Como Evitar Que Os Débitos Tributários Fechem Sua Empresa · 2 Não é novidade para ninguém que...

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Como Evitar QueOs Débitos TributáriosFechem Sua Empresa

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2

Não é novidade para ninguém que a carga tributária no Brasil é uma absurdo e que

recebemos muito pouco em troca de tudo o que pagamos.

Sem falar na eficiência dos entes públicos em cobrar e nos inúmeros privilégios

quando isso acontece.

Para quem lida cotidianamente com os órgãos fazendários, sabe que, apesar de

custear toda a estrutura e despesa do país, raros são os momentos em que os

contribuintes são tratados em proporção direta de sua importância.

Também sabemos quão implacáveis são União, Estados e Municípios em cobrar

as dívidas tributárias, restando muito poucas opções para que, judicialmente,

os reais mantenedores da máquina pública possam se defender.

Então, o que fazer? Como sobreviver e ainda, dentro da legalidade, poder

exercer o seu ofício de maneira digna e organizada?

Bem, essas são algumas perguntas que tentaremos auxiliar a responder

no decorrer deste texto. Digo auxiliar, porque cada caso é um caso, e,

para que se possa resolver cada um desses casos, apenas se pode

fazê-lo no fato concreto.

1. Introdução

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COMO EVITAR QUE OS DÉBITOS TRIBUTÁRIOS FECHEM SUA EMPRESA 3

Com essa crise tributária que assola o Brasil, a situação tributária das empresas vai do difícil até o Hades

(o inferno para os gregos).

Para se salvar da condenação (se me permite o trocadilho), empresários tem recorrido a todo tipo de fórmula.

Muitas delas arriscadas e muito dispendiosas.

Então, qual a saída?

A chave para isso se encontra na correta administração dos tributos da sua empresa.

Pois como é fato, raras são as empresas que conseguem estar totalmente em dia com os leões, bom como, ainda

serem competitivas e lucrativas o suficiente para continuarem viáveis em suas áreas de atuação. se sua empresa é

uma das que está nesta última situação, meus sinceros parabéns!!!

Este guia servirá tanto para empresas que não tem débitos, estão devendo ou estão na iminência de terem débitos

tributários.

Não pretendemos aqui esgotar o assunto, mas certamente muito do que está escrito nesse singelo guia irá

ajudar a desanuviar a sua mente de muitos de seus problemas.

2. A Situação Tributária Das Empresas Brasileiras

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Se a situação da sua empresa é como a da maioria das do país, certamente você passa uma das situações abaixo:

a) Sua empresa deve, mas não tem como pagar;

b) Sua empresa deve, mas não concorda com a cobrança e por isso não paga;

c) Sua empresa deve, mas tem que escolher entre pagar os tributos ou quitar as outras obrigações empresariais;

d) Sua empresa deve, mas você não está nem aí para o débito;

e) Sua empresa deve, mas usa o dinheiro para sobreviver;

f) Sua empresa deve, mas em raras exceções usa o dinheiro para investir no próprio negócio;

g) Sua empresa deve, mas você paga como pode;

h) Sua empresa não deve, mas não cresce;

i) Sua empresa não está devendo, mas apenas sobrevive.

Meu pai já dizia que “aquele que não sabe dever ou não tem estômago para isso, é melhor não ser empresário”.

Ser empresário é acordar para dever e dormir para dever. É um fato!

Mas muita calma, nessa hora. Apesar de tudo, existem algumas possibilidades que podem ser utilizadas por sua empresa para que,

dentro da legalidade, possa dever e ao mesmo tempo, administrar de maneira competente essa realidade.

Logo abaixo, estão algumas orientações que podem ajudar.

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Seguem abaixo alguns conselhos ou orientações a seguir. Este não é o único caminho, até porque vários são os caminhos que podem chegar ao

mesmo resultado.

Então, vamos a elas!

3.1 Sempre, Sempre e Sempre se Defender em Processo Administrativo Tributário

Pode parecer simplório e básico o que estou falando aqui, mas infelizmente várias empresas tem pecado neste ponto. Perdem não só uma, mas várias

oportunidades de ouro para seu negócio, para seus clientes, para sua família, para seus fornecedores, etc. Enfim, para todos os que são dependentes

direta ou indiretamente de sua empresa.

