1Diário do NoroesteColatina/ES - Terça-feira, 24 de novembro de 2015

Colatina-ES - Ano VI - Edição nº 1.321 - 08 páginas - Terça-feira, 24 de novembro de 2015 - e-mail: dn.colatina@yahoo.com.br

Diário do Noroeste Diário de NotíciasJORNAIS ASSOCIADOS:(27) 99619-4996 | 4995

CENTRAL DE ATENDIMENTO

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Da Vitória diz que Ministro precisa agir e prefeiturapriorizar consumo de água para a população

Em Colatina, o depu-tado estadual Josias DaVitória (PDT), presiden-te da Comissão de Re-presentação da Assem-bleia Legislativa, criticoua morosidade do Gover-no Federal em não ter-minar a adutora que vaitrazer água da Lagoa doLimão e a prefeitura deColatina, por não priori-zar a população.

“Toda vez que o Mi-nistro Gilberto Occhivem a Colatina ele fala,fala e até agora a adu-tora não fica pronta.

Pelo tempo que ele fa-lou quando anunciou aconstrução, já era paraestar captando águapara a população”, criti-cou Da Vitória.

O parlamentar tam-bém se mostrou indig-nado com a falta de pri-oridade da prefeiturade Colatina.

“Estamos sem captarágua no rio há algunsdias e desde então al-guns lugares ainda estãosem água, como Bauni-lha, por exemplo. A pre-feitura precisa baixar um

decreto para priorizar oconsumo humano eproibir empresas, irriga-ção, obras, de usarema água. A prioridade nes-te momento é a popula-ção”, apontou.

Da Vitória ainda co-mentou sobre o baixoefetivo do Exército quefoi destinado a Colatina.

“A cidade de Colati-na tem mais de 120 milhabitantes e enviaramapenas 130 homensdo Exército. Acreditoque esse número ébem abaixo do que

precisamos. O mundovoltou os olhos paraColatina, mas o Gover-no Federal e a própriaadministração munici-pal parece que se es-queceu da nossa po-pulação”, lamentou.

Na segunda-feira DaVitória vai enviar um ofí-cio, em nome da Co-missão de Representa-ção da Assembleia, paraque o prefeito de Cola-tina baixe um decretoproibindo a utilização deágua sem ser para con-sumo humano.

Fila de distribuição deágua mineral alcança1 km em ColatinaNilo Tardin

Uma fila de distribui-ção de água mineral al-cançou cerca de 1 quilô-metro na tarde deste do-mingo no bairro SantaMargarida, parte alta docentro de Colatina, noro-este do Espírito Santo.

Apesar da longa filade moradores do lugare bairros próximos a en-trega de dois fardos cadafoi feita sem atropeloscom sob guarda de poli-ciais militares e solda-dos do Exército.

O auxiliar industrialAntônio de Andrade, 39anos e a mulher Ednéiapegaram ao menos seispacotes de garrafasdepois de enfrentarduas vezes a imensa fi-leira de gente.

“É uma fila sem fim.As pessoas pegam a águaentram na fila de novopara pegar mais. Vai darpara uns dias. Em casa,não tem uma gotinha deágua na caixa”, disse An-tônio. De acordo com aDefesa Civil de Colatinaao contrário dos dias an-teriores marcados porprotestos, saques, gritos

e brigas, neste domingoquente e abafado não fo-ram registrados tumultosna cidade.

O entra e sai da mul-tidão na fila e pessoas quevoltam para pegar maiságua também foi confir-mada pelo vendedor am-bulante Mário José da Sil-va, 47 anos. “Em todos ospontos de distribuição fa-zem isso. Acho erradonesta crise em o Rio Doceestá todo vermelho é pre-ciso compartilhar”, disse.

Com os amigos porperto, o servidor públi-co municipal Dassaievede Oliveira, 29 anos dizque saiu do outro ladoda cidade porque o ca-minhão não foi levarágua mineral na região.“Moro com meu pai eminha mãe. Não dá parabeber a água daquelascaixas não”, disse.

Uma carreta de águamineral segundo a Polí-cia Militar capotou ontemno trevo de Marilândiapor volta das 16h 20. Atéas 19h de ontem a polí-cia ainda estava no lo-cal. Parte da carga foiperdida e o trânsito fi-cou congestionado.

Especialista dizque prejuízoscapixabasserão maioresque em MG

8° BPM realizaforça-tarefa paradistribuição deágua em Colatina

Comissão daAssembleiasugere multa deR$ 7 milhões pordia à Samarco

Diário do NoroesteColatina/ES - Terça-feira, 24 de novembro de 2015

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Publicação diária. Circulação em

todo o Estado do Espírito Santo

Os conceitos emitidos pelos colaboradores não expressam a opinião do jornal.

Diretor ResponsávelJose Vicente de Paula Mendes

Jornalista DRT/ES 204Fundado em 10/abril/2010

SINDJORESSindicato das Empresas de Jor-

nais, Periódicos, Revistas e Simila-res no Estado do Espírito Santo

CARTÓRIO DO 1º OFÍCIO DE COLATINAEspecialista diz queprejuízos capixabasserão maiores que em MG

ESHOJE

Apesar de o Espírito San-to representar apenas 14%da área banhada pela baciado Rio Doce, os efeitos dodesastre no Estado podemser mais perniciosos do queo estado de Minas Gerais. Aafirmação é do especialista dafauna e da flora do Rio Doce,Orlindo Francisco Borges Fi-lho, que explica que issoacontece porque a regiãomais próxima à foz há a acu-mulação dos resíduos.

