Câncer: desafio para restabelecer o fluxo da vida? · 2018. 9. 19. · xias do Sul. O livro...

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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA BENTO GONÇALVES | SETEMBRO 2018 | EDIÇÃO 206 | ANO 17 Câncer: desafio para restabelecer o fluxo da vida? Reprodução Web

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  • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA BENTO GONÇALVES | SETEMBRO 2018 | EDIÇÃO 206 | ANO 17

    Câncer: desafiopara restabelecero fluxo da vida?

    Reprodução Web

  • SAÚDE JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Setembro 20182

    Por Kátia Bortolini

    O câncer não poupa ninguém. Segundo o Ins-tituto Nacional de Câncer (Inca), é a principal causa de morte por doença em crianças e adolescentes de 1 a 19 anos. Mediante essa realidade, está ocorren-do a campanha Setembro Dourado, de amplitude nacional, com o objetivo de divulgar o diagnóstico precoce como forma de vencer o câncer infantil.

    Em Bento Gonçalves, a campanha, lançada no último dia 13 de setembro, está sendo promovida pelo Centro Espírita Nossa Casa.

    Entre as ações da campanha no município ocor-re, no dia 30 de setembro, a primeira edição da ‘Ca-minhada pela Vida’, com orientações sobre a impor-tância do diagnóstico precoce do câncer infantil. “Cerca de 80% das crianças diagnosticadas precoce-mente obtém a cura do câncer, daí a importância de conscientizar a comunidade”, ressalta Susana Lodet-ti, do Centro Espírita Nossa Casa. Ela acrescenta que, através das atividades da campanha, ancorada em redes sociais, estão sendo promovidas, principal-mente entre o público jovem, a caridade e a solida-riedade. A ‘Caminhada pela Vida’ partirá às 9 horas do Centro Espírita Nossa Casa, na rua Mário Italvino Poletto, 235, próximo ao Colégio Landell de Moura.

    Na fase adulta, o câncer de mama lidera em prevalência na região Nordeste do Estado, seguido pelo de próstata. A informação é do coordenador do Instituto do Câncer do Hospital Tacchini / UNACON Bento Gonçalves, oncologista Fernando Obst. Ele lidera uma equipe composta por 58 profissionais, considerando as especialidades médicas (Oncologia Clínica, Radioterapia, Hematologia, Cancerologia Cirúrgica, Urologia, Mastologia, Cirurgia Torácica, Cirurgia do Aparelho Digestivo, Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Ginecologia) e multidisciplinar (equipe de Enfermagem Assistencial com Especialização em Oncologia e Equipe Técnica de Radioterapia, Nutri-

    Câncer: o imperador

    Principal causa de morte pordoença em crianças e adolescentes

    de todos os males

    Campanha Setembro Dourado divulga o diagnósticoprecoce como forma de vencer o câncer infantil

    “Estamos muito engajados nas ações do Se-tembro Dourado, campanha que estimula os pais a prestarem atenção nos seus filhos e também defen-de a educação nas universidades para os médicos em formação, a fim de que se faça um diagnóstico

    Ângela Rech Cagol e Susana Lodetti

    Divulgação

    Câncer de mama e de próstata lideram o ranking regional de óbitos pela doença na fase adulta

    ção, Psicologia, Fisioterapia, Assistência Social, Far-mácia, Física Médica e Pesquisa Clínica).

    Segundo Obst, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o UNACON atende a população da micror-região de Bento Gonçalves, que abrange 22 muni-cípios, sob a regulação da 5ª Coordenadoria da Se-cretaria de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul.

    Ele acrescenta que o Instituto atende também pacientes privados e de todos os convênios, prove-nientes de qualquer região do Estado, com infraes-trutura para o diagnóstico e tratamento completo de todos os casos de câncer, nas especialidades de cirurgia, quimioterapia e radioterapia.

    precoce a partir dos sintomas nos jovens. Essa é a melhor forma de vencer a doença”, enfatiza a onco-logista pediátrica Ângela Rech Cagol, que atende em Bento Gonçalves e coordena o serviço de Onco-logia Pediátrica do Hospital Geral de Caxias do Sul.

    Divulgação Hospital Tacchini

    Serviço de Radioterapia do Hospital Tacchini

  • JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Setembro 2018 SAÚDE 3

    “Tudo tem sentido, inclusive o câncer”“O câncer traz em si um forte significado. Ne-

    nhuma outra doença que acomete o homem é cercada por tantos eventos paralelos, incluindo a sensibilização de pessoas ao redor do doente”. A ob-servação é ressaltada na contracapa do livro “Tudo tem sentido, inclusive o câncer”, de 190 páginas, es-crito pelo médico Dorval de Andrade Tessari, de Ca-xias do Sul. O livro apresenta, de forma romanceada, o diálogo entre o autor e o médico alemão Georg Walter Groddeck (1866-1934), considerado o pai da Psicossomática.

    O cenário é a cidade alemã de Baden-Baden, na região de Karisruhe, onde residiu o médico. Nas con-versas imaginárias ocorridas às margens da Floresta Negra, eles discutem o adoecimento humano pela ativação de células cancerígenas do próprio orga-nismo. “A doença pode ser olhada como uma men-sagem criptografada que somente o próprio indiví-

    duo tem a capacidade de decifrar, se assim desejar. Nela estarão contidas todas as informações neces-sárias para que o fluxo de vida seja reestabelecido”, ressalta Tessari, num diálogo da página 60, dentro do capítulo V, denominado “Entendendo a Doença”.

    “Toda a doença é revestida de um significado pessoal e intrasferível”, ressalta ainda Tessari, gra-duado em Ginecologia e Obstetrícia pela UCS, com pós em áreas da Psicoterapia. O médico coordena o 19º Congresso Brasileiro de Medicina Psicossomá-tica, que ocorre em Caxias do Sul entre os dias 19 e 22 deste mês de setembro, no teatro da UCS, em turno integral. O evento, organizado pela Associa-ção Brasileira de Medicina Psicossomática - Regional RS, tem como principal objetivo estudar como inú-meros fatores de desequilíbrio acometem os seres humanos, produzindo as doenças.

    Divulgação

    Nos últimos anos, tem crescido a suposição de que a mente tem um papel importante em in-fluenciar o desenvolvimento do câncer. Uma teoria popular sugere que estados emocionais, como a depressão, podem estimular o crescimento de uma doença maligna. Outra teoria sustenta que o estres-se e sentimentos negativos suprimem a função imu-nológica, que é tida como crucial para a prevenção da doença.

    Uma grande indústria promove livros, artigos, vídeos, leituras e palestras dedicadas à proposição de que emoções, pensamentos e atitudes positivas podem manter o câncer à distância e mesmo derro-tá-lo quando ele já se instalou.

    Pesquisadores psicológicos encontram alguns traços e agrupam-nos em uma “personalidade pró-

    “Personalidade pró-câncer”-câncer”. Outros indicam estratégias mentais para derrotar a malignidade. De fato, até alguns estudos “mente-corpo” mais radicais chegam perto de cul-par os doentes, por terem falhado na luta contra a doença.

    A verdade científica destas afirmações é variável. Poucos estudos científicos mostram uma relação entre fatores mentais e o início ou desenvolvimento do câncer, e outros mostram que não existe nada re-lacionado. Críticos, ainda, mostram que os estudos que indicam a relação entre o status emocional e o câncer são mal desenhados e malconduzidos.

    No início de 2003, foi publicado o primeiro es-tudo com padrão científico rigoroso. Segundo o estudo, mulheres que passaram por momentos de stress emocional apresentam chance maior do de-

    senvolvimento de câncer de mama. Em especial, mulheres após o divórcio ou a morte do cônjuge apresentaram chances aumentadas da doença.

    Mas outros estudos com desenho científico mais adequado foram publicados posteriormente e não reproduziram estes resultados. O sabido é que realmente deve existir algum impacto do es-tado emocional na progressão da doença. Os me-canismos exatos e em que doenças a importância é maior ainda é uma incógnita. Mas, comprovada-mente existe um modo em que as emoções po-dem aumentar o risco de câncer de forma direta: o hábito de fumar, o alcoolismo e outros compor-tamentos ligados ao câncer às vezes representam uma alternativa que caminha junto com o estresse e depressão.

    Dorval de Andrade Tessari

  • JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Setembro 2018SAÚDE4

    Do primeiro minuto até a última resposta, a fala do oncologista Si-ddhartha Mukherjee no Fronteiras do Pensamento mereceu a atenção total do público que lotou o Salão de Atos da UFRGS, em Porto Alegre, no último dia 3 de setembro. O médico indiano radicado nos EUA fez um rápido histó-rico do câncer, doença com o primeiro registro há cerca de quatro mil anos. Porém, focou principalmente em lan-çar luzes nos futuros tratamentos.

    Mukherjee destacou que hoje já é possível saber a altura que um adulto terá só analisando o código genético ainda na fase de feto. De forma se-melhante, se um bebê em desenvol-vimento terá alguma doença grave e em qual fase da vida. Questionou os presentes para saber se teriam inte-resse nessa informação. Poucos res-ponderam afirmativamente. “Você gostaria de saber antes? Esse é o di-lema”, afirmou. “O medo do câncer se espalhou pela nossa cultura”.

    Imperador de todos os males

    O oncologista é autor de “O impe-rador de todos os males: uma biografia do câncer”, lançado em 2012 no Brasil e vencedor do Prêmio Pulitzer 2011. O livro de 640 páginas, voltado para todos os públicos, retrata a história da doença, os avanços no tratamento e o impacto na sociedade. “Nenhuma doença tem essa diversidade. A diver-sidade do câncer é igual à diversidade do número de pacientes. Então, não é simples: é um desafio. Mas tivemos avanços poderosos”, declarou.

    Mesmo com a evolução, não é possível prever a eliminação da do-ença nos próximos anos, mas haverá tratamentos mais eficientes. “Todos somos pré-câncer. Quanto mais ten-tamos diagnosticar de forma precoce, mais nos tornamos paranóicos. So-mos futuros pacientes de câncer em vigilância”, afirmou.

