COLÉGIO CRISTO REI

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  COLÉGIO CRISTO REI CETEC CUR SO TÉ CNICO EM ENFERMAGEM GR AVIDEZ NA ADOLESCÊ NCIA COMPONENTES: Lucilene Rosa Patrícia Alves Sônia Dutra Vanusa de Jesus LINHARES, ES 2011

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COLÉGIO CRISTO REI

CETEC

CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

COMPONENTES:

Lucilene Rosa

Patrícia Alves

Sônia Dutra

Vanusa de Jesus

LINHARES, ES

2011

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COLEGIO CRISTO REI

CETEC

CURSO TECNICO EM ENFERMAGEM

GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

Trabalho orientado pelo professor José Luiz

aos alunos Lucilene, Patrícia, Sônia e Vanusa

da turma de técnicos em enfermagem.

LINHARES

2011

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Sumário 

INTRODUÇÃO .......................................................................................................................3

Gravidez no Brasil e no mundo ..............................................................................................4

Culpa? Razão? Tudo começa... ..............................................................................................5

Adolescência e gravidez ........................................................................................................6

Gravidez em números...........................................................................................................7

Doenças na gravidez precoce ................................................................................................8

Doenças psíquicas ............................................................................................................8

Doenças...............................................................................................................................8

Eclampsia .........................................................................................................................8

Eclampsia/pré-eclampsia ..................................................................................................8

Diabetes gestacional .........................................................................................................9

D.H.E. G ...........................................................................................................................9

Conclusão ..........................................................................................................................10

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INTRODUÇÃO

A gravidez na adolescência é geralmente e generalizadamente atribuída asquestões sociais e familiares. Mas não se pode atribuir somente a isso essa questãocontraditória que também a chamamos de problema.

Os problemas se iniciam antes mesmo de o bebe nascer, vem com a possibilidadede infecções com doenças sexualmente transmissíveis, já que não houve o uso depreservativos ou similares, ou doenças como diabetes gestacional ou eclampsia.Sendo inúmeros ou riscos corridos pelos “pelos pais de primeira viagem”.

Alem do recém-nascido, vem junto o “problema” referente a, “incapaz” cuidando de

incapaz.

Diante de tantas vertentes da causa inicial tentaremos aqui esclarecer esse assuntode forma que todos entendam e pensem numa solução colaborativa e educacional.

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Gravidez no Brasil e no mundo

A gravidez precoce é uma das ocorrências mais preocupantes relacionadas àsexualidade da adolescência, com sérias conseqüências para a vida dos adolescentesenvolvidos, de seus filhos que nascerão e de suas famílias.

A incidência de gravidez na adolescência está crescendo e, nos EUA, ondeexistem boas estatísticas, vê-se que de 1975 a 1989 a porcentagem dos nascimentosde adolescentes grávidas e solteiras aumentou 74,4%. Em 1990, os partos de mãesadolescentes representaram 12,5% de todos os nascimentos no país. Lidando comesses números, estima-se que aos 20 anos, 40% das mulheres brancas e 64% demulheres negras terão experimentado ao menos uma gravidez nos EUA.

No Brasil a cada ano, cerca de 20% das crianças que nascem são filhas deadolescentes, número que representa três vezes mais garotas com menos de 15 anosgrávidas que na década de 70, engravidam hoje em dia. A grande maioria dessasadolescentes não tem condições financeiras nem emocionais para assumir a

maternidade e, por causa da repressão familiar, muitas delas fogem de casa e quasetodas abandonam os estudos.

A Pesquisa Nacional em Demografia e Saúde, de 1996, mostrou um dadoalarmante; 14% das adolescentes já tinham pelo menos um filho e as jovens maispobres apresentavam fecundidade dez vezes maior. Entre as garotas grávidasatendidas pelo SUS no período de 1993 a 1998, houve aumento de 31% dos casos demeninas grávidas entre 10 e 14 anos. Nesses cinco anos, 50 mil adolescentes foramparar nos hospitais públicos devido a complicações de abortos clandestinos. Quasetrês mil na faixa dos 10 a 14 anos.

