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APRESENTAÇÃO DO CONTEÚDO DO CURSO. Apesar do nome desse curso ser “contabilidade para não contadores” é direcionado também á estudantes de ciências contábeis, pois vai ajudar a dar uma acelerada no aprendizado do assunto. O curso foi montado de tal modo onde os participantes poderão mesmo sem ter feito algum curso anterior de contabilidade, conhecer os aspectos mais importantes da ciência contábil. Nele serão abordados dentro outros tópicos, relatórios contábeis, análises de tais relatórios, modelos de empresa, regimes tributários, análise de relatórios contábeis reais de empresas, análises de índices e de liquidez, o curso tem duração aproximada de 10 horas. Aula 1 - Contabilidade gerencial, financeira e tributária. O que são cada tipo de contabilidade, e quais as decisões que podem ser tomadas a partir delas e quais as partes interessadas de cada uma delas. Gerencial Toda empresa formal deve ter o auxilio de um contador para prestar contas ao fisco e também para pagar todos os encargos fiscais e burocráticos. Na contabilidade gerencial, o

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APRESENTAÇÃO DO CONTEÚDO DO CURSO.

Apesar do nome desse curso ser “contabilidade para não contadores” é direcionado

também á estudantes de ciências contábeis, pois vai ajudar a dar uma acelerada no

aprendizado do assunto. O curso foi montado de tal modo onde os participantes

poderão mesmo sem ter feito algum curso anterior de contabilidade, conhecer os

aspectos mais importantes da ciência contábil. Nele serão abordados dentro outros

tópicos, relatórios contábeis, análises de tais relatórios, modelos de empresa,

regimes tributários, análise de relatórios contábeis reais de empresas, análises de

índices e de liquidez, o curso tem duração aproximada de 10 horas.

Aula 1 - Contabilidade gerencial, financeira e tributária.

O que são cada tipo de contabilidade, e quais as decisões que podem ser tomadas a

partir delas e quais as partes interessadas de cada uma delas.

Gerencial

Toda empresa formal deve ter o auxilio de um contador para prestar contas ao fisco

e também para pagar todos os encargos fiscais e burocráticos. Na contabilidade

gerencial, o contador, além de orientar o empreendedor sobre o que fazer com

relação a tributos e impostos, também o auxilia na tomada de decisões de sua

empresa.

O que é contabilidade gerencial?A contabilidade gerencial é processo de identificação, mensuração, análise e comunicação de informações financeiras utilizada pela administração para planejamento e controle de uma empresa, para assegurar o uso apropriado de

seus recursos. A contabilidade gerencial fornece informações necessárias para a

administração e para o desenvolvimento de uma empresa. No tocante a criação de

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informações contábeis, somente o contador pode criar, pois existe a questão da responsabilidade técnica. Mas quando o assunto é interpretar, não é algo exclusivo do contador, visto que as informações contábeis, por seus próprios princípios, devem ser acessível a todos os profissionais que tenham entendimento no assunto, administradores, economistas, analistas de outras áreas etc.

Identificar = Registrar os acontecimentos contábeis

Mensurar = Medir os valores dos acontecimentos contábeis

Analisar = Interpretar as informações

Comunicar = Após entender as informações, explicar para a diretoria.

Neste contexto, após a contabilidade fornecer todas as informações, os analistas

interpretam ou explicam aos diretores da empresa, ou quando tais analistas são

empreendedores, as informações ficam apenas com eles. A partir da análise do

faturamento, lucros e despesas, os diretores possam tomar decisões estratégicas

mais eficazes. 

Como funciona

A boa gestão de uma empresa (e consequentemente sua lucratividade) depende de

um plano financeiro com valores e metas bem definidos. Para que este plano

financeiro seja executado com o máximo de rigor e eficiência, o empresário poderá

buscar os recursos da contabilidade gerencial.

Por estar sempre em contato com as transações da empresa, o contador poderá

coletar dados que serão úteis na gestão do empreendedor. Desta forma, a

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contabilidade gerencial sempre estará fornecendo ao seu cliente informações

sobre o que está ou não dando certo na execução do plano financeiro. E não é

apenas isso, a contabilidade gerencial também indicará as medidas a serem

tomadas para a boa gestão da empresa.

Essas informações fornecidas pela contabilidade gerencial são transmitidas aos

clientes, diretores, sócios, enfim, todos os interessados através de relatórios, que

detalham onde a empresa está desperdiçando dinheiro, quais as fontes de prejuízo,

bem como as fontes de lucro.

O papel do contador gerencial

Quando se fala em contador, logo vem a cabeça o profissional que lida com a

escrituração de uma empresa, mas em sua premissa, o técnico de contabilidade é

um especialista em fazer contas, desenvolver balanços e definir a realidade

financeira de uma empresa ou mesmo de uma pessoa física.

Levando em conta esta premissa, o contador gerencial ou o profissional responsável é aquele que identifica e interpreta informações financeiras/operacionais para o cliente, e com estas informações em mãos, o empreendedor poderá usar com mais responsabilidade seus recursos.

Especificando de um modo abrangente, a contabilidade gerencial compreende todo

relatório contábil desenvolvido especialmente para que a administração o utilize na

tomada de decisões a curto e longo prazo.

Contabilidade gerencial = Criar informações, analisar e explicar para que decisões possam ser tomadas.

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Contabilidade financeira

Conceito de Contabilidade Financeira

A Contabilidade é uma ciência que monitora as variações do patrimônio, desde a

formação da empresa, e que pode ser utilizada para acompanhar a saúde financeira

do negócio.

Com isso, a contabilidade funciona a partir da recolha e processamento da informação financeira, enquanto a empresa realiza suas operações de faturamento

com vendas, ou gastos com matérias-primas.

Estas informações são distribuídas em diferentes documentos, que servem para

análise dos gestores internos, mas principalmente, agentes externos à empresa,

como investidores, por exemplo.

Além disso, os dados financeiros são recolhidos para todos os tipos de transações e

tratados conforme a regulamentação do país. 

Diferenças entre a Contabilidade Financeira e a Contabilidade GerencialA Contabilidade Financeira e a Gerencial diferenciam-se na maneira que são feitas,

devido aos diferentes usuários da informação contábil da empresa.

De maneira simples, enquanto a Contabilidade Financeira é feita para apreciação de usuários externos, a Contabilidade Gerencial é utilizada internamente pelos gestores da empresa.

Sendo assim, a Financeira é quem formam os valores que aparecem nas

demonstrações contábeis, como o Balanço Patrimonial, a partir de princípios e

normas que devem ser seguidas.

Na Contabilidade Gerencial o foco é voltado ao planejamento e controle do uso de

recursos, utilizando os valores da Contabilidade Financeira na interpretação e

tomada de decisão da administração.

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Contabilidade Financeira e Contabilidade de Custos

A Contabilidade de Custos é realizada para que se obtenham, com mais detalhes,

os custos de produção que a Financeira demonstra apenas nos Passivos ou nos

gastos da Demonstração dos Resultados.

A contabilidade mais detalhada aos custos, mensura e descreve as origens de cada

aquisição de recursos nas atividades que a organização realiza.

Com isso, é possível aos gestores acompanharem a evolução dos gastos perante as

receitas, com vendas ou serviços, ao obterem um auxílio deste documento.

A contabilidade de custos, como também a Gerencial, são realizadas por

contabilistas para o público interno da empresa, sobretudo aos gestores.

