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Junho de 2009
A proximidade com o Portode Santos transformou São
Bernardo em um dos berços daindustrialização brasileira na dé-cada de 50. Cortado pela ViaAnchieta, o município tornou-seo endereço de diversas indús-trias do setor automobilístico. Oaquecimento no setor produtivotrouxe outra melhoria para a re-gião, a implantação da Rodoviados Imigrantes nos anos 70. Ocrescimento da cidade foi aba-lado nas décadas de 80 e 90,pela fuga de indústrias para ointerior paulista e, até outrosEstados, que, seduzidas pelosincentivos fiscais, buscavam di-minuir os custos com impostose mão-de-obra. A história devemudar novamente com a inau-guração do trecho Sul do Ro-doanel Mário Covas, marcadapara novembro deste ano.
A obra é considerada uma dasmaiores intervenções viárias dopaís e promete um impacto posi-tivo nas cidades que serão corta-das pelos 61,4 quilômetros da ro-dovia. São Bernardo deve seruma das maiores beneficiadas.Além da proximidade com o Portode Santos, o acesso ao interiorpaulista e aos outros Estados seráfacilitado.
Na avaliação do sociólogoFausto Augusto Júnior, técnicodo Dieese (Departamento In-tersindical de Estatísticas e Es-tudos Sócioeconômicos), ape-nas uma política pública eficazpoderá efetivar o papel de mo-cinho para o Rodoanel. “A ro-
dovia não vai trazer prosperi-dade sozinha. Será necessárioter uma política clara de indus-trialização e combate a espe-culação imobiliária”, afirma.
De acordo com Fausto, oempresário faz inúmeras con-tas antes de optar pela mudan-ça de cidade. “Ele vai pergun-tar: quanto vai custar para seinstalar em um novo município.São Bernardo e, consequente-mente, o ABC, leva vantagempela proximidade com o Porto,
e também por ter profissionaisaltamente capacitados. O vilãodo crescimento pode ser o pre-ço do metro quadrado que devesubir com a inauguração do Ro-doanel. No interior, o valor dometro quadrado pode ficar en-tre R$ 50 a 300, dependendoda cidade. Aqui em São Ber-nardo, pode passar de R$1000”, afirma.
No entanto, o empresário Mau-ro Miagutti, diretor titular da regio-nal de São Bernardo do CIESP
(Centro das Indústrias do Estadode São Paulo) faz um alerta:
“Fala-se muito do cresci-mento da região com a chega-da do Rodoanel, mas muitaspessoas não perceberam que adistância também diminuirápara outras cidades como Ita-pecerica da Serra e Cotia. Damesma forma em que nossomunicípio pode ganhar novasindústrias, também pode-se per-der empresas para outras re-giões cortadas pela rodovia”, diz
Ponte sobre a Via Anchieta no Km 27 Ponte sobre a Represa Billings
o diretor do CIESP de São Ber-nardo.
Para Miaguti, a política deindustrialização tem de ir alémda preocupação com a espe-culação imobiliária e a falta deterrenos. “Tem de ser desen-volvida pelo poder público umaação eficaz de manutenção dasempresas que estão aqui e aatração de novos investimen-tos na nossa cidade. Caso ocontrário, São Bernardo tendea ser penalizada e perder indús-trias e empregos para outrasregiões”, conclui.
Enquanto o setor industrialvive momentos de expectativacom a inauguração do trechoSul do Rodoanel, o setor logís-tico deve ser o mais beneficia-do com a obra. A via traz umaimportante contribuição para alogística de exportação do país,com a melhoria do acesso doscaminhões que chegam do Cen-tro-Oeste rumo ao Porto deSantos e, sobretudo, deveráreduzir o tempo no transportede mercadorias entre o Sul dopaís e o porto.
Por isso, alguns importantescentros de distribuição se ins-talaram na região como o dasCasas Bahia e da Leroy Mer-lin, ambas próximas da ViaAnchieta. Além do número decentros logísticos, a implanta-ção do Rodoanel deve aumen-tar o número de fretes para asempresas da região.
IMIGRANTES
ANCHIETA
São Bernardo
Santo André
Diadema
São Paulo
São Caetano
3Agosto de 2011 - CORREIO DOS BAIRROS
As lojas de fábrica vendem
produtos de marcas famosas a
preços acessíveis. Esses estabe-
lecimentos conquistam cada vez
mais consumidores nos grandes
centros urbanos. Se você acha
que grifes de sucesso só podem
ser encontradas em endereços
badalados, vai se surpreender
com a variedade e o custo benefí-
cio dessas lojas.
