CLIMATÉRI..
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CURSO DE PSICOLOGIA - CLIMATERIO
Climatério é o período que abrange toda a fase em que os hormônios produzidos pelos ovários(estrogênio e progesterona) vão progressivamente deixando de ser fabricados, incluindo-se, portanto, a transição entre as fases reprodutiva e não reprodutiva da vida da mulher.Assim, a menopausa é um evento que acontece durante o climatério. Nem a menopausa nem o climatério são doenças, mas ocorrências naturais ao longo da vida das mulheres. Durante o climatério, a diminuição desses hormônios faz com que os ciclos menstruais se tornem irregulares, até cessarem completamente. Nessa fase de transição, ocorrem alterações físicas e psíquicas importantes, que prejudicam a qualidade de vida da mulher. Ao contrário do que muita gente pensa, essas alterações podem e devem ser tratadas.
FISIOPATOLOGIA
PROPEDÊUTICA E TRATAMENTO
CLIMATÉRIO
Conceito e Classificação
Climatério
Perimenopausa
Pré-menopausa Pós-menopausa
Menopausa
40 45 50 51 65
Idade (em anos)
0 que acontece no corpo durante o climatério?
Com a idade, sobram poucos folículos no ovário
e os que restam são pouco eficientes
1
Por isso, a produção de estrógeno fica cada vez menor e a liberação dos
óvulos pelo folículo (ovulação) tornar-se irregular até acabar
totalmente
2
Sem folículos e ovulação,
também não há mais a produção
de progesterona, o
que provoca alterações
menstruais e o fim da
menstruação
3
Os principais sinais
Cerca de 80% das mulheres no climatério apresentam algum sintoma clínico. Destas, 30% sentem manifestações intensas, 50%
médias e 20% de baixa intensidade
Menstruações com intervalos ou volume irregular
Ondas de calor (fogachos)
Suores noturnos
Diminuição da lubrificação vaginal
Diminuição do desejo sexual
Ressecamento da pele
Insônia
Desânimo
Irritabilidade
Perda de energia
Aumento de peso
Aumento nas taxas de colesterol
Sintomas Vasomotores Atrofia Local
Rubores quentes
Suor
Dores de cabeça
Tontura
Insônia
Sensação de fraqueza
Secura vaginal
Dispareunia
Vaginite atrófica
Urgência no desejo de urinar
Secreção marrom
Sangramento vaginal
“Cistite”
Incontinência urináriaSintomas Psicológicos
Depressão Agorafobia
Irritabilidade Ataques cardíacos
Perda de confiança Dificuldade de concentração
Falta de memória
Perda de libido
Perda de energia
Atrofia Generalizada do Tecido Conjuntivo
Adelgaçamento da pele
Osteoporose
Dores generalizadas moderadas e
persistentes, ou agudas
Perda de cabelo
Unhas fracas quebradiças
Dor nos ossos
CLIMATÉRIO
Consequências do hipoestrogenismo
M enopausa
......................40 45 50 55 60 65 70 anos
Alzheimer?
............... doença cardiovascular
................ osteoporose
......... sintomatologia urogenital
...... atrofia da pele
… atrofia da parede vagina l
sintomatologia climatérica
...... período de latênciam anifestação dos sintom as
Tardios
Osteoporose
Doença Cardiovascular
Doença de Alzheimer
Intermediários
Atrofia vaginal
Disfunção sexual
Urgência/incontinência
Atrofia na pele
CLIMATÉRIO
Consequências do hipoestrogenismo
Iniciais
Alterações menstruais
Fogachos
Sudorese
Insônia
Sintomas psicológicos
Avaliação Clínica
História clínica
História médica pregressa
Doenças e cirurgias anteriores
Ocorrência de moléstias familiares
Funcionamento diversos órgão ou aparelhoAlergi
a
Exame completo
São orientados para cada caso em particular. Levando em conta a prevalência das
doenças por idade.
Anamnese
Exame Físico
Exame de Laboratório
Os benefícios da reposição hormonalO que o estrógeno e a progesterona podem fazer pela sua saúde
Alívio dos sintomas do climatério (ondas de calor, insônia, suores)
Melhora a absorção de cálcio e previne a osteoporose
Melhora a lubrificação vaginal
Ajuda a reduzir os níveis de colesterol
Protege o coração, diminuindo a incidência de infartos
Impede o ressecamento da pele e favorece a elasticidade cutânea
DOENÇA CARDIOVASCULAR
Terapêutica de reposição hormonal (TRH)
Mortalidade por doença cardiovascular (DCV) em mulheres
0
10
20
30
40
50
60
70
Com DCV prévia Sem DCV prévia
Não-usuárias
Usuárias de TRH
Bush TL et al. Circulation 75: 1102, 1987.
