenccedila e da vaci-na vai discutir propostas para o fortalecimento da integraccedilatildeo entre os diversos setores e alinhar accedilotildees para a detecccedilatildeo precoce de macacos mortos e inter-
7
LINHA DO TEMPO
JULHO
JULHO
AGOSTOJULHO
2017
PREcircMIO NACIONAL DA BIODIVERSIDADE
O projeto da Fiocruz Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Di-gital participaccedilatildeo comunitaacuteria no monitoramento da biodiversidade foi o vencedor da categoria Oacutergatildeos Puacuteblicos do Precircmio Nacional de Biodiversidade pro-movido pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente A segunda ediccedilatildeo do evento foi realizada em 22 de maio de 2017 no Palaacutecio do Itamaraty em Brasiacutelia no dia em que se comemora o Dia Internacional da Biodiversidade
4a e 5a EXPEDICcedilOtildeES - TAPAJOacuteSARAPIUNS
A Plataforma Institucional de Biodiversidade e Sauacutede Silvestre (PIBSS) concluiu o projeto Sauacutede Silvestre e inclusatildeo digital a participaccedilatildeo comunitaacuteria no Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital na Reserva Extrativista Tapajoacutes-Arapiuns no ParaacuteO objetivo desta etapa foi identificar tomadores de decisatildeo locais para engajaacute-los na busca de caminhos para a melhoria da qualidade de vida e da sauacutede e para a conservaccedilatildeo da biodiversidade
MAIO
JUNHO
PAINEL FEBRE AMARELA
Em cooperaccedilatildeo com a Secretaria Estadual de Sauacutede do Rio de Janeiro a Fiocruz realizou um painel so-bre febre amarela e monitoramento de primatas em territoacuterio fluminense devido ao recente surto da doenccedila em estados vizinhos O painel que tratou do viacuterus dos vetores dos macacos da doenccedila e da vaci-na vai discutir propostas para o fortalecimento da integraccedilatildeo entre os diversos setores e alinhar accedilotildees para a detecccedilatildeo precoce de macacos mortos e inter-cacircmbio de informaccedilotildees
8
LINHA DO TEMPO
JANEIRO
2017
TOP COLABORADOR
SISS-Geo premiou os dez colaboradores e estados brasileiros que mais enviaram registros em 2016Desde o seu lanccedilamento em 2014 o Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre SISS-Geo totaliza 937 pessoas cadastradas Os dez colaboradores que mais se destacaram em 2016 satildeo do Rio de Janeiro (3) Bahia (3) Paraacute (3) e Pernambuco (1)
MARCcedilO
REUNIAtildeO RESEX TAPAJOacuteS
Conselho Deliberativo da RESEX Tapajoacutes Arapiuns se reuniu para apresentar resultados de pesquisas na regiatildeo O Conselho possui 48 cadeiras (27 comu-nitaacuterias e 21 natildeo comunitaacuterias) distribuiacutedas entre 76 entidades titulares e suplentes (48 comunitaacuterias e 28 natildeo comunitaacuterias)
FEVEREIRO
OFICINA FEBRE AMARELA - Imprensa
Oficina realizada (104) no campus de Manguinhos no Rio de Janeiro informou profissionais de comuni-caccedilatildeo sobre os diversos aspectos da doenccedila O objetivo era capacitar os jornalistas sobre a enfer-midade jaacute que esses profissionais satildeo muitas vezes responsaacuteveis por levar agrave populaccedilatildeo de forma sim-ples informaccedilotildees atualizadas e apuradas correta-mente
ABRIL
9
PELO CELULAR
PELA WEB
Seja um ator no monitoramento em Sauacutede Silvestre
Plataforma Institucional Biodiversidade Sauacutede Silvestre - FiocruzBoletim Informativo 009 - Setembro 2017Ediccedilatildeo e Textos Marcia Chame Rita Braune
acesse o sitewwwbiodiversidadecissfiocruzbr
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Haemagogus Fiocruz imagens Foto Josueacute Damacena
Sabethes Fiocruz imagens Foto Raquel Portugal
Aedes aegypti Fiocruz imagens Foto Raquel Portugal
HabitatAmbiente silvestre comomatas (copa das aacutervores)
ou na periferia das florestas
Ambiente silvestre comomatas (copa das aacutervores)
Ambiente urbano e periurbano
(em torno das residecircncias)
Aparecircncia
Haemagogus leucocelaenuscastanho-escuro preto sem
listras brancas nas patasHaemagogus janthinomyscorpo brilhoso e colorido
Colorido metalizado comtons violeta roxo azul e verde (dependendo da
espeacutecie)
Preto com listras brancasno toacuterax e nas patas
