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CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – GESTÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO CÉLIO ANDREI PEREIRA MARCELINO PROPOSTA PARA IMPLANTAÇÃO DE UM LEIAUTE DE ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE EQUIPAMENTOS E PRODUTOS NA EMPRESA MARPE PISCINAS BIGUAÇU - SC 2011

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CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – GESTÃO

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

CÉLIO ANDREI PEREIRA MARCELINO

PROPOSTA PARA IMPLANTAÇÃO DE UM LEIAUTE DE

ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE EQUIPAMENTOS E PRODUTOS N A

EMPRESA MARPE PISCINAS

BIGUAÇU - SC

2011

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CÉLIO ANDREI PEREIRA MARCELINO

PROPOSTA PARA IMPLANTAÇÃO DE UM LEIAUTE DE

ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE EQUIPAMENTOS E PRODUTOS N A

EMPRESA MARPE PISCINAS

Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado ao Curso de Administração do Centro de Educação da UNIVALI – Biguaçu, como requisito para obtenção do Título de Bacharel em Administração.

Orientador: Prof. Rosalbo Ferreira.

BIGUAÇU - SC

2011

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CÉLIO ANDREI PEREIRA MARCELINO

PROPOSTA PARA IMPLANTAÇÃO DE UM LEIAUTE DE

ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE EQUIPAMENTOS E PRODUTOS N A

EMPRESA MARPE PISCINAS

Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi considerado adequado para a obtenção do título de Bacharel em Administração e aprovado pelo Curso de Administração, da Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Biguaçu.

Área de Concentração: Logística

Biguaçu, 29 de Novembro de 2011.

Prof. Dr. Rosalbo Ferreira

UNIVALI - CE de Biguaçu

Orientador

Prof. MSc. João Carlos D. Carneiro

UNIVALI - CE de Biguaçu

Prof. MSc. Rogério Raul da Silva

UNIVALI - CE de Biguaçu

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RESUMO

MARCELINO, Célio Andrei Pereira. Proposta para implantação de um leiaute de

armazenagem e manuseio de equipamentos e produtos n a empresa Marpe

Piscinas, 2011, 71 f. Trabalho de Conclusão de Estágio (Bacharelado em

Administração) - Universidade do Vale do Itajaí, São José, 2011.

O presente trabalho objetiva apresentar uma proposta para implantação de um

sistema de leiaute na empresa Marpe Piscinas, situada em Florianópolis – Santa

Catarina. As informações foram obtidas através de referências bibliográficas,

familiaridade do acadêmico com a empresa, e da fusão d o conhecimento obtido

durante o período de graduação, a fim de obter sucesso do embasamento na

prática. O competitivo mercado tem se apresentado exigente em relação aos prazos

de abastecimento e distribuição de materiais nas empresas. Desta maneira, um

leiaute de uma empresa, desde que elaborado eficazmente, contribui de modo

considerável para a melhoria da armazenagem e da movimentação de seus bens.

Constatada a necessidade de a empresa alterar sua estrutura física, com a

construção de uma nova sede, o trabalho propõe ainda um sistema de

armazenagem moderno e eficaz, decorrente de um leiaute apropriado às funções

logísticas pertinentes.

Palavras-chave: Logística, leiaute e armazenagem.

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ABSTRACT

MARCELINO, Célio Andrei Pereira. Proposta para implantação de um leiaute de

armazenagem e manuseio de equipamentos e produtos n a empresa Marpe

Piscinas, 2011, 71 f. Trabalho de Conclusão de Estágio (Bacharelado em

Administração) - Universidade do Vale do Itajaí, São José, 2011.

This study presents a proposal to implement a system layout in the company Marpe

Piscinas, located in Florianópolis - Santa Catarina. The information was obtained

through references, academic familiarity with the company, and the merging of

knowledge gained during the graduation in order to succeed in the basement

practice. The competitive market has been performing in demanding limits for supply

and distribution of materials in the companies. Thus, a layout of an undertaking, if

developed effectively, contributes considerably to the improvement of storage and

handling of your goods. Given the need for the company to change its physical

structure, with the construction of a new headquarters, the work also proposes a

storage system modern and efficient, due to a layout appropriate to the relevant

logistics functions.

Keywords: Logistics, layout and storage.

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Dedico este trabalho aos meus pais Célio e Lucia Marcelino, e ao meu grande amigo José Gomes Neto, que sempre estiveram ao meu lado me incentivando à formação acadêmica.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, por ter concedido oportunidade de concluir este curso de

administração.

A Universidade do Vale do Itajaí, instituição que levarei comigo para sempre,

sobretudo por minha formação profissional em Administração, profissão essa da

qual muito me orgulho, e por minha formação como pessoa.

Aos professores Rosalbo Ferreira, pela orientação segura e pela paciência ao

conduzir-me na execução desse trabalho.

A todos os professores, que sabiamente souberam lecionar suas disciplinas

atribuindo fortemente para minha vida profissional.

Aos meus pais e irmã, pelo amor, paciência e apoio que dedicaram durante

esses anos de jornada acadêmica.

Ao meu grande amigo e irmão José Gomes Neto, que insistentemente me

incentivou a seguir a graduação.

A minha querida amiga Rosemary, que tanto contribuiu a este trabalho,

auxiliando no desenvolvimento técnico e no incentivo à sua conclusão.

A todos os amigos que comigo estiveram presentes nas horas de estudo e

festividades, contribuindo de maneira única, a trajetória acadêmica.

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Nós somos aquilo que fazemos

repetidamente. Excelência, então, não

é um modo de agir, mas um hábito.

(Aristóteles)

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1 - EVOLUÇÃO DA LOGÍSTICA ...................................................................... 19

FIGURA 2 - EMPILHADEIRA ..................................................................................... 33

FIGURA 3 - CARRINHO ELÉTRICO ............................................................................ 33

FIGURA 4 - CARRINHO HIDRÁULICO ......................................................................... 33

FIGURA 5 - CARRINHO INTERNO ............................................................................. 33

FIGURA 6 - GUINDASTE HIDRÁULICO ....................................................................... 34

FIGURA 7 - PONTES ROLANTES .............................................................................. 34

FIGURA 8 - PLATAFORMA HIDRÁULICA VEICULAR ...................................................... 34

FIGURA 9 - PLATAFORMA NIVELADORA .................................................................... 34

FIGURA 10 - CORREIA PLANA ................................................................................. 35

FIGURA 11 - TORRE DE TRILHO .............................................................................. 35

FIGURA 12 - PALETE DE MADEIRA ........................................................................... 37

FIGURA 13 - PALETE DE FIBRA ............................................................................... 37

FIGURA 14 - PORTA PALETES CONVENCIONAL ......................................................... 37

FIGURA 15 - PORTA PALETES DRIVE-IN E DRIVE-THRU .............................................. 38

FIGURA 16 - PORTA PALETES FLOW-RACK ............................................................... 39

FIGURA 17 - PORTA PALETES PUSH-BACK ............................................................... 39

FIGURA 18 - PORTA PALETES POWER RACK ............................................................ 40

FIGURA 19 - PORTA PALETES DINÂMICO .................................................................. 40

FIGURA 20 - ESTANTES ......................................................................................... 41

FIGURA 21 - MEZANINO ......................................................................................... 41

FIGURA 22 - CANTILLEVER ..................................................................................... 42

FIGURA 23 - VANTAGENS E DESVANTAGENS DO ARRANJOS FÍSICOS ........................... 47

FIGURA 24 - EMPRESA MARPE PISCINAS ................................................................ 51

FIGURA 25 - ALGUMAS LOGOMARCAS DE FORNECEDORES ........................................ 52

FIGURA 26 - ORGANOGRAMA DA EMPRESA .............................................................. 53

FIGURA 27 - PLANTA DO ATUAL DEPÓSITO ............................................................... 55

FIGURA 28 - ESTOQUE 1 ....................................................................................... 56

FIGURA 29 - ESTOQUE 2 ....................................................................................... 56

FIGURA 30 - ESTOQUE 3 ....................................................................................... 57

FIGURA 31 - ESTOQUE 4 ....................................................................................... 58

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FIGURA 32 - SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE ESTOQUE .......................................... 59

FIGURA 33 - PLANTA DO NOVO DEPÓSITO................................................................ 62

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 13

1.1 OBJETIVOS ................................................................................................. 14

1.1.1 Objetivo geral ............................................................................................ 14

1.1.2 Objetivos específicos................................................................................. 14

1.2 JUSTIFICATIVA ........................................................................................... 14

1.3 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO .................................................... 15

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................... ........................................... 17

2.1 LOGÍSTICA .................................................................................................. 17

2.1.1 Logística empresarial .............................................................................. 21

2.1.2 Logística de serviço ao cliente .............................................................. 23

2.2 ADMINISTRAÇÃO DE ESTOQUES ............................................................. 25

2.3 ARMAZENAGEM ......................................................................................... 28

2.3.1 Objetivos da armazenagem .................................................................... 30

2.3.2 Funções da armazenagem ...................................................................... 31

2.3.3 Equipamentos de movimentação .......................................................... 32

2.3.4 Tipos de sistema de armazenagem ....................................................... 35

2.4 LEIAUTE ....................................................................................................... 42

2.4.1 Objetivos do leiaute ................................................................................ 44

2.4.2 Tipos de leiaute ....................................................................................... 46

3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO ............................................................ 49

4 LEVANTAMENTO E ANÁLISE DE DADOS ................. .................................. 51

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ............................................................ 51

4.2 LEVANTAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS .............................................. 54

4.2.1 Planta do atual depósito ......................................................................... 54

4.2.1.1 Estoque 1 ............................................................................................... 55

4.2.1.2 Estoque 2 ............................................................................................... 56

4.2.1.3 Estoque 3 ............................................................................................... 57

4.2.1.4 Estoque 4 ............................................................................................... 58

4.2.2 Gerenciamento dos produtos ................................................................ 58

4.3 DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL....................................................... 60

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5 PROPOSTA DE MODELO DE LEIAUTE PARA O NOVO DEPÓSIT O ......... 61

5.1 DIVISÃO DO ESPAÇO DISPONÍVEL PARA ARMAZENAGEM E

MANUSEIO DOS MATERIAIS ........................................................................... 63

5.1.1 Recebimento e liberação de mercadorias ............................................. 63

5.1.2 Setor de peças e acessórios .................................................................. 63

5.1.3 Setor de móveis em geral ....................................................................... 63

5.1.4 Setor de produtos químicos ................................................................... 64

5.1.5 Setor de montagem ................................................................................. 64

5.1.6 Área de despacho ................................................................................... 64

5.2 PROPOSTA PARA MOVIMENTAÇÃO, MANUSEIO E

ARMAZENAGEM DOS MATERIAIS .................................................................. 65

5.2.1 Setor de peças e acessórios .................................................................. 65

5.2.2 Setor de móveis em geral ....................................................................... 66

5.2.3 Setor de produtos químicos ................................................................... 66

5.2.4 Área de despacho ................................................................................... 67

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 68

REFERÊNCIAS .................................................................................................. 69

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1 INTRODUÇÃO

A forma apropriada de ocupar um espaço, independente da área

organizacional considerada, de vários pontos de vista enseja grande rendimento

operacional. Assim, desde que haja planejamento, modelos de armazenagem e

expedição, seguem uma linha de vital importância para o desempenho das

atividades esperadas em todos os processos.

O adequado planejamento torna-se indispensável para padronização de um

arranjo físico para operações logísticas – que dependem fundamentalmente do

espaço disponível, dos equipamentos de armazenagem e movimentação. E a melhor

ferramenta para o aproveitamento desses elementos é um leiaute bem elaborado.

