COISAS de MADEIRA _ Construindo, Aprendendo _ Página 2

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COISAS de MADEIRA Um Banquinho torneado (https://diegodeassis.wordpress.com /2009/01/31/um-banquinho-torneado/) 31jan09 O Torno é uma máquina-ferramenta que produz sólidos de revolução, na linguagem da Geometria. Cilindros, cones ou esferas são sólidos de revolução, tendo em comum a forma arredondada – ou torneada. Torneamos uma peça arrastando uma ferramenta de corte contra um bloco que gira sobre o seu próprio eixo. Diferente da tornearia mecânica, as ferramentas de corte são sustentadas pelas mãos, com a lâmina apoiada sobre uma espera. São diversas as ferramentas de corte, conforme a necessidade de se obter esta ou aquela forma. São utilizados principalmente os bedames e as goivas, sendo o bedame tão importante para o torneiro quanto o formão é para o marceneiro. Praticamente todas as espécies de madeira podem ser torneadas, conforme a dimensão e a utilização da peça. É preferível trabalhar com madeiras de grã reta, linheiras, principalmente no torneamento de blocos entre pontas. A madeira deve estar seca; ao contrário, pode abrir ou empenar durante o trabalho. COISAS de MADEIRA | construindo, aprendendo | Página 2 https://diegodeassis.wordpress.com/page/2/ 1 de 57 08/05/2015 23:04

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torno como fazer

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  • COISAS de MADEIRA

    Um Banquinho torneado (https://diegodeassis.wordpress.com

    /2009/01/31/um-banquinho-torneado/) 31jan09O Torno uma mquina-ferramenta que produz slidos de revoluo, na linguagem da Geometria.Cilindros, cones ou esferas so slidos de revoluo, tendo em comum a forma arredondada outorneada.Torneamos uma pea arrastando uma ferramenta de corte contra um bloco que gira sobre o seuprprio eixo. Diferente da tornearia mecnica, as ferramentas de corte so sustentadas pelas mos,com a lmina apoiada sobre uma espera.

    So diversas as ferramentas de corte, conforme a necessidade de se obter esta ou aquela forma. Soutilizados principalmente os bedames e as goivas, sendo o bedame to importante para o torneiroquanto o formo para o marceneiro.Praticamente todas as espcies de madeira podem ser torneadas, conforme a dimenso e a utilizaoda pea. prefervel trabalhar com madeiras de gr reta, linheiras, principalmente no torneamento deblocos entre pontas. A madeira deve estar seca; ao contrrio, pode abrir ou empenar durante otrabalho.

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  • Mveis torneados e outros utilitrios aparecem em todos os tempos como a tcnica de entalhe maiscomum, sendo os mveis totalmente ou parcialmente torneados, como ps de mesas, cadeiras earmrios. Os motivos decorativos mais freqentes so espirais, balastres e colunas, contendosegmentos como bobinas, bilros, filetes e toros, entre outros detalhes. Peas torneadas tambm podemser aplicadas sobre a superfcie de um mvel ou de uma moldura, cortando a pea em duas metadeslongitudinais.

    Assim, a Tornearia notvel pela diversidade de peas capaz de fabricar e pela rapidez em usin-las,desde o bloco bruto at o seu polimento caracterstica nica entre os demais processos de fabricaode peas de madeira.

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  • Neste artigo mostro o torneamento de um banquinho de cedro, projeto que desenvolvi para o Curso deTornearia para Madeira, aplicado na Fundao Oswaldo Cruz para os marceneiros desta instituioatravs do SENAI-RJ.

    Preparando os blocos

    As peas so previamente marcadas. necessrio achar o centro de cada bloco para fix-lo no torno,evitando assim movimentos excntricos.

    Em seguida as peas so desbastadas, ficando prximas de sua forma torneada, o que facilita o entalhee aumenta a segurana.

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  • Peas com arestas so perigosas, podem lascar ou prender a ferramenta durante a operao.

    Para o assento utilizo uma serra circular de mesa com um gabarito, girando a pea a cada corte, eobtenho no final um disco.

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  • Para as outras peas, que serviro para as pernas do banquinho, utilizo a serra de fita com um gabaritoque ajuda a remover as arestas do bloco. No curso utilizamos a serra circular para esta operao,deitando o disco de serra a 45 e obtivemos o mesmo efeito.

    Torneando meia-pea

    chamado de meia-pea o bloco fixado apenas na ponta-motriz do torno, atravs de acessrios, comoo prato, o mandril ou a bucha. Assentos de bancos, tigelas, caixas e toda sorte de peas so produzidasem meia-pea.

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  • O torno que utilizei para preparar este exerccio industrial, um Mazzuti 1300, com motor de 1730 rpme um CV 1 de potncia. No curso utilizamos um torno similar, um Rocco TS 1300. O nmero1300 indica a distncia mxima em milmetros entre as pontas do torno.

    Fixei o bloco no prato do torno, junto com um disco de MDF, que proporcionou a usinagem de ambas

    as arestas, sem precisar recolocar a pea.

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  • Primeiro acerto a borda com um bedame, conformando um perfeito disco. Utilizo uma luva na momais prxima ao torno para proteger-me das aparas.

    O punho do bedame fica encostado na cintura, para maior firmeza e controle da ferramenta.

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  • Em seguida posiciono o castelo em frente face do bloco, primeiro retificando e acertando a espessurado assento, controlando sua medida com um paqumetro.

    Para acabar a pea utilizo lixas 100, 150 e 220. Aplico seladora com o torno desligado, e em seguidacera de abelha, polindo a pea com estopa.

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  • Torneando entre pontas

    chamada de torneamento entre pontas a operao onde o bloco fixado pelas extremidades, entre acontra-ponta e a ponta-motriz. Pernas de mesas, de cadeiras, balastres e toda sorte de peas soproduzidas entre pontas.

