CNBB REGIONAL SUL 2 Semana Santa: Um mistério de excessos · paixão Jesus le 07 - Os Sacramentos...

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BOLETIM ON LINE Abril de 2014 Ano VI CNBB REGIONAL SUL 2 Dom Orlando Brandes Arcebispo de Londrina e Bispo Referencial da Pastoral Familiar do Regional Sul 2/ CNBB Nesta Edição 01 - Semana Santa : Um mistério de excessos Dom Orlando Brandes 03 - Iniciados os preparativos para a Peregrinação Nacional da Família 04 - Pai é pai e não ajudante da mãe Dr. Içami Tiba. 06 - Um simples acento agudo Pe. Zézinho, scj 07 - Os Sacramentos da Iniciação Cristã Diác. Juares Celso Krum 10 - Catequeses do Papa Francisco - Batismo 14 - 8º Encontro Provincial da Pastoral Familiar em Foz do Iguaçu 18 - 38ª Assembleia Ordinária da CNPF 19 - Família monoparental. 20 - Programação do Simpósio Nacional das Famílias Inspira-me um escrito do Cardeal Martini, onde ele fala da paixão de Cristo como ―um mistério de exces- sos‖. Diria um mistério de exage- ros, extremismos, radicalismos. São cinco os excessos descritos pelo refe- rido autor. Primeiro: um excesso de so- frimento humano. Os sofrimentos de Jesus foram de di- versos tipos: físico, psicológico, espiri- tual e moral. Expe- rimentou a solidão, a rejeição, a tribu- lação. Ele é o pastor ferido que fez a ex- periência do medo, do abismo e do na- da. A maré inunda o pecado, penetra a alma de Jesus. So- freu sob o poder da Semana Santa: Um mistério de excessos mentira, da sober- ba, da astucia e da atrocidade. Treme, sua sangue, porque sente pavor e an- gustia, reza entre brado e lágrimas. Na sua paixão Je- sus se lembrou de cada um de nós, por nós sofreu e se entregou. ―Ele me amou e se entre- gou por mim‖ es- creve o Apóstolo Paulo. ―Na sua paixão Jesus lem- brou-se de mim‖ (B. Pascal). Segundo: um excesso de maldade humana. Jesus passou por interrogatórios ilegítimos, falsos. Foi preso, algema- do por acusações falsas, além de es- bofeteado diante do Sumo Sacerdo- te. As autoridades são arbitrárias, o Sinédrio e o Império são insti- tuições deca- dentes, a multidão é manobrada, Judas e as falsas testemunhas são compradas, os sol- dados são sádicos. Jesus sente horror, a perfídia, a imun- dície do mal. Crueldade, selva- geria, malvadez, atrocidade, despre- zo, humilhação, animalidade consti- tuem o ―excesso de maldade humana‖ na paixão do Senhor. Jesus, porém, vence tudo isso com a oração, a entrega ao Pai, a força da Palavra, a serenidade e paz interior. Perdoa os algozes e acolhe o bom ladrão. Eis a escola, a ―ciência da cruz‖. Jesus vence o poder do

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BOLETIM ON LINE

Abril de 2014

Ano VI

CNBB – REGIONAL SUL 2

Dom Orlando Brandes Arcebispo de Londrina e

Bispo Referencial da Pastoral Familiar do Regional Sul 2/ CNBB

― Nesta Edição ―

01 - Semana Santa : Um

mistério de excessos –

Dom Orlando Brandes

03 - Iniciados os preparativos

para a Peregrinação

Nacional da Família

04 - Pai é pai e não ajudante

da mãe – Dr. Içami Tiba.

06 - Um simples acento

agudo – Pe. Zézinho, scj

07 - Os Sacramentos da

Iniciação Cristã – Diác.

Juares Celso Krum

10 - Catequeses do Papa

Francisco - Batismo

14 - 8º Encontro Provincial da

Pastoral Familiar em Foz

do Iguaçu

18 - 38ª Assembleia Ordinária

da CNPF

19 - Família monoparental.

20 - Programação do 4º

Simpósio Nacional das

Famílias

Inspira-me um escrito do Cardeal Martini, onde ele fala da paixão de Cristo como ―um mistério de exces-sos‖. Diria um mistério de exage-ros, extremismos, radicalismos. São cinco os excessos descritos pelo refe-rido autor.

Primeiro: um excesso de so-frimento humano. Os sofrimentos de Jesus foram de di-versos tipos: físico, psicológico, espiri-tual e moral. Expe-rimentou a solidão, a rejeição, a tribu-lação. Ele é o pastor ferido que fez a ex-periência do medo, do abismo e do na-da. A maré inunda o pecado, penetra a alma de Jesus. So-freu sob o poder da

Semana Santa: Um

mistério de excessos

mentira, da sober-ba, da astucia e da atrocidade. Treme, sua sangue, porque sente pavor e an-gustia, reza entre brado e lágrimas. Na sua paixão Je-sus se lembrou de cada um de nós, por nós sofreu e se entregou. ―Ele me amou e se entre-gou por mim‖ es-creve o Apóstolo Paulo. ―Na sua paixão Jesus lem-brou-se de mim‖ (B. Pascal).

Segundo: um excesso de maldade humana. Jesus passou por interrogatórios ilegítimos, falsos. Foi preso, algema-do por acusações falsas, além de es-bofeteado diante do Sumo Sacerdo-te. As autoridades

são arbitrárias, o Sinédrio e o Império são insti-tuições deca-dentes, a multidão é manobrada, Judas e as falsas testemunhas são compradas, os sol-dados são sádicos. Jesus sente horror, a perfídia, a imun-dície do mal. Crueldade, selva-geria, malvadez, atrocidade, despre-zo, humilhação, animalidade consti-tuem o ―excesso de maldade humana‖ na paixão do Senhor. Jesus, porém, vence tudo isso com a oração, a entrega ao Pai, a força da Palavra, a serenidade e paz interior. Perdoa os algozes e acolhe o bom ladrão. Eis a escola, a ―ciência da cruz‖. Jesus vence o poder do

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mal com o poder do bem.

Terceiro: um excesso de in-justiças. Jesus é inocente, passou fazendo o bem, na-da fez para o pri-vilégio próprio, ele-vou os humildes, perdoou os peca-dores, promoveu os pobres e excluídos. Foi marcado para morrer porque reve-lou-se Filho de Deus, e tocou nas chagas e feridas das injustiças hu-manas. Sofreu opo-sição, rejeição, ab-andono e neste contesto de cor-rupção religiosa e política foi proces-sado, julgado e ex-ecutado na cruz como malfeitor, pe-rigoso, maldito. Eis o ―excesso de injus-tiça‖ de ontem e de hoje.

AAbbrriill // 22001144 –– PPáággiinnaa 22

Quarto: um excesso de amor: ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos. Jesus justo e santo carregou nossas culpas e restituiu-nos a inocência. Eis o amor louco, sem medidas, indescri-tível e incondicional. Eis o que é o amor aos inimigos, ao máximo do amor, é o puro amor, mode-lo de doçura, man-sidão, paciência, fineza, misericórdia.

