Claudia Kozlowski - Série Questões Comentadas - Português - CEPS - Ano 2010

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Coordenação Vicente Paulo Marcelo Alexandrino n r* E D,t T O R A METODO 1^1 Vicente Marcelo SÃO PAU 10

Transcript of Claudia Kozlowski - Série Questões Comentadas - Português - CEPS - Ano 2010

  • C oordenao

    Vicente Paulo Marcelo Alexandrino

    n r *E D, t T O R AMETODO

    1 1^VicenteMarcelo

    SO PAU 10

  • EDITORA MTODOUma editora integrante do GEN | Grupo Editorial Nacional

    Rua Dona Brgda, 701, Vila Mariana - 04111-081 - So Paulo - SP Te!.: (11) 5080-0770 / (21) 3543-0770 - Fax: (11) 5080-0714

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    Capa: Rafaei Molotievschi

    CIP-BRASIL. CATALOGAO NA FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ.

    Kozlowski, ClaudiaPortugus : CESPE : questes comentadas e organizadas por assunto / Claudia Kozlowski; coordenao [da srie] Vicente Paulo, Marcelo Alexandrino. - Rio de Janeiro : Forense ; So Paulo : MTODO, 2010.

    Bibliografia

    1. Lngua portuguesa - Problemas, questes, exerccios. 2. Servio pblico - Brasil - Concursos. I. Universidade de Braslia. Centro de Seleo e Promoo de Eventos. II. Titulo. III. Srie.

    10-3301. CDD: 469.5CDU: 811.134.3*36

    ISBN 978-85-309-3266-4

    J

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    Impresso no Brasii Prnted in Brazi!

    2010

  • DEDICATRIA

    minha famlia, em especial aos meus pais, Cllia e Hamilton, pelo exemplo eapoio.

    Ao Eduardo, pelo companheirismo em todos os momentos.

    As queridas Clara e Luana, simplesmente por existirem.

    Aos alunos presentes ou aproximados pela tecnologia - pelo reconhecimento e carinho demonstrados durante todos esses anos de magistrio voltado para concursos pblicos.

  • Para falcjf, engraada, com um modo senhoril; para cantar, suave,

    com um certo sentimento que favorece a msica; para pregar, substanciosa, com uma gravidade

    que autoriza as razes e as sentenas. "

    Francisco Rodrigues Lobo (1580 - 1621), poeta portugus, sobre a Lngua Portuguesa

  • NOTA DA AUTORA

    Caros leitores,

    E com imensa alegria que ofereo a vocs o resultado de um dos maiores prazeres que tenho na vida: lecionar!

    O livro Portugus CESPE Questes comentadas e organizadas por assunto tem por base o material usado em aulas distncia ministradas no stio Ponto dos Concursos e objetiva subsidiar a preparao de candidatos para os certames organizados por aquela banca examinadora.

    Sabqjnos que a preparao para concursos pblicos exige dedicao e persistncia.Como professora para concursos pblicos h tantos anos, o que mais escuto (sem

    falsa modstia) que no gostava da matria, mas mudei de opinio depois de suas aulas. Esse reconhecimento me deixa muito feliz. Afinal de contas, aprender no deve ser sinnimo de sofrer.

    Ns, professores de Lngua Portuguesa, ainda temos uma grande vantagem: a nossa lngua est aqui, ali, acol, nossa volta, queiramos ou no. um anncio na rua, uma revista no consultrio dentrio, uma cano no rdio, e l est ela, linda e paciente, aguardando para ser descoberta* explorada* aplicada! Por que, ento, no nos valermos desses meios de comunicao para treinar a forma correta de us-la?

    Na preparao para concursos pblicos, a Lngua Portuguesa tem papel decisivo e tem sido responsvel por surpresas, muitas vezes desagradveis para o candidato que no se prepara adequadamente.

    Como fazer para obter boa nota na disciplina (e isso se aplica a qualquer outra)? No primeiro momento, deve o candidato (re)ver os tpicos indicados no editai do(s) concurso(s) que pretende prestar, estudando-os com afinco.

    Em seguida, de suma importncia conhecer a banca, ou seja, a partir da resoluo de questes de provas anteriores, perceber o posicionamento doutrinrio adotado em determinada ocasio pelo examinador e a forma como certo assunto cobrado.

    nesse ponto que este livro se mostra to especial e completo - alm de indicar a resoluo da questo, numa linguagem direta (e tambm, sempre que possvel, agradvel e descontrada), apresentamos uma reviso terica capaz de sanar qualquer dificuldade que o aluno eventualmente possa enfrentar.

    Agora, s encarar o desafio com f e perseverana para, ao fim, correr parao abrao!

    Bom proveito e sucesso!

  • SUMRIO

    1. pa lav ra ..................................................................................................................... 13Processos de formao de palavras......................................................................... 14

    Classes gramaticais...................................................................................................... 18

    Semntica ................................................................................................................... 23Homonma.............................................................................................................. 24Paronmia................................................................................................................. 24Denotaao e Conotao......................................................................................... 26

    2. O rtog rafia .................................................................................................................... 31Novas regras de emprego do hfen......................................................................... 32

    3. V erbo............................................................................................................................ 43Conjugao verbal...................................................................................... -............... 43

    Tempos e modos verbais........................................................................................... 46Derivao verbal.......................................................................................................... 56

    Correlao verbal........................................................................................................ 61Locuo verbal............................................................................................................ 64Formas nominais......................................................................................................... 65

    Infinitivo.................................................................................................................. 65Gerndio............................................................................................... .................. 65Particpio........................................ ........................................................................ 65

    Vozes verbais............................................................................................................... 69

    Sujeito indeterminado.................................................................................................. 80

    4. Sintaxe de concordncia........................................................................................ 83Concordncia nominal................................................................................................ 84

    Adjetivo na funo de adjunto adnominal........................................................ 84

  • PORTUGUS - Questes comentadas - CESPE

    Adjetivo na funo de predicativo do objeto................................................... 85Adjetivo na funo de predicativo do sujeito................................................... 87

    Concordncia verbal................................................................................................... 89Termos partitivos ou expresses quantitativas.................................................. 99Expresses quantitativas aproximadas................................................................. 101Verbos haver e existir................................................... ........................................ 104Casos de flexo de infinitivo...... ........................................................................ 106Parecer + Infinitivo............................................................................................... 110Expresso denotativa de realce que ............................................................ 111

    5. Pronom es..................................................................................................................... 113Pronomes demonstrativos........................................... .......................;....................... 120Pronomes relativos...................................................................................................... 123Pronome se........................................................................... .............. ..................... 131Colocao pronominal................................................................................................ 131Colocao pronominal em locuo verbal............................................................. 138Pronomes de tratamento............................................................................................ 139

    6. Sintaxe de regncia.................................................................................................. 145Regncia nominal........................................................................................................ 145Regncia verbal........................................................................................................ 145Transitividade verbal.................................................................................................. 153

    7. C ra se ............................................................................................................................ 169 ^

    8. Termos da orao e anlise s in t tica ............................................................... 195Termos essenciais da orao..................................................................................... 196Termos integrantes da orao.................................................. ................................. 212Termos acessrios da orao..................................................................................... 217

    Adjunto adnominal................................................................................................ 217Diferena entre adjunto adnominal e complemento nominal......................... 218Adjunto adverbial................................................................................................... 221Aposto..................................................................................................................... 223Vocativo................................................................................................................... 225

    9. Conectivos - Preposio e Conjuno e P erodos.................................... 231Preposio.................................................................................................................... 231

    Classificao das preposies.............................................................................. 232Conflito de conectivos........................................................................................... 233

  • SUMRIO

    Conjuno............................................................................... .................................... 238Perodo composto......................................................... ........................................ 240Perodo composto por coordenao.......................... ........................................ 241Perodo composto por subordinao.................................................................. 241Classificao das oraes subordinadas............................................................. 243

    10. P ontuao ................................................................................................................... 267Ponto................................................................................................. ........................... 268Ponto e vrgula................ ........................................................................................... 269Vrgula..................................... ................. ........................................................ ......... 271

    Vrgula em oraes subordinadas adjetivas....................................................... 284

    Dois-pontos.................................................................................................................. 292Parnteses.................................................................................................................... 296Travesso..................................................................................................................... 296Aspas............................................................................................................................. 300Ponto de interrogao................................................................................................ 301Ponto de exclamao................................................................................................. 301Reticncias................................................................................................................... 301

    11. Tipos e gneros tex tu a is ........................................................................................ 303Texto literrio e texto no literrio........................................................................... 306Descrio..................................................................................................................... 307Narrao....................................................................................................................... 309Dissertao............... .................................................................................................... 311Texto informativo........................................................................................................ 313Texto injuntivo ou instrutivo .................................................. ................................. 315

    12. Redao ofic ia l......................................................................................................... 317Parecer........ ................................................................................................................ 320Portaria....................................................... .......... ....................................................... 321Ata................................................................................................................................. 322Ofcio............................................................................................................................ 323

    Padro ofcio...................................................................:...................................... 324Memorando.................................................................................................................. 326Atestado....................................................................................................................... 329

    Referncias bibliogrficas..................................................................................... ....... 335

  • A PALAVRA

    ESTRUTURA DAS PALAVRAS

    As palavras so constitudas de morfemas, que so unidades mnimas indivisveis da palavra. Esses morfemas apresentam significados, que podem ser de natureza lexical (conceitos e sentidos da lngua; lxico o conjunto de palavras de uma lngua, ou seja, vocabulrio) ou de natureza gramatical (gnero, nmero, modo, tempo).

    Os morfemas podem ser classificados como:

    elementos bsicos e significativos: raiz, radical e tema; ou- elementos modifcadores de significao: afixos, desinncias e vogal te

    mtica.

    H, tambm, os elementos de Hgao: vogais ou consoantes, tambm chamados de infixos.

    Raiz o elemento mnimo, primitivo, carregado do ncleo significativo que se conserva ao longo do tempo, comum s palavras cognatas, ou seja, da mesma famlia. objeto de anlise da Etimologia, parte da gramtica que estuda a origem das palavras.

    A ttulo de exemplo, as palavras estar (em latim, stare) e constar (em latim, consare) possuem a mesma raiz: s f \

    Radical o elemento comum das palavras cognatas. responsvel pelo significado bsico da palavra. Ex.: Em terra, terreno, terreiro, terrinha, enterrar, terrestre e aterrar, o radical comum a todos terr-. Ao radical juntam-se os demais elementos, como desinncias, sufixos, prefixos, infixos, vogais temticas, de forma a compor novas palavras.

    Afixos - So partculas que se anexam ao radical para formar outras palavras. Existem dois tipos de afixos:

    Prefixos: colocados antes do radical. Ex.: desleal, ilegalSufixos: colocados depois do radical. Ex: felizmente, igualdade, confeitaria

  • PORTUGUS - Questes comentadas - CESPE

    Infixos - Os infixos, tambm chamados de vogais ou consoantes de ligao, no so significativos e, por isso, no so considerados morfemas. Entram na formao das palavras para facilitar a pronncia. Por exemplo, em cafeteira, o radical cafe, o sufixo -eira e f a consoante de ligao.

