Civilização Romana

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A Civilização Romana Ascensão, Apogeu e Decadência do “Império de Mil Anos” Prof. Lúcio Oliveira 1

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A Civilização

Romana

Ascensão, Apogeu e Decadência do

“Império de Mil Anos”

Prof. Lúcio Oliveira

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LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA

A civilização romana desenvolveu-se a partir da cidade

de Roma, localizada na Península Itálica. Esta fica

localizada no Sul da Europa, na região central do

Mediterrâneo.

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Povoamento:

Nativos: lígures e sículos = aprox. 2000 aC

Italiotas: latinos, sabinos, volscos, équos, etruscos

Gregos

Fases:

Monarquia (753 – 509 aC)

República (509 – 27 aC)

Império (27 aC – 476 dC)

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A MONARQUIA ROMANA

Informações sobre reis são imprecisas

Reis de existência não comprovada:

• Rômulo: fundador e conquistador

• Numa Pompílio,Túlio Hostílio, Anco Márcio

Reis de existência comprovada:

• Lúcio Tarquínio, Sérvio Túlio,

Tarquínio, o Soberbo

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A MONARQUIA ROMANA

Origem mítica:

“Eneida”, de Virgílio

Romanos = descendentes de Enéias

Alba Longa: reino originário de Roma

Numitor: legitimidade ameaçada por Amúlio, invasor e usurpador

Rômulo a Remo, filhos da princesa Réia Sílvia, lançados no rio Tibre

Reconquista de Alba Longa pelos gêmeos e disputa para governar um novo reino vencida por Rômulo

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A MONARQUIA ROMANA

Origem factual:

Aprox. 2000 a.C.: latinos ocupara a área centralda Pen. Itálica e fundaram várias vilas,incluindo Roma (que talvez tenha sido umafortificação)

Sec. VII aC: invasão etrusca e consolidação de Roma como cidade, resultando na formação de um governo organizado e politicamente estruturado

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A MONARQUIA ROMANA

Estrutura:

Assembleia Curiata: cidadãos (soldados) agrupados em cúrias (conj. de 10 clãs) = era reunida mediante convocação, elegia altos funcionários, deliberava sobre leis

Senado: conselho de anciãos chefes dos clãs propunha leis e fiscalizava os reis

Rei (Rex): chefe militar, religioso e juiz

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A MONARQUIA ROMANA

Estrutura social:

Patrícios: grandes proprietários que possuíam direitos políticose desempenhavam importantes funções públicas

Clientes: livres que eram associados aos patrícios de forma

auxiliar/subalterna o gozavam de proteção em troca de apoio

Plebeus: livres dedicados ao trabalho produtivo e sem direitos políticos

Escravos: devedores incapacitados de cumprir seus débitos e prisioneiros de guerra / eram considerados bens e exerciam desde funções básicas à especializadas

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A REPÚBLICA ROMANA

Instituições Políticas:

Magistratura:

• Cônsules,

Senado:

Assembleias:

Pretores, Questores, Censores, Edis, Pontífices,

Ditadores

• Curial: religiosa

• Tribal: escolhia questores e edis

• Centurial: votava leis no Campo de Marte, participação masculina e votos por centúrias

Nomeação de ministros, decretação de guerra,representação diplomática, deliberação sobreimpostos...

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A REPÚBLICA ROMANA

Conquistas territoriais

1ª fase: controle de toda Península Itálica

2ª fase: Guerra contra Cartago / Guerras Púnicas (256-146 aC)

• Domínio sobre Cartago (ex-colônia fenícia / “punis” =fenícios) asseguraria controle do Mediterrâneo

• 1ª etapa: submissão de Cartago aopagamento de tributos

• 2ª etapa: reação cartaginesa,invasão à Roma e posteriorretomada romana até areconquista de territórios eassinatura de rendição de Cartago

• 3ª etapa: submissão completa edestruição da cidade de Cartago

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3ª fase:

• Frente ocidental: Ibéria e Gália

• Frente oriental: Macedônia,Grécia e Ásia Menor

Conquistas territoriais

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Motivações das conquistas

romanas

•Necessidade de segurança face a vizinhos

mais poderosos (1ª fase).