HaacutebitoDiurno com maior atividade
para picadas entre meio-dia e o pocircr do sol
Diurno com maior atividadepara picadas entre
meio-dia e o pocircr do sol
Diurno com maior atividadepara picadas no comeccedilo da manhatilde e no final da
tarde mas tambeacutem pode picar agrave noite
Distacircncia de voo A espeacutecie Hg leococelaenuspode voar por cerca de 6 km Natildeo eacute conhecida
Voa usualmente num raio de 40 a 50 metros Pode atingirateacute 600 metros caso precise
Alvo preferencial Macacos mas pode picarhumanos
Macacos mas pode picarhumanos Humanos
Tramissatildeo do viacuterusda Febre Amarela
Somente a fecircmea transmiteResponsaacutevel pela transmissatildeo
no ciclo silvestre
Somente a fecircmea transmiteResponsaacutevel pela transmissatildeo
no ciclo silvestre
Somente a fecircmea transmiteResponsaacutevel pela transmissatildeo
no ciclo urbano
Criadouros eoviposiccedilatildeo
Deposita os ovos na paredeinterna de ocos das aacutervores
e bambus proacuteximo agravelacircmina drsquoaacutegua
Coloca os ovos diretamentesobre a superfiacutecie da aacutegua
acumulada em ocos das aacuter-vores e bambus
Deposita os ovos na parede interna do criadouro
proacuteximo agrave lacircmina drsquoaacutegua Tem preferecircncia por ambientes
artificiais comuns no ambiente urbano pneus caixa drsquoaacutegua bandeja de ar condicionado vaso de planta ralos dentre
outros
Resistecircncia dos ovos
Ficam viaacuteveis para eclosatildeo por cerca de quatro meses
em ambientes secos
Precisam entrar em contato com a aacutegua logo apoacutes a postura Natildeo resistem em
ambientes sem aacutegua
Ficam viaacuteveis para eclosatildeopor cerca de um ano em
ambientes secos
Ciclo de vida(da eclosatildeo do ovo agrave fase adulta)
7 a 10 dias Cerca de um mecircs 7 a 10 dias
Tempo de vida(na fase adulta) Cerca de 30 dias Ultrapassa meses apoacutes
atingir a idade adulta Cerca de 30 dias
zoonoses Febre Amarela Silvestre
Haemagogus Sabethes e Aedes aegypti semelhanccedilas e diferenccedilas Serviccedilo de Jornalismo e Comunicaccedilatildeo Instituto Oswaldo Cruz - IOC
continuaccedilatildeo
A equipe do Programa Institucional Biodiversidade e Sauacutede Sil-vestre (PIBSS) da Fiocruz realizou a uacuteltima fase do projeto Sauacutede silvestre e inclusatildeo digital a parti cipaccedilatildeo comunitaacuteria no monito-ramento da biodiversidade na Reserva Extrativista Tapajoacutes-Arapi-uns no Paraacute e nos municiacutepios de Uruccediluca Ilheacuteus e Itacareacute no sul da Bahia O objetivo desta etapa foi identificar tomadores de decisatildeo locais para engajaacute-los na busca de caminhos para a me-lhoria da qualidade de vida e da sauacutede e para a conservaccedilatildeo da biodiversidade
Fiocruz conclui na Amazocircnia e Bahia projeto lsquoSauacutede silvestre e inclusatildeo digitalrsquo Agecircncia Fiocruz
ParaacuteAo longo de 17 dias de trabalho foram percorridos 2195 km em embarcaccedilatildeo pelos rios Tapajoacutes e Arapiuns Neste percurso foram realizadas 53 oficinas em 27 comunidades-polo ribei-rinhas e indiacutegenas com a participaccedilatildeo de cerca de 1500 pes-soas Os resultados do projeto foram compartilhados com es-pecialistas ONGs e instituiccedilotildees parceiras durante o seminaacuterio Biodiversidade e Sauacutede na Resex Tapajoacutes-Arapiuns desafios para a conservaccedilatildeo e a qualidade de vida realizado no au-ditoacuterio da Universidade Federal do Oeste do Paraacute (Ufopa) em Santareacutem O encerramento do projeto na Resex Tapajoacutes-Arapi-uns aconteceu na sede do Centro Experimental da Floresta Ati-va (Cefa) do projeto Sauacutede Alegria na comunidade do Caratildeo (PA) em 30 de junho
Sul da BahiaNo sul da Bahia foram realizadas oficinas e rodas de conver-sa com agentes da sauacutede indiacutegena e agentes comunitaacuterios de sauacutede que residem em comunidades tradicionais e qui-lombolas no entorno e no interior do Parque Estadual Serra do Conduru Guardas-parque de unidades de conservaccedilatildeo da regiatildeo profissionais de sauacutede professores liacutederes comunitaacuterios es-tudantes de graduaccedilatildeo e poacutes-graduaccedilatildeo e agentes do Bata-lhatildeo Florestal da Bahia discutiram a importacircncia da sauacutede silvestre para a sauacutede humana em quatro cursos com cerca de 200 participantes O encerramento do projeto aconteceu com um sarau em Uruccediluca em 9 de julho