Quinto: um excesso de transcendência. Na verdade, a paixão de Jesus é uma re-velação do amor trinitário para a sal-vação do mundo. O Pai envia o Filho e o Espírito Santo ajuda Jesus carregar a

cruz (cf. Hb. 9,14). Foi na cruz que Je-sus se entregou fi-lialmente ao Pai e derramou o Espírito Santo. No sofrimen-to de Jesus, Deus sofre a dor humana porque ama o mun-do e cada pessoa individualmente. Da cruz vem toda luz, toda graça, toda salvação. Os santos meditando diante do crucificado excla-mam: ―Isso é o amor. É assim que se ama‖.

Dom Orlando Brandes

Arcebispo de Londrina

MMêêss ddee MMaaiioo -- MMaarrqquuee nnaa AAggeennddaa!!

Dia 11 – Dia das mães

Dia 15 – Dia Internacional da Família

Dias 17 e 18 – Reunião da Coordenação da Comissão Regional da Pastoral Familiar Regional Sul 2 na Província de Cascavel

Dia 24 – 4º Simpósio Nacional das Famílias em Aparecida/SP

Dia 25 – 6ª Peregrinação Nacional das Famílias em Aparecida/ SP

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Veja a Programação do 4º Simpósio Nacional das

Famílias à p.20

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Com o tema ―Família: cami-nhar com a luz de Cristo e a sabedoria do Evangelho‖, acontecerão a 6ª Peregrina-ção e o 4º Simpósio Nacio-nal da Família, nos dias 24 e 25 de maio, em Aparecida (SP). O evento pretende reu-nir peregrinos de todo o país com a proposta de refletir sobre a realidade da família brasileira. Em 2013, participa-ram da peregrinação mais de 150 mil pessoas. A expectati-va da organização é superar esse número na edição deste ano. Para o bispo de Camaçari (BA) e presidente da Comis-são Episcopal Pastoral para a

Iniciados os preparativos para a Peregrinação

Nacional da Família

Vida e a Família da CNBB, dom João Carlos Petrini, são esperadas muitas famílias das dioceses e comunidades próximas ao Santuário Na-cional. Ele destaca que o Simpósio é uma oportunida-de de formação. ―É um momento muito impor-tante, não somente para rezar e apresentar as neces-sidades das nossas famílias à Virgem Maria, mas também para refletir e aprofundar sobre a nossa caminhada e perceber como a luz de Cris-to pode iluminar a nossa realidade cotidiana de vida em família‖, ressalta. Diante dos desafios da vida

PPáággiinnaa 33 –– AAbbrriill // 22001144

em família, dom Petrini acre-dita ―ser uma ilusão viver sem Deus‖. Para o bispo,

questões como a violência representa o distanciamento da família da prática espiritual. ―A família cresce e se desen-volve tecnologicamente, mas perde em humanidade. Hoje constatamos muita solidão e tristeza. As famílias devem retornar ao desígnio de Deus e a Ele‖, aponta.

RReefflleexxããoo

Segundo dom Petrini a pere-grinação nacional, além de ser espaço de formação, confra-ternização e aprofundamento das questões da família, pos-sibilita visibilidade das famílias

brasileiras que estão com-prometidas com os valores humanos e cristãos. ―A pe-regrinação é uma oportuni-dade de mostrar para a sociedade que tem muita gente que deseja ser família assim como Deus a imagi-nou, exatamente para ser uma fonte de alegria, de felicidade e realização hu-mana‖, explica. O tema proposto para o evento quer refletir com os participantes sobre a vivên-cia da espiritualidade em família, tendo como referên-cias a luz de Cristo e o E-vangelho. ―Não podemos viver somente com aquilo que nos oferecem. Precisa-mos de um ponto de refe-rência maior, para sermos permanentemente alimenta-dos na capacidade de amor, de doação e serviço recípro-co no interior da família e na sociedade‖, enfatiza dom Petrini. Entre os conferencistas convidados estão o bispo de Palmas-Francisco Beltrão (PR) e doutor em Ciências Bíblicas, dom José Antônio Peruzzo, que irá tratar da espiritualidade da família, e a poetisa, Adélia Prado, que dará seu testemunho sobre a vida em família.

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A Comissão motiva as dio-ceses para que organizem suas caravanas rumo ao Santuário Nacional que está preparando uma estrutura de qualidade para atender as famílias peregrinas. As atividades do Simpósio serão realizadas no Centro de Eventos Padre Vítor, nas imediações da Basílica. No domingo, 25, uma missa será celebrada no Santuário, às 8h, com transmissão pela TV Aparecida. Também está prevista a apresentação da orquestra de jovens do San-tuário durante o 4º simpósio.

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mãe peça.

Um pai acomodado, além de não ser um bom exemplo na fa-mília, estimula o filho a mãe. Numa família assim pode se esta-belecer uma confusão entre pai acomoda-do/pai bonzinho e mãe ativa/ mãe rabu-genta – quando na realidade o pai é ne-gligente e a mãe ativa é obrigada a cobrar as obrigações de to-dos.

Fica muito clara esta situação quando uma mãe reclama que ela é a ―pãe‖ da família. Ela tenta preencher tam-bém as funções de pai, o que é quase impos-sível.

Há muitos homens, no entanto, que já assu-mem bem mais seu papel. Muito longe de querer substituir a mãe, eles querem tomar par-te na educação do filho. Reparei em um passa-geiro que, em pleno

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voo, trocava as fraldas de seu bebê, que deve-ria ter um ano de idade. A mãe não estava pre-sente. Um bebê cuida-do pela mãe e pelo pai cresce com menos pre-conceitos e com menos machismo. Aquela fa-mília parece estar de-senvolvendo a Alta Performance. Texto de Içami Tiba para

seu livro Família de Alta Performance – Conceitos contem-porâneos na Edu-cação.

No ano de 2011 em que comemorou 40 anos de carreira, o psi-quiatra e educador Dr. Içami Tiba, especialista em temas inerentes à adolescência, propos

em obra inédita um novo olhar a fim de que as pessoas percorram caminhos assertivos na construção de relações familiares coerentes e harmônicas, a partir do conceito de Alta Per-formance. Qual é a fórmula para obter sucesso na vida profissional e pessoal? Como atingir o grau máximo de satisfação e excelência na quali-dade de vida? Todos passam por dificul-dades nas relações familiares, profissionais ou amorosas.

Em Família de Alta Performance – Con-ceitos Contemporâ-neos na Educação (Integrare Editora),

Içami Tiba mostra que bastam algumas mu-danças, além da im-plementação de concei-tos relacionais atuais para melhorar não só a sua vida como também de todos à sua volta, praticando a Alta Per-formance.

Em um mundo de ve-lozes modificações e crises não é mais possível funcionar co-mo antes. É preciso renovar, reinventar e procurar saídas globais para atingir esta nova fase da evolução da humanidade. Pensando nisso, o autor lança este livro com o objetivo de mostrar alguns ca-minhos para um mun-do, uma família, uma pessoa melhor, através da Alta Performance. Todos podem e mere-cem a excelência na qualidade de vida, é possível ser um pai ou mãe com boa perfor-mance e, ao mesmo tempo, um profissional de sucesso.

O livro é dividido em quatro temas centrais, que buscam mostrar de forma clara o início de possíveis problemas e maneiras inovadoras de solucioná-los, são eles: a) Família de Alta Per-formance com Filho único; b) Família de Alta Performance com dois ou mais filhos; c) Casal de Alta Perfor-mance; d) Pessoa de Alta Performance.

