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CÂMARA MUNICIPAL DA AMADORA PARQUE URBANO DO NEUDEL INFRA-ESTRUTURAS VIÁRIAS PROJETO DE EXECUÇÃO Condições Técnicas Especiais Outubro de 2015 CMA 23.11.2015,GER,I,CM,96467

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CÂMARA MUNICIPAL DA AMADORA

PARQUE URBANO DO NEUDEL

INFRA-ESTRUTURAS VIÁRIAS

PROJETO DE EXECUÇÃO

Condições Técnicas Especiais

Outubro de 2015

CMA 23.11.2015,GER,I,CM,96467

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PARQUE URBANO DO NEUDEL

INFRA-ESTRUTURAS VIÁRIAS

PROJECTO DE EXECUÇÃO

CONDIÇÕES TÉCNICAS ESPECIAIS

ÍNDICE

1 - TERRAPLENAGENS 8

1.1 - MOVIMENTOS DE TERRAS EM GERAL 8 1.2 - ATERRO 9 1.3 - ESCAVAÇÃO 10 1.4 - MOVIMENTOS DE TERRA - ESCAVAÇÕES E ATERROS 11 1.5 - PIQUETAGEM E IMPLANTAÇÃO TOPOGRÁFICA 14 2 - PAVIMENTAÇÃO 15

2.1 - AGREGADOS PARA CAMADAS DE SUB-BASE E BASE GRANULARES 15 2.2 - CALÇADA DE VIDRAÇO 17 2.3 - CALÇADA DE CUBOS/PARALELIPÍPEDOS DE CALCÁRIO OU GRANITO 18 2.4 - BLOCOS DE BETÃO/ PAVER CERÂMICO 19 2.5 - LANCIL DE BETÃO OU CANTARIA 20 3 - SINALIZAÇÃO 21

3.1 - MATERIAIS PARA EXECUÇÃO DE MARCAS RODOVIÁRIAS 21 3.2 - SINALIZAÇÃO VERTICAL 21 3.3 - MÉTODOS CONSTRUTIVOS 26 3.4 - LOTES, AMOSTRAS E ENSAIOS 29 4 - DRENAGEM - MATERIAIS, EQUIPAMENTOS ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO 32

4.1 - TUBOS EM POLICLORETO DE VINILO NÃO PLASTIFICADO 32 4.2 - TUBOS E MANILHAS DE BETÃO 33 4.3 - TUBOS PARA DRENOS 35 4.4 - MATERIAIS PARA EXECUÇÃO DE DRENOS 36 4.5 - GEOTÊXTEIS COMO FILTRO 38 4.6 - MATERIAL PARA RECOBRIMENTO DO DRENO 39 4.7 - CAIXAS DE VISITA 40 4.7.1 TIPO 40 4.7.2 SOLEIRA 40 4.7.3 CORPO 40 4.7.4 COBERTURA 41 4.7.5 TAMPA 41 4.7.6 DEGRAUS 41

4.8 - MATERIAIS E DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS 41 4.8.1 SOLEIRA 41 4.8.2 CORPO 42 4.8.3 COBERTURA 42 4.8.4 TAMPA 42 4.8.5 ACABAMENTO INTERIOR 42 4.8.6 ÁGUA, AREIA, CIMENTO, BRITA, PEDRA E TIJOLOS 42 4.8.6.1 Água 42

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4.8.6.2 Areia 43 4.8.6.3 Cimento 43 4.8.6.4 Brita para betão 44 4.8.6.5 Pedra para alvenaria 44 4.8.6.6 Tijolos 45 5 - CIRCUITOS HIDRAULICOS 45

5.1 - CLÁUSULAS GERAIS 45 5.2 - TUBOS E ACESSÓRIOS EM PVC RÍGIDO 46 5.3 - TUBOS E ACESSÓRIOS EM POLIETILENO DE ALTA DENSIDADE 47 5.4 - VÁLVULAS DE SECCIONAMENTO 47 5.5 - VÁLVULAS DE SECCIONAMENTO DO TIPO BORBOLETA, MOTORIZADA 48 5.6 - AUTÓMATO PROGRAMÁVEL 48 5.7 - ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO CIRCUITO DE RETORNO AO LAGO À COTA SUPERIOR 49 5.8 - FILTRO DE AREIA 50 5.9 - SISTEMA DE DESINFECÇÃO 51 5.9.1 CONTROLADOR DE CLORO LIVRE 51 5.9.2 DOSEAMENTO DE CLORO 52

5.10 - ABERTURA E ENCHIMENTO DE VALAS 52 5.10.1 ABERTURA E TAPAMENTO DE VALAS 52 5.10.2 ENCHIMENTO DE VALAS 53

5.11 - MONTAGEM DE CANALIZAÇÕES ENTERRADAS COM FUNCIONAMENTO EM PRESSÃO 53 5.11.1 TRABALHOS PREPARATÓRIOS 53 5.11.2 PROTEÇÃO INTERIOR 53 5.11.3 MACIÇOS DE FIXAÇÃO 54 5.11.4 RECEÇÃO 54

5.12 - ATRAVESSAMENTO DE ELEMENTOS RÍGIDOS 56 5.13 - ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ÁGUA PARA REGA 56 6 - AÇO EM ARMADURAS 59

6.1 - TIPOS CORRENTES DE AÇOS PARA ARMADURAS 60 6.2 - ENSAIOS 61 7 - ARGAMASSAS 61 8 - BETÕES 61

8.1 - LIGANTE HIDRÁULICO/CIMENTO 61 8.2 - RECEÇÃO E ARMAZENAMENTO 62 8.3 - DOSAGENS MÍNIMAS 63 8.4 - INERTES 63 8.5 - ADJUVANTES 64 8.6 - PEDRA 65 8.7 - COMPOSIÇÃO DOS BETÕES 65 8.7.1 TOLERÂNCIAS ADMISSÍVEIS 66 8.7.2 CONTROLO DE QUALIDADE 66 8.7.3 EM CAPEAMENTOS E REBOCOS 66 8.7.4 MUROS DE BETÃO ARMADO 67 8.7.5 MOLDES E CIMBRES PARA BETÃO 67 8.7.6 CARACTERÍSTICAS 68 8.7.7 DESMOLDAGEM 69 8.7.8 RESINAS E ARGAMASSAS EPOXY 70 8.7.9 RESINAS PARA AGENTES DE ADERÊNCIA 70 8.7.10 ARGAMASSAS TIXOTRÓPICAS PARA REPARAÇÃO DE BETÃO 70 8.7.11 RESINAS PARA COLAGEM 71 9 - ESTRUTURAS METÁLICAS 71

9.1 - ÂMBITO 71

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9.2 - MATERIAIS 72 9.3 - FABRICO 75 9.4 - MONTAGEM 79 9.5 - PARAFUSOS DE ALTA RESISTÊNCIA (HR) 80 9.6 - PROTEÇÃO ANTICORROSIVA 83 9.7 - LIGAÇÕES SOLDADAS 84 9.8 - LIGAÇÕES APARAFUSADAS 85 9.9 - INSPEÇÃO DOS TRABALHOS 86 9.10 - ENSAIOS 87 10 - EXECUÇÃO DOS TRABALHOS 87

10.1 - ABERTURA E ENCHIMENTO DE VALAS 87 10.1.1 ABERTURA DE VALAS 87 10.1.2 ENCHIMENTO DE VALAS 88

10.2 - MONTAGEM DE CANALIZAÇÕES 89 10.2.1 TRABALHOS PREPARATÓRIOS 89 10.2.2 MOVIMENTO DAS TUBAGENS A MONTAR 89 10.2.2.1 Armazenagem 89 10.2.2.2 Transporte e manuseamento 90 10.2.2.3 Tubagens danificadas 90 10.2.2.4 Proteção interior 90

10.3 - ASSENTAMENTO E CONSTRUÇÃO DOS COLECTORES 90 10.4 - ENSAIO DA REDE 90 10.5 - CADASTRO DAS OBRAS EXECUTADAS 91 11 - REDE DE REGA 92

11.1 - DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS 92 11.1.1 GENERALIDADES 92 11.1.2 IMPLANTAÇÃO 93 11.1.3 REDE DE REGA 93 11.1.4 INDICAÇÕES PRELIMINARES 94 11.1.4.1 Substituições 94 11.1.4.2 Estruturas existentes 94 11.1.4.3 Verificação do sistema 94 11.1.4.4 Elementos a fornecer: 94

11.2 - NATUREZA E QUALIDADE DOS MATERIAIS 95 11.2.1 MATERIAIS NÃO ESPECIFICADOS 95 11.2.2 TUBOS E ACESSÓRIOS DE FERRO GALVANIZADO 95 11.2.3 MATERIAL DE REGA 95 11.2.3.1 Tubos de Polietileno de Alta Densidade (PEAD) 95 11.2.3.2 Acessórios 96 11.2.3.3 Rotores 97 11.2.3.4 Aspersores 97 11.2.3.5 Electroválvulas 98 11.2.3.6 Válvulas de Baioneta 99 11.2.3.7 Programadores / Controladores 99 11.2.3.8 Sensores de Chuva 100 11.2.3.9 Pluviómetro Eletrónico 100 11.2.3.10 Cabos Elétrico de um condutor 100 11.2.3.11 Cabo Multicondutor para Rega 101 11.2.3.12 Caixa para Válvulas 101 11.2.3.13 Filtro de água 103 11.2.3.14 Regulador de pressão 104

11.3 - MODOS DE EXECUÇÃO DOS TRABALHOS 104 11.3.1 REDE DE REGA 104

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11.3.2 PIQUETAGEM 105 11.3.3 ABERTURA DE VALAS 105 11.3.4 TUBAGEM 105 11.3.5 ATRAVESSAMENTOS 106 11.3.6 TAPAMENTO DE VALAS 106 11.3.7 LIGAÇÃO À REDE 106 11.3.8 PROVA DE ENSAIO DA CANALIZAÇÃO 107 12 - PLANTAÇÃO E SEMENTEIRAS 107

12.1 - DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS 107 12.1.1 GENERALIDADES 107 12.1.2 ESTALEIRO 109 12.1.3 IMPLANTAÇÃO 109 12.1.4 MEDIDAS CAUTELARES 109 12.1.5 SINALIZAÇÃO 110 12.1.6 MOVIMENTOS DE TERRAS 110 12.1.7 REVESTIMENTO VEGETAL 111 12.1.7.1 Preparação do Terreno 111 12.1.7.2 Modelação final do Terreno 111 12.1.7.3 Plantações 112 12.1.7.4 Sementeiras 112 12.1.7.5 Tutoragem e Ancoragem 112 12.1.7.6 Prazo de Garantia 113

12.2 - DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS 113 12.2.1 MATERIAL VEGETAL 113 12.2.2 ÁRVORES 113 12.2.3 ARBUSTOS E SUB-ARBUSTOS 114 12.2.3.1 Herbáceas 115 12.2.3.2 Definição das Condições de Produção 115 12.2.4 APROVISIONAMENTO, TRANSPORTE E ENTRAGA EM OBRA 116 12.2.5 TERRA VIVA 117 12.2.6 COMPOSTO DE PLANTAÇÃO 117 12.2.7 CASCA DE PINHEIRO 118 12.2.8 FERTILIZANTES E CORRECTIVOS 118 12.2.9 TUTORES 118 12.2.9.1 Materiais a Aplicar 119 12.2.9.2 Atilhos 119

12.3 - MODO DE EXECUÇÃO DOS TRABALHOS 120 12.3.1 PROTECÇÃO DA VEGETAÇÃO EXISTENTE 120 12.3.2 PROTECÇÃO À ÁREA ENVOLVENTE 120 12.3.3 TRABALHOS PREPARATÓRIOS – PIQUETAGEM 120 12.3.4 TRABALHOS PREPARATÓRIOS - ESTALEIRO, DEPÓSITOS, VAZADOUROS, CIRCULAÇÕES 120 12.3.5 DESMATAÇÃO 121 12.3.6 ABATE E REMOÇÃO DE ÁRVORES 121 12.3.7 MOVIMENTO DE TERRAS 122 12.3.7.1 Desmatagem 122 12.3.7.2 Escavações 122 12.3.7.3 Aterros 123 12.3.7.4 Acabamento dos Terraplenos: 124 12.3.7.5 Transporte de Terras: 125 12.3.8 DESTRUIÇÃO DA VEGETAÇÃO POR APLICAÇÃO DE HERBICIDA TOTAL 125 12.3.9 MOBILIZAÇÕES 125 12.3.10 PREPARAÇÃO DO TERRENO 126 12.3.10.1 Pequena modelação: 126 12.3.10.2 Mobilizações: 126 12.3.10.3 Despedrega ou retirada de restos de obra (entulhos de construção civil) 127 12.3.10.4 Espalhamento de terra viva: 127

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12.3.10.5 Regularização prévia 127 12.3.10.6 Abertura de covas 127 12.3.10.7 Armazenamento do composto de plantação 128 12.3.10.8 Aplicação do composto de plantação 128 12.3.10.9 Fertilização 129 12.3.10.10 Drenagem 129 12.3.11 PLANTAÇÕES 129 12.3.11.1 Árvores 130 12.3.11.2 Arbustos 132 12.3.11.3 Herbáceas Vivazes 133 12.3.11.4 Plantações de Material Transplantado 133 12.3.11.5 Podas e Fixação 134 12.3.11.6 Sistemas de Tutoragem 134 12.3.11.7 Sistemas de Ancoragem 134 12.3.11.8 Elementos Complementares de Drenagem 135 12.3.12 FERTILIZAÇÕES 136 12.3.12.1 Arbustos e herbáceas 136 12.3.13 MANUTENÇÃO DAS ZONAS VERDES 136 12.3.13.1 Limpeza 136 12.3.13.2 Rega das Zonas Ajardinadas 136 12.3.13.3 Arbustos e Herbáceas 137 12.3.13.4 Limpeza de Zonas Arborizadas 137 12.3.13.5 Poda 137 12.3.13.6 Tratamentos Fitossanitários 138 12.3.13.7 Retanchas e Substituições 138 12.3.13.8 Tutoragem 138 12.3.13.9 Desbaste 138 12.3.14 TRABALHOS NÃO ESPECIFICADOS 138 12.3.15 NORMAS GERAIS NÃO ESPECIFICADAS 138

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PARQUE URBANO DO NEUDEL

INFRA-ESTRUTURAS VIÁRIAS

PROJECTO DE EXECUÇÃO

CONDIÇÕES TÉCNICAS ESPECIAIS

1 - TERRAPLENAGENS

1.1 - MOVIMENTOS DE TERRAS EM GERAL

Objetivo

- Disposições a observar na execução das escavações e aterros, a fim de ser atingida a

cota de trabalho definida nos desenhos do Projeto para implantação das vias, plataformas

de estacionamento e acessos.

Critério de Medição

- O Empreiteiro dará um preço por metro cúbico de escavação e um preço por metro cúbico

de aterro sem necessidade de referir ou distinguir a quantidade de materiais extraídos, quer

estes sejam terrenos naturais rochosos ou não, quer sejam aterros, restos de antigas

construções, etc.

- Os preços acima referidos incluem as seguintes operações:

- Demolição dos elementos de alvenaria e betão existentes;

- Escavação e demolição de elementos de betão enterrados, baldeação e remoção de

produtos escavados;

- Drenagem e bombagem de águas pluviais;

- Escavação que eventualmente seja de conveniência para executar nomeadamente

rampas, valas para desvios de águas, escavação para instalação de estaleiros, etc.;

- Espalhamento, rega, compactação em aterros, com solos selecionados;

- Carga, transporte e depósito em vazadouro certificado, selecionado pelo Empreiteiro, dos

produtos sobrantes da escavação tendo-se em consideração que a acumulação dos

produtos escavados não deve implicar o bom andamento dos trabalhos;

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- As operações que o Empreiteiro venha a ter necessidade ou conveniência em executar,

como drenagem e bombagem de águas infiltradas, obras de contenção provisória nas zonas

de proteção das construções confinantes, estão incluídas no preço apresentado pelo

Empreiteiro.

Execução

- Dentro das sujeições do Caderno de Encargos, os métodos de escavação, com vista à

obtenção da máxima economia e ao bom andamento dos trabalhos, à satisfação das

condições de segurança do pessoal e das construções envolventes, são de livre escolha do

Empreiteiro.

- A escavação não deve ser levada abaixo das cotas indicadas nos desenhos, salvo por

indicação da Fiscalização. Os materiais que eventualmente sejam removidos abaixo das

cotas do Projeto deverão ser substituídos por material devidamente compactado a designar

pela Fiscalização.

- Os aterros deverão satisfazer as condições da Especificação.

1.2 - ATERRO

1 - Critério de Medição

- Medição por metro cúbico.

- A medição é feita pela avaliação do volume de terras compreendido entre a superfície do

terreno e os terraplenos e taludes do Projeto. A superfície do terreno é a definida pelos

elementos – cortes, pontos cotados e curvas de nível expressos no desenho.

- Na medição não se considera qualquer volume para empolamento que fica portanto

incluído no cálculo do preço.

2 - Descrição do Artigo

- Este artigo refere-se ao espalhamento e compactação de terras provenientes das

escavações realizadas na obra, ou em falta destas, ao seu fornecimento.

- Encontram-se compreendidos nos preços referentes a este artigo todos os trabalhos e

fornecimentos necessários à sua boa execução e aplicação, salientando-se os seguintes:

- Colocação de marcas de nivelamento necessárias;

- A carga e o transporte no local e descarga das terras necessárias à execução dos aterros;

- A compactação dos terrenos;

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- Sempre que a natureza dos materiais o aconselhe, a mistura de materiais de outra

granulometria de modo a obter aterros compactos;

1.3 - ESCAVAÇÃO

1 - Critério de Medição

- Medição por metro cúbico.

- A medição é feita pela avaliação do volume de terras compreendido entre a superfície do

terreno, e os terraplenos e taludes do projeto. A superfície do terreno é a definida pelos

elementos - cortes e pontos cotados referenciados nos desenhos.

2 - Descrição do Artigo

- Este artigo refere-se às escavações e demolições necessárias, para as várias espécies de

terreno, e qualquer que seja a natureza das demolições a efetuar.

- Encontram-se compreendidos no preço deste artigo todos os trabalhos e fornecimentos

necessários à sua boa execução e aplicação, salientando-se os seguintes:

- A colocação de marcas de nivelamento convenientemente cimentadas.

- A realização das escavações e demolições qualquer que seja o processo utilizado.

- Todos os escoramentos e entivações necessárias

- Transporte do produto das demolições a vazadouro certificado.

- O transporte do produto das escavações para zonas de aterro, ou vazadouro, caso

estejam em excesso.

3 - Condições Técnicas

- Entre as várias condições a que deve obedecer o trabalho indicado neste artigo

mencionam-se como merecendo especial referência as seguintes:

- O empreiteiro iniciará o trabalho pela colocação em local conveniente de uma marca de

nivelamento bem definida, que será conservada durante toda a obra. A colocação desta

marca será verificada pela fiscalização.

- Se o empreiteiro iniciar o trabalho sem apresentar a reclamação, isso significará que aceita

como certa a superfície do terreno definido na planta.

- Os terraplenos das escavações e dos taludes deverão apresentar superfícies bem

regularizadas.

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- As escavações incluem igualmente a demolição de muros, construções existentes,

fundações, árvores, etc., que eventualmente se encontrem no terreno.

- Os materiais aproveitáveis das demolições são pertença do dono da obra, que

eventualmente, os poderá ceder ao empreiteiro.

- As árvores existentes pertencem ao dono da obra e não poderão ser cortadas sem

autorização expressa da fiscalização.

1.4 - MOVIMENTOS DE TERRA - ESCAVAÇÕES E ATERROS

1. Objetivo

- Define as condições a observar na execução de escavações e aterros de forma a obter

terraplenos estáveis, que servem de base a implantação de estruturas, pavimentos,

modelações de terreno finais, e plantações.

2. Definição

- Compreende todos os trabalhos e fornecimentos necessários á boa execução de

escavações e aterros para obtenção de terraplenos estáveis, incluindo:

- Piquetagem do Projeto;

- Fornecimento de terras para aterro, ou para correção da composição do solo;

- Execução de escavação por meios manuais ou mecânicos, consoante o caso.

3. Critério de Medição

- A medição será efetuada por metro cúbico tanto para o aterro como para a escavação,

devendo ser apresentado preços em separado.

- Os preços apresentados incluem as seguintes operações:

- Demolição de elementos de alvenaria ou de betão existentes;

- Escavação e demolição de elementos de betão enterrados, baldeação e remoção de

produtos escavados e não utilizados;

- Drenagem e bombagem de águas pluviais;

- Movimentos de terra necessários á execução por conveniência de obra, de rampas, valas

de desvio de águas, drenagens de águas infiltradas, obras de contenção provisória, etc.;

- Fornecimento, espalhamento, rega, e compactação em aterros, com solos selecionados;

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- Carga, transporte e depósito em vazadouro certificado de materiais não utilizados.

4. Qualidade dos Materiais

- Os materiais a utilizar em Aterro, não devem conter detritos orgânicos, lixos, terras

vegetais, entulhos heterogéneos, lodos, turfas, ou solos de elevada compressibilidade.

- Será permitido o emprego de restos de construção desde que não contenham matérias

orgânicas nem materiais de elevada compressibilidade.

- Quando forem utilizados produtos de escavação de rochas ou detritos de pedreira de

maiores dimensões, estes deverão ser arrumados na base do aterro, ficando os seus vazios

preenchidos por elementos mais finos.

- A dimensão máxima dos materiais utilizados nos aterros não deverá exceder metade da

espessura da respetiva camada. Quando forem provenientes de empréstimo devem

apresentar uma percentagem passando no peneiro n.º40 inferior a 60%.

5. Execução

5.1 Preparação do terreno

- Nunca poderá ser executado um aterro sobre terreno enlameado, gelado, ou coberto de

geada.

- Quando o terreno que serve de base ao aterro apresentar declive superior a 1:5, deverá

escarificar-se a sua superfície ou modelá-lo em degraus de forma a assegurar a ligação ao

material do aterro.

- O Empreiteiro só deverá dar início aos trabalhos de aterro depois da Fiscalização ter

aprovado as áreas a cobrir.

- O início dos trabalhos de aterro sem apresentação de reclamação por parte do Empreiteiro

significa que aceita como certa a superfície do terreno definida na planta geral e elementos

anexos.

5.2 Trabalhos de Aterro

- Entre as várias condições a que deve obedecer o trabalho aqui indicado menciona-se,

como merecendo referência especial, as seguintes:

- Os aterros serão feitos nas zonas indicadas no Projeto;

- Nos aterros serão empregues os produtos das escavações realizadas, misturadas ou não

com terras para obter melhor granulometria. Só se estes forem insuficientes é que se pode

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utilizar terras de empréstimo. Os solos ou outros materiais a utilizar deverão estar isentos de

ramos, folhas, troncos, raízes, ervas ou quaisquer outros detritos orgânicos;

- A colocação do material de aterro será iniciada nos pontos mais baixos, por camadas

horizontais ou ligeiramente inclinadas para fora, ficando o material de pior qualidade na

parte inferior, melhorando sucessivamente até que na parte superior se empregue aquele

de melhores características;

- Os aterros deverão ser executados por camadas de espessura não superior a 30 cm,

regadas e bem compactadas, reservando-se a Fiscalização o direito de aprovar o tipo de

equipamento de compactação. A espessura das camadas será inferior a 20 cm se os meios

de compactação não forem mecânicos;

- A dimensão máxima dos elementos dos solos aplicados será, em regra, inferior a 2/3 da

espessura da camada depois de compactada;

- O grau de compactação dos materiais de aterro deve ser o referido no caderno de

encargos ou, no mínimo, de 90% nas camadas inferiores e de 95% nas camadas superiores

numa espessura de 50 cm (AASHO modificado), ou de 80% de densidade relativa no caso

das areias, por forma a evitarem-se posteriores assentamentos dando origem a danos em

pavimentos, canalizações e outros trabalhos;

- Não deverá proceder-se ao espalhamento de uma camada sem que a anterior se encontre

com o grau de compactação exigido;

- O teor de humidade dos solos a aplicar nos aterros deve ser tal que permita atingir o grau

de compactação exigido, não podendo no entanto exceder em mais de 15% o teor ótimo em

humidade, referido ao ensaio de compactação pesada;

- As camadas deverão ser regadas quando necessário por forma a ficarem com o teor de

humidade adequado à obtenção da compactação especificada. Sempre que se verificar que

a humidade dos solos excede os valores ótimos a uma boa compactação, tomar-se-ão, de

acordo com a Fiscalização, as medidas necessárias à sua correção;

- A camada superficial das áreas a plantar não deve ser excessivamente compactada;

- Durante a execução da obra, os aterros das áreas que não venham a ser plantadas,

devem ser sujeitos à passagem intencional dos veículos que circulem na obra;

- As cotas provisórias a dar aos aterros são tais que após os assentamentos se atinjam as

cotas fixadas com tolerâncias aceitáveis;

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- Os materiais destinados a aterros em contacto com paredes de cave devem assegurar as

condições de drenagem previstas. Estes aterros deverão ser executados por camadas

compactadas por processo que não provoque dano nas construções e unicamente quando

os elementos de contenção apresentarem resistência suficiente e de se ter procedido à

colocação dos dispositivos de drenagem;

- O aterro de valas e trincheiras só poderá ser iniciado após os ensaios previstos para os

elementos que irão ficar enterrados.

5.3 Trabalhos de Escavação

- Entre as várias condições a que deve obedecer o trabalho indicado neste artigo

mencionam-se como merecendo especial referência as seguintes:

- O Empreiteiro iniciará o trabalho pela colocação em local conveniente de uma marca de

nivelamento bem definida, que será conservada durante toda a obra. A colocação desta

marca será verificada pela Fiscalização;

- Se o Empreiteiro iniciar o trabalho sem apresentar reclamação, isso significará que aceita

como certa a superfície do terreno definida na planta;

- Os terraplenos das escavações e dos taludes deverão apresentar superfícies bem

regularizadas;

- As escavações incluem igualmente a demolição de muros, construções existentes,

fundações, árvores, etc., que eventualmente se encontrem no terreno;

- Os materiais aproveitáveis das demolições são pertença do dono da obra, que

eventualmente, os poderá ceder ao Empreiteiro;

- As árvores existentes pertencem ao dono da obra e não poderão ser cortadas sem

autorização expressa da Fiscalização.

1.5 - PIQUETAGEM E IMPLANTAÇÃO TOPOGRÁFICA

Objetivo

- Define as regras a cumprir para implantação das obras a executar.

Descrição dos Trabalhos

- Antes de iniciar qualquer das fases de um trabalho, o Empreiteiro deve proceder à

implantação do seu traçado e piquetagem, com base nos desenhos fornecidos pelo dono da

obra.

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- A altimetria encontra-se inscrita nos desenhos e corresponde ao Nivelamento Geral do

País (N.G.P.).

- O plano de implantação e piquetagem será submetido, pelo Empreiteiro, à aprovação do

Dono da Obra que o aprovará ou modificará no prazo de 5 dias úteis.

O Empreiteiro terá um prazo de 5 dias úteis para verificação no local e apresentação, se for

caso disso, de observações assinalando as deficiências que eventualmente encontre,

deficiências essas que serão objeto de uma verificação contraditória com o Dono da Obra.

- Na piquetagem dos trabalhos, serão utilizadas mestras de alvenaria ou estacas de

madeira com 8 a 10 cm de diâmetro na cabeça, cravadas pelo menos 50 cm. Estas

mestras serão niveladas e numeradas sendo as cotas das suas cabeças ligadas a

marcações de referência fixas.

- O Empreiteiro obriga-se a conservar as estacas e referências de base, bem como a

recolocá-las à sua custa em condições idênticas, quer em posição definitiva, quer numa

outra, se as necessidades do trabalho o exigirem, depois de o Dono da Obra ter concordado

com a modificação da piquetagem.

2 - PAVIMENTAÇÃO

2.1 - AGREGADOS PARA CAMADAS DE SUB-BASE E BASE GRANULARES

1. Critério de medição

- Medição por m² para superfícies.

2. Descrição do artigo

- Refere-se ao fornecimento, Com características de base sub-base, em agregado britado

de granulometria extensa nas superfícies indicadas nas peças desenhadas e mapa de

medições.

3 - Condições Técnicas

Os agregados, provenientes da exploração de formações homogéneas, devem ser limpos,

duros, pouco alteráveis sob a ação dos agentes climatéricos, de qualidade uniforme e

isentos de materiais decompostos, de matéria orgânica ou outras substâncias prejudiciais.

Os agregados deverão ser constituídos por materiais pétreos britados, provenientes de

exploração de pedreiras ou seixeiras, devendo neste caso conter as percentagens indicadas

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nos itens dos materiais correspondentes e apresentar, no mínimo, três faces de fratura e

com um coeficiente de redução 4D.

A utilização de materiais granulares não tradicionais, tais como: produtos de demolição,

betão britado, escórias de aciaria, etc, não prevista no presente C.E., poderá no entanto ser

aprovada desde que convenientemente justificada a proposta da sua utilização. Deverão,

ainda, respeitar as prescrições que se indicam nos respetivos itens, para a sua utilização

em camadas de sub-base e base granulares.

Frações Granulométricas

A recomposição em central dos materiais granulares de granulometria extensa deverá ser

feita, em princípio, com base nas seguintes frações granulométricas:

MATERIAL

FRACÇÕES

(dimensões nominais em mm)

Material granular de granulometria extensa

(contínua) e Betão Pobre Cilindrado

0/4, 4/20, 20/40

Notas: O conceito de dimensão nominal (d/D) significa que se admite que até 10% do

material fique retido no peneiro de maior dimensão (D) e que até 10% do material passe no

peneiro de menor dimensão (d); no entanto, a soma daquelas duas percentagens deverá

ser inferior a 15%.

As dimensões nominais referidas para cada fração, estão normalmente associadas a

sistemas de classificação das instalações de britagem em que os crivos apresentam as

seguintes aberturas das malhas: 5; 8;.mm, por exemplo.

Homogeneidade

Os agregados deverão ser obtidos a partir de formações homogéneas de pedreiras ou

seixeiras.

A homogeneidade de características de cada fração deve ser tal que garanta a

homogeneidade da mistura de agregados recomposta em central.

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TRABALHOS ESPECIAIS DE PAVIMENTAÇÃO

Fresagem de camadas de pavimentos existentes

As ações de escarificação devem evoluir com precaução e em incrementos de espessura

em profundidade, de forma a não danificar a camada subjacente, que irá servir de base ao

novo pavimento.

A superfície da camada deve ficar lisa, uniforme, isenta de fendas, ondulações ou material

solto, não podendo, em qualquer ponto, apresentar diferenças superiores a 3,0 cm, em

relação aos perfis transversais e longitudinais estabelecidos, nem apresentar irregularidades

superiores a 2 cm quando medidas com a régua de 3 m.

2.2 - CALÇADA DE VIDRAÇO

Empregar-se-á pedra de faces perfeitamente desempenada, de modo a que as juntas entre

cada duas pedras não excedam 0.5cm.

As pedras terão forma sensivelmente cúbica, com arestas de 5 a 7 cm, salvo indicações em

contrário nos desenhos de pormenor. No caso da calçada de cubos admite-se uma

tolerância de 1cm para mais ou para menos, na dimensão da aresta, até um máximo de

20% da quantidade total de cubos a empregar.

A pedra deverá ser dura, de grão homogéneo, inatacável pelo ar ou pela água, isenta de

cavidades, lesins ou matérias estranhas.

Encontram-se compreendidos todos os trabalhos e fornecimentos necessários à boa

execução do pavimento, incluindo:

- Abertura de caixa de pavimento

- Compactação do fundo da caixa

- Fornecimento e execução de Tout-Venant, nas espessuras e com as camadas definidas,

incluindo a respetiva compactação

- Os remates e pavimentos circundantes e com lancis, valetas, etc.

- Limpeza da base.

- Fornecimento e colocação de camada de assentamento.

- Fornecimento e assentamento das pedras.

- Os cortes e remates necessários.

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- A tomada de juntas.

Entre as várias técnicas a que devem obedecer os trabalhos e materiais indicados neste

artigo mencionam-se, como merecendo referência especial, as seguintes:

O assentamento será executado sobre camada de areia com espessura uniforme de 0.05-

0.06 metros;

O assentamento será executado à meia esquadria;

Preenchidas as juntas com filler, a calçada será batida com um maço de peso não inferior a

20kg e regada;

Todas as pedras que se quebrarem serão substituídas e as que se desnivelarem serão

levantadas e recolocadas, de modo a se obter uma superfície desempenada e com

inclinação uniforme;

A calçada deverá ser novamente regada, após o que se espalhará uma camada de filler e

se procederá à limpeza final.

2.3 - CALÇADA DE CUBOS/PARALELIPÍPEDOS DE CALCÁRIO OU

GRANITO

1. Critério de Medição

- Medição por metro quadrado.

