EIA CAMPO de JUBARTE - Capítulo 2 - Caracterização Das Atividades_CEPEMAR

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    2. CARACTERIZAO DA ATIVIDADE 2.1 APRESENTAO A) OBJETIVOS DA ATIVIDADE A instalao do FPSO P-34 no Campo de Jubarte tem como objetivo principal iniciar a produo de hidrocarbonetos em escala comercial neste campo, uma vez que as informaes obtidas durante o Teste de Longa Durao (TLD) no poo ESS-110 HPA indicaram ser tcnica e economicamente vivel a implantao de um sistema de produo definitivo, sobretudo a partir do aprimoramento da tecnologia para produo de leo pesado e viscoso obtido no TLD e na fase Piloto, a exemplo da otimizao do desempenho de poos horizontais na produo de leos pesados, dos mtodos de elevao, escoamento, processamento e transferncia para esse tipo de petrleo. B) CRONOGRAMA PRELIMINAR DA ATIVIDADE, APRESENTANDO A PREVISO DAS

    DIFERENTES ETAPAS DE SUA EXECUO

    C) LOCALIZAO E LIMITES DO BLOCO/CAMPO EM MAPA GEO-REFERENCIADO,

    LEGENDADO, COM COORDENADAS GEOGRFICAS E UTM (INFORMAR DATUM). O Campo de Jubarte encontra-se localizado na poro norte da Bacia de Campos, a 77 km do Pontal de Ubu, municpio de Anchieta, litoral sul do Estado do Esprito Santo, em profundidade de gua que varia entre 1240 e 1350 metros. O campo foi descoberto no antigo Bloco Exploratrio BC-60, no qual as atividades exploratrias da Petrobras identificaram um reservatrio com hidrocarbonetos, posteriormente denominado de Campo de Jubarte. A Figura 2.1-1 ilustra a localizao esquemtica do campo e a Figura 2.1-2 apresenta o Campo de Jubarte, com suas coordenadas geogrficas, delimitado no interior de seu ring fence.

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    Figura 2.1-1: Desenho esquemtico mostrando o campo de Jubarte em relao ao litoral capixaba.

    PONTAL DE UB

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    Figura 2.1-2: Contorno do campo de Jubarte no interior de seu ring fence.

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    D) INFORMAR O NMERO TOTAL DE POOS QUE SERO INTERLIGADOS AO SISTEMA DE PRODUO, INFORMANDO A LOCALIZAO PREVISTA (COORDENADAS), PROFUNDIDADE FINAL ESTIMADA POR FASES, DIMETROS E INCLINAO, CARACTERIZANDO AQUELES QUE SERO UTILIZADOS PARA PRODUO E PARA INJEO

    A produo em escala comercial a ser iniciada no campo de Jubarte ir contar, em sua Fase 1, com quatro poos produtores. Alm do poo ESS-110 HPA que se encontra atualmente interligado ao FPSO Seillean, realizando o Teste de Longa Durao/Fase Piloto, outros trs poos sero interligados a unidade FPSO P-34. A Tabela 2.1-1 apresenta a identificao destes poos, com as coordenadas UTM previstas das cabeas dos poos e as profundidades de gua em cada poo. Tabela 2.1-1: Indicao dos poos e sua localizao para o campo de Jubarte (Fase 1).

    COORD. CAB. POO (UTM) POO A SER INTERLIGADO LESTE

    (m) NORTE

    (m)

    PROF. DGUA

    (m) 7-JUB-02HP-ESS 395.248,45 7.651.389,64 1.367,00 7-JUB-04HP-ESS 391.856,77 7.648.641,52 1.283,00 7-JUB-06HP-ESS 391.603,31 7.648.851,70 1.278,00 3-ESS-110HPA 393.583,00 7.649.807,00 1.323,00

    Com relao aos dimetros dos revestimentos, as inclinaes e as profundidades de cada fase de cada poo produtor, as Tabelas 2.1-2, 2.1-3, 2.1-4 e 2.1-5 apresentam estas especificaes. Tabela 2.1-2: Indicao dos revestimentos, inclinaes e profundidades de cada poo na Fase I.

    Fase I POO A SER INTERLIGADO Revest () Inclinao (graus) Profundidade (m)

    7-JUB-02HP-ESS 30 0,00 1.438,00 7-JUB-04HP-ESS 36 0,00 1.331,00 7-JUB-06HP-ESS 36 0,00 1.335,00 3-ESS-110HPA 30 0,50 1.412,00

    Tabela 2.1-3: Indicao dos revestimentos, inclinaes e profundidades de cada poo na Fase II.

    Fase II POO A SER INTERLIGADO Revest () Inclinao (graus) Profundidade (m)

    7-JUB-02HP-ESS 16 11,50 2.254,00 7-JUB-04HP-ESS 16 11,85 2.215,00 7-JUB-06HP-ESS 20 0,00 1.900,00 3-ESS-110HPA 13 3/8 0,80 2.316,00

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    Tabela 2.1-4: Indicao dos revestimentos, inclinaes e profundidades de cada poo na Fase III.

    Fase III POO A SER INTERLIGADO Revest () Inclinao (graus) Profundidade (m)

    7-JUB-02HP-ESS 11 3/4 90,00 3.166,00 7-JUB-04HP-ESS 11 3/4 90,00 3.110,00 7-JUB-06HP-ESS 13 5/8 30,5 2.680 3-ESS-110HPA 9 5/8 87,45 3.154,00

    Tabela 2.1-5: Indicao dos revestimentos, inclinaes e profundidades de cada poo na Fase IV.

    Fase IV POO A SER INTERLIGADO Revest () Inclinao (graus) Profundidade (m)

    7-JUB-02HP-ESS Tela 6.54 90,00 4.166,00 7-JUB-04HP-ESS Tela 6.54 90,00 4.309,00 7-JUB-06HP-ESS Liner 9 5/8 90,00 4.140,00 3-ESS-110HPA Tela 6.54 90,00 4.230,00

    Tabela 2.1-6: Indicao dos revestimentos, inclinaes e profundidades de cada poo na Fase V.

    Fase V POO A SER INTERLIGADO Revest () Inclinao (graus) Profundidade (m)

    7-JUB-02HP-ESS NU NU NU 7-JUB-04HP-ESS NU NU NU 7-JUB-06HP-ESS Tela 6.54 90,00 4.180,00 3-ESS-110HPA NU NU NU

    E) LOCALIZAO DA UNIDADE DE PRODUO NA REA DE REALIZAO DA

    ATIVIDADE, APRESENTANDO A INFORMAO EM BASE CARTOGRFICA GEO-REFERENCIADA, COM COORDENADAS GEOGRFICAS OU UTM (INFORMAR DATUM), SITUANDO AINDA TODOS OS POOS E DUTOS QUE IRO COMPOR O SISTEMA DE PRODUO/ESCOAMENTO

    A Tabela 2.1-7 apresenta a localizao das unidades de produo P-34 e FPSO Seillean que iro operar na Fase 1 do desenvolvimento da produo do campo de Jubarte. A unidade FPSO Seillean ir operar neste campo somente durante o primeiro ano, at que se proceda a interligao do poo ESS-110 HPA unidade P-34. Atualmente este poo encontra-se interligado ao FPSO Seillean. Tabela 2.1-7: Coordenadas das unidades de produo FPSO Seillean e P-34.

    Unidade de Produo

    Coordenada Norte

    Coordenada Leste

    Profundidade da gua

    P-34 7.648.825 394.454 1343 metros FPSO Seillean 7.649.753 393.325 1323 metros

    Observao: Datum SAD 69. A Figura 2.1-3 apresenta a localizao das unidades em relao ao campo de Jubarte, mostrando ainda os quatro poos e os dutos que iro compor o sistema de produo e escoamento da Fase 1.

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    F) INFORMAR QUAL A CONTRIBUIO DA ATIVIDADE OBJETO DO EIA PARA O SETOR INDUSTRIAL PETROLFERO, EM TERMOS PERCENTUAIS DE PRODUO

    Utilizando-se dados do ms de Novembro de 2003 (Fonte: Petrobras), as Unidades de Negcios de Explorao e Produo do Esprito Santo, da Bahia, de Sergipe/Alagoas, do Solimes e do Rio Grande do Norte/Cear produziram respectivamente 2,9%, 3,3%, 3,4%, 3,8% e 6,2% da produo nacional. A Bacia de Campos produziu neste mesmo ms 80,4 % da produo nacional. Considerando a produo nacional em cerca de 1.500.000 barris/dia em Novembro de 2003, e mantendo-se este volume fixo para efeito comparativo, a produo da unidade FPSO P-34 durante a Fase 1, cuja previso de produo em sua fase de pico da ordem de 54.500 barris/dia de petrleo, estar representando 3,6 % de todo o petrleo produzido no Brasil. A Figura 2.1-4 apresenta na forma de histograma os percentuais atuais para as principais Unidades de Negcios de E & P produtoras de hidrocarbonetos no Brasil, e, de forma comparativa, os valores a serem produzidos na Fase 1 do campo de Jubarte.

    Figura 2.1-4: Produo do campo de Jubarte e das demais reas produtoras no Brasil. 2.2 HISTRICO DO EMPREENDIMENTO A) APRESENTAR UM HISTRICO DE TODAS AS ATIVIDADES PETROLFERAS

    REALIZADAS ANTERIORMENTE NO CAMPO O Campo de Jubarte foi descoberto em janeiro de 2001, atravs do poo pioneiro 1-ESS-100, no antigo bloco exploratrio BC-60, onde foi identificado um intervalo portador de leo de 17 API nos arenitos (Turbiditos Canalizados) da Formao Carapebus, de idade neo-maastrichtiana. Ao longo do ano de 2002 foi realizado o Plano de Avaliao desta rea, que constou da perfurao de 4 poos exploratrios, alm da perfurao de um poo horizontal para realizao de um Teste de

    2,9% 3,3% 3,4% 6,2% 3,8%

    80,4%

    3,6%

    0

    200.000

    400.000

    600.000

    800.000

    1.000.000

    1.200.000

    1.400.000

    UN-ES UN-BA UN-SE/AL

    UN-RN/CE

    UN-BSOL

    UN-BC FPSO P-34

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    Longa Durao (TLD) com extenso horizontal de 1.076 metros nos reservatrios superiores da acumulao. Os excelentes resultados alcanados no Plano de Avaliao da rea proporcionaram Petrobras efetivar a Declarao de Comercialidade juntamente com a solicitao Agncia Nacional do Petrleo (ANP) da transformao do Teste de Longa Durao em Piloto de Produo, visando a obteno de dados do reservatrio. A fase Piloto de Produo vem contribuindo para a reduo das incertezas relacionadas s premissas utilizadas na simulao de fluxo (drenagem atravs de poos horizontais no topo dos reservatrios, atuao do aqfero, compartilhamento do reservatrio e eficincia do mecanismo de elevao, dentre outras), constituindo em fator determinante para subsidiar o desenvolvimento da Fase 1.