    Vogal Temtica - Vogal Temtica (VT) se junta ao radical para receber outros elementos. Pode existir vogal temtica tanto em verbos quanto em nomes. Ex.: beber, rosa, sala. Nos nomes, as vogais temticas podem ser a, e, o. Nos verbos, tambm so trs as vogais temticas - a, e, i e estas indicam a conjugao a que pertencem os verbos ( l.a, 2.a ou 3.3 conjugao, respectivamente).

    Nem todas as palavras possuem vogal temtica. H formas verbais e nomes sem vogal temtica. Isso pode ocorrer nos nomes terminados em consoante (rapaz, fcil) ou em vogal tnica (saci, f) - casos em que o radica! se confunde com o tema (resultado da unio do radical com a vogal temtica) ou em algumas conjugaes verbais.

    Tema - a unio do radical com a vogal temtica. Por exemplo, na forma verbal cantaremos, canta o tema: juno de cant (radical) com a (VT).

    DesinnciasSo morfemas colocados no fim das palavras para indicar fiexes verbais ou no

    minais. Podem ser:

    1) Nominais: indicam gnero (feminino ou masculino) e nmero (singular ou plural) dos nomes (substantivos, adjetivos, alguns pronomes e numerais).

    2) Verbais: existem dois tipos de desinncias verbais: desinncia modo-temporal (DMT) e desinncia nmero-pessoal (DNP).

    DMT - indica o modo e o tempo (presente do indicativo, pretrito imperfeito do subjuntivo)DNP - indica o nmero e pessoa ( l.a pessoa do singular, 3.a pessoa do plural)

    3) Verbo-nominais (VN): indica as formas nominais dos verbos (infinitivo, gerndioe particpio). Ex.: beber, correndo, partido. ^

    Pois bem, apresentados os conceitos, vamos ao que nos interessa para as provas do Cespe - os afixos (prefixos e sufixos). Para isso, teremos de conhecer os processos de formao das palavras.

    PROCESSOS DE FORMAO DE PALAVRASJ conhecemos as partes das palavras morfemas. Agora, veremos a maneira

    como os morfemas se organizam para formar novas palavras.Os principais processos de formao so: Derivao, Composio, Hibridismo,

    Onomatopia, Sigla e Abreviao.Trataremos a seguir dos dois primeiros.

  • Cap. 1 - A PALAVRA

    (UnB CESPE/SEAD PA/2007)Julgue a assertiva abaixo:As palavras servido, peonagem e abatimento so formadas pelo mesmo processo de derivao.

    Derivao consiste no processo de formar paiavras no qual a nova palavra derivada de outra chamada de primitiva.A Derivao Sufixai um processo de formar palavras no qual um ou mais sufixos so acrescentados palavra primitiva.

    Ex.: real (primitiva)/reaimente (primitiva + sufixo)

    o caso da questo. A palavra SERVIDO provm de SERVO e foi formada pelo processo de derivao sufixai (acrscimo de um sufixo).Mesmo processo sofreram as paiavras PEONAGEM (derivada, de PEO} e ABATIMENTO (derivada de ABATER).Alguns sufixos servem para criar substantivos, a partir de verbos, de adjetivos ou de outros substantivos. Item certo.

    Vejamos os demais casos de derivao.

    Derivao PrefixaiA derivao prefixai um processo de formar palavras no qual um prefixo ou mais so acrescentados palavra primitiva.

    Ex.: pr (pritnitiva)/compor (prefixo + primitiva)/recompor (dois prefixos + primitiva)

    Derivao Prefixa/ e SufixaiA derivao prefixai e sufixai existe quando um prefixo e um sufixo so acrescentados palavra primitiva de forma independente, ou seja, sem a presena de um dos afixos a palavra continua tendo significado.

    Ex.: deslealmente (prefixo: des + sufixo: -mente) ~ tambm existem os vocbulos: desleal/ lealmente

    Alguns autores, todavia, no aceitam essa classificao. Juigam que houve, primeiramente, um dos processos para, ento, ocorrer o outro.

    Derivao ParassinttcaA derivao parassinttca ocorre quando um prefixo e um sufixo so simultaneamente acrescentados palavra primitiva de forma dependente, ou seja, os dois afixos no podem se separar, devem ser usados ao mesmo tempo, pois sem um deles a palavra no se reveste de nenhum significado.

    Ex.: anoitecer (prefixo: a + sufixo: -ecer) - no existem anoite nem noitecer.

    Derivao RegressivaNormalmente, as paiavras derivadas so maiores que as primitivas. No processo de derivaao regressiva ocorre o inverso - normalmente a derivada menor que a primitiva. Ocorre perda vocabular.Chama-se deverbal quando, a partir desse processo, um verbo (geralmente indicativo de ao) d origem a um substantivo abstrato: ATACAR 4 ATAQUE / COMPRAR COMPRA / PERDER

    PERDA.

    Derivao ImprpriaA derivao imprpria, tambm intitulada mudana de classe ou converso, ocorre quando palavra comumente utilizada como pertencente a uma classe usada na funo de outra, mantendo inalterada sua forma.

  • PORTUGUS - Questes comentadas - CESPE

    Outro processo de criaao de novas palavras chama-se COMPOSIO e consiste na criao de uma nova palavra a partir da juno de dois ou mais radicais (palavra composta).Pode ocorrer de duas formas:

    - aglutinao ~ ocorre alterao na forma ou na acentuao dos radicais originrios (embora provm de em boa hora).

    - justaposio - os radicais so mantidos da forma originai, podendo ser ligados diretamente ou por hfen (bem-me-quer, mamequer).

    O Acordo Ortogrfico no deixou ciaros os casos em que haver a supresso do hfen em paiavras compostas, somente prev a possibilidade de eliminao do sinal nos casos em relao aos quais se perdeu, em certa medida, a noo de composio, como GIRASSOL e PARAQUEDISTA. . .O Novo Vocabulrio Ortogrfico da Lngua Portuguesa, editado pela Academia Brasileira de Letras, seguiu a lgica da eliminao do hfen quando no houver risco de ambigidade.Em reiao ao vocbulo "p de moleque", no deveria ocorrer dupla interpretao em construes como Eu vou comer um p de moleque (ser que algum pensou em comer o p de um menino? Acredito que no). Por isso, esse vocbulo, que indica o doce, perdeu o hfen. J em relao ao substantivo composto p(-)de(-)meia", pode haver ambigidade, como em Ele est fazendo um p(-)de(-)meia.Sem hfen, posso entender que o sujeito est costurando (tricotando, quem sabe...) um p de uma meia (Estou fazendo um p de meia).Com hfen, passa a ter o valor de poupana, economia: Estou fazendo um p-de-meia".Por isso, a palavra no perdeu o hfen - no segundo sentido, continua com o sinal.Como esse critrio pode ser bastante subjetivo, em alguns casos precisaremos consultar um dicionrio para verificar se o substantivo composto manteve ou no o hfen.Outros processos de formao de palavras so:

    * Hibridismo - consiste na formao de palavras pela juno de radicais de lnguas diferentes;

    * Onomatopia - consiste na formao de palavras peia imitao de sons e rudos. O Acordo nada prev em relao ao emprego de hfen de algumas dessas onomatopias, por isso consideram-se mantidas as regras antigas;

    ; * Slala - consiste na reduo de nomes ou expresses empregando a primeira letra ouslaba de cada palavra;

    * Abreviao ou reduo - consiste na reduo de parte de palavras com objetivo deE simplificao.

    B (UnB CESPE/PMES/2007) >Julgue a assertiva abaixo:A palavra ultra-som formada pelo prefixo ultra e pelo sufixo "som.

    ?; A anlise dessa questo tomar por base os conceitos ortogrficos ento vigentes. Mais adiante ^ falaremos sobre as alteraes.

    I Em reiao ao prefixo, est correta a proposio, mas errou ao classificar som como um sufixo,i quando, na verdade, se trata de um radicai.: Os sufixos, como vimos, so morfemas acrescentados aos radicais para a formao de novas

    palavras. Mais adiante, iremos ver alguns desses sufixos que so formadores de substantivos.O Acordo prev nova grafia para essa palavra - o hfen deixa de existir e a consoante s dobrada: ultrassom. Item errado.

    B (UnB CESPE7CBMES/2008)Com relao s palavras e expresses empregadas no texto, julgue o item seguinte:

  • Cap. 1 - A PALAVRA

    A palavra desumanas formada por um radical e um sufixo, des, que introduz o sentido de negao.

    O erro deste item bastante sutil e pode ter passado despercebido para muita gente ~ o elemento de composio des um PREFIXO, e no um sufixo. Em relao ao processo de formao de palavras com os prefixos in" e des, veja uma das prximas questes. Item errado.

    (UnB CESPE/IRBr Dipiomata/2006)Texto: Religio mestiaInsulado deste modo no pas, que o no conhece, em luta aberta com o meio, que lhe parece haver estampado na organizao e no temperamento a sua rudeza extraordinria, nmade ou mal fixo terra, o sertanejo no tem, por bem dizer, ainda capacidade orgnica para se afeioar a situao mais alta.O crculo estreito da atividade remorou~lhe o aperfeioamento psquico. Est na fase religiosa de um monoteismo incompreendido, eivado de misticismo extravagante, em que se rebate o fetichismo do ndio e do africano. o homem primitivo, audacioso e forte, mas ao mesmo tempo crdulo, deixando-se facilmente arrebatar pelas supersties mais absurdas. Uma anlise destas revelaria a fuso de estdios emocionais distintos. Euclides da Cunha. O homem/Os sertes. In: Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1995, p. 197.

    0 Julgue os itens a seguir, relativo a aspectos semnticos de termos presentes no texto:O prefixo extra-, nos vocbulos extraordinria (R.2) e extravagante (R.6), tem efeito de superlativo.

    : O prefixo extra carrega o sentido de fora de". Uma coisa extraordinria" no algo muito b ordinrio, muito comum, mas fora do comum. No tem valor superlativo, como se afirma

    na opo.A partir de agora, o prefixo extra ir se ligar por hfen a palavras iniciadas por H ou vogal &

    Caso o segundo elemento se inicie por R ou S, dobram-se essas consoantes. Item errado.

    Os termos monoteismo (R.6), misticismo (R.6) e fetichismo (R.7) constituem exemplos do uso do sufixo -smo, que se disseminou para designar movimentos sociais, ideolgicos, polticos, opinativos, religiosos e personativos.

    A afirmao est perfeita. A banca poder explorar os diferentes significados de um sufixo. Na : hora da prova, use o bom senso e avalie a afirmao.

    Veja o exemplo do sufixo -smo, que pode indicar, entre outras coisas:

    - doutrina, escola, teoria ou princpio artstico, filosfico, poltico, religioso etc.: monoteismo, marxismo, positivismo;

    - ato de, prtica de ou resultado de: herosmo, terrorismo;. - conjunto de caractersticas de um grupo/povo: latinismo, brasileirismo;: - prtica ou modalidade desportiva: ciclismo, automobilismo, atletismo.

    ; As palavras em destaque no enunciado se incluem no primeiro sentido. Item certo.