2. Descrição do Artigo

Encontram-se compreendidos todos os trabalhos e fornecimentos necessários à boa

execução do pavimento, incluindo:

- Abertura de caixa de pavimento

- Compactação do fundo da caixa

- Fornecimento e execução de Tout-Venant, nas espessuras e com as camadas definidas,

incluindo a respetiva compactação

- Os remates e pavimentos circundantes e com lancis, valetas, etc

- Limpeza da base.

- Fornecimento e colocação de camada de assentamento.

- Fornecimento e assentamento das pedras da calçada.

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- Os cortes e remates necessários.

- A tomada de juntas.

3. Condições Técnicas

- O trabalho começa a abertura de caixa e seu preenchimento com camada de Tout-Venant,

com espessuras 0.10m e 0.20m, após recalque, em zonas de transito pedonal e automóvel,

respetivamente.

- A base de 0.10m será proveniente de uma camada, enquanto que a base de 0.20m será

proveniente de duas camadas de 0.10m

- O Tout-Venant será de primeira, com uma composição granulométrica do tipo 0/25mm.

- Segue-se com a limpeza da base (tout-venant) que se deverá apresentar bem

consolidada, uniforme, limpa, isenta de lamas ou outras substâncias estranhas. Deverá

ainda apresentar as inclinações e o perfil indicado em projeto.

- Segue-se a colocação de uma camada de assentamento em cimento e pó de pedra, ao

traço 1:5, com espessuras 0,05m em zona de transito pedonal e em zona de transito

automóvel.

- Segue-se o assentamento das pedras que será feito de acordo com as peças desenhadas.

- A calçada deverá ser constituída por elementos de granito, cortados por forma a

apresentarem uma face perfeitamente lisa e de arestas regulares, com uma superfície de

apoio paralela à face e com dimensões 0.07x0.07x0.07m e 0.11x0.11x0.11m, em zonas de

trânsito pedonal e automóvel, respetivamente.

- Depois de preenchidas as juntas a traço seco, a calçada deverá ser batida a maço ou por

meios mecânicos, e depois regada e limpa.

- As juntas deverão apresentar-se no final, reduzidas ao mínimo.

- A superfície final deverá apresentar-se uniforme, sem covas, e com pendentes que

garantam a conveniente drenagem do pavimento para o sistema de recolha de águas.

- A marcação de lugares de estacionamento será feita por meio de pedras de calcário com

cor diferenciada, com dimensões 0.11x0.11x0.11m.

2.4 - BLOCOS DE BETÃO/ PAVER CERÂMICO

Os blocos a empregar nas zonas de estadia e circulação de betão pré-fabricado, terão as

dimensões, acabamentos e cores especificadas no respetivo desenho de pormenor e

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respetivas referências do fabricante, não devendo apresentar fendas nem fissuras, não se

alterar com a água nem serem quebradiços, e deverão ter as arestas cortadas.

Serão aplicados de modo a que as peças sejam justapostas, não se permitindo espaços

superiores aos afastadores que integram as próprias peças.

A abertura de caixa para este tipo de pavimentos deve atingir os 0,30 a 0,50m de

profundidade. O fundo da caixa será bem compactado, compactação PROCTOR 95%, e

será inclinado, com inclinação mínima de 1%.

A camada base será constituída por uma camada de macadame (brita) com compactação

PROCTOR 90%, de acordo com pormenor de construção.

2.5 - LANCIL DE BETÃO OU CANTARIA

1. Critério de Medição

- Medição por metro linear.

2. Descrição do Artigo

Encontram-se compreendidos todos os trabalhos e fornecimentos necessários à boa

execução do pavimento, incluindo:

- Abertura de caixa para fundação.

- Execução da fundação do lancil.

- O fornecimento e colocação dos lancis.

- A tomada de juntas.

- Os cortes e remates necessários.

3. Condições Técnicas

O lancil assentará por forma a que apresente, na forma definitiva, um espelho de 15 cm

acima do pavimento.

O lancil, quer em alinhamento reto quer em curva, deverá ficar perfeitamente alinhado e

desempenado, tanto no seu espelho como na face superior.

As juntas não deverão exceder 0,3 cm e serão preenchidas com argamassa.

- Deverá ser implantada a aberta a caixa para fundação, de acordo com peças desenhadas,

incluindo carga, transporte e descarga de terras para vazadouro certificado.

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- A fundação será contínua, em betão simples C15.

- Os lancis serão em betão pré-fabricado.

- As juntas deverão apresentar-se, no final, reduzidas ao mínimo, e serão tomadas com

argamassa de cimento e areia ao traço 1:4.

3 - SINALIZAÇÃO

Equipamentos de Sinalização

a) Critério de Medição

- Medição por unidade.

- Medição por metro linear.

- Medição por m² para superfícies.

b). Descrição do Artigo

Encontram-se compreendidos todos os trabalhos e fornecimentos necessários à boa

execução das pinturas e colocação da sinalização vertical de código, incluindo:

- Implantação.

- Colocação.

- Execução de maciços de fundação.

- Elementos estruturais de suporte e ligação.

c) Condições Técnicas

3.1 - MATERIAIS PARA EXECUÇÃO DE MARCAS RODOVIÁRIAS

Cubos de calcário de cor diferenciada.

3.2 - SINALIZAÇÃO VERTICAL

Sinais de pequena dimensão

Âmbito de Aplicação

São incluídos nesta designação os seguintes sinais:

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- Sinais de perigo;

- Sinais regulamentando a prioridade em intersecções;

- Sinais de regulamentação;

- Sinais de informação;

- Outros sinais: todas as baias direcionais.

Placa

As placas devem ser fabricadas em chapa de ferro polido, com a espessura mínima de 2,0

mm e o seu fabrico deverá obedecer às seguintes operações fundamentais:

a) - Moldagem

- Corte da chapa.

- Moldagem do sinal a frio (por estampagem), ficando os símbolos em relevo, com a

profundidade de 2,5 a 4,0 mm (em função da espessura do molde e dos símbolos); no caso

dos sinais de STOP, a profundidade deverá ser a maior.

b) - Proteção anticorrosiva

- Lavagem e limpeza por processo mecânico ou químico de forma a que fique isento de

quaisquer matérias estranhas, produtos de corrosão, óleo ou ácido.

- Secagem.

- Zincagem por galvanização a frio (eletrolítica) c/ a esp. de 14µ (100g de zinco/m2).

c) - Acabamento

- Lavagem.

- Secagem.

- Pintura:

- Aplicação de primário e aparelho anticorrosivo

- Secagem em estufa

- Pintura a cores

- Secagem em estufa

- Refletorização:

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- Aplicação de película retrorrefletora

- Colagem daquela película em prensa de vácuo

- Secagem por infravermelhos

A pintura deverá ser executada com tinta de esmalte, nas cores adotadas nos diversos

sinais, sendo a parte posterior na cor adotada pela Câmara Municipal de Vila Franca de

Xira.

A refletorização deverá ser efetuada com tela possuindo esferas de vidro isentas de

qualquer rugosidade, constituindo uma superfície perfeitamente lisa e contínua para evitar a

fixação de poeiras, facilitar a limpeza e garantir, assim, as necessárias propriedades

retrorrefletoras, numa distância nunca inferior a 400 m.

As diferentes cores adotadas, quer nas superfícies retrorrefletoras, quer pintadas, devem

obedecer respetivamente às coordenadas e referências RAL do Código Cromático,

expresso na seguinte tabela:

SUPERFICIES RECTROREFLECTORAS SUPERFICIES PINTADAS

azul azul

x1= 0,078 x2= 0,150 x3= 0,210 x4= 0,137 RAL: 5019

y1= 0,171 y2= 0,220 y3= 0,160 y4= 0,038

verde verde

x1= 0,007 x2= 0,248 x3= 0,177 x4= 0,026 RAL: 6016

y1= 0,703 y2= 0,409 y3= 0,362 y4= 0,399

vermelho vermelho

x1= 0,690 x2= 0,595 x3= 0,569 x4= 0,655 RAL : 3002

y1= 0,310 y2= 0,315 y3= 0,341 y4= 0,345

amarelo amarelo

x1= 0,545 x2= 0,487 x3= 0,427 x4= 0,465 RAL : 1006

y1= 0,454 y2= 0,423 y3= 0,483 y4= 0,534

laranja laranja

x1= 0,610 x2= 0,535 x3= 0,506 x4= 0,570 RAL : 2008

y1= 0,390 y2= 0,375 y3= 0,404 y4= 0,429

castanho castanho

x1= 0,445 x2= 0,604 x3= 0,556 x4= 0,445 RAL : 8011

y1= 0,353 y2= 0,396 y3= 0,443 y4= 0,386

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branco branco

x1= 0,350 x2= 0,300 x3= 0,285 x4= 0,335 RAL : 9010

y1= 0,360 y2= 0,310 y3= 0,325 y4= 0,375

preto preto

x1= 0,385 x2= 0,300 x3= 0,260 x4= 0,345 RAL : 9011

y1= 0,355 y2= 0,270 y3= 0,310 y4= 0,395

cinzento

RAL : 7011

Os Fatores de Luminância e Coeficientes de Retro-reflexão, deverão respeitar os valores

mínimos constantes do seguinte quadro:

CORES Coeficiente de Rectroreflexão mínimo, em

cd/lx.m2

Fator de Luminância

mínimo ß

Ângulo de Observação, em graus sexag.

0,2 1/3 2,0

Ângulo de entrada, em graus sexages.

5 30 5 30 40 5 30 40

BRANCO 70 30 50 24 9,0 5,0 2,5 1,5 0,35

VERMELHO 15 6,0 10 4,0 1,8 0,8 0,4 0,3 0,05

AMARELO 50 22 35 16 6,0 3,0 1,5 1,0 0,27

As telas retrorrefletoras deverão possuir em marca de água o símbolo do fabricante com a

indicação do período de durabilidade devendo, quando isto não acontecer, ser

apresentados os documentos de homologação ou resultados de ensaios laboratoriais das

suas características, nomeadamente óticas, cromáticas e de durabilidade.

Postes

Os postes devem ser executados em tubo de aço laminado, de acordo com o desenho de

pormenor respetivo ou indicação da fiscalização.

Depois de devidamente limpos levarão, como acabamento, zincagem por galvanização a

quente com a espessura de 84 µ (deposição de 600 g por m2).

Peças de Ligação

As peças de ligação da placa ao poste, em chapa de aço com 3 mm de espessura

(charneiras, parafusos, anilhas e porcas) são normalizadas, devendo obedecer ao respetivo

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desenho de pormenor, e levarão como acabamento, depois de devidamente limpas,

zincagem por galvanização a frio (eletrolítica) com a espessura de 14 µ(100 g de zinco por

m2).

Marcação dos Sinais

Na parte posterior dos sinais deverá ser inscrito o logotipo da Câmara Municipal de Vila

Franca de Xira (4x4 cm2) encimando a respetiva data de fabrico, sem cor de fundo, sob a

forma de carimbo tecnicamente não removível.

Parafusos, Anilhas e Porcas

Os tipos de parafusos, suas formas e dimensões devem satisfazer as normas portuguesas

em vigor, sendo dos tipos indicados nas peças desenhadas. Serão cadmiados por

galvanização a frio.

Aço Macio Corrente e Metal de Adição para Soldadura

A qualidade e características mecânicas do aço macio corrente a utilizar em chapas, perfis

ou parafusos, bem como do metal de adição para soldadura, deverão satisfazer todas as

especificações e requisitos próprio indicados no Eurocódigo 3 - Projeto de Edifícios e de

Obras de Engenharia Civil em Aço.

Alumínio

Será obtido diretamente da primeira ou segunda fusão, sendo a percentagem de impurezas

inferior a 2%.

Ligas de Alumínio

A sua utilização está prevista no presente projeto, e deverão conter um mínimo de 50% de

alumínio, sendo a parte restante constituída por componentes de adição e sem quaisquer

impurezas.

Proteção de Elementos Contra a Corrosão

a) - Todos os elementos de aço a empregar na sinalização serão metalizados por

galvanização, devendo as suas superfícies apresentar um recobrimento homogéneo com

metal de proteção e sem quaisquer impurezas.

b) - Todas as furações, soldaduras e remodelações das peças serão realizadas

anteriormente à galvanização.

c) - As placas dos sinais de pequena dimensão serão zincadas por galvanização a frio

(eletrolítica), sendo a espessura do revestimento de 14 µ e a deposição de 100 g/m2. Os

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postes, tanto dos sinais de pequena, como de média e grande dimensão, serão zincados

por galvanização a quente, sendo a espessura do revestimento de 84 µ e a deposição de

600 g/m2. Todos os parafusos, anilhas e porcas serão cadmiados por galvanização a frio

(eletrolítica),sendo a espessura do revestimento de 20 µ e a deposição de 140 g/m2, o

mesmo sucedendo às charneiras, com 28 µ e 140 g/m2, de acordo com as disposições

normativas da Ex-JAE.

Cores

As cores a utilizar na sinalização, tanto em tintas como em telas refletoras, devem ser as

previstas no Código da Estrada e seu Regulamento.

3.3 - MÉTODOS CONSTRUTIVOS

Marcas Rodoviárias (Sinalização Horizontal)

Material Termoplástico de Aplicação a Quente

Pré-Marcação

A pré-marcação é obrigatória, não sendo permitido o início da marcação sem que aquela

tenha sido revista e aprovada pela Fiscalização.

Sempre que seja possível apoiar mecanicamente a marcação de uma linha na

pré-marcação de outra que lhe seja paralela, a pré-marcação da primeira pode ser

dispensada (caso da marcação de guias apoiadas na pré-marcação do eixo).

A pré-marcação pode ser executada pelos processos:

a) - Manual

Por meio de um cordel suficientemente esticado e ajustado ao desenvolvimento das

respectivas marcas, ao longo do qual, por intermédio de um pincel ou outro meio auxiliar

apropriado, se executa a piquetagem por pontos, por pequenos traços ou por linha contínua

fina, ou recorrendo a pintura de referência ou contornos (quando há lugar à utilização de

moldes).

b) - Mecânica

Não dispensando a pré-marcação manual, sobre a qual ele se apoia, o processo mecânico

é utilizado a partir da máquina de marcação, mediante utilização de um braço com ponteiro

de pintura que, à direita e à esquerda, executa a piquetagem.

A pré-marcação deve prever, no pavimento a marcar, a definição de:

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a) - Nas linhas longitudinais

- Piquetagem;

-Indicação dos limites das zonas com diferentes relações traço/espaço;

- Indicação dos limites das zonas de linhas contínuas.

b) - Nas marcas diversas

- Pintura de referência, para implantação dos moldes de execução.

Preparação da Superfície

A superfície que vai ser marcada deve apresentar-se seca e livre de sujidades, detritos e

poeiras.

O Empreiteiro será responsável pelo insucesso das pinturas causado por deficiente

preparação da superfície.

Se se tratar de um pavimento velho e polido, deverá ser utilizado um aparelho com

características adesivas adequadas ao caso em presença, a fim de se garantir uma

aderência conveniente das marcas.

Marcação Experimental

Para verificação da uniformidade da marcação das linhas longitudinais, quanto a dimensão,

largura, homogeneidade de aplicação do produto e das pérolas de vidro e ainda para se

regular o equipamento de aplicação (velocidade de avanço, pressão de ar nos bicos e no

compressor, temperatura) deverá ser feita uma marcação experimental, fora da zona da

obra e em local a definir pela Fiscalização, tanto quanto possível, com características

semelhantes de superfície.

A passagem à marcação definitiva dependerá do parecer da Fiscalização em face dos

resultados obtidos, quer em observação diurna, quer noturna (retroreflexão).

Marcação

Aprovação da pré-marcação

A marcação não poderá ser iniciada sem que a Fiscalização tenha aprovado a

pré-marcação, como já foi referido.

Processo de marcação

Para execução das marcas rodoviárias (marcação) devem ser utilizados, para aplicação de

material termoplástico, os seguintes processos:

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a) - Manual (por moldagem)

A utilizar na execução de:

-Marcas transversais e barras em zonas mortas;

-Setas (de seleção, de desvio e outras);

-Símbolos (sinais e outros);

-Inscrições (números e letras).

As marcas rodoviárias serão executadas em sobre-espessura por colagem gravítica e

espalhamento manual com emprego de moldes. A espessura seca do material aplicado

deve apresentar um valor entre 2,5 e 3,0 mm.

A temperatura de aplicação deve situar-se entre 165 °C e 190 °C e o tempo de secagem

(ausência de pegajosidade resistente à passagem de veículos) não deve ultrapassar 2 a 3

minutos.

As caldeiras de aquecimento devem estar munidas de dispositivos de agitação mecânica,

para se evitar a segregação dos diversos constituintes.

A utilização de sistemas de pré-aquecimento da superfície a marcar não é permitida, por

princípio, a menos que a Fiscalização o reconheça como indispensável.

b) - Mecânica (spray)

A utilizar na execução de:

-Marcas longitudinais;

Deve ser concretizado com o emprego de máquinas móveis com dispositivos manuais e

automáticos de aplicação do material termoplástico pulverizado (spray) e de projeção

simultânea, sobre a superfície do material, de esferas de vidro.

A espessura seca do material aplicado deve apresentar um valor uniforme não inferior a 1,5

mm.

A temperatura de aplicação deve situar-se entre 200 oC e 220 oC e o tempo de secagem

não deve ultrapassar os 40 segundos, para as espessuras previstas.

A taxa de projeção de esferas de vidro deve estar compreendida entre 400 e 500 g/m2.

Aprovação das Marcas

As marcas que não se apresentem nas condições exigidas (geométricas, de constituição ou

de eficácia), serão rejeitadas e como tal removidas, podendo, contudo, ser repetida a

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execução, se houver da parte do Empreiteiro a garantia de uma retificação conveniente e

suscetível de ser aceite pela Fiscalização.

A remoção deve ser efetuada no prazo de 3 dias a contar da data de notificação da rejeição,

pelo que o Empreiteiro, se o não fizer nesse prazo, ficará sujeito aos encargos resultantes

da remoção que a Fiscalização mande executar por terceiros.

Eliminação de marcas

Na eventualidade de se ter que apagar marcas rodoviárias pré-existentes com o fim de se

executar uma nova marcação, o processo de eliminação a utilizar deverá ser escolhido de

entre os seguintes:

-Decapagem por projeção de um abrasivo sob pressão, não podendo aquele abrasivo ser

areia, exceto quando a decapagem seja feita em presença da água;

-Decapagem mecânica, utilizando decapadores mecânicos ou máquinas de percussão

próprias.

No caso de as marcas a eliminar serem de material termoplástico, obtêm-se melhores

resultados com tempo frio, para ambos os processos indicados.

Quando aplicado qualquer dos processos descritos, devem ser tomadas as seguintes

precauções:

-Quando a circulação se mantém, deverá a zona restrita dos trabalhos ser

convenientemente isolada a fim de que a segurança da circulação de peões e veículos não

seja afetada pelos materiais ou agentes envolvidos na obra;

-Após a decapagem, deverá ter-se o cuidado de remover, quer os detritos do material

termoplástico, quer os abrasivos utilizados.

Não será permitida, em caso algum, a utilização de processos de recobrimento como

método de eliminação de marcas.

3.4 - LOTES, AMOSTRAS E ENSAIOS

a) - Durante a execução dos trabalhos, e sempre que o entender, a Fiscalização reserva-se

o direito de tomar amostras e mandar proceder às análises e ensaios que julgar

convenientes para verificação das características dos materiais utilizados. As amostras

serão, em geral, tomadas em triplicado, e levarão as indicações necessárias à sua

identificação.

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b) - As análises e ensaios necessários poderão vir a ser executados pelas entidades que o

dono da obra entender adequadas, por conta do Adjudicatário.

Sinalização Vertical

1 - Armazenamento dos sinais

Todos os sinais e seus componentes deverão ser armazenados em local fechado, limpo e

arejado.

2 - Montagem dos sinais

a) - Sinais de pequena dimensão

Na montagem dos sinais de pequena dimensão devem ser seguidos os esquemas de

montagem do desenho de pormenor respetivo.

3 - Localização dos sinais

A localização dos sinais será a indicada nos desenhos. Serão permitidos ligeiros ajustes de

posicionamento para melhor adaptação a condicionalismos locais, não podendo, contudo,

ser comprometidas as posições relativas de sinais aplicados em interligação e cujo

posicionamento esteja diretamente relacionado com as marcas rodoviárias do pavimento

adjacente.

4 - Implantação transversal dos sinais

a) - Sinais de pequena dimensão e sinais complementares

Em passeios, os sinais são implantados com um afastamento mínimo de 0,50 m ao limite da

faixa de rodagem.

Sempre que for necessário utilizar sinais em duplicado terão que surgir forçosamente sinais

do lado esquerdo da via, mas sempre em complemento de um outro, colocado à direita.

Os sinais são implantados de molde que a sua superfície realize, com a linha limite da faixa

de rodagem, um ângulo de 100º, medido pelo tardoz dos mesmos quer se localizem do lado

direito ou do lado esquerdo da faixa de rodagem.

5 - Implantação vertical dos sinais

Deverão ser respeitados os esquemas de implantação indicados nos documentos

normativos da JAE, sobre sinalização vertical, que estiverem em vigor; em qualquer caso

deverá a Fiscalização, em tempo oportuno, obter a ratificação da Direção dos Serviços de

Conservação relativamente à implementação do esquema projetado, face à eventual

conveniência em executar a sinalização em moldes renovados.

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Deverá ainda ser tido em conta o seguinte:

a) - Sinais de pequena dimensão

Todos os sinais denominados de código deverão ser colocados a 1,10 m de altura (do solo

à base do sinal) devendo este valor ser reduzido para 1,00 m, no caso de dois sinais

colocados no mesmo poste.

Deverão estar colocados fora do limite da berma e, sempre que exista guarda de

segurança, protegidos por esta.

6 – Colocação

a) - Sinais com uma placa num só poste

Serão encastrados num maciço cúbico de betão B20 com 0,5 m de aresta, a uma

profundidade que permita um recobrimento na base do prumo de 0,10 m.

b) - Sinais com duas placas num só poste

Serão encastrados num maciço paralelepipédico de betão B20, com 0,5 por 0,9 m de

secção e 0,5 m de altura, a uma profundidade que permita um recobrimento na base do

prumo de 0,10 m.

7 - Escavações para maciços de fundação de sinais

Os caboucos para os maciços de fundação serão, em princípio, levados até à profundidade

indicada nos desenhos de execução, podendo no entanto, de acordo com a Fiscalização, a

fundação ser alterada de acordo com as condições reais reveladas.

A escavação será completada por um saneamento cuidado das soleiras e paredes dos

caboucos, de modo a que no final estas superfícies se apresentem completamente limpas e

isentas de materiais soltos, não podendo iniciar-se a betonagem sem autorização expressa

da Fiscalização.

As escavações serão conduzidas de forma a que fique salvaguardada a completa

segurança do pessoal contra desmoronamentos ou outros perigos e assegurada a correta

execução das operações de betonagem, procedendo-se, para isso, às entivações e

escoramentos que a Fiscalização reconheça necessários.

Nos preços contratuais encontram-se incluídos todos os trabalhos relativos à sua completa

execução, tais como: elevação, remoção, carga, transporte a vazadouro certificado, a

depósito e vice-versa, entivações, esgotos, compactação, regularização e percentagens de

empolamento ou quaisquer outros trabalhos subsidiários necessários à segurança do

pessoal e à correta execução das operações de betonagem, ficando bem esclarecido que o

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Adjudicatário se inteirou no local, antes da elaboração da sua proposta, de todas as

particularidades do trabalho e que nenhum direito a indemnização lhe assiste no caso das

condições de execução se revelarem diferentes das que inicialmente previra.

Para efeitos de medição, o volume a considerar será obtido a partir dos perfis teóricos da

escavação.

8 - Betão

O fabrico, cura, moldagem e desmoldagem do betão devem respeitar as condições

estabelecidas no Regulamento de Betões de Ligantes Hidráulicos.

4 - DRENAGEM - MATERIAIS, EQUIPAMENTOS ELEMENTOS DE

CONSTRUÇÃO

4.1 - TUBOS EM POLICLORETO DE VINILO NÃO PLASTIFICADO

1 - Os tubos devem apresentar-se de acordo com as normas oficiais e satisfazer

nomeadamente às seguintes condições:

a) - Terem dimensões especificadas no projeto e serem PN 10 MRS 100;

b) - Terem cor uniforme e serem retilíneos;

c) - As superfícies interior e exterior devem ser lisas, sem cavidades, fissuras, bolhas ou

outras irregularidades no seio da sua massa;

d) - Devem ter inscritas, de modo bem visível, as seguintes indicações:

- Marca do fabricante

- Tipo de material

- Diâmetro exterior nominal, em mm

- Classe de pressão

e) - As suas extremidades devem apresentar superfícies de corte planas, normais ao eixo e

isentas de rebarbas;

f) - Devem ser classificadas conforme a sua pressão nominal;

g) - O comprimento nominal deve ser de 3 ou 6 m com desvios máximos admissíveis de +

1% e 0,5% ;

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h) - Os valores mínimos do diâmetro exterior e da espessura da parede devem estar de

acordo com as dimensões do quadro 1 da E 293 do LNEC:

i) - No ensaio de resistência ao choque a 0o C não deve verificar-se a fissuração de mais de

5% do total de provetes ensaiados:

j) - No ensaio de resistência à acetona não devem apresentar cavidades, indícios de

desintegração, enrugamentos ou fendilhação;

l) - No ensaio de resistência ao ácido sulfúrico não devem apresentar variação de massa

que exceda os limites + 5,0% e - 0,1% ;

m) - No ensaio de resistência à pressão interior, devem resistir durante 1 hora, a essa

pressão de valor dado por

P = 840 X e/( d – e)

sendo d diâmetro exterior e e a espessura mínima;

n) - Para além das condições indicadas deve ser ainda cumprido o estipulado nas Normas

Portuguesas NP-253, NP-691, NP-692 e as especificações LNEC E 288, E 289, E 290, E

291, E 292, E 293.

4.2 - TUBOS E MANILHAS DE BETÃO

Os materiais utilizados na fabricação de tubos de betão, serão o cimento Portland normal,

agregados, armaduras e água, obedecendo às condições exigidas na legislação em vigor.

Os tubos e manilhas serão executados em moldes metálicos indeformáveis, utilizando um

betão de dosagem convenientemente estudada, por forma a ter uma consistência

aconselhável ao fim em vista, bem compactado por centrifugação ou vibração. O tempo de

cura será de 2 a 3 dias em ambiente quente e o mais próximo possível da saturação no

respeitante à humidade.

Não serão aceites, na obra, tubos com fendas, fissuras ou outros defeitos. As superfícies

dos tubos e manilhas devem apresentar a textura homogénea característica de um perfeito

fabrico, sem indícios de deterioração ou pontos fracos que possam comprometer a sua

resistência.

Os tubos e manilhas que não sejam fabricados no estaleiro da obra devem apresentar-se

marcados de modo bem visível e indelével com a referência da fábrica onde foram

construídos, o seu tipo, e a data de fabrico.

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A absorção de água pelas paredes dos tubos, determinada tal como se indica na Norma

Portuguesa NP 1469, não deve ser superior a 8%.

As tolerâncias admitidas quanto à diferença máxima entre diâmetro interior e o diâmetro

nominal, são de 1% para drenos e tubos de aquedutos e de 0,6% para tubos destinados a

coletores.

As cargas de rotura por compressão diametral, determinadas como se indica na Norma

Portuguesa NP 879, não devem ser inferiores, para cada diâmetro e para cada tipo de tubo,

às indicadas no quadro seguinte (valores em Kgf/m.l.):

DIÂMETRO TUBOS TUBOS ARMADOS (classes)

(mm) NORMAIS II III IV

200

300

400

500

600

800

1 000

1 200

1 500

2 000

2 500

3 000

3 300

4 100

5 400

6 000

- - -

- - -

- - -

- - -

- - -

- - -

- - -

- - -

- - -

- - -

- - -

5 800

7 300

8 800

11 000

14 600

18 300

- - -

- - -

- - -

- - -

- - -

7 800

9 800

11 700

14 600

19 500

24 400

- - -

- - -

- - -

- - -

- - -

11 700

14 600

17 600

22 000

29 300

36 600

Será feita pela Fiscalização uma inspeção geral aos diversos lotes de tubos ou manilhas,

que compreenderá a verificação das características gerais e dimensões e a partir da qual

poderá ser exigida a substituição de tubos defeituosos, ou até a rejeição do fornecimento se

a sua percentagem exceder 20%.

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A Fiscalização poderá escolher para ensaios uma ou duas unidades de cada tipo e

dimensão, por lote entrado. Os ensaios, que deverão ser efetuados num laboratório oficial,

por conta do Empreiteiro, referir-se-ão à estanqueidade, absorção de água e resistência à

compressão diametral.

4.3 - TUBOS PARA DRENOS

A drenagem de águas subterrâneas será feita através de tubos plásticos ou de betão

perfurados. A utilização de qualquer outro tipo de tubagem, nomeadamente tubos porosos,

dependerá de prévia autorização da Fiscalização.

a) Tubos Plásticos

Os tubos plásticos, de cloreto de polivinilo e polietileno, terão fendas transversais alternadas

c/nervuras estruturais que conferem ao tubo a necessária resistência à compressão

diametral, cuja forma e distribuição proporcionarão a captação de água. No que respeita a

características e receção, os tubos de plástico deverão obedecer à especificação LNEC E

293-1973.

b) Tubos de Betão

Os tubos de betão, circulares, na situação mais corrente, deverão ter diâmetro de 0,20 m,

com furos de 0,01 m de diâmetro e satisfazer a especificação ASTM C-14.

Os tubos serão fabricados em betão simples e providos de furos em cerca de 160º do seu

perímetro. Serão construídos segundo processos idênticos aos indicados para os tubos de

betão em geral e a sua superfície interior isenta de quaisquer irregularidades que possam

dificultar o escoamento das águas.

Deverão apresentar, em ensaio de compressão diametral, uma resistência média com valor

mínimo de 2 500kgf/m.

Estes tubos deverão ter uma resistência tal ao esmagamento, que, quando enterrados a

0,80 m, possam, sem ser danificados, suportar a carga gerada pela passagem de um

veículo de 30 toneladas.

A tolerância admitida quanto à diferença máxima entre o diâmetro interior e o nominal, será

de 1%.

A Fiscalização poderá escolher, para ensaios, uma ou duas unidades por cada lote recebido

na obra.

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Os ensaios deverão ser efetuados em laboratório reconhecido oficialmente, por conta do

Empreiteiro, referindo-se à estanquicidade, absorção de água e resistência à compressão

diametral.

O ensaio para a determinação da resistência à compressão diametral, poderá ser realizado

nas instalações do Empreiteiro ou fornecedor, desde que disponham do equipamento

necessário (NP 879) e o mesmo tenha sido calibrado dentro dos prazos preconizados no

processo de acreditação.

4.4 - MATERIAIS PARA EXECUÇÃO DE DRENOS

O material drenante para utilizar em drenos longitudinais e/ou transversais, deve ser limpo,

isento de argila, de detritos ou de outras impurezas e ter um equivalente de areia não

inferior a 75% e uma percentagem de elementos passados no peneiro nº 200 (ASTM)

inferior a 5.

a) Quando em contacto com materiais a drenar:

A granulometria dos materiais a utilizar na construção de drenos que não sejam protegidos

por envolvimento em geotêxtil, deve obedecer ao seguinte conjunto de condições:

D15/ d85 < 5 ; D15/d15>5 ; D60/D10<20 ; D50/d50<25

D85/ diâmetro dos furos do dreno > 2, sendo D15,D50 e D85 os diâmetros da malha dos

peneiros equivalentes em que passam respetivamente 15%, 50% e 85% do material do solo

a drenar e D10, D15, D50, D60, D85 os diâmetros da malha dos peneiros equivalentes em

que passam respetivamente 10%, 15%, 60% e 85% do material drenante. No caso dos

solos muito finos em que d15<0,1mm deve adotar-se d15=0,1mm.