O projeto identificou nos territoacuterios estudados a percepccedilatildeo das pessoas sobre o risco da transmissatildeo e emergecircncia de zoonoses advindos da biodiversidade e os diversos fatores ambientais sociais e conjunturais que favorecem a trans-missatildeo de doenccedilas A equipe levou agraves comunidades locais a proposta de monitoramento da fauna silvestre com participaccedilatildeo cidadatilde com a formaccedilatildeo de colaboradores comunitaacuterios no uso do aplicativo SISS-Geo (Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre) O treinamento permitiraacute a avaliaccedilatildeo e melhoramento do app para uso em aacutereas vulneraacuteveis e distantes
ReconhecimentoTrecircs colaboradores do Paraacute e trecircs da Bahia se destacaram com o maior nuacutemero de registros de animais silvestres envia-dos pelo aplicativo SISS-Geo e foram premiados com um certificado de reconhecimento Gerente do projeto no Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) Alexandre Ferrazoli integrou a equipe na expediccedilatildeo do rio Arapiuns (PA)ldquoDurante dois anos e meio eu acompanhei com muito interesse este projeto e no final tive o prazer de fazer parte por 14 dias da 4ordm Expediccedilatildeo Arapiuns Pude vivenciar a dedicaccedilatildeo o profissionalismo e o carinho com que esta equi-pe executou o projeto Tive o orgulho de me sentir parte desta equipe que me fez sentir a realidade mais de perto e aprender muitordquo disse FerrazoliA equipe multidisciplinar composta de bioacutelogos meacutedicos veterinaacuterios antropoacuteloga cientistas da computaccedilatildeo geoacutegra-fa profissionais de comunicaccedilatildeo design e administraccedilatildeo executou o projeto durante dois anos e sete meses A inicia-tiva recebeu em maio deste ano o Precircmio Nacional de Biodiversidade 2017
Fotos Andreacute Telles
6
5a EXPEDICcedilAtildeO - SUL DA BAHIA
A Plataforma Institucional de Biodiversidade e Sauacutede Silvestre (PIBSS) concluiu o projeto Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo digital a participaccedilatildeo comunitaacuteria no Sauacutede silvestre e inclusatildeo digital nos municiacutepios de Uruccedilu-ca Ilheacuteus e Itacareacute no sul da Bahia O objetivo desta etapa foi identificar tomadores de decisatildeo locais para engajaacute-los na busca de caminhos para a melhoria da qualidade de vida e da sauacutede e para a conservaccedilatildeo da biodiversidade
CERTIFICACcedilAtildeO DE TECNOLOGIA SOCIAL
O Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre (SISS-Geo) da Fiocruz foi uma das 173 iniciativas certifica-das pela Fundaccedilatildeo Banco do Brasil em 2017 entre 735 inscritas Em sua nona ediccedilatildeo a premiaccedilatildeo da Fundaccedilatildeo Banco do Brasil tem o objetivo de levantar projetos sustentaacuteveis que possam ser reaplicados em diversas comunidadesO SISS-GEO passa a compor o Banco de Tecnologia Social (BTS) da Fundaccedilatildeo BB que agora conta com 995 iniciativas aptas para reaplicaccedilatildeo
BIODIVERSIDADE FAZ BEM Agrave SAUDE Guia Praacutetico
O livro-guia foi construiacutedo a partir das experiecircncias vividas em muitos trabalhos de campo nas ofici-nas com as comunidades rodas de conversa e pa-lestras realizadas durante o Projeto ldquoSauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital a participaccedilatildeo de comunidades no monitoramento e na aplicaccedilatildeo de boas praacuteticas para o controle e prevenccedilatildeo de zoonoses emergentesrdquo
PREcircMIO NACIONAL DA BIODIVERSIDADE
Em cooperaccedilatildeo com a Secretaria Estadual de Sauacutede do Rio de Janeiro a Fiocruz realizou um painel so-bre febre amarela e monitoramento de primatas em territoacuterio fluminense devido ao recente surto da doenccedila em estados vizinhos O painel que tratou do viacuterus dos vetores dos macacos da doenccedila e da vaci-na vai discutir propostas para o fortalecimento da integraccedilatildeo entre os diversos setores e alinhar accedilotildees para a detecccedilatildeo precoce de macacos mortos e inter-
