Clipping Novembro Editora DSOP

88
1

description

 

Transcript of Clipping Novembro Editora DSOP

Page 1: Clipping Novembro Editora DSOP

1

Page 2: Clipping Novembro Editora DSOP

2

Índice

3 - Rede Lajeado

6 - Revista RH Online

8 - CBN Santos

9 - Jornal de Hoje

11 - Publish News

14 - blog da Literatura

17 - blog Efeito Colateral

20 - Catraca Livre

22 - Jornal Opção

26 - Brasil de Fato

28 - Polifonia Periférica

30 - Veículo: portal Cultura Alternativa

33 - Revista Giz

36 - Segs

38 - Do lado de cá

39 - Leia Já

40 - Quita.me

42 - Entropia Dialética

52 - Diário da Manhã

56 - Cocatech

57 - ,agregario

59 - Refrescante

Page 3: Clipping Novembro Editora DSOP

3

Veículo: Rede LajeadoData: 27/11/2014Editoria: Educação Financeira

Site: http://www.redelajeado.com.br/2014/11/27/lancamento-retrata-como-as-criancas-encaram-as-relacoes-de-tempo/

Lançamento retrata como as crianças encaram as relações de tempo

A Editora DSOP lança, hoje (27), na Ciranda Literária de Macaé (RJ), A menina e os relógios, título do selo editorial Sonhar, que é assinado pela escritora mineira Nara Vidal e ilustrado por Zeka Cintra. O livro apresenta a história de uma menina, que “vive presa aos relógios”, cumprindo, às vezes, a maluca rotina de ser criança.“As horas que voam carregando junto com elas os pequenos e preciosos instantes do dia da menina também carregam o leitor pela narrativa. “É um livro importante, que toca em um tema pouco explorado e que certamente vai ajudar as crianças a simbolizar algo que vivem todo dia”, ressalta Simone Paulino, diretora editorial da Editora DSOP.

“No meu processo criativo, encontrar a voz narrativa sempre tem incrível peso. Nesse livro, tentei uma narrativa mais neutra, como se alguém pudesse observar um dia comum. Mas a rotina da menina é o que importa para mim. A criança é quem tem um mundo de sonhos, de distrações que não acomoda a pressa, o relógio batendo. Esse sonho no meio da vida me interessou”, relata Nara Vidal.

O livro A menina e os relógios trabalha três instâncias de tempo – o tempo social, ditado pelo compasso do relógio, o tempo do indivíduo e o tempo das relações, mostrando a convergência de todos eles na rotina cíclica da vida doméstica repleta de compromissos. Na história,

Page 4: Clipping Novembro Editora DSOP

4

o tempo social é demarcado pelos afazeres do dia-a-dia, e, para cumpri-los, a mãe impõe o seu ritmo sobre o ritmo da menina, momento em que se explicita o descompasso entre o tempo do indivíduo e o das relações.

O ápice desse descompasso se materializa na consequência das ações afobadas da menina – como a própria mãe descreve – que, por sua vez, fazem a mesma mãe frear o ritmo, criando na história também um compasso paradoxal de avanço e pausa – “CORRE, CORRE”, “CALMA, CALMA” – que reproduz o ritmo dos ponteiros do relógio.

Nessa dinâmica, resta pouco ou nenhum tempo para a contemplação, o contato consigo, o sonho, para o qual também há hora certa. O objetivo da autora é transmitir que, mesmo com tanta correria e hora marcada, sempre há tempo de fazer o essencial. “Quando nosso relógio diminui o ritmo, conseguimos tempo para olhar nos olhos dos filhos. Olhos que provavelmente esperaram o dia inteiro de correria, pelo nosso tempo raro. Tempo mesmo, aquele dado sem relógio”, conta Nara.

“A Editora DSOP é uma casa que tem tratado a literatura com imenso respeito. Se eu tiver que tirar uma palavra da cartola para defini-la, esta palavra seria qualidade. Fazer parte do time de autores da Editora é, em si, um sonho! O slogan abraça esse meu livro perfeitamente”.

A relação entre a filha e a mãe pautam a história e se refletem também no projeto gráfico do livro, feito pelo estúdio Bloco Gráfico. Junto a ele, as páginas ilustradas por Zeka Cintra transmitem ao leitor a vivência da menina. Nas ilustrações, sobressaem a presença lúdica, mas também invasiva e opressiva dos relógios, que tomam conta desses espaços impondo a sua lógica.

Para o ilustrador Zeka Cintra, “construir o universo que envolve a personagem principal e a sua mãe foi um desafio muito agradável,

Page 5: Clipping Novembro Editora DSOP

5

pois a história se passa nos tempos atuais, mas a proposta sugerida foi criar um ambiente com atmosfera de fantasia, sem perder de vista a realidade em que vivia a menina”.

ServiçoLançamento A menina e os relógios, de Nara VidalData: 27 de novembroHorário: às 17h30Local: Clube Cidade do SolEndereço: Av. Atlântica, 1622 – Glória – Macaé/RJ

Page 6: Clipping Novembro Editora DSOP

6

Veículo: MaxpressData: 25/11/2014Editoria: Educação FinanceiraSite: http://www.maxpressnet.com.br/Conteudo/1,720738,Lancamento_retrata_como_as_criancas_encaram_as_relacoes_de_tempo,720738,1.htm

Lançamento retrata como as crianças encaram as relações de tempoA Editora DSOP lança, no dia 27 de novembro, na Ciranda Literária de Macaé (RJ), A menina e os relógios, título do selo editorial Sonhar, que é assinado pela escritora mineira Nara Vidal e ilustrado por Zeka Cintra. O livro apresenta a história de uma menina, que “vive presa aos relógios”, cumprindo, às vezes, a maluca rotina de ser criança.

"As horas que voam carregando junto com elas os pequenos e preciosos instantes do dia da menina também carregam o leitor pela narrativa. “É um livro importante, que toca em um tema pouco explorado e que certamente vai ajudar as crianças a simbolizar algo que vivem todo dia”, ressalta Simone Paulino, diretora editorial da Editora DSOP.

"No meu processo criativo, encontrar a voz narrativa sempre tem incrível peso. Nesse livro, tentei uma narrativa mais neutra, como se alguém pudesse observar um dia comum. Mas a rotina da menina é o que importa para mim. A criança é quem tem um mundo de sonhos, de distrações que não acomoda a pressa, o relógio batendo. Esse sonho no meio da vida me interessou", relata Nara Vidal.

O livro A menina e os relógios trabalha três instâncias de tempo – o tempo social, ditado pelo compasso do relógio, o tempo do indivíduo e o tempo das relações, mostrando a convergência de todos eles na rotina cíclica da vida doméstica repleta de compromissos. Na história, o tempo social é demarcado pelos afazeres do dia-a-dia, e, para cumpri-los, a mãe impõe o seu ritmo sobre o ritmo da menina, momento em que se explicita o descompasso entre o tempo do indivíduo e o das relações.

O ápice desse descompasso se materializa na consequência das ações afobadas da menina – como a própria mãe descreve – que, por sua vez, fazem a mesma mãe frear o ritmo, criando na história também um compasso paradoxal de avanço e pausa – “CORRE, CORRE", "CALMA, CALMA" – que reproduz o ritmo dos ponteiros do relógio.

Nessa dinâmica, resta pouco ou nenhum tempo para a contemplação, o contato consigo, o sonho, para o qual também há hora certa. O objetivo da autora é transmitir que, mesmo com tanta correria e hora marcada, sempre há tempo de fazer o essencial. "Quando nosso relógio diminui o ritmo, conseguimos tempo para olhar nos olhos dos filhos. Olhos que provavelmente esperaram o dia inteiro de correria, pelo nosso tempo raro. Tempo mesmo, aquele dado sem relógio", conta Nara.

Page 7: Clipping Novembro Editora DSOP

7

"A Editora DSOP é uma casa que tem tratado a literatura com imenso respeito. Se eu tiver que tirar uma palavra da cartola para defini-la, esta palavra seria qualidade. Fazer parte do time de autores da Editora é, em si, um sonho! O slogan abraça esse meu livro perfeitamente".

A relação entre a filha e a mãe pautam a história e se refletem também no projeto gráfico do livro, feito pelo estúdio Bloco Gráfico. Junto a ele, as páginas ilustradas por Zeka Cintra transmitem ao leitor a vivência da menina. Nas ilustrações, sobressaem a presença lúdica, mas também invasiva e opressiva dos relógios, que tomam conta desses espaços impondo a sua lógica.

Para o ilustrador Zeka Cintra, "construir o universo que envolve a personagem principal e a sua mãe foi um desafio muito agradável, pois a história se passa nos tempos atuais, mas a proposta sugerida foi criar um ambiente com atmosfera de fantasia, sem perder de vista a realidade em que vivia a menina".

ServiçoLançamento A menina e os relógios, de Nara VidalData: 27 de novembroHorário: às 17h30Local: Clube Cidade do Sol Endereço: Av. Atlântica, 1622 – Glória – Macaé/RJ

Data 27/11/2014

Endereço

Av. Atlântica, 1622 - Glória - Macaé/RJ

Cidade MACAÉ Estado RIO DE JANEIRO País BRASIL

Page 8: Clipping Novembro Editora DSOP

8

Veículo: Revista RH OnlineData: 25/11/2014Editoria: Educação FinanceiraSite: http://revistarhonline.com.br/site/lancamento-retrata-como-as-criancas-encaram-as-relacoes-de-tempo/

Lançamento retrata como as crianças encaram as relações de tempo

A Editora DSOP lança, no dia 27 de novembro, na Ciranda Literária de Macaé (RJ), A menina e os relógios, título do selo editorial Sonhar, que é assinado pela escritora mineira Nara Vidal e ilustrado por Zeka Cintra. O livro apresenta a história de uma menina, que “vive presa aos relógios”, cumprindo, às vezes, a maluca rotina de ser criança.

“As horas que voam carregando junto com elas os pequenos e preciosos instantes do dia da menina também carregam o leitor pela narrativa. “É um livro importante, que toca em um tema pouco explorado e que certamente vai ajudar as crianças a simbolizar algo que vivem todo dia”, ressalta Simone Paulino, diretora editorial da Editora DSOP.

“No meu processo criativo, encontrar a voz narrativa sempre tem incrível peso. Nesse livro, tentei uma narrativa mais neutra, como se alguém pudesse observar um dia comum. Mas a rotina da menina é o que importa para mim. A criança é quem tem um mundo de sonhos, de distrações que não acomoda a pressa, o relógio batendo. Esse sonho no meio da vida me interessou”, relata Nara Vidal.

O livro A menina e os relógios trabalha três instâncias de tempo – o tempo social, ditado pelo compasso do relógio, o tempo do indivíduo e o tempo das relações, mostrando a convergência de todos eles na rotina cíclica da vida doméstica repleta de compromissos. Na história, o tempo social é demarcado pelos afazeres do dia-a-dia, e, para cumpri-los, a mãe impõe o seu ritmo sobre o ritmo da menina, momento em que se explicita o descompasso entre o tempo do indivíduo e o das relações.

O ápice desse descompasso se materializa na consequência das ações afobadas da menina – como a própria mãe descreve – que, por sua vez, fazem a mesma mãe frear o ritmo, criando na história também um compasso paradoxal de avanço e pausa – “CORRE, CORRE”, “CALMA, CALMA” – que reproduz o ritmo dos ponteiros do relógio.

Nessa dinâmica, resta pouco ou nenhum tempo para a contemplação, o contato consigo, o sonho, para o qual também há hora certa. O objetivo da autora é transmitir que, mesmo com tanta correria e hora marcada, sempre há tempo de fazer o essencial. “Quando nosso relógio diminui o ritmo, conseguimos tempo para olhar nos olhos dos filhos. Olhos que provavelmente esperaram o dia inteiro de correria, pelo nosso tempo raro. Tempo mesmo, aquele dado sem relógio”, conta Nara.

Page 9: Clipping Novembro Editora DSOP

9

“A Editora DSOP é uma casa que tem tratado a literatura com imenso respeito. Se eu tiver que tirar uma palavra da cartola para defini-la, esta palavra seria qualidade. Fazer parte do time de autores da Editora é, em si, um sonho! O slogan abraça esse meu livro perfeitamente”.A relação entre a filha e a mãe pautam a história e se refletem também no projeto gráfico do livro, feito pelo estúdio Bloco Gráfico. Junto a ele, as páginas ilustradas por Zeka Cintra transmitem ao leitor a vivência da menina. Nas ilustrações, sobressaem a presença lúdica, mas também invasiva e opressiva dos relógios, que tomam conta desses espaços impondo a sua lógica.

Para o ilustrador Zeka Cintra, “construir o universo que envolve a personagem principal e a sua mãe foi um desafio muito agradável, pois a história se passa nos tempos atuais, mas a proposta sugerida foi criar um ambiente com atmosfera de fantasia, sem perder de vista a realidade em que vivia a menina”.

Redação Revista RH Online

Page 10: Clipping Novembro Editora DSOP

10

Veículo: CBN SantosData: 24/11/2014Editoria: Educação FinanceiraSite: http://cbnsantos.com.br/autor-do-livro-terapia-financia-da-dicas-sobre-como-investir-dinheiro/

Page 11: Clipping Novembro Editora DSOP

11

Veículo: Jornal de HojeData: 24/11/2014Editoria: Educação FinanceiraSite:

http://www.opovo.com.br/app/opovo/vidaearte/2014/11/24/noticiasjornalvidaearte,3352380

/flaq-e-encerrada-com-debate-sobre-literatura-marginal.shtml

Flaq é encerrada com debate sobre literatura "marginal"Na última mesa da Flaq, autores da "literatura marginal" discutem a escrita como expressão da periferia

Feira Literária de Aquiraz, no Engenhoca: 23 autores participaram da programação de quatro dias

Todo escritor sonha em ganhar grandes prêmios literários, como o Jabuti? Para muitos, a resposta para esta pergunta é um óbvio e sonoro “sim”. Mas, não é bem por aí. Para Reginaldo Ferreira da Silva, o Ferréz, a maior parte das premiações é voltada para uma literatura elitista, bem distante da que ele pratica. “As pessoas que realmente escreveram para o povo, como o Lima Barreto, nunca

Page 12: Clipping Novembro Editora DSOP

12

ganharam prêmios. Estamos do outro lado da coisa”, disparou o paulistano na mesa literária que encerrou a Festa Literária de Aquiraz, neste domingo (23).

