Como Dinamizar a Igreja

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 COMO DINAMIZAR A IGREJA Pr. Elinaldo Renovato de Lima INTRODUÇÃO Nesta virada do milênio, há um enorme desafio aos pastores e outros líderes de igrejas locais em relação ao seu desempenho. Há uma preocupação com o crescimento, com os resultados, de tal forma, que existem os que fazem de tudo, utilizando-se de todo o tipo de "marketing" para conseguir o crescimento, buscando um dinamismo a todo custo. Enfatizamos a igreja local, visto que a Igreja com "I" maiúsculo, a Igreja de Cristo, esta já é dinâmica, pela sua própria natureza. Haja vista que, ao longo de dois milênios, as "portas do inferno" não conseguiram prevalecer contra Ela, conforme profetizou Jesus Cristo. Desejamos contribuir para a reflexão sobre o tema, sem a pretensão de esgotar o assunto. I - O QUE É DINAMIZAR Se olharmos o significado da palavra dinamizar, verificamos que quer dizer "Tornar dinâmico", ou seja, fazer com que algo tenha muita atividade e movimento, enérgico ou diligente. Vem de dínamo, que corresponde a uma "máquina dinamoelétrica; gerador que transforma a energia mecânica em elétrica". Aplicando essas definições à vida cristã, entende-se que dinamizar uma igreja significa emprestar-lhe um caráter ativo, cheio de energia, de vitalidade, de movimento, em suas atividades espirituais e administrativas. Esses conceitos, adquiridos da visão moderna de organização, faz com que muitos considerem a igreja local como se fosse uma empresa, e seus pastores co mo se fossem administradores de organizações que têm que mostrar resultados. Já vimos o caso de uma congregação que quase foi fechada porque não dava "retorno". É que o número de congregados, em um ano, era tão pequeno, que as contribuições não davam para pagar o aluguel, a luz e a água do prédio, e alguém, com mentalidade imediatista, sugeriu seu fechamento e a mudança dos bancos para outro lugar. Só não deixou de funcionar porque alguém lembrou que igreja não é mercearia ou firma, que tem que dar "lucro". E graças a Deus, hoje, é um grande e próspero trabalho. Não devemos esquecer que "nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento" (1 Co 3.7). II - O DINAMISMO ESPIRITUAL Em termos espirituais, a igreja é um organismo vivo, um corpo místico, do qual Cristo é a cabeça. Está escrito: "Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação, assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros" (Rm 12.4,5); "Ora, vós sois o corpo de Cristo e seus membros em particular" (1 Co 12.27). Não podemos perder essa visão. Tudo tem que começar pelo espiritual, e terminar pelo espiritual. A parte humana é meio e não fim. Em termos humanos, não obstante a igreja não ser uma empresa, no sentido estrito do termo, e sim, uma organização, necessário se faz que a mesma tenha dinamismo, dentro das condições em que ela se situe. Uma igreja, num país muçulmano, não pode ter o mesmo desempenho que uma igreja no Brasil, onde, pela graça de Deus, existe liberdade religiosa. Na Europa, onde se verifica um grande esfriamento espiritual, uma igreja local com 50 membros é um sucesso. No Brasil, é uma pequena congregação. O dínamo do Espírito Santo O dinamismo mais importante que uma igreja p recisa experimentar é o dinamismo espiritual. O espírito Santo é o dínamo, que movimenta a igreja. Sem Sua ação é impossível movimentá-la de acordo com a vontade de Deus. Nos dias em que vivemos, na transição do milênio, nota-se que, em grande parte das igrejas, há uma grande carência do poder movimentador do Espirito Santo. Parece que a influência do mundo tem amortecido ou dificultado a presença do Espírito em muitas igrejas locais.

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COMO DINAMIZAR A IGREJA Pr. Elinaldo Renovato de Lima

INTRODUÇÃO

Nesta virada do milênio, há um enorme desafio aos pastores e outros líderes de igrejas locaisem relação ao seu desempenho. Há uma preocupação com o crescimento, com os resultados,de tal forma, que existem os que fazem de tudo, utilizando-se de todo o tipo de "marketing"para conseguir o crescimento, buscando um dinamismo a todo custo. Enfatizamos a igrejalocal, visto que a Igreja com "I" maiúsculo, a Igreja de Cristo, esta já é dinâmica, pela suaprópria natureza. Haja vista que, ao longo de dois milênios, as "portas do inferno" nãoconseguiram prevalecer contra Ela, conforme profetizou Jesus Cristo. Desejamos contribuir para a reflexão sobre o tema, sem a pretensão de esgotar o assunto.

