CNI Inovação e Crescimento Econômico · 1b. Brasil: Crescimento Anual do PIB Real (em %) 1c. ......

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Antonio Delfim Netto 10 de Maio de 2013 São Paulo, SP Inovação e Crescimento Econômico CNI 1

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Antonio Delfim Netto

10 de Maio de 2013 São Paulo, SP

Inovação e Crescimento Econômico

CNI

1

I. Os Determinantes do Crescimento Econômico

2

1. Quais são os determinantes do crescimento de longo prazo? Capital + Trabalho + Inovação + Energia + Importação

2. O que mostra o modelo de crescimento de Solow?

Origem, aplicação e o significado do “resíduo”

3. Qual o papel da inovação no desenvolvimento econômico?

4. O Estado deve subvencionar a pesquisa tecnológica e o processo de inovação?

5. O Brasil tem vantagem comparativa porque tem recursos naturais e tecnologia agrícola de elevado nível. Mas exportação de commodities é suficiente para sustentar o desenvolvimento?

6. O problema da indústria

1a. A Dinâmica do Crescimento Econômico

Elaboração: Idéias Consultoria 3

Importação

PIB

Consumo

Investimento

Democracia

Urna Autoritarismo

Força ou tradição População

Força de trabalho

Energia

Estoque de Capital

Yt=At.f(Lt , Kt) ÷ Exportação

Conta Corrente

Educação e Saúde

Depreciação Inovação

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4

* Projeção Fonte: IBGE Elaboração: Idéias Consultoria

Crise Cambial

1º Choque do Petróleo

2º Choque do Petróleo

Crise Cambial

Plano Cruzado

Plano Collor

Plano Real

Crise Cambial

Apagão

Crise Cambial

Média 48-80 = 7,5% PIB per Capita = 4,5%

Média 81-12 = 2,6% PIB per Capita = 1,0%

*

Crise Mundial

1b. Brasil: Crescimento Anual do PIB Real (em %)

1c. Países com Maiores Crescimentos do PIB Real (>30 anos) (% ao ano)

Fonte: FMI, Banco Mundial, IBGE Elaboração: Idéias Consultoria

(1977-2012, 35 anos)

(1950-1973, 23 anos)

(1962-1996, 34 anos)

(1958-1996, 38 anos)

(1947-1980, 33 anos)

(1960-1997, 37 anos)

(1967-1997, 30 anos)

5

(1974-2012)

(1997-2012)

(1997-2012)

(1981-2012)

(1998-2012)

(1998-2012)

6.9

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7.8

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4.3

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2.3

0 2 4 6 8 10 12 14 16

Indonésia

Malásia

Brasil

Tailândia

Coréia

Japão

China

2. A Contabilidade do Crescimento

6

1. PIB ≡ Salário + Lucro (Não há resíduo) ≡ Valor Adicionado Y ≡ wL + rK Logo função Y = Y (L , K) tem que satisfazer o Teorema de Euler: ∂Y ∂Y ∂L ∂K Ou seja, tem que ser linear e homogênea: quando multiplicamos pelo mesmo número os dois fatores, o PIB é também multiplicado por ele. Não há ganhos de escala.

Y ≡ L + K

7

2. A Contabilidade do Crescimento

A Lα K 1-α

L K L

2. Com algumas hipóteses: wL Y E algumas manipulações algébricas chegamos a: Y = A Lα K 1-α

Que é linear e homogênea porque A é uma constante. Ela é chamada de Cobb-Douglas. Se fizermos: A evolução do PIB per Capita depende da quantidade de capital por unidade de trabalho

= Constante

= = A Y L

Y L

1-α

8

3. Ela é apenas uma manipulação de uma identidade. É por isso que sempre produz bom ajustamento estatístico

4. O que é A? É uma medida da nossa ignorância!

Y = A [ Lα K 1-α ]

Média geométrica de L e K

É o número que iguala Y à média geométrica de L e K [ Lα K 1-α ]. Representa tudo o que não é “explicado” pela combinação de fatores L e K. É o resíduo não explicado. Como Solow usou esta função, chama-se “Resíduo de Solow”, que costuma ser aproximadamente 50% do valor estimado

2. A Contabilidade do Crescimento

9

2. A Contabilidade do Crescimento

5. Manipulando a função chegamos à forma:

∆Y ∆A ∆L ∆ K Y A L K Que é usada nas estimativas do “Produto Potencial” e na “Contabilidade do Crescimento” 6. α é a participação do salário no PIB (1- α) a do capital

+ α + (1- α) =

10

7. A “Contabilidade do Crescimento” é uma mistificação

∆A é o que não se sabe o que é. Então inventamos, A 8. Como se constrói K ? O que é ele?