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LINHA DO TEMPO
JULHO
JULHO
AGOSTOJULHO
2017
PREcircMIO NACIONAL DA BIODIVERSIDADE
O projeto da Fiocruz Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Di-gital participaccedilatildeo comunitaacuteria no monitoramento da biodiversidade foi o vencedor da categoria Oacutergatildeos Puacuteblicos do Precircmio Nacional de Biodiversidade pro-movido pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente A segunda ediccedilatildeo do evento foi realizada em 22 de maio de 2017 no Palaacutecio do Itamaraty em Brasiacutelia no dia em que se comemora o Dia Internacional da Biodiversidade
4a e 5a EXPEDICcedilOtildeES - TAPAJOacuteSARAPIUNS
A Plataforma Institucional de Biodiversidade e Sauacutede Silvestre (PIBSS) concluiu o projeto Sauacutede Silvestre e inclusatildeo digital a participaccedilatildeo comunitaacuteria no Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital na Reserva Extrativista Tapajoacutes-Arapiuns no ParaacuteO objetivo desta etapa foi identificar tomadores de decisatildeo locais para engajaacute-los na busca de caminhos para a melhoria da qualidade de vida e da sauacutede e para a conservaccedilatildeo da biodiversidade
MAIO
JUNHO
PAINEL FEBRE AMARELA
Em cooperaccedilatildeo com a Secretaria Estadual de Sauacutede do Rio de Janeiro a Fiocruz realizou um painel so-bre febre amarela e monitoramento de primatas em territoacuterio fluminense devido ao recente surto da doenccedila em estados vizinhos O painel que tratou do viacuterus dos vetores dos macacos da doenccedila e da vaci-na vai discutir propostas para o fortalecimento da integraccedilatildeo entre os diversos setores e alinhar accedilotildees para a detecccedilatildeo precoce de macacos mortos e inter-cacircmbio de informaccedilotildees
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LINHA DO TEMPO
JANEIRO
2017
TOP COLABORADOR
SISS-Geo premiou os dez colaboradores e estados brasileiros que mais enviaram registros em 2016Desde o seu lanccedilamento em 2014 o Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre SISS-Geo totaliza 937 pessoas cadastradas Os dez colaboradores que mais se destacaram em 2016 satildeo do Rio de Janeiro (3) Bahia (3) Paraacute (3) e Pernambuco (1)
MARCcedilO
REUNIAtildeO RESEX TAPAJOacuteS
Conselho Deliberativo da RESEX Tapajoacutes Arapiuns se reuniu para apresentar resultados de pesquisas na regiatildeo O Conselho possui 48 cadeiras (27 comu-nitaacuterias e 21 natildeo comunitaacuterias) distribuiacutedas entre 76 entidades titulares e suplentes (48 comunitaacuterias e 28 natildeo comunitaacuterias)
FEVEREIRO
OFICINA FEBRE AMARELA - Imprensa
Oficina realizada (104) no campus de Manguinhos no Rio de Janeiro informou profissionais de comuni-caccedilatildeo sobre os diversos aspectos da doenccedila O objetivo era capacitar os jornalistas sobre a enfer-midade jaacute que esses profissionais satildeo muitas vezes responsaacuteveis por levar agrave populaccedilatildeo de forma sim-ples informaccedilotildees atualizadas e apuradas correta-mente
ABRIL
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PELO CELULAR
PELA WEB
Seja um ator no monitoramento em Sauacutede Silvestre
Plataforma Institucional Biodiversidade Sauacutede Silvestre - FiocruzBoletim Informativo 009 - Setembro 2017Ediccedilatildeo e Textos Marcia Chame Rita Braune
acesse o sitewwwbiodiversidadecissfiocruzbr
A equipe do Programa Institucional Biodiversidade e Sauacutede Sil-vestre (PIBSS) da Fiocruz realizou a uacuteltima fase do projeto Sauacutede silvestre e inclusatildeo digital a parti cipaccedilatildeo comunitaacuteria no monito-ramento da biodiversidade na Reserva Extrativista Tapajoacutes-Arapi-uns no Paraacute e nos municiacutepios de Uruccediluca Ilheacuteus e Itacareacute no sul da Bahia O objetivo desta etapa foi identificar tomadores de decisatildeo locais para engajaacute-los na busca de caminhos para a me-lhoria da qualidade de vida e da sauacutede e para a conservaccedilatildeo da biodiversidade
