Como ajudar o aluno

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Módulo 3 Como ajudar o aluno a ouvir, entender e falar melhor?

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Módulo 3

Como ajudar o aluno a ouvir, entender e falar melhor?

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“Os limites da minha linguagem são os limites do meu mundo.”

Ludwig Wittgenstein(1889 – 1951)

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• A linguagem e a aprendizagem

• O desenvolvimento da linguagem

• A importância do ouvir e falar para a aprendizagem

• Estratégias de escuta de sons

• Estratégias de comunicação

Nospróximostrêsmódulos,serãoapresentadasestratégiasaseremuti-

lizadasemsaladeaula,comointuitodeajudaroalunocomdefasagem

naaprendizagem.Nestemódulo,começaremosdandomaiorimportância

àestimulaçãodashabilidadesdelinguagemoral,incluindoashabilidades

auditivas,quesãoprimordiaisparaumaaprendizagemcomsucesso.

Apresentação

Conteúdo

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A linguagem e a aprendizagem

O que é linguagem?

Comovimosnosmódulosanteriores,alinguageméumdosaspectosmais

importantesnodesenvolvimentodacriançaesuaaquisiçãomantémuma

estreitarelaçãocomváriosfatores,dentreosquais,obiológico,oafetivo

eosocial.Nessesentido,ainteraçãodacriançacomomundoqueacerca,

particularmenteaspessoasquecuidamdela,temumimportantepapelno

processodeaquisiçãodelinguagem.

Desdeantesdoprimeiroanodevida,acriançaparticipadesituaçõesde

comunicaçãocomoadultoenessesmomentosaprendemaneirasdemani-

festarseusdesejoseentenderosdesejosdooutro.Paraqueacriançapossa

secomunicardeformaintencionalouparaqueoseucomportamentoseja

interpretadopelooutro,elafazusodeaçõescomoosimplesatodeerguer

osbraços,gesticularcomasmãos,sorrir,utilizarobjetoseoprópriofalar.

Antesmesmodecompletar1ano,acriançadesenvolveogestodeapon-

taridentificandosuaclaraintençãodesecomunicar.Quandoasprimeiras

palavrassurgem,muitodalinguagemjásedesenvolveu.Ousodaspalavras

permitiráoexercíciodafunçãoexpressiva,alémderevelaroprocessode

linguagemqueatéentãoocorreuecontinuaemdesenvolvimento.

Épossívelperceberquecriançasqueapresentamalteraçõesnodesenvolvi-

mentodalinguagempodemapresentarboacompreensãoparaenunciados

relacionadosaocontextoimediato,porémsuasdificuldadessãoidentifica-

dasfacilmentequandoatarefaouenunciadoexigedelasdadosnãorelacio-

nadosaocontextosituacional.

Acompetênciacomunicativadacriançatambémdependedoconhecimen-

todasregrasdeusodalíngua,ouseja,dasregraspragmáticasdessalíngua.

Emsíntese,essedesenvolvimentopragmáticoseriaaapropriaçãodasre-

grasdeconversaçãoeteminícionainfância.Primeiramente,manifesta-se

portrocascomunicativassonoras,pormeiodoprocessodetrocadeturnos

oudetomaraveznaconversae,àmedidaqueacriançacresce,seaper-

feiçoaemoutrasfunçõescomunicativascomofazerpedidos,darordens,

perguntar,negar,exclamar.

Conformeacriançainteragecomoseumeio,elaampliaseurepertóriolin-

guístico(vocabulário),estabelecerelações,generalizaeabstraifatos,oque

favoreceodesenvolvimentodesuainteligência,suascapacidadesepoten-

cialidadesdeaprendizagem.

Éumaformadecomunicaçãoqueobedeceaumcódigo,sejagestual,oralou

escrito.Eéfundamentalparaodesenvolvimentocognitivoglobaldacriança.

Crianças menores têm compreensão literal do que é dito, pois a função pragmática da linguagem ainda está se desenvolvendo. Por isso, é importante explicar o significado de algumas expressões que podem não fazer sentido para elas! Exemplo: “de pernas para o ar”

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Odesenvolvimentoda linguagemsegueumcontinuum ao longodenossa

vida, começandocomacomunicaçãonãoverbal atravésdoolhar,quando

aindasomosbebês,atéavidaadulta,quandodominamosaexpressão(seja

pormeiodafalaoudaescrita)eacompreensãodalinguagem(sejapormeio

daescutaouleitura).

Alémdeseguiressecontinuumemtermosdecomplexidadedalinguagem,

existeaindaodesenvolvimentodecadaumdossubsistemaslinguísticos.

Domínios Linguísticos

Fonológico Estruturadossonsdalíngua:capacidadedeusarasre-grasreferentesaossonsesuasrespectivascombinações.