Desde a última quinta-feira (20), 23 autores passaram pelo Engenhoca Parque Educativo, sede da Flaq. No encerramento, o assunto foi a literatura marginal, produzida na periferia dos grandes centros urbanos do Brasil. Além de Férrez, autor de Capão pecado (2001), a mesa contou com o educador, escritor e “traficante literário” Rodrigo Ciríaco. “Não me considero um escritor, mas um contador de histórias. Costumo dizer que tiro minhas histórias do estômago”, comentou o autor de Te pego lá fora.

Para ambos, a dureza das comunidades marginalizadas, a violência, o tráfico e o pouco acesso a serviços públicos, fazem daquele ambiente fonte de inspiração para uma literatura sem rodeios. “A realidade não cabe no livro. Ela é mais cruel, mas cabe a tentativa de mostrar”, diz Ferréz, que é morador do Capão Redondo, periferia de São Paulo. Ciríaco, que também conhece essa dureza de perto, conta que usou a literatura como uma forma de conviver com as dificuldades. “Precisei criar um mecanismo para sobreviver àquele ambiente”, explica.

Ferréz também usou a literatura como uma forma de retratar e dar voz àquele ambiente que o rodeava. “A revolta faz parte da nossa literatura porque a gente vê o mundo de uma forma diferente. Quem mora na periferia passa por uma grande escola, que é a dor. Eu escrevo para essas pessoas”, diz o autor, que já trabalhou como balconista, vendedor e pedreiro. Leitor desde muito cedo, ele teve que ouvir muita piada de quem não entendia sua predileção pelos livros. “Ninguém respeitava. Diziam muito: ‘o filho do seu Raimundo ou vai ser viado, ou evangélico, ou, pior, vai ser professor’”, lembrou o escritor arrancando risos do público.

Page 13: Clipping Novembro Editora DSOP

13

Veículo: Publish NewsData: 23/11/2014Editoria: Educação FinanceiraSite: http://www.publishnews.com.br/telas/mais-vendidos/Default.aspx?cat=8

Page 14: Clipping Novembro Editora DSOP

14

Page 15: Clipping Novembro Editora DSOP

15

Veículo: blog da LiteraturaData: 19/11/2014Editoria: Educação FinanceiraSite: https://daliteratura.wordpress.com/2014/11/19/resenha-amanhecer-esmeralda-ferrez/

[Resenha] Amanhecer esmeralda – Ferréz

Título: Amanhecer esmeraldaAutor: Ferréz

Page 16: Clipping Novembro Editora DSOP

16

Ilustrações: Rafael AntónEdição: 2ªEditora: DSOPAno de publicação: 2014ISBN: 9788582760215.

Livro cortesia da Editora DSOP, parceira do Blog da Literatura.

.

.Sinopse: Manhã é uma menina pobre e sonhadora, como tantas que moram nos bairros afastados da cidade grande. Sua família é tão carente que às vezes ela vai para a escola sem comer nada, nem mesmo um pedacinho de pão. Mas um dia ela ganha um lindo presente, e então a esperança volta a iluminar sua vida. Amanhecer esmeralda é um conto de fadas contemporâneo, sem príncipes ou bruxas, mas com uma adorável personagem da vida real que de repente vê seu mundo se encher de cor e alegria..

Adicione no Skoob.Manhã é uma menina que vivia na periferia da cidade em uma casa feita artesanalmente pelo pai em que o único cômodo de alvenaria era o banheiro. A família de Manhã era bastante pobre, tanto que a menina ia à escola muitas vezes sem tomar o café da manhã, já que às vezes não tinha ao menos um pedacinho de pão. Havia aprendido a sonhar, mas também a pensar com os pés no chão. Quando imaginava sua vida como a da mãe, limpando a casa dos outros, uma tristeza tomava conta de seu corpo. E andava encolhida por causa disso.

Page 17: Clipping Novembro Editora DSOP

17

Um dia acontece algo que muda a vida de Manhã para sempre: ela ganha um presente de seu professor, faz tranças no cabelo e descobre sua beleza negra, aprendendo a se valorizar. As atitudes da menina frente a essas mudanças acabam por contagiar seu pai, sua mãe, seus vizinhos e todos os lugares por que Manhã passa. É assim que, através de pequenos gestos, a realidade da favela em que Manhã e sua família vivem começa a se transformar..

.A história de Amanhecer esmeralda é realmente encantadora! Quando recebi o livro não pude deixar de o ler no momento em que abri o envelope enviado pela editora. O enredo é bastante verossímil, as ilustrações são belíssimas e a linguagem é totalmente adequada ao público infantil a que se destina a obra. No entanto, acredito que o público mais adulto também consideraria Amanhecer esmeralda um bom livro já que este trabalha com questões relacionadas à pobreza, dificuldades, auto-estima e superação.Essa edição da qual tive oportunidade de ler é novíssima, publicada nesse ano pela editora DSOP. Belíssimo trabalho da editora, do autor e do ilustrador.Recomendo a leitura para crianças, pais e educadores. Acredito que é possível incluir a obra no planejamento do dia da Consciência Negra, já que a protagonista é afro-descendente e aprende a valorizar a sua “beleza de princesa africana”.Boa leitura a todos!..

Page 18: Clipping Novembro Editora DSOP

18

Page 19: Clipping Novembro Editora DSOP

19

Veículo: blog Efeito ColateralData: 19/11/2014Editoria: Educação FinanceiraSite: http://efeito-colateral.blogspot.com.br/2014/11/lancamento-te-pego-la-fora-rodrigo.html

LANÇAMENTO: TE PEGO LÁ FORA, RODRIGO CIRÍACO – LIVRARIA CULTURA

Terça-feira, 18 de novembro foi um dia para ficar assim, tatuado na retina. Com tinta fresca. Expressiva. Para lembrar e relembrar e contar. O quanto é importante a nossa caminhada literária. Marginal, periférica. Solidária. Um caminho que não se constrói só. E principalmente, não se celebra só. A primeira vez, lançando um livro dentro de uma livraria. Parece estranho esta frase: livro na livraria. Pra gente não é. Pra gente o normal é livro no boteco. Na escola. Centro cultural, biblioteca, rua, praça, ônibus, terminal. Pra gente é normal o livro assim: internacional. Nas feiras, nos festivais literários. Na praia, na estrada, nos becos e vielas. Livro na livraria é quase luxo. Entende agora quando a gente fala “literatura marginal”? É por isso, meu camarada.

Page 20: Clipping Novembro Editora DSOP

20

Mas deixa eu falar: da alegria da noite. Do livro exposto na bancada. Ao lado do “Contos Reunidos”, do João Antônio. E do Xico Sá. E me vem na memória Carolina Maria de Jesus, Plinio Marcos. Lima Barreto. E tantos outros parceiros. Que trilharam e venceram na estrada. Ainda que longe dos holofotes. Suas obras estão aí, marcadas. E a gente segue. Na caminhada. Livraria lotada. Havia outros eventos, mas eu reconheci quem esteve lá por conta da nossa pegada. Da nossa literatura, da nossa quebrada. E foi bonito. Saber. Que a Livraria Cultura queria apenas 50 livros pra vender. A Editora DSOP acreditou, apostou, insistiu. “Melhor pegar mais, vai bombar”. Ok, então me dá 80 livros. E foram. Assim. Saíram voando. Feito passarinhos. Uma atrás do outro. Algumas vezes em bando, que é como a gente gosta. E teve gente que ficou assim, sem pássaros na mão. “Acabou os livros”? Sim. Aqui na livraria acabou. A gente bombou, esgotou. Mas tem mais. Tem muito mais. Agora estará em todas as livrarias. De norte a sul do país. Uma distribuição que é assim, muito difícil sendo independente, periférico, marginal. Agora é isso, nego: a gente vai brigar de igual pra igual. E pode ter certeza. Não vamos brigar só. Estamos apenas alargando uma brecha de um movimento que veio pra dar nó. No mercado editorial. Nessa ditadura: cultural e desigual. Que diz que na quebrada não se gosta de ler. A gente não é possível criar, escrever. Não fica de toca. A gente tá fazendo trampo sério, bonito. Nossos livros não ficam parados, as moscas. Tem muita gente boa por aí. Precisando de uma oportunidade, um empurrão para as portas aí, se abrir. E a gente segue. Foi bonito. Foi festivo. Foi literário. O susto. Gritando na livraria: “Mãos ao alto, isso aqui é um assalto. Mãos ao alto: eu to roubando a sua atenção, mãos ao alto”. A galera em choque, mas passou. Ufa, é só poema, literatura, interpretação. Ou não. A gente tá vindo buscar o que é nosso. Por direito, por conquista. Por mérito – pra vocês que adoram uma “meritocracia”.

Sem ilusões. Sem atolar o chapéu. Ontem foi glória, hoje é mais. O trabalho segue: nos mesmos locais em que encontro aqueles que me fizeram grande: meus iguais. Que são gigantes. Minha mãe disse: “agora é um novo passo, né filho”. Eu disse: não, mão. É a continuação da caminhada. Não adianta a ilusão de achar que já tá tudo conquistado. Não, sigamos na mesma pegada. Boteco, escola, sarau; biblioteca, rua, praça, centro cultural. O artista tem de ir onde o povo está. E nós somos o povo e o artista. Há muita coisa ainda pra batalhar. A mochila segue pesada. Com livros pra espalhar, dividir na quebrada. Mas confesso: estou feliz. De chegar em uma das maiores livrarias da América Latina, com os amigos e parceiros, estourar no “norte” e sair assim, feliz.

Page 21: Clipping Novembro Editora DSOP

21

Agradecimento a toda equipe DSOP: Reinaldo Domingos, Simone Paulino, André Palme, Christine Baptista, Renata Sá, Amanda Torres, Priscila Moreira, Alana Santos, Thais Ramone, Paulo Fabrício Uccelli. Rita Ramos, Adelino Martins, André Argolo. A todos, o meu fraterno abraço. Minha gratidão: pelo respeito, pela consideração, pela forma como fui recebido e até hoje tratado. Obrigado.

Gratidão ao mano Ferréz: que escreve essa caminhada da literatura marginal, com seu trampo autoral, revistas, publicações coletivas. Abrindo portas. Obrigado, Mano. Muito obrigado. Esse meu sonho está se propagando também por sua culpa. Os erros são meus. Os acertos são nossos. Gratidão. Valeu mesmo.

E sigamos em frente. Agora mais energizados e encorajados. Não apenas por acreditar, mas por saber (ainda mais) que somos possíveis.

Rodrigo Ciríaco

Page 22: Clipping Novembro Editora DSOP

22

Veículo: Catraca LivreData: 18/11/2014Editoria: Educação FinanceiraSite: https://catracalivre.com.br/sp/conteudo-livre/gratis/livro-mostra-realidade-visceral-das-escolas-da-periferia-por-meio-de-contos-e-poesias/

Livro mostra realidade visceral das escolas da periferia por meio de contos e poesiasUm choque de realidade desde o primeiro parágrafo do primeiro conto. Sem pudores ou meias palavras, Te Pego Lá Fora põe o leitor em contato com a vida dura das crianças e jovens das periferias, algo que quem está de fora muitas vezes prefere não enxergar. Transporta-o por meio da crueza das narrativas e da linguagem marcada pela poesia e oralidade cotidiana, a um universo escolar opressor e desencantado. A obra de Rodrigo Ciríaco, tão esperada pelo público, será lançada pela Editora DSOP no dia 18 de novembro, às 19h, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, na capital paulista.

Divulgação

Ciríaco lança livro 'Te pego lá fora' (foto: Divulgação)No retrato de um beligerante ambiente escolar, composto por trechos das histórias pessoais de seus personagens e do cotidiano de alunos e professores, o autor explora a versatilidade formal que vai do microconto – alguns com apenas uma ou duas frases – à dramaturgia, passando por narrações em primeira pessoa e outras, até mesmo cômicas, estruturadas em diálogos. A obra é engenhosamente dividida em estações do ano –

Page 23: Clipping Novembro Editora DSOP

23

verão, outono, inverno e primavera –, o que gera uma leitura vertiginosa, potencializada pelo ritmo acelerado das narrativas, que expõem problemas centrais do Brasil contemporâneo, como preconceitos, fome, analfabetismo funcional, exploração de menores e exclusão.

Fica claro também, em Te Pego Lá Fora, o desafio de educar e, principalmente nos últimos contos, o papel da literatura nesse contexto. Como diz Ferréz em sua apresentação do livro, o “especialista em conflito e em sobrevivência” Rodrigo Ciríaco “faz da palavra outra arma de luta para a melhoria, não individual somente, mas também do coletivo”.

O livro é o segundo título do selo editorial “Literatura Marginal DSOP”, todo dedicado a escritores e obras que tratam de temáticas da periferia, e coordenado pelo romancista, contista e poeta Ferréz – um dos pioneiros desse movimento, que constitui um fenômeno e forte instrumento de manifestação cultural. O primeiro foi Palestra Lágrimas Futebol Clube, de Marcos Teles, apresentado em agosto na Bienal Internacional do Livro de São Paulo.

“Te Pego Lá Fora tem uma potência dramática e literária que faz tremer os conceitos e esperanças do leitor. Para além do literário, é um livro de alta importância sociológica e antropológica”, ressalta Simone Paulino, diretora editorial.

O autorNascido e criado na zona Leste de São Paulo, Rodrigo Ciríaco é educador, escritor, editor, ativista cultural, traficante literário, e ainda, do tipo faz tudo, daqueles “pau-pra-toda-obra”. Gosta de viajar por meio da literatura, já plantou árvores, teve uma filha, Malu, e publicou 100 Mágoas (2011) e Vendo Pó...esia (2014). Participa há quase dez anos de alguns dos movimentos mais ativos e importantes da cultura contemporânea brasileira: a literatura marginal e os saraus da periferia. Desde 2006, coordena atividades de incentivo à leitura, produção escrita e difusão literária, principalmente dentro de escolas, com o projeto “Literatura (é) Possível”, do qual nasceu o “Sarau dos Mesquiteiros” (sarau da molecada), as edições “Um Por Todos” e o concurso literário “Pode Pá Que É Nóis Que Tá”, voltado para jovens e adolescentes da rede pública em São Paulo.

