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CAPÍTULO 2 -
ESTRUTURA ATÔMICA
Ciência dos Materiais
Profª. Silvana Da Dalt – Centro de Engenharias – UFPel –2012
Adaptado de Prof°. Carlos Pérez Bergmann – EE – UFRGS
2. ESTRUTURA ATÔMICA 2-1 INTRODUÇÃO
2-2 CONCEITOS ELEMENTARES
2-3 A ESTRUTURA DOS ÁTOMOS
2-4 A ESTRUTURA ELETRÔNICA DOS ÁTOMOS
2-5 LIGAÇÕES PRIMÁRIAS FORTES ENTRE ÁTOMOS
2-6 LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS
2-7 COMPRIMENTO, FORÇA E ENERGIA DE LIGAÇÃO
2-8 FORÇAS E DISTÂNCIAS INTERATÔMICAS
2-9 RESUMO DAS LIGAÇÕES
2-10 EXERCÍCIOS
Ciência dos Materiais
2-1 INTRODUÇÃO
antes de entender fenômenos que determinam propriedades nos materiais a partir da MICROESTRUTURA
deve-se primeiramente entender a ESTRUTURA ATÔMICA (e ESTRUTURA CRISTALINA) dos materiais
porque estas definem algumas de suas propriedades
ESTRUTURA ATÔMICA
ESTRUTURA CRISTALINA
MICROESTRUTURA
O que promove as ligações?
Quais são tipos de ligações existem?
O tipo de ligação interfere em quais propriedades do material?
ESTRUTURA PROPRIEDADES CIÊNCIA DOS MATERIAIS
Ciência dos Materiais
Ordem de grandeza da estrutura atômica 10-15 a 10-10 m
2-2 CONCEITOS ELEMENTARES
• Por que os elementos não se decompõem formando novos elementos?
• Por que as substâncias se decompõem formando novas substâncias?
• Por que o número de elementos é pequeno comparado ao número de
substâncias?
Surgimento de Dalton
Thompson
TEORIAS: Rutherford
Bohr
Princípio da incerteza de Heisenberg
Ciência dos Materiais
2-2 CONCEITOS ELEMENTARES • Teoria atômica de Dalton entre 1803-1808:
- átomo;
- igual em todas as suas propriedades;
- átomos de elementos possuem propriedades físicas e
químicas diferentes;
- substância formada pela combinação de dois ou mais átomos
Cada átomo guarda sua identidade química.
•Teoria atômica de Thomson 1887: - átomo de Dalton não explicava fenômenos
elétricos (raios catódicos = e-);
- modelo do “pudim de passas”: uma esfera
positiva com e- na superfície;
- Eugene Goldstein supôs o próton destruindo
a teoria de Thomson.
Ciência dos Materiais
2-2 CONCEITOS ELEMENTARES • Teoria atômica de Rutherford 1911:
Para saber o conteúdo de um caixote pode-se atirar nele, se a bala passar ele está
vazio, ou tem um material pouco consistente.
Partículas alfa contra uma fina lâmina de ouro(0,0001 cm - dez mil átomos) a grande
maioria das partículas atravessava a lâmina ou parte ricocheteava.
Ciência dos Materiais
2-2 CONCEITOS ELEMENTARES • Teoria atômica de Rutherford 1911: MODELO PLANETÁRIO
- o átomo não é maciço, mais espaços vazios;
- região central - núcleo - cargas positivas;
- eletrosfera - elétrons (1836 vezes mais leve);
- a relação entre partículas que passam e a as
que ricocheteiam: tamanho do átomo cerca
de 10 mil vezes maior que o tamanho do núcleo.
Ciência dos Materiais
2-2 CONCEITOS ELEMENTARES
• Teoria atômica de Bohr 1911: MODELO RUTHERFORD-BOHR
Não explicava os espectros atômicos.