Números alarmantes já deixam rastros sobre nossa sociedade, que pouco apouco vem abrindo os olhos para esse “problema” que vem se transformando numahereditariedade.

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Culpa? Razão? Tudo começa...

O comportamento sexual do adolescente é classificado de acordo com o grau deseriedade. Vai desde o "ficar" até o namorar. "Ficar" é um tipo de relacionamentoíntimo sem compromisso de fidelidade entre os parceiros. Num ambiente social (festa,barzinho, boate) dois jovens sentem-se atraídos, dançam conversam e resolvem ficar

 juntos aquela noite. Nessa relação podem acontecer beijos, abraços, colar de corpos eaté uma relação sexual completa, desde que ambos queiram. Esse relacionamento éinteiramente descompromissado, sendo possível que esses jovens se encontrem

novamente e não aconteça mais nada entre eles de novo.

Em bom número de vezes o casal começa "ficando" e evoluem para o namoro. Nonamoro a fidelidade é considerada muito importante. O namoro estabelece umarelação verdadeira com um parceiro sexual. Na puberdade, o interesse sexual coincidecom a vontade de namorar e, segundo pesquisas, esse despertar sexual tem surgidocada vez mais cedo entre os adolescentes. O adolescente, impulsionado pela força deseus instintos, juntamente com a necessidade de provar a si mesmo sua virilidade esua independente determinação em conquistar outra pessoa do sexo oposto, contrariacom facilidade as normas tradicionais da sociedade e os aconselhamentos familiares ecomeça, avidamente, o exercício de sua sexualidade.

Há uma corrente bizarra de pensamento que pretende associar progresso,modernidade, permissividade e liberalidade, tudo isso em meio à um caldo daquilo queseria desejável e melhor para o ser humano. Quem porventura ousar se contrapor àesse esquema, corre o risco de ser rotulado de retrógrado. As pessoas de bom sensosilenciam diante da ameaça de serem tidas por preconceituosas, interessando à cultuamodernóide desenvolver um cegueira cultural contra um preconceito ainda maior eque não se percebe; aquele que aponta contra pessoas cautelosas e sensatas, oschamados "conservadores", uma espécie acanhada de atravancador do progresso.

As atitudes das pessoas são, inegavelmente, estimuladas e condicionadas tantopela família quanto pela sociedade. E a sociedade tem passado por profundas

mudanças em sua estrutura, inclusive aceitando "goela abaixo" a sexualidade naadolescência e, conseqüentemente, também a gravidez na adolescência. Portanto, àmedida que os tabus, inibições, tradições e comportamentos conservadores estãodiminuindo, a atividade sexual e a gravidez na infância e juventude vai aumentando.

Essas questões sociais transformam-se em “monstros” que ditam as pessoascomo ser ou como fazer “isso ou aquilo”. Trazem sérias conseqüências nasvidas das pessoas e famílias.

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 Adolescência e gravidez

A adolescência implica num período de mudanças físicas e emocionaisconsiderado, por alguns, um momento de conflitivo ou de crise. Não podemosdescrever a adolescência como simples adaptação às transformações corporais, mascomo um importante período no ciclo existencial da pessoa, uma tomada de posiçãosocial, familiar, sexual e entre o grupo.

A puberdade, que marca o início da vida reprodutiva da mulher, é caracterizadapelas mudanças fisiológicas corporais e psicológicas da adolescência. Uma gravidezna adolescência provocaria mudanças maiores ainda na transformação que já vinhaocorrendo de forma natural. Neste caso, muitas vezes a adolescente precisaria de umimportante apoio do mundo adulto para saber lidar com esta nova situação.