I - O QUE É DINAMIZAR

Se olharmos o significado da palavra dinamizar, verificamos que quer dizer "Tornar dinâmico",ou seja, fazer com que algo tenha muita atividade e movimento, enérgico ou diligente. Vem dedínamo, que corresponde a uma "máquina dinamoelétrica; gerador que transforma a energiamecânica em elétrica". Aplicando essas definições à vida cristã, entende-se que dinamizar umaigreja significa emprestar-lhe um caráter ativo, cheio de energia, de vitalidade, de movimento,em suas atividades espirituais e administrativas.

Esses conceitos, adquiridos da visão moderna de organização, faz com que muitos considerema igreja local como se fosse uma empresa, e seus pastores como se fossem administradoresde organizações que têm que mostrar resultados. Já vimos o caso de uma congregação quequase foi fechada porque não dava "retorno". É que o número de congregados, em um ano, eratão pequeno, que as contribuições não davam para pagar o aluguel, a luz e a água do prédio, ealguém, com mentalidade imediatista, sugeriu seu fechamento e a mudança dos bancos para

outro lugar. Só não deixou de funcionar porque alguém lembrou que igreja não é mercearia oufirma, que tem que dar "lucro". E graças a Deus, hoje, é um grande e próspero trabalho. Nãodevemos esquecer que "nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dáo crescimento" (1 Co 3.7).

II - O DINAMISMO ESPIRITUAL

Em termos espirituais, a igreja é um organismo vivo, um corpo místico, do qual Cristo é acabeça. Está escrito: "Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todosos membros têm a mesma operação, assim nós, que somos muitos, somos um só corpo emCristo, mas individualmente somos membros uns dos outros" (Rm 12.4,5); "Ora, vós sois ocorpo de Cristo e seus membros em particular" (1 Co 12.27). Não podemos perder essa visão.Tudo tem que começar pelo espiritual, e terminar pelo espiritual. A parte humana é meio e não

fim. Em termos humanos, não obstante a igreja não ser uma empresa, no sentido estrito dotermo, e sim, uma organização, necessário se faz que a mesma tenha dinamismo, dentro dascondições em que ela se situe. Uma igreja, num país muçulmano, não pode ter o mesmodesempenho que uma igreja no Brasil, onde, pela graça de Deus, existe liberdade religiosa. NaEuropa, onde se verifica um grande esfriamento espiritual, uma igreja local com 50 membros éum sucesso. No Brasil, é uma pequena congregação.

O dínamo do Espírito Santo

O dinamismo mais importante que uma igreja precisa experimentar é o dinamismo espiritual. Oespírito Santo é o dínamo, que movimenta a igreja. Sem Sua ação é impossível movimentá-lade acordo com a vontade de Deus. Nos dias em que vivemos, na transição do milênio, nota-seque, em grande parte das igrejas, há uma grande carência do poder movimentador do Espirito

Santo. Parece que a influência do mundo tem amortecido ou dificultado a presença do Espíritoem muitas igrejas locais.

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Certo obreiro utilizou-se de Jr 6.29 para ilustrar o que está acontecendo com muitas igrejasevangélicas. Ali, está escrito: "Já o fole se queimou, o chumbo se consumiu com o fogo; emvão vai fundindo o fundidor tão diligentemente, pois os maus não são arrancados". Sem aintegridade do fole, é impossível soprar as brasas, no fogo que funde o metal. Assim, quando aigreja não tem mais a integridade do "fole" do Espírito, com seu sopro de poder renovador emoldador de vidas, que são a sua matéria prima, em vão se trabalha na obra. Com isso,

prevalecem os maus, os que não têm interesse em ver a obra do Senhor crescer de mododinâmico e pujante.

Nota-se que existe uma movimentação enérgica, quase frenética, em termos da eventosmovidos pela técnica , e até pela pirotecnia. Haja vista os chamados "shows", em que igrejas,salões ou estádios ficam cheios de gente em busca de movimento humano. Mas o dinamismoespiritual não passa por tais movimentos, em que o homem, o pastor, o pregador e muitomenos "o artista" crente são o centro das atenções.

A finalidade do Espirito Santo é glorificar a Cristo (cf. Jo 16.14). Ele jamais atua ou dinamizauma igreja em que o homem é o centro, a exemplo da igreja de Laodicéia, que se caracterizavapelo "governo do homem", pela afirmação dos "direitos do povo", ou "direitos humanos", emque o homem era o centro de tudo. O humanismo, de mãos dadas com o liberalismo, tem

promovido um falso avivamento em muitas igrejas.

O Espírito Santo é o dinamizador por excelência

Quando Jesus estava para partir de volta aos céus, Ele ordenou aos discípulos quepermanecessem em Jerusalém, até que do alto fossem revestidos de poder (Lc 24.49). Jáhaviam estado com Cristo, já haviam presenciado milagres e sinais, já haviam tido aexperiência de demonstrar o poder de Deus, a ponto de , retornando de uma jornadaevangelística, dizerem admirados a Cristo: "Senhor, pelo teu nome, até os demônios se nossujeitam" (Lc 10.17). Mesmo assim, precisavam esperar o derramamento do Espírito Santo,que ocorreu dias depois, conforme o relato de Atos 2.