•Procura de novas zonas agrícolas.

•Procura de novos mercados.

•Procura de mão-de-obra escrava.

•Ambição dos generais romanos, que queriam

glória e riqueza.

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A integração dos povos dominados

À medida que os territórios iam sendo conquistados, os Romanos

procuravam conservá-los e integrar os povos dominados a sua

civilização. Para tal, usaram vários meios de integração.

Exército Romano – era permanente e

profissional; em muitos casos, contava com a

participação das populações conquistadas. Além

de conquistar os territórios, mantinha a paz

romana (pax romana).

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Língua – o latim, língua oficial dos

romanos, passou a ser utilizado pela

maior parte das populações urbanas do

Império.

Rede de estradas - uma rede de

estradas construídas com lajes de pedra,

interligadas por pontes, também de pedra,

facilitava o contato entre todo o Império e

a sua capital («Todas os caminhos levam

a Roma»).

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Construção de obras públicas –

construíram-se templos, aquedutos, termas,

teatros, o que aproximou o modo de vida das

populações dos hábitos romanos.

Direito Romano – todas as populações do Império ficaram sujeitas às

leis romanas.

Poder centralizado – submetendo todas as províncias ao sistema

administrativo republicano.

Extensão do direito de cidadania através das reformas -

isto dava às pessoas proteção legal, bem como o direito de eleger e poder

ser eleito nas assembléias locais.

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Economia romana

A economia romana era urbana, pois toda

a produção era feita em função das

cidades. As cidades eram o centro da

vida no Império Romano.

A economia romana era comercial,

devido a importância do comércio.

Através do Mediterrâneo, dos rios

e das estradas romanas

circulavam produtos de todo o

território.

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A economia romana era monetária, devido à

importância da moeda. A moeda servia para o

comércio, mas também para o pagamento dos

exércitos, para as obras públicas e para distribuir

pelos muitos cidadãos desocupados, que viviam

à custa do Estado.

A economia romana era essencialmente

escravista, pois a maior parte do

trabalho era assegurado pelos

escravos. Destacando sua diversidade e

dinamismo.

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Expansionismo Romano

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A REPÚBLICA ROMANA

Consequências da expansão

Ampliação da riqueza

Mudança nos hábitos materiais

Profissionalização do Exército

Desenvolvimento da vida urbana

Contatos com culturas e civilização (influência grega)

Expansão do latifúndio

Expansão do escravismo

Ampliação das desigualdades sociais

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A REPÚBLICA ROMANA

Conflitos: patrícios X plebeus

Patrícios controlavam instâncias políticas

Plebeus garantiam a segurança de Roma

Tomada de consciência por parte da plebe

Ações: greves e atentados

Resultados:

• Lei das 12 Tábulas (450 aC) = registro escrito da legislação

• Lei Canuléia (445 aC) = permitia casamento entre as classes

• Criação de Magistrados da Plebe / Tribunos da Plebe (366 aC = 1º Cônsul eleito)

• Lei Licínia (367 aC): explorar terras devolutas (ager publicus)

• Fim da escravidão por dívida (366 aC)

494 a.C. – Revolta do monte sagrado (tribunos da plebe)

286 a.C. – Plenitude civil aos plebeus

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Crise social e tensões políticas

Aumento da miséria: componente da instabilidade

Massas populares e lideranças X elite patrícia

Tibério Graco (133 aC): Lei agrária limitando latifúndios e distribuindo terras aos plebeus = assassinato por lideranças patrícias e senadores

Caio Graco (123 aC): tentativa de ampliar participação de plebeus nas instituições políticas e aprovação da Lei Frumentária saldo: assassinato de Caio e perseguições a seus seguidores