Não sendo praticável usar um único material nas condições acima indicadas, utilizar-se-ão

dois ou mais materiais, ficando o mais fino junto do solo a drenar. Este material mais fino

deve ser considerado como solo a drenar pelo mais grosso, para a verificação daquelas

condições.

b) Quando envolvidos em geotêxtil de proteção:

A granulometria dos materiais a utilizar na construção de drenos protegidos por

envolvimento em geotêxtil, deve respeitar em principio o seguinte fuso:

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PENEIRO ASTM PERCENTAGEM ACUMULADA DO MATERIAL QUE PASSA

50,0 mm (2”)

37,5 mm (1 1/2”)

25,0 mm (1”)

19,0 mm (3/4”)

12,5 mm (1/2”)

9,5 mm (3/8”)

4,75 mm (n.º 4)

2,00 mm (nº 10)

0,075 mm (n.º200)

100

80 - 100

50 - 70

30 - 50

0 - 35

0 - 20

0 - 10

0 - 5

0 - 2

Nos casos em que, dada a proximidade com os pavimentos, se projete o dreno com uma

camada superior em material drenante fino, mais estável, este deverá respeitar, em

princípio, o seguinte fuso granulométrico:

PENEIRO ASTM PERCENTAGEM ACUMULADADO MATERIAL QUE PASSA

37,5 mm (1 1/2”)

25,0 mm (1”)

19,0 mm (3/4”)

12,5 mm (1/2”)

9,5 mm (3/8”)

4,75 mm (n.º 4)

2,00 mm (nº 10)

0,425 mm (nº 40 )

0,075 mm (nº 200)

100

70-100

50-80

40-60

30-45

20-30

10-20

0-5

0-2

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4.5 - GEOTÊXTEIS COMO FILTRO

Os geotêxteis a aplicar na obra, em envolvimento de materiais drenantes, deverão ser

imputrescíveis, insensíveis à ação de ácidos e bases, inatacáveis por micro-organismos e

deverão ser submetidos à aprovação da Fiscalização, acompanhados de certificados de

origem, bem como dos resultados do controlo de fabrico. Deverão ainda conter

estabilizadores e/ou inibidores adicionados à base, a fim de tornar os filamentos resistentes

à deterioração por exposição aos raios ultravioletas e ao calor.

No caso do material ser em polyester não especificamente tratado, haverá que impedir o

seu contacto com betões hidráulicos frescos.

Todas as características do geotêxtil deverão ser fixadas em função das condições

particulares da obra, obedecendo a um processo de dimensionamento para cada situação,

mas devendo, todavia, ser balizadas pelos seguintes valores:

− Gramagem (NF-G 38013) (g/m2) 90 a 150

− Rasgamento (ASTM D 1117) (N) > 200

− Resistência ao punçoamento (DIN 54307) (kN) > 1,0

− Permissividade (NF-G 38016) (s-1 ) > 0,2

– Porometria (O95) (Franzius Institute) (mm) > 100

No processo de dimensionamento deve ter-se em conta o estabelecimento das seguintes

relações:

– A dimensão média dos poros deverá ser igual ou pouco inferior a d15 do solo a drenar

(conforme definido no artigo 1.2.1);

– O coeficiente de permeabilidade deverá estar compreendido entre K = 2 x 10-2 cm/s e K =

3 x 10-1 cm/s;

− A permeabilidade do conjunto “solo-geotêxtil”, deverá manter-se constante.

As condições de armazenamento do produto não poderão comprometer a sua futura

aplicação em obra (gelo ou embebição em água) nem tão pouco as suas características

(exposição à radiação solar, sais minerais e poeiras).

Assim e até à sua utilização, os rolos terão que ser protegidos por plástico opaco.

No caso de ocorrerem acidentes no transporte, armazenamento ou manuseamento,

resultando na danificação do plástico protetor, eliminar-se-ão as primeiras espiras do rolo

afetado.

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Os ensaios sobre geotêxteis, por conta do Empreiteiro, serão realizados em Laboratório

Oficial, reconhecido pela C.M.O

O Empreiteiro deverá, ainda, executar, por sua conta, os ensaios de controlo que se indicam

a seguir, com as seguintes frequências mínimas, que, naturalmente, poderão ser superiores

sempre que condições de heterogeneidade o determinem:

Geotêxteis :

Gramagem 1 ensaio por cada 20 000 m2

Permissividade 1 ensaio por cada 25 000 m2

Porometria 1 ensaio por cada 25 000 m2

Material Drenante :

Granulometria 1 ensaio por cada 10 000 m3

Equivalente de Areia 1 ensaio por cada 10 000 m3

De qualquer modo, o Empreiteiro deverá apresentar, por cada fornecimento, de geotêxteis,

um certificado do fabricante em que sejam indicadas data e resultados dos ensaios de

controlo de qualidade.

4.6 - MATERIAL PARA RECOBRIMENTO DO DRENO

O material a utilizar no recobrimento da secção drenante , deve ser constituído por material

pétreo não sensível à água.

Assim, o agregado para aquele fim deve ser constituído pelo produto de britagem de

material explorado em formações homogéneas e ser isento de argilas, de matéria orgânica,

ou de quaisquer outras substâncias nocivas. Deverá obedecer, ainda, às seguintes

prescrições:

− A granulometria, de tipo contínuo, deve integrar-se no seguinte fuso:

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PENEIRO ASTM PERCENTAGEM ACUMULADA DO MATERIAL QUE PASSA

37,5 mm (1 1/2”)

25,0 mm (1”)

19,0 mm (3/4”)

4,75 mm (nº4)

0,425 mm (nº40)

0,075 mm (nº200)

100

70 - 95

55 -85

22 - 45

5 -18

2 - 9

− Limite de liquidez NP

− Índice de plasticidade NP

− Equivalente de areia ≥.50

− % desgaste na máquina de Los Angeles (F) < 40

4.7 - CAIXAS DE VISITA

4.7.1 TIPO

As caixas de visita serão executadas de acordo com os desenhos de pormenor respectivos.

4.7.2 SOLEIRA

A soleira é uma laje de betão destinada também a servir de fundação das paredes de

câmara de visita. a sua espessura, na zona mais profunda das caleiras deve ser superior a

0,15 m.

A inclinação para o interior das caleiras das superfícies da soleira deve ser superior ou

igual a 20%, e as linhas de crista devem ser ligeiramente boleadas.

4.7.3 CORPO

As dimensões do corpo devem estar de acordo com os desenhos do projeto.

A espessura das paredes depende do material utilizado, da forma e profundidade da

câmara e da natureza do terreno.

Os valores mínimos a adotar são:

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- Alvenaria de pedra ou de blocos: 20 cm

- Betão moldado: 10 cm com profundidade < 2,00 m

- Betão moldado: 15 cm com profundidade > 2,00 m

- Alvenaria de tijolo: 1/2 vez

4.7.4 COBERTURA

A cobertura da câmara deve estar de acordo com os desenhos do projeto.

4.7.5 TAMPA

As tampas das caixas de inspeção serão em tudo idêntico às utilizadas pelos Serviços

Municipalizados de Cascais.

4.7.6 DEGRAUS

As características dos degraus devem estar de acordo com as especificações do LNEC

E.153-1964.

4.8 - MATERIAIS E DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS

O betão a utilizar na construção das câmaras de visita deve ser a dosagem mínima de 250

kg de cimento por metro cúbico de betão no caso de betão simples, e de 300 kg de cimento

por metro cúbico de betão no caso de betão armado. A argamassa a empregar nas

alvenarias hidráulicas deve ser equivalente à de 270 kg de cimento por metro cúbico de

argamassa (1:5 em volume) e a dos rebocos à de 500 kg de cimento por metro cúbico de

argamassa (1:3 em volume).

Os materiais a utilizar na construção das câmaras de visita devem obedecer às prescrições

oficiais em vigor.

4.8.1 SOLEIRA

A soleira é de betão simples ou armado conforme as condições locais o aconselharem.

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4.8.2 CORPO

O corpo das câmaras de visita é de betão, simples ou armado, de alvenaria hidráulica de

pedra e de boa qualidade ou de tijolo ou blocos de cimento maciço.

Também pode ser construído com anéis de betão pré-fabricados. Neste caso, a porção

compreendida entre a soleira e a geratriz superior do coletor situada à cota mais alta, deve

ser de betão moldado no local ou alvenaria hidráulica, com eventual intercalação de anéis

pré-fabricados.

4.8.3 COBERTURA

A cobertura das câmaras de visita é de betão simples ou armado, com armaduras

adequadas a cada caso. Pode ser moldada no local ou pré-fabricada.

4.8.4 TAMPA

As tampas serão metálicas, com vedação hidráulica, da classe D 400 de acordo com a NP

EN 124, e pormenor.

4.8.5 ACABAMENTO INTERIOR

As câmaras de visita devem ser rebocadas interiormente, não devendo a espessura da

argamassa exceder 2 cm.

No caso de o corpo ou a cobertura da câmara de visitas ser construído com elementos pré-

fabricados de betão, pode dispensar-se o seu reboco se as superfícies se apresentarem

lisas e sem defeitos e desde que, pelo ensaio da câmara, se verifique a estanqueidade

desta.

As superfícies interiores serão protegidas com três demãos de 125 µ cada, de coalter

epoxy.

4.8.6 ÁGUA, AREIA, CIMENTO, BRITA, PEDRA E TIJOLOS

4.8.6.1 Água

A água a empregar no fabrico de argamassa deverá ser doce, limpa, isenta de substâncias

orgânicas, ácidos, óleos ou quaisquer outras impurezas que possam prejudicar a aderência

entre os vários elementos.

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A água a empregar no fabrico de betão, simples ou armado, deverá além do já estipulado,

ser isenta de cloretos e sulfatos em percentagens que sejam consideradas prejudiciais.

Em todos os casos pode ser seguida a normalização estipulada pelos artigos 10º. e 12º. do

Regulamento de Betões de Ligantes Hidráulicos.

4.8.6.2 Areia

A areia a empregar na confeção das argamassas e dos betões deverá satisfazer às

seguintes condições:

a) -Ser limpa ou lavada e isenta de terra, substâncias orgânicas ou quaisquer outras

impurezas, devendo ser peneirada quando necessário;

b) - Ter grão anguloso áspero ao tato;

c) - Ser rija, de preferência siliciosa ou quartzosa;

d) - A totalidade das substâncias prejudiciais não deverá exceder 3% com exceção das

removidas por decantação.

No fabrico das argamassas destinadas às alvenarias de pedra irregular, deve preferir-se a

areia de grão medianamente grosso; para as argamassas a empregar no assentamento de

cantaria, na alvenaria de tijolo e em rebocos ou guarnecimentos, deve utilizar-se a areia de

grão fino. Para o betão armado deve ser tanto quanto possível composta de grãos finos

médios e grossos, em partes aproximadamente iguais, porém de forma que a sua

composição granulométrica seja a mais conveniente para a compacidade do betão.

Considera-se areia de grão grosso a que, passando num peneiro de 5 mm é retirada no de

0,5 mm e areia de grão fino a que passando num peneiro de 0,5 mm é retirada no de 0,07

mm.

Para todos os casos deve ser seguida a normalização estipulada pelo Artº. 9º. do

Regulamento de Betões de Ligantes Hidráulicos.

4.8.6.3 Cimento

O cimento "Portland Normal" deverá obedecer às disposições do Caderno de Encargos para

o fornecimento e receção do cimento "Portland Normal" aprovado pelos Decretos nº. 40 870

e 41 127. Todo o cimento que se verifique não obedecer às condições deste Caderno de

Encargos, será imediatamente retirado do local dos trabalhos.

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O cimento que deverá ser de fabrico recente, após a receção no local da obra, será

armazenado em local seco com ventilação adequada e de forma a permitir uma fácil

inspeção e diferenciação de cada lote armazenado. O cimento que esteja armazenado há

mais de 60 dias, não devendo por via de regra ter mais de 90 dias, será aplicado

obrigatoriamente antes da utilização de qualquer cimento mais recente.

Todo o cimento no ato de aplicação deverá apresentar-se seco, sem vestígios de humidade

e isento de grânulos. Todo o conteúdo de um saco em que tal se verifique será

imediatamente retirado do local dos trabalhos.

Quaisquer produtos de adição, quer os destinados a acelerar a presa do cimento, quer a

uma maior plasticidade do betão ou a qualquer outro fim, só poderão ser aplicados com a

aprovação da Fiscalização.

4.8.6.4 Brita para betão

A pedra, de preferência britada ou seixo anguloso, deverá ser rija, não margosa nem

geladiça, bem lavada, isenta de substâncias que alterem o cimento e não conter elementos

alongados ou achatados.

As percentagens em peso, das substâncias prejudiciais existentes na pedra para betão, não

devem exceder os seguintes valores:

- Elementos alterados 2%

- Aglomerados argilosos 0,25 %

- Removíveis por decantação 1%

A pedra deverá ter dimensões variáveis, de forma que juntamente com a areia se obtenha a

maior compacidade do betão, devendo ser submetida à apreciação da Fiscalização a

granulometria a utilizar.

Devem obedecer ao estipulado nos Artº.s 9º. e 17º. do Regulamento de Betão de Ligantes

Hidráulicos.

4.8.6.5 Pedra para alvenaria

A pedra deverá obedecer às seguintes condições:

a) - Ser resistente à rotura e ao esmagamento e ter uma tensão de rotura à compressão

superior a 200 kg/cm2;

b) - Não se alterar sob a ação dos agentes atmosféricos;

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c) - Fazer boa presa com as argamassas;

d) - Ser de bom leito, sem fendas ou lesins, bem limpa de terra ou de quaisquer outras

substâncias estranhas;

e) - Ter dimensões concernentes ao tipo de obra a que se destina.

4.8.6.6 Tijolos

Os tijolos devem obedecer às seguintes condições:

a) - Terem textura homogénea, isenta de quaisquer corpos estranhos e não terem fendas;

b) - Terem forma e dimensões regulares e uniformes, serem cozidos duros, sonoros,

consistentes e não vitrificados, admitindo-se uma tolerância de 2% para comprimento e de

3% para a espessura;

c) - Terem cor uniforme, apresentarem fratura de grão fino e compacto e isento de

manchas;

d) - Imersos em água durante 24 horas, o volume absorvido desta não deve exceder 1/5 do

seu volume próprio ou 12% do seu peso;

e) -Os ensaios a realizar obedecerão à NP 80.

5 - CIRCUITOS HIDRAULICOS

5.1 - CLÁUSULAS GERAIS

Para a execução, fornecimento e montagem das instalações e equipamentos de

recirculação e tratamento de água do lagos e cascatas, deverão ser utilizados os materiais e

equipamentos que se especificam neste volume.

Estão ainda incluídos os seguintes fornecimentos e trabalhos:

- Todos os trabalhos de construção civil, designadamente abertura e tapamento de roços,

execução de maciços com apoios anti-vibráticos, execução de negativos e demais trabalhos

inerentes a este tipo de instalações;

. Ensaios das redes;

. Produtos, reagentes e materiais de consumo, necessários para o arranque das

instalações;

. Conjunto de ferramentas especiais de manutenção;

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. Manuais de instrução, operação, manutenção e conservação das instalações e

equipamentos, em português e na língua de origem (em triplicado);

. Manuais de peças;

. Peças de reserva para primeira intervenção;

. Adestramento do pessoal na condução e manutenção das instalações até à emissão da

correspondente declaração por parte do Dono da Obra;

. Ensaios, arranque em vazio e entrega ao Dono da Obra de todos os materiais e

equipamentos;

. Assistência técnica ao arranque de todas as instalações;

. Manutenção durante o período de garantia;

. Elaboração e entrega das Telas Finais das redes e equipamentos instalados.

5.2 - TUBOS E ACESSÓRIOS EM PVC RÍGIDO

Os tubos e acessórios em PVC rígido utilizados em obra deverão obedecer ao especificado

nas Normas Portuguesas que a seguir se indicam:

- NP 253 - Tubos de material plástico de secção circular para transporte de fluídos -

diâmetro exterior e pressões nominais e receção;

- NP 1487 - Tubos de poli (cloreto de vinilo) não plastificado para canalizações de águas e

de esgoto - características e receção.

Os tubos deverão ter as dimensões especificadas no projeto, possuírem cor uniforme e

serem retilíneos, terem superfície interior lisa, sem cavidades, fissuras, bolhas ou outras

irregularidades no seio da sua massa. As suas extremidades devem apresentar superfícies

de corte planas, normais ao eixo e isentas de rebarbas.

Os tubos e acessórios enterrados, com escoamento em superfície livre, serão em PVC

corrugado, da classe de rigidez SN8, e deverão ser fornecidos com junta autoblocante com

anilha de estanquidade. Os restantes tubos e acessórios em PVC rígido serão de 1,0 MPa..

Os tubos e acessórios em PVC devem estar devidamente homologados pelo Laboratório

Nacional de Engenharia Civil (LNEC).

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5.3 - TUBOS E ACESSÓRIOS EM POLIETILENO DE ALTA DENSIDADE

Os tubos de polietileno de alta densidade deverão obedecer às características indicadas na

Norma DIN 8075 - Parte 2.

A matéria prima utilizada na fabricação dos tubos, bem como os tubos deverão obedecer

ainda ao especificado na Norma DIN, ISO e/ou ASTM aplicáveis, ou por outras que a

Fiscalização julgue equivalentes.

O material da tubagem terá MRS 100 e a classe de pressão da tubagem e acessórios será

de 1,0 MPa.

As dimensões deverão respeitar o especificado na Norma DIN 8074 - Parte 2. As

tolerâncias serão também as indicadas na mesma Norma.

Cada tubo deverá conter as seguintes indicações:

- Nome ou marca do fabricante

- Tipo de material

- Dimensões e pressão nominais

Os tubos deverão satisfazer os seguintes requisitos gerais:

a) - Estarem homologados pelo LNEC;

b) -Serem retilíneos ou enrolados, de aspeto liso, forma regular, sem arestas vivas, isentos

de fissuras, chochos e outras irregularidades;

c) -Apresentarem as extremidades normais ao eixo longitudinal do tubo e sem danos que

impeçam, no entender da Fiscalização, a realização de juntas satisfatórias

As ligações até DN 50 poderão ser aplicando acessórios de ligação por compressão, em

latão. Para diâmetros superiores as ligações serão feitas aplicando acessórios

eletrossoldáveis ou por fusão topo a topo.

5.4 - VÁLVULAS DE SECCIONAMENTO

As válvulas de seccionamento a instalar nos circuitos serão as seguintes:

Com diâmetros iguais ou inferiores a 65 mm: Válvulas de seccionamento, do tipo macho

esférico, em PVC rígido, PN10.

Com diâmetros superiores a 75 mm: Válvulas de seccionamento, do tipo de borboleta, de

entalar ou flangedas, em PVC rígido, PN10.

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5.5 - VÁLVULAS DE SECCIONAMENTO DO TIPO BORBOLETA,

MOTORIZADA

As válvulas de seccionamento do tipo borboleta, motorizadas, a instalar nos sistemas de

alimentação ao reservatório, serão flangeadas .

As válvula serão motorizadas, com atuador de 24V, com mola de retorno, para fecho

quando sem tensão.

O corpo da válvula e a borboleta serão em ferro fundido, enquanto o anel de vedação será

em elastómero e o veio em aço-crómio.

O actuador deverá possuir visor com ponteiro indicador da posição da válvula e dotado de

limitador de binário.

O tempo de manobra da válvula não deverá ser inferior a 30 segundos.

As válvulas serão comandadas pelo autómato programável, que gere a alimentação ao

reservatório de água, função da altura de água medida pelo indicador de nível ultrassónico.

MEDIDOR DE NÍVEL ULTRASÓNICO

No reservatório de água será instalado um sistema de medição de nível, do tipo

ultrassónico.

O sistema será constituído por sensor e por conversor, a instalar na central técnica

adjacente ao reservatório de água.

O sensor permitirá uma gama de medida de 0,3 m a 6 m.

A fonte de alimentação em energia elétrica ao sistema ficará localizada no quadro elétrico

geral afecto aos equipamentos de água.

O fornecimento do sensor incluirá 2 suportes, um para cada cuba, de modo a permitir a sua

instalação na cuba de serviço aquando da limpeza da outra cuba.

Este equipamento permitirá a leitura local, sendo a informação enviada para um autómato

programável para gestão da alimentação de água ao reservatório.

5.6 - AUTÓMATO PROGRAMÁVEL

O autómato programável destina-se a gerir a alimentação de água ao reservatório.

Receberá informação do medidor de nível ultrassónico e comandará a abertura e fecho das

válvulas motorizadas.

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O autómato deverá privilegiar a alimentação de água via furo e caso este não tenha

capacidade de reposição da água consumida pela rega, então comandará a abertura da

válvula instalada na alimentação via SIMAS.

5.7 - ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DO CIRCUITO DE RETORNO AO LAGO À

COTA SUPERIOR

A estação elevatória a instalar junto ao lago inferior, com tampa próxima da cota 123,

destinada à elevação da águas proveniente do descarregador desta lago para o lago à cota

mais elevada, será equipada com dois grupos eletrobomba submersíveis, próprios para

águas limpas, com as seguintes características hidráulicas:

- caudal de elevação de cada grupo: 5 m³/h;

- altura manométrica de elevação: 36 mc.a.

As eletrobombas serão para ser instaladas em guias e com encaixe automático na base em

ferro fundido assente no fundo da câmara de aspiração.

As condutas de compressão individuais e acessórios respetivos serão DN 50 e troço comum

também em DN 50, em ferro fundido dúctil, PN 10. A conduta de compressão será DN63 em

PEAD, MRS 100, PN10. As condutas e acessórios deverão possuir juntas de desmontagem,

para possibilitar a remoção de qualquer dos elementos.

O fornecimento da estação elevatória incluirá, para cada grupo, válvula de seccionamento e

válvula de retenção, próprias para águas de drenagem.

O quadro elétrico de comando e controlo promoverá as seguintes funções:

- dispositivo para arranque e paragem suave de cada grupo;

- interruptor para arranque manual e paragem das bombas;

- funcionamento automático;

- o funcionamento dos grupos será simultâneo, devendo-se prever o arranque e paragem

desfasados um do outro;

Prevêem-se dois interruptores de nível:

- interruptor 2 nível máx 1 - alarme;

- interruptor 1nível mínimo - paragem das 2 bombas;

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A instalação elétrica entre o quadro elétrico, e as respetivas eletrobombas e aparelhos de

comando está incluída no âmbito da empreitada.

O quadro elétrico, a instalar no exterior do poço de bombagem, terá um grau de proteção

IP54, de construção metálica com revestimento a poliester texturado ou em poliester

reforçado a fibra de vidro e conterá basicamente a seguinte aparelhagem:

- corte geral;

- disjuntores para proteção magneto-térmica, deteção e controle de informação de corrente

de defeito;

- contactores para comando e proteção dos motores;

- relés de falta de fase, por grupo, que não permita o funcionamento dos grupos por falta de

fase à entrada e saída do contactor ou inversão da mesma;

- relé eletrónico permitindo a alternância ou simultaneidade de funcionamento dos grupos;

- contador de horas de funcionamento dos grupos;

- amperímetro e voltímetro com comutador;

- órgãos de comando local;

- sinalização luminosa e acústica local.

5.8 - FILTRO DE AREIA

O filtro a utilizar será de filtro de pressão, rápido, de areia.

Será com leito filtrante único em areia, para velocidade máxima de filtração de 35m/h.

A areia a utilizar deverá apresentar um coeficiente de uniformidade inferior a 1,5, com teor

de sílica (SiO2) superior a 98%;

O filtro será provido com as respetivas tubagens, árvore de manobra, correspondente

suporte em aço zincado equipado com braçadeiras anti-vibração e bateria de 5 válvulas de

manobra e de seccionamento para permitir operações de contra-lavagem, rinçagem ou de

reparação, sem necessidade de paragem do funcionamento de toda a instalação.

O filtro será munido de um dispositivo de controlo de colmatagem ( 2 manómetros); no caso

da descolmatagem não automática, deverá prever-se um sistema de alarme - aviso sonoro

ou luminoso - que assinale os momentos em que se atinja a perda de carga limite.

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O filtro deverá ser lavado quando a perda de carga na colmatagem exceda em 50 kPa, o

valor da perda de carga estabelecida com o filtro lavado.

O caudal do filtro colmatado, deverá ser, no mínimo, de 70% do caudal de serviço com o

filtro lavado.

O filtro será munido de dispositivos que permitam o seu esvaziamento completo, e

comportar aberturas de dimensão suficiente e de manobra fácil para permitir a inspeção

interior e a substituição ou recarga dos materiais filtrantes.

O filtro terá no mínimo 0,64 m de diâmetro, será do tipo bobinado, vertical, de alto

rendimento, pressão de serviço de 0,4 MPa, com placa de crepinas, boca de visita, purga de

água manual e purga de ar automática, parafusos em aço inoxidável AISI 316 e juntas de

EPDM.

O fornecimento do filtro incluirá o quadro de comando e controlo da bateria de válvulas, e

todas as interligações elétricas e hidráulicas, entendendo-se pronto a funcionar.

5.9 - SISTEMA DE DESINFECÇÃO

5.9.1 Controlador de Cloro Livre

- Um controlador digital, destinado a medir, por microprocessador, valores de cloro (Cl2),

funcionando através de uma passagem controlada de fluxo através da sonda de leitura e

emitindo ordem de funcionamento à bomba doseadora em função de valores pré-definidos,

com set point e alarmes programáveis, composto por:

- Um porta sondas;

- Uma célula amperimétrica para medição de cloro livre;

- Um painel eletrónico de medição de cloro;

- Uma caixa de ligação;

- Cabos de ligação entre os diversos componentes;

Todos estes componentes serão montados sobre uma placa em PVC, onde se inclui filtro de

proteção e sensor de caudal, para fixação mural.

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5.9.2 Doseamento de Cloro

- Uma bomba doseadora-injetora, de membrana, mecânica, equipada com um órgão

doseador apto para funcionar com todos os produtos químicos, possuindo as seguintes

características técnicas:

- Débito 60, 80 ou 120 l/h

- Pressão máxima de injeção 10 kgf/cm²

- Potência instalada 370 W

- Alimentação elétrica 230 V / 50 Hz

A bomba doseadora-injetora será do tipo “MS1B” da SEKO ou equivalente.

- Um conjunto de acessórios, destinado à interligação da bomba doseadora-injetora com o

ponto de injeção;

- Uma sonda de nível, a colocar na cuba de reagente, impedindo o funcionamento da

bomba em caso de falta de produto a dosear;

- Uma cuba, compacta, destinada à preparação e armazenagem da solução a dosear, com

a capacidade de 500 l.

Inclui-se no fornecimento destes equipamentos todas as interligações elétricas, hidráulicas e

suportagem, entendendo-se o equipamento pronto a funcionar.

5.10 - ABERTURA E ENCHIMENTO DE VALAS

5.10.1 Abertura e Tapamento de Valas

a) A abertura das valas deverá ser executada com a largura que permita, no mínimo, um

espaço livre de cada lado do tubo de 0,30 m.

b) Sempre que os trabalhos não possam ser conduzidos por forma a assegurar o livre

escoamento das águas que porventura existam, terá que proceder-se ao esgoto por

bombagem, devendo o empreiteiro dispor do equipamento necessário.

c) O fundo da vala será regularizado cuidadosamente, ficando sem ressaltos nem covas, de

modo a dar um apoio perfeito e contínuo às tubagens.

Quando o fundo de uma vala encontrar alvenaria ou rocha, aprofundar-se-á a vala de 0,20

m, altura essa que será preenchida com areia ou saibro apiloado com maço de peso não

inferior a 20 kg.

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d) Após perfeita regularização do fundo da vala de acordo com a cláusula anterior, espalhar-

se-á uma camada de areão, com a espessura uniforme mínima, após compactação, de 0,15

m, que constituirá uma almofada na qual assentarão as tubagens previstas.

5.10.2 Enchimento de Valas

a) O enchimento das valas só será executado após terem sido feitos os ensaios

considerados necessários.

b) À medida que as tubagens vão sendo executadas e aprovadas pela Fiscalização, ataca-

se o espaço entre estes e as paredes da vala, com terra limpa, isenta de pedras, que será

regada e comprimida de modo a que não fiquem vazios na camada envolvente à tubagem.

Este envolvimento abrangerá a parte superior das tubagens ou colectores, de modo a que a

espessura da camada acima da geratriz mais elevada seja, pelo menos, de 0,30 m.

c) A restante altura de aterro será feita por camadas de 0,30 m espessura de bem apiloadas

e regadas, devendo ficar com uma compactação no mínimo idêntica à das camadas

confinantes com a vala aberta. O assentamento das terras não deverá transmitir às

canalizações pressões superiores às que elas suportam com segurança.

5.11 - MONTAGEM DE CANALIZAÇÕES ENTERRADAS COM

FUNCIONAMENTO EM PRESSÃO

5.11.1 Trabalhos Preparatórios

Antes de se iniciar a montagem das canalizações, dispor-se-á da vala devidamente

preparada na extensão necessária, devendo as tubagens, acessórios, mão-de-obra e

equipamentos necessários estar disponíveis para a realização do trabalho.

5.11.2 Proteção Interior

Serão tomadas todas as precauções para se evitar que entrem nas canalizações terras,

pedras, madeiras e quaisquer outros corpos ou substâncias estranhas, procurando-se que o

seu interior se mantenha limpo durante o armazenamento, transporte, manuseamento

colocação e montagem.

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5.11.3 Maciços de Fixação

Serão construídos de um modo geral em betão simples e moldados "in situ", de encontro à

superfície exterior da canalização ou do acessório a que servirem de apoio horizontal ou

vertical, nos locais indicados no projeto.

A moldagem deverá dar aos maciços uma configuração tal que deixe livre os parafusos,

juntas de ligação e outros acessórios ou órgão de manobra, a fim de possibilitar uma

eventual desmontagem sem necessidade de demolição dos maciços.

5.11.4 Receção

Troços a Ensaiar

Para efeitos de receção, a canalização, depois de montada, será submetida a ensaios de

pressão interna a executar por troços, como adiante se especifica e em função do diâmetro,

se outra indicação não for dada neste Caderno de Encargos.

A extensão de cada troço a ensaiar será estabelecida tendo em conta vários

condicionalismos como a extensão total da conduta, a natureza do terreno ou a diferença

das pressões de serviço nos extremos do troço.

Cuidados Prévios

Cada troço a ensaiar deverá ser previamente fixado por meio de maciços ou outros

dispositivos de carácter provisório ou não, que se julguem necessários, de modo a evitar

deslocamentos da canalização durante os ensaios.

Os ensaios só poderão efetuar-se depois de decorridas sete dias após a betonagem do

último maciço de fixação do troço considerado, no caso de se usar cimento tipo Portland

normal, e 36 horas no caso de se usar cimento de presa rápida.

Para controlo dos ensaios dispor-se-ão de manómetros previamente aferidos, que

comportem as pressões em causa e permitam a leitura correta de frações até 0,1 Kg/cm².

Igualmente se disporá de contadores devidamente calibrados para medição das

quantidades de água introduzidas na canalização para os reajustamentos da pressão,

quando seja caso disso.

Enchimento da Canalização

Tomadas as medidas e cuidados indicados, o troço a ensaiar será preenchido com água de

abastecimento por meio de uma bomba manual que a introduzirá pela secção extrema de

cota mais baixa. O enchimento será feito lenta e cuidadosamente, para que todo o ar

existente no troço seja expulso através dos dispositivos de purga os quais estarão

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completamente abertos. O caudal de enchimento deverá ser numericamente igual ao

volume de água comportado por 100 m de canalização, bombado em meia hora.

Elevação da Pressão Interna

Atingida a estabilidade hidráulica pelo enchimento completo com água do troço a ensaiar,

começar-se-á a elevar gradualmente a pressão interior até se atingir a pressão de ensaio,

que se fixa em 1,5 vezes a pressão máxima de serviço prevista nesse troço da canalização.

Durante a elevação da pressão deverão pesquisar-se eventuais desvios da canalização e

possíveis indícios de exsudação, gotejamento ou escorrimento através de fendas nas

paredes da canalização ou nas juntas de ligação e acessórios. Se ocorrer alguma dessas

anomalias, a canalização deverá ser esvaziada lentamente até que as zonas defeituosas

fiquem livres de água e sejam reparadas. Repetir-se-á então o enchimento e o ensaio nas

condições descritas.

Canalizações com Diâmetros até 0,40 m

Tratando-se de troços de canalizações com diâmetros interiores menores ou iguais a 0,40

m, o troço ensaiado só estará em condições de ser recebido quando, depois de submetido

durante meia hora à pressão da prova P = 1,5 x pressão de serviço, o manómetro não

acusar uma descida superior a

5

P

Pressão durante o Aterro

Depois do ensaio concluído com resultados satisfatórios e até que as valas estejam

aterradas, pelo menos até 0,30 m acima do extradorso das canalizações, a pressão de

ensaio será mantida para imediatamente se detetarem eventuais danos ocorridos durante o

aterro.

Ensaio em Conjunto

Tendo procedido de igual modo o ensaio de sucessivos troços de canalização, as ligações

entre eles serão, então, também ensaiadas. Para isso sujeitar-se-á um conjunto de vários

troços a ensaiar idênticos aos já descritos. Tal conjunto poderá ser, por exemplo, a

extensão da canalização compreendida entre válvulas de seccionamento sucessivas. As

secções da vala correspondente às ligações entre os vários troços a ensaiar serão,

consequentemente, mantidas a descoberto até se dar por terminado o ensaio de conjunto.

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Resultados Obtidos

Os resultados dos ensaios constarão de relatório escrito a elaborar pelo empreiteiro.

5.12 - ATRAVESSAMENTO DE ELEMENTOS RÍGIDOS

O atravessamento de elementos rígidos de construção, nomeadamente em betão, por

tubagem da rede de drenagem, será feito de acordo com as indicações do Projeto e por

forma a que seja salvaguardado o livre movimento da tubagem.