O batismo com o Espírito Santo foi o diferencial entre a igreja deixada por Cristo e as velhas

estruturas do judaísmo e de outras religiões e movimentos filosóficos conhecidos, que nãotinham poder para a transformação das vidas e da sociedade. Ação do Espírito Santo, na igrejaprimitiva, fez-se sentir de modo tão marcante, que podemos encontrar nas páginas do NT oefeito dinâmico do poder de Deus. Em Atos 2.41-47, vemos o modelo eclesiástico ideal paratodos os tempos, com as devidas adaptações. Houve decisões de almas e não apenas olevantar de mãos, de modo que "quase três mil almas" se agregaram à igreja. Havia doutrina,comunhão, orações.

Havia temor de Deus , e o povo podia ver os milagres acontecerem com maravilhas e sinaisque se faziam pelos apóstolos. A cura de um homem coxo (At 3) fez o povo reconhecer quealgo novo havia surgido naqueles dias, através de homens simples e desprovidos de grandecultura. O poder era tão grande que abalou as estruturas religiosas enferrujadas dos líderes dosinédrio, e o inferno se levantou contra a novel igreja. Mas a mão de Deus os libertou, "E, tendo

eles orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santoe anunciavam com ousadia a palavra de Deus" (At 4.31).

Diante disso, não temos dúvida de que, se uma igreja local precisa de dinamismo, é necessárioque seus líderes, juntamente com os crentes, procurem seguir o modelo deixado por Cristo,bucando o poder dinâmico do Espírito Santo em seu meio, não se deixando dominar pelo vírusdo modernismo liberalista.

A unção e os dons do Espírito Santo 

A unção de Deus é a capacitação do obreiro para a realização da missão que lhe é confiada.Sem ela, o pastor e a igreja sofrem pela falta de poder, de sabedoria, de graça, de habilidade,de energia, de condições para vencer as lutas e vicissitudes que envolvem a ação ministerial.Os dons são manifestações dessa unção poderosa na vida do líder e da igreja. Numalinguagem simples, podemos dizer que os dons do Espírito Santo são "ferramentas" e

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"equipamentos" ultramodernos, de "última geração", para o dinamismo da igreja local.

Sem eles, a igreja não passa de uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, comestatuto próprio e razão social. Nada mais do que isso. Pode assemelhar-se a um "cluberecreativo religioso", em que os crentes vão ouvir bons sermões, belos hinos, e se deleitamcom o evangelho de entretenimento, que se contenta com o movimento corporal, com as

coreografias ensaiadas, as danças, os pulos, os balés, os apupos e assobios, no estilosemelhante ao dos espetáculos mundanos. Os dons são indispensáveis para o dinamismo daigreja.Nesses dias do novo milênio, infelizmente, os dons estão sendo substituídos pelos talentoshumanos, pelos cursos de Teologia, pelos diplomas universitários, pelos recursos da oratória,pelos dons artísticos dos cantores e dançarinos, em muitas igrejas. Nada temos contra cursosteológicos ou universitários, pois, pela bondade de Deus, fizemos alguns deles, inclusive napós-graduação, e são de grande utilidade para o ministério pastoral, principalmente na área doensino. Estimulamos os crentes a que estudem Teologia, e mesmo que façam cursos secularesem todos os níveis. O que não podemos aceitar é que uma igreja fique acomodada, sembuscar os dons espirituais, quando as forças do inferno estão mais atuantes contra ela. S.Paulo ensinou que devemos buscar com zelo os melhores dons (1 Co 14.1,39). 1)

Edificação e crescimento. 

Hoje, o mito do crescimento tem dominado a mente de muitos líderes, que buscam ocrescimento numérico a qualquer preço, mesmo que os crentes não sejam edificados emCristo. Há igrejas que se caracterizam por abrigar celebridades, tais como jogadores de futebol,atores e atrizes de TV e de cinema, etc.

Mas muitas dessas pessoas , que aumentarem a lista dos crentes, não cresceramespiritualmente, pois ainda continuam a praticar "as coisas velhas", exibindo-se de modoindecente, realizando programas pornográficos, sem demonstrar qualquer mudança em seutestemunho, de modo que glorifiquem a Cristo. É o crescimento sem edificação. É o dinamismoà moda de Laodicéia. O homem no centro, e Deus de lado ou deixado para trás. Nessasigrejas, não se fala em santidade, em santificação. Isso é coisa arcaica e pode afugentar as

celebridades com seus gordos dízimos. Isso cheira a simonia.