Semântico

Domíniodosignificadodaspalavras:capacidadedeusoeaquisiçãodenovaspalavras,estabelecimentoderelaçõesentreelasedosrespectivossignificados,formandoumarededeconceitos.

Morfológico

Aquisiçãoeusodasregrasmorfológicas:formaçãoeestruturainternadaspalavras.Exemplo:INCERTEZA.

Sintático Regrassintáticas:aquisiçãoeusodasregrasdeorgani-zaçãoeordemdaspalavrasemfrases.

Metalinguagem Domíniodaspropriedadesdalíngua:capacidadedepensarsobrealínguadeformaexplícita.

Orientações ao professorpara estimular a boacomunicação oral

Definição

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Oquadroabaixodescreveessashabilidades:

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Paraqueoalunotenhaumaleituraeficiente,antesmesmodeiniciaropro-

cessodealfabetização,podemosestimulá-lodediferentesmaneiraspara

diminuiroriscodeapresentardificuldadesnosanosseguintes,bemcomo

contribuirparaodesenvolvimentodehabilidadeseparaomelhorpreparo

dascriançasaoingressaremnoEnsinoFundamental.

Nessesentido,éimportantequeacriançasejaumbomouvinte,istoé,tenha

umaescutadirigidaesejaumbomcomunicador,comdomíniodevocabulá-

rioeconhecimentodasregrasgramaticaisdalíngua.Assim,maistardeela

terásucessonaleitura,naescritaeemhabilidadesrelacionadas.

Paracompreendermosoqueestamoslendo,precisamossaberosignificado

daspalavrase,paraisso,ouvi-lascomatenção.Damesmaforma,paraprodu-

zirmosbonstextos,precisamosorganizarnossasideiasemumasequênciade

palavras,fraseseparágrafosquefaçamsentidoemnossalíngua.

Ahabilidadedeouvirefalaréumadasformasqueusamosparanoscomu-

nicarmos,masmuito antes disso, desde a tenra infância, estabelecemos

relaçõescomomeioatravésdalinguagem.

Qual a importância do ouvir e do falar para a leitura e a escrita

Ouvir Falar

Ouvir,identificarereconhecerossonsdalínguamaterna.

Comunicarparadarinformações,fazerpedidos,recusar,manifestarsentimentos,cumprimentar,darordens,escolher,partilharideias,comentarsituações.

Compreenderaconversadeadultosemdiferentes

contextosdecomunicação.

Expressar-secomvocabuláriova-riadoproduzindocorretamenteossonsdalíngua.

Seguireparticipardeumaconversa.

Usarfrasesrespeitandoaestruturasintáticaeregrasdeconcordância.

Entenderinstruçõescadavezmaiscomplexas.

Narraracontecimentosvividosrecentemente.

Ouvirecompreenderhistóriaslidasemvozalta,comousem

apoiodeimagens.

Proporatividadeseexigênciasadequadasàcadafaixaetária.

Compreenderquestõesabertas:Como?Onde?Porquê?

Quem?Oquê?

Tomaraveznaconversação,introduzirtópicos,usarpistasnãoverbais.

Identificarocontextodaconversaparafazerusodapragmática.

Adequar-seaoouvinteeàsituação(desdefalarcomumbebêatéumadulto).

Usaralinguagempararesolverproblemas.

Aos 6 anos de idade, as habilidades de ouvir e de falar já devem estar bastante desenvolvidas.

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A seguir, sugerimos atividades para serem realizadas em sala de aula.

Antesdeapresentá-las,seguemalgumasconsideraçõesgerais:

1. Algumasatividadesestãoassociadasaumainstrução,masestaéapenas

uma sugestãoque servedemodelo epode ser adequadaaoestilode

cadagrupo.Opontodepartidadessa“instrução-modelo”sãoascrian-

çasmenores.

2. Procuramos deixar pelo menos uma possibilidade de adaptação das

atividades,mas todas podem ser repensadas para se tornaremmais

oumenosdifíceis.Tambémdevehaveradaptaçãoparaatividadesapre-

sentadasindividualmenteouemgrupo.

3. Éimportantesalientarqueasestratégiasdevemseradequadasàidade

e/ouaoníveldedesempenhodascrianças.

4. Conversecomoutrosprofessorescomosquaisvocêtenhamaisafini-

dadeesugiraparcerias.Porexemplo,osalunosdosanosmaisadian-

tadospodemser responsáveispelaelaboraçãodas tarefasque serão

usadaspelosmenores.Naprática,todossãobeneficiados,umavezque

osmaisproficientesirãotreinararticulaçãodeideiaseescritaeosmais

novosaprenderãoconceitosnovos.

5. Sempre que possível, envolva também os “professores especialistas”,

como os de Educação Física, Artes eMúsica, a fim de favorecer uma

aprendizagemmaiscontextualizada.