Para o efeito será deixado à betonagem um orifício ou ficará embebido no elemento a

atravessar uma ponta de tubo em PVC rígido, cujas dimensões interiores sejam superiores

ao diâmetro exterior da tubagem a instalar.

O espaço entre a superfície da tubagem e do orifício ou do entubamento, será preenchido

por um material deformável, como seja por exemplo o poliuretano expandido, e os topos

isolados com mastique apropriado.

No que diz respeito ao atravessamento das paredes do lago ou do tanque de compensação,

na parte submersa, serão sempre aplicados passa-muros deixados à betonagem.

5.13 - ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ÁGUA PARA REGA

A estação elevatória de água para rega ficará instalada central técnica de águas.

O sistema de bombagem será constituído por 3+1 grupos eletrobomba de eixo vertical (1

grupo de reserva). Os grupos serão de velocidade variável, com reservatório

hidropneumático.

A eletrobomba suplementar funcionará rotativamente como bomba de reserva.

A estação elevatória será constituída por 3+1 grupos eletrobomba, devendo cada grupo

cumprir os seguintes pontos de funcionamento:

- Ponto 1:

- caudal unitário: 7,5 m³/h a uma altura manométrica de 60 mc.a..

- Ponto 2:

- caudal unitário: 9,0 m³/h a uma altura manométrica de 50 mc.a..

A constituição da central elevatória será a seguinte:

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Quadro elétrico para comando, regulação e monitorização do sistema de abastecimento de

água, composto por:

- Armário metálico com proteção IP54, pintado de cor RAL 7020;

- Interruptor tetrapolar de corte geral;

- Disjuntores de proteção (um por eletrobomba);

- Disjuntor de proteção do circuito de comando;

- Sistema de arranque (arranque progressivo incorporado nos motores);

- Microprocessador incorporando painel de controlo, para comando de eletrobombas,

através da variação contínua da velocidade das eletrobombas.

Através do painel de controlo do microprocessador será possível verificar as seguintes

funções:

- De estado, apresentando os alarmes e o estado do sistema e das bombas;

- De funcionamento, possibilitando a configuração dos parâmetros de funcionamento como

set point, modo de funcionamento, modo de controlo e controlo forçado;

- De alarmes, apresentando um resumo dos alarmes e avarias;

- Alteração do ponto de funcionamento.

Três eletrobombas principais e uma de reserva, constituídas por:

Bomba centrifuga multicelular “in-line”, com impulsores, veio e câmaras intermédios em aço

inoxidável AISI 304, com os corpos superior e inferior em ferro fundido GG25, empanque

tipo mecânico autoajustável e chumaceiras auto-lubrificadas pela água bombeada. O corpo

da bomba será fixo entre a base e o apoio do motor através de tirantes.

Motor assíncrono, arrefecido por ventilador, com conversor de frequência e controlador PI

incorporado, fabricado de acordo com as normas IEC, DIN e VDE. O conversor de

frequência será integrado na caixa de terminais. O motor e a caixa de terminais são

fabricados em liga de metal resistente a corrosão.

Classe de isolamento: F

Classe de proteção: IP54

Classe de eficiência: 1 (EFF 1)

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Características técnicas das eletrobombas:

CONDIÇÕES DE OPERAÇÃO

Caudal de cada grupo 7,5 9,0 m³/h Altura manométrica 60 50 mc.a Número de bombas 3 + 1 Tipo de arranque Progressivo com conversor de frequência Balão Hidropneumático 10 bar

Instrumentação/ Controle e acessórios composto por:

- Válvulas de seccionamento na aspiração (uma por bomba)

- Um transdutor de pressão instalado no coletor de compressão

- Válvulas de seccionamento e retenção na compressão (uma por bomba)

- Coletor de compressão

- Válvula de corte geral no coletor de compressão

- Acessórios de interligação

Depósito hidropneumático:

Em aço RST 37-2 devidamente preparado e pintado, com membrana de material sintético,

adequado para água potável (máximo 70ºC). A construção do depósito deverá cumprir as

exigências das normas CE para depósitos sob pressão 97/23/EG.

Base de assentamento para:

Eletrobombas

Quadro elétrico

O fornecimento e montagem da central incluirá juntas anti-vibráteis, apoios anti-vibráteis,

todos os cabos elétricos de ligação e os esquemas eléctricos e manuais de instruções.

O fornecimento da estação elevatória incluirá ainda o fornecimento e instalação dos

seguintes itens:

- alarme acústico;

- documento com a indicação das curvas características das eletrobombas instaladas;

- esquemas elétricos e manuais de instruções;

- certificado de teste de fábrica.

- medidores de nível de água para as seguintes situações:

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- falta de água no reservatório, com encravamento de funcionamento da estação elevatória;

- nível de água baixo (50% do volume total);

- nível de água excessivo,

A deteção de qualquer um destes níveis será considerada uma situação de alarme,

acionando o alarme acústico. A gestão destes níveis pertencerá também ao âmbito do

fornecimento do presente artigo, podendo ser feita num dos quadros da estação elevatória

ou em quadro próprio.

6 - AÇO EM ARMADURAS

As classes de aço e diâmetros a utilizar serão os indicados nos desenhos do projeto.

Antes da aplicação de aços em varão ou malha electro soldada na obra terão de ser

apresentados à Fiscalização os respetivos documentos de classificação emitidos por

entidade competente.

Durante o período de betonagem dever-se-á evitar a deslocação do posicionamento correto

e a deformação das armaduras.

É por isso obrigatória a utilização de arames recozidos ou outros elementos equivalentes a

fim de atar os varões entre si, de modo a conferir às armaduras não só a rigidez suficiente

para que estas não venham a sofrer deformações acentuadas durante a betonagem,

respetiva vibração, compactação e operações complementares, como também, a manter o

posicionamento e afastamento entre os varões; e, a forma que o conjunto das armaduras

deve apresentar.

Quando por si só, a ligação dos varões com arame de atar não se mostre suficiente à

manutenção do posicionamento e indeformabilidade necessária às armaduras, recorrer-se-á

a ferros auxiliares e complementares que o consigam, mesmo que não indicados nos

desenhos de projeto.

Recorrer-se-á a calços, os quais serão intercalados entre as armaduras e a face interior dos

moldes, que assegurem o recobrimento regulamentar ou o indicado em projeto.

Os calços, de espessura constante e contendo já o arame de atar, serão pré-fabricados com

materiais que possam ser incorporados na peça e não interfiram com a sua estabilidade.

As armaduras serão dobradas a frio com máquinas apropriadas, devendo seguir-se em tudo

o preceituado no REBAP.

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As armaduras deverão apresentar-se isentas de zincagem, pintura, alcatroagem, argila, óleo

ou ferrugem solta. No caso da ferrugem se apresentar com espessura apreciável ou mostrar

tendência a formar escamas ou a destacar-se do metal, as armaduras deverão ser limpas

com escova metálica.

6.1 - TIPOS CORRENTES DE AÇOS PARA ARMADURAS

As armaduras ordinárias do tipo corrente são formadas por varões redondos simples ou

constituindo redes electro soldadas com as seguintes características:

Designação Processo de

fabrico

Configuração

da superfície

Características

de

aderência

Ductilidade

A 400 NR

A 400 NR

SD

Lamina. a

quente Rugosa Alta

Normal

Elevada

A 400 ER Endurecido a

frio Rugosa Alta Normal

A 400 EL

Endurecido a

frio com

extrusão

Lisa Normal Normal

A 500 NR

A 500 NR

SD

Lamina. a

quente Rugosa Alta

Normal

Elevada

A 500 ER

A 500 EL*

Endurecido a

frio

Rugosa

Lisa

Alta

Normal Normal

(*) – Somente sob a forma de redes electro soldadas.

A determinação do nível de ductilidade para os aços A400 e A500 deverá seguir o indicado

nas seguintes especificações:

- LNEC E 449-1998 (A400 NR). - LNEC E 455-2002 (A400 NR SD). - LNEC E 450-1998 (A500 NR). - LNEC E 460-2002 (A500 NR SD). - LNEC E 456-2000 (A500 ER).

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6.2 - ENSAIOS

Os ensaios a realizar serão de tração sobre provetes proporcionais longos, e de dobragem,

efetuados de acordo com as normas portuguesas em vigor, respetivamente a NP EN 10002-

1: 1990 – Materiais metálicos. Ensaio de tração. Parte 1: Método de ensaio (a temperatura

ambiente) e a NP 173: 1996 – Materiais metálicos. Ensaio de dobragem, conforme

estipulam os artigos 21 e 22 do REBAP e ainda os necessários para satisfazer o disposto

nos artigos 154 a 157 e 174 do mesmo regulamento.

No caso de se pretenderem efetuar emendas dos varões por soldadura realizar-se-ão

ensaios com a finalidade a que se referem os artigos 21 e 156 do diploma citado na alínea

anterior.

7 - ARGAMASSAS

A argamassa de cimento a empregar será ao traço 1:4 no capeamento e revestimento de

muros, bancos e, de um modo geral, de todas as estruturas construídas.

Para obras não especificadas o doseamento será de uma parte de cimento para 6 partes de

areia.

8 - BETÕES

No fabrico de betão armado utilizar-se-á betão C20/25 e aço A500NR, especificado no

Regulamento da Estrutura de Betão Armado e Pré-esforçado (REBAP).

O betão simples a utilizar será da classe C15/20 especificado no REBAP.

8.1 - LIGANTE HIDRÁULICO/CIMENTO

Em geral, o ligante hidráulico componente das argamassas e dos betões deve ser o cimento

Portland, do tipo I das classes 32.5R ou 42.5R, e deverá obrigatoriamente conter a marca

NP de conformidade com as normas dos cimentos.

Para condições ambientais agressivas deve utilizar-se um ligante do tipo IV das classes

32.5 ou 42.5, e deverá obrigatoriamente conter a marca NP em conformidade com as

normas dos cimentos.

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A mistura em obra de adições aos cimentos só deve ser admitida em casos excecionais

devidamente justificados e quando a Indústria Cimenteira não produza, de forma corrente,

cimentos certificados com características equivalentes.

Sem prejuízo do disposto no ponto anterior a junção de adições na fase de amassadura só

pode ser admitida quando o cimento for do tipo I e tiver por objetivo a obtenção da

durabilidade adequada para o betão dando satisfação, às Especificações e Normas em

vigor.

É vedado o recurso a qualquer adição que não esteja coberto pelas seguintes Normas ou

Especificações:

- NP EN 450: 1995 – Cinzas volantes para betão. Definições, exigências e controlo de

qualidade.

- NP 4220: 1993 – Pozolanas para betão. Definições, especificações e verificação de

conformidade.

- NP EN 12620: 2004 – Agregados para betão.

- EN 12878: 2005 – Pigmentos para a coloração de materiais de construção à base de

cimento e/ou cal. Especificações e métodos de ensaio.

- Especificação LNEC E375 – Escória granulada de alto-forno moída para betões.

Características e verificação de conformidade.

- Especificação LNEC E377 – Sílica de fumo para betões. Características e verificação de

conformidade.

O cimento a ser empregue no betão prescrito para um dado elemento de obra deve ser

sempre que possível da mesma proveniência, comprovada por certificados de origem. Caso

contrário, deve o Empreiteiro demonstrar através de ensaios a equivalência das

propriedades físicas, químicas e mecânicas dos cimentos empregues tendo em especial

atenção a sua alcalinidade.

No caso de utilização de cimentos brancos deverá ser respeitada a NP 4326: 1996 –

Cimentos brancos. Composição, tipos, características e verificação de conformidade.

8.2 - RECEÇÃO E ARMAZENAMENTO

O cimento deve ser de preferência nacional, de fabrico recente e acondicionado por forma a

ser bem protegido contra a humidade.

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O cimento deve ser fornecido a granel e em situações específicas, em sacos. O cimento

fornecido a granel deve ser armazenado em sítios equipados com termómetros. Quando

fornecido em sacos não será permitido o seu armazenamento a céu aberto.

Será rejeitado todo o cimento que se apresente endurecido, com grânulos, ou que se

encontre mal acondicionado ou armazenado. Quando em sacos, será rejeitado todo aquele

que seja contido em sacos abertos ou com indícios de violação. O cimento rejeitado deve

ser identificado e tirado do estaleiro em obra ou colocado em depósito específico para

materiais rejeitados ou não-conformes.

8.3 - DOSAGENS MÍNIMAS

O cimento deve ser de preferência nacional, de fabrico recente e acondicionado por forma a

ser bem protegido contra a humidade.

O cimento deve ser fornecido a granel e em situações específicas, em sacos. O cimento

fornecido a granel deve ser armazenado em sítios equipados com termómetros. Quando

fornecido em sacos não será permitido o seu armazenamento a céu aberto.

Será rejeitado todo o cimento que se apresente endurecido, com grânulos, ou que se

encontre mal acondicionado ou armazenado. Quando em sacos, será rejeitado todo aquele

que seja contido em sacos abertos ou com indícios de violação. O cimento rejeitado deve

ser identificado e tirado do estaleiro em obra ou colocado em depósito específico para

materiais rejeitados ou não-conformes.

8.4 - INERTES

Os inertes para betões de ligantes hidráulicos devem obedecer ao estipulado nas normas

de Agregados para betão. No caso de utilização de inertes leves, os mesmos deverão

respeitar as normas de Agregados leves.

O Empreiteiro apresentará à aprovação da Fiscalização o plano de obtenção de inertes,

lavagem e seleção de agregados, proveniência, transporte e armazenagem, a fim de se

verificar a garantia da sua produção e fornecimento com as características convenientes e

constantes, nas quantidades e dimensões exigidas.

Os elementos individuais do inerte grosso devem ser de preferência isométricos.

A dimensão máxima do inerte grosso não deverá exceder 1/5 da menor dimensão da peça a

betonar, e nas zonas com armaduras não deverá exceder 3/4 da distância entre varões, ou

entre bainhas e cabos e pré-esforço. A sua definição encontra-se especificada nos vários

elementos de projeto.

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O inerte grosso deve ser convenientemente lavado.

A areia deve ser convenientemente lavada e cirandada, se tal se demonstrar necessário na

opinião da Fiscalização.

O módulo de finura de cada tipo de inerte não deve variar mais de ± 0,2 em torno do

módulo de finura do inerte com que foi feito o estudo da composição do betão.

Sempre que a Fiscalização o exigir serão realizados os ensaios necessários para

comprovar que as características dos inertes respeitam o especificado nas normas e

especificações em vigor.

8.5 - ADJUVANTES

Os adjuvantes a incorporar nos betões com o fim de melhorarem a trabalhabilidade,

manterem esta, reduzindo a água da amassadura, aumentarem a resistência ou com outras

finalidades como acelerar ou retardar a presa, não devem conter constituintes prejudiciais

em quantidades tais que possam afetar ou provocar a corrosão das armaduras.

Os adjuvantes a incorporar nos betões de ligantes hidráulicos devem satisfazer o conjunto

de exigências expressas na norma NP EN 934-2: 2000 – Adjuvantes para betão,

argamassas e caldas de injeção. Parte 2: Adjuvantes para betão. Definições, requisitos,

conformidade, marcação e rotulagem. Assim os adjuvantes a incorporar ficam sujeitos a

critérios de conformidade quanto às suas características de identificação, características de

compatibilidade e características de comportamento enunciadas naquela especificação.

A quantidade total de adjuvantes na composição do betão deverá estar dentro dos limites

mínimos e máximos indicados pelos fabricantes e pelas especificações técnicas mais

atuais. A título indicativo sugere-se que a mesma não deverá exceder 50 g/kg de cimento

nem ser inferior a 2g/kg de cimento. Na aplicação de pequenas quantidades de adjuvantes

deverá ser dada atenção à homogeneidade da sua mistura na massa de betão,

aconselhando-se a sua dispersão em parte da água de amassadura. Sempre que a sua

quantidade seja significativa, o volume dos adjuvantes líquidos deve ser considerado no

cálculo de relação A/C.

As condições e o tempo máximo de armazenamento dos adjuvantes em estaleiro devem

observar as condições estipuladas pelo fabricante. Na ausência destas devem ser

efetuados ensaios comprovativos de manutenção das características específicas e

comprovadas para os adjuvantes.

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Em caso e dúvida sobre as características dos adjuvantes empregues ou a sua

compatibilidade com quaisquer outros componentes do betão, pode a Fiscalização mandar

efetuar os ensaios que entenda por necessários.

O Empreiteiro deverá indicar à Fiscalização os adjuvantes e as percentagens que pretende

adotar na formulação dos diferentes betões, fazendo acompanhar essa indicação dos

documentos de ensaio em laboratório oficial de todos os requisitos impostos na norma

anteriormente indicada.

O Empreiteiro deverá contemplar a informação relativa aos adjuvantes com ensaios sobre a

variabilidade da trabalhabilidade dos betões com eles produzidos na primeira hora, e das

resistências aos 3, 7 e 28 dias de idade por forma a habilitar a Fiscalização com os

elementos conducentes à aprovação da sua adoção.

Os aditivos a utilizar nas caldas de injeção do pré-esforço devem ser isentos de cloretos e

alumínio.

8.6 - PEDRA

A pedra a empregar, tanto para brita como para outros fins deve satisfazer, além das

condições particulares para cada caso, as seguintes condições gerais:

- Não ser atacável pela água ou pelos agentes atmosféricos;

- Não apresentar fenda ou lesins;

- Ser isenta de terra ou de quaisquer outras matérias estranhas;

- Não apresentar cavidades, ter grão homogéneo e não ser geladiça.

8.7 - COMPOSIÇÃO DOS BETÕES

O estudo da composição de cada betão deverá ser apresentado pelo Empreiteiro à

aprovação da Fiscalização, com pelo menos 30 dias de antecedência em relação à data de

betonagem do primeiro elemento da obra em que esse betão seja aplicado.

O Empreiteiro entregará à Fiscalização amostras dos mesmos inertes utilizados nos estudos

dos betões para se poder comprovar a manutenção das suas características no laboratório

da obra.

O cimento utilizado será também ensaiado sistematicamente no laboratório da obra,

segundo um plano a estabelecer pela Fiscalização, rejeitando-se toda aquele que não

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possua as características regulamentares ou que não permita a obtenção das exigidas aos

betões da obra.

Na composição dos betões poderá o Empreiteiro utilizar por sua conta os adjuvantes cuja

necessidade se justifique, no intuito de se obter boa trabalhabilidade com a menor relação

possível água-cimento.

O Empreiteiro deverá submeter à aprovação da Fiscalização os adjuvantes que pretende

utilizar, ficando proibida a utilização de adjuvantes à base de cloretos ou quaisquer produtos

corrosivos.

Sempre que a Fiscalização o entender, serão realizados ensaios complementares em

laboratório oficial, por conta do Empreiteiro.

8.7.1 TOLERÂNCIAS ADMISSÍVEIS

As tolerâncias admissíveis são as definidas na especificação "Elementos de Betão e

Alvenarias - Tolerâncias", desde que, os valores aí definidos sejam menores que os

preconizados REBAP.

Deve ser considerada uma classe de tolerância 1.

Os valores das tolerâncias indicadas não devem fazer perder de vista a necessidade de, em

todos os casos, se procurar cumprir tanto quanto possível os valores nominais indicados

para cada peça no projeto, bem assim como, a posição relativa de cada uma em relação às

restantes.

8.7.2 CONTROLO DE QUALIDADE

O Empreiteiro promoverá a definição de um plano de controlo de qualidade para a execução

da estrutura que garanta uma correta construção da mesma e tenha em conta as exigências

normativas em vigor.

8.7.3 EM CAPEAMENTOS E REBOCOS

No fabrico de betão armado utilizar-se-á betão B20 e aço A400, especificado no

Regulamento da Estrutura de Betão Armado e Pré-esforçado (REBAP).

O betão simples a utilizar será da classe B15 especificado no REBAP.

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8.7.4 MUROS DE BETÃO ARMADO

Serão executados com as dimensões e secções indicadas nos respetivos desenhos de

pormenor e na localização definida na respetiva planta de implantação.

O adjudicatário procederá, antes do início da obra, à sua implantação por meio de estacas

ou mestras de madeira, devidamente cotadas, numeradas e niveladas, devendo participar à

fiscalização qualquer anomalia ou erro de dimensionamento que verifique no projeto,

cabendo-lhe a responsabilidade pelas correções das diferenças que posteriormente se

venham a verificar mesmo que isso obrigue à demolição do trabalho já executado.

A execução das fundações será feita segundo as especificações do projeto e só após a

certificação da boa compactação em que se assenta e se necessário a respetiva entivação

e drenagem das águas, após o que será solicitado a aprovação da fiscalização.

Na sua execução o adjudicatário deverá prever a realização dos trabalhos inerentes a essas

fundações, bem como a travessia de canalizações, valas de drenagem e cabos, que

porventura existam, e de que vem a tornar-se responsável por quaisquer danos que lhes

ocasione.

As paredes dos muros e escadas serão executados em betão armado, conforme o

especificado nos respetivos pormenores.

As armaduras a empregar no betão armado serão do tipo e terão as secções previstas no

projeto, e serão colocadas conforme os desenhos indicam. As armaduras serão dobradas a

frio com máquinas apropriadas, devendo seguir-se em tudo o preceituado no REBAP.

8.7.5 MOLDES E CIMBRES PARA BETÃO

A qualidade dos materiais escolhidos para a confeção dos moldes deve ter em conta o tipo

de acabamento que se deseja conferir ao betão e as tolerâncias admitidas para a peça a

moldar.

Os moldes devem ser executados de modo a permitirem uma fácil montagem e

desmontagem.

Tanto os moldes metálicos como os de madeira devem antes do lançamento do betão

apresentar as superfícies limpas, isentas de detritos, incluindo ferrugem, calda de cimento

ou materiais desagregáveis.

Sempre que um molde for reaplicado, de igual modo, as suas superfícies deverão ser

inspecionadas, reparadas se necessário; e limpas, antes de nova aplicação.

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Devem incluir-se na cofragem todos os tacos para fixações, contra moldes para tubagens

ou mesmo tubos para atravessamentos, de modo a evitar posteriores operações de corte ou

aberturas de roços.

Quando os moldes forem de madeira, com a finalidade de diminuir a capacidade de

absorção de água do betão fresco e de reduzir as juntas que houver, devem ser

abundantemente regados de modo a incharem, sem todavia se deformarem, a água

ressumar ou restar neles empoçada.

A utilização de produtos auxiliares de desmoldagem não deve provocar manchas nas

superfícies externas do betão, não ser formuladas à base de produtos gordurosos e não

prejudicar a aplicação posterior de qualquer revestimento.

Pelo menos 15 dias antes da sua aplicação deverá ser apresentado à Fiscalização o projeto

dos sistemas de cimbre a utilizar na obra. A execução deste projeto é da responsabilidade

do Empreiteiro, devendo o mesmo ter em conta os seguintes aspetos:

- Contabilização de todas as ações previstas, nomeadamente pesos próprios dos materiais,

sobrecargas construtivas, vento, ações de acidente, etc.

- Imperfeições geométricas do cimbre.

- Travamento horizontal adequado.

- Condições de apoio compatíveis com os esforços nos elementos, de modo a evitar

deformações excessivas dos elementos a betonar, rotura da estrutura do cimbre por

assentamento excessivo e/ou danos nos elementos estruturais que sirvam eventualmente

de apoio ao cimbre

8.7.6 CARACTERÍSTICAS

Qualquer que seja o tipo de moldes a utilizar deverá ter as seguintes características:

- Conferir ao betão a forma definitiva e prevista para a peça ou conjunto de peças a betonar;

- Ser suficientemente rígidos e pouco deformáveis, para poder resistir às solicitações -

pesos, pressões, vibrações, sobrecargas, cargas eventuais, choque, etc. - produzidas

durante a betonagem, não se deformando senão dentro do limite das tolerâncias admitidas.

Para tal, recorrer-se-á aos escoramentos, contraventamentos e travamentos necessários,

que confiram aos moldes a rigidez e indeformabilidade pretendida;

- Ter uma permeabilidade e absorção suficientemente pequenas, para que a leitada de

cimento e partículas finas do betão se não percam em quantidade que possa afetar as

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características deste depois de endurecido. Por este motivo, não serão permitidos nós

soltos quando a cofragem for de madeira;

- Não ter orifícios ou juntas que permitam o escoamento da leitada;

- Permitir ou ter dispositivos que permitam a fácil colocação do betão.

8.7.7 DESMOLDAGEM

A desmoldagem ou o descimbramento só deverão ser realizados quando o betão tiver

adquirido resistência suficiente. Não só para que seja satisfeita a segurança em relação aos

estados limites últimos; mas também, para que se não verifiquem deformações e

fendilhações inconvenientes, tanto a curto como a longo prazo.

As operações de desmoldagem ou o descimbramento devem ser conduzidas com os

necessários cuidados de modo a não provocar esforços inconvenientes, choques ou fortes

vibrações. Deverá ainda ser garantido que a estabilidade de todo o sistema seja mantida

durante o processo de descimbramento.

Nos casos correntes, a menos de justificação especial, em condições normais de

temperatura e humidade e para betões com coeficientes de endurecimento correntes, os

prazos mínimos para a retirada dos moldes e dos escoramentos, contados a partir da data

de conclusão da betonagem, serão os indicados no quadro seguinte:

Temperatura à face do betão

≥ 24º 16º 8º 2º

Cofragens

verticais

9h 12h 18h 30h

Lajes

- face inferior 3 dias 4 dias 6 dias 10 dias

- prumos 7 dias 10 dias 15 dias 25 dias

Vigas

- face inferior 7 dias 10 dias 15 dias 25 dias

- prumos 10 dias 14 dias 21 dias 36 dias

Aos prazos de desmoldagem ou descimbramento indicados no quadro, deverá adicionar-se

o mínimo de dias em que a temperatura do ar se tenha mantido igual ou inferior a 5° C,

durante e depois da betonagem.

Nos casos especiais ou em casos em que não se pretenda respeitar o acima dito, os prazos

de desmoldagem e descimbramento serão estabelecidos e justificados tendo em atenção o

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preceituado e atendendo à evolução das propriedades mecânicas do betão,

convenientemente determinadas por ensaios.

Não poderá no entanto proceder-se à retirada dos moldes de faces inferiores e dos

escoramentos de lajes e vigas antes que o betão atinja uma resistência à compressão

superior ao dobro da tensão máxima resultante das ações a que a peça ficará então sujeita,

com o mínimo de 10 MPa.

8.7.8 RESINAS E ARGAMASSAS EPOXY

Estas resinas apresentam-se em forma de caldas de injeção, isentas de solventes, de baixa

viscosidade, e à base de resinas epóxi de alta resistência. Após mistura dos dois

componentes são injetadas sob a forma liquida nas cavidades ou fissuras do betão, onde

curam e se transformam num material rígido com elevadas resistências mecânicas.

8.7.9 RESINAS PARA AGENTES DE ADERÊNCIA

Apresentam-se como um produto de proteção anticorrosiva, em dois componentes, na base

de cimento e polímeros modificados. Deverão apresentar fácil colocação em obra, excelente

aderência ao betão e ao aço, melhorar a aderência para posterior aplicação da camada de

argamassa de reparação à base de cimento ou resinas epóxi e ser incombustíveis.

8.7.10 ARGAMASSAS TIXOTRÓPICAS PARA REPARAÇÃO DE BETÃO

Estas argamassas, tixotrópicas, são preparadas a partir de dois componentes, na base do

cimento beneficiado com resinas sintéticas e cargas especiais. Deverão apresentar as

seguintes propriedades:

- Fácil colocação;

- Elevadas resistências mecânicas e desenvolvimento rápido das mesmas;

- Muito boa aderência;

- Boa impermeabilidade;

- Não corrosivo ou tóxico;

- Boa resistência à água, gorduras e ataques químicos de sais de degelo.

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8.7.11 RESINAS PARA COLAGEM

Consiste num ligante com base em resinas de epóxi, fornecido em dois componentes, de

endurecimento a frio, podendo ser usado no seu estado puro ou associado a cargas de

quartzo, devendo ser isento de solventes. Deve ainda possuir propriedades mecânicas

superiores às do betão em obra.

9 - ESTRUTURAS METÁLICAS

9.1 - ÂMBITO

a. A atividade designada por “Estruturas Metálicas” engloba todos os trabalhos de

fornecimento, transporte e montagem de todas as partes da construção realizadas em

perfilados metálicos.

b. O critério de medição do conjunto das atividades anteriormente descritas é por

“quilogramapeso”, se outro não for indicado nas Condições Técnicas Especiais.

c. A obra engloba todas as operações necessárias e suficientes à execução dos trabalhos

no todo e em cada uma das suas partes e nomeadamente:

Elaboração do projeto de fabrico e de montagem em todos os seus detalhes;

Apresentação do Plano de Qualidade da Obra;

Fornecimento de materiais;

Fabrico em oficina certificada;

Ensaios de receção e de controlo de qualidade;

Carga, transporte e descarga em obra;

Montagem e desmontagem de andaimes e cimbres em obra;

Equipamentos de elevação e montagem;

Preparação das bases de ligação à estrutura de betão armado subjacente.

Colocação, montagem, ligações e afinações dos elementos estruturais;

Trabalhos de Construção Civil acessórios e complementares dos quais dependam a

execução da obra metálica; Limpezas finais.

d. Os desenhos de fabrico das várias peças metálicas a executar soldaduras incluídas

deverão ser apresentados, para aprovação em tempo oportuno de modo que não ponham

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em risco o prazo contratual da obra e devem conter detalhes de todas as peças da

estrutura, ligações, ancoragens, tolerâncias de fabricação e de montagem, sendo

acompanhados de uma lista de materiais, onde todas as peças serão identificadas e terão o

respetivo peso registado. O cálculo dos pesos das várias peças será feito com as

dimensões do projeto e de acordo com os pesos unitários dos perfis dados pelas tabelas

dos fabricantes.

e. Os desenhos de montagem deverão ser apresentados para aprovação em tempo

oportuno de modo que não ponham em risco o prazo contratual da obra e irão conter os

planos completos de montagem, meios de elevação, chapas de apoio, apoios provisórios,

escoramentos, reforços e sequência de montagem. O peso dos apoios provisórios,

escoramentos e reforços necessários não serão incluídos na tonelagem de fabricação.

f. O Plano de Qualidade da Obra deverá ser apresentado em conjunto com o projeto de

montagem. No referido Plano deve constar, no mínimo, a descrição do controlo do

processo, relativo à receção das matérias primas, fabricação (autoavaliação, corte e

furação, pré-montagem, soldaduras, decapagem , pintura, inspeção, montagem,, ligações

aparafusadas pré-esforçadas e respetivos coeficientes p/ o aperto, soldaduras eventuais em

obra e retoques de pintura eventuais em obra), identificação e certificações ( do processo de

soldadura, de qualificação dos soldadores, da chave dinamométrica e do plano de inspeção

e ensaios).

9.2 - MATERIAIS

a. Aço em estruturas metálicas

O aço a utilizar será de textura compacta e homogénea, de grão fino, isento de fendas,

inclusões ou outros defeitos prejudiciais à sua utilização.

Os perfis laminados e as chapas de aço deverão apresentarse nas formas prescritas,

desempenados e deverão respeitar as tolerâncias gerais para o fabrico indicadas no

Caderno de Encargos.

O aço em perfis e chapas a utilizar em estruturas soldadas, deverá apresentar

características de soldabilidade, a comprovar por laboratório oficial, especificadas pelas

respetivas normas de qualidade, ou as especificadas pelo Anexo II ao

“Regulamento de Estruturas de Aço para Edifícios” (R.E.A.E.), de acordo com a NP1729.

Os valores nominais da tensão de cedência e da tensão de rotura dos elementos de aço

laminado a quente dos tipos

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Fe 360, Fe 430 e Fe 510 são os estabelecidos de acordo com a Norma EN 10 025 e para os

tipos de aço Fe E275 e Fe E355 são os estabelecidos de acordo com o Projeto de Norma pr

EN 10 113.

• As dimensões e respetivas tolerâncias dos perfis, tubos, barras e chapas, deverão

respeitar as seguintes normas:

Varão……………………………………………………………….NP331;

Vergalhão…………………………………………………………..NP333;

Barra……………………………………………....…..NP334 / DIN 1017;

Cantoneira de abas iguais: ………NP335 / Euronorma 5677 / DIN 1028;

Cantoneira de abas desiguais: …...NP336 / Euronorma 5778 / DIN 1029;

Perfil T: ……………………………………………..NP337 / ISO 65711;

Perfil U: ………………………………………………NP338 / DIN 1026;

Perfil I: ……………………………..NP339 / DIN 1025 / ENV199311;

Perfil IPE:…………………………………………... NP2116 / DIN 1025;

Perfil HE, séries A, B e M: …….NP2117 / Euronorma 5362 / DIN 1025;

Tubo circular: …………………………………….DIN 2448 / ISO 657/M;

Tubo quadrado e retangular: …………………...DIN 59410 / ISO 657/14.

b. Perfis e chapas

O aço a utilizar nos perfis laminados e nas chapas, com ligações soldadas em oficina e

aparafusadas em obra, deve corresponder à Norma EN 10 025.