O leiaute de um armazém contempla a disposição física dos equipamentos

utilizados para armazenar e movimentar os materiais, segundo sua natureza física e

seu grau de periculosidade, além de outros fatores pertinentes ao seguimento

operante.

Um modelo de leiaute deve ser elaborado, considerando as necessidades da

empresa à qual se destina. Como resultado, teremos melhoramentos no

aproveitamento dos espaços vertical e horizontal considerados.

Assim considerando, este trabalho parte das condições atuais de

funcionamento da Marpe Piscinas, para finalmente propor um leiaute adequado para

a empresa. Os sistemas de armazenagem e movimentação atualmente em uso na

empresa são também considerados porque contemplam a continuidade de suas

atividades comerciais, durante o período das mudanças propostas.

A empresa Marpe Piscinas, localizada no bairro Itacorubi de Florianópolis –

SC, comercializa produtos, móveis e acessórios para piscina. Seu público alvo é

constituído por redes de hotéis, condomínios, associações, clubes e pessoas físicas

em geral, considerados todos de suma importância para o desenvolvimento e

sucesso da empresa.

A Marpe Piscinas planeja construir sua nova sede, objetivando melhor

aproveitar a área física de que dispõe.

Em vista do exposto este trabalho tem, por conseguinte, que responder

prioritariamente a questão: Qual o modelo de leiaute mais apropriado para o

armazenamento e a funcionalidade operacional dos produtos com os quais a

empresa opera?

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1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo geral

Propor a implantação de leiaute de armazenagem e manuseio de

equipamentos e produtos na empresa Marpe Piscinas.

1.1.2 Objetivos específicos

a) Analisar a logística e armazenagem, considerando a importância destas

atividades para uma empresa;

b) Descrever alguns tipos de armazenagem e manuseio de materiais

existentes;

c) Mensurar o espaço disponível e o modelo de leiaute adequado;

d) Expor a viabilidade do sistema de leiaute proposto.

1.2 JUSTIFICATIVA

A elaboração deste trabalho acadêmico é importante, pois através dele

poderemos efetuar a análise da empresa e assim construir um diagnóstico, capaz de

embasar propostas de melhorias na logística de armazenagem e manuseio dos

produtos, objetivando alcançar resultados satisfatórios.

Esse propósito está de acordo à Marpe Piscinas, tendo em vista a

necessidade de aperfeiçoar suas técnicas de armazenagem e manuseio de

equipamentos e produtos para piscina, através de leiaute apropriado de

armazenagem, a fim de atingir o nível de excelência desejado.

O autor deste trabalho tem particular interesse no tema abordado, por estar

diretamente ligado à administração da Marpe Piscinas. A empresa, por seu lado, vê

relevância no projeto, já que este poderá identificar processos de otimização que

permitam agilidade no manuseio de materiais, minimizando os custos operacionais.

Este trabalho de conclusão de estágio é oportuno, pois o setor de piscinas

está em grande ascensão devido à política cambial atual, a quebra de paradigmas

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dividindo as classes consumidoras e, sobretudo, dado o interesse do público em

adquirir equipamentos e produtos de qualidade.

A viabilidade deste trabalho é considerada de baixo investimento, seu autor é

funcionário da empresa e tem acesso a todas as informações pertinentes à área

estudada.

Este projeto é de caráter inédito na empresa, pois as indagações acerca de

um plano dessa ordem não haviam sido fundamentadas e analisadas pelos gestores

e partes interessadas.

1.3 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

A empresa Marpe Piscinas foi fundada em 1990 pelo Sr. Célio Antunes

Marcelino, que identificou no mercado a carência de peças de reposição para filtros,

motores e equipamentos para piscina. Na época, ele, era técnico na área e tinha

muita dificuldade em encontrar peças e materiais para os serviços que realizava.

No início a empresa estabeleceu-se na Rua Deputado Antônio Edu Vieira, nº

606, bairro Pantanal, Florianópolis – Santa Catarina, ocupando uma sala comercial

alugada de aproximadamente 18 m². Dispondo de grandes conhecimentos sobre os

produtos, acessórios e equipamentos comercializados pelo gestor da organização,

não foi difícil conquistar uma gama de clientes que ali depositavam sua confiança e

lealdade.

Após quatro anos, a pequena sala comercial já não mais dispunha de espaço

físico suficiente para armazenar os produtos e novos materiais que a empresa

estava comercializando na época, tais como móveis em plástico, banheiras de

hidromassagem, saunas e aquecedores. Havia necessidade de buscar uma sala

maior, que pudesse atender as necessidades da organização e que não estivesse

muito distante do antigo ponto comercial.

O ponto comercial encontrado situava-se a Avenida Madre Benvenuta, nº 809,

bairro Santa Monica, Florianópolis – Santa Catarina, a dois quilômetros do endereço

anterior. Era uma sala ampla de 75 m² muito bem localizada, em um local de fácil

acesso e com estacionamento próprio.

Com espaço maior, a empresa pode iniciar um processo de seleção de

produtos diferenciados, partindo assim para comercialização de móveis em alumínio

fundido, móveis em alumínio com fibra sintética, lareiras, piscinas em fibra e vinil,

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guarda-sóis, cadeiras de praia, infláveis e, mantendo a tradição em dispor de peças

para manutenção, aumentou o leque de peças de reposição para filtros, motores e

acessórios para piscinas.

Percebendo a necessidade de diminuir os custos com locação, a empresa

procurou um ponto comercial que, localizado nas proximidades de sua atuação,

estivesse dentro de suas condições financeiras de investimento. Assim, foi

encontrado e adquirido o terreno no bairro Itacorubi, onde a empresa está hoje

localizada, podendo oferecer a seus clientes um ambiente agradável, climatizado,

com produtos de excelente qualidade, estacionamento próprio e uma grande vitrine

para dispor os produtos comercializados a seus clientes.

O imóvel possui 220 m² de área construída em um terreno de 345 m². Seu

quadro de pessoal está atualmente com 7 funcionários, que exercem funções nos

setores administrativo, financeiro, vendas, logística e técnica.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Em trabalho desta natureza, impõe-se uma necessária revisão teórica, com

vistas a melhor embasar os caminhos a serem percorridos. Para tanto, buscaremos

autores e textos já clássicos nas áreas que de perto nos interessam.

2.1 LOGÍSTICA

Nos tempos bíblicos as tropas de países em guerra, percorriam longas

distâncias até atingir as tropas inimigas. Para o avanço das tropas, era fundamental

organização e disciplina, sobretudo para que estivessem sempre disponíveis a

alimentação das tropas e os aparatos bélicos. Ou seja, a logística era a base de

tudo.

Para Ubrig, (2005, p. 1):

Uma das origens da palavra logística pode ser encontrada em sua etimologia francesa. Ela é originada do verbo loger, que significa alojar. Em sua raiz militar, teve como primeiro objetivo integrar, de forma eficiente, nos campos de batalha, o tempo, os custos e os recursos disponíveis. Com o passar dos anos, o seu significado se tornou mais amplo, passando a abranger outras áreas, como o estoque, o transporte e a armazenagem.

Durante séculos a logística esteve associada apenas ao comando militar.

Somente após a Segunda Guerra Mundial, com o uso de recursos tecnológicos foi

possível introduzir a logística no campo da administração, incorporada no dia a dia

das pessoas, em todas as atividades executadas pela sociedade.

Para Ching (2001, p. 15) “o conceito de logística, existente desde a década de

40, foi utilizado pelas Forças Armadas norte-americanas. Ele se relacionava com

todo o processo de aquisição e fornecimento de materiais durante a Segunda

Guerra Mundial”. Nessa época a logística foi denominada uma ciência militar.

Não é outro entendimento de Novaes (2001, p. 31) quando considera que:

[...] o conceito de logística estava essencialmente ligado a operações militares. Ao decidir avançar suas tropas seguindo uma determinada estratégia militar, os generais precisavam ter, sob suas ordens, uma equipe que providenciasse o deslocamento, na hora certa, de munição, viveres, equipamentos e socorro médico para o campo de batalha. Por se tratar de um serviço de apoio, sem o glamour da estratégia bélica e sem prestigio das batalhas ganhas, os grupos logísticos militares trabalhavam quase sempre em silêncio.

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Anteriormente a década de 50, as empresas executavam a atividade logística

sem análise de sua funcionalidade, utilizando nenhum conceito ou forma de logística

integrada. (BOWERSOX; CLOSS, 2009, p. 26).

Complementando Bowersox e Closs (2009), Ballou (1993, p. 29) relata que no

período entre o início da década de 50 e 60 é que ocorre o avanço entre a teoria e a

prática da logística. O ambiente, então, mostrava-se propício para novidades no

pensamento administrativo.

De acordo com Santos (2008), o tema logístico passou por uma evolução, a

qual está dividida em cinco eras:

1. Do campo ao mercado – início no começo do século XX, quando a sua

principal preocupação era com o escoamento da produção agrícola,

principalmente o café.

2. Funções segmentadas: de 1940 até início da década de 60, quando a

logística recebeu uma grande influência militar, em função da Segunda

Guerra Mundial. Neste período a sua preocupação era com a

movimentação de produtos, principalmente o armazenamento e o

transporte de bens.

3. Funções integradas – início da década de 60 até os primeiros anos da

década de 70, quando agregou uma visão integrada, incluindo custo total

das operações logísticas e a abordagem de sistemas. Nesse período seu

foco foi ampliado para os transportes, a distribuição física dos produtos, o

armazenamento, o estoque de produtos e o manuseio de materiais.

4. Foco no cliente – início da década de 70 até metade dos anos 80, quando

a logística passou a ressaltar a produtividade e os custos dos estoques.

Nesse período a Logística passou a ser ensinada nos cursos de

Administração de Empresas.

5. Logística como elemento diferenciador – Período atual, cuja globalização e

a tecnologia da informação transformaram a logística em um diferencial

competitivo para as organizações.

Moura (1998, p. 41) define que “o desenvolvimento do interesse na logística

após a Segunda Guerra Mundial, contribui ao crescimento das atividades associadas

com a logística”. Desta forma, o autor demonstra conforme figura abaixo, as

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mudanças ocorridas no processo logístico desde a Segunda Guerra Mundial até os

dias atuais.

Figura 1: Evolução da logística.

Fonte: MOURA (1998, p. 56).

A Logística é um verdadeiro paradoxo: é ao mesmo tempo, uma das

atividades econômicas mais antigas e um dos conceitos gerenciais mais modernos.

Desde que o homem abandonou a economia extrativista e deu inicio às atividades

produtivas organizadas, utilizando da produção especializada e troca de excedentes,

surgiram três das mais importantes funções logísticas: estoque, armazenagem e

transporte (FLEURY, et al., 2000, p. 27).

Entretanto, somente num passado recente é que as organizações

empresariais reconheceram o impacto vital que o gerenciamento logístico pode ter

na obtenção da chamada vantagem competitiva (CHRISTOPHER, 1997).

Bowersox e Closs (2001), em concordância com Novaes (2001), relatam que,

antes da década de 50, não havia conceito formal ou teoria sobre logística integrada.

Nessa época, as funções hoje aceitas como logísticas eram geralmente

consideradas como operações de apoio ou de suporte, um centro de custos.

Logística compreende ao processo de planejamento, implementação e

controle do fluxo eficiente e economicamente eficaz de matérias-primas, estoque em

processo, produtos acabados e informações relativas desde o ponto de origem até o

ponto de consumo, com o propósito de atender as exigências do cliente.

