com “sementes de paiol” ou cultivares desenvolvidas...
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Produo de Milho Safrinha em Mato Grosso do Sul
Antonio Luiz Neto Neto1 e Gess Ceccon
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Introduo
No incio da dcada de 90 o cultivo de Trigo entrou em decadncia no Brasil,
sendo o estado de Mato Grosso do Sul, junto com o Paran um dos mais afetados, uma vez
que a produo de gros estava baseada na sucesso Soja-Trigo. Ao mesmo tempo,
buscava-se uma cultura que apresentasse algum rendimento econmico e boa produo de
palha para o Sistema Plantio Direto to boa quanto o trigo.
Nesse cenrio surgiu a hiptese de semear Milho aps o cultivo da Soja, com as
primeiras semeaduras em meados de maro, se estendendo pelo ms de abril. Durante essa
primeira etapa, at o fim dessa dcada, o Milho Safrinha era cultivado muitas vezes sem
aporte de fertilizantes, com sementes de paiol ou cultivares desenvolvidas para
semeaduras de Vero e escasso controle de pragas.
No incio do Sculo XXI vrias empresas nacionais que eram detentoras de banco
de germoplasma foram vendidas para empresas multinacionais, e assim, houve estmulo
por parte dessas empresas e do setor de pesquisa para investimento nessa cultura, ao passo
que comeou a se pensar no Sistema de Produo e a integrao das duas culturas, a fim de
que ambas fossem cultivadas de forma mais tcnica. Logo, pelo valor econmico, o cultivo
de Soja tornou-se mais tcnico, alcanando altos ndices de produtividade de forma rpida.
A partir de ento, partiu-se para modificaes no Sistema de Produo de Soja a
fim de permitir maiores investimentos no Sistema de Produo de Milho Safrinha. Essas
mudanas se basearam na antecipao da semeadura e no desenvolvimento de cultivares de
Soja de ciclo curto, de hbito de crescimento indeterminado e perodo juvenil longo. Por
outro lado, o Milho Safrinha tambm teve modificao para alcanar melhores
produtividades, tais como: fertilizao mais adequada; estudos de densidade e poca de
semeadura; desenvolvimento de cultivares precoces, adaptadas ao clima e solo; melhor
1 Siembra AgroSolues, Dourados-MS, CEP 79.823-470, [email protected];
2 Embrapa Agropecuria Oeste, Caixa Postal 449, Dourados-MS, CEP 79.804-970, [email protected]
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manejo de pragas, doenas e plantas daninhas e agregao de valor com a verticalizao da
produo. Alm desses fatores, os estudos de cultivo consorciado com forrageiras tornaram
o Milho Safrinha cultura que possibilitou a incluso de mais palha para a consolidao do
Sistema Plantio Direto em todo Brasil.
Esses so os principais aspectos que fizeram com que o cultivo de Milho no
Outono-Inverno se tornasse, desde a Safra de 2011, a Safra mais importante de Milho no
Brasil, e que o Mato Grosso do Sul tenha uma importante participao na produo
agrcola brasileira, alm de ser referncia como um dos eficientes sistemas de produo
gros.
Este trabalho foi realizado com o objetivo de identificar e caracterizar os sistemas
de produo de Milho Safrinha de Mato Grosso do Sul.
Material e Mtodos
O trabalho foi realizado utilizando-se a tcnica do Diagnstico Rpido
Participativo (DRP) com a participao de assistentes tcnicos das regies produtoras de
Milho Safrinha (Navira, Nova Andradina, Dourados, Aral Moreira, Amambai, Maracaju,
Sidrolndia, Bonito, Campo Grande, Rio Brilhante, Chapado do Sul e So Gabriel do
Oeste). Foram identificados detalhes e as caractersticas das lavouras, envolvendo todo o
processo produtivo.
Adicionalmente ao DRP foi realizada uma reviso de literatura acerca de
informaes coletadas em estaes de pesquisa e tambm no Sistema de Informaes
Geogrfica do Agronegcio de Mato Grosso do Sul SIGA-MS (APROSOJA-MS, 2015).
Para realizao do DRP foi elaborado um roteiro com perguntas estruturadas e
semiestruturadas abrangendo desde a caracterizao geogrfica das regies at a
comercializao do produto colhido, incluindo detalhes como: tipos de solo, pocas de
semeadura, critrios para escolha de sementes hbridas, investimentos em adubao,
manejo de pragas, doenas e plantas daninhas, colheita e comercializao.