    Para cada basto sero modeladas duas pernas. Primeiro a pea desbastada com uma goiva,retificando-a. Em seguida a pea marcada com um compasso de pontas secas, determinando oslimites para cada detalhe.

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  • Preferi tornear logo o pino que encaixa no assento, nas extremidades. Para no haver folga deixo umamedida ligeiramente maior que a medida do furo, cerca de 1 mm de dimetro a mais.

    Acrescento algumas linhas, queimando com um arame. Pode-se usar uma sobra de frmica para obtero mesmo efeito, cortando a pea.

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  • Por ltimo modelada a base das pernas, onde sero separados no final da operao. O acabamento idntico ao assento, com lixas e cera de abelha.

    As travessas que conformam a unio das pernas so modeladas de forma idntica ao processo descrito,tambm entre pontas. Para o curso preferi comprar uma pea pronta, um pau rolio com dedimetro, o que nos economizou tempo.

    Perfurao e montagem

    Para perfurar o assento regula-se a mesa da furadeira de coluna (gonimetro), orientado por uma sutaou gabarito, de acordo com o ngulo desejado. importante que a pea esteja firme, fixada porgrampos.

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  • A perfurao das pernas feita com auxlio de um gabarito que criei para este projeto. Trata-se de umacaixa que acomoda a pea para receber dois furos adjacentes.

    Primeiro, perfura-se a pea e uma travessa colocada; em seguida a pea girada a 90, encaixando atravessa na borda do gabarito para ser perfurada novamente.

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  • Para montar o banquinho utilizei cola branca, um mao e uma rgua, controlando sempre as distnciasentre os encaixes. O encaixe das travessas feito com o cuidado de no fechar as pernas dobanquinho.

    Por fim as pernas so encaixadas no assento e a cola limpa. Sobre uma base bem reta sua estabilidade testada e ajustada.

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  • Ento, s provar sua resistnciacom um merecido descanso!

    Diego de Assis

    ATENO

    Diversos procedimentos de oficina oferecem riscos. Por isso devem acompanhar o uso de EPI(Equipamento de Proteo Individual): culos de proteo, mscara contra p, protetoresauriculares, entre outros dispositivos de segurana. Apenas pessoas capacitadas devem operarmquinas e ferramentas de corte; ao contrrio estaro sujeitas a acidentes graves.

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    Ferramenta de percusso: o Mao(https://diegodeassis.wordpress.com

    /2008/11/30/ferramenta-de-percussao-o-maco/) 30nov08maco3 (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/11/maco3.pdf) Arquivo PDFMao ou macete (mallet), tenho um feito ao estilo do tradicional mao europeu, de cabo cunhado, oque proporciona muita segurana. O cabo preso na cabea atravs de um furo passante, e este furolimita a passagem do cabo em sua extremidade mais grossa. Por isso jamais uma cabea deste modeloir escapar num golpe, a menos que esteja fraturado.

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  • (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/11/maco1.jpg)Os maos tradicionais europeus, entre outras espcies de madeira podem ser de pinho, faia, maple oucarvalho, conforme seu peso e utilizao. Quando constru este modelo, sua cabea era de Roxinho(Peltogine spp.), madeira dura e pesada. Aps longo tempo de trabalho sua cabea fraturou, e procureiusar uma madeira mais resistente, o Ip tabaco (Tabebuia alba), que possui, entre outras qualidadesuma fibra longilnea. Tenho hoje um mao mais pesado e mais duradouro. Esta experincia tambmsugeriu o melhor sentido das fibras das madeiras, de maior resistncia ao impacto.

    O cabo fiz com pinho de araucria (Araucaria angustifolia), espcie de madeira suficientemente durapara resistir aos golpes e absorver a vibrao. importante ter em conta que os anis anuais estejamparalelos em relao ao sentido da cabea do mao (sentido de golpe), garantindo maior resistncia docabo. Este detalhe tambm se estende aos cabos de martelos e machados.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/11/maco7.jpg)

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  • (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/11/maco41.jpg)

    Os anis anuais da cabea devem ficar atravessados em relao ao cabo, posio que deve oferecermaior resistncia.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/11/maco4.jpg)

    A inclinao do topo da cabea do mao apura o golpe, aliviando a posio do punho; umapropriedade ergonmica desta ferramenta, que a torna mais confortvel e menos fatigante.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/11/maco5.jpg)

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  • (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/11/maco21.jpg)

    Desbastar as arestas do cabo permite maior conforto, e evita bolhas nas mos. Manter as arestas nofinal do cabo evita que a ferramenta escorregue durante o trabalho.O mao deve ser preservado apenas com leo de linhaa, passado eventualmente uma ou duas vezesao ano.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/11/maco8.jpg)

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/11/maco6.jpg)Quem quiser seu desenho, s baixar o arquivo PDF no incio deste artigo e boa diverso!

    Diego de Assis

    ATENO

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  • Diversos procedimentos de oficina oferecem riscos. Por isso devem acompanhar o uso de EPI(Equipamento de Proteo Individual): culos de proteo, mscara contra p, protetoresauriculares, entre outros dispositivos de segurana. Apenas pessoas capacitadas devem operarmquinas e ferramentas de corte; ao contrrio estaro sujeitas a acidentes graves.

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    Apanhei-te Cavaquinho! (https://diegodeassis.wordpress.com

    /2008/09/15/apanhei-te-cavaquinho/) 15set08(Ttulo original da msica de Ernesto Nazareth, 1914)

    O Cavaquinho um dos instrumentos musicais de corda da famlia dos tampos chatos, como violes,violas e bandolins. No Brasil instrumento tradicional que pertence s rodas de choro e samba. Ocavaquinho, segundo Gonalo Sampaio, procedente de Braga (Portugal), mas h opinies diversassobre sua origem. encontrado tambm no Hawai, sendo tambm um instrumento tpico.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/09/par-de-cavacos1.jpg)

    Pode-se descrever o cavaquinho como uma pequena guitarra acstica, e tem este nome em funo de seutamanho; cavaco uma sobra de madeira, um pequeno pedao de pau.