Armazenagem

Transportes

Distribuição

Administração

Movimentação

Serviço

Finanças

Sistemas de Informação

Logística

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A logística consiste em fazer chegar a quantidade certa das mercadorias certas ao ponto certo e no tempo certo, nas condições e ao mínimo custo; a logística constitui-se num sistema global, formado pelo inter-relacionamento dos diversos segmentos ou setores que a compõe. Compreende a embalagem, a armazenagem, o manuseio, a movimentação e o transporte de um modo geral, a estocagem em trânsito e de todo o transporte necessário, a recepção, o acondicionamento e a manipulação final, isto é, até o local de utilização do produto pelo cliente. (MOURA, 1998, p. 52).

Segundo Bowersox e Closs (2009, p. 19), “o objetivo da logística é tornar

disponíveis produtos e serviços no local onde são necessários, no momento em que

são desejados”.

Partindo de uma síntese defendida por muitos autores, a logística assegura a

disponibilidade do produto correto, na quantidade correta, na condição correta e na

hora certa, para o consumidor correto por um custo ideal.

A logística possui um papel importante dentro das organizações, pois trata de

viabilizar os fluxos vencendo restrições espaciais e temporais, cada vez mais

significantes em relação aos serviços prestados. A restrição espacial determina os

conceitos envolvidos no modal de deslocamento dos produtos ao centro de

consumo, enquanto a restrição temporal ocupa papel de destaque no que diz

respeito aos prazos de entrega, confiabilidade operacional e exigência dos clientes.

Moura (1998) defende que a logística compreende de três subsistemas: de

atividade de administração de materiais, movimentação de materiais e distribuição

física, todas elas visando ao controle da movimentação e a coordenação das

atividades de demanda-suprimento.

Atualmente a logística compreende todo fluxo de materiais, desde os

materiais adquiridos quanto oferecidos pela empresa.

De acordo com Christopher (1997, p. 2),

A logística é o processo de gerenciar estrategicamente a aquisição, movimentação e armazenagem de materiais, peças e produtos acabados (e o fluxo de relações correlatas) através da organização e seus canais de marketing, de modo a poder maximizar as lucratividades presente e futura através do atendimento dos pedidos a baixo custo.

Portanto, a logística compreende um subsistema gerencial que interfere no

desempenho da empresa e deve estar integrado ao seu planejamento e à sua

administração estratégica. Pode ser reconhecida como uma oportunidade de

crescimento, rentabilidade e competitividade para as empresas.

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Para Novaes (2001, p. 36), logística pode ser descrita como:

O processo de planejar, implementar e controlar de maneira eficiente o fluxo e a armazenagem de produtos, bem como os serviços e informações associados, cobrindo desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender os requisitos do consumidor.

A missão do gerenciamento logístico consiste em planejar, coordenar e

gerenciar todas as atividades existentes no processo, a fim de alcançar os níveis

desejados de serviço e qualidade ao menor custo possível.

2.1.1 Logística empresarial

A logística empresarial tem como objetivo proporcionar ao cliente níveis de

serviço desejado com eficiência. Normalmente não agrega valor ao produto, mas

agrega à estratégia de fazer com que esse chegue ao local desejado, podendo ser

avaliada através de parâmetros intangíveis.

A função da logística empresarial fica evidenciada quando assume um papel

de integrar todas as etapas, desde a produção de um bem à sua armazenagem,

carreando para a empresa a vantagem competitiva em relação à logística de serviço

ao cliente e sua devida distribuição.

Segundo Ballou (1993, p. 23), “a logística empresarial visa associar o estudo

e a administração dos fluxos de bens, serviços e informações juntamente com o que

os põe em movimento”.

A logística empresarial é a atividade que se preocupa com a rentabilidade e a eficiência dos serviços destinados ao suporte e à distribuição da produção, varejo e serviços. Planejamento, organização e controle efetivos das atividades de aquisição, movimentação de materiais, armazenagem e o fluxo de informações envolvidos nestes processos são atribuições típicas do departamento de logística de uma empresa. (BALLOU, 1993, p. 23-24).

Concordando com Ballou (1993), Ching (2001, p. 26) descreve que:

A logística empresarial estuda como a administração pode prover melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, por meio de planejamento, organização e controles efetivos para as atividades de movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos.

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Desenvolvendo um pouco mais, Ballou (1993, p. 23) afirma que:

Vencer tempo e distância na movimentação de bens ou na entrega de serviços de forma eficaz e eficiente é a tarefa do profissional de logística. Ou seja, sua missão é colocar as mercadorias ou os serviços certos no lugar e no instante corretos e na condição desejada, ao menor custo possível.

A logística empresarial é muito mais que uma estratégia. É a integração de

todas as áreas organizacionais em busca de velocidade a agilidade, os quais são

dois fatores promotores do sucesso nas organizações.

A logística empresarial trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento com o propósito de providenciar níveis adequados aos clientes a um custo razoável. (BALLOU, 1993, p. 24).

Sobre o aspecto funcional da logística dentro das organizações, Ching (2001)

defende que a logística empresarial deve responder por toda movimentação de

materiais, dentro do ambiente interno assim como no externo da empresa, e inicia-se

desde a chegada da matéria-prima até a entrega do produto final ao cliente e

também subdivide as atividades logísticas em atividades primárias e atividades

secundárias.

A logística empresarial estuda como a administração pode prover melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, por meio de planejamento, organização e controle efetivos para as atividades de movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos (CHING, 1999, p. 26).

Dessa forma, a logística empresarial é a responsável pela movimentação de

produtos através da utilização de equipamentos, mão-de-obra e instalações

adequadas, para poder obter com a soma destas atividades, o máximo proveito dos

resultados e uso dos materiais envolvidos.

Segundo Porter (1989), o conceito da logística empresarial se divide em duas

categorias, conforme segue:

a) Logística interna: atividades relacionadas ao recebimento, armazenagem

e distribuição de insumos no produto, como manuseio de material,

armazenagem, controle de estoque, programação de frotas, veículos e

devolução para fornecedores;

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b) Logística externa: atividades associadas à coleta, armazenagem e

distribuição física do produto para compradores, como armazenagem de

produtos acabados, manuseio de materiais, operação de veículos de

entrega, processamentos de pedidos e programação.

De todas essas considerações, fica evidente que a logística empresarial é

como um todo, um processo de gestão do fluxo de bens e serviços de uma

organização.

2.1.2 Logística de serviço ao cliente

Para desempenhar um relacionamento de qualidade sobre as vendas em

busca de um maior atrativo para os clientes, é necessário que haja um atrativo nos

processos executados pela empresa, para que esta possa sobressair-se sobre a

concorrência.

Para Ballou (2001), o serviço ao cliente aponta para a cadeia de atividades de

satisfação de vendas, a qual começa com a entrada do pedido e termina com a

entrega do produto ao cliente, e em alguns casos, continuando com algum suporte

técnico.

Ainda de acordo com Ballou (2001, p. 25) “A logística diz respeito à criação de

valor – valor para clientes e fornecedores de empresa e valor para os acionistas de

empresa, sendo que o valor em logística é expresso em termos de tempo e lugar”.

De acordo com Ballou (2001, p. 78) os elementos de serviço ao cliente estão

agrupados da seguinte maneira: elementos de pré-transação, transação e pós-

transação.

a) Elementos de pré-transação: propiciar um bom serviço ao cliente e

providenciar uma declaração da política de serviços ao cliente.

b) Elementos de transação: são os que resultam diretamente na entrega do

produto ao cliente.

c) Elementos de pós-transação: é o total de serviços necessários para dar

suporte ao produto e proteger os consumidores de qualquer

eventualidade.

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De acordo com Bowersox e Closs (2009, p. 71):

O serviço ao cliente é um processo cujo objetivo é fornecer benefícios significativos de valor agregado à cadeia de suprimento de maneira eficiente em termos de custo. Esta definição mostra a tendência de se considerar o serviço ao cliente como uma atividade decorrente de um processo sujeito aos conceitos de gerenciamento da cadeia de suprimento.

Para Kobayashi (2000, p. 47) cada empresa possui um determinado tipo de

cliente e os serviços logísticos utilizados se diferem de acordo com o nível de

exigência do cliente.

Os profissionais de logística percebem que as vendas podem ser afetadas se

o nível de serviço fornecido ao cliente não estiver diferenciado ou qualificadamente

avançado em relação à concorrência.

Partindo deste princípio, a organização que determinar a logística de serviço

ao cliente baseado em suas necessidades e puder atender a transação comercial

envolvida, ganhará em excelência de vendas e controle do processo envolvido.

Assim sendo, Kobayashi (2000) projeta alguns aspectos físicos que não

correspondem ao que os clientes esperam. Tais características são a seguir

apresentadas:

Prevenção dos materiais que faltam:

Para Kobayashi (2000, p. 54), os materiais indisponíveis no momento da

aquisição pelo cliente, são fatais para sua mudança de fornecedor. A falta de um

produto frustra seus anseios, gerando desconfiança e insatisfação. Esta

indisponibilidade de materiais, de acordo com Kobayashi (2000, p. 55), é relacionada

a algumas razões:

a) Falta de clareza sobre as quantidades de estoque;

b) Notáveis variações nas quantidades programadas para as vendas;

c) Previsões feitas muito antecipadamente em virtude dos tempos de

produção;

d) Atrasos no programa de produção;

e) Falta de um conhecimento exato da situação relativa ao estoque;

f) Falta de ordem nos depósitos: se os materiais existem, não se sabem onde

se encontram.

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Prevenção dos erros na expedição:

Além da falta do produto específico em estoque, segundo Kobayashi (2000, p.

59), alguns erros são cometidos na expedição, tais como:

a) Erros no tipo de mercadoria expedida;

b) Erros na quantidade fornecida;

c) Erros na destinação da entrega;

d) Erros na confecção da embalagem.

Se no contexto empresarial há um relacionamento fiel entre fornecedor e

comprador, alguns erros podem se tornar até aceitáveis, desde que esclarecidos e

solucionados o mais rápido possível.

A similaridade de produtos armazenados em locais não especificados,

embalados e identificados de maneira incorreta podem levar ao erro. Conforme

Kobayashi (2000, p. 59), a primeira regra para evitar erros é a correspondência entre

a indicação na prateleira e os produtos ali colocados. A segunda regra expõe que os

produtos devem ser armazenados de forma que possam ser distinguidos facilmente.

Deve-se cuidar na qualidade do serviço prestado aos clientes. Os custos

envolvidos nessa atividade normalmente estão incluídos no valor do produto. Assim,

um adequado leiaute de armazenagem e manuseio de produtos terá como resultado

a redução do custo final do produto, aumentando a lucratividade para organização.

Desta maneira, os clientes são responsáveis pela conquista financeira e de

mercado da empresa em seu meio de atuação. Todavia, como afirma Ballou, (2001,

p. 86), devemos recompensar e criar lealdade entre os clientes atuais ao invés de

gastar uma grande quantia de tempo e dinheiro para trazer os desertores de volta.

2.2 ADMINISTRAÇÃO DE ESTOQUES

A necessidade de comprar cada vez melhor, bem como a necessidade de

estocar em níveis adequados, constitui condição essencial à garantia de

manutenção da sobrevivência de uma empresa. Assim, a administração de estoques

desempenha grande importância em uma empresa.

Manter o estoque dentro da organização para seu ideal funcionamento gera

questionamentos por parte do gerente de estoques no quesito como, quanto e como

aproveitar o máximo volume, utilizando do espaço físico disponível.

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De acordo com Bowersox e Closs (2001, p. 41) “o objetivo da administração

de estoques é fornecer o serviço desejado ao cliente mantendo o mínimo em

estoque, consistente e com o menor custo total possível”.