    Em razão de a doença se apresen-tar de forma diferente em cada pa-ciente, apontou que uma tendência

    Siddartha Mukherjee: tratar câncer é umdesafio, mas os avanços são poderosos

    é o tratamento cada vez mais indivi-dualizado, analisando hereditarieda-de, genética e hábitos de vida. Como exemplo, citou a americana Barbara Bradfield, a primeira a usar a droga Herceptin contra o câncer de mama há 18 anos. Ela está viva. “Só funcio-nou porque havia sido detectada uma determinada mutação genética in-dividual nela que responderia a esse medicamento. Caso contrário, o remé-dio seria tóxico”, disse.

    O médico ressaltou que hoje a ciência oferece técnicas para rastrear e detectar precocemente genes que aumentam o risco para tumores. Se-gundo ele, um laboratório nos EUA faz entre 15 e 20 sequenciamentos gené-ticos por semana. Sequenciar 23 mil genes custa cerca de US$ 1 mil, e o re-sultado fica pronto em uma semana.

    Na parte final, o momento de per-guntas do quinto Fronteiras do Pen-samento do ano foi conduzido pelos médicos Carlos Alexandre Netto, ex-

    -reitor da UFRGS, e Luiz Antonio Nasi, superintendente Médico do Hospital Moinhos de Vento. Questionado pelo público sobre tentativas para evitar o surgimento da doença, Mukherjee enfatizou a importância de medidas preventivas, como controle da obesi-dade. Excesso de peso é um fator de risco pelo estado inflamatório conti-nuado que cria um ambiente propício para o surgimento de células neoplá-sicas.

    O palestrante acrescentou que está em fase de estudo um tratamen-to médico associado à dieta alimentar com a finalidade de potencializar os resultados. Sobre isso, citou quatro estudos publicados na Nature, de-monstrando que o câncer usa meca-nismos particulares para bloquear a quimioterapia. “Se você combina o medicamento com a dieta correta, a chance de sucesso é maior”, afirmou. No próximo mês, começará a primeira pesquisa nesse rumo com 24 pacien-

    tes de câncer de mama nos Estados Unidos.

    Na abertura do evento, foi apre-sentado um vídeo produzido pelo Hospital Moinhos de Vento, um dos patrocinadores do Fronteiras do Pen-samento, destacando os dois anos do Centro de Oncologia alinhado com a visão do palestrante em relação ao tratamento e à prevenção do câncer.

    Quem é Siddhartha Mukherjee

    Nascido em Nova Deli, Índia, Si-ddhartha Mukherjee foi aluno desta-cado em seu país. Mudou-se para os Estados Unidos em 1989, estudou Bio-logia na Universidade Stanford, Imu-nologia na Universidade de Oxford e formou-se em Medicina na Universi-dade de Harvard, especializando-se em Oncologia. Atualmente, aos 48 anos, trabalha no centro médico da Universidade Columbia, onde tam-bém é professor assistente.

    Divulgação

    Oncologista Siddhartha Mukherjee participou do evento “Fronteiras do Pensamento”

    Empresa Jornalística Integração da Serra Ltda. Rua Refatti, 101 - Maria Goretti - Bento Gonçalves - RS | Fone: (54) 3454.2018 | 3451.2500 | E-mail: [email protected] | www.integracaodaserra.com.br

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    Diretora e Jornalista responsável: Kátia Bortolini - MTB 8374 | Redação: André Guillamelau | Social Media: Natália Zucchi | Área Comercial: Moacyr Rigatti | Atendimento: Sinval Gatto Jr. | Diagramação: Vania Maria

    Basso | Editor de Fotografia: André Pellizzari | Colaboradores e Colunistas: Aldacir Pancotto, Ancilla Dall´Onder Zat, Bruna Bello, Bruno Nascimento, Melissa Maxwell Bock, Rogério Gava, Thompsson Didoné.

  • JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Setembro 2018 EMPREENDEDORISMO 5

    “O sonho de um lar, em um só lugar”, preconiza o slogan da Imo-biliária Casa Maiori, que completa, neste mês de setembro, dois anos de atividades em Bento Gonçalves. A empresa, instituída pelos corretores imobiliários Douglas Santarosa, Eder-son Stringhini, Giovanni Maia e Ismael Viana de Souza em 26 de setembro de 2016, comercializa imóveis residen-ciais e comerciais na Serra Gaúcha, tanto na planta como prontos, terre-nos em áreas urbanas e lotes rurais.

    A equipe da Casa Maiori é forma-da por oito pessoas, entre elas sete corretores, preparados para acompa-nhar e aconselhar o cliente na aqui-sição do bem imóvel, no trâmite em instituições financeiras e no processo de transferência do imóvel. No por-tfólio da empresa, há imóveis de alto e médio padrão, empreendimentos no programa habitacional Minha Casa Minha Vida, além de terrenos e lotes rurais.

    Atualmente, a Casa Maiori co-

    CASA MAIORI

    “O sonho de um lar, em um só lugar” é o slogan da imobiliária, que completa dois anos neste mês de setembro

    Dois anos de negócios bem sucedidosmercializa, com exclusividade, apar-tamentos em Bento Gonçalves, no Residencial Fenavinho, pelo programa Minha Casa, Minha Vida, a partir de R$ 125 mil.

    “Só temos a comemorar”Segundo o corretor Ismael Viana

    de Souza, a equipe da Casa Maiori é orientada a encontrar para o cliente o imóvel que corresponda ao seu perfil e à sua expectativa. “Nesses dois anos de atividades, trabalhando dessa for-ma, ampliamos nossa rede de rela-cionamentos e fechamos inúmeras parcerias. Só temos a comemorar”, acrescenta ele. O corretor salienta ain-da que os valores da empresa são éti-ca, inovação, transparência, responsa-bilidade e comprometimento.

    A Casa Maiori está situada na avenida Oswaldo Aranha, 1659, sala 3. Contatos para agendar atendimen-to: em horário comercial pelo fone 3702.3722, fora do horário comercial pelo fone 99908.4940.

    Foto: Divulgação

    Fotos: Kátia Bortolini

    Equipe Casa Maiori: Diego Maia, Tamara Anhaia, Lizandra Giuriatti, Tiago Tavares da Silveira, Giovanni Maia, Ederson Stringhini, Douglas Santarosa e Ismael Viana de Souza

    Ederson Stringhini, Douglas Santarosa, Giovanni Maia e Ismael Viana de Souza

  • JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Setembro 2018EMPRESAS | ENTIDADES6

    A Vinícola Aurora, maior e mais premiada do Brasil em concursos internacio-nais, participa da Wine South America 2018, com seus premiados vinhos, espu-mantes e suco de uva integral, de 26 a 29 de setembro, no Parque de Eventos, em Bento Gonçalves.

    Com mais de 640 premiações internacionais, a Aurora vai expor alguns de seus rótulos mais premiados e outros consagrados no mercado brasileiro. Pre-sença garantida é o espumante top de linha Aurora Extra Brut Pinto Bandeira Método Tradicional IP, com 24 meses de contato com as leveduras, eleito recente-mente o melhor Champenoise e o melhor espumante no ViniBraExpo, realizado no Rio de Janeiro, e foi o campeão da degustação Espumantes Brasileiros x Resto do Mundo, que integrou o Rio Wine & Food Festival, em agosto. Da mesma for-ma, os demais rótulos da vinícola nessa Indicação de Procedência: os vinhos não espumantes Chardonnay e Pinot Noir. Espumantes da linha Aurora Procedências e Aurora também estarão no estande da vinícola, assim como seus rótulos não espumantes das linhas Reserva, Varietal e Pequenas Partilhas.

    No dia 29 de setembro, também no Parque de Eventos, acontece a XXVI Ava-liação Nacional de Vinhos, o maior evento da vitivinicultura brasileira e conside-rado o maior do mundo no gênero, que reúne cerca de 900 pessoas, degustando os vinhos selecionados da safra, vindas de várias partes do Brasil e do exterior.

    Quem ouve falar da Sparkling Night Run pode imaginar que o preparo físico ideal é pré-requisito para participar da corrida noturna mais charmosa da Ser-ra Gaúcha. Mas não só de atletas profissionais será composta a quinta edição da prova. Uma novidade implementada esse ano convida toda a comunidade a fazer parte desse movimento: a modalidade caminhada. A Sparkling Night Run 2018 ocorre no dia 10 de novembro, a partir das 20h.

    Com percurso estimado em 4km (largada e chegada na Via Del Vino), permi-te apreciar a cidade sob uma ótica diferente, à parte da agitação do dia a dia. “A Sparkling Night Run é um momento muito propicio para desfrutarmos de tudo que Bento Gonçalves tem a oferecer: uma cidade acolhedora, com belos pon-tos turísticos, que resgatam e valorizam nossa história e cultura. Isso tudo, claro, além da oportunidade de integração e convívio social”, avalia Elton Paulo Gialdi, presidente o CIC-BG, entida-de promotora da atividade.

    A participação na moda-lidade ‘caminhada’ da Spa-rkling Night Run está dis-ponível em dois formatos: gratuita, para aqueles que quiserem acompanhar o per-curso. E, também, mediante inscrição no valor de R$ 20,00 (mais taxa de conveniência), que dá direito a uma camise-ta personalizada do evento.

    Inspirar, fomentar conexões pro-fissionais e incentivar o protagonis-mo feminino dentro das organiza-ções são os objetivos do Feminina - 1º Congresso de Mulheres Empreende-doras da Serra Gaúcha. O evento mar-cado para o dia 5 de outubro, na Sede social da Associação dos Motoristas de Garibaldi (AMG) é promovido pela Apeme Mulher – Núcleo feminino da Associação de Pequenas e Médias Empresas (Apeme), de Garibaldi. En-tre as atrações está a palestra Magna “Vida de Bailarina”, com Ana Botafogo.

    Visando reunir mulheres com perfil empreendedor de todas as ida-des e segmentos, a Apeme Mulher pensou em criar um evento que pro-mova reflexão e inspirações. Por isso, o dia será repleto de palestras com líderes e gestoras com trajetória re-conhecida. A primeira palestra será O Círculo Virtuoso do Empreendedoris-mo: A trilogia Foco, Vontade e Poten-cial”, com Cintia Lee Martínez Megget. Nascida em Montevidéu, a especialis-ta em Sistemas Integrados de Gestão abordará o que é ser empreendedora e explicará como desenvolver as ca-racterísticas essenciais.