Contabilidade tributária

É importante ressaltar que o sistema tributário brasileiro considera a autonomia

entre os entes políticos, no caso a União, os Estados e os Municípios.

A contabilidade  tributária é uma prática que pode fazer toda a diferença dentro de

qualquer empreendimento. Também conhecida como contabilidade  fiscal, ela é

responsável por apurar e conciliar os tributos, permitindo assim uma melhor

relação da empresa com o fisco.

Estrutura do sistema tributário nacional É importante ressaltar que o sistema tributário brasileiro considera a autonomia

entre os entes políticos, no caso a União, os Estados e os Municípios. Esse

sistema tributário reporta a uma legislação tributária. Portanto, todos, incluindo os

cidadãos, devem obedecer às leis, aos tratados, às convenções internacionais, aos

decretos e normas complementares que tratam dos tributos e também das relações

jurídicas referentes a eles.

 

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É essa estrutura o que permeia a relação entre Estado e contribuinte, seja ele

pessoa física ou jurídica. Isso significa que, para lidar com tributos, é preciso

conhecer uma série de elementos. Tais como: quais são eles, a quem são

aplicados obrigatoriamente, por quem são estabelecidos, entre outros. Saber lidar

com essa série de elementos de maneira competente é fundamental para pagar

corretamente os tributos.

A complexidade da contabilidade  tributária 

Até mesmo por essa estrutura complexa, que envolve mais de um ente federativo,

no Brasil, os tributos representam uma tarefa significativamente difícil para as

empresas. E também um desafio constante para os profissionais da área

da contabilidade.

 

É preciso estar sempre em dia com a legislação tributária. Isso porque as

possibilidades de interpretação sobre os tributos que incidem sobre as diferentes

atividades e operações das empresas são muitas e estão em contantes mudanças.

 

Assim, o controle dos tributos incidentes sobre as atividades aparece como tarefa

vital para qualquer organização. É aí que a contabilidade  tributária atua. Podemos

afirmar que a contabilidade  tributária é o ramo da contabilidade  que tem foco na

apuração, controle e planejamento dos tributos das empresas.

É importante saber diferenciar a contabilidade tributária do direito tributário. De maneira geral, podemos dizer que o direito tributário é a base de

sustentação da contabilidade tributária. Trata-se do conjunto de leis que regula a

arrecadação e a fiscalização dos tributos, mediando a relação entre estado e

contribuintes.

 

A contabilidade tributária, por sua vez, é a disciplina que associa contabilidade com

administração tributária e o próprio direito tributário. Por isso, ela representa muito

mais do que a simples contabilização de impostos. Isso porque contempla a

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aplicação do direito tributário enquanto norma sobre os fatos ou atividades e

operações das empresas.

Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculado a uma pessoa ou a

uma entidade. É o objeto de estudo da contabilidade.

Abrange tudo aquilo que a pessoa tem (bens e direitos) e tudo aquilo que a pessoa

deve (obrigações). Do ponto de vista contábil, são considerados apenas os bens,

direitos e obrigações que podem ser avaliados em moeda.

AULA 2 – BENS, DIREITOS E OBRIGAÇÕESOs bens e direitos constituem a parte positiva do Patrimônio, chamada Ativo.

As obrigações representam a parte negativa do Patrimônio, chamada Passivo.

Bens

São bens tudo o que possui valor econômico e que pode ser convertido em dinheiro,

sendo utilizado na realização do objetivo principal de seu proprietário. São as coisas

úteis, capazes de satisfazer as necessidades das pessoas e das empresas. Os bens

classificam-se em: Bens Móveis, Bens Imóveis, Bens Tangíveis e Bens Intangíveis.

Os bens fazem parte do ATIVO (patrimônio bruto).

Bens Móveis

São móveis os bens passíveis de remoção sem dano, seja por força própria ou por

força alheia. Ou seja, objetos concretos, palpáveis, físicos, que não são fixos ao

solo. Ex.: dinheiro, veículos, móveis, utensílios, máquinas, estoques, animais (que

possuem movimentos próprios, semoventes), etc.

Bens Imóveis

São imóveis os bens que não podem ser retirados de seu lugar natural (solo e

subsolo) sem destruição ou dano, ou seja, aqueles que, para serem deslocados,

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terão de ser total ou parcialmente destruídos (pois são fixos ao solo). Ex.: árvores,

edifícios, terrenos, construções, etc.

Bens Tangíveis

Também chamados de bens corpóreos e bens materiais, são tangíveis os bens que

constituem uma forma física, bens concretos, que podem ser tocados. Ex.: veículos,

terrenos, dinheiro, móveis e utensílios, estoques, etc.

Bens Intangíveis

Também chamados de bens incorpóreos e bens imateriais, são intangíveis os bens

que não constituem uma realidade física e que não podem ser tocados. Ex.: nome

comercial (marca), patente de invenção, ponto comercial, o domínio de internet, etc.

Fonte: socontabilidade

Obrigações

São dívidas, valores a serem pagos a terceiros (empresa ou pessoa física). Fazem

parte do PASSIVO.

Quando se compra um bem a prazo, ele integra-se ao patrimônio a partir do

momento que o fornecedor o entrega. Como foi uma venda a prazo, a empresa

passa a ter uma obrigação com o fornecedor, representada por uma conta a pagar

equivalente ao preço do bem. Assim como aumenta de um lado o Ativo (bem) da

empresa, de outro lado aumenta o Passivo (obrigação) da empresa.

Exemplos de Obrigações: salários a pagar, aluguéis a pagar, contas a pagar,

Fornecedores ou Duplicatas a pagar (referente a compra de mercadorias a prazo),

impostos a pagar (ou impostos a recolher), etc.

Patrimônio Líquido (PL)

A Situação Patrimonial Líquida também faz parte do PASSIVO (obrigações), mas

contém uma natureza especial, onde também fazem parte das obrigações os direitos

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dos acionistas, sócios ou titular da empresa individual em relação ao patrimônio da

pessoa jurídica.

Representa aquilo que, de fato, a pessoa tem. Isto é, sua riqueza efetiva, o que lhe

sobra depois de pagar todas as suas dívidas.

O Patrimônio Líquido é a diferença entre os valores do ativo (+) e do passivo (-) de

uma entidade em determinado momento, ou seja, se a empresa tem um Ativo (bens

+ direitos) de R$100.000,00 e um Passivo (obrigações) de R$40.000,00, o

Patrimônio Líquido dessa entidade será de R$60.000,00.

Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculado a uma pessoa ou a

uma entidade. É o objeto de estudo da contabilidade.

Abrange tudo aquilo que a pessoa tem (bens e direitos) e tudo aquilo que a pessoa

deve (obrigações). Do ponto de vista contábil, são considerados apenas os bens,

direitos e obrigações que podem ser avaliados em moeda.

Os bens e direitos constituem a parte positiva do Patrimônio, chamada Ativo.

As obrigações representam a parte negativa do Patrimônio, chamada Passivo.

AULA 3 – ATIVOS E PASSIOS.

ATIVOSAtivos são todos os bens e direitos que a empresa possui em determinado

momento, representam as aplicações de recursos da organização. Mas o que são

bens e direitos?

Bens são tudo aquilo que possui valor econômico e pode ser convertido em

dinheiro, como imóveis, veículos, máquinas, etc.

Já os direitos se referem aos recursos que a empresa tem a receber e que gerarão

benefícios presentes ou futuros. Representando o direito de exigir alguma coisa,

como por exemplo, o valor que uma loja receberá decorrente de uma venda à prazo.