Segundo Dias (1995, p. 11), o importante é otimizar o investimento em

estoque, aumentando o uso eficiente dos meios de planejamento e controle,

minimizando as necessidades de capital para o estoque.

Para Slack et al. (2002, p. 380) manter produtos em estoque representa

riscos, pois estes podem deteriorar-se, tornar-se obsoletos ou perder-se, além de

ocuparem valioso espaço.

Simultaneamente a administração de estoques deve minimizar o capital total investido em estoques, pois ele é caro e aumenta continuamente, uma vez que o custo financeiro aumenta. Sem estoque é impossível uma empresa trabalhar, pois ele funciona como um amortecedor em vários estágios da produção até a venda final do produto. (DIAS, 1995, p. 23).

De acordo com Ballou (1993, p. 66) estoques são benéficos ao sistema de

suprimento, pois garantem maior disponibilidade de componentes para a linha de

produção, diminuem o tempo dedicado pela administração para manter a

disponibilidade desejada, e podem diminuir os custos de transporte.

A finalidade de possuir estoque é poder fornecer a quantidade desejada e no

tempo exigido, conforme solicitado pelo cliente. Desta maneira, um estoque bem

gerenciado fornece vantagem competitiva, minimiza custos de aquisição e

manutenção, além de evitar desperdícios e obsolescência. Seu planejamento tem

por objetivo estabelecer os níveis de estoque adequados para atender a demanda

com os níveis de serviço desejados.

Slack et al. (2002, p. 382) consideram a necessidade de estoque, pois há

diferenças na taxa de oferta e demanda.

A manutenção de estoques trás vantagens e desvantagens as empresas. Vantagens no que se refere ao pronto atendimento aos clientes, e desvantagens no que se refere aos custos decorrentes de sua manutenção. Compete ao administrador de materiais encontrar o ponto de equilíbrio adequado a empresa em certo momento, embora os benefícios decorrentes do pronto atendimento sejam mais difíceis de ser avaliados do que os custos decorrentes. (MARTINS, 1999, p. 152).

A avaliação positiva em manter estoque necessita de grande grau de

competência empresarial para julgar seu benefício. Para que sua importância possa

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beneficiar todas as áreas envolvidas, a administração de estoques contribui para

manter o elo entre oferta e demanda, sazonalidade ou promoções.

O administrador pode vir a se deparar com um terrível dilema que é o

causador da inadequada gestão de estoques de materiais em uma empresa. Este

dilema é o julgamento em manter o capital de giro da empresa e seu custo,

simplesmente depositado, depreciando no depósito.

Entretanto, como é impossível determinar a demanda futura, e os suprimentos

muitas vezes estão restritos a condições temporais e espaciais, o acumulo de

estoque deve assegurar sua disponibilidade no momento de sua necessidade.

Para Bowersox e Closs (2001, p. 255) o controle do estoque é um

procedimento rotineiro necessário ao cumprimento de uma correta política de

estoques. Este controle preciso abrange as quantidades disponíveis e sua

determinada localização, acompanhando as variações de entrada e saída ao longo

do tempo.

Hansen e Mowen (2001, p. 737) afirmam que:

Gerir os níveis de estoque é fundamental para estabelecer uma vantagem competitiva a longo prazo. Qualidade, engenharia do produto, preços, horas extras, capacidade excessiva, habilidade em reagir aos clientes (desempenho da data de vencimento), prazos de entrega e rentabilidade geral são todos afetados pelos níveis de estoque. A gestão de estoque está fortemente relacionada com a habilidade das empresas de se tornarem fortes competidoras agora, e no futuro.

Segundo Bowersox e Closs (2001, p. 255), o procedimento para controle de

estoque faz-se de dois modos:

a) Permanente: os procedimentos de controle permanente são executados

diariamente, a fim de verificar a necessidade de ressuprimento. Este

método exige o uso de sistemas informatizados;

b) Periódicos: este procedimento de controle é exercido sobre cada item, em

intervalos regulares, semanal ou mensal.

A administração de estoques exige do administrador a experiência

mercadológica e o conhecimento necessário para executar uma estratégia perfeita,

atribuindo valor ao produto armazenado como razão de manter o cliente fiel à

empresa, e o valor do capital envolvido no estoque. O capital envolvido no estoque

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gera custos de armazenagem, manutenção e depreciação, os quais não são

retornáveis para empresa.

2.3 ARMAZENAGEM

A armazenagem é a guarda temporária de produtos para posterior

distribuição. É uma preocupação constante dos administradores, pois os estoques

são necessários para o equilíbrio entre a demanda e a oferta. No entanto, as

empresas visam manter níveis de estoques baixos, pois estes geram custos

elevados: custo de pedido – custos associados ao processo de aquisição de

mercadorias; custos de manutenção – referentes a instalações; mão-de-obra e

equipamentos; custos de oportunidade – associados ao emprego do capital em

estoque (CHING, 1999).

Antigamente o almoxarifado era considerado um depósito de materiais,

inadequado às operações da empresa, onde os produtos eram acumulados de

qualquer forma, utilizando nem sempre de mão-de-obra qualificada.

Atualmente, a função primordial de um armazém é estocar mercadorias de

maneira ordenada e controlada, classificada e regular, a fim de suprir o interesse da

empresa em atender com satisfação o mercado consumidor.

O armazém é o espaço edificado destinado à recepção, guarda e preservação

de mercadorias, o qual deve ser dimensionado a partir de sua capacidade estática e

dinâmica. A capacidade estática é a o arranjo físico, ou seja, as características do

prédio. A capacidade dinâmica é o modelo gerencial adotado em relação aos

recursos a serem manejados. Ambas estão diretamente interligadas e influenciadas

uma pela outra e, conseqüentemente exigem que sua sincronia dependa do

planejamento de um leiaute eficiente.

Ballou, (1993) afirma que a armazenagem e estocagem de mercadorias

constituem funções essenciais do sistema logístico e que seus custos podem

absorver de 12 a 40% das despesas logísticas de uma empresa.

Para Dias (1995) uma correta administração do almoxarifado proporciona um

melhor aproveitamento de matéria-prima e dos meios de movimentação, evita

rejeição de peças devido a batidas e impactos, reduz as perdas de material no

manuseio e impede outros extravios, proporcionando economia nos custos logísticos

de movimentação.

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Por sua vez, Viana (2000, p. 140) destaca que os materiais armazenados

geram determinados custos que dependem de algumas variáveis, tais com:

a) Quantidade em estoque;

b) Tempo de permanência em estoque;

c) Mão-de-obra utilizada;

d) Encargos sociais;

e) Custos indiretos (luz, energia e outras despesas);

f) Depreciação.

De acordo com Moura (1998, p. 126) “o planejamento apropriado ajuda a

efetuar a movimentação e armazenagem eficiente e no final resulta em despesas

operacionais menores”.

Assim, através de uma padronização e de um planejamento apropriado, a

redução da quantidade de material armazenado deve ser controlada, e como

resultado, a velocidade com que entra e sai dos locais de armazenagem será

mensurada. A utilização de corretos equipamentos de armazenagem e

movimentação, atribuirão para que ocorra o aumento da eficiência e diminuição de

custos de operação.

As modalidades de custos estão relacionadas com todo tipo de mercadoria

armazenada, independente do tamanho e quantidade. Cabe à empresa definir o

modelo de aquisição a fim de reduzir os custos de armazenagem e alcançar um

nível de excelência em sua lucratividade esperada.

Assim, alguns cuidados devem ser observados: (Viana, 2000, p. 309):

a) Determinação do local, em recinto coberto ou não;

b) Definição adequada do leiaute;

c) Definição de uma política de preservação, com embalagens plenamente

convenientes aos materiais;

d) Ordem, arrumação e limpeza, de forma constante;

e) Segurança patrimonial.

Para Kobayashi (2000, p. 142) as modalidades de armazenagem devem ser

examinadas da seguinte maneira:

a) Características: aspectos físicos, forma, peso;

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b) Condições de armazenagem: grau de periculosidade, temperatura,

umidade;

c) Unidade de expedição: quantidade, freqüência e destino;

d) Número de artigos: quantidade elevada ou reduzida.

Para Martins (2000, p. 23) “o armazenamento é uma atividade especializada e

consiste em armazenar adequadamente os materiais para que seja possível sua

rápida recuperação e a manutenção dos níveis de qualidade e para que a entrega

seja facilitada”.

De acordo com Viana (2000, p. 205), o processo de armazenagem deve ser

avaliado da seguinte maneira:

a) Local adequado para armazenagem;

b) Fácil acesso, corredores de fácil mobilidade;

c) Tipo de armazenagem adequado;

d) Identificação das mercadorias armazenadas;

e) Sistema de controle de estoque;

f) Rodízio de estoque de acordo com as datas de validade;

g) Embalagens adequadas quanto ao tipo de manuseio.

O armazenamento de produtos é uma atividade do fluxograma de materiais, o

qual consiste em, de modo eficiente, movimentar os produtos desde seu

recebimento à sua entrega.

2.3.1 Objetivo da Armazenagem

O objetivo da armazenagem é proporcionar com segurança e de forma

agilizada uma maneira eficiente para alocar os diversos produtos existentes na

empresa, independente do tamanho, forma ou especificações técnicas pertinentes, e

que possa contribuir para uma melhoria da eficiência das organizações.

A armazenagem passa a representar um instrumento de grande importância

no que diz respeito à competitividade.

De acordo com Viana (2000, p. 278) “a melhor forma de guardar é aquela que

maximiza o espaço disponível nas três dimensões do prédio: comprimento, largura e

altura”.

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Ainda para Viana (2000, p. 308) “o objetivo primordial do armazenamento é

utilizar o espaço nas três dimensões, da maneira mais eficiente possível. As

instalações do armazém devem proporcionar a movimentação rápida e fácil de

suprimentos, desde o recebimento até a expedição”.

Moura, (1998, p. 96) afirma que “o aproveitamento dos espaços verticais

contribui para o descongestionamento das áreas de armazenagem e para a redução

dos custos unitários de estocagem”.

O gerenciamento de um armazém deve ter como objetivo possuir o material

certo, na quantidade esperada, no lugar demarcado, com especificação correta, a

custos e preços econômicos. Este é um dos conceitos atribuídos à logística, que tem

como foco, corresponder às necessidades da cadeia de abastecimento em suprir e

distribuir os produtos utilizando o modelo mais econômico e eficiente.

Rodrigues (2007, p. 20), afirma que um dos princípios básicos da

armazenagem é o planejamento, que consiste em:

Avaliar previamente a área de armazenagem antes da contratação de um lote a ser armazenado, verificando a existência de efetivas condições físicas e técnicas para receber, armazenar, controlar e entregar adequadamente, observando natureza, peso e dimensões unitárias, características de manuseio e segurança.

Desta maneira, após seu recebimento, os produtos devem ser armazenados

em locais específicos no armazém, utilizando-se de prateleiras, estantes ou

estrados, de acordo com sua natureza física e suas condicionantes de

movimentação, como será exposto a seguir.

2.3.2 Funções da armazenagem

O armazém possui a designação de manter as mercadorias em condições

favoráveis para sua comercialização.

Moura (1998, p. 21) entende que:

Armazenar é uma função da logística que envolve o tratamento dos materiais entre o tempo de produção e sua venda ao usuário final. Em um sentido mais prático, armazenagem se refere à estocagem aliada a uma ampla gama de funções voltadas para movimentação, tais como consolidar, separar, classificar e preparar as mercadorias para redespacho.

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Para Ballou (1995) o armazém possui a função de executar os seguintes

serviços: abrigo, consolidação, transferência ou transbordo, agrupamento ou

composição, como especificado a seguir.