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De acordo com as caractersticas identificadas, o estado foi dividido em quatro
macrorregies (Norte, Centro, Sudeste e Sudoeste), em funo da classificao utilizada
pelo SIGA-MS.
Resultados e Discusso
A produo de Milho Safrinha em Mato Grosso do Sul caracterizada pela
sucesso com Soja, no Vero. O clima predominante do tipo Tropical Monnico (Am),
segundo a classificao de Kppen, com temperaturas mximas e chuva excedente no
Vero, e temperaturas mnimas com dficit hdrico no Outono-Inverno (FIETZ et al.,
2013).
As condies climticas instveis do Outono-Inverno (Figura 1) limitam a
produtividade do Milho Safrinha, acarretando em menor produo de massa da cultura,
deixando baixos ndices de cobertura de solo (BRGGEMANN, 2011). No entanto, a rea
plantada e a produtividade de Milho Safrinha tm aumentado no estado (Figura 2), com
produo maior que a do Milho no Vero (IBGE, 2015). Esse aumento, em rea plantada,
est relacionado com o crescimento de rea cultivada com Soja no Vero. O aumento em
produtividade est relacionado com a antecipao da semeadura (LEITE, 2015), com o
melhoramento gentico, com o investimento em tecnologias e qualificao da assistncia
tcnica.
A colheita antecipada da Soja torna possvel a semeadura do Milho Safrinha em
perodo ideal, que associado escolha correta da cultivar, constitui dois importantes fatores
para escape do risco de perdas de produtividade por seca e ou por geada (LAZZAROTTO,
2002).
O Milho Safrinha cultivado predominantemente em ambientes com solos
argilosos (Figura 3). O cultivo em solos de textura mdia tem sido possvel devido
integrao com pecuria. Em solos cultivados com pastagens, o Milho Safrinha cultivado
em consrcio com uma forrageira perene, oferece maior cobertura do solo (CECCON,
2013), o que proporciona melhoria nos seus atributos fsicos e qumicos, ocasionando
aumento de rea cultivada e produtividade da sucesso Soja-Milho Safrinha.
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rea e espcies cultivadas, preparo do solo e semeadura
Em Mato Grosso do Sul predomina a sucesso Soja/Milho Safrinha, com rea
cultivada de aproximadamente 2.000.000 ha (APROSOJA-MS, 2015). O uso dessa rea no
Mato Grosso do Sul apresentado na Tabela 1, de acordo com as respostas coletadas no
DRP.
Tabela 1. Culturas cultivadas em Mato Grosso do Sul na Safra 2014/2015
Regio Norte Centro Sudeste Sudoeste
rea da propriedade (ha) 1.000 400-1.000 50-800 500-1.200
Cultura rea cultivada durante a Primavera-Vero (%)
Soja 75 99 97 99
Milho 20 0 1 1
Algodo 5 0 1 0
Outros 0 1 (feijo) 1 (feijo) 0
rea cultivada durante o Outono-Inverno (%)
Milho Safrinha solteiro 40 40 43 25
Milho Safrinha consorciado 24 40 37 65
Braquiria 5 5 8 5
Trigo/Aveia 0 2 5 2,5
Feijo 3 1 5 2
Outros 28 (> sorgo) 12 (> milheto) 2 0,5
Nota-se o predomnio da cultura da Soja no Vero com algumas reas de algodo
e Milho no Norte do estado, ao passo que nas outras regies predomina a Soja em quase a
totalidade das reas.
No perodo da Safrinha, tm-se cultivo de Milho em cerca de 80 % das reas com
quase metade consorciada com braquiria (Brachiaria ruziziensis) nas regies Centro,
Sudeste e Sudoeste. No Norte o Milho cultivado solteiro em quase 90 % das reas. Como
alternativas de rotao de culturas e/ou cobertura do solo, o algodo, milheto, braquiria e
crotalria so cultivadas na regio Norte; e feijo, trigo, braquiria e so cultivadas nas
demais regies.
As reas de consrcio tm como objetivo a produo de palha para aporte de
matria orgnica e minimizao de efeitos de possveis perodos de estiagem, com algumas
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poucas reas com finalidade de pastejo na regio Centro-Sul, utilizando-se a Brachiaria
ruziziensis, e na regio Norte j se busca o pastejo em 80 % da rea cultivada.