Populares nos Estados Uni-
dos desde a década de 80, os ou-
tlets, como são conhecidas essas
lojas de fábrica, chegaram ao
Brasil nos anos 90, mas encon-
traram dificuldades para se es-
tabelecer. Isso porque as lojas
ofereciam produtos com preços
muito abaixo da concorrência,
fazendo com que muitos consu-
midores desconfiassem da pro-
cedência das mercadorias.
Com o tempo, os consumido-
res perceberam essas lojas se-
guiam uma lógica bem simples
para conceder grandes descon-
tos: os produtos comercializados
são de coleções e linhas antigas,
que já não são vendidos em lo-
jas convencionais. Por isso, es-
sas mercadorias são vendidas
bem abaixo de seu preço de lan-
çamento.
A Wheaton Brasil, empresa
que produz embalagens de vidros
para medicamentos, comésticos
e também utilidades domésticas,
abriu sua loja de fábrica há dez
anos. Segundo a supervisora de
Vendas, Beverlei Fernandes, res-
ponsável pela loja de fábrica da
Wheaton, carinhosamente cha-
mada “Nossa Lojinha”, o públi-
co-alvo era seus funcionários.
“Com o passar do tempo, a em-
presa viu que também poderia
atender a comunidade local, e
estendeu o benefício de adquirir
produtos da linha de utilidades
domésticas a preço de fábrica”,
disse.
Para atrair os consumidores,
a Wheaton mantém um sistema
de autoatendimento, no qual o
cliente escolhe os produtos, le-
Lojas de fábrica unem qualidade a preços atraentesConsumidores podem economizar mais de 60% em comparação a uma loja convencional
vando diretamente ao
caixa. Na opinião da
supervisora Beverlei,
essa forma de atendi-
mento acaba sendo um
atrativo porque as pes-
soas ficam à vontade
para escolher com cal-
ma o que desejam levar.
Outro ponto destacado
por ela é a preocupa-
ção em manter o local
bem decorado. “Assim o
consumidor visualiza
diferentes maneiras de
utilizar os produtos,
combinando e mistu-
rando cores ou incluin-
do outros artigos de decoração
que os complementam”, afirmou.
De acordo com Beverlei, o
consumidor economiza cerca de
60% na maioria dos produtos,
comprando diretamente da loja
de fábrica da Wheaton. Nos ca-
sos de promoções de produtos
fora de linha, a economia pode
ser de até 100%, dependendo da
ocasião.
Ainda no segmento de utilida-
des domésticas, a Panex também
oferece ao consumidor a oportu-
nidade de comprar panelas, ar-
tigos das marcas Arno, Clock,
Penedo e Rochedo mais baratos .
Sua loja de fábrica está localiza-
da no bairro Planalto.
Artigos esportivosOutra boa opção são os ou-
tlets de marcas esportivas. Eles
oferecem artigos de coleções
descontinuadas e peças com pe-
quenos defeitos, com descontos
que chegam a 50%. Neles é possí-
vel encontrar vários modelos de
tênis, acessórios e roupas espor-
tivas como camisas de clubes de
futebol com preços atraentes. Na
região, encontram-se as outlets
da Nike, localizada no Extra An-
chieta, a da Puma, no Centro de
São Bernardo, bem próxima ao
Terminal Ferrazópolis, e da Adi-
das, na rua Marechal Deodoro.
ENDEREÇOS:
Wheaton BrasilAv. Álvaro Guimarães, 2.502, bairroAssunçãoHorário de funcionamento: segunda asexta-feira, das 10 horas às 16h30.Abre aos sábados nos meses denovembro e dezembro.
PanexAv. Alvaro Guimarães, 1.100, bairroPlanaltoHorário de funcionamento: segunda asexta-feira, das 9 horas às 17h30.Sábados, das 9 às 13 horas.
Puma OutletRua Marechal Deodoro, 2.690, CentroHorário de funcionamento: segunda asábado, das 10 às 20 horas. Domin-gos, das 12 às 18 horas.
Nike OutletExtra Anchieta, rodovia Anchieta, Km15,5Horário de funcionamento: segunda asábado, das 10 às 22 horas. Domin-gos, das 14 às 20 horas.
Adidas OutletRua Marechal Deodoro, 1.990, CentroHorário de funcionamento: segunda asábado, das 9h30 às 20 horas.Domingos e feriados, das 11 às 17horas.