O desastre foi resultado dorompimento da barragem deFundão – no complexo indus-trial de Germano, distrito de Ben-to Rodrigues, em Mariana (MG)–, despejando lama tóxica no RioDoce e seus afluentes.

Borges Filho explicou quea mortandade de animais,principalmente de peixes, é oefeito mais visível, mas queexiste uma ameaça silenciosaque ninguém consegue pre-ver o grau de destruição. “Oimpacto aumenta, porque alama torna o rio assoreado emais largo, espalhando a con-taminação e ampliando osestragos que ainda não são

possíveis de serem dimensio-nados. É preciso cautela emais tempo para previsõesmais seguras. O que se sabe,agora, é que o Rio Doce é umrio morto. Antes, mesmo, oRio Doce já vinha agonizan-do e havia essa preocupa-ção”, lembra.

Ainda na opinião de Borges,as decisões devem ser ampa-radas em evidências mais se-guras e o fato de Colatina játer liberado o uso da água édiscutível. Ele afirma que nãodá para retirar a lama do leitodo rio e que, com o tempo,ela vai se sedimentar e ficar nofundo por muitos anos.

Leonardo Merçon, fotó-grafo do Instituto ÚltimosRefúgios, comentou o deses-pero dos peixes, caramujos,camarões pulando para forada água, fugindo da lama tó-xica. Na visão de Merçon, aágua intoxicada está descen-do em camadas: primeiro,descem os materiais mais le-ves e que flutuam na superfí-cie da água, em seguida, de-vem vir os materiais mais pe-sados que ainda possam es-tar saindo da barragem. Mer-çon colheu depoimentos da

população ribeirinha, que re-latou a morte de gado, pa-tos, cachorro, lontras, avesna região mineira.

O bagre africano, que tema capacidade de procuraroxigênio – segundo relatosque ouviu dos indígenas –,rastejando fora da água atéencontrar água com oxigê-nio, mesmo ele, não está con-seguindo fugir da lama tóxi-ca. Segundo descreve, a lamaestá destruindo inclusive amata ciliar.

As avaliações dos ambien-talistas foram dadas aos de-putados estaduais capixabas,nesta segunda-feira (23), nareunião da Comissão de Pro-teção ao Meio Ambiente. Odeputado Dary Pagung (PRP)questionou se a UFES temcomo analisar a água, já queexistem laudos bastante dís-pares entre os poderes e es-pecialistas. O professor Bor-ges Filho diz que a universi-dade tem laboratórios com-petentes, mas que não hánecessidade de a universida-de fazer essas medições, poisos órgãos que estão analisan-do a água são monitoradospelos poderes públicos. O quemuda é a metodologia, o lo-cal e o tempo que o materialé coletado.

Edvaldo Peisino, do Con-selho Regional de Biologia,salientou que é preciso to-mar medidas que não sejampaliativas e que as ações se-jam coordenadas. E leacrescenta que o Conselhoestá á disposição da socie-dade para ajudar dentro desua especialidade.

EDITAL DE PROTESTOACHAM-SE NESTE CARTÓRIO DO 1º OFÍCIO DE COLATINA,AVENIDA GETÚLIO VARGAS, Nº 444, CENTRO, COLATINA - ES,TEL:(27)3723-2550, TÍTULOS DE RESPONSABILIDADE DAS SE-GUINTES PESSOAS:

DEVEDOR CPF/CNPJTHEREZA PEDRO CHAGAS DE AGUIAR 619.231.927-87

POR NÃO TER SIDO POSSÍVEL ENCONTRÁ-LAS, INTIMO-ASPARA OS FINS DE DIREITO, E, NÃO SENDO ATENDIDA A PRESEN-TE ATÉ O DIA 24/11/2015 , NOTIFICO-AS DO PROTESTO.

COLATINA-ES, 23 DE NOVEMBRO DE 2015.MOACYR DALLA JUNIORNOTÁRIO E REGISTRADOR

EDITAL DE PROTESTOACHAM-SE NESTE CARTÓRIO DO 1º OFÍCIO DE COLATINA,AVENIDA GETÚLIO VARGAS, Nº 444, CENTRO, COLATINA - ES,TEL:(27)3723-2550, TÍTULOS DE RESPONSABILIDADE DAS SE-GUINTES PESSOAS:

DEVEDOR CPF/CNPJFRANKLIN BARB 08761184730 ME 15.557.072/0001-01SAMUEL SIENDRIO RODRIGUES DE MOURA

124.738.757-74

POR NÃO TER SIDO POSSÍVEL ENCONTRÁ-LAS, INTIMO-ASPARA OS FINS DE DIREITO, E, NÃO SENDO ATENDIDA A PRESEN-TE ATÉ O DIA 25/11/2015 , NOTIFICO-AS DO PROTESTO.