O aço a utilizar nos tubos estruturais para construção, acabados a quente, com ligações

soldadas em oficina e aparafusadas em obra, deve corresponder à Norma EN 10 210.

A medição dos perfis será realizada ao quilo determinandose os comprimentos em metros

sobre o projeto e convertidos em kg, de acordo com o peso nominal tabelado.

A medição das chapas será realizada ao kg determinandose as superficies sobre o projeto e

convertidos em kg, atendendo às espessuras interessadas. A medição ao kg engloba a

soldadura das chapas entre si e a sua ligação por aparafusamento aos perfis laminados da

estrutura.

c. Parafusos, porcas, anilhas e pernos roscados

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• As dimensões e tolerâncias dos parafusos e pernos roscados são as especificadas nas

normas NP – 110, NP – 400 e NP – 1895.

.Os parafusos, porcas, anilhas e pernos roscados serão fabricados por casas da

especialidade. O Empreiteiro deverá informar a Fiscalização qual o fabricante escolhido,

apresentando para o efeito a respetiva certificação de qualidade.

A qualidade dos parafusos, porcas, anilhas e pernos roscados utilizados na estrutura

metálica é a indicada nos desenhos do projeto.

• Os parafusos, porcas e anilhas destinados a ligações aparafusadas correntes, devem

satisfazer as condições estabelecidas nas seguintes Normas:

Parafusos: EN 24014, EN 24016, EN 24017 ou EN 24018; ISO 7411; ISO 7412.

Porcas: EN 24032, EN 24034 ou ISO 7413;

Anilhas: ISO 7089, ISO 7090 ou ISO 7091.

• Os parafusos, porcas e anilhas destinados a ligações aparafusadas préesforçadas, devem

satisfazer as condições estabelecidas nas seguintes Normas:

Parafusos: ISO 7411;

Porcas: ISO 4775;

Anilhas: ISO 7415.

Os parafusos de classe inferior a 4.6 ou superior a 10.9 não devem ser utilizados.

d. Material de adição para soldadura

• O material de adição para soldadura deverá possuir as características definidas no artigo

19º e Anexo I ao R.E.A.E. ou as correspondentes às Normas Portuguesas e à normalização

internacional aceite (AWS – ASTM A 233 e AWS – ASTM 559).

• Deverão em particular ser respeitadas as seguintes normas:

NP1370 – Características dimensionais dos elétrodos revestidos.

NP415 – Ensaios mecânicos do material depositado.

Caso se utilize soldadura por arco elétrico com elétrodo revestido (S.E.R.) só será permitida

a soldadura com elétrodos com revestimento básico. (AWS/E7018).

Neste caso os elétrodos deverão ser secos antes da sua utilização e só serão retirados da

estufa à medida que forem sendo utilizados.

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De cada lote de consumíveis será entregue à Fiscalização o respetivo certificado do

fornecedor.

e. Tintas para superfícies metálicas As tintas a utilizar nas superfícies metálicas serão de

marca e qualidade conhecidas e aprovadas pela Fiscalização e deverão ter as propriedades

mais adequadas à especificação da pintura que consta deste Caderno de Encargos.

f. Outros materiais Todos os materiais a utilizar na obra, mesmo os não citados ou

especificados no Caderno de Encargos, serão da melhor qualidade, satisfazendo a todas as

condições técnicas e aos regulamentos portugueses em vigor

e, sempre que seja possível, serão de origem nacional. Todos os materiais a empregar na

obra serão previamente aprovados pela Fiscalização.

9.3 - FABRICO

a. Traçagem da estrutura metálica

A traçagem das peças da estrutura metálica deverá ser feita tendo em vista a obtenção de

contornos exatos, de acordo com os desenhos e que os bordos ou topos se ajustem

perfeitamente em todo o comprimento da juntas.

Na traçagem das peças a soldar, deverão ser tidas em conta as deformações devidas à

retração longitudinal e

transversal.

Não serão permitidas marcas a escopro ou punção a frio, que permaneçam no material a

aplicar em obra.

Antes de iniciar a traçagem das peças o empreiteiro deve confirmar, no local, se as

dimensões referentes a outras partes da construção que se ligam com a estrutura a fabricar

correspondem aos valores previstos nos desenhos do Projeto, procedendo aos acertos de

dimensões necessários que submeterá à aprovação da Fiscalização.

b. Desempeno

• As barras, chapas e perfilados serão desempenados a frio, ou, excecionalmente a quente

respeitando as regras técnicas adequadas ao aço.

O desempeno a frio será, na medida do possível, feito à máquina, por pressão e não por

choque.

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As peças a curvar serão trabalhadas aquecidas a vermelho vivo devendo suspender-se o

trabalho desde que passem a vermelho escuro. Deverá garantir-se que o arrefecimento se

processe lentamente.

c. Corte

O corte das barras, perfis e tubos será, de preferência, feito à serra.

Nos cortes realizados, excecionalmente, à guilhotina ou a oxicorte, tomar-se-ão cuidados

especiais no acabamento dos bordos, em particular quando houver que proceder a

soldadura. As saliências, falhas e rebarbas dos bordos das peças serão removidas à mó de

esmeril.

d. Furação As furações destinadas a parafusos deverão respeitar o seguinte:

Os furos relativos ao mesmo parafuso, em peças sobrepostas, deverão permitir a livre

inserção do elemento de ligação das peças, sendo permitida, na excentricidade, a tolerância

de 1mm, com a condição de se anular esta diferença a

mandril;

A tolerância para irregularidades de furação será no máximo de 1mm para a distância de

um dos furos ao que se lhe seguir e de 2mm para a distância aos furos extremos de uma

mesma linha;

Os alinhamentos dos furos deverão ser rigorosamente paralelos às secções de corte,

admitindo-se a tolerância de 1mm;

Os furos para parafusos devem ser mandrilados ou punçoados;

Nos casos em que se exijam furos mandrilados, estes podem ser punçoados num diâmetro

inferior e alargados a mandril;

Os furos ovalisados devem ser punçoados numa única operação se outras condições não

forem referidas nas

Condições Especiais;

Nas peças em que se tenham realizado furos deverão ser eliminadas as rebarbas das duas

faces em contacto, para que se ajustem perfeitamente uma sobre a outra.

e. Soldadura

O Empreiteiro obriga-se a apresentar à Fiscalização, antes de dar início às operações de

soldadura, um programa de trabalhos indicando os consumíveis e os parâmetros de

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soldadura (intensidade, tensão e velocidade), a preparação dos chanfros, número de

passes, etc., caso lhe seja exigido.

O programa referido no número anterior, deverá ser preparado tendo em vista garantir que a

soldadura fica sem defeitos, com as dimensões e contornos adequados e ainda,

precavendo deformações e tensões residuais elevadas.

Deverá evitar-se a aplicação excessiva de soldadura num mesmo local, bem como o

estabelecimento de variações bruscas de secção, nomeadamente em elementos soldados

em toda a periferia.

A disposição e a ordem de execução devem ser estabelecidas de modo a reduzir-se, tanto

quanto possível, os estados de tensão resultantes da própria operação de soldadura e para

que as peças soldadas fiquem na posição pretendida.

As soldaduras efetuadas não poderão ser arrefecidas rapidamente, exigindo-se uma

descida gradual e lenta de temperatura. Será exigida uma proteção das soldaduras contra o

arrefecimento brusco provocado pela chuva, neve, ou ação do vento.

O metal depositado tem de ficar bem ligado aos materiais a soldar sem que se tenha

queimado o material dos bordos.

Os cordões executados não deverão apresentar irregularidades, poros, fendas, cavidades

ou quaisquer outros defeitos.

A cada passagem e antes de iniciado o novo cordão, a superfície do cordão realizado deve

ser cuidadosamente desembaraçada de escórias, utilizando a picadeira e a escova de aço

ou outro método conveniente. Tomar-se-ão os mesmos cuidados quando houver que

prosseguir um cordão interrompido ou ligar dois cordões já executados.

As superfícies destinadas a receber soldadura deverão encontrar-se secas e bem limpas,

isentas de corpos estranhos, ferrugem, escórias, pintura e gorduras.

As soldaduras e as partes contíguas serão picadas e escovadas até ficarem perfeitamente

limpas, a fim de se poder verificar a existência de fissuras, poros ou outros defeitos. Todos

os defeitos aparentes na superfície de um cordão, deverão ser removidos a “arcair” e à mó.

A operação de remoção será executada até completo desaparecimento dos defeitos de

compacidade

Nos cordões de soldadura topo a topo e sempre que isso seja construtivamente possível,

proceder-se-á à esmerilagem da raíz e à execução do respetivo cordão.

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Em caso de comprovada necessidade, poderá exigirse o tratamento térmico de

determinadas peças.

As características dos elétrodos são referidas no Caderno de Encargos, sendo o

revestimento de acordo com as características de cada tipo de juntas.

f. Controlo de soldadura

O Empreiteiro obriga-se a apresentar à Fiscalização, antes de dar início aos trabalhos de

soldadura e para aprovação

prévia, os métodos de controle e a extensão com que os mesmos se devem realizar, para

garantia do nível de qualidade dos trabalhos de soldadura.

Além do exame direto serão feitos exames radiográficos, no mínimo a 50% do total das

soldaduras topo a topo efetuadas.

A aceitação dos defeitos será obtida por comparação com as radiografias dos padrões

IIS/IIW.

Todos os exames de controlo de soldadura serão a cargo do Empreiteiro.

Se for detetada uma soldadura defeituosa, todas as soldaduras existentes no elemento em

que aquela foi localizada serão submetidas a inspeção radiográfica.

Por outro lado, proceder-se-á ao controlo radiográfico de todas as soldaduras refeitas,

reconhecidas inicialmente como defeituosas.

A Fiscalização poderá exigir sondagens nos cordões que se lhe afigurem defeituosos, os

quais serão refeitos por soldadura. Este trabalho será de conta do Empreiteiro caso se

tenham detetado deficiências no cordão, ou de conta do Dono da Obra no caso contrário.

g. Marcação das peças pré-fabricadas Todas as peças devem ser convenientemente

marcadas em oficina para que, na montagem, não possa surgir qualquer dúvida quanto à

sua posição.

h. Tolerância de fabrico

Em todas as peças metálicas a fabricar deverão ser respeitadas as seguintes tolerâncias

dimensionais:

A variação do comprimento L de uma peça, para valores em mm, não poderá ser superior a

(0.001 x L)0.5;

A flecha a meio vão de uma peça empenada terá como limite, 0.0015 x L;

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Em perfis laminados a flecha medida a meia altura do perfil, relativamente à vertical teórica

deverá ser inferior a 0.007 x h, sendo h a altura total do perfil;

i. Contraflechas

Nas operações de traçagem, prémontagem, soldadura e montagem serão tomadas as

precauções necessárias para que, depois da montagem definitiva, existam as contraflechas

previstas no projeto.

9.4 - MONTAGEM

a. Regras gerais de montagem

A montagem da estrutura metálica deverá ser feita por pessoal especializado e respeitar

todas as normas e regulamentos de segurança aplicáveis, em particular o Regulamento de

Segurança no Trabalho da Construção Civil.

Nos trabalhos de montagem da estrutura metálica serão respeitados os artigos dos

capítulos V e VI da R.E.A.E.

Os eixos principais e as marcas de nivelamento necessárias à montagem, serão fixados e

materializados claramente e referenciados a pontos fixos.

A colocação dos chumbadouros deverá ser feita tomando as necessárias precauções para

que o seu posicionamento não seja modificado no decurso da betonagem.

O Empreiteiro deverá utilizar de sua conta todas as ferramentas, equipamentos de

elevação, construções auxiliares e contraventamentos provisórios necessários à montagem.

Deverão ser integralmente respeitadas as indicações do projeto nomeadamente no que

respeita à aplicação dos parafusos pré-esforçados.

A execução das ligações aparafusadas correntes e das ligações aparafusadas pré-

esforçadas será feita de acordo com os artigos 63º e 64º do R.E.A.E.

Será submetido à aprovação da Fiscalização o plano dos trabalhos de montagem, o qual

deve respeitar as indicações do projeto e das Cláusulas Técnicas Especiais e indicar

claramente quais os meios materiais e humanos que o empreiteiro irá utilizar.

O Empreiteiro deve submeter à aprovação da Fiscalização os processos de controle de

qualidade dos trabalhos de montagem que irá utilizar para garantir o integral cumprimento

do Projeto.

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Será objeto de particular atenção o controle dimensional e a qualidade das ligações

soldadas e aparafusadas.

Antes da colocação dos parafusos a Fiscalização fará a vistoria das furações a fim de

verificar a perfeição do trabalho e proceder às correções convenientes.

b. Tolerâncias de montagem

Deverão ser observadas as seguintes tolerâncias de montagem:

• Pilares:

Desvio relativo à implantação correta, ao nível da placa de base, inferior a 10mm;

Desvio do topo do pilar relativamente à vertical passando pela sua base, inferior a 0.0035 x

h, em que h é a altura do pilar;

Desvio entre eixos de pilares vizinhos, inferior a 15mm;

• Vigas:

Excentricidade de ligação, inferior a 5mm;

Desvio entre eixos de vigas vizinhas, inferior a 10mm.

Os desvios relativos às dimensões da obra, em planta e em alçado, resultantes de

imprecisões de fabricação e montagem, não ultrapassarão em nenhum ponto 20mm.

9.5 - PARAFUSOS DE ALTA RESISTÊNCIA (HR)

a. Preparação das superfícies das juntas

Às superfícies metálicas que ficarão encostadas, será aplicada em oficina, apenas uma

decapagem mecânica. Não

serão pintadas com qualquer demão de tinta, a menos que nas Condições Técnicas do

Caderno de Encargos esteja estipulada outra preparação.

No estaleiro, com as superfícies em contacto, anteriormente decapadas, são limpas de

poeiras e da flor da ferrugem, com uma escova metálica macia.

O emprego de escovas rotativas é proibido. A ação da escova não deve diminuir a

rugosidade.

Não é necessário fazer desaparecer a cor da ferrugem. Por outro lado, as superfícies

devem estar isentas de óleo, de tinta ou de outras substâncias suscetíveis de reduzir o

coeficiente de deslizamento.

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Se as superfícies a ligar, decapadas, vierem da fábrica com revestimento de proteção, é

interdito o emprego de detergentes ou de produtos derivados do petróleo para a sua

remoção ou limpeza.

b. Armazenamento dos parafusos

Os parafusos são armazenados ao abrigo das intempéries.

Os parafusos necessários às ligações a fazer de momento, são colocados em caixas que

possam ser fechadas no

caso de chover.

c. Ligações das peças

Os parafusos devem ser limpos antes de colocados, para eliminar o excesso do lubrificante

de proteção. As peças são mantidas em posição por parafusos de montagem e parafusos

HR ligeiramente apertados, de tal maneira que se obtenha a coincidência dos furos.

d. Colocação dos parafusos em obra

Depois da verificação do ajustamento das peças a ligar, será colocada a totalidade dos

parafusos HR da ligação e apertados a 75% do momento de aperto definitivo (ver quadro

anexo aos desenhos) e assim permanecerão durante pelo menos 3 horas.

O aperto deverá ser dado na porca, mantendo imóvel a cabeça do parafuso.

O Empreiteiro assegurase que todos os parafusos estão apertados a 75%, marcando a giz

por exemplo.

O aperto dos parafusos a 75% será efetuado com chave de choque ou com chave

dinamométrica.

O encosto das superfícies em contacto será verificado visualmente, na periferia e nos furos

de ligação.

Em caso de necessidade, um aperto suplementar será aplicado aos parafusos nas zonas

onde o encosto pareça duvidoso.

e. Proteção das juntas durante a montagem

A fim de evitar a entrada de água nas juntas, as operações referidas nas alíneas 3, 4 e 6

devem ser efetuadas no mesmo dia, sobretudo a última.

No caso de intempérie (chuva por exemplo), se todas as operações não puderem ser

terminadas no mesmo dia, o local de trabalho deverá ser convenientemente protegido.

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f. Aperto definitivo dos parafusos

O aperto definitivo (a 100%) de uma união, não será realizado enquanto todos os parafusos

da união não estiverem colocados e apertados a 75%. Este aperto definitivo será feito

sempre com chave dinamométrica.

Os parafusos serão apertados sempre pela mesma ordem. O aperto começará pelos

parafusos centrais e será executado no sentido de giração dos ponteiros do relógio. O

Empreiteiro assegurasse, por marca a giz, de que todos os parafusos estão apertados a

100%.

Na medida do possível, as uniões do mesmo tipo serão apertadas pela mesma equipa, com

a mesma chave, para um mesmo diâmetro de parafuso.

Os parafusos de diâmetro diferente serão apertados em seguida com o auxílio de uma outra

chave.

O aperto é realizado com chave dinamométrica, progressivamente, sem pancadas e sem

retrocesso.

g. Regulação das chaves de aperto

A regulação das chaves dinamométricas será feita em laboratório avalizado e reconhecido

pelo Dono da Obra.

A regulação das chaves de choque é efetuada pelo Empreiteiro, sempre com a presença do

fiscal, apertando alguns parafusos diretamente nas uniões das peças. O Empreiteiro

assegura-se do bom funcionamento da chave de choque, efectuando em cada recomeço de

serviço (em princípio duas vezes por dia) a verificação da regulação, por ocasião dos

primeiros apertos. A regulação é corrigida, se necessário, por tentativas e considera-se em

condições se se obtém um bom resultado sobre uma série de 30 parafusos.

• O processo de verificação do aperto é o seguinte:

Marcação da posição inicial da porca e da cabeça do parafuso (referência em relação a uma

aresta da porca).

Desaperto da porca de 1/12 de volta, (V/12), mantendo imóvel a cabeça do parafuso.

Aplicação do momento de aperto, com chave dinamométrica, corretamente aferida,

mantendo a cabeça do parafuso imóvel e fazendo o aperto progressivamente, sem

pancadas e sem retrocesso.

Verificação da não rotação da cabeça do parafuso.

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Comparação da posição da paragem da porca, com a posição inicial. O aperto considera-se

correto quando a aresta da porca se imobiliza numa zona compreendida entre 8mm antes

de 1mm depois da referência inicial feita na anilha. No entanto, se a porca se imobiliza

antes da sua posição inicial, deverá ser levada a esta posição por um aperto suplementar.

9.6 - PROTEÇÃO ANTICORROSIVA

a. Após a conclusão do fabrico será aplicado nas peças metálicas o esquema de proteção

anticorrosiva previsto no Projeto e nas Condições Técnicas Especiais.

b. Após montagem da estrutura deverão ser retocadas todas as partes danificadas no

transporte e montagem, nomeadamente as zonas de soldadura, de modo a repôr a mesma

proteção descrita no número anterior.

c. Serão então aplicadas as demãos de acabamento previstas no Projeto e nas Condições

Técnicas

Especiais.

d. Os trabalhos de pintura devem ainda respeitar o disposto no artigo 83º do R.E.A.E.

e. Não serão pintadas as superfícies das peças de fixação e das bases dos pilares que

ficarem em contacto com o betão.

f. Todo o trabalho de pintura será executado por pessoal especializado e de reconhecida

competência.

g. O Empreiteiro deverá dispor de equipamento que permita comprovar as espessuras das

demãos especificadas e a aderência das películas respetivas.

h. A cor, qualidade e marca das tintas a utilizar, deverão ser submetidas à aprovação da

Fiscalização.

i. Caso a Fiscalização o exija, deverá o Empreiteiro executar o ensaio de aderência de

acordo com a norma ASTM 3359.

j. Todas as peças metálicas a fornecer deverão ser decapadas em oficina, a jato de areia,

ao grau SA 2½ , SSPCSP10.

k. Imediatamente após a decapagem, as superfícies das peças serão tratadas de acordo

com o seguinte esquema:

Uma demão de primário epoxídico de dois componentes, rico em pó de zinco, com

espessura do filme seca de 50 mic

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(espessura do filme húmida: 100mic), aplicado à pistola, bico 0.021”, à pressão de saída de

175 bar (2 500psi);

Uma demão em camada intermédia com tinta epoxídica de dois componentes, com

espessura do filme seca de 100 mic;

(espessura do filme húmida: 175m), aplicado à pistola, bico 0.018 a 0.021”, à pressão de

saída de 250 bar;

Uma demão de acabamento com tinta epoxídica de dois componentes, com espessura do

filme seca de 100 mic;

(espessura do filme húmida: 175m), aplicado à pistola, bico 0.018 a 0.021”, à pressão de

saída de 250 bar;

A espessura seca total do filme é de 250mic;;

l. A aplicação será efetuada de acordo com as instruções do fabricante, nomeadamente no

que diz respeito à preparação das superfícies, ao tempo de armazenagem, tempo de

secagem, “potlife” da mistura, relação da mistura, intervalos de recobrimento e demais

condições de aplicação.

m. A preparação das superfícies deverá ser efetuada a uma humidade relativa inferior a

85%.

n. A medição é realizada ao m2 de área a tratar e a pintar, determinando-se os

comprimentos em metros sobre o projeto e convertendo-os em m2, de acordo com a área a

pintar tabelada. A medição das pinturas das chapas metálicas será realizada ao kg de aço

aplicado nesses elementos.

9.7 - LIGAÇÕES SOLDADAS

a. O Plano de Qualidade da Obra deverá conter a descrição dos processos de soldadura

que o Empreiteiro pretende utilizar, assim como os boletins de qualificação dos soldadores,

equipamentos e materiais, de acordo com as Normas

NP611, NP612 e NP728.

b. Não são permitidas soldaduras em obra. Todas as soldaduras deverão ser executadas

exclusivamente em oficina.

c. As ligações soldadas não são medidas para efeitos de pagamento considerandos e

incluídas nos custos unitários dos perfis e chapas a que disserem respeito.

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9.8 - LIGAÇÕES APARAFUSADAS

a. A parafusaria a aplicar em obra nas ligações das peças metálicas é do tipo pré-esforçado

em aço, da classe 8.8, correspondente às Normas ISO 7 411 / NF E 27701, NF E 27702 e

NF E 27711, ou seja, para as tensões fyb = 640 N/mm² e fub = 800 N/mm².

b. As porcas frenadas são da qualidade 8 (ISO 4775 / NF E 27701, NF E 27702 e NF E

27711) e as anilhas são em aço duro (ISO 7415 / NF E 27701, NF E 27702 e NF E 27711).

c. As ligações aparafusadas não são medidas para efeitos de pagamento considerando-se

incluídas nos custos unitários dos perfis e chapas a que disserem respeito.

d. Os furos normalizados para os parafusos pré-esforçados devem ser abertos por

brocagem ou por punçoamento, seguidos de mandrilagem.

e. Os furos ovalizados devem ser formados abrindo dois furos redondos por punçoamento,

completando-os

por corte a maçarico e retificação de qualidade elevada, de modo a assegurar o seu curso

livre em todo o comprimento do entalhe.

f. A folga nominal dos parafusos normalizados deve ser:

1mm para parafusos M12 a M14;

2mm para parafusos M16 a M24;

3mm para parafusos > M24.

g. A dimensão nominal de furos ovalizados curtos para ligações resistentes ao

escorregamento devem ser:

(d + 1)mm por (d + 4)mm para M12 a M14;

(d + 2)mm por (d + 6)mm para M16 a M22;

h. Não são permitidos parafusos de rosca total (até à cabeça).

i. O comprimento dos parafusos pré-esforçados da classe 8.8 deve ser tomado de acordo

com o seguinte (depois de tidas em conta as tolerâncias):

A espiga roscada se projete para fora da porca, depois de apertada e

Fiquem livres (além da transição para o liso) pelo menos 3 filetes inteiros entre a porca e o

liso da espiga.

j. O intervalo remanescente máximo entre as superfícies adjacentes de uma junta não deve

exceder 1mm.

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k. Os momentos de aperto dos parafusos pré-esforçados devem ser calculados em função

do coeficiente “K” dado pelo fabricante dos parafusos. Nas peças desenhadas apresentam-

se alguns momentos de aperto para quatro hipóteses de coeficientes “K” e para quatro

diâmetros de parafusaria mais correntes. O referido quadro é apresentado a título

meramente ilustrativo uma vez que, o Plano de Qualidade a apresentar pelo empreiteiro,

nos termos destas Condições Técnicas, deve referir, caso a caso, o momento de aperto e o

respetivo cálculo em função do coeficiente “K” fornecido pelo fabricante. O Plano de

Qualidade conterá cópia do documento do fabricante em que conste os referidos

coeficientes.

l. As superfícies dos elementos a ligar devem ser cuidadosamente limpas de quaisquer

matérias susceptíveis de provocarem uma diminuição do atrito entre as superfícies. Esta

limpeza será feita à chama de características adequadas, efetuando-se logo de seguida, a

montagem da ligação, de modo a evitar a oxidação das superfícies de ligação.

m. Os parafusos devem ser munidos de anilhas de aço duro, sendo uma colocada do lado

da cabeça e a outra do lado da porca.

9.9 - INSPEÇÃO DOS TRABALHOS

a. A inspeção dos trabalhos da estrutura metálica obedecerá aos seguintes requisitos:

Inspeção visual; Controle dimensional;

Controle das matérias-primas, através de certificados de qualidade emitidos na origem;

Controle das soldaduras, através de certificação dos processos de soldadura por ensaios

não destrutivos (ultrassom e radiografia). As soldaduras de topo serão controladas a 50%

por exame radiográfico sem prejuízo do referido nas peças desenhadas;

Controle de marcação, embalagem e expedição das peças metálicas;

Controle dos esquemas de tratamento e pintura por verificação da aderência e medição das

espessuras dos filmes;

Controle dos momentos de aperto da parafusaria pré-esforçada à razão de 25% do número

total dos parafusos aplicados.

b. O Empreiteiro deverá garantir, à sua custa, todas as facilidades em meios e

equipamentos destinados à realização dos trabalhos de inspeção e de ensaios.

c. O exercício do direito de inspeção pela Fiscalização não exime o Empreiteiro da

responsabilidade por qualquer erro decorrente da infração de algum item das normas e

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especificações relacionadas, ou pela falta de fidelidade ao representado nos desenhos de

fabricação.

9.10 - ENSAIOS

O Empreiteiro estabelecerá um Plano de ensaios e vistorias das estruturas metálicas, quer

durante, quer após a montagem a qual submeterá à aprovação da Fiscalização.

A Fiscalização poderá recusar ou alterar o plano de ensaios aprovado, devendo a sua

decisão ser devidamente fundamentada.

Após realizados todos os ensaios e vistorias previstos, o Empreiteiro entregará à

Fiscalização, em 3 exemplares, protocolo dos resultados obtidos.

10 - EXECUÇÃO DOS TRABALHOS

10.1 - ABERTURA E ENCHIMENTO DE VALAS

10.1.1 ABERTURA DE VALAS

A abertura das valas deverá ser executada com a largura que permita, no mínimo, um

espaço livre de cada lado do tubo de 0,30 m, para tubos com diâmetro menor ou igual a 0,5

m e um espaço de 0,35 m para tubos de diâmetro maior que 0,5 m. Em valas que atinjam

profundidade superior a 3 m, o espaço livre deverá ser de 0,50 m para cada um dos lados

da tubagem.

Sempre que os trabalhos não possam ser conduzidos por forma a assegurar o livre

escoamento das águas que porventura existam, deverá o empreiteiro manter, à sua custa,

as valas livres de água, quer utilizando bombas, quer outros meios adequados aprovados

pela Fiscalização, durante o tempo que fôr necessário.

O fundo da vala será regularizado cuidadosamente, ficando sem ressaltos nem covas, de

modo a dar um apoio perfeito e contínuo à tubagem.

Quando o fundo de uma vala encontrar alvenaria ou rocha, aprofundar-se-á a vala de 0,20

m, altura essa que será preenchida com areia ou saibro apiloado com maço de peso não

inferior a 20 kg.

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Após perfeita regularização do fundo da vala de acordo com a cláusula anterior, espalhar-

se-á uma camada de areão, com a espessura uniforme mínima, após compactação, de 0,15

m, que constituirá uma almofada na qual assentarão as tubagens previstas.

Caso se verifique que o terreno no fundo da vala não tem firmeza suficiente para

assentamento das tubagens, a vala será aprofundada até se encontrar terreno firme,

preenchendo-se este aprofundamento com saibro bem compactado. Em alternativa a

Fiscalização poderá sugerir outro processo, havendo lugar à definição dos preços unitários

inerentes a atividades ou fornecimentos que anteriormente não estavam previstas no mapa

de trabalhos.

Antes do preenchimento do fundo das valas, estas devem ser aprovadas pela Fiscalização.

O empreiteiro executará todos os trabalhos de entivação das paredes das valas que tiver de

abrir, sempre que se manifestem necessárias, sendo o único responsável pelas ocorrências

que resultem da falta ou deficiência na execução destes trabalhos.

As entivações a fazer deverão ser estudadas pelo empreiteiro, tendo em atenção o tipo de

terreno encontrado, os impulsos das terras e outras cargas a que possam vir a estar

submetidas.

As entivações deverão ser solidamente executadas com pranchas e devidamente

contraventadas por quadros, de maneira a ficar garantida a perfeita segurança do pessoal.

As entivações serão feitas à custa do empreiteiro.

Caso a profundidade da vala ou a natureza dos terrenos o exija a vala poderá ter largura

superior à prevista, sendo no entanto sujeito o novo valor a aprovação prévia da

Fiscalização.

10.1.2 ENCHIMENTO DE VALAS

O enchimento das valas só será executado após autorização da Fiscalização e depois de

terem sido feito os ensaios definidos neste Caderno de Encargos e outros que

eventualmente a Fiscalização considere necessários.

À medida que os coletores vão sendo executados e aprovadas pela Fiscalização, ataca-se o

espaço entre estes e as paredes da vala, com terra limpa, isenta de pedras ou torrões de

dimensões superiores a 0,02 m, que será regada e comprimida de modo a que não fiquem

vazios na camada envolvente do coletor. Este envolvimento abrangerá a parte superior das

tubagens, coletores ou manilhas, de modo a que a espessura da camada acima da geratriz

mais elevada seja, pelo menos, de 0,30 m.

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A restante altura de aterro será feita por camadas de 0,30 m espessura, bem apiloadas e

regadas e apertadas contra as paredes da vala e batidas com pilões de peso não inferior a

15 Kg, ou por meio mecânico equivalente, devendo ficar com uma compactação no mínimo

idêntica à das camadas confinantes com a vala aberta. O assentamento das terras não

deverá transmitir às canalizações pressões superiores às que elas suportam com

segurança.

10.2 - MONTAGEM DE CANALIZAÇÕES

10.2.1 TRABALHOS PREPARATÓRIOS

Ao iniciar a montagem das canalizações, o empreiteiro deverá dispor do seguinte:

a) - Vala aberta e drenada, leito regularizado e taludes estabilizados nas condições

indicadas neste Caderno de Encargos, tudo numa extensão não inferior à média diária de

progressão da montagem.

b) - Canalizações e acessórios, empilhados ou alinhados paralelamente à vala, em

quantidade pelo menos bastante para um dia de montagem.

c) - Mão-de-obra, equipamento, materiais e ferramentas de espécie adequada e em

quantidade suficiente para que o assentamento, o nivelamento, os ensaios da canalização,

os aterros das valas e a reposição dos pavimentos se possam realizar com eficiência e

perfeição, sem interrupções, e em bom ritmo.

d) - Madeiras para enviastes já previstas ou ocasionais.

e) - Equipamento de bombagem adequado, quando se previu ou vier a, constatar a

presença de águas, tanto superficiais como freáticas, que prejudiquem a boa execução das

obras.

10.2.2 MOVIMENTO DAS TUBAGENS A MONTAR

10.2.2.1 Armazenagem

Tanto no armazém como nos locais de aplicação, as tubagens poderão ser arrumadas por

empilhamento salvo o caso de estas serem de material ou de dimensões que o não

permitem.

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10.2.2.2 Transporte e manuseamento

As tubagens deverão ser carregadas, descarregadas e transportadas com dispositivos e

veículos devidamente apropriados. Deverão ser manuseadas com cintas, correias ou garras

próprias, suficientemente largas e protegidas de maneira a evitarem-se danos nas

canalizações ou no seu revestimento exterior, caso exista.

10.2.2.3 Tubagens danificadas

Antes da sua colocação, terão de inspecionar-se as tubagens para verificar o seu estado

geral. Se apresentarem leves estrias, poderão ser reparadas; mas, se apresentarem fendas,

grandes mossas, falhas ou outros defeitos importantes para o seu perfeito funcionamento, a

Fiscalização deverá rejeitá-las e recusar a sua reparação para futura aplicação.