Fiocruz conclui na Amazocircnia e Bahia projeto lsquoSauacutede silvestre e inclusatildeo digitalrsquo Agecircncia Fiocruz
ParaacuteAo longo de 17 dias de trabalho foram percorridos 2195 km em embarcaccedilatildeo pelos rios Tapajoacutes e Arapiuns Neste percurso foram realizadas 53 oficinas em 27 comunidades-polo ribei-rinhas e indiacutegenas com a participaccedilatildeo de cerca de 1500 pes-soas Os resultados do projeto foram compartilhados com es-pecialistas ONGs e instituiccedilotildees parceiras durante o seminaacuterio Biodiversidade e Sauacutede na Resex Tapajoacutes-Arapiuns desafios para a conservaccedilatildeo e a qualidade de vida realizado no au-ditoacuterio da Universidade Federal do Oeste do Paraacute (Ufopa) em Santareacutem O encerramento do projeto na Resex Tapajoacutes-Arapi-uns aconteceu na sede do Centro Experimental da Floresta Ati-va (Cefa) do projeto Sauacutede Alegria na comunidade do Caratildeo (PA) em 30 de junho
Sul da BahiaNo sul da Bahia foram realizadas oficinas e rodas de conver-sa com agentes da sauacutede indiacutegena e agentes comunitaacuterios de sauacutede que residem em comunidades tradicionais e qui-lombolas no entorno e no interior do Parque Estadual Serra do Conduru Guardas-parque de unidades de conservaccedilatildeo da regiatildeo profissionais de sauacutede professores liacutederes comunitaacuterios es-tudantes de graduaccedilatildeo e poacutes-graduaccedilatildeo e agentes do Bata-lhatildeo Florestal da Bahia discutiram a importacircncia da sauacutede silvestre para a sauacutede humana em quatro cursos com cerca de 200 participantes O encerramento do projeto aconteceu com um sarau em Uruccediluca em 9 de julho
O projeto identificou nos territoacuterios estudados a percepccedilatildeo das pessoas sobre o risco da transmissatildeo e emergecircncia de zoonoses advindos da biodiversidade e os diversos fatores ambientais sociais e conjunturais que favorecem a trans-missatildeo de doenccedilas A equipe levou agraves comunidades locais a proposta de monitoramento da fauna silvestre com participaccedilatildeo cidadatilde com a formaccedilatildeo de colaboradores comunitaacuterios no uso do aplicativo SISS-Geo (Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre) O treinamento permitiraacute a avaliaccedilatildeo e melhoramento do app para uso em aacutereas vulneraacuteveis e distantes
ReconhecimentoTrecircs colaboradores do Paraacute e trecircs da Bahia se destacaram com o maior nuacutemero de registros de animais silvestres envia-dos pelo aplicativo SISS-Geo e foram premiados com um certificado de reconhecimento Gerente do projeto no Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) Alexandre Ferrazoli integrou a equipe na expediccedilatildeo do rio Arapiuns (PA)ldquoDurante dois anos e meio eu acompanhei com muito interesse este projeto e no final tive o prazer de fazer parte por 14 dias da 4ordm Expediccedilatildeo Arapiuns Pude vivenciar a dedicaccedilatildeo o profissionalismo e o carinho com que esta equi-pe executou o projeto Tive o orgulho de me sentir parte desta equipe que me fez sentir a realidade mais de perto e aprender muitordquo disse FerrazoliA equipe multidisciplinar composta de bioacutelogos meacutedicos veterinaacuterios antropoacuteloga cientistas da computaccedilatildeo geoacutegra-fa profissionais de comunicaccedilatildeo design e administraccedilatildeo executou o projeto durante dois anos e sete meses A inicia-tiva recebeu em maio deste ano o Precircmio Nacional de Biodiversidade 2017
Fotos Andreacute Telles
6
5a EXPEDICcedilAtildeO - SUL DA BAHIA
A Plataforma Institucional de Biodiversidade e Sauacutede Silvestre (PIBSS) concluiu o projeto Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo digital a participaccedilatildeo comunitaacuteria no Sauacutede silvestre e inclusatildeo digital nos municiacutepios de Uruccedilu-ca Ilheacuteus e Itacareacute no sul da Bahia O objetivo desta etapa foi identificar tomadores de decisatildeo locais para engajaacute-los na busca de caminhos para a melhoria da qualidade de vida e da sauacutede e para a conservaccedilatildeo da biodiversidade