A primeira coisa que se deve fazer quando tomar ciência de um débito tributário é preparar uma boa e embasada defesa

administrativa.

Nos próximos textos iremos falar mais sobre o processo administrativo tributário, suas particularidades e algumas dicas

de como se defender.

Entretanto, nesse guia vamos tratar das vantagens de participar do processo administrativo tributário e das

terríveis desvantagens de não o fazer.

Destacamos aqui a importância de cada empresa buscar profissionais que possam dar os melhores suportes

jurídicos e contábeis, tendo em vista as particularidades de cada caso. Pode ter certeza, o processo

administrativo tributário não é fácil!

3. Como Conseguir Administrar Seus Débitos Tributários

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Só para lembrar, estamos lidando com profissionais que trabalham cotidianamente com tributos há anos e é importante encontrar profissionais

competentes para ajudar na defesa ou elaborá-la por completo.

Para exemplificar a importância do conselho acima, lembro do caso de uma empresa que teve um auto de infração no valor de aproximadamente

R$3.000.000,00 (três milhões de reais) e apresentou uma defesa de uma página e meia, e isso, contando com a qualificação da empresa! Resultado:

CONDENAÇÃO. Depois, veio o Deus nos acuda e o salve-se quem puder. Ou como se diz na bíblia: só choro e ranger de dentes.

O processo administrativo tributário é uma forma maravilhosa de administrar os débitos com a fazenda pública, mas deve-se ter muito cuidado quando

fazer isso!

Vamos agora analisar as vantagens de apresentar a defesa no processo administrativo.

3.1.1 Vantagens de participar do processo administrativo tributário

a) Gratuidade de todo o processo;

b) Suspensão do débito até a decisão definitiva em que não caiba mais qualquer recurso;

c) Possibilidade de redução ou até mesmo extinção do débito;

d) Possibilidade de se obter certidões de efeitos negativos enquanto durar o processo;

e) Não há necessidade de qualquer depósito para recorrer;

f) Caso deseje antecipadamente bater às portas do judiciário (o que não aconselho), poderá apresentar ação declaratória de inexistência de débito

tributário, o que fará com que haja uma ação “normal” perante o judiciário e não uma execução, cujo primeiro momento visa garantir o pagamento do

débito por meio de penhora, tornando o processo menos grave para o contribuinte;

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g) Um processo administrativo fiscal tem durado em média de 3 a 5 anos, o que dará tempo suficiente para organizar o fluxo de caixa;

h) Geralmente os membros dos órgãos julgadores são muito especializados na matéria, como resultado, não são raros os casos de julgamento de

nulidade dos processos, ou até mesmo de redução significativa do débito;

i) Nos recursos, os órgãos colegiados, geralmente chamados de Conselhos, são quem julgam os processos, cuja formação do grupo inclui representantes

dos contribuintes;

j) Só o contribuinte pode procurar a justiça em caso de derrota para rever a decisão no processo,

o Fisco não;

k) Mesmo que acredite ser devido o débito é importante apresentar defesa, pois a fiscalização

pode se equivocar, bem como, pode-se esperar um prazo para que apareça um programa

de parcelamento que seja viável para a empresa.

Como se percebe, o processo administrativo possui inúmeras vantagens para você deixar passar

essas oportunidades. Claro, é necessário um mínimo de organização para não perder qualquer prazo

e nem deixar de se pronunciar quando for solicitado.

Falando nisso, você deve estar pensando: Cícero, por que você diz que eu estaria perdendo várias

oportunidades quando não defendo minha empresa no âmbito administrativo? Vou explicar.

Veja abaixo o que acontece quando você deixa de apresentar a defesa na esfera administrativa.

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3.1.2 A Famigerada Revelia e suas consequências

Se você não tiver um conhecimento mínimo de direito não deve saber o que significa revelia. Caso tenha, peço uma rápida licença para explicar aos

que ainda não tem essa experiência.

Em termos bem simples, revelia é a falta de defesa no processo administrativo.

Via de regra, como consequência, a revelia encerra a possibilidade de defesa da empresa no processo administrativo tributário.

