Como ajudar o aluno a ler e escrever melhor? -...
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Módulo 4
a ler e escrever melhor?Como ajudar o aluno
“Não é possível ler quando não se conhecem as letras, só que as letras são apagadas pelo sentido.”
Émile-Auguste Chartier(1868-1951)
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• Importância da leitura.
• O que é ler.
• Os caminhos para aprender a ler.
• Estratégias para o reconhecimento de palavras.
• Estratégias para a compreensão de texto.
• Importância da escrita.
• Estágios de desenvolvimento da escrita.
• Características psicolinguísticas das palavras.
• Estratégias para a escrita de palavras.
• Estratégias para a elaboração de texto.
• Orientações gerais.
NoMódulo3,foramenfatizadasasestratégiasrelacionadasaodesenvol-
vimentodalinguagemoral.
NoMódulo4,veremoscomosedesenvolveoprocessodeleituraeescri-
ta,bemcomoalgumasestratégiasparaaprimorara leituraquepossam
seraplicadasemsaladeaula.Alémdisso,serãoapresentadasestratégias
pedagógicasqueestimulamaescritaefavorecemamelhoriadoambiente
deaprendizagem.
Apresentação Conteúdo
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A importância da leitura O que é ler?
Aleituraeaescritasãohabilidadesaprendidaseconstituemumdosrequisi-
tosbásicosparainserçãodoindivíduonasuacultura.Comfrequênciacada
vezmaior,tarefascomplexas,sejamnoâmbitopessoal,nofamiliarouno
político,dependemdacompreensãodeinformaçõessobaformaescrita.
Estudos mostram que os investimentos realizados na área de educação
apresentam taxa de retorno à sociedade três a quatro vezes superior às
taxasdeinvestimentosnasdemaisáreas.Aeducaçãonãosóaumentaari-
quezanacional,comotrazvantagensparaosindivíduos:pessoascommais
tempodeestudoemelhorhabilidadedeleituraeescritatêmmaischances
nomercadodetrabalhoesãomaisbemremuneradas.
Ler é um processo bastante complexo que se inicia antes dos primeiros
anosescolaresecontinuaasedesenvolvernosanosposterioresatéoleitor
tornar-seproficiente.Demaneirageral,ograndeobjetivodaalfabetização
éinstrumentalizarascriançasparaquecompreendamoqueleeme,então,
possamlercomautonomiatextosdediferentescomplexidades(Cardoso-
-Martinsetal.,2005).
Quando dizemos que uma pessoa consegue ler, será que isso quer dizer
queelacompreendeoquefoilido?Vamosfazerumaexperiênciaantesde
respondermosessapergunta.Leiaotrechoabaixo:
Foipossíveltransformarasletrasemsons,ouseja,decodificaroqueestáescrito?
Sim. Mas, foi possível compreender o conteúdo desse trecho? Vamos agora
entãotentaresteoutrotrecho,compalavrasqueexistemnoPortuguês:
Nessetrecho,adecodificaçãoprovavelmentefoimaisfácil,mas,foipossível
compreenderoconteúdo?Agora,aúltimaetapadessaexperiência:
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Os caminhos para aprendizagem da leitura
Agoraaleituradevetersidomaisfluida,prazerosaeassociadaàcompreen-
são.Depoisdessaexperiênciacomostrêsfragmentosdetextos–inicialmen-
tecomleituradepalavrasquenãoexistem(pseudopalavras),depoisleitura
depalavrasqueexistem,massãopoucofamiliares,ealeituradeumtexto
compalavrasfamiliares–vocêachaqueépossívellersemcompreender?
Portanto, ler não é o mesmo que compreender,porquepodemoslersem
compreender.Lerconsistenacapacidadededecifrarocódigoescritode
maneiraeficaz,ouseja,reconhecerumapalavra.Paraquealeituraocorra
comcompreensão,precisamosconhecereacessarosignificadodaspala-
vras,eesseprocessose tornamais fácil se tivermos familiaridadecomo
contexto.Assim,quandofalamosdeum leitor proficiente,alémdereco-
nheceraspalavras, tambémesperamosqueeleconsigacompreendê-las.
Deformaresumida:
Compreendercomosedáoprocessodeaquisiçãodeleituraeescrita,bem
comoo reconhecimentodepalavras, é importante, pois amplia nosso en-
tendimentosobreasváriasetapasenvolvidasnaaprendizagem.Aoenten-
dermos esse processo, teremosmelhores condições de buscar estratégias
facilitadoraspararemediarosproblemasdeleituraeescrita.
Existemmodelosqueinvestigamosprocessoscognitivospresentesnaaqui-
siçãodeleituraeescritaedeacordocomomodelointerativo.Essesdoispro-
cessosocorremdeformaparalelaesimultânea,principalmenteemtarefas
complexas,comoaleitura,queexigemdiferentesníveisdeprocessamento
emummesmomomento.
Conformeilustraomodeloabaixo,enquantolemos,fazemosusodequatro
processadores interligadoseconectadosentresi.Porexemplo,quandole-
mosumapalavrafamiliar,reconhecemosvisualmente,ativamosasunidades
dereconhecimentoortográficoe,aomesmotempo,asunidadessemânticas
(significado)efonológicas(som)dapalavra.Dessamaneira,ostrêsproces-
sadores vão trabalhar em conjunto, fortalecendo as conexões entre essas
unidadesderepresentação.
Osinaldemultiplicaçãoindicaanaturezainterativaenãoaditivadopro-
cesso.Ouseja,oprodutofinal,leitura proficiente,serázeroseumdosfa-
toresforzero.
Paraatingirníveiselevadosdecompreensãodetexto,éaindanecessário
queoleitorsejahábilemmanteruma leitura fluente,esejacapazdecom-
preenderaquiloquefoilido.Comopassardosanos,espera-seaindaqueo
leitorconsigacompreenderoconteúdoquenãoestáexplícitonotexto,ou
seja,queconsigafazerinferências e prediçõessobreoqueestásendolidoe
ainda,àsvezes,desenvolverumaanálisecríticasobreomateriallido.Assim,
paraconseguirlercomcompreensãoépreciso:
• Reconhecerossímbolosimpressosecontrolaromovimentodosolhos
sobreopapel.
• Reconhecerossonsassociadosàsletras.
• Reconhecerapalavraeoseusignificado.
• Construirideiaseimagens.
• Compararessasnovasimagenscomoconhecimentojáadquirido.
• Reteressasideiasnamemória.
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Porexemplo,sevirmosapalavraEXÉRCITO,vamosacessaroprocessador
ortográficoparareconheceraformaescritadapalavra.Emparalelo,ativa-
mosossonsquevamosproduziraolerasunidadesgráficasquecompõem
apalavrae,simultaneamente,associamossuaformaaosseuspossíveissig-
nificados:“conjuntodasforçasmilitaresdeumanação”ou“grandequanti-
dade,multidão:umexércitodeempregados”.
O processador ortográfico representa as letras ou sequência de letras,
formandoumaredede reconhecimentovisual.Àmedidaqueo leitorvai
sendoexpostoàpalavraescrita,vaifortalecendoeampliandosuascone-
xões.Pensemosnoexemploacima:quando leioapalavraEXÉRCITOpela
primeira vez, essa sequência de letras será pouco familiar, portanto não
tereifortesconexõeselevareimaistempoparadecodificarapalavra.No
entanto,quantomaissomosexpostosaesseestímulo,maisfortalecemos
nossasconexõesetornamosessasequênciamaisfamiliar.Imaginequando
vocêvaipelaprimeiravezàcasadeumamigoquemoranumbairropouco
conhecidodacidade:provavelmente,naprimeiravezvocêlevarámaistem-
po;porém,depoisdevisitá-loalgumasvezes,vocêchegarámaisrápidoeas
“conexões”estarãomaisfortes(jáconhecemelhoraregião,sabeomelhor
caminhoetc.).
Algumascombinaçõesdeletrassóexistememumidiomaespecíficoees-
tasserãomais fortementeassociadas.Porexemplo,noPortuguêsapro-
babilidadedealetra<q>estarassociadaàletra<u>éde100%.Portanto,
essepadrãodeletraséfortementeconectado.Emcontrapartida,algumas
sequênciassãovistasraramente,comooconjuntodeletras“sh”(ex:shop-
ping).Épormeiodarepetiçãoquevamosformandoasrepresentaçõesno
processadorortográfico,deformaquenostornamoscapazesdereconhe-
cerautomaticamenteumasequênciadeletras.Assimsendo,quandolemos
umtextoimpresso,ainformaçãoortográficafaztodoosistemadisparare
trabalharemconjunto.
Oprocessador semântico armazenasignificadosdepalavrasfamiliarescomo
conjuntodeelementosdesignificadosmaisprimitivosassociadosentresi.A
compreensãodapalavraestárelacionadaàsvivênciaseàexperiênciadevida
doleitor,oquetornaesseprocessobastanteindividualizado.Oprocessador
contextual vaicontextualizaroconhecimentonoqualoenunciadoseinseree
estáaserviçodaconstruçãodeumainterpretaçãocoerentedurantealeitura
deumtexto.Assim,épormeiodosprocessadoressemânticoecontextualque
obteremosumaboainterpretaçãodotextolido.