A preocupação com indicadores de desempenho, de desenvolvimento, emprestados daadministração científica, tem levado igrejas a viverem de eventos e movimentos humanos. Sefosse por esse critério, que seria do ministério de Jesus? Como o avaliaríamos? Certamente,haveríamos de concluir que fora um fracasso total. Começou com alguns discípulos, teve umcrescimento notável, mas, ao final, após sua morte, apareceram ao seu lado uns 500 irmãos,e , no Dia de Pentecostes, só havia 120, que mantinham a fé! No entanto, aqueles 120 forambem edificados sobre Cristo. Através deles, foi que a igreja se expandiu e chegou aos confinsda terra! O derramamento do Espírito Santo provocou um dinamismo extraordinário, mesmohavendo perseguições cruéis.

O crescimento da igreja precisa ser equilibrado. Diz S. Pedro: "antes, crescei na graça e noconhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo" (2 Pe 3.18). O crescimento na graçasó se consegue mediante o exercício espiritual da comunhão com Deus, através da oração,com uma vida de santificação diária e constante. O crescimento no conhecimento é obtido pelabusca diária , da leitura e meditação na palavra de Deus, e também pela leitura de livros, deescritos e trabalhos , em que homens, mestres na Palavra, dados por Deus (Ef 4.11), recebema inspiração para penetrar nos arquivos da revelação divina. Através dos dons espirituais, aigreja pode crescer de modo equilibrado e santo, tanto na graça quanto no conhecimento.

Poder para a evangelização e Discipulado.

Ao prometer o batismo com o Espirito Santo, Jesus disse que seus discípulos receberiampoder para serem testemunhas "tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e atéaos confins da terra" (At 1.8). Evangelizar é a principal tarefa da igreja. E é exatamente contraessa tarefa que o inferno se mobiliza de modo feroz. Por que há igrejas que, após tantos anos,

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não conseguem ganhar muitas almas? Exemplo disso é o que ocorre na Europa e em outraspartes do mundo. É que as forças do maligno se entrincheiraram de tal forma em tais lugares,que se torna quase impossível o crescimento da igreja.Mas através dos dons espirituais, as barreiras podem ser derrubadas, com sinais, prodígios emaravilhas, que convencem ao mais duro pecador, de que a mensagem de Cristo não consistesó em palavras, em retórica, mas "em demonstração do Espírito e de poder" (1 Co 2.4).

Segundo o Pr. Eurico Bergstén (p. 41), "Os dons espirituais constituem um poder sobrenatural ,uma autoridade que vence as forças malignas que procuram impor o seu domínio sobre opovo...A superioridade do cristianismo diante de todas as outras religiões, filosofias emovimentos demoníacos se manifesta através do Poder sobrenatural"...quando o poder sobrenatural pelos dons se manifestar, então se cumprira a palavra de Jesus: ' As forças doinferno não prevalecerão contra ela..." (Mt 16.18). Nesses últimos dias, faz-se necessária arealização de sinais, milagres e maravilhas, através dos dons do Espírito Santo.

As falsas religiões e seitas, principalmente de origem oriental, têm operados tão grandes sinais,que espantam o mundo. A religião romana tem apresentado através da TV, diversos sinais eprodígios, que ensejam testemunhos extraordinários. E como fica a igreja de Cristo? Se tantasreligiões fazem sinais, qual o diferencial da igreja cristã? Os budistas, os hinduístas tambémfazem sinais!

Um grande milagre

Isso nos faz lembrar o que ocorreu no tempo de Moisés e Arão. Eles foram enviados a Faraó e,na presença do rei, fizeram sinais. A vara de Arão se transformou em cobra. "Então, Moisés eArão entraram a Faraó e fizeram assim como o SENHOR ordenara; e lançou Arão a sua varadiante de Faraó, e diante dos seus servos, e tornou-se em serpente" (Ex 7.10). Os servos deDeus fizeram um grande milagre. Mas o diabo os imitou de modo tremendo. "E Faraó tambémchamou os sábios e encantadores; e os magos do Egito fizeram também o mesmo com osseus encantamentos" (Ex 7.11). É o que está ocorrendo nos dias em que vivemos. Satanásestá operando grandes sinais, imitando a igreja do Senhor Jesus.

As pessoas descrentes estão atônitas com os milagres do diabo. Não sabem o que está

acontecendo. Por isso, é necessário que a igreja do Senhor demonstre milagres maiseloqüentes, como ocorreu com Arão: "Porque cada um lançou sua vara, e tornaram-se emserpentes; mas a vara de Arão tragou as varas deles" (Ex 7.12). Os dons de curar, deoperação de milagres, de profecia, e principalmente o de discernir os espíritos sãoindispensáveis para a dinamização da igreja nos tempos difíceis em que nos encontramos. Maseles precisam ser acompanhados de transformação nas vidas por eles alcançadas, de modoque seu testemunho não glorifique o homem , mas a Deus!

Do contrário, vai cumprir-se o que Jesus previu: "Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor!entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.Muitos me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teunome, não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas? E, então,lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade"

(Mt 7l.21-23). Operação de milagres sem santidade não vale nada para Deus. Não devemosnos impressionar com a onda de milagres que está aparecendo na virada do milênio. Se taissinais não glorificarem a Cristo, não têm o menor valor diante dos céus.