Isso significa que duas coisas vão acontecer depois de decretada a revelia:

a) O seu processo irá para a dívida ativa, Para que seja lavrada a respectiva certidão em seguida,

instaurado o processo de execução fiscal;

b) algum órgão interno da Fazenda Pública irá verificar a existência de alguma ilegalidade no processo,

e, em certos casos, quem faz essa análise é o órgão responsável para defender a autuação fiscal (ou

seja, é como se o advogado da outra parte no processo judicial fosse analisar os argumentos levantados

por você, já imaginou o tamanho do problema?).

Como dá para perceber, não apresentar defesa no processo administrativo tributário é um problemão!

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Veja as desvantagens:

a) Encerramento do processo administrativo;

b) Impossibilidade de discussão administrativa do débito;

c) Atualização do débito e impossibilidade de discussão do seu montante na esfera administrativa (via de regra);

d) Envio imediato ou após verificação de praxe, para inscrição em dívida ativa;

e) Possibilidade de discussão do débito apenas pela via judicial

f) Provoca o início da execução fiscal, que para se defender tem que garantir o valor da dívida.

Então, por Jesus, Buda e Maomé nunca deixe de se defender na esfera administrativa, ok? Fica o conselho.

3.2 Participar De Programas De Parcelamento

Este é mais um conselho valioso para você e sua empresa.

Com os nomes mais legais do direito tributário, como Profis ou Refis, os programas de parcelamento instituídos pelo Fisco visam arrecadar mais.

Você deve estar se perguntando qual o motivo do parcelamento ser tão importante, não é?

Parcelar seus débitos traz inúmeras vantagens, mas também, alguns cuidados que se deve tomar para que o remédio não se torne um veneno. Mais

adiante, vamos explicar as vantagens e desvantagens e quais as situações que se enquadram melhor nesta forma de administração do passivo

tributário.

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É importante destacar que os atuais programas de parcelamento preveem a atualização do débito, o que, dependendo do prazo em que se parcelou,

o Fisco irá receber praticamente o valor originário da dívida.

Parcelar a dívida também é um instrumento importante para os Governos. Pois possibilita a entrada imediata de receita nos cofres públicos, encerram-

se processos administrativos e torna mais célere a execução do débito.

3.2.1 Vantagens em parcelar seus débitos

a) Suspender qualquer processo de cobrança dos seus débitos, seja ela administrativa ou judicial;

b) Sua empresa pode conseguir uma certidão positiva com efeito de negativa. Isto é, pode participar de licitações, conseguir financiamentos, etc. Ou

seja, serve para demonstrar a sua credibilidade econômica e social;

c) Melhor maneira de trabalhar o fluxo de caixa, pois dá um fôlego ao financeiro da empresa.

d) Pagamento em parcelas menores de um débito que, se fosse de uma única vez, ficaria praticamente impossível, muito difícil ou com sacrifício da

saúde financeira da empresa.

e) Na maioria das vezes o parcelamento acontece com a redução da multa e juros. Mas com um detalhe: quanto maior o número de parcelas, menor

será o desconto da multa e juros.

Entretanto, os entes públicos não são trouxas e sempre colocam uma pegadinha no meio.

Pois se para você e para o santo, muita esmola é sinônimo de desconfiança, não é impressão sua, você está correto!

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Veja abaixo o motivo.

3.2.2 Desvantagens do parcelamento do Débito tributário.

“Nem tudo na vida são flores”, já diz o ditado popular.

Isso porque, o parcelamento é algo muito sério. Acredito que um requisito essencial para parcelar sua dívida

é realizar um planejamento financeiro correto, com vistas a não ter problemas no futuro. Ou seja, não veja só

as vantagens na ora de parcelar, observe o cenário econômico, o seu movimento de caixa, bem como, suas

vendas ou seus serviços.

Marque em seu calendário a data de pagamento, programe-se antecipadamente e verifique a forma de envio do boleto, se por correio,

e-mail ou mesmo se é você quem imprimirá as guias.

Já vi empresas terem seus parcelamentos cancelados por atrasarem uma ou mais parcelas porque não notaram a chegada da guia pelo correio.

Como resultado, a empresa teve que pagar o valor integral do débito atualizado com multa e juros. O que levou a um prejuízo enorme.

Se for via correio e faltando cinco dias para o vencimento da parcela a guia não chegou, vá ao órgão fazendário e peça uma nova guia. É isso mesmo!