Abrigo de produtos – este serviço consiste em armazenar e guardar o

estoque gerado pela oferta e demanda.

Consolidação – quando a mercadoria é originada de diferentes fontes de

abastecimento, a empresa pode reduzir custos de transporte se as entregas forem

realizadas num único depósito, em que os produtos serão consolidados e

transportados até o destino final. Esse modelo de serviço é normalmente utilizado no

suprimento de materiais.

Transferência ou transbordo – a forma mais utilizada pelas empresas. Essa

modalidade consiste em fracionar o lote recebido em grandes volumes, para

quantidades menores, de acordo com a demanda dos clientes.

Agrupamento ou composição – utilizado para depósitos, consiste em

agrupar os itens de produtos quando a empresa possui uma extensa linha de

materiais e pode fabricá-los integralmente em cada uma das plantas industriais.

Messias (1983) é oportuno ao tratar do assunto quando define e estabelece

os propósitos da armazenagem. Para ele, esta é um conjunto de atividades

relacionadas com a função de abastecimento, utilizando-se de meios e métodos

adequados, segundo a instalação disposta; já os propósitos da armazenagem são

receber, estocar e distribuir materiais, considerando-se para tanto, o controle

coordenado de suas atividades.

2.3.3 Equipamentos de movimentação

A movimentação de materiais é um sistema de atividades interligadas,

incorporadas ao sistema de armazenamento. Essa deve atribuir cuidado aos

materiais movimentados, de acordo com sua fragilidade, dimensões ou peso,

necessitando para tal, embalagens e compostos de armazenagem adequados para

que não ocorram danos ao material.

Segundo Moura (1997) os equipamentos de movimentação e armazenagem

podem ser manuais, mecanizadas ou automatizadas. Para ele, portanto, tais

equipamentos identificam-se como:

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Veículos industriais – os equipamentos podem ser motorizados ou não,

elétricos ou a combustão, manejado por operador sentado, em pé, pedestre ou

automático. Utilizados para movimentar cargas intermitentes em percursos variáveis

e em espaços e superfícies apropriadas.

Usos e aplicações: muito utilizado em armazéns. Recomendados para plantas

que possuem muitos cruzamentos, pois são rápidos e flexíveis em relação

carga/descarga. Podem transportar cargas variadas, desde que acondicionadas de

acordo com o modelo de transporte utilizado.

Desvantagens: estas dependem, na maioria dos casos, da habilidade do

operador; da necessidade em requererem corredores largos e superfícies regulares

e resistentes, além de perderem eficiência em caso de congestionamentos.

Alguns modelos de veículos industriais:

Figura 2: Empilhadeira. Figura 3: Carrinho elétrico.

Figura 4: Carrinho hidráulico. Figura 5: Carrinho interno.

Fonte: Google 2011.

Fonte: Google 2011. Fonte: Google 2011.

Fonte: Google 2011.

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Equipamentos para elevação e transferência – utilizados para elevação e

transferência de produtos para pontos designados dentro de uma área fixa.

Normalmente a distância de deslocamento é curta e os materiais muitas vezes são

volumosos e desajeitados, tais como canteiro de obras e veículos industriais.

Vantagem: Grande capacidade de transporte; versatilidade quanto ao tipo de

material a ser transportado. Em condições ideais de uso, agilizam o fluxo e ocupam

pouco espaço.

Desvantagens: Valor de aquisição muito elevado; raio de ação limitada e

necessitam de infraestrutura especialmente projetada.

As figuras a seguir apresentam alguns exemplos de equipamentos de

elevação e transferência:

Figura 6: Guindaste hidráulico. Figura 7: Pontes rolantes.

Figura 8: Plataforma hidráulica veicular. Fig ura 9: Plataforma niveladora.

Fonte: Google 2011.

Fonte: Google 2011.

Fonte: Google 2011. Fonte: Google 2011.

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Transportadores contínuos – equipamentos formados por sistema

deslizante sobre elementos rolantes, nivelada ou inclinada, acionados por correias

ou correntes de movimentação contínua através de polias ou correntes.

Utilizados onde os fluxos de montagens em série são contínuos e em

percursos fixos.

Vantagens: baixo custo por unidade transportada, adaptável a outros

sistemas de movimentação; pode ser automatizado; ser instalado acima do nível do

piso e não depende de um operador.

Desvantagens: alto investimento inicial; onerosos em caso de mudança de

leiaute e pouco flexíveis na variação do tipo de carga/peso.

Alguns exemplos de transportadores contínuos:

Figura 10: Correia plana. Figura 11: Torre de trilho.

A aquisição de um sistema de movimentação deve ser planejada para sua

finalidade específica, pois a eficiência de movimentação de materiais depende

também do formato, tamanho e modelo de armazenagem das mercadorias.

2.3.4 Tipos de sistema de armazenagem

O sistema de armazenagem de materiais deve estar ligado diretamente à

atividade primária da empresa, de forma que possa responder as suas necessidade

de movimentação e distribuição, respeitando características de giro e volume, a fim

Fonte: Google 2011. Fonte: Google 2011.

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de otimizar o espaço e atingir uma melhor solução para conciliação entre sistema de

armazenagem, produto, e espaço físico.

De acordo com Guerra (2006) os sistemas de armazenagem são estruturas

metálicas de acondicionamento de matérias-primas ou de produtos acabados.

Ainda segundo Guerra (2006, p. 04):

Existem diversos tipos de equipamentos de armazenagem que são utilizados de acordo com alguns critérios a serem analisados tais como: tipo de produto a ser armazenado, área disponível, rotatividade, quantidade e seletividade dos produtos, variáveis de dimensões e de capacidade de carga.

Viana (2000, p. 60) vê dois tipos de armazenagem: a permanente e a

temporária. A primeira compreende materiais para os quais foram aprovados níveis

de estoque com parâmetros de ressuprimento estabelecidos para renovação

automática do estoque, devendo sempre existir saldo no almoxarifado; a segunda,

materiais que não sejam de estoque, que necessitam ficar estocados no

almoxarifado durante determinado tempo até sua utilização.

A seu turno, Guerra (2006, p. 05) compreende que os sistemas de

armazenagem podem ser classificados como sistema estático e sistema dinâmico.

Sistema estático: sistemas de armazenagem dos quais os produtos

estocados não sofrem movimentos internos após serem colocados manualmente ou

através de equipamentos de movimentação nas estruturas de armazenagem. Como

exemplo temos o porta-paletes convencional, drive-in e drive-thru e cantillever.

Sistema dinâmico: sistemas de armazenagem dos quais os produtos

estocados sofrem algum tipo de movimento interno após serem colocados

manualmente ou através de equipamentos de movimentação nas estruturas de

armazenagem. Como exemplo temos porta-paletes dinâmico, push-back e flow-rack.

Os tipos de sistema de armazenagem a serem utilizados devem respeitar a

correta utilização do espaço e os meios de movimentação disponíveis, a fim de

definir a largura mínima dos corredores e a altura máxima de empilhamento. Estes

parâmetros orientam na seleção dos tipos de estrutura para armazenagem e sua

funcionalidade, como segue:

Palete – de acordo com Bertaglia (2009, p. 309) “o palete é uma plataforma

fabricada de metal, madeira ou fibra, projetado para ser movimentado

mecanicamente”. É um sistema prático para unitização da carga que reduz custos na

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logística de armazenagem, transporte e movimentação, além de maior agilidade nos

tempos de cargas e descargas.

Figura 12: Palete de madeira. Figura 13: Palete de fibra.

Porta paletes convencional – solução mais utilizada para armazenagem de

produtos, por ser simples e adaptável a qualquer tipo de carga e volume. É uma

estrutura de armazenagem estática, sendo a mais conhecida e utilizada no mercado

devido a sua grande funcionalidade e praticidade. Neste sistema, os paletes são

armazenados e retirados individualmente por empilhadeiras que se movimentam nos

corredores.

Características:

a) Ideal para cargas paletizadas;

b) Movimentação de materiais através de empilhadeiras;

c) Comporta outros produtos, tais como, caçambas, bobinas, tambores, etc.;

d) Controle total do PEPS.

Figura 14: Porta paletes convencional.

Fonte: Google 2011.

Figura 15 – Porta Paletes Convencional

Fonte: Google 2011

Fonte: Google 2011. Fonte: Google 2011.

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Porta paletes drive-in e drive-thru – sistema de armazenagem de paletes

em que as empilhadeiras movimentam-se dentro da própria estrutura, ao longo de

“ruas”. Este tipo de estrutura é geralmente utilizado para materiais de pouca

variedade e de baixo giro.

No sistema Drive-in o último palete que entra é necessariamente o primeiro

palete a sair. Já no sistema Drive-thru não existe a necessidade do primeiro palete a

entrar ser o último a sair, ou seja, o primeiro palete que entra pode ser o primeiro a

sair.

Características:

a) Armazena aproximadamente o mesmo número de paletes de um seletivo

na metade do espaço;

b) Controle do PEPS e UEPS.

c) Gerenciamento de movimentação do produto por lotes de produção;

d) Movimentação de materiais através de empilhadeiras;

Figura 15: Porta paletes drive-in e drive-thru.

Porta paletes flow-rack – sistema utilizado geralmente para armazenagem

manual de caixas plásticas em conjunto com linhas de transportadores para

produtos que serão embalados e posteriormente expedidos. O Flow-rack é

constituído geralmente por pistas com rodízios plásticos inclinados, no qual as

caixas são colocadas em sequência de um lado e retiradas do outro, onde são

esvaziadas em caixas para embalagem nas linhas de transportadores.

Características:

a) Alta velocidade na preparação para distribuição;

Fonte: Google 2011.

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b) Sistema de controle PEPS;

c) Deslocamento por gravidade;

d) Movimentação de materiais através de empilhadeiras;

e) Pode ser integrado a outros tipos de equipamentos de armazenagem e

movimentação de materiais;

Figura 16: Porta paletes flow-rack.

Porta paletes push-back – sistema de armazenagem dinâmica no qual os

paletes são armazenados sobre carrinhos colocados em trilhos e empurrados pelos

paletes estocados sequencialmente nos módulos.

Características:

a) Trilho com pequena inclinação para descida do palete;

b) Sistema de controle UEPS;

c) Movimentação de materiais através de empilhadeiras;

d) Pode ser integrado a outros tipos de equipamentos de armazenagem e

movimentação de materiais.

Figura 17: Porta paletes p ush-back.

Fonte: Google 2011.

Fonte: Google 2011.

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Porta paletes power-rack – sistema de armazenagem de porta paletes

deslizantes sobre base móveis motorizadas eletricamente que se movimentam sobre

trilhos aplicados no chão.

Este sistema permite ao operador da empilhadeira abrir o corredor de que

necessita através de um comando. Esta solução permite aproveitar até 85% da

superfície em armazenagem.

Figura 18: Porta paletes power-rack.

Porta paletes dinâmico – sistema, derivado do “Drive-thru”, onde os planos

de carga estáticos são substituídos por pistas de roletes ligeiramente inclinadas

descendentes no sentido da entrada para a saída. O material entra por um lado

movimentando-se lentamente, por força da gravidade, para o lado onde é

selecionado.

Figura 19: Porta paletes dinâmico.

Fonte: Google 2011.

Fonte: Google 2011.

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Estantes – sistema de armazenagem geralmente manual, utilizado para

armazenamento de cargas consideradas baixas e de pouca rotatividade.

Normalmente são confeccionadas com colunas em formato de "L" podendo possuir

diversos acessórios, tais como: gaveteiros, retentores e escadas tipo farmácias

dentre outros.

Figura 20: Estantes.