O livro aborda parâme-

―Paternidade é uma fun-ção própria do pai, com direitos e obriga-ções familiares impor-tantes. Pai não é co-adjuvante da mãe, é seu complementar.

A mãe costuma pedir ajuda ao pai: Ajude aqui, por favor, fique um pou-co com as crianças! Ele acha que está apenas ajudando a mãe e não se sente fazendo a sua parte. Muitos pais nada fa-zem enquanto suas mulheres não pedem. Para os filhos não in-te-ressa se é a mãe que está muito ativa ou se o pai é muito passivo. O que eles precisam é de pai e de mãe. Neste ponto, alguns pais reclamam que suas mulheres os tratam como se fos-sem filhos.

Paternidade é a atitu-de de estar pronto a aten-der seus filhos, sem esperar que a

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tros fundamentais para o alto desempenho que a família exerce sobre o âmbito social moderno com o qual nos depara-mos. Ao abordar a con-dição do Filho Único, Dr. Tiba esclarece em detalhes a Síndrome do Filho Único - e afirma que os responsáveis são os próprios pais. De acordo com o médi-co, pelo fato de ser o ―rei‖ da casa, este filho tende a ser mais mima-do. ―É uma conseqüên-cia da maneira pela qual este é criado, pro-tegido, perdoado pelos seus próprios pais ou substitutos‖, exemplifica o psiquiatra. Além dos pais, outras pessoas influenciam para Baixa Performance da família com Filho Único, como os avós de Neto Único. Os avós também sen-tem necessidade de agradar o neto, seja com brinquedos ou quebrando regras im-postas pelos pais. A super - proteção ao filho único na infância pode refletir em dificul-dades de relaciona-mento com os colegas na adolescência.

A família começa com o nascimento de um filho. Este é o primeiro e úni-co filho, definitiva ou provisoriamente. Ape-sar de estar aumentan-do o número de filhos únicos, ainda é maior o número de famílias com dois ou mais filhos. Os pontos fortes e fracos desta condição é discu-tida com profundidade neste capítulo. As su-gestões e conceitos a

serem praticados na educação de um filho, segundo o autor, dá consistência ao tema e desperta reflexões. Po-rém, quando a família tem dois ou mais filhos, os desafios são outros. Por muitas vezes, os filhos competem para ser únicos quando, na verdade, a família pre-cisa encontrar um equi-líbrio e aprender a con-viver em equipe, a fim de conquistar a Alta Performance.

Bem ou mal os pais conseguem lidar com os filhos únicos. Mas os problemas se multipli-cam quando vários ir-mãos entre si querem ser únicos. Com cons-tantes brigas e provo-cações entre eles, que têm ritmos, tempera-mentos e objetivos par-ticulares, não há Perfor-mance Familiar que aguente.

Antes da constituição de uma família, algu-mas etapas são cumpri-das. O casal se conhe-ce, namora, troca alian-ças e casa. A partir daí, uma família está sendo estruturada. Por isso, um dos pontos essen-ciais para alcançar a Alta Performance no lar é que o casal atinja o ápice dessa perfor-mance. O autor compa-ra os dias atuais com o antepassado, como no subtítulo De caçador de feras a pai, onde fala que o homem de hoje está mais presente na gestação da mulher. ―Os pais de hoje são mais dedicados que seus pais, que nem iam

à sala de parto, assim como os avós, que pe-gavam os netos so-mente quando já fala-vam‖, explica. Para se tornar um Cas-al ou Família de Alta Performance é preciso, primeiramente, ser uma Pessoa de Alta Perfor-mance. Dr. Içami Tiba explica que ―são muitos os requisitos, uns mais importantes que outros conforme o estágio da vida. Um princípio é fundamental: uma pes-soa pode ser melhor sempre‖.

Não se tem filho de uma hora para outra, assim de repente. Aliás, para formar o casal de pais, muitos estágios foram vividos: paqueras e ficadas, namoros, noivados e casamento. Aparentemente não é difícil o viver um para o outro. Esta parte do livro também fala dos caminhos que a huma-nidade trilhou para chegar à família de hoje Para se chegar a Casal de Alta Performance e Família de Alta Perfor-mance é condição básica que a pessoa também tenha Alta Per-formance. Uma das características do ser humano é traçar uma busca incessante para preencher suas neces-sidades, atingir seus objetivos e ser feliz. São muitos os requisi-tos, uns mais impor-tantes que outros con-forme o estágio de vida em que se encontra e o que se pretende con-quistar.

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AAbbrriill // 22001144 –– PPáággiinnaa 66

Pe. Zezinho, scj

Fonte : http://www.padrezezinhoscj.com/wallwp/artigos_padre_zezinho/eclesiologia/um-

simples-acento-agudo

Por séculos os pri-meiros cristãos discu-tiram sobre homoousios ou homo-i-ousios. Pare-cia bobagem, mas um simples ―i‖ muda-va o sentido da fé em Jesus. ―Mesma‖ natu-reza ou natureza ―semelhante?‖. Na emissora, o animador do programa falou em parúsia. O padre visi-tante corrigiu, dizen-do que a pronúncia seria parusía. O ra-paz continuou desafi-adoramente a falar em parúsia…Não aceitou ser corrigido!

O acento e o acrés-cimo errado podem prejudicar toda uma catequese. Acentos e ênfases erradas tam-bém mudam o senti-do da fé. Quem não sabe erra, quem tei-ma nele erra e quem não o corrige, erra! É

por isso que na Igreja existe uma ascese que já fez muitos san-tos e responde pelo nome de ―correção fraterna‖. Não é para humilhar, é para cor-rigir ou melhorar.

Assim hoje, na mídia religiosa há clara-mente três ênfases que apontam para o Deus único. A ênfase no Filho que se en-carnou, a ênfase no Espírito Santo e a ênfase no Pai. Você já deve ter notado que alguns pregado-res dedicam 95% das suas falas e canções ao Espírito Santo. São pentecostais, ou segundo eles mes-mos afirmam: semeiam a cultura de Pentecostes.

Há os que acentuam o Cristo, o Coração de Jesus, o Filho! O acento é cristocêntri-co. E há, da parte de alguns programas católicos, um novo e forte acento no Pai Eterno. Além disso existe há séculos, a ênfase no Deus Uno e Trino.

Sempre houve. Há templos dedicados a estas quatro ênfases.

Eu mesmo, coroinha, aos dez anos servia nas missas da paró-quia da SSma. Trin-dade e na do Cora-ção de Jesus. Duas ênfases que, ainda menino, eu não en-tendia. Depois, tornei-me sacerdote saben-do das quatro ênfa-ses e optei por ser pregador da ênfase no Filho e na sua misericórdia, acentu-ando seu coração que batia pelo mun-do.

Ficou claro para mim que falava do mesmo e único Deus e que não havia o Filho, sem o Pai e o Espírito Santo. A ênfase era minha e do meu gru-po, mas Deus era um só. Hoje, quando me reúno com irmãos católicos ou evangéli-cos e os vejo acentu-ando o pentecostes, afirmando-se caris-máticos e usando de linguagem própria, eu respeito. Sendo acen-to certo, não vejo porque discordar. Também não tenho como discordar do acento certo no Pai Eterno. Nem eles po-dem discordar no meu acento no Cristo libertador. Estamos falando do único

Deus.