    Na sequência, os participantes assistirão ao painel Mulheres Empre-

    Aurora leva seus vinhos premiados à Wine South AmericaDivulgação

    Modalidade caminhadana Sparkling Night Run

    Ana Botafogo é atração confirmada em Congresso de Empreendedoras

    endedoras: Histórias de Sucesso, com a presença da executiva da Malharia Anselmi, Maria Anselmi; diretora-pre-sidente da Rede de Ensino Caminho do Saber e vice-presidente de servi-ços da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC), de Caxias do Sul, Ma-ristela Tomasi Chiappin, e as garibal-denses: proprietária da Osteria Della Colombina, Odete Bettú Lazzari, e a pesquisadora em astrofísica Cristina Furlanetto. A partir das 17h, será a vez da palestra show Mulher, a alma do cuidado humano, com o filósofo, teó-logo e cantor Gustavo Balbinot.

    A última atração do congresso é a palestra magna Vida de Bailarina, com Ana Botafogo. A primeira-bailarina do Teatro Municipal do Rio de Janeiro é dona de uma carreira repleta de con-quistas importantes. Entre os muitos títulos que recebeu estão o de Em-baixatriz da Cidade do Rio de Janeiro e o de Benemérito do Estado do Rio de Janeiro. O Ministério da Cultura da República Francesa nomeou-a em 1997 Chevalier Dans L’Ordre des Arts et des Lettres e, em 1999, o Ministério da Cultura do Brasil outorgou-lhe o Troféu Mambembe, referente ao ano de 1998, pelo reconhecimento ao conjunto do trabalho.

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  • JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Setembro 2018 SINDICATOS 7

    SEC-BG firma acordos coletivos com empresasO Sindicato dos Empregados no

    Comércio de Bento Gonçalves (SEC- BG) tem buscado alternativas para atender às necessidades da catego-ria comerciária e fortalecer as rela-

    ções de trabalho entre empregados e empregadores. O atraso nas nego-ciações das Convenções Coletivas de Trabalhos (CCT), contra a vontade do Sindicato, tem fortalecido um dispo-

    sitivo chamado Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), que não é novo na legislação trabalhista, mas que após a Lei 13.467/17 ganhou mais força.

    Para a presidente do SEC-BG, Oril-des Maria Lottici, o Acordo Coletivo é uma ferramenta que está à disposição para ajudar a fortalecer as relações do trabalho no campo legal. “O SEC--BG está preparado, tanto no campo jurídico, quanto no campo sindical, para firmar acordos coletivos com empresas. Temos nos reunido com di-rigentes sindicais, empresários e exe-cutivos de empresas, inclusive com matriz em outros Estados, no sentido de consolidar esta ferramenta, que deverá ganhar mais destaque a partir de agora na nossa base de atuação sindical”, esclarece.

    Conforme Orildes, não é um pro-cesso fácil por tratar-se de uma reali-dade nova. “Ainda há algumas carên-cias de pequenas e médias empresas quanto a falta de assessoramento jurídico. Porém, devemos ressaltar que os escritórios contábeis têm ple-nas condições e estão tecnicamente preparados para acompanhar seus

    clientes neste processo”, sugere a pre-sidente.

    Em Bento Gonçalves já foram fir-mados alguns acordos com empresas do setor de gêneros alimentícios, ob-servando as particularidades de cada empresa. Contudo, é importante res-saltar a visão do coletivo, que deverá prevalecer sobre qualquer negocia-ção. Ou seja, a decisão final sobre o acordo é dos empregados, que serão consultados e deverão deliberar so-bre a pauta em negociação entre em-presa e sindicato.

    Para Orildes, apesar dos acordos garantirem algumas particularidades, a Convenção Coletiva ainda é o instru-mento mais importante, pois abran-ge o coletivo de todas as empresas de cada setor. “Nós lamentamos o atraso na assinatura das Convenções Coleti-vas de Trabalho, pois apesar de todo o esforço que o SEC-BG vem fazendo no sentido de fechar as convenções, ainda há uma resistência por parte da representação patronal, com exa-gerada temorosidade com o que cha-mam de insegurança jurídica, fruto da nova lei trabalhista”, finaliza Orildes.Orildes Lottici afirma que SEC-BG está preparado para firmar acordos coletivos com empresas

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    Sindiserp: programação especial para o Dia do ServidorOutubro é um mês especial para

    o Servidor Público e o Sindiserp está preparando diversas atrações para comemorar com seus associados. No dia 6 de outubro será realizado o tradicional Chá dos Aposentados, a partir das 14h30, na sede social do SUSFA. Para participar, o associado só precisa passar na sede do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bento Gonçalves e retirar seu in-gresso até o dia 19 de setembro.

    No dia 8, os servidores vão se di-vertir com o show do humorista Ba-din, o Colono, a partir das 19h30min, na Fundação Casa das Artes. Os asso- Presidente Neilene Lunelli, atuante à frente da entidade, juntamente com sua Diretoria

    ciados devem retirar seu ingresso gra-tuitamente na sede do Sindicato. Essa promoção tem o apoio da Prefeitura de Bento Gonçalves.

    Para finalizar, o Sindicato, em co-memoração ao Dia do Servidor e do Professor, promove o jantar- baile com a Banda Celebration, ao som dos anos 70, 80 e 90. Será no CTG Laço Velho, dia 19 de outubro, às 19h30. Quem for caracterizado, concorre a prêmios. Os ingressos também são gratuitos e devem ser retirados na sede do Sindiserp. Valor promocional para acompanhante. Mais informa-ções pelo fone 3055.2007.

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  • JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Setembro 2018

    INHASV8

    Letícia Tregnago Refatti comemorou seus 18 anos no último dia 2 de setembro

    Sandro Vaccaro

    Fotos: Kátia Bortolini

    André Pellizzari Fotografia

    André Pellizzari Fotografia

    Paulo Salvi, Antonio Facchinelli, Analice e Luciano Rebelatto

    Presenças na 16ª Seleção dos Melhores Vinhos, Espumantes e Sucos de Garibaldi

    Taísa Pirobano, Paulo Kovalski, Marta Sassi, Liliana e Elenir Cesca e Firmino Splendor

    O novo administrador de empresas, Diego Carvalho dos Santos

    Márcio, Tati e o mano Lucas à espera de Elisa

  • JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Setembro 2018 EVENTOS 9

    Clube Esportivo comemora 99 anoscom jantar no Centro Empresarial

    O Clube Esportivo de Bento Gon-çalves comemora 99 anos de existên-cia na noite do próximo 4 de outubro, com jantar no Centro Empresarial de Bento Gonçalves, a partir das 20 horas. A festividade promete integrar a co-munidade em um ato de homenagem à história do time e de importantes conquistas que marcaram essa cami-nhada. Na ocasião, será apresentada a Campanha do Centenário do Clube, iniciando um circuito de atividades comemorativas que serão promovi-das para enaltecer esse marco. Desde o dia 28 de agosto de 1919, o Espor-tivo traça seu caminho movido pela paixão pelo futebol de campo deno-tada por vários atletas e dirigentes que fazem parte dessa história. O Es-portivo, em seus vários auges nesses 99 anos, emocionou torcidas de Bento Gonçalves, de várias gerações. Os in-gressos, limitados, custam R$120,00 por pessoa e podem ser adquiridos na Secretaria do Clube, Posto São Bento e loja Tudo em Grãos. Os valores arreca-dados com a festividade serão reverti-dos para o custeio das demandas de manutenção dos serviços do Clube.

    Com 250 marcas expositoras ocorre a primeira edição da Wine Sou-th America 2018, de 26 a 29 de setem-bro, em Bento Gonçalves, no Parque de Eventos. A feira promete criar uma verdadeira imersão no mundo dos vi-nhos – tanto para quem busca opor-tunidades de negócios, quanto para conhecimento e qualificação.

    A harmonização de conhecimen-tos ocorrerá por meio de explanações relacionadas ao universo vitivinícola – eventos que devem atrair wine lo-vers, pesquisadores e estudantes, pro-movendo a troca de experiências que fortalecem a cadeia produtiva da uva e do vinho.

    Durante a feira, especialistas e profissionais que são referência no segmento de vinhos estarão reunidos para os Wine Conference e Wine Le-arning, série de painéis que detalha a viticultura brasileira abordando temas que vão desde pesquisa até gastro-nomia, enoturismo, comercialização, indicações geográficas, tendências de consumo entre outras pautas. O aces-

    O quê: Jantar de aniversário dos 99 anos do Clube EsportivoQuando: dia 4 de outubro, a partir das 20hOnde: Centro Empresarial de Bento GonçalvesQuanto: R$ 120,00Pontos de venda: Secretaria do Clube, Posto São Bento e loja Tudo em Grãos

    Wine South America convida aexperimentar o mundo dos vinhos

    so às programações que ocorrem nos espaços Wine Conference e Wine Lear-ning não tem custo adicional – basta adquirir ingresso para a feira.

    Já o Wine Tasting, pago à parte, terá uma grade de programação des-tinada a degustações temáticas guia-das por especialistas. O grande des-taque fica para a presença do master of wine britânico Alistair Cooper (esse título de especialização é concedido a apenas 370 experts em todo o mun-do). Ele palestrará nos dias 26 e 27, apresentando um panorama sobre vinhos brasileiros e sul-americanos produzidos em condições climáticas extremas. Na explanação, comenta-rá sobre a importância de elementos como terroir, clima, poda e adubos na produção de vinhos e espumantes, resultando em bebidas de excelên-cia. Cooper também comandará uma degustação com diferentes estilos de espumantes brasileiros.

    Os ingressos para a WSA podem ser adquiridos antecipadamente pelo site www.winesa.com.br.

  • JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Setembro 201810

  • JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Setembro 2018 FESTEJOS FARROUPILHA 11

    Festejos Farroupilha seguem até o dia 23Cavalgada, celebração, encontro de gaiteiros, exposição e baile fazem parte da programação

    Os Festejos Farroupilhas 2018 seguem com a sua programação até o próximo dia 23 de setembro, na sede da Associação Bentogonçalvense de Cultura Gaú-cha (ABCTG), na linha Palmeiro. Com o tema “Tropeiris-mo - Contribuição para a formação da Identidade sul--rio-grandense”, o Movimento Tradicionalista Gaúcho tem o objetivo de recolocar a figura humana do tropei-ro, que por muito tempo ficou oculto na história tradi-cionalista, em seu devido lugar de destaque.

