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CENTRO CULTURAL PORTUGUÊS NO LUXEMBURGO > 11 a 22 de Novembro de 2014 Camões - Instituto da Cooperação e da Língua Angola Events Curadoria: Luís Mascarenhas Gaivão 18h30 - Inauguração com a CONFERêNCIA “Travessias, transculturalidades e identidade nas artes plásticas em Angola”, pelo curador Luís Mascarenhas Gaivão ARTANGOLA 90’s EXPOSIçãO SOBRE ARTES PLáSTICAS ANGOLANAS DOS ANOS 90 pintura/escultura/serigrafia/artesanato/pequenas máscaras COMEMORAçãO DOS 39 ANOS DA INDEPENDêNCIA DE ANGOLA

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CENTRO CULTURAL PORTUGUÊS NO LUXEMBURGO > 11 a 22 de Novembro de 2014

Camões - Instituto da Cooperação e da Língua

Angola Events

Curadoria: Luís Mascarenhas Gaivão

18h30 - Inauguração com a ConferênCIa “Travessias, transculturalidades e identidade nas artes plásticas em angola”, pelo curador Luís Mascarenhas Gaivão

ARTANGOLA 90’sEXPOSiçãO SOBRE ARTES PLáSTiCAS ANGOLANAS dOS ANOS 90

pintura/escultura/serigrafia/artesanato/pequenas máscaras

CoMeMoração dos 39 anos da IndependênCIa de anGoLa

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ARTANGOLA 90’s pretende ser uma pequena amostragem das artes plásticas angolanas, durante a última dé-cada do século XX.

Ainda a guerra civil alastrava no país e os artistas, com dificuldades de toda a ordem e no momento em que a cultura seria, por certo, o elo mais fraco das opções político-sociais, teimaram, com uma persistência inque-brantável, tal e qual como o povo angolano de que são parte, em manter acesa a sagrada chama da identidade angolana, arrastada no turbilhão da violência.

Angola deve aos seus artistas plásticos este legado duradouro do registo visual, gráfico, escultórico ou artesa-nal (para não falar do literário ou do musical e cinético) do país durante um tempo de guerra que ia destruin-do, em galope, os valores e as tradições.

Nesta mostra, essencialmente de pintura, mas com elementos de serigrafia, escultura, de artesanato e de uma coleção avulsa de pequenas máscaras, são apresentadas algumas focagens da realidade, técnicas de expres-são e de inspiração estética as mais diversas, nas quais, convergem, no entanto, traços comuns identitários pelos quais podemos concluir que é de Angola que se trata.

Desde as pinturas do retrato, de paisagens, de género, de aguarela, às técnicas de gravura, da colagem, ou aos objetos escultóricos representativos das tradições culturais bantu ou provenientes de artistas populares, aos objetos de arte feitos pelos meninos de rua, tudo nos remete para uma Angola pujante de energia e vida, embora atravessando um tempo de grande perturbação.

Desde logo uns pés (Coutinho) que se nos apresentam como vontade de liberdade e desafio, no desfrute de um momento de vida, para encarar o dia-a-dia que aí vem: a cidade com os seus mercados paralelos de vender e comprar na azáfama colorida de furar no esquema da vida (Modesto Mamba), ou da quitandeira garrida que se encontra rodeada de sortilégios e objetos locais (Ken).

Mas encontramos também outras influências exógenas: desde logo o impressionismo do moliceiro ancorado nas margens paradas da ria de Aveiro (Paulo Jazz) ou o cubismo do dia azul que lembra uma tarde aluandada nas praias dum Mussulo angolano com música, emoções fortes e aprazível companhia (do mesmo Paulo Jazz) que em pinceladas poucas e firmes nos traz, igualmente, um retrato de Fernando Pessoa enigmático, o único quadro africano do poeta, que se saiba.

Também no retrato de Luis Gaivão (Coutinho) se vislumbra uma refinada técnica de desenho emprestando algum mistério e força tranquila ao retratado. Seria verdadeira? Já no rosto de menina (Sabby) os ocres do fundo destacam uma figura africana, por certo alguma princesa ou individualidade da história africana, esti-lizada: a Rainha Ginga?