    S (UnB CESPE/PMES/2008)1 Portugal no deu trgua aos moradores da Amrica.

    Farejava oportunidades de tributar onde germinassem riquezas. Os engenhos comeavam a moer cana-de-acar e

    4 j apareciam taxas para as caixas de acar; uma novatabema abria suas portas e os barris de vinho chegavam mais caros. O gado que pisava os pastos exigia do seu dono uma

    7 contribuio; os carregadores que palmilhavam os caminhos deixavam nas contagens um pagamento pelos secos e molhados que as tropas levavam. Embarcar mercadorias para

  • PORTUGUS - Questes comentadas CESPE

    10 a Europa e trazer de l azeite, bacalhau e sal custava uma fortuna, paga aos cofres da Companhia de Comrcio, que fazia esse transporte com exclusividade sob patrocnio rgio.

    13 Novas riquezas, novos impostos. Um veio de minrio era ferido e l vinha o fiscal para conseguir o quinto que deveria ser oferecido ao rei. Minas Gerais no sculo XVIII

    16 foi, alis, o paraso da imaginao tributria. Ali chegaram a existir mais de 80 impostos simultaneamente.Esse fiscalismo assombrou o Brasil. li/las

    19 assombravam mais ainda as reaes da populao. Um furaco de revoltas contra os impostos varreu a colnia.Luciano Figueiredo. Revista de Histria da Biblioteca Nacional, ano 2, n. 23, ago./2007, p. 19.

    Em relao s estruturas lingsticas e s idias do texto acima, julgue o prximo item: O termo fiscalismo (R.18) derivado por sufixao da forma fiscal e, pelos sentidos do texto, est sendo empregado para transmitir a ideia de excesso de fiscalizao.

    Acordo Ortogrfico: houve alterao na grafia de ideia{s) e lingsticas.

    Essa questo resume muito bem o processo de formao das palavras por derivao sufixai. De modo pejorativo, o autor lanou mo de um neoiogismo (criao de novo vocbulo ao

    . lxico) para criar fiscalismo, com o acrscimo do sufixo -is mo para denotar uma prtica reiterada, com base na informao de que AJi chegaram a existir mais de 80 impostos simultaneamente. Item certo.

    H (UnB CESPE/IRBr/2008)Acerca da organizao, da linguagem e dos aspectos gramaticais do texto, julgue (C ou E) o item subseqente:O recurso a processos de formao de palavras derivadas pode ser exemplificado em habitvel porm inabitado (R. 6).

    Acordo Ortogrfico: houve alterao na grafia de subsequente.

    Permanece a orientao de que, com os prefixos des e in diante de palavras iniciadas por& h", esta consoante cai. Essas so excees regra geral do Acordo Ortogrfico de emprego k; do hfen. Item certo.

    CLASSES GRAMATICAISA Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) enumera em dez as classes gramaticais:

    substantivo, adjetivo, artigo, pronome, numeral, verbo, advrbio, preposio, conjuno e interjeio. Inclui-se mais uma, apresentada sem denominao na NGB, mas reconhecida por gramticos consagrados: palavras denotativas.

    Para fins didticos, so separadas em duas categorias: variveis e invariveis.

    CLASSES DE PALAVRASVARIVEIS INVARIVEISSubstantivo Advrbio

    Adjetivo Palavra DenotativaArtigo Preposio

    Pronome ConjunoNumerai Interjeio

    Verbo

  • Cap. 1 - A PALAVRA

    Veremos, agora, as questes de prova que abordaram algumas classes gramaticais e suas caractersticas.

    B {UnB CESPE/TRE PA - Analisia/2007)O plural da palavra eleio formado pela mesma regra que rege a formao do plural de:A) capito, sacristo e tabelio.B) po, espertalho e pobreto.C) cidado, fogo e ancio.D) mo, corrimo e irmo.E) ladro, reunio e lio.

    Os substantivos so palavras variveis, ou seja, podem se flexionar em gnero (masculino, feminino) e/ou nmero (singular, plural).Em relao ao nmero, a regra gerai o acrscimo da desinncia s ao vocbulo.Contudo, a flexo de algumas palavras segue regras especiais e, entre eias, as terminadas em -o.Normalmente, recebem a forma plural -es, mas tambm h casos em que formam -es ou -os. Todos os paroxtonos e alguns oxitonos terminados em -o formam o plurai -os. Certos substantivos chegam a apresentar mais de uma possibilidade. A questo em anlise apresenta alguns exemplos.

    ; A palavra ELEIO, no plural, ELEIES (regra geral). O mesmo acontece com LADRO (ladres), REUNiO (reunies) e LIO (lies), presentes na opo E (gabarito da questo).Os erros das demais opes so:

    a) capito (capites); sacristo (sacristos ou sacristes); tabelio (tabelies).b) po (pes).c) cidado (cidados); ancio (aceitam-se as trs formas: ancies, ancies, ancios). Fogo

    o aumentativo de fogo" e, por isso, forma no plurai foges. d) mo (mos); corrimo (corrimos - afinal de contas, derivada de mo"); irmo (irmos), v Gabarito: E.

    H {UnB CESPE/SEAD PA/2007)TextoA assinatura da Lei urea, em 13 de maio de 1888, decretou o fim do direito de propriedade de uma pessoa sobre outra, porm o trabalho semelhante ao escravo se manteve de outra maneira: pela servido, ou peonagem, por dvida.Nela, a pessoa empenha sua prpria capacidade de trabalho ou a de pessoas sob sua responsabilidade (esposa, filhos, pais) para saldar uma conta. E isso acontece sem que o valor do servio executado seja aplicado, de forma razovel, no abatimento da conta, ou que a durao e a natureza do servio estejam claramente definidas.O socilogo norte-americano Kevin Bales, considerado um dos maiores especialistas no tema, traa em seu livro Disposable Peopie: New Slavery in the Global Economy (Gente Descartvel: A Nova Escravido na Economia Myndial) paralelos entre os dois sistemas de escravido, que foram adaptados pela Reprter Brasil para a realidade brasileira.Julgue a assertiva abaixo:Na linha 2, o termo escravo est empregado com funo adjetiva.

    O adjetivo uma palavra varivel modtficadora de substantivo ou palavra substantivada, expr- mindo qualidade, estado ou propriedade.

    f. S podemos analisar e classificar os vocbulos a partir do contexto.

  • PORTUGUS - Questes comentadas CESPE

    Por exemplo, domstica, a princpio, seria um adjeivo. Contudo, em As domsticas no tm reconhecidos muitos de seus direitos", essa palavra um substantivo.Aiis, muito estreita a relao entre o substantivo e o adjetivo. Muitas vezes, a posio desses elementos na orao implica alterao de sua morfologia.A palavra escravo" normalmente classificada como SUBSTANTIVO. Contudo, em o trabalho semelhante ao escravo se manteve de outra maneira, foi empregada com valor adjetivo, qualificando um pronome demonstrativo (o) que se referia a um substantivo (trabalho), j que est subentendida a palavra trabalho - semelhante ao ftrabalho] escravo. Item certo.

    K2 (UnB CESPE/IRBr/2008)

    Receita de casaCiro dos Anjos escreveu, faz pouco tempo, uma de suas pginas mais belas sobre as antigas fazendas mineiras. Ele d os requisitos essenciais a uma fazenda bastante lrica, incluindo, mesmo, uma certa menina de vestido branco. Nada sei dessas coisas, mas juro que entendo alguma coisa de arquitetura urbana, embora Caloca, Aldari, Jorge Moreira e Emni, pobres arquitetos profissionais, achem que no. Assim vos direi que a primeira coisa a respeito de uma casa que ela deve ter um poro, um bom poro com entrada pela frente e sada pelos fundos. Esse poro deve ser habitvel porm inabitado; e ter alguns quartos sem iluminao alguma, onde se devem amontoar mveis antigos, quebrados, objetos desprezados e as esquecidos. Deve ser o cemitrio das coisas. Ali, sob os ps da famlia, como se fosse no subconsciente dos vivos, jazero os leques, as cadeiras, as fantasias do carnaval do ano de 1920, as gravatas manchadas, os sapatos que outrora andaram em caminhos longe.Quando acaso descerem ao poro, as crianas ho de ficar um pouco intrigadas; e como crianas so animais levianos, preciso que se intriguem um pouco, tenham uma certa perspectiva histrica, meditem que, por mais incrvel e extraordinrio que parea, as pessoas grandes tambm j foram crianas, a sua av j foi a bailes, e outras coisas instrutivas que so um pouco tristes mas ho de restaurar, a seus olhos, a dignidade cotrompida das pessoas adultas.Convm que as crianas sintam um certo medo do poro; e embora pensem que medo do escuro, ou de aranhas-caranguejeiras, ser o grande medo do Tempo, esse bicho que tudo come, esse monstro que ir tragando em suas fauces negras os sapatos da criana, sua roupinha, sua atiradera, seu canivete, as bolas de vidro, e afinal a prpria criana.O nico perigo que o poro faa da criana, no futuro, um romancista introvertido,o que se pode evitar desmoralizando periodicamente o poro com uma limpeza parcial para nele armazenar gneros ou utenslios ou mais facilmente tijolo, por exemplo; ou percorrendo-o com uma lanterna eltrica bem possante que transformar hienas em ratos e cadafalsos em guarda-louas.Ao construir o poro deve o arquiteto obter um certo grau de umidade, mas providenciar para que a porta de uma das entradas seja bem fcil de arrombar, porque um poro no tem a menor utilidade se no supomos que dentro dele possa estar escondido um ladro assassino, ou um cachorro raivoso, ou ainda anarquistas blgaros de passagem por esta cidade.Um poro supe um alapo aberto na sala de jantar. Sobre a tampa desse alapo deve estar um mvel pesado, que fique exposto ao sol ao menos duas horas por dia, de tal modo que noite estale com tanto gosto que do quarto das crianas d a impresso exata de que o alapo est sendo aberto, ou o terrvel meliante j esteja no interior da casa.Rubem Braga. Um p de milho. 4.a ed. Rio de Janeiro: Record, 1982, p. 129-131 (com adaptaes).

    Com base no texto, julgue (C ou E) o item que se segue:Em a menor utilidade, o emprego do adjetivo no grau superlativo estabelece comparao entre as trs possveis utilidades supostas para um poro.

  • Cap. 1 - A PALAVRA

    O erro da assertiva est em atribuir ao vocbulo menor" o vator superlativo do adjetivo pequeno". No caso, ao empreg-lo, no havia a inteno de comparar uma coisa a outra, mas, sim, de indicar valor negativo palavra subsequente, por estar acompanhado de outra palavra tambm negativa.Note que h diferena entre afirmar que Ele tem o menor valof e Ele no tem o menor val o r Na primeira construo, temos, sim, uma comparao em relao a valores anteriormente informados (superlativo relativo de superioridade). J na segunda, em funo da presena do advrbio no, a palavra menor tem vaor de reforo da negao.Sempre tome cuidado com assertivas que exploram trechos extrados do texto original, em que normalmente a banca tenta ludibriar o candidato, item errado.