    B) APRESENTAR UM RELATO SUMRIO DO PROJETO COMO UM TODO, DESDE A

    SUA CONCEPO INICIAL, ABORDANDO TODO O PROGRAMA DE PRODUO, DESTACANDO-SE OS CUIDADOS AMBIENTAIS QUE FORAM TOMADOS NA FASE DE PLANEJAMENTO, INCLUINDO: ESCOLHA DA UNIDADE DE PRODUO ADEQUADA, ESCOLHA DA LOCAO DA UNIDADE, ADEQUAO DO SISTEMA DE ESCOAMENTO DA PRODUO, ENTRE OUTROS

    A fase relativa pesquisa de hidrocarbonetos no Bloco Exploratrio BC-60 correspondeu perfurao de poos atravs de plataformas de perfurao. As perfuraes j realizadas neste Bloco foram autorizadas pela Licena para Perfurao IBAMA n 07/98, concedida UN-BC, tendo sido os relatrios enviados ao IBAMA. Durante a fase de perfurao, um aspecto de controle ambiental adotado referiu-se a utilizao de fluido de perfurao base de gua, com menor potencial de impacto para o ecossistema marinho. Tambm os resduos gerados nestas perfuraes foram contemplados no Programa de Gerenciamento de Resduos da Petrobras para a Bacia de Campos. Desde a descoberta do poo ESS-100, em janeiro de 2001, a Petrobras envidou esforos no sentido de viabilizar, tanto tecnolgica quanto economicamente, a produo desta rea para teste, sobretudo para testar alternativas de produo de petrleo viscoso em guas profundas. A escolha da unidade de produo FPSO Seillean para realizar o Teste de Longa Durao (TLD) vem garantindo a utilizao das melhores prticas em termos de cuidados ambientais e de segurana, dada vasta experincia desta unidade neste tipo de operao e sua certificao nos requisitos das normas internacionais e nacionais, tanto ambientais quanto de segurana e sade. Esta unidade, na dcada passada, atuou em projetos de produo antecipada em duas locaes no campo de Roncador, na Bacia de Campos, sem nunca ter apresentado resultados negativos no que tange aos aspectos ambientais, por um perodo superior a 3 anos de operao. Com relao escolha da locao para posicionamento da unidade, a opo em se produzir apenas um poo, realizado horizontalmente no reservatrio, no demandou para o Teste (TLD) a necessidade de lanamento de linhas de produo naquela rea, uma vez que a linha nica de

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    produo consiste em uma tubulao vertical entre a rvore de Natal Molhada (ANM), localizada na cabea do poo, e o navio de produo. Por outro lado, a utilizao de poo horizontal vem permitindo uma anlise mais detalhada do comportamento e das caractersticas tcnicas de diversas partes do reservatrio atravs de um nico poo produtor, permitindo que, ao longo do perodo previsto para durao do TLD, fosse avaliada a viabilidade tcnico-econmica da implantao de um sistema de produo definitivo nesta rea. Atualmente a concepo do Projeto de Produo e Desenvolvimento do Campo de Jubarte envolve a Fase 1, a ser implantada em agosto de 2005 e desenvolvida at o incio de 2010, quando se prev o incio da Fase 2 de desenvolvimento deste campo. O presente Estudo de Impacto Ambiental (EIA) vem subsidiar a anlise para implantao da Fase 1 do campo de Jubarte. A Fase 1, da mesma forma que a Fase Piloto, subsidiar, de forma otimizada, a implantao da Fase 2 de desenvolvimento do campo, onde o nvel de investimento ser mais elevado, e desta forma minimizar os riscos do empreendimento. A concepo atual do projeto de desenvolvimento completo para este campo considera estas trs fases, que se encontram sumarizadas na Figura 2.2-1. A Tabela 2.2-1 apresenta os principais aspectos da Fase 1.

    Figura 2.2-1 : Concepo Esquemtica Prevista para o Desenvolvimento do Campo.

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    Tabela 2.2-1: Caractersticas da Fase 1 do Desenvolvimento do Campo de Jubarte

    FASES DO DESENVOLVIMENTO DO CAMPO DE JUBARTE FASE 1 N de poos produtores horizontais 4 N de poos injetores horizontais - Esquema de completao Gravel Pack Comprimento mdio do trecho horizontal em metros 1.000 Mecanismo de elevao Gas Lift/BCSS *BMS (Bomba Framo) Q olo - Mx. em bbl/d 55.000 Q gs - Mx. em m/d 430.000 Mtodo de exportao do leo Offloading Destino do gs excedente Queima

    A Fase 1 visa aprofundar o conhecimento sobre a necessidade ou no de um sistema de injeo de gua nas reas dos poos ESS-100 e ESS-109. Tambm objetivo desta fase, obter informaes sobre o desempenho dos sistemas de elevao mais adequados para utilizao no desenvolvimento do projeto em sua Fase 2. Para tanto sero testados o bombeio centrfugo submerso submarino e gas lift. As simulaes atualmente desenvolvidas pela Petrobras permitem estimar que este campo poder atingir um mximo de produo de leo na Fase 2 de 40 mil m/dia (250 mil bbl/dia). A desativao das instalaes no Campo de Jubarte est prevista para o ano de 2030. Atualmente, cerca de 30% do gs associado produzido na Fase Piloto aproveitado na operao do FPSO Seillean e nas facilidades de produo. Tanto na Fase Piloto quanto na Fase 1, a exportao de gs mostra-se economicamente invivel. Para a Fase 2, os estudos desenvolvidos at o momento apontam para uma transferncia do gs para a costa atravs de um gasoduto de dimetro 8, que poder ser alterado em funo das informaes colhidas na Fase 1 e de sinergias com outras concesses vizinhas (Cachalote, rea do ESS-119, rea do ESS-122, rea do ESS-121e rea do ESS-125). A unidade de produo, FPSO-P34, que ser utilizada nesta fase de desenvolvimento do campo foi escolhida em funo de sua compatibilidade com as caractersticas fsicas da rea (profundidade dgua) e por atender aos objetivos pleiteados pela empresa para esta fase (nmero de poos, capacidade de armazenamento e processamento). Com relao adequao da unidade P-34 ao campo de Jubarte, cabe destacar que aps o incidente ocorrido com a mesma no campo de Barracuda-Caratinga, em outubro de 2002, foi gerado pela Comisso de Sindicncia que investigou o incidente, um relatrio tecendo recomendaes para melhorar os sistemas de segurana e controle da plataforma, os quais tambm estaro sendo includos na adequao da unidade. Assim, de forma a garantir a integridade da P-34 em sua nova locao ser realizada uma avaliao estrutural da embarcao quanto as cargas impostas pelos sistemas de ancoragem e risers. Com o mesmo objetivo, as estruturas da embarcao (casco, turret, tanques de lastro, tanques de carga) devero ser inspecionados e, se necessrios adaptados a situao futura do campo de Jubarte.

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    A unidade encontrava-se certificada pela LLOYDS at agosto de 2003, e para o reinicio de suas atividades ser necessria a re-certificao da unidade e de seu projeto bsico. A definio do arranjo submarino envolvendo a locao da unidade, das linhas de produo e umbilicais, foi subsidiada por anlises geolgicas, geotcnicas e estruturais de forma a garantir a integridade do sistema, assim como, minimizar os impactos ambientais e a exposio ao risco. 2.3 JUSTIFICATIVAS PARA O EMPREENDIMENTO A) JUSTIFICATIVAS TCNICAS A explotao comercial de hidrocarbonetos em acumulaes portadoras de leos pesados e viscosos no mar, sobretudo em guas profundas e ultraprofundas, representam um grande desafio tecnolgico e econmico no somente para a Petrobras, mas tambm para as maiores companhias de petrleo em todo o mundo. Desta forma, o poo de Jubarte ESS-110 HPA, para ser corretamente avaliado, foi revestido e completado com mecanismo de conteno de produo de areia. O teste de formao no foi realizado da maneira convencional, devido ao risco de congelamento do leo na coluna de produo. Foi necessrio equipar o poo com um sistema de bombeamento para garantir a produo do leo durante o teste, permitindo assim, a obteno dos parmetros da formao e caracterizao do leo. Uma vez caracterizados o leo e as rochas do reservatrio, e delimitada a acumulao, foram resolvidas as grandes incertezas associadas ao processo de produo, tais como a elevao artificial em vazes comerciais, a garantia do escoamento em baixas temperaturas, a necessidade de isolamento trmico para escoamento, a separao e tratamento do leo, a estocagem, o transporte, o refino e a comercializao. Essas incertezas, anteriormente ao Teste de Longa Durao, eram de tal ordem que provocavam uma grande disperso nos indicadores econmicos do projeto de desenvolvimento. Durante o Teste, no qual o poo foi equipado com um sistema de elevao eficiente e se encontra produzindo por um perodo razovel, as principais incertezas foram equacionadas, permitindo o melhor conhecimento dos diversos aspectos tcnicos envolvidos e a obteno de dados confiveis que subsidiaram o projeto de produo da Fase 1. Neste sentido, a principal justificativa tcnica para implantao do projeto de desenvolvimento representada pelas informaes que permitiram a calibrao e otimizao do projeto tcnico de desenvolvimento definitivo do campo de Jubarte. A partir do conhecimento tcnico obteve-se uma reduo dos riscos inerentes ao processo, optando-se ainda por uma alternativa que apresente os melhores resultados tcnico e econmico. Toda a tecnologia e experincia adquiridas no TLD/Piloto em curso sero utilizadas para a implantao do projeto de produo das Fases 1 e 2 em Jubarte, bem como na avaliao e desenvolvimento de outras grandes reservas potenciais de leo pesado e viscoso nas Bacias de Santos, de Campos e do Esprito Santo.