É quando o acento foge do conceito, ou induz ao erro que se deve reagir. Os teó-logos e catequistas devem corrigir quem faz afirmações errô-neas sobre as três pessoas da Trindade, ou quando a ênfase é tanta que parece que, a partir de agora, to-da vez que alguém falar de Deus deve falar só do Pai Eter-no, ou só do Filho ou só do Espírito Santo.

Tenho na minha es-tante dois livros que adquiri recentemente. Um, erudito, mostra o pentecostalismo nes-te ultimo século. É bom e respeitoso. O outro dá a entender que o sacerdote que não ora em línguas e não conduz missas de cura e libertação não acolheu o Espíri-to Santo. Conclusão errada. Devia ter lido Jo 16,15 e Jo 5,23 Jo 6,65 e mais de 40 passagens sobre o tema. Que as ênfases não nos separem!

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O Sacramento do Ba-tismo, a Confirma-ção e a Eucaristia são a base de toda a vida cristã na Igreja. Por meio destes três sacramentos, a fé, a esperança e a carida-de têm sua origem, desenvolvimento e sustentação, a exem-plo do que acontece na vida natural. Diz o Catecismo da Igreja Católica que: ―os fiéis de fato, renascidos no Batismo, são for-talecidos pelo sacra-mento da Confirma-ção e, depois, nutri-dos com o alimento da vida eterna na Eucaristia‖1.

O Sacramento do Batismo abre cami-nho para todos os demais sacramentos. Batismo significa mergulho. Esse mer-gulhar ou submergir tem dois momentos: o imergir ou afundar

que simboliza o se-pultamento do cate-cúmeno na morte de Cristo, e o emergir ou ressurgir, a vida no-va, uma nova criatura em Jesus Cristo2. ―Os batizados ‗vestiram-se de Cristo‘‖3.

Só pode ser batizada a pessoa que ainda não recebeu o Batis-mo4. A conversão é indispensável para receber o Batismo.5. E também a fé. ―O Batismo aparece sempre ligado à fé‖6. O Batismo presume a fé, é o sacramento da fé7.

No início da Igreja os adultos tinham uma formação cristã inte-gral, chamada cate-cumenato, em prepa-ração à recepção do Batismo, Confirma-ção e Eucaristia. Es-ta situação é mais co-mum onde o anúncio do Evangelho é ainda recente8. ―A gratuida-de pura da graça da salvação é particu-larmente manifesta no Batismo das crianças. A Igreja e os pais privariam en-tão a criança da gra-ça inestimável de tor-

nar-se filho de Deus se não lhe conferis-sem o Batismo pou-co depois do nasci-mento‖9.

O bispo, o presbítero e o diácono são os ministros ordinários do Batismo. Porém, qualquer pessoa, mesmo não batizada, em caso de necessi-dade, pode batizar, desde que use a fór-mula e tenha a mes-ma intenção de fazer o que a Igreja faz quando batiza10. Quem é batizado passa por uma trans-formação e torna-se uma nova criatura11, filho adotivo de Deus 12, participante da na-tureza divina13, mem-bro de Cristo14, co-herdeiro de Cristo15, templo do Espírito Santo16.

O cristão, com o Ba-tismo, é selado com a marca de Cristo. Esse selo que não se apaga nunca, é conhecido como caráter. Uma vez re-cebido, não pode ser reiterado17. ―O ‗selo do Senhor‘ (‘Domini-cus character’) é o selo com o qual o

PPáággiinnaa 77 –– AAbbrriill // 22001144

Juares Celso Krum é Diácono

permanente da Diocese de União da Vitória. Bacharel e

Mestre em Teologia pela Pontifícia Universidade

Católica do Paraná - PUCPR

Espírito Santo nos marcou ‗para o dia da redenção‘18. ‗O Ba-tismo, com efeito, é o selo da vida eter-na.‘‖19.

O Sacramento da Confirmação pleni-fica a graça do Ba-tismo, vincula os fiéis à Igreja e os enrique-ce de força especial do Espírito Santo.20 ―Nos primeiros sécu-los, a Confirmação constituía em geral uma só celebração com o Batismo, for-mando com este, se-gundo a expressão de São Cipriano, um ‗sacramento duplo’. Entre outros motivos, a multiplicação dos batizados de crianças – e isto ao longo do ano todo – e a multi-plicação das paró-quias (rurais), o que ampliou as dioceses, não permitem mais a presença do Bispo em todas as celebra-ções batismais. No Ocidente, visto que se deseja reservar ao Bispo a Crisma, se instaurou a separa-ção dos dois sacra-mentos em dois mo-

Os Sacramentos da

Iniciação Cristã

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causou um entendi-mento distorcido da iniciação cristã. O sa-cramento da Confir-mação ou Crisma é considerado como o ―sacramento do Espí-rito Santo‖ e o bispo, que possui a plenitu-de da ordem, é seu ministro. Contudo, o Espírito Santo foi da-do já no Batismo in-corporando o batiza-do à ―vida nova‖ do Senhor. A Confirma-ção autentica a en-trada na comunhão total com a Igreja, certificando a pleni-tude eclesial do Ba-tismo recebido como responsabilidade de serviço e testemunho. De fato ―o termo Con-firmação sugere que este sacramento ao mesmo tempo, con-firma o Batismo e consolida a graça ba-tismal.26‖ No Batismo somos inseridos na comunidade eclesial, recebemos o Espírito Santo e a Confirma-ção plenifica, ratifica, confirma essa pre-sença inspirando-nos para o bem e alertan-do-nos sobre o mal.

O Sacramento da

Abril / 2014 – Página 8

Eucaristia conclui a iniciação cristã. Os diversos nomes mos-tram a riqueza deste sacramento. Ele é chamado Eucaristia porque é ação de graças a Deus27, Ceia do Senhor ou memorial da ceia de Jesus com seus dis-cípulos, antes de sua paixão28, Fração do pão porque Jesus re-partiu o pão com seus discípulos29, que por sua vez mostran-do sua comunhão com Cristo e entre si continuaram usando a fração do pão30. A Assembléia eucarís-tica é celebrada na assembléia dos fiéis31, Memorial da paixão e da ressurrei-ção do Senhor, San-to Sacrifício, pois o único sacrifício de Cristo é atualizado, Santa e divina Li-turgia ou Santíssimo Sacramento por ser o sacramento dos sa-cramentos, Comunhão, pois por ele os cristãos unem-se a Cristo e Santa Missa porque ao término dá o envio aos fiéis, a missão para cumprir a von-

tade de Deus.32

O pão e o vinho estão no centro da celebra-ção da Eucaristia, os quais se tornam Cor-po e Sangue de Cris-to pelas palavras de Cristo e invocação do Espírito Santo.33O re-lato da instituição da Eucaristia está nos evangelhos sinóticos e em São Paulo e o evangelho de João mostra a preparação para a instituição. 34 Fazei isto em memo-ria de mim foi o man-damento dado por Jesus à Igreja, não apenas para que se recorde do que ele fez, mas para que se-ja celebrado liturgi-camente, como me-morial de sua vida, morte, ressurreição e de sua intercessão junto ao Pai, ―até que ele venha‖35.