O cliente já levou a mercadoria, mas ainda não pagou, então a loja tem o direito de

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receber o valor devido.

Os ativos podem ainda ser classificados em circulante e não circulante.

Ativo circulante são todos os bens e direitos que podem ser consumidos ou

convertidos em dinheiro no curto prazo, ou seja, até o final do exercício social

seguinte ao da elaboração do Balanço Patrimonial, como dinheiro em caixa,

estoques e contas a receber no curto prazo.

Já o ativo não circulante são todos os bens e direitos que a empresa conseguirá

converter em dinheiro em prazo superior a 12 meses, por exemplo, imóveis,

máquinas e equipamentos, móveis, marcas e patentes.

PASSIVOSO passivo representa as obrigações da empresa, ou seja, as dívidas em um certo

período e indica as origens dos recursos da organização. Pode também ser

denominado como capital de terceiros. E ele também é dividido entre passivo

circulante e não circulante.

O passivo circulante é representado por todas as contas a pagar no curto prazo,

como salários e encargos, fornecedores, empréstimos e financiamentos a pagar no

curto prazo. E o passivo não circulante representa todas as contas a pagar no

longo prazo, por exemplo empréstimos, dividendos e impostos a serem pagos nos

próximos exercícios.

AULA 4 – OS PRINCÍPIOS CONTÁBEIS

Os princípios contábeis, com base na premissa da Universalidade, devem ser

respeitados tanto na contabilidade aplicada ao setor privado, quanto na

contabilidade aplicada ao setor público. E ainda, a observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de

legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC).

Outro ponto importante é que a essência das transações deve prevalecer sobre seus

aspectos formais.

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QUAIS SÃO OS PRINCÍPIOS CONTÁBEIS?

1. Princípio da Entidade.

2. Princípio da Continuidade.

3. Princípio da Oportunidade.

4. Princípio do Registro pelo Valor Original.

5. Princípio da Competência.

6. Princípio da Prudência.

Obs: Princípio da Atualização Monetária foi revogado pela Resolução CFC nº

1.282/10. Confira abaixo uma pequena explicação de cada princípio:

PRINCÍPIO DA ENTIDADEO princípio da entidade reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e

afirma a autonomia patrimonial, isto é, a entidade empresarial é uma entidade

separada e não se confunde, portanto, com o patrimônio de cada um dos sócios ou

dos proprietários.

Não deve confundir direitos e obrigações da empresa com direitos e obrigações dos

sócios e nem saques no caixa ou no banco, para pagar contas pessoais dos sócios.

O Art. 50 – Reza que em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado

pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a

requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no

processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam

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PRINCÍPIO DA CONTINUIDADEO princípio da continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no

futuro, logo parte do pressuposto que uma empresa irá operar por período de tempo

indeterminado, portanto, deve-se planejar para que isso ocorra, sob pena de fenecer

por caducidade, obsolescências dos negócios, implantando inovações que o negócio

exige, diante das eternas modificações e aprimoramentos que se fizerem necessário

tendo em vista as novidades tecnológicas, em permanente expansão, por exemplo.

PRINCÍPIO DE OPORTUNIDADEO princípio da oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação

dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas, a

falta de integridade e tempestividade pode ocasionar a perda da relevância dos

registros contábeis.

PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINALEsse princípio determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente

registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional,

isto é, os bens e serviços e todo o patrimônio da empresa devem ser registrados de

acordo com o valor originalmente pagos por ele, independentemente do que vale no

mercado.

Todas as transações deverão ser contabilizadas pelo valor da aquisição,

independente do seu valor real.

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PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIAProvavelmente esse é um dos princípios que mais causam confusão para quem não

tem conhecimento sobre contabilidade. O princípio da competência determina que

os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que

se referem, independentemente do recebimento ou pagamento.

Portanto, por exemplo, uma venda ou compra a prazo deve ser contabilizada no mês

do fato gerador, e não no mês do recebimento/pagamento das parcelas.

PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA

O princípio da prudência diz respeito ao fato que os contadores devem usar de

prudência quando no julgamento de estimativas contábeis. Isto é, esse princípio

determina a adoção do menor valor para os componentes do Ativo e do maior valor

para os do Passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para

a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

O objetivo desse princípio é que ativos e receitas não sejam superestimados e que

passivos e despesas não sejam subestimados.

Exemplificando, temos os procedimentos das provisões das perdas nos estoques,

nos investimentos, nos impairment, das férias, do 13º salário, devidamente

comprometidos e que irão afetar ou afetou o patrimônio e o resultado da empresa.

AULA 5 - Receitas e Despesas

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Receitas e despesas são dois conceitos ligados à contabilidade das empresas. As

receitas devem ser maior que as despesas para o negócio ser rentável.

A receita é o direito da empresa de receber um determinado montante, no

imediato ou num momento futuro. Resulta, por exemplo, de operações de venda de

bens e de prestação de serviços.

Despesa é a obrigação que a empresa tem de efetuar um determinado pagamento, no imediato ou em momento futuro. Está relacionada, por exemplo, às

operações de compra de bens e serviços.

O caso mais comum acontece quando são adquiridas mercadorias ou matérias-

primas, uma despesa, e após, a venda do produto ao cliente final, uma receita.

Receitas e Despesas PúblicasDa mesma maneira que as empresas, o governo também possui seus fluxos

econômicos e financeiros.

A receita do governo, também chamada de receita fiscal, são as arrecadações que

acontecem por meio dos impostos, taxas, ou outras contribuições, recolhidas pelo

Tesouro Nacional.

As despesas públicas são os gastos que o Estado faz para prestação de serviços ou

aquisição de bens, para prestação à sociedade.

No Brasil estes gastos são limitados por conta da Lei de Responsabilidade Fiscal,

onde cada aumento de gasto deve ser acompanhado de maior arrecadação.

Receitas e Despesas financeirasAs receitas financeiras são relacionadas aos fluxos da empresa de caráter

monetário, como os juros recebidos, rendimentos das aplicações financeiras, ou

qualquer outro ganho que seja pode esse meio.

As despesas financeiras ocorrem de maneira contrária, principalmente através dos

juros que a empresa paga por empréstimos que ela realizou.

Receitas e Despesas operacionaisAs receitas ou despesas, quando operacionais, são diretamente ligadas às

atividades principais da empresa e seu objetivo social.

Quando as receitas ou despesas são consideradas não operacionais quando não

apresentam relação com a atividade-fim, por exemplo se uma empresa receber uma

indenização por um seguro.

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Diferença de Receitas e Despesas com Entradas e Saídas de DinheiroAs receitas e despesas, quando ocorrem, não estão diretamente ligadas aos

recebimentos ou pagamentos. Como no caso de um empréstimo feito, em que há

entrada de dinheiro no caixa, mas não houve uma receita.

A diferença é melhor notada quando a transação feita só se liquida após um prazo

(compra ou venda a prazo), por exemplo por uma compra de mercadorias para

pagamento posterior.

AULA 6 – GASTO

Sacrifício financeiro com que a entidade arca para obtenção de um produto ou

serviço qualquer. Sacrifício este representado por entrega ou promessa de entrega

de ativos (normalmente dinheiro). É o ato primeiro, antevêem a despesa, ao custo, a

imobilização etc.