COLATINA-ES, 23 DE NOVEMBRO DE 2015.MOACYR DALLA JUNIORNOTÁRIO E REGISTRADOR

3Diário do NoroesteColatina/ES - Terça-feira, 24 de novembro de 2015Geral

8° BPM realiza força-tarefa paradistribuição de água em Colatina

As ações de auxílioàs comunidades se de-senvolvem há duassemanas pelo efetivoda Unidade Operacio-nal, em conjunto comórgãos da PrefeituraMunicipal de Colatina.Militares do Batalhãode Missões Especiais edas demais unidadesdo CPO-N têm sidoempenhadas na mis-

são que visa mantere preservar a ordempública na cidade.

Desde a última quin-ta-feira (19), policiais dediversas unidades daPMES realizam, emconjunto com o Exér-cito Brasileiro, o auxíliorelativo à entrega e àescolta de água mine-ral na cidade de Colati-na. Os locais de entre-

De 14h às 17h:1 - Bairro João Menegueli – Ao lado da incu-badora.2 – Bairro Vicente Soella – Ao lado da Unida-de de Saúde.3 – Bairro São Braz – Próximo à Incolajes.4 – Bairro São Marcos – Próximo à Unidadede Saúde.5 – Bairro Olívio Zanoteli – Próximo à Caixaestacionária do bairro.6 – Bairro São Vicente – Praça Antenor San-tos Filho (Ao lado da caixa d‘água).7 – Bairro Perpétuo Socorro – Próximo àtorre de celular.8 – Bairro Santa Margarida – Av. Neves Limade Souza.

De 18h às 21h:1 – Bairro Gordiano Guimarães – Av. VirgílioCosta Teixeira ao lado da ponte.2 – Bairro 15 de Outubro – no pátio da es-cola, ao lado do cemitério.3 – Bairro Honório Fraga – Próximo a CEIMNossa Senhora Aparecida.4 – Bairro Santo Antônio – Próximo à Unida-de de Saúde.5 – Bairro Anchieta – Em frente ao DML.6 – Bairro São Vicente – Praça Antenor San-tos Filho.7 – Bairro Perpétuo Socorro – Próximo àtorre de celular.8 – Bairro Santa Margarina – Avenida NevesLima de Souza.

ga foram definidos pelaPrefeitura do município.O trabalho de definiçãodos locais de entregaforam definidos emtrabalho conjunto coma Defesa Civil. Ao todo,08 locais de distribuiçãoforam estabelecidos. APM tem realizado aescolta e a distribuiçãoda água mineral emtodo o município. Para

informações relaciona-das à oferta de águana cidade, a comuni-dade pode ligar para aprefeitura municipal,pelo telefone 2102-4303. O horário de dis-tribuição de água mi-neral à população temocorrido nos seguinteshorários, diariamente,conforme detalhamen-to a seguir:

Policiais Militares do 8° BPM realizam escolta de água mineral em Colatina.

Diário do NoroesteColatina/ES - Terça-feira, 24 de novembro de 2015

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Banco do Brasil ....................................................... 3722-5612Banestes .... ........................................................... 3770-6100Bradesco ............................................................ ...3722-1100Banco Itaú ........................................................... ..3722-1333Banco do Nordeste . ............................................. ...3711-8088Caixa Economica Federal . ........................................2102-1500Correios ........ ........................................................3722-0056Corpo de Bombeiros .................... .......................................193Detran ....................................................................3722-3644Diario do Noroeste ..............................3721-5305 / 9619-4995Estação Rodoviária ........................ ..........................3721-1202Guincho Dauri .........................................................9987-1328Hospital São Bernardo ............................................. 3723-2000Policia Civil .........................................................................147Policia Militar .............................. .......................................190Pronto Socorro ...................................................................192Prefeitura Municipal .................................................3177-7000Procon ...................................................................3721-1313

Geral

Onde comer bem?

• Restaurante Drink – Tel. 3722-4921 e 3721-3299• Restaurante Irajá – Tel. 3721-1062• Pizzaria Fontana di Trevi – Tels. 3721-2515 e 8809-0638• Vila Gourmet - Tel. 3711-2655• Deville Restaurante – Tel. 3721-0793• Amor & Cana Grill – Tel. 3721-6138• Água Viva – Tel. 3722-4853• Bar Barbante – Tel. 3721-5617• La Romanina Pizzaria – Tel. 3722-3806• Pizzaria Chaplin – Tel. 3721-2554• Bar e Restaurante do Bosco – Tel. 3721-3158

Onde se divertir?

• Sitio Valbuza – Tels. 3722-5954 e 9977-1650• Itajuby – Tel. 3721-3530• Liverpub Music Place – Tel. 3723-7628

Onde ficar?

• Agil Hotel – Tel. 3120-8800• Plenotel – Tel. 3722-3355• Colatina Hotel – Tel. 2101-7172• Arco Hotel – Tel. 3721-4966• Hotel Girassol – Tel. 3722-6680• São Miguel Hotel – Tel. 3723-2750• Hotel Casablanca – Tel. 9947-3541• Grande Hotel – Tel. 3722-0444• Ibis Hotel - Tels. 2102-6102• Hotel Nacional - Tel. 3711-1573• Plaza Hotel - Tel. 3120-3333

Onde locar um carro?