A implantao do consrcio no MS predominantemente realizada com o uso de
3 caixa e disco, sendo a lano ou como linha intercalar.
O milho safrinha de MS est em Sistema Plantio Direto em pelo menos 90 % das
reas com algumas excees para as regies de Nova Andradina, Campo Grande e Bonito,
que so rea de abertura.
Na regio Norte, a sucesso Soja-Milho Safrinha cultivada no Sistema Plantio
Direto h quase 20 anos, enquanto que nas outras prxima de 25 anos, sendo que nesta
regio, o consrcio com braquiria utilizado h dez anos e com domnio da tecnologia
nos ltimos sete anos.
A qualidade na operao de semeadura tem melhorado nos ltimos anos, mas boa
parte segue sendo realizada em velocidades acima do indicado e alta umidade no solo, por
vezes provocando o espelhamento do sulco (FLORES et al., 2013).
A semeadura, na Safrinha 2015, foi realizada de 20 de janeiro a 10 de abril, com
grande maioria sendo realizada em fevereiro, devido antecipao do plantio da Soja,
sendo que 25 % das lavouras de soja na regio Norte e 95 % nas demais regies foram
dessecadas, principalmente para uniformizao da colheita.
Foi observado que a semeadura do Milho Safrinha em MS no ano de 2014 e de
2015 no foi toda concentrada no ms de fevereiro (poca mais favorvel), e se estendeu
por todo o ms de maro em funo das chuvas que coincidiram com o perodo de colheita
da Soja e semeadura do mesmo.
A evoluo da semeadura do Milho Safrinha em Mato Grosso do Sul
apresentada nas figuras 1 e 2.
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Figura 1. Evoluo da semeadura do Milho Safrinha nas regies Centro e Norte de Mato
Grosso do Sul. Adaptado de APROSOJA-MS (2015).
Figura 2. Evoluo da semeadura do Milho Safrinha nas regies Sudeste e Sudoeste de
Mato Grosso do Sul. Adaptado de APROSOJA-MS (2015).
Essa antecipao da semeadura (LEITE, 2015) pode justificar as maiores
produtividades verificadas nesta Safra, devido ao maior perodo de desenvolvimento da
cultura e nas melhores condies de chuva e temperaturas, conforme a Figura 3.
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Figura 3. Precipitao acumulada durante a Safrinha 2015 em Mato Grosso do Sul.
Adaptado de APROSOJA-MS (2015).
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Escolha dos hbridos, densidade e espaamento
Em relao utilizao de hbridos:
-Regio Sudoeste: 80 % da rea cultivada com Milho Safrinha Bt (hbridos
tolerantes a insetos lepidpteros), 5 % de Bt + RR (resistente ao glyphosate) e 15 % de
convencional; mais de 50 % so hbridos simples e cerca de 60 % de ciclo precoce e 35 %
superprecoce. Sementes adquiridas 65 % de revenda, 30 % de forma direta e 5 % com
cruzamentos caseiros.
-Regio Sudeste: 75 % da rea cultivada com Milho Safrinha Bt (hbridos
tolerantes a insetos lepidpteros), 10 % de Bt + RR (resistente ao glyphosate) e 15 % de
convencional; mais de 60 % so hbridos simples e cerca de 25 % de ciclo precoce e 50 %
superprecoce. Sementes adquiridas 80 % de revenda, 10 % de forma direta e 10 % com
cruzamentos caseiros.
-Regio Centro: 60 % da rea cultivada com Milho Safrinha Bt (hbridos
tolerantes a insetos lepidpteros), 5 % de Bt + RR (resistente ao glyphosate) e 35 % de
convencional; mais de 60 % so hbridos simples e cerca de 25 % de ciclo precoce e 50 %
superprecoce. Sementes adquiridas 80 % de revenda, 10 % de forma direta e 10 % com
cruzamentos caseiros.
-Regio Norte: 5 % da rea cultivada com Milho Safrinha Bt (hbridos tolerantes
a insetos lepidpteros), 85 % de Bt + RR (resistente ao glyphosate) e 10 % de
convencional; 70 % so hbridos triplo e cerca de 60 % de ciclo normal e 30 % precoce.
Sementes adquiridas 80 % de revenda, 90 % de forma direta e 10 % com diretamente com
os produtores de semente.