A comunhão eucarís-tica aumenta nossa união com Cristo36, conserva e renova a vida da graça recebi-da no batismo, sepa-ra-nos do pecado e fortalece a caridade. A condição para re-ceber a comunhão é reconhecer o Cristo

mentos distintos. O Oriente manteve jun-tos os dois sacramen-tos, tanto que a Con-firmação é ministra-da pelo presbítero que batiza.21‖

A unção é uma ex-pressão simbólica significativa da pleni-tude da Trindade a fim de que toda a vi-da do cristão exale ―o bom odor de Cristo‖ 22. ―Por esta unção, recebe-se ‗a marca‘, o selo do Espírito Santo‖23. ―Este selo do Espírito Santo marca a pertença to-tal a Cristo, o colocar-se a seu serviço, para sempre.

‗Todo batizado ainda não confirmado pode e deve receber o sa-cramento da Confir-mação‖24. ―O ministro ordinário da confirma-ção é o Bispo; admi-nistra validamente este sacramento tam-bém o presbítero que tem faculdade para tal‖25. A crisma é, por-tanto, um sacramento muito importante na caminhada cristã. Vem mostrar uma ati-tude pessoal do can-didato para assumir de maneira pessoal e radical, a opção por Jesus Cristo e seu projeto.

A separação do sa-cramento do Batismo e da Confirmação

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presente nos mais pobres37. Além disso, deve-se estar em es-tado de graça.38 A Igreja sabe que, des-de agora, o Senhor vem em sua Eucaris-tia, e que ali Ele está, no meio de nós.39

É Cristo que batiza e confirma. Mas Ele não está na água ou no óleo, apenas se serve da água e do óleo. Na Eucaristia, Sua presença na hóstia consagrada, não é um símbolo. É real. Cristo está pre-sente real, pessoal e corporalmente. Este é o mistério da fé católi-ca. A presença real convoca e exige que cada cristão viva em comunhão com todos os semelhantes.

Reflexões pastorais

Os sacramentos de iniciação deverão ser trabalhados na cate-quese e nas pastorais como inserção dos candidatos na comu-nidade eclesial. Di-zemos isto para pre-venir alguns equívo-cos que poderão fa-zer dos sacramentos algo mágico, esotéri-co, com muitos ritos mas pouca evangeli-zação.

Infelizmente no uni-verso do senso co-mum, na pastoral,

paira a ideia que os sacramentos são su-ficientes para a sal-vação enquanto a vivência comunitária na liturgia e na co-munhão é menos im-portante e até desne-cessário. Sabemos que os sacramentos são eficazes no pro-cesso salvífico, porém, sabemos também que a sal-vação acontece em comunidade e o grande critério evangélico é a cari-dade: ―tive fome, es-tava nu, estava preso (oprimido), com sede...40.

Alimentados pela graça dos sacramen-tos é que ganhamos força para que, como Igreja consigamos transformar a realidade no mundo que Deus quer para seu filhos. Diz a Encíclica Evangelli Nuntiandi: "Tudo isto começa durante a vida do mesmo Cristo e é definitivamente alcançado pela sua morte e ressurreição; mas deve ser perseguido, pacien-temente, no decorrer da história, para vir a ser plenamente realizado no dia da última vinda de Cristo, que ninguém, a não ser o Pai, sabe quando acontecerá"41

O documento do Concílio Vaticano II, Gaudium et Spes, também faz um apelo ao engajamento dos cristãos no processo de transformação do mundo: "Depois de propagarmos na ter-ra, no Espírito do Senhor e por sua or-dem, os valores da dignidade humana, da comunidade fraterna e da liber-dade, nós os encon-traremos novamente, limpos, contudo de toda a impureza, ilu-minados e transfigu-rados, quando Cristo entregar ao Pai, o reino eterno e univer-sal"42

Assim, marcados com os sacramentos de iniciação e impul-sionados pela graça que deles emana, como Igreja, somos todos forjadores do Reino de Deus. Um Reino do qual a Igreja é sinal e instrumento. Tendo isto como princípio, os sacramentos não são somente atos isolados, mas se incorporam na vida e fazem efeito nas comunidades ecle-siais que vivem ante-cipadamente o Reino definitivo.

PPáággiinnaa 99 –– AAbbrriill // 22001144

REFERÊNCIAS 1 CIC 1212. 2 Rm 6,3-6.8; 2Cor 5,17;

Gl 6,15. 3 CIC 1227 4 CIC 1246; CDC cân 864. 5 At 2,38. 6 CIC 1226; At 16,31-33. 7 Mc 16,16. 8 CIC 1247. 9 CIC 1250 e 1996. 10 CIC 1239, 1240, 1256,

1752 11 2Cor 5,17) 12 Gl 4,5-7 13 2Pd 1,4 14 1Cor6,15; 12,12s. 15 Rm 8,17 16 1Cor 6,19. 17 CIC 1272. 18 Ef 1,13-14; 4,30; 2Cor

1,21-22. 19 CIC 1274. 20 CIC 1285. 21 CIC 1233 e 1290 22 2Cor 2,15. 23 CIC 1295 e 698 24 CIC 1306; CDC cân.889. 25 CDC cân., 882 e 883,3. 26 CIC 1289. 27 Lc 22,19; 1Cor 11,24. 28 Ap 19,9. 29 Mt 26,26; 1Cor 11,24. 30 At 2, 42.46; 20, 7.11. 31 1Cor 11,17-34. 32 CIC 1328 a 1332. 33 CIC 1333 a 1336. 34 Mt 26,26-29; Mc 14,22-

25; Lc 22,19-20; 1Cor

11,23-25; Jo 6,51-58. 35 1Cor 11,26; CIC-1341-

1344. 36 Jo 6,56. 37 Mt 25,40. 38 CIC 1415. 39 CIC 1404. 40 Mt. 25, 31ss 41 Evangelii Nuntiandi nú-

mero 9 42 Gaudium et Spes número

320

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O Papa Francisco iniciou no dia 08 de janeiro deste ano, durante as Audiên-cias Gerais das quar-tas-feiras, uma série de Catequeses sobre os Sacramentos. Na primeira catequese, dia 8, e na segunda, dia 15 de janeiro, ele falou sobre o Sacra-mento do Batismo.

Por uma feliz coinci-dência, no próximo domingo celebra-se precisamente a festa do Batismo do Se-nhor.

O Batismo é o sa-cramento sobre o qual se fundamenta a nossa própria fé e que nos insere como membros vivos em Cristo e na sua Igreja. Juntamente com a Eucaristia e com a Confirmação forma a chamada «Iniciação cristã», a qual consti-tui como que um úni-co, grande evento sacramental que nos configura com o Se-nhor e nos torna um

sinal vivo da sua pre-sença e do seu amor.