    Neste artigo descreverei algumas tcnicas para construo do instrumento, conforme as experinciasdo Curso de Lutheria que leciono h alguns anos.

    Madeiras

    Assim como na construo de mveis, as madeiras para construo de instrumentos musicais devemestar secas e maduras, para evitar retraes. As madeiras da caixa acstica possuem espessura menorque 3mm; madeiras jovens facilmente racham nesta espessura. Alm disso preciso considerar aqualidade sonora destas madeiras, percutindo-as.

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  • (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/09/quadro-negro1.jpg)So diversas espcies de madeira utilizadas na construo de cavaquinhos, conforme as exigncias domsico e do luthier. Os instrumentos mais caros e sonoros so geralmente compostos com madeirasnobres, como o jacarand (rosewood), o cer (maple), o abeto (spruce), o mogno (mahogany), o cedro(cedar) e o bano (ebony), entre outras. Algumas so de procedncia nacional, outras importadas, comoo bano e as madeiras do tampo.

    Cada espcie de madeira tem uma funo prpria no instrumento. Para atingir um bom volume e umaboa sustentao do som so necessrias madeiras duras e macias; as madeiras macias do tampo soresponsveis pela sustentao do som, j que vibram mais que as madeiras duras. As madeiras durasda caixa de ressonncia (fundo e ilhargas) devem refletir o som, sendo por isso responsveis pelovolume. O brao e a escala devem proporcionar boa estrutura para sustentar as cordas, feitas tambmcom madeira dura. Estas combinaes determinam a leveza, a sonoridade e a esttica do cavaquinho.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/09/folhas-do-espelho1.jpg)

    Para a fabricao dos cavaquinhos do Curso de Lutheria fiz uma seleo alternativa de madeiras, todasde procedncia nacional e encontradas facilmente nas madeireiras do Rio de Janeiro: Tampo: marup, cedro ou curupix Fundo, laterais, peas internas e brao: cedro ou curupix Escala e cavalete: roxinho Ornamentos: Imbuia , pau-marfim, pau-ferro, Sebastio-de-arruda e sobras diversas.

    Tcnicas de construo o brao

    Iniciamos com a construo do brao do cavaquinho, que , essencialmente, um trabalho de entalhe.Antes de iniciar a modelagem as peas so retificadas e coladas, e com serras a maior parte de material

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  • retirada.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/09/malhete-do-braco1.jpg)

    melhor resolver logo o encaixe do brao com o trculo, malhete que mais tarde servir para unir obrao com a caixa acstica. A forma reta do brao ainda permite apoiar esquadros e rguas paramarcao.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/09/copia-de-para-de-bracos.jpg)

    O trabalho controlado por um paqumetro, de acordo com as dimenses do desenho tcnico emproporo natural. A escala de roxinho colada ao brao, com o cuidado de estar na posio correta.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/09/desenho-e-escala1.jpg)

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  • Uma das partes mais delicadas a preparao da escala, pois os trastes no cavaquinho so muitoprximos, exigindo maior preciso no corte. Para diminuir a margem de erros utilizamos um gabaritopara conduzir cada corte, garantindo uma distncia e profundidade uniformes.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/09/lixando-braco-e-escala1.jpg)

    Os trastes da escala so instalados e aparados antes da unio com a caixa acstica. Mais tarde seroregulados com limas e lixas para metal, j com a construo pronta.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/09/nubia-e-o-braco.jpg)Tcnicas de construo a caixa acstica

    O fundo e o tampo macios devem ser aplainados (ou aparelhados), com a espessura uniforme emtodos os momentos da pea. Em seguida so marcados e recortados na serra- de-fita.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/09/recorte-do-tampo.jpg)

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/09/recorte-do-tampo1.jpg)

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  • (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/09/recorte-do-tampo2.jpg)

    Peas de madeira macia devem promover melhor volume e qualidade sonora, mas pode-se fabric-lasapenas com folhas de revestimento, colando-as sob presso.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/09/forma-ilhargas.jpg)

    As ilhargas (ou laterais) so moldadas em frma, garantindo um padro e nenhuma perda de material,j que no h habilidades especiais envolvidas neste procedimento. Empenar peas macias com calorexige muita prtica.

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  • (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/09/recorte-da-ilharga.jpg)

    O cavaquinho em sua forma tradicional um instrumento simtrico; suas madeiras so casadas,garantindo o equilbrio da forma e do som. Tampo, fundo e ilhargas so constitudos por pares damesma pea. Estas peas so coladas pelas bordas, que devem estar perfeitamente unidas.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/09/colagem-dos-troculos.jpg)

    As ilhargas so encastradas numa frma, para colagem dos trculos do brao e do bojo, assim comopara retificao com plaina manual.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/09/plainando-ilhargas.jpg)

    Recebem reforos nas bordas, e estruturado com pequenas travessas. As travessas devem ser

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  • ligeiramente curvas, para que a caixa seja estufada, principalmente no fundo.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/09/cleane.jpg)

    No cavaquinho h diversos filetes, principalmente nas emendas e arestas, que servem como ornamentoe tambm reforam a unio das ilhargas com o tampo e o fundo. O tampo deve receber a roseta(ornamento em torno da boca do instrumento) antes de unir-se s ilhargas. Os desenhos da roseta sovariados, sendo tradicionalmente uma marchetaria de motivos geomtricos.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/09/roseta-emanuel.jpg)

    Muitos luthiers compram estas rosetas prontas em lojas de instrumentos musicais, mas preferi fabricarnossas prprias rosetas.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/09

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  • /roseteira-iii.jpg)

    O corte da roseta feita com fresa reta e tupia manual. Criei uma ferramenta prpria para o corte einstalao de rosetas, que apelidei de roseteira.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/09/roseteria-ii.jpg)

    Diferente de um compasso dispensei o centro e me baseei nas margens da circunferncia paraconduzir a ferramenta. A tupia encaixada num prato, que girado sobre a pea a ser usinada.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/09/leque-harmonico.jpg)

    Alm da roseta, o tampo recebe o leque harmnico, constitudo por pequenas talas coladas, responsvelpela estrutura do tampo e do som. Este modelo de leque harmnico tradicional, mas pode apresentaras mais variadas formas.