O fruto do Espírito. 

Como tudo o que diz respeito ao Espírito Santo é dinâmico e dinamizador, não se pode deixar de ressaltar o valor do fruto do Espirito na vida dos crentes. É só imaginar uma igreja em queos crentes, em sua maioria, possuem "amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade,fé, mansidão, temperança" (Gl. 5.22). É uma indicação poderosa de que há maturidade cristã,quando as pessoas possuem essas qualidades em suas vidas, a começar dos líderes e desuas famílias. O efeito é indescritível no seio da comunidade, quando se pode dizer que emdeterminada igreja local, verifica-se que o fruto do Espirito é percebido no meio das pessoas.Tais qualidades atraem mais pessoas para Cristo do que inúmeras mensagens e sermões,proferidos em cruzadas, encontros e seminários. Aliás, é através do Fruto do Espirito que se

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sabe se uma pessoa é realmente nascida de novo.

Oração e jejum. 

O exercício diário da oração é um reforço maravilhoso para a dinamização da igreja. Um velhoditado, proferido nos púlpitos, diz: "Muita oração, muito poder; pouca oração, pouco poder;

nenhuma oração, nenhum poder". É a verdadeira expressão da verdade. Sem oração, éimpossível haver dinamismo na igreja. Ela é a chave que abre as portas do sobrenatural,quando o homem de Deus, o líder da igreja local, se coloca de joelhos, buscando a unção doEspírito Santo. A oração, acompanhada do jejum, são recursos maravilhosos para todas asatividades da igreja.

Sem isso, a pregação fica sem poder; sem ela, o ensino é ineficaz; sem oração, a ação socialtorna-se mero assistencialismo; sem ela, os crentes ficam frios e sem forças; sem ela, os donsdo Espírito não se manifestam; sem ela, os lares são atacados e derrotados por Satanás; semela, os pastores se tornam meros animadores de auditório; sem ela, a administração da igrejase faz com base apenas em princípios teóricos, tecnicistas e acadêmicos; sem ela, os novosconvertidos são tragados pelo inimigo, e não permanecem por falta de apoio. O Pr. Paul

(David) Young Cho, indagado sobre a causa do extraordinário crescimento da igreja que dirige,ele disse que não havia mistério. Segundo ele, a oração é a base do crescimento da igrejalocal, e que chega a passar mais de duas horas por dia, buscando a presença do Senhor emoração.A oração e o jejum são indispensáveis ao dinamismo da igreja. Alguém já disse, e gosto derepetir: "O diabo ri de nossa sabedoria; zomba de nossas pregações; mas teme diante denossas orações". Os pastores modernistas e liberalistas não dão valor à oração. Elesacreditam que, com oratória, homilética e hermenêutica, estão suficientemente equipados paraliderar a igreja. Para esses, basta ser jovial, saber falar, e abrir as portas para os costumesmundanos, e a igreja será dinamizada. Entretanto, sem oração, sem jejum, sem poder, asforças do mal impedirão o verdadeiro avivamento e crescimento da igreja.

O louvor dinâmico 

Na virada do milênio, muitas igrejas locais, inclusive pentecostais, têm sido invadidas por umtipo de louvor, em que não se vê mais os crentes dando "glórias a Deus!", "aleluia!", "louvadoseja Deus!", "amém!". Em lugar desse belo barulho santo, observa-se que há uma imitaçãocompleta dos espetáculos de auditório, da TV, dos "shows" de rock ou de pagodes mundanos.Pastores há, que ficam desesperados, procurando o endereço de celebridades, parapromoverem eventos desse tipo, e superlotarem templos. Um cantor, um grupo ou uma banda,assoma ao palco, preparado cuidadosamente de acordo com a técnica, e , ao entrar, amultidão vibra (não com glórias a Deus), gritando, apupando, pulando e assobiando, sem amenor reverência. Se não bastasse a imitação dos palcos mundanos, pastores aceitam que secoloque uma parafernália de luzes estroboscópicas, piscando em cores variadas, em meio auma fumaceira de gelo seco, tudo para imitar o que ocorre nos espetáculos mundanos. Se nãofor assim, os protagonistas desses espetáculos carnais entendem que não se pode atrair os

 jovens e adolescentes, que tudo fica "careta". Infelizmente, o diabo conseguiu convencer que osecundário é melhor que o principal, e que a fantasia é mais bonita que a verdadeira forma delouvar a Deus. Contudo, se vamos para as páginas da Bíblia, vemos que o dinamismo dolouvor não precisa de nada disso para ser dinâmico. Basta que sigamos os princípios daPalavra sobre o louvor, dentre os quais destacamos os seguintes:

O louvor deve ser santo. 