Mortes
DVC/10.000
OSTEOPOROSE PÓS-MENOPÁUSICA
Efeitos da TRH sobre a incidência de fraturas
0
2
4
6
50-59 60-69 70-740
2
4
6
50-59 60-69 70-74
Idade Idade
Incidência (taxa anual/
100 mulheres
Não-usuárias
Usuárias de estrogênio
Weiss NS et. Al. Engl J Med 303: 1195, 1980.
DOENÇA DE ALZHEIMER
Incidência
0
5
10
15
20
25
55-64 65-74 75-84 85 +
M osla. A cta Neuro l Scand 65:541, 1982.
Inci
dên
cia
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cia
(po
r 1.
000)
M ulheres
Hom ens
TERAPÊUTICA DE REPOSIÇÃO HORMONAL
Estrogênios utilizados
VIA ORAL
Estrogênios conjugados (EC) 0,625-1,25 mg/ dia
Valerato de estradiol (VE) 1-2 mg/ dia
Estradiol micronizado (E2) 1-2 mg/ dia
Estriol (E3) 2-6 mg/ dia
PARENTERAL
Estradiol percutâneo (E2) 1,5-3 mg/ dia
Estradiol transdérmico (E2) 25-37, 5-50-100 mcg/ dia
Estradiol implante (E2) 25-50-100 mg, a cada 4-6 meses
CREMES OU ÓVULOS VAGINAIS
Promestrieno 10 mg/ dia
Estriol 1-2 mg/ dia
TERAPÊUTICA DE REPOSIÇÃO HORMONAL
Progestogênios utilizados
VIA ORALAcetato de medroxiprogesterona 2, 5-10 mg/ dia
Noretisterona 0,35-1,05 mg/ dia
Acetato de noretisterona 1-5 mg/ dia
Acetato de nomegestrol 2,5-5 mg/ dia
Progesterona micronizada 100-300 mg/ dia
Levonorgestrel 30-90 mcg/ dia
Acetato de ciprotenona 1-2 mg/ dia
PARENTERAL
Acetato de noretisterona transdérmico 0,125-0,25 mg a cada 3-4 dias
Levonorgestrel transdérmico 20 mcg/ dia a cada 3-4 dias
CREMES OU ÓVULOS VAGINAIS
Progesterona 50-100 mg/ dia
TERAPÊUTICA DE REPOSIÇÃO HORMONAL
Via transdérmica - Indicações
Hipertensão arterial
Colelitíase
Epigastralgia/ náuseas
Tabagismo
Diabetes mellitus
Tromboembolismo/ AVC pregresso (?)
TRH DE BAIXA DOSE
Indicações
Pacientes com alguns anos de pós-menopausa
Desejo de não menstruar
Sintomatologia climatérica leve ou moderada
Antecedentes de mastalgia com esquema anterior de TRH
Antecedentes de leiomiomas, endometriose e doença fibrocística da mama
Antecedentes de tromboembolismo
Risco de osteoporose
Desejo de mudar o esquema terapêutico sequencial para combinado contínuo
Nem todas as mulheres apresentam as manifestações iniciais, como as ondas de calor, mas um grande número delas apresentará os problemas de longo prazo. Por este motivo é importante que a mulher consulte seu médico quando chegar a esta importante fase da sua vida.
Os sintomas podem ser divididos em de curto, médio e longo prazo:
Sintomas de Curto Prazo Irregularidade menstrualInsôniaFogachos (ondas de calor)Sono entrecortadoSudoreseNervosismoFormigamentoIrritabilidadeFadigaAnsiedadeCansaçoTristeza
Cefaléia (dor de cabeça)ChoroTonturaDepressãoPalpitaçãoEsquecimentoDificuldade de concentraçãoLibido (desejo sexual) diminuída
Sintomas de Médio Prazo
Vagina secaPele seca e finaDor na relação sexualRugasInfecção urináriaDores articularesIncontinência (perda) de urina aos esforçosDores musculares
Sintomas de Longo Prazo
OsteoporoseCegueiraDoença cardiovascularDoença de AlzheimerPerda dentária
As ondas de calor são os sintomas mais comuns e característicos do climatério, ocorrendo em 75% das mulheres. Estas ondas de calor ocorrem em geral na parte superior do tórax, pescoço e face.