O falecido prematuramente Lutandila Paxe, de quem tanto se havia a esperar, apresenta-nos três magníficos trabalhos de ancoragem africana e preciosismo de técnica e são eles o culto do boi sagrado e tótem (inspira-dos no Sul de Angola) e reencontro, um olhar hipnotizado do povo angolano projetado num futuro de paz que não havia na altura. As máscaras (Modesto Mamba) são um divertido percurso pelo colorido artesanato de algumas memórias etnográficas africanas.

Trabalho de pintura e colagem abre uma paisagem de mística natureza africana de céu e terra com ínfima presença humana (Pedro Campelo), ou as travessias (Van) com embarcação noturna (alusão à escravatura?) que vai e regressa no círculo do mar (alusão atlântica da dispersão cultural africana?), um protocolo de Lusaca (Telmo Vaz Pereira)que é um puzzle irónico onde fantasmas e animais desenham as quimeras do sonho da paz, o imbondeiro e sambizanga (Vaz de Carvalho), aguarelas angolanas extraídas das raízes da terra vermelha, dos espíritos das kiandas, no viver social dum subúrbio, onde a presença da humanidade nos é fornecida pelo expressividade e força imagética do musseque.

Contemplação (Zizi) é uma oferta de sensibilidade feminina em mistura de tristeza e expetativa pelos enredos dum país em guerra e elogio dos musseques (Kidá) um excelente trabalho de precisão e de respeito profundo pelas raízes urbanas (que tanto têm que ver com a luta pela independência) da angolanidade.

Finalmente linha de água (António Ole) traz-nos uma recomposição de memórias e fragmentos onde se inscre-ve a sua perspetiva híbrida da angolanidade e onde os estratos sócio-históricos se agrupam, tornando densa de complexidade a angolanidade patente.

ARTANGOLA 90’s

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Resumidamente, o período retratado dos anos 90’s das artes plásticas angolanas reflete um conjunto de pre-ocupações identitárias: partindo duma situação crítica de guerra é possível entender um forte apelo das re-alidades representadas: num cenário de reflexão e ao mesmo tempo de distanciação ou repulsa pelos acon-tecimentos da guerra, os artistas tratam, com grande variedade e originalidade as expressões angolanas: a intuição e simbolização da natureza faz, com a emoção, a cor, o ritmo e a emotividade, o artista participar daquele mundo concreto angolano: os mercados, a expressão triste ou misteriosa, o objeto longínquo, o meio social, as travessias e as camadas culturais que subjazem no princípio na “vitalidade”, pressupõem um sonho de futuro, a paz, a mais forte ambição angolana.

As esculturas da ARTANGOLA 90’s são trabalhos de artesãos contemporâneos e remetem para uma lembrança etnográfica e simbólica que aqui não vem ao caso tratar. As máscaras são, igualmente, recreações populares do artesanato, mas pela vivacidade, cor, ritmo, e lembrança cultural, religiosa e filosófica merecem a nossa atenção.

Luís Mascarenhas Gaivão

ARTANGOLA 90’s

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ARTANGOLA 90’sPinturas

1CouTInho (JaCInTo CouTInho João)“comodismo”1996 óleo sobre tela35x27

2CouTInho (JaCInTo CouTInho João)“Luís Gaivão”desenho a lápis43x34

3Jazz, pauLo“Um dia azul”1996 óleo sobre tela 68x64

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4Jazz, pauLo “moliceiro”1985 (?)óleo sobre tela35x45

5Jazz, pauLoFernando Pessoa1999óleo sobre tela94x75,5

6Kens/ título(kitandeira)2000óleo sobre tela76x57

ARTANGOLA 90’sPinturas

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7KIdá (anTónIo feLICIano dos sanTos) “Elogio dos musseques”1994linografia50x40

8LuTandILa paxe“culto do boi sagrado”1995óleo sobre papel 32x32

9LuTandILa paxe“totém”(?)óleo sobre papel38x36

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10LuTandILa paxe“reencontro”1996óleo sobre papel35x35

11ModesTo MaMbas/título(mercado)1998óleo sobre tela70x99

12ModesTo MaMbas/título(máscaras)1998óleo sobre tela49x107

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13ModesTo MaMba“Luís Gaivão”1998óleo sobre tela50x25