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  • (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/09/caixa-de-colagem.jpg)

    O tampo e o fundo so unidos sob presso, em frma que dispensa grampos a caixa de colagem.Usamos cunhas, procedimento que criei para evitar acidentes, j que um grampo pode facilmenteamassar todo o conjunto. Com cunhas encaixadas com as mos no h este risco, faz-se apenas apresso necessria entre as peas, e claro, economiza os grampos da oficina!

    Aps a unio das peas, as sobras so retiradas com a tupia manual com fresa reta, abrindo umpequeno rebaixamento nas arestas para a aplicao de filetes.

    Finalizao do instrumento

    Ao fim da construo brao e caixa acstica so unidos com auxlio da morsa de bancada e umgrampo, conformando o instrumento.

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  • (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/09/rosangela-pb.jpg)

    O cavalete modelado, com seus canais abertos na tupia ou na serra circular. Assim como a escala ocavalete tambm feito de roxinho.As abas curvas da pea so modeladas manualmente ou com auxlio de tupia estacionria, com umcilindro de lixa. Ento, o tampo marcado e o cavalete colado.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/09/tia-valdeia.jpg)

    Com osso de canela de boi modelamos a pestana e a ponte (peas que apiam as cordas em suasextremidades) na lixadeira de disco. Estes ossos podem ser adquiridos em qualquer aougue a custozero.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/09/filete-do-espelho.jpg)

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  • Ento, antes do acabamento instalamos as tarraxas e as cordas, para testar o cavaquinho e regular ostrastes. o momento dos ajustes.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/09/cleane-pb.jpg)

    O acabamento feito com verniz de nitrocelulose, aplicado com pistola. Todo o instrumento envernizado, com exceo da escala, que protegida com fita adesiva durante a aplicao. Aps a curado verniz o instrumento polido com lixas dagua de gro fino (320, 360, 400) e pastas de polir.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/09/polindo-o-cavaco-ii3.jpg)

    O polimento controlado observando o instrumento contra-luz; desta forma as falhas ficam visveis.No to simples obter um bom acabamento, sendo esta uma das partes mais rduas de todo oprocesso de fabricao.

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  • (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/09/nena-natal-e-pedro.jpg)

    Este um bom projeto para o iniciante, onde as tcnicas de construo so simples e fceis dereproduzir, conformando ao final um belo instrumento e de boa qualidade sonora.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/09/o-professor.jpg)

    Agora

    tocar o cavaquinho? Isso sim difcil!

    Diego de Assis

    Nota: Agradeo aos queridos alunos Nbia, Cleane, Rosangela, Valdia, Nena e Pedro, e os demais quetornaram possvel a realizao deste artigo.

    ATENO

    Diversos procedimentos de oficina oferecem riscos. Por isso devem acompanhar o uso de EPI(Equipamento de Proteo Individual): culos de proteo, mscara contra p, protetoresauriculares, entre outros dispositivos de segurana. Apenas pessoas capacitadas devem operarmquinas e ferramentas de corte; ao contrrio estaro sujeitas a acidentes graves.

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    Os segredos de uma Restaurao(https://diegodeassis.wordpress.com/2008/08/07/os-segredos-de-uma-restauracao/) 07ago08

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  • Quando adquiro uma ferramenta antiga procuro logo obter informaes sobre sua origem. O valordestas ferramentas reside exatamente nisto, em sua histria. Algumas perguntas para quem a forneceso importantes, como:

    Qual a origem desta pea? (lugar e tempo) Tem marca? (s vezes a inscrio no visvel) Qual a espcie de madeira? (tratando-se de ferramentas de madeira, claro!)

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/08/0011.jpg)(hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/08/001a.jpg)

    A origem da marca Isaac Greaves inglesa, uma das mais proeminentes do sculo XIX, e neste perodomadeiras brasileiras tambm eram utilizadas para a fabricao de ferramentas estrangeiras, como ojacarand e o gonalo-alves.

    Estas informaes ajudam tambm na restaurao da ferramenta. Mas nem sempre quem as vendepossui tais informaes. Por isso resta saber o que a prpria pea pode informar, atravs de seusindcios.

    muito difcil precisar datas, com exceo de ferramentas marcadas e catalogadas. Tratando-se deplainas de madeira a dificuldade aumenta consideravelmente. Com freqncia encontro peasconstrudas por artesos annimos, onde a marca aparece apenas no ferro (quando h alguma marca).Nestes casos cabia a cada artfice compor sua prpria ferramenta, de acordo com a lmina queadquiria.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/08/100_5688.jpg) (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/08/036.jpg)

    Eventualmente encontro ferramentas com a marca no cepo, no topo. importante procurar comcuidado, pois as carimbadas deixadas pelos artesos podem ter amassado a marca (quando o cepo percutido com um martelo para soltar o ferro). Crostas de ferrugem tambm escondem a marca nalmina.