A maior procura por hbridos simples de ciclo superprecoce devido
importncia de se realizar a colheita antes da ocorrncia de geadas e seca, na regio Sul, e
falta de chuva na regio Norte.
O que mais influencia os produtores na deciso da escolha do hbrido adquirido e
nmero na regio Norte (5 hbridos) o exemplo de outros produtores e a deciso prpria;
alm da prpria deciso, no Centro de MS (4 hbridos), so considerados resultados de
pesquisa e custo; na regio Sudoeste (4 hbridos) o que mais influencia o produtor o
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assistente tcnico e os resultados de pesquisa; ao passo que sugestes de vendedores e
assistentes tcnicos e uma escolha cultural o que influencia a deciso do produtor na
regio Sudeste (3,5 hbridos).
Tabela 2. Populao de plantas programada na semeadura e espaamento entre linhas
predominante
Populao rea ocupada (%)
Norte Centro Sudoeste Sudeste
< 40.000 plantas ha-1
- 10 - 5
40.000 50.000 plantas ha-1
30% 70 30 20
50.000 60.000 plantas ha-1
70% 20 50 70
60.000 70.000 plantas ha-1
- - - 5
> 70.000 plantas ha-1
- - - -
Espaamento rea ocupada (%)
90 80 cm 10 40 25 17
75 65 cm 60 10 - -
65 55 cm 30 - 5 8
55 40 cm - 50 70 75
Manejo e tratos culturais no Milho Safrinha
Semeadura
Quanto ao tratamento e qualidade da semeadura, segundo os dados do DRP, na
maioria dos casos o tratamento realizado com inseticidas a base de neonicotinides,
tiodicarbe e/ou fipronil (a fim de minimizar danos pelo ataque de percevejos), em alguns
casos especficos tambm utilizado algum fungicida a base de thiram, metalaxil e
fludioxonil. Tambm utilizada em pelo menos 30 % das reas a aplicao Azospirillum
spp.
Adubao
A adubao constituda de frmulas NPK concentradas (12-15-15), com dose de
300 kg ha-1
na regio Norte, diminuindo para at 150 kg ha-1
na regio Sudeste. Contudo, a
adubao em cobertura realizada em 30 % das lavouras na regio Norte e 10 % nas
demais regies, com doses variando entre 70 e 150 kg ha-1
de uria (protegida em muitos
casos), no estdio de V3 a V6. H que ressaltar tambm que em alguns casos tm se
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comeado a fazer adubao de sistema, visando a Soja e Milho, em muitos casos com a
fertilizao feita a lano antes da soja ou toda no Milho.
Plantas daninhas
Quanto s plantas daninhas, existem dois grandes grupos: as reas de consrcio de
Milho Safrinha com braquiria e as reas de cultivo de Milho Safrinha solteiro. No
primeiro grupo os produtores tm poucos problemas com plantas daninhas, em alguns
casos de capim amargoso, que tm crescido muito em todo o estado e buva, mas so
problemas facilmente controlados; alm das reas em que a braquiria produz sementes
durante a Safrinha e no ano seguinte as mesmas germinam. Ao passo que na rea de
cultivo solteiro tem destacado srios problemas e grandes perdas com alta infestao de
buva e capim amargoso resistentes a glyphosate e tambm de difcil controle. As outras
plantas daninhas citadas so: corda-de-viola, trapoeraba, soja tiguera, milh, carrapicho,
pico-preto e leiteiro. O controle empregado a dessecao pr-semeadura do Milho com
glyphosate e 2,4-D e posterior aplicao de nicosulfuron com atrazina ou de tembotrione
em ps-emergncia.
Pragas
Os percevejos e as lagartas so duas pragas comuns nas lavouras de Milho
Safrinha do estado, no entanto, os percevejos so insetos de difcil controle nas regies
Centro e Sul, enquanto que, na regio Norte, so as lagartas. O controle dessas pragas
realizado com a utilizao de hbridos transgnicos, tratamento qumico de sementes e
pulverizaes areas com inseticidas fisiolgicos e sistmicos do grupo dos
neonicotinides e piretrides. So realizadas de uma a trs aplicaes, em ambas as
regies, com doses indicadas pelo fabricante.