    O ápice das atividades ocorre no dia 20 de setem-bro, data em que se comemora o Dia do Gaúcho, ini-ciando com a cavalgada partindo da Igreja Cristo Rei, às 9h30. Às 11h, celebração crioula na ABCTG, seguido pela entrega de placas aos tradicionalistas homenage-

    Os Monarcas vão se apresentar no dia 23 de setembro, domingo, na sede da ABCTG, dentro das co-memorações alusivas aos 50 anos de fundação do Hotel Vinocap, de Bento Gonçalves.

    Os Monarcas conquistaram im-portantes prêmios, como a Medalha do Mérito Farroupilha, outorgada pela Assembleia Legislativa Gaúcha em 2012, além de cinco discos de ouro, dois DVDs de ouro. O conjunto gravou 43 trabalhos em 46 anos de existência.

    O acesso ao local do show será a partir das 16 horas. O o ingresso será de 2kg de alimento não pere-cível (por pessoa), posteriormente doados a entidades assistenciais do município.

    A Fundação Casa das Artes sedia a mostra “Coisas Do Meu Pago”, do artista plástico Anilto dos Santos Cau-reoa. Natural de Palmeira das Missões, Caureo retrata em suas obras a cultura gaúcha, com matas, pampas, cavalga-das, seu povo e costumes, no estilo abstrato e/ou realístico. A exposição segue até o dia 30 deste mês, das 8 às 11h45 e das 13h30 às 17h45. A entrada é gratuita.

    O artista desenha e faz quadros com pintura a óleo lápis e carvão e também confecciona as molduras, a partir de madeira de demolição e ár-vores secas. Sua veia artística desper-tou na infância. No entanto, não pos-suía tintas. Assim, sua mãe teve a ideia de ferver raízes das plantas nativas da região e as transformava em material para que usasse em seus desenhos.

    Além de “Coisas Do Meu Pago”, Caureo realizou a exposição “Chama Que Não Se Apaga”, em 2015, em di-versos municípios e entidades do Rio Grande do Sul.

    A homenageadaIraci Dalla Valle, homenageada

    deste ano dos Festejos Farroupilha de Bento Gonçalves, formada em Letras e Direito pela Universidade de Caxias do Sul, classifica seu envolvimento com o tra-dicionalismo gaúcho como sua “terceira faculdade”. Em 1986, Iraci foi a 1ª Prenda do CTG Laço Velho, de Bento Gonçalves. Já em 1987, foi a 1ª Prenda da 11ª Região Tradicionalista. Desde então, seu envol-vimento com o nativismo gaúcho só au-mentou. Ela foi a primeira mulher que ocupou o cargo de coordenadora da 11ª Região Tradicionalista. Nessa trajetória, já recebeu diversas homenagens, entre elas a Comenda João de Barro, do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG). Atualmen-te, participa e ministra diversos cursos na área do folclore e tradicionalismo.

    ados. O período da manhã encerra com o churrasco campeiro, também na ABCTG. Na parte da tarde, ocorre ainda o 3º Encontro de Gaiteiros da Região, encontro de Invernadas Artísticas, divulgação dos resultados da Gincana Cultural, extinção da Chama Crioula e, para fe-char com chave de ouro, fandango com o Grupo Recor-dação Gaúcha.

    Os Festejos Farroupilhas 2018 é uma realização da prefeitura de Bento Gonçalves, por meio da Secretaria da Cultura, e ABCTG. O evento é patrocinado pela Com-panhia Riograndense de Saneamento - Corsan e tem apoio das secretarias de Meio Ambiente e de Educação, Brigada Militar, 11ª Região Tradicionalista, Fecomércio RS/Sesc e Hotel Vinocap.

    Divulgação

    Exposição Coisas do Meu PagoDivulgação/SECULT/Fundação Casa das Artes

    Show comOs Monarcas

  • JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Setembro 2018QUATRO PATAS12

    Meu gato é FIV/FeLV positivo, e agora?

    Luciano

    GeimbaMédico Veterinário

    CRMV-RS 08877

    Guarnieri

    Centro Clínico VeterinárioAv. São Roque, 1547Bento Gonçalves - RSFone: 54 99982 5661

    facebook.com/zoolifevet/ Instagram: @zoolife_oficial

    FIV é o Vírus da Imunodeficiência Felina, ou “AIDS Felina”. Já a FeLV é a Leucemia Felina. Ambas só se mani-festam em gatos, podem ser tratadas, mas não têm cura. Elas afetam direta-mente a imunidade dos bichinhos.

    A FIV é transmitida pelo contato com o sangue, através de mordidas e arranhões, ou durante a gestação e a amamentação, caso a gata possua o vírus. Os principais sintomas da FIV são febre, aumento dos gânglios linfáticos e aparecimento de infecções intesti-nais ou cutâneas.

    O Vírus da FeLV, diferentemente da FIV, é transmitido pelo ar, através de salivas, secreções e contato com urina e fezes contaminadas. Gatos com FeLV apresentam diversos sintomas, dentre eles perda de peso, anemia, tumores (principalmente o linfoma), depressão, dificuldade de respirar, febre, proble-mas nas gengivas, mucosas alteradas nos rins, no baço e no fígado (que au-mentam de tamanho).

    Por isso, gatos que possuem o ví-rus não devem compartilhar os mes-mos potinhos e caixa de areia dos não infectados.

    O tratamento, para ambos, é foca-do em aumentar a imunidade do orga-nismo do animal para evitar novas do-enças e no tratamento dos sintomas.

    É importante entender as causas e proteger seu animal. São enfermida-des que não têm cura e são transmiti-das de gato para gato. Não afetam os seres humanos, cães ou outras espé-cies.

    Ao levar para sua casa um novo gatinho, certifique-se antes de que ele não possui a doença, realizando o tes-te em um veterinário, e de vaciná-lo,

    Se você ama animais, principalmente gatos, deve estar ciente das principais doenças que os acometem

    principalmente, para que ele não se contamine, no caso da FeLV.

    Além disso, é importante lembrar que o vírus pode já estar no gato e ele não apresentar nenhum sintoma. O vírus pode demorar anos para se ma-nifestar. Por isso, é imprescindível fazer o teste específico antes de juntá-lo a outros gatos.

    Somente um veterinário pode identificar o problema e o melhor tra-tamento.

    Embora sejam doenças que não tenham cura, os sintomas podem ser amenizados em busca de uma melhor qualidade de vida.

    Quando os proprietários recebem o diagnóstico, ficam desesperados. Ok, não tem cura! Mas tem tratamento! E quantas doenças não tem cura? Como diabetes, doença renal crônica, etc.? Mas todas têm tratamento.

    O prognóstico não é favorável, mas não condene seu gato antes do

    tempo dele!Não faríamos isso com pessoas,

    não é mesmo?Infelizmente são doenças muito

    comuns, então não se desespere e não pense em eutanasiar seu gato. Leve a um veterinário para que ele possa esclarecer sobre a doença.

    O tratamento da FeLV, assim como o da FIV, consiste em manter a imunidade do gato alta e tratar os sintomas. Existem diversas maneiras de proporcionar uma vida longa e de qualidade ao seu bichano, todo dia surgem novas alternativas e o seu veterinário poderá lhe orientar da melhor maneira.

    É muito importante fazer o teste, pois são doenças que não tem cara. Qualquer gato pode ter. Você pode ter um gato FIV ou FELV positivo, mas que não está doente, porque a evolução da doença depende de alguns fatores, como a virulência da sepa viral, a resposta imunológica do animal, se ele tem alguma outra doença concomitante ou não.

    O diagnóstico precoce é impor-tante e isso é favorável para a saúde do gato, para o início de um trata-mento. A prevenção sempre é o me-lhor remédio. Por isso tente proteger seu felino, para que ele não tenha acesso à rua, contato com animais errantes e, principalmente, faça a va-cina quíntupla, que é extremamente importante! Sempre preconize a va-cina quíntupla.

    Além do tratamento conservati-vo é importante, em qualquer caso, para todos que possuem um animal de estimação, o acompanhamento profissional de um veterinário.

    Divulgação

  • JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Setembro 2018 GASTRONOMIA 13

  • Sistema de Alerta Mosca-das-Frutas na Serra Gaúcha

    JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Setembro 2018RURAL14

    Melissa

    BockEngenheira Agrônoma

    Emater/RS-AscarPinto Bandeira

    Maxwell

    s produtores e técnicos da Serra Gaúcha estão tendo à disposição um Boletim Informativo semanal visan-do a orientação sobre a presença da mosca-das-fru-

    tas (Anastrepha fraterculus) na região. Este programa é o resultado do Sistema de Alerta Mosca-das-Frutas Serra Gaúcha, uma iniciativa da Embrapa Uva e Vinho e Ema-ter/RS-Ascar, que conta com o apoio das Prefeituras de Bento Gonçalves, Farroupilha, Pinto Bandeira e Veranó-polis.

    O objetivo do Sistema de Alerta é informar os produ-tores sobre a evolução da ocorrência da praga na região e orientá-los para o manejo integrado nos pomares, para que o controle da mosca seja feito com maior eficiência e precisão.

    A mosca-das-frutas ataca todas as espécies de frutí-feras cultivadas na Serra Gaúcha, sendo a principal praga das frutas de caroço, como ameixa e pêssego, e pode le-var o produtor a perder toda a sua produção, se não for controlada. Os danos ocorrem em função da oviposição nos frutos que, além de abrir entrada para microrganis-mos, irão desenvolver a larva e o consequente apodreci-mento do fruto.