• Localiza Rent Car – Tel. 3711-6410• Rede Brasil – Tel. 3722-0633• Retalocal – Tel. 3722-1555• Motocap Rent car – Tel. 2101-2211 / 2101-2229

Vidigal pede informaçõesa Ministério sobre BR 101

Membro da ComissãoTemporária Externa destina-da a fazer o acompanhamen-to “in loco” e fiscalizar os pla-nos de trabalho, obras reali-zadas, intervenções futuras,investimentos, obrigações edireitos da ConcessionáriaECO 101, que administra otrecho da BR 101 que cortao Estado do Espírito Santo, odeputado federal Sergio Vidi-gal (PDT-ES) solicitou ao Mi-nistério dos Transportes infor-mações acerca dos prazos aserem cumpridos pela con-cessionária.

De acordo com o requeri-mento do pedetista aprovado

na Comissão, “a imprensavem noticiando atraso nasobras de duplicação previstaspara o trecho concessionado.As matérias veiculadas alertampara o fato de que o contratoestabelece a duplicação de50% da rodovia nos primei-ros cinco anos de concessão,o que implica na duplicação de240 km, que de forma simplis-ta, corresponde a uma médiade quase 50 km por ano.”

Em seu requerimento, Vi-digal ainda questiona o inícioda cobrança de pedágio aosusuários antes mesmo queesses percebessem melhoriasno trecho. “A mídia também

ressalta que promessas ante-riores da concessionária, deque as obras começariam emmeados de 2015, têm sidosistematicamente descumpri-das e que os atrasos devemser ainda mais pronunciadosem face da demora do licen-ciamento ambiental. Além dis-so, questiona-se por que hou-ve a autorização para o inícioda cobrança do pedágio se asobras de duplicação ainda nãoestão em andamento”, expli-cou o parlamentar.

Agora, o governo federaltem 30 dias para que apre-sente os esclarecimentos le-vantados pelo deputado.

5Diário do NoroesteColatina/ES - Terça-feira, 24 de novembro de 2015Relax

QUATRO POR QUATROHORÓSCOPO

Mercúrio, Saturno eNetuno se envolvem emquerela astral. Por isso,a briga por conservar con-quistas e poderes ficafeia neste começo de se-mana. Tenha argumen-tos fortes e precisos paramanter suas posições.

Clima astral de altos ebaixos hoje ? ótimo para es-tabelecer pontes quebradascom um sócio, ou um amor.Porem, controle gastos e evi-te se envolver em contratoscom pessoas que não conhe-ce bem. A saúde está um tan-to sensível, evite excessos.

É hora de colocar umponto final numa relação quenão anda nada bem! Podeser de que natureza for, masfaltando qualidade, discerni-mento e compromisso, paraonde isso o levará? Invistaseriamente em organizaçãopessoal e profissional.

Sentimental demais: as-sim começa a semana pravocê! Um tanto distraído, volú-vel, sem vontade. Respeiteseu limite, especialmente o fí-sico. Ser saudável é a meta.Para isto, busque entusiasmono trabalho e arejamento men-tal. No espaço físico também.

A vida lhe sorri hoje, comboas novas sobre um interes-se pessoal que andava deva-gar, quase parando! Você vaidar lição de vida se agir de ummodo altivo, mas generoso.Gente que o desprezou ago-ra tem de morder a língua. Evocê desfilará tranquilo por aí...

Música, literatura, artes:a cena astral fala da necessi-dade de incorporar, de tradu-zir para essas linguagens algodo que faz. Facilita se já tematividades próximas. Ajudeum amigo em dificuldade detrabalho. Em casa, não criti-que sem ser perguntado.

Não é porque você estásentindo falta de companhiaque vai aceitar qualquer umdo seu lado, certo? Leve aferro e fogo esta dívida parapreservar sua paz intimahoje. Risco de se envolvercom gente briguenta e de-saforada. Fuja mesmo.

Mercúrio e Saturno jun-tinhos neste início de se-mana trazem percepçãoaguda e facilidade pravocê lidar com temas bemabstratos e complexos. ALua em Áries favorece oexercício físico, a amplitu-de de ações ousadas.Obrigação de crescer!

A manhã parece ativa,desafiadora, com você ten-de de resolver mil detalheschatos e urgentes. Mas de-pois as coisas se amainam.Daí em diante programe-separa namorar, estar com seusqueridos, e cultivar o espiritoem alguma atividade de arte.

Semana começa apu-rada, pressionando vocêpara direções que não desua escolha. Seu livre ar-bítrio anda pequena agora.Fique esperançoso, porqueembora no limbo, um tan-to esquecido, irá enxergarmais profundamente. Ob-serve sem ser notado.

Astral positivo pra vocêengatar uma semaninha pro-dutiva e divertida! Mercúrio eSaturno dão o ritmo certopara você impor certos limi-tes em relações pouco posi-tivas. Manhã boa para estu-dar e pesquisar, tarde e noi-te para embelezar a casa.

Acreditar é metade do tra-balho para manter um padrão,um foco; Saturno está aí, comMercúrio, o da educação for-mal, da comunicação, dandoa dica: profundidade no racio-cínio e estabelecimento deprioridades. Comece a sema-na com esse foco.

Diário do NoroesteColatina/ES - Terça-feira, 24 de novembro de 2015

6 Geral

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Crise hídrica pode comprometerfuncionamento de indústrias no EstadoPedro Permuyeshoje.com.br

A crise hídrica asso-ciada à chegada da lamade rejeito de minério daSamarco pelo Rio Doceno Espírito Santo, já afe-tam o funcionamentode indústrias capixabas.Para o presidente doSistema Findes, MarcosGuerra, se as indústriasnão criarem mecanis-mos que promovam aeconomia, reuso e rea-proveitamento de água,podem sofrer com pa-ralisação dos serviços.