14oLe, anTónIo“linha de água”1993-1999óleo sobre tela160x151

15sabby“rosto de menina I”1998óleo sobre tela55x46

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16CaMpeLo, pedros/título(?)pintura/técnica mista/colagem67x79

17TeLMo Vaz pereIra“protocolo de Lusaka”1997óleo sobre tela115x162

18Van (franCICo Van-dúneM)“travessias”2000Técnica mista sobre papel57x77

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19zIzI (GráCIa ferreIra dos sanTos)“contemplação”1999óleo sobre tela74x53

20Vaz de CarVaLho (aMíLCar)“sambizanga”1996aguarela39,5x46

21Vaz de CarVaLho“imbondeiro”1996aguarela29x44,5

ARTANGOLA 90’sPinturas

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22dIffIdenTI, GIoVannI“Notas sobre a situação humanitária”(UCAh)1997poster63x45,5

23José rodrIGues“luuanda”?26x20

ARTANGOLA 90’sSerigrafias

24LíLIa peGado“11/3/JAN/40 – Massimo”2001(14/100)100x70

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25Mendes rIbeIro“Luanda-vista da baía”(178/250)48x55

ARTANGOLA 90’sSerigrafias

26GaVIn younGe/fernando aLVIM/CarLos GaraICoaInstalação“memórias íntimas-marcas”South Africa-Angola-Cuba199757x77

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ARTANGOLA 90’sSerigrafias

27VITeIxs/título(108/200)52x37

28oLe, anTónIos/títulofoto impressa30x40

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29pata e patinhos (1+5)pau santo

30manada de elefantes (5, por tamanhos)pau preto

31tartaruguinhas (6)Pedra sabão

ARTANGOLA 90’sArtesanato

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32estatueta verticalmadeira

33pensadorpau santo

34girafamadeira

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352 pensadoresmadeira

36estatuetamadeira

37colher/mulhermadeira

ARTANGOLA 90’sArtesanato

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38carro da políciapapelãomenino da rua

39helicópterometalmenino da rua

40um casal africanomadeira

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41cachimbomadeira

42bastãomadeira

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43candelabroAna Silva

44mumuílapedra sabão

45Busto mumuílamarfim

ARTANGOLA 90’sEscultura

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46mumuílamarfim

47estatueta femininaZizimadeira

48Estatueta feiticeiro fumando matopeMadeira, metal, concha e pelo de antílope

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ARTANGOLA 90’sMáscaras

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Ficha técnica dos artistas

anTónIo oLeNaturalidade: Luanda, 19511981/85 - Estudou cultura afro-americana e cinema na UCLA, Universidade da CalifórniaÉ diplomado pelo Center for Advanced Film Studies do American Film InstituteTécnicas: Pintura / Escultura/Fotografia / Video/Cinema / InstalaçãoDivide as suas actividades entre as artes plásticas ( pintu-ra e escultura ) e o cinema. Vive e trabalha em LuandaFilmografia : 1987 - “ 10 Anos mais Forte “ - 35 mm. 1984 - “ Refrigeration “ - video. 1984 - “ Long is the evening, quiet is the day “ - video. 1983 - “ New Orleans, Mardi Gras “ - 16 mm. 1982 - “ Conceição Tchiambula, um dia, uma vida “ - 35 mm. 1980 - “ No Caminho das Estrelas “ - 16 mm. 1978 - “ O Ritmo do N’Gola Ritmos “ - 16 mm. 1978 - “ Carnaval da Vitória “ - 16 mm. 1977 - “ FESTAC “ - 16 mm. 1976 - “ Apren-der “ - 16 mm. 1975 - “ Os Ferroviários “ - 16 mm. 1975 - “ Resistência Popular em Benguela “ - 16 mm

pauLo JazzNaturalidade: Luanda, 1957AutodidataTécnicas: desenho / pinturaArte contemporânea