Mezanino – estrutura de armazenagem pesada com a finalidade de

aproveitar o pé direito de uma determinada área. Utilizado basicamente para

armazenagem de caixas, produtos a granel e sacarias, podendo ser usado também

como escritório.

Figura 21: Mezanino.

Cantillever – estrutura geralmente utilizada para armazenagem de produtos

com dimensões e formas variados, tais como tubos metálicos ou de PVC, madeiras,

móveis, entre outros.

Fonte: Google 2011.

Fonte: Google 2011.

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42

Fonte: Google 2011.

Figura 22: Cant illever.

A estrutura de um armazém por si só não caracteriza uma empresa, a não ser

que disponha de um sistema, para a ajustagem dos produtos em seus locais

devidos. Para tanto, é necessário utilizar-se de leiaute apropriado às necessidades

da empresa.

2.4 LEIAUTE

De acordo com Viana (2000, p. 309), leiaute é desenho, plano, esquema, “é o

modo pelo qual ao se inserirem figuras e gravuras surge uma planta, podendo-se,

por conseguinte, afirmar que o leiaute é uma maquete no papel”.

Para Viana (2000, p. 310) “o arranjo físico é representado pelo leiaute, que

significa colocar, dispor, ocupar, localizar, assentar. O leiaute é o gráfico que

representa a disposição espacial, a área ocupada e a localização dos equipamentos,

pessoas e materiais”.

Para Cury (2005, p. 396):

O leiaute corresponde ao arranjo físico de diversos pontos de trabalho nos espaços existentes na organização, envolvendo além da preocupação de melhor adaptar as pessoas ao ambiente de trabalho, segundo a natureza das atividades desempenhadas, aa arrumação dos móveis, máquinas, equipamentos e matérias-primas.

Entende-se que organizar, além de ser um dos requisitos do processo

administrativo, é um dos fatores que deve ser estudado detalhadamente na hora de

planejar um leiaute.

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Para Bowersox e Closs (2009, p. 348) “o projeto de um depósito é importante

para a determinação da eficiência do manuseio de materiais, sendo fator vital para

que se consigam aumentos na produtividade da mão-de-obra”.

A primeira necessidade sentida do leiaute ocorre quando da implantação de um deposito; está presente desde a fase inicial do projeto até a etapa da operacionalização, influindo na seleção do local, projeto de construção, localização de equipamentos e materiais, estocagem, expedição e dezenas de detalhes que vão desde a topografia do terreno até a presença ou não de janelas. O regime de atendimento e os tipos de produtos a serem estocados são os parâmetros em torno dos quais os especialistas em leiaute fazem seus estudos que tem sempre como finalidade cercar os projetos de todas as condições que possibilitem uma operação dentro de um ótimo nível de economia e rendimento. (DIAS, 1993, p. 137).

O modelo de leiaute desenhado pela organização deve ser muito bem

analisado, pois compreende um processo que não pode ser alterado

constantemente. Para desenhar um leiaute que funcione de maneira eficiente, é

necessário efetuar uma avaliação completa do fluxo de mercadorias e materiais a

serem estocados, e a movimentação de funcionários e equipamentos. O desenho de

leiaute planejado é imprescindível para obter o melhor espaço e economia de acordo

com o objetivo do armazém.

Deve-se considerar em um projeto de leiaute, segundo Bowersox e Closs

(2001, p. 330), o número de andares, altura útil disponível e o fluxo de produtos

armazenados.

A realização de uma operação eficiente e efetiva de armazenagem depende muito da existência de um bom leiaute, que determina, tipicamente, o grau de acesso ao material, os modelos de fluxo de material, os locais de áreas obstruídas, a eficiência da mão-de-obra e a segurança do pessoal e do armazém. (VIANA, 2000, p. 309).

Dias (1993, p. 138), contribui ao defender que:

Não existe um critério para se avaliar a adequação de um leiaute a determinada atividade. Tudo depende da meta a ser atingida e dos fatores que influem no fluxograma típico para atividade considerada. Assim, em alguns casos, pode interessar mais a redução máxima da movimentação interna; em outros, o custo mínimo da estocagem, ou ainda, a estocagem máxima independente do custo, para atender a certos picos ou regimes anormais de vendas.

Para alcançar o propósito de eficiência das movimentações de mercadorias

dentro de um armazém, é necessário considerar a capacidade de estocagem

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vertical, a distância entre os produtos dispostos e também os equipamentos de

movimentação interna.

A eficiência das movimentações de mercadorias dentro do armazém depende

fundamentalmente da capacidade de estocagem vertical, da disposição dos

produtos e dos equipamentos para movimentação interna, todos previamente

projetados no planejamento do leiaute.

2.4.1 Objetivos do leiaute

O leiaute tem por objetivo estruturar a distribuição física dos equipamentos,

pessoas e materiais de maneira que se tornem racionalmente mais produtivas

quando combinada adequadamente.

Segundo Cury (2000, p. 386) um leiaute independentemente da atividade

desempenhada, deve proporcionar o arranjo dos diversos postos de trabalho,

máquinas e materiais de maneira mais adequada ao processo produtivo.

Nos termos de Chiavenato (1991, p. 119) o leiaute tem os seguintes objetivos:

a) Integrar máquinas, pessoas e materiais para possibilitar uma produção

eficiente;

b) Reduzir transportes e movimentos de materiais;

c) Permitir um fluxo regular de materiais e produtos ao longo do processo

produtivo, evitando gargalos de produção;

d) Proporcionar utilização eficiente do espaço ocupado;

e) Facilitar e melhorar as condições de trabalho;

f) Permitir flexibilidade, a fim de atender possíveis mudanças.

De acordo com Viana (2000, p. 310), o processo metodológico para projetar

um leiaute de armazém pode ser descrito em cinco passos:

a) Definir a localização de todos os obstáculos;

b) Localizar as áreas de recebimento e expedição;

c) Localizar as áreas primárias, secundárias, de separação de pedidos e de

estocagem;

d) Definir o sistema de localização de estoque;

e) Avaliar as alternativas de leiaute de armazém.

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Dias (1993, p. 142), conforme segue, propõe que, para a melhoria de

circulação de materiais e para o ganho de espaço, sejam observados os seguintes

passos:

a) Procurar plantas dos edifícios e das utilidades ou, se não for possível

encontrá-las, refazê-las;

b) Traçar os fluxos dos produtos mais importantes;

c) Rever a política de abastecimento de matérias-primas, a fim de tentar

reduzir os estoques e ganhar espaço no almoxarifado;

d) Rever a política de armazenamento de produtos acabados, a fim de tentar

reduzir estoques destes e ganhar espaço na expedição;

e) Tentar ganhar espaço vertical, procurando empilhá-los ao máximo;

f) Alugar depósitos auxiliares para estocar matérias-primas e produtos

acabados;

g) Enterrar tanques de óleo combustível, solventes e demais líquidos.

Na mesma linha de raciocínio, Martins (2000) defende que um sistema de

armazenamento adequado deve:

a) Permitir o sistema PEPS (Primeiro a entrar, primeiro a sair);

b) Manter a qualidade dos materiais, cuidando para que a estocagem não

altere suas características;

c) Manter a identificação clara dos materiais;

d) Manter o controle sobre a quantidade estocada;

e) Promover a racionalização dos materiais, identificando materiais sem

movimentação, materiais idênticos estocados sob diferentes

denominações, materiais inservíveis, materiais estocados em excesso

com relação às necessidades;

f) Diminuir constantemente o espaço alocado à estocagem dos materiais;

g) Diminuir os custos relacionados à estocagem;

h) Manter um sistema de informações rápido e eficaz para os clientes dos

materiais.

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2.4.2 Tipos de leiaute

Há quatro tipos de leiautes para instalação de manufatura, segundo Gaither

(2002, p. 199): processo, produto, manufatura celular e posição fixa.

Leiautes por processo – as máquinas são organizadas de acordo com o tipo

de processo que é executado. Esses Leiaute exigem planejamento contínuo,

programação e funções de controle para assegurar uma quantidade ótima de

trabalho em cada departamento e em cada estação de trabalho.

Características:

a) Flexível para atender a mudança de mercado;

b) Atende a produtos diversificados e qualidades variáveis;

c) Apresenta um fluxo longo dentro da fábrica;

d) Adequada à produção diversificada para pequenas e médias quantidades;

e) Possibilita uma relativa satisfação no trabalho.

Leiautes por produto – são idealizados para acomodar somente alguns

poucos projetos de produto. São projetados para permitir o fluxo linear de materiais

ao longo da instalação que faz os produtos.

Características:

a) Para produção com pouca ou nenhuma diversificação, em quantidade

constante ao longo do tempo e em grande quantidade;

b) Alto investimento em máquinas;

c) Costuma gerar monotonia e estresse entre os operadores;

d) Pode apresentar problemas com relação à quantidade dos produtos

fabricados.

Leiautes de manufatura celular – as máquinas são agrupadas em células, e

estas funcionam de uma forma semelhante a uma ilha de leiaute de produção, cada

célula é formada para produzir uma única família de peças.

Características:

a) Relativa flexibilidade quanto ao tamanho dos lotes por produto;

b) Específico para uma família de produtos;

c) Diminui o transporte de material;

d) Diminui os estoques;

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e) Centraliza a responsabilidade sobre o produto final fabricado;

f) Enseja a satisfação no trabalho;

g) Permite elevado nível de qualidade e de produtividade;

Leiautes por posição fixa – o produto permanece numa posição fixa. Este

tipo de leiaute é usado quando um produto é muito volumoso, grande, pesado ou

frágil.

Características:

a) Para um produto único, em quantidade pequena ou unitária, em geral não

repetitivo e geralmente para produtos de grandes dimensões físicas.

b) Difícil coordenação do trabalho, o que gera baixa eficiência e altos custos.

Para Slack (2002, p. 201) destaca ainda o modelo de arranjo físico misto,

onde elementos de alguns ou todos os tipos básicos de arranjos físicos se

combinam ou utilizam de tipos básicos de arranjo físico em diferentes partes da

operação.

Ainda para Slack (2002, p. 214) a decisão de qual dos quatro tipos de arranjo

físico citados anteriormente deve ser adotada, é influenciada por um entendimento

das vantagens e desvantagens de cada um deles, como segue:

Figura 23: Vantagens e desvantagens dos arranjos fí sicos.

LEIAUTE VANTAGENS DESVANTAGENS

Posicional

Flexibilidade muita alta de mix de produtos. Produto ou cliente não movido ou perturbado. Alta variedade de tarefas para a mão-de-obra.

Custos unitários muito altos. Programação de espaço ou atividades pode ser complexa. Pode significar muita movimentação de equipamentos e mão-de-obra.

Processo

Alta flexibilidade de mix e produto. Relativamente robusto em caso de interrupção de etapas. Supervisão de equipamentos e instalações relativamente fácil.

Baixa utilização de recursos. Pode ter alto estoque em processo ou filas de cliente. Fluxo completo pode ser difícil de controlar.

Celular

Pode dar um bom equilíbrio entre o custo e flexibilidade para operações com variedade relativamente alta. Atravessamento rápido. Trabalho em grupo pode resultar em melhor motivação.

Pode ser caro para reconfigurar o arranjo físico atual. Pode requerer capacidade adicional. Pode reduzir níveis de utilização de recursos.

Produto

Baixos custos unitários para altos volumes. Dá oportunidade para especialização e equipamento. Movimentação conveniente de clientes e materiais.

Pode ter baixa flexibilidade de mix. Não muito robusto contra interrupções. Trabalho pode ser repetitivo.

Fonte: Slack (2002).