Porexemplo,seoleitorencontrarafrase“amangaéverde”,oprocessa-
dorsemânticoativaráossignificadosrelacionadosàfrase.Ouseja,otexto
impressopodeestar se referindoà fruta,quenocaso,nãoestámadura;
ouainda,àpartedovestuárioquecobreobraçoetemessacor,masésó
pelaanálisedocontextoqueumúnicosignificadoseráeliciado.Selermosa
fraseisoladamente,dificilmentesaberemosseelaserefereàfrutaouàves-
timenta.Seotextoforsobrefrutastropicais,oprimeirosignificado(fruta
queaindanãoestámadura)fazmaissentido.Emcontrapartida,seotexto
forumadescriçãosobreumadama,provavelmenteosegundosignificado
(vestimenta) sejaomais adequado.Portanto,o trabalhodoprocessador
contextualéodeescolhereenfatizarosaspectosdosignificadodapalavra
quesãomaisimportantesaolermosumtexto.Alémdisso,elenosajudará
aesclarecerasambiguidadesquevãosurgindonacompreensãodotexto.
Oquartocomponentedessemodeloéoprocessador fonológico,que,como
osanteriores,armazenaumacomplexarededeunidadessonorasassocia-
das.Aquioconhecimentodossonsesuascombinaçõestêmpapelcrucial,
comojáfoidiscutidonoMódulo3(Estratégiasparaouvirefalarmelhor).
Éextremamente importanteque todososprocessadoresestejamconec-
tadosemambasasdireções,poisissoasseguraacoordenaçãoentreeles,
garantindoquetrabalhemaomesmotempo,demaneiraquecadaproces-
sadorguiaráefacilitaráosesforçosdosoutros.
Existemdiversosmodelosqueexplicamossistemasdeleitura.Apresenta-
remosmaisumdeleschamado“Duploprocessamentode leitura”(Ellis&
Young,1988).Essemodelosedivideemduasetapas:
a) rota fonológica: pronúnciaalcançadaindiretamentepelaaplicaçãode
regrasdeconversãografema-fonema.
Prevalecenaetapa alfabética.
Caracterizadapeladecodificaçãografema-fonemarealizadalenta-
mente,geralmenteemfase inicial de alfabetizaçãoouquandoleitores
fluentessedeparamcomumapalavra pouco ou não conhecidadurante
aleituradeumtexto.
b) rota lexical: pronúnciaobtidacomo um todoporumprocesso visual
direto,apartirdoreconhecimentodaformaortográficadapalavra.
Podehaverintermediaçãodosistemasemântico(rotaléxico-semântica)
ounão(rotalexical-direta).Prevalecenaetapa ortográfica.
Apalavra,nestaetapa,podeserlidacomoumtodo.Rapidamente,o
leitoracessaseusignificadoereconheceseuspadrõesortográficos.
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OsistemadeescritadoPortuguêsbrasileiroéumsistemaalfabéticobaseado
na representaçãodeunidades fonológicas;ouseja, temoscódigos(letras)
queusamospararepresentarossonsdafala.Emgeral,ossistemasalfabé-
ticossãobastanteúteiseeconômicos:emnossoalfabeto,temosapenas26
letrasque,quandocombinadasemdiferentessequências,formammilhares
deunidadesfonológicascomoosfonemas,assílabaseaspalavras.
Noprocessodeescrita,transformamosossonsemletrase,durantealeitura,
transformamosasletrasemsons.Arelaçãoentreasletraseossonsqueelas
produzempodesermaisoumenostransparente.Dizemosqueumaortogra-
fiaémais transparentequandohámaior regularidade nacorrespondência
entreasletraseossons.
Por exemplo, no Português temos palavras que são regulares, como bola,
rato,mastemostambémpalavrasmenostransparentes,comocasa.Nesse
caso,parapronunciarcorretamentedevemosconheceraregraortográfica
danossalíngua,quedizque,quandoaletra“s”estiverentreduasvogais,o
fonemacorrespondenteéo/z/.
Emdiferentes línguas, essas relações ortográficas diferem em complexi-
dade.Então,temosidiomasquesãomaistransparentesqueoutros,como
apresentadonafiguraabaixo.OPortuguêséconsideradaumalínguainter-
mediária,por isso,quandoenfatizamosonomedas letras, temosmuitas
pistasdossonsqueestasproduzem.Essaconsciênciadaduplarelaçãole-
tra/som(leitura)esom/letra(escrita)facilitaoprocessodeaprendizagem
deleituraeescrita.
Relação entre fonologia e ortografia
Por que alguns alunos apresentam dificuldades para se tornarem leitores proficientes?
Grupo I Dificuldades de reconhecimento de palavras
A leitura proficiente, como já vimos, envolve tanto o desenvolvimento da
linguagemoral,oreconhecimentodapalavraescrita,comotambémacom-
preensão.Essesdoisúltimosdomíniossãoprocessosemqueosalunosapre-
sentamdificuldadescommaisfrequência:baixahabilidadeparadecodificara
palavraescritaedificuldadesnacompreensão.Algunsalunoscomatrasono
desenvolvimentopodemapresentardificuldadesnosdoisdomínios.Assim,
asestratégiasparasaladeaulaforamdivididasemdoisgrupos:
Grupo I Dificuldades de reconhecimento de palavras
Grupo II Dificuldades de compreensão leitora
Dificuldadesparareconhecerapalavrapodemocorrerdevidoàs falhasno
processamento fonológico.Ouseja,oalunoouvebem,masocorremfalhas
namaneiracomoessa informaçãoéprocessadapelocérebro(Snowling&
Hulmes,2011).
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Alémdacapacidadedediscriminaçãosonora,oreconhecimentodapalavra
escritatambémenvolve:
• sensoperceptivo;
• acuidadevisual(empessoasqueenxergam);
• capacidadedediscriminaçãodedetalhesvisuais;
• interiorizaçãodesímbolos.
Comportamentos a serem observados nos alunos, indicati-vos de risco para problemas de visão e ou audição:
• Realizacópiaadequadadoconteúdodalousasomen-tequandovocêocolocanasprimeirascarteiras.
• Aproximamuitoouafastamuitoolivroparaler.• Queixa-sedequetudoestáembaçado.• Semprequerecebeumcomandoverbal(ex:pegueo
papelembrancoqueestáemcimadamesa),pedepara repetir: Hã? Hein? Não entendi...
• Trocaletrasparafalareouescrever.• Énecessáriochamar-lhemaisdeumavezparaque
responda.• Parecedistraídoeprocurapistasnosrostosdas
pessoasquandoconversacomelas.
Casovocêsuspeitequeseualunonãoestejaenxergandoe/ououvindoade-
quadamente,soliciteaosresponsáveisquelevemseufilho(a)aoserviçode
saúdepararealizaçãodeavaliaçãocomumoftalmologista(visão)ouotorri-
nolaringologista(audição).
Afluênciaemleituraéaponte entre o reconhecimentodapalavraeasuacompreensão.
Estudoscomcriançasdediferentespaísestêmmostradoqueumadaspossí-
veisrazõesparaadificuldadeemcompreenderoconteúdolidosãoasdificul-
dades gerais de linguagem (Snowling&Hulmes,2011),taiscomo:
• Vocabulário: poucoconhecimentodepalavraseseusignificado.
• Pouco conhecimento gramatical da língua: ordemdaspalavrasemuma
frase(ex:sujeito,verbo),concordância,usodo“s”comoindicativode
plural.
Grupo II Dificuldades de compreensão leitora
Existeaindaumgrupodealunosqueconseguedecifrarapalavraescrita,temconhecimentodevocabulárioparacompreenderoquefoilido,mas,mesmoassim,apresentadificuldadesparacompreender.Nessescasos,éimportanteinvestigarsenãohánenhumprejuízosignificativodeaten-ção e memória, principalmente de memória operacional, e estimular o uso de estratégias metacognitivas.
Asestratégiasmetacognitivasenvolvem:
• identificaçãodeaspectosimportantes da mensagem;
• direcionamentodaatençãoparainformações relevantes;
• releituradepalavras,frasesouparágrafospararecuperarasrelaçõesdecoesãodotexto;
• pausasinterpretativasrealizadaspelos autoquestionamentos.
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Memória operacional
Amemóriaoperacionaléotermousadoparadescreverahabilidadequete-
mosparaarmazenar mentalmente algumas informaçõesemanipulá-laspor
um curto período(Gathercole&Alloway,2007).Umexemploprático:tente
realizarmentalmente,semusarpapelelápis,aconta43multiplicadopor27.
Nesseexemplo,oprimeiropassoseriamanterosnúmerosemsuamemória,
paraentãoaplicarasregrasdemultiplicação,adicionandonovosnúmerosà
suamemória,atéchegaraoresultado.Ouseja,podemospensaramemória
operacionalcomoumaárea de trabalho mental emquearmazenamosinfor-
maçõesimportantesenquantooperamosmentalmenteoutrasinformações.