Pode surgir em nós uma pergunta: mas o Batismo é realmente necessário para viver como cristãos e se-guir Jesus? Não é no fundo um simples rito, um ato formal da Igreja para dar o no-me ao menino ou à menina? É uma per-gunta que pode sur-gir. E a este propósi-to, é esclarecedor quanto escreve o a-póstolo Paulo: «Igno-rais, porventura, que todos nós, que fomos batizados em Jesus Cristo, fomos batiza-dos na Sua morte? Pelo batismo sepul-tamo-nos juntamente com Ele, para que, assim como Cristo ressuscitou dos mor-tos, mediante a glória do Pai, assim cami-nhemos nós também numa vida nova» (Rm 6, 3-4). Por con-seguinte, não é uma formalidade! É um ato que diz profundamen-te respeito à nossa existência. Uma

criança batizada ou uma criança não bati-zada não é a mesma coisa. Uma pessoa batizada ou uma pes-soa não batizada não é a mesma coisa. Nós, com o Batismo, somos imergidos naquela fonte inesgotável de vida que é a morte de Jesus, o maior ato de amor de toda a histó-ria; e graças a este amor podemos viver uma vida nova, já não à mercê do mal, do pecado e da morte, mas na comunhão com Deus e com os irmãos.

Muitos de nós não recordam minimamen-te a celebração deste Sacramento, e é ób-vio, se fomos batiza-dos pouco depois do nascimento. Fiz esta pergunta duas ou três vezes, aqui, na praça: quem de vós conhece a data do próprio Ba-tismo, levante a mão. É importante conhecer o dia no qual eu fui imergido precisa-mente naquela corren-te de salvação de Je-

BATISMO

OO BBaattiissmmoo éé oo

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««IInniicciiaaççããoo ccrriissttãã»»,,

aa qquuaall ccoonnssttiittuuii

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Abril / 2014 – Página 10

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sus. E permito-me dar um conselho. Mas, mais do que um con-selho, trata-se de uma tarefa para hoje. Hoje, em casa, procu-rai, perguntai a data do Batismo e assim sabereis bem o dia tão bonito do Batis-mo. Conhecer a data do nosso Batismo significa conhecer uma data feliz. Mas o risco de não o conhe-cer significa perder a memória daquilo que o Senhor fez em nós, a memória do dom que recebemos. En-tão acabamos por considerá-lo só como um evento que acon-teceu no passado — e nem devido à nossa vontade, mas à dos nossos pais — por conseguinte, já não tem incidência algu-ma sobre o presente. Devemos despertar a memória do nosso Batismo. Somos chamados a viver o nosso Batismo todos os dias, como reali-dade atual na nossa existência. Se segui-mos Jesus e perma-necemos na Igreja, mesmo com os nos-sos limites, com as nossas fragilidades e os nossos pecados, é precisamente graças ao Sacramento no qual nos tornamos novas criaturas e fo-mos revestidos de

Cristo. Com efeito, é em virtude do Batis-mo que, libertados do pecado original, so-mos inseridos na rela-ção de Jesus com Deus Pai; que somos portadores de uma esperança nova, por-que o Batismo nos dá esta nova esperança: a esperança de per-correr o caminho da salvação, a vida intei-ra. E esta esperança que nada e ninguém pode desiludir, porque a esperança não de-cepciona. Recordai-vos: a esperança no Senhor nunca desilu-de. É graças ao Ba-tismo que somos ca-pazes de perdoar e amar também quem nos ofende e nos faz mal; que conseguimos reconhecer nos últi-mos e nos pobres o rosto do Senhor que nos visita e se faz pró-ximo. O Batismo aju-da-nos a reconhecer no rosto dos necessi-tados, dos sofredores, também do nosso pró-ximo, a face de Jesus. Tudo isto é possível graças à força do Ba-tismo!

Um último elemento, que é importante. E faço uma pergunta: uma pessoa pode ba-tizar-se a si mesma? Ninguém pode batizar-se a si mesma! Nin-guém. Podemos pedi-

lo, desejá-lo, mas te-mos sempre a neces-sidade de alguém que nos confira este Sa-cramento em nome do Senhor. Porque o Ba-tismo é um dom que é concedido num con-texto de solicitude e de partilha fraterna.

Ao longo da história sempre um batiza ou-tro, outro, outro... é uma corrente. Uma corrente de Graça. Mas, eu não posso me batizar sozinho: devo pedir o Batismo a outra pessoa. É um ato de fraternidade, uma ato de filiação à Igreja. Na celebração do Batismo podemos reconhecer os traços mais característicos da Igreja, a qual como uma mãe continua a gerar novos filhos em Cristo, na fecundidade do Espírito Santo.

Peçamos então de coração ao Senhor podermos para expe-rimentar cada vez mais, na vida diária, esta graça que re-cebemos com o Ba-tismo. Que os nossos irmãos ao encontrar-nos possam encontrar verdadeiros filhos de Deus, verdadeiros irmãos e irmãs de Jesus Cristo, verda-deiros membros da Igreja. E não es-queçais a tarefa de hoje: procurar, per-

BATISMO

AAoo lloonnggoo ddaa

hhiissttóórriiaa sseemmpprree

uumm bbaattiizzaa oouuttrroo,,

oouuttrroo,, oouuttrroo...... éé

uummaa ccoorrrreennttee..

UUmmaa ccoorrrreennttee ddee

GGrraaççaa.. MMaass,, eeuu nnããoo

ppoossssoo mmee bbaattiizzaarr

ssoozziinnhhoo:: ddeevvoo

ppeeddiirr oo BBaattiissmmoo

aa oouuttrraa ppeessssooaa.. ÉÉ

uumm aattoo ddee

ffrraatteerrnniiddaaddee,, uummaa

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BBaattiissmmoo ppooddeemmooss

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ttrraaççooss mmaaiiss

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EEssppíírriittoo SSaannttoo..

PPáággiinnaa 1111 –– AAbbrriill // 22001144

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guntar a data do próprio Batismo. As-sim como eu conheço a data do meu nas-cimento, devo con-hecer também a data do meu Batismo, porque é um dia de festa.

Na quarta-feira pas-sada demos início a uma breve série de catequeses sobre os Sacramentos, come-çando pelo Batismo. E também hoje gosta-ria de meditar sobre o Batismo, para ressal-tar um fruto muito im-portante deste Sacra-mento: ele leva-nos a ser membros do Cor-po de Cristo e do Po-vo de Deus. São Tomás de Aquino afirma que quantos recebem o Batismo são incorporados a Cristo quase como seus próprios mem-bros e agregados à comunidade dos fiéis (cf. Summa Theolo-giae, III, q. 69, art. 5; q. 70, art. 1), ou seja, ao Povo de Deus. Na escola do Concílio Vaticano II, hoje di-zemos que o Batis-mo nos faz entrar no Povo de Deus, levan-do-nos a ser mem-bros de um Povo a caminho, um Povo peregrino na história.

Com efeito, assim como a vida se transmite de geração

em geração, também de geração em ge-ração, através do re-nascimento na pia batismal, é transmiti-da a graça, e com esta graça o Povo cristão caminha no tempo como um rio que irriga a terra e propaga no mundo a bênção de Deus. Desde que Jesus disse o que ouvimos do Evangelho, os discípulos partiram para batizar; e desde aquela época até hoje há uma cadeia na transmissão da fé mediante o Batismo. E cada um de nós é um elo daquela cor-rente: um passo em frente, sempre; como um rio que irriga. As-sim é a graça de Deus, assim é a nos-sa fé, que devemos transmitir aos nossos filhos, às crianças, para que elas, quan-do forem adultas, possam transmiti-la aos seus filhos. As-sim é o batismo. Porquê? Porque o batismo nos faz en-trar neste Povo de Deus, que transmite a fé. Isto é deveras im-portante. Um Povo de Deus que caminha e transmite a fé.