CERTIFICACcedilAtildeO DE TECNOLOGIA SOCIAL
O Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre (SISS-Geo) da Fiocruz foi uma das 173 iniciativas certifica-das pela Fundaccedilatildeo Banco do Brasil em 2017 entre 735 inscritas Em sua nona ediccedilatildeo a premiaccedilatildeo da Fundaccedilatildeo Banco do Brasil tem o objetivo de levantar projetos sustentaacuteveis que possam ser reaplicados em diversas comunidadesO SISS-GEO passa a compor o Banco de Tecnologia Social (BTS) da Fundaccedilatildeo BB que agora conta com 995 iniciativas aptas para reaplicaccedilatildeo
BIODIVERSIDADE FAZ BEM Agrave SAUDE Guia Praacutetico
O livro-guia foi construiacutedo a partir das experiecircncias vividas em muitos trabalhos de campo nas ofici-nas com as comunidades rodas de conversa e pa-lestras realizadas durante o Projeto ldquoSauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital a participaccedilatildeo de comunidades no monitoramento e na aplicaccedilatildeo de boas praacuteticas para o controle e prevenccedilatildeo de zoonoses emergentesrdquo
PREcircMIO NACIONAL DA BIODIVERSIDADE
Em cooperaccedilatildeo com a Secretaria Estadual de Sauacutede do Rio de Janeiro a Fiocruz realizou um painel so-bre febre amarela e monitoramento de primatas em territoacuterio fluminense devido ao recente surto da doenccedila em estados vizinhos O painel que tratou do viacuterus dos vetores dos macacos da doenccedila e da vaci-na vai discutir propostas para o fortalecimento da integraccedilatildeo entre os diversos setores e alinhar accedilotildees para a detecccedilatildeo precoce de macacos mortos e inter-
7
LINHA DO TEMPO
JULHO
JULHO
AGOSTOJULHO
2017
PREcircMIO NACIONAL DA BIODIVERSIDADE
O projeto da Fiocruz Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Di-gital participaccedilatildeo comunitaacuteria no monitoramento da biodiversidade foi o vencedor da categoria Oacutergatildeos Puacuteblicos do Precircmio Nacional de Biodiversidade pro-movido pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente A segunda ediccedilatildeo do evento foi realizada em 22 de maio de 2017 no Palaacutecio do Itamaraty em Brasiacutelia no dia em que se comemora o Dia Internacional da Biodiversidade
4a e 5a EXPEDICcedilOtildeES - TAPAJOacuteSARAPIUNS
A Plataforma Institucional de Biodiversidade e Sauacutede Silvestre (PIBSS) concluiu o projeto Sauacutede Silvestre e inclusatildeo digital a participaccedilatildeo comunitaacuteria no Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital na Reserva Extrativista Tapajoacutes-Arapiuns no ParaacuteO objetivo desta etapa foi identificar tomadores de decisatildeo locais para engajaacute-los na busca de caminhos para a melhoria da qualidade de vida e da sauacutede e para a conservaccedilatildeo da biodiversidade
MAIO
JUNHO
PAINEL FEBRE AMARELA
Em cooperaccedilatildeo com a Secretaria Estadual de Sauacutede do Rio de Janeiro a Fiocruz realizou um painel so-bre febre amarela e monitoramento de primatas em territoacuterio fluminense devido ao recente surto da doenccedila em estados vizinhos O painel que tratou do viacuterus dos vetores dos macacos da doenccedila e da vaci-na vai discutir propostas para o fortalecimento da integraccedilatildeo entre os diversos setores e alinhar accedilotildees para a detecccedilatildeo precoce de macacos mortos e inter-cacircmbio de informaccedilotildees
8
LINHA DO TEMPO
JANEIRO
2017
TOP COLABORADOR
SISS-Geo premiou os dez colaboradores e estados brasileiros que mais enviaram registros em 2016Desde o seu lanccedilamento em 2014 o Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre SISS-Geo totaliza 937 pessoas cadastradas Os dez colaboradores que mais se destacaram em 2016 satildeo do Rio de Janeiro (3) Bahia (3) Paraacute (3) e Pernambuco (1)
MARCcedilO
REUNIAtildeO RESEX TAPAJOacuteS
Conselho Deliberativo da RESEX Tapajoacutes Arapiuns se reuniu para apresentar resultados de pesquisas na regiatildeo O Conselho possui 48 cadeiras (27 comu-nitaacuterias e 21 natildeo comunitaacuterias) distribuiacutedas entre 76 entidades titulares e suplentes (48 comunitaacuterias e 28 natildeo comunitaacuterias)