- os elétrons circundam orbitalmente
- cada nível tem um valor determinado
de energia (não é possível permanecer
entre os níveis);
- excitação do elétron: passa de um
Nível para o outro;
- volta emitindo energia
NOVIDADE DA TEORIA:
quantização da energia dos elétrons
O átomo de Bohr mostrando os elétrons em orbitas circulares
ao redor do núcleo. Os orbitais apresentam energia
quantizada. Ocorre transmissão de energia do átomo quando
um elétron pula de um orbital mais afastado do núcleo, para
um mais próximo.
Ciência dos Materiais
2-2 CONCEITOS ELEMENTARES
• Princípio da Incerteza de Heisenberg 1927:
- medir a temperatura de uma piscina, de um copo de água, de uma gotícula de
água;
- a luz interage com o elétron, logo não é possível ter certeza de sua
posição;
- contrapôs as órbitas circulares de Bohr;
- o elétron é bem mais caracterizado pela sua energia do que por sua
posição, velocidade ou trajetória.
Fenômenos químicos: eletrosfera - núcleo inalterado
Fenômenos nuclear ou radioativo: núcleo
Ciência dos Materiais
2-3 ESTRUTURA ATÔMICA
Elétrons (e-): - componente do átomo com carga negativa de 1,6 x 10-19C;
- apresentam-se em órbitas;
- podem ser e- de valência, se na última camada;
- podem gerar cátions ou ânions.
Os e- mais afastados do núcleo determinam:
- propriedades químicas;
- natureza das ligações interatômicas;
- controlam tamanho do átomo, condutividade elétrica;
- influencia nas características óticas.
Ciência dos Materiais
2-4 ESTRUTURA ELETRÔNICA DOS ÁTOMOS
2.4.1 Números quânticos
NÚMERO QUÂNTICO PRINCIPAL (n):
representa os níveis principais de energia para o
elétron, pode ser imaginado como uma camada no
espaço onde a probabilidade de encontrar um elétron
com valor particular de n é muito alta.
NÚMERO QUÂNTICO SECUNDÁRIO (l):
especifica subníveis de energia dentro de um nível de
energia, também especifica uma subcamada onde a
probabilidade de se encontrar o elétron é bastante
elevada.
l = 0 1 2 3
l = s p d f
Características direcionais dos orbitasi s, p e d
Ciência dos Materiais
2-4 ESTRUTURA ELETRÔNICA DOS ÁTOMOS
2.4.1 Números quânticos
NÚMERO QUÂNTICO MAGNÉTICO (ml):
especifica a orientação espacial de um orbital
atômico e tem pouco efeito na energia do
elétron. Depende do valor de l.
NÚMERO QUÂNTICO DO SPIN DO ELÉTRON (ms):
especifica as duas condições permitidas para um elétron
girar em torno de seu próprio eixo. As direções são no
sentido horário e anti-horário.
GENERICAMENTE
ml = 2l + 1
VALORES PERMITIDOS
+ 1/2 e -1/2
Ciência dos Materiais
2-4 ESTRUTURA ELETRÔNICA DOS ÁTOMOS
2.4.2 Configuração eletrônica dos elementos Descreve o modo com o qual os elétrons estão arranjados nos orbitais do átomo.
A configuração é escrita por meio de uma notação convencional: lista o n° quântico principal,
seguido pela letra do orbital, e o índice sobrescrito acima da letra do orbital.
Exemplo de configuração eletrônica:
1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 Sr
DIAGRAMA DE LINUS PAULING
Ciência dos Materiais
1s2 Nível
de
energia
Subnível
Número
máximo
de
elétrons
Princípio de exclusão de Pauli:
apenas 2 e- podem ter os mesmos nos quânticos orbitais
e estes não são idênticos pois tem spins contrários
Muitos elementos apresentam uma configuração eletrônica não estável.
2.4.4 Características dos elementos
Por quê? Valência da última camada geralmente não está completa
Electron configuration
1s 1
1s 2 (stable)
1s 22s 1
1s 22s 2
1s 22s 22p 1
1s 22s 22p 2
...
1s 22s 22p 6 (stable)
1s 22s 22p 63s 1
1s 22s 22p 63s 2
1s 22s 22p 63s 23p 1
...
1s 22s 22p 63s 23p 6 (stable)
...