    (UnB CESPE/TRE PA - Anaiista/2005)Os percentuais de ocupao de cargos de representao poltica pelas mulheres so baixos em todas as instncias e, at o momento, o sistema de cotas adotado pelo governo brasileiro, nas eleies, tem ajudado pouco na alterao desse quadro. De fato, ainda cedo para uma concluso mais definitiva sobre a sua eficcia, at mesmo porque essa poltica pode operar em vrias dimenses, algumas das quais simblicas e que s podero ser mais bem observadas no mdio prazo. Mas os resultados obtidos at o momento indicam algumas pistas. Importa lembrar que a lei de cotas em vigor estabelece que os partidos reservem um percentual mnimo de 30% de vagas das compef/pes legislativas a cada um dos sexos. De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), possvel verificar que, em todas as eleies at agora realizadas, em geral as cotas ficaram longe de ser atingidas. Clara Arajo. Internet: . Acesso em maio/2005 (com adaptaes).

    No que se refere a aspectos lingsticos do texto H, julgue a assertiva abaixo:De acordo com as normas gramaticais, a expresso mais bem (R.5) deveria ser substituda pela forma adjetiva melhor.

    Acordo Ortogrfico: a palavra lingsticos perdeu o trema.

    Essa questo TIMA!!!!< Aiguns adjetivos so formados a partir da contrao do MAL/BEM com o adjetivo no particpio. A unio dos elementos, em alguns casos, to ntida que se emprega o hfen; em outros casos, i no (bem-humorado, bem-nascido).

    Contudo, no h uniformidade de entendimento em alguns casos: enquanto Houaiss no indica hfen em "bem vestido, o sinal foi empregado na mesma palavra no Vocabulrio Ortogrfico da

    l; Lngua Portuguesa (bem-vestido). Em todos esses casos, se o adjetivo estiver precedido do advrbio mais, a norma culta no ri admite a transformao destes em melhor ou pior, mantendo-os separados (mais bem,

    mais mal):[ Ele o mais bem(-)vestido da seo.

    Ronaldinho Gacho o jogador mais bem pago da atualidade.r No uso coioquial, contudo, notam-se muitos registros dessa contrao: O time que for melhor : colocado na competio disputar a Libertadores da Amrica.v O linguista Celso Pedro Luft distingue essas duas estruturas em:

    ; (1) mais + bem + particpio;(2) mais + [bem + particpio].

    . No primeiro caso, o advrbio MAIS modifica o advrbio BEM, que, com o primeiro, pode modificar o adjetivo participial. Admitem-se, pois, as duas formas. Havendo a contrao, os dois advrbios K modificam o adjetivo (casas melhor construdas); mantendo-os separados, o advrbio bem: modifica o adjetivo, enquanto que o advrbio mais modifica o outro advrbio (bem): casas

    mais bem construdas.

  • PORTUGUS - Questes comentadas - CESPE

    J na segunda estrutura o advrbio BEM forma uma unidade semntica com o particpio, a ponto de, em alguns casos, ser usado o hifen. Neste caso, o advrbio MAIS no pode se contrair com o outro advrbio, devendo permanecer fora da locuo: mais bem-humorado. Item errado.

    Vejamos a prxima questo, bem mais recente.

    M (UnB CESPE/TCU - Tcnico/2009)

    1 O Tribunal de Contas da Unio (TCU) recomendou ao Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto (MPOG) a criao de um sistema informatizado para

    4 monitorar despesas com os cartes corporativos do governo federal. Auditoria constatou que, a partir de 2004, os saques aumentaram, chegando a R$ 46 milhes em 2007, e precisam

    7 ser mais bem acompanhados. O TCU tambm props ao MPOG a reviso do decreto que regulamenta o uso dos cartes para que os saques sejam feitos somente quando no

    10 for possvel o pagamento por fatura.Internet: (com adaptaes).

    Julgue os itens a seguir, a respeito das idias e de elementos lingsticos do texto acima:Respeita-se a correo gramatical substituindo-se "mais bem acompanhados (R.7) por melhores acompanhados.

    Mais uma vez, o Cespe seguiu o posicionamento de gramticos consagrados e optou por manter separados os vocbulos (no haver contrao), considerando que "bem observadas" (da questo anterior) e bem acompanhados formam uma unidade semntica com valor adjetivo e o advrbio mais intensifica essa locuo adjetiva. Por isso, nessa questo, foi considerado um erro a indicao de melhores acompanhados.Acredito que a banca mantenha esse posicionamento nas prximas provas. Caso contrrio, questo passvel de recurso. Item errado.

    IB (UnB CESPE/PGE PA/2007)Julgue a assertiva abaixo.Em passamos a sentir certa rejeio (R.8-9), o vocbulo certa classifica-se como adjetivo e tem o mesmo sentido que na frase: Ele sempre procurou tomar a atitude certa.

    , A banca explorou o valor do pronome e brincou com as palavras.: Os pronomes classificam-se em: pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos, interroga- : tivos e relativos, e podem determinar (pronomes adjetivos) ou substituir um nome (pronomes

    substantivos).: A alterao da posio de um pronome adjetivo em relao ao substantivo pode acarretar, in- ' clusive, a mudana de classe gramatical.; Antes do substantivo, o vocbulo certa um PRONOME INDEFINIDO que, por acompanhar oi nome, tem valor adjetivo (certa atitude").i Contudo, ao ser empregado aps o substantivo, muda de classe gramatical, passando a ser um

    ADJETIVO (atitude certa"), o contrrio de errada. Item errado.

    H l (UnB CESPE/MRE - IRBr bolsista/2009)

    1 A Cmara dos Deputados brasileira aprovou, por265 votos favorveis e 61 contrrios, a adeso da Venezuela ao MBRCOSUL, bloco regional formado por Brasil,

    4 Argentina, Paraguai e Uruguai.O protocolo de adeso, assinado em julho de 2006,

  • Cap. 1 - A PALAVRA

    ainda precisa ser aprovado pelo Senado para entrar em vigor.7 Os congressos do Uruguai, da Argentina e da prpria

    Venezuela j votaram pela entrada do pas no MERCOSUL.Apenas o Paraguai e o Brasil ainda no chancelaram o

    10 acordo. Dados da Comisso de Relaes Exteriores e Defesa Nacional mostram que a entrada do pas resultar em um bloco com mais de 250 milhes de habitantes, rea de

    13 12,7 milhes de km2, PIB superior a U$ 1 trilho (aproximadamente 76% do PIB da Amrica do Sul) e comrcio giobai superior a US$ 300 bilhes.

    16 O deputado Arnaldo Madeira argumentou que oingresso da Venezuela no bloco pode ser prejudicial para a economia da regio, devido postura polmica do atual

    19 presidente do pas, Hugo Chvez. uNs temos hoje um forte antagonismo entre o presidente da Venezuela e vrios parceiros da regio e isso poder dificultar a integrao com

    22 outros blocos econmicos. Votamos contra por razes de ordem econmica e no ideolgica, disse.Antnio Carlos Pannunzio lembrou ainda que a

    25 Venezuela deixou de cumprir diversos requisitosestabelecidos pelo protocolo de adeso. Jos Genono disse que o isolamento da Venezuela poderia levar a uma crise e

    28 a um fundamentalismo. A integrao entre pases pluralista. No podemos fazer um crivo ideolgico sobre quem est na Presidncia da Repblica para realizar a

    31 integrao", disse.Marta Ciara Cabral. Folha de S.Pauio, 18/12/2008.

    Em relao s ideias e s estruturas lingsticas do texto acima, julgue o item a seguir:O termo pelo (R.26) resultado da contrao das formas antigas da preposio per e do artigo Ia.

    ; Essa foi uma exceiente questo de prova, que deve ter levado muita gente a erro.; A dvida certamente pairou sobre a afirmao de que o artigo seria Io". Nossa funo mostrar ;i que o examinador tem razo nessa assertiva. O artigo o provm da forma arcaica dos artigos definidos e!, lo e la, derivados dos demonstrativos latinos de terceira pessoa iile", iila e % lilud" (masculino, feminino e neutro, respectivamente). Por isso, a forma pelo a contrao % da preposio antiga per com o tambm antigo artigo Io, exatamente como afirma a banca. p' Questo muito difcil. Item certo.

    SEMNTICAE o estudo do seatido das palavras de uma lngua. Estuda basicamente os seguin

    tes aspectos: sinonimia, paronmia, antonnia, homonmia, polissemia, conotao e denotao.

    Sinonimia a reiao que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados iguais ou semelhantes SINNIMOS.

    Antonmia a relao que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados diferentes, contrrios ANTNIMOS.

    A partir deste ponto, ou seja, em HOMONMIA E PARONMIA, verificamos a importncia da ortografia: a depender da grafia, o significado da palavra pode ser alterado significativamente.

  • m PORTUGUS - Questes comentadas CESPEHomonmia

    E a relao entre duas ou mais palavras que, apesar de possurem significados diferentes, possuem a mesma estrutura fonolgica - HOMNIMOS.

    As homnimas podem ser:

    Homgrafas heterofnicas (ou homgrafas) - so as palavras iguais na escrita e diferentes na pronncia. Ex.: gosto (substantivo) ~ gosto ( l.a pessoa do singular do presente do indicativo do verbo gostar).

    Homfonas heterogrficas (ou homfonas) - so as palavras iguais na pronncia e diferentes na escrita. Ex.: Cesso (substantivo) - sesso (substantivo).

    Homfonas homogrficas (ou homnimos perfeitos) - so as palavras iguais na pronncia e na escrita. Ex.: cura (verbo) - cura (substantivo).

    Paronmia

    a relao que se estabelece entre duas ou mais palavras parecidas na pronncia e na escrita - PARN1MOS (lembre-se: parecidas parnimas).

    Vejamos algumas questes que tratam disso.

    M (UnB CESPE/TRE PA/2006)Certa vez, um vereador discursava em uma cmara municipal, no interior de So Paulo. Seguidamente era interrompido pelo presidente da Casa, que, batendo o martelo, corrigia os erros de portugus, em nome das leis da lngua portuguesa", presentes na fala do parlamentar, que era estivador. Tinha sido sempre assim: seus discursos ficavam ininteligveis pelas freqentes interrupes.Certa vez, quando o vereador comunista iniciava sua fala com Senhor presidente. Ns vai..., soou o martelo que antecedeu o discurso da presidncia: Excelncia, esta a casa das leis, e no posso permitir que as leis da lngua portuguesa sejam nela infringidas. Chamo a ateno de Vossa Excelncia, mais uma vez: no ns vai; ns vamos" que se diz.Mais um discurso destroado! O vereador, ento, passou os olhos pelo plenrio, encarou o presidente da Cmara e pronunciou: Senhor presidente, vocs, burgus, vocs diz ns vamos1, mas no vai; ns,comunista, ns diz ns vai mas ns vamos.Paulo C. Guedes. A formao do professor de portugus: que lngua vamos ensinar? So Paulo: Parbola, 2006, p. 7 (com adaptaes).