Não espere o problema acontecer, antecipe-se e aja de forma proativa.

Assim, você deve tomar muito cuidado ao planejar o parcelamento, pois em caso de atraso de certo número de parcelas (isso depende de cada

parcelamento), o mesmo será cancelado.

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Vejamos as consequências de você deixar cancelar o parcelamento:

a) a confissão irrevogável e irretratável da dívida, ou seja, o contribuinte declara que concorda com o valor cobrado pelo Fisco (apesar de não ser

absoluta, pois pode ser reavaliada pela justiça, torna muito mais difícil a vida da empresa, porque você terá de provar em juízo alguma nulidade ou erro

que demonstre uma ilegalidade. Uma consequência disso é que, a não ser que o lançamento realizado possua algum tipo de “defeito” sério, você até

pode discutir o débito, mas a dificuldade de reverter a situação é muito grande);

b) Impossibilidade de prosseguimento de processo administrativo tributário como efeito da confissão, pois se você confessou a dívida

administrativamente, não teria mais o que se discutir nessa esfera;

c) Envio para inscrição em dívida ativa;

d) Iniciar da execução fiscal e suas consequências.

Parcelar um débito grande ou de difícil quitação pela empresa é uma forma excelente de administrar o fluxo de caixa, mas deve ser realizado com muito

cuidado e acompanhado de perto, para evitar problemas ainda maiores.

3.3 Realizar O Acompanhamento De Publicações Sobre Sua Empresa

O acompanhamento contínuo e sistemático das publicações da sua empresa nos diários oficiais do seu Município, Estado ou União, configuram uma

excelente maneira de não ser surpreendido com perdas de prazo.

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Se sua empresa não pode ter alguém interno para acompanhar os Diários Oficiais? Não tem problema, esses serviços podem ser contratados a um

custo baixíssimo e com um serviço eficiente para sua empresa.

O Fisco, é obrigado a publicar qualquer ato ou decisão que venha a gerar débitos ou encargos para sua empresa ou pessoa física.

Já vi muitos casos de empresa sofrerem prejuízos de milhões de reais pelo simples fato de não terem o cuidado de

acompanhar as publicações nos Diários Oficiais.

Como diria um amigo meu: “Isso é bronca”!

Fazer esse acompanhamento tem inúmeras vantagens, como: não ser pego de surpresa, cumprir em

dia suas obrigações, poder preparar defesas e outros meio de impugnação no prazo certo, dentre outros.

Na publicação virá determinado o prazo para apresentar documentos e cumprir deveres.

O contribuinte tem o dever de manter o seu endereço atualizado. Muitas vezes, ocorre que a mudança de

endereço não é comunicada à Fazenda Pública, e, com isso, a intimações não chegam ao seu conhecimento.

A regra geral diz que não encontrado o contribuinte, a forma de garantir a publicidade dos atos é via Diário

Oficial. Fora isso, tem muitos atos em que o Fisco não precisa mandar uma intimação para a sua porta ou da

sua empresa. Nesses casos a publicidade é feita via Diários Oficiais.

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Não deixe de acompanhar os diários! Não é dos trabalhos mais empolgantes da terra, mas é importantíssimo para saber o que está acontecendo com

sua empresa nos órgãos do Fisco e até mesmo na justiça.

3.4 Fazer Um Planejamento Tributário

Nos últimos 12 anos, segundo a Receita Federal, os tributos têm representado 33% do PIB. Ou seja, de tudo o que o Brasil produz, 1/3 vai para o

pagamento de impostos. O pior é que apesar de pagar um montante enorme de tributos, temos ainda que custear a educação de nossos filhos, somos

obrigados a ter um plano de saúde além de outras obrigações que o Estado simplesmente não cumpre para com os seus cidadãos. Claro que com

tudo isso o sentimento que fica é de revolta.

Ao todo, são 61 tributos divididos entre União, Estados e Municípios.

Os empresários são as principais vítimas dessa rajada de tiros que afligem todos os que desejam

produzir riqueza no país.

Assim, uma administração eficiente dos tributos torna-se obrigatória.

Você agora deve estar matutando que isso tudo vai lhe dar um trabalhão e que vai custar muito

dinheiro.