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    Ainda como justificativa tcnica, deve-se ressaltar a reconhecida capacidade e posio de destaque que a Petrobras detm hoje para explorao e produo de hidrocarbonetos em reas offshore, sobretudo em guas profundas e ultraprofundas, dentro de margens confiveis sob os aspectos de segurana operacional deste tipo de atividade. A capacitao e liderana neste segmento da indstria petrolfera foram obtidas s custas de intensa pesquisa tecnolgica ao longo dos anos, culminando com o desenvolvimento de uma tecnologia nacional voltada a este tipo de atividade. Neste sentido, a capacitao da empresa representa tambm uma forte justificativa tcnica para implantao deste projeto envolvendo a produo de leo pesado e viscoso em guas profundas, ressaltando que a empresa j vem explorando hidrocarbonetos em campos situados em reas com profundidade dgua mais profunda do que as existentes no campo de Jubarte. B) JUSTIFICATIVAS ECONMICAS Inicialmente, deve ser considerado que a implantao de qualquer sistema de produo de hidrocarbonetos, envolvendo ou no a construo e montagem de novas unidades de produo e do sistema de escoamento, aos quais sempre se associa uma ordem significativa de recursos financeiros, j representam um forte estmulo para o fortalecimento da indstria petrolfera e naval. Durante a fase de operao, a manuteno dos equipamentos que compem uma unidade produtora de hidrocarbonetos deste porte, representa, juntamente com outras unidades semelhantes em operao ou em montagem, o contnuo fortalecimento desta indstria. Adicionalmente, a contratao de servios e mo-de-obra, na fase de operao de uma unidade de produo, tambm envolve recursos significativos, capazes de promover a dinamizao da renda nas localidades onde se inserem estes tipos de empreendimento. Comprovando este fato, pode-se citar o desempenho industrial do estado do Rio de Janeiro nos anos de 1998 e 1999, superior mdia do pas, e que novamente se repetiu nos anos de 2000 e 2001, em grande parte proporcionada pela sua forte indstria petrolfera. Particularmente em relao a esta unidade, que se encontra localizada na poro norte da Bacia de Campos, porm j em guas pertencentes ao estado do Esprito Santo, marca-se o incio da produo de hidrocarbonetos em guas profundas pertencentes ao territrio deste Estado, caracterizando-se este empreendimento como pioneiro na produo em guas profundas no Estado do Esprito Santo, atravs do primeiro poo produtor de leo. A unidade de produo mais prxima se localiza no campo de Roncador, a 75 km ao sul desta rea. Este fato, associado s perspectivas de outras descobertas na Bacia do Esprito Santo, bastante significativo do ponto de vista econmico, sendo capaz de incrementar a economia no estado, a exemplo das atividades de supply para os empreendimentos off-shore, alm da construo de uma fbrica de dutos flexveis para a indstria petrolfera na cidade de Vila Velha, atualmente em fase de licenciamento junto ao rgo ambiental do Estado. No entanto, deve-se enfatizar como principal justificativa econmica para a implantao deste empreendimento, a expectativa favorvel de sucesso na explotao de leo pesado e viscoso, cuja experincia dever ser expandida para outras reas semelhantes, contribuindo para o aumento da produo nacional de hidrocarbonetos, com conseqncias imediatas se refletindo na reduo do

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    volume importado com vistas a suprir a demanda interna do Brasil. Conseqentemente, esta reduo no volume importado representa economia de divisas para o pas, em poca de esforos para melhoria da balana comercial da nao. Deve ser ainda destacado que o aumento da produo de hidrocarbonetos ser acompanhado do aumento de impostos (ICMS e Imposto de Renda) e royalties a serem arrecadados por municpios, estado e governo federal, alm das receitas municipais que sero ampliadas atravs do recolhimento do ISS por parte das empresas prestadoras de servio. C) JUSTIFICATIVAS SOCIAIS O aumento da produo nacional de petrleo, alm de manter o nvel de emprego no segmento da indstria de petrleo no pas, notadamente numa poca em que o ndice de desemprego na atividade industrial se encontra em nveis descendentes neste incio de dcada, acarretar a gerao de novos postos de trabalho, tanto a nvel direto como indireto, sendo esta, sem dvida, uma grande contribuio social do empreendimento. Este incremento na produo de petrleo gera ainda uma maior confiabilidade no atendimento demanda interna de derivados, cujos reflexos sociais so bastante significativos. Outro aspecto a ser considerado refere-se ao pagamento de royalties a estados e municpios, cuja aplicao, prevista em lei federal, dever ser voltada para as reas de sade, saneamento bsico e pavimentao (Lei n 7525/86), revertendo-se em melhoria na qualidade de vida das populaes beneficiadas, uma vez que estas representam reas de interesse da coletividade. Caso se confirmem as expectativas de sucesso exploratrio na regio sul do estado do Esprito Santo, poder ocorrer num futuro prximo, o desenvolvimento de um plo de produo de petrleo nesta regio do estado, propiciando regio um adicional em termos de desenvolvimento scio-econmico sobre as atividades j implantadas na regio, notadamente o turismo e as indstrias de pequeno porte. Ainda com relao aos royalties a serem pagos, deve-se ressaltar a recente legislao que destina, at o ano de 2004, uma parte significativa dos recursos diretamente para o Ministrio da Cincia e Tecnologia (Lei Federal n 9478 de 06/08/1997) repassar s universidades do pas, visando o desenvolvimento de pesquisas diversas na rea de petrleo, sendo a liberao dos recursos sujeita a aprovao da FINEP. D) JUSTIFICATIVAS LOCACIONAIS As pesquisas geolgicas e testes exploratrios desenvolvidos na poro norte do Bloco BC-60 ao longo dos ltimos anos, associados ao conhecimento ento existente das caractersticas geolgicas do reservatrio, onde se encontram as acumulaes de hidrocarbonetos do campo de Jubarte, indicam a locao proposta para a unidade P-34 como o local mais adequado para sua operao. Contribuiu ainda o fato que outras partes da rea de ocorrncia de estruturas acumuladoras de hidrocarbonetos ainda no se encontram na fase de conhecimento suficiente e confivel, quanto s

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    espessuras dessas estruturas, s heterogeneidades internas e a conexo com as diversas estruturas j mapeadas. A escolha da unidade FPSO P-34 para operar no campo de Jubarte, aps as necessrias adaptaes, se deu com base no fato desta embarcao apresentar caractersticas adequadas para operar em profundidade dgua, compatvel com o campo, colocando-se assim em perfeitas condies para as caractersticas dessa operao. Por outro lado deve-se destacar a inexistncia de qualquer sistema de escoamento j implantado nesta parte da bacia, de forma que o sistema de escoamento da unidade pudesse ser interligado. Desta forma a seleo da P-34 para este projeto ficou mais interessante por j possuir um sistema de transferncia para um navio aliviador, que periodicamente se dirigir rea, para escoar o leo at as refinarias selecionadas para o refino, ou mesmo para export-lo para outros pases. E) JUSTIFICATIVAS AMBIENTAIS A implantao da Fase 1 do sistema de produo definitivo na parte norte do Bloco BC-60, onde se encontra o campo de Jubarte, no apresenta riscos ambientais diferentes ou maiores do que aqueles inerentes a produo de leo em reas offshore, ressaltando-se que a tecnologia padro a ser utilizada neste teste totalmente conhecida e de domnio da Petrobras, tendo sido utilizada em outras concesses da empresa. Da mesma forma, a unidade de produo escolhida para a Fase 1 consiste em uma unidade j conhecida da empresa, tendo operado em vrios campos no Brasil, sendo o ltimo local de operao representado pelos campos de Barracuda e Caratinga, tambm na Bacia de Campos. Destaca-se ainda a experincia desta unidade neste tipo de operao e sua certificao nos requisitos das normas internacionais e nacionais, tanto ambientais quanto de segurana e sade. Durante a Fase 1 de Jubarte, embora esteja se prevendo a separao de gua produzida, a sua gerao ocorrer em volumes muito pequenos, uma vez que se trata de um campo com poos que ainda no produziram em escala comercial. Este fato contribui significativamente para reduzir o lanamento de efluentes lquidos no mar, a partir da unidade de produo. Adicionalmente, pode-se ainda destacar que durante toda a operao da Fase 1 no campo de Jubarte a unidade contar com o Plano de Emergncia Individual, programas de monitoramento e acompanhamento, alm das prticas de gerenciamento de resduos contidas no Plano Diretor de Resduos da UN-ES.

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    2.4 DESCRIO DAS ATIVIDADES A) DESCRIO GERAL DO PROCESSO DE PRODUO, CARACTERIZANDO TODAS

    AS SUAS ETAPAS, INCLUINDO AS ETAPAS DE ESTOCAGEM E TRANSFERNCIA DE LEO E/OU GS

    Apresenta-se neste item a caracterizao das etapas de produo, de estocagem e de transferncia do leo a ser produzido durante a Fase 1 no campo de Jubarte. A etapa de produo inicial da Fase 1 ser desenvolvida pela unidade FPSO Seillean, que atualmente j se encontra no campo de Jubarte, realizando a Fase Piloto do projeto. Esta parte inicial da Fase 1, a ser desenvolvida pelo FPSO Seillean e que dever se estender at fevereiro de 2006, representa uma continuidade do Teste de Longa Durao e da Fase Piloto, encontrando-se descrita no Anexo I deste relatrio. Apresenta-se a seguir a caracterizao das etapas de produo da unidade P-34, considerando-se as diferentes etapas, as quais foram denominadas de sistemas. A.1) SISTEMA DE PRODUO Visando a explotao comercial das reservas de hidrocarbonetos no campo de Jubarte, a Fase 1 do sistema de produo definitivo prev a manuteno da unidade FPSO Seillean posicionada no local onde se encontra atualmente at fevereiro de 2006, quando ocorrer a desconexo do poo produtor ESS-110 HPA desta unidade e imediata interligao unidade P-34. Nesta data, os outros trs poos produtores j estaro interligados P-34. A partir de ento, a Fase 1 de produo do campo de Jubarte se desenvolver apenas com a unidade de produo P-34, qual estaro conectados os quatro poos produtores. O sistema de produo, representado pela P-34, consiste em uma unidade do tipo FPSO, capaz de produzir, armazenar e transferir o leo armazenado. O sistema de ancoragem do tipo single point mooring aonde as linhas de ancoragem convergem pra um turret localizado na proa da embarcao. A unidade de produo estar adaptada para a interligao de quatro poos produtores. O processo de produo da Fase 1 no prev a interligao de nenhum poo injetor na unidade. Esta unidade de produo que ir atuar no campo de Jubarte possui capacidade de processamento de lquidos at 60.000 bbl/dia com separao de gua e compresso de gs de 600 Mm/d, na presso de 150 kgf/cm. A profundidade de gua no local previsto para instalao desta unidade de 1.369 metros. A produo prevista durante a Fase 1, em sua parte inicial, quando apenas a unidade FPSO Seillean estar produzindo, ser de aproximadamente 16.000 barris de leo/dia, situao que dever ser alterada a partir de agosto de 2005, quando do incio da produo da unidade P-34, passando a produzir aproximadamente 60.000 barris de lquido/dia. Nesta situao apenas a unidade P-34 estar produzindo, uma vez que o FPSO Seillean j ter deixado o campo de Jubarte. O arranjo submarino previsto para a Fase 1 inclui 4 poos produtores perfurados em profundidade de gua entre 1.260 e 1.340 metros, todos com afastamento mnimo entre a UEP (Unidade Estacionria de Produo) e as cabeas dos poos de 2 km. A interligao individual dos poos a UEP se dar atravs de linhas flexveis assentadas no assoalho ocenico.