Sobre as estratégias Estratégias para incentivar o aluno a ser um “bom ouvinte”

Escutar atentamente é uma peça-chave para o desenvolvimento da linguagem

Estratégias para estimular a escuta de sons

Prestando atenção ao mundo dos sons

Estasatividadestêmoobjetivodeestimularosalunosa:

• prestaratençãoaosdiferentessonsaosquaissomosexpostosnonos-

sodiaadia.

• identificarascaracterísticasdosom:éumsomverbalounãoverbal?Qual

a localização (direita/esquerda, perto/longe)? Quais as características

(agudo/grave)?

Identificando sons:Oprofessorpodegravardiferentessons(somdebuzi-

na,pássarocantando,pessoasconversando,sirene,entreoutros)esolicitar

queosalunosdescrevamascaracterísticasdeles.Essaatividadepodeser

feitacomasalatodaoucomoumacompetiçãoentregruposdealunos.

Identificando e localizando sons: Colocarosalunossentadosemcírculono

centrodasalacomosolhosvendados.Escolheralgumascriançasquefica-

rãoespalhadaspelasalaeproduzirãosonsqueterãodeseridentificadose

localizadosporaquelasqueestãonocentrodasala.

Radionovela na sala de aula:Dividirosalunosemgruposedarumahistória

aeles.Cadagrupodeveráapresentarsuahistóriaparaasala,mastemde

produzir“aovivo”todosossonseefeitossonoros.

Reprodução de sons em sequência: O professor (ou um aluno) produz

umasequênciadesons(quepodesergravadaou feitanasalacomona

atividadedaradionovela)eosalunosdevemreproduzirosomcorretona

mesmasequência.

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Atividade 1: seguindo instruções I

Atividade 2: seguindo instruções II

Atividade 3: repetição de palavras ou frases

Adaptação

Adaptação

Distribua folhasparaos alunos comdesenhos (todas as cópias devem ser

iguais)edigaemvozaltaasinstruçõesaseguir:

Cada um de vocês tem um desenho de um cachorro. Eu vou dizer um lugar e uma

cor para vocês pintarem, mas é importante que prestem bastante atenção porque

não vou repetir, vou dizer apenas uma vez. Por exemplo, vou dizer “rabo-verde”,

então vocês devem achar o rabo e pintá-lo de verde. Todos entenderam? Alguém

tem dúvida?

Escrevaalguns“comandos”emumpapeleleia-osemvozalta:

Neste jogo, vou dizer para vocês um “comando” e quero ver quem consegue

segui-lo exatamente como eu disser. Começa mais fácil e depois vai ficando

cada vez mais difícil. Prontos?

Selecionealgumaspalavrasefrasesdediferentescomplexidades.Osalunos

podemsentarnascarteirasouemcírculo,comopodemrepetirtodosjuntos

ouumdecadavez.

Vou ler para vocês uma palavra ou frase. Assim que terminar, vou apontar

para um de vocês e quero que repitam exatamente o que eu disser. Prestem

bastante atenção porque uma das regras é que não posso repetir. Podemos

começar? O gato foi passear (apontar para um aluno, aguardar que ele repita

a frase). O pato cinza está no lago (apontar para outro aluno).

Osdesenhospodemserescolhidosdeacordocomademandapedagógicado

trabalhorealizadopeloprofessoreasinstruçõespodemseguirumahierar-

quiadecomplexidade.Porexemplo:quandoestivertrabalhandocomfiguras

geométricas,osdesenhospodemserformadosporcírculos,quadrados,en-

treoutros.Umexemplodeumainstruçãoverbalmaiscomplexa,comquatro

informações(forma,tamanho, localização,cor):pinte o quadrado grande a

sua direita de verde claro.

Emvezdedistribuirdesenhosjáfeitos,oprofessorpodedistribuirfolhasem

brancoepassarasinstruçõesverbaisparaqueosalunosdesenhemsemsa-

bero formato final. Exemplo(alvo: rostodepalhaço): Faça um círculo no

centro da folha; agora faça um triângulo em cima do círculo...

Estaatividadepodeserfeitacomo“telefonesemfio”.Oprofessorformula

uma frase (que pode variar em relação a quantidade e complexidade de

palavras)ecadaalunodevetransmitirainformaçãoaoutro.

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Atividade 4: percebendo as frases

Atividade 5: identificando

palavras-alvo nas histórias

Dêexemplosdefrasesesinalizeaimportânciacomunicativadelasenfatizan-

doque,atravésdasfrases,transmitimosideiasaalguém.Essasfrasespodem

serformuladascomosnomesdosalunosecomcaracterísticasobserváveis

paraquehajamaiorenvolvimentoeengajamentonatarefa.

Vou falar para vocês algumas frases e quando terminar quero que batam palma

para cada palavra. Mas é importante que seja só uma palma por palavra. Por

exemplo: “Julia está de botas marrom”. Quantas palmas vocês devem bater nes-

se exemplo? Isso, muito bom, cinco. Entenderam? Vamos começar?