    Julgue a assertiva abaixo:O vocbulo infringidas (R.9), que significa transgredidas, desrespeitadas, tem como parnimo o vocbulo infligidas, que, complementado por pena ou castigo, significa aplicadas, impostas.

    i No h muito o que acrescentar, j que a afirmao est correta. O verbo INFRiNGiR significa contrariar', enquanto que INFLIGIR quer dizer aplicar. Item certo.

    SE (UnB CESPE/STJ-lnformtica/2005)Julgue a assertiva abaixo:Alm de ser correta, a substituio do termo despendida (R.9) por dispendida no altera o sentido do texto.

    O verbo DESPENDER significa gastar ou consumir*. O particpio desse verbo possibilita a ' formao do adjetivo despendida (gasta/consumida).

  • Cap. 1 - A PALAVRA

    No existe o vocbulo dispendida", com T . Talvez a banca quisesse levar o candidato a pensar em dispndio, que se situa no mesmo campo semntico do verbo DESPENDER, por significar o que se consumiu ou se gastou.As bancas examinadoras simplesmente ADORAM expiorar palavras cognatas que sofreram alterao ortogrfica, como estender e extenso (o substantivo manteve o x do original latino extendere") ou umedecer e mido".Todo cuidado pouco. Item errado.

    I P (UnB CESPE /STJ-lnformtica/2005 - adaptada)Julgue a proposio a seguir:Visando a formao de novas mentalidades, abertas permanentemente as modificaes que ocorrem na sociedade, necessrio um constante dilogo das instituies jurdicas do pas com as universidades afm do proveito de ambas, e consequentemente, da sociedade brasileira.

    Alm de problemas de crase (o correto seria Visando formao...), tema que ser tratado em capitulo prprio, a questo apresenta um erro de emprego de parntmos.

    ; O vocbulo AFIM um adjetivo e, como palavra varivel que , pode ir para o plural - afins. Significa semelhante, similar. Tem relao com a palavra AFINIDADE: /As pessoas afins ligam- -se em grupos.

    J a palavra FIM {= finalidade) forma a locuo prepositiva A FIM DE, no sentido de com a f finalidade det com o propsito de: Deixou sua sogra em casa a fim de passar um fim de

    semana sossegado com a esposa.; H tambm a expresso a fim, usada no sentido de disposto, interessado": Vou ao cinema. Voc est a fim?. Item errado.

    M {UnB CESPE/Banco do Brasil - TIPO 2/2008)Oficio n. 15/XXXXX/2008Braslia, 30 de abriI de 2008Prezado Senhor Jos Joaquim da Silva Xavier;DD. Diretor do Banco do Brasil:1. Comunicamos que a partir desta data nosso banco de dados digitalizados estaracessvel para consultas vinte e quatro horas por dia.2. Solicitamos que sjam feitos agendamentos, afim de processar com maior agilidadeos atendimentos.

    Considerando o texto acima como o incio de um ofcio, julgue o item a seguir:A redao do ofcio acima est de acordo com as normas que regem a correspondncia oficiai.

    I Novamente, o problema est no emprego de afim em Solicitamos que sejam feitos agenda- | mentos, AFIM de processar com maior agilidade os atendimentos0. Como vimos, no sentido de com a finalidade de", deve-se usar a fim de. Item errado.

    HD (UnB CESPE/ABIN - Agente de lnteiigncra/2008)

    1 A criao da ABIN, em 1995, proporcionou aoEstado brasileiro institucionalizar a atividade de inteligncia, mediante aes de coordenao do fluxo de informaes

    4 necessrias s decises de governo, no que diz respeito aoaproveitamento de oportunidades, aos antagonismos e sameaas, reais ou potenciais, para os mais altos interesses da

    7 sociedade e do pas.Em 2002, o Congresso Nacional, por meio da Comisso Mista de Controle das Atividades de Inteligncia,

  • PORTUGUS - Questes comentadas CESPE

    10 promoveu o seminrio "Atividades de inteligncia no Brasil:Contribuies para a Soberania e para a Democracia", com a participao de autoridades governamentais, parlamentares,

    13 acadmicos, pesquisadores e profissionais da rea de inteligncia. A contribuio do evento foi significativa parao aprofundamento das discusses acerca da atividade de

    16 inteligncia no Brasil,Internet: (com adaptaes).

    Com base no texto acima, Julgue os itens que se seguem:Na linha 15, estaria gramaticalmente correta a redao a cerca da atividade.

    Vamos estabelecer agora a diferena entre trs expresses muito parecidas: h cerca de/a cerca de/acerca de.

    CERCA DE significa aproximadamente". Pode vir aps o,verbo impessoal haver" na indicao de tempo decorrido (H cerca de dois anos... = H aproximadamente dois anos...) ou aps a preposio a indicando distncia ou tempo, por exemplo {A fazenda fica a CERCA DE 30 km de So Paulo" - ... fica a APROXIMADAMENTE 30 km de So Paulo").

    J a expresso acerca de eqivale a sobre: Ficou pronta a matria acerca do acidente areo = "... sobre o acidente areo.Por isso, a sugesto da banca imprpria, j que o vocbulo adequado seria ACERCA (= sobre)

    ; e no A CERCA (= a aproximadamente). Item errado.

    gS (UnB CESPE/DEFENSORIA DA UNIO/2002)Pensar o corpo apenas como mquina ou, no limite, a sua substituio por mquinas inteligentes" o mesmo que ver sem perceber. A mquina funciona, o homem vive, isto , estrutura seu mundo, seus valores e seu corpo. O que acontece quando se pensa que as mquinas so equivalentes a seres vivos? Um pensamento artifcialista (segundo o qual preciso tudo refazer pelo artifcio humano) levado at um ponto em que o prprio pensamento desaparece. Os cultores do artifciaUsmo no distinguem, por exemplo, crebro e mente. Ao desvendarem certos mecanismos do crebro, pensam ter descoberto o segredo do pensamento. certo que a vida mental muito mais complexa.Adauio Novaes. A mquina do homem e da cincia. In: O homem e a mquina ciclo de conferncias. Rio e Braslia: Centro Cultural Banco do Brasil. 27/3/2001, paginao irregular (com adaptaes).Julgue o item a seguir, com relao s idias do texto acima e correo gramatical:No texto, so empregados como pertencentes mesma classe gramatical os seguintes vocbulos: mquina (1.1), estrutura (I.3) e pensamento (I.7).

    Acordo Ortogrfico: houve alterao na grafia de ideia(s).

    Essa era mais uma questo preparada para pegar o candidato desatento e apressado. Nunca | . confie no que o examinador lhe prope - o seu objetivo confundi-lo. O candidato deveria voltar

    ao texto para verificar se esses trs vocbulos apresentam-se como substantivos ou no.Em relao a mquina e pensamento, tudo bem. O problema estrutura, que, no texto, se

    ; apresenta como conjugao do verbo ESTRUTURAR, na 3.a pessoa do singuiar do presente do in- : , dicativo (... o homem vive, isto , estrutura seu mundo, seus valores e seu c o r p o Item errado.

    DENOTAO E CONOTAOEsse o ponto mais explorado nas questes do Cespe quando o assunto

    Semntica.

  • Cap. 1 - A PALAVRA muDe forma simples, podemos definir:

    - DENOTAO, o uso da palavra com o seu sentido original;- CONOTAO como o uso da palavra eom um significado diferente do original,

    criado pelo contexto.

    Como forma de memorizao, dizemos que o sentido DENOTATIVO, ou seja, o sentido da palavra em sua forma literal, o indicado, nos dicionrios, como a primeira acepo. Por isso, DENOTATIVO com D de DICIONRIO.

    Por excluso, voc guarda em sua memria que sentido conotativo o sentido figurado.

    M (UnB CESPE/PGE PA/2007)

    Texto: Transparncia at demais?Os tempos do Grande irmo chegaram. George Orweli os previu para 1984, mas se afirmaram mesmo na virada do milnio, principalmente depois que os atentados de 11 de setembro de 2001 serviram de pretexto para um grau sem precedentes de vigilncia do Estado. Dos dois fados do Atlntico, o direito a habeas corpus, afirmado desde a Carta Magna de 1216, est aposentado, considerado velhara quando se trata de supostos terroristas. Telefones podem estar grampeados, e-mail e pginas da Internet podem ser monitorados a qualquer momento. O Grande Irmo est observando voc.Orweli no pde imaginar quantos Pequenos Irmos ganhariam poderes semelhantes nem quantas pessoas implorariam, de livre e espontnea vontade, para serem observadas. A Web surgiu em 1993 e o primeiro weblog, em 1994, mas foi em 1999 que passou a se chamar blog e tornou-se mania global. Muitos blogs tm funes informativas, mas o ncleo do fenmeno a exposio do eu e da intimidade, de maneira banal ou chocante.A superexposio, a midiatizao e o desdobramento da representao no se restringem a intemautas compulsivos.Tudo e todos chamam freneticamente por ateno por todas as mdias, deixando cada um sem tempo para se conectar com o mundo real e com sua prpria interioridade e intimidade.CartaCapitai, 15/11/2006, p. 10-14 (com adaptaes).

    Assinale a opo que exemplifica o emprego, no texto, de linguagem conotativa;A) serviram de pretexto (R.3)8} est aposentado (R.5)C) ornou-se manta global (R.12)D) sua prpria interioridade e intimidade (R. 18-19)

    | A aposentadoria significa deixar o servio (pblico ou particular), conservando o ordenado, ou parte deie. O direito ao habeas corpus" no um empregado, tampouco recebe ordenado. Portanto, no poderia estar aposentado no sentido literal {denotativo). Assim, no texto, o adjetivo aposentado

    {: foi empregado como estar em desuso. , portanto, um sentido figurado - linguagem conotativa. g Gabarito: B.

    EE (UnB CESPE/SESI SP/2008)1 Passar da condio de devedor de credor

    internacional fato indito, mas no surpreendente. O anncio feito pelo Banco Central representa o coroamento de

    4 longo esforo do governo para acabar com as sucessivas crises decorrentes da dvida externa, Como qualquer grande negcio, o assunto no se resolve de uma hora para outra

  • PORTUGUS - Questes comentadas - CESPE

    7 nem com idas e vindas. Implica obedecer a planejamento estratgico de longo prazo.No incio da dcada passada, o Brasil deu o primeiro

    10 passo no sentido de encarar seriamente o endividamento externo. Deixando para trs medidas heterodoxas ou populistas, to a gosto de polticos inexperientes ou sedentos

    13 de popularidade fcil, a equipe econmica traou medidas capazes de administrar o problema. Comeou por tomar conhecimento do perfil da dvida. Em seguida, organizou-a.

    16 Finalmente, partiu para a renegociao. Paralelamente, flexibilizou o cmbio e zerou a dvida interna atrelada ao dlar.

    19 Estava, pois, adubado o terreno para a recomposio das reservas. O atual governo soube aproveitar o ciclo excepcional de prosperidade mundial. Serviu-se do crdito

    22 farto, do crescimento do produto e do comrcio planetrios e do preo das exportaes nacionais. Com credibilidade, o pas tornou-se mais atraente para os investimentos produtivos e

    25 obteve recursos para o mercado de capitais. Resultado: em 2006, o dbito externo estava sob controle.Correio Braziliense, Editorial, 24/2/2008.