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  • Por outro lado, as ferramentas fabricadas por artesos annimos podem ter um valor nico, uma vezque no representam unidades de fabricao em srie. A raridade de algumas madeiras deve serlevada em considerao, assim como a qualidade das lminas.

    Restaurao X Reforma

    fundamental ter em mente que o importante reconstituir, buscar o aspecto original da pea.Qualquer modificao, mesmo que seja para melhor desconsiderar este aspecto. Diferente de umareforma, a restaurao pretende exaltar a natureza da pea, resgatando o tempo em que foi criada.A reforma atualiza, e, neste sentido, destri a histria de uma ferramenta antiga.Ento, dentro dos limites de uma restaurao preciso considerar:

    A reconstituio de partes de uma ferramenta (enxertos) deve ser, sempre que possvel, feito com amesma espcie de madeira.

    Ferramentas antigas no devem ser envernizadas, a no ser que esteja seguindo uma receita original.Tradicionalmente usa-se o leo de linhaa para conservar madeira e metais de peas antigas. Ceras elustradores de mveis tambm podem ser utilizados.

    Marcas de uso no devem ser apagadas, pois so as cicatrizes de uma velha ferramenta.

    Algumas ferramentas so reproduzidas at hoje, por isso nem toda ferramenta usada ,necessariamente, uma ferramenta antiga. Da mesma forma existem ferramentas antigas que nuncaforam utilizadas, estando novas em sua aparncia.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/08/0021.jpg)

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/08/004.jpg)

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/08/002.jpg)

    Desvendando uma histria

    Recentemente resgatei uma velha plaina de afagar, com a marca Isaac Greaves no ferro. Estava sempalmeta, muito suja, com algumas pontas danificadas e com as peas soltas. parte este aspecto, umalinda plaina de jacarand, perfeita em sua forma e detalhes, uma raridade.

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  • (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/08/007.jpg)

    Para limpar o cepo utilizei solvente, estopa, l de ao e lixa 220, este ltimo para retirar resduospersistentes. preciso ter o mximo cuidado com abrasivos para no arranhar a pea. Limpei as frestascom um estilete e lixas dobradas.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/08/008.jpg)

    Conforme for, ser necessrio a desinfestao da pea, se apresentar sinais de presena de trmitas(brocas e cupins), como ocos, p e furos na madeira. O veneno (Jimocupim, Cipermetrina, etc.) deveser injetado com auxlio de uma seringa. Uma outra forma ensacar a ferramenta junto com inseticida,pulverizando o interior antes de fechar. Ento s deixar a ferramenta lacrada por alguns dias. Nestecaso no encontrei vestgio algum de infestao, por isso no me preocupei em envenenar minhaplaina

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/08/009.jpg)

    No punho havia duas pontas danificadas. Fiz dois pequenos enxertos, com uma sobra de mogno e colade cianoacrilato.

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  • (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/08/0101.jpg)

    Depois de retornar a forma original apliquei um pigmento na cor de mogno natural, para igualar o tomdas madeiras.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/08/011.jpg)No cepo precisei reconstituir duas pequenas falhas, com sobras de jacarand. Em pequenas trincasutilizei massa F12, no tom das madeiras. Uma outra forma de tapar uma falha aplicar uma gota decianoacrilato e lixar em seguida. Misturar serragem muito fina com seladora de nitrocelulose tambmpode ser uma boa soluo, mas nunca utilize cola branca (PVA) com serragem, pois a cola sempreescurece, e sumo de limo para clarear apenas mais uma lenda urbana.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/08/100_5357.jpg)

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/08/100_53571.jpg) (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/08/011.jpg)

    No topo da plaina havia uma chapa de lato presa por parafusos. Pelas marcas devia servir para soltaro ferro, alm de ser um belo ornamento. Estava firme em seu lugar, parafusos firmes, por isso decidino desmontar esta pea para limpar. Seria um desastre arrebentar um dos parafusos.

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  • (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/08/014.jpg)

    Fixei o punho no cepo, com cola madeira (PVA). Apertei o encaixe com folhas de madeira, coladaspreviamente na caixa do cepo. Utilizei um sargento com proteo nas extremidades, para no amassaras peas.

    Limpeza eletroltica

    O ferro (lmina) e a capa de ferro estavam coladas, com resduo de tinta. O parafuso estava emperrado.Para limpeza utilizei o banho eletroltico, tcnica de remoo de ferrugem e outros resduos que evita a

    necessidade de uso de abrasivos pesados, como escovas de ao e lixas para metal. A tcnica simples eprtica, consistindo basicamente na imerso da pea a ser limpa em substncia que permite a passagemde corrente eltrica.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/08/015.jpg)

    Durante este processo, tomos de hidrognio so desprendidos, e limpam a pea, removendo todaferrugem. Aps o banho o conjunto ferro/capa/parafuso estava completamente solto, sem havernecessidade alguma de esforo para desmontar estas peas.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/08/019.jpg)

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  • O ferro antes do banho

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/08/020.jpg)

    e depois!

    Montei um aparelho para limpar lminas e pequenas peas, com alguma sucata e uma fonte dealimentao. Experimentei utilizar uma fonte de um velho computador, na sada 12V-12A (fioamarelo). O resultado foi timo e o custo zero.

    Para fazer a soluo utilizei carbonato de sdio, conhecido no Brasil como barrilha, produto usadopara corrigir o Ph da gua de piscinas, encontrado nas lojas do ramo. So necessrias trs a quatrocolheres de sopa para um litro dagua. Os eletrodos fixos podem ser feitos de alguma lata ou umvergalho, basta ser de ferro. Estes eletrodos tm contato com o plo positivo (fio amarelo). O plonegativo (fio preto) tem contato com a pea a ser limpa, por isso cuidado: a inverso dos plos podedanificar permanentemente a pea.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/08/017.jpg)(hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/08/018.jpg)

    Esta operao deve ser feita em ambiente arejado, de preferncia ao ar livre, pois a eletrlisedesprende gases de hidrognio, altamente inflamveis. Aps o banho eletroltico preciso retirar oxido negro do ferro, com gua, escova e sabo. Para terminar a limpeza utilizei lcool, que tem aqualidade de ser voltil, o que ajuda a secar a pea. Imediatamente aps a secagem apliquei leo demquina na lmina.