1s 22s 22p 63s 23p 63d 10 4s 24 6 (stable)
Adaptado da Tabela 2.2, Callister
2-4 ESTRUTURA ELETRÔNICA DOS ÁTOMOS Ciência dos Materiais
2-4 ESTRUTURA ELETRÔNICA DOS ÁTOMOS
2.4.5 Valência
• A camada de valência é a camada mais afastada do núcleo.
•Está relacionada com a capacidade de um átomo em se combinar
quimicamente com outros elementos
Exemplo:
Mg: 1s2 2s2 2p6 3s2 Valência 2
Al: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p1 Valência 3
Ge: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s2 4p2 Valência 4
Ciência dos Materiais
2-5 LIGAÇÕES PRIMÁRIAS FORTES ENTRE ÁTOMOS
2.5.1 Introdução
• O tipo de ligação interatômica geralmente explica a propriedade do
material.
• Por exemplo, o carbono pode existir na forma de grafite que é mole,
escuro e “gorduroso” e na forma de diamante que é extremamente
duro e brilhante. Essa enorme disparidade nas propriedades começa
pelo tipo de ligação química do carbono em cada um dos casos.
Importância
Ciência dos Materiais
2.5.1 Introdução
Para um elemento adquirir a configuração estável de 8e- na última camada
ele pode:
(1) receber e- extras
(2) ceder e-
(3) compartilhar e- associação entre átomos
Iônicas
Ligações Primárias Covalentes
Metálicas
formando íons + ou -
2-5 LIGAÇÕES PRIMÁRIAS FORTES ENTRE ÁTOMOS
Ciência dos Materiais
• Iônica
Os elétrons de valência são transferidos entre átomos produzindo íons
Forma-se com átomos de diferentes eletronegatividades (alta e baixa)
A ligação iônica não é direcional, a atração é mútua
A ligação é forte= 150-300 Kcal/mol (por isso o PF dos materiais com esse tipo de ligação é geralmente alto)
2.5.2 Ligações iônicas
2-5 LIGAÇÕES PRIMÁRIAS FORTES ENTRE ÁTOMOS
Ciência dos Materiais
2.5.2 Ligações iônicas Em resumo:
•Atração mútua de cargas + e -
•Envolve o tamanho de íons
•Elementos menos eletronegativos: cedem e- cátions
•Elementos mais eletronegativos: recebem e- ânions
2-5 LIGAÇÕES PRIMÁRIAS FORTES ENTRE ÁTOMOS
Ciência dos Materiais
2.5.2 Ligações iônicas
Propriedades de compostos iônicos
• Os íons em um sólido iônico são ordenados na rede, formando
uma forte atração elétrica entre eles
• Sais e óxidos metálicos são tipicamente compostos iônicos.
• A forte ligação é responsável por:
- Elevada dureza (se frágil)
- Elevado pontos de fusão e ebulição
- Cristalinos sólidos a Tambiente
- Podem ser solúveis em água
• Os sólidos cristalinos não conduzem eletricidade, pois os íons
não estão livres para mover-se e transportar corrente elétrica.
• Compostos iônicos fundidos ou dissolvidos em água serão
condutores de eletricidade, pois como partículas iônicas estão
livres.
2-5 LIGAÇÕES PRIMÁRIAS FORTES ENTRE ÁTOMOS
Ciência dos Materiais
• Covalente
Os elétrons de valência são compartilhados
Forma-se com átomos de alta eletronegatividade
A ligação covalente é direcional
A ligação covalente é forte (um pouco menos que a iônica)= 125-300 Kcal/mol
Esse tipo de ligação é comum em compostos orgânicos, por exemplo em materiais poliméricos, e no diamante.