    Sempre que possível, os produtores também devem realizar o monitoramento na sua propriedade com arma-

    dilhas McPhail (tipo bola), as mesmas utilizadas pela rede de monitoramento. A recomendação é colocar pelo me-nos duas armadilhas por pomar de até 5 hectares, sempre nas bordas numa altura de 1,5 metros do chão. Deve-se utilizar de 300 a 500 ml de proteína hidrolisada de origem animal em cada armadilha, pois é o melhor atrativo para a mosca-das-frutas. Semanalmente, o produtor deve verifi-car as armadilhas e repor o volume do atrativo, se neces-sário, porque ela não precisa ser trocada.

    O Sistema de Alerta Mosca-das-Frutas está funcionan-do da seguinte forma:

    l Segunda-feira: visitas aos pomares com monitora-mento das armadilhas e coleta dos dados pelos técnicos da Emater e envio para a Embrapa;

    l Terça-feira: compilação dos dados e elaboração das orientações técnica pelos técnicos da Embrapa;

    l Quarta-feira: envio do Boletim via e-mail, Whats--App ou no site da Embrapa para a imprensa, produtores e técnicos.

    Os interessados em receber o boletim devem realizar o cadastro no site https://www.embrapa.br/uva-e-vinho ou ligar no escritório municipal da Emater de Pinto Ban-deira e deixar o contato, que será feito o cadastro. O tele-fone da Emater é (54) 3452-0208.

    De acordo com o Instituto Brasilei-ro do Vinho (Ibravin), sediado em Ben-to Gonçalves, o faturamento do setor vinícola nacional aumentou de R$ 800 milhões em 2007 para R$ 2,5 bilhões em 2017. Incluindo o suco de uva, o faturamento do setor, no ano passado, girou em torno de R$ 3,5 bilhões.

    Já no primeiro semestre deste ano, conforme o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) as exportações de vinhos tranquilos e espumantes brasileiros tiveram alta de 39,3% em volume e 32,8% em valor, em comparação ao mesmo período de 2017. Entre janeiro e junho de 2018, os espumantes brasileiros obtiveram expressivo crescimento de 61,2% em litros e 29,2% em valor, comparados ao primeiro semestre do ano anterior.

    Os vinhos tranquilos, que repre-sentam a maior fatia das comercializa-ções, tiveram um incremento de 37,4% no volume e 33,6% nas vendas. No pri-meiro semestre deste ano, os produtos vinícolas foram comercializados para 29 países, somando 1.593.137 litros e negócios de US$ 3,6 milhões. Em 2017, os países do continente absorveram

    Faturamento do setor vinícola nacional aumentou deR$ 800 milhões em 2007 para R$ 2,5 bilhões em 2017

    Dandy Marchetti/Ibravin

    41,3% do total global negociados.

    Destinos consumidoresNo ranking dos cinco principais

    destinos consumidores do vinho bra-sileiro estão Paraguai, Estados Unidos, Cingapura, Colômbia e Reino Unido. As 42 empresas participantes do pro-jeto setorial Wines of Brasil, realizado em parceria entre o Ibravin e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), respon-deram por 85% do resultado obtido.

    De acordo com o gerente de Pro-moção do Ibravin, Diego Bertolini, nesse segundo semestre as comer-cializações para o exterior seguiram crescendo, especialmente devido às estratégias em mercados da América Latina, que incluem também o projeto setorial 100% Grape Juice of Brazil.

    “Além dos mercados-alvos China, Estados Unidos e Reino Unido, pre-tendemos aumentar as iniciativas de promoção e aprimorar a distribuição em países próximos ao Brasil, como Paraguai, Colômbia, Chile e Peru, em função de vantagens competitivas, como logística e perfil de produto. Os latino-americanos possuem paladar similar aos brasileiros, o que favorece nossa penetração”, explica o executivo. Espumantes brasileiros obtiveram expressivo crescimento

  • JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Setembro 2018 OPINIÃO 15

    AncillaDalĺ Onder

    [email protected]

    Zat

    Setembro!

    incêndio que recentemente atingiu o Museu Na-cional do Rio de Janeiro, fato lamentável, mas pre-visto, chamou a atenção dos brasileiros para um

    bem maior, o “nosso patrimônio histórico”, que guarda a memória da nossa identidade cultural. Assim como os pais procuram ensinar aos seus filhos os costumes e as tradições da família, que guardam suas origens, um povo também procura a transmissão intergeracional para que não se percam as raízes.

    Cada país adota uma língua pátria falada pelos seus habitantes, os filhos da pátria, que pelo idioma escrito e falado mantém o elo de ligação nacional. Algumas varia-ções podem ocorrer, como no sotaque, da língua culta para a coloquial ou popular. No italiano temos os dialetos derivados dos diferentes contextos de origem e locais. Entretanto, os descendentes dos italianos guardam em sua cultura o “Talian”. Mas falar e escrever corretamente a língua pátria, no nosso caso, a Língua Portuguesa, é, an-tes de mais nada, um gesto de amor à Pátria.

    Aliás, o amor à pátria é também amor à cultura e à tradição de um povo, que não se expressa apenas na Se-mana da Pátria, mas cotidianamente, cada um fazendo a sua parte pelo bem comum. Nosso país é rico em diver-sidade cultural, colonizado pelos portugueses, habitado por índios de diversas tribos, recebeu os africanos, os ale-

    mães, os italianos, os poloneses e de muitos outros paí-ses, inclusive no pós-guerra da Segunda Guerra mundial. Recentemente, vieram os haitianos, senegaleses e estão chegando os venezuelanos. O Brasil e um país acolhedor e rico culturalmente. Apesar da variedade de costumes e de idiomas, a convivência sadia respeita as manifestações culturais de cada povo, inclusive que a tradição gaúcha se expresse de forma significativa. Não me refiro apenas às manifestações que ocorrem na Semana Farroupilha, mas a todo um cenário conservado, como é o caso de Pi-ratini, que respira história, uma história bem conservada. E o que dizer do Castelo de Pedras Altas?

    O Estado respira cultura tradicionalista nos CTGs, nas cavalgadas, na referência aos seus ícones, como o que perdemos recentemente, Paixão Cortes, compositor, fol-clorista, radialista e pesquisador da cultura gaúcha.

    Como se percebe, setembro é um mês especial, evi-dencia a Pátria e a cultura gaúcha em especial. Lamento não ter podido visitar o Museu Nacional quando realizei curso de pesquisa para orientadores de estudos mono-gráficos na UFRJ, mas, em compensação, guardo com ca-rinho o nascimento do Museu do Imigrante, em 1965, no Mestre Santa Bárbara. É a nossa história!

    Enfim, setembro nos brinda com uma nova estação: a Primavera.

    A política, as pessoas e a transparência!

    PadreEzequiel

    [email protected]

    Dal Pozzo

    enho pensado muito sobre a transparência, motiva-do pela situação da política brasileira. Acredito que o

    momento que estamos vivendo nos fará crescer. É uma oportunidade para percebermos que é importante ser-mos éticos, honestos, justos, verdadeiros e transparen-tes. Eu e você precisamos perceber que uma pessoa ou grupo se tornam repugnantes, antipáticos, mal vistos quando roubam, mentem, trabalham por seus próprios interesses. Aprendemos a detestar a corrupção e a per-ceber que devemos ser justos. Isso purifica nossa prática de cidadãos. Não só julgamos e analisamos quem está sendo investigado e julgado, mas nos perguntamos: e “eu como sou?”, “como tenho agido?”, “qual a prática da minha empresa ou do meu grupo”?, “como estou edu-cando as crianças”?, “quero ganhar sempre passando por cima dos outros?”, “me importo com o bem dos outros e da sociedade ou somente com meu próprio bem?”. Essas perguntas avaliam a minha prática. Se não me fizer per-guntas assim, diante dos casos de corrupção, não estou aprendendo nada. Poderei ser o próximo corrupto. Isso demonstrará que não evolui. Basta ter uma oportunida-de, que irei fazer a mesma coisa que condeno.

    Os fatos na política têm revelado que a nossa socie-dade precisa de pessoas sérias, éticas e transparentes. A nossa sociedade e nosso jeito de agir precisam melhorar muito. As crianças precisam ser educadas para que sai-bam que não devem se apropriar daquilo que não lhe pertence. Não podemos nos apropriar individualmente daquilo que é de todos e deve servir para o bem de to-dos. Aprender que a mentira destrói nossa própria digni-dade e corrompe a base de uma sociedade decente. Não se cresce fundamentados no erro. Não há evolução sem verdade. É triste quando alguém justifica sua posição di-zendo que “todos roubam”. Primeiro porque o “todos” é uma mentira. Segundo, porque justificar a minha opção de defender uma causa ou alguém porque não há outra opção, mostra o fim das alternativas. Isso é uma decep-ção total. Escolho esse porque é o menos pior. Isso não

    constrói nenhuma sociedade. É a prova do descalabro. Eu abomino essa ideia de “que são todos iguais”. Preciso acreditar que pode e deve existir o diferente.

    Alguns se consideram tão bons no que fazem que se convencem disso e ninguém vai mudar seu pensamento. Essas pessoas se enganam sobre si mesmas. Criam ilu-sões. Se auto enganam. Não são transparentes. Não por-que não querem, mas porque se convenceram a partir de uma ideia falsa. Aqui entra a necessidade de autocrítica. Precisamos questionar o nosso jeito de ser. Desconfiar de que fazemos tudo certo. Perguntar-se o que preciso melhorar. O que posso melhorar. Não convencer-se facil-mente a respeito de nossa própria bondade. Perceber a necessidade de crescimento permanente. Dizer para si, no silêncio: “eu posso ser melhor e fazer melhor”. Se assim fizer vou purificando minhas atitudes de possíveis distor-ções e ilusões. Isso num caminho de continuada busca e crescimento. A pessoa que assim proceder será mais transparente consigo mesma.

    Além de iludir-se sobre si mesma, a pessoa pode conscientemente enganar os outros. Ela sabe que está enganando. Sabe de sua mentira, mas com ela contes-ta o parecer dos outros. Está preocupada com seus pró-prios interesses e privilégios. Engana e cria armadilhas. Arma ciladas e não mostra seus ocultos interesses. Não é transparente porque a transparência revelaria todos seus planos imorais. Pessoas assim são perigosas. São lobos vestidos de cordeiros. Atacam quando menos se espera. Em qualquer das situações a falta de transparência afeta o ser da própria pessoa. A vida e a história nos cobrará os desvios da verdade. A verdade está ligada a essência da vida. Ficar longe da verdade é o mesmo que errar o alvo. Estar longe da verdade não traz alegria e nem melhora a sociedade. Por isso, a transparência é muito importante para quem deseja evoluir e possibilitar que as pessoas se-jam mais felizes. Enganar a si mesmo e enganar os outros é o mesmo que autodestruir-se. A vida cobrará nossos afastamentos do bem e da verdade. Pensemos nisso!

  • JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Setembro 201816 EVENTO

    9ª Festa Nacional da Família Bortolini em Bento Gonçalves

    CNPJ

    CAND

    IDAT

    A: 31

    .194.3

    62/0

    001-

    94 | C

    NPJ J

    ORNA

    L: 08

    .430.0

    38/0

    001-

    06 | V

    ALOR

    : R$ 1

    .200,0

    0

    A 9ª Festa Nacional da Família Bor-tolini ocorre em Bento Gonçalves, de 12 a 14 de outubro deste ano, sob a coordenação do empresário Odair Bortolini, com o apoio da Associação Família Bortolini (AFB). A 8ª edição da Festa Nacional ocorreu em outubro de 2015, em Foz do Iguaçu, Paraná. A pró-xima edição do evento, direcionado à grande família Bortolini, acontece nas dependências do CTG Laço Velho, com capacidade para 900 pessoas.

    A programação inicia às 19h30min do dia 12, com Filó na Casa de Madei-ra. Prossegue no dia 13, a partir das

    ASSOCIAÇÃO DA FAMÍLIA BORTOLINIEdital de Convocação de ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA

    O presidente da Diretoria Executiva da ASSOCIAÇÃO DA FAMÍLIA BOR-TOLINI, em conformidade com os artigos 15 e 16 do estatuto, CONVOCA todos os associados em pleno gozo dos seus direitos para a Assembleia Geral Ordinária que ocorrerá no dia 06 de outubro de 2018, tendo por local a sua sede social, localizada à rua David Sartori, 1016 na cidade de Garibaldi, RS, sendo instalada em primeira chamada com maioria simples às 9h e, em segunda chamada, 30 minutos após, com qualquer número de associados presentes com a seguinte ordem do dia:

    1. Relatório da Diretoria Executiva Atual;2. Eleição da nova diretoria;3. Assuntos Gerais.A presença dos associados e sua efetiva participação são ações fun-

    damentais para cumprir com as finalidades e objetivos da Associação da Família Bortolini.

    Garibaldi, 19 de setembro de 2018

    Nelson BortoliniPresidente da Diretoria Executiva

    Evento direcionado à grande Família Bortolini ocorre de 12 a 14 de outubro

    Bento Gonçalves | Rio Grande do Sul

    12 a 14outubro de 2018

    54 3452.4723 | [email protected] General Osório, 309 - Sala 904 - Centro - Bento Gonçalves - RS

    l ADEMAR BORTOLINI - Telefone/WhatsApp (54) 98124-6590Email: [email protected]

    l CLÁUDIO MERLINI - Telefone/WhatsApp (54) 99132-7087Email: [email protected]

    l GERMANO BORTOLINI - Telefone/WhatsApp (54) 98126-2608Email: [email protected]

    l JACIR BORTOLINI - Telefone/WhatsApp (54) 99940.3120Email: [email protected]

    l LUíS CARLOS BORTOLINI - Telefone/WhatsApp (54) 99972.2500Email: [email protected]

    l NELSON BORTOLINI - Telefone/WhatsApp (54) 99116.6466Email: [email protected]

    l ODAIR BORTOLINI - Telefone/WhatsApp (54) 99974-0113Email: [email protected]

    10h30min, com missa na Casa de Ma-deira, seguida de almoço de confra-ternização na Casa Grande. A tarde será marcada por pronunciamentos, entregas de certificados para Núcleos Regionais da Família Bortolini, apre-sentação de Joinville como a sede da 10ª Festa Nacional da Família Bortoli-ni, em 2021, e também por apresenta-ções artísticas. À noite a festa continua na Casa de Madeira, com carreteiro e baile. Já a agenda do dia 14 é aberta para passeios e visitas. Confira abai-xo valores das refeições e contatos para ingressos antecipados.

    12 de outubro Filó na Casa de Madeiravalor: R$ 30,00 (individual)

    13 de outubroAlmoço na Casa Grandevalor: R$ 60,00 (individual, incluso café da tarde) Arroz de carreteiro valor: R$ 25,00 (individual)* Bebidas não inclusas no valor dos ingressos

  • Caderno de Cultura e Arte Jornal Integração da Serra

    Nº 59 | Setembro 2018

    Sinval Gatto Jr

    ScagliolaParticularidade históricaprestes a se perder

    Página 5

  • 2 | Mosaico | Jornal Integração da Serra | Setembro 2018

    Primeiras Palavras

    RogérioGava

    [email protected]

    Impressões de Viagem somente depois do homem. Antes, não havia mal nem bem, justo ou injusto. Nem ética e moral. O mal como projeto que tanto nos espanta. Antes, apenas o “mal” natural dos animais. Que não têm nunca culpa de nada, pois não esco-lhem. Tudo o que de mais sublime existe, existe a partir do homem. E tudo o de mais horrível também.

    * * *

    O tempo que o tempo tem

    s físicos acreditam no tempo. Ao contrário dos filóso-fos, a quem o tempo não engana. Ou será que são

    esses últimos que estão enganados? Filósofos acreditam que o tempo é contínuo, eterna e infinitamente divisível. Físi-cos creem no tempo discreto, medido e domado. Na gran-de prova do Mistério, qual dos dois grupos terá a resposta certa? Leio que até já se mediu o menor espaço de tempo possível: vale “10 elevado a menos 43”. Um número assom-brosamente pequeno, mas, mesmo assim, uma grandeza existente. Trata-se de um segundo dividido em um milhão de pedaços iniciais, cada pedacinho desses equivalendo a um microssegundo. Pois bem, pegue-se esse espanto-so microssegundo e dividimo-lo novamente um milhão de vezes. Repita-se cinco vezes esse processo e, ao final, par-tamos o intervalo que sobra em dez derradeiros pedaços. Pronto, temos em mãos o que a física acredita ser o menor intervalo de tempo possível, batizado de “tempo de Plan-ck”, homenagem ao físico Max Planck, um dos fundadores da mecânica quântica. Essa partícula assombrosamente pequena é o crônon, a menor partícula temporal. Até hoje, porém, jamais se detectou algum fenômeno ocorrido na es-cala de Planck. Não se sabe se poderemos fazê-lo. Apesar do esforço da física, não se pode afirmar que o tempo é re-almente discreto. Ao que um filósofo – não sem uma ponta de maldade com o pobre cientista – perguntaria: e, mesmo detectado, esse crônon não poderia ser dividido?

    * * *

    Os “deuses” do esporte

    alavras de Xenófanes, filósofo grego, escritas cinco sé-culos antes de Cristo:

    “Se um homem saísse vitorioso nas corridas ou no pentatlo em Olímpia, (...) se vencesse na luta ou na prática do rude pugilato, (...) seria mais glorioso (que antes) para os seus concidadãos, receberia assento de honra, largamente visível, sua nutrição por conta da cidade e uma dádiva pre-ciosa. Se vencedor na corrida de carros, receberia também todas estas (honrarias); mas mesmo assim não teria o meu valor. Pois o nosso saber vale muito mais do que o vigor dos homens e dos cavalos. Tudo isso é mau costume, e não é justo preferir a força ao vigor do saber (...). Não é a presença na cidade de um bom pugilista, nem a de um homem apto a triunfar no pentatlo ou na luta, ou pela velo-cidade dos pés, que faria a cidade ficar em melhor ordem. Bem pequeno seria o proveito da cidade se alguém, nas margens do Pisa, conquistasse a vitória nos jogos; pois isto não enche os celeiros da cidade”.

    Dois mil e quinhentos anos depois, e nada mudou. To-dos sabem que é o jogador famoso; ninguém, ou quase, o cientista que inventou uma nova forma para tratar uma do-ença. Triste mundo que pouco aprende, e segue a venerar os ídolos errados.

    * * *

    Cidades são apenas sentimentos

    em falou o escritor Donaldo Schüler: “Sentimentos li-gam-nos a casas, ruas, montes, rios, aves e homens.

    Organizam, pela convivência, o mundo familiar. (...) Pelos sentimentos, o mundo estranho converte-se em nosso mundo”.

    Cidades são apenas sentimentos. Todo o resto é pedra, tijolo, concreto e paisagem. Pelo menos a mim, uma cidade que não aquela onde cresci e vivi, é somente isso: não bela ou feia (todas as cidades são lindas e horríveis ao mesmo tempo), mas sem nada para me oferecer. Uma cidade es-tranha é qualquer lugar em que não amo, apenas tonela-das e mais toneladas de pedregulhos sobrepostos que me angustiam e que não dizem nada. A cidade que me fala é aquela onde sinto, onde as casas conversam, sorrindo banguelas com suas janelas abertas e fechadas, contando histórias sobre o que fui e o que sou. A cidade mais do que tijolos e pedras e pedras e tijolos empilhados. A cidade que me fala é aquela onde vivo e estou vivo, é onde me reconheço. Longe dela me desintegro e não sou ninguém. Cidades não existem; o que existe é o sentir.

    * * *

    Brincar de “não-ver”

    s vezes, finjo estar vendo as ruas de minha cidade como pela primeira vez. Me imagino um turista per-

    dido, tentando encontrar o caminho do hotel. E então me envolvo tanto nessa simulação, que até chego a acreditar que realmente nunca vi antes nada do que estou vendo. Até a própria rua onde moro. É uma sensação estranha e estranhamente agradável. Uma maneira de tentar enxergar tudo o que conheço esquecendo de quem sou. O que vejo, igual a sempre, mas em uma percepção diferente. E então me pergunto: onde está o que enxergamos? Fora da gente ou dentro de nós?