Escolha uma história curta que tenha uma palavra que se repete com

frequência.Osalunospodemestarsentadosnascarteirasouemcírculo.

Eu vou ler para vocês a história do Pato José. Toda vez que falar a palavra “pato”

quero que vocês coloquem a mão na cabeça.

Adaptação

Adaptação

Emvezdebaterpalmas,sugerirqueosalunosfaçamum“batuque”ouum

somdiferenteparacadapalavra.Emvezdosompodeserummovimento

(exemplo:levantarobraço).

Paraaumentaradificuldadedatarefa,aumenteademandadeinformações

aqueosalunosdeverãoprestaratenção:Agora vamos deixar esse jogo um

pouco mais difícil. Quero que vocês coloquem a mão na cabeça toda vez que ou-

virem a palavra “pato”, mas só se depois de “pato” eu disser a palavra “correu”.

Atividade 6: percebendo as palavras I

Atividade 7: percebendo as palavras II

Escrevaalgumasfrasesemumafolhaeapresenteaatividade:

Vou ler para vocês algumas frases e quero que prestem atenção, pois depois vou

repeti-las apenas uma vez, mas com uma palavra faltando. O desafio de vocês é

completar a frase com a mesma palavra que eu usei. Por exemplo, eu digo: Eu pas-

seio de bicicleta, aí aponto para um de vocês e repito: Eu passeio de _________.

Qual a palavra que está faltando? “Bicicleta”, muito bem. Prontos?

Hoje vamos fazer jogos com frases e palavras. Eu vou falar uma frase e vocês vão

dividi-la em palavras. Cada um de vocês vai falar as palavras de uma frase. Por

exemplo, se eu falar: /Mauricio deitou/. Aquele que eu escolher tem de dizer as

palavras separadas, assim: /Mauricio – deitou/.

Adaptação

Adaptação

Para deixar a atividademais difícil, aumente o tamanho da frase, coloque

palavrasmenosfrequentesourecém-aprendidaspelosalunos.

Utilizefrasesmaislongas,porexemplo:

1.Ameninagostoudosorvete.

2.Mamãefoiaosupermercado.

3.Amanhãvaifazersol.

4.Ogatofugiudocachorro.

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Atividade 8: percebendo a formação

das palavras

Atividade 9: percebendo

as sílabas

Agora nós vamos brincar com algumas palavras que têm partes iguais que se

repetem. Por exemplo:

Estaatividadeésemelhanteàatividadedeescutaparapalavras,masagoraos

alunosdevemficaratentosàssílabas.

Vamos fazer um jogo de desenhos. Em cada carta dessas tem um desenho (as

cartas devem estar viradas para baixo formando uma pilha). Cada um de nós

vai pegar uma carta, ver o desenho, dizer o nome dele e bater palmas para cada

sílaba. Depois nós vamos todos bater palmas juntos para aquele nome. Então,

eu começo. (Pegar uma carta, por exemplo, a figura de prato): /prato/, depois

repetir devagar batendo palmas a cada sílaba pra - to. Agora vamos lá, todos

comigo pra – to (bater palmas para cada sílaba).

Atividade 10: percebendo as sílabas II

Atividade 11: percebendo as letras

Oobjetivoéomesmodaatividadeanterior,masagoraapalavraéapresen-

tadaoralmente.

Vou falar para vocês algumas palavras e, quando terminar, quero que batam pal-

ma para cada “pedaço da palavra”. É importante baterem só uma palma para

cada pedaço. Por exemplo: “Maçã”. Quantas palmas vocês devem bater nesse

exemplo? Muito bom, duas. Entenderam? Vamos começar?

Nestas atividades, o objetivo é garantir que todas as crianças saibamdizer

onomedetodasasletrasdeformarápidaeautomatizada.

Aqui tenho todas as letras do alfabeto, vou apontar para algum de vocês e em

seguida para uma letra. Só quem eu apontar deverá falar o nome da letra.

Vamos começar.

Adaptação

Adaptação

Para as crianças que já tem familiaridade com palavras escritas: escrever

palavrasemtirasdecartolinaedeixaralgumas tesourasdisponíveis.Cada

criançadeverácortaraspalavrasem“pedaços”eacharumadupla(outrio)

paraformarumanovapalavra.

Façaoalfabetocomosalunos.Recortequadradosdecartolinadomesmo

tamanho,separealgumascanetinhascoloridasemonteo“alfabetopersona-

lizado”comcadaturma.

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Atividade 12: percebendo os sons

das letras

Separe figuras/desenhos de palavras que começam com amesma letra ou

comomesmosom.Porexemplo,F:foca,folha,faca,fogão.Numprimeiromo-

mento,evitepalavrasquecomecemcomencontrosconsonantaiscomoFLem

“flor”ouFRem“frio’”,poisessaestruturadesílabadificultaapercepção.