    Correo do chanfro

    O gume do ferro estava com muitos dentes. O ngulo do chanfro menor que 25, ngulo recomendvelpara os ferros de plaina em geral (este o resultado de diversas afiaes descuidadas). Para controlar amedida do ngulo utilizei um gonimetro (um instrumento transferidor de ngulos).

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  • (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/08/021.jpg)(hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/08/0211.jpg)

    Para refazer o chanfro utilizei um disco de lixa adaptado furadeira de coluna. Esta mquina permiteregular sua rotao, por isso reduzi para a menor velocidade, afinal ningum quer destemperar almina.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/08/023.jpg)

    Com um gabarito para afiao fixada na pea usinei com preciso um novo chanfro, sem haver anecessidade de remover o anterior, pois seria um enorme desgaste para lmina.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/08/025.jpg)Continuei a afiao manualmente, na pedra carborundum, assentando o fio sobre um taco de madeiracom um pouco de pasta de polir. Assim ficou como um fio de navalha!

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  • (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/08/026.jpg)

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/08/025.jpg)

    Reconstituio da palmeta

    Usinei a palmeta de acordo com a dimenso do encaixe, e tambm sob a orientao de um desenhotcnico de uma plaina de afagar.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/08/100_5669.jpg)

    Esta abertura na palmeta permite a passagem das fitas de madeira. Se no houver, a ferramentaentope.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/08/100_56791.jpg)

    Utilizei mogno, a mesma madeira para os enxertos, parecido com a madeira do punho.

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  • (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/08/027.jpg)

    A base da plaina foi retificada, com tacos de lixa e sob o controle de uma rgua de ao. Para a plainadeslizar melhor esfreguei uma vela sobre a base.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/08/100_5689.jpg)

    Ento, para finalizar a restaurao apliquei uma demo de seladora de nitrocelulose e cera, queacentuou o tom das madeiras e permitiu um bom polimento. Regulei o ferro e experimentei a plaina,com o mesmo prazer de quem prova um bom vinho e assim acabamos de desvendar seus segredos! Diego de Assis

    ATENO

    Diversos procedimentos de oficina oferecem riscos. Por isso devem acompanhar o uso de EPI(Equipamento de Proteo Individual): culos de proteo, mscara contra p, protetoresauriculares, entre outros dispositivos de segurana. Apenas pessoas capacitadas devem operarmquinas e ferramentas de corte; ao contrrio estaro sujeitas a acidentes graves.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/08/026.jpg)

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/08/0011.jpg)

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    Construindo Plainas de madeira(https://diegodeassis.wordpress.com/2008/07/06/construindo-plainas-de-madeira/) 06jul08(hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/07/plaina6.jpg)Para construir uma plaina, a primeiracoisa a fazer adquirir a lmina e adaptar sua medida de largura ao projeto, com certa folga para oencaixe.Fiz estas plainas a partir de um artigo da revista Popular Mechanics

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  • (hp://www.popularmechanics.com/home_journal/woodworking/1273456.html), que oferece o projetode trs plainas bsicas, de acordo com as dimenses das antigas plainas de madeira.Utilizei ferramentas eltricas estacionrias e manuais. O uso de equipamentos mais sofisticadosconfere certa rapidez e conforto no processo de fabricao, mas estas plainas podem serconfeccionadas apenas com ferramentas manuais, com a mesma preciso. Neste artigo envolvi aconstruo das trs plainas, apresentando de forma resumida as etapas similares de construo.

    O desenho destas plainas arrojado e simples. So trs tipos bsicos: a plaina de afagar (a menor), o rabote (ado meio) e a garlopa (a maior).

    Fiz algumas adaptaes, embora tenha reproduzido com fidelidade o perfil das ferramentas. UseiRoxinho (Peltogyne spp), madeira extremamente dura e pesada. Por isso dispensei a sola da base, queno absolutamente necessria. importante que a madeira esteja bem seca.Preferi atravessar um pino de lato para segurar a lmina, diferente da pea (cross pin) utilizada noprojeto, de madeira. Fiz um punho para a garlopa (a plaina maior), que tornou sua utilizao maissegura. Usei lminas Stanley, inglesas.Diferente da plaina metlica, a plaina de madeira leve e pode ser facilmente retificada. Mas dedifcil regulagem, feita de acordo com a habilidade de cada artfice.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/07/plaina1.jpg)

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/07/plaina2.jpg)

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/07/plaina3.jpg)

    Para comear, a madeira deve ser perfeitamente retificada. Utilizei o desempeno e o desengrosso (plainas eltricas estacionrias). Aproveito e fao duas plainas com esta pea de roxinho.

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  • (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/07/plaina4.jpg)

    Em seguida separei a pea na serra circular. As peas de menor espessura sero as laterais das plainas.A posio correta para o corte no sentido tangencial aos anis anuais.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/07/plaina5.jpg)

    A marcao feita transferindo o desenho com papel carbono para a pea do meio (a pea entre aslaterais). Este o desenho da plaina de afagar.

    Ento cortei a pea na serra circular, com cuidado para no apagar a marcao.

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  • (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/07/plaina7.jpg)

    Retifiquei as peas na lixadeira de disco, com lixa de gro 80.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/07/plaina8.jpg)

    Marquei e cortei as laterais da plaina, de acordo com a abertura da base (sada de lmina),cuidadosamente aferida com paqumetro.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/07/plaina9.jpg)

    Estas so as peas prontas para a colagem.