S. Pedro nos ensina: "como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscênciasque antes havia em vossa ignorância; mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vóstambém santos em toda a vossa maneira de viver, porquanto escrito está: Sede santos, porqueeu sou santo" (1 Pe 1.14-16).Talvez algum liberalista diga que isso nada tem a ver com louvor. Mas tem. E muito. O apóstolonos exorta que devemos nos comportar como "filhos obedientes", não nos conformando "comas concupiscências que antes havia" em nossa ignorância. Antes de sermos crentes em Jesus,

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as concupiscências da carne prevaleciam. A música é uma área em que mais as pessoas dãoevasão aos seus instintos carnais. É mais solene, grave e incisiva a recomendação para quesejamos santos em toda a nossa maneira de viver. Nesse contexto entra tudo o que fazemosou deixamos de fazer, inclusive a área do louvor, da música, da expressão da adoração aDeus. O louvor santo tem que ser diferente do "louvor" mundano ou profano. Não adiantaapenas mudar a letra, falando de Cristo, de Deus, de Jesus, do Espírito Santo, e colocar uma

roupagem qualquer. A melodia, a harmonia e o ritmo têm que ser santificados para Deus.Quando os hinos e corinhos são santos, sente-se a presença do Espírito Santo. Quando sãocarnais, sente-se a presença do espírito humano e, às vezes, do espírito do diabo. (Ver Sl 29.2;Lv 10.10).

"Um cântico novo".

No Salmo 33.3, lemos: "Cantai-lhe um cântico novo; tocai bem e com júbilo". Certamente, osalmista se refere a uma nova maneira de louvar a Deus, diferente das expressões musicaisprofanas. Do contrário, para que falar em novidade no cântico. Tocar bem e com júbilo refere-se à execução bem elaborada e alegre.

Mas isso não quer dizer que os crentes têm que cantar e dançar ao som de certos ritmos, que

estimulam a carne, e abatem o espírito. No Sl 40.3, está escrito: "e pôs um novo cântico naminha boca, um hino ao nosso Deus; muitos o verão, e temerão, e confiarão no SENHOR".Esse novo cântico tem que ser "um hino ao nosso Deus", que provoque temor e confiança noSenhor. Para haver dinamismo no louvor, não há necessidade de simplesmente"contextualizar" o cântico, adotando músicas e ritmos regionais, que levam a congregação aum clima de profanação, de carnalidade, ao invés de elevar o espírito de cada um para maisperto de Deus. Ritmos como axé, forró, lambada, rock, pagode, xote, e assemelhados nãoelevam o nível do louvor.

Pelo contrário, pessoas descrentes não vêm diferença do que ouvem nas danceterias.

Louvor decoroso. 

O louvor, na igreja, deve ser decoroso, ou seja, com decência, pudor, honestidade. Diz osalmista: "Louvai ao SENHOR, porque é bom cantar louvores ao nosso Deus; isto é agradável;decoroso é o louvor". Ao mesmo tempo que é bom e agradável, louva a Deus, o louvor deveser decoroso, ou seja, decente. Num "show" de música evangélica, em certa cidade, umconjunto famoso apresentou-se num teatro, e um dos cantores entrou no palco, sem camisa, efoi recebido com aplausos e assobios. Em seguida, a banda tocou diversos hinos, levando ospresentes ao clímax com danças, gritos e assobios. Num outro "show", um apresentador,dançando, beijava uma jovem na boca, sem o menor respeito ao nome de Deus, que constavada letra da música. Em outra ocasião, presenciada por jovens que lá estiveram, quando umabanda entrou no palco , e seus componentes, em sinal de reverência, fizeram uma oração,foram vaiados. São rápidos exemplos do que me vem à mente, mas , por esse Brasil imenso,os festivais de música evangélica, em estádios cheios de gente, quanta profanação tem havido,

em nome da música evangélica. Muitos entendem que para haver dinamismo no louvor, énecessário que as pessoas dancem, pulem, façam "trenzinhos", "aviõezinhos", etc., usando aBíblia para respaldar esse comportamento irreverente e profano. Dizem que Davi dançou, Miriãdançou; que no salmo 150, em algumas versões, diz que se deve louvar "com adufes e comdanças". Ora, a nosso ver, isso é oportunismo exegético. Primeiro, porque nosso guia deprática, na vida cristã, não é o AT e sim, o Novo Testamento. Embora não se diga que asdanças faziam parte do culto no AT, em algumas ocasiões especiais elas eram adotadas. NoNT, n o entanto, só vemos duas referências a danças. Uma, ligada a um fato macabro, que foia dança da filha de Herodias (Mt 14.6), que resultou na decapitação de João Batista; asegunda, em Lc 15.25, quando do banquete pela volta do Filho Pródigo. Neste caso, nãovemos base doutrinária para as danças na igreja neotestamentária, mas uma referência a umcostume oriental.

Como parte integrante do culto.