Doenas
As principais doenas citadas foram: complexo de mancha-branca (maior
problema nas duas regies), ferrugens, helmitosporiose e cercosporiose. Na regio Norte, o
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controle das doenas realizado com uma aplicao de fungicida em 50 % delas, so
realizadas duas aplicaes em, aproximadamente, 25 % das lavouras, utilizando produtos e
doses indicados pelo fabricante. Os tcnicos consultados informaram que em vrios casos
as informaes quanto susceptibilidade de um determinado cultivar de Milho s doenas
omitida.
Produtividade, colheita, comercializao e desafios
Segundo a APROSOJA (2015) a produtividade mdia no Mato Grosso Sul variou
de 4.897 a 6.720 kg ha-1
e mdia de 5.743 kg ha-1
(Figura 3).
Figura 4. Produtividade mdia e ponderada, rea cultivada e produo de Milho Safrinha
em Mato Grosso do Sul. Adaptado de APROSOJA-MS (2015).
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Estima-se que 90 % das reas so colhidas com mquinas prprias, com exceo
da regio Sudeste, essa mdia diminui para 65 %, mas a eficincia varia entre 10 e 60
hectares por dia. O custo do aluguel de mquinas varia de 3 a 12 % da produo, em
funo do acerto com o prestador de servios.
Nas regies Centro e Norte o Milho colhido entre 14 e 18 % de umidade e no
tem tido problema com gro ardidos, ao passo que nas outras o Milho chega a ser colhido
com 22 % de umidade e o desconto de gros ardidos alcana at 12 %.
Em nenhuma regio h dificuldade de comercializao da Safra de Milho
Safrinha. Em todas as regies o produtor vende entre 50 e 70 % de forma antecipada ou na
colheita, e armazena os gros em cooperativas, cerealistas ou ainda na prpria fazenda,
muitas vezes em silo-bolsa. Essa a sada apresentada para diminuir o problema de
escoamento da Safra. Essa Safra consumida, pelo menos 50 %, no prprio Mato Grosso
do Sul em fbricas de raes.
Entre os principais desafios, o DRP apresenta:
-Dificuldade no controle dos percevejos;
-Melhorar a rentabilidade diminuindo custos e aumentando os preos,
principalmente a partir da agregao de valor a produo a partir de sua verticalizao;
-Diminuir os custos com sementes para diminuir a ocorrncias de cruzamentos
caseiros;
-Melhorar a infraestrutura logstica de escoamento da Safra;
-Melhorar a poltica de seguro na safrinha, e;
-Aumentar a produtividade.
Concluses
A Safrinha de Milho no Mato Grosso do Sul tem recebido, ao longo dos anos, o
mesmo cuidado e ateno que a Safra de Vero
, e por isso alcanou ndices de produtividade to altos quanto Safra de Vero.
Por conta disso a Safra de Vero tem sido cada vez mais antecipada.
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A Safrinha tm se expandido em Mato Grosso do Sul para regies at ento
consideradas marginais como Bonito, Campo Grande e Nova Andradina, principalmente
por conta dos custos com arrendamento.
O maior desafio para a Safrinha no Mato Grosso do Sul melhorar a rentabilidade
diminuindo custos e aumentar os preos, principalmente a partir da agregao de valor a
produo a partir de sua verticalizao.
Agradecimentos
Os autores agradecem aos profissionais e Empresas/Instituies abaixo
relacionados, pela imprescindvel contribuio no diagnstico realizado sobre lavouras de
milho safrinha em Mato Grosso do Sul.
-Antonio Jos Meireles Flores, Copasul, Navira, e-mail: [email protected];
-Jackson Sakate, Unicampo, Nova Andradina, e-mail: [email protected];
-Jos Egdio Peccini, Proceres, Bonito, e-mail: [email protected];
-Jlio Lacerda, Interpreta, Sidrolndia, e-mail: [email protected];
-Justino Sidrnio Franco Ribeiro, Cerrado Desenvolvimento Agropecurio, e-mail:
-Marcelo Bexiga, Daterra, Chapado do Sul, e-mail: [email protected];
-Marcio Luiz Cichelero, Gnese Consultoria, Maracaju, e-mail:
-Paulo Silva, Cultivar MS, Aral Moreira, e-mail: [email protected];
-Srgio Costa Curta, Agrotec, Amambai, e-mail: [email protected];
-Tlio Denari, Sulplan, Sidrolndia, e-mail: [email protected];
-Vander Henrique Dosso, Dosso Planejamento, Laguna Caarap, e-mail:
Referncias
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