Esse conceito é amplo e se aplica a todas as variações monetárias (saídas)

ocorridas na entidade, sendo aplicável também a aquisições a prazo. Assim, temos

gasto com a compra de matéria-prima, gastos com mão-de-obra, tanto na produção

como na distribuição, gastos com honorários da diretoria, gastos na compra de um

bem imobilizado etc.

Só existe o gasto no ato da passagem para a propriedade da empresa do bem ou

serviço. Ele efetiva-se no momento em que existe o reconhecimento contábil da

dívida assumida ou da redução do ativo dado em pagamento (redução do saldo do

caixa, do banco etc.).

Gasto é o compromisso financeiro assumido por uma empresa na aquisição

de bens e serviços, o que sempre resultará em uma variação patrimonial

seja ela qualitativa no início e/ou quantitativa em seguida.

O gasto, por sua natureza, pode ser definido como gasto de investimento, quando o

bem ou o serviço for utilizado em vários processos produtivos (imobilizado, estoques

etc.), e como gasto de consumo, quando o bem ou serviço forem consumidos no

momento mesmo da produção ou do serviço que a empresa realiza. Dependendo da

destinação do gasto de consumo, ele poderá converter-se em custo ou despesa. O

mesmo acontece com o gasto de investimento: à medida que o investimento for

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sendo consumido ele poderá transformar-se em custo ou despesa, dependendo do

objeto onde estará sendo aplicado. Exemplo: gasto com a aquisição de uma

máquina para a produção, primeiramente ela será ativada, sendo que

gradativamente sofrerá redução em seu valor (desgaste, obsolescência...),

fenômeno que é dado o nome de depreciação, tornando-se neste momento um

custo de produção.

Diferenciação entre gasto e custo:

Exemplo – A empresa YUTA comprou 1.000 unidades de matéria-prima, mas utilizou

apenas 800 unidades no processo de transformação em determinado período,

sendo a diferença ativada a título de estoque de matéria-prima. Portanto, o gasto foi

relativo à 1.000 unidades e o custo foi de 800 unidades.

CUSTOS E DESPESAS

A diferenciação entre custos e despesas é importante para a contabilidade

financeira, pois os custos são incorporados aos produtos (estoques), ao passo que

as despesas são levadas diretamente ao resultado do exercício. Entretanto, no

enfoque gerencial essa diferenciação não muito relevante. Os contadores de custos

devem dispensar a mesma

atenção aos custo e as despesas. Se a eficiência é importante no setor de produção,

ela deve ser considerada da mesma forma na área administrativa.

Porém é importante conhecermos alguns conceitos descritos por autores que

testudas a contabilidade de custos:

a) Custo é um gasto relativo ao bem ou serviço utilizado na produção de outros bens

ou serviços. São insumos de bens de capitais ou serviços efetuados para execução

de determinados objetos (Eliseu Martins);

b) Custos são insumos de capitais, bens ou serviços, efetuados para consecução de

determinados objetivos. Estes insumos assumem, primeiramente, uma expressão

física e se traduzem, posteriormente, pela expressão monetária dos mesmos. Assim,

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melhor definindo, "custo de um bem ou serviço, é a expressão monetária dos

insumos físicos realizados na obtenção daquele bem ou serviço, considerando-se o

total retorno dos capitais empregados, em termos de reposição." (Olivio Koliver)

c) Custo é o consumo de um fator de produção, medido em termos monetários para

a obtenção de um produto, de um serviço ou de uma atividade que poderá ou não

gerar renda (...).

d) O custo é também um gasto, só que reconhecido como tal, isto é, como custo, no

momento da utilização dos fatores de produção (bens e serviços), para a fabricação

de um produto ou execução de um serviço.

Exemplos: a) a matéria-prima foi um gasto na sua aquisição que imediatamente se

tornou investimento, e assim, ficou durante o tempo de sua estocagem, sem que

aparecesse nenhum custo associado a ela, no momento de sua utilização na

fabricação de um bem, surge o custo da matéria-prima como parte integrante do

bem elaborado. Este, por sua vez, é de novo um investimento, já que fica ativado

até sua venda; b) A energia elétrica utilizada na fabricação de um bem qualquer é

gasto (na hora de seu consumo) que passa imediatamente para custo, sem transitar

pela fase de investimento; c) A máquina provocou um gasto na sua entrada,

tornando investimento e parceladamente transformado em custo (depreciação), a

medida que é utilizada no processo de produção de utilidades.

Conceito de Despesa:

a) bem ou serviços consumidos diretamente para a obtenção de receitas, ou ainda,

o gasto aplicado na realização de uma atividade que vai gerar renda efetivamente ou

que poderá gerar uma renda teórica. (Leone, 1996, p. 50)

As despesas são itens que reduzem o Patrimônio e que têm essa característica de

representar sacrifícios no processo de obtenção de receitas. Ou, as empresas têm

despesas para gerar receitas e não para produzir seus bens e serviços, neste caso

custos.

A comissão do vendedor, por exemplo, é um gasto que se torna imediatamente uma

despesa. O equipamento usado na fábrica, que fora gasto transformado em

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investimentos e posteriormente considerado parcialmente como custo torna-se, na

venda do produto feito, uma despesa. A máquina de escrever da secretária do

diretor financeiro, que fora transformada em investimento, tem uma parcela

reconhecida como despesa (depreciação), sem transitar pelo custo.

Logo, todas as despesas são ou foram gastos, porém, alguns gastos muitas vezes

não se transformam em despesas. Por exemplo: terrenos, que não são depreciados,

ou só se transforma quando de sua venda.

Segundo a resolução 750/93 do CFC, que trata dos Princípios Fundamentais de

Contabilidade, as despesas consideram-se incorridas:

a) quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de sua

propriedade para terceiros;

b) pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo;

c) pelo surgimento de um passivo sem correspondente ativo.

Na teoria parece fácil conceituar a variável custos. Porém a grande questão é, onde

terminam os custos de produção? E qual a diferença entre custos e despesas?

AULA 7 – INVESTIMENTOS

O que são investimentos financeiros e os tipos de investimentos.O Fundo de investimento, caderneta de poupança, CDB e RDB, Títulos os Públicos, Clubes de Investimentos e outros tipos de investimentos financeiros.

Os investimentos financeiros são alternativas para aqueles que desejam

guardar algum dinheiro e realizar poupança para a aposentadoria, uso

futuro em caso de necessidades, entre outros. O hábito de investir não é

tão grande no Brasil, geralmente temos hábitos de fazer empréstimos e

financiamento e não o contrário. Mas há inúmeras opções de

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investimentos financeiros com bons resultados e para todos os perfis,

seja ele moderado, conservador ou agressivo. As principais

modalidades de investimentos são os fundos de investimentos, a

caderneta de poupança, ações, ouro, títulos da dívida pública, entre

outros. Conheça abaixo cada um deles:

Fundo de investimento

Também pode ser denominado por comunhão de recursos financeiros,

isto é, todo o valor investido é utilizado na compra de bens, seja

mobiliários ou títulos, que são todos passados ao investidor. Por tanto, o

fundo de investimento é uma poupança aplicada, em que qualquer

pessoa, física ou jurídica pode realizar, porém sempre por intermédio do

banco ou gestora de fundos de investimentos.

Os fundos de investimentos são classificados de acordo com o tipo de

investimento, normalmente usa-se os termos conservador, moderado ou

ousado para identificar o perfil do investidor e assim escolher o fundo

mais adequado.