2.5.2 Ligações covalentes
Tipo de simetria em
ligações covalentes
2-5 LIGAÇÕES PRIMÁRIAS FORTES ENTRE ÁTOMOS
Ciência dos Materiais
•Usufruto de um par de elétrons comum
•Pode ser coordenada ou dativa
•Covalência entre ametais (Ex. F2, O2, Cl2) baixo PF
•Covalência entre mais átomos (Ex. Diamante) alto PF
2.5.2 Ligações covalentes Em resumo:
Metano
Amônia
Par de elétrons não
ligados
2-5 LIGAÇÕES PRIMÁRIAS FORTES ENTRE ÁTOMOS
Ciência dos Materiais
2.5.2 Ligações covalentes •Compostos covalentes unidades individuais: moléculas
Molécula simples: pequeno grupo de átomos ligados por forças covalentes. Propriedades:
- Podem ser líquidos ou sólidos(não cristalinos) a Tambiente
- Insolúveis em água, mas solúveis em outros solventes
- Isolantes elétricos
Apresentam baixo ponto de fusão e ebulição: forças entre átomos são fortes, mas as
forças entre moléculas são fracas e facilmente quebradas no aquecimento
- São más condutores de eletricidade devido a ausência de elétrons (ou íons) livres
Macromolécula: moléculas grandes com um grande número de átomos ligados covalentemente
em uma estrutura contínua. Propriedades:
- Sólidos com alto ponto de fusão: elementos podem formar ligações simples com
outros átomos, formando uma estrutura muito estável. Ex Diamante
- Cristalinos, freqüentemente
- Não conduzem eletricidade (exceção Cgrafite): elétrons não estão livres
2-5 LIGAÇÕES PRIMÁRIAS FORTES ENTRE ÁTOMOS
Ciência dos Materiais
• Metálica Forma-se com átomos de baixa
eletronegatividade (em torno de 3 elétrons de valência)
Os elétrons de valência são divididos por todos os átomos (não estão ligados a nenhum átomo em particular) e assim eles estão livres para conduzir
A ligação metálica não é direcional porque os elétrons livres protegem o átomo carregado positivamente das forças repulsivas eletrostáticas
A ligação metálica é forte (um pouco menos que a iônica e covalente)= 20-200 Kcal/mol
2.5.4 Ligações metálicas
2-5 LIGAÇÕES PRIMÁRIAS FORTES ENTRE ÁTOMOS
Ciência dos Materiais
2.5.4 Ligações metálicas • Elétrons externos dos átomos do metal estão livres para mover-se entre os centros positivos
junção eletrônica determinam propriedades
• Força elétrica de atração entre elétrons móveis e imóveis ligação metálica.
Forte ligação resulta em: materiais densos, fortes com alto ponto de fusão e ebulição
• Metais - bons condutores de eletricidade: elétrons livres são transportadores de
carga e corrente elétrica, quando uma
ddp é aplicada na peça metálica.
- bons condutores de calor: choques de elétrons livre, transferindo Ec
- tem uma superfície “prateada” que pode ser facilmente manchada por
corrosão, oxidação do ar e da água
íons
mar de
elétrons
2-5 LIGAÇÕES PRIMÁRIAS FORTES ENTRE ÁTOMOS
Ciência dos Materiais
2-6 LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS
2.6.1 Introdução
•Podem ser:
•Ligações ou Forças de - Dipolos permanentes -Pontes de
van der Waals Hidrogênio
- Dipolos flutuantes
•Está relacionada com a quantidade de energia envolvida
- PE dos halogênios (F2, Cl2, Br2, I2): crescente massa molecular
- PE dos haletos dos halogênios
geometria molecular: linear, trigonal plana, angular, tetraédrica, piramidal;
repulsão dos pares eletrônicos - ângulo de ligação
Ciência dos Materiais
2-6 LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS 2.6.1 Introdução
Ocorre pela interação entre os dipolos
• Dipolos Permanentes
• Dipolos Flutuantes
-caso geral:
-ex: líquido HCl
-ex: polímero
Adaptado da Fig. 2.13 e 2.14, Callister
Ciência dos Materiais
van der Waals São ligações de natureza
física
A polarização (formação de
dipolos) devido a estrutura da
ligação produz forças
atrativas e repulsivas entre
átomos e moléculas
A ligação de van der Waals
não é direcional
A ligação é fraca< 10 Kcal/mol
2-6 LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS
2.6.2 Forças de van der Waals
Ciência dos Materiais
2-6 LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS
2.6.2.1 Dipolos Flutuantes - Induzidos
Ocorre em moléculas com distribuição de
cargas elétricas simétricas (H2, N2, O2,...), onde
os e- e suas vibrações podem distorcer esta
simetria, ocorrendo um dipolo elétrico.