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    A planta de processo da unidade P-34 se encontrar adaptada para a produo do leo do campo de Jubarte, principalmente no que se refere ao sistema de elevao do leo, onde ser utilizado gas lift para os quatro poos produtores. Dois dos poos produtores sero adaptados para produo com BCSS (Bomba Centrfuga Submersa Submarina), um deles instalado na ANM (JUB-02HP) e o outro instalado diretamente no poo (JUB-06HP). Com a opo de uso de duas BCSS, est previsto um sistema extra de gerao de energia e adaptao do turret para passagem de cabo eltrico de potncia. Para atender ao mtodo gas lift o sistema de compresso ser adaptado para uma presso de descarga de 150 kgf/cm. Em um dos poos produtores ser utilizado um Riser Hbrido Auto-Sustentvel (RHAS), riser. A Figura 2.4-1 apresenta o esquema deste tipo de riser, que consiste basicamente de um duto rgido vertical suspenso por flutuadores, cujo topo fica posicionado a cerca de 100 metros abaixo do nvel do mar e distante aproximadamente 200 metros da unidade flutuante de produo. No seu topo conectado um trecho de duto flexvel, j amplamente utilizado pela Petrobras, unindo o riser unidade flutuante de produo. Este conceito tem como objetivo viabilizar projetos especficos na Petrobras por ter como caracterstica minimizar os esforos impostos aos risers pelos movimentos da unidade flutuante de produo. O lanamento do RHAS feito por sonda convencional, em operao semelhante s que j so amplamente utilizadas para completao de poos submarinos.

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    Figura 2.4-1: Esquema de funcionamento de um Riser Hbrido Auto-Sustentvel (RHAS).

    Os estudos realizados indicaram um baixo potencial de deposio de parafinas ao longo do sistema de produo, o que garante, sem problemas, a elevao e o escoamento do leo produzido. Estes estudos mostraram tambm a necessidade de isolamento trmico nas flowlines e risers em toda sua extenso, com TEC (Thermal Exchange Coefficient) de 8 W/m.K. O sistema de elevao artificial escolhido foi o gas lift nos quatro poos, sendo que dois deles sero tambm equipados com BMS (Bomba FRAMO). A vazo de gas lift por poo ser de 150.000 m/dia, e uma presso de injeo projetada de 150 kgf/cm. Sero utilizadas flowline e riser de 6 para os poos produtores e linhas de servio de 4. Todos os poos produtores que sero interligados P-34 tm caractersticas de poo horizontal, que representa uma excelente opo, onde a finalidade principal de otimizao da produtividade de um poo de petrleo, se d atravs da perfurao horizontal. O ganho com a utilizao desse tipo de

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    projeto pode ser visualizado nas Figuras 2.4-2 e 2.4-3 , onde a exposio da zona produtora maximizada, devido ao aumento do comprimento efetivo do poo dentro do objetivo. Todos os quatro poos produtores do campo de Jubarte, em sua Fase 1, so horizontais.

    Figuras 2.4-2 e 2.4-3: Tipos de poos e configurao tpica de poo horizontal.

    O poo horizontal uma variao dentro da categoria de poos direcionais, onde so utilizadas as tcnicas de desvio e perfurao direcional atravs de diversos equipamentos de orientao e controle de direo da trajetria. Descreve-se a seguir o processamento dos fluidos (leo, gs e gua) na planta de processo da unidade P-34. PROCESSAMENTO DE LEO, GS E GUA NA PLANTA DA P-34 Quanto ao processamento de fluidos, o FPSO P-34, aps as adaptaes e reformas na planta de processo, ter capacidade de processar at 60.000 barris de lquido por dia. O dimensionamento da planta considerou os seguintes parmetros de projeto: - Poo representativo: ESS-110HPA - Nmero de poos produtores: 4 - Temperatura de chegada dos poos: Mnima = 36 C e mxima = 56 C - Produo total de lquido: 60.000 bbl/d (9540 m3/d) com BSW% mximo de 50% - Vazo mxima de gua produzida: 30.000 bbl/d (4769 m3/d) O processamento do lquido ser realizado atravs de 2 trens de separao, sendo um trem de produo com capacidade para 40.000 bbl/d e um trem de teste com capacidade para 20.000 bbl/d. O trem de produo ser composto por uma bateria de aquecimento, formada por um novo pr-aquecedor gua-leo, que aproveitar o calor da gua produzida, um novo pr-aquecedor leo-leo, que aproveitar o calor do leo que vai para os tanques de carga, um novo aquecedor com gua quente e um novo vaso separador trifsico horizontal.

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    O trem de teste ser dimensionado para processar a vazo do poo com maior capacidade de produo (20.000 bbl/d) e dever operar continuamente, sempre testando um dos poos e, portanto, tambm tendo um papel de produo. O trem de teste ser composto por um novo aquecedor com gua quente e um vaso separador existente modificado para separao trifsica. Em ambos os trens, A bateria de aquecedores dever elevar a temperatura de 36C (mnima de chegada) para 90 C e operar uma presso de 7,5 Kgf/cm2. Ambos os separadores devero ser equipados com dispositivos ciclnicos na entrada dos vasos para minimizar a formao de espuma, com internos para a separao trifsica e devero receber isolamento trmico para conservao de calor. No trem de teste ser instalado um coalescedor eletrosttico on-line, a montante do separador, visando testar esta nova tecnologia, cujo objetivo a aumentar a eficincia da separao trifsica. Dos separadores, as correntes de leo sero reunidas e enviadas para um aquecedor onde ser aquecida com gua quente at 140C e da enviada para um tratador eletrosttico com capacidade para 60.000 bbl/d que ir operar com 3,5 kgf/cmg de presso. O leo proveniente do tratador eletrosttico ser enviado para o Pr-aquecedor leo-leo onde ser resfriado pela carga que chega no FPSO, passando em seguida por um resfriador com gua do mar onde atingir 50C, para atender aos requisitos de armazenamento nos tanques de carga. Dentro do projeto bsico est se avaliando a possibilidade do leo escoar da sada do tratador at os tanques sem a necessidade de bombeamento. O sistema de tratamento de gs consiste em uma unidade de desidratao, que foi dimensionada para uma vazo de 600.000 Nm/dia de gs e presso de 115 kgf/cm. Para adequar o sistema para uma presso desejvel de 150 kgf/cm, prev-se a substituio da unidade de desidratao existente na P-34. Uma parte do fluxo de gs oriundo do depurador ser encaminhada ao sistema de compresso existente para compresso do gs lift. O turbo compressor existente tem capacidade para 600.000 m/dia, referidos no primeiro estgio de compresso. Para atender injeo de gs lift no campo de Jubarte, este compressor ser reformado e ampliado a fim de atingir a presso de descarga de 150 kgf/cm, necessria ao gs lift. O restante do gs oriundo do depurador ser destinado ao sistema de gs combustvel e o excedente, enviado para o sistema de tocha. Devido ao limite de vazo da vlvula existente a jusante do depurador, dever ser instalada, adicionalmente, a montante do mesmo, uma nova vlvula de envio de gs para tocha. O gs efluente do tratador eletrosttico ser enviado diretamente para o sistema de tocha. Quanto movimentao de gs na unidade o sistema prev que o gs oriundo do 1 estgio de separao e do sistema de recuperao de vapor ser utilizado principalmente como gs combustvel e gas lift, sendo o excedente encaminhado para queima no flare. O gs oriundo do ltimo estgio de compresso, a uma presso de 150 kgf/cm, ser encaminhado para a unidade de desidratao de gs, que utiliza o processo de absoro por trietilenoglicol (TEG), de modo a especificar o ponto de orvalho do gs antes da injeo. No sistema de gs combustvel, uma frao do fluxo total do gs efluente do depurador (safety gas ko drum) submetido a um condicionamento visando especific-lo quanto ao ponto de orvalho de

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    hidrocarbonetos. Para tanto, o gs dever passar por um outro depurador (fuel gas ko drum) com capacidade de 1.000.000 Nm/dia de gs (@ 20C e 1 atm) que ser reaproveitado da plataforma. O sistema de tocha constitudo por um vaso de alta com capacidade de 1.000.000 m/d, um vaso de baixa com capacidade de 140.000 m/d e um queimador do tipo multiflare. Todo o sistema existente na P-34 ser reaproveitado. A Figura 2.4-4 apresenta um fluxograma simplificado do sistema de processamento de hidrocarbonetos a bordo da unidade FPSO P-34.

    Figura 2.4-4: Fluxograma do processo da P-34. Encontram-se ainda previstas facilidades para injeo de produtos qumicos (antiespumante, inibidor de hidrato, desemulsificante, polmeros, etc) nos poos e na planta de processo, utilizando-se tanques de armazenamentos de 4 m e trs bombas de injeo (192 l/d por bomba ); tanque de 4.5 m e trs bombas ( 960 l/d por bomba ); tanque de 7 m e trs bombas de ( 456 l/d por bomba), tanque de 0,2 m e duas bombas de ( 24 l/d por bomba ) e um tanque reserva com capacidade de 10 m, sem bombas. Quanto ao processamento da gua de produo, o item J deste documento - Caracterizao de Emisses, Resduos e Efluentes, apresenta a descrio deste processo. A.2) SISTEMA DE ESTOCAGEM A unidade P-34 apresenta uma capacidade total de estocagem de petrleo de 62.552 m3, ou o equivalente a 388.000 barris de petrleo. Esta tancagem refere-se a 5 grupos de tanques, divididos

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    em 13 tanques, que se encontram posicionados em diversos pontos da embarcao. A Tabela 2.4-1 apresenta a relao desses tanques, suas respectivas capacidades de tancagem e suas posies na embarcao. Tabela 2.4-1: Distribuio e capacidade dos tanques de armazenamento de leo na P-34.

    IDENTIFICAO DO TANQUE POSIO NA EMBARCAO CAPACIDADE (M3) Bombordo 3627

    Central 6904* TANQUE 1 Boreste 3627

    Bombordo 3482 Central 6142 TANQUE 2 Boreste 3482

    TANQUE 3 Central 6040 Bombordo 5175

    Central 6842 TANQUE 4 Boreste 5175

    Bombordo 2576 Central 6904 TANQUE 5 Boreste 2576

    OBS: * O tanque 1 central no carrega, por questo de estabilidade, para compensar o peso do turret. Alm dos tanques de armazenamento de leo produzido, a P-34 possui tanques para lastro, preenchidos com gua, tanque para leo diesel, tanque de slop e tanque para gua potvel, cujas capacidades encontram-se definidas na Tabela 2.4-2. Tabela 2.4-2: Capacidade dos tanques de armazenamento da P-34.