    Com relao s estruturas lingsticas do texto, julgue os seguintes itens;~ A expresso adubado o terreno (R.19) est sendo empregada em sentido denotativo.

    Acordo Ortogrfico: houve alterao na grafia de lingsticas".

    ; . O sentido da expresso CONOTAT1VO, figurado, e no denotativo (com d" de dicionrio).No se feia em aplicar adubo em terreno algum, mas na preparao de um ambiente propcio

    ' recomposio das reservas cambiais brasileiras, item errado.

    S (UnB CESPE/PC ES - Perito/2006 - adaptada)O Estado moderno, no obstante apresentar-se como um Estado minimalista, potencialmente um Estado maximalista, pois a sociedade civil, enquanto o outro do Estado, autoreproduz-se por meio de leis e regulaes que dimanam do Estado e para as quais no parecem existir limites, desde que as regras democrticas da produo de leis sejam respeitadas. Os direitos humanos esto no cerne desta tenso: enquanto a primeira gerao de direitos humanos (os direitos cvicos e polticos) foi concebida como uma luta da sociedade civil contra o Estado, considerado como o principal violador potencial dos direitos humanos, a segunda e terceira geraes (direitos econmicos e sociais e direitos culturais, da qualidade de vida etc.) pressupem que o Estado o principal garantidor dos direitos humanos.Boaventura de Sousa Santos. Internet: . Acesso em fev,/20Q6 (com adaptaes).

    Quanto ao texto, julgue o item seguinte:A palavra cerne (R.5) est sendo empregada em sentido figurado, com o significado de a parte essencial, o mago.

    Acordo Ortogrfico: registra-se autorreproduz", agora sem hfen.

    ^ Em Biologia (mais precisamente, Botnica), cerne significa a pare central de um ronco. Se lj no tivesse conhecimento desse significado, o candidato poderia errar a questo. Em linguagem figurada, o centro de determinada questo. Assim, confirma-se o emprego conotativo da palavra j: em Os direitos humanos esto no cerne desta tenso. Item certo.

    E3 (UnB CESPE/BRB/2005 - adaptada)A caracterstica mais importante dos grandes bancos nacionais atuarem diretamente em todas as regies do pas e ainda se preocuparem em expandir a capilaridade,

  • Cap. 1 - A PALAVRA

    at nas menores localidades, com variados tipos de representantes, seja a rede de agncias dos correios, casas totricas, seja padarias, aougues, lojas comerciais em geral. No somente por a que se apresenta a cobertura total do mercado pelos bancos comerciais.O maior crescimento das operaes vem acontecendo nos meios em que no h a participao de funcionrios, tais como as mquinas de auto-atendimento, as transaes por telefone, fax e principalmente Internet Um terceiro fator que pavimenta a estrada dos grandes bancos brasileiros o fato de todos estarem integrados a conglomerados financeiros, que disponibilizam grande variedade de produtos afins ao mercado financeiro, para serem comercializados atravs das redes de agncias. Crdito ao consumidor, seguros, previdncia privada, capitalizao, seguro-sade, leasing, cartes de crdito, administrao de recursos de terceiros, fundos de investimentos, mercado de capitais em geral: esses so alguns dos itens que compem o menu de qualquer dos grandes bancos que operam no Brasil.Internet: (com adaptaes).

    Em relao s ideias e estruturas do texto acima, julgue o item a seguir:A expresso pavimenta a estrada (R.8-9) est sendo empregada em sentido deno- tativo ou literal.

    Acordo Ortogrfico: houve alterao na grafia de ideia(s) e autoatendmento.

    Seria em sentido literal se o texto tratasse das estradas do Brasil, que precisam mesmo cadavez mais de pavimentao.

    v. S que o assunto BANCO, nada tendo a ver com estradas ou "pavimentao.Vemos, a, uma figura de linguagem muito conhecida nossa - a metfora. Conhecida, sim, ou voc nunca ouviu um discurso do Lula, o rei das metforas? (rs...)O autor aborda o aumento de atuao dos grandes bancos, chegando at localidades distantespor meio de convnios com casas totricas, lojas de departamento, agncias dos correios. nesse sentido que o autor usa a expresso pavimentar a estrada, no sentido de abrir novas possibilidades de acesso". O sentido CONOTATIVO ou FIGURADO, e no denotativo/iiteral como se afirma no item. Item errado.

    GABARITO

    1. Certo 2. Errado 3. Errado 4. Errado

    5. Certo 6. Certo 7. Certo 8. E

    9. Certo 10. Errado 11. Errado 12. Errado

    13. Errado 14. Certo 15. Certo 16. Errado

    17. Errado 18. Errado 19. Errado 20. Errado

    21. B 22. Errado 23. Certo 24. Errado

  • ORTOGRAFIA

    Como j foi fartamente noticiado, a partir do ano de 2009, entrou em vigor o Acordo Ortogrfico da Lngua Portuguesa. At o ano de 2012, as duas formas - a antiga e a nova - sero aceitas.

    Como a memria visual um ponto-chave para a incorporao da palavra ao nosso lxico, passaremos a apresentar, sempre que necessrio, a nova grafia da palavra, mantendo, claro, a redao original da prova (com a grafia da poca).

    Sempre que a questo tratar da grafia de palavras que tenha sido alterada pelo Acordo, logo aps os comentrios sero apresentadas as mudanas advindas desse processo de reforma ortogrfica.

    El (UnB CESPE/STJ - Analista/2005)O item abaixo reescrituras adaptadas de fragmentos do texto Dilemas do judicirio na democracia, publicado na UnB Revista, n. 9, dez./2003-mar./2004, p. 13-5. Julgue-oquanto grafia, ao emprego das classes de paiavras e do sinal indicativo de crase, sintaxe da orao e do perodo e pontuao:A hiper-comptexidade da sociedade contempornea, em especial, acerca da forma de ver e agir dos operadores jurdicos, est a exigir que possibilite-se a incorporao permanente das camadas excludas da populao.

    O estudo da ORTOGRAFIA abrange:

    | 1 EMPREGO DE LETRAS (s/z; sc/s/ss; j/g; izar/isar; etc.)|; 2 - ACENTUAO GRFICAH 3 - USO DE OUTROS SINAIS DIACRTCOS (principalmente o HFEN e o TREMA)

    | Esta questo tratou de hfen, que o ponto de maior turbulncia em relao s mudanasi ortogrficas.i: O Acordo Ortogrfico deixou aigumas iacunas que foram parcialmente sanadas com a publicao T do novo Vocabulrio Ortogrfico da Lngua Portuguesa, lanado no incio de 2009.f Alm do aspecto ortogrfico, este item, que fazia parte de um conjunto de questes, explorou

    tambm coiocao pronominal, assunto a ser. tratado mais adiante.O emprego de hfen com prefixos, raramente cobrado em provas, um dos pontos que de-

    | pendem basicamente de memorizao do candidato.j As regras de emprego de hfen com prefixos foi bastante simplificada - basta lembrar que, ] de um modo geral, s devemos colocar hfen se houver coincidncia de letras (vogal ou con- ; soante) entre o fim do prefixo e o incio do segundo elemento. Exemplos: micro-ondas (como f o prefixo termina com a mesma vogal que inicia o segundo elemento, devemos separ-los); ; super-resistente; autoanlise (agora, registramos tudo junto, pois o prefixo termina com uma

  • PORTUGUS Questes comentadas CESPEvogal diferente da do incio do segundo elemento). Existem alguns casos especiais, mas so em nmero bem menor do que antes.Em uma questo como essa, se o candidato no soubesse o erro em hiper-complexidade (cuja grafia sem hfen), certamente veria o erro na colocao do pronome oblquo. Por ora, basta-nos saber que a nica posio que o pronome poderia ocupar seria antes do verbo (caso de prciise obrigatria): "... que se possibilite a incorporao permanente, item errado.

    NOVAS REGRAS DE EMPREGO DO HFENApresentaremos, ao lado da antiga, a nova regra de emprego de hfen, para que vo

    cs deem (sem acento... rs...) uma olhadinha dias antes da prova. Chamaremos de norma antiga a vigente de forma exclusiva at dezembro de 2008 e norma nova a que entra em vigor a partir de janeiro de 2009 e subsiste ao lado da antiga at o fim de 2012.

    Vejamos alguns prefixos.

    PREFIXOS NORMA ANTIGA NORMA NOVA

    auto, contra, extra, intra, infra, neo, proto, pseudo, semi, supra, ultra

    Colocava-se hfen antes de H, R, S e vogal

    auto-escolacontra-regraextra-oficial,

    infra-estruturaultra-sonografia.

    Recai na regra gerat - hfen somente quando1) houver encontro de vogais iguais (a que

    termina o prefixo mm a que comea o segundo elemento) ou

    2) a segunda paiavra iniciar por H. Se o segundo elemento for iniciado por R ou S, dobram-se essas consoantes.

    autoescolaauto-organizaocontra-almirante

    contrarregraextraofcial

    infraestruturaultrassonografa

    suprarrenal.

    ante, anti, arqu, sobre Empregava-se hfen antes de H. R e S.

    anti-rbicaanti-heriante-salaarqui-rval

    arquiinimigosobre-saia

    O prefixo sobre apresentava aigumas excees:

    sobressairsobressalente

    sobressaltosobressaltar

    Regra gerai antirrbica anti-heri antessafa arquirrival

    arqui-inimigo sobressaia

    hiper, super, inter Nada mudou!Emoreaa-se hfen antes de H e R oor coincidncia, o inicio e fim de hiper).

    hiper-reativosuper-heri

    inter-regionalinter-reiacionamento.

  • Ca p. 2 - ORTOGRAFIA

    PREFIXOS NORMA ANTIGA NORMA NOVA

    circum, pan Empregava-se hfen antes de H e voaal.

    circum-adjacncmpan-americano

    EmDreaa-se hfen antes de H. M. N e vogal.