Principais características:

Um fundo é compartilhado, isto é, sua composição é feito com

recursos de diverssos investidores

O objetivo é tentar maximizar os lucros (retorno) com menor risco

Geralmente os fundos exigem um investimento mínimo, cujo valor

dependerá da instituição e das características do fundo

Eles podem ser classificados em: Renda fixa, renda variável,

Multimercado e outros

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Em uma classificação mais específica eles podem ser destinados a

investimentos em: ações, câmbio, imóveis, ouro, títulos do governo,

entre outros.

Caderneta de poupança

Classificado por conservador, a caderneta de poupança é muito

conhecida, principalmente por poder ser feita por qualquer cidadão,

necessitando apenas ir a um banco juntamente com seu CPF, RG,

Holerite ou qualquer comprovante de renda e um comprovante de

residência atual. A poupança é um investimento muito tradicional e

conservador, paga juros bem baixos mais é seguro. Geralmente a taxa

de juros da poupança gira em torno de 0,5% (meio por cento).

Principais características:

Rendimento: TR + 0,5%

Isenção de imposto de renda

Não há limite mínimo para aplicação ou quando há é apenas

simbólico

Menores de idade poderão ter Caderneta de Poupança

Câmbio

Investir em câmbio significa comprar moedas estrangeiras, como o

Dólar, Euro ou Libra, por exemplo. Na compra de uma moeda o

investidor espera que esta tenha uma valorização em relação à moeda

corrente, o Real, e assim vendê-la por um valor acima do valor de

compra. Mas a compra de moeda também poderá ter outras finalidades,

como viagens para o exterior onde a mesma será usada ou para

investimento de longo prazo.

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No caso do Dólar as cotações em relação ao Real podem ser

classificadas em:

Comercial: é a cotação oficial usada nas operações comerciais e

nas remessas de moeda de empresas com sede no exterior.

Turismo ou Flutuante:  é usado como referência para compra de

moeda estrangeira para viagem, tanto em espécie quanto em

travellers.

Paralelo: Não é reconhecido pelo mercado, mas é usado em

operações do chamado mercado negro, geralmente pelos conhecidos

“doleiros”.

 Ouro

O ouro é um investimento reconhecidamente como seguro e pode ser

feito através dos bancos. As barras de ouro compradas podem ficar com

o comprador ou ele poderá contratar um serviço de custódia ou guarda

nos bancos. diariamente são informados os valores do grama do ouro

para compra e venda.

CDB e RDB

O CDB-Certificado de Depósitos Bancários, é o mesmo que financiar um

valor para o banco, em que ao final do prazo estabelecido o banco

pagará o valor que foi emprestado acrescido de juros, ou seja receberá

o dinheiro investido mais um lucro do tempo passado. Uma das

vantagens do CDB, é que o investidor poderá realizar outra proposta

antes do fim do prazo, porém isso implicará ou poderá implicar na perda

de parte do que foi emprestado. E o RDB-Recibo de Depósitos

Bancários funciona da mesma forma, a diferença é que não há a opção

de negociar após ter fechado o acordo, entretanto, no CDB e no RDB, o

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risco de prejuízo é mínimo, a menos que o banco quebre, pois ai não

receberá seu dinheiro de volta e muito menos os juros combinado.

Títulos os Públicos

Este tipo de investimento criado pelo governo federal com o intuito de

financiar as atividades do governo. Por outros lado é  uma opção de

investimento. A venda de títulos públicos geralmente é feita por leilão ou

diretamente no Tesouro Nacional.

Clubes de Investimentos

Geralmente são investimentos realizados em comunhão de recursos por

um grupo que não ultrapassa 150 pessoas com a finalidade de realizar

investimentos no mercado financeiro, os clubes de investimentos

sempre estão em conformidade com as normas da CVM, da Bovespa e

ainda possuem um Estatuto Social, que abriga as diretrizes de

funcionamento referentes aos investimentos e a companhia. Os clubes

de investimentos são pessoas jurídicas e tem um gestor responsável

pelo clube e a administração dos recursos do mesmo.

Ações

Ações são ativos de empresas com capital aberto ou S.A Sociedade

Anônima,  que são negociados em bolsas de valores, em outras

palavras podemos dizer que ações são pedaços ou partes das

empresas que são vendidas na bolsa de valores. Quando uma pessoa

compra um grupo de ações de uma empresa, significa que ela estará se

tornando sócia daquela empresa, cuja participação dependerá da

quantidade de ações compradas.

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As ações não são vendidas diretamente na bolsa, mas através das

corretoras de valores mobiliários que são empresas credenciadas a

operar no mercado de ações. Essas corretas fazem a intermediação

entre o investidor e a bolsa.

As ações podem der ordinárias ON ou preferenciais PN.

ON: As ações ordinárias dão o direito a participação nos lucros da

empresa e ainda confere o direito a voto nas assembleias da

empresa.

PN: As ações preferenciais também permite a participação nos

lucros, porém, sem direito a voto.

Fontes:

Marteson Castelo Branco

http://www.shopinvest.com.br/

http://www.bb.com.br

http://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%ADtulos_da_d%C3%ADvida_p

%C3%BAblica

AULA 7 - Conhecendo a teoria e os aspectos legais.

Nessa aula iremos aprender um pouco da teoria e os aspectos legais, mesmo você não sendo contador, é necessário falar um pouco da base legal que ordena as demonstrações contábeis (financeiras).

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As demonstrações contábeis ou financeiras, segundo Assaf Neto e Lima (2009, p.

188), equivalem a um conjunto de informações apuradas e divulgadas pelas

empresas, que visa espelhar o desempenho destas ao longo de um período ou

exercício social, normalmente equivalente a um ano.

As informações contidas nas demonstrações financeiras são objeto de análises

internas e externas. Internamente, elas municiam os gestores no processo de

tomada de decisão; externamente, são utilizadas por governos, instituições

financeiras, empresas de classificação de risco, fornecedores, acionistas – para citar

apenas alguns stakeholders.

Stakeholder (em português, parte interessada ou interveniente) é um termo usado

em administração referente às partes interessadas que devem estar de acordo com

as práticas de governança corporativa executadas pela empresa. O termo foi usado

pela primeira vez pelo filósofo Robert Edward Freeman. Segundo este autor, os

stakeholders são elementos essenciais ao planejamento estratégico de negócios.

De maneira mais ampla, compreende todos os envolvidos em um processo, que

pode ser de caráter temporário (como um projeto) ou duradouro (como o negócio de

uma empresa ou a missão de uma organização).

Uma organização que pretende ter uma existência estável e duradoura deve atender

simultaneamente as necessidades de todas as suas partes interessadas. Para fazer

isso, ela precisa “gerar valor”, isto é, a aplicação dos recursos usados deve gerar um

benefício maior do que seu custo total.

Exigência legal

Até 1976, com o advento da Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976, a

denominada “Lei das Sociedades por Ações”, os aspectos de ordem contábil, para

elaboração das demonstrações contábeis das empresas, eram regidos pelo Decreto-

lei n. 2.627, de 26 de setembro de 1940. O texto original da Lei n. 6.404/76 foi

alterado em 5 de maio de 1997 pela Lei n. 9.457 no que dispõe sobre as sociedades

por ações e pela Lei n. 10.303, de 31 de outubro de 2001, principalmente no que

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tange aos dispositivos de matéria societária e do direito dos acionistas O advento da

Lei n. 6.404/76, à época e até fins de 2007, representou um avanço na técnica de

elaboração das demonstrações contábeis e na forma de avaliação dos elementos

componentes do patrimônio contábil das empresas.

