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SÃO PAULO, 29 DE MAIO DE 2013.

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SÃO PAULO, 29 DE MAIO DE 2013.

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Hortas são abertas para plantar e colher

Comunidades mantêm canteiros urbanos em São Paulo; mais do que

produzir comida, eles mobilizam bairros

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Reportagem visitou nove locais; encontrou boas verduras, mas também

sujeira e cachorros transitando

Perto do encontro da avenida Paulista com a rua da Consolação, um canteiro de 30 m2 quase não chama a atenção de quem circula por ali. Mas quem se detém e observa melhor percebe que o pequeno verde no meio do concreto guarda pés de alface, manjericão e até café.

A chamada praça do Ciclista, ponto de encontro de cicloativistas, passou a receber o cultivo de hortaliças em outubro passado. A rega é feita todas as tardes por seis voluntários, que se revezam na manutenção da horta, sem cercas protetoras, rodeada por vias entre as mais movimentadas da cidade.

Ainda assim, plantas sem viço --e uma sujeira aqui e ali-- podem dar a impressão de certo ar de abandono.

Na horta do BNH, na Vila Madalena, as plantas são espalhadas por pontos dispersos na praça. A ausência de cercas permite que cachorros transitem por ali, livremente. O mesmo se observa na horta da Nascente, na Pompeia.

Além de receber ajuda em mutirões semanais, os voluntários fazem parte de um grupo que cuida de outras hortas comunitárias na cidade, os Hortelões Urbanos.

O grupo se formou pouco antes da criação da horta das Corujas, que ocupa 800 m2 da praça Dolores Ibarruri, na Vila Beatriz. Isolado do conglomerado urbano por árvores, o espaço é o mais bem organizado desse movimento.

Seus organizadores estão entre os poucos que estabeleceram um acordo, ainda que informal, com a subprefeitura e mantêm diálogo aberto com o poder público.

As demais hortas visitadas pela reportagem ainda não haviam estabelecido acordos com a prefeitura (leia ao lado).

Antes de começar a plantar, os voluntários da horta das Corujas bancaram análises do solo e da água. E um documento define diretrizes para a manutenção.

Os canteiros foram protegidos por uma cerca baixa, para evitar a circulação de animais --mas sem cadeado, para que os interessados circulem livremente.

Uma placa informa regras como a proibição do cultivo de árvores frutíferas (propícias para a formação de arbustos) e as datas de mutirões.

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O que é cultivado ali vai para a mesa de muita gente do bairro. "Nunca tinha comido um feijão que eu tinha plantado. Sentei para debulhar com a minha filha e foi muito gostoso", conta a jornalista Claudia Visoni, 47, uma das envolvidas na iniciativa.

A colheita não tem regras definidas, mas o dia a dia desses espaços leva a sério a ideia de comunitário.

Ainda que utensílios, mudas e adubo cheguem às vezes por meio de doações, são os próprios voluntários que se mobilizam para conseguir os materiais.

Além de produzir alimentos, essas hortas podem ter outros usos. Na da Vila Anglo, na Pompeia, os organizadores promovem oficinas de educação ambiental com crianças do bairro. (GUSTAVO SIMON E THIAGO MATTOS)

Quem monta uma horta em lugar público deve se preocupar com o solo.

Quem monta uma horta em lugar público deve se preocupar com o solo. "Geralmente não se sabe se ali havia um depósito ou fábrica que deixou um passivo ambiental negativo", diz a engenheira agrônoma Sueyde Fernandes de Oliveira, doutoranda na Esalq/USP.

Lixo, fossas, resíduos de fábricas e tubos de esgoto com vazamento contaminam o solo e o lençol freático. E esses elementos tóxicos serão absorvidos pelas hortaliças.

Só uma análise laboratorial é capaz de confirmar essas condições do solo.

A água usada na irrigação, se não for tratada, pode ter o mesmo efeito.

POLUIÇÃO

A poluição do ar da cidade não prejudica a qualidade de produtos cultivados em hortas urbanas, segundo os agrônomos consultados pela Folha.

"Vegetais quase não absorvem nutrientes pelas folhas. Mas a poluição deixa partículas sobre elas", diz o agrônomo Fernando Muçouçah, diretor da Fatec de Mogi das Cruzes, especialista em horticultura.