KenNaturalidade: AngolaAutodidataTécnica: arte contemporânea

sabby (benJaMIM MayInGuI sabI aLexandre)Naturalidade: Luanda, 1974Frequentou o Curso Médio de Artes Plásticas do INFAC (In-stituto Nacional de Formação Artística e Cultural), Luanda. Frequência de Seminário de Fotografia no INFAC (Insti-tuto Nacional de Formação Artística e Cultural), Luanda. Defendeu a tese de graduação em Artes Plásticas com a monografia “ Evolução Temática da Pintura Angolana 1930-1995 “Técnicas: desenho/pintura

ModesTo MaMbaNaturalidade: AngolaAutodidataTécnica: pinturaArte contemporânea

zIzI (enGráCIa ferreIra dos sanTos)Naturalidade: Luanda, 19731993/98 - Frequentou o curso médio de Artes Plásticas no INFAC - Instituto Nacional de Formação Artística e Cultural, LuandaTécnica: pintura/esculturaArte contemporânea / Arte Popular

TeLMo Vaz pereIraNaturalidade: Luanda, 1949Frequentou curso livre de Pintura, Gravura e Litografia no Sir George Wallace School of Fine Arts, Londres. Fez está-gio de buril no Atelier de Michel Vallois, ParisTécnica: pintura/gravura/litografiaArte contemporânea

KIdá (anTónIo feLICIano dIas dos sanTos)Naturalidade: Sassa-Cária/Dande/Angola1980 - Curso de Gravura Artística na UNAP - União Nacional de Artistas Plásticos, Luanda. 1981 - Curso de Desenho e Pintura, Secretaria de Estado da Cultura, Luanda. 1988 - Curso de Serigrafia, GAMEK, Luanda. 1989 - Curso de Calcografia, Escola Profissional de Ofícios Artísticos, Vila Nova de Cerveira. 1992 - Curso Técnico de Operador Cera-mista, Escola Profissional de Ofícios Artísticos, Vila Nova de Cerveira. 1993 - Curso Técnico de Artes Plásticas, Escola Profissional de Ofícios Artísticos, Vila Nova de Cerveira. 1993 - Curso “Desenho em Acção”, Escola Profissional de Ofícios Artísticos, Vila Nova de Cerveira.Técnica: desenho/pintura/gravuraArte contemporânea/arte moderna

LuTandILa paxeNaturalidade: AngolaTécnica: gravura/pinturaArte contemporâneaFalecido jovem em Londres, em 1997 (?)

pedro CaMpeLoNaturalidade: AngolaTécnica: pintura/colagemArte contemporânea

Van (franCIsCo doMInGos Van-dúneM)Naturalidade: Bengo, 1959Frequentou curso de pintura em havana, Cuba. 1982 - Curso sobre Introdução e Métodos das Pesquisas Culturais por Gerard Kubik, Luanda. 1994 - Licenciatura em Edu-cação Visual na Escola Superior Politécnica de Viana do CasteloTécnica: desenho/pintura/gravuraArte contemporâneaAtividade profissional: 1994/97 - Director da Escola Média de Artes Plásticas de Luanda. É professor de desenho, pintura e gravura na Escola Média de Artes Plásticas de Luanda. Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. Concluiu o mestrado em Educação Artística na University of Surrey Roehampton, Londres

VITeIx (VITor TeIxeIra) (1940-1993)Naturalidade: Luanda, 1940Estudou Artes Plásticas em Angola, Portugal e França. 1973 - Concluiu licenciatura em Artes Plásticas em ParisTécnica: desenho/pinturaArte contemporânea

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Mendes rIbeIroNaturalidade: LuandaAutodidataTécnica: pintura/aguarelaArte contemporânea