Guerra, que tam-bém preside o ConselhoTemático de Meio Ambi-ente (Coema), contaque desde o fim do anopassado, a Região Su-deste sofre com a faltade água e que as indús-trias precisaram seadaptar à nova realida-de: “a grande maioriadas empresas já crioumecanismos que propi-ciam o reaproveitamen-to e reuso de água. E asque não o fizeram aindapodem sofrer com pa-ralisação se não muda-rem o comportamentoda firma”, garante.

Segundo o presiden-te do Sindicato das In-dústrias de Cerâmicasdo Espírito Santo (Sin-dicer-ES), Edmilson Ca-niçali, todas as regiões

do país passam por ummomento crítico em re-lação a água. “Váriasempresas já foram obri-gadas a reduzir a pro-dução, algumas já redu-ziram até 50% da pro-dução, ou seja, uma re-dução drástica”, disse.

O presidente da Fin-des, destaca que a crisehídrica junto à recentechegada da lama ao Es-tado, sobretudo, já afe-taram determinadas in-dústrias da região deColatina desde a últimaquinta-feira (19). As ati-vidades destas indústri-as só devem voltar àrotina nesta terça (24).

“E as indústrias quetiveram que parar ofuncionamento não sãosomente as que têm aágua como matéria-pri-ma, direta ou indireta-mente, como lavande-rias” afirma o presiden-te, que diz que a faltade água afeta a parteda limpeza do estabele-cimento, o que tam-bém pode chegar a umponto que pode inter-romper o funcionamen-to da empresa.

Ele conta que nodecorrer de 2015, al-guns setores de regi-ões do Espírito Santoforam bastante afeta-dos com a falta dobem hídrico, em cida-des como Pinheiros,

Montanha, Itaguaçu,Santa Teresa, São Ma-teus e Pedro Canário.Nestas localidades, opresidente diz que osetor mais afetado foio da agropecuária.

O presidente contaque perdas não podemser quantificadas: “de-pende do momento, àsvezes para determinadosetor, é pior ficar umasemana parada no fimdo ano do que um mêsno meio do ano”, conta.Guerra explica que parao setor têxtil, por exem-plo, uma semana do fimdo ano, momento emque as vendas são aque-cidas pode representar50% de queda no fatu-ramento ao passo queum período maior nomeio do ano pode nada.

Guerra defende o di-álogo entre indústria e

população para a eco-nomia de água bemcomo artifícios que aprópria indústria podeadotar em seu sistemaque façam com quemenos água seja neces-sária: “descargas queassociam ar e água,como a de aviões, re-servatórios, reuso e reu-tilização de água”, diz.

Além disso, o presi-dente explica que novasmaneiras de energia po-dem ser um fator im-portante para que sejaincrementada a econo-mia do recurso hídrico.Para ele, indústria deveestudar formas de ener-gias renováveis e anali-sar em que setor podeser reduzido o volumede água consumido.

“Reduzir o consumode água, reduz duascontas: primeiro, a redu-

ção do volume de entra-da, segundo, a reduçãodo volume de saída, quetambém gera custopara a empresa”, contao presidente. Ele explicaque além de pagar pelacaptação, a indústriapaga 50% do valor decaptação sob o volumeque sai do estabeleci-mento e usa as redes deesgoto como meio paradestinação final.

ReuniãoO presidente do Con-

selho Temático de MeioAmbiente (COEMA), Mar-cos Guerra, comandauma reunião, nesta ma-nhã (23), a portas fecha-das, que reúne represen-tações nacionais de ór-gãos responsáveis pelomeio ambiente.

O encontro deve dis-cutir questões ligadas a

recursos hídricos, emis-são de gases do efeitoestufa e financiamentopara a sustentabilidade.Para isso, terá a partici-pação de técnicos dasfederações de indústri-as de todo o país, emespecial das regiões Sule Sudeste. O eventoque começou às 08h30só deve ter fim por vol-ta das 18 horas.

Um dos principais te-mas em debate nos con-selhos é a crise hídrica noBrasil. Para Guerra, oevento chega ao Estadoem momento oportu-no: “a Região Sudesteestá no centro dos de-bates sobre consumo deágua devido à crise re-cente de abastecimento.Queremos apresentarpropostas, ouvir suges-tões e consolidar açõespara a questão”, explica.

Dez benefícios que a água traz para a saúdeESHOJE

Beber pelo menosdois litros de água pordia, de acordo com aorientação dos médicos,traz uma série de bene-fícios à saúde. A inges-tão auxilia na perda depeso, diminui o cansaço,deixa a pele mais bonitae ajuda a combater omau humor, entre ou-tras vantagens.

• Regula a tempera-tura do corpo - As pro-priedades da água têmcapacidade de ajustar a

temperatura corporal.Ao estar regulada, faz ocorpo concentrar maisenergia. Além disso,músculos e articulaçõesse mantêm lubrificados,o que evita cãibras e dis-tensões.

• Alivia a fadiga - Umdos motivos do exces-so de cansaço pode sero baixo consumo deágua. Quando não seingere quantidade sufi-ciente, o coração é obri-gado a trabalhar maispara bombear o sangueoxigenado para as célu-

las e os órgãos princi-pais, o que acaba cau-sando mais fadiga.