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Finalizando a classificação dos tipos de leiaute, Slack (2002) considera que

há muitos objetivos relevantes para cada operação a ser realizada, e estas devem

ser detalhadamente inseridas no arranjo físico, tais como: segurança (processos que

representam perigo), clareza do fluxo (sinalização de forma clara), conforto da mão-

de-obra (ambiente agradável para o trabalho), entre outras.

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3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

Este trabalho tem características de pesquisa de campo e de pesquisa

aplicada. Segundo Vergara (1998), a pesquisa aplicada é fundamentalmente

necessária para solucionar problemas concretos, e a pesquisa de campo, que é

realizada no local onde ocorre o evento em estudo, é de natureza empírica. A

pesquisa bibliográfica é, por conseguinte um fundamento metodológico especial.

O campo de pesquisa deste trabalho é, conforme dito, a Marpe Piscinas. Seu

foco principal é a otimização do processo logístico da empresa, dada a influência

que a logística exerce na operacionalização dos produtos por ela comercializados.

O trabalho desenvolve-se em três etapas: análise do sistema logístico da

empresa, estudo das técnicas de pesquisa operacional e a proposta de um modelo.

A análise do sistema caracteriza-se como sendo de natureza qualitativa, com

abordagem exploratória.

Segundo Roesch (1996, p. 146) a pesquisa qualitativa serve para uma melhor

avaliação de um programa ou plano, explorando as informações levantadas na

organização.

Já o método de observação sistemática, de acordo com Gil (1994), permite ao

pesquisador saber quais aspectos da organização são significativos para alcançar

os objetivos pretendidos; o método exploratório, por sua vez, tem por finalidade

esclarecer e/ou modificar conceitos e idéias.

Para Gil (2002, p. 41), a pesquisa exploratória objetiva ter maior familiaridade

com o problema focado, com vistas a sua clareza.

A técnica de pesquisa observatória será realizada de maneira informal, pois

de acordo com Mattar (2001, p. 23):

A observação informal em pesquisas exploratórias envolve nossa natural capacidade de observar continuamente objetos, comportamentos e fatos ao nosso redor. O processo de observação utilizado no dia-a-dia é chamado de observação informal não dirigida e a percepção e retenção do que é observado é muito pequena e vai depender dos interesses individuais e da capacidade de percepção do observador. Para utilização em pesquisas exploratórias, a observação deverá ser informal e dirigida, pois deverá estar centrada unicamente em observar objetos, comportamentos e fatos de interesse para o problema em estudo, mesmo que obtidos informalmente.

A coleta de dados secundários será desenvolvida através de pesquisa

documental e histórica, baseando-se em informações levantadas com base em

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planilhas de controle interno da empresa e, com base nestas, será possível efetuar o

levantamento de dados com extrema precisão e efetuar uma análise mais acurada

do conteúdo.

O estudo das técnicas e definição do modelo caracteriza-se como uma

pesquisa bibliográfica. De acordo com Roesch (1996, p. 99), a pesquisa bibliográfica

implica a leitura e compreensão de textos de autores diversos.

Uma vez colhidas as informações necessárias ao estudo, os dados serão

agrupados segundo sua importância, possibilitando sua melhor compreensão.

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4 LEVANTAMENTO E ANÁLISE DE DADOS

A partir deste capítulo será aplicado toda análise e resultado proposto para a

empresa Marpe Piscinas, a fim de alcançar o objetivo geral deste trabalho.

4.1 CARCTERIZAÇÃO DA EMPRESA

A empresa Marpe Piscinas está situada às margens da Rodovia Admar

Gonzaga, nº 890, bairro Itacorubi, Florianópolis – Santa Catarina em seu imóvel

próprio que possui 220 m² de área construída em um terreno de 345 m² desde o ano

de 1999. Conta com 7 funcionários em seu quadro de pessoal, executando funções

no setor administrativo, financeiro, vendas, logística e técnica.

Figura 24: Empresa Marpe Piscinas.

Fonte: Própria.

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Por estar inserida no segmento de artigos de lazer, a empresa trabalha com

diversos itens para piscina, tais como produtos químicos, acessórios em geral para

limpeza, infláveis, ombrelones, móveis em madeira, plástico e alumínio fundido.

Também possui em sua gama de produtos saunas, aquecedores de água, banheiras

de hidromassagem e produtos utilizados para lazer em praia, tais como cadeiras de

praia e guarda-sol.

Também possui uma extensa lista de peças de reposição para filtros,

motores, refletores para piscina, sauna e aquecedores. Estes consomem grande

área de depósito, não por sua quantidade estocada, e sim pela variedade

armazenada em diversos pontos do depósito.

Os serviços prestados pela empresa agregam valores aos produtos

comercializados, pois determinam condicionantes importantes para o cliente. Dentre

os serviços executados, pode-se destacar a assessoria técnica para construção de

piscinas de alvenaria e saunas, montagem de casa de máquinas e equipamentos

para manutenção, manutenção dos equipamentos e limpeza de piscinas.

Para satisfazer o interesse de seus clientes, a empresa comercializa produtos

das melhores marcas do segmento ao qual está inserida:

Figura 25: Algumas logomarcas de fornecedores.

Fonte: Própria.

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A empresa possui uma estrutura conforme nota-se no organograma,

representado na figura a seguir.

Figura 26: Organograma da empr esa.

Fonte: Própria.

O processo gerencial utilizado pela empresa relacionado ao seu planejamento

estratégico baseia-se em respeitar condições internas e externas, a fim de atingir

sua esperada evolução de forma crescente e com devida sustentação.

Desta maneira, a empresa modelou sua visão, missão e valores, como segue:

Missão:

Atender cada cliente de maneira única, suprindo suas necessidades e

expectativas diante de seu problema ou aquisição, buscando soluções rápidas e

inovadoras para seu lazer.

Visão:

Ser considerada pelos clientes a marca referência no mercado de piscinas,

móveis e acessórios para o lazer, através da qualidade contínua de produtos e

melhoria constante na prestação de nossos serviços.

Valores:

a) Respeito no relacionamento entre clientes, funcionários e fornecedores.

b) Ética e profissionalismo.

c) Familiaridade no tratamento de nossos clientes.

d) Transparência nos relacionamentos e negócios.

Diretor

Operacional

Administração

Técnica Logística

Comercial

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4.2 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS

Atualmente a empresa conta com um modelo de armazenagem adotado a

partir da necessidade no decorrer dos anos em que está instalada em sua sede

atual. Como esta não havia sido construída buscando um melhor aproveitamento do

espaço disponível para estoque, há muitos ambientes dentro do mesmo depósito,

onde seus produtos são acondicionados de acordo com sua necessidade física de

manuseio e armazenamento.

Para tanto, o interesse da empresa é a demolição do prédio atual e a

construção de uma nova sede. Desta maneira, o depósito será planejado com uma

estrutura dimensionada para atender a correta armazenagem de seus produtos.

A planta atual da empresa está dividida em 9 setores: 4 áreas para estoque,

refeitório, banheiro, salão de vendas e exposição interna, e duas áreas de exposição

externa. Cada uma delas compreende a necessidade da empresa em estocar e

apresentar para seus clientes os devidos produtos de seu interesse.

4.2.1 Planta do atual depósito

A planta do atual depósito utilizado pela empresa está dividida em quatro

áreas, como apresentado na imagem abaixo:

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Figura 27: Planta do atual depósito.

Fonte: Própria.

Em relação às 4 áreas destinadas ao estoque, estas estão divididas em

setores, de acordo com a natureza física de cada produto, especificadas como

segue:

4.2.1.1 Estoque 1

Produtos químicos que necessitam de acondicionamento especial devido sua

composição. Dentre estes produtos estão cloro granulado e cloro em tablete,

carbonato de sódio, hidrogenocarbonato de sódio e sulfato de alumínio.

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Figura 28: Estoque 01.

Fonte: Própria.

4.2.1.2 Estoque 2

Produtos diversos que devem ser guardados distante da umidade e luz solar.

Compreendem ombrelones, guarda-sóis, motores, móveis em alumínio fundido,

resistências para aquecedores e saunas, entre outras peças de reposição,

acondicionadas em gavetas e prateleiras diversas.

Figura 29: Estoque 02.

Fonte: Própria.

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4.2.1.3 Estoque 3

Peças de reposição diversas para motores, filtros e acessórios para piscina,

sendo utilizadas prateleiras e gavetões de plástico para uma melhor organização

dos produtos. Nesse ambiente encontram-se também acessórios para limpeza de

piscinas, cadeiras de praia, móveis em madeira e produtos químicos de natureza

neutra.

Figura 30: Estoque 03.

Fonte: Própria.

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4.2.1.4 Estoque 4

Utilizado para acondicionamento de móveis plásticos em geral, como

cadeiras, mesas e espreguiçadeiras. Essa área também é utilizada para

armazenagem temporária de produtos volumosos previamente vendidos.

Figura 31: Estoque 04. Fonte: Própria.

4.2.2 Gerenciamento dos produtos

Os produtos comercializados pela empresa que não possuem código de barra

e são recebidos em lotes diversos; eles são embalados em sacos plásticos

transparentes e recebem código de barra, produzido pelo sistema gerencial utilizado.

Logo que pronto para armazenagem, o produto recebe um código de

localidade, que indica seu endereço e número específico a fim de obter uma rápida

retirada do estoque na hora da venda.

Estas informações ficam disponíveis no sistema e disponível para o vendedor

quando este precisa buscar no estoque, como segue imagem do programa:

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Figura 32: Sistema de gerenciamento de estoque.

Fonte: Compufour Sistemas.

O modelo de gerenciamento de estoque e armazenamento utilizado

atualmente pela empresa está em conformidade com suas necessidades atuais. O

questionamento da gerência está em sua alteração de acordo com o projeto de

construção da nova sede, que é necessária para ampliar sua rede de negócios,

comercialização de novos produtos e melhor atendimento de seus clientes.

Como a empresa está com projeto aprovado na prefeitura e outros órgãos

pertinentes para construção de uma nova sede, haverá necessidade de dispor de

um modelo de armazenagem com um leiaute eficiente. Para tal, a proposta para um

novo leiaute segue uma especificação particular da empresa, baseada em sua

experiência em manter os produtos acondicionados corretamente, a fim de levar ao

cliente, produtos com qualidade inquestionável.

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4.3 DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL

A partir da observação dos estoques dentro do depósito; a maneira com o

qual os produtos são acondicionados e manejados pode-se obter diagnóstico de

alguns problemas, considerados os mais importantes na situação atual:

a) Elevada quantidade de degraus e rampas interligando os estoques;

b) Corredores pequenos que impossibilitam a utilização de equipamentos de

movimentação;

c) Não há setor específico para montagem de móveis e outros materiais.

Este ocorre sobre caixas de outros produtos;

d) Problemas na execução do PEPS – primeiro a entrar e primeiro a sair –

espaço indisponível movimentação interna;

e) Elevado serviço braçal para movimentação de produtos

volumosos/pesados;

f) Local inapropriado para setor de recebimento e liberação de mercadorias;

g) Espaço limitado e insuficiente para o setor de despacho;

Cita-se ainda que os problemas diagnosticados acarretam negatividade à

fatores externos, tais como:

a) Clientes insatisfeitos;

b) Perda de credibilidade;

c) Funcionários desmotivados.

Todos os problemas tendem a gerar no final de um período um saldo negativo

de despesas e irritabilidade dos gestores em relação às atividades executas de

maneira inapropriada.

A proposta seria dividir os setores de maneira com a qual homens, máquinas

e produtos possam interagir de maneira eficaz dentro do novo armazém, executando

as atividades de maneira ordenada, a fim de atingir o esperado pela empresa.