Page 24: Clipping Novembro Editora DSOP

24

Veículo: Jornal OpçãoData: 18/11/2014Editoria: Educação FinanceiraSite: http://www.jornalopcao.com.br/opcao-cultural/voz-contundente-implacavel-e-necessaria-da-periferia-21938/

A voz contundente, implacável e necessária da periferia

Edição 2056

Nos 27 contos que enfeixam “Te Pego lá Fora”, distribuídos em seções como se fossem as estações do ano, Rodrigo Ciríaco realiza a gênese de uma guerra sem vencedores

Foto: Arquivo PessoalRonaldo Cagiano

Especial para o Jornal Opção

Nos últimos anos, vem se (a)firmando, com muita pujança e versatilidade a voz da periferia, num movimento permanente de dar vez, voz e espaço às manifestações culturais, por meio das suas diversas linguagens artísticas, que se impõem não apenas como grito de resistência, mas como autêntica e plural ressonância das expressões de uma comunidade.

Nesse diapasão, a música, o teatro, a dança e a literatura vêm ganhando justo e notório espaço, principalmente porque espelham não somente um grito contra uma realidade sócio-econômica

Page 25: Clipping Novembro Editora DSOP

25

excludente, mas também surgem como pulsão de uma energia criativa e estética, tendente a transmitir um viés crítico e uma maneira peculiar de expor as demandas da arte que viceja nesses locais e que, por conta das contingências, por muito tempo viveu seu apartheid e um solene e criminoso silêncio da mídia.

Um dos mais contundentes exemplos dessa realidade cultural multifacética — que se anuncia pelo hip-hop, pelo funk, pelas dicções poéticas e pela ficção — é o trabalho realizado pela Cooperifa. Movimento cultural que há mais de uma década vem revolucionando a arte por meio da participação popular, principalmente, de artistas e escritores excluídos do mercado cultural hegemônico e monopolizado. Ao promover seus saraus, encontros, seminários, apresentações e trocas de experiências criativas, não apenas nos bairros da periferia, mas em importantes espaços e centros culturais da Capital e da grande São Paulo, chamam a atenção para a coerência, vitalidade e responsabilidade de suas propostas.

Dentro dessa atmosfera de criação e envolvimento, várias parcerias e interatividade têm proporcionado o surgimento de um novo momento ou conceito literário — seja na poesia ou na ficção —, em que trabalhos de autores como Ferréz, Sérgio Vaz e Rodrigo Ciríaco vêm despontando no Brasil e no exterior. Tendo a palavra como testemunho existencial e o verbo lúcido como acicate e libelo, transformam em linguagem suas expectativas, reivindicações e demandas, e essa arte por toda a parte, culmina num poderoso instrumento de denúncia, ao mesmo tempo como expansão de um desejo onírico de superação do imenso fosso que separa as tantas cidades que habitam a grande metrópole.

Em seu recente volume de contos “Te Pego lá Fora” (Editora DSOP), o jovem poeta, ficcionista, professor e agitador cultural Rodrigo Ciríaco dá asas a esse imenso caleidoscópio que é a pungente realidade do ensino público, ao retratar, em suas histórias, o quotidiano da sala de aula e os conflitos, dramas, dilemas e enfrentamentos não apenas do professor, mas do aluno, da família e da própria atividade escolar.

Nessas pequenas e incisivas histórias, (re)colhidas pelo seu olhar cirúrgico e percuciente, o autor mapeia um imaginário povoado de tensões em que ensinar é tentar estender uma ponte entre a crueza da vida e a necessidade de extrapolar os gargalos do sistema didático e pedagógico, na esperança de realizar um salto dialético ou uma simbiose entre o impossível e o desejado.

O Rodrigo professor transita pela crueza de vivências amiudadas pelo caos e pelas circunstâncias desagregadoras e desestimulantes e é na pele e na alma do escritor que — entre ficção e realidade — panoramiza esse imenso abismo em que vivem meninos e meninas dentro e fora dos muros da escola. Além do quadro-negro onde as lições são apregoadas, há a o negro quadro que antecede o ingresso

Page 26: Clipping Novembro Editora DSOP

26

do aluno; e é aí que o professor-escritor vai deslindando, com seu faro lírico e com sua inflexão ética, um universo desafiador. Como numa prosa de palimpsestos, cada história vai nos revelando camadas antes invisíveis de uma sociedade esgarçada pelos contrastes e potencializada não apenas pela miséria econômico-financeira, mas pelo declínio moral, pelo veloz e acachapante escalonamento de valores, hierarquizando o medo, a violência, a insegurança, as agressões físicas e psicológicas (como o bullying, a gravidez precoce, o assédio sexual), numa tênue fronteira entre a civilização e a barbárie.

Reverberando em sua literatura esse “mondo cane” de dissolução e de misérias quotidianas, o autor capt(ur)ou, a partir de sua experiência no magistério, lidando com as mais aviltantes situações, a trágica poesia desse tempo marcado pelo temor, pela marginalidade, pela falta de afeto, pela fugacidade das relações familiares e institucionais e por uma escola premida num beco-sem-saídas, em que o docente se transfigura também em pai, confidente, salvador, juiz de conflitos.

Nos 27 contos que enfeixam “Te Pego lá Fora”, distribuídos em seções como se fossem as estações do ano, Ciríaco realiza a gênese de uma guerra sem vencedores: metaforiza os invernos e outonos de cada um desses seres divididos e mutilados, para acenar, apesar de todos os desenganos e desencantos que cada experiência, individual ou coletiva, possa suscitar, que ainda há espaço para um verão e uma primavera. Para acenar também que é pela educação e pela implementação da leitura, pela transformação da sala de aula em ambiente de reflexão e crítica propositiva e também pela inclusão da família nesse processo, que uma mudança radical que se quer promover possa ser alcançada.

Numa linguagem direta, contundente, seca e às vezes corrosiva, mas real e profundamente humana, Rodrigo Ciríaco preservou uma

Page 27: Clipping Novembro Editora DSOP

27

espécie de sintaxe da opressão quotidiana: a oralidade, o sentimento e a reação de personagens que protagonizam, com suas falas arrevesadas, com suas gírias, seus chistes e maneirismos, esse mundo. Mundo, é bom frisar — costumeiramente tão invisível às autoridades e refratário à própria recepção da crítica literária — esta, tantas vezes reacionária, acadêmica, burguesa e preconceituosa — e que nessa literatura forte, versátil, sem meias palavras ou camuflagens, se mostra sem verniz e com a profundidade semântica e a carga metafórica que as grandes verdades transportam.

Na mesma direção do que afirmou o crítico Marcelo Laier, que na apresentação da obra reconheceu que “o autor executa habilmente a difícil (e raras vezes atingida) transposição da oralidade quotidiana da periferia para uma expressão literária”, o estranhamento da forma com que apresentam os diálogos e a própria narrativa, ressalta a proposta do autor de ser fiel ao conteúdo e à força dessas vidas tão precárias, mas ao mesmo tempo efervescentes na busca de seu lugar numa sociedade que se pretende igualitária, democrática e humanizada.

Sem dúvida, “Te Pego lá Fora” marca a face da literatura brasileira contemporânea com um acento particular, porque subverte a prosa hoje em vigor, sempre o mais do mesmo, para tratar de questões que nos afligem, nos envergonham e nos humilham, sem dourar a pílula.

Rodrigo Ciríaco, que idealizou o Sarau dos Mesquiteiros, outra fonte de resistência à literatura bem comportada que andam fazendo por aí, tem consciência do papel incômodo e catártico que uma literatura deve ter, que deve chacoalhar e subverter o que não contribui para mudar e suas ações como emulador cultural, professor e escritor demonstram o caráter revolucionário de sua ação poético-política, lembrando-nos o que já afirmou Günter Grass, para ele “A literatura só sobreviverá na medida em que continuar sendo subversiva. A periculosidade da literatura, a periculosidade tantas vezes superestimada pelas censuras, é o que a mantém viva. Transformando-se em mero entretenimento, elas seria um enfeite, não seria nada”.

Page 28: Clipping Novembro Editora DSOP

28

Veículo: Brasil de FatoData: 18/11/2014Editoria: Educação FinanceiraSite: http://www.brasildefato.com.br/node/30568

Livro que retrata o cotidiano de jovens da periferia será lançado nesta terça

DivulgaçãoPreconceitos, fome, exploração de menores e exclusão social são alguns dos temas reunidos na obra literária ‘Te pego lá fora’, de Rodrigo Ciríaco; lançamento será às 19h, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional (SP)

18/11/2014

Da Redação

Um livro que retrata a vida das crianças e de jovens das periferias e que também expõe problemas centrais do Brasil contemporâneo. Preconceitos, fome, exploração de menores e exclusão social são alguns dos temas reunidos na obra literária ‘Te pego lá fora’, de Rodrigo Ciríaco.

O livro, que é o segundo título do selo editorial Literatura Marginal DSOP, será lançado nesta terça-feira (18), às 19h, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional (Av. Paulista, 2.073), em São Paulo.

No retrato de um ambiente escolar, composto por trechos das histórias pessoais de seus personagens e do cotidiano de alunos

Page 29: Clipping Novembro Editora DSOP

29

e professores, Ciríaco explora a versatilidade formal que vai do microconto à dramaturgia. A obra é dividida em estações do ano – verão, outono, inverno e primavera –, o que gera uma leitura vertiginosa, potencializada pelo ritmo acelerado das narrativas.

Educador, escritor e ativista cultural, Rodrigo Ciríaco participa de saraus realizados na periferia. Desde 2006, coordena atividades de incentivo à leitura, produção escrita e difusão literária, principalmente dentro de escolas, com o projeto “Literatura (é) Possível”, do qual nasceu o “Sarau dos Mesquiteiros”, as edições “Um Por Todos” e o concurso literário “Pode Pá Que É Nóis Que Tá”, voltado para jovens e adolescentes da rede pública em São Paulo.

Page 30: Clipping Novembro Editora DSOP

30

Veículo: Polifonia PeriféricaData: 18/11/2014Editoria: Educação FinanceiraSite: http://www.polifoniaperiferica.com.br/2014/11/livro-mostra-realidade-visceral-das-

escolas-da-periferia-por-meio-de-contos-e-poesias/

Livro mostra realidade visceral das escolas da periferia por meio de contos e poesias

Te Pego Lá Fora, de Rodrigo Ciríaco,

é o mais novo título do selo editorial “Literatura Marginal DSOP”, dedicado a escritores e obras que tratam

de temáticas da periferia

 Um choque de realidade desde o primeiro parágrafo do primeiro conto. Sem pudores ou meias palavras,

Te Pego Lá Fora põe o leitor em contato com a vida dura das crianças e jovens das periferias, algo que

quem está de fora muitas vezes prefere não enxergar. Transporta-o por meio da crueza das narrativas e

da linguagem marcada pela poesia e oralidade cotidiana, a um universo escolar opressor e

desencantado. A obra de Rodrigo Ciríaco, tão esperada pelo público, será lançada pela Editora DSOP no

dia 18 de novembro, às 19h, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional (Av. Paulista, 2.073), na capital

paulista.

Page 31: Clipping Novembro Editora DSOP

31

No retrato de um beligerante ambiente escolar, composto por trechos das histórias pessoais de seus

personagens e do cotidiano de alunos e professores, o autor explora a versatilidade formal que vai do

microconto – alguns com apenas uma ou duas frases – à dramaturgia, passando por narrações em

primeira pessoa e outras, até mesmo cômicas, estruturadas em diálogos. A obra é engenhosamente

dividida em estações do ano – verão, outono, inverno e primavera –, o que gera uma leitura vertiginosa,

potencializada pelo ritmo acelerado das narrativas, que expõem problemas centrais do Brasil

contemporâneo, como preconceitos, fome, analfabetismo funcional, exploração de menores e exclusão.

Fica claro também, em Te Pego Lá Fora, o desafio de educar e, principalmente nos últimos contos, o

papel da literatura nesse contexto. Como diz Ferréz em sua apresentação do livro, o “especialista em

conflito e em sobrevivência” Rodrigo Ciríaco “faz da palavra outra arma de luta para a melhoria, não

individual somente, mas também do coletivo”.

O livro é o segundo título do selo editorial “Literatura Marginal DSOP”, todo dedicado a escritores e obras

que tratam de temáticas da periferia, e coordenado pelo romancista, contista e poeta Ferréz – um dos

pioneiros desse movimento, que constitui um fenômeno e forte instrumento de manifestação cultural. O

primeiro foi Palestra Lágrimas Futebol Clube, de Marcos Teles, apresentado em agosto na Bienal

Internacional do Livro de São Paulo.

“Te Pego Lá Fora tem uma potência dramática e literária que faz tremer os conceitos e esperanças do

leitor. Para além do literário, é um livro de alta importância sociológica e antropológica”, ressalta Simone

Paulino, diretora editorial.

 O autor Nascido e criado na zona Leste de São Paulo, Rodrigo Ciríaco é educador, escritor, editor, ativista

cultural, traficante literário, e ainda, do tipo faz tudo, daqueles “pau-pra-toda-obra”. Gosta de viajar por

meio da literatura, já plantou árvores, teve uma filha, Malu, e publicou 100 Mágoas (2011) e Vendo Pó…

esia (2014). Participa há quase dez anos de alguns dos movimentos mais ativos e importantes da cultura

contemporânea brasileira: a literatura marginal e os saraus da periferia. Desde 2006, coordena atividades

de incentivo à leitura, produção escrita e difusão literária, principalmente dentro de escolas, com o projeto

“Literatura (é) Possível”, do qual nasceu o “Sarau dos Mesquiteiros” (sarau da molecada), as edições “Um

Por Todos” e o concurso literário “Pode Pá Que É Nóis Que Tá”, voltado para jovens e adolescentes da

rede pública em São Paulo.