    Obs.: O prefixo "circum" aceita aigu- mas formas aglutinadas com adaptao do primeiro elemento para circu ou circun:

    circunscrio

    mal, bem Nada mudou!Emprega-se hfen quando estes formam com o segundo elemento nova unidade siqrtificativa e esse elemento comeca Dor voaal ou H.

    bem-a venturana bem-amado mal-amado

    bem-humorado mal-humorado

    No entanto, o advrbio BEM, ao contrrio de MAL, pode no se aglutinar com palavras iniciadas por consoante:

    bem-criado x malcriado bem-me-quer x malmequer

    Em poucos vocbulos, ocorre a aglutinao de BEM com o segundo elemento:

    benquistobenquerena

    benfeitor

    ad, ab, ob, sob, sub Usava-se o hfen antes de palavras iniciadas por B ou se ocorrer encontro de consoantes (iniciadas por D com o prefixo ad ou por jB com os demais prefixos).

    ad-renalab-rogarsob-rojarsub-base

    Neste ponto, observa-se uma lacuna do Acordo, que nada prev sobre o emprego de hfen com os prefixos AB/OB/AD/SOB/ SUB seguidos de consoante R.Em funo disso, alguns linguistas mantiveram a grafia original, ou seja, com hfen:

    ad-renalab-rogarsub-raa

    Apesar de no mencionada no Acordo, os gramticos propem a manuteno do hfen quando houver tambm encontro de consoantes com esses prefixos:

    sub-basead-digital

    Usa-se hfen tambm antes de palavras iniciadas por H:

    sub-hepticoEm aguns casos, contudo, o VOLP decidiu registrar as duas formas:

    sub-humanosubumano

  • PORTUGUS - Questes comentadas - CESPE

    PREFIXOS NORMA ANTIGA NORMA NOVA

    co Usava-se sempre hfen, qualquer que fosse a palavra (embora haja casos de aglutinao com palavras iniciadas por o").

    co-autorco-participanteco-obrgaocooperao

    Esse prefixo configura uma das excees s regras de emprego de hfen do Acordo Ortogrfico. De acordo com o novo Vocabulrio Ortogrfico da Lngua Portuguesa, o prefixo co" aglutina-se com o segundo elemento qualquer quer seja sua letra inicial, ou seja, mesmo que seja a mesma vogal (o) ou a letra H, no se emprega o hfen.

    cooperao coordenao

    coautor coabitar

    . coerdeiro

    Esta itma palavra aparece em alguns dicionrios tambm com hfen, contrariando o VOLP:

    co-herdeiro0 tratamento dado ao prefixo co- se reproduz tambm em relao aos prefixos re-, pre- e pro: podem contrair-se ao segundo elemento ainda que este seja iniciado por H ou vogal idntica da terminao do prefixo:

    ReaverReeleioPreencherProtico

    alm, aqum, recm, sem, sota, soto, vice, ex (=anterioridade)

    Nada mudou!Liaam-se oor hlfen antes de todas as oalavras.

    alm-marrecm-nomeado

    sem-terraex-marido

    soto-almirante.

    Vamos, agora, s questes que envolvem aspectos ortogrficos.

    g (UnB CESPE/PMES/2007)Com referncia a aspectos gramaticais do texto, julgue o seguinte item:O termo pobreza um substantivo abstrato terminado pelo sufixo eza, que indica estado e condio.

    ; Comecemos por estudar o EMPREGO DE LETRAS.! A palavra derivada costuma conservar a grafia da palavra primitiva. Assim, na dvida em rela-

    o grafia de uma palavra, tente lembrar-se de como se escreve a palavra que deu origem a ela, se for o caso.p Outra maneira de identificar a grafia de uma paavra observar se esta sofreu algum processo j:. de transformao". Para isso, busque outra palavra mais popular, que servir de paradigma, r- tomando o cuidado de selecionar palavras que sofreram o mesmo processo de derivao. Oi que aconteceu com uma acontecer com a outra tambm. Veja os exemplos.

  • Cap. 2 - ORTOGRAFIA

    compreender -> compreenso / pretender -> pretenso permitir -> permisso / emitir -> emisso conceder -> concesso / retroceder -> retrocesso

    O sufixo *ez/-eza formam substantivos abstratos derivados de adjetivos: cido/acidez; tmido/ timidez.Esse sufixo indica qualidade, propriedade, estado, condio.Foi isso o que aconteceu com pobreza, que provm do adjetivo pobre. Item certo.J o sufixo -s/-esa indicam naturalidade, procedncia ou formam ttuios de nobreza: campons, japons, inglesa, princesa, marqus.J falamos que uma palavra normalmente conserva a grafia da palavra primitiva.Esse conceito importante para sabermos se um vocbulo termina com -isar (com s) ou -izar (com z).Dica que d certo na maioria esmagadora das palavras: se a palavra j apresentava a tetra s" em sua grafia, a palavra derivada ir manter essa ietra.

    ANLISE ANALISAR AVISO AVISAR REPRiSE REPRISARPARALISIA PARALISAR (no derivado de parar, mas de paralisia)

    H excees: catequese ^ catequizar (com z").I! Se no havia a letra s na primitiva, a palavra derivada ir receber um z.

    LOCAL LOCALIZAR , AMENO -$ AMENIZAR : tMUNE *$ IMUNIZAR.

    (UnB CESPE/SEAD PA/2007)Anatise a assertiva abaixo com relao a aspectos lingsticos do texto.- As palavras Tamuata, Uruar e Guajar so acentuadas de acordo com a

    mesma regra de acentuao grfica.

    Acordo Ortogrfico: registramos lingsticos, sem trema.

    Esse o tipo de questo mais comum do Cespe no que se refere ACENTUAO GR- FICA.( De uma maneira geral, a regra ACENTUAR O MNIMO DE PALAVRAS. Ento, acentua-se K o que h em menor nmero. Por isso, uma das regras de acentuao : TODAS AS PROPA- ! ROXTONAS SO ACENTUADAS (como so poucas, pe-se acento em todas elas). Por sua vez, pequeno o nmero de oxtonas que terminam em A(S)/E(S)/0(S)/EM(ENS). Por isso, essas sero acentuadas.' j De acordo com essa regra, as oxtonas terminadas por R ficaram de fora e, com isso, todos v os verbos no infinitivo impessoal.; Veja, agora, o resumo sobre acentuao grfica.

    ACENTUAO GRFICA - so acentuados os:

    I - MONOSSLABOS TNICOS TERMINADOS EM A(S), E(S), O(S) - c, p, p, rs, ms, cs,I n, pr (verbo), jus, bis, si, mim, sol, cor;1 - OXTONOS TERMINADOS EM A(S), E(S), O(S), EM(NS) - caf, caqui (fruta), tambm,

    vender, refns, domin, ardil, portugus, sermo, juiz, pas, raiz, colher, ruim (a slaba tnica im), parabns, sabi;

  • PORTUGUS - Questes comentadas - CESPE

    - PAROXTONOS NO TERMINADOS EM A(S), E(S), 0(S), EM(NS), AM - hfen (termina em EN), hifens (sem acento), biquni, item, domino (verbo), fnix, bceps, fcil, coco (fruto), lbum, difcil, fcil, cqui (cor), sabia (verbo), txi; todas as conjugaes verbais terminadas em am: cantam, cantaram;

    - PAROXTONOS TERMINADOS EM DITONGO CRESCENTE

  • Cap. 2 - ORTOGRAFIA

    @ (UnB CESPE/ANATEL - Tcnico/2006 - adaptada) fcil ironizar os possuidores de telefones celulares.Mas necessrio descobrir a quai das cinco categorias eles pertencem. Primeiro, vm as pessoas fisicamente incapacitadas, ainda que sua deficincia no seja visvel, obrigadas a um contato constante com o mdico ou com o pronto-socorro.Depois, vm aqueles que, devido a graves deveres profissionais, so obrigados a correr em qualquer emergncia (capites do corpo de bombeiros, mdicos, transplantadores de rgos). Em terceiro lugar, vm os adlteros. S agora eles tm a possibilidade de receber ligaes de seu parceiro secreto sem que membros da famlia, secretrias ou colegas ma-intencionados possam interceptar o teiefonema.Umberto Eco. O segundo dirio mnimo. Srgio Fiaksman (Trad.). Rio de Janeiro: Record, 1993, p. 194-6 (com adaptaes).

    Com base nas idias e estruturas do texto de Umberto Eco, julgue o item a seguir.- Nas formas verbais vm e tm, ambas na linha 7, foi aplicada a mesma regra

    de acentuao grfica.

    Acordo Ortogrfico: houve alterao na grafia de ideia(s).

    Voc viu que os monossiabos tnicos so acentuados quando terminam por A(S), E(S) e 0(S). por isso que, na 3.a pessoa do SINGULAR, os verbos VIR e TER no recebem acento (vem/

    . tem), do mesmo modo que no acentuamos os vocbulos SEM, CEM, NEM.:; Eno, por que acentuamos a 3.a pessoa do plural dos verbos VIR e TER (vm/tm)?; Alguns gramticos classificam o acento circunflexo dos verbos ter e vir (e derivados) na 3.a

    pessoa do plural (tm, vm, contm, entretm, detm, retm etc.) como ACENTO DIFERENCIAL ' DE NMERO ou ftflORFOLGICO.

    Esses gramticos consideram, ento, que o acento circunflexo (tm, vm, detm, contm, entretm) serve to somente para indicar que o verbo est no plural. Item certo.

    Vamos falar, agora, sobre os demais acentos diferenciais.K Os ACENTOS DIFERENCIAIS so os acentos agudo ou circunflexo usados sobre vogais a, e p e o em alguns vocbulos tnicos para diferenci-los de outros homgrafos tonos (ACENTO DIFERENCIAL DE INTENSIDADE OU TONICIDADE) ou, no caso do ACENTO DIFERENCIAL . DE TIMBRE, o emprego de acento circunflexo (A) para diferenciar a vogal fechada () da jjj vogai aberta (), registrada sem acento.

    A partir da mudana ortogrfica de 1990, com entrada em vigor em 2009, conservaram-se |{ somente os acentos diferenciais abaixo indicados:

    p DE TIMBRE (vogal aberta ou fechada) - o nico que restou foi: pode (pres. indicativo) - p pde (pret perf. ind)| OBS.: O Acordo Ortogrfico trouxe a faculdade de acentuar a palavra forma (pronunciada | de forma fechada - frma) no sentido de vasilha, e dmos (pretrito perfeito do indicativo) g para diferenciar de demos (presente do indicativo), ambos do verbo DAR.

    || DE INTENSIDADE ou TONICIDADE (voga! tona ou tnica). O nico que sobrou foi pr b (verbo) para diferenciar de por (preposio).

    @ Os demais acentos diferenciais, a partir de 2013, deixaro de existir.I: EM SUMA, s restaram os acentos diferenciais de timbre ou tonicidade nas paiavras | PDE e PR.

    j| Em relao ao acento circunflexo do verbo pr, deve-se ressaltar que, por se tratar de um j| acento diferencial, no se estende aos verbos derivados daquele, como propor, dispor, con- % trapor, indispor, repor.

    0 (UnB CESPE/Bombeiros AC/2006)Ao usar um extintor, lembre-se de

  • PORTUGUS Questes comentadas - CESPE

    / - agir com firmeza e deciso, sem se arriscar demaisII - manter a calma e afastar as pessoas, com segurana e delicadezaIII - desligar, com a maior brevidade possvel, os circuitos eltricos envolvidosIV - constatar no haver risco de exploso no localV - observar para que no haja reincidncias dos focos

    Considerando apenas o item V do texto, julgue a assertiva abaixo:Justifica-se o acento circunflexo no vocbulo reincidncias por ser uma palavra proparoxtona terminada em ditongo orai decrescente.

    Como j vimos, a Academia achou por bem classificar palavras como reincidncias (Glria, Cludia, tnue, imundcie...) na categoria de PROPAROXTONAS. Como todas as proparoxtonas so acentuadas, isso o que ocorre com esta palavra.Os gramticos, contudo, a classificam como uma PAROXTONA terminada em ditongo crescente.Pois bem - ou se faz uma classificao (proparoxtona) ou outra (paroxtona terminada em ditongo crescente). O que no est certo inventar uma terceira, como o examinador fez nessa questo (proparoxtona terminada em ditongo oral decrescente"). Alm de tudo, a palavra termina em DITONGO CRESCENTE, E NO DECRESCENTE. Item errado.