A atividade sexual da adolescente é, geralmente, eventual, justificando paramuitas a falta de uso rotineiro de anticoncepcionais. A grande maioria delas tambémnão assume diante da família a sua sexualidade, nem a posse do anticoncepcional,que denuncia uma vida sexual ativa. Assim sendo, além da falta ou má utilização demeios anticoncepcionais, a gravidez e o risco de engravidar na adolescente podemestar associados a uma menor auto-estima, à um funcionamento familiar inadequado,à grande permissividade falsamente apregoada como desejável à uma famíliamoderna ou à baixa qualidade de seu tempo livre. De qualquer forma, o que pareceser quase consensual entre os pesquisadores, é que as facilidades de acesso àinformação sexual não tem garantido maior proteção contra doenças sexualmentetransmissíveis e nem contra a gravidez nas adolescentes.

Uma vez constatada a gravidez, se a família da adolescente for capaz de acolhero novo fato com harmonia, respeito e colaboração, esta gravidez tem maiorprobabilidade de ser levada a termo normalmente e sem grandes transtornos. Porém,havendo rejeição, conflitos traumáticos de relacionamento, punições atrozes eincompreensão, a adolescente poderá sentir-se profundamente só nesta experiênciadifícil e desconhecida, poderá correr o risco de procurar abortar, sair de casa,submeter-se a toda sorte de atitudes que, acredita, “resolverão” seu problema.O bem -estar afetivo da adolescente grávida é muito importante para si própria, para odesenvolvimento da gravidez e para a vida do bebê. A adolescente grávida,principalmente a solteira e não planejada, precisa encarar sua gravidez a partir dovalor da vida que nela habita, precisa sentir segurança e apoio necessários para seu

conforto afetivo, precisa dispor bastante de um diálogo esclarecedor e, finalmente, dapresença constante de amor e solidariedade que a ajude nos altos e baixosemocionais, comuns na gravidez, até o nascimento de seu bebê.

Mesmo diante de casamentos ocorridos na adolescência de forma planejada ecom gravidez também planejada, por mais preparado que esteja o casal, aadolescente não deixará de enfrentar a somatória das mudanças físicas e psíquicasdecorrentes da gravidez e da adolescência.

A gravidez na adolescência é, portanto, um problema que deve ser levado muitoa sério e não deve ser subestimado, assim como deve ser levado a sério o próprio

processo do parto. Este pode ser dificultado por problemas anatômicos e comuns daadolescente, tais como o tamanho e conformidade da pelve, a elasticidade dos

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músculos uterinos, os temores, desinformação e fantasias da mãe ex-criança, alémdos importantíssimos elementos psicológicos e afetivos possivelmente presentes.

Gravidez em números

Números interessantes da Gravidez na AdolescênciaPorcentagem de grávidas entre 16 e 17

anos

84%

Primigestas (primeira gestação) 75%Freqüentaram o pré-natal 95%Tiveram parto normal 68%Menarca (1º,menstruação) entre os 11e 12 anos

52%

Não utilizavam nenhum métodocontraceptivo

56%

Usavam camisinha às vezes 28%Utilizavam a pílula 16%

A primeira relação sexual ocorreu*:até os 13 anos 10% entre 14 e 16 anos  27% entre 17 e 18 anos  18% entre 19 e 25 anos  17% depois dos 25 anos 2%

Referência*

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Doenças na gravidez precoce

Doenças psíquicas

Gisleine Vaz Scavacini de Freitas e Neury José Botega (Unicamp) têm um estudo

sobre ideação de suicídio em adolescentes grávidas. Estudaram 120 adolescentesgrávidas (40 de cada trimestre gestacional), com idades variando entre 14 e 18 anos,atendidas em serviço de pré-natal da Secretaria Municipal de Saúde de Piracicaba.

Do total dos sujeitos, foram encontrados: casos de ansiedade em 25 (21 %);casos de depressão em 28 (23%). Desses, 12 (10%) tinham ansiedade e depressão.Ideação suicida ocorreu em 19 (16%) das pacientes. Não foram encontradasdiferenças nas prevalências de depressão, ansiedade e ideação suicida nos diversostrimestres da gravidez.

As tentativas de suicídio anteriores ocorram em 13% das adolescentes grávidas.

A severidade dessas tentativas de suicídio teve associação significativa com o grau dadepressão, bem como com o estado civil da pacientes (solteira sem namorado).