Paraacompreensãodetexto,essahabilidadeéessencial,umavezquetemos
dearmazenaroiníciodafraseenquantonovasinformaçõessãoprocessadas
e,muitas vezes,precisamosaindaativar alguma informaçãoque já estava
armazenadananossamemóriadelongaduração.Pessoascomdificuldades
nessashabilidadespodem:
Asatividadesdescritasaseguirsãoembasadasempesquisascientíficas,se-
guindopressupostosteóricosdodesenvolvimentodessashabilidades.Vale
lembrar que qualquer aluno será beneficiado pelas estratégias propostas,
mesmoaquelesquenãoapresentemnenhumadificuldadedeaprendizagem.
Estãodivididasem:
Estratégias para sala de aula
Grupo I Reconhecimento
de palavras
Grupo II Compreensão
leitora
Estratégiasparaestimularoreconhecimentodepalavras.
Estratégiasparaestimularalinguagem
Estratégiasparaestimularafluênciaemleitura.
Estratégiasparaestimularametacognição.
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Estratégias com foco no Grupo I: Dificuldades de reconhecimento de palavras
Estratégias para estimular o
reconhecimento de palavras
Atividade 1: decifrando enigmas
Oprincipalobjetivodestaseçãodeatividadeséfavorecerqueacriançades-
deoiníciodaalfabetizaçãocompreendaoprincípio alfabético.
Selecionealgumasfiguras,coleemumafolhasulfiteoucartolinaeescrevaa
letradeiníciodapalavra.
Recortecadaletraseparadamenteemonteumapalavracomasfiguras.
Tenho aqui algumas figuras. Vamos lembrar o nome de todas: abelha, elefante,
igreja... Muito bom. Com estas figuras eu montei um enigma para que vocês
descubram.
Se pegarmos emprestado o som das primeiras letras das palavras, vamos
conseguir descobrir este enigma. Vamos fazer este primeiro exemplo juntos:
D (dedal) + A (abelha) + D (dedal) + O (orelha). DADO, muito bem.
Adaptação• Formegruposdequatroacincoalunosedistribuacartõescomfiguras.
Orientecadagrupoaelaborarenigmasquedepoisserãotrocadosentre
osgruposparaseremdecifrados.
• Osdesenhosecartõespodemserpreparadospelosprópriosalunos.
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Atividade 2: estimulando a
decodificação – inventando palavras
quenãoexistem(pseudopalavras)
Adaptação
Escrevanalousaumapalavraincompleta.
Eu vou fazer um desafio a vocês. Quero ver quem consegue formar mais palavras
apenas trocando a primeira letra. Por exemplo: _ ORTA. Alguém sabe dizer uma
palavra? Muito bem, ORTA já é uma palavra, mas no Português colocamos aque-
la letra sem som no começo, aí fica HORTA. Entramos na sala e passamos pela ...
PORTA. E quando uma pessoa não está viva está ... MORTA. Muito bem !
Escolhaalgumassílabas,escrevaemumacartolinaerecorteemquadrados
parafazeroscartões.Distribuaumcartãoparacadaaluno.
Hoje nós vamos inventar palavras que não existem. Vocês vão ficar andando
na sala, segurando o cartão e quando eu falar JÁ vocês deverão se juntar com
a primeira pessoa que estiver à sua frente para formar uma palavra. É impor-
tante lembrar que vamos inventar palavras que não existem. Podem ser duas
ou três pessoas.
Quandotodososalunostiveremformadosuadupla,estimule-osaleremvoz
altaasnovaspalavras.
Amesmaatividadepodeserfeitacomconsoantesevogais.
Escrevanalousapalavras,massepareassílabasemdiferentescolunas.
Tenho aqui algumas partes de palavras e, para formarmos palavras em português,
devemos ligar a coluna da esquerda com a direita:
Aqui por exemplo, se ligarmos o “li” com “te”, formamos “lite”. Existe esta
palavra em português? Não. Mas agora se ligarmos “li” com “vro”, formamos
“livro”, esta existe? Muito bem. Vamos tentar a última “li” com “ta”, forma-
mos “lita”, existe? Ótimo, então neste primeiro descobrimos a palavra “livro”.
Deixeatarefamaisdifícildividindopalavrascomtrêsoumaissílabasemtrês
ouquatrocolunas.
Divida as palavras em colunas de sílabas que podem formarmais de uma
palavra e especifique as palavras alvo, por exemplo, “é algoquepodemos
comer”(bolo),ou“seguronelequandoestouusandoumavassoura”(cabo).
Deixemaisespaçosembrancoparaqueosalunoscompletemcomamesma
letra(ex:_A_EL,papel)ouletrasdiferentes(ex:S_TI_,sítio);
Paraosanosiniciais,selecionepalavrasquetenhamletrasqueserepeteme
solicitequeascirculem.Ex:DADO,DENTE,DIA.
Atividade 3: completando
palavras
Atividade 4: formando palavras
Adaptação
Adaptação
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Atividade 1: estratégias multissensoriais para estimular o conhecimento de letras
AdaptaçãoAdaptação
Escrevatodasasletrasdoalfabetoemcartolinaserecorte-asnoformatodas
letras.Sugerimosmoldesdeaproximadamente20cm.Separemateriaisdedi-
ferentes texturas,comoalgodão, feijão,pétalas,bolinhasdepapel.Separeos
alunosemgrupos(dequatroacinco),entregueparacadagrupotodasasletras
doalfabetoetambémumpequenopedaçodepanoqueseráusadocomovenda
duranteaatividade.
Nesta primeira parte da atividade, vamos explorar as letras do nosso alfabeto. Pri-
meiro, quero que vocês sintam as formas das letras. Temos algumas letras que são
mais arredondadas, como o “C”, e outras que são mais retas como o “T” (estimule
os alunos a identificarem outras letras que também tem o formato arredondado,
como “O”, ou reto como “X”, e ainda aquelas que são “mistas” como o “P”). Agora
cada grupo vai escolher quatro letras para preencher usando estes materiais: algo-
dão, feijão, pétalas ou bolinhas de papel. Mas, vocês devem escolher quatro letras
que formem uma palavra.
Agora, nesta segunda parte, vocês vão escolher um aluno de cada grupo que ficará
com os olhos vendados. Vocês que estão sem vendas deverão dar uma letra por vez
para o(a) colega com os olhos fechados para que ele(a) descubra qual é. Vocês que
estão sem vendas, terão de dizer se está certo ou errado (para que todos façam a
atividade com olhos vendados, separe seis ou sete letras para cada aluno).
Sugestão:
• Casosejapossível,proponhaparceriacomoprofessordeArtespara
queosalunosfaçamosmoldesdasletrasnessaaula.
A segundaparteda atividadepode ser feita com letras feitas comoutros
materiais,comoEVA.Aindaemrelaçãoàsegundaparte:façaaatividadesem
vendarosolhos,ouaindasugiraaosalunosquemarquemtempoparaesti-
mularaautomatizaçãodoreconhecimentodeletras.
Atividade 5: identificando palavras-alvo
Escrevanalousaalgumaspalavras:
Escrevi na lousa as palavras amarelo, serpente, pato, gelo e avestruz. Vou fazer
perguntas e quero que vocês descubram qual é palavra-alvo.
- Esta palavra começa com a primeira letra do alfabeto e termina com a última.
Alguém sabe? Avestruz, muito bem.
- O final desta palavra é um objeto que usamos para pentear o cabelo. Serpente.
- Se trocarmos a primeira letra desta palavra por “m”, formamos uma nova
palavra. Mato.
- Duas palavras desta lista têm as três letras finais iguais e estas letras formam
uma nova palavra. Amarelo e gelo.
Estimuleosalunosausaremumdicionárioparadescobrir“palavrasescondi-
das”emoutras,comopenteemserpente,patoemcarrapato;
Osprópriosalunospodemelaborarperguntasparaumalistadepalavrasque
oprofessorapresentar.
Estratégiasparaestimularafluênciaem leitura
O principal objetivo dessa seção de atividades é estimular a leitura com
entonação,ritmo,cadênciaadequados.
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Atividade 2: estimulando a
nomeaçãorápida
Atividade 3: estimulando
afluênciadeleiturade palavras
Atividade 4: estimulandoafluênciaemleituradetexto
Adaptação
Adaptação
Adaptação
Emumacartolinaounalousaescrevaalgumassílabas.
Aqui estão algumas sílabas que usamos na nossa língua. Vamos ler todos juntos
o mais rápido que conseguirmos. É importante lembrar que além de ler rápido,
também quero que prestem atenção para ler corretamente.
Selecionealgumaspalavras isoladas, iniciepreferencialmentecompalavras
maisfrequenteseregularesparamotivaraleitura.Separeosalunosemdu-
plas;casosejapossível,formeduplasentreumalunocombomníveldelei-
turaeumcommaisdificuldades.Paraestaatividadeénecessárioumrelógio
paramarcarotempo.