    * * *

    Angústia

    homem é uma aflição que repousa num corpo”, disse o poeta Ferreira Gullar. A angústia existen-

    cial que nos acompanha do berço ao túmulo. Pelo menos àqueles que não são tão pueris, a ponto de ter a resposta certa até para o Grande Mistério. Quem pensa que tudo é ralo, simples e claro, ou pensou pouco, ou não pensou direito. A esse respeito, Schopenhauer foi certeiro: “Quanto menos um homem é dotado do ponto de vista intelectual, menos intrigante e misteriosa parece-lhe a própria existên-cia”. E também Comte-Sponville: “Certas pessoas parecem separadas da angústia apenas pela pobreza de sua ima-ginação, como se fossem por demais tolas ou por demais inteligentes para ter medo”.

    Tanto melhor angustiar-se, me parece.

    * * *

    Antes e depois do homem

    ntes do homem era apenas a natureza. Antes dela, o mundo em explosão. Antes ainda, não sabemos. E

    antes do homem não havia amor, justiça, o belo, a poesia, a cultura, a amizade, o ódio, todas as virtudes e vícios. Tudo

    Fique Informado!Entretenimento, promoções,

    músicas e muita notícia.

  • A redação leu

    Rep

    rodu

    ção

    O DEMÔNIO DO MEIO-DIA: Uma anatomia da depressão

    Título original: The Noonday DemonAutor: Andrew SolomonPáginas: 584Selo: Companhia das LetrasAno: 2014 (Edição Econômica)

    Programe-se Mosaico | Jornal Integração da Serra | Setembro 2018 | 3Dicas deFilmes

    Onde os Fracos Não Tem VezTítulo original: No contry for old MenAno: 2007Genêro: Crime, Thriller, FaroesteDireção e roteiro: Ethan Coen, Joel CoenElenco: Javier Bardem, Josh Brolin, Tommy Lee Jones, Kelly Mcdonald

    BrunoNascimento

    [email protected]

    LLewelyn Moss encontra uma maleta com 2 milhões de dólares em meio a um massacre realizado no deserto. Decidido a ficar com o dinheiro, o veterano do Vietnã começa a ser perseguido por um cartel e por um assassino cruel. Atrás de todos, o velho Xerife Ed Tom Bell investiga o caso e se impressiona com a matança que é deixada para trás.

    O filme é um dos trabalhos mais primoro-sos dos irmãos Coen. Ao mesmo tempo que se mantém fiel ao livro que o origina, somos presenteados com uma cinematografia louvá-vel. A narrativa, de certa forma, não é o foco.

    Usando a própria experiência pessoal com a doença, o afamado escritor Andrew Solomon constrói um ensaio brilhan-te sobre a depressão, enfermidade que já é tida como um dos maiores males de nosso tempo. Lançado há quase vinte anos, o livro tornou-se uma obra de referência sobre a doen-ça. Fato que cresce em importância se considerarmos que não foi escrito por um especialista da área médica. A expli-cação talvez resida na clareza, humanidade e erudição - sem falar na densidade do método de pesquisa – com que Solo-mon edificou a obra. Trata-se de uma viagem singular pelos meandros assustadores e complexos da depressão.

    Ao relato pessoal do autor se somam inúmeras entrevis-tas e depoimentos de pessoas acometidas por estados de-pressivos, tudo entrelaçado com a visão de comentários de psiquiatras e especialistas no tema. Nessa jornada, Solomon desconstrói mitos, explora questões éticas e morais, descreve as medicações disponíveis, a eficácia de tratamentos alterna-tivos e o impacto que a depressão tem nas várias populações demográficas. Nesse sentido, ele desmitifica o fato de que a depressão seja uma doença exclusivamente do mundo oci-dental urbano.

    Ao final, no epílogo inédito escrito exclusivamente para a nova edição brasileira, o livro descortina o que aconteceu com Solomon, com os entrevistados e com os tratamentos da depressão desde a primeira edição de “O demônio do meio--dia”. Uma obra admirável.

    Não existe a pretensão de incluir a história em um dos clássicos moldes. Aqui o que importa é a motivação - ou a carência dela - nos persona-gens, os enredos que se criam a partir de seus encontros e a construção de clímax nos seus desencontros.

    É um faroeste contemporâneo - em todos os seus sentidos. É aquele filme em que cada vez que é revisitado, o espectador vai perceber um detalhe novo que vai fazer a sua admiração crescer. Recomendado para amanter de thril-lers, histórias policiais e faroestes.

    TeatroO quê: Bento em Cena e Mostra Bienal de TeatroQuando: de 16 a 22 de setembroLocal: Fundação Casa das Artes, Via del Vino, Auditório da Praça CEU, Praça Ismar Scussel e Sala Pública de Cinema

    Café com MemóriaO quê: A História da Dança em Bento GonçalvesQuando: 22 de setembro, 9h30Onde: Sala de Espelhos da Fundação Casa das Artes

    Feira de VinhosO quê: Wine South AmericaQuando: de 26 a 29 de setembroOnde: Parque de Eventos

    Congresso JurídicoO quê?: 6ª edição do Congresso JurídicoQuando: 28 e 29 de setembroOnde: Auditório Carmenère, Dall´Onder Grande Hotel

    ExposiçõesO quê: Instruzione e EducazioneQuando: até 29 de setembroLocal: Museu do Imigrante

    O quê: Arte pelo Fogo, de Lori ZapalaiQuando: até 30 de setembroOnde: Salão Orlikowski, Casa das Artes

    O quê: Coisas do meu Pago, de Anilto CaureoQuando: até 30 de setembroOnde: Galeria de Arte da Fundação Casa das Artes

    Eu Amo BichoO quê: Eu Amo Bicho, Feira de AdoçãoQuando: 29 de setembro, das 9h30 às 16h30Onde: Via Del Vino

    FERROVIA LIVEO quê: Real Envido com Setembro LupuladoQuando: 21 de setembro

    O quê: Never Gonna Die Rock FestivalQuando: 22 de setembro

    O quê: Quinta da Promo - toda quinta uma promo diferente Quando: 27 de setembro

    O quê: Setembro LupuladoQuando: 28 de setembro

    O quê: Festa Remember com a Banda Pleope Quando: 29 de setembro

  • 4 | Mosaico | Jornal Integração da Serra | Setembro 2018

    Feira do Livro

    A 33ª edição da Feira do Livro de Bento Gonçalves ocorre de 10 a 21 de outubro deste ano, na Via del Vino, centro da cidade, com o tema “Influência digital para compartilhar a Literatura” e o slogan “A Literatu-ra Conecta”. O patrono é o escritor Pedro Guerra, de Caxias do Sul, e o homenageado é o jornalista, es-critor e fotógrafo Fabiano Mazzotti, de Bento Gonçalves. A identida-de visual da 33ª Feira do Livro foi criada por estudantes do curso de Design da UCS, orientados pela professora Aline Fagundes.

    Pela primeira vez patrono de uma Feira do Livro, Pedro Guerra celebrou a indicação. “Por incrí-vel que pareça posso ser escritor, mas não escrevi nada para esse momento. Eu gosto de sentir as coisas, gosto de sentir o momen-to. O Fabiano e eu vamos fazer o esforço para fazer uma feira boni-ta, cheia de histórias e com muito

    O patronoPedro Guerra é um es-

    critor nascido em Caxias do Sul. Aos 26 anos, Pedro já publicou cinco livros e ga-nhou diversos prêmios literá-rios. Atualmente, dedica-se ao trabalho de formação de leitores dentro das escolas do Rio Grande do Sul, a par-tir da adoção dos seus livros e escreve quinzenalmente para o jornal Pioneiro.

    O homenageadoFabiano Mazzotti é autor dos

    livros “Bento Gonçalves em foto e poesia”, com poesias de Pedro Júnior da Fontoura; “Amém, Bento Gonçalves - Igrejas e capelas des-ta terra”; “Aristides Bertuol - O piloto da carretera nº 4”; “Amazônia - Ter-ras d’água”, com poemas de Marli Tasca Marangoni. Também partici-pou como fotógrafo em títulos como “Memórias do Vinho Gaúcho”, Pai-sagens do Vinhedo Riograndense”, “Passo Velho - A história da coloni-zação de Bento Gonçalves” e “Este chão é Bento”.

    A LiteraturaConecta33ª edição da Feira do Livro de Bentoacontece em outubro, na Via del Vino

    amor”, ressalta Guerra.Já Mazzotti salienta que ficou

    surpreso com a indicação. “Nunca me passou pela cabeça receber tal honraria. Interpreto como grande in-centivo para continuar organizando livros que enaltecem o nosso terri-tório. Espero retribuir à comunidade a escolha feita pelos responsáveis pela Feira do Livro de Bento Gonçal-ves. É uma profunda alegria receber essa homenagem”, acrescenta ele.

    O secretário da Cultura e presi-dente da Fundação Casa das Artes, Evandro Soares, salienta que todo o escritor “tem a missão de contar uma história. Ele acrescenta que Fabiano Mazzotti cumpre essa mis-são de forma dupla: escrevendo e fotografando. “A fotografia também é uma narrativa. E nessa simbiose, ele retrata nossa cidade ou a Ama-zônia, aliando a força da palavra com a beleza das imagens”, com-plementa.

    Divulgação Secult

  • Mosaico | Jornal Integração da Serra | Setembro 2018 | 5

    O casarão que sediava a subprefeitura de Tuiuty, distrito de Bento Gonçalves, tem uma par-ticularidade histórica que está prestes a se perder em função do abandono do prédio, de proprie-dade do poder público municipal. A superfície da parede de um ambiente situado no primeiro pavimento do prédio é ornamentada com scaglio-la, técnica de imitação de mármore, presente na região da Serra Gaúcha apenas em residências antigas de famílias muito abastadas. O ornamen-to também é visto em parte da parede externa da casa. A palavra scagliola deriva-se de scaglia, ita-liano, “lasca de mármore”. Os egípcios, os gregos e os romanos antigos experimentaram a scaglio-la, mas a técnica foi desenvolvida principalmente por italianos no século XVII.

    Embora esse mármore artificial seja indistin-guível do original, é realmente um emplastro colo-rido e lustrado. Como o mármore real, as torções

    AbandonoDecoração com scagliola: particularidade de prédio de Tuiuty, do município, inventariado como patrimônio histórico, está prestes a se perder

    Técnica de elaboração do scagliola

    Paredes de ambientes do casarão que sediava a subprefeitura são decoradas com scagliola imitando mármore, ornamento de época para imóveis de alto padrão

    e veias das escaiolas imitam perfeitamente a pe-dra. A escaiola, pelos seus componentes, é uma superfície durável.