Em virtude do Batis-mo nós tornamo-nos discípulos mis-sionários, chamados

a levar o Evangelho ao mundo (cf. Exor-tação Apostólica Evangelii gaudium, 120). «Cada um dos batizados, indepen-dentemente da própria função na Igreja e do grau de instrução da sua fé, é um sujeito ativo de evangeli-zação... A nova evan-gelização deve impli-car um novo protago-nismo» (ibid.) da parte de todos, de todo o Povo de Deus, um novo protagonismo de cada batizado. O Povo de Deus é um Povo discípulo — porque recebe a fé — e mis-sionário — porque transmite a fé. É isto que o Batismo faz entre nós: confere-nos a Graça, transmite-nos a Fé. Todos na Igreja somos discípulos, e o somos sempre, a vida inteira; e todos nós somos missionários, cada qual no lugar que o Senhor lhe confiou. Todos: até o mais pe-quenino é missionário; e aquele que parece maior é discípulo. Mas algum de vós dirá: «Os Bispos não são discípulos, eles sabem tudo; o Papa sabe tu-do, e não é discípulo». Não, até os bispos e o Papa devem ser discípulos, pois se não forem discípulos não farão o bem, não po-

BATISMO

EExxiissttee uumm vvíínnccuulloo

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Abril / 2014 – Página 12

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derão ser missioná-rios nem transmitir a fé. Todos nós somos discípulos e mis-sionários.

Existe um vínculo in-dissolúvel entre as dimensões místi-ca e missionária da vocação cristã, am-bas arraigadas no Batismo. «Ao rece-ber a fé e o batismo, os cristãos acolhem a ação do Espírito San-to, que leva a confes-sar a Jesus como Filho de Deus e a chamar Deus ―Abba‖, Pai. Todos os batiza-dos e batizadas... são chamados a viver e a transmitir a comunhão com a Trindade, pois ―a evangelização é um chamado à parti-cipação da comunhão trinitária‖» (Documen-to final de Aparecida, n. 157).

Ninguém se salva sozinho. Somos uma comunidade de fiéis, somos Povo de Deus e nesta comunidade experimentamos a beleza de compar-tilhar a experiência de um amor que nos precede a todos, mas que ao mesmo tempo nos pede para ser «canais» da graça uns para os outros, apesar dos nossos limites e pecados. A dimensão comunitária

Página 13 – Abril / 2014

não é apenas uma «moldura», um «con-torno», mas constitui uma parte integrante da vida cristã, do tes-temunho e da evan-gelização. A fé cristã nasce e vive na Igre-ja, e no Batismo as famílias e as paróquias celebram a incorporação de um novo membro a Cris-to e ao seu corpo, que é a Igreja (cf. ibid., n. 175b).

A propósito da im-portância do Batismo para o Povo de Deus, é exemplar a história da comunidade cristã no Japão. Ela pade-ceu uma perseguição árdua no início do século XVII. Houve numerosos mártires, os membros do clero foram expulsos e milhares de fiéis fo-ram assassinados. No Japão não per-maneceu nem se-quer um sacerdote, todos foram expulsos. Então, a comunidade retirou-se na clandes-tinidade, conservando a fé e a oração no escondimento. E quando nascia um filho, o pai ou a mãe batizavam-no, pois todos os fiéis podem batizar em circuns-tâncias particulares. Quando, depois de cerca de dois séculos

e meio, 250 anos mais tarde, os mis-sionários voltaram para o Japão, milhares de cristãos saíram do escondi-mento e a Igreja con-seguiu reflorescer. Sobreviveram com a graça do seu Batis-mo! Isto é grande: o Povo de Deus trans-mite a fé, batiza os seus filhos e vai em frente. E apesar do segredo, mantiveram um vigoroso espírito comunitário, porque o Batismo os tinha le-vado a constituir um único corpo em Cristo: viviam isolados e es-condidos, mas eram sempre membros do Povo de Deus, mem-bros da Igreja. Pode-mos aprender muito desta história!

****

BATISMO

AAoo lloonnggoo ddaa

hhiissttóórriiaa sseemmpprree

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Nos dias 8 e 9 de

março, Foz do

Iguaçu sediou o 8º

Encontro Provincial

da Pastoral Familiar.

Teve a participa-

ção de 120 agentes

da Pastoral Familiar

das Dioceses de

Toledo, Foz do

Iguaçu, Palmas-

Francisco Beltrão e

da Arquidiocese de

Cascavel.

O assessor foi o Pe.

Evaristo Debiasi

(Arquidiocese de

Florianópolis), que

falou sobre

“Acolhimento,

orientação familiar

88ºº EEnnccoonnttrroo PPrroovviinncciiaall ddaa

PPaassttoorraall FFaammiilliiaarr

Luiz Carlos Bittencourt -

AAbbrriill // 22001144 –– PPáággiinnaa 1144

e seus desafios

atuais”.

No encontro tam-

bém foi feita a es-

colha para a nova

coordenação Pro-

vincial da Pastoral

Familiar, 2014 –

2017, abrangendo

as Dioceses de

Palmas-Francisco

Beltrão, Toledo, Foz

do Iguaçu e a Ar-

quidiocese de Cas-

cavel.

Foram reeleitos os

casais Luiz Carlos e

Vanderleia Bitten-

court, Amauri e

Idete Favaretto,

ambos da Conca-

tedral Nossa Senho-

ra da Glória, Dioce-

se de Palmas-

Francisco Beltrão.

Esteve presente va-

lorizando o encon-

tro, Dom Dirceu

Vegini, Bispo de Foz

do Iguaçu e diver-

sos padres.

Algumas das frases

ditas pelo Pe. Eva-

risto:

“A Pastoral Familiar

lida com casos

marcados por feri-

das.

Não há cura na

droga sem que o

ser humano se sinta

A maior

carência

na Igreja

Católica

não é a

doutrina,

mas o

acolhimento.

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PPáággiinnaa 1155 –– AAbbrriill // 22001144

amado.

A maior carência

na Igreja Católica

não é a doutrina,

mas o acolhimento.

A Pastoral Familiar é

a capacidade de

amar o outro a par-

tir de Jesus.

Pastoral Familiar é a

compreensão da

existência.

Pastoral Familiar é a

capacidade de

sairmos de nós e

irmos ao encontro

do ser humano, é

descobrir que so-

mos filhos do mes-

mo Deus.

A Pastoral Familiar é

parte do que você

é, pois o Céu co-

meça em você.

É ter a consciência

de que Deus está

agindo através de

mim.

Ser agente de Pas-

toral começa pelos

olhos – ter a capa-

cidade de ver o

que o outro está

precisando.

Ser Pastoral Familiar

é saber que tem

horas para dizer as

coisas, cuidado

com as palavras

vazias, fique atento.

Precisamos ficar

juntos com a dor do

outro e caminhar

com ele como dis-

cípulos de Emaús.