Em duplas vocês deverão ler em voz alta, sem gritar, para seu colega as palavras
que estão nesta folha como se fosse um texto. Eu vou marcar o tempo e cada vez
que completar um minuto vou falar a palavra PIM. Quem estiver ouvindo, deve
fazer um tracinho na folha que está com cada dupla. Também deverá prestar
atenção para grifar caso seu colega leia alguma palavra incorretamente.
Selecioneumpequenotrechodeumtexto(doisparágrafos),preferencial-
menteumtextocomumaescritasimplesecomsentidoexplícito.Separeos
alunosemduplasouemtrios.Paraestaatividadeénecessárioumcronôme-
troparamarcarotempo.
Vocês deverão ler para seu colega estes dois parágrafos. Vamos marcar o tempo
que cada um de vocês leva para ler. É importante que vocês leiam respeitando
a pontuação, a entonação. Quem estiver lendo deve se esforçar para manter
o ritmo e ler corretamente. Quem estiver ouvindo deve prestar atenção para
grifar caso seu colega leia alguma palavra incorretamente. Quando eu falar
VALENDO, vocês devem começar a marcar o tempo.
Quandooprimeirodaduplaterminardeler,omesmotextopodeserutiliza-
doparaqueasegundapessoaoleia.Principalmentealunoscommaisdificul-
dadessãobeneficiadospelarepetição.
Façaestaatividadeemduplasouemtrios.
Substituaassílabasporfiguras,letras,números.Comasletras,aatividade
podeteroobjetivode“dizeronomedasletrasouosomdelas”.
Paraosalunoscommaisexperiênciaem leitura: selecionepalavrasmenos
frequentesemaiscomplexasortograficamente.
Observações:
• Oregistrododesempenhodecadaalunoéimportanteparatermospa-
râmetrosdaevoluçãoaolongodotempo.Asmesmaslistasdepalavras
podemserusadasoutrasvezes.
• Casooprofessordesejefazerumregistromaisfidedigno,elepróprio
podefazerestaatividadeindividualmentecomcadaalunoparaterore-
gistroexatodaquantidadedepalavraslidasporminutocomotambém
ostiposdeerrosqueoalunocomete.
• Amesmaatividadepodeserfeitacomdoistextosdistintos.
• Aumenteotamanhodotextogradativamente,assimcomo
suacomplexidade.
• Alternealeituraentreadupla:cadaumlêumparágrafo.
• Oregistrodotempoéimportante,masnãoessencial.Casonãoseja
possívelousodocronômetrooudeoutromarcadordetempo,façaa
atividadesemesserecurso.
Crianças e adolescentes com dificuldades de leitura passampormuitassituaçõesdefracassoe,porvezes, nãosesentemàvontadeparaleremvozaltadiantede todososcolegas.Paraincentivaraautoestima,éimpor-tanteproporcionarsituaçõesemqueelesvivenciemosucesso.Paraajudarosalunos,principalmenteaquelesqueapresentamdificuldadesmaissignificativas,comeceescolhendolivroscomexigênciasmínimasdeleitura.Textoseparágrafosmenorespromovemmelhoresresulta-dos.Outraopçãointeressanteéapoesia,poisgeralmenteécurta,contémritmo,rimaesignificado.
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Selecionealgumasfigurasecoleempapelsulfiteoucartolina.
Aqui temos algumas figuras. Quero que vocês façam um círculo na figura que
não pertence à mesma categoria da figura à sua esquerda. Exemplo:
Oprincipalobjetivodessaseçãodeatividadeséestimularocompreensãode
sentidosesignificadosdaspalavrasefrases.
Substituaasfigurasporpalavras.
As categorias podemvariar emdificuldade, desde categoriasmais amplas
(exemplo,sóanimais),atémaisespecíficas(animaismamíferos).
Apresenteomesmomaterialeestimuleosalunosafazeremcategoriasdis-
tintas. Por exemplo, separe algumas figuras geométricas (empapel, EVA)
quevariamemrelaçãoaotamanho,àcoreàforma.Peçaqueexploreme
agrupemasfigurasdetodasasmaneiraspossíveis.
Estratégias com foco no Grupo II: Dificuldades de compreensão leitora
Estratégias para estimular a
linguagem
Atividade 1: conhecendo as
categorias
Adaptação
Atividade 2: agrupando palavras
Atividade 3: sinônimos e antônimos
Adaptação
Adaptação
Dividaosalunosemgrupos,eapresentenalousaalgumascategorias.
Escrevi na lousa três lugares: mercado, parque e fazenda. Cada grupo deve-
rá falar palavras que se encaixem nestas categorias, e eu vou escrevê-las na
lousa. Perde pontos se um grupo falar quando não for sua vez, falar alguma
palavra que os outros grupos já disseram, ou falar uma palavra que não se
encaixe na categoria, por exemplo, dizer “baleia” como um animal que posso
encontrar na fazenda. Entenderam?
Formeumarodaesenteemcírculocomosalunos.
Eu vou começar falando uma palavra e nesse sentido horário cada um de
vocês deverá falar um sinônimo ou antônimo desta palavra (certificar-se de
que todos os alunos têm clareza do conceito de sinônimo e antônimo). Por
exemplo, se eu disser feliz, alguém sabe dizer um sinônimo? Alegre, con-
tente. Muito bom! Agora quando eu bater palma, vocês deverão trocar. Se
estávamos falando sinônimos, agora vamos falar o antônimo e seguir com
sinônimos desta nova palavra. A última palavra antes de bater palma foi
contente. Qual antônimo de contente? Triste. Alguém sabe outros sinôni-
mos para triste? Chateado, infeliz. Muito bem!
Façavariaçõesdascategorias,desdeasmaissimples,comocores,animais,ou
combinações;àsmaiscomplexascomofrutasquenascememárvore,objetos
queencontramosemcasaequetêmformadequadradoouretângulo.
Alémdosalunosdizeremumapalavraqueseencaixenacategoria,digauma
letra-alvo.Porexemplo:alimentosquecomecemcomaletra“A”.
Paraosalunosmaisvelhos,sugiraqueescrevamasrespostasnopapeleo
grupoqueterminarantesdevelevantaramão.
Estaatividadepode ser feitaassociadaaousododicionário, compalavras
maisdifíceis.Porexemplo:remediar.
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Estaatividadepodeseradaptadaparaqualquersituaçãoemqueoprofessor
forintroduzirumanovapalavraouumnovoconceitoaosalunos.Umaboa
formadecomeçarélendoumahistóriaouumafrasecomumvocábulopara
queopontodepartidasejaapresentaressapalavrainseridaemcontexto.
Vou ler uma frase que tem uma palavra nova que quero apresentar a vocês.
Pedro gosta de jogar basquete e tinha como objetivo acertar a cesta de uma dis-
tância maior da que já conseguia. Ele tentou várias vezes, persistiu (enfatizar a
leitura) bastante e, após algumas tentativas, conseguiu acertar o alvo.
Vocês conhecem a palavra persistir? Pelo contexto desta frase, alguém tem
alguma ideia do que possa significar a palavra persistir? Vocês acham que é:
Estimuleosalunosaprocuraremosignificadodapalavranodicionário.
Esta atividadepode ser feita individualmenteou emgrupos. Escreva em
umafolhatodasasprincipaispalavrasnovasdasemana,coloquealgumas
alternativasepeçaqueosalunospreencham.Estaéumaformatambémde
verificaraaprendizagemdeumnovoconceitoteórico.
Nasaladeaula,façaum“varal”comaspalavrasnovasaprendidasnasema-
na:coloqueumbarbante,escreva-asemumpedaçodepapeleaspendure
compregador.Assim,osalunosserãoexpostostambémaformaescritada
palavra.
Observações:
• Amemorizaçãodosignificadodenovaspalavraséfacilitadoquando:
nãosobrecarregamosasaulascommuitaspalavrasnovasdeumasó
vez,promovemosrepetiçãoemdiferentescontextos,revisamosas
palavrasapósumperíodo.
Atividade 4: apresentando
novas palavras
Adaptação
Atividade 5: compreensão de frases
Escrevaasfrasesnalousaouentregueumacópiaimpressaaosalunos.
Quero que leiam estas frases. No final de cada uma delas, tem um ( ) onde
vocês devem colocar “V” se a frase for verdadeira ou “F” se for falsa.
Exemplo: As televisões voam ( ). O que vocês acham?
Alunosqueapresentamdificuldadenacompreensão leitorapodemapresentardificuldadeparaamatemática. Éimportantequeoprofessorestejaatentopara diferenciarserealmenteéumadificuldadeespecíficaemrelaçãoaoraciocíniomatemáticoouseadificuldadedecompreensãointerferenesseprocesso.Parainvestigar, oprofessorpode:leroproblemaaoaluno,elaborartextosmais simples para a apresentação do problema ou apre-sentaracontaarmadaparaqueelesolucione.
30 31
Leiaumtrechodeumahistóriaemvozaltaparasala:
Vou ler para vocês um pequeno trecho de um texto e quero que prestem bas-
tante atenção. “Meu cachorro Boris chegou em casa e estava supercansado,
pois tinha passado o dia no parque com meu irmão Juca. Eles tinham ido a um
parque lindo, cheio de árvores e flores, que tem um espaço enorme só para
cachorros.”