10.2.2.4 Proteção interior

Serão tomadas todas as precauções para se evitar que entrem nas canalizações terras,

pedras, madeiras e quaisquer outros corpos ou substâncias estranhas, procurando-se que o

seu interior se mantenha limpo durante o armazenamento, transporte, manuseamento

colocação e montagem.

Sempre que a sujidade interior dos tubos, não obstante todos os cuidados, se mostrar, na

opinião da Fiscalização, incapaz de ser removida por lavagem, o empreiteiro mandará, à

sua custa, submeter os tubos a uma limpeza antes de serem colocados em vala.

10.3 - ASSENTAMENTO E CONSTRUÇÃO DOS COLECTORES

O assentamento ou construção de coletores não podem ser iniciados antes da vala ser

aprovada pela Fiscalização.

Os coletores serão assentes ou construídos em alinhamentos retos entre as caixas, com as

cotas e inclinações previstas no projeto.

As tubagens em PVC serão instaladas através de varas de tubo sendo acopladas umas às

outras utilizando anel de fecho da junta autoblocante em neoprene.

10.4 - ENSAIO DA REDE

As canalizações depois de assentes serão submetidas a provas de ensaio de pressão,

utilizando-se água ou fumo.

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-Para o ensaio da água sobre pressão proceder-se-á da seguinte forma: uma vez vedado o

extremo jusante ao troço a ensaiar, encher-se-á a câmara de visita de montante, ou na falta

desta um tubo, com água até à altura de 1 a 2 metros, de modo que uma vez cheio origine a

pressão indicada;

-Nos ensaios em que se empregue fumo sob pressão, vedar-se-á como anteriormente o

extremo jusante do troço, injetando-se o fumo à pressão indicada;

-Durante o tempo dos ensaios a pressão deverá manter-se sem que seja necessário a

adição de água além de 2,0 % do volume armazenado ou sem se verificarem fugas de fumo

através das juntas;

-Os ensaios serão realizados com as juntas a descoberto sendo reprovadas as que não

vedarem bem e repetindo-se os ensaios até obedecerem às condições anteriormente

indicadas. Os ensaios poderão incidir sobre a totalidade da rede ou poderão ser realizados

por troços.

-A Fiscalização da obra deverá ser informada com a devida antecedência da realização dos

ensaios.

10.5 - CADASTRO DAS OBRAS EXECUTADAS

O empreiteiro obriga-se a fornecer regularmente à fiscalização o registo de todos os

trabalhos executados com o objetivo de se poder dispor no final da empreitada, de um

conjunto completo de informações e de desenhos que em conjunto com as do projeto

reproduzam rigorosa e inteiramente as obras realmente executadas e assinalem, para além

de tudo o mais que for julgado necessário, a posição exata da canalização em planta e em

perfil, bem como as suas principais características.

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11 - REDE DE REGA

11.1 - DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS

11.1.1 GENERALIDADES

Fazem parte integrante do presente CADERNO DE ENCARGOS / CONDIÇÕES TÉCNICAS

todos os fornecimentos, trabalhos e o seu modo de execução, descritos nas listas de

preços, mapas de acabamentos e peças desenhadas, que o empreiteiro se obriga a cumprir

na íntegra.

O empreiteiro deverá inteirar-se no local da obra e junto da fiscalização do volume e

natureza dos trabalhos a executar, portanto não serão atendidas quaisquer reclamações

baseadas no desconhecimento da falta e previsão dos mesmos.

Dever-se-á ainda contar com a execução dos trabalhos e fornecimentos, que, embora não

explicitamente descritos neste Caderno de Encargos, sejam necessários ao bom

acabamento da obra.

Transportes, cargas, descargas, armazenamentos e aparcamentos realizados de modo a

evitar a mistura de materiais diferentes, bem como a conservação e todos os encargos

inerentes, serão por conta do empreiteiro.

Os trabalhos que constituem a presente empreitada deverão ser executados com toda a

solidez e perfeição, e de acordo com as melhores regras da arte de construir. Entre diversos

processos de construção, que porventura possam ser aplicados, deve ser sempre escolhido

aquele que conduz a maior garantia de duração e acabamento.

Os materiais a empregar serão sempre de boa qualidade, deverão satisfazer as condições

exigidas pelos fins a que se destinam e não poderão ser aplicados sem a prévia aprovação

da fiscalização.

Os materiais para os quais existam já especificações oficiais, deverão satisfazer

taxativamente ao que nelas é fixado.

O empreiteiro, quando autorizado pela fiscalização, poderá empregar materiais diferentes

dos inicialmente previstos, se a solidez, estabilidade, duração, conservação e aspeto da

obra, não forem prejudicados e não houver aumento de preço da empreitada.

O empreiteiro obriga-se a apresentar previamente à aprovação da fiscalização amostras dos

materiais a empregar acompanhados dos certificados de origem, ou da análise ou ensaios

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feitos em laboratórios oficiais, sempre que a fiscalização o julgue necessário, os quais

depois de aprovados servirão de padrão.

A fiscalização reserva-se o direito de, durante e após a execução dos trabalhos, e sempre

que o entender, levar a efeito ensaios de controlo para verificar se a construção está de

acordo com o estipulado neste Caderno de Encargos, bem como de tomar novas amostras

e mandar proceder às análises, ensaios e provas em laboratórios oficiais à sua escolha. Os

encargos daí resultantes são por conta do empreiteiro. O disposto nesta condição não

diminui a responsabilidade que cabe ao empreiteiro na execução da obra.

Constituem encargos do empreiteiro a instalação das canalizações para a condução da

água para a obra, a sua ligação à conduta da rede de abastecimento público e ainda o

pagamento da água em todos os trabalhos da empreitada a eles ligada.

Antes do início de qualquer trabalho, o empreiteiro deverá dar imediato conhecimento à

fiscalização de qualquer erro de dimensionamento que verifique no projeto, cabendo-lhe

toda a responsabilidade pelas correções de diferenças que posteriormente se venha a

verificar, mesmo que isso obrigue a demolir trabalho já executado.

11.1.2 IMPLANTAÇÃO

Antes de se iniciar qualquer trabalho o empreiteiro procederá, à sua custa, à implantação e

demarcação definitiva do traçado da rede e localização dos aparelhos de rega, válvulas e

caixas de alojamento.

11.1.3 REDE DE REGA

Compreende a execução do sistema traçado de forma diagramática no plano de rega. A

localização exata das, válvulas, tubos, etc., deve ser estabelecida, pelo empreiteiro na altura

de construção. O sistema deve ser implantado utilizando, válvulas, tubos e acessórios nas

dimensões e tipos indicados nos planos de rega. Será implantado tendo em conta as

indicações da fiscalização e conforme as áreas e localizações no plano de rega.

Salvo indicação em contrário, incluída na memória descritiva ou desenhos, a construção do

sistema de rega deve incluir o fornecimento, instalação e os trabalhos necessários ao teste

de todas as linhas de tubo, acessórios, válvulas de baioneta (de acoplamento rápido),

válvulas de sector e restantes equipamentos, a escavação e tapamento de valas e todos os

trabalhos necessários à correta execução do trabalho indicado nos planos e nas

especificações técnicas.

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O empreiteiro deverá fornecer o equipamento, ferramentas e trabalho necessário para

garantir que o trabalho de instalação da rede de rega se faça de maneira aceitável e dentro

dos prazos definidos ou a definir em reunião de obra.

11.1.4 INDICAÇÕES PRELIMINARES

11.1.4.1 Substituições

Qualquer alteração nos tubos deverá ser proposta e justificada para aprovação da

fiscalização. Todos os tubos com defeito de fabrico ou entretanto danificados devem ser

removidos do local da obra, e na altura em que a fiscalização detete essas deficiências.

11.1.4.2 Estruturas existentes

A exata localização de estruturas ou instalações subterrâneas, não indicadas nos planos,

deve ser determinada pelo empreiteiro do sistema de rega e o mesmo deve orientar o seu

trabalho por forma a evitar interrupções no funcionamento de possíveis instalações ou de

qualquer estrago nas mesmas.

Se se verificarem prejuízos nessas instalações, o empreiteiro ficará responsável pelos

mesmos.

Se forem necessários pequenos ajustamentos para evitar obstruções fixas (resultantes de

quaisquer instalações subterrâneas), esses ajustamentos devem ser propostos ao projetista

para aprovação.

11.1.4.3 Verificação do sistema

O empreiteiro deverá garantir a operacionalidade dos sistemas de rega. Será da

responsabilidade do empreiteiro a verificação de que o sistema distribui satisfatoriamente

água na área a regar. Se se verificarem desvios ou falhas nesse plano e o empreiteiro não

as assinalar antes da instalação, obrigar-se-á a efetuar as necessárias correções à sua

custa.

11.1.4.4 Elementos a fornecer:

O empreiteiro deverá fornecer o equipamento, ferramentas, e trabalho necessário para

garantir que o trabalho de instalação da rede se faça de maneira aceitável e dentro dos

prazos definidos ou a definir em reunião de obra.

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11.2 - NATUREZA E QUALIDADE DOS MATERIAIS

11.2.1 MATERIAIS NÃO ESPECIFICADOS

Todos os materiais não especificados e de emprego na obra deverão satisfazer as

condições técnicas de resistência e segurança impostas pelos regulamentos que lhes dizem

respeito, ou terem características que satisfaçam as boas normas de construção.

Poderão ser submetidos a ensaios especiais para a sua verificação, tendo em conta o local

de emprego, fim a que se destinam e a natureza do trabalho que se lhes vai exigir,

reservando-se a fiscalização o direito de indicar para cada caso as condições a que devem

satisfazer.

11.2.2 TUBOS E ACESSÓRIOS DE FERRO GALVANIZADO

Os tubos de ferro galvanizado (a utilizar nos atravessamentos e ligações à rede geral de

água) e acessórios, serão de primeira qualidade, em estado completamente novo, sem

qualquer imperfeição de zincagem e na continuidade e homogeneidade do metal e na

execução da costura.

A zincagem deverá ser perfeita e executada por forma a que tenham sido alteradas as

quantidades de ferro, e que a camada de zinco seja de espessura uniforme, bem aderente

às superfícies externa e interna dos tubos e acessórios e cobrindo-os completamente.

Submetendo os tubos à prova de curvatura a frio, com o raio de 50 vezes o seu diâmetro,

não se deverá notar qualquer empolamento ou fenda no revestimento do zincato e devem

manter-se estanques, quando submetidos à pressão interna de 25 Kg/cm2.

11.2.3 MATERIAL DE REGA

11.2.3.1 Tubos de Polietileno de Alta Densidade (PEAD)

Os tubos a empregar na rede de rega serão em polietileno de alta densidade (PEAD) para

uma pressão de 10 Kg/cm2, e terão os diâmetros internos indicados no plano de rega.

Os tubos devem ter as superfícies interiores e exteriores lisas e não devem apresentar

bolhas, vincos, fissuras, cavidades ou outras irregularidades. Devem ter cor preta por

integração do negro de fumo na massa de polietileno.

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11.2.3.2 Acessórios

Os acessórios de ligação serão em ferro galvanizado ou em latão, no caso de tubagem em

ferro galvanizado.

Os acessórios de ligação para tubos de polietileno serão de ligação rápida em PVC para

uso em sistemas de irrigação pressurizada, água potável, instalações químicas e para o

tratamento de água.

Outras características:

Alcance

Série métrica de d. 12 Milímetros para d.315 mm, roscada série de raio 3/8 " para R.4 ",

séries de transição de 16x3 d / 8 "a d. 110x4 ".

Os padrões de referência:

Série métrica de acordo com a norma ISO 727, KIWA 54 , EN 1452 ; série de transição e

roscada de acordo com a norma ISO R7 , UNI ISO 228/1 , BS 21 , DIN 2999.

Classificação de pressão a 20 ° C

Série métrica PN 16 até d. 160 milímetros , PN 10 a partir de d . 180 a d.315 , rosca e

transição série PN 10.

Materiais

Conexões em u- PVC, juntas em EPDM, anéis de reforço (TM3,GM3, MM3, RM3) em aço

galvanizado.

Usar-se-ão válvulas de diafragma de borracha para isolar válvulas de baioneta, para sub-

seccionar os sectores a montante das electroválvulas.

Algumas características das válvulas de diafragma :

Corpo de ferro – alta resistência mecânica, suportes mecanicamente,

revestimento de plástico, Forro protegido de ultravioleta ( UV ) portão de injeção para o lado

de açude flange significa:

- açude suave para diafragma de vedação e vazamento zero Forro lock-on flange açude e

no furo de entrada gama de espessura de revestimento 3 -5mm ( DN20 - DN150 )

As válvulas de ligação da rede geral de águas serão também de diafragma de borracha do

tipo A DN50.

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11.2.3.3 Rotores

São bocais giratórios de jatos água lento e constantes, permitindo a infiltração lenta de água

no solo, resultando em economias de água superiores a 30% e evita o escorrimento

superficial e desperdício de água. Podem funcionar num intervalo de 2.5 a 10.7m.

As características principais definem-se:

• Precipitação proporcional a qualquer definição de arco ou raio

• Codificados por cores para identificação fácil no terreno.

• A característica escamoteável duplamente mantém o bocal limpo de terra e

detritos

• A tela de filtro removível impede que o bocal fique obstruído por objetos grandes

• Baixa taxa de precipitação

• Tecnologia de múltiplos jatos resistentes ao vento

• Arco e raio ajustáveis

A pressão de funcionamento recomendada é 2,8 bar; 280 kPa

Consideram-se os bicos com :

Alcance 4.1m Caudal 0.04m3h-1 Raio 90º

Alcance 4.1m Caudal 0.10m3h-1 Raio 180º

Alcance 4.1m Caudal 0.13m3h-1 Raio 270º

Alcance 4.1m Caudal 0.17m3h-1 Raio 360º

Alcance 5.8m Caudal 0.09m3h-1 Raio 90º

Alcance 5.8m Caudal 0.17m3h-1 Raio 180º

Alcance 5.8m Caudal 0.25m3h-1 Raio 270º

Alcance 5.8m Caudal 0.33m3h-1 Raio 360º

Alcance 9.1m Caudal 0.20m3h-1 Raio 90º

Alcance 9.1m Caudal 0.41m3h-1 Raio 180º

Alcance 9.1m Caudal 0.62m3h-1 Raio 270º

Alcance 9.1m Caudal 0.83m3h-1 Raio 360º

11.2.3.4 Aspersores

Serão escamoteáveis, com regulador de pressão, com opção de válvula anti-drenagem,

calibrados para as necessidades de qualquer instalação com circulo parcial ou total.

Possuem retorno automático do arco, com engrenagens indestrutíveis, embolo de aço

inoxidável e válvula anti dreno até 3m.

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Otimizados para o desempenho dos sprays tradicionais a 3,1 bar; 310 kPa com raios de

acalce de 7.6m aproximadamente.

Aceita bicos ajustáveis, fixos e de ângulos especiais e da maioria das marcas existentes no

mercado.

Serão acoplados com bico conversor bico fixo convencional num aspersor de curto alcance.

Raio: 4,9 a 14,0 m

Vazão: 0,07 a 3,23 m3/h 1,2 a 53,8 l/min

Pressão de serviço recomendada: 1,7 a 4,5 bar; 170 a 450 kPa

Intervalo de pressão de funcionamento: 1,4 a 7 bar; 140 a 700 kPa

Taxas de precipitação: 10 mm/h aproximadamente

Trajetória do bocal: Série = 25 graus, Ângulo reduzido = 13 graus

Consideram-se os bicos com :

Raio 7.6m, 360º 0.87m³/h - 3,1 bar; 310 kPa

Raio 7.6m, 270º 0.68m³/h - 3,1 bar; 310 kPa

Raio 7.6m, 180º 0.45m³/h - 3,1 bar; 310 kPa

Raio 7.6m, 135º 0.31m³/h - 3,1 bar; 310 kPa

Raio 7.6m, 90º 0.23m³/h - 3,1 bar; 310 kPa

11.2.3.5 Electroválvulas

Serão de 1”, 1 ½” ou de 2”, nylon reforçada de fibra de vidro, com filtro autolimpante, com

fecho lento para prevenção de golpes de aríete e os consequentes prejuízos para o sistema,

abertura manual sem fuga de água, por rotação do solenoide 1/4 de volta. Solenoide

emergido em resina de proteção com punho ergonómico.

Com regulação de caudal.

Purga externa através de parafuso de purga Possibilidade de instalação de um regulador.

de pressão ajustável de 1,0 a 6,9 bar.

Purga manual externa permite expulsar as partículas do sistema.

Débito: 0,06 a 45,0 m3/h, Pressões: 1,4 a 13,8 bar, Temperatura: 66 ºC max. Pressão de

funcionamento: 1 a 10,4 bar. Entrada / Saída rosca fêmea 1" , Solenoide: 24 V, 50 Hz

Corrente de chamada: 0,41A (9,9 A) Corrente de manutenção: 0,23A (5,5 VA)

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Modelo 1” - Altura: 16,5 cm - Comprimento: 10,2 cm - Largura: 10,2 cm Modelo 1 ½ ” - Altura: 20,3 cm - Comprimento: 15,2 cm - Largura: 15,2 cm Modelo 2” - Altura: 20,3 cm - Comprimento: 15,2 cm - Largura: 15,2 cm

11.2.3.6 Válvulas de Baioneta

Serão em latão ou bronze, resistentes, ideais para instalações públicas ou residenciais, com

fechadura para evitar vandalismos.

Características:

• Conexão rosca fêmea de 3/4"ou 1".

• Caudal em Ø 3/4" de 1 a 5 m³/h.

• Caudal em Ø 1" de 1 a 9 m³/h.

• Válvula interior mecanizada.

• Corpo com alerta antirroubo.

• Diferentes modelos segundo a tampa.

11.2.3.7 Programadores / Controladores

O Programador será eletrónico modular de 8 até de 30 estações com montagem mural no

exterior com transformador interno e disjuntor automático. Apresentará visor LCD com

ícones de programação de fácil compreensão.

Terá a possibilidade de arranque manual de uma estação ou de um ciclo, função "Water

Budget” de ajuste dos tempos de rega.

Função ON/OFF para interrupção da rega em tempo de chuva

Memorização automática de um arranque em caso de sobreposição de programas

Terminal para sensor na faixa de terminais.

Circuito para salvaguarda de programa em caso de quebra de energia através de pilha

recarregável Ni-MH 9V.

Em caso de falha prolongada de corrente, programa de recurso inicia uma rega 8 horas

após voltar a energia que faz funcionar cada estação uma vez por dia durante 10 minutos

Visor LCD apresenta símbolos de alarme.

Intervalo programável entre arranque das várias estações: de 0 a 99 segundos

Pronto para Controlo Remoto por PC: adicionando um modulo, os programadores podem

ser ligados ao sistema Tele Manager para funcionamento por controlo remoto desde um

computador.

Terminal especial para um caudalimetro.

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11.2.3.8 Sensores de Chuva

Produto de alta qualidade economiza água e prolonga a vida útil do sistema de rega,

medindo automaticamente a precipitação o que evita o desperdício de água quando chove.

Múltiplos ajustes de precipitação de 2 a 20 mm de forma rápida e fácil com uma simples

rotação do disco.

Anel de ventilação ajustável para controlar o tempo de secagem.

Corpo em plástico de alta qualidade, resistente aos raios UV e às intempéries.

Suporte e braço em alumínio resistente, que se estende até 15,2 cm.

Cabo com 7,6 m de comprimento resistente aos raios UV que facilita a conexão aos

programadores.

11.2.3.9 Pluviómetro Eletrónico

Controla os níveis de queda de chuva desligando automaticamente o programador por

forma a prevenir ciclos de rega desnecessários sempre que a chuva ultrapasse o nível

definido.

Funciona com todos os programadores de 24V de saída.

Não modifica os programas de rega, mas interrompe automaticamente o ciclo de rega

quando a queda de chuva excede o nível predefinido. Retoma automática da rega normal.

A evaporação no coletor do pluviómetro é mais rápida que no solo, o que constitui uma

segurança contra o défice de rega.

Assim que os eléctrodos emergem, uma nova rega pode começar.

Profundidade de contacto dos eléctrodos regulável de 3,2 a 12,6 mm.

Montagem mural orientável segundo a inclinação do suporte de fixação.

Montagem em série no cabo comum.

Coletor de água amovível para limpeza.

Comprimento: 20,3 cm, Altura: 10,2 cm, Largura: 6,4 cm.

11.2.3.10 Cabos Elétrico de um condutor

São :

Cabo de um condutor de baixa voltagem (<30V).

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Ideal para fornecer corrente elétrica dos programadores até aos descodificadores ou

aspersores com válvula incorporada.

Cabo de um condutor em cobre.

Disponível em cabo PE com isolamento simples e em cabo PVC-PE com isolamento duplo

Secção do condutor: 1,5 mm2 ou 2,5 mm2.

Espessura: 3 mm para 1x1,5 mm2 com isolamento simples e 4 mm para cabo com

isolamento duplo.

Muito resistente à tração mecânica, à ação química e à humidade.

Marcação com incremento de 1 metro.

11.2.3.11 Cabo Multicondutor para Rega

Cabo multi-condutor de baixa voltagem (< 30 Volts).

Ideal para levar alimentação elétrica dos terminais dos programadores até às

electroválvulas.

Modelos de 3, 5, 7, 9 e 13 condutores.

Cabo multi-condutor, unifilar.

Revestimento em polietileno preto.

Espessura: 0,64 mm. Muito resistente à tração mecânica, à ação química e à humidade

Revestimento em PE com corda em nylon para facilitar o seu descarnar

Secção do condutor de 0,8 mm2 para qualquer tipo de instalação de rega residencial

Máxima distância entre o programador e uma electroválvula: 350 m.

11.2.3.12 Caixa para Válvulas

Deverão ser caixas robustas em polietileno de alta densidade de estrutura espumosa, com

parafusos de fecho, em inox, para as válvulas isoladas e electroválvulas.

Deverão ter uma camada drenante no fundo da caixa com 0.10 m, composta por brita 1.

Características Gerais:

• Desenho do buraco do parafuso prérecortado e fácil de abrir mantém as pragas de

insectos perigosos fora da caixa

• Fenda de acesso no corpo para desencaixe e fácil remoção da tampa

• Ranhuras específicas retêm sobre a tubagem as estruturas pré-recortadas que já

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foram desencaixadas, para manter os detritos fora da caixa durante o enchimento

• Bordas das tampas biseladas ajudam a evitar danos nas tampas devidos a

equipamento e máquinas de jardinagem

• Fundos com interligação permitem a instalação de caixas fundo-comfundo para

instalações profundas

• Área de marcação da tampa proporciona localização dedicada para identificação

das válvulas

Características Especificas:

Unidades Redondas de 7’’ (incluem corpo e tampa)

• Dimensões: 18,0 cm D Topo X 22,9 cm A X 25,02 cm D Fundo

• Duas aberturas laterais pré moldadas permitem passar tubagem de até 40mm de

diâmetro

• Corpo negro e tampa verde

Unidades Redondas de 10’’ (incluem corpo e tampa)

• Dimensões: 27,0 cm D Topo X 25,4 cm A X 35,0 cm D Fundo

• Quatro orifícios pré-recortados de idêntica dimensão permitem passar tubagem de

até 40mm de diâmetro (extensão não tem encaixes pré-recortados)

• Corpo negro e tampa verde com parafuso de fecho hexagonal

Unidades Padrão Retângular (incluem corpo e tampa)

• Dimensões: 59,0 cm (C) X 49,0 cm (L) X 30,7 cm (A)

• Dois grandes orifícios pré-recortados permitem passar tubagem de até 8,9 cm de

diâmetro e onze orifícios pré-recortados permitem passar tubagem de até 75mm

de diâmetro

• Corpo negro e tampa verde com parafuso de fecho hexagonal

Extensão padrão de 6” (só corpo)

• Dimensões: 50,8 cm C x 37,5 cm L x 17,1 cm A

• Extensão padrão de 6’’, só corpo negro

Unidades Jumbo (incluem corpo e tampa)

• Dimensões: 70,1 cm C x 53,3 cm L x 30,7 cm A

• Dois grandes orifícios pré-recortados permitem passar tubagem de até 8,9 cm de

diâmetro. (Extensão não tem encaixes pré-recortados).

• Corpo negro e tampa verde com parafuso de fecho hexagonal

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Extensão Jumbo de 6’’ (só corpo)

• Dimensões: 62,0 cm C X 45,5 cm L X 17,1 cm A

• Extensão Jumbo de 6’’, só corpo negro

Unidades Super Jumbo (incluem corpo e tampa)

• Dimensões: 84,1 cm C X 60,6 cm L X 45,7 cm A

• Catorze orifícios pré-recortados permitem passar tubagem de até 8,9cm de

diâmetro Incluem dois parafusos em aço inoxidável e dois clips que seguram com

rapidez a tampa ao corpo

• Corpo negro e tampa verde com dois parafusos de fecho hexagonais

Unidades Maxi Jumbo (incluem corpo e tampa)

• Dimensões: 102,5 cm C X 68,9 cm L X 45,7 cm A

• Dezoito orifícios pré-recortados permitem passar tubagem de até 8,9cm de

diâmetro Incluem dois parafusos em aço inoxidável e dois clips que seguram com

rapidez a tampa ao corpo

• Corpo negro e tampa verde com dois parafusos de fecho hexagonais

SISTEMAS DE FECHO (ANTI VANDALISMO)

• Parafuso de cabeça Pentagonal (0,9 X 5,7 cm), anilha e clip

11.2.3.13 Filtro de água

O filtro de água terá diâmetro igual ao da tubagem de distribuição, e a rede do filtro será de

155mesh. Será instalado a montante do sistema.

Dados Gerais

Taxa máxima de fluxo * 15 m³ / h

Entrada / Saída de diâmetro 1½ " (40 mm)

Graus de filtração 300, 250, 200, 130, 100, 80 micron

Max. Pressão de trabalho 8 bar (120 psi)

Max. Temperatura de trabalho de 60 ° C ( 140 ° F )

Campo de temperatura de 60 ° C (140 ° F)

Peso (vazio) Screen = 1,0 kg (22 lb)

Discos = 1,2 Kg

Filtro Elemento de dados

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Área Screen Filter = 340 cm² (52,7 in² )

Discos = 460 cm² ( 71,3 in² )

Elemento filtrante tipos de tela de nylon , tela Weave Arame, Disco Elemento

Polipropileno carcaça do filtro

Filtro Tampa polipropileno

NBR Selo Habitação

Construção Screen = polipropileno Malha =

St. St Seals = NBR

Discos Seals Construção = discos de polietileno sulcado = polietileno = NBR

11.2.3.14 Regulador de pressão

Serão instalados nas electroválvulas, de modo a garantir que a pressão dos sectores se

mantenha com 3,5kg/cm2 no máximo.

11.3 - MODOS DE EXECUÇÃO DOS TRABALHOS

11.3.1 REDE DE REGA

A rede de rega será instalada de acordo com o respetivo projeto, embora sujeita às

correções necessárias, durante o desenvolvimento dos trabalhos, para melhor adaptação do

projeto ao terreno.

A exata localização das tubagens e estruturas existentes no sub-solo, e não assinaladas no

projeto, deverá ser determinada pelo empreiteiro e verificada pela fiscalização. Quaisquer

danos que se verifiquem nessas tubagens ou estruturas, devido ao trabalho, deverão ser

convenientemente reparados à sua custa e sem demoras que agravem o prejuízo

verificado.

O empreiteiro deverá assegurar que o sistema de rega possa ser convenientemente

drenado. Nos pontos mais baixos do sistema deverão ser instaladas válvulas para

drenagem.

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11.3.2 PIQUETAGEM

O empreiteiro deverá identificar todos os locais de implantação de válvulas, bocas de rega,

e nas mudanças de direção e termos dos percursos dos tubos, mediante a colocação de

estacas nos pontos determinados, antes da abertura das valas. A fiscalização deve verificar

todas as localizações e traçados, e dar a sua aprovação antes da abertura de quaisquer

valas.

11.3.3 ABERTURA DE VALAS

As valas, que podem ser abertas manual ou mecanicamente, terão uma largura de 0,40m a

0,60m e uma profundidade mínima de 0,50 m em relação ao terreno modelado, para a

conduta de distribuição e 0,30 m para as tubagens de sector. As trincheiras para colocação

da tubagem de rega devem ter a profundidade e largura suficientes para permitir a correta

colocação de acessórios e tubagem.

As trincheiras para a colocação da tubagem de rega devem ser escavadas com

profundidade suficiente e com a largura necessária para permitir a correta colocação de

aspersores, pulverizadores e acessórios. O fundo da vala deve estar isento de pedras e

outros detritos.

Depois de colocada a canalização, o tapamento das valas deve ser feito de modo a que a

terra que contacta diretamente com os tubos seja isenta de pedras, recorrendo-se à sua

crivagem sempre que tal seja necessário. Para evitar abatimentos posteriores o tapamento

deverá ser feito por duas camadas iguais, bem calcadas a pé ou a maço, sendo a camada

inferior formada pela terra retirada do fundo da vala e a superior pela terra de superfície.

11.3.4 TUBAGEM

A tubagem e respetivos acessórios obedecerão ao projeto correspondente no que respeita

aos diâmetros e à sua localização, e às condições indicadas no capítulo da Natureza e

Qualidade dos Materiais. O interior dos tubos deve ser conservado limpo de quaisquer

detritos ou terra, e quando na colocação da tubagem efetuarem-se paragens, as pontas

abertas dos tubos devem ser tapadas com meios apropriados.

A tubagem de polietileno deve ser assente em camada de areia com 0,10 m medido abaixo

do intradorso e sobre eles deve ser colocada uma espessura de até 0,50 m de terra medida

acima do extradorso.

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Os tubos de ferro galvanizado não devem ser sujeitos a flexões. Qualquer mudança de

direção para o qual não exista acessório com o ângulo correspondente, deverá ser

executada pela rotação de dois cotovelos.

11.3.5 ATRAVESSAMENTOS

Os atravessamentos dos caminhos serão executados em tubos de ferro galvanizado ou

tubos de PVC rígido integrados em manilhas de betão, a uma profundidade que impeça a

quebra por compressão diametral; em zonas de acesso automóvel a profundidade deverá

ser de 1,20 m.

11.3.6 TAPAMENTO DE VALAS

Antes do tapamento da vala, todos os acessórios de ligação, nomeadamente cotovelos, tês

e cruzetas, devem ser cuidadosamente ancorados, no sentido oposto ao da deslocação da

água, com massame de betão, de acordo com pormenor de construção.

Depois de colocada a canalização, o tapamento das valas deverá ser feito com areia de rio,

isenta de pedras, torrões, raízes e salitre, numa camada de 0,15 m, de modo a envolver a

tubagem até ao semicírculo superior. Posteriormente o tapamento será feito com terra, que

não incluirá pedras com diâmetros superiores a 0,02 m, por duas camadas iguais, bem

calcadas a pé ou maço, para evitar posteriores abatimentos, sendo a camada inferior

formada por terra retirada do fundo da vala e a superior pela terra da superfície, depois de

crivada. O tapamento das valas para implantação da rede de rega, só será executado após

inspeção por parte da fiscalização.

11.3.7 LIGAÇÃO À REDE

A ligação à rede de distribuição será feita por conta do empreiteiro e levará uma válvula de

diafragma de borracha do tipo A da Saunders®, para isolamento do sector em caso de

avaria.

Todas as válvulas manuais devem ser protegidas por caixas adaptadas. Nas válvulas

manuais usar-se- á o material indicado no capítulo anterior. Em todas as caixas, o fundo

será revestido com brita, diâmetro 0,025 m, em camada de 0,10 m de altura para drenagem.

Todas as válvulas manuais devem ser protegidas por caixas adaptadas.

Em todas as caixas, o fundo será revestido com brita, diâmetro 0,025 m, em camada de

0,1m de altura para drenagem.

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11.3.8 PROVA DE ENSAIO DA CANALIZAÇÃO

Todas as canalizações, antes de entrarem em serviço, e antes da colocação das bocas de

rega, estando as pontas tamponadas, serão submetidas a uma prova de ensaio, na

presença da fiscalização, para detetar eventuais fugas porventura existentes. Esta prova

consistirá no enchimento da tubagem, por ligação à rede geral, e na observação de todos os

acessórios de ligação, quando se verifique diminuição de pressão registada pelo manómetro

da bomba montada para o efeito, para verificação da sua estanquicidade, à pressão da rede

geral. O sistema será sujeito a uma pressão de pelo menos uma vez e meia, a pressão de

funcionamento da rede, e nunca inferior a 10 Kg.

Todas as fugas de água porventura existentes serão corrigidas de imediato, só devendo ser

feito o tapamento das valas após novo ensaio, no qual não se verifiquem fugas.

Esta prova realiza-se antes do tapamento da vala com as juntas a descoberto, travando-se

suficientemente as canalizações e os acessórios para evitar o seu deslocamento sob o

efeito da pressão interna. No caso de canalizações enterradas a sua sujeição pode ser feita

por meio de aterro. Em caso de omissão nas “Cláusulas Técnicas Gerais”, seguir-se-ão as

instruções do fabricante ou da fiscalização, tendo sempre em atenção as indicações dos

desenhos de projeto.