Agora nós vamos brincar com os sons que começam as palavras. Aqui tenho

algumas figuras e quero que vocês descubram qual é som que elas têm igual

(o professor fala em voz alta todas as palavras, enfatizando bastante o come-

ço do som). Aqui nós temos a figura de uma “fff-oca”, aqui de uma “fff-olha”,

uma “fff-aca” e um“fff-ogão”.

Adaptação• Parafacilitarapercepçãodossonsproduzidosporcadaletra,utilizeos

desenhosdas“bocasanimadas”.

• Apresentarumafolhacomdesenhosparaqueacriançapinteaquelesque

começamcomomesmosom(porexemplo:abacaxi,anel,balão,cadeira).

Estimulequetodosrepitamosom,prestandobastanteatençãoemcomoele

éproduzido.

Atividade 13: percebendo os sons das palavras

Monteumjogodedominó,masemvezdeusarnúmeros,osestímulosserãofiguras.

Vamos jogar dominó. Só que esse dominó não é de números, mas de desenhos.

Nós vamos separar as peças que tenham desenhos com o mesmo som no começo.

Eu vou falar os nomes das figuras para vocês (nomear todas as figuras). Então,

por exemplo, se na mesa tiver essa carta (maçã/flor), eu vou ter de colocar uma

carta que tenha um desenho que comece com /m/, igual a /mmaçã/, ou com /f/,

igual a /fflor/. As figuras do dominó podem começar com um desses oito sons:

/m/, /f/, /l/, /a/, /v/, /p/, /r/, /s/. (coloque essas oito letras num lugar visível

para as crianças, nomeando as letras e os seus sons). Vamos começar!

Existem sons do Português que são bastante parecidos, tanto no aspecto visual como auditivo e, por isso, são facilmente confundidos. Esses sons (fonemas) são clas-sificados como surdos ou sonoros, sendo que os surdos não têm vibração das pregas vocais, ao passo que os so-noros precisam dessa vibração. Os pares de sons surdos e sonoros são: /f/ e /v/, /s/ e /z/, /S/ e /Z/, /p/ - /b/, /t/-/d/, /k/ - /g/.

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Atividade 14: soma e subtração

de sílabas

Escrevaaspalavrasemumpapelouemtirasdecartolina.Paradarênfaseàssíla-

bas,escrevacadaumacomumacordiferentedelápisoucanetinhaerecorte-as.

Façatambémosinaldesomaesubtraçãoemoutropedaçodepapel.

Agora vamos fazer um jogo de somar e subtrair, mas não são contas matemá-

ticas, vamos fazer com palavras. Vou falar uma palavra para vocês e mostrar

esse sinal “+” ou esse “-”. Então, se eu mostrar esse cartão (mostrar a cartolina

com o sinal de “+”) vocês deverão acrescentar uma sílaba, mas se eu mostrar

esse aqui (mostrar a cartolina com o sinal de “-“) vocês deverão retirar uma

sílaba. Por exemplo: se eu mostrar essa sílaba, “ma”, depois o sinal de “+” e a

sílaba “to”, forma a palavra MATO. Entenderam?

Adaptação• Essejogopodeserfeitoemgrupos(duplasoutrios).

• Osalunospodemserincentivadosacriarpalavrasapartirdasomaou

subtraçãodepartesdeoutraspalavras.

• Acrescentaresomarsílabasnomeiodaspalavras.

Atividade 15: invertendo sílabas

Ainstruçãopodeseramesmadaatividade“Somaesubtraçãodesílabas”,a

únicamodificaçãoéqueparaestaatividadeseránecessárioumpedaçode

cartolinacomalgumcódigopara identificarquea tarefaagoraé inverter.

Umaopçãoéosímbolonailustraçãoabaixo.

Vamos fazer um jogo parecido com aquele de somar e subtrair, mas agora, quan-

do mostrar esse cartão (mostre o cartão), vocês deverão inverter as sílabas. Por

exemplo: se disser “boca”, que palavra forma se eu inverter o som dessas sílabas?

/bo/ /ka/, fica /ka/ /bo/, “cabo”. Entenderam?

Adaptação• Essejogopodeserfeitoemgrupos(duplasoutrios).

• Substituirassílabasporfigurasgeométricas.Porexemplo:

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Estratégias de comunicação

Estimularashabilidadesdelinguagemutilizandodiferentesmeios,como:

• MÚSICA:éumrecursoquepodeserutilizadoemdiferentesanoses-

colares,poisélúdicoedespertaointeressedosalunos.Incentive-osa

marcaroritmodamúsicabatendopalmasoufazendobatuque.

• HISTÓRIAS:lerecontarhistóriassãoótimasmaneirasdeestimularo

vocabulário,aatençãoeamemória,alémdaimaginaçãoedafantasia.

Vejamosaatividadeabaixo.