 Sobre a Editora DSOP Após sua consolidação como pioneira e referência na área de didáticos e paradidáticos de educação

financeira, a Editora DSOP decidiu trazer para seu público infantojuvenil obras que discutem temas que

vão além das necessidades materiais, abordando o universo dos sonhos imateriais. O objetivo é criar um

catálogo de jovens autores com reconhecida atuação no mercado editorial, contribuindo assim para

fomentar o interesse dos leitores pela produção literária contemporânea.

ServiçoLançamento “Te Pego Lá Fora”Quando: terça-feira (18) às 19h

Onde: Livraria Cultura do Conjunto Nacional

Endereço: Av. Paulista, 2073, Bela Vista, SP

Informações: http://editoradsop.com.br/noticias/329-a-periferia-vai-a-escola

Page 32: Clipping Novembro Editora DSOP

32

Veículo: portal Cultura AlternativaData: 18/11/2014Editoria: Educação FinanceiraSite: http://www.culturaalternativa.com.br/literatura/materias/1579-lancamento-de-livro-

sobre-realidade-das-escolas-na-periferia

Te Pego Lá Fora, de Rodrigo Ciríaco, é o mais novo título do selo editorial "Literatura Marginal DSOP", dedicado a escritores e obras que tratam de temáticas da periferia.

Um choque de realidade desde o primeiro parágrafo do primeiro conto. Sem pudores ou meias palavras, Te Pego Lá Fora põe o leitor em contato com a vida dura das crianças e jovens das periferias, algo que quem está de fora muitas vezes prefere não enxergar. Transporta-o por meio da crueza das narrativas e da linguagem marcada pela poesia e oralidade cotidiana, a um universo escolar opressor e desencantado. A obra de Rodrigo Ciríaco, tão esperada pelo público, será lançada pela Editora DSOP hoje, dia 18 de novembro, às 19h, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional (Av.

Page 33: Clipping Novembro Editora DSOP

33

Paulista, 2.073), na capital paulista.No retrato de um beligerante ambiente escolar, composto por trechos das histórias pessoais de seus personagens e do cotidiano de alunos e professores, o autor explora a versatilidade formal que vai do microconto – alguns com apenas uma ou duas frases – à dramaturgia, passando por narrações em primeira pessoa e outras, até mesmo cômicas, estruturadas em diálogos. A obra é engenhosamente dividida em estações do ano – verão, outono, inverno e primavera –, o que gera uma leitura vertiginosa, potencializada pelo ritmo acelerado das narrativas, que expõem problemas centrais do Brasil contemporâneo, como preconceitos, fome, analfabetismo funcional, exploração de menores e exclusão.Fica claro também, em Te Pego Lá Fora, o desafio de educar e, principalmente nos últimos contos, o papel da literatura nesse contexto. Como diz Ferréz em sua apresentação do livro, o “especialista em conflito e em sobrevivência” Rodrigo Ciríaco “faz da palavra outra arma de luta para a melhoria, não individual somente, mas também do coletivo”.O livro é o segundo título do selo editorial “Literatura Marginal DSOP”, todo dedicado a escritores e obras que tratam de temáticas da periferia, e coordenado pelo romancista, contista e poeta Ferréz – um dos pioneiros desse movimento, que constitui um fenômeno e forte instrumento de manifestação cultural. O primeiro foi Palestra Lágrimas Futebol Clube, de Marcos Teles, apresentado em agosto na Bienal Internacional do Livro de São Paulo.“Te Pego Lá Fora tem uma potência dramática e literária que faz tremer os conceitos e esperanças do leitor. Para além do literário, é um livro de alta importância sociológica e antropológica”, ressalta Simone Paulino, diretora editorial.O autorNascido e criado na zona Leste de São Paulo, Rodrigo Ciríaco é educador, escritor, editor, ativista cultural, traficante literário, e ainda, do tipo faz tudo, daqueles “pau-pra-toda-obra”. Gosta de viajar por meio da literatura, já plantou árvores, teve uma filha, Malu, e publicou 100 Mágoas (2011) e Vendo Pó...esia (2014). Participa há quase dez anos de

Page 34: Clipping Novembro Editora DSOP

34

alguns dos movimentos mais ativos e importantes da cultura contemporânea brasileira: a literatura marginal e os saraus da periferia. Desde 2006, coordena atividades de incentivo à leitura, produção escrita e difusão literária, principalmente dentro de escolas, com o projeto “Literatura (é) Possível”, do qual nasceu o “Sarau dos Mesquiteiros” (sarau da molecada), as edições “Um Por Todos” e o concurso literário “Pode Pá Que É Nóis Que Tá”, voltado para jovens e adolescentes da rede pública em São Paulo.Sobre a Editora DSOP Após sua consolidação como pioneira e referência na área de didáticos e paradidáticos de educação financeira, a Editora DSOP decidiu trazer para seu público infantojuvenil obras que discutem temas que vão além das necessidades materiais, abordando o universo dos sonhos imateriais. O objetivo é criar um catálogo de jovens autores com reconhecida atuação no mercado editorial, contribuindo assim para fomentar o interesse dos leitores pela produção literária contemporânea.

Page 35: Clipping Novembro Editora DSOP

35

Veículo: Revista GizData: 14/11/2014Editoria: Educação FinanceiraSite: http://revistagiz.sinprosp.org.br/?p=5509

A desafiadora história de um sapo que não vira príncipe

Elisa Marconi e Francisco Bicudo

Era uma vez um mineirinho sereno que, depois de ganhar os prêmios Casa de las Americas, o Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) de melhor ficção e o Machado de Assis de narrativa, decidiu se embrenhar numa aventura nunca antes imaginada. Luiz Ruffato, nascido em Cataguases (Zona da Mata de Minas Gerais) há 53 anos, filho de um pipoqueiro e de uma lavadeira, inventou de escrever uma história diferente de todas aquelas que ele tinha publicado antes. E quando a trama ficou pronta, ele entendeu o que havia de especial nela. Tratava-se de A história verdadeira do sapo Luiz, seu primeiro livro para crianças, publicado recentemente pela Editora DSOP.

Na verdade, Ruffato não escreveu essa obra, nem qualquer outra, pensando num público específico. “Eu não acredito nisso. Tirando os livros para crianças bem pequenas mesmo, aquelas que estando se alfabetizando ainda e que têm uma linguagem muito específica, ou se faz literatura ou não se faz. Realmente, para mim, literatura não tem idade”, sugere o escritor. Assim como as obras anteriores, cada história que o autor tem para contar já vem com um formato próprio e não poderia assumir outra forma ou outro gênero. O que ele fez então foi escrever uma fábula que procura desconstruir algumas ideias pré-concebidas que estão muito impregnadas no imaginário das crianças e dos próprios escritores. “Por exemplo, essa ideia de

Page 36: Clipping Novembro Editora DSOP

36

que para ser feliz, você precisa se transformar em príncipe. É uma grande estupidez, porque você pode e deve ser feliz sendo quem você é. Seja um sapo, seja uma princesa”, provoca o autor. E, por isso, evidentemente, o sapo de Ruffato não vira um príncipe.

Outro ponto que o autor premiado trabalhou bastante foi a velha concepção machista e muito presente nas histórias para crianças que colocam a mulher quase como um apêndice do homem. “Nas histórias de princesas, elas beijam os sapos, que viram príncipes, e se transformam apenas na mulher desse homem. Elas não viram nada, nem rainhas, apenas a mulher do rei”, propõe, indignado. Em A história verdadeira do sapo Luiz, esse desfecho é diferente. Primeiro, porque como já foi dito, o sapo não vira príncipe e, depois, a princesa vira rainha, e o sapo é apenas o marido dela e não o rei. “Essa inversão me interessava discutir um pouco, o machismo escondido ali na história”.

No entanto, mesmo se contrapondo ao discurso das histórias infantis, Ruffato se apropria da forma, da linguagem bastante conhecida e difundida das fábulas para criança. Não foi por acaso, foi uma escolha consciente. O autor recorre aos elementos tradicionais, mas, num golpe de ironia delicada, aproveita para tratar de assuntos pouco discutidos. “A maneira de narrar para crianças é uma maneira bastante conhecida e palatável. Por isso mesmo a usei para falar de temas mais delicados, que dificilmente são abordados”, explica. Ou seja, a criança reconhece algo ali e, assim, se entrega, mas se surpreende com a mensagem que está sendo passada, sente a novidade. “No fundo, no fundo, a melhor maneira de desconstruir mitos é partindo deles. A ideia era justamente essa, discutir partindo dos próprios elementos”.

Para contar sua história, que já partia de um desafio, Ruffato contou com um apoio fundamental: a ilustração. Linguagem mais que conhecida e aprovada pelo público infantil, trabalhar com imagens foi uma novidade para o autor. Nos livros destinados ao público mais velho, ele não gosta de desenho, ou foto, ou qualquer ilustração. “Gosto que o leitor imagine. A figura dada impede isso, interfere nesse processo. Na literatura adulta, a meu ver, quem faz o livro é o leitor”. No entanto, para a literatura para crianças e jovens, Ruffato

Page 37: Clipping Novembro Editora DSOP

37

entende que a ideia é outra. “As imagens são uma segunda história. No caso do Sapo Luiz, as ilustrações da Ionit Zilberman são quase um segundo livro presente ali, que acho tão ou mais importante que o primeiro”, defende. O escritor lembra que nessa fase de transição para o letramento, as referências das crianças ainda vêm muito daquilo que ela capta no mundo exterior – em livros e fora deles. Mas, à medida que vai se transformando num leitor, a criança e o jovem começam a criar suas próprias imagens, passam a ter um repertório mais rico e personalizado. Assim, até chegar essa fase, a ilustração tem um papel decisivo. “E minha felicidade foi encontrar a Ionit, que não só soube compreender o que era o livro, como soube captar e transmitir as imagens, oferecendo essa segunda leitura do livro”, comemora.

Como a obra foi lançada recentemente, Ruffato ainda não sabe dizer se as crianças têm gostado de A história verdadeira do sapo Luiz. O que ele tem, até o momento, é a resposta da crítica para a sua ousadia. “Tem sido positiva”, conta. No entanto, ele aposta que 2015 será o ano de colher as impressões do seu público alvo, porque aí o livro pode ter sido escolhido por escolas e mais leitores-mirins travarão contato com a narrativa instigante e controversa. “Eu não me preocupo muito, porque, como eu disse antes, não tenho a pressão de viver de literatura infantil. E, por isso mesmo nem sei se farei outro livro infantil. O que sei é que faço literatura e se tiver outra história que a expressão dele seja para esse público, ótimo, vou escrever”. E, assim, certamente, vai vivendo feliz para sempre.

Page 38: Clipping Novembro Editora DSOP

38

Veículo: SegsData: 13/11/2014Editoria: Educação FinanceiraSite: http://www.segs.com.br/educacao/sobre-educa%C3%A7%C3%A3o/categ-educacao/18457-livro-mostra-realidade-visceral-das-escolas-da-periferia-por-meio-de-contos-e-poesias.html

Livro mostra realidade visceral das escolas da periferia por meio de contos e poesiasLIVRO MOSTRA REALIDADE VISCERAL DAS ESCOLAS DA PERIFERIA POR MEIO DE CONTOS E POESIAS

Te Pego Lá Fora, de Rodrigo Ciríaco, é o mais novo título do selo editorial "Literatura Marginal DSOP", dedicado a escritores e obras que tratam de temáticas da periferia

Um choque de realidade desde o primeiro parágrafo do primeiro conto. Sem pudores ou meias palavras, Te Pego Lá Fora põe o leitor em contato com a vida dura das crianças e jovens das periferias, algo que quem está de fora muitas vezes prefere não enxergar. Transporta-o por meio da crueza das narrativas e da linguagem marcada pela poesia e oralidade cotidiana, a um universo escolar opressor e desencantado. A obra de Rodrigo Ciríaco, tão esperada pelo público, será lançada pela Editora DSOP no dia 18 de novembro, às 19h, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional (Av. Paulista, 2.073), na capital paulista.

No retrato de um beligerante ambiente escolar, composto por trechos das histórias pessoais de seus personagens e do cotidiano de alunos e professores, o autor explora a versatilidade formal que vai do microconto – alguns com apenas uma ou duas frases – à dramaturgia, passando por narrações em primeira pessoa e outras, até mesmo cômicas, estruturadas em diálogos. A obra é engenhosamente dividida em estações do ano – verão, outono, inverno e primavera –, o que gera uma leitura vertiginosa, potencializada pelo ritmo acelerado das narrativas, que expõem problemas centrais do Brasil contemporâneo, como preconceitos, fome, analfabetismo funcional, exploração de menores e exclusão.

Fica claro também, em Te Pego Lá Fora, o desafio de educar e, principalmente nos últimos contos, o papel da literatura nesse contexto. Como diz Ferréz em sua apresentação do livro, o “especialista em conflito e em sobrevivência” Rodrigo Ciríaco “faz da palavra outra arma de luta para a melhoria, não individual somente, mas também do coletivo”.

Page 39: Clipping Novembro Editora DSOP

39

O livro é o segundo título do selo editorial “Literatura Marginal DSOP”, todo dedicado a escritores e obras que tratam de temáticas da periferia, e coordenado pelo romancista, contista e poeta Ferréz – um dos pioneiros desse movimento, que constitui um fenômeno e forte instrumento de manifestação cultural. O primeiro foi Palestra Lágrimas Futebol Clube, de Marcos Teles, apresentado em agosto na Bienal Internacional do Livro de São Paulo.

“Te Pego Lá Fora tem uma potência dramática e literária que faz tremer os conceitos e esperanças do leitor. Para além do literário, é um livro de alta importância sociológica e antropológica”, ressalta Simone Paulino, diretora editorial.

 

O autor

Nascido e criado na zona Leste de São Paulo, Rodrigo Ciríaco é educador, escritor, editor, ativista cultural, traficante literário, e ainda, do tipo faz tudo, daqueles “pau-pra-toda-obra”. Gosta de viajar por meio da literatura, já plantou árvores, teve uma filha, Malu, e publicou 100 Mágoas (2011) e Vendo Pó...esia (2014). Participa há quase dez anos de alguns dos movimentos mais ativos e importantes da cultura contemporânea brasileira: a literatura marginal e os saraus da periferia. Desde 2006, coordena atividades de incentivo à leitura, produção escrita e difusão literária, principalmente dentro de escolas, com o projeto “Literatura (é) Possível”, do qual nasceu o “Sarau dos Mesquiteiros” (sarau da molecada), as edições “Um Por Todos” e o concurso literário “Pode Pá Que É Nóis Que Tá”, voltado para jovens e adolescentes da rede pública em São Paulo.