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No NT, vemos que o louvor faz parte integrante do culto, sendo mais congregacional, do queindividual. Em 1 Co 14.26, lemos: "Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um devós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo paraedificação". Além de fazer parte do culto a Deus, o louvor tem contribuir para a edificação, aexemplo das outras expressões da adoração.

Certamente, o louvor é importante para o dinamismo da igreja. Uma igreja que não louva, quenão tem música, torna-se uma igreja seca, árida, vazia. Mas não se pode dizer , usando aBíblia, que se pode louvar a Deus de qualquer maneira, fazer "show'", e que tudo é válido.Essa é uma afirmação própria do liberalismo e do relativismo, que tem avassalado igrejasinteiras, sob a complacência da liderança. Mas esta um dia vai prestar contas a Deus. Odinamismo no louvor exige santidade, simplicidade, reverência, oração e amor. Infelizmente, ode que menos a maioria dos músicos gosta é de oração, de vigília ou jejum.

III - O DINAMISMO HUMANO

1) O bom relacionamento.

O bom relacionamento entre os crentes é fator fundamental para seu dinamismo. Não adianta

só orar, ler a Bíblia, jejuar, fazer vigílias, entregar dízimos e ofertas. É necessário que os fiéissejam amorosos, unidos e sinceros. O Salmo 133, o texto por excelência da união entre oscrentes, nos mostra que é bom e agradável que vivam unidos os irmãos, comparando essecomportamento ao frescor e ao perfume do óleo da unção, que era aspergido sobre osacerdote santo, da cabeça até à orla dos seus vestidos. Essa união é tão maravilhosa que,onde ela existe, Deus derrama a "bênção e a vida para sempre".A união provoca uma sinergia espiritual e humana extraordinária. Quando os crentes se unempara evangelizar, o trabalho fica menos difícil e agradável. Há um dinamismo que produzresultados benéficos em termos de salvação de almas, de transformação de vidas. As boasrelações humanas entre os crentes em Jesus são indispensáveis para o crescimento espirituale humano. A Bíblia diz que cada um deve considerar o outro superior a si mesmo (cf. Fp 2.3).Podemos dizer que há uma fórmula especial , para o relacionamento entre os cristãos, que seencontra em Gl 5.22. Ali, temos o Fruto do Espírito, traduzido em amor, gozo, paz,

longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.Nessas nove expressões do fruto do Espírito , vemos o excelente relacionamento que devehaver entre os servos de Deus, desde os líderes até aos novos convertidos. Onde há essasvirtudes, há paz, há a mor, há força, há dinamismo, pois as atividades são lubrificadas por umagir amoroso e santo. A partir desse relacionamento santo, as qualidades, os talentos ehabilidades das pessoas, na igreja, são dinamizadas em alto nível. O conhecimento humano,técnico ou científico podem ser colocados à disposição da igreja local, sem prejuízo àespiritualidade, pois o amor e a união abrem as portas para a atuação humana legítima, sincerae abençoada. Nesse aspecto, do relacionamento humano, devemos destacar as relaçõeshumanas entre os pastores e os liderados.

Quando esses sabem cultivar a amizade e o companheirismo com as ovelhas, nota-se umclima emocional agradável. O pastor não fica num pedestal elevado, mas chega perto dos

crentes, sentindo "o cheiro das ovelhas", e estas gostam de ouvir a voz do pastor. O aperto demão, o sorriso sincero, a visita pastoral, tudo isso numa demonstração de amor e interessepela vidas das pessoas, e não só pelo número delas ou por suas contribuições, tem um efeitodinâmico muito grande em qualquer igreja.

2) Métodos e técnicas. 

Ações humanas podem ser bem aproveitadas no dinamismo da igreja local, notadamente naevangelização e no discipulado. O evangelismo pessoal, em grupo ou em massa são muitoúteis, desde que estejam debaixo da unção do Espírito Santo, como vimos anteriormente. Osmeios utilizados para a evangelização podem ser variados e dinâmicos. Sem desprezar osvelhos métodos de distribuição de folhetos nas ruas, nas praças, nas casas; o velho etradicional culto ao ar livre, outros métodos e recursos podem e devem ser aproveitados, desdeque haja condições humanas e financeiras para tal. Na preocupação com o crescimentonumérico, há igrejas que estão copiando métodos de evangelismo e discipulado, os quais são

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estratégias para subverter a ordem entre igrejas locais.

É o caso já conhecido do G-12, que mistura o método com ensinos e práticas que nada têm derespaldo bíblico, apelando, inclusive para práticas hipnóticas e sincretistas, como regressão,queima de pecados, perdoar Deus (!), etc. Para dinamizar não há necessidade de se adotarempráticas de técnicas espúrias. O uso do rádio, da TV, da Internet e outros, precisam ser 

sabiamente aproveitados para que a mensagem do evangelho seja levada mais rápido e maislonge. Não nos esqueçamos de que o diabo está andando de avião a jato, a 900 quilômetrospor hora, ou pelas ondas da rede mundial de computadores, numa velocidade espantosa.Enquanto isso, há igrejas que preferem levar o evangelho somente a pé ou de bicicleta oumesmo de jumento. Nada temos contra esses métodos antigos e lentos, pois Deus os usou eusa de modo eficaz. Porém , cremos que precisamos andar mais rápido com a evangelizaçãomundial e local, se queremos apressar a volta de Jesus.