• Combate dores decabeça e enxaqueca - Namaioria dos casos, a prin-cipal razão das dores decabeça e das enxaque-cas é a desidratação, porisso, beber água vai ali-viar o incômodo.

• Auxilia na digestão- Beber água facilita otrânsito intestinal e, con-sequentemente, previ-ne a prisão de ventre.

• Melhora o humor -A água traz bem-estar e

melhora o nível de ener-gia. Quando o corpoestá ativo e em estadode funcionamento ade-quado, envia um sinalpositivo até o cérebro,o que melhora o humor.

• Auxílio na perda depeso - A água ajuda aeliminar os subprodutosda gordura, traz sensa-ção de saciedade e di-minui o apetite. Comonão contém calorias,gorduras, carboidratosnem açúcar, é um subs-tituto das bebidas comalto teor calórico.

• Mantém a pele sau-dável - A água ajuda arepor os tecidos, a hi-dratar e a aumentar aelasticidade da pele.Quando o corpo rece-be água suficiente, apele fica hidratada, sua-ve e radiante. Tambémcontribui para a redu-ção de cicatrizes, acnes,rugas e outros sinais doenvelhecimento.

• Melhora o sistemaimunológico - O sistemaimunológico melhoraquando o corpo recebea quantidade ideal de

água. Assim, pode lutarcontra doenças comogripes, cálculos renais eataque cardíaco.

• Combate o mauhálito - O mau hálito éum sinal claro de que ocorpo necessita de maiságua. A saliva ajuda aboca a se livrar de bac-térias e a manter a lín-gua hidratada.

• Diminui o risco decâncer - Alguns estudosindicam que o consumode água pode reduzir orisco de câncer de bexi-ga e de cólon.

7Diário do NoroesteColatina/ES - Terça-feira, 24 de novembro de 2015Geral

Comissão da Assembleia sugere multade R$ 7 milhões por dia à SamarcoPelo descumprimento de sete itens do Termo de CompromissoSociambiental assinado pela empresa, Comissão de Representação entregaofício ao Ministério Público pedindo multa de R$ 1 milhão por dia por item

A Comissão de Repre-sentação da AssembleiaLegislativa, presidida pelodeputado Josias Da Vitó-ria (PDT) entregou um ofí-cio nas mãos do Procura-dor-Geral de Justiça doMinistério Público do Es-tado do Espírito Santo,Éder Pontes denunciandoa Samarco pelo não cum-primento de sete itens doTermo de CompromissoSocioambiental e cobran-do multa de R$ 1 milhãopor dia por cada item. ACipe Rio Doce tambémassinou o documento.

Segundo o presidenteda Comissão de Repre-sentação, Josias Da Vitó-ria, a Samarco descum-priu vários itens e trouxecomplicações para a po-pulação capixaba. A deci-são de solicitar o Ministé-rio Público multa de R$ 1milhão por dia por itemnão cumprido surgiu emuma reunião no início da

tarde desta segunda-fei-ra (23) e contou com aspresenças dos deputadosDa Vitória, Luzia Toledo,janete de Sá, Raquel Les-sa, Guerino Zanon, Nunese Dary Pagung.

“A Samarco descum-priu vários itens do Termode Compromisso e comisso colocou a vida da po-pulação de Colatina, prin-cipalmente, em risco. Nãopodemos nos calar nestemomento de indignação.O mínimo que a empresadeveria ter feito é dar o su-porte necessário à popu-lação, pois a Samarco quefoi a causadora dessa tra-gédia”, ponderou.

Os itens denunciadospelo não cumprimento daSamarco foram: 1) nãoconstruir as duas aduto-ras de engate rápidos naslagoas do Batista e do Li-mão; 2) não retirar omáximo possível de pei-xes; 3) não disponibilizar

20 reservatórios de 30mil litros; 4) não disponi-bilizar 130 caminhõespipa; 5) não disponibilizardois sistemas de pré-tra-tamento de água brutacom capacidade de 720metros cúbicos por hora;6) não garantir a distri-buição de dois litros deágua potável por dia porhabitante; 7) não garan-tir a distribuição de 40 li-tros de água por dia porhabitante e não apresen-tar plano emergencial decontenção, prevenção emitigação dos impactos.

“Nós lemos o Termode Comprimosso Socio-ambiental e analisamoscada item do que foi cum-prido. Aquelas obrigaçõeseram o mínimo que aempresa poderia fazer enão cumpriu. Se a Sa-marco achou que fazer odocumento seria o sufici-ente, para nós, da Comis-são, não foi. Tinham que

ter cumprido. Todos pu-deram ver a desorganiza-ção da distribuição deágua. Alguns ficaramcom muito e outros semnada. Não houve retira-da de peixes por parte daempresa, apenas por vo-luntários. Nem o númerode caminhões pipa a em-presa disponibilizou”, ar-gumentou Da Vitória.

Nesta terça-feira aComissão de Representa-ção vai realizar uma reu-nião às 16hs com especi-alistas da Ufes, Ifes, Pro-jeto Tamar, Iema, Defen-soria Pública e Promoto-ria do Estado, para queideias sejam apresenta-das para minimizar os im-pactos da passagem dalama pelo rio Doce e ago-ra na costa capixaba. Às11 horas moradores deLinhares vão participar deuma reunião no Plenárioe vão apontar os proble-mas da região.