    IDENTIFICAO DO TANQUE CAPACIDADE (M3) TANQUES DE LASTRO 5308

    1167 TANQUE DE SLOP 1167

    TANQUE DE LEO DIESEL 428

    GUA POTVEL 470 A quantidade, em metros cbicos da carga de leo cru, pode chegar atingir at 85 % da capacidade volumtrica dos tanques, devido as cargas adicionais existentes no navio (planta de processo, turret, amarras, risers, flare, heliponto e outros equipamentos incorporados a embarcao). A Figura 2.4-5 apresenta a posio dos tanques na unidade FPSO P-34. A.3) SISTEMA DE TRANSFERNCIA/ESCOAMENTO DE PETRLEO A transferncia de petrleo da unidade P-34, em operao denominada offloading, se dar atravs de navios aliviadores de at 70.000 tons de porte bruto, que periodicamente acorrem unidade e que ficaro atracados pela popa desta unidade, a 150 metros de distncia, em processo denominado in-tanden. Estes navios realizam o alvio da produo de leo da unidade produtora e transportam o leo at os terminais da Petrobras, localizados na costa brasileira. As Figuras 2.4-6, 2.4-7, 2.4-8 e 2.4-9, a seguir apresentam uma seqncia de operao de transferncia (offloading) entre a unidade de produo e armazenamento FPSO P-34 e um navio aliviador, quando esta se encontrava operando no campo de Barracuda-Caratinga.

  • REFERENCE DOCUMENTS

    FORE CASTLE DECKFORE CASTLE DECK

    (C. CASTELO)(C. CASTELO)(C. CASTELO)

    " PETROBRAS - XXXIV " GENERAL ARRANGEMENT(ARRANJO GERAL)

    UPUP

    115115 130130105105 1351359191 1401101109595 100100 125125120120

    AUXILIARY WINCH SEATAUXILIARY WINCH SEAT

    HOT WATEREXPANSION TANK

    V-512502

    FUNNEL EL.32180MONORAIL'(CHAMINE) 0.3 ton.

    PETROBRAS - XXXIV

    AC-525250B

    2

    BRIDGE DECK

    CARGO AREA

    UPPER DECK BOAT DECKHELIDECK CARGO AREA GENERAL NOTES

    FORE CASTLE DECK(C. CASTELO)UPPER DECKBOAT DECK

    MONORAIL MAIN DECK1.0 TON. NOTE 1 - TWO RACKS, FOR 60 WATER BOTTLES EACH, MUST BE SUPPLIEDMAIN DECK

    STOR

    E N0.1

    3

    MONORAIL IN THIS CARGO AREA.(PAIOL

    N0.13

    )

    1.0 TON.GYMNASIUM o '(2 CONVES) 2ND DECK2ND DECKSALA DE MUSCULAO

    (A & B)

    FRESH

    WATER LINEWATER TAN

    K

    (TQ. CAR

    GA N0.4

    BB/BE)

    (TQ. A. DOC

    E A & B)

    (TQ. CA

    RGA N0

    .5- C)

    (C) (TQ. CA

    RGA N

    0.3 - C

    )

    ENGINE ROOMAFT PEAK(PRACA DE MAQUINAS) (TQ

    . CARGA

    N0.1 -

    C)

    ' (TQ. C

    ARGA

    N0.2 -

    C)

    (TQ. CA

    RGA N0

    .4- C)

    TRU

    NK

    (PIQUE TQ. RE)(TQ

    . CARG

    A N0.1

    - BB/B

    E)

    (TQ. CA

    RGA N0

    .1 - BB

    /BE)

    FRESH

    WATER

    TANK

    (TQ. A.

    DOCE C)

    DIESE

    L OIL T

    K (A &

    B)

    (TQ. C

    ARGA

    N0.5-

    BB/BE

    )

    (TQ. O

    DIESEL

    -A/B)

    NO 4 CA

    RGO TAN

    K (P & S

    )

    VOID

    SPA

    CE

    (ESPA

    CO VA

    ZIO)

    (A &

    B)

    NO 5 C

    ARGO

    TANK

    (C)

    NO 3

    CARG

    O TAN

    K (C)

    NO 1 C

    ARGO T

    ANK (C

    )

    PUMP ROOM 'VOID

    SPAC

    E

    NO 4 C

    ARGO

    TANK

    (C)

    PUMP ROOM NO 2

    CARG

    O TAN

    K (C)

    (P. BOMBAS) (ESPA

    CO VA

    ZIO)

    SLO

    P TA

    NK (P

    & S

    )

    (LASTRO NO 1 C

    ARGO T

    ANK (P

    & S)

    (COMP. BOMBA DE INCENDIO) NO 2

    CARG

    O TAN

    K (P &

    S)

    (TQ.

    LAS

    TRO

    -A/B

    )

    BALL

    AST

    TANK

    FIXO) NO 3

    BAL

    LAST

    TANK

    (P &

    S)

    (TQ.LA

    STRO

    N0.3

    - BB/

    BE)

    (TQ

    . SO

    BRAS

    - BB

    /BE)

    FIX

    SC SC BALLAST SPACE NO

    5 CA

    RGO

    TANK

    (P &

    S)

    B.W

    .

    B-U

    B-54

    2001

    -01

    D.O.OVERFLOW TK

    (CEMENT) COOLING

    (C)OILY WATER B. LINEDIRTY

    OIL

    TANK FRESH WA

    TER

    TANK

    TANK DIESEL OIL ST

    ORAGE

    DRAIN TK

    COFF

    (D)D.O.STORAGE TK

    64 1105040 55 11520 N4 13563 6761 827962 N6 8370 1255 10 10077 877325 60 13071 887872 N2 84N830 451 N576 8974 8558A N9 90N18135 N10 86N7N30 8069B 9115 95 14059 7565 6866 105 1203660800 1350FRAME SPACE 610 1121000

    1000 3660 FRAME SPACE 610685

    330

    AFT ACCOMMODATION MIDSHIP DECK HOUSEHELIDECK~ ' (CASARIA DE MEIA NAU)(ACOMODACOES DE RE) '(CONVES DO HELIPONTO)'BOAT DECK BOAT DECKUPPER DECK~ ~ BRIDGE DECK(C. EMBARCACOES) C. EMBARCACOES(C. SUPERIOR) '' UPPER DECK (C. PASSAD.) COMPASS DECKTOP DECK RESCUE BOATRESCUE BOAT(CONVES SUPERIOR)

    DNLUB OIL BARRELS 'STORAGE AREA (C. TIJUPA)

    AWNING PROJECTION (AREA DE EST. BARRIL DE O. LUB.)UP (TOPO)( PROJECA0 DO TOLDO )(LIFEBOAT)

    DN DIVING EQPT. (90 PERSONS) ENGINE ROOM EXHAUSTION(EXAUSTAO DA PR. MAQ.) DNUPBATTERYDN UP

    ROOMUP DN

    CONTROL ROOM (COMPARTIMENTO

    DN

    UPDU

    CT DE BATERIAS)(SALA DE CONTROLE)P&D HOT WATERGENERAL 61EMERGENCY GENERATORSALA RECEP. OFFICEINSTRUMENT. SUPERVISION OFFICE EXPANSION TANKROOMDUCT FUNNELE SEGURANCAWORKSHOP (ESCRITORIO(ESCRITORIO DE SUPERVISAO) (CHAMINE)(DUTO)GERAL) (COMP. GERADOR DE EMERG.)(OFICINA DE SWIMMINGSWIMMING 6867ENGINE FANSINSTRUM.)INSTRUM.)DNCORRIDOR(CORREDOR) POOL POOLROOM 8078 79

    UP40 5050 3535 4545 805040 202020 80805 10 8115 2525 815 10 25 3030 7730 6235 81 81 64 6415 61 7879 790 600 7745 78 787665 6867 7977 7763 66 6958 7655 59SUPERV. SUPERVISORWC (COMP. VENT. P/MEETINGTECHNICAL (PISCINA)CRANE LIVINGFOUNDATION 6562CABINLABORATORY FILE ROOM PR. MAQ.) 63FOUNDATIONCRANEROOM DUCTENGINE ROOMCOR

    RID

    OR

    (POSTE DO GUIND.) (ARQUIVO (SALA DE P&D

    (CAMAROTE (S. DE ESTAR DNCASING (DUTO)(LABORATORIO) (POSTE DO GUIND.)AC-525250B DNREUNIAO)TECNICO)DO SUPLAT.) DO SUPLAT.) (GAIUTA DA P.M.) EN

    G. RM

    . CAS

    ING

    WCAIR COND. INTAKEDU

    CT

    (GAI

    UTA

    DA P

    . M.)

    42 UPAC-525250ADN 64AWNING PROJECTIONUP

    (PROJECA0 DO TOLDO) UP DNENGINE ROOM EXHAUSTION

    UP ENG. RM HATCH WC(EXAUSTAO DA PR. MAQ.)(LIFEBOAT) DN 66DN (90 PERSONS)MONORAIL

    (BATTERIES CHARGE ROOM) 0.3 ton.DRINKINGFOUNTAIN

    COMPRESSED UNIT FOR AIR COND.

    UP

    DWVT-525450ADAVIT PN-526201 PN-514007

    DW

    UP

    DW

    EXT-525554AEXT-525554B

    P-122310A/BHATCH PN-GE-526201

    1600X1600

    VAC

    EXT-525552BEXT-525552A

    ROOM

    1

    DW UPVAC ROOM 3 AC-525251BAC-525251A

    VAC ROOM 2 CF-124302CF-124301EL.29920

    DW

    SILENCER AUXILIARY GENERATOR PANELS ROOM VT-525450B AR

    EAPI

    PIN

    G

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    K.O.( C. PRINCIPAL)FIRE WATER PUMP EXHAUST

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    ARMARIO P/ARMARIO P/ARMARIO P/MANGUEIRAMANGUEIRAMANGUEIRAACCESS TO FIRE PUMP ROOM

    to REMOVABLE MONORAILPASSAGE WAY PASSAGE WAY(ACESSO AO COMP- BOMBAS DE INCENDIO)REMOVABLE PANEL PASSAGE WAY FT-GE-526201

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    UP CI-533103 PULL IN WINCHDOWN

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    ACCOMODATION LADDERACCOMODATION LADDERPUBLIC TELEPHONE

    (ESTACAO DE TELEFONE PUBLICO)

    o '2ND DECK (FORWARD)/ (2 CONVES - VANTE)

    (TURRET HYDRAULIC CONTROL VALVE SYSTEM)2ND DECKo '(2 CONVES)-

    STORE N2HPU ACCUMULATOR SKIDHIDRAULIC PUMPCABINPAIOL N2 CABINCABIN PRINCIPAL DIMENSIONFOAMUNIT RM.CABIN (CAMAROTE)(CAMAROTE)(CAMAROTE) TANK

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    (CAMAROTE) (CAMAROTE)(CAMAROTE)(CAMAROTE)DNLUBRICATION SYSTEM FOR BREADTH 26.000 mENGINE ROOM ESCAPE TRUNK(CORREDOR)CORRIDOR RADIAL BEARING(SAIDA DE EMERG. DA PRAA MQUINAS)DIESEL FIRE WATER PUMP ROOM

    UP DEPTH (COMPARTIMENTO DA BOMBA 16.870 mP&DCABIN DE INCENDIO DIESEL) CABIN WC WC DNWCD

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    B-54

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    NICODEMOSIP MONNERAT13/JAN/04E AS INDICATED

    NICODEMOSIP MONNERAT04/DEC/03D ACCORDING TO CONSISTENCY CHECK

    NICODEMOSIP MONNERAT02/DEC/03C GENERAL REVISION

    NICODEMOSIP MONNERAT25/NOV/03B GENERAL REVISION

    NICODEMOSIP MONNERAT30/OCT/03GENERAL REVISIONA

    18/AUG/03 NICODEMOSIP MONNERATORIGINAL0

    APPROV.DATE EXEC. CHECKDESCRIPTIONREV.