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  • (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/07/plaina10.jpg)

    O material preparado: grampos abertos, protetores de compensadoforrados com jornal e a cola.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/07/plaina11.jpg)

    Antes de aplicar a cola, as faces foram lixadas contra o veio (arranhadas), para limpar e aumentar aaderncia das peas.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/07/plaina12.jpg)

    Acomodei e grampeei as peas por 24 horas.

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  • (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/07/plaina13.jpg)

    Em seguida a pea modelada, de acordo com o desenho. Na imagem, o rabote aps a secagem dacola.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/07/plaina14.jpg)

    Fiz a marcao nas laterais da plaina

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/07/plaina15.jpg)

    E na serra-de-fita a pea cortada, com o cuidado de no apagar a marcao.

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  • (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/07/plaina16.jpg)

    A forma bsica da plaina est pronta.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/07/plaina17.jpg)

    As partes convexas so acabadas na lixadeira de disco.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/07/plaina18.jpg)

    E as partes cncavas so acabadas na tupia, com um cilindro de lixa no eixo.

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  • (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/07/plaina19.jpg)

    As arestas (com exceo das arestas da base) foram chanfradas com uma tupia manual. Preferi fix-la bancada para melhor manipulao. Utilizei uma fresa para corte em 45.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/07/plaina20.jpg)

    Finalizada esta etapa da construo j podia ter idia das belas peas que estava conformando.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/07/plaina21.jpg)

    Alm da raspilha, para retificar a base utilizei tacos de lixa, de diversos gros. Na imagem a garlopa, amaior das trs plainas.

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  • (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/07/plaina22.jpg)

    Com o auxlio de duas rguas verifiquei a retificao da base, a partir das extremidades. As rguasdevem estar perfeitamente paralelas.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/07/plaina23.jpg)

    Com uma sobra de jacarand fiz a palmeta, de acordo com o projeto. Para o corte utilizei a serra derodear. Para modelar, formo, lima e raspilha.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/07/plaina24.jpg)

    Aps cuidadosa marcao feito o furo para a passagem do pino de lato (cross-pin). Utilizei afuradeira de coluna e uma broca chata. A broca deve penetrar as laterais de uma s vez; furar a peaduas vezes, de um lado e outro aumenta a possibilidade de erro.

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  • (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/07/plaina25.jpg)

    Para a garlopa adaptei um punho de imbuia, copiado de uma plaina Stanley. O corte foi feito comtico-tico manual e furadeira para as curvas mais acentuadas. A gr da madeira deve estar atravessadaem relao ao comprimento do punho. O furo para o parafuso maior feito antes do corte.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/07/plaina26.jpg)

    Modelei o punho com grosa, lima , raspilha e lixas dos gros 100, 150 e 220.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/07/plaina27.jpg)

    Estas so as peas que compe a plaina: lmina com capa de ferro, pino de lato, parafusos de lato,palmeta de jacarand, punho de imbuia e corpo de roxinho. No acabamento das madeiras apliqueiseladora de nitrocelulose.

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  • (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/07/plaina28.jpg)

    O punho foi fixado apenas pelos parafusos. Assim, se for necessrio pode ser retirado.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/07/plaina29.jpg)

    Para sua regulagem preciso encaixar com firmeza a palmeta, e depois empurrar a lmina com umpequeno martelo, delicadamente, controlando sua posio em cada golpe.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/07/plaina30.jpg)

    Ento, as trs plainas bsicas. Tem boa performance, embora sejam exigentes na regulagem. Cumpremde forma precisa as funes de corte e retificao de peas, alm de apresentarem um belo design emsua forma.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/07/plaina212.jpg) Diego de Assis

    ATENO

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  • (Equipamento de Proteo Individual): culos de proteo, mscara contra p, protetoresauriculares, entre outros dispositivos de segurana. Apenas pessoas capacitadas devem operarmquinas e ferramentas de corte; ao contrrio estaro sujeitas a acidentes graves.

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    A tradicional Serra de Arco (https://diegodeassis.wordpress.com

    /2008/05/25/a-tradicional-serra-de-armas/) 25mai08A serra de arco (Bowsaw), conhecida tambm como serra de armas ou serra de rodear(Turning saw), uma ferramenta antiga e verstil, sendo especialmente til para cortes curvos. Atualmente a serratico-tico eltrica ou a serra de fita substituem a serra de arco.

    Sua estrutura em H tensiona a lmina flexvel, podendo ser de dimenses e larguras diferentes. Ospunhos podem girar, permitindo diversas posies para a lmina, para que se possa trabalhar em vriasdirees. Esta serra fcil de regular e de desmontar para substituir a lmina.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/05/diversos-168.jpg)

    Altura das armas: 31cm. Comprimento da lmina: 30cm. A lmina possui 18 dentes por polegada.

    Este modelo foi construido a partir de desenhos da serra tradicional inglesa. uma serra muitopopular, muito reproduzida, sempre com este aspecto de lira. Escolhi tornear um par gmeo depunhos, embora divesas referncias tambm mostrem pares de punhos diferentes (um menor que ooutro). Utilizei sobras de Peroba-do-Campo (Paratecoma peroba), madeira excelente para tornear eusinar em geral.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/05/diversos-0731.jpg)

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/05/diversos-073.jpg)

    Para marcar as peas com preciso, fiz um molde com o desenho das armas. A marcao feita em

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  • todas as faces das peas previamente retificadas.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/05/diversos-087.jpg)

    Em seguida so feitos os encaixes de caixa e espiga na travessa e nas armas. Depois entalhei as armas ea travessa. Com as etapas de fabricao nesta ordem o resultado mais preciso.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/05/diversos-0921.jpg)

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/05/diversos-092.jpg)

    Com a estrutura resolvida, agora as armas so perfuradas para o encaixe dos punhos.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/05/diversos-098.jpg)

    Para fazer um furo perpendicular com o arco de pua melhor encostar o queixo sobre a mo. Amanobra fica mais firme, e tambm privilegia a viso.