Esquema representativo (a) átomo eletricamente
simétrico (b) um dipolo atômico induzido
2.6.2 Forças de van der Waals
Ciência dos Materiais
2-6 LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS
2.6.2.2 Dipólos permanentes - moléculas polares
Moléculas assimétricas (NH3, CH3Cl) jamais têm
coincidentes os centros de suas cargas positivas e
negativas, podendo interagir eletrostaticamente com as
adjacentes.
Esquema representativo da
molécula polar de HCl
2.6.2 Forças de van der Waals
Moléculas polares
na ausência de
campo elétrico na presença de
campo elétrico
Ciência dos Materiais
Nome deriva da ligação: H - centro
de cargas positivas, atraindo o centro
das cargas negativas das moléculas
adjacentes POLARIZAÇÂO
Produção de forças de van der
Waals entre as moléculas:
- alinhamento de pólos
negativos com positivos
(ângulo de ligação 109,5o)
- moléculas formam uma
estrutura quase hexagonal
H ligado a F, O e N
2-6 LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS
PONTES DE HIDROGÊNIO
• É uma das mais fortes ligações
secundárias, e um caso especial
de moléculas polares (distribuição desigual da
densidade de elétrons)
2.6.2.2 Dipolos permanentes - moléculas polares
2.6.2 Forças de van der Waals
Ciência dos Materiais
2-6 LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS
PONTES DE HIDROGÊNIO •Íons e de certas moléculas se dissolvem na água polaridade
2.6.2.2 Dipolos permanentes - moléculas polares
2.6.2 Forças de van der Waals
Exemplo:o cloreto de sódio (forma cristalina)
e dissolvido em água.
Propriedades da água ligação
- gelo flutuar: É menos
denso: as ligações de hidrogênio
mantêm as moléculas de água
mais afastadas no sólido do que
no líquido, onde há uma ligação
hidrogênio a menos por molécula)
- elevado calor de vaporização
- forte tensão superficial
- alto calor específico
- propriedades solventes
- efeito hidrofóbico
Estrutura do gelo
Ciência dos Materiais
2-6 LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS
2.6.2 Forças de van der Waals
Ciência dos Materiais
2-7 COMPRIMENTO, FORÇA E ENERGIA DE LIGAÇÃO
2.7.1 Introdução
Representação
tetraédrica dos
diferentes tipos de
ligações que ocorrem
entre os materiais de
engenharia.
Ciência dos Materiais
A distância entre 2 átomos é determinada pelo balanço das forças atrativas e repulsivas
As forças atrativas variam com o quadrado da distância entre os 2 átomos
As forças repulsivas variam inversamente proporcional a distância interatômica
Quando a soma das forças atrativas e repulsivas é zero, a distância entre os átomos está em equilíbrio.
2-7 COMPRIMENTO, FORÇA E ENERGIA DE LIGAÇÃO
Ciência dos Materiais
2.7.2 Força de ligação
Inclinação da curva no ponto de equilíbrio força necessária para separar os átomos
Corresponde ao módulo de elasticidade (E) que é a inclinação da curva x
2-7 COMPRIMENTO, FORÇA E ENERGIA DE LIGAÇÃO
2.7.2 Força de ligação
Ciência dos Materiais
Algumas vezes é mais conveniente
trabalhar com energia (potencial) do
que forças de ligações.
Matematicamente energia (E) e força
de ligações (F) estão relacionadas
por : E= F.dr
A menor energia é o ponto de
equilíbrio
2-7 COMPRIMENTO, FORÇA E ENERGIA DE LIGAÇÃO
2.7.3 Energia de ligação
Eatração= Z1Z2e2
40a Erepulsão = nb
an
Eresultante= Z1Z2e2 + nb
40a an
1/a
1/an
Ciência dos Materiais
2.7.3 Energia de ligação
É a mínima energia necessária para formar ou romper uma ligação.