 

Sobre a Editora DSOP 

Após sua consolidação como pioneira e referência na área de didáticos e paradidáticos de educação financeira, a Editora DSOP decidiu trazer para seu público infantojuvenil obras que discutem temas que vão além das necessidades materiais, abordando o universo dos sonhos imateriais. O objetivo é criar um catálogo de jovens autores com reconhecida atuação no mercado editorial, contribuindo assim para fomentar o interesse dos leitores pela produção literária contemporânea. 

Page 40: Clipping Novembro Editora DSOP

40

Veículo: Do lado de cáData: 13/11/2014Editoria: LivroSite: http://www.doladodeca.com.br/2014/11/13/lancamento-de-te-pego-la-fora-de-rodrigo-ciriaco-2/

LANÇAMENTO DE “TE PEGO LÁ FORA” DE RODRIGO CIRÍACOEscrito por 

Tatiana Ivanovici

 – 13/11/2014

O livro é o segundo título do selo editorial “Literatura Marginal DSOP”, todo dedicado a escritores e obras que tratam de temáticas da periferia, e coordenado pelo romancista, contista e poeta Ferréz – um dos pioneiros desse movimento, que constitui um fenômeno e forte instrumento de manifestação cultural. O primeiro foi “Palestra Lágrimas Futebol Clube”, de Marcos Teles, apresentado em agosto na Bienal Internacional do Livro de São Paulo.

Local: Av. Paulista, 2073 - Bela Vista - SP

Contato: [email protected]

Mais Informações: [email protected]

Page 41: Clipping Novembro Editora DSOP

41

Veículo: Leia JáData: 12/11/2014Editoria: Educação FinanceiraSite: http://www.leiaja.com/cultura/2014/11/12/biografia-para-celebrar-o-centenario-de-cortazar/

Biografia para celebrar o centenário de Cortázar

Livro mostra aspectos pouco conhecidos da vida do escritor argentino

Biografia do escritor argentino Julio Cortázar comemora o centenário do seu nascimentoReprodução/Facebook

No ano que marca o centenário de nascimento de Julio Cortázar, um dos mais originais escritores da literatura sul-americana, a Editora DSOP traz ao país a biografia Cortázar: notas para uma biografia, de Mario Goloboff com tradução de José Rubens.

O livro tem caráter bastante íntimo e pessoal pois Goloboff foi um amigo de Cortázar. A biografia aborda temas diversos da obra de Julio, como as ações políticas, sociais e literárias vividas por ele, e proporciona aos leitores uma proximidade maior ao escritor argentino. 

Para a diretora editorias da DSOP, Simone Paulino, o livro é uam leitura bastante recomendável tanto para pesquisadores quanto para o leitor comum que terá a oportunidade de descobrir traços até então ocultos do criador dos cronópios. 

Page 42: Clipping Novembro Editora DSOP

42

Veículo: MaxpressData: 11/11/2014Editoria: LivroSite:

http://www.maxpressnet.com.br/Conteudo/1,717325,Realidade_das_escolas_na_periferia_

e_tema_de_livro_de_literatura_marginal,717325,6.htm

Realidade das escolas na periferia é tema de livro de literatura marginalTe Pego Lá Fora, de Rodrigo Ciríaco, é o mais novo título do selo editorial "Literatura Marginal DSOP", dedicado a escritores e obras que tratam de temáticas da periferia

Um choque de realidade desde o primeiro parágrafo do primeiro conto. Sem pudores ou meias palavras, Te Pego Lá Fora põe o leitor em contato com a vida dura das crianças e jovens das periferias, algo que quem está de fora muitas vezes prefere não enxergar. Transporta-o por meio da crueza das narrativas e da linguagem marcada pela oralidade cotidiana, a um universo escolar opressor e desencantado. A obra de Rodrigo Ciríaco, tão esperada pelo público, será lançada pela Editora DSOP no dia 18 de novembro, às 19h, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional (Av. Paulista, 2.073), na capital paulista.

No retrato de um beligerante ambiente escolar, composto por trechos das histórias pessoais de seus personagens e do cotidiano de alunos e professores, o autor explora a versatilidade formal que vai do microconto – alguns com apenas uma ou duas frases – à dramaturgia, passando por narrações em primeira pessoa e outras, até mesmo cômicas, estruturadas em diálogos. A obra é engenhosamente dividida em estações do ano – verão, outono, inverno e primavera –, o que gera uma leitura vertiginosa, potencializada pelo ritmo acelerado das narrativas, que expõem problemas centrais do Brasil contemporâneo, como preconceitos, fome, analfabetismo funcional, exploração de menores e exclusão.

Fica claro também, em Te Pego Lá Fora, o desafio de educar e, principalmente nos últimos contos, o papel da literatura nesse contexto. Como diz Ferréz em sua apresentação do livro, o “especialista em conflito e em sobrevivência” Rodrigo Ciríaco “faz da palavra outra arma de luta para a melhoria, não individual somente, mas também do coletivo”.

O livro é o segundo título do selo editorial “Literatura Marginal DSOP”, todo dedicado a escritores e obras que tratam de temáticas da periferia, e coordenado pelo romancista, contista e poeta Ferréz – um dos pioneiros desse movimento, que constitui um fenômeno e forte instrumento de manifestação cultural. O primeiro foi Palestra Lágrimas Futebol Clube, de Marcos Teles, apresentado em agosto na Bienal Internacional do Livro de São Paulo.

“Te Pego Lá Fora tem uma potência dramática e literária que faz tremer os conceitos e esperanças do leitor. Para além do literário, é um livro de alta importância sociológica e antropológica”, ressalta Simone Paulino, diretora editorial.

Page 43: Clipping Novembro Editora DSOP

43

O autor

Nascido e criado na zona Leste de São Paulo, Rodrigo Ciríaco é educador, escritor, editor, ativista cultural, traficante literário, e ainda, do tipo faz tudo, daqueles “pau-pra-toda-obra”. Gosta de viajar por meio da literatura, já plantou árvores, teve uma filha, Malu, e publicou 100 Mágoas (2011) e Vendo Pó...esia (2014). Participa há quase dez anos de alguns dos movimentos mais ativos e importantes da cultura contemporânea brasileira: a literatura marginal e os saraus da periferia. Desde 2006, coordena atividades de incentivo à leitura, produção escrita e difusão literária, principalmente dentro de escolas, com o projeto “Literatura (é) Possível”, do qual nasceu o “Sarau dos Mesquiteiros” (sarau da molecada), as edições “Um Por Todos” e o concurso literário “Pode Pá Que É Nóis Que Tá”, voltado para jovens e adolescentes da rede pública em São Paulo.

Sobre a Editora DSOP 

Após sua consolidação como pioneira e referência na área de didáticos e paradidáticos de educação financeira, a Editora DSOP decidiu trazer para seu público infantojuvenil obras que discutem temas que vão além das necessidades materiais, abordando o universo dos sonhos imateriais. O objetivo é criar um catálogo de jovens autores com reconhecida atuação no mercado editorial, contribuindo assim para fomentar o interesse dos leitores pela produção literária contemporânea.

Page 44: Clipping Novembro Editora DSOP

44

Veículo: Quita.meData: 11/11/2014Editoria: Educação FinanceiraSite: http://www.quita.me/blog/livro-mostra-realidade-visceral-das-escolas-da-periferia-por-meio-de-contos-e-poesias/

Livro mostra realidade visceral das escolas da periferia por meio de contos e poesias

Te Pego Lá Fora, de Rodrigo Ciríaco, é o mais novo título do selo editorial “Literatura Marginal DSOP”, dedicado a escritores e obras que tratam de temáticas da periferia.

Um choque de realidade desde o primeiro parágrafo do primeiro conto. Sem pudores ou meias palavras, Te Pego Lá Fora põe o leitor em contato com a vida dura das crianças e jovens das periferias, algo que quem está de fora muitas vezes prefere não enxergar. Transporta-o por meio da crueza das narrativas e da linguagem marcada pela poesia e oralidade cotidiana, a um universo escolar opressor e desencantado. A obra de Rodrigo Ciríaco, tão esperada pelo público, será lançada pela Editora DSOP no dia 18 de novembro, às 19h, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional (Av. Paulista, 2.073), na capital paulista.

No retrato de um beligerante ambiente escolar, composto por trechos das histórias pessoais de seus personagens e do cotidiano de alunos e professores, o autor explora a versatilidade formal que vai do microconto – alguns com apenas uma ou duas frases – à dramaturgia, passando por narrações em primeira pessoa e outras, até mesmo cômicas, estruturadas em diálogos. A obra é engenhosamente dividida em estações do ano – verão, outono, inverno e primavera –, o que gera uma leitura vertiginosa, potencializada pelo ritmo acelerado das narrativas, que expõem problemas centrais do Brasil contemporâneo, como preconceitos, fome, analfabetismo funcional, exploração de menores e exclusão.

Fica claro também, em Te Pego Lá Fora, o desafio de educar e, principalmente nos últimos contos, o papel da literatura nesse contexto. Como diz Ferréz em sua apresentação do livro, o “especialista em conflito e em sobrevivência” Rodrigo Ciríaco “faz

Page 45: Clipping Novembro Editora DSOP

45

da palavra outra arma de luta para a melhoria, não individual somente, mas também do coletivo”.

O livro é o segundo título do selo editorial “Literatura Marginal DSOP”, todo dedicado a escritores e obras que tratam de temáticas da periferia, e coordenado pelo romancista, contista e poeta Ferréz – um dos pioneiros desse movimento, que constitui um fenômeno e forte instrumento de manifestação cultural. O primeiro foi Palestra Lágrimas Futebol Clube, de Marcos Teles, apresentado em agosto na Bienal Internacional do Livro de São Paulo.

“Te Pego Lá Fora tem uma potência dramática e literária que faz tremer os conceitos e esperanças do leitor. Para além do literário, é um livro de alta importância sociológica e antropológica”, ressalta Simone Paulino, diretora editorial.

O autorNascido e criado na zona Leste de São Paulo, Rodrigo Ciríaco é educador, escritor, editor, ativista cultural, traficante literário, e ainda, do tipo faz tudo, daqueles “pau-pra-toda-obra”. Gosta de viajar por meio da literatura, já plantou árvores, teve uma filha, Malu, e publicou 100 Mágoas (2011) e Vendo Pó…esia (2014). Participa há quase dez anos de alguns dos movimentos mais ativos e importantes da cultura contemporânea brasileira: a literatura marginal e os saraus da periferia. Desde 2006, coordena atividades de incentivo à leitura, produção escrita e difusão literária, principalmente dentro de escolas, com o projeto “Literatura (é) Possível”, do qual nasceu o “Sarau dos Mesquiteiros” (sarau da molecada), as edições “Um Por Todos” e o concurso literário “Pode Pá Que É Nóis Que Tá”, voltado para jovens e adolescentes da rede pública em São Paulo.Category: DICAS CULTURAIS Tags:contos, livro, periferia, poesias

Page 46: Clipping Novembro Editora DSOP

46

Veículo: Entropia DialéticaData: 10/11/2014Editoria: Educação FinanceiraSite: http://jogodevoce.blogspot.com.br/

Entrevista com Rodrigo Ciríaco, autor de "Te pego lá fora"

Na próxima terça-feira a Editora DSOP irá relançar um livro que, a meu ver, já se tornou um

clássico da literatura contemporânea brasileira. O "Te pego lá fora", de Rodrigo Ciríaco,

lançado originalmente em 2008 pelas Edições Toró.

O lançamento vai ser 18 de novembro, a partir das 19h, na Livraria Cultura. Tive o privilégio de

estar no primeiro lançamento há seis anos e pretendo ir novamente nesse.

Aproveito a deixa pra publicar aqui uma entrevista que o Rodrigo gentilmente me cedeu em

2008 para um trabalho da matéria de Didática que estava fazendo na licenciatura. Várias

perguntas são baseadas nos contos de "Te pego lá fora", então pode ajudar a deixar o pessoal

um pouco mais curioso pra ir no lançamento.

Page 47: Clipping Novembro Editora DSOP

47

Entrevistador:  Conte um pouco sobre sua formação escolar. Onde estudou? Como era a

escola? Como era sua relação com colegas, professores, funcionários, instituição?

Rodrigo: Estudei na Escola Estadual Profa. Irene Branco da Silva. Fica na Vila Rui Barbosa, subdistrito da Penha, Zona leste de São Paulo. Era uma boa escola na época que entrei e que foi se degradando com o tempo. Havia turmas de todos os períodos (na época, Primeiro e Segundo Grau), e lembro de ter participado de atividades no laboratório, biblioteca, quadra, além, claro, da sala de aula. Utilizei bem todos os recursos pedagógicos disponíveis.             Eu era um CDF na escola. Só que não era um cara fechado, quadradão; pelo menos não depois da oitava série, quando passei a estudar no período noturno. Tive uma relação muito boa com colegas de classe, funcionários, professores da escola, ou seja, com toda a instituição. Claro, até o momento que eu fiz o papel de “bom-mocinho”, pois quando fui tentar organizar uma festa para ajudar um professor muito querido por todos na escola que estava com um sério problema de saúde, tive uma relação conflituosa com a direção, que não queria autorizar a festa. Fiz um abaixo-assinado, colhi centenas de assinaturas, discuti a questão com colegas da escola e, mesmo não tendo realizado a atividade, foi importante para marcar posição e provocar a direção; além de constatar que eles nem sempre faziam o que era melhor para os alunos, mas o que era conveniente para eles.

E:  O que motivou sua escolha pela carreira de professor? Quando tomou esta decisão?

R.: O que motivou mesmo a minha escolha pela carreira foi ter conhecido bons

Page 48: Clipping Novembro Editora DSOP

48

professores de história ao longo de minha trajetória discente, em especial nos últimos anos do Segundo Grau e um professor do cursinho. Mas, como eu falei, eu era um aluno CDF. E gostava de sentar com colegas, ajudá-los nos momentos de dificuldade, participar de seminários, etc. Acho que eu já tinha uma pré-disposição para a carreira docente. Mas a decisão, mesmo, só foi aos quarenta minutos do segundo tempo, pouco antes de indicar a opção nos vestibulares da Unesp e Fuvest. Antes, eu havia pensado também em Psicologia.