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Guerra Social (90 aC): reação a Marcus Lívio Drusus,seguidor dos ideais dos Gracos

Massas populares contra forças do exército romano

Roma obrigada a ceder cidadania para atenuar tensões

Revolta dos escravos

• 136-132 aC: formação de um movimento organizadoque chegou a dominar cidades – e posteriormentesufocado pelo exército

• Revolta da Spártaco (73-71 aC): causou transtornos que abalaram a ordem institucional romana

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Tensões sociais desordem pública

Crise de poder no Senado e nas instituições da magistratura

Militares: ascensão política

Mário: prestígio obtido por vitórias externas empregado para domínio do poder em Roma

• Instituiu soldo para legionários

• Alta popularidade

• Eleito cônsul ilegalmente 6 vezes consecutivas

• Herdeiro político: César

Sila: herói em vitória sobre aliados revoltados

• Rival de Mário e manteve-se ilegalmente como ditador vitalício de 82-79 aC

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Ascensão de Júlio César

General de prestígio e herdeiro de tradicional família romana

Formação do Primeiro Triunvirato (59 aC) juntamente com Crassoe Pompeu

César: ampliação territorial no oeste (tomada de toda a Gália eparte da Bretanha) = maior prestígio entre a população

53 aC: morte de Crasso após derrota na Pártia = Pompeu e Senadotentaram isolar César

Estratégia populista no exílio e invasão à Roma, tornando-seditador vitalício em 46 aC

Reformas no Estado, ampliou cidadania para povos dominados, distribuiu terras, fez grandes obras públicas

temor de republicanos: tentativa de César tornar-se rei

44 aC: assassinato

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A REPÚBLICA ROMANA

Júlio César

Crasso

Pompeu

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A ascensão de Otávio

Herdeiro “acidental” de César

Membro do Segundo Triunvirato ao lado de Marco Antônio e Lépido

Perseguições aos adversários de César

Tentativas de Lépido e Marco Antônio de isolar Otávio

Aliança de Marco Antônio e Cleópatra

Guerra entre Otávio e MarcoAntônio = derrota de Marco Antonio(31 aC) e anexação do Egito =consagração de Otávio, acumulandopoderes além de qualquer outrogovernante anterior

A REPÚBLICA ROMANA

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O IMPÉRIO ROMANO

Alto Império27 a.C - 235

Baixo Império235 - 476

ALTO IMPÉRIO:

relativa estabilidade, relativa

paz entre províncias e

conquistas.

BAIXO IMPÉRIO:

Crises econômicas, lutas sociais,

instabilidade política e invasões

bárbaras.

Moedas do Império Romano

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Augusto: 27 a.C – 14 d.C

DINASTIA JÚLIO-CLAUDIANA: Dificuldades políticas

• Tibério (14 – 37);

• Calígula (37 – 41);

• Cláudio (41 – 54);

• Nero (54 – 69);

69 – O ano dos quatro imperadores: Galba, Otto, Vitelius e Vespasiano (início de nova dinastia, dezembro de 69)

O IMPÉRIO ROMANO

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DINASTIA DOS FLÁVIOS: Equilíbrio econômico e relativa tranquilidade.

• Vespasiano (69 – 79);

• Tito (79 – 81);

• Domiciano (81 – 96).

DINASTIA DOS ANTONINOS: Estabilidade e governos prósperos.

• Nerva (96 – 98);

• Trajano (98 – 117);

• Adriano (117 – 138);

• Antonio Pio (138 – 161);

• Marco Aurélio (161 – 180);

• Cômodo (180 – 192).

O IMPÉRIO ROMANO

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Expansionismo Romano

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DINASTIA DOS SEVEROS: Crises de poder, distúrbios nas fronteiras, problemas econômicos.