Além disso, a longo prazo, a falta de hormônios femininos leva a outras alterações que não causam sintomas imediatos, mas que têm conseqüências graves, a saber:
Os ossos ficam mais porosos e frágeis (osteoporose), o que leva ao encurvamento da coluna (a chamada "corcunda da viúva") e ao aumento do risco de fraturas, principalmente nos quadris.
Aumentam as gorduras que circulam no sangue e que se depositam na parede das artérias, levando à aterosclerose, o que aumenta o risco de doenças cardiovasculares como infartos, "derrames" cerebrais e hipertensão.
Quais os tratamentos para o climatério?
Todos os sintomas e as conseqüências da carência hormonal podem ser tratados, com a orientação médica, pela terapia de reposição hormonal, ou seja, a substituição dos hormônios, que antes eram produzidos pelos ovários, por hormônios administrados através da pele (adesivos transdérmicos), por via oral (comprimidos) e, mesmo, por injeções intramusculares ou por cremes vaginais.
A administração de hormônios em comprimidos por via oral é a forma mais antiga utilizada na prática clínica. Modernamente, vem-se utilizando a via transdérmica com a mesma finalidade.
Os sistemas transdérmicos são constituídos por adesivos colocados sobre a pele, que liberam diretamente para o sangue o estrogênio e o progestogênio, ou seja, os hormônios que deixaram de ser fabricados pelo ovário.Como não há passagem inicial pelo fígado, as doses transdérmicas utilizadas são muito menores (12 vezes menor, no caso do estrogênio) do que quando se compara com as doses necessárias dos medicamentos orais. Além disso, os hormônios são liberados para a corrente sangüínea através da pele, de forma constante, gradual e uniforme, da mesma maneira como ocorre quando os ovário estão funcionando.Por isso, esse método é considerado "fisiológico", pois se assemelha à fisiologia normal do ovário. Os sistemas de adesivos sã trocados só a cada 3 ou 4 dias, permitindo maior comodidade no tratamento
Os cremes vaginais são muito úteis no tratamento dos sintomas locais (por exemplo, secura vaginal), mas não têm efeito no restante dos sintomas. Já os medicamentos injetáveis, praticamente não são mais utilizados.
A melhor forma de tratamento, no entanto, deve ser indicada pelo médico.
Nunca inicie um tratamento para o climatério ou qualquer outro tipo de tratamento, por indicação de amigas ou parentes.
A decisão final sobre o melhor tipo de tratamento depende sempre da opinião do médico.
Quais os resultados da terapia de reposição hormonal?
Depois de iniciado o tratamento com hormônios (terapia de reposição hormonal), as ondas de calor e os distúrbios do sono começam a diminuir, dentro de duas ou três semanas. Os sintomas vaginais adversos também diminuem e o envelhecimento da pele é retardado.
Quando a terapia de reposição hormonal se realiza no momento adequado, ela também pode prevenir o enfraquecimento dos ossos (osteoporose) e diminuir os riscos de infarto, pressão alta e "derrames" cerebrais.
A terapia de reposição hormonal "combinada" (que associa a administração de estrogênio com progestogênio), indicada para mulheres com útero intacto, pode causar um sangramento a cada ciclo, justamente por simular o funcionamento normal dos ovários.Esse sangramento assemelha-se a uma pequena menstruação, prevenindo que o útero venha a desenvolver hiperplasia endometrial.
E lembre-se sempre de duas coisas importantes:
O tratamento de reposição hormonal não faz crescer pelos, não engorda e não causa câncer.
Para tratar os problemas de saúde procure sempre o seu médico!
Outras recomendaçõesBeba bastante água, principalmente após
exercícios físicos. Adote uma dieta rica em cálcio, ingerindo
laticínios e vegetais verdes. Use roupas leves e procure ambientes frescos e
ventilados. Faça refeições mais freqüentes e mais leves. Pratique exercícios leves regularmente. As
caminhadas, a natação e a dança ajudam a fortalecer músculos e ossos.
Evite fumo e álcool em excesso. Consulte o seu médico pelo menos uma ou
duas vezes ao ano.