    THIS DOCUMENT IS PROPERTY OF PETROBRAS AND IT IS PROTECTED IN ACCORDANCE WITH PREVAILING LAW,

    IT SHALL ONLY BE USED FOR THE PURPOSE IT IS DELIVERED. STANDARDIZED FORM BY N-381 (PETROBRAS)

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    I-DE-3010.01-1200-942-PPC-001_E.DGNMICROSTATION J.7/BALLAST TANK(B)

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    APPROVALCHECKDESIGN DRAWN MONNERATIP NICODEMOSCENPESCCSCALE SHEETSIZE A0: 1189x594mm of1:300 601298 11

    DATE BR NUMBER18/AUG/03 I-DE-3010.01-1200-942-PPC-001

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    23/88 Captulo 2

    EIA Estudo de Impacto Ambiental do Campo de Jubarte

    Rev. 00

    Figura 2.4-6: Barco de apoio estende o mangote de transferncia da P-34 at o aliviador.

    Figura 2.4-7: Barco de apoio levando o mangote de transferncia para o navio

    aliviador.

    Figura 2.4-8: Operao de offloading acompanhada por barcos de apoio.

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    EIA Estudo de Impacto Ambiental do Campo de Jubarte

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    Figura 2.4-9: Barco de apoio retorna com mangote de transferncia para a P-34. A transferncia do produto entre as duas embarcaes ser realizada atravs de mangote flutuante flexvel, de 20 polegadas de dimetro, com 300 metros de comprimento, conforme ilustra a Figura 2.4-10. O mangote fica permanentemente conectado P-34 . Na outra extremidade, a ser conectada no aliviador, o mangote possui vlvula manual de bloqueio e flange cego quando desconectado. procedimento da P-34 a limpeza do mangote aps cada offloading, com o deslocamento de at 5 vezes o volume do mangote, com gua do mar, de modo a previnir a perda de volumes de leo e consequente poluio em caso de avaria, quando o mesmo se encontrar desconectado do aliviador. O sistema atual no prev o embarque do mangote aps o offloading, permanecendo na gua com a sua extremidade presa P-34 por cabo.

    Figura 2.4-10: Detalhe do mangote de transferncia da P-34.

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    EIA Estudo de Impacto Ambiental do Campo de Jubarte

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    Os navios aliviadores sero conectados a P-34 numa periodicidade de 5 dias, em mdia, buscando a transferncia do leo armazenado, em operao que leva aproximadamente 24 horas (conexo/carregamento/desconexo). A P-34 equipada com 3 bombas de carga, localizadas na sala de bombas, que so acionadas por motor diesel, que ficam na praa de mquinas. A operao de offloading (transferncia de leo para o navio aliviador) pode ser efetuada por qualquer uma das 3 bombas de carga existentes, que descarregam para as tubulaes principais. O leo exportado pela estao de offloading, sendo medido antes de entrar na conexo do mangote flutuante. A taxa de transferncia de 2.500 m3/h, sendo um carregamento normal de 245.310 de barris (39.000 m3) transferido em 20 horas. Aps a concluso da operao de transferncia (offloading), o mangote flutuante da P-34 disposto lateralmente embarcao at a prxima operao de offloading. Durante a Fase 1 do desenvolvimento do campo de Jubarte no ocorrer exportao de gs para o continente, sendo o gs originrio do separador, no-consumido como combustvel, enviado ao flare e queimado. Estima-se cerca de 280.000 m3/dia de gs no pico de produo, sendo este volume decrescente com o tempo. As principais necessidades de consumo de gs natural na unidade P-34 correspondem utilizao em vrios processos como identificados a seguir: Forno para aquecimento do leo na planta; Turbo compressor de gs lift (1 turbina); Selagem dos tanques de carga para evitar atmosfera explosiva (presena de O2); Novo gerador para acionamento das BCSs; Purga dos flares de alta e baixa e exausto dos tanques de carga; Piloto dos flares. B) DESCRIO DOS PROCESSOS DE INSTALAO PARA PRODUO E

    ESCOAMENTO, DESCREVENDO, ENTRE OUTROS B.1) OS PROCEDIMENTOS DE RECONHECIMENTO E ESCOLHA DE LOCAES E AS

    MEDIDAS ADOTADAS PARA A MITIGAO DO RISCO DE INSTABILIDADE GEOLGICA

    Com o objetivo de mitigar riscos de instabilidade na superfcie do fundo marinho, a definio do arranjo submarino (locao da unidade, linhas de produo, umbilicais) foi subsidiada pela interpretao de dados de ssmica 3D, 8 amostras geolgicas (Jumbo piston cores - testemunhos a pisto) geminadas a 8 ensaios geotcnicos (PCPT) distribudos em toda a rea, alm de dados de sonar de varredura lateral, ssmica de alta resoluo (SBP-Sub-Bottom Profile), multi-feixe (retroespalhamento-backscaterring e batimetria de detalhe) e histrico de operaes de jateamento feitas em poos da rea. Estes estudos consistiram na caracterizao geolgica e geomorfolgica do fundo marinho na rea dos campos de Jubarte e Cachalote, conforme apresentado na Figura 2.4-11. Os estudos realizados tiveram por objetivo identificar feies indicativas de risco geolgico (ou geohazard), consistindo em medidas para mitigao desse risco, e foram desenvolvidos em seqncia, da seguinte forma:

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    Figura 2.4-11: Visualizao 3D do fundo do mar das bacias do Esprito Santo e de Campos, com destaque para a rea de estudo.

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    Mapeamento do horizonte ssmico equivalente ao fundo do mar e do primeiro horizonte de mais alta amplitude abaixo do fundo (Horizonte 1). Destes dois horizontes foram extrados os seguintes atributos ssmicos: amplitude e edge. Tambm foram extradas amplitudes em janelas a partir dos horizontes de referncia. Foi gerado um arquivo xyz do horizonte do fundo do mar, onde o z equivale cota batimtrica.

    Anlise e interpretao do significado geolgico das feies observadas nos mapas de amplitude

    e edge dos dois principais horizontes mapeados: fundo do mar e horizonte 1. Os mapas de dip azimute ou edge, baseados em um algoritmo de coerncia, fornecem uma excelente definio dos canais que cortam o talude na rea de estudo.

    Confeco dos mapas de ispacas da seqncia limitada pelo horizonte do fundo do mar e pelo

    horizonte 1 (Seqncia 1), batimetria, declividade, edge e amplitude ao nvel dos horizontes do fundo do mar e horizonte 1, no programa Sigeo.

    Confeco, anlise e interpretao dos mosaicos de sonar e multi-feixe, utilizando o programa

    ER Mapper. Caracterizao de feies com alta refletividade nas imagens de sonar e do multi-feixe.

    Processamento do SBP no mdulo ISIS sonar do programa TEI Office suite. Identificao das

    ecofcies e caracterizao de seu significado geolgico. Integrao da ssmica de alta resoluo com testemunhos.

    Anlise geomorfolgica da rea de estudo atravs de um modelo digital de terreno, visualizado

    no programa ERMapper. Neste programa foi possvel obter a visualizao 3D do fundo marinho com a amplitude ssmica sobreposta, o que permitiu um reconhecimento geomorfolgico e sedimentolgico do fundo do mar.

    Confeco do mapa faciolgico do fundo marinho. Mapeamento das falhas geolgicas profundas que alcanam o fundo e subfundo marinho, e de

    outras feies geolgicas, examinando dados ssmicos 3D e 2D (SBP). Integrao dos dados geotcnicos do solo (perfis de resistncia, presso de poros e atrito) com

    ssmica e testemunhos. Anlise de geohazard feita atravs do GIS (Geographic Information System) MGE (Modular

    GIS Environment) da Intergraph, que permitiu a integrao dos diversos fatores de risco geolgico, atravs de anlise espacial. Foram utilizados os seguintes mapas de feies de risco: 1) mapa das reas com declividades maiores do que 10 graus; 2) mapa de ispaca da Seqncia 1, onde foram consideradas as reas com espessuras menores e iguais a 30m; 3) mapa de amplitude do Horizonte 1, onde foram considerados os valores de amplitude maiores do que 80; 4) mapa de falhas e outras descontinuidades que afetam o fundo e subfundo marinho; 5) mapa dos afloramentos e 6) mapa das feies da baixa amplitude relacionadas a falhamentos geolgicos e/ou possveis exsudaes de hidrocarbonetos (gs).

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    Todos estes estudos tiveram, dentre outros, o objetivo de caracterizar geologicamente o fundo e subfundo marinho da rea, em especial, dentro dos limites dos ring fences dos Campos de Jubarte e Cachalote, alm de identificar feies indicativas de risco geolgico (ou geohazard). Caracteriza-se como geohazard para a instalao de equipamentos submarinos, a possibilidade de dano ou perda dos mesmos e de outras instalaes ligadas a eles, provocada por qualquer fenmeno geolgico, seja natural ou induzido por atividade humana. A fisiografia da rea estudada , em parte, condicionada pelas falhas geolgicas e fraturas que atingem o fundo e subfundo marinhos. Canais de talude, ravinas, pequenas escarpas, algumas depresses e ondulaes do fundo esto localizados preferencialmente sobre reas que apresentam fraturamento mais intenso, entretanto, algumas ondulaes apenas mimetizam o topo irregular de depsitos de movimentos de massa, que ocorrem a partir de 20m de profundidade abaixo do fundo marinho. A rea estudada apresenta-se estruturada em subsuperfcie atravs de falhas lstricas associadas a Halocinese. A maioria destas falhas afeta at 100m abaixo do fundo marinho, porm muitas chegam a atingir o fundo do mar. Estas falhas evoluem para cima, em direo ao fundo marinho, com rejeitos menores, provavelmente sem resoluo ssmica. A espessa seqncia de depsitos caticos (diamictitos), que ocorre no subfundo raso da rea estudada, dificulta o reconhecimento de falhas de pequeno rejeito devido escassez de horizontes de referncia. Com relao estabilidade do talude, a rea estudada no apresenta fatores de risco. Ao contrrio, a presena de um espesso drape hemipelgico quaternrio, que inclui as biozonas Z, Y1, Y2 e X, indica a ausncia de eventos de deslizamentos e remoo h pelo menos 127.000 anos. Neste aspecto o talude da rea estvel. No foram observadas formaes abrasivas, tais como corais e lajes de algas vermelhas incrustantes, no fundo marinho. Os nicos alvos refletivos que ocorrem na rea referem-se presena de equipamentos (cabeas de poos) e a afloramentos localizados, que ocorrem nos flancos norte dos canais 1 e 2 (Figuras 2.4-12 e 2.4-13). Na rea estudada, o principal fator de risco geolgico a presena de depsitos arenosos ao alcance das operaes de jateamento e ancoragem, ou seja, entre o fundo do mar e 40m de profundidade abaixo do fundo. Para a anlise deste fator foi considerada a superposio, em rea, de duas principais feies geolgicas: Seqncia 1 com espessuras menores e iguais a 30m e a presena de depsitos arenosos abaixo do Horizonte 1. Outro fator que afeta as operaes de ancoragem e jateamento, dificultando-as, a presena de superfcies de adensamento, a partir das quais ocorrem aumentos abruptos na resistncia penetrao. Na rea de interesse, o principal batente que se encontra ao alcance destas duas operaes o Horizonte 1, conforme atestam os resultados dos perfis de CPT.