    Vejamos o que so ditongos crescentes e decrescentes.Em cada slaba s h espao para uma VOGAL. Se houver outra letrinha l parecida com vogal, no vogal, mas semivogal.Assim, formam-se os DITONGOS (ai, ui, ei, oi, ia, io, eu, ue .) e os tritongos (uma vogal e duas semivogais).Nos ditongos, quando a ordem for VOGAL + SEMIVOGAL, como a tonicidade recai na primeira (vogai), d-se o nome de DITONGO DECRESCENTE: do mais forte (tnico) para o mais fraco (tono).Se a ordem for SEMIVOGAL + VOGAL, chama-se DITONGO CRESCENTE (do mais fraco para o mais forte).Quando duas VOGAIS se encontram (ou seja, quando as duas so pronunciadas de forma tnica), devem se separar imediatamente e formam um HIATO.

    0 (UnB CESPE/MPE TO/2006)Julgue a correo da afirmao a seguir:- As palavras espcie e idia so acentuadas de acordo com a mesma regra de

    acentuao grfica.

    Acordo Ortogrfico: registramos ideia.

    Ainda estamos no tema "DITONGOS".Na questo anterior, vimos a diferena entre DITONGO CRESCENTE E DECRESCENTE,

    v Agora, veremos os DITONGOS ABERTOS E FECHADOS. Trs ditongos podem ser pronunciados de maneira aberta ou fechada e devem receber um- acento para diferenciar a primeira forma da segunda:

    : - El (feira, besteira) x S (anis, pastis) ^ - 01 (coisa, mooila) x i (faris, anzis)\ - EU (comeu, bebeu) x U (chapu, ru, escarcu)

    ; Essa a diferena entre DITONGOS FECHADOS (eu, ei, oi) e ABERTOS (U, l, l). Fruto; das mudanas ortogrficas, esses ltimos devem ser acentuados somente quando estiverem

    na slaba tnica de uma palavra oxtona.

  • Cap. 2 - ORTOGRAFIA

    Lembramos que, com a entrada em vigor do Acordo Ortogrfico, as paroxtonas com ditongo aberto i e i (no h nenhum caso com o ditongo aberto u") perdem esse acento agudo (mo* creia, ideia, assembleia, [eu] apoio, androide etc.), mas a pronncia continua sendo aberta.A paiavra "espcie foi acentuada peia mesma regra de Cludia, glria", ou seja, paroxtona terminada em ditongo crescente (segundo a maioria dos gramticos) ou proparoxtona (segundo o PVOLP).J "idia recebeu acento por ser um DITONGO ABERTO l. Essa era a regra vigente at 2008. A partir de agora, grafa-se Ideia (com o tempo, iremos nos acostumar).So regras DIFERENTES e, por isso, a afirmao est errada, item errado.

    0 (UnB CESPE/PRF/2008)Considerando que os fragmentos de texto includos nas opes abaixo, na ordem em que so apresentados, so partes sucessivas de um texto adaptado de Marcelo Gleiser, julgue o trecho a seguir em relao aos preceitos de clareza e correo gramatical:A novidade do novo trabalho a confluncia de outros eventos astronmicos, j anteriormente mencionados e ocorridos, que apoiam a tese de que Homero tinha o eclipse, em mente, quando escreveu as famosas linhas: O Sol sumiu do cu e uma escurido funesta cobriu tudo!,

    ; < Se este Item constasse de uma prova realizada em 2009, poderamos entender que, em reiao - ortografia, no havia erro algum.

    Os ditongos abertos i e i, nas palavras paroxtonas, deixaram de ser acentuados. Com r isso, toda a conjugao dos verbos terminados em -OIAR perdeu o acento agudo (eu apoio, : tu apoias, ele apoia, eles apoiam, no presente do indicativo; eu apoie, tu apoies, ele apoie, . eles apoiem, no presente do subjuntivo). Item errado.

    m (UnB CESPE/TRE AP - Analista/2007)Considerando o texto, julgue as assertivas abaixo com referncia ao emprego das classes de palavras e acentuao grfica.- No texto, so acentuados por serem paroxtonos terminados em ditongo os se

    guintes substantivos abstratos: rgo", rea, agrria, "famlias e perodo.

    ; Finalmente, em uma prova, conseguimos um posicionamento do Cespe acerca daquela po-1 lmica!i; Note que a banca confirmou a classificao das palavras rea, agrria e famlias como pa- : roxtonos terminados em ditongo.g O erro da assertiva est em incluir neste grupo os vocbulos rgo (paroxtona terminada f.; em o") e perodo (proparoxtona: pe-ri-o-do). Item errado.

    OS (UnB CESPE/PM DF/2006 - adaptada)Julgue a correo da assertiva abaixo:Os termos freqncia, "resistncia, distenses e sseo, presentes no texto, recebem acento grfico porque seguem a mesma regra de acentuao.

    Acordo Ortogrfico: registra-se frequncia", sem trema.

    Vamos identificar a justificativa para a acentuao de cada uma dessas palavras: frequncia, ;' resistncia, distenses e sseo.\ As duas primeiras e a ltima so casos de paroxtonas terminadas em ditongo crescente (ou proparoxtonas, para a Academia).- Para analisar a terceira paiavra, devemos ter em mente a distino entre SINAIS DIACRTICOS gl e ACENTOS GRFICOS.

  • PORTUGUS - Questes comentadas - CESPE

    Sinais diacrticos so sinais que se empregam em letras para dar-lhes um novo som. So eles: os acentos grficos, a cedilha, o trema e o ti.Os acentos grficos so uma espcie do gnero sinais diacrticos.Os acentos grficos so trs: agudo, circunflexo e grave (este ltimo atualmente serve apenas para marcar a crase). Onde recair o acento agudo ou circunflexo recair a slaba tnica. H, portanto, uma reiao direta entre o emprego desses dois acentos e a tonicidade da palavra.Emprega-se a cedilha na consoante c antes das vogais a e o para definir esse som de modo diferente: ca, co/a, o.O til usado sobre as vogais a e o" para nasalar seu som, como acontece com distenses, misso, an, ter, c.Ainda que tonicidade, por vezes, recaia na slaba que apresenta, o til (compare TERA com TER, ANA - nome prprio - com AN), esse sinal no tem relao necessria com a slaba tnica, ou seja, mesmo havendo o tS, a slaba tnica pode recair em outra (especialmente, nos diminutivos de palavras terminadas em /ao: em irmzinha e anozinho, a slaba tnica zi).O trema - que foi dizimado pelo Acordo Ortogrfico - era usado sobre a letra u dos d- grafos "que, qui, gue, gui para definir a pronncia ona dessa letra (formando-se, assim, a semvogal u em palavras como liquidao, frequncia", aguentar). Ainda que este snai no venha mais ser empregado, a reforma ortogrfica atinge somente a ESCRITA, o que faz com que a PRONNCIA deva permanecer como antes. Em outras palavras, a palavra lingia, a partir de 2009, tem a grafia sem o trema, mas deve ser pronunciada com o u tono, ao contrrio do que acontece com a palavra enguia (do verbo enguiar), em que se observa um dgrafo (gu - o mesmo de guitarra). Nesse ponto, a mudana mais complicou do que facilitou.Voltando questo, a partir dessa anlise, podemos definir como ERRADA a afirmao de que todos esses vocbulos so acentuados pela mesma regra. Item errado.

    DD (UnB CESPE/TRE PA/2006 - mantida a grafia originai da prova)Com referncia grafia e acentuao de palavras, assinale a opo em que uma das trs palavras no segue a mesma regra que as outras duas.A) mantm, alm e tambmB) importncia, comrcio e conseqnciasC) democrtica, pblicas e eletrnicaD) idia, assemblia e pasE) incio, municpios, mdio

    Acordo Ortogrfico: a nova grafia ideia, assembleia e conseqncias.

    Enquanto idia e assemblia possuem ditongos abertos s (na poca, acentuados por ; estarem em palavras paroxtonas), o substantivo pas um caso de acentuao pelo hiato j .(i como segunda vogal do hiato acompanhada de s). Essa a opo que atende ao enunciado.i Como j observamos, o novo Acordo Ortogrfico eliminou o acento agudo das palavras paro- : xtonas com ditongos abertos i e i, somente permanecendo os acentos dos monossilabos ' e oxtonas com i, u e i.: Os vocbulos da opo A se enquadram na regra das oxtonas terminadas em EM(ENS).. Os da letra B e os da E so objeto daquela polmica - paroxtonas terminadas em ditongo ! crescente (para a doutrina e para o Cespe/UnB) ou proparoxtonas (para o VOLP).

    Na letra C, todas as palavras so proparoxtonas.Gabarito: D.

  • Cap. 2 - ORTOGRAFIA

    GABARITO

    1. Errado 2. Certo 3. Errado 4. Errado

    5. Certo 6. Errado 7. Errado 8. Errado

    9. Errado 10. Errado 11. D

  • 3VERBO

    VERBO uma palavra varivel (pode flexionar-se em nmero pessoa, modo, tempo e voz) que indica uma ao, estado ou fenmeno.

    Todas as formas do verbo se irmanam pelo RADICAL, a parte invarivel que lhes d a base comum de significao.

    So aceitas as seguintes flexes: de nmero (singular e plural), pessoa ( l .a, 2.a ou3.a), modo, tempo ou vozes (ativa, passiva, reflexiva, recproca). Celso Cunha identifica mais uma flexo: aspecto, que, em suas palavras, manifesta o ponto de vista do qual o locutor considera a ao expressa pelo verbo, por exemplo: pontual (acabo de chegar) ou durativa (fico a esperar), contnua (vou andando pelas ruas) ou descontnua (voitei a fumar). Esses verbos auxiliares tambm so conhecidos como auxiliares modais.

    CONJUGAO VERBAL

    SB (UnB CESPE/TRE GO - Tcnico Judicirio/2009)

    1 At hoje, os que esto de um lado ou de outro veem o processo civilizatrio como uma conseqncia de um trip sinrgico em que avano tcnico, igualdade e liberdade

    4 articulam-se positivamente, cada um como um vetor queinduz o outro a crescer. Em nossos dias, porm, essa sinergia morreu e o avano tcnico, longe de construir a igualdade,

    7 est ampliando a desigualdade e, em lugar de ampliar onmero de pessoas livres, est limitando a liberdade a poucos (mesmo nesses casos, trata-se de uma liberdade condicionada,

    10 consumida nos engarrafamentos de trnsito, nos muros dos condomnios).Cristovam Buarque. Os crculos dos intelectuais. In: Ari Roitman (Org.). O desafio tico. Rio de Janeiro: Garamond, 2000, p. 109 (com adaptaes).

    Preservam-se a coerncia na argumentao e a correo gramatical do texto ao usar: tm visto em lugar de veem (R-1).

    Essa uma das provas aplicadas j na vigncia do Acordo Ortogrfico.A mudana que observamos neste texto a retirada do acento circunflexo da conjugao

    .. ver