Cumpriu, também, seu papel no acompanhamento dos mercados de capital e

financeiro, fornecendo elementos valiosos, pela forma de apresentação das

demonstrações contábeis, a analistas financeiros e aos diversos interessados nas

informações contábeis.

Ao final de 2007, foi promulgada a Lei n. 11.638, que altera e revoga a Lei das

Sociedades por Ações (Lei n. 6.404/76). Publicada no Diário Oficial da União de 28

de dezembro de 2007, passou a vigorar para as demonstrações contábeis do

exercício social iniciado a partir de 1º de janeiro de 2008. Portanto, as alterações

contidas na Lei n. 11.638/07 deverão produzir seus efeitos nas demonstrações

contábeis, cujo exercício se iniciou a partir de 1º de janeiro de 2008,

independentemente da data do seu encerramento, em atendimento ao art. 176, da

Lei n. 6.404/76, que regula as demonstrações contábeis elaboradas ao final do

exercício social das empresas. Esse entendimento foi manifestado pela Comissão

de Valores Mobiliários - CVM.

A promulgação da Lei n. 11.638/07 constitui marco importante da história brasileira

para os mercados de capital e financeiro, de forma a direcionar a harmonização das

práticas contábeis adotadas no Brasil com as normas contábeis internacionais,

permitindo a inserção das empresas brasileiras no processo de convergência

contábil internacional e contribuindo para agregar maior grau de transparência às

demonstrações contábeis em geral. Com o advento da Lei n. 11.638/07, um novo

ciclo se inicia e demandará, certamente, a concentração de esforços das empresas,

dos auditores, dos diversos organismos e profissionais de contabilidade e finanças e

da Comissão de Valores Mobiliários no processo de regulação, disseminação,

orientação e aprendizado das modificações produzidas pela nova Lei e das matérias

dela decorrentes, cuja normatização é requerida.

Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC

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A Lei n. 11.638/07 reforçou o entendimento de que a regulação contábil no Brasil

pode ser baseada em trabalhos desenvolvidos por organismo multirepresentativo,

que tenha por objeto o estudo e divulgação de padrões contábeis e de auditoria.

Nesse sentido, a lei introduziu a possibilidade de a CVM, do BACEN e dos demais

reguladores firmarem convênios com esse tipo de organismo, ficando então

reforçados o papel e a importância do Comitê de Pronunciamentos Contábeis –

CPC, já em atividade.

O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) foi idealizado a partir da união de

esforços e comunhão de objetivos das seguintes entidades:

ABRASCA, APIMEC NACIONAL, BOVESPA, Conselho Federal de Contabilidade,

FIPECAFI e IBRACON. Visite o site <www.cpc.org.br> para saber mais sobre a

dinâmica do CPC.

ANÁLISE VERTICAL.

Para que as empresas possam conquistar um bom posicionamento no mercado e

crescer, é fundamental que as suas decisões estratégicas sejam assertivas. E as

análises vertical e horizontal são importantes para o controle financeiro, pois

comparam números e resultados. 

Como qualquer relatório financeiro, eles nos mostram o caminho que a empresa

está tomando, ele te sinaliza qual decisão precisa ser tomada. Essa análise terá

mais eficácia se esses relatórios forem analisados juntos.

Se a análise for feita individualmente, você não terá uma visão ampla de como sua

empresa se encontra. Por isso que eu trouxe este assunto para te ajudar a comparar

esses resultados e te ajudar em suas análises.

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Vamos começar pelo conceito:

O que é Análise Vertical?

 O relatório recebe esse nome porque a análise acontece no mesmo período, porém

analisamos contas diferentes. Essa análise serve para identificar a porcentagem de participação de determinado indicador nos resultados. A conta base da

análise vertical de uma DRE será a receita, onde o resultado das outras contas,

serão de acordo com o resultado da conta base.

Qual o objetivo?

É mostrar cada conta em comparação à demonstração financeira a que pertence, comparando com padrões do ramo ou percentuais da própria empresa no período analisado. Na última linha da análise vertical encontra-se o

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valor restante. Se for positivo, significa que a empresa ganhou mais do que gastou

e, portanto, está dando lucro.

Esse relatório mostra, por exemplo, qual a composição dos recursos da empresa,

qual a participação de cada conta como exemplo o capital próprio e de terceiros, e

como é feita a distribuição. 

Como calcular a Análise Vertical (AV)?

Percentual da Base = Valor do item / Valor da Base do Cálculo x 100Vamos imaginar que, no Período A, o valor da sua conta receita por serviços no ano

é de R$ 1.000,00, o valor da sua conta base receita bruta é no valor de R$

10.000,00 x 100 é igual a 10%. Então o relatório está te informando que neste

período sua conta de receita por serviço em relação a sua receita bruta é igual a

10%. Assim, da mesma forma, você vai analisando todas as outras contas.

É possível analisar balanço patrimonial e DRE verticalmente e

horizontalmente.

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Analisando verticalmente um balanço patrimonial

Vamos analisar uma parte em relação ao um todo. Primeiro

iremos escolher uma conta para analisar e comparar ao todo.

Devemos saber que contas de ativo só podemos comparar com

o ativo. Contas do passivo só podemos comparar com o

passivo.

1ª Análise

1º passo – Escolher uma conta

Conta de disponível = 2.000,00

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2º passo – calcular o total do ativo.

Total do ativo = 192.000,00

Calculando = 2.000/192.000 = 0.0104

0.0104 x 100 = 1.04%

O resultado do cálculo deve ser em porcentagem.

Essa lógica se aplica a todas as contas do ATIVO.

Ainda falando de balanço patrimonial, pode-se analisar

verticalmente também os dois grandes grupos do ativo. Ativo

circulante e ativo não circulante. Vamos analisar abaixo

baseado no mesmo balanço.

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Analisando o ativo circulante.

1º passo – Buscar o total do ativo circulante

Ativo circulante = 27.000,00

2º passo – calcular o total do ativo.

Total do ativo = 192.000,00

Calculando = 27.000/192.000 = 0.1406

0.1406x 100 = 14.06%

Pode-se fazer a mesma coisa com o ativo não circulante.

1º passo – Buscar o total do ativo não circulante

Ativo circulante = 165.000,00

2º passo – calcular o total do ativo não circulante.

Total do ativo = 192.000,00

Calculando = 165.000/192.000 = 0.8593

0.8593 x 100 = 85,93%

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Ativo circulante = 14,06%

Ativo não circulante = 85,93%

Analisando o passivo

Obviamente o esquema de análise do passivo é o mesmo que do ativo.

Próxima aula = análise vertical de uma DRE

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Análise vertical de uma DRE

A lógica da análise vertical da DRE é a mesma da análise do

balanço, comparar uma conta em relação a receita total. No

caso do balanço patrimonial, a comparação era entre uma

conta e o total do ativo.

Analisando.

1º passo – Escolher a conta

Conta despesas comerciais = 25.000,00

2º passo – Valor da receita total = 350.000,00

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25.000 / 350.000 = 0.0714

0.0714 x 100 = 7.14%

Interpretação =7.14% do que a empresa ganhou no período

foram despesas administrativas.

O mesmo procedimento pode ser feito com todas as contas da

DRE, mas claramente só iremos fazer com aquelas contas

mais relevantes e que podem contribuir no resultado (lucro ou

prejuízo).

ANÁLISE HORIZONTAL

O que é Análise Horizontal?