Por isso, a lavagem do alimento de uma horta urbana deve ser cuidadosa. (GUSTAVO SIMON)

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Lei quer regularizar iniciativa

Ainda não há lei que regulamente a ocupação de praças por hortas. Está prevista a ampliação de um projeto de agricultura urbana da Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, que presta auxílio a quem monta hortas. Na Câmara, discute-se o projeto de lei 289/2013, que define gestão compartilhada de praças e permite instalar hortas e composteiras.

MEU PÉ DE MANJERICÃO

Para desfrutar de um canteiro de temperos em casa, bastam um cantinho arejado, que receba luz do sol, e alguns vasos-até mesmo quem mora em apartamento pode ter uma horta particular.

A vantagem é a possibilidade de colher os ingredientes pouco antes de irem parar na panela, fresquinhos, com aroma e sabor acentuado.

O "Comida" conversou com a herborista Silvia Jeha, do Sabor de Fazenda, na zona norte de São Paulo, e reuniu dicas de cultivo. Confira também indicações de cursos e utensílios para jardinagem.

INFRA

Ferramentas e frescuras para quem põe a mão na massa

À MÃO Vaso de porcelana esmaltada com pintura feita à mão

COMPLETO Kit de utensílios para jardinagem

PARA MOLHAR Regador de plástico com capacidade para 1,7 litro

CURSOS

HORTA CASEIRA ORGÂNICA ONDE Sabor de Fazenda (av. Nadir Dias de Figueiredo, 395) QUANDO 22/6, das 9h30 às 14h30 QUANTO R$ 198 INSCRIÇÕES 0/xx/11/2631-4915

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COMO FAZER UMA HORTA ONDE Escola de Jardinagem (parque do Ibirapuera) QUANDO de 2/8 a 27/9 QUANTO gratuito INSCRIÇÕES [email protected]

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Prefeitura e moradores de Higienópolis tentam acordo sobre

árvore da Vilaboim

A Prefeitura de São Paulo e os moradores de Higienópolis, na região central, tentam um acordo sobre a situação do gigantesco ficus da Praça Vilaboim. A árvore está doente e corre o risco de cair. Na manhã desta terça-feira (28), muita gente olhava para a grande árvore como se fosse pela última vez.

“Ela tem todo um encanto, tem muitos anos, tem uma história, né”, disse a chefe de cozinha Érica Oliveira Gomes.

Ao verem a equipe de poda e remoção da Prefeitura com moto-serra na mão, moradores e trabalhadores da região acharam que a árvore estava sendo derrubada. “Fico triste, fico revoltado inclusive de estar vendo isso acontecer mais uma vez aqui”, afirmou o engenheiro civil André Monegalha.

Após vistoria, Prefeitura de SP decide remover 4 árvores da Praça Vilaboim Árvore condenada preocupa moradores e comerciantes em SPA árvore, de 30 metros de altura, fica no centro da Praça Vilaboim, em Higienópolis. E os galhos cobrem a área

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inteira. Em outros tempos, faziam mais sombra. Hoje, muitos estão sem folhas, segundo a Secretaria do Verde, porque a árvore está doente.

“Nós temos um ataque da mosca branca que tem causado e depauperado e levado inclusive à morte nos casos mais severos de árvores da mesma espécie e outras do mesmo gênero”, disse Heraldo Guiaro, engenheiro agrônomo da Prefeitura.

Ao menos por enquanto, porém, a árvore não vai ser removida. A poda desta terça-feira é apenas parcial para retirar os galhos que ameaçavam cair. A Prefeitura decidiu esperar que os moradores que defendem a permanência da árvore apresentem uma solução para salvá-la.

A designer Patrícia Cataldi é uma dessas moradoras. Ela conta que, junto com os vizinhos, está organizando uma associação para defender o verde do bairro e está certa de que a famosa figueira vai resistir.

“Dia 6 tem uma poda junto com um agrônomo que a gente conseguiu que está dando um laudo. Então agora a ideia é tratar a árvore em vez de removê-la”, afirmou Patrícia. Na semana que vem, os moradores voltam a se reunir com a Prefeitura.

Assista a reportagem completa aqui: http://goo.gl/yL2oL.

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Novo Código Florestal fez país perder até 40% de áreas protegidas, diz ONG

A implementação do novo Código Florestal, um ano após a sua aprovação, aponta que

o Brasil perdeu entre 15% e 40% de áreas previstas para conservação obrigatória, dependendo da região, mas ganhou uma legislação mais fácil de ser aplicada na

prática, que permite maior preservação efetiva, mostram dados da organização não-governamental The Nature Conservancy (TNC).