Atividade 1: contar histórias como ferramenta para sala de aula

Histórias da literatura oral mundial

Apráticadecontarhistóriasémilenaretemcomoprincipalobjetivocompar-

tilharacontecimentosoufatoscomterceiros.

• Missão:Deondevinhamashistórias?Qualafontedeinspiraçãodoscontadoresdehistóriasnascivilizaçõesmaisantigas?

• Corpo emocional da história:Quemascontava?Qualeraopreparoeopapeldessescontadoresdentrodasociedade?

• Processo, vitalidade da história:Comosedavaatransmissãodashistó-rias,qualeraoambienteparaouvir?

• Corpo físico da história:DoTODOàsPARTESdahistória–umaima-gemquesedividedentrodeumasequênciaquefazsentido;algum

sentidotemdeserencontrado,poiséoqueuneaspartes.

Classificaçãodecontos–porLuísdaCâmaraCascudo.

• 1⁰ e 2⁰ anos:contosdeencantamento,contosdefadas,

dosobrenatural,demágicas.

• 1⁰ ano em diante:contosde“exemplo”,típicoscontospopulares.

• 2⁰ ano:contosdeanimais.

• Todos os anos:facécias(chistes),piadaseanedotas.

• 2⁰ e 3⁰ anos:contosreligiosos.Daíemdiante,háqueseescolherapro-

priedadeparacadaidade.

• 3⁰ ano em diante:demôniologrado.

• 1⁰, 2⁰ e 3⁰ anos:contosacumulativos.

• Contos etiológicos:contosinventadosparadararazãodeserdeum

aspecto,umapropriedadeouocaráterdeumentenatural.

• Contos de adivinhação:trazemdesafiosàscrianças.

• Natureza denunciante: orelhasdoreiMidassempre.

• Ciclodamorteeciclodavida.

Atividade 17: brincando com

as rimas

Separaralgumaspalavrasqueterminamcomomesmosom.Porexemplo:

gola,mola,enrola,sacola;ebrincadeira,mamadeira,geladeira,cadeira.

Aqui tenho algumas figuras nas quais as palavras terminam com o mesmo som,

ou seja, rimam (dizer o nome de todas as figuras em voz alta, enfatizando a

rima). Qual é o som que se repete nessas primeiras palavras? Muito bem, OLA.

Alguém consegue pensar em outra palavra que também termina com OLA? Onde

nós estamos? Na escOLA, muito bem! Vou dizer três palavras, duas que rimam e

uma que não. Vocês deverão me dizer qual não rima. Por exemplo:

• Vocêpodetambémsolicitaraosalunosquepesquisemoutrasparlen-

das,poesiasetrava-línguasparaapresentaràsala.

• Paraosalunosmaisvelhos,apresentaratividades-desafioparaqueeles

próprioscriemumverso,umamúsica.

Adaptação

Atividade 16: percebendo as rimas

Estematerial pode ser usado com inúmerosobjetivos.Aqui o foco é esti-

mularoalunoaserum“bomouvinte”edesenvolverhabilidadede“escuta

dirigida”.Assim,oprincipalobjetivoéapresentardeformalúdicaaspalavras,

demonstrarospadrõesdanossa línguaqueserepetem(comoasrimas),a

cadênciaeoritmodaleitura,alémdocontatocomnovaspalavraseaumento

dovocabulário.Escrevanalousaeleiaemvozaltaaparlenda(ouentregue

umacópiaimpressa):

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Atividade 1: sequência lógico-temporal

Aatividadedesequenciamentológico-temporalfavorecequeacriançacom-

preendaas relaçõesde tempo,espaçoecausalidade.Aindaauxilianaper-

cepçãodesequência(início,meioefim),queéfacilitadapelousodefiguras.

Selecionefigurasdeumlivrosemtextooudesenhosoutirasdegibisemfala.

Tenho aqui três cartões, em cada cartão tem um desenho e, se colocarmos na

sequência correta, podemos criar uma história. Neste aqui, por exemplo, o que

vocês acham que está acontecendo? (salientar detalhes do desenho que indicam

o que aconteceu antes e depois).

Sugestão de como decorar uma história

Adaptação• Casosejapossível,proponhaparceriacomoprofessordeArtespara

queosprópriosalunosfaçamoscartões.Estematerialpodesertroca-

doentreassalas.Porexemplo:o2⁰anoAutilizaoscartõespreparados

pelo2⁰anoBevice-versa.

• Paraaumentaradificuldade:aumenteaquantidadedecartões,apresen-

teaosalunosforadasequênciacorretaparaqueelesprópriostenham

deorganizá-los.

• Disponibilizealgunsgibisquepossamserrecortados.Orienteosalunos

arecortarsomenteospersonagens.Emumafolhabranca,elespodem

colarasfiguras,desenharocenárioecontarahistória.

Saberahistóriadecorsignificapodercontá-ladocoração,comenvolvimento

real.Mascomocolocarahistórianocoração?