Kt = Kt-1 – dKt-1 + It

Kt = Kt-1 (1-d) + It

Depende essencialmente de d, não estimável! Logo: ∆A depende de d A

2. A Contabilidade do Crescimento

tentando melhorar as estimativas de L e de K.

( It= Investimento Líquido )

3. Inovação + Crédito

11

1. Por definição é imprevisível e sua busca custosa e arriscada

2. Um sistema de inovação deve, portanto, ser de acesso absolutamente aberto

3. Ele deve propor-se: A. Estimular as empresas a inovar B. Fornecer recursos C. Orientar pesquisas D. Reconhecer seu potencial de sucesso E. Estimular a troca de informações e de conhecimentos F. Estimular ou criar seus mercados G. Subsidiar os custos que não podem ser internalizados na

ausência de patente

3. Inovação + Crédito

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4. Pesquisas empíricas mostram que nos EUA gastos com P&D explicam: A. 75% do resíduo não explicado de Solow B. 50% do crescimento da produtividade do trabalho

Fonte: GRILICHES, Z.. Productivity, R&D and the Data Constraint, American Economic Review, 84(1) 1994: 1-23

5. Resultados significativos também foram obtidos no Japão,

Canadá e França

6. Quando a inovação tem externalidades que produzam taxas de retorno social maior do que as do mercado o subsídio do governo deve ser usado.

4. O que estimula o investimento

13

Pesquisa com dados do IFO Institute, Alemanha Aproximadamente 1500 empresas – Anual

Especificação R2

1. Modificação Tecnológica 12%

2. Nível de Financiamento 38%

3. Nível da Demanda 21%

4. Lucro 3%

5. Ambiente de Negócio Macro 7%

6. Outros 1%

Total 82%

Média das diversas ordens de ortogonalização das variáveis Fonte: BACHMANN, R.; ZORN, P.. What Drives Aggregate Investment?, NBER, W.P. 18990, April 2013

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1 1000 1500 1600 1700 1820 1870 1913 1950 1970 2008

PIB

per

Cap

ita

(US$

Mil)

14

PIB per capita mundial

PIB per capita do Brasil

Expansão Geográfica

Proteção às Patentes

Seleção de Animais

Motor a Vapor

Produção de Aço Produção de Fertilizantes

Independência dos EUA

Adam Smith Arado de Ferro

Motor de Combustão Interna

Semicondutores Petróleo e Eletricidade

Falência da URSS

Emergência da China na OMC

Abandono do Fordismo Globalização Internet Sofisticação Financeira Robótica

Primeira Revolução Industrial na Inglaterra

5. O Efeito da Inovação + Crédito PIB per capita Mundial e Brasileiro (PPP US$1990)

Fonte: Maddison, A. – The World Economy, 2010 (Dolar Internacional Geary-Khamis, US$ 1990); macKay, D. 2008 Elaboração: Idéias Consultoria

6. Câmbio Flutuante: Câmbio Real = Câmbio Nominal / Salário Médio Nominal

Fonte: Fiesp, Bacen Elaboração: Idéias Consultoria 15

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)Salário Nominal e Câmbio Nominal

Fonte: FIESP e Bacen

Salário Nominal na Indústria de SP

Taxa de Câmbio Nominal R$/US$

Fonte: IBGE e Bacen Elaboração: Idéias Consultoria

Produção Industrial e Comércio Varejista Variação em Relação ao Triênio Anterior (%)

16

6. Câmbio Flutuante: Deterioração da Indústria

12.0

25.427.2

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2004-2006 2007-2009 2010-2012

Comércio Varejista e Produção IndustrialVariação em Relação ao Triênio Anterior (%)