Agora fechem os olhos e imaginem a cena: como era o cachorro? Era grande ou
pequeno? Era peludo? Fofinho? Qual o cheiro dele? E o parque? Estava cheio?
Tinham outros cachorros? Se sim, como eles eram? Como o Boris se comportou?
Se não tinham outros cachorros, o que o Boris fez? E o Juca? Como estava o
tempo? Frio, calor? Era dia, era noite? Qual o cheiro do parque?
Oprincipal objetivo dessa seção de atividades é estimular a adoção de
estratégiasdecontroleeregulamentodopróprioconhecimentoapartir
daleitura.
Estratégias metacognitivas
Atividade 1: estimulando
a formação de imagens mentais
Estudostêmmostradoqueaaprendizagem multissensorialéumaferramentaimportanteparaestimularacompreensão.Dessaforma,nossocérebrocriaumcenáriocomdiversoscanaisconectadosparaacessarainformação.
Atividade 2: compreensão deparágrafo
Atividade 3: compreendendo expressõesidiomáticas
Adaptação
Selecionealgumasfigurasecoleemumafolhasulfiteoucartolina.Leiaum
textoemvozaltaouescrevanalousaparacadaalunocopiaremseucaderno,
ouentregueemumafolhaotextoescrito.
Ana Beatriz foi à feira com sua mãe comprar frutas para fazer uma deliciosa
salada de frutas de sobremesa. Ana pensou em algumas frutas que gostaria
de colocar na salada e fez uma lista em casa: maçã, pera, banana e laranja.
Chegando à feira, conseguiu comprar tudo, exceto a pera, pois não tinha. Mas,
em compensação, encontrou uma cereja supersaborosa e decidiu comprar para
usar como decoração.
Das figuras abaixo, pinte somente as frutas que Ana Beatriz comprou.
Selecionealgumasexpressões idiomáticasdoportuguês.Pesquisena internet
fotosquerepresentemliteralmenteasexpressões,ouasdesenhecomosalunos.
Tenho aqui algumas fotos que representam expressões idiomáticas do Por-
tuguês. Todos sabem o que são as expressões idiomáticas (explicar caso ne-
cessário)? Vou dividir vocês em grupos e vamos fazer um jogo de mímica.
Vou chamar um representante de cada grupo, um de cada vez, e mostrar
o desenho. Vou marcar dois minutos e o grupo terá esse tempo para tentar
descobrir qual é a expressão. Caso não acerte, será dada a chance para o
grupo adversário. Entenderam?
• Substituaasfotosporfrasesescritas.
• Escrevanalousaasexpressõesediscutacomosalunosoqueelas
significam.Porexemplo:“Ele acertou na mosca”. O que quer dizer?
Quem acertou sem querer? Quem acertou precisamente?
Façaperguntaspausadamenteparaqueos alunos tenham tempode real-
menteimaginaracena.Aofinal,estimulequecompartilhemsuasexperiên-
ciascomoscolegas.
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Escolhaumtextodequalquermodalidadeliterária.
Vou ler para vocês um texto em voz alta, quero que vocês prestem bastante
atenção, porque depois vamos ter de encontrar as respostas para as perguntas
mágicas:
Entregueumacópiadahistoriaparaqueleiamerespondamas“perguntas
mágicas”.
Leiaasperguntasabaixoemvozaltaeestimulequetodosparticipem.
Quantos ladrões existiam na história? O que eles furtaram? Por que eles bri-
garam? Quem surgiu no meio da história? O que ele fez?
Atividade 4: estimulando o
autoquestionamento
Adaptação
Atividade 5: leitura guiada
Adaptação
Estaéumaferramentaparaestimularaleitura consciente quepodeserutili-
zadacomoumaformadeorganizaroestudodediversasdisciplinasescolares.
• Comascriançasquenãoleem,oprofessorpodeleremvozaltaerealizar
aatividadeverbalmente.
• Utilizeasperguntas mágicas paraorientarosalunosaidentificaraspalavras
maisimportantes.
• Paraosalunosmaisproficientes,peçaqueescrevamumafrasequeresuma
aideiaprincipaldecadaparágrafo.
• Faça um dicionário personalizado. Palavras cujo significado o aluno
esquececomfrequênciaeque interferemnacompreensãodotodo.Ele
escreve as palavras no seu dicionário que será utilizado para consulta
semprequenecessário.
34 35
Aescolanãotemafunçãodediagnosticaracriança,massim,deajudá-la
aentendereaadministrarseucomportamentoeseurelacionamentocom
outros.Maximizaropotencialdeaprendizageméumaimportantefunção
daescola.
* (Fletcher et al, 2009)
• Utilizarrecursosvisuais.
• Priorizarmétodosmultissensoriais.
• Estabelecerumaagenda/rotinadiária.Ex.:Qualaprogramaçãoparaodia?
• Anunciaroqueestásendoesperadodoaluno.
• Ajudaroalunonaorganizaçãoepriorizaçãodasinformações.
• Separarideiasprincipaisdedetalhes.
• Monitoraroprogressodoalunoeidentificarosalunoscomdificuldades.
• Refletirsobreseutrabalho.
• Proporatividadesqueestimulememotivemoengajamentodosalunos.
• Garantircondiçõesdeconfortoemsaladeaula,paraqueoalunopossa
seconcentrarnasatividades(luminosidade,excessodecaloroudefrio,
ruídos,disposiçãoruimdascadeiras–tudoissoafetaaaprendizagem).
• Ensinarestratégiasparaquealunossejammaisindependentesparaa
aprendizagemedesenvolvamaflexibilidadedepensamento.
• Estimulá-losasuperaremsuasfraquezaseusaremsuashabilidades
(pontosfortes)paraaprenderdemaneiraeficiente.
• Organizarepriorizarinformações:conceitosprincipaisXideiassecundárias.
• Priorizaroqueémaisimportanteestudar.
• Ensinaralertomandonotas–palavras-chaveeassociações.
• Dividirtextoslongosempequenostrechoserevisar
conteúdoacadatrecho.
• Organizarideiasparaaelaboraçãodetexto.
• Verificarsuaprodução.
• Reforçarpequenasconquistas.
• Valorizarnovasaprendizagens.
• Ignorarpequenoscomportamentosindesejados.
• Incentivaratividadesprazerosas.
• Elevaraautoestima.
Orientações para um ambiente facilitador de uma boa aprendizagem
Recomendações da Fundação Carnegie para melhorar a compreensão leitora*
Dicas para sala de aula
Como podemos ajudar?
Paracadadisciplina
Como trabalhar com crianças com
essas dificuldades?
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Aescritasurgiuporvoltade3000a.C.noEgitoAntigoe,em3100a.C.,na
MesopotâmiaouSuméria.Osprimeirosregistrosforamfeitosemargilaúmi-
daeeramrepresentaçõespictográficasdomundo–representaçãodeobje-
toseeventos.
Suaorigemrepresentouumagrandeferramentapararegistrarideiaseacon-
tecimentos–ohomempôde transporabarreirado tempoedoespaçoe
passouaregistrarsuasrelaçõescomerciais.
Comotempo,porvoltade2800a.C.,surgiramossistemassilábicos.Osde-
senhosdeixaramdeterapenasumvalorsemânticoepassaramaterumvalor
fonético–escritarébus.Em1500a.C.,surgeaescritaalfabética,emquecada
somerarepresentadoporumsímbolo(sonsconsonantais).Em1000a.C.,os
gregosintroduzemasvogais.
Comovimosnoúltimomódulo,osprocessosdeleituraeescritasãoaltamente
relacionados.Os sistemas de linguagem escrita:A importância da escrita
A escrita como evolução histórica
Sistemasdeescrita
Para conhecer e sabermais sobre os diversos sistemas de escrita acesse:
tipografos.net/escrita/index.htmlouomniglot.com.
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NoMódulo3,vimosqueexistemalgunsparesdesonsnoPortuguêsquesão
bastanteparecidosnoqueserefereàscaracterísticasacústicaearticulatória,
e, por estemotivo, alguns alunos apresentam trocas envolvendo as letras
querepresentamessessons.Essessãoexemplosdeerrosquepodemocor-
rerdevidoàsfalhas no processamento fonológico,sendoessetipodeesti-
mulaçãoimportanteparatodososalunos.Naseçãodeestratégiasparasala
deaula,vamosapresentaralgumasatividadesparaestimularadiscriminação
dessessons,alémdasatividadespropostasnoMódulo3.
Tambémreforçamosquequantomaisacriançaforexpostaàescrita,mais
capacitadaelaestaráparacompreenderaestruturaeasfinalidadesdare-
presentaçãoescrita.Alémdisso,paraoprocessodeescrever,éimportante
considerarosseguintesaspectospsicomotores:
Assim comona leitura estão envolvidas as habilidades de decodificação e
compreensão,naescritaéimportanteconsiderar:
Os caminhos para aprendizagem edesenvolvimento da escrita
Aoescrever,exercemosacapacidadedecodificarsonsusandoossinaisgráfi-
coscorrespondentes,chamadosgrafemas.