E:  Na sua descrição que aparece no livro “Te pego lá fora” é dito que você já recebeu

propostas para lecionar em instituições de ensino privado. No entanto, você recusou.

Por que esta opção pelo ensino público? Para você, o que está em jogo na oposição

entre ensino público e privado?

R.: Primeiro, eu sempre estudei em instituições públicas de ensino. Desde o pré, até a Faculdade (formei-me na USP). Tenho uma convicção de que todo o investimento de dinheiro público que foi feito na minha formação, na minha pessoa, tem que, de certa forma, ter um retorno à sociedade. Acredito que este retorno se dá a partir do momento em que eu faço a opção de trabalhar numa instituição pública de ensino, apesar das enormes dificuldades: administrativa, organizacional, salarial, pedagógica, etc.            Outra coisa é que eu acredito que a Educação deveria ser pública, gratuita e de qualidade, para todos. Sem distinção. A partir do momento que transformamos a Educação em mais uma mercadoria, separamos o que algo é algo de Direito para todos em um objeto de consumo – com variantes qualitativas – disponíveis para poucos, reproduzimos um problema seríssimo: a desigualdade. Então, por isso esta opção pelo ensino público, gratuito.            Hoje em dia eu até repenso esta minha opção em não trabalhar em colégios particulares. Em certos momentos eu acho que até deveria estar lá para provocar esta instituição, provocar os valores que ela traz em si e os valores que os alunos que a freqüentam possuem. Mas não sei se conseguiria conciliar com o ensino no Estado e, dentro da minha chatice, sinceridade e seriedade que compartilho na minha profissão, acho que não duraria muito tempo também.

E: Conte um pouco sobre suas primeiras impressões como professor. O que mais lhe

marcou no início da vida docente? O que foi mais fácil/difícil, interessante, etc?

Page 49: Clipping Novembro Editora DSOP

49

R.: O que mais me marcou no início foi o “batismo de fogo”, realizado pelos professores. Lembro muito bem da experiência que foi a primeira vez que eu entrei numa sala de professores: as pessoas me olhando, tal qual eu fosse um animal, um objeto estranho. Uma curiosidade excessiva de olhares sobre a minha pessoa, uma coisa invasiva. Eu tinha apenas vinte anos, uma cara de moleque de Ensino Médio na sala dos “Veteranos”. Quando eles souberam que eu era o professor substituto que havia atribuído algumas aulas livres, quase deram risada. O que choveu foi conselho: - “Olha, cuidado. Nessa escola só tem animal.” “Rapaz, bem-vindo. Seja firme, você vai entrar numa jaula.” Foram estas palavras utilizadas. Ou seja, recepção melhor, não podia ter existido...            Para mim o que foi mais fácil foi a relação com os alunos. Descobrir que eles não são aqueles “animais” que os professores apontam. São difíceis de lidar, como toda criança e adolescente algumas vezes são muito difíceis, mas não a ponto de desumaniza-los daquela maneira. Procurei sempre vê-los como gente, como pessoas, em primeiro lugar tratá-los com respeito para poder exigir isso deles. Isso facilitou muito.            A minha maior dificuldade foi com a minha insegurança. A dificuldade em acreditar que eu era capaz de lecionar, que eu podia fazer aquele trabalho. Isso foi, e em partes ainda é, o mais difícil para mim. Com o tempo eu descobri que a experiência prática das coisas vai nos trazendo mais segurança. O tempo é um fator muito importante. E além disso, a preparação, o estudo, são vitais para diminuir esta sensação. Quanto mais preparado, mais organizado em relação ao que ia fazer eu estava, menos inseguro eu ficava. Ainda que nada do que eu tivesse preparado fosse executado da maneira como eu pensei, se eu me preparei, mais seguro estava.

E: O conjunto de experiências relatadas em seu livro chama a atenção para diversos

problemas encontrados em grande parte das escolas públicas atualmente. Gostaríamos

que você relatasse um pouco como você enfrenta alguns destes problemas, por

exemplo:

a) Em contos como “Cara-de pau”, “Um estranho no cano”, “Socá pra dentro”, “Medo”,

podemos perceber uma relação extremamente hostil dos professores e funcionários da

escola em relação aos alunos, que são frequentemente insultados, ofendidos,

humilhados e até mesmo agredidos fisicamente. Como você lida com esta situação no

seu dia-a-dia? Você tem alguma opinião sobre as possíveis causas deste problema?

Page 50: Clipping Novembro Editora DSOP

50

R.: Com muita revolta. A hostilidade, ofensas, humilhação e violência é uma situação quase que cotidiana dentro da escola. Tanto por parte de alguns alunos, quanto por parte de funcionários e professores.            Da minha parte, eu tento lidar com esta situação através do diálogo, respeito. Algo que não abro mão dentro de sala de aula ou da própria escola é o respeito.    Estabelecermos sempre uma relação cordial, onde as regras do contrato – pedagógico – tem que ser claras, o papel de cada um naquele espaço, tem que estar claro. E quando não estão, quando este contrato é violado, por alguma das partes, tem que sentar e conversar. O diálogo, a clareza das coisas é fundamental dentro da escola. E quando o diálogo, a conversa, a clareza das coisas não funciona, sanções, reparações e punições devem ser aplicadas.            Com relação a colegas e alunos, tento orientar, ambas as partes. Se observo alguma postura que não gosto de algum companheiro, tento chegar, conversar. Se for amigo, um bate-papo informal, trocar uma idéia; se não for, expor a situação, o problema em algum espaço legitimado para isso, seja um HTPC, seja um conselho de classe. E, no caso do aluno, eu relato o que ele pode fazer a nível institucional para resolver o problema.            Algumas idéias sobre a causa deste problema eu penso que são: a desorganização do espaço escolar, tanto administrativamente quanto pedagogicamente; a falta de autoridade (não autoritarismo) e profissionalismo por parte de alguns profissionais da educação; a falta de regras claras que definam os papéis de cada um dentro daquele espaço, entre outros.

b) Em contos como “A.B.C.”, “Aprendiz”, “Bia não quer merendar”, “Nos embalos”,

“Questão de postura”, “Miolo mole frito”, “A placa”, são retratadas situações que muitas

vezes ultrapassam os muros da escola e mostram a extrema violência, em diversos

aspectos, a que estão submetidos os alunos. Em diversos casos tais situações chegam

a provocar a evasão escolar, como em “A placa”. Como você encara esta situação? E a

instituição escolar? Há alguma preocupação com a vida dos estudantes por parte dela?

R.: Vejo isto como um problema muito sério. Na escola, acabamos por estabelecer uma relação humana, pedagógica, social com os alunos, baseada principalmente na confiança. Depois que você está há um tempo na escola – pelo menos um ano, um ano e meio, acredito – desenvolvendo um trabalho sério com uma mesma turma, você consegue adquirir a extrema confiança deles. E com isso, muitos destes casos

Page 51: Clipping Novembro Editora DSOP

51

que aparecem as vezes de maneira superficial – no sentido de só vermos a ponta do iceberg – são apresentados a você de uma maneira mais profunda, mais intensa, até como forma de compartilhar não apenas a violência, o problema, mas a sua solução.            Da minha parte, procuro não me omitir quando vejo uma situação destas. Converso muito com os alunos, com o seu consenso informo a situação à Coordenação, à Direção da escola; se necessário converso com os responsáveis. A questão das drogas, a violência doméstica, o abuso sexual, o trabalho infantil, entre outros, são questões que estão colocadas, existem, não podem ser ignoradas. Só que é muito difícil lidar com isto já que muitas vezes lidamos sozinhos com estas situações. A escola, enquanto instituição, deveria responsabilizar-se, mas infelizmente não o faz, e quando o faz, faz de uma maneira equivocada. Eu creio que os profissionais que fazem parte dela não estão preparados – como muitas vezes eu não estou – mas o maior problema é o desejo de não querer se aprofundar nestas questões, já que elas demandam tempo, responsabilidades e muito trabalho. Somados ao nosso já cotidiano massacrante, estas questões são muitas vezes ignoradas ou postas de lado, o que não resolvem as violências pelas quais estão submetidas estas crianças e adolescentes.

c) Em contos como “Da frente do front”, “Papo reto”, “Perdidos na selva”, “Um estranho

no cano”, a situação de tensão constante também parece afetar a relação entre os

professores, entre estes e a direção da escola, e daqueles que trabalham na escola com

as outras pessoas de seu convívio social. Frequentemente os professores que acreditam

na educação pública como um princípio aparecem taxados como “idealistas” ou

“ingênuos”, e são coagidos moralmente para se “enquadrar no esquema” e agir como

todos os demais. Conte como você lida com esta situação no seu cotidiano.

R.: Olha, algumas vezes eu dou risada, em outras eu finjo que não é comigo. Muitas vezes eu tento apenas ignorar este tipo de comentário, mesmo porque se for rebater a toda hora, a todo instante em que eles são manifestados, não faria outra coisa na escola. Mas há determinados momentos que precisamos questionar estas opiniões e posturas, principalmente quando isso se manifesta quase como uma coerção moral. Mesmo porque senão acabamos caindo na idéia de que não é possível mudar, de que nada funciona, nada dá certo. Algumas vezes eu sinto isto, claro, faz parte, dependendo do dia, dos problemas e situações que enfrentamos, ficamos enfraquecidos, querendo desistir. Mas no dia que eu tiver a desistência

Page 52: Clipping Novembro Editora DSOP

52

total como princípio, como muitos colegas meus já fizeram, eu abandono a escola. Acredito que será mais salutar para mim, para os profissionais que me rodeiam e para os alunos.

E: Em “Da frente do front” é mostrada a relação conflituosa existente entre os

professores e alunos que defendem a escola pública e o governo, responsável por sua

gestão. Em “Papo reto”, este mesmo conflito é colocado dentro dos muros da escola,

com a direção. Como você enxerga a gestão da educação pública hoje em dia? Ela é

democrática? Você considera que possui autonomia para desenvolver seus projetos e

seu método pedagógico? Como você lida com isto?

R.: Pergunta um “tantinho” quanto complexa. Primeiro, precisamos definir o conceito do que entendemos por democracia. Democracia é “o poder pelo povo”? Certo. Mas entendo que, na instituição escolar, democracia é a garantia de você ter direitos. Ou seja, uma escola democrática, pra mim, é aquela que garante um bom aprendizado e desenvolvimento do aluno, enquanto estudante e enquanto ser humano. Avaliando por este ponto, nossas escolas não são democráticas. Não apenas porque os alunos não participam das instâncias de decisões – e existem algumas delas que eles não devem participar, já que existe a necessidade de uma certa maturidade e aprendizado técnico, profissional – mas porque eles não estão tendo a garantia dos seus direitos respeitados. Desde o direito mais básico, como o direito à vida e ao desenvolvimento pleno e seguro, quanto o seu direito à educação, cultura, lazer, respeito. Isto não está acontecendo em nossas escolas.            Com relação ao desenvolvimento de projetos pedagógicos, temos autonomia sim. Em alguns pontos, autonomia até demais, eu acho. Pois o fato de não haver uma fiscalização, de não haver uma cobrança sobre o trabalho dos professores, é parte da responsabilidade desta lambança que temos hoje no ensino.            Por outro lado, não concordo com o método que a Secretaria de Educação Estadual está querendo “corrigir” este erros, com os “caderninhos” de proposta curriculares para o ano letivo. Aquilo chega a soar como ridículo. Primeiro porque desconsidera todo o aprendizado, toda a formação profissional do professor, responsabilizando-o pela nossa situação catastrófica por “não saber ensinar”, e as coisas não são bem assim. Segundo, o Estado, com estes cadernos, faz o professor se comprometer com metas pelas quais ele sabe que o professor não poderá cumprir. Por exemplo: em História, nos quatro anos do ciclo II do Ensino Fundamental, parece que somos obrigados a trabalhar a história de “Deus e sua

Page 53: Clipping Novembro Editora DSOP

53

época”, ou seja, tudo. Isto é inviável. Seria muito mais ético fazer com que os professores estabelecessem sim, uma proposta curricular, um programa de trabalho ao longo do ano, mais um programa sincero, nas quais os profissionais pudessem se comprometer com a sua meta e realização real, na prática, e não essa proposta curricular que é quase impossível de se fazê-la cumprir com o aluno tendo o aprendizado concluído – já que esta também é uma questão posta: qual o nosso objetivo? Aplicar o programa, a proposta, na sua totalidade, como eles mandam – ou seja, conteúdo, conteúdo, conteúdo -, ou fazer o aluno apre(e)nder, de verdade, ainda que seja o mínimo e necessário? Das duas, eu fico com a segunda. Prefiro que o aluno apreenda um conteúdo mínimo proposto, com informações elementares à sua vida, e tenha domínio sobre isso.            Que fique claro: não se trata de se comprometer com a “educação mínima”, ensinar apenas o básico aos alunos, não é isto. Mas rever a nossa proposta curricular atual e determinar o que é viável, praticável e possível inclusive para que isto possa ser cobrado e sua execução avaliada.

E: Por fim, podemos ver hoje em dia uma série de conflitos políticos colocados na cena

da educação pública, com diversas greves e protestos dos professores não apenas pelo

aumento salarial, mas também contra políticas do governo estadual. Como você vê o

papel político dos professores atualmente? Qual a sua importância? Como você enxerga

a atuação da APEOESP?