“O Brasil perdeu em termos de área absoluta, mas a nova lei facilita a regularização. A maior vantagem é que o código é factível do ponto de vista do produtor”, disse a representante da TNC no Brasil, Suelma Rosa.

O novo Código Florestal ficou anos em debate no Congresso e foi aprovado na Câmara em 25 de maio de 2012 (lei 12.651), após uma batalha envolvendo produtores rurais, ONGs, diferentes bancadas de parlamentares e o governo federal.

A lei foi alterada permitindo, entre outras coisas, que áreas de preservação

permanente (APPs), que têm a função de proteger as margens de rios e nascentes, por exemplo, contem para o total de reserva legal (vegetação original) que cada propriedade é obrigada a manter.

Outra mudança foi no cálculo do tamanho das APPs, variando de acordo com a largura dos rios ou lagos. “O novo código florestal abrandou as regras de recomposição das

APPs e das reservas legais, principalmente para os pequenos produtores, com vistas a viabilizar a regularização do passivo que vem se formando há décadas de vigência e descumprimento da lei anterior”, lembrou Suelma.

As regras mais flexíveis, no entanto, aplicam-se só para as áreas que foram abertas

para plantio ou para pastagem até julho de 2008. Essas foram algumas das mudanças que fizeram com que a área de preservação obrigatória tenha caído na comparação de uma legislação com a outra.

Banco de dados – A TNC conseguiu fazer o cálculo porque trabalha há oito anos ajudando produtores e autoridades em municípios de seis Estados brasileiros a

mapearem e registrarem propriedades rurais, em busca de regularização. O banco de dados da ONG cobre mais de 42 milhões de hectares — quase 5% do território nacional.

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Em uma amostragem em três municípios de Mato Grosso do Sul, no bioma Mata Atlântica (Angélica, Ivinhema e Novo Horizonte do Sul), as perdas teóricas foram de 24

por cento de área prevista para APPs e 39% de reserva legal, na comparação entre a legislação antiga e a nova.

Já numa amostra de três importantes municípios de produção agrícola de Mato Grosso

(Sapezal, Campos de Júlio e Nova Ubiratã), uma região de cerrado e florestas, as perdas com a nova legislação foram de 15% nas APPs e 32% nas reservas legais. As estimativas da TNC comparam as áreas previstas em cada um dos marcos legais.

Próximos desafios – O Executivo federal tem até esta segunda-feira (27) para editar a

regulamentação de vários pontos previstos no novo código. O prazo vence no aniversário de um ano da lei, mas essa data cai em um sábado. A expectativa, segundo

uma fonte jurídica com conhecimento direto do assunto, é que a regulamentação seja assinada na segunda-feira e publicada no “Diário Oficial da União” na terça (28).

O principal ponto a ser detalhado pelo governo federal é como será feito o programa

de regularização das áreas que foram degradadas. O proprietário de terras que decidir recompor as áreas desmatadas acima do permitido terá um prazo de 20 anos para replantar a vegetação ou deixá-la recuperar-se naturalmente.

O primeiro desafio, no entanto, é fazer com que mais de 5,5 milhões de propriedades

se inscrevam no Cadastro Ambiental Rural (CAR), um novo sistema onde cada proprietário vai informar ao governo quais são e onde estão suas áreas de produção agrícola e suas áreas com vegetação natural conservada.

Com base nesses dados – na prática um grande mapa das propriedades rurais brasileiras e seus recursos naturais – será feita, dentro dos próximos anos, a recuperação das áreas desmatadas irregularmente.

“Com o CAR você consegue fazer o registro da informação no momento da

regularização e depois consegue, por imagem de satélite, acompanhar o uso do solo naquela propriedade”, avalia Suelma. Os produtores rurais e o governo terão um ano,

prorrogável por mais um ano – até 25 de maio de 2015, no prazo mais elástico – para finalizar o cadastramento.

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Exposição na Ucrânia exibe carros decorados com plantas

Veículos foram transformados em vasos de plantas.

'Carros verdes’ fazem parte de uma exposição em Kiev.