Doenças

Eclampsia

Mulheres grávidas em geral podem sofrer com a eclampsia que é definida comoconvulsões em pacientes gestantes com hipertensão arterial, edema e/ou proteinuria(sinais e sintomas da pré-eclampsia) e que não podem ser atribuídas a outras causas

(anestésica, farmacológica, neurológica ou metabólica). Etiologia 

As convulsões da eclampsia seriam secundarias à perda da auto-regulação vascularcerebral, o que levaria a áreas de isquemia ou hemorragia. O edema cerebral éencontrado em apenas 10% dos casos.

Clínica 

Convulsões tônico-clonicas generalizadas em paciente gestante. Sintomasneurológicos como cegueira ou distúrbios visuais podem estar associados. A

manutenção do quadro compulsivo aumenta a suspeita de hemorragia intracranianaou edema cerebral.

Diagnóstico 

Clinico

Eclampsia/pré-eclampsia

Hipertensão arterial (PA >140/90) após 20 semanas de gestação associado aproteinuria (>300 mg/24horas ou >+no teste de fita -30mg/dl).

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É o aparecimento de hipertensão arterial acompanhada de proteinuria (+1). Nestescasos a conduta de acompanhamento deve ser rigorosa com intervalos de sete a noMaximo 15 dias entre as consultas, o repouso e a dieta equilibrada são defundamental importância. A pré-eclampsia pode ser classificada em: pré-eclampsialeve, moderada e grave.

Nas de nível leve e moderada inicia-se com aumento exagerado e súbito de peso(maior que 500gr por semana), seguido de edema, hipertensão e proteinuria (+1).

Sendo necessárias as seguintes orientações: alertar a gestante a manter o intervaloentre as consultas de 5 ano Maximo 7 dias, repouso, dieta, normossadica ( nãodevendo ultrapassar 5g/dia) e controle de peso.

Já a eclampsia grave é caracterizada pelos seguintes sintomas:

Pressão arterial > ou igual a 160x10 mmhg; proteinuria (+2) ou (+3); manifestaçõescomo torpor; diplopia (visão dupla, cefaléia, turvação); dor epigástrica; edema agudo

de pulmão.

As providencias a serem tomadas nesse caso são mais serias, sendo a internação dopaciente por ordem medica, acompanhamento e controle rigoroso da diurese e P.A,controle de peso e sindis vitais. Dieta hipossódica e administrar as medicaçõesprescritas em horários pré-determinados.

Diabetes gestacional

Hiperglicemia causada pelo aumento na resistência à insulina com inicio após 28semanas de gestação e resolução após o puerpério.

Etiologia 

O diabetes é uma complicação clinica encontrada em 5 a 7% das gestações, sendoque em 90% desses casos trata de diabetes gestacional.

Parte dos autores classifica esta moléstia como diabetes tipo2 ( déficit na secreção ouresistência à ação da insulina) que se manifestaria precocemente frente à historianatural, pelas alterações no metabolismo de carboidratos promovidas pela gestação.

Clinica 

Classicamente pode-se observar polifagia, polidipsia e poliúria. A ultrassonografiarevela os casos de macrossomia fetal e polidrâmnio. No exame urinário de fitaconstata-se glicosúria apartir de 2+.

D.H.E. G 

Doença hipertensiva especifica da gestação.

É o distúrbio mais comum na gestação, podendo se manifestar na 20° semana deidade gestacional. A qualquer momento a mulher pode precisar ser internada.Na

gestação os valores pressóricos acima de 140x90mmhg ou acréscimo de 30mmhg na

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pressão sistólica e 15mmhg na pressão diastólica indicam o encaminhamento damulher para a consulta pré-natal de alto risco.

Conclusão

Dessa forma mostramos os riscos que correm as pessoas que tem uma gravidezprecoce, além da imaturidade, vem juntos problemas como conflitos,necessidades monetária, maternal, paternal e doenças, mostramos de formarápida e clara que uma gravidez deve ser planejada pelo contrario deixaria muitasmarcas nas vidas da pessoas, sofrimentos e como vimos podendo levar até amorte.