R.: Os professores não tem um papel político atuante atualmente, com raras exceções, é claro. A maioria está de saco cheio de tudo, querendo apenas saber quanto vai cair de salário e pronto. Não os culpo por chegarem nestas situações, muitos deles devem inclusive ter sido “idealistas” como sou hoje e, por conta da estrutura, do governo, da direção, e dos raios-que-o-partam, chegaram a este ponto. Não os culpo por isto. Irei culpá-los se estiverem de saco cheio, cansados e continuarem na rede, empurrando com a barriga, fazendo um péssimo trabalho, enganando os pais, a sociedade, os alunos. Aí devem ser responsabilizados. Mesmo porque, eu fico pensando – agora, neste exato instante – se houvesse um êxodo em massa de profissionais da educação, um grito de “Basta!” emitido pelos professores, talvez o governo tivesse que fazer mudanças que são profundamente necessárias em relação a nossa categoria.            Os professores não são valorizados hoje em dia. E por responsabilidade sua, em primeiro lugar. O docente não se valoriza muitas vezes enquanto pessoa,

Page 54: Clipping Novembro Editora DSOP

54

enquanto profissional – na sua formação. O governo só complementa o trabalho.            A APEOESP deveria servir para alguma coisa, já que é um dos maiores sindicatos da América Latina. Eu ainda estou tentando descobrir para o que ela serve, por isso que sou filiado. E apesar do número de professores sindicalizados, não acho que ela tenha a representatividade em nosso meio como parece. E para mim um dos problemas é que ela mesmo não se leva a sério.            A APEOESP deveria defender a educação, mas ela só sabe defender a corporação. Isso, é grave. Pois o fato de uma pessoa ser professor não significa que ela é uma boa pessoa, um bom profissional. Qualquer ser humano que estude, faça uma faculdade boca-de-esquina qualquer ligado à área educacional pode se tornar um docente, e aí? Por isso ele se torna um cara, uma mina legal? Então não acho que todo professor é defensável, e a APEOESP faz isso – não que não tenha direito de defesa, mas não se pode colocar todos como “santos” como este sindicato muitas vezes faz.            Outro problema da APEOESP é que ela sempre coloca, como carro-chefe de suas reivindicações, a questão salarial. É claro, é óbvio que o professor precisa ganhar melhor, ter um bom plano de carreira, isto é óbvio. Mas uma coisa eu tenho como certa: ainda que houvesse um aumento de 100% dos salários dos professores, não ia ter mudanças substanciais na qualidade da educação paulista. Não creio. O que ia mudar é que o poder de consumo, o poder de compra destes professores iriam aumentar, mas não acredito que isso fosse ter um grande impacto na educação. Muitos docentes não iam abandonar seus outros cargos por conta do aumento, muitos docentes não iam melhorar a preparação de aulas por causa do aumento, muitos docentes não seriam mais decentes, mais humanos na relação com os alunos que eles tratam como lixo, como bicho, muitas vezes, só por causa deste aumento. E o sindicato só fica nesta ladainha: aumento, aumento, aumento.                      Acho que tem outras coisas para serem colocadas na pauta de reivindicações, não apenas como adendo, mas como proposta mesmo. Uma coisa já falei é a questão da proposta curricular: fazer uma proposta viável. Discutir, seriamente, o que o aluno deve aprender na escola, o que é possível ensinar durante um ano letivo, já que a história de “Deus e sua época” não é possível. Outra coisa: vamos diminuir o número de alunos por sala. Vinte alunos por sala, já. Pra ontem. Que se construam mais escolas, que se repense os seus horários, não importa. Vinte alunos por sala, já. É um número razoável, satisfatório e adequado para o professor trabalhar, desenvolver diferentes propostas, projetos. Entre outros

Page 55: Clipping Novembro Editora DSOP

55

coisas. Se o professor conseguisse ensinar os seus alunos dentro de uma proposta curricular viável, em que todos aprendessem, trabalhando ao longo de alguns anos letivos numa sala com vinte alunos, tenho plena convicção de que algumas mudanças surgiriam: a) a evasão, problemas de indisciplina, diminuiriam; b) a qualidade da educação melhoraria; c) alunos e professores estariam mais satisfeitos, com auto-estima elevada.            Posso dizer, com toda franqueza, que eu dispensaria inicialmente um aumento de salário se eu tivesse condições pedagógicas, administrativas e estruturais para trabalhar, se eu estivesse satisfeito com o meu trabalho. Ficaria lá, com os meus quatro salários mínimos, sem problema. Nós, seres humanos, não somos apenas material, não é só a massa e o concreto que importam, mas precisamos de realização, precisamos saber que o nosso trabalho, o nosso investimento está rendendo bons frutos, que não é apenas um gasto, uma energia, física, emocional, mental que você aplica e vai pro espaço, não é aproveitada. Se nós conseguíssemos executar ações capazes de fazer com que tenhamos este retorno, com que tivéssemos resultados, seria muito mais benéfico para todos, e acredito que muitos de meus colegas professores estariam satisfeitos com isto.

E: Gostaria de fazer alguma consideração final?

R.: Apenas que as questões aqui colocadas são bem complexas, que eu não tive o tempo adequado para responder à todas, já que as respostas demandariam semanas, meses de pensamento, reflexão e ação, mais do que apenas a semaninha que tive para fazê-las. Dizer que Educação é algo que eu levo muito a sério, gostaria que as pessoas envolvidas neste meio também o fizessem e, se acha que não dá conta, se acha que não é possível mudar, se acha que não tem o que fazer; se você não está a fim de investir nessa guerra que parece que não terá fim e que não conseguiremos uma transformação, seja sincero contigo, abandone o barco e vá fazer outra coisa da vida. Eu mesmo já pensei em desistir – estou pensando muito nos últimos meses –, mas enquanto acreditar, prossigo. Quando desistir, se desistir, aviso. Gostaria que outros profissionais da educação fizessem o mesmo.            Quem vai começar a mudar a educação não será o governo, não apenas. Seremos nós. Aqui em São Paulo um partido político está há quinze anos tocando o barco e não conseguiu tapar os buracos. Já estamos com a água no pescoço e afundando. Portanto, temos muito trabalho a fazer. Façamos. Não podemos perder mais tempo.

Page 56: Clipping Novembro Editora DSOP

56

Page 57: Clipping Novembro Editora DSOP

57

Veículo: Diário da ManhãData: 07/11/2014Editoria: Educação FinanceiraSite: http://educarparacrescer.abril.com.br/leitura/livros-cordel-810589.shtml

LITERATURA

Livros de cordelUma lista de livros para quem quer se familiarizar com o estilo do cordel

O cordel é geralmente escrito em forma rimada

Os folhetos de cordel são uma das nossas mais conhecidas tradições populares. Muito fortes especialmente no Nordeste do país, eles difundiram um novo jeito de contar histórias, inspirando autores por todo o país e extrapolando seu formato clássico em pequenos folhetos. Selecionamos algumas histórias para quem quer conhecer melhor esse gênero. Pode ser uma ótima oportunidade para conhecer algumas histórias clássicas e para ganhar mais afinidade com um jeito tão brasileiro de fazer literatura. Boa leitura!

Para ler, clique nos itens abaixo:

1. O Menino do Dinheiro em Cordel

Page 58: Clipping Novembro Editora DSOP

58

Autores: Reinaldo Domingos e José SantosIlustração: Luyse CostaEditora: Dsop

O Menino do Dinheiro é um personagem já presente nos livros paradidáticos, e os autores resolveram que já era hora de ele conhecer o Nordeste, terra de seus avós. Agora um moço crescido, o Menino do Dinheiro curte essa terra tão cheia de belezas e de gente criativa. Em meio a mandacarus e violeiros, descobre o universo do cordel e presencia um desafio e tanto: o embate entre dois repentistas sabidos e cheios de palavras.

2. Memórias Póstumas de Brás Cubas (em cordel)

Autor: Machado de AssisAdaptação: Varneci NascimentoIlustração: Cristina CarneloEditora: Nova Alexandria

O emblemático romance brasileiro, narrado por um defunto autor, é recontado em versos de cordel. Faz parte da coleção de clássicos em cordel, que traz grandes obras da literatura para esse estilo tão brasileiro.

3. Romeu e Julieta (em cordel)

Autor: William ShakespeareAdaptação: Sebastião MarinhoIlustração: MuriloEditora: Nova Alexandria

Mais um livro integrante da série de clássicos recontados em cordel, narra a história do amor proibido entre Romeu e Julieta, uma das obras mais conhecidas de Shakespeare.

4. Escrava Isaura

Page 59: Clipping Novembro Editora DSOP

59

Autor: Bernardo GuimarãesAdaptação: Varneci NascimentoIlustração: Valdério CostaEditora: Nova Alexandria

Um dos títulos mais famosos da nossa literatura recontado em cordel, com a adaptação de Varneci Nascimento. Narra a história de Isaura, uma escrava branca que depois da morte da matriarca da família em que foi criada, fica sob a responsabilidade de Leôncio, que faz Isaura sofrer.

5. A Lenda do Batatão

Autor: Marco HaurélioEditora: SESI-SP

Utilizando a estrutura do cordel e inspirando-se na xilogravura, Marco Haurélio e Jô de Oliveira nos contam A Lenda do Batatão, onde o vaqueiro Chico Lopes se mete numa grande aventura para ajudar o rico coronel Juca Bastos a encontrar paz depois da morte.

6. Desafios de Cordel

Autor: Cesar ObeidIlustração: Fernando VilelaEditora: FTD

Este é um ótimo livro para quem quer conhecer diversos gênero do cordel: jornalístico, biográfico, os desafios e pelejas entre os cantadores. Os poemas possuem ilustrações feitas em técnica mista, inclusive a xilogravura, técnica típica das capas dos folhetos tradicionais.

7. Colcha de Retalhos

Page 60: Clipping Novembro Editora DSOP

60

Autor: Moreira de AcopiaraIlustração: Erivaldo Ferreira da SilvaEditora: Melhoramentos

Joana é uma senhora nordestina que há quinze anos cose uma colcha com os retalhos dos tecidos das roupas de sua neta, desde o nascimento da pequena Regina. Seria um presente de noivado, quando ela fosse se casar. Regina, um dia, aceita uma proposta de casamento, porém não foi conforto, saúde, aliança nem colcha de retalhos que recebeu de presente.

8. Peripécias da Raposa

Autor: Marco HaurélioIlustração: Klevisson ViannaEditora: Leya

Esta fábula em cordel reúne duas histórias que têm como protagonista a raposa. No primeiro episódio, a Raposa é companheira do Macaco nas traquinagens, mas mostra-se imprudente ao ignorar os conselhos do amigo. No segundo, tenta devorar o Urubu, impossibilitado de voar depois de ter as penas encharcadas por uma pesada chuva.

9. Histórias de bobos, bocós, burraldos e paspalhões

Autor: Ricardo AzevedoEditora: Ática

Este livro traz versões superdivertidas de quatro contos populares, reunidos a partir de um ponto em comum, o herói tolo. São elas: 'Façanhas do Zé Burraldo', 'O casamento de Mané Bocó', João Bobão e a princesa chifruda' e 'Quanta besteira o mundo tem'.

Page 62: Clipping Novembro Editora DSOP

62

Veículo: ,agregarioData: 03/11/2014Editoria: Educação FinanceiraSite: http://agregario.com/festival-livro-literatura-sao-miguel-tera-contacao-historias-

performance-ilustracao

Festival do Livro e da Literatura de São Miguel terá contação de histórias e performance de ilustraçãoPublicado originalmente em 03.11.2014 por Maxpress

De 6 a 8 de novembro, ocorre a 5ª edição do Festival do Livro e da Literatura de São Miguel. O evento, que é promovido pela Fundação Tide Setubal, poderá ser aproveitado em mais de 20 locais da zona leste, como praças, clubes e bibliotecas. E a Editora DSOP participará com a presença de autores e ilustradores.

No primeiro dia, Marcos Teles fará o lançamento de seu livro Palestra Lágrimas Futebol Clube, às 10h, na Praça Fortunato da Silveira (Morumbizinho). A obra surge como uma homenagem aos 100 anos de história do Palmeiras e marca a estreia do novo selo da Editora, "Literatura Marginal", com curadoria de Ferréz. Entretanto, o livro não é destinado somente aos torcedores do Palmeiras, mas a todos os amantes de futebol, bem como os apaixonados por uma excelente leitura.

Teles surpreende o leitor expondo uma narrativa recheada de dramaticidade, sem perder de vista o compromisso social e ideológico. A obra narra a história de Vicente, um trabalhador já tão fatigado pela miséria e pela forte seca de sua terra natal que encontra na cidade de São Paulo muita esperança, amores, tristezas e uma paixão verde e branca sem igual.

Após perceber que a estiagem era tamanha, o sertanejo não tem dúvidas de que é hora de partir e aceita uma proposta para tentar uma vida nova na cidade grande. Mal sabia ele que essa viagem lhe traria tantas aventuras boas e ruins. Apesar de ele no sertão não ter muito contato com o futebol, é a partir de encontros com amigos torcedores do Palmeiras que sua história começa a seguir um caminho diferente, despertando nesse homem de vida tão sofrida a vontade de voltar a sorrir.

E por isso ele diz: "Esse verde todo, essa vida toda aqui dentro. É igual meu sertão depois da chuva". Para o autor, "o livro fala de um amor imensurável, de esperança e da força de um destino implacável. O futebol não é apenas um jogo e o leitor vai entender que só há perdão onde existe muito amor”.

Na sexta (07), às 14h, é diretora editorial Simone Paulino organiza uma contação de história sobre sua obra O Sonho Secreto de Alice, no Instituto Nua. O livro revela para crianças uma questão que atinge milhões de brasileiros: o analfabetismo. A autora conta a vida de uma garota esperta que, quando criança, trabalhava na roça, com os pés no chão. No entanto, gostava mesmo era de viver nas alturas. Ela cresce, se casa, tem filhos, netos e bisnetos, realiza alguns sonhos outros não e, em meio a tudo isso, guarda um grande segredo escondido em pedacinhos de papel espalhados por sua casa. Alice representa a história de milhões de brasileiros que, apesar das dificuldades e limitações impostas pela vida, não deixam nunca de sonhar. O livro propicia aos leitores o contato com uma questão real e comum que é o direito à educação e à própria condição de poder sonhar.

Page 63: Clipping Novembro Editora DSOP

63

Logo em seguida, a ilustradora de O Sonho Secreto de Alice, Luyse Costa, faz uma performance de ilustração dessa e de outras obras publicadas pela Editora, como Diana, Luana, Luanda escrita por Ana Lasevicius e Uma Aventura Animal de Maria Valéria Rezende.