12 - PLANTAÇÃO E SEMENTEIRAS

12.1 - DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS

12.1.1 GENERALIDADES

Fazem parte integrante do presente CADERNO DE ENCARGOS / CONDIÇÕES TÉCNICAS

todos os fornecimentos, trabalhos e o seu modo de execução, descritos nas listas de

preços, mapas de acabamentos e peças desenhadas, que o empreiteiro se obriga a cumprir

na integra.

O empreiteiro deverá inteirar-se no local da obra e junto da fiscalização, do volume e

natureza dos trabalhos a executar, portanto não serão atendidas quaisquer reclamações

baseadas no desconhecimento da falta de previsão dos mesmos.

Dever-se-á ainda contar com a execução dos trabalhos e fornecimentos, que, embora não

explicitamente descritos neste Caderno de Encargos, sejam necessários ao bom

acabamento da obra.

CMA 23.11.2015,GER,I,CM,96467

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Transportes, cargas, descargas, armazenamentos e aparcamentos realizados de modo a

evitar a mistura de materiais diferentes, bem como a conservação e todos os encargos

inerentes, serão por conta do empreiteiro.

Os trabalhos que constituem a presente empreitada deverão ser executados com toda a

solidez e perfeição, e de acordo com as melhores regras da arte de construir. Entre diversos

processos de construção, que porventura possam ser aplicados, deve ser sempre escolhido

aquele que conduz a maior garantia de duração e acabamento.

Os materiais a empregar serão sempre de boa qualidade, deverão satisfazer as condições

exigidas pelos fins a que se destinam e não poderão ser aplicados sem a prévia aprovação

da fiscalização.

Os materiais para os quais existam já especificações oficiais, deverão satisfazer

taxativamente ao que nelas é fixado.

O empreiteiro, quando autorizado pela fiscalização, poderá empregar materiais diferentes

dos inicialmente previstos, se a solidez, estabilidade, duração, conservação e aspeto da

obra, não forem prejudicados e não houver aumento de preço da empreitada.

O empreiteiro obriga-se a apresentar previamente à aprovação da fiscalização amostras dos

materiais a empregar acompanhados dos certificados de origem, ou da análise ou ensaios

feitos em laboratórios oficiais, sempre que a fiscalização o julgue necessário, os quais

depois de aprovados servirão de padrão.

A fiscalização reserva-se o direito de, durante e após a execução dos trabalhos, e sempre

que o entender, levar a efeito ensaios de controlo para verificar se a construção está de

acordo com o estipulado neste Caderno de Encargos, bem como de tomar novas amostras

e mandar proceder às análises, ensaios e provas em laboratórios oficiais à sua escolha. Os

encargos daí resultantes são por conta do empreiteiro. O disposto nesta condição não

diminui a responsabilidade que cabe ao empreiteiro na execução da obra.

Antes do início de qualquer trabalho, o empreiteiro deverá dar imediato conhecimento à

fiscalização de qualquer erro de dimensionamento que verifique no projeto, cabendo-lhe

toda a responsabilidade pelas correções de diferenças que posteriormente se venha a

verificar, mesmo que isso obrigue a demolir trabalho já executado.

CMA 23.11.2015,GER,I,CM,96467

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12.1.2 ESTALEIRO

O estaleiro a implantar, em conformidade com o tipo de obra a executar, deverá obedecer

às normas estabelecidas em vigor. A degradação inerente à ocupação do estaleiro deve ser

recuperada pelo empreiteiro, e à sua custa, assim que este for retirado.

12.1.3 IMPLANTAÇÃO

Antes de se iniciar qualquer trabalho o empreiteiro procederá, à sua custa, à implantação e

demarcação definitiva das obras a executar.

O empreiteiro terá um prazo de 5 dias úteis para verificação no local e apresentação, se for

caso disso, de observações assinalando as deficiências que eventualmente encontre,

deficiências que serão objeto de uma verificação com o dono da obra.

As implantações e demarcações serão verificadas pela fiscalização, que as aprovará no

caso de estarem conforme o projeto.

Para que o empreiteiro execute a implantação dos trabalhos, a Fiscalização indicará o local

ou locais em que ele deverá colocar uma ou as marcas de nivelamento necessárias, bem

definidas, verificadas pela Fiscalização e nas quais se apoiarão as implantações ou

piquetagem.

Todos os danos resultantes da não observação destas normas serão integralmente

suportados pelo empreiteiro.

12.1.4 MEDIDAS CAUTELARES

Incluem-se nas medidas cautelares a decapagem e armazenamento da terra viva

proveniente dos locais onde se irão implantar muretes e áreas pavimentadas e dos locais

sujeitos a movimentação de terras.

A vegetação arbórea e arbustiva existente e que será preservada, deverá ser protegida dos

trabalhos de construção e das áreas de circulação. A identificação e isolamento destas

áreas será claro, através de vedação, e o material utilizado serão duráveis e resistentes. A

remoção de qualquer exemplar arbóreo ou arbustivo deverá ser assinalada e comunicada à

Fiscalização pelo empreiteiro. A remoção de tais exemplares de vegetação só poderá ser

efetuada após a aprovação da Fiscalização.

Os exemplares a transplantar deverão ser removidos com torrão e replantados nos locais

indicados pela

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Fiscalização, conciliando as operações com o plano de plantação proposto.

As zonas verdes já existentes devem usufruir de todos os cuidados de manutenção

necessários à continuidade das boas condições fitossanitárias das plantas aí presentes.

Quando, durante a mobilização do terreno forem encontrados afloramentos rochosos de

grande/ média, estes devem ser retirados, se as dimensões o permitirem, e transportados

para o local que o projeto ou a equipa projetista indicar. Se as dimensões dos afloramentos

forem demasiado grandes para ser removidos devem ser deixados a descobertos e

consultada a equipa projetista. Estes trabalhos devem ser acompanhados pela Fiscalização.

12.1.5 SINALIZAÇÃO

O empreiteiro deverá colocar sinalização nas vias de acesso, na área envolvente da obra e

em todos os pontos em que tal se mostre necessário, de forma a evitar a criação de perigos

potenciais.

Serão da responsabilidade do empreiteiro quaisquer prejuízos que a falta de sinalização ou

a sua deficiente implantação possam ocasionar, quer à obra quer a terceiros.

12.1.6 MOVIMENTOS DE TERRAS

O trabalho de movimento de terras compreende a execução de escavações e aterros e

ainda os trabalhos de compactação, regularização e acabamento, tudo de acordo com as

dimensões e cotas do projeto e especificações do presente Caderno de Encargos.

O material escavado, depois de selecionado, poderá ser utilizado na construção de aterros

ou em fundações de pavimentos, se tal for previsto no projeto ou nas condições técnicas e

autorizado pela Fiscalização, mas sempre de acordo com as indicações desta.

A Fiscalização reserva-se o direito de alterar rasantes e cotas do projeto, se daí resultar

uma maior economia para a obra ou se isso for julgado conveniente para a melhoria do

trabalho, sem que tal traga modificações ao preço unitário proposto.

Após uma decapagem geral das zonas a escavar tal como previsto nas MEDIDAS

CAUTELARES, as escavações serão executadas de forma a que o terreno fique a cotas

superiores às definitivas, para que após a compactação se obtenham as cotas do projeto.

Se o empreiteiro, por negligência ou outro motivo escavar o terreno abaixo das cotas

indicadas, deverá corrigir essas zonas escavadas em excesso, com materiais e processos

indicados pela Fiscalização, sem direito a qualquer indemnização.

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Se durante a execução dos trabalhos for necessário intercetar o sistema de drenagem

superficial ou subterrâneo, sistemas de esgotos, condutas ou estruturas semelhantes e

enterradas, será da responsabilidade do empreiteiro a adoção de todas as medidas

necessárias para manter em funcionamento os referidos sistemas ou estruturas, devendo o

empreiteiro informar a Fiscalização que dará as devidas instruções e se necessário, tomará

as providências que se imponham.

12.1.7 REVESTIMENTO VEGETAL

12.1.7.1 Preparação do Terreno

Para se proceder ao revestimento vegetal há que preparar o terreno, o que consiste na

execução das várias operações, na seguinte ordem:

• Pequena modelação do terreno;

• Mobilização, mecânica ou manual até 0,250 m de profundidade, seguida de

escarificação, gradagem ou recava até 0,15 m de profundidade;

• Despedrega, ou escolha e retirada de pedras e materiais estranhos ao trabalho, com

dimensões superiores a 0,06 m nos 0,15 m superficiais;

• Espalhamento de terra viva, mecânica ou manualmente, de modo a formar uma camada

superficial com 0.10 m de espessura;

• Regularização prévia, efetuada mecânica ou manualmente;

• Fertilização química e orgânica com materiais indicados no capítulo “Natureza e

Qualidade dos Materiais” deste Caderno de Encargos;

12.1.7.2 Modelação final do Terreno

Compreende todos os trabalhos e fornecimentos necessários à boa execução da limpeza e

preparação final do solo.

Considera-se como trabalho de modelação final, um terreno apto a plantar e semear, em

que o solo se encontre com as condições ótimas de composição pretendida, e com uma

superfície regular de acordo com cotas de projeto.

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12.1.7.3 Plantações

Todo o material vegetal será designado pelo seu nome botânico de acordo com as regras

da nomenclatura botânica, com referência obrigatória ao género e espécie, e a variedade ou

cultivar, se for caso disso.

Todos os exemplares provenientes de viveiro, transplante local ou transplante exterior,

deverão ser identificados através de etiqueta indelével, constando o seu nome botânico.

Em todas as plantações o empreiteiro deverá respeitar escrupulosamente os respetivos

planos, não sendo permitidas quaisquer substituições de espécies sem prévia autorização

da Fiscalização. Esta operação compreende todos os fornecimentos de material vegetal, a

abertura de covas (só para árvores), plantação, tutoragem, amarração e rega.

As posições relativas de árvores, arbustos, herbáceas e sementeiras, devem ser

respeitadas, tal como a relação com os pontos da rede de rega ativos.

12.1.7.4 Sementeiras

Tal como se referiu no caso das plantações, não são permitidas quaisquer substituições de

espécies sem autorização escrita da Fiscalização, devendo ser rigorosamente respeitadas

as espécies e percentagens do projeto.

Sempre que possível, a sementeira deverá ter lugar após todas as plantações, para evitar o

pisoteio e permitir um melhor acabamento dos trabalhos.

12.1.7.5 Tutoragem e Ancoragem

Compreende todos os fornecimentos e trabalhos necessários à boa execução e aplicação

de sistemas de ancoragem e tutoragem com complemento a plantações, nomeadamente:

fornecimento de materiais, execução, montagem e manutenção até ao final do período de

garantia.

Considera-se como sistema de tutoragem a montagem de estacas verticais fixadas ao solo,

em torno de um exemplar plantado, cuja função é assegurar através de ligações

apropriadas a estabilidade biomecânica e a orientação do crescimento da mesma.

Considera-se como sistema de ancoragem o sistema de cabos ou estacas, aplicados por

tensão ou tração entre o solo e a planta, de forma a garantir a estabilidade biomecânica e a

orientação do crescimento da mesma.

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12.1.7.6 Prazo de Garantia

Os prazos de garantia deverão ser respeitados, de acordo com o Decreto-Lei 405/93 de 10

de Dezembro, nomeadamente no seu capítulo 4, artigo 207. Relativamente às zonas

ajardinadas os prazos de garantia deverá ser de um ano, contando a partir da receção

provisória da obra, por forma a ser salvaguardado o período de adaptação das espécies

vegetais.

Neste contexto o empreiteiro compromete-se a proceder a todos os trabalhos de retancha,

cortes, mondas, fertilizações, tutoragem, etc., necessárias à boa conservação de todas as

plantações e sementeiras, não podendo negar-se aos trabalhos a isso referente, sem o que

estará sujeito à aplicação de penalidades que a Fiscalização determinar.

Quando terminar o período de garantia a superfície de relvado não deverá apresentar

peladas com área superior a 0.02m2. Se tal se verificar o empreiteiro deverá ressemear

essas parcelas na época de sementeira seguinte ou em altura mais conveniente se tal for o

parecer de Fiscalização.

As plantas instaladas por plantação devem apresentar-se em boas condições e com a

densidade e localização constantes no projeto.

12.2 - DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS

12.2.1 MATERIAL VEGETAL

Todas as plantas a utilizar deverão ser exemplares fitopatologicamente sãos, bem

conformados, ramificados desde o colo, sem raízes mortas ou deterioradas, e devem

possuir desenvolvimento compatível com a espécie a que pertencem.

As plantas de folhas caduca, a fornecer em raiz nua (quando plantadas em época própria),

deverão ter o sistema radicular bem desenvolvido e com cabelame abundante. As plantas

de folha persistente deverão ser fornecidas em torrão, suficiente consistente para não se

desfazer facilmente.

12.2.2 ÁRVORES

As árvores serão de plumagem, com flecha vigorosa com botão terminal em bom estado. O

caule deve ser bem direito desde o seu início e as raízes bem desenvolvidas, estendidas e

não espiraladas. A proporção entre a altura e o diâmetro da base do colo, deve seguir a

seguinte fórmula:

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Diâmetro (cm)> altura (m) ou perímetro cm> 3,14 x altura (m)

Quanto à altura deverão estar compreendidas entre os valores a seguir indicados:

• árvores de folha caduca - > 3,00 m

• árvores de folha persistente e palmeiras - > 3,00 m

No que respeita às plantas herbáceas vivazes, deverão ser fornecidas em tufos bem

enraizados, ou em estacas bem atempadas, de acordo com as características da espécie a

que pertencem.

12.2.3 ARBUSTOS E SUB-ARBUSTOS

Consideram-se como sub-arbustos as plantas que apresentam uma forma de transição

entre os arbustos e as plantas herbáceas, isto é, apresentam a parte inferior lenhificada

(caule principal divide-se em vários caules delgados desde o solo) e a parte superior é

herbácea.

Os exemplares apresentarão as características típicas da sua espécie, variedade ou

cultivar, salvo indicações específicas em contrário.

Os sub-arbustos deverão apresentar um bom desenvolvimento vegetativo da parte aérea e

um vigoroso sistema radicular. Deverá apresentar-se em boas condições sanitárias,

vigoroso, livre de defeitos, deformações, abrasões na casca, queimaduras, doenças, ovos

de insetos, pragas ou outras formas de infeção.

Consideram-se como arbustos todas as plantas vivazes que produzem material lenhosos

normalmente de altura inferior a 5 m e apresentam normalmente ramificação com vários

caules distintos desde a base. Definem-se como plantas com gemas de renovo entre 0,25 e

2 m do solo no caso de sub-arbustos e pequenos arbustos e entre 2 a 8 m do solo no caso

de arbustos ou pequenas árvores.

Quanto a altura, deverão estar compreendidas entre os valores a seguir indicados: arbustos

de pequeno porte - H mínimo 0,60 m

Arbustos de médio porte - H mínimo 1,0 m

Os arbustos de pequeno porte deverão ser fornecidos em vasos com uma capacidade

mínima 2,5 l e os de médio porte de 7L.

Os exemplares de arbustos deverão apresentar uma estrutura aérea equilibrada, com um

mínimo de 3 a 5 caules a partir do sistema radicular (salvo indicações em contrário),

revestidos de ramificação desde o colo.

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Os exemplares designados multicaules de fuste limpo, referem-se a arbustos cujos caules

foram limpos de ramificação até à altura indicada.

12.2.3.1 Herbáceas

Consideram-se como herbáceas todas as plantas vivazes ou perenes que não produzem

material lenhoso. No que respeita às plantas herbáceas vivazes, deverão ser fornecidas em

tufos bem enraizados, ou em estacas bem atempadas, de acordo com as características da

espécie a que pertencem.

O material vegetal deverá apresentar um bom desenvolvimento vegetativo da parte aérea e

um vigoroso sistema radicular. Deverá apresentar-se em boas condições sanitárias,

vigoroso, livre de defeitos, deformações, queimaduras, doenças, ovos de insetos, pragas ou

outras formas de infeção.

Os exemplares deverão apresentar-se suficientemente enraizados e formar tufos

suficientemente fortes. Todo o material vegetal será proveniente de viveiros qualificados, à

exceção de exemplares de transplante designados em projeto.

O conjunto do material vegetal fornecido possuirá um justo equilíbrio entre uma variação de

mais ou menos 10% das dimensões indicadas.

Não serão aceites exemplares de dimensões inferiores, ou de características diferentes das

definidas.

12.2.3.2 Definição das Condições de Produção

As Plantas poderão ser obtidas por transplante local ou produzidas em viveiros, de quatro

formas:

Plantas de Raiz Nua – São plantas cujo sistema radicular tenha sido desenvolvido no solo, e

cujo transplante não necessita de solo agregado.

Plantas de Raiz em Torrão – São as plantas cujo sistema radicular cresceu no solo, e cujo

transplante requer que um torrão de solo seja mantido firmemente em torno das raízes, com

um material poroso adequado.

Plantas Produzidas em Contentor – São as plantas que foram cultivadas desde o início em

qualquer tipo de contentor ou durante o tempo suficiente para o crescimento radicular

encher substancialmente o contentor, sem contudo serem limitadas por este. O tamanho de

contentor deverá ser proporcional ao tamanho da planta, sendo o desenvolvimento da

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planta acompanhado de mudanças sucessivas de tamanho de contentor, devendo o número

de mudanças ser assinalado.

Plantas Ensacadas ou Envasadas – São as plantas que não vegetaram em contentor, o

tempo suficiente para apresentarem novo crescimento radicular visível.

12.2.4 APROVISIONAMENTO, TRANSPORTE E ENTRAGA EM OBRA

As herbáceas, sub-arbustos e arbustos a fornecer deverão estar ensacadas ou envasadas

devendo apenas ser manipuladas pelo saco ou pelo vaso e nunca pela parte aérea.

As plantas a fornecer com torrão radicular deverão ser retiradas do solo antes do início do

período de atividade vegetativa, Os torrões serão firmes e intactos, sendo de rejeitar as

plantas que tenham perdido grandes quantidades de material radicular em proporção com a

parte aérea. Os exemplares do torrão protegido ou em contentor, deverão apenas ser

manipulados pelo torrão ou pelo contentor e nunca pela parte aérea.

Durante o transporte, o material vegetal deverá estar protegido contra temperaturas

extremas, insolação em excesso, vento e outras condições atmosféricas adversas. Se o

transporte se efetuar em veículo fechado, o material vegetal deverá ter condições de

ventilação adequadas, para evitar transpirações excessivas. Todo o transporte de material

vegetal deverá ser acompanhado por guia de transporte, podendo ser verificado pela

Fiscalização. O transporte de material vegetal nacional ou internacional deverá ser feito de

acordo com os preceitos legais, confirmados através de documentos respetivos.

Após a descarga no local da obra, o material vegetal deverá ser inspecionado pela

Fiscalização, para verificação da conformidade com estas especificações. Para além de

outros parâmetros qualitativos, a Fiscalização poderá verificar o estado de desenvolvimento

radicular de plantas com torrão protegido, ou em contentor. Plantas de diferentes

fornecedores serão consideradas como lotes diferentes, para efeitos de inspeção por lotes.

Se após a inspeção a Fiscalização considerar que o desenvolvimento radicular foi

restringido ou deformado no contentor ou proteção de torrão, todas as plantas dessa

espécie e do mesmo lote de fornecimento, deverão ser rejeitadas e removidas do local de

obra. O representante do empreiteiro deverá estar presente em todas as inspeções ao

material vegetal.

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12.2.5 TERRA VIVA

A terra a fornecer será de textura franca e será proveniente da camada superficial de

terrenos de mata ou da camada arável dos terrenos agrícolas com elevada capacidade

agrícola, ou da terra viva armazenada resultante das obras de construção civil a executar na

zona do projeto.

A camada a colocar sobre o terreno deverá possuir uma espessura média mínima de 0.15

m, salvo quando indicação em contrário nas peças desenhadas ou Caderno de Medições.

A terra será isenta de pedras e materiais estranhos com dimensão superior a 50mm

provenientes de incorporação de lixos. A quantidade admissível de pedra miúda (diâmetro

50mm) não deverá exceder 10% do volume da terra. Deve apresentar uma composição

uniforme, sem qualquer incorporação do subsolo.

Deve ainda apresentar as seguintes características:

• pH: deve situar-se entre 5,0 e 7,0;

• condutividade elétrica: deve ser inferior a 1500 microhms por cm num extrato de solo:

água de 1:2;

• azoto (N): não deve ser inferior a 0,2%;

• fósforo disponível (P): não deve ser inferior a 70 p.p.m. quando extraído com 4,2% de

NaHCO3 ao pH 8,5;

• potássio disponível (K): não inferior a 300 p.p.m. quando extraído com 8% de nitrato de

amónia;

• Textura franca – 10 a 30% de argila; 25 a 50% de areia; 30 a 50% de limo

• Fertilidade média – 3 a 5% de matéria orgânica

A terra poderá ser proveniente da decapagem de terreno, devendo respeitar as

características referidas. O empreiteiro apresentará análises comprovativas, relativamente a

cada lote de terra vegetal da mesma proveniência, sendo da sua responsabilidade a

realização de contra análises a pedido da Fiscalização. Toda a terra vegetal que não

cumpra o especificado será rejeitada.

12.2.6 COMPOSTO DE PLANTAÇÃO

O composto será obtido por mistura proporcional de diferentes materiais orgânicos e

inorgânicos de acordo com a definição de cada composto, nomeadamente: solos

provenientes da decapagem de terrenos de origem diversa, devidamente calibrados e

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separados por classes, matéria orgânica proveniente da decomposição de material vegetal,

ou de mistura com matéria de origem animal, devidamente curtido e crivado, turfas, matéria

inorgânica de correção química.

Os diversos tipos de composto serão obtidos a partir da compostagem de terra vegetal de

origem definida, com os materiais acima designados, em proporções tais que satisfaçam as

suas definições. De forma geral, o composto de plantação será homogéneo, friável, obtido a

partir de solo arável bem drenado, que tenha suportado o crescimento de culturas ou

vegetação espontânea. Será igualmente livre de subsolo, desperdícios, raízes, argilas

pesadas, sementes de infestantes, quaisquer materiais fitotóxicos, materiais lenhosos, lixo e

apresentar menos de 5% de pedras com diâmetro superior a 10mm. Os compostos de

plantação, terão um teor mínimo de matéria orgânica, entre 3 a 5%.

12.2.7 CASCA DE PINHEIRO

A casca de pinheiro a utilizar deverá responder às condições mínimas de qualidade e

higiene.

Deverá apresentar uma granulometria de 5mm. Deverá apresentar resistência ao

deslavamento e erosão, bem como deverá possuir uma boa absorção e retenção de água

sem encharcamento.

12.2.8 FERTILIZANTES E CORRECTIVOS

Adubo composto NPK doseando no mínimo 12-12-17, além de 2% de Mg e 6% de Ca, e

outros micronutrientes

Adubo nitro-amoniacal a 20,5%, para adubações de manutenção.

Corretivo orgânico, doseando cerca de 50 % de matéria orgânica bem estabilizada.

Estrume bem curtido, proveniente de camas de gado cavalar.

12.2.9 TUTORES

Os tutores para as árvores serão formados por varolas de pinho ou de eucalipto, tratadas

por imersão em solução de sulfato de cobre a 5% durante pelo menos 2 horas, e terão a

dimensão necessária para acompanhar e proteger a árvore ou arbusto que estiverem a

tutorar.

Para as árvores com altura de plantação de 3 m, serão aplicados tutores com pelo menos 4

m de altura e se necessário em tripeça.

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Em situações especiais serão admitidos tutores de cana, para árvores pequenas e arbustos,

desde que devidamente secas, sem perigo de enraizamento

12.2.9.1 Materiais a Aplicar

Estacas – Serão em madeira sã, limpa e tratada em autoclave, e com diâmetro superior ao

do tronco e altura mínima de 2/3 do exemplar a plantar. Apresentam uma extremidade

aguçada para cravagem no solo. No caso de se tratar de escoras para apoio de pernadas,

estas deverão ser em barras de ferro de secção circular, quadrada, sextavada ou octavada,

tratadas por zincagem a quente e soldadas a uma braçadeira metálica côncava para apoio

da pernada. A ligação será protegida através de uma peça em poliuretano ou em borracha.

O apoio no solo será sobre fundação em betão.

Ligações para Tutores – Serão em cabo de fibra natural sendo o contacto sempre

protegido por peça de borracha de dimensão adequada. No caso de ligações por tensão,

estas serão feitas através de cabos em fibra natural ou preferencialmente em toras de

borracha, torcidas e envolvendo o tronco e os tutores.

Cabos Tensores – As ligações aos troncos ou caules serão protegidos por tubos de

borracha e o travamento do laço será através de braçadeira metálica zincada. As ligações

ao solo serão através de estaca de madeira cravada em contravento ou enterradas na

horizontal, fundação em maciço de betão com anilha saliente (sobre coberturas), ancora

em metal zincado.

Elementos de Ancoragem – Serão em estacas de madeira tratada cravadas em

contravento ou enterradas na horizontal, ou em peças de ancorarem retráctil em metal

zincado especialmente adequadas ao efeito.

Em situações especiais serão admitidos tutores de cana, para árvores pequenas e arbustos,

desde que devidamente secas, sem perigo de enraizamento.

12.2.9.2 Atilhos

Serão de materiais plásticos, com resistência e elasticidade suficientes para a função

pretendida, sem danificar as plantas.

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12.3 - MODO DE EXECUÇÃO DOS TRABALHOS

12.3.1 PROTECÇÃO DA VEGETAÇÃO EXISTENTE

Toda a vegetação arbustiva e arbórea existente na área de intervenção e indicada no

projeto como a preservar, será protegida, de modo a não ser afetada com a localização de

estaleiros, depósitos de materiais, instalações de pessoal e outros, ou com o movimento de

máquinas e viaturas.

Deverão ser tomadas as disposições adequadas para o efeito, nomeadamente instalando

vedações, resguardos onde for necessário.

12.3.2 PROTECÇÃO À ÁREA ENVOLVENTE

Toda a área envolvente à área de intervenção deverá ser preservada de qualquer alteração

na topografia ou no revestimento do solo existente e livre de quaisquer lixos, detritos e

terras provenientes da obra, ficando o empreiteiro responsável pela reposição da situação

original em caso de alteração.

12.3.3 TRABALHOS PREPARATÓRIOS – PIQUETAGEM

Antes de se iniciar qualquer trabalho, o empreiteiro procederá a custas suas, à implantação

e demarcação definitiva das obras a executar.

Esta implantação deverá ser executada com maior rigor e de acordo com as normas

existentes. Para além da marcação através de estacas cotadas, das cotas de projeto para

modelação de terreno e do traçado das diversas componentes da empreitada, proceder-se-

á à delimitação e sinalização das áreas e elementos a salvaguardar - vegetação, inertes,

solos - bem como à demarcação das áreas acessórias necessárias ao desenvolvimento da

obra - estaleiro, depósitos, vazadouros, caminhos.

As implantações serão verificadas pela Fiscalização que as aprovará no caso de se

encontrarem conforme o projeto e o plano de obra.

12.3.4 TRABALHOS PREPARATÓRIOS - ESTALEIRO, DEPÓSITOS, VAZADOUROS, CIRCULAÇÕES

Deverá o empreiteiro, após o esclarecimento de dúvidas relativas a materiais e métodos

construtivos, proceder à apresentação prévia de um plano de trabalhos para a execução da

obra que contemplará de forma pormenorizada, um projeto de estaleiro e instalações

provisórias em conformidade com o tipo de empreitada e as normas em vigor, bem como

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um plano detalhado e devidamente justificado para a localização de áreas a afetar a

depósitos e vazadouros temporários.

Do mesmo modo, deverá o empreiteiro apresentar um plano de circulações de máquinas e

pessoas, bem como da metodologia e faseamento da obra, a ser analisado pela

Fiscalização. Este plano deverá prever eventuais medidas, ou ações temporárias, a

implementar no local, de modo a minimizar os impactos negativos que esta obra possa

provocar junto da população em geral e comércio em particular.

Estes planos serão sujeitos à apreciação de Fiscalização que os aprovará caso apresentem

conformidade com os objetivos definidos em projeto e nestas Condições Técnicas.

12.3.5 DESMATAÇÃO

Esta operação consiste na remoção da vegetação rasteira herbácea e arbustiva de carácter

infestante ou que se encontre seca e incidirá apenas nas áreas a indicar pela Fiscalização.

As técnicas a utilizar (desmatação manual, mecânica ou por queima) deverão ser

determinadas pela Fiscalização de acordo com a época do ano e as espécies existentes,

por forma a evitar a distribuição de sementes e posterior germinação das espécies que se

pretende remover.

Deverá ser tido o cuidado de preservar exemplares com interesse que existam nos matos a

eliminar, e que sejam indicados pela Fiscalização.

12.3.6 ABATE E REMOÇÃO DE ÁRVORES

Deverão ser removidas do terreno apenas as árvores assinaladas no respetivo plano ou

aquelas expressamente indicadas pela Fiscalização no decorrer da obra.

As árvores a conservar deverão ser assinaladas imediatamente antes do início de quaisquer

trabalhos, deverão montar-se estruturas de proteção aos troncos e demarcar-se a área vital

de proteção da raiz.

Sempre que os exemplares a abater sejam de porte, espécie e se encontrem em situações

que permitam ou justifiquem o seu transplante para local dentro da obra, este deverá ser

considerado e evitado o abate. Neste caso, a árvore deverá ser removida com torrão (ou de

raiz nua se se tratar de espécies de folha caduca e se encontre em período de dormência

vegetativa) e transplantada no mesmo dia para o local definitivo ou, caso tal não seja

possível, para local provisório a indicar pela Fiscalização. Os cuidados a observar na

plantação são os descritos no capítulo “Plantações” destas Condições Técnicas.

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Nos restantes casos, o abate deverá ser efetuado com as precauções necessárias de forma

a não causar danos em pessoas e bens que circulem ou existam nas imediações, bem

como árvores vizinhas a preservar.

Os exemplares de menor dimensão poderão ser abatidos por meio de arranque mecânico,

enquanto nos de maior dimensão se deverá proceder a uma desramação, destronca e corte

por troços por meio de motosserra, em situações com mais condicionantes deve mesmo ser

contemplada a desmontagem da árvore, sendo descidas as várias partes da árvore com o

auxílio de cordas.

Deverá ser tido o maior cuidado na remoção e arranque de raízes, evitando-se a

permanência de cepos e posterior rebentamento dos exemplares abatidos.

Os materiais resultantes do abate deverão ser de imediato devidamente arrumados, de

forma a evitar potenciais incêndios, procedendo-se de seguida à queima controlada ou

remoção a vazadouro dos materiais sem valor comercial, sendo os restantes removidos

para local fora da obra.

12.3.7 MOVIMENTO DE TERRAS

12.3.7.1 Desmatagem

Todo o entulho ou outras substâncias impróprias existentes na zona a escavar, vegetação,

ervas, arbustos, raízes ou matéria morta, serão removidas antes do início da execução do

terrapleno e transportadas para local a designar pela Fiscalização.

12.3.7.2 Escavações

As escavações a efetuar serão levadas a cabo após a implantação no terreno das cotas do

projeto.

Os materiais escavados serão selecionados de forma a poderem ser utilizados nos aterros.

A Fiscalização, sempre que o entender, poderá, para comprovação desses materiais a

utilizar nos aterros, exigir os ensaios prescritos na NP 143.

O material selecionado será transportado diretamente, sempre que for praticável, do local

de escavações para o local da sua utilização. Caso se imponha o depósito do material

escavado para posterior utilização, decorrerão esses trabalhos desde a escavação até à

sua aplicação, à responsabilidade do empreiteiro, o que deve ter sido por este previsto,

aquando da elaboração da proposta e do respetivo plano de trabalhos.

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Quando se encontrarem afloramentos de rocha, de argila ou de outros materiais impróprios

para servir de base a um aterro, até à profundidade que a Fiscalização determinar, deverão

ser transportados para um vazadouro.

As escavações resultantes destas remoções serão cheias com material apropriado

proveniente das zonas de escavação ou de locais de empréstimo e serão devidamente

compactadas.

12.3.7.3 Aterros

As áreas sobre as quais se tenham de construir aterros, serão previamente desmatadas e

desenraizadas, escavadas quando necessário e compactadas.

Os materiais utilizados nos aterros estarão isentos de matéria orgânica, vegetação ou

outros materiais impróprios. As terras, pedras ou outros materiais cujo emprego seja

permitido nos aterros, serão espalhadas em camadas sucessivas de cerca de 20 cm de

espessura. A dimensão máxima da pedra a admitir, não deverá exceder, em caso algum,

metade da espessura da camada.