    Por essa e por outras particularidades, o pré-dio foi inventariado como patrimônio histórico da imigração italiana em 1994, em levantamento do patrimônio cultural do Rio Grande do Sul, reali-zado em conjunto entre o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (IPHAE) e o Insti-tuto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Sua estrutura física é representada por três pavimentos, totalizando 454,49 metros qua-drados de área construída, com pedra, tijolo e madeira.

    Projeto de restauro elaborado em 2015O casarão foi construído em várias etapas,

    entre 1940 e 1945, para servir de residência das famílias de Orestes Tomasi e Atílio Pompermayer. Na década de 60, começou a ser alugado para sediar estabelecimentos comerciais. Em 1979, Pompermayer permutou o imóvel com a prefeitura de Bento Gonçalves, na administração de Fortu-nato Janir Rizzardo (PDT). O imóvel foi adquirido para sediar a subprefeitura de Tuiuty. Serviu tam-bém como residência para o subprefeito, correio, central telefônica e posto de saúde. O administra-tivo da subprefeitura de Tuiuty trocou de endereço na gestão de Alcindo Gabrielli (PMDB), exercida de 2005 a 2008, mediante a precariedade do ca-sarão, que ficou à mercê.

    Em 2015, o Instituto de Pesquisa e Planeja-mento Urbano de Bento Gonçalves (IPURB) ela-borou um projeto de restauro para o casarão, na época orçado em R$ 580.696,57. O projeto, sem previsão de início de execução, hoje orçado em R$ 1 milhão, mantém as características externas da edificação e resgata o seu uso como sede da subprefeitura de Tuiuty. Também propõe a criação de auditório e espaços para atividades anexas, como o escritório da Festa da Colheita, promovi-da pela comunidade.

    Fotos: Sinval Gatto Jr

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    Foto: Natália Zucchi

  • 6 | Mosaico | Jornal Integração da Serra | Setembro 2018

    NatáliaZucchi

    [email protected]@nataliazucchi

    OTHERSIDE10 de agosto de 2018, sexta-feira. O dia em que

    meu estômago passou por uma sessão fotográfica. O drama a seguir é pela endoscopia somada a experiên-cia hospitalar, mas que me rendeu uma história que só pode estar aqui por causa da voz do Anthony Kiedis, do Red Hot Chili Peppers. Vou contar rapidinho.

    Vou pular a parte em que eu mobilizei uns seis profissionais da saúde diferentes, questionando sobre o que aconteceria e como eu deveria proceder se eu acordasse durante o procedimento (meu pai me contou nas vésperas que ele despertou durante a endoscopia com o cano na garganta. Pra meio paranóico, um pai desses já basta). Já acrescento minha confissão para facilitar o seu entendimento: um dos meus maiores me-dos, com certeza, é hospital.

    Esticada na maca, rapidamente varri a sala com os olhos, localizei um monitor grandão operado por uma enfermeira, mais uns outros equipamentos estranhos e, do meu lado, o monitor cardíaco. Ali estava meu primei-ro desafiante.

    Logo prenderam meu dedinho e eu passei a acom-panhar sonoramente o ritmo do meu coração. Na mi-

    nha cabeça, eu recitava frases de autoajuda, mas o batuque carnavalesco só aumentava.

    As enfermeiras começaram a procurar minhas veias, já que as espertas resolveram sumir - nosso corpo tem reações tão rápidas quando a gente está com medo. Comecei a sentir diversas picadas diferentes, o que fez com que eu procurasse um ponto de concentração para não contabilizar a possibilidade do meu braço se tornar uma peneira. Queridas, elas não tiveram culpa.

    Foi aí que percebi a presença de um radinho na sala E TOCAVA RED HOT CHILI PEPPERS. Então eu pensei: pronto, pelo menos uma coisa o universo cons-pirou em favor.

    Mas, não. À medida que eu ia prestando atenção na música, a tradução é inevitável. A canção fala em: morte. Até que i’ve got to take it on the otherside (tenho que levar para o outro lado, em tradução livre). Eu só pensei: É AGORA.

    Já era. Chegou minha hora!

    “Agora você vai sentir uma leve tonturinha e logo irá apagar”, comunicou docemente a enfermeira. An-siedade prolonga o tempo mental e para mim já se passavam minutos após aquelas palavras, logo o ter-ror de morrer foi substituído pelo terror de permanecer acordada. Pensei: o negócio não vai fazer efeito e a endoscopia vai ser a seco mesmo. Comecei a reclamar e só elas sabem o que eu devo ter falado. Apenas lem-bro de reivindicar minha situação desperta até o último momento consciente.

    Mas otherside, mesmo, eu fui parar no pós-procedi-mento, já em casa. Tive uma bela sexta-feira inteira de soninho. How long, how long...

    Agradecimento

    Obrigada a toda equipe do Hospital Tacchini pela paciência. Vocês, enfermeiras, tenham meu muito obri-gado, admiração e respeito! À profe Solange, da es-cola Cecília Meireles, meu maior obrigado por ter se lembrado de mim da época do ensino médio e por ter conversado comigo para me acalmar durante a espera do procedimento. Admiração por essas profes.

    Divulgação

  • Mosaico | Jornal Integração da Serra | Setembro 2018 | 7

    De 16 a 22 de setembro, Bento Gonçalves recebe uma programação intensa das artes cênicas. A Fundação Casa das Artes, a Via del Vino, o Auditório da Praça CEU, a Praça Ismar Scussel e a Sala Pública de Cinema contarão com apresen-tações e workshops de fantasia, beleza, lirismo, risadas e surpresas para todas as idades no Bento em Cena e na Mostra Bienal de Teatro.

    De acordo com o secretário da Cultura e presidente da Fundação Casa das Artes, Evandro Soares, “ambos os eventos têm um caráter multiartístico que fo-menta e viabiliza a circulação da linguagem teatral para todas as idades e gostos. Assim, ampliamos os mecanismos de participação social e profissional do seg-mento junto à comunidade”.

    O Bento em Cena e a Mostra Bienal são uma promoção da Secretaria da Cultura e da Fundação Casa das Artes. A entrada das apresentações e dos work-shops é franca, mediante a doação voluntária de 1 kg de ração para cães e gatos ou 1 kg de alimento não perecível, que serão destinados ao Conselho Municipal do Bem Estar Animal ou para a Secretaria de Habitação e Assistência Social.

    Para inscrever-se nos Workshops, basta enviar um e-mail para [email protected].

    Bento em CenaDia 19 de setembroEspetáculo Alaranjado - Coletivo Errádica, 20h, Anfiteatro Ivo A. Da Rold

    Dia 20 de setembro Workshop de Bufão com Nina Picoli, 9h, Sala de Espelhos da Fundação Casa das Artes

    Dia 21 de setembroTeatro de Rua - Espetáculo Mãe Coragem e Sua Filha Muda: Uma Crônica da Guerra Tormenta, Treta Teatro, 15h, Via Del Vino

    Dia 22 de setembroEspetáculo Divertissement - Ballet Vera Bublitz, 20h, Anfitea-tro Ivo A. Da RoldCafé Com Memória - A História da Dança em Bento Gon-çalves - Sala de Espelhos da Fundação Casa das Artes

    Mostra Bienal de TeatroDia 18 de setembro Espetáculo Conto de Terror, 19h, Sala de Espelhos da Fundação Casa das ArtesEspetáculo 7x1 - 7 Personagens Para 1 Ator, 20h, Sala Pública de CinemaEspetáculo Ninguém É Perfeito, 14h, Anfiteatro Ivo A. Da Rold

    Dia 19 de setembroEspetáculo Cimbelino XXI: Um Ensaio, Artistas no Palco, 10h, Auditório da Praça CEUEspetáculo Os 3 Reis, Artistas no Palco, 14h, Sala Pública de Cinema

    Dia 20 de setembroEspetáculo Pirueta Clown, 19h, Sala de Espelhos da Fundação Casa das ArtesEspetáculo Amor por Anexis, Teatro X, 20h, Sala de Espelhos da Fundação Casa das ArtesEspetáculo Estado de Sítio Parte I: A Instauração - Estado de Sítio Parte I: A Instauração, 17h30, Praça Ismar Scussel

    Dia 22 de setembroEspetáculo Romeu e Julieta, Teatro X, 19h, Sala de Espelhos da Fundação Casa das Artes

    Bento em Cenae Mostra Bienalde Teatro

  • 8 | Mosaico | Jornal Integração da Serra | Setembro 2018

    A Estação Férrea de Garibaldi, inaugurada em 7 de setembro de 1918, completou 100 anos. O trecho ligou a cidade a Carlos Barbosa e, no ano seguinte, a malha ferroviária chegou a Bento Gonçalves.

    O conjunto arquitetônico da Estação funcionou com o transporte de passageiros até meados de 1970. Desde 1992, integra o roteiro da Maria Fumaça - Trem do Vinho, com apresentações artísticas de música italiana e gaúcha, além de degustações de vinho, espumantes e suco de uva. O passeio, operado pela Giordani Turismo, é dos destaques turísticos da Serra Gaúcha, transportando cerca de 300 mil pessoas por ano durante os 23 quilômetros do percurso, além de manter viva e preservada a cul-tura ferroviária. Para a comunidade garibaldense, a Estação é um atrativo muito visitado e apreciado para a prática de esportes, como caminhadas e corridas.

    Cenário de diversas produções audiovisuais, a Estação Férrea tam-bém integra a Rota Cinematográfica “Garibaldi: uma cidade de cinema”, lançada recentemente. Um dos grandes destaques foi o recente “O Filme da Minha Vida”, dirigido e estrelado por Selton Mello.

    O secretário municipal de Turismo, Paulo Salvi, ressalta que a estação férrea “foi importante no desenvolvimento da região. Hoje, com a Maria Fumaça, continua a encantar moradores e visitantes”, enfatiza.

    100 anosda Estação Férreade Garibaldi

    Fotos: Alexandra Ungaratto