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  • (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/05/diversos-112.jpg)

    Para iniciar o entalhe das armas so feitos cortes seguidos, at o limite da marcao. Estes cortesfacilitam o entalhe e delimitam a retirada de material.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/05/diversos-116.jpg)

    De formo e macete a pea entalhada, com o cuidado de manter o corte contra as fibras da madeira.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/05/diversos-120.jpg)

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/05/diversos-129.jpg)

    Com raspilha e limas modelei as bordas, retirando as arestas. As armas servem tambm como pegas,por isso importante torn-las macias.

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  • (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/05/diversos-1361.jpg)

    Desenhei o punho, em escala natural. Suas medidas foram transferidas atravs de compassos para otorneamento.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/05/diversos-145.jpg)

    Usei goivas, bedames e um simples torno impulsionado por uma furadeira eltrica.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/05/diversos-151.jpg)

    As extremidades dos punhos so cortados ao meio e perfurados para o encaixe da lmina. A lminatambm perfurada nas extremidades, com broca de ao rpido. Para fixar a lmina ao punho atravessado um pino de ao. Um prego comum no serve, podendo entortar com o uso.

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  • (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/05/diversos-134.jpg)

    Para o acabamento usei lixas dos diferentes gros: 120, 150 e 220.

    (hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/05/diversos-155.jpg)

    Ao final, estas so as peas para montar a serra: a corda (uso barbante encerado), a palmeta (paratorcer a corda), a lmina, as armas, a travessa e os punhos com os pinos de ao.

    A lmina esticada com a toro da corda, duas a trs voltas com a palmeta. Quando a serra no estsendo utilizada a corda relaxada.

    Uso frequentemente esta serra, com preciso. robusta e a lmina flexvel muito resistente. prpriapara recortes de peas com pouca espessura, mas j fiz cortes de at 40mm em madeira macia. Almdestas utilidades, uma bela ferramenta, que reproduz em sua forma histrias de antigos artesos.

    Diego de Assis

    ATENO

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  • Diversos procedimentos de oficina oferecem riscos. Por isso devem acompanhar o uso de EPI(Equipamento de Proteo Individual): culos de proteo, mscara contra p, protetoresauriculares, entre outros dispositivos de segurana. Apenas pessoas capacitadas devem operarmquinas e ferramentas de corte; ao contrrio estaro sujeitas a acidentes graves.

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    Torneando com Serra Circular (https://diegodeassis.wordpress.com

    /2008/05/01/torneando-com-serra-circular/) 01mai08(hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/05/100_4338.jpg)(hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/05/digitalizar2.jpg)(hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/05/fotos-ago2006-047.jpg)(hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/05/fotos-ago2006-048.jpg)(hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/05/fotos-ago2006-050.jpg)(hps://diegodeassis.files.wordpress.com/2008/05/curva-suave.jpg)Alm de cortes retos, transversaisou paralelos, a Serra Circular de Bancada tambm pode tornear peas, como discos e cavilhas. Tudodepende de como conduzir a usinagem para obter estes efeitos, atravs de ferramentas criadas naprpria oficina, que so os gabaritos.

    Os gabaritos so ferramentas que conformam certos padres de corte associados s mquinas.

    Torneando discos

    Para tornear pratos, discos e bordas arqueadas so necessrios cortes tangentes. A pea movimentada em torno do prprio eixo e tambm ao longo da bancada de serra. O que determina acurvatura do disco ou do arco a distncia do eixo at o disco de serra, ou seja, o raio (r).

    O eixo da pea pode ser um prego ou parafuso, com folga suficiente para moviment-la. O eixo deveestar sob a pea, absolutamente perpendicular base, ao contrrio a pea ficar exntrica. Na serracircular de bancada o gabarito deve ser encaixado na borda ou nas ranhuras paralelas, e na

    esquadrejadeira fixado no carro.

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  • Pode-se tornear com perfeio assentos de banco, pratos, tampas, etc. cortando a pea por igual at ocompleto giro no final da operao.

    Bordas arqueadas

    O giro da pea deve ser contra a lmina, no sentido anti-horrio. Como est solta, presa apenas por umeixo, preciso firmeza a cada corte, para que a pea no prenda.

    Quanto mais suave a curva maior ser a distncia do eixo at o disco de serra.

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  • Torneando Cavilhas

    Precisei em certa ocasio de cavilhas finas, e com um pequeno gabarito para serra circular obtivecavilhas finas e uniformes.

    O dimetro da cavilha determinado pela altura do disco de serra; quanto mais alta estiver a lminamais fina ser a cavilha. preciso ter muito cuidado para movimentar a pea, devendo estar semprecom os dedos distantes da lmina enquanto estiver sendo segurada.

    As extremidades da pea so fixadas pelas pontas de parafusos, com as pontas previamentedesgastadas. Os parafusos regulam a folga necessria para movimentar a pea.

    A pea movimentada sobre o disco de serra, contra a lmina. No se deve arrastar a pea contra odisco, de um lado para o outro, mas cort-la em pequenos deslocamentos laterais, girando-acompletamente em torno de seu eixo.

    Diego de Assis

    ATENO

    Diversos procedimentos de oficina oferecem riscos. Por isso devem acompanhar o uso de EPI(Equipamento de Proteo Individual): culos de proteo, mscara contra p, protetoresauriculares, entre outros dispositivos de segurana. Apenas pessoas capacitadas devem operarmquinas e ferramentas de corte; ao contrrio estaro sujeitas a acidentes graves.

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