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5 PROPOSTA DE NOVO MODELO DE LEIAUTE PARA O NOVO DE PÓSITO

Partindo do projeto de construção da nova sede, pode-se elaborar a estrutura

de leiaute do novo depósito da empresa.

O modelo proposto é o de processo. Por esse modelo, os produtos

semelhantes são agrupados na mesma área, a fim de atender com flexibilidade sua

efetiva demanda. Assim, será possível trabalhar com uma variedade de produtos

personalizados em lotes, utilizando de pessoal e maquinário para sua devida

movimentação dentro do armazém.

O leiaute por processo é assim chamado por ser determinado

majoritariamente pela similaridade das funções e requisitos para funcionamento dos

setores englobados no processo. Isso significa que os produtos serão agrupados de

acordo com sua natureza física, grau de periculosidade, demanda e demais ações

executadas no depósito.

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Figura 33: Planta do novo depósito.

Fonte: Própria.

Na nova sede, o espaço disponível para armazenagem será de 319,90 m²

Este espaço será dividido em setores de acordo com o tipo de produto, e segundo

os procedimentos que devem ser efetuados, desde o seu recebimento até a sua

armazenagem.

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5.1 DIVISÃO DO ESPAÇO DISPONÍVEL PARA ARMAZENAGEM E MANUSEIO

DOS MATEIRIAS

A alocação dos espaços de cada setor foi baseada na experiência de

manuseio de materiais e procedimentos de armazenagem da empresa, tornando

possível o dimensionamento do espaço necessário para cada setor.

5.1.1 Recebimento e liberação de mercadorias

Trata-se aqui da área necessária ao recebimento dos produtos trazidos pelos

fornecedores, bem como para a conferência e entrada de materiais. Nessa área

também se procede a liberação do romaneio de entrega das mercadorias a distintos

clientes.

É também a área a ser utilizada durante a embalagem, a confecção de

etiquetas e codificação, para a posterior remessa ao setor pertinente.

Compreende em 22,7m² do espaço disponível.

5.1.2 Setor de peças e acessórios

Área destinada a diversos produtos menores, que requerem, para sua

armazenagem, prateleiras e gavetões plásticos pequenos. É uma área de grande

giro de materiais que necessitam de atenção especial na armazenagem, devido à

semelhança entre as peças de diferentes fornecedores.

Compreende em 78m² do espaço disponível.

5.1.3 Setor de móveis em geral

Compreende o espaço destinado a móveis de madeira, alumínio fundido e

plástico. Serão utilizadas prateleiras com regulagens que suportem caixas de

tamanhos diversos; trata-se de área de grande aproveitamento para qualquer tipo de

material, já que as regulagens permitirão armazenar inúmeros itens.

Compreende em 73,2m² do espaço disponível.

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5.1.4 Setor de produtos químicos

Espaço necessário para armazenagem e manuseio dos produtos químicos

comercializados pela empresa. Necessita de área arejada e protegida de luz solar.

Nesta área haverá fosso que permita a ventilação necessária à manutenção das

características originais dos produtos.

Compreende em 37,57m² do espaço disponível.

5.1.5 Setor de montagem

Nesta área estão produtos que devem ser entregues montados aos clientes.

Móveis em madeira e alumínio fundido serão aqui remanejados quando necessária

for a sua montagem. Este setor encontra-se na área central do depósito, para ficar

equidistante dos demais setores. Esta área destina-se também à armazenagem

provisória de produtos recebidos dos fornecedores, até sua remessa ao setor de

estocagem cabível.

Para execução destas atividades, será utilizada bancada de metal e madeira

carpetada, de tamanho apropriado para desempenho das atividades de montagem

de móveis. Necessária utilização deste modelo, a fim de manter os produtos livres

de arranhões e deficiências que possam comprometer a qualidade dos produtos.

Compreende em 12,35m² do espaço disponível.

5.1.6 Área de despacho

Aqui desembocam os produtos previamente montados, separados e liberados

para entrega, acompanhados da documentação fiscal necessária. Esta área, para

facilitação da coleta e manipulação dos produtos, fica próxima à saída dos veículos

de entrega.

Compreende em 25,58m² do espaço disponível.

A divisão do espaço disponível para armazenagem e manuseio dos materiais

foi elaborada visando à utilização do subsolo em único plano, para que assim seja

possível uma reorganização das mercadorias de forma lógica e prática, através da

utilização dos equipamentos de armazenagem e movimentação.

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A divisão dos espaços entre as prateleiras, porta-paletes e paletes segue

medidas específicas para circulação dos equipamentos de movimentação pelo

depósito, a fim de atender com eficiência seus procedimentos.

As medidas foram tomadas com base no tamanho de um palete, somado à

margem necessária de circulação, resultando em corredores de 1,35 metro de

largura aproximadamente.

Uma vez apresentada à divisão dos espaços, impõe-se tratar do manuseio

dos materiais, bem como de sua correta movimentação, manuseio e armazenagem.

5.2 PROPOSTA PARA MOVIMENTAÇÃO, MANUSEIO E ARMAZENAGEM DOS

MATERIAIS

Alguns dos materiais comercializados pela empresa necessitam de

ferramentas específicas para serem manuseados corretamente. Estes serão

movimentados e distribuídos de acordo com seu tamanho e peso, além do grau de

periculosidade oferecido.

O sistema de armazenagem proposto foi dimensionado, de modo especial,

para cada uma das áreas anteriormente citadas. Trata-se do sistema de

armazenagem estático, onde os materiais previamente adquiridos seguem um

parâmetro de estoque a fim de manter o ressuprimento necessário.

Uma vez elaborado o modelo de leiaute, deve-se cuidar da estrutura de

armazenagem dos produtos. Para a avaliação dessa estrutura, considerou-se a

estrutura vigente que observa medidas padrão e busca prospectar fornecedores de

modelos capazes de proporcionar o melhor aproveitamento do espaço físico.

Destacam-se a seguir os equipamentos necessários à movimentação,

manuseio e armazenagem dos materiais.

5.2.1 Setor de peças e acessórios

O equipamento de movimentação necessário é o carrinho interno, que

possibilita o manuseio de diversos itens de pequeno porte no mesmo veículo.

A estrutura de armazenagem para o setor de peças será composta por

estantes de metal e gavetões de plástico. Devido a grande quantidade de peças de

reposição e acessórios, fazem-se necessárias divisões para as peças de reposição

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de filtros e motores, peças para saunas e aquecedores, acessórios para piscina e

outros produtos alinhados às atividades da empresa.

Para as peças de reposição são necessárias 11 estantes de 5,70 metros de

comprimento, 1,90 metro de altura e 70 centímetros de profundidade – divididas em

03 prateleiras. Tais estantes devem ter cada um de seus compartimentos

identificados de modo que o usuário do sistema possa localizar com precisão e

rapidez os produtos nelas estocados.

5.2.2 Setor de móveis em geral

Devido ao grande porte dos produtos peculiares a este setor, faz-se

necessária a utilização de carrinho hidráulico para a sua movimentação, desde o

local de armazenagem até o setor de montagem.

A escolha de carrinho hidráulico para essa movimentação deve-se, de um

lado, a não emissão de gases tóxicos – importante para uma área coberta, como o

depósito a ser implantando, e também ao baixo custo do equipamento.

O sistema de armazenagem dos diversos móveis em estoque contempla

estrutura de metal do tipo porta-paletes com regulagem de altura. Tal modelo facilita

a armazenagem, pois os móveis em madeira e alumínio fundido são recebidos em

caixa de papelão, e por isso requerem manipulação conveniente. Já os móveis

plásticos são recebidos em fardos e, por isso, não necessitam estrutura especial.

Para ombrelones, cadeiras de praia e outros artigos de lazer, será utilizada a

mesma estrutura da dos móveis em geral, por terem tamanho relativamente grande,

quando comparado às outras estruturas.

5.2.3 Setor de produtos químicos

Como neste setor as mercadorias são recebidas em paletes, o mesmo

carrinho hidráulico será utilizado para sua movimentação.

Também importante destacar que algumas atividades relacionadas ao

manuseio de produtos químicos dependem da utilização de luvas e óculos de

proteção, a fim de manter a saúde e segurança na operacionalidade dos materiais

pelos funcionários.

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A correta armazenagem dos produtos químicos determina a utilização de

paletes de fibra e de estantes. Nos paletes de fibra, ficam armazenados os baldes,

facilitando com isso, sua manipulação. Os produtos químicos em frascos e pacotes

serão, em questão de seu volume individual, dispostos nas estantes, por tratarem-se

de produtos com embalagens diversas (frascos de 1 a 5 litros, pacotes de 1 ou 2

quilos e baldes de 2,5 a 10 quilos), torna-se fácil sua mobilidade quando da

estocagem, requerendo apenas o essencial cuidado no manuseio e no modo de

armazenar.

5.2.4 Área de despacho

Local destinado à entrega das mercadorias montadas e/ou separadas. Como

a atividade principal da empresa é a de comércio varejista, a saída das mercadorias

dá-se de modo intenso, em unidades. Em razão disso, o despacho faz-se

exclusivamente de modo manual, sendo desnecessária a utilização de

equipamentos específicos.

Nesta área, os produtos serão mantidos temporariamente até sua devida

retirada em 4 paletes de fibra e prateleiras posicionadas paralelamente a eles e

parede.

Necessária utilização deste sistema de armazenamento para manter os

produtos afastados da umidade e em uma fácil posição de coleta e manuseio.

O leiaute proposto compreende no objetivo da empresa em alocar seus itens

de maneira ordenada. Foi designado para cada setor uma forma adequada de

movimentação, manuseio, e armazenagem com o propósito de disponibilizar para os

departamentos responsáveis uma maneira eficiente de execução de suas atividades.

Com o proposto, a empresa obterá áreas específicas para seus produtos e a

execução das atividades a eles atribuídas, além de possibilitar eficiência em todo

sistema logístico e sua funcionalidade em questão.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através deste trabalho de conclusão de estágio, pode-se concluir que a

armazenagem é um processo de guarda temporária de itens até sua devida

comercialização. É através desse processo incumbido pela logística, que os

materiais são recebidos e distribuídos para os clientes de forma ordena e controlada

pela organização.

Entretanto, vários fatores estão interligados com o processo de

armazenagem. Esses fatores de fundamental importância para obtermos resultados

positivos na armazenagem são os equipamentos de movimentação e o leiaute

previamente elaborado.

O leiaute atribuído a este trabalho pode ser analisado através dos estudos

como uma ferramenta essencial para um melhor aproveitamento do espaço da

organização. Com base nos estudos aplicados, pode-se concluir que um leiaute

elaborado com base nos fins propostos pela organização, são de extrema

importância para que as atividades a ela atreladas possam ser coerentemente

aproveitadas, gerando diminuição de tempo na localização de produtos e sua devida

organização.

Observa-se que o presente estudo trouxe grandes contribuições para o

acadêmico, pois como este pertence ao grupo administrativo da organização, o

esclarecimento dos meios de armazenagem, meios de movimentação e leiaute,

proporcionou um melhor julgamento sobre as necessidades no proposto da

construção da nova sede.

Pode-se sugerir que após a finalização deste trabalho, sejam desenvolvidos

novos estudos para averiguação dos processos executados proposto por este

trabalho e sua contribuição para a organização. Após o levantamento e análise

destas informações por alguns meses, otimizar de maneira aprofundada este

proposto.

Desta maneira, pode-se considerar que os objetivos deste trabalho foram

alcançados, e os temas abordados no decorrer deste tema puderam proporcionar

ao acadêmico a prática na execução dos conceitos teóricos absorvidos no período

acadêmico.

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