• Septímio Severo (193 – 211);

• Caracala (211 – 217);

• Macrinus e Diadumenianus (217 – 218);

• Heliogabus (218 – 219);

• Selêuco, Urânio, Gélio Máximo, Verus (219 – 222);

• Severo Alexandre (222 – 235);

O IMPÉRIO ROMANO

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À medida que o braço escravo foi se tornando cada vezmais escasso, os proprietários começaram a arrendarpartes das suas terras a trabalhadores livresdenominados colonos. Estes eram, geralmente,elementos da plebe urbana, ex-escravos ou camponesesempobrecidos que buscavam a proteção dos senhoresdas grandes propriedades rurais denominadas vilas.

A crise do escravismo e o advento do colonatoresultaram na diminuição da produção e no declínio docomércio. Apesar de tudo isso, o Império Romano aindaconservou-se unido por mais de meio século.

O COLONATO

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A relação de dependência entre o trabalhador rural e oproprietário era chamada de patrocinium e, com ela, oslatifundiários tomavam para si algumas atribuições doEstado.

Os colonos estavam vinculados aos lotes em quetrabalhavam, não podendo ser vendidos sem a terra e nem aterra vendida sem eles. Assim, como pode-se perceber, asraízes da servidão medieval encontram-se na generalização

dessa prática.

O COLONATO

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O IMPÉRIO ROMANO

O Baixo Império Longo período de decadência de Roma

• Crises políticas: sem critério definido para sucessão;

• Colapso do escravismo;

• Economia em crise: impostos altos e inflação;

• Fronteiras desprotegidas: falta de soldados;

• Difusão do Cristianismo;

• Queda nas atividades produtivas;

• População urbana: migração para o interior.

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O IMPÉRIO ROMANO

Tentativas de reformas:

Diocleciano (284 – 312): Tetrarquia – governo por 2

imperadores Augustos e auxiliados por 2 Césares em umimpério dividido em duas partes (Ocidente e Oriente). Osimperadores governariam por até 20 anos, quando osCésares assumiriam o poder e reiniciariam o ciclo.Projeto abandonado pelos sucessores.

Teodósio (378 – 395):Divisão do Império e

oficialização do Cristianismo como

religião oficial.

Constantino (313 – 337):Reunificou o império,

transferiu a capital para Constantinopla e legalizou o

Cristianismo.

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O CristianismoO Cristianismo surgiu durante o Alto Império na Palestina.

Os judeus acreditavam que Deus enviaria um Messias para libertá-los dadominação e exploração romana.

Nesse contexto nasceu Jesus. Diferente de outros mestres ia até os necessitados enão esperava que viessem até ele.

Sua popularidade ameaçava os sacerdotes judeus, que o denunciaram para asautoridades romanas como um revolucionário.

Após sua morte nasceu a Igreja Cristão Primitiva, fundada por Pedro, primeiroBispo de Roma.

Em 313, o Imperador Constantino, através do Edito de Milão, liberou os cultoscristãos e em 391 o Imperador Teodósio, proibiu todos as outras religiões e adotouo Cristianismo como religião oficial.

Os cristãos recusavam-se a participar das cerimônias romanas e não reconheciama divindade dos imperadores. O cristianismo contrariava os interesses do Império.Por isso, a Igreja foi violentamente perseguida.

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A QUEDA DO IMPÉRIO ROMANO

Em 476, após enfrentar sucessivas invasões, o ImpérioRomano do Ocidente foi definitivamente derrubado peloshérulos, tribo germânica que se estabeleceu dentro doslimites de Roma.

Rômulo Augústulo,

último imperador

romano.

Enquanto a parte ocidental de Romaestava em ruína, o Império Romano doOriente conseguiu manter-se firme,passando a ser reconhecido comoImpério Bizantino, existindo até 1453,quando foi derrubado pelos islâmicos.

Moeda cunhada após a conquista dos hérulos, expondo a face do rei Odoacro

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