Tem esse nome porque se baseia na evolução dos saldos das contas ao longo do

período. A comparação ocorre entre as mesmas contas, porém em exercícios

diferentes.

Qual o objetivo?

É analisar se os valores das demonstrações financeiras cresceram ou diminuíram

em comparação com períodos anteriores, ou seja, a análise horizontal permite

verificar tanto a situação do patrimônio da empresa quanto seu desempenho

financeiro, te permite uma ideia da tendência futura. Essa análise evidencia o

crescimento ou a redução dos valores ao longo dos exercícios.

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Quais demonstrações pode ser analisadas?

Tanto o balanço patrimonial como a DRE podem ser analisadas com o objetivo de

Como calcular a Análise horizontal?Entendendo os números. Iremos comparar os números de uma DRE de um período para

outro ou outros, onde iremos comparar o crescimento das contas, as contas em questão

serão receitas brutas de vendas e lucro bruto. A análise horizontal sempre deve ter no

mínimo 2 períodos, pode ser mais. Tais períodos podem ser de um mês para outros,

trimestre para outro, semestre ou ano, fica a critério do gerenciamento de cada empresa. No

caso em questão, nossa análise será feita de um ano para o outro.

Vamos primeiro comparar as receitas de vendas. Primeiro devemos observar o valor do

período base, ou seja, primeiro ano. Em seguida devemos observar o valor do período atual.

Ano atual = 9894 / ano base = 8105 – 1 x 100

O resultado deve ser em porcentagem.

9894 / 8105 = 1.2207

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1.2207 x 100 = 122.07

Obs: retirar 100.

Resultado = 22,07%

Interpretação – O crescimento das receitas de vendas do ano De 2010 para 2011 foi de

22,07%

A próxima análise, pode ser feita em relação ao ano de 2010 para 2012, ou somente de

2011 para 2012.

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Dica de livro, análise das demonstrações contábeis, José Carlos Marion.

Análise horizontal de um balanço patrimonial.

Estoques 2013 = 4.500,00

Estoques 2014 = 5.000,00

Variação = 11,11%

A lógica é a mesma para todas as contas. Lembrando que todas as contas requerem

interpretação de seus crescimentos ou diminuições.

Empréstimos 2013 = 1.500,00

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Empréstimos 2014 = 3.100,00

Variação = 106,66%

Próxima aula iremos analisar horizontalmente um

balanço patrimonial.

LIQUIDEZ

Conheça os erros dos marinheiros de primeira viagem e saiba

como evitá-los.

Cálculo inadequado de capital de giro, falhas no planejamento orçamentário,

inexperiência no ramo escolhido, problemas no contrato de locação,

incompatibilidade entre sócios, fatores macroeconômicos e escolha do ponto errado.

Podem até parecer primárias, mas essas foram os principais pecados cometidos em

negócios que acabaram fracassando.

Capital de giro e estoque

Comprar mercadorias mais do que o necessário é sinônimo de redução de

capital de giro. Da mesma forma que, na falta de mercadoria em estoques, as

vendas são prejudicadas. Uma pesquisa realizada pela associação brasileira dos

supermercados (Abras) revelou que 54% dos possíveis vendas são perdidas porque

o cliente não encontrou o que procurava. A saída para quem está ameaçado é

observar o movimento no concorrente em diferentes meses e dias da semana e ficar

atento ao público-alvo, observado quais os produtos mais procurados.

Sociedade

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Há quem procure sócios em anúncios de jornais, achando que basta

encontrar um parceiro que possa injetar capital na firma. O empresário esquece que

essa pessoa vai conviver diariamente com ele e, principalmente, vai dividir os lucros

e tomar decisões vitais para o empreendimento.

Os consultores costuma comparar sociedade ao casamento. Antônio Cesar

de Oliveira explica que um sócio deve ser escolhido com a razão e não com a

emoção. Parentes e amigos muito próximos, por exemplo, podem representar um

risco. Outro consultor, Ulysses Reis, aconselha que os sócios procuram se conhecer

bem, trabalhar juntos em negócios menores e, só então, se arriscarem a montar um

negócio de longo prazo.

Inexperiência no ramo.

Com os programas de demissão voluntária os chamados PDVs, o mercado ficou

saturado de pessoas com o capital disponível e vontade de montar seu próprio

negócio. Essas pessoas, no entanto, na maioria das vezes trabalhando em

empresas estatais por longo período, não tinham experiência nos ramos escolhidos.

A alternativa, nesse caso, é procurar profissionais antigos no setor antigos no

setor que possam trabalhar como sócios ou prestar algum tipo de assessoria. Outra

opção é encomendar um estudo de viabilidade em uma consultoria, que sai, em

média, por 5 mil reais. Há locais onde o estudo é feito gratuitamente, como a

incubadora de empresas, da Pontifícia Universidade Católica (PUC).

Aluguel

Muitos comerciantes tendem a achar que podem resolver sozinhos problemas

que competem a profissionais, como a análise de um contrato de locação de imóvel.

Com isso, cláusulas importantes e que podem provocar o fechamento da empresa

passam despercebidos. Nesse ponto, não há como economizar. Qualquer empresa,

por menor que seja, precisa de assessoria jurídica nesses momentos.

Fatores macroeconômicos.

Pacotes ou planos econômicos e outras modificações na conjuntura financeira

do País refletem diretamente no desempenho dos negócios.

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É impossível saber qual será a próxima medida do governo, mas os

empresários podem prover certos cenários, ou mesmo encomendaram análises de

conjuntura a profissionais especializados, quando o orçamento permitir, para tentar

antecipar-se aos imprevistos.

Ponto comercial

Muitos empreendedores escolhem o ponto comercial se pesquisar fatores

como o fluxo de pessoas do local, se o sol da tarde bate na vitrine, dificultando a

visualização dos produtos, e se o tamanho da loja é compatível com o produto que

se pretende vender.

É preciso verificar os mínimos detalhes como segurança, limpeza,

proximidade de estacionamento e frequência de público são aspectos fundamentais.

Antes de fechar o negócio, consultores aconselham que o empresário frequente por

um tempo o local onde pretende fazer instalações. Dessa forma, é possível verificar

se as condições estão dentro de suas exigências.

Orçamento mal-administrado

Há empresários que não esperam o prazo de maturação do negócio e

começam a gastar grande parte ou a totalidade do lucro logo no início. Estes ficam

descapitalizados para reinvestirem no negócio. Toda empresa quando nasce precisa

de um período chamado “tempo de maturação”. Nessa fase, o empresário deve ter

cuidados redobrados com a administração dos recursos. É preciso calcular os

gastos e, assim, fazer uma estimativa o faturamento. Além disso, é fundamental que

as retiradas sejam mínimas e o capital seja reinvestido. Consultores calculam que

deve reservado, pelo menos, 30% do faturamento mensal no caixa da empresa.

Fonte: Análises das demonstrações contábeis, José Carlos Marion. 7ª Edição,

2012.

Liquidez Imediata

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Índice conservador, considera apenas caixa, saldos bancários e

aplicações financeiras de liquidez imediata para quitar as obrigações.

Excluindo-se além dos estoques as contas e valores a receber. Um

índice de grande importância para análise da situação a curto-prazo da

empresa.

Liquidez Imediata = Disponível / Passivo Circulante

Disponível significa = dinheiro em caixa, dinheiro em bancos, aplicações

financeiras.