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    Figura 2.4-12: Visualizao 3D do fundo marinho das provncias fisiogrficas que compem o cenrio regional no qual a rea de estudo est inserida.

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    Figura 2.4-13: Visualizao 3D do fundo do mar na poro norte do Bloco BC-60 mostrando os dois principais canais que cortam o talude, os poos da rea e as amostras geolgicas do fundo marinho (amostras superficiais e testemunhos a pisto: GL 73, 74, 75, 76, 77, 78, 450 e

    451.

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    A avaliao final do risco geolgico (geohazard) foi feita com a ajuda de um GIS (Geographic Information System) da Intergraph (MGE), a fim de se facilitar a anlise conjunta dos diversos fatores envolvidos no geohazard. Para a anlise no GIS, as feies de risco mais preponderantes observadas na rea de estudo foram: 1) regies com altas declividades; 2) presena de areia no intervalo onde acontecem operaes de jateamento e ancoragem, ou seja, entre zero e 40m de profundidade abaixo do fundo do mar; 3) presena de solo fraturado ou falhado; 4) presena de afloramentos no fundo do mar e 5) presena de feies que podem ser associadas exudao de hidrocarbonetos no fundo marinho (raras). De um modo geral, a escolha do tipo de ncora e o seu dimensionamento deve considerar a constituio e caractersticas geotcnicas do solo, presena ou no de camadas endurecidas e a declividade do fundo marinho. O primeiro batente mapeado, denominado neste trabalho de Horizonte 1, encontra-se mais raso na poro nordeste e extremo sul da rea de estudo, onde a sua profundidade fica em torno de 20m. Este batente poderia dificultar a cravao de ncoras com penetrao maior do que 20m de profundidade. Alm disto, nas regies nordeste e sudeste, nas proximidades do canal 2, ocorrem depsitos arenosos logo abaixo do Horizonte 1. Na maior parte da rea a declividade baixa, variando entre 1 e 3 graus, o que no oferece restries operao de ancoragem. As declividades maiores esto associadas aos flancos de canais submarinos, podendo atingir at 36 graus, mas estas reas so muito restritas. Estes estudos apresentaram as seguintes concluses e recomendaes: O fundo/subfundo marinho da rea norte do bloco BC-60, onde esto inseridos os ring fences

    dos Campos de Jubarte e Cachalote, constitudo por um lenol de lamas hemipelgicas (Seqncia 1), capeando diferentes tipos de depsitos. A lama da Seqncia 1 apresenta um perfil de adensamento normal.

    A Seqncia 1 limitada em sua base por um forte refletor ssmico, Horizonte 1, que representa

    uma discordncia erosiva mais antiga do que 127.000 anos (biozona W do Neopleistoceno). Este refletor representa um batente e est associado a um aumento abrupto na resistncia penetrao registrado nos perfis de CPT (geotcnicos).

    Abaixo do Horizonte 1, observa-se uma espessa seqncia de depsitos de movimentos de

    massa (diamictitos) entremeados por depsitos arenosos e lamosos. Nesta regio do talude, estes depsitos coexistiram lateralmente poca de sua deposio. Por correlao com seus anlogos de outros locais da Bacia de Campos, prev-se que os diamictitos da rea so essencialmente lamosos, compostos por clastos de lama de diferentes graus de adensamento, envoltos por uma matriz amolgada tambm lamosa.

    A presena de batentes e/ou areias no subfundo raso, at 30m de profundidade abaixo do fundo

    do mar, pode dificultar, ou at mesmo impedir a penetrao de ncoras. As pores nordeste, sudeste (no talvegue do canal 2) e extremo sul da rea estudada representam regies onde a Seqncia 1 possui as menores espessuras. Alm disto, ocorrem depsitos arenosos na base desta seqncia nas pores NE e SE.

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    Com relao estabilidade do talude, a rea estudada no apresenta fatores de risco. Ao contrrio, a presena de um espesso drape hemipelgico quaternrio recobrindo toda a rea, que inclui as biozonas Z, Y1, Y2 e X, indica a ausncia de eventos de deslizamentos e remoo h pelo menos 127.000 anos. Neste aspecto o Talude Continental da rea estvel.

    As declividades da rea variam entre 1 e 3 graus. Declividades maiores do que 10 graus

    ocorrem nos flancos dos canais 1 e 2 e em um pequeno canal situado no extremo noroeste do bloco.

    Nos registros de sonar e multi-feixe, no foram observadas formaes abrasivas no fundo

    marinho, tais como corais e lajes de algas vermelhas incrustantes. Os nicos alvos refletivos que ocorrem na rea referem-se presena de equipamentos (cabeas de poos) e a afloramentos localizados, que ocorrem nos flancos norte dos canais 1 e 2.

    No foram observados indcios de exudao de hidrocarbonetos no fundo marinho. Ao nvel do

    horizonte 1, foram mapeados alguns wipeouts e pockmarks que esto associados presena de falhas. Nas vizinhanas de algumas falhas ocorrem anomalias de amplitude em profundidade (450m abaixo do fundo) que podem estar associadas presena de gs.

    A rea encontra-se afetada por falhamentos profundos que alcanam o fundo marinho raso. A

    presena de falhas e fraturas pode representar zonas de fraquezas nos sedimentos. Alm disto, elas so caminhos preferenciais na migrao de hidrocarbonetos.

    B.2) OS PROCEDIMENTOS PARA LANAMENTO, AMARRAO E ANCORAGEM DAS

    LINHAS DE ESCOAMENTO, PRINCIPALMENTE NA TRANSPOSIO DE REGIES MORFOLOGICAMENTE ACIDENTADAS

    Para a implantao da Fase1 do campo de Jubarte encontram-se previstas as instalaes da unidade P-34 e dos 4 poos produtores, alm de suas respectivas linhas de coleta da produo, de acesso ao anular do poo, cabos de potncia e umbilicais eletro-hidruilicos de controle, monitorao e injeo de fluidos. Para as atividades de lanamento, amarrao e ancoragem dos bundles, que correspondem aos dutos flexveis de produo, ser utilizada uma infra-estrutura composta pelo barco de lanamento Sunrise-2000, ou pela embarcao similar, Seaway Condor, ambas prprias para essa atividade, alm de barcos de mergulho a serem fornecidos por empresas contratadas pela PETROBRAS. Esses barcos de mergulho iro tambm auxiliar nas atividades de pull-in das linhas no turret da P-34 e nas operaes dos barcos de lanamento (inspeo de rotas das embarcaes, de equipamentos submarinos e fixao de linhas em estacas de ancoragem). Alm dessas embarcaes tambm iro atuar na instalao da Fase 1 os rebocadores supply, que iro fornecer os insumos e suprimentos para as demais embarcaes. No desenvolvimento dessas atividades, as embarcaes responsveis pela instalao da unidade P-34, executaro o lanamento das ncoras tipo torpedo para ancoragem da P-34 e tensionamento das linhas de ancoragem. A embarcao responsvel pela instalao das linhas flexveis ser o navio Sunrise-2000, ou o navio Seaway Condor, com suporte dos navios de mergulho para as atividades de pull-in no turret da P-34 e outras operaes complementares.

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    As estacas torpedo, para ancoragem e as linhas flexveis sero transportadas a partir da Base de Vitria da Petrobras para o Porto da CPVV (Companhia Porturia de Vila Velha) e em seguida conduzidas nas cestas da embarcao at o local de seu lanamento. A unidade de produo P-34 ser instalada com sistema de ancoragem do tipo Single Point Mooring, no qual as linhas de ancoragem convergem para o FPSO atravs de um turret instalado em sua proa. A ancoragem das linhas ser atravs de colares e amarras, que devero ser fornecidos e lanados juntamente com as respectivas linhas, para futura emenda s respectivas amarras deixadas na estaca torpedo, sendo esta espera de amarra fornecida juntamente com as estacas.

    Cada poo produtor ser equipado com uma rvore de Natal Molhada GLL, exceto o poo JUB-06HP onde est prevista a instalao de uma ANM Horizontal. As ANMs sero instaladas em profundidades de gua que variam de 1290 m a 1370 m, e possuem Mdulos de Conexo Vertical (MCV) individuais para interligao das linhas na BAP da ANM convencional. Normalmente utiliza-se a ferramenta universal para descida do MCV, o qual possui interface para ROV (Remote Operate Veichle), dispensando a utilizao de umbilical de servio para seu acionamento. Para todas as operaes foram estabelecidos parmetros de segurana levando em considerao as condies de mar. Sero realizadas tambm, inspees das rotas de lanamento com utilizao de ROV a fim de confirmar visualmente a inexistncia de obstculos e bancos de corais. Apresentam-se a seguir os principais procedimentos a serem adotados para a instalao das linhas no fundo do mar (linhas de Produo, Anular e UEH dos poos ESS-110 HPA, JUB-04HP, JUB-02HP, JUB-06): Realizar pull-in de primeira extremidade no turret da P-34, das linhas de produo, anular e

    UEH e conexo singela de segunda extremidade na ANMH atravs de MCV. Os Pull-in na P-34 sero executados conforme procedimento delineado pela firma projetista do

    turret (SOFEC Inc.) e segundo projetado pela operadora do navio de lanamento, mediante as seguintes consideraes:

    A P-34 est equipada com cabo especial de 2 3/8 (MBL=325,3 tf) (Casar Superplast) para

    puxamento das amarras e do riser de 6. Para puxamento dos risers de anular e controle, ser utilizado cabo comum de 2 1/4 com

    MBL=224 tf. Os cabos possuem comprimento total de 500m e comprimento til de 300m. O sistema de Pull-in foi dimensionado para executar operaes sob ao simultnea dos

    seguintes agentes ambientais:

    Velocidade Superficial de Corrente Mxima: 1,5 knots (0,77m/s) Velocidade do Vento Mxima: 35 knots (18m/s) Altura Significativa de Onda Mxima: Hs = 2,0 m com Ts = 4,5 s

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    As condies de operao seguras do LSV junto ao costado da P-34 devero ser avaliadas e julgadas pelos tcnicos responsveis pelas operaes e fiscal da Petrobras, mediante medio e observao das condies ambientais reinantes e anlise dos boletins de previso meteorolgica emitidos por entidades idneas. O incio ou prosseguimento das operaes ser decidido em consenso pelas partes envolvidas, sempre observada a ocorrncia das condies ambientais de Pull-in, anteriormente mencionadas.