Raio mata 15cabeças de gadoem fazenda noEspírito SantoAnimais estavam perto deuma árvore quando foramatingidos. Prejuízo calculadopelo dono é de R$20 mil.

Do G1 ES

Um raio matou ma-tou 15 animas, entrebois, vacas e novilhas,durante uma tempesta-de, no sábado (21), noCórrego da Poaia, inte-rior do município de VilaPavão, no Noroeste doEspírito Santo. O preju-ízo, segundo o dono, éde aproximadamenteR$ 20 mil.

Um trator foi aluga-do pelo proprietáriopara a retirada dos ani-mais, que foram enter-rados em seguida.

Os animais estavamperto de uma árvore,quando foram atingidospelo raio. A chuva acon-teceu no local por voltadas 18 horas.

Segundo testemu-nhas, as 15 cabeças degado morreram nahora. O fato assustoupecuaristas da regiãoque nunca haviam vis-to algo igual.

CarneTécnicos do Institu-

to de Defesa Agrope-cuária e Florestal do Es-pírito Santo (Idaf ) in-formaram que, em ca-sos como este, quan-do o gado morre atin-

gido por raios, a orien-tação é queimar ouenterrar os animais.Assim, a carne nãodeve ser consumida.

O chefe da Seção deInspeção e Fiscalizaçãodo Idaf, Anderson Bap-tista, explica que, como animal morto, o san-gue coagula, não sendopossível realizar o pro-cesso de sangria (retira-da do sangue), neces-sário para garantir aqualidade da carne.“Aausência do procedi-mento de sangria tornaa carne dura, escura,podendo estragar facil-mente, já que o sangueserve como meio decultivo para bactérias”,diz o médico veterinário.

ChuvaApesar da tragédia, a

chuva do sábado (21)fez com que os níveis deáguas dos reservatóriosdo municípios de VilaPavão e das localidadesde Praça Rica, Todos osSantos e Conceição doXV, aumentasse. A re-gião passa por uma daspiores secas da história,e desde o mês de outu-bro enfrenta um seve-ro racionamento deágua potável.

Gado morre eletrocutado em Vila Pavão

Diário do NoroesteColatina/ES - Terça-feira, 24 de novembro de 2015

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Geral

Barreira de 9 km não impedechegada de lama ao mar no ESSegundo Comitê da Bacia do Rio Doce, resultado já era esperado. JáSamarco disse que eficiência das barreiras chegou a ser de até 80%.Victoria VarejãoDo G1 ES

A barreira de 9 kmmontada na Foz do RioDoce, em Regência, Li-nhares, Norte do Espíri-to Santo, não foi sufici-ente para impedir a lamade se espalhar pelo marna região. Segundo ovice-presidente do Co-mitê da Bacia do RioDoce, Carlos Sangalia, oresultado já era espera-do, já que o materialnão é apropriado parasegurar água.

Já a Samarco infor-mou que a eficiência dasbarreiras instaladas nasáreas protegidas che-gou a ser de até 80%se comparada a cor daágua no estuário, que éo local de encontro dorio com o mar, com ocanal principal do rio.

A lama de rejeitos deminério que vazou dabarragem da Samarco -cujos donos são a Valea anglo-australiana BHPBilliton - em Mariana (MG)chegou ao mar nestedomingo (22), após pas-sar pelo trecho do RioDoce no distrito de Re-gência, em Linhares, noNorte do Espírito Santo,segundo o Serviço Ge-ológico do Brasil.

De acordo com Car-los Sangalia, o materialde que são feitas as boi-as não é apropriadopara conter água oubarro. “Tentou-se ade-quar, mas esse materialnão segura a água, nãotem como. É mais paraimpedir algum materialsuspenso, que vem porcima da água, algo maisgrosso, para que sejadirecionado para a fozdo rio”, destacou.

Apesar disso, para aSamarco, mesmo dei-xando água suja passar,as boias tiveram a efici-

ência esperada. “Existeum parâmetro que agente está medindochamado turbidez, queavalia o quanto a águaestá turva ou não. Lá nocanal principal, as medi-das foram de 2,5 mil.Aqui na região (foz emRegência), tivemos re-sultados de até 500.Então, é 20% do mate-rial que está lá no canalprincipal”, afirmou o re-presentante da minera-dora Alexandre Souto.

MinistraAcompanhada pelo

governador Paulo Har-tung, na tarde destasegunda-feira (23), às15h, a ministra do MeioAmbiente, Izabella Tei-xeira, visita o municípiode Linhares, localizadona região norte do Es-tado, para acompanharas ações emergenciaisque estão sendo realiza-das por conta dos re-jeitos de lama que cas-tigam o Rio Doce desdeo rompimento da barra-gem de minério, emMariana (MG).

Segundo o governodo estado, a vinda daministra ao Estado foicombinada na últimaquarta-feira (18), noPalácio do Planalto, emBrasília, durante reuniãode trabalho de Hartungcom a presidente DilmaRousseff, o governadorde Minas Gerais, Fernan-do Pimentel e ministros.O encontro foi a primei-ra reunião do Comitê deGestão e Avaliação deRespostas ao desastreno Rio Doce.