Sobre a Editora DSOP

Com o slogan “Mais que livros, sonhos!”, a Editora DSOP sintetiza sua razão de sere o foco da sua atuação no mercado editorial brasileiro. A Editora foi criada para editar obras que ajudem o leitor a sonhar e a buscar a realização dos seus sonhosmateriais e não materiais.

O catálogo de literatura infantil, em especial, privilegia excelentes títulos que oferecem às crianças elementos que contribuem para odesenvolvimento do gosto pela leitura e pela fantasia, tão essenciais para a organização harmoniosa de sua vida nos aspectos psíquico e social.

Entre as obras didáticas e de não ficção, destaca-se a primeira coleção de Educação Financeira para o Ensino Básico do país, com livros que contemplam todos os ciclos de ensino. Esse material já foi adotado em centenas de escolas públicas e privadas do Brasil onde o tema finanças é parte do currículo escolar.

Serviço

5º Festival do Livro e da Literatura de São Miguel

Lançamento Palestra Lágrimas Futebol Clube, com Marcos Teles

Data: 06 de novembro

Horário: às 10h

Local: Praça Fortunato da Silveira

Contação de histórias, com Simone Paulino

Data: 07 de novembro

Horário: às 14h

Local: Instituto Nua

Endereço: Rua Tancredo de Almeida Neves, 87

Performance de ilustração, com Luyse Costa

Data: 07 de novembro

Horário: às 14h30

Local: Instituto Nua

Endereço: Rua Tancredo de Almeida Neves, 87

Page 64: Clipping Novembro Editora DSOP

64

Veículo: RefrescanteData: 01/11/2014Editoria: Educação FinanceiraSite: http://refrescante.com.br/obra-infantojuvenil-de-ferrez-fala-de-preconceito-e-exalta-a-

beleza-negra.html

Obra infantojuvenil de Ferréz fala de preconceito e exalta a beleza negra

Em um momento em que é celebrado o Dia da Consciência Negra, Ferréz traz à tona as questões que envolvem esse tema em sua obra infantojuvenil Amanhecer Esmeralda. O livro já parte de uma realidade que não é comum nas histórias infantis, já que foca na periferia e na pobreza de forma tão calcada no real.

A protagonista, que é afrodescendente, aprende a valorizar “beleza de princesa africana” e, dentre tantas situações difíceis pelas quais passa, entende que a mudança vem de dentro e depende de cada um. A obra é a primeira de Ferréz publicada pela Editora DSOP – outras duas também estão programadas, sempre tendo como alvo o público infantojuvenil.

A obra tem muita proximidade com a realidade, já que é baseada na história de uma fã de Ferréz, e acompanha a história da vida nada fácil de Manhã, uma menina negra e pobre que vive na periferia de uma grande cidade. Essa realidade faz com que a menina esteja sempre de baixo astral, contudo, como em um conto de fadas moderno, sua realidade se transforma quando ela ganha um vestido esmeralda de um professor.

Com isso o autor mostra uma visão muito pessoal de que a mudança da realidade depende do reposicionamento da autoestima de cada pessoa. E como que em um efeito “bola de neve”, as melhorias não se resumirão apenas a Manhã, sendo que todos, percebendo a lição passada pela menina, iniciam o processo de mudança de toda comunidade em que vivem.

O autor, que se tornou famoso por conseguir reproduzir em palavras o drama das pessoas que vivem na periferia, possui uma linguagem que se aproxima muito da oralidade, e desenvolve uma literatura chamada de marginal, que carrega uma visão de mundo muito particular.

Para reproduzir a história de Amanhecer Esmeralda e a realidade que a mesmas representam, foi desenvolvido um projeto gráfico simples, mas moderno e atraente, permitindo uma harmonia perfeita entre texto e as belíssimas ilustrações do Rafa Antón.

Sobre o AutorFerréz é um híbrido de Virgulino Ferreira (Ferre) e Zumbi dos Palmares (Z) e uma homenagem a heróis populares brasileiros. Ferréz começou a escrever aos 12 anos de idade, acumulando contos, versos, poesias e letras de música. Antes de se dedicar exclusivamente à escrita, trabalhou como balconista, auxiliar – geral e arquivista. Seu primeiro livro, Fortaleza da Desilusão, foi lançado em 1997, com patrocínio da empresa onde trabalhava.

A notoriedade veio com o lançamento de Capão Pecado que está na quinta edição, lançado em 2000, romance sobre o cotidiano violento do bairro do Capão Redondo, na periferia de São Paulo, onde vive o escritor. Ligado ao movimento hip hop e fundador da 1DASUL (marca de roupa totalmente feita no bairro). Ferréz atuou como cronista na revista Caros Amigos até 2010. Também é conselheiro editorial do jornal Le Mond Diplomatic Brasil.

Page 65: Clipping Novembro Editora DSOP

65

Em sua prosa ágil e seca, composta com doses igualmente fortes de revolta, perplexidade e esperança, Ferréz reivindica voz própria e dignidade para os habitantes das periferias das grandes cidades brasileiras.

Sobre a EditoraCom o slogan “Mais que livros, sonhos!”, a Editora DSOP sintetiza sua razão de ser e o foco da sua atuação no mercado editorial brasileiro. A Editora foi criada para editar obras que ajudem o leitor a sonhar e a buscar a realização dos seus sonhos materiais e não materiais. O catálogo de literatura infantil, em especial, privilegia excelentes títulos que oferecem às crianças elementos que contribuem para o desenvolvimento do gosto pela leitura e pela fantasia, tão essenciais para a organização harmoniosa de sua vida nos aspectos psíquico e social. Entre as obras didáticas e de não ficção, destaca-se a primeira coleção de Educação Financeira para o Ensino Básico do país, com livros que contemplam todos os ciclos de ensino. Esse material já foi adotado em centenas de escolas públicas e privadas do Brasil onde o tema finanças é parte do currículo escolar.

Informações TécnicasFormato: 18×22ISBN 978-85-8276-021-548 páginasPreço: R$ 29,90 

Page 66: Clipping Novembro Editora DSOP

66

Veículo: FLAQData: novembro/2014Editoria: Educação FinanceiraSite: http://flaq.com.br/autores-2/

Page 67: Clipping Novembro Editora DSOP

67

Page 68: Clipping Novembro Editora DSOP

68

Page 69: Clipping Novembro Editora DSOP

69

Page 70: Clipping Novembro Editora DSOP

70

Page 71: Clipping Novembro Editora DSOP

71

Veículo: Jornal OpçãoData: novembro/2014Editoria: Educação FinanceiraSite: http://www.jornalopcao.com.br/opcao-cultural/voz-contundente-implacavel-e-necessaria-da-periferia-21938/

Livro

A voz contundente, implacável e necessária da periferiaNos 27 contos que enfeixam “Te Pego lá Fora”, distribuídos em seções como se fossem as estações do ano, Rodrigo Ciríaco realiza a gênese de uma guerra sem vencedores

Foto: Arquivo PessoalRonaldo CagianoEspecial para o Jornal Opção

Nos últimos anos, vem se (a)firmando, com muita pujança e versatilidade a voz da periferia, num movimento permanente de dar vez, voz e espaço às manifestações culturais, por meio das suas diversas linguagens artísticas, que se impõem não apenas como grito de resistência, mas como autêntica e plural ressonância das expressões de uma comunidade.

Nesse diapasão, a música, o teatro, a dança e a literatura vêm ganhando justo e notório espaço, principalmente porque espelham não somente um grito contra uma realidade sócio-econômica excludente, mas também surgem como pulsão de uma energia criativa e estética, tendente a transmitir um viés crítico e uma maneira peculiar de expor as demandas da arte que viceja nesses locais e que, por conta das contingências, por muito tempo viveu seu apartheid e um solene e criminoso silêncio da mídia.

Page 72: Clipping Novembro Editora DSOP

72

Um dos mais contundentes exemplos dessa realidade cultural multifacética — que se anuncia pelo hip-hop, pelo funk, pelas dicções poéticas e pela ficção — é o trabalho realizado pela Cooperifa. Movimento cultural que há mais de uma década vem revolucionando a arte por meio da participação popular, principalmente, de artistas e escritores excluídos do mercado cultural hegemônico e monopolizado. Ao promover seus saraus, encontros, seminários, apresentações e trocas de experiências criativas, não apenas nos bairros da periferia, mas em importantes espaços e centros culturais da Capital e da grande São Paulo, chamam a atenção para a coerência, vitalidade e responsabilidade de suas propostas.

Dentro dessa atmosfera de criação e envolvimento, várias parcerias e interatividade têm proporcionado o surgimento de um novo momento ou conceito literário — seja na poesia ou na ficção —, em que trabalhos de autores como Ferréz, Sérgio Vaz e Rodrigo Ciríaco vêm despontando no Brasil e no exterior. Tendo a palavra como testemunho existencial e o verbo lúcido como acicate e libelo, transformam em linguagem suas expectativas, reivindicações e demandas, e essa arte por toda a parte, culmina num poderoso instrumento de denúncia, ao mesmo tempo como expansão de um desejo onírico de superação do imenso fosso que separa as tantas cidades que habitam a grande metrópole.

Em seu recente volume de contos “Te Pego lá Fora” (Editora DSOP), o jovem poeta, ficcionista, professor e agitador cultural Rodrigo Ciríaco dá asas a esse imenso caleidoscópio que é a pungente realidade do ensino público, ao retratar, em suas histórias, o quotidiano da sala de aula e os conflitos, dramas, dilemas e enfrentamentos não apenas do professor, mas do aluno, da família e da própria atividade escolar.

Nessas pequenas e incisivas histórias, (re)colhidas pelo seu olhar cirúrgico e percuciente, o autor mapeia um imaginário povoado de tensões em que ensinar é tentar estender uma ponte entre a crueza da vida e a necessidade de extrapolar os gargalos do sistema didático e pedagógico, na esperança de realizar um salto dialético ou uma simbiose entre o impossível e o desejado.

O Rodrigo professor transita pela crueza de vivências amiudadas pelo caos e pelas circunstâncias desagregadoras e desestimulantes e é na pele e na alma do escritor que — entre ficção e realidade — panoramiza esse imenso abismo em que vivem meninos e meninas dentro e fora dos muros da escola. Além do quadro-negro onde as lições são apregoadas, há a o negro quadro que antecede o ingresso do aluno; e é aí que o professor-escritor vai deslindando, com seu faro lírico e com sua inflexão ética, um universo desafiador. Como numa prosa de palimpsestos, cada história vai nos revelando camadas antes invisíveis de uma sociedade esgarçada pelos contrastes e potencializada não apenas pela miséria econômico-financeira, mas pelo declínio moral, pelo veloz e acachapante escalonamento de valores, hierarquizando o medo, a violência, a insegurança, as agressões físicas e psicológicas (como o bullying, a gravidez precoce, o assédio sexual), numa tênue fronteira entre a civilização e a barbárie.

Reverberando em sua literatura esse “mondo cane” de dissolução e de misérias quotidianas, o autor capt(ur)ou, a partir de sua experiência no magistério, lidando com as mais aviltantes situações, a trágica poesia desse tempo marcado pelo temor, pela marginalidade, pela falta de afeto, pela fugacidade das relações familiares e institucionais e por uma escola premida num beco-sem-saídas, em que o docente se transfigura também em pai, confidente, salvador, juiz de conflitos.

Page 73: Clipping Novembro Editora DSOP

73

Nos 27 contos que enfeixam “Te Pego lá Fora”, distribuídos em seções como se fossem as estações do ano, Ciríaco realiza a gênese de uma guerra sem vencedores: metaforiza os invernos e outonos de cada um desses seres divididos e mutilados, para acenar, apesar de todos os desenganos e desencantos que cada experiência, individual ou coletiva, possa suscitar, que ainda há espaço para um verão e uma primavera. Para acenar também que é pela educação e pela implementação da leitura, pela transformação da sala de aula em ambiente de reflexão e crítica propositiva e também pela inclusão da família nesse processo, que uma mudança radical que se quer promover possa ser alcançada.Numa linguagem direta, contundente, seca e às vezes corrosiva, mas real e profundamente humana, Rodrigo Ciríaco preservou uma espécie de sintaxe da opressão quotidiana: a oralidade, o sentimento e a reação de personagens que protagonizam, com suas falas arrevesadas, com suas gírias, seus chistes e maneirismos, esse mundo. Mundo, é bom frisar — costumeiramente tão invisível às autoridades e refratário à própria recepção da crítica literária — esta, tantas vezes reacionária, acadêmica, burguesa e preconceituosa — e que nessa literatura forte, versátil, sem meias palavras ou camuflagens, se mostra sem verniz e com a profundidade semântica e a carga metafórica que as grandes verdades transportam.

Na mesma direção do que afirmou o crítico Marcelo Laier, que na apresentação da obra reconheceu que “o autor executa habilmente a difícil (e raras vezes atingida) transposição da oralidade quotidiana da periferia para uma expressão literária”, o estranhamento da forma com que apresentam os diálogos e a própria narrativa, ressalta a proposta do autor de ser fiel ao conteúdo e à força dessas vidas tão precárias, mas ao mesmo tempo efervescentes na busca de seu lugar numa sociedade que se pretende igualitária, democrática e humanizada.

Sem dúvida, “Te Pego lá Fora” marca a face da literatura brasileira contemporânea com um acento particular, porque subverte a prosa hoje em vigor, sempre o mais do mesmo, para tratar de questões que nos afligem, nos envergonham e nos humilham, sem dourar a pílula.

Rodrigo Ciríaco, que idealizou o Sarau dos Mesquiteiros, outra fonte de resistência à literatura bem comportada que andam fazendo por aí, tem consciência do papel incômodo e catártico que uma literatura deve ter, que deve chacoalhar e subverter o que não contribui para mudar e suas ações como emulador cultural, professor e escritor demonstram o caráter revolucionário de sua ação poético-política, lembrando-nos o que já afirmou Günter Grass, para ele “A literatura só sobreviverá na medida em que continuar sendo subversiva. A periculosidade da literatura, a periculosidade tantas vezes superestimada pelas censuras, é o que a mantém viva. Transformando-se em mero entretenimento, elas seria um enfeite, não seria nada”.

Page 74: Clipping Novembro Editora DSOP

74

Ronaldo Cagiano é escritor.