    Em caso de stand-by aguardando condies atmosfricas para completar os trabalhos, se as

    linhas estiverem suspensas em catenria livre, deve-se tomar cuidado especial de remanejar periodicamente o TDP das linhas suspensas a fim de evitar danos por fadiga mormente em caso de trecho esttico (flow) e de umbilicais providos com cabo eltrico.

    O arranjo das polias de Pull-in requer que a P-34 seja alinhada com uma das amarras,

    admitindo-se uma tolerncia de 15. Ademais, a execuo de Pull-in em setores do turret considerados crticos (e.g. SW/SE) demandaro que o FPSO sofra um giro forado de 35. Foram desenvolvidos estudos para navios tanques de grande porte (VLCC) os quais indicaram ser necessrio aplicar-se na popa do navio uma carga transversal estimada de 800 kN (80tf) afim de atingir um giro de cerca de 35 sob condies ambientais de Pull-in.

    Para garantir o giro ou a manuteno do aproamento do FPSO durante o tempo de puxamento,

    as operaes devero ser auxiliadas por 2 supply boats com capacidade de trao (bollard-pull) mnima de 100 tf cada barco, para setores crticos do turret ou 2 supply boats com capacidade de trao mnima de 80 tf cada barco, para setores no-crticos do turret. Setores crticos so aqueles que, para as condies ambientais predominantes da regio de Jubarte, ficam encobertos pelo casco do FPSO, requerendo a movimentao rotacional do navio. Setores no crticos so aqueles que no requerem o giro do FPSO para a realizao do Pull-in, mas exigem a assistncia permanente de supply boats ligados ao FPSO a fim de manter fixo o aproamento do navio, caso haja variao brusca da direo de incidncia dos mares.

    A existncia de navio-aliviador atracado in tandem P-34 ser considerada condio impeditiva

    para o incio de qualquer operao conjunta com LSV. Muito embora no seja mandatrio, a execuo de Pull-in no FPSO com o calado leve

    vantajosa, principalmente caso haja ocorrncia de fortes correntezas na ocasio das operaes. Entretanto, reconhecemos que ser difcil estabelecer um sincronismo entre as operaes de alvio e a execuo dos Pull-in.

    Os cabos mensageiros viro do estaleiro j passados atravs dos I-tubes, afim de evitar

    mergulhos desnecessrios para sua transferncia ao LSV. Os cabos sero identificados por tags em suas extremidades.

    O sistema de Pull-in de P-34 foi projetado considerando as seguintes cargas dinmicas

    mximas:

    Carga mxima para o pull-in do riser de 6: 150 tf (a ser executado com o cabo especial de 2 3/8);

    Carga mxima para o pull-in dos risers de 4: 78 tf (a ser executado com o cabo de 2 1/4).

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    Admite-se uma tolerncia para instalao com o FPSO em situaes de deriva far e near igual a 12, desde que a catenria seja corrigida para assumir a forma regular com ngulo de 7 aps cessadas as aes externas. Para tanto, ambas os navios, FPSO e PLSV, devem estar providos de sistema DGPS (Differential Global Positioning System), para determinar com exatido o desvio em relao posio mdia de projeto no instante do Pull-in.

    A 30 metros de distncia da cabea de puxamento ser instalado em cada riser uma braadeira

    destinada a reter o bend stiffener em caso de queda acidental. Esta pea tambm dotada de um olhal giratrio que pode ser utilizado como auxiliar para puxamento lateral caso julgado necessrio.

    Aps o pull-in de primeira extremidade na P-34, as linhas devero ser lanadas cheias e

    singelas, de acordo com o track previsto. A conexo de segunda extremidade na ANMH ser feita tambm singela atravs de MCV com

    acompanhamento de ROV. B.3) A MITIGAO DOS RISCOS DE INTERAO DAS LINHAS A SEREM LANADAS, BEM

    COMO OUTRAS INSTALAES EXISTENTES NA REA Com o objetivo de mitigar o risco de interao com outros equipamentos, as linhas foram includas no Sistema de Gerenciamento de Obstculos (SGO), que um banco de dados da PETROBRAS onde esto todas as informaes sobre os equipamentos (obstculos) fixos existentes, estejam eles submersos ou na superfcie. Com este sistema, tem-se a localizao exata e o controle de todas estas singularidades, bem como a profundidade dgua em que elas se encontram. No entanto, com relao a este risco de interao das linhas a serem lanadas com outras linhas ou instalaes na rea, pode-se afirmar que este risco praticamente inexistente, uma vez que a regio onde se encontra o campo de Jubarte e seu entorno no possui ainda qualquer sistema de produo implantado. A nica instalao existente nesta rea representada pelo FPSO Seillean, que se encontra produzindo apenas um poo (ESS-110 HPA) atravs de drill pipe riser, que interliga diretamente o poo a unidade, sem linhas no assoalho ocenico. Este poo ESS-110 HPA ser desconectado do FPSO Seillean aps a interligao dos outros 3 poos da Fase I (JUB 2HP, JUB 4HP e JUB 6HP) unidade FPSO P-34. Esta operao dever ser precedida de procedimento de preveno de hidrato no poo, seguido de limpeza do DPR (Drill Pipe Riser) e assentamento de plug (elemento de isolamento da linha de produo, semelhante a um tampo) no bore de produo, que consiste no furo da linha de produo no suspensor, de 4", do Tubing Hanger (suspensor da coluna de produo). Aps a desconexo do FPSO Seillean, este poo dever ser interligado P-34 aps a conexo da linha de fluxo, linha de gas lift e umbilical eltrico-hidrulico nos hubs da BAP (Base Adaptadora de Produo). Para esta nova interligao ocorre o pull in quela plataforma, que consiste na conexo das linhas de fluxo com a unidade de produo, em procedimento a ser realizado por barco lanador de linhas, e a instalao da ANM (rvore de Natal Molhada), onde se utiliza uma sonda de completao.

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    C) DESCRIO DA UNIDADE DE PRODUO, CARACTERIZANDO SUCINTAMENTE SEUS PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS, INSTALAES E CAPACIDADES

    O FPSO P-34, que a unidade de produo que ir operar na Fase I do desenvolvimento do campo de Jubarte, corresponde a uma unidade estacionria flutuante com capacidade de produzir e armazenar o petrleo produzido, aps realizar o seu processamento. A exportao do leo produzido se d por meio de navios aliviadores, enquanto que o gs natural que excede o volume consumido na unidade queimado no flare da unidade.

    A unidade de produo, estocagem e transferncia FPSO P-34 foi originalmente construda no ano de 1959, no Estaleiro Verolme United Shipyards em Rotterdam, Holanda, e classificada pelo Lloyds Register of Shiping, recebendo o nome de Presidente Juscelino, tendo sido rebatizada em 1968 com o nome de Presidente Prudente de Moraes. Em 1972, no estaleiro Kobe Shipyard and Engine Works, Mitsubish Heavy Industries Ltd, no Japo, a embarcao passou por uma jumborizao (acrscimo no comprimento e no pontal), aumentando seu porte bruto das originais 32.945 toneladas para 53.600 toneladas. A primeira converso em navio de processo ocorreu em 1976 na Mitsubish Heavy Industries Ltd, no Japo, sendo a converso atual para FPSO realizada pela Indstrias Verolme-Ishibras, no Rio de Janeiro, encerrada em 1997. Este FPSO possui 231,10 metros de comprimento e capacidade de estocagem de 62.552 m3. As Tabelas 2.4-3, 2.4-4 e 2.4-5 apresentam de forma consolidada as principais caractersticas do FPSO P-34. Tabela 2.4-3: Dimenses do FPSO P-34.

    CONVS Comprimento entre perpendiculares 231,10 metros Comprimento Total 240,30 m Boca moldada 26,00 metros Pontal 16,87 metros

    Tabela 2.4-4: Dados adicionais para a unidade FPSO P-34.

    CARACTERSTICAS Calado (maximo de vero) m 12,84 Alojamento (leitos) 90 pessoas Heliponto Sikorski S-61 com facilidades para abastecimento e dimenses de 30 m x 27 m Salvatagem

    2 baleeiras, ambas com capacidade para 50 pessoas 1 bote de resgate com capacidade para 6 pessoas 4 balsas-inflveis com capacidade agregada 80 pessoas 2 balsas inflveis com capacidade para 6 pessoas

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    Tabela 2.4-5: Capacidade de Processamento do FPSO P-34.

    PROCESSAMENTO Capacidade de Processamento de lquidos 60.000 barris de liquido/dia Capacidade de processamento de gs 600.000 m3/d Capacidade de descarregamento 2.400 m3/h Capacidade de Estocagem de leo 62.552 m3

    Alm das instalaes e capacidades acima descritas, a unidade FPSO P-34 possui escritrios, salas de recreao (sala de jogos, academia, sala de televiso, cinema), cozinha industrial, auditrio, sala de refeies, despensa para mantimentos, lavanderia, enfermaria, paiis de mantimentos, cmaras frigorficas, cabines telefnicas, sala de telecomunicaes, sala de controle e painis. A Figura 2.4-14 apresenta a planta de processo da unidade.

    Figura 2.4-14: Planta de Processo da P-34. No convs principal (main deck) encontram-se a enfermaria, hospital, biblioteca, sala de estar, ginsio, cinema, compartimento do ar condicionado, refeitrio, vestirio, paiol de sobressalentes de eltrica, cozinha, compartimento de CO2, compartimento dos freezers e armrios de cozinha, dentre outros. No segundo deck encontram-se os camarotes, lavanderia compartimento de bomba hidrulica, paiol de sobressalentes de mecnica. No convs das embarcaes (boat deck) tem-se a sala de controle, inclusive de telecomunicaes, escritrio geral, sala de reunio, sala de recepo e segurana, escritrio de manuteno, paiol de lixo, laboratrio e escritrio de instrumentao.

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