As mulheres com antecedentes da disforia pré-menstrual (forma acentuada de TPM) e depressão pós-parto têm mais chances de terem depressão no climatério, bem como aquelas com grande desconforto físico causado pelos fogachos (ondas de calor).
A ciência começou a desconfiar da interferência do hormônio feminino estrógeno sobre os quadros afetivos, a partir da comprovação das suas várias ações sobre o cérebro, principalmente na secreção dos mensageiros químicos responsáveis pelo bom humor. Algumas mulheres são mais sensíveis às flutuações hormonais típicas do período. Porém, nem tudo que reluz é ouro, ou seja, há mulheres que não sofrem a interferência da baixa do hormônio feminino.
O contexto global de vida destas mulheres deve ser analisado individualmente. Hábitos ruins de vida envolvendo alimentação inadequada, sedentarismo, ausência de lazer; aposentadoria precoce, relacionamentos familiares e conjugais conflitantes e pensamentos pessimistas, bem como todo o histórico de vida das pessoas, devem ser levados em consideração pelos profissionais. Mulheres com expectativas mais positivas em relação ao envelhecimento tendem a sofrer menos dos sintomas, ao adotarem hábitos de vida saudáveis, investindo nos equilíbrios físico e mental.
Climatério masculinoDiferentemente do climatério feminino, a andropausa não traz a infertilidade para o homem, apenas uma redução dela, devido à menor produção de espermatozóides. "Em torno dos 55 anos, às vezes até mesmo antes, começa a perda da libido e o interesse sexual diminui ou desaparece, apesar de o homem ainda ter ereção peniana. Mais tarde, surge a dificuldade em manter a ereção, alterações de humor, irritabilidade, sintomas depressivos e alterações da memória", explica Rogério Alvarenga, endocrinologista e especialista em medicina ortomolecular.
Andropausa ou Climatério MasculinoAs mulheres sairam na frente. Há muito tempo elas já se
preparam para enfrentar e combater a menopausa. Mas os homens também podem sofrer com a baixa do hormônio masculino, a chamada "andropausa". Só que eles ainda não sabem reconhecer o problema nem lidar com ele.
A andropausa nada mais é que a diminuição da testosterona (hormônio masculino) nos homens com mais de 50 anos.
A partir dos 40 anos, a testosterona começa a diminuir cerca de 1% ao ano. Quando a taxa cai muito, alguns homens podem apresentar problemas. Neste período do envelhecimento, o homem é marcado por mudanças fisiológicas e psicológicas. Desinteresse e preguiça sexual, fadiga mental, insônia e sentimentos depressivos são alguns dos sinais do climatério masculino. O medo de enfrentar desafios, seja na vida particular ou profissional, é o mais comum de todos.
Portanto, andropausa seriam as disfunções sexuais e os problemas físicos provocados pela diminuição do nível de testosterona, que atinge homens com mais de 50 anos.
A andropausa, por maior que seja a queda do hormônio (testosterona) ela não se compara à queda dos hormônios femininos na mulher
Para os homens que preocupam-se com a qualidade de vida e que acreditam que a prevenção é a melhor opção, a existência da TRH masculina, que tornou-se segura com a aplicação transdérmica, através de gel, cremes ou adesivos cutâneos, deixando de lado as antigas injeções e os comprimidos via oral. E, segundo pesquisas recentes, a reposição de testosterona pode devolver a libido, a massa muscular e até funções em declínio nos homens com mais de 50 anos.
fazer uma suplementação de vitaminas, sais minerais, oligoelementos e "smart drugs", antioxidantes e, em especial, determinados aminoácidos. "Eles melhoram a atividade mental, ajudando na liberação de neurotransmissores cerebrais que estabilizam o interesse sexual e o prazer pelas coisas da vida. Além de contribuírem para o aumento da massa muscular que se perde nessa fase da vida masculina
Para que o tratamento dos sintomas da andropausa tenha sucesso é preciso realizar previamente exames laboratoriais como a quantidade de hormônios sexuais, da hipófise, da tireóide e das supra-renais. Além da necessidade de um acompanhamento dos níveis hormonais e um histórico psicológico do paciente. "Depois de verificada a baixa nos precursores dos hormônios, dosam-se os níveis da Testosterona Total e Livre e uma avaliação de antígeno prostático, para depois começar a terapia hormonal. Entre 30 e 60 dias o paciente já sente e apresenta melhora significativa",