Amanifestaçãodequeacriançacompreendequeaescritarepresentaafala
e,portanto,passaaseatentarparaassemelhançasediferençassonorasentre
aspalavras(Ferreiro,1989)podeserconsideradaummarcoextremamente
importantenodesenvolvimentodaalfabetização.
SegundoGombert(2003),aaquisiçãodaescritaocorreemtrêsestágios:
40 41
Novamente,comofoiabordadonaleitura,temosumnovoesquemaparaa
escrita:osinaldemultiplicaçãoindicaanaturezainterativaenãoaditivado
processo.Ouseja,oprodutofinal,aescrita proficiente,serázeroseumdos
fatoresforzero.
Paraatingirníveiselevadosdecompreensãodetextoescrito,éaindaneces-
sárioqueoescritorsejahábilemmanterumaescrita fluente,esejacapaz
decompreenderaquiloquefoigrafado.Comopassardosanos,espera-se
aindaqueeleconsigaelaborartextoscujoconteúdopossaestarimplícito,ou
seja,queconsigafazerinferênciaseprediçõessobreoqueestásendoescrito.
Algumasvezes,ainda,desenvolverumaanálisecríticasobreomaterialelabo-
radoeescrevertextosdediversosgêneros.
Duranteoprocessodealfabetização,vamosampliandonossorepertórioe,
cadavezmais,aprendemosalereescrevernovaspalavras.Começamoscom
palavrasquefazempartedonossocontexto;àmedidaquesomosexpostos
anovasinformações,ampliamosnossomundoe,consequentemente,nosso
repertóriodeescrita.
Aolongodesseprocesso,existemalgunsfatores(relacionadosaoquecha-
mamosdecaracterísticaspsicolinguísticasdaspalavras)que influenciame
interferem(facilitandooudificultando)na formacomoadquirimos(escre-
vemoselemos)novaspalavras.SegundoEllis(1995),essesfatoresseriam:
• Familiaridade:aaprendizagemdeumapalavrafazqueeladeixedeser
estranha e sem sentido e se torne familiar; ou seja, uma palavra que
transmiteumsignificadoetempronúnciaconhecida.
• Frequência:mesmoentrepalavrasfamiliares,algumassãomaisfamiliares
doqueoutras,pois somosexpostosaelasummaiornúmerodevezes.
Dessaforma,palavrasdealtafrequência,como“casa”ou“gato”,sãomais
fáceisdeseremreconhecidaseescritasdoquepalavrasdebaixafrequên-
cia,como“isca”ou“nora”.
• Idade da aquisição: palavrasaprendidascedonavidapodemserreconhe-
cidasmaisfacilmentedoqueaquelasaprendidasmaistarde.Aquiverifica-
-sea importânciadotrabalhocomvocabuláriodesdeosanosiniciaisda
escolarização.
• Repetição:palavrasencontradasmaisvezesemumtextosãoreconhe-
cidasmaisfacilmentedoqueumapalavraencontradapelaprimeiravez.
• Significado e contexto:oreconhecimentodeumapalavraémaisvelozse
estaforprecedidaporumapalavrarelacionada.Porexemplo,apalavraiso-
lada“pão”éminimamenteumcontextoparaapalavra“manteiga”.Assim,a
leiturade“manteiga”seráaltamenteprevisível,senomesmoparágrafode
umtextohouverapalavra“pão”.
Características das palavras
• Regularidade de correspondência entre ortografia-fonologia: vimosquea
transparênciadaspalavrastemrelaçãocomoreflexodesuaortografiaso-
breapronúnciaevice-versa.Porisso,palavrascomrelaçõesconsistentesde
ortografia-fonologia,como“pato”,sãoreconhecidasmaisfacilmentedoque
palavrascujasrelaçõesentreortografia-fonologiasãoinconsistentes,como
“boxe”.
• Interações: fatorescomoa repetição,ocontexto,a frequênciaea re-
gularidadesãoindependentesumdosoutros,entretanto,éimportante
terclarezadequeainteraçãoentreelesinfluenciaoreconhecimentoea
escritadepalavras.
Dentreessascaracterísticas,asmaisimportantessãoafamiliaridadeeafrequência
daspalavras.Essasduascaracterísticastambémpodemserpercebidasnomodelo
derotadeleitura(fonológicoelexical).Ouseja,àmedidaqueacriançaevoluino
processodeleitura,aspalavrascommaiorregularidadeefrequênciaserãolidas
pelarotalexical,oquepermiteaoleitorafluênciasobreotextoqueestásendolido
eposteriormentecompreendido.
Quando conhecemos essas características, podemos investigar de uma for-
mamaisadequadaquaissãoostiposdepalavrasqueascriançasestãolendo,
identificaraquelequetrazmaiordificuldade,bemcomopensaremdiferentes
maneirasdeajudá-lasaampliarseurepertório.Talfatortambémauxiliaomo-
mentodepesquisaraspalavrasaseremescolhidasparasondagemescrita.
• Comececompalavrascujacorrespondênciaentreortografia
epronúnciasejadireta.
• Utilizepalavrasdealtaebaixafrequênciaparaavaliar
oníveldedificuldadedosalunos.
• Sabemosquesignificadoecontextosãocaracterísticas
jápresentesnasondagem.Preserveautilizaçãodessesfatores.
Algunsexemplosdepalavrasquepodemserutilizadas:
CategoriaPalavra de alta
frequência
Palavra de baixa
frequência
Palavra regular
Palavra irregular
Partesdocorpo Pé Tornozelo Boca Cabeça
Festadeaniversário Bolo Recreação Vela Refrigerante
Vestuário Sapato Luva Meia Calça
42 43
Asatividadesdescritasaseguirsãoembasadasempesquisascientíficas,se-
guindopressupostosteóricosdodesenvolvimentodessashabilidades.Vale
lembrar que qualquer aluno será beneficiado pelas estratégias propostas,
mesmoaquelesquenãoapresentemnenhumadificuldadedeaprendizagem.
Estãodivididasem:
Umdicionário(quepodesersubstituídoporcartõescompalavrasdocotidia-
nodoaluno,previamenteselecionadaspeloprofessor).
Cartõescomas“ordens“:Diálogo; História; Significado; Sinônimo e Antônimo.
Aatividadeconsisteemescolheraleatoriamentenodicionárioumapalavra
(ou selecionar um dos cartões de palavras do cotidiano) e, em seguida,
selecionarocartãocoma“ordem”,quediráoqueoalunodeveráfazercom
aquelapalavra.Porexemplo:apalavrasorteadafoi“ventilador”eocartão
selecionado pelo aluno tem a ordem “significado”, logo o aluno deverá
explicaroqueéumventilador.
Recomendamosque,aoutilizarodicionário,oprofessorretireocartão
“ordem” que pede o significado, uma vez que o aluno poderá escolher
aleatoriamenteapalavraelerseusignificadoantesdepegarocartãoque
diráoquefazercomapalavra.
Estratégias para sala de aula
Atividade 1: Jogo de palavras
Grupo I Codificação no nível
da palavra
Grupo II Elaboração
de texto
Estratégiasparaestimularaescritadepalavras
Estratégiasparaestimularalinguagem
Estratégias com foco no Grupo I: Dificuldades de escrita no nível da palavra
Algumasdessascaracterísticasfazempartedoprocessodeapropriaçãodosistemaortográficodalíngua-fasedeaquisiçãodaescrita-,porissodevemserinvestigadascomcautela.Atéa3asérie,écomumqueascriançasfaçamconfusõesortográficas,porquearelaçãocomossonsepalavrasimpressasaindanãoestádominadaporcompleto.Porém,apósessasséries,seastrocasortográ-ficas persistirem sistematicamente, podemos estar diante deumtranstornodeaprendizagem,oquerequerumaintervençãomaisdirigida.
44 45
Atividade 2: usando “ditados”
Atividade 3: binômios ou trinômios
fantásticos
Comopodemosusaroditado? Escrevadacruzadinhapalavrascomduassílabasetrêssílabas.
Descubraapalavraescondida.
Escrevaumafrasequecontenhaestasduaspalavrasrepresentadasemimagens:
Escrevaumafrasequecontenhaestastrêspalavrasrepresentadasemimagens:
Atividade 4: palavrascruzadas
Atividade 5: descubra a palavra escondida
46 47
Atividade 6: descubra a
palavra nova
Troqueassílabasdelugaredescubraumapalavranova: Descubraaspalavrasdeacordocomossímbolos:
Escrevaahistóriasubstituindoosdesenhosabaixoporpalavras:AcrescentealetraRdepoisdaprimeiraletradecadapalavra
edescubraumapalavranova:
Atividade 7: palavras em códigos
48 49
Atividade 3: anúnciosdejornal
Atividade 4: textocomatécnica de“Cloze”
Materiais:tesouras,papel,anúnciosdevendaemjornaisebandejasdeplástico.