AbrolhosNesta sexta-feira

(20), Izabella Teixeira ga-rantiu que não há riscode a lama das barragensde Mariana chegar aoArquipélago de Abrolhos.

As ilhas estão localizadasno Oceano Atlântico, nolitoral da Bahia.

“Não há expectativade que vá chegar a Abro-lhos e os dados prelimi-nares desse modelo dáuma pluma de dispersãode lama de seis quilôme-tros ao norte, ou seja,Abrolhos está a 250 qui-lômetros”, diz a ministra.

Ação conjuntaOs governos do Es-

pírito Santo e Minas Ge-rais, juntamente com oGoverno Federal se ar-ticulam para entrar comação conjunta na Justi-ça contra a mineradoraSamarco, empresa res-ponsável pelos danoscausados ao ecossiste-ma do Rio Doce apósrompimento da barra-gem Fundão, em Maria-na (MG). Uma reuniãocom a Advocacia-Geralda União (AGU) foi mar-cada para esta terça-fei-ra (24), em Brasília.

O governador PauloHartung explica que de-sastres ambientais nomundo já mostraramque a saída em casosassim é a ação conjun-ta. "O modelo que estásendo levado em consi-deração é o que foi ado-tado por Estados, cida-des e o governo ameri-cano, que unificaramprocedimentos jurídicoscontra a British Oil, porcausa do derramamen-to de petróleo no Golfodo México, em 2010",exemplifica.

Neste episódio, aempresa foi condenadaa pagar US$ 20,7 bi-lhões de indenização aogoverno dos EstadosUnidos e a cinco Esta-dos – Louisiana, Missis-sippi, Alabama, Texas eFlórida – pelo desastreambiental que deixou 11mortos. “Vamos ampli-

ar a coordenação entreos governos e nossasprocuradorias, para quehaja maior convergên-cia no campo jurídico”,adianta Hartung.

O desastre ambientalem Mariana, considera-do o maior já ocorridono Brasil, deixou, atéagora, sete mortos.Quatro corpos aindanão foram identificadose 12 pessoas, entremoradores e emprega-dos da Samarco, estãodesaparecidas.

A lama que vazoucom a queda da barra-gem, depois de destruirBento Rodrigues, atingiuo Rio Doce via afluentes,chegado ao Espírito San-to. No caminho, os re-jeitos de minério de fer-ro arrasaram fauna, flo-ra e deixaram morado-res de cidades ribeirinhassem água. Hidrelétricastiveram o funcionamen-to suspenso.

OpiniõesPara o secretário ge-

ral da ONG Transparên-cia Capixaba, EdmarCamata, os agentes po-líticos que estão à fren-te do debate não têmcompetência para daras respostas adequadassobre o problema ambi-ental, porque não sãoimparciais.

Camata ressaltouque a atividade de ex-ploração de minério nopaís é sustentada porum tripé: regulamen-tação omissa, fiscaliza-ção frágil e intervençãofácil nos órgãos de fis-calização.

“A regulamentaçãoé omissa porque nãoexistem marcos regula-tórios bem claros; fisca-lização frágil, já que nãoadianta falar em multade R$ 250 milhões, sea gente sabe que um

percentual dela, alémde não voltar para tra-tar o dano que foi cau-sado, é recolhido peloIbama; e a intervençãofácil é explicada, porqueesses órgãos de fiscali-zação não são agênci-as reguladoras, são ór-gãos que, do dia para anoite, tira-se dirigente,muda-se o superinten-dente e até o dirigentenacional”, pontuou.

Segundo Camata, oque acontece é um ci-clo de grandes corpora-ções, muito dinheiro euma exploração decommodities, exporta-dos de forma baratapara o mundo todo.Para ele, o ciclo é sus-tentado pelo financia-mento empresarial decampanhas políticas.

“Os agentes políticosque estão à frente des-se debate trazem res-postas como se elas ti-vessem sido muito de-batidas. Eles deveriam,na verdade, fazer umareflexão republicana ever que não são impar-ciais para dar essas res-postas. Precisamos tra-zer os melhores pesqui-sadores, ampliar o deba-te com a sociedade,para que a gente saibaexatamente de que tipode dano a gente estáfalando”, afirmou o re-presentante da Trans-

parência Capixaba.O padre Kelder Bran-

dão contou que realiza-va um grupo de estudointerdisciplinar sobre acrise hídrica, quando so-breveio a tragédia emMariana. De acordo comele, o acontecimento ex-plicitou a omissão e coni-vência do poder públicocom o mau uso dos re-cursos naturais. “Issoacontece em função dofinanciamento de campa-nha, da autorregulamen-tação das empresas pri-vadas. É um conjuntode fatores que fazemcom que a populaçãosofra com a estiagem e,agora, com essa tragé-dia que mostra a mor-te do Rio Doce”, disse.

Segundo o padre,um dos principais pro-blemas na questão daadministração da tragé-dia é a arrogância e ig-norância das autorida-des. “A empresa nãosabia nem se a lama iachegar ao Rio Doce.Temos que conscienti-zar a sociedade que estánas mãos dela reverteresse quadro, porque opoder público e a inicia-tiva privada não têm in-teresse e não demons-tram vontade em solu-cionar os problemas so-ciais e ecológicos quedizem respeito à vida dapopulação”, opinou.

FOTO: RICARDO MORAES/REUTERS