José rodrIGuesNaturalidade: Angola, 1936Formado em escultura na Escola Superior de Belas Artes do Porto na década de 60, tornou-se depois professor nesse estabelecimento de ensino. José Rodrigues expõe individualmente desde 1964 e, a partir de 1973, começou a participar em exposições coletivas, havendo obras suas em museus e instituições nacionais e internacionais. José Rodrigues expôs, nomeadamente, em bienais de arte im-portantes como as de Veneza (Itália) e São Paulo (Brasil).No início da sua carreira, fazia um trabalho multidiscipli-nar, aliando à escultura áreas como a gravura, a medalhís-tica, a cerâmica, a ilustração e a cenografia.Fez diversos trabalhos como cenógrafo em Portugal e Es-panha e ilustrou livros de poetas e escritores.José Rodrigues foi um dos fundadores, em 1963, no Porto, da Árvore Cooperativa Cultural, onde foi criado o curso supe-rior de Arquitetura, e da Escola de Artes Profissionais Árvore.Em 1976, foi inaugurado o Cubo da Ribeira, no Porto, uma escultura que se viria a tornar um símbolo da cidade e que originou grande polémica pela sua estética – trata-se de um cubo de pedra apoiado sobre um dos seus vértices, colocado naquela que ficou conhecida por praça do cubo. Outra obra polémica de José Rodrigues é o Monumento ao Escultor, situado no Porto na junção da Avenida da Boavista com a Avenida Marechal Gomes da Costa. Esta escultura foi inaugurada em 1993.O escultor foi também um dos fundadores da Bienal de Cerveira, uma mostra de arte contemporânea que decorre em Vila Nova de Cerveira, onde de início expunha o seu trabalho. Ainda em Cerveira foi um dos responsáveis máxi-mos pela instalação da Escola de Artes e Ofícios e da Escola Superior de Arquitetura.Já em 2007, lançou as bases para a criação no Porto de uma fundação onde pretende expor a sua obra e incentivar a criatividade de jovens artistas.Ao longo da sua carreira, José Rodrigues foi distinguido com diversos prémios, tais como o Prémio da Imprensa para Melhor Espaço Cénico em Lisboa (1972), Prémio Escultura da Bienal de Cerveira (1980), o Prémio Soctip Artista do Ano (1990) e o prémio Tendências de Arte Contemporânea em Portugal da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, em 1994. Ainda neste último ano, José Rodrigues recebeu o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. henrique

LíLIa peGadoNaturalidade: Luanda, 1954. Vive em LondresAutodidataTécnica: pinturaArte contemporânea/abstrataExposições em Londres :1999 - Canning house, London, UK - Pump house Gallery, London, UK 2001 - Tate Local - Stockwell Library, London, UK2002 - gf2 Gallery - Soho, London, UK2006 - Kings Road LibraryProjects: 1999 - 2000 - The Plural - painting project with children - 1999 - 2000 - O Quadrado - art project with children from the Portuguese classes in London8. 12. 2000 - Co-founded The Crystal Cube Society

aLVIM (fernando)Naturalidade: Luanda, 1963Técnica: pintura/instalação/fotografia/vídeoArte contemporâneaÉ responsável pela concepção e direcção da Trienal de Arte de Luanda. Exerce a sua actividade profissional como artista plástico, curador e consultor de Arte Contem-porânea.

GaVIn younGeNaturalidade: África do Sul, 1947.Artista, escritor e curador de exposições a nível internac-ional. Professor de Belas Artes na Universidade da Cidade do Cabo.Exposições recentes em França, Joanesburgo, Alemanha.

CarLos GaraICoaNaturalidade: havana, 1967, CubaEngenheiro de termodinâmica de formação básica, durante o serviço militar começou a realizar desenhos que mais tarde lhe abriram o caminho de artista. Numa entrevista para a Tate, Garaicoa explicou que tinha uma importante experiência de desenho de mapas e outros desenhos técnicos para o exército, pois os computadores ainda não eram acessíveis. A partir daí tem vindo a expor por todo o mundo.

CouTInho (JaCInTo CouTInho João)Naturalidade: Banga, Kwanza Norte, 1964Fez estudos de Biologia. Curso de Pintura por corre-spondência C.E.C.Técnica: pintura/desenho

Vaz de CarVaLho (aMíLCar) (1934-2010)Naturalidade: LuandaFrequentou os ateliers de Neves e Sousa e Cruzeiro SeixasDesenhador profissional, professor de Desenho e Pintura no Liceu de Luanda e na União Nacional dos Artistas Plásticos (UNAP)Técnica: desenho/pinturaArte moderna

ana sILVaNaturalidade: Calulo, Kwanza Sul: 1970Frequentou um atelier de pintura e escultura no Elinga Teatro e outro de técnicas de pintura, dirigido por hart Beeg.Técnica: pintura/escultura/cenografia/modaArte contemporânea