FEVEREIRO
OFICINA FEBRE AMARELA - Imprensa
Oficina realizada (104) no campus de Manguinhos no Rio de Janeiro informou profissionais de comuni-caccedilatildeo sobre os diversos aspectos da doenccedila O objetivo era capacitar os jornalistas sobre a enfer-midade jaacute que esses profissionais satildeo muitas vezes responsaacuteveis por levar agrave populaccedilatildeo de forma sim-ples informaccedilotildees atualizadas e apuradas correta-mente
ABRIL
9
PELO CELULAR
PELA WEB
Seja um ator no monitoramento em Sauacutede Silvestre
Plataforma Institucional Biodiversidade Sauacutede Silvestre - FiocruzBoletim Informativo 009 - Setembro 2017Ediccedilatildeo e Textos Marcia Chame Rita Braune
acesse o sitewwwbiodiversidadecissfiocruzbr
5a EXPEDICcedilAtildeO - SUL DA BAHIA
A Plataforma Institucional de Biodiversidade e Sauacutede Silvestre (PIBSS) concluiu o projeto Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo digital a participaccedilatildeo comunitaacuteria no Sauacutede silvestre e inclusatildeo digital nos municiacutepios de Uruccedilu-ca Ilheacuteus e Itacareacute no sul da Bahia O objetivo desta etapa foi identificar tomadores de decisatildeo locais para engajaacute-los na busca de caminhos para a melhoria da qualidade de vida e da sauacutede e para a conservaccedilatildeo da biodiversidade
CERTIFICACcedilAtildeO DE TECNOLOGIA SOCIAL
O Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre (SISS-Geo) da Fiocruz foi uma das 173 iniciativas certifica-das pela Fundaccedilatildeo Banco do Brasil em 2017 entre 735 inscritas Em sua nona ediccedilatildeo a premiaccedilatildeo da Fundaccedilatildeo Banco do Brasil tem o objetivo de levantar projetos sustentaacuteveis que possam ser reaplicados em diversas comunidadesO SISS-GEO passa a compor o Banco de Tecnologia Social (BTS) da Fundaccedilatildeo BB que agora conta com 995 iniciativas aptas para reaplicaccedilatildeo
BIODIVERSIDADE FAZ BEM Agrave SAUDE Guia Praacutetico
O livro-guia foi construiacutedo a partir das experiecircncias vividas em muitos trabalhos de campo nas ofici-nas com as comunidades rodas de conversa e pa-lestras realizadas durante o Projeto ldquoSauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital a participaccedilatildeo de comunidades no monitoramento e na aplicaccedilatildeo de boas praacuteticas para o controle e prevenccedilatildeo de zoonoses emergentesrdquo
PREcircMIO NACIONAL DA BIODIVERSIDADE
Em cooperaccedilatildeo com a Secretaria Estadual de Sauacutede do Rio de Janeiro a Fiocruz realizou um painel so-bre febre amarela e monitoramento de primatas em territoacuterio fluminense devido ao recente surto da doenccedila em estados vizinhos O painel que tratou do viacuterus dos vetores dos macacos da doenccedila e da vaci-na vai discutir propostas para o fortalecimento da integraccedilatildeo entre os diversos setores e alinhar accedilotildees para a detecccedilatildeo precoce de macacos mortos e inter-
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LINHA DO TEMPO
JULHO
JULHO
AGOSTOJULHO
2017
PREcircMIO NACIONAL DA BIODIVERSIDADE
O projeto da Fiocruz Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Di-gital participaccedilatildeo comunitaacuteria no monitoramento da biodiversidade foi o vencedor da categoria Oacutergatildeos Puacuteblicos do Precircmio Nacional de Biodiversidade pro-movido pelo Ministeacuterio do Meio Ambiente A segunda ediccedilatildeo do evento foi realizada em 22 de maio de 2017 no Palaacutecio do Itamaraty em Brasiacutelia no dia em que se comemora o Dia Internacional da Biodiversidade
4a e 5a EXPEDICcedilOtildeES - TAPAJOacuteSARAPIUNS
A Plataforma Institucional de Biodiversidade e Sauacutede Silvestre (PIBSS) concluiu o projeto Sauacutede Silvestre e inclusatildeo digital a participaccedilatildeo comunitaacuteria no Sauacutede Silvestre e Inclusatildeo Digital na Reserva Extrativista Tapajoacutes-Arapiuns no ParaacuteO objetivo desta etapa foi identificar tomadores de decisatildeo locais para engajaacute-los na busca de caminhos para a melhoria da qualidade de vida e da sauacutede e para a conservaccedilatildeo da biodiversidade