A incorporação de pedras nas camadas de aterro será efetuada por forma a que os seus

vazios sejam preenchidos por elementos mais finos, de maneira a constituir-se uma massa

homogénea, densa e compacta. Se as terras não possuírem a humidade necessária,

quando espalhadas em camadas, serão regadas antes da compactação.

Quando se construírem os aterros em terrenos inclinados, com declives superiores a 1/3,

serão nestes escavados degraus horizontais, para adequada estabilização da terra viva.

A colocação do material de aterro será iniciada nos pontos mais baixos, por camadas

horizontais ou ligeiramente inclinadas para for a, ficando o material de pior qualidade na

parte inferior, melhorando sucessivamente até que na parte superior se empregue aquele

de melhores características.

Os materiais que constituem os aterros deverão ser isentos de matéria orgânica, vegetação

ou outros materiais impróprios.

Os aterros deverão ser executados por camadas de espessura não superior a 30 cm,

regadas e bem compactadas, reservando-se a Fiscalização o direito de aprovar o tipo de

equipamento de compactação. A espessura das camadas será inferior a 20 cm se os meios

de compactação não forem mecânicos.

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A incorporação de pedras nas camadas de aterro deverá fazer-se para que os seus vazios

sejam preenchidos por elementos mais finos de maneira a constituir-se uma massa

homogénea, densa e compacta.

O grau de compactação dos materiais de aterro deve ser o referido no caderno de encargos

ou, no mínimo, de 90% nas camadas inferiores e de 95% nas camadas superiores numa

espessura de 50 cm (AASHO modificado), ou de 80% de densidade relativa no caso das

areias, por forma a evitarem-se posteriores assentamentos dando origem a danos em

pavimentos, canalizações e outros trabalhos.

O grau e o modo da compactação dos aterros dependem do fim a que se destina o

terrapleno, obrigando-se o empreiteiro a seguir as instruções da Fiscalização,

independentemente do que vier especificado no projeto ou no presente caderno de

encargos.

Se as terras não possuírem a humidade necessária, quando espalhadas em camadas,

serão regadas antes da compactação.

Quando necessário e a Fiscalização assim o entender, as terras deverão ser gradadas a fim

de uniformizar o teor de humidade.

Se as terras estiverem com humidade excessiva, que prejudique a sua compactação,

deverá atrasar-se este trabalho, até que as terras se encontrem com o teor ótimo de

humidade.

As cotas provisórias a dar aos aterros são tais que após os assentamentos se atinjam as

cotas fixadas com tolerâncias aceitáveis.

12.3.7.4 Acabamento dos Terraplenos:

Todas as áreas terraplenadas, aterros e respetivos taludes e valas de proteção, serão

regularizadas de acordo com o projetado.

As zonas destinadas a serem revestidas com vegetação (ou seja, todas as áreas livres não

pavimentadas nem ocupadas com edifícios, estruturas ou lagos) receberão uma camada

uniforme de terra viva, oportunamente armazenada, com 0.20 m de espessura (cumprindo

naturalmente o que está disposto no plano de modelação do terreno, no que respeita às

cotas da superfície final do terreno).

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12.3.7.5 Transporte de Terras:

As terras de escavação não utilizadas nos aterros ou os volumes de terras impróprias, de

entulho e de lixo, serão removidas para vazadouro.

12.3.8 DESTRUIÇÃO DA VEGETAÇÃO POR APLICAÇÃO DE HERBICIDA TOTAL

Este artigo prevê todos os trabalhos e fornecimentos necessários à sua boa execução e

aplicação, destacando-se os seguintes:

- O fornecimento do herbicida total

- O espalhamento do herbicida

O trabalho refere-se à rega das superfícies exteriores a pavimentar e destina-se a evitar o

aparecimento de ervas. O produto herbicida a aplicar, será do tipo adequado e sujeito à

aprovação da Fiscalização.

O processo de aplicação e a dosagem a empregar serão os recomendados pelo agente

fornecedor. A embalagem deverá chegar à obra com selo de origem.

O trabalho consiste numa rega dada sobre a caixa do pavimento depois de cilindrada. A

execução do revestimento final deverá realizar-se 24 horas depois da rega. Se após esta,

passarem mais de 48 horas sem que seja executado o revestimento final, deverá o

Empreiteiro realizar segunda rega, sem que por esse facto possa reclamar qualquer

indemnização ou aumento de preço deste trabalho.

12.3.9 MOBILIZAÇÕES

Deve o empreiteiro remover toda a terra sobrante ou colocar a terra própria necessária, de

modo a serem respeitadas as cotas de modelação expressas no projeto ou indicadas no

decorrer dos trabalhos.

Nos locais assinalados no Plano de Modelação como de mobilização mínima, os trabalhos

de mobilização deverão visar conseguir uma boa cama para a semente, podendo-se utilizar

para o efeito uma gradagem ou operação equivalente, de acordo com o tipo de máquinas de

que disponha o empreiteiro.

Nos locais assinalados no desenhos de modelação como locais a proceder a uma simples

regularização, pretende-se conseguir uma superfície regular mais rugosa, que constitua boa

cama para a semente, e que será conseguida por ancinhagem ou outra técnica equivalente

indicada pelo empreiteiro.

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Nos locais com intervenção pontual nas zonas de sulco ou ravinas, com eventual

espalhamento de terra viva e regularização por ancinhagem, tais trabalhos deverão ser

executados em todas as ravinas que se observem no talude devendo ainda ser retirados, a

montante e em toda a zona ravinada, as pedras, lixos ou entulhos que possam contribuir

para deslizamentos posteriores da terra recém colocada.

Nos locais em que tais ravinamentos sejam provocados pela escorrência de águas

provenientes de superfícies ainda não levadas às cotas definitivas do Projeto, deverá ser

construída uma valeta de crista, a título provisório, que não deverá nunca ter inclinações

superiores a 1%, e que conduzirá as águas provenientes dessas plataformas para locais de

escoamento convenientemente escolhidos de acordo com a estrutura drenante do local,

enquanto não for conseguido o desempenamento definitivo dessas plataformas.

12.3.10 PREPARAÇÃO DO TERRENO

12.3.10.1 Pequena modelação:

Antes de se iniciarem os trabalhos de preparação propriamente dita do terreno, deverá este

ser colocado às cotas definitivas do projeto ou, na falta destas, fazer a concordância da

superfície do terreno com as obras de cota fixa do projeto, tais como lancis, pavimentos,

lajes, caixas de visita, soleiras de portas, muros, muretes, etc..

Todas as superfícies planas devem ser modeladas de modo a ficarem com uma inclinação

mínima de 1.5% para permitir o escorrimento superficial das águas da chuva ou da rega em

excesso.

Deve o empreiteiro remover toda a terra sobrante ou colocar a terra própria necessária, de

modo e serem respeitadas as cotas de modelação expressas no Projeto ou indicadas no

decorrer dos trabalhos.

12.3.10.2 Mobilizações:

Após a modelação do terreno toda a superfície, - com exceção de áreas sensíveis para a

raiz de árvores a conservar - o terreno será mobilizado até 0.40 m de profundidade por meio

de surriba, lavoura ou cava, de acordo com as máquinas disponíveis e as áreas a mobilizar.

Sempre que possível deverá recorrer-se ao trabalho mecânico, reservando-se apenas para

a cava manual as superfícies inacessíveis às máquinas.

Em seguida terá lugar uma escarificação, gradagem ou recava, até 0.15 m de profundidade,

para destorroamento e melhor preparação do terreno para as operações seguintes.

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12.3.10.3 Despedrega ou retirada de restos de obra (entulhos de

construção civil)

Sempre que esta operação se torne necessária, ela atingirá os 0.15 m superficiais e

consistirá numa recava manual com escolha e retirada de todas as pedras e materiais

estranhos ao trabalho, com dimensões superiores a 0.05m.

12.3.10.4 Espalhamento de terra viva:

Nas zonas não regadas construídas em aterro ou escavação e na totalidade das zonas

regadas, prevê-se a necessidade de criar uma camada superior de terra viva com 0.20 m de

espessura, pelo que a superfície do terreno deverá ficar, após os trabalhos de

movimentação de terras, 0.20 m abaixo das cotas definitivas do projeto. Nestas zonas,

antes do espalhamento da terra viva, toda a superfície será mobilizada conforme o indicado

no item “MOBILIZAÇÃO”. A terra viva será espalhada manual ou mecanicamente em

camada uniforme, cuja espessura será cerca de 20% superior à espessura final da camada

(0.20 m) para efeito de compactação.

12.3.10.5 Regularização prévia

Esta operação consiste na regularização do terreno às cotas definitivas antes do

espalhamento de fertilizantes e corretivos, para evitar grandes deslocações de terra depois

da aplicação destes. Pode ser feita manual ou mecanicamente, mas sempre com o cuidado

necessário para atingir o objetivo pretendido.

12.3.10.6 Abertura de covas

A abertura de covas põe-se apenas para o caso das árvores, visto as operações de

preparação do terreno preconizadas serem suficientes para permitirem um normal

desenvolvimento do sistema radicular da maioria dos arbustos. Deste modo, depois da

marcação correta dos locais de plantação das árvores, de acordo com o respetivo plano,

que será materializado por mestras que deverão ser conservadas até ao fim da obra, a

Fiscalização procederá à verificação desses trabalhos, ficando, no entanto, bem expresso

que, em caso algum, o empreiteiro se poderá eximir à reconstrução de trabalhos mal

executados, por ausência desta verificação.

Para a plantação de uma árvore em zona verde, abrir-se-á uma cova com 1 m de

profundidade, e 1 m de lado ou 1,2m de diâmetro. O fundo e os lados das covas deverão

ser picados até 0,10 m para permitir uma melhor aderência da terra de enchimento.

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12.3.10.7 Armazenamento do composto de plantação

Os compostos deverão ser armazenados em separado pela sua característica de

composição e devidamente identificados.

Serão depositados em pargas sobre superfícies limpas e regularizadas, não sujeitas a

encharcamento e erosão e, não deverão exceder uma altura de aproximadamente 2 m.

Os compostos não serão compactados e será evitada a circulação de viaturas sobre as

pargas.

Para armazenamento durante períodos mais longos, a superfície deverá ser semeada com

gramíneas de crescimento rápido (10 g/m2).

Os compostos que tenham sido compactados durante o processo de armazenamento,

deverão ser descompactados antes de serem transportados para utilização. Se for

necessário construir pargas com altura superior a 2 m, o solo, ao ser utilizado, deverá ser

melhorado com introdução de húmus e fertilizante mineral, para reativar a estrutura do

mesmo.

12.3.10.8 Aplicação do composto de plantação

As covas para plantação de árvores serão cheias em geral com um volume de 1X1X1 m

(incluindo o torrão), salvo as exceções definidas em projeto.

As covas para plantação de arbustos serão cheias em geral, com um volume equivalente ao

dobro do volume do torrão do arbusto ou do sub-arbusto.

A camada de composto a espalhar nas áreas de plantação de herbáceas, bolbos e rizomas,

será em geral de 0,3 m de espessura, salvo exceções.

A camada de composto a espalhar em áreas de instalação de prado será de 0,1 m em toda

a superfície.

O composto será misturado com a camada de solo em contacto, procedendo-se se

necessário à escarificação, gradagem ou outra lavoura de superfícies.

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12.3.10.9 Fertilização

Árvores A fertilização das covas das árvores far-se-á à razão de. 0,1 m3 de estrume cavalar bem

curtido ou 2 kg de composto orgânico Campo Verde por cada cova, acrescido de 2 Kg de

adubo composto, em qualquer das alternativas.

Os fertilizantes deverão ser espalhados sobre a terra das covas e depois serão bem

misturados com esta, quando do enchimento das mesmas. O enchimento das covas deverá

ter lugar com a terra não encharcada ou muito húmida e far-se-á calcamento, a pé, à

medida que se proceder ao seu enchimento.

Geral A fertilização geral do terreno será feita à razão de 0.02 m3 de estrume ou 10 kg de terra

vegetal adubada por m2, acrescido de 0.1 kg de adubo composto em qualquer das

modalidades anteriores. Os fertilizantes serão espalhados uniformemente à superfície do

terreno e incorporados neste por meio de fresagem ou cava.

12.3.10.10 Drenagem

Todos os espaços verdes, incluindo caldeiras, floreiras ou qualquer outra plantação,

implantados em zonas de solo pouco permeável, serão devidamente drenados, tendo para

o efeito o tratamento e descaimento necessários.

12.3.11 PLANTAÇÕES

O trabalho de plantação iniciar-se-á apenas após finalização dos trabalhos de preparação

de infraestruturas na sua totalidade ou na parte relativa, e após reunião preparatória com a

Fiscalização, para aprovação do plano de trabalho.

Em todas as plantações o empreiteiro deverá respeitar escrupulosamente os respetivos

planos, não sendo permitidas quaisquer substituições de espécies sem prévia autorização

escrita da Fiscalização.

Os trabalhos de plantação não deverão iniciar-se antes de estarem terminados todos os

trabalhos de infraestruturas, modelação do terreno ou pavimentação, na sua totalidade ou

em parte, a eles diretamente relacionados. Os trabalhos deverão decorrer em condições

atmosféricas favoráveis, sem excesso de calor ou frio.

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Quando o terreno se apresentar seco e sobretudo em tempo quente, deverá fazer-se uma

rega antes da plantação e esperar o tempo suficiente para que o terreno esteja com boa

sazão.

Deverá ser feita uma cava geral do terreno com a profundidade média de 0,20 cm, sempre

que o terreno esteja compacto.

O material vegetal envasado, será plantado no mesmo dia em que tenha sido retirado do

contentor.

A fertilização deverá ser na razão de 2 m3 de estrume por cada 100 m2 de terreno a

plantar, salvo indicações em contrário.

Deverá ser assegurada uma drenagem eficiente das superfícies a plantar.

O material vegetal recém plantado será regado a partir do sistema de rega previamente

implantado, ou a partir de sistema provisório de acordo com as circunstâncias práticas da

obra.

Será feita a piquetagem dos planos de plantação, apenas se podendo iniciar os trabalhos de

cava geral, após aprovação da piquetagem pela Fiscalização.

Caso seja necessário a utilização de cabos ou cintas para fixação do exemplar durante o

transporte e plantação, o tronco deverá ser protegido nos pontos de contacto por tiras de

lona, borracha ou outro material adequado. Os cabos ou cintas deverão ser utilizados

sempre que se verifique ser necessário manter a estabilidade do exemplar.

12.3.11.1 Árvores

As covas de plantação terão as dimensões mínimas de 1X1X1 m (em caldeiras de

dimensão mínima será 1,20 x 1,20 x 2 m ). Serão cheias com uma camada de brita 5/15 mm

de 0,3; com uma camada de terra fertilizada ou composto de plantação de altura

aproximada de 1,5m e por uma camada de “mulch” de 0,1m à superfície.

Serão instalados por caldeira um sistema de drenagem em tubo geodreno Ø80mm,

envolvido em geotêxtil. A extremidade superior deverá ser fechada com um terminal

metálico do mesmo modelo.

Depois das covas cheias e devidamente compactadas, abrem-se pequenas covas de

plantação, à medida do torrão ou do sistema radicular no caso da plantação em raiz nua,

em posição central relativamente à caldeira.

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Os tutores serão aplicados e cravados no terreno natural, bem fixos e a prumo, numa

posição quase central na caldeira, aquando do enchimento da cova com a terra fertilizada.

Seguir-se-á a plantação propriamente dita, havendo o cuidado de deixar a parte superior do

torrão, no caso de plantas envasadas, ou o colo das plantas, quando estas são de raiz nua,

à superfície do terreno, para evitar problemas de asfixia radicular.

A árvore será colocada no centro da cova previamente cheia com a quantidade de

composto tal que permita o posicionamento em altura correta, na posição vertical, suspensa

pelo torrão e nunca pela parte aérea, a não ser que possua raiz nua, devendo ser suspensa

pelo tronco ou pernadas principais. As covas que possuem sistema de drenagem, camadas

drenantes ou outras infraestruturas, deverão ter realizados todos os trabalhos antes de se

iniciar a plantação. As paredes da cova serão verticais e o fundo plano ou ligeiramente

inclinado. Caso se verifique vitrificação das paredes laterais das covas, devido ao processo

de escavação ou ao tipo de solo, as paredes e o fundo deverão ser ligeiramente

escarificados para romper a camada superficial.

Caso esteja especificado sistema de ancoragem ou de tutoragem, ou se verifique ser

necessário, deverão ser cravados ou fixados os elementos de ancoragem ou cravados os

tutores, antes de se completar o enchimento da cova.

Será utilizado o composto de plantação especificado para o enchimento da cova. O

enchimento será feito cuidadosamente de forma a comprimir, mas nunca a compactar, o

torrão ou a massa radicular e a evitar a formação de bolsas de ar. Se existirem drenos

verticais, estes deverão ser colocados à medida que se procede ao enchimento.

As plantas serão colocadas a uma profundidade tal que após o enchimento e rega da cova

o colo, se situa à cota prevista no projeto em relação às superfícies próximas. Caso se

verifique uma diferença altimétrica superior a 5 cm em caldeira ou 10 cm em canteiro ou

talhão, a planta deverá ser reposicionada.

Imediatamente após o enchimento da cova proceder-se-á a uma rega por alagamento de

forma a saturar o solo em toda a área da cova, sendo acrescentado composto na

quantidade necessária para repor a altura final. Será instalado e ligado o sistema de rega

por anel de brotadores, nos casos em que existe, e espalhada a camada de terriço ou

“mulch”.

Depois da primeira rega, e sempre que desenvolvimento da planta o justifique, deverão ser

aplicados tutores, em tripeça, tendo o cuidado de proteger o sítio da ligadura com papel,

serapilheira ou qualquer outro material apropriado, para evitar ferimentos.

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Depois da primeira rega, deverá ligar-se a planta ao tutor, tendo o cuidado de proteger o

sítio da ligadura com papel, serapilheira ou qualquer outro material apropriado para evitar

ferimentos.

12.3.11.2 Arbustos

Depois da plantação das árvores deverá fazer-se a marcação e abertura das covas de

plantação para os arbustos, havendo o cuidado de proteger as posições relativas dos vários

agrupamentos, não só entre si como em relação às árvores ou a elementos construídos.

As covas de plantação deverão ser proporcionais à dimensão do torrão ou do sistema

radicular da planta, seguindo-se todos os cuidados indicados para a plantação das árvores,

no que respeita à profundidade de plantação das árvores, primeira rega e tutoragem.

Os arbustos em contentor, serão retirados do contentor sem que o torrão se desfaça. As

plantas cujo torrão se desfaça ou apresente perdas de material radicular, durante o

processo de plantação, serão rejeitadas. As proteções ao torrão tais como gesso ou redes

de arame ou fibra, apenas deverão ser abertas após posicionamento no fundo da cova e

acompanhando o enchimento lateral da cova.

O arbusto será colocado no centro da cova previamente cheia com a quantidade de

composto tal que permita o posicionamento em altura correta, na posição vertical, suspensa

pelo torrão ou pela parte aérea. As paredes da cova serão verticais e o fundo plano ou

ligeiramente inclinado. Caso se verifique vitrificação das paredes laterais das covas, devido

ao processo de escavação ou ao tipo de solo, as paredes e o fundo deverão ser

ligeiramente escarificados para romper a camada superficial.

Caso esteja especificado sistema de ancoragem ou de tutoragem, ou se verifique ser

necessário, deverão ser cravados ou fixados os elementos de ancoragem ou cravados os

tutores, antes de se completar o enchimento da cova.

Será utilizado o composto de plantação especificado para o enchimento da cova. O

enchimento será feito cuidadosamente de forma a comprimir, mas nunca a compactar, o

torrão ou a massa radicular e a evitar a formação de bolsas de ar. Se existirem drenos

verticais, estes deverão ser colocados à medida que se procede ao enchimento.

As plantas serão colocadas a uma profundidade tal que após o enchimento e rega da cova

o colo, se situa à cota prevista no projeto em relação às superfícies próximas. Caso se

verifique uma diferença altimétrica superior a 10 cm em canteiro ou talhão, a planta deverá

ser reposicionada.

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Imediatamente após o enchimento da cova proceder-se-á a uma rega por alagamento de

forma a saturar o solo em toda a área da cova, sendo acrescentado composto na

quantidade necessária para repor a altura final. Será espalhado a camada de terriço ou

“mulch”.

12.3.11.3 Herbáceas Vivazes

Depois da plantação das árvores e arbustos deverá seguir-se a regularização definitiva do

terreno, feita a ancinho, para retirar os torrões e pequenas pedras que porventura ainda

existam. No caso do terreno se apresentar muito compacto, deverá ter lugar uma

mobilização superficial antes da ancinhagem.

Depois da correta marcação das manchas de plantação das várias espécies, em que haverá

o cuidado de manter as posições relativas destas com as árvores e arbustos, terá lugar a

plantação propriamente dita, ficando as plantas dispostas em triângulos equiláteros, com

0.15 m a 0.30 m de lado, conforme as espécies a empregar, as indicações do projeto e o

parecer da Fiscalização, de forma a garantir uma correta cobertura do solo.

No que respeita à profundidade da plantação, fator importante no êxito da operação,

deverão ser tomados os cuidados e exigências de cada espécie.

Terminada a plantação seguir-se-á a primeira rega, com a água bem pulverizada e bem

distribuída.

12.3.11.4 Plantações de Material Transplantado

O material a transplantar deverá ser preparado previamente, no final do Inverno anterior,

devendo ser escavada um vala circular em torno da massa radicular e preenchida com uma

fina camada de terra vegetal, para promover o enraizamento, contida por uma camada de

gesso ou rede. No caso de o transplante se efetuar por meios mecânicos apenas se

recomenda que se proceda a uma rega abundante para facilitar a penetração das lâminas

assim como cuidados especiais na proteção do tronco. No caso de se tratar de solos

incoerentes, chama-se a atenção para a necessidade de especiais cuidados na contenção

do torrão.

Proceder-se-á de forma idêntica no que diz respeito ao posicionamento e enchimento da

cova, rega e trabalhos de acabamento. O empreiteiro será responsável pelo material vegetal

durante as operações de transplante e período de garantia, no que se refere a danos e

morte, devendo nesse caso os exemplares serem substituídos por exemplares de igual

tamanho.

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12.3.11.5 Podas e Fixação

Todas as plantas em que se verifique a necessidade de equilibrar a parte aérea,

desdensificar a copa, eliminar ramos quebrados durante a plantação que não justifiquem a

substituição do exemplar, serão podadas por um técnico devidamente habilitado. A poda

será feita por atarraques nas extremidades. De qualquer maneira, não se deverá alterar a

forma natural da planta, devendo a poda ser feita com a aprovação da Fiscalização. Caso

existam indicações quanto à poda de arbustos em sebe talhada, dever-se- á seguir

especificações próprias, devendo-se no entanto, formar as dimensões laterais antes de se

iniciar a poda na dimensão vertical.

12.3.11.6 Sistemas de Tutoragem

Sistema de Tutor Único Consiste na cravagem no fundo da cova de plantação de um tutor proporcional à planta e a

ela ligado por meios apropriados de amarração. Aplica-se na generalidade de árvores,

palmeiras, arbustos e trepadeiras de pequenas dimensões.

Sistema de Vários Tutores Consiste na cravagem de dois, três ou quatro tutores no fundo da cova de plantação, e na

sua ligação por tensão compensada `planta, através de meios apropriados de ligação.

Aplica-se em geral a árvores de maior porte, mas com tronco de diâmetro mal

proporcionado em relação à altura total.

12.3.11.7 Sistemas de Ancoragem

Sistema de Ancoragem por Tração À Parte Aérea Consiste no apoio do tronco por um sistema de estacas (escoras) cravadas no solo, e

ligadas ao tronco através de um anel de peças de madeira com amarração própria. No caso

de apoios de pernadas por tração de estacas, estas serão cravadas no solo ou sobre

fundação e a transmissão far-se-á através de uma ligação apropriada.

Sistema de Ancoragem por Tensão à Parte Aérea Consiste na aplicação de três ou mais cabos tensores, ligados por laços protegidos ao

tronco ou caule das plantas e fixados por elementos de ancoragem ao solo ou a elementos

fixos próximos. Aplica-se na plantação de árvores e bambus, cuja parte aérea é

desproporcionada em relação ao torrão e oferece bastante resistência ao vento, podendo

originar movimento bascular do torrão e a alteração da posição ou queda do exemplar.

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Sistema de Ancoragem por Tensão ao Torrão Radicular Consiste na aplicação de cabos tensores, ligados à planta através de um triângulo de

madeira sobre o torrão radicular e cravados no solo através de elementos de ancoragem

apropriados.

As fixações a tutores ou a sistemas de ancoragem por tensão ou por estacas cravadas,

serão feitas de acordo com especificação do projeto ou por indicação da Fiscalização. O

empreiteiro poderá propor o recurso a estes meios, sempre que entenda necessários à

estabilidade biomecânica dos exemplares plantados.

As estacas serão cravadas entre 0,20 m a 0,5m abaixo da cota do fundo da cova de

plantação. No caso de se utilizarem vários tutores, estes serão cravados ao lado da cova.

Após a plantação e enchimento da cova, serão feitas as ligações entre tutores o tronco da

forma especificada.

No caso da ancoragem por tração ao torrão radicular, os elementos de ancoragem ao solo

terão sido previamente enterrados sob a cova, tendo sido deixadas as extremidades dos

cabos tensores preparados a receber o torrão. Após plantação será colocada uma peça em

triângulo de madeira sobre o torrão e em torno do tronco, sem contudo o ferir, e será feita a

ligação dos cabos tensores ancorados à peça de fixação do torrão. Será então completado

o trabalho de enchimento da cova.

No caso de ancoragem por tensores na parte aérea, estes só serão instalados após o

trabalho de plantação. Serão fixados ao solo ou a elementos resistentes a extremidade dos

cabos e em seguida feita a ligação por laço protegido aos troncos ou caules. O ajustamento

da tensão será feito no final através de peças apropriadas, devendo a geometria da

implantação dos cabos determinar uma posição estática e de equilíbrio para a planta.

Em caso algum, os materiais de fixação poderão causar qualquer dano ao tronco, devendo

os materiais a utilizar ser aprovados previamente e, assumindo o empreiteiro a

responsabilidade de tratamentos apropriados, ou em limite da substituição do exemplar.

12.3.11.8 Elementos Complementares de Drenagem

No caso de instalação destes elementos em relvados já instalados, proceder-se-á a

perfurações do solo com cerca de 1 metro de profundidade, instalando-se em seguida os

drenos. Será instalado uma tampa metálica perfurada, caso se pretenda utilizar o dreno

como meio de rega e fertilização. Caso contrário cobrir-se-á o dreno com o solo, garantindo

um mínimo de 0,15 m de recobrimento.

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No caso de se instalar os drenos no momento da plantação dever-se-á acompanhar o

enchimento da cova por camadas com a fixação na vertical dos drenos. Respeitar-se-ão as

alturas e distâncias definidas no projeto.

12.3.12 FERTILIZAÇÕES

Na ausência de dados sobre a fertilidade da terra seguir-se-á a seguinte fertilização geral:

12.3.12.1 Arbustos e herbáceas

Far-se-ão duas adubações de cobertura com adubo composto, doseando 150 g/m2 a ter

lugar no início da Primavera e do Outono. Após a monda e sacha do terreno, a incorporação

do adubo far-se-á por distribuição superficial com rega imediatamente posterior.

12.3.13 MANUTENÇÃO DAS ZONAS VERDES

Após os trabalhos de plantação e sementeiras, o empreiteiro solicitará inspeção da

Fiscalização, para acionar a receção provisória, após a qual se inicia o período de garantia,

sendo a manutenção do material vegetal da responsabilidade do empreiteiro.

No momento da inspeção, todos os exemplares em avaliação deverão estar em perfeitas

condições vegetativas e sanitárias como condição de receção.

A conservação prolonga-se por um período de 1 ano após entrega provisória dos trabalhos.

Durante este prazo de garantia serão realizados os trabalhos que a seguir se discriminam.

12.3.13.1 Limpeza

O lixo acumulado sobre todas as zonas, deverá ser retirado regularmente pelo empreiteiro.

12.3.13.2 Rega das Zonas Ajardinadas

A operação de rega será efetuada sempre que o grau de humidade do solo não for

suficiente para assegurar a vida e o normal desenvolvimento das plantas. A distribuição de

água de rega será feita por aspersão ou com mangueiras, de acordo como sistema de rega.

Em casos de eventual penúria de água deverão efetuar-se regas localizadas em caldeira,

na Primavera e Verão, com cerca de 15 dias de intervalo, conforme as necessidades do

tempo. A dotação de água deverá ser de aproximadamente de 25 l /árvore. Nestas

situações eventuais, as caldeiras, abertas no começo da Primavera, manter-se-ão cobertas

com casca de pinheiro para melhor conservar a humidade.

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12.3.13.3 Arbustos e Herbáceas

Far-se-ão duas adubações de cobertura com adubo composto, doseando 150 g/m2 a ter

lugar no início da Primavera e do Outono. Após a monda e sacha do terreno, a incorporação

do adubo far-se-á por distribuição superficial com rega imediatamente posterior.

As zonas arbustivo-herbáceas deverão ser periodicamente mondadas sobretudo durante a

Primavera e Outono. A operação de monda é feita à mão ou com um sacho e consiste na

eliminação de toda e qualquer erva daninha, de forma a evitar a concorrência com as

plantas cultivadas.

12.3.13.4 Limpeza de Zonas Arborizadas

O coberto que se desenvolve sob o revestimento arbóreo, tipo bosque, deve ser limpo e

eliminado pelo menos duas vezes por ano, no Outono e na Primavera.

12.3.13.5 Poda

Em caso algum será permitido o corte da guia terminal das árvores, assim como não será

aceite o corte das ramagens inferiores. O arvoredo deverá manter-se com as suas formas

naturais.

Debaixo da orientação da Fiscalização, durante o período de repouso vegetativo, serão

suprimidos os ramos que ameacem desequilibrar o normal desenvolvimento da planta, de

modo a manter-se a sua silhueta natural e a gradualmente a sua copa ser elevada.

Excetuando a operação anteriormente descrita que dependerá da Fiscalização, será

proibido qualquer corte no arvoredo, a não ser de ramos secos e restos de ramos secos, ou

anteriormente quebrados.

Relativamente a arbustos, deverá o empreiteiro executar limpezas de ramos secos ou

doentes, e de ramos com crescimento desproporcional com o fim de conduzir o exemplar

segundo a sua forma natural, e fazer a manutenção das sebes existentes. Os arbustos de

flor, deverão ser podados de acordo com a sua natureza e especificidade, no sentido de

produzirem floração mais intensa e vistosa. Nunca sem o consentimento da Fiscalização, o

empreiteiro tomará iniciativas de condução de arbustos sob uma forma artificial, quer seja

para formação de sebes, quer seja para aproximação a formas arbóreas, com risco de

incorrer em penalidades.

Dependendo da natureza das herbáceas, pode ser necessário aparar, e condicionar

crescimento desmesurado, ou intensificar a floração daquelas. Sempre que tal se verificar,

deve o empreiteiro informar a Fiscalização das suas intenções.

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12.3.13.6 Tratamentos Fitossanitários

Sempre que se tornem necessários, o empreiteiro dará conhecimento da existência do

problema e do tratamento proposto para o solucionar, que será sujeito à avaliação e

aprovação pela Fiscalização.

12.3.13.7 Retanchas e Substituições

As plantas instaladas por plantação que se apresentem em más condições serão

substituídas por outras equivalentes, na época apropriada, para garantir as densidades e

localizações adequadas e se mantenham os planos de plantação originais.

Se se tiver passado cerca de um ano após a plantação inicial, dever-se-á efetuar uma

fertilização nos mesmos moldes e quantidades preconizadas para a plantação.

12.3.13.8 Tutoragem

Serão colocados ou substituídos os tutores que se mostrem necessários ao bom

desenvolvimento da vegetação instalada. Os novos tutores serão cravados junto ao caule,

de modo a não afetar as raízes, devendo ficar a prumo e bem fixos, tendo o cuidado de não

ferir a planta na amarração.

12.3.13.9 Desbaste

Efetuar-se-ão os desbastes necessários da vegetação arbóreo-arbustiva, de modo a que o

seu desenvolvimento futuro corresponda às densidades do projeto.

12.3.14 TRABALHOS NÃO ESPECIFICADOS

Todos os trabalhos não especificados neste Caderno de Encargos deverão ser executados

por forma a cumprir o indicado nos desenhos de projeto e de acordo com as instruções das

“Cláusulas Técnicas Gerais” em vigor.

Em caso de omissão nas “Cláusulas Técnicas Gerais”, seguir-se-ão as instruções do

fabricante ou da Fiscalização, tendo sempre em atenção as indicações dos desenhos de

projeto.

12.3.15 NORMAS GERAIS NÃO ESPECIFICADAS

Na execução dos trabalhos e fornecimentos abrangidos pela empreitada e na prestação dos

serviços incluídos, deverão ser observado todos os regulamentos legais em vigor.

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