Carros decorados com plantas foram exibidos nesta terça-feira (28) em Kiev, na Ucrânia (Foto: Sergei Chuzavkov/AP)

‘Veículos verdes’ fazem parte de uma exposição de plantas na capital ucraniana (Foto: Sergei Chuzavkov/AP)

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Cientistas avaliam iniciativas globais para adaptação às mudanças climáticas

Por Carolina Gonçalves, da Agência Brasil

Brasília – Pela primeira vez, os 18 cientistas que integram o comitê do Programa Mundial de Pesquisa Climática, WCRP na sigla em inglês, estão reunidos no Brasil para avaliar as iniciativas globais para mitigação e adaptação às mudanças do clima. No encontro anual, os dirigentes da organização vão concluir, até a próxima sexta-feira (31), um balanço de desafios considerados prioritários, como melhorias nas observações do nível dos oceanos e medidas para avaliar e garantir a disponibilidade de água em algumas regiões.

“O Brasil está entre os líderes em várias iniciativas, como as voltadas para mitigação das alterações climáticas e, ao lado da França e dos Estados Unidos, do sistema de observação do nível do mar. Poucos se importam com o que está acontecendo com os oceanos no mundo, como no Brasil, que tem uma costa muito grande”, disse Antonio Busalacchi, que preside o grupo, explicando que a liderança brasileira nessas políticas motivou a escolha do país para sediar a 34ª reunião do grupo, que existe desde 1985.

“Quis que os integrantes do comitê fossem apresentados a esse cenário. A discussão vai girar em torno de tópicos sobre climatologias em escala regional”, explicou, citando situações que estarão no centro dos debates, como a do Nordeste brasileiro, que enfrenta seca extrema há dois anos.

Há quatro anos, o Brasil se comprometeu a reduzir as emissões de gases de efeito estufa, apontadas como uma das principais responsáveis pelas alterações de temperatura da Terra, entre 36,1% a 38,9% até 2020, tendo como base o que emitia em 1990. O compromisso foi firmado durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas realizada em Copenhague, COP15, e a Política Nacional de Mudanças Climáticas transformou as metas voluntárias em objetivos claros para o governo e para vários setores.

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A redução do desmatamento na Amazônia e no Cerrado está no topo da lista, que ainda inclui investimentos na produção de biocombustíveis, substituição do uso de carvão nativo e inclusão de técnicas de plantio que podem reduzir a emissão de gases nocivos pela agricultura.

Na próxima semana, o governo brasileiro vai divulgar o levantamento mais recente de emissões de gases de efeito estufa. A expectativa é que as áreas de meio ambiente e de ciência e tecnologia também anunciem os planos setoriais de mitigação, com metas para áreas estratégicas da economia.

Sem antecipar números, Carlos Nobre, secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação disse que todos os indicativos é que o país está caminhando em direção à meta. O termômetro que confirma essa expectativa, segundo ele, inclui, por exemplo, os índices de desmatamento que vêm mostrando redução da devastação de áreas em regiões estratégicas.

“Qualitativamente a gente sabe que a avaliação é boa porque o desmatamento na Amazônia e no Cerrado está caindo. No ano passado, tivemos o menor índice da série histórica de desmatamento na Amazônia”, disse. Para Nobre, as ações de fiscalização e monitoramento que estão sendo adotadas pelo governo devem manter essas taxas em queda.

Para o grupo de cientistas estrangeiros, Nobre também elencou programas brasileiros que coincidem com as estratégias globais do comitê. “O Brasil avançou muito em medidas de mitigação, mas temos que avançar ainda muito mais na adaptação da sociedade brasileira, do sistema econômico, da agricultura, do uso da água, por exemplo. São pesquisas que vão apontar políticas tecnológicas de adaptação e indicar políticas públicas, como as voltadas para mobilidade urbana e ocupação do litoral”, explicou o secretário.

Recentemente, o governo também criou o Instituto Nacional de Pesquisas sobre os Oceanos (Inpo), reservando outros recursos para pesquisas de longo prazo nos 8,5 mil quilômetros do litoral brasileiro, e iniciou a compra de equipamentos que vão aumentar a capacidade de monitoramento sobre a seca na Região Nordeste. “Estamos comprando 1 mil medidores de chuva, 500 medidores de umidade do solo, 100 estações agrometeorológicas que vão aumentar muito nossa capacidade de prever os impactos da seca do Nordeste sobre a agricultura e abastecimento de água”, explicou.

* Edição: Carolina Pimentel

** Publicado originalmente no site Agência Brasil.

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