MAIO
JUNHO
PAINEL FEBRE AMARELA
Em cooperaccedilatildeo com a Secretaria Estadual de Sauacutede do Rio de Janeiro a Fiocruz realizou um painel so-bre febre amarela e monitoramento de primatas em territoacuterio fluminense devido ao recente surto da doenccedila em estados vizinhos O painel que tratou do viacuterus dos vetores dos macacos da doenccedila e da vaci-na vai discutir propostas para o fortalecimento da integraccedilatildeo entre os diversos setores e alinhar accedilotildees para a detecccedilatildeo precoce de macacos mortos e inter-cacircmbio de informaccedilotildees
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LINHA DO TEMPO
JANEIRO
2017
TOP COLABORADOR
SISS-Geo premiou os dez colaboradores e estados brasileiros que mais enviaram registros em 2016Desde o seu lanccedilamento em 2014 o Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre SISS-Geo totaliza 937 pessoas cadastradas Os dez colaboradores que mais se destacaram em 2016 satildeo do Rio de Janeiro (3) Bahia (3) Paraacute (3) e Pernambuco (1)
MARCcedilO
REUNIAtildeO RESEX TAPAJOacuteS
Conselho Deliberativo da RESEX Tapajoacutes Arapiuns se reuniu para apresentar resultados de pesquisas na regiatildeo O Conselho possui 48 cadeiras (27 comu-nitaacuterias e 21 natildeo comunitaacuterias) distribuiacutedas entre 76 entidades titulares e suplentes (48 comunitaacuterias e 28 natildeo comunitaacuterias)
FEVEREIRO
OFICINA FEBRE AMARELA - Imprensa
Oficina realizada (104) no campus de Manguinhos no Rio de Janeiro informou profissionais de comuni-caccedilatildeo sobre os diversos aspectos da doenccedila O objetivo era capacitar os jornalistas sobre a enfer-midade jaacute que esses profissionais satildeo muitas vezes responsaacuteveis por levar agrave populaccedilatildeo de forma sim-ples informaccedilotildees atualizadas e apuradas correta-mente
ABRIL
9
PELO CELULAR
PELA WEB
Seja um ator no monitoramento em Sauacutede Silvestre
Plataforma Institucional Biodiversidade Sauacutede Silvestre - FiocruzBoletim Informativo 009 - Setembro 2017Ediccedilatildeo e Textos Marcia Chame Rita Braune
acesse o sitewwwbiodiversidadecissfiocruzbr
PAINEL FEBRE AMARELA
Em cooperaccedilatildeo com a Secretaria Estadual de Sauacutede do Rio de Janeiro a Fiocruz realizou um painel so-bre febre amarela e monitoramento de primatas em territoacuterio fluminense devido ao recente surto da doenccedila em estados vizinhos O painel que tratou do viacuterus dos vetores dos macacos da doenccedila e da vaci-na vai discutir propostas para o fortalecimento da integraccedilatildeo entre os diversos setores e alinhar accedilotildees para a detecccedilatildeo precoce de macacos mortos e inter-cacircmbio de informaccedilotildees
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LINHA DO TEMPO
JANEIRO
2017
TOP COLABORADOR
SISS-Geo premiou os dez colaboradores e estados brasileiros que mais enviaram registros em 2016Desde o seu lanccedilamento em 2014 o Sistema de Informaccedilatildeo em Sauacutede Silvestre SISS-Geo totaliza 937 pessoas cadastradas Os dez colaboradores que mais se destacaram em 2016 satildeo do Rio de Janeiro (3) Bahia (3) Paraacute (3) e Pernambuco (1)
MARCcedilO
REUNIAtildeO RESEX TAPAJOacuteS
Conselho Deliberativo da RESEX Tapajoacutes Arapiuns se reuniu para apresentar resultados de pesquisas na regiatildeo O Conselho possui 48 cadeiras (27 comu-nitaacuterias e 21 natildeo comunitaacuterias) distribuiacutedas entre 76 entidades titulares e suplentes (48 comunitaacuterias e 28 natildeo comunitaacuterias)
FEVEREIRO
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Oficina realizada (104) no campus de Manguinhos no Rio de Janeiro informou profissionais de comuni-caccedilatildeo sobre os diversos aspectos da doenccedila O objetivo era capacitar os jornalistas sobre a enfer-midade jaacute que esses profissionais satildeo muitas vezes responsaacuteveis por levar agrave populaccedilatildeo de forma sim-ples informaccedilotildees atualizadas e apuradas correta-mente
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