Atividade:Selecioneosanúnciosdevendaemjornais.Recorte-os(seosachar
pequenos, digite-os). Faça listas com itensparaqueogrupoprocure (você
podeencontrarmuitositensouatécriá-los):
• casa
• cestasdecafédamanhã
• roupa
Dependendodoníveldecapacidadefuncionaldogrupoedafaixadeidade,
osparticipantespodemajudarnaconfecçãodalistaenaprocuradeanún-
cios.Depoisdeachadosouconfeccionadososanúncios,elesdevemsercola-
dosemcartõesdiferentesealocadosemumabandeja.Ofacilitadordogrupo
podeusarumasólistaparaogrupooumaisdeuma(cadaparticipantecom
umalista).Aodividirogrupo,ofacilitadorpode“premiar”aquelequeencon-
trarummaiornúmerodeitens.Porfim,osparticipantespodemmostraraos
outrososanúnciosqueacharameatépedirajudaaosdemaisparaencontrar
osanúnciosquefaltaram!
Umavariaçãodessaatividadeéusarospreçosparaagruparosanúnciosdo
maisbaratoparaomaiscaro.
Completeaslacunasdotextocomaspalavrasfaltantes:
Atividade 1: tudo sobre Maria
Atividade 2: contação de histórias ounotíciasdiáriasde
jornal ou revista
Estratégias com foco no Grupo II: Dificuldades de elaboração de texto
Ospequenospassosdãoestruturaeajudamoleitoraestabelecerasequência
doconteúdolido.
Sugestões:
• Escreveronomedosprincipaispersonagens.
• Identificarospaísesondeahistóriaocorre.
• Qualaregião(área)dopaís.
• Escrevaquatropalavrasquesãoimportantesparaahistória.
• Descrevaalgumeventoqueocorreunocapítulo–sepreferir,descrevaum
episódiocomcomeço-meio-fim,parafacilitarasequênciadedetalhes.
• Descrevaporqueoeventofoiimportante.
50 51
Orientações Gerais
Proporcionar um ambiente facilitador de uma boa aprendizagem:
• antesdeiniciarumnovotema,exploreoqueacriançatemdeconheci-
mentopréviosobreoassunto;
• senecessário,elejaalgunspontos(previamente)doqueesperaqueo
alunosaiba,ouparaquaisaspectoseledeveatentar;
• mantenhaasinformaçõescurtasevisuais;SEMPREassociefigurasaotexto.
Para cada disciplina:
• organizarepriorizarinformações;
• conceitosprincipaisXideiassecundárias;
• priorizaroqueémaisimportanteestudar;
• ensinaralertomandonotas–palavras-chaveeassociações;
• dividirtextoslongosempequenostrechoserevisarconteúdoacada
trecho;
• checarsuaprodução.
Autoavaliação:
• Éimportantequeoalunotenhacríticaparaseautoavaliar.
• Atarefadeveserestruturadaparaqueoalunopossarevisarsuaprodução.
• Umchecklistaofinaldatarefapodeserútilparaajudaroalunoamonitorar
seuprogresso.
• Ochecklistdeveincluirasseguintesperguntas:
o Qualémeuobjetivo?
o Oquequeroatingir?
o Oqueprecisosaberantesdeiniciaratarefa?
o Querecursosserãonecessários?
o Qualmeuprazo?
• Nomeiodaatividade,oalunopodequestionar:
o Comoestouindo?
o Euprecisodeoutrosrecursosparacompletaratarefa?
o Oquemaispossofazerparacompletaratarefa?
• Aofinal,oalunoéencorajadoaseperguntar:
o Euatingimeusobjetivos?
o Fuieficiente?
o Oquefuncionou?
o Oquenãofuncionou?
o Quaisasestratégiasquepossousarnapróximavez?
Construaosdiálogosabaixoapartirdosassuntostrabalhadosemsala.
Atividade 5: gibi sem balão
Osalunospodemnegociareescolherentreumlivroinfantilouumcapítulo.
Odesafioserátransformá-loemumahistóriaemquadrinhos.Ouainda,dar
sequênciaaumahistóriaqueterminou,imaginando,porexemplo,comose-
riaacontinuaçãodeumcontodefadas.Oqueacontecedepoisdos“felizes
parasempre”?
Oalunopodeescolherumgênerotextualnoqualodesafioseriadarumfi-
nalhumorísticoàshistórias.Osalunospodemselecionarum fatodomês,
porexemplo,osJogosOlímpicosouoCarnaval,ecriarhistóriassobreesse
evento.Outrapossibilidadeseriacriarumahistóriaapartirdeumamúsica.
Adependerdoobjetivodaatividade,podemosdisponibilizartextosdegibis
aosalunos(abaixo)comorecursoauxiliar.
OHagáQuêéumeditordehistóriasemquadrinhoscomfins pedagógicosquefoidesenvolvidodemodoafacilitaroprocesso decriaçãodegibisporumacriançaaindainexperientenousodo computador, mas com recursos suficientes para não limitar sua imaginação.Parafazerodownloadgratuitodoprogramaacesse: www.nied.unicamp.br/~hagaque/
52 53
• Oprofessortambémdevesemonitorarecriarumchecklist:
o Foramusadospequenospassos?
o Asfrasesestãomaiscurtas?
o Ovocabulárioestácompreensível?
o Aspistasvisuaisforamusadas?
o Umtextomaior(aumento)foiusado?
o Oestilodefonteestáadequado?
o Aapresentaçãofoivalorizada?
o Oalunotemchancesdeseautomonitorareseautocorrigir?
o Astarefasabordamtemas“simples”(dentrodazonadeconforto)?
NoBrasil,existemalgunscentrosdepesquisaemalfabetização. Abaixoseguemlinksparaalgunsdeles:
CEALE – UFMG http://www.ceale.fae.ufmg.br/pages/view/biblioteca.html
CEEL – UFPE http://www.ufpe.br/ceel/
Associação Brasileira de Alfabetização http://www.abalf.com.br/
ALFALE – UFMT http://dgp.cnpq.br/buscaoperacional/detalhegrupo.jsp?grupo=03327085JKR5TU
Fique por dentro das evidências científicas
OsresultadosdoPISA–2009revelamqueempraticamentetodosospa-
ísesdaOCDEosestudantesde15anosquefrequentaramalgumaescola
emidadepré-escolarobtiveramdesempenhosmelhoresdoqueaquelesque
nãoofizeram.Defato,adiferençaentreosestudantesquefrequentarama
pré-escolapormaisdeumanoeosquenuncaafrequentaraméde54pon-
tosemmédianaavaliaçãodeLeituradoPISA–ouoequivalenteamaisde
umanodeescolaridadeformal(oquetotaliza39pontos).Emboraamaioria
dosquefrequentaramaeducaçãopré-escolarvenhadeambientessocioeco-
nômicosmaisprivilegiados,adiferençanodesempenhomantém-semesmo
quandosecomparamestudantesdeambientessemelhantes.Quandocon-
sideramambientessocioeconômicossimilares,osestudantesque frequen-
taramapré-escolaalcançam,emmédia,33pontosacimadaquelesquenão
frequentaram.
Para saber mais sobre o PISA, leia o anexo ao final deste módulo.
OProgramme for International Student Assessment(PISA)–ProgramaIn-
ternacionaldeAvaliaçãodeEstudantes–éumainiciativainternacionalde
avaliaçãocomparada,aplicadaaestudantesnafaixados15anos,idadeem
quesepressupõeotérminodaescolaridadebásicaobrigatórianamaioria
dospaíses.
OprogramaédesenvolvidoecoordenadopelaOrganizaçãoparaCoopera-
çãoeDesenvolvimentoEconômico (OCDE).Emcadapaísparticipante,há
umacoordenaçãonacional.NoBrasil,oPISAécoordenadopeloInstitutoNa-
cionaldeEstudosePesquisasEducacionaisAnísioTeixeira(Inep).
OsdadosdoPISA–2009sugeremqueospaísesquemelhorarammais,ou
aquelesqueestãoentreosresultadosmaisaltosemleitura,sãoosqueconse-
guiramestabelecerpolíticasemetasclarasedesafiadorasparamonitoraro
desempenhodosalunos,darmaiorautonomiaàsescolas,ofereceromesmo
currículoatodososestudantesde15anos,investirnaformaçãoenotreina-
mentodeprofessoreseapoiarescolasealunoscombaixodesempenho.
Osbenefíciosda educaçãopré-escolarsão evidentes e praticamente universais
A avaliação internacional daproficiência em leitura
54 55
Um número crescente de pesquisadores têm se interessado em discutir
o alcance das descobertas sobre o funcionamento do cérebro no ensino
edequeformaosachadosdasneurociênciaspodemseraplicadosemsala
de aula.O rápido progresso das pesquisas nos tem permitido uma nova
compreensão sobre ensino e aprendizado, possibilitando o diálogo entre
neurociênciaeeducaçãoecontribuindoparaodebateeducacional.Muitos
acreditamque o conhecimento do cérebro terá impactos determinantes
naspráticasdeensinoeque,num futuropróximo, apráticaeducacional
serátransformadapelaciência.Éimportanteconsiderar,noentanto,queo
avançodessadiscussãosóserápossívelseeducadoresecientistasestive-
remabertosadebatessobreosconhecimentosdisponíveistantonomeio
educacionalquantonomeiocientífico.