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Caixa = 1.500,00

Bancos = 300.000,00

Aplicações = 230.000,00

531.500,00

Passivo circulante = 2.100.000,00

531.500.00 / 2.100.000,00 = 0,25

Para cada 1 real de dívidas, a empresa tem 0,25

centavos para pagar.

Liquidez seca. (Conservador)

Similar a liquidez corrente, a liquidez Seca exclui do cálculo acima os estoques, por não apresentarem liquidez compatível com o grupo

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patrimonial onde estão inseridos. O resultado deste índice será

invariavelmente menor ao de liquidez corrente, sendo cauteloso com

relação ao estoque para a liquidação de obrigações.

Os estoque serão retirados nesse cálculo.

É como se as vendas parassem no momento da análise e a empresa quisesse saber se é possível pagar todas as dívidas com o ativo circulante menos os estoques.

Liquidez Seca = (Ativo Circulante - Estoques) / Passivo Circulante

Vamos analisar o balanço abaixo:

Ativo circulante = 2.445.500,00

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Estoques = 1.183.000,00

Passivo circulante = 2.100.000,00

Fórmula = Ativo circulante – estoques / passivo circulante

Primeiro vamos econtar Ativo cuculante menos o estoque.

Ativo circulante = 2.445.500,00

Estoque = .1.183.000,00

Total = 1.262.500

Pegaremos esse valor de 1.262.500 e vamos dividir pelo passivo circulante.

1.262.500,00 / 2.100.000,00 = 0,6011

Interpretação.

Nesse índice, para cada 1 real de dívidas, a empresa tem 0,60 centavos para pagar. Ou seja, existe um déficit de 0,40 centavos, esse valor do déficit encontrado quando calculamos 1 real menos o valor encontrado no índice, 0,6011, observe que é necessário usar 4 casas após a vírgula para ficar algo mais próximo. Logo, o

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número real do déficit seria 1 – 0,6011 – 0,3989, esses valores parecem inespressíveis, mas se a empresa trabalha com montantes de bilhões de reais, deixar essas frações de centavos de lado causaria uma distorção enorme.

Vejamos, se a gente deixar e lado esses 0.0089, podemos deixar de lado 18.690,00. Pois para cada 2.100.000,00 * 0.0089 = 18.690,00.

Sobre o índice, podemos ver que a situação da empresa nesse índice

sem considerar os etoques é perigosa e corre risco e não conseguir

pagar suas contas. Isso deve ser analisado e levado rapidamente a

diretoria financeira para que tomem decisões urgentes sobre o assunto.

Se a empresa parasse de vender hoje, deveria encerrar suas atividades

e precisaria pedir empréstimos para pagar suas dívidas ou vender seus

ativos, seus veículos, imóveis, móveis etc, tudo que pudesse virar

dinheiro.

Nem sempre quando esse índice está baixo significa que a empresa

está passando por um momento ruim, pois por exemplo, os

supermercados tem seus estoques altíssimos e o maior volume de seus

ativos são os estoques, logo, se tirar os estoque desse cálculo

obviamente o índice vai ser negativo, mas nesse caso não é motivo para

desespero.

Liquidez Geral

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Objetivo: Mostra a capacidade de pagamento da empresa de longo prazo.

Este índice leva em consideração a situação a longo prazo da empresa,

incluindo no cálculo os direitos e obrigações a longo prazo. Estes

valores também são obtidos no balanço patrimonial.

Observação: A partir de 31.12.2008, em função da nova estrutura dos

balanços patrimoniais promovida pela MP 449/2008, a fórmula da

liquidez geral será

Liquidez Geral = (Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo) /

(Passivo Circulante + Passivo Não Circulante)

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Iremos calcular todo o ativo, tanto o circulante como o não circulante,

depois pegar esse valor e dividir pelo passivo circulante e o não

circulante. Vamos fazer abaixo.

Ativo circulante = 340.000,00

Ativo não circulante = 1.055.000,00

Passivo circulante = 95.000,00

Passivo não circulante = 1.000.00000

Ativo circulante + ativo não circulante = 1.395.000,00

Passivo circulante + passivo não circulante = 1.095.000,00

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1,27

Interpretação

Para cada 1 real de dívidas a curto e longo prazo,

há 1,27 de valores a receber a curto e longo

prazo.

Lembrando que para uma análise mais profunda com todos os detalhes possíveis, seria necessário um curso de análise das demonstrações contábeis, ou como já dito em outras aulas, comprem o livro de “análise das demonstrações contábeis”, de José Carlos Marion.

Índices de liquidez

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Os índices de liquidez avaliam a capacidade de pagamento da empresa frente a

suas obrigações. Sendo de grande importância para a administração da

continuidade da empresa, as variações destes índices devem ser motivos de

estudos para os gestores.

As informações para o cálculo destes índices são retiradas unicamente do Balanço

patrimonial, demonstração contábil que evidencia a posição patrimonial da entidade,

devendo ser atualizadas constantemente para uma correta análise. Atualmente

estuda-se 4 índices de liquidez:

Liquidez corrente.

Liquidez geral.

Liquidez seca.

Liquidez imediata.

Liquidez corrente

Objetivo: Calcular a capacidade de pagamento da empresa em curto prazo.

Calculada a partir da Razão entre os direitos a curto prazo da empresa (Caixas,

bancos, estoques, clientes) e a as dívidas a curto prazo (Empréstimos,

financiamentos, impostos, fornecedores). No Balanço estas informações são

evidenciadas respectivamente como Ativo Circulante e Passivo Circulante.

Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivo

Circulante

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Vamos dividir o ativo circulante pelo passivo circulante do balanço abaixo.

Para a análise correta, devemos seguir três passos.

CÁLCULO

INTERPRETAÇÃO

CONCEITO

Vamos fazer os três abaixo.

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A) Cálculo

Ativo circulante 2.445.500,00Passivo circulante 2.100.000,00Total 1,1645

1,1645

B) Interpretação

Para cada 1 real de dívida, a empresa tem 1,16 reais de valores que se transformarão em dinheiro num momento breve.

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Esse índice de liquidez corrente podem ser analisados em 2 períodos consecutivos, de ano para o outro, para que se saiba o quanto houve de crescimento ou diminuição do ativo circulante em relação ao passivo circulante.

C) Conceituação.

Voltando ao índice, todos os índices acima 1 é positivo, pois significa que com o ativo circulante é possível pagar todo o passivo circulante.

Índice negativo

Se por acaso esse índice der negativo, ou seja, abaixo de 1, por exemplo, 0,99, significa que para cada 1 real de dívidas, a empresa tem 0,99 centavos para pagar suas dívidas, ou seja,

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esse índice é negativo e significa que a empresa está em situação de perigo.

Esse índice é consultado pelos investidores quando querem investir seu dinheiro em grandes empresas, jamais eles irão aplicar ou comprar ações de empresas com índices negativos.

Interpretação mais profunda.

Esse curso não tem o objetivo de interpretar profundamente esses índices pois não é um curso de análise das demonstrações contábeis, porém, aconselho que caso você queira se aprofundar mais nesse assunto compre o livro “análise das demonstrações contábeis” de José Carlos Marion, ano 2012, editora é a Atlas.

O fato de não nos aprofundarmos mais ainda nesse assunto não significa que o curso seja

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incompleto, mas apenas porque esse assunto é abordado somente nos cursos de MBA de controladoria, e iria meio que colocar o “a carroça na frente dos burros”.

Nossa apostila fica por aqui, outras coisas importantes estão no vídeo.