Estão relacionados com a energia de ligação propriedades como:
- módulo de elasticidade;
- coeficiente de expansão térmica;
- ponto de fusão;
- calor latente
- resistência mecânica
2-7 COMPRIMENTO, FORÇA E ENERGIA DE LIGAÇÃO
Energia de ligação x distância
interatômica na ligação do H–H
Ciência dos Materiais
2-7 COMPRIMENTO, FORÇA E ENERGIA DE LIGAÇÃO
2.7.3 Energia de ligação
Ciência dos Materiais
Quanto mais profundo o poço de energia maior a temperatura de fusão do material
Devido às forças de repulsão aumentarem muito mais com a aproximação dos
átomos a curva não é simétrica. Por isso, a maioria dos materiais tendem a se
expandir quando aquecidos.
Quando energia é fornecida a um material, a vibração térmica faz com que
os átomos oscilem próximos ao estado de equilíbrio.
Devido a assimetria da curva de energia de ligação x distância
interatômica, a distância média entre os átomos aumenta com o aumento da
temperatura.
Então, quanto mais estreito o mínimo de potencial menor é o coeficiente de
expansão térmica do material
2-7 COMPRIMENTO, FORÇA E ENERGIA DE LIGAÇÃO
2.7.3 Energia de ligação
Ciência dos Materiais
2-7 COMPRIMENTO, FORÇA E ENERGIA DE LIGAÇÃO
2.7.3 Energia de ligação
Ciência dos Materiais
2-8 FORÇAS E DISTÂNCIAS INTERATÔMICAS
2.8.1 Energia de ligação
Ciência dos Materiais
2-8 FORÇAS E DISTÂNCIAS INTERATÔMICAS
2.8.1 Energia de ligação
Ciência dos Materiais
2-8 FORÇAS E DISTÂNCIAS INTERATÔMICAS
2.8.1 Energia de ligação
Ciência dos Materiais
2-9 RESUMO DAS LIGAÇÕES
Iônica Covalente Metálica Intermolecular
Intensidade
de ligação forte muito forte
moderada e
variável fraca
Dureza moderada a alta muito duro, frágil baixa a moderada;
dúctil e maleável mole e plástico
Condutivida
de elétrica
condução por transporte de
íons, somente quando
dissociado
isolante em sólido e
líquido
bom condutor por
tramnsporte de
elétrons
isolantes no estado
sólido e líquido
Ponto de
fusão moderado a alto baixo geralmente alto baixo
Solubilidade solúvel em solventes
polares
solubilidade muito
baixa insolúveis
solúveis em
solventes
orgânicos
Exemplos muitos minerais diamante, oxigênio,
moléculas orgânicas
Cu, Ag, Au, outros
metais
gelo,sólidos
orgânicos
(cristais)
Comparação entre o tipo de ligação e propriedades esperadas
Exceção do diamante
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2-10 EXERCÍCIOS (Data de entrega: DATA DA 1a PROVA)
1 Compare o raio iônico de um mesmo elemento com o raio iônico de seu átomo neutro (faça para um cátion e um ânion).
Porque isso ocorre?.
2 O que são os números quânticos de um átomo?
3 Qual é o princípio de exclusão de Linus Pauling?
4 Os elementos 21 a 29, 39 a 47 e 72 a 79 são conhecidos como elementos de transição. Qual características comuns
apresenta a distribuição de elétrons na eletrosfera destes elementos?
5 Caracterize: ligação iônica; ligação covalente e ligação metálica.
6 Descreva as ligações conhecidas por forças de van der Waals e por pontes de hidrogênio.
7 Compare os tipos de ligações em termos de energia de ligação envolvida.
8 É possível a presença de mais de um tipo de ligação entre átomos? Explique e dê exemplos.
9 Porque materiais com elevado ponto de fusão tem elevado módulo de elasticidade e baixa dilatação térmica?
10 A presença de forças de van der Waals modificam o PE e o PF de substâncias que se ligam com o F, O , N. Justifique esta
afirmativa.
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