Page 15: Como ajudar o aluno

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Atividade 3: desenvolvendo

a narrativa

Atividade 2: inventando histórias

com objetos

Leveumsacocomdiversosobjetos:lápis,celular,elástico,pulseiraetc.

Tenho aqui uma caixa com vários objetos e vocês não sabem o que são. Vou

apontar para um de vocês, que deve começar a contar uma história (se preferir

comece você ou sugira um tema). De repente, eu vou tirar algum objeto daqui

de dentro desse saco e você terá que encaixá-lo na história. É muito importante

que a história continue fazendo sentido. Entenderam?

Oprincipalobjetivoéapresentarasperguntas-chavequesãonorteadorasdo

nossodiscursooral:quem,onde,quando,como,porquê,quanto,qual.

Tenho aqui umas tiras com algumas perguntas, que são perguntas mágicas porque

nos ajudam muito a organizar o pensamento. Vamos ver se todos aqui já conhe-

cem todas essas perguntas? Vou falar uma frase e vocês deverão achar onde está

a resposta da pergunta-mágica. À noite o cinema estava cheio. Onde? No cinema.

Quando? À noite, muito bem! Alguma dúvida? Podemos começar?

Adaptação

Adaptação

• Emvezdeutilizarosacocomobjetos,usarfigurasoupalavrasescritas.

• Paradeixarmaisdifícil,apresentartirasdecartolinascomfrasesescritas.

Emcertomomento,oprofessorselecionaumatiraeoalunodeveráincluira

palavraoufrasenoenredodahistória.

Casonãoconsiderenecessáriaaintroduçãodas“perguntas-mágicas”,adapte

aatividadeanterior(“Inventandohistóriacomobjetos”),substituindoaspa-

lavrasefrasesescritasemumatiradepapelporessasperguntas.

Atividade 4: construindo histórias compartilhadas

Atividade 5: o que vem depois? Aprendendo a fazer predições

Coloqueosalunossentadosemcírculo:

Agora vamos brincar de inventar histórias juntos. Eu vou começar dizendo uma

frase. Aí, o Fulano que está aqui do meu lado terá de continuar essa história, de-

pois passa para o seguinte e assim por diante. Mas é muito importante prestar

atenção na história, porque quando for sua vez, deverá lembrar-se do enredo para

continuar. Todos entenderam? Podemos começar? “Julia Gabriela era uma menina

que amava construir castelos de areia, mas, um dia, Julia chegou à praia e ...”

Apresenteaosalunossituaçõesdiversasquedeverãodizeroqueiráacon-

teceraseguir.

Vou contar para vocês uma situação qualquer e vocês deverão me dizer o que fariam:

Adaptação

Adaptação

Proponhaparceriascomprofessoresdeoutrasdisciplinas,porexemplo,como

professordeHistória,everifiquequaloassuntoestásendotrabalhadoporele.

• Estaatividadepodeserelaboradacomfrasescomconjunções:

Anairiaafesta,porém...

• OusituaçõesqueenvolvemcondiçõesSE...ENTÃO.Sevocêesquecer

obolonoforno,então...

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• Afaladoadultoéumareferênciafundamental, e serve de modelo para a criança.

• Osadultossãoestimuladoresdacognição,poisauxiliamna organização das atividades da criança/adolescente, orientam sua atenção, fazem a mediação diante das difi-culdades nas tarefas e oferecem instruções explícitas e implícitas.

• Éimportanteressaltarqueasatividadespodemserrea-lizadas coletivamente, em duplas ou em pequenos gru-pos, com as crianças sentadas em cadeiras, em forma de círculo, ou em pé. Mesmo nas atividades coletivas, o professor deve incentivar a participação de todos.

• Nastarefasemquehánomeaçãodeumalunoquedeveresponder à pergunta ou à solicitação do professor, to-dos podem ajudar caso ele não consiga realizar a tarefa.

• Nasocasiõesemqueoutroalunorespondeàtarefaan-tes do aluno solicitado, o professor pode pedir à criança que espere o colega que foi chamado responder a próxi-ma tarefa, de modo que todos possam participar.

Ao contar histórias, fique atento ao controle do com-portamento dos alunos para que se concentrem na atividade e não fiquem agitados. Tente envolvê-los na história, transportando-os para dentro dela por meio de suas palavras e expressão.

O trabalho com vocabulário é de suma importância para o desenvolvimento da leitura e da escrita. Recentes pesquisas têm demonstrado que a aprendizagem de palavras novas se dá com maior facilidade quando há exposição visual e gráfi-ca da informação, uma vez que esse tipo de exposição ativa tanto a forma como o som da palavra. Por isso, ao trabalhar com vocabulário é importante oferecer imagens das palavras (ex: foto/desenho de uma nave espacial) e sua forma escrita (ex: “nave espacial”). Essas duas informações combinadas ajudam as crianças a lembrarem da pronúncia e do sentido das palavras, fazen-do que elas aprendam com mais facilidade. Procedimentos como esses se aplicam a todos os níveis de leitura (Ehri & Rosenthal, 2007).