Comércio Varejista

Indústria de Transformação

Fonte: IBGEElaboração: Idéias Consultoria

Suprido pela Importação

6. Câmbio Flutuante: Relação Câmbio/Salário e Saldo em Transações Correntes

Fonte: Bacen, Fiesp Elaboração: Idéias Consultoria 17

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Relação Câmbio/Salário e Saldo Em Transações Correntes

Saldo em Transações correntes (US$ Bilhões)

Relação Câmbio/Salário (Defasado 2 anos)

Fonte: OMC Elaboração: Idéias Consultoria 18

7. Participação nas Exportações Mundiais %

Brasil Coréia China

1981-1984 1,2 1,1 1,2

1995-2002 0,9 2,3 3,6

2003-2008 1,1 2,3 7,5

2009-2011 1,3 3,0 10,1

2012 1,3 3,0 11,2

Indústria Serviços

A. Câmbio/Salário Cai -

B. Importação Sobe -

C. Exportação Cai -

Taxa de Inflação

a. Controlada Importação Cresce

b. Produção Cai -

c. Custo Sobe e Não Há Repasse Sobe e Há Repasse

d. Lucro Reduz -

e. Investimento Reduz - 19

II. Condições Atuais

1. Salário real cresce (+) do que produtividade

2. Política social inclusiva (aumenta demanda)

3. Aumento da bancarização (aumenta demanda)

4. Câmbio nominal cresce (-) do que salário nominal (o câmbio real se valoriza)

5. Mercado internacional de duráveis e bens intermediários aberto

6. Produtividade da indústria maior do que serviços

PIB CAI

Efeito Provável: No médio prazo a indústria é o setor mais dinâmico e que estimula os demais. Logo: redução do ritmo de crescimento do PIB

20

III. IPCA: Bens Duráveis e Serviços Variação Acumulada em 12 Meses (%)

Fonte: IBGE Elaboração: Idéias Consultoria

-1.21

8.38

-6

-4

-2

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Serviços

Bens Duráveis

Fonte: Bacen Elaboração: Idéias Consultoria 21

IV. Passivo Externo

US$ Bilhões

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US$

Bilh

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Investimento Estrangeiro Direto

Investimento Em Carteira

Dívida Privada

Outros

Fonte: Bacen Elaboração: Idéias Consultoria 22

V. Passivo Externo Privado e Reservas Cambiais

US$ Bilhões

Investimento em Carteira + Dívida Privada 802

Reservas Cambiais – Dívida do Governo 348

Posição Internacional de Investimento em Dezembro de 2012

VI. Sustentação do Desenvolvimento

23

1. Problemas de Oferta x Demanda

2.

3. . Agricultura Indústria Serviços

População η η η

Renda ∆(Y/N)/(Y/N) ∆(Y/N)/(Y/N) ∆(Y/N)/(Y/N)

Elasticidade Ea Ei Es

Futuro Cresce Cresce Cresce

Natureza Comercializável Comercializável Não Comercializável

Crescimento da Demanda

Crescimento da População

Crescimento da Renda Per Capita = + Elasticidade x

< < < <

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VII. Mudanças Estruturais: Valor Adicionado

Brasil (2008) Brasil (2008)

Brasil (2008)

PIB Per Capita em US$ Internacionais de 1990 Geary-Khamis, por MADDISON, A.. Historical Statistics of the World Economy: 1-2008 AD, World Bank Fonte: HERRENDORF, ROGERSON, VALENTINYI. Growth and Structural Transformation, NBER, WP18996, 2013 April

VIII. Crescimento do PIB Real na América Latina Índice (1950=100)

Fonte: Maddison, A.. Historical Statistics of The World Economy: 1-2008 AD; FMI Elaboração: Idéias Consultoria 25

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Brasil

MéxicoColômbia

ChilePeru

Venezuela

Argentina

IX. Índice de Bem-Estar Social Renda Média x (1 – Coeficiente de Gini) = Índice, 1995=100

Fonte: IPEA, a partir dos microdados das Pnads 1995-2001. Exclui domicílios com renda ignorada. Exclui áreas rurais da região norte (exceto Tocantins). Dados para 2000 e 2010 obtidos por interpolação linear. Elaboração: Idéias Consultoria 26

100 10

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2

1995-2002 ρ = 2,3% π = 9,3%

2003-2012 ρ = 3,6% π = 5,9%