IV - O DINAMISMO ORGANIZACIONAL 

Sem querer enveredar pela linguagem técnica, em poucas palavras, desejamos ressaltar ovalor dos princípios administrativos para a parte organizacional da igreja local. Aliás, queremosdizer que esses princípios estão todos na Bíblia, desde o Pentatêuco, perpassando por 

praticamente todos os livros da Bíblia. Nada há novo debaixo do sol.

Planejamento.

Usando a visão mais simples das funções administrativas, cremos que as atividades da igrejapodem ser planejadas. É a função de planejamento que, aplicada à vida eclesiástica, podetrazer grandes benefícios. Com ela, evitam-se improvisações de ações e providências, que sótrazem prejuizo e desperdício de energia e de recursos. A Bíblia, ninguém se engane, é o livroque mostra ao mundo o maior e mais perfeito planejamento do universo. Deus planejou tudocom perfeição divina, nos mínimos detalhes. Basta ler o primeiro capítulo de Gênesis, e ver,nos dias da Criação, uma demonstração inigualável de planejamento.Em Lucas 14.28, vemos uma orientação de Cristo quanto ao planejamento. É lógico que nãopodemos planejar o que Deus quer fazer ou pode fazer. Essa área é da economia ou da

administração do céu. Contudo, podemos planejar o que desejamos fazer para o Senhor, numdeterminado período, com os recursos escassos de que dispomos.

A organização das atividades

A a estrutura administrativa da igreja local precisa ser organizada , para que os recursoshumanos, patrimoniais e financeiros sejam bem utilizados. Por falta de organização, há igrejasque não sabem o que fazer, quando fazer, com quem fazer e quando fazer. Um problema sério,que tomou conta de muitas igrejas, é o excesso de departamentos. Se não bastasse adepartamentalização por atividades (oração, evangelismo, ensino, etc.), há adepartamentalização por faixa etária (crianças, jovens e adultos), e isso levado a um extremo,que , no culto de jovens, os velhos não comparecem; no culto infantil, só vai criança.Não é errado departamentalizar, mas é preciso que haja integração entre os diversos órgãos

da igreja local, sob pena de se criar estruturas estanques, que não se comunicam umas com asoutras, e que em nada contribuem para o objetivo ou Missão da igreja.

A direção dinâmica.

A direção das igrejas, nesses últimos anos, têm sido alcançadas por desafios jamais pensados.As igrejas em geral têm crescido, mas chegam a um ponto em que a centralização de trabalhosnão se justifica. A Bíblia dá-nos o exemplo de Moisés, que, imaginando fazer o melhor,centralizava tudo em suas mãos, cansando-se, e cansando o povo que lhe procurava. Jetro ,seu sábio sogro, admoestou-o a delegar competência, escolhendo homens capazes, que oajudassem na pesada tarefa de liderar um povo de quase três milhões de pessoas.

Os líderes das igrejas precisam entender a vontade de Deus para sua permanência à frente dotrabalho. Respeitamos e honramos os velhos obreiros, que deram o melhor de si para ocrescimento da obra do Senhor no Brasil e no mundo. Contudo, há um momento em que as

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forças físicas e mentais não respondem mais às exigências da igreja local. E isso dificulta odinamismo da igreja. Então, é necessário que se busque de Deus a orientação para umatransição tranqüila e segura, e a igreja possa continuar em sua marcha firme em direção ao seuobjetivo maior, que é proclamar o evangelho ao mundo, e ser apresentada por Cristo ao Pai.Obreiros mais jovens precisam ser aproveitados, para que tenham oportunidade de colocar seus talentos a serviço do reino do Senhor. Controle e avaliação. Além disso, é interessante

que a igreja local tenha controle e acompanhamento de suas atividades, por parte não só dopastor, mas de pessoas honestas, que possam avaliar o desempenho eclesiástico, sob adireção do Espírito Santo.

CONCLUSÃO

Com esse pequeno ensaio, não pensamos em esgotar o assunto, mas tão somente contribuir para a reflexão sobre o tema, importante e atual, que é o dinamismo da igreja, num momentocrucial para sua história, na transição do milênio, quando se espera que ela dê respostasseguras e firmes a um mundo inseguro e mutante, que vaga qual nave espacial, perdida notempo e no espaço. Cremos que Cristo, o nosso Guia, nos dará graça, poder e sabedoria, paranos situarmos no contexto religioso e social de nosso tempo.