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Bibliografia

BISHOP, D. V. & ADAMS, C. AProspectiveStudyoftheRelationshipbetweenSpecificLanguageImpairment,PhonologicalDisordersandReadingRetardation.J.ChildPsychol.Psychiatry,v.31,n.7,1990,pp.1027-50.

BISHOP, D. V. The Role of Genes in the Etiology of SpecificLanguage Impairment. Journal of CommunicationDisorders, v.35,2002,pp.311-28.

CAPOVILLA, A. G. S. & CAPOVILLA, F. C.ProblemasdeLeituraeEscrita.SãoPaulo:Mennon,2004.

CARROLL, J. M.; BOWYER-CRANE, C.; DUFF, F. J.; HULME, C. & SNOWLING, M. J. Developing Language and Literacy: EffectiveInterventionintheEarlyYears.NovaJersey:Wiley-Blackwell,2011.

DIAMOND, A.; BARNETT, W. S.; THOMAS, J. & MUNRO, S.PreschoolProgramImprovesCognitiveControl.Science,v.318,n.5855,2007,pp.1387-8.

EHRI, L. C. & ROSENTHAL, J. SpellingsofWords:ANeglectedFacilitatorofVocabularyLearning.JournalofLiteracyResearch,v.39,n.4,2007,pp.389-409.

FOORMAN, B. R.; ADAMS, M. J.; LUNDBEY, I. & BEELEN, T. Consciência Fonológica em Crianças Pequenas. Porto Alegre:Artmed,2006.

GATHERCOLE, S. E. & ALLOWAY, T. P. UnderstandingWorkingMemory: A Classroom Guide. Harcourt Assessment, 2007.Disponívelem:http://www.york.ac.uk/res/wml/Classroom%20guide.pdf.Acessoem:03dejunhode2013.

SANTOS, M. M. T. & NAVAS, A. L. G. P.DistúrbiosdeLeituraeEscrita:TeoriaePrática.SãoPaulo:EditoraManole,2004.

SIM, I. S.; SILVA, A. C. & NUNES, C. LinguagemeComunicaçãono Jardimde Infância–TextosApoiadoresparaEducadoresdeInfância.Lisboa:MinistériodaEducação,2008.

Obomdesenvolvimentoda linguagemé essencial para umbomprocesso

deaprendizagem.Odesenvolvimentodalinguagempermiteaexpansãoda

representaçãosimbólicadomundoedesuasrelações,oquecontribuipara

o desenvolvimento cognitivo da criança. Diversas pesquisas apontam que

ashabilidadesde linguagemreceptiva(ouvireentender)eexpressiva(fa-

lar)podemserconsideradasbonssinaisprecocesdacompreensãodeleitura

(Bishop,2002).

Portanto, todoprofessorprecisacriarsituaçõesparaquea linguagemoral

(fala)sejadesenvolvida,paraqueovocabuláriosejaampliado,paraqueos

diferentescontextoseusosdalínguaoralsejampraticadosemsaladeaula.

Alinguagemoralébaseparaqueashabilidadesdeleituraeescritasedesen-

volvamadequadamente

Conclusão

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Língua Portuguesa

Última flor do Lácio, inculta e bela, És, a um tempo, esplendor e sepultura: Ouro nativo, que na ganga impura A bruta mina entre os cascalhos vela Amo-te assim, desconhecida e obscura Tuba de algo clangor, lira singela, Que tens o trom e o silvo da procela, E o arrolo da saudade e da ternura! Amo o teu viço agreste e o teu aroma De virgens selvas e de oceano largo! Amo-te, ó rude e doloroso idioma, Em que da voz materna ouvi: “meu filho!”, E em que Camões chorou, no exílio amargo, O gênio sem ventura e o amor sem brilho!

Olavo Bilac(1865 - 1918)

EstaapostilafoielaboradapelaequipemultidisciplinardoComitêdeEducaçãodoiABCDparaservirdeapoioaocursodeformaçãodeprofessoresdoPrograma Todos Aprendem.Asinformaçõesaquicontidaspodemserrevistasemumvídeoanimadoeemumques-tionáriodemúltiplaescolhaquedeveseracessadoerespondidoonlinenositeiabcd.qmagico.com.br.

Comitê de Educação AdrianaPizzoNascimentoGabanini

AlfredoRheingantz

CarolinaNikaedo

CarolinaToledoPiza

RoselainePontesdeAlmeida

TaciannyLorenaFreitasDoVale

Coordenação Técnica CarolinaToledoPiza

MonicaAndradeWeinstein

Equipe Administrativa BeatrizGarofalo

IreneNegreiros

KelvinGunjiAraki

MonicaAndradeWeinstein

Supervisão

MonicaAndradeWeinstein

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