Mason, L. (2009)
Conclusão Ciência do ensinar e do aprender
Oletramentoemleituraconsisteemcompreender,utilizar,refletirsobreeenvol-
ver-secomtextos,afimdealcançarobjetivospessoais,construirconhecimento,
desenvolveropotencialindividualeparticiparativamentedasociedade.
Aleitura,apartirdaperspectivadoPISA,évistacomoumprocesso“ativo”,
queimplicanãoapenasacapacidadeparacompreenderumtexto,masacapa-
cidadederefletirsobreecomeleseenvolver,apartirdeideiaseexperiências
próprias.
Localizarerecuperarinformação
Paraapreenderumainformaçãodeformaefetiva,osleitoresdevemrevisar,
buscar,localizareselecionarainformaçãorelevante.
Nastarefasdeavaliaçãoquerequeremalocalizaçãoerecuperaçãodeuma
informação, os estudantes devem identificar os elementos essenciais de
umamensagem:seucaráter,omomento,asituaçãoetc.;compararainforma-
çãoproporcionadanaperguntacominformaçõesliteraisousimilaresnotexto;
eutilizá-laparaencontrarainformaçãoquefoipedida.
Desenvolver interpretação
Este aspecto requer que os leitores demonstrem uma compreensão mais
completa e específica daquilo que leram. Entre as tarefas que podem ser
usadasparaavaliaresseitemestãoincluídasacomparaçãoeocontrastede
informação–integrandodoisoumaistrechosdotexto.
Pode-sesolicitaraoalunoqueelaboreumainterpretaçãoglobaldotexto,que
identifiqueo tema abordado, que compreenda amensagem transmitida,
quededuzaaintençãodoautor.Pode,também,sersolicitadoqueinterpre-
teumaparteespecíficadotexto.
Refletirsobreeanalisaroconteúdoouaforma
Oconhecimentodeelementostaiscomoaestruturatextual,ogêneroeo
tomdesempenhaumimportantepapelnareflexãoenaavaliação.Pede-se
Anexo Marcos referenciais do letramento em leitura segundo o PISA
Definição
Competências
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aosestudantesquedetectemnuancesnalinguagem–porexemplo,com-
preendera importânciadaescolhadeumadjetivonomomentode inter-
pretarumtexto.
Astarefastípicasparaaavaliaçãodesseprocessoincluemapontarevidências
ouargumentosexternosaotexto,avaliararelevânciadedeterminadosfrag-
mentosdeinformação,compararcomregrasmoraisouestéticas(padrões),
identificarinformaçõesquepodemreforçarosargumentosdoautoreavaliar
avalidadedasevidênciasoudainformaçãoproporcionadapelotexto.
Astarefasdeavaliaçãoincluemadeterminaçãodautilidadedeumtextopara
conseguirumpropósitodeterminadoeaidentificaçãodousoqueoautorfaz
dedeterminadasestruturastextuaisparaconseguirumobjetivoespecífico.
UmdoselementoscruciaisdoPISAéautilizaçãodediferentestiposeforma-
tosdetexto.
Formatos
Ostextoscontínuosestãocompostosnormalmenteporfrasesque,porsua
vez,organizam-seemparágrafosepodemserenquadradasemestruturas
maisamplas,taiscomoseções,capítulosoulivros.
Ostextosnãocontínuosorganizamainformaçãodemaneiradiversaepo-
demapresentar-se de diferentes formas comográficos,mapas, formulá-
rios,diagramas,tabelas,listasetc.
Ostextosmistosapresentampartescontínuasepartesnãocontínuas.São
ostextosemqueoautorlançamãodegráficosououtrotipodetextonão
contínuoparaexplicarmelhorinformaçõesdadasemumtextocontínuo.
Ostextosmúltiplosnadamaissãodoquedoisoumaistextosdiferentesjus-
tapostos.Podemconterinformaçõescomplementaresoupodemsertextos
contraditórios,comofimdeprovocaracapacidadedereflexãodoaluno.
Tipos
Descrição: textonoqualasinformaçõessereferemapropriedadesdeobje-
tosnoespaçoerespondemaperguntasdotipo“oquê”.
Narração:textonoqualasinformaçõessereferemapropriedadesdeobje-
tosnotempoenormalmenterespondemaperguntasdotipo“quando”ou
“emquesequência”.
Exposição: textonoqualasinformaçõessãoapresentadascomoconceitos
complexos,construtosmentais,ouelementospormeiodosquaisconcei-
tos ou construtosmentais podem ser analisados.O texto fornece uma
explicaçãosobredequemaneiraoselementoscomponentesseinter-re-
lacionamemumtodosignificativoe,normalmente,respondeaperguntas
dotipo“como”.
Argumentação: textoqueapresentaproposiçõesquesereferemàrelação
entreconceitosououtrasproposições.Textosargumentativosfrequente-
menteoferecemrespostasaperguntasdotipo“porquê”.
Prescrição ou instrução:textoqueforneceorientaçõesquantoaoquefa-
zer,e incluiprocedimentos, regras, regulamentosenormasqueespecifi-
camdeterminadoscomportamentos.
OPISAdistinguequatrotiposdesituaçãodeleitura,segundoopropósito
comqueotextofoielaboradoeousoaqueelesedestina:leituraparaouso
pessoal,paraousopúblico,paraaeducaçãoeparaotrabalho.
ComoaavaliaçãodacompetêncialeitoranoPISApretendemedirosdife-
rentestiposdeleituraqueacontecemdentroeforadasaladeaula,omodo
de se definir as situações não pode ser baseado simplesmente no lugar
ondeseproduzaleitura.Porexemplo,oslivrosdetextosãolidostantoem
casaquantonaescola,eosprocessosepropósitosdaleituradessestextos
diferempoucodependendodolugarondesãolidos.
NoPISA,assituaçõesdeleiturapodemserentendidascomoumacategori-
zaçãogenéricadostextosbaseadanaintençãodeseuuso,narelaçãoexplí-
citaouimplícitacomoutroseemseuconteúdogeral.Portanto,oconteúdo
dostextosémuitoimportante.Oobjetivoquesepretendealcançarécon-
seguirumequilíbrioentreadefiniçãogenéricadecompetêncialeitoraea
representaçãodadiversidadelinguísticaeculturaldospaísesparticipantes.
Essadiversidadecontribuiráparaassegurarquenenhumgruposejabenefi-
ciadonemprejudicadopeloconteúdodaavaliação.
Leitura para uso privado (pessoal): este tipode leitura atende aos inte-
ressesdosindivíduos,tantoemtermosintelectuaisquantopráticos.Inclui
tambéma leituraorientadaamanter edesenvolver relações comoutras
pessoas.Os conteúdos típicos incluem cartas pessoais, textos de ficção,
biografiase informativos lidosporcuriosidade,comopartedeatividades
deprazerourecreativas.
Leitura para uso público: estetipodeleiturapermiteaparticipaçãoemati-
vidadesmaisamplasnasociedade.Incluidocumentosoficiais,assimcomo
informaçõessobreeventospúblicosenotíciasdeinteressedacoletividade.
Emgeral,essastarefasestãoassociadasacontatosmaisoumenosanôni-
moscomoutraspessoas.
Conteúdo Contextoousituação
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Leitura para educação: está relacionada com a aquisição de informações
comopartedeumatarefadeaprendizagemmaisampla.Emgeral,osmate-
riaissãoescolhidospeloleitor,masindicadospeloprofessor.Oconteúdonor-
malmenteésugeridoespecificamenteemfunçãodosobjetivosdeinstrução.
Leitura para uso ocupacional (trabalho): pode não ser necessária para a
maiorpartedosjovensde15anos,mashárazõesimportantesparaincluir
essecontextodeleituranoPISA.Emprimeirolugar,aleituraemtaissitua-
çõesestánormalmenterelacionadacomodesenvolvimentodeumatarefa
imediata.Emsegundolugar,algumascapacidadesleitorascontribuirãona
formaçãodosestudantesparaomundodotrabalho,doqualapopulação-
-alvodoPISAfaráparteembreve.
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Letramento em leitura
(http://portal.inep.gov.br/internacional-novo-pisa-marcos_referenciais)
EstaapostilafoielaboradapelaequipemultidisciplinardoComitêdeEducaçãodoiABCDparaservirdeapoioaocursodeformaçãodeprofessoresdoPrograma Todos Aprendem.Asinformaçõesaquicontidaspodemserrevistasemumvídeoanimadoeemumques-tionáriodemúltiplaescolhaquedeveseracessadoerespondidoonlinenositeiabcd.qmagico.com.br.
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“Chega mais perto e contempla as palavras Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra e te pergunta, sem interesse pela resposta, pobre ou terrível, que lhe deres: Trouxeste a chave?”
Carlos Drummond de Andrade(1902-1987)