Ser Pastoral Familiar

é começar a ter

em mim, os teus

gestos e tua manei-

ra de amar, ó Deus.

Quando alguém

chorar, que eu pe-

gue no colo, que

esta pessoa se sinta

abraçada e que

perceba em mim a

ternura de Deus,

assim seremos Pas-

toral Familiar.

O 9º Encontro

Provincial da

Pastoral Familiar

acontecerá na

Arquidiocese de

Cascavel em 7 ou

14 de março de

2015.

Nas páginas 16 e

17, a seguir, alguns

momentos do

Encontro.

Ser agente

de Pastoral

começa pelos

olhos – ter a

capacidade

de ver o que

o outro está

precisando.

Ser Pastoral

Familiar é

saber que

tem horas

para dizer as

coisas,

cuidado com

as palavras

vazias, fique

atento.

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AAbbrriill // 22001144 –– PPáággiinnaa 1166

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PPáággiinnaa 1177 –– AAbbrriill // 22001144

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são Episcopal para a Vi-da e a Família e secretá-rio executivo da Pastoral Familiar, padre Rafael Fornasier, explicou que a Assembleia Nacional vive os preparativos do Síno-do Extraordinário sobre a Família. ―Estamos em sintonia com a Igreja na busca de caminhos aber-tos e novos para o servi-ço a família no Brasil por meio das atividades da Pastoral Familiar‖, disse padre Rafael.

Durante a Assembleia houve reflexão sobre a participação das dioce-ses na preparação do 3ª Assembleia Geral Extra-ordinária do Sínodo dos Bispos sobre a Família, convocada pelo papa Francisco para o período de 9 a 15 de outubro de 2014, no Vaticano.

Novo casal O casal Roque e Veronica do Regional Oeste 2, foram eleitos como casal coordenador da CNPF para o próximo triênio.

3388ªª AAsssseemmbblleeiiaa OOrrddiinnáárriiaa ddaa CCNNPPFF

AAbbrriill // 22001144 –– PPáággiinnaa 1188

Bispos referenciais e casais coordenado-res regionais reuni-ram-se em Brasília (DF) para a 38ª As-sembleia Ordinária da Comissão Nacio-nal da Pastoral Fami-liar, de 28 a 30 de março, no Centro Cultural Missionário (CCM). A Assembleia teve caráter eletivo, na qual foram esco-lhidos os casais que assumirão a coorde-nação nacional. A programação incluiu também conferências sobre temas relativos à evangelização da família, avaliação dos trabalhos desenvolvi-dos em 2013, presta-ção de contas, mo-mentos de oração e definição do calendá-rio para este ano, en-tre outras atividades.

Na ocasião, o bispo de Coari (AM), dom Marcos Marian Piatek, foi apresenta-do aos casais. Ele é o novo membro da Comissão Episcopal para a Vida e a Família da CNBB.

Conferência ―A família hoje: como ser um agente da Pastoral Familiar realmente eficaz para o bem da família‖ foi o tema da conferên-cia ministrada pelo bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ) e membro da Comis-são para a Vida e a Família da CNBB, dom Antônio Augusto Dias Duarte.

O assessor da Comis-

Roque e Verônica, Vera e Tico – novo casal e casal que deixa a coordenação, respectivamente.

Jorge e Sandra (casal coordenador Regional Sul 2), Roque e Verônica (novo casal coordenador), Vera e Tico (casal coordenador que sai) e

Dom João Carlos Petrini

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O conceito de fa-mília monoparen-tal é extremamen-te amplo, porque vai

do caso da viúva, ou do viúvo, com filhos próprios, àquele da mulher solteira que escolheu deliberada-mente ocupar-se ex-clusivamente do seu ou dos seus filhos, fruto de relações pre-cedentes, sem buscar encontrar uma nova relação.

A reivindicação do ―direito‖ de fundar uma ―família monopa-rental‖ tornou-se ha-bitual no âmbito de movimentos feminis-tas, onde as mulhe-res que ficaram vo-luntariamente soltei-ras reivindicam o di-

reito de ter um filho através da relação sexual ou da adoção. Pode ser encontrada ainda em ambientes homossexuais.

Esta reivindicação é frequentemente in-fluenciada pela ideo-logia do gênero, co-mo também pelas diversas correntes que, na sexualidade humana, separam a dimensão unitiva da dimensão reproduti-va.

Mais frequentemente, a família monoparen-tal remete a uma si-tuação de fato: o côn-juge abandonado en-contra-se só, com o filho nascido de uma união agora desfeita.

Estas situações con-trastantes enaltecem problemas morais particularmente preo-cupantes. Estudos recentes levam a conclusões conver-gentes acerca da e-ducação dos filhos.

Estes têm necessida-de não só de um pai e de uma mãe, mas também de uma célu-la familiar estável pa-ra desenvolver a sua personalidade.

Quando um filho so-fre de um déficit edu-cativo e afetivo, por causa de uma carên-cia familiar, constata-se que fica exposto a crises mais ou menos graves de identidade – sexual inclusive – e

FFaammíílliiaa mmoonnooppaarreennttaall

à dificuldade de soci-alização.

Está sujeito a insu-cessos escolares e chega algumas vezes a deixar-se levar pela delinquência.

Constata-se também que a criança nascida de família monopa-rental, é muito mais ameaçada, uma vez adulta, pela tentação do divórcio.

Enfim, devemos rele-var que, quaisquer que sejam as causas sociológicas das situ-ações da monoparen-tela, os membros dessas ―famílias‖ de-vem receber um auxí-lio apropriado.

Tal é o caso das mães e dos pais viú-vos, ou injustamente abandonados, que continuam fiéis aos seus compromissos. Nestes casos, estes pais têm necessidade de ser ajudados, par-ticularmente em vista da educação cristã dos seus filhos.

(Leia o artigo completo às p. 415-418 em Lexicon – Ponti-fício Conselho para a Família – Termos ambíguos e discu-

tidos sobre família, vida e questões éticas)

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Bispo Referencial

Dom Orlando Brandes

Arcebispo de Londrina [email protected]

Casal Coordenador Jorge Luis Bovo e

Sandra Regina P.Bovo Diocese de Apucarana [email protected]

[email protected] [email protected]

Assessor Regional Diác.Juares C.Krum Diocese de União da Vitória

[email protected]

Período: 2014/2016

-------PRIORIDADE------- EVANGELIZAÇÃO

DAS FAMÍLIAS Com seis destaques: Catequese Grupos de Reflexão Pais e Filhos Espiritualidade Con-

jugal Juventude Noivos

Família: caminhar com a luz e a

sabedoria do Evangelho PROGRAMAÇÃO

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LOCAL: CENTRO DE EVENTOS PADRE VITOR COELHO DE ALMEIDA – SANTUÁRIO NACIONAL DE APARECIDA

O CREDENCIAMENTO SERÁ FEITO ATRAVÉS DO USO DE UMA PULSEIRA QUE SERÁ ADQUIRIDA NA RECEPÇÃO COM UMA

CONTRIBUIÇÃO DE RR$$ 33,,0000 POR ADULTO. CRIANÇAS, ADOLESCENTES E JOVENS, COM SEUS PAIS, TÊM LIVRE ACESSO.

AAbbrriill // 22001144 –– PPáággiinnaa 2200