Gostaria de discordam muito disso, se me permite.

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Atualmente existem consultorias, advogados, contadores e vários outro profissionais que podem auxiliar nessa tarefa e que não sejam um fardo no

equilíbrio financeiro do seu negócios.

Mas quais seriam as vantagens de se adotar um planejamento tributário na sua empresa?

Respondo:

1) Diminuir ou até mesmo acabar com determinada tributação, de maneira legal;

2) Planejar e antecipar determinadas despesas tributárias, visando criar um controle interno para as todas as operações realizadas;

3) Realizar operações tributárias mais vantajosas para a empresa;

4) Melhorar ou ampliar os prazos de pagamentos visando a melhor administração do fluxo de caixa;

5) Diminuição do custo interno de administração das despesas tributárias;

6) Aumentar a competitividade da empresa;

7) Possibilitar um foco do empresário na atividade principal da empresa, disponibilizando maior tempo e segurança para planejar o presente e o futuro

dos negócios.

8) Identificar as condições mais vantajosas de tributação.

Como se pode observar a vida de empresário e administrador tributário da sua empresa não nada fácil, assim, caso não seja adotada uma cultura de

planejamento e ação tributária o fim será apenas um: PREJUÍZO.

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Faça uma pesquisa, procure ver se alguma consultoria ou profissional pode disponibilizar um orçamento para prestar esse serviço com informações

básicas da situação sua empresa. Claro que isso devidamente acompanhado de um contrato de sigilo de informações.

Mas será que é isso tudo mesmo? Todas essas vantagens são possíveis? Você poderia

estar indagando.

A resposta é afirmativa.

A resposta se justifica porque, antes de qualquer coisa, geralmente é feito um

levantamento do regime e do histórico tributário da empresa, realizando-se

uma identificação pormenorizada quanto a natureza e origem dos débitos.

A intenção é descobrir se existem débitos que não podem ou não poderiam ser cobrados

por qualquer motivo. Assim, caso se identifique alguma cobrança nessa situação, deve-se

pedir o cancelamento do mesmo.

Em seguida, é feita uma análise detalhada para verificar se houve pagamento indevido ou a maior, bem como, analisar qual a melhor forma de tributar

a sua empresa se lucro real, presumido ou simples nacional

Percorrida a etapa acima, é feito o levantamento do total dos tributos quitados nos últimos 10 anos, com vistas a identificar possíveis créditos fiscais

não utilizados.

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Existindo crédito, verificar qual o melhor mecanismo de aproveitamento dos mesmos: se pela via da compensação, se permitido, ou da restituição.

Por fim, após todos esses levantamentos, determinar quais as providências que devem ser tomadas com vistas a melhor forma de atuação e efetivamente

colocar a mão na massa, por todos os meios legalmente disponibilizados.

3.5. Verificar se a empresa se enquadra em algum regime especial ou benefício fiscal

Praticamente todos os Estados do país oferecem algum tipo de benefício fiscal.

Geralmente, esses benefícios são concedidos a certos grupos de empresas estratégicas dentro das 03 esferas de

governo (União, Estados e Municípios).

É importante estar antenado ao que acontece ao seu “entorno tributário”, por assim dizer.

Tais benefícios podem vir na forma de redução de base de cálculo, crédito presumido, isenção, suspensão do

pagamento, etc.

Muitas vezes os ganhos são fantásticos!

Em alguns casos, a simples mudança do regime varejista para o atacadista ou industrial já lhe traria inúmeras

vantagens. É importante destacar que tal mudança só trará benefícios se esse for o seu foco de atuação, muito

cuidado com isso! Qualquer mudança no regime da sua empresa deve ser avaliado por profissionais competentes,

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ok?

Como saber se você se enquadra em algum benefício fiscal, regime especial ou de tributação diferenciada? Perguntando,

ora.

Não espere que o Fisco vá dizer: “Olha, a gente tem uma solução para você que vai fazer você pagar menos tributos”.

Esquece.

Você tem que correr atrás. Seguir em frente e ter uma atitude proativa quanto aos fatos que circundam sua empresa.

3.6 Realizar Consultas Tributárias

Existe um instrumento que ainda é pouco utilizado e é extremamente benéfico às empresas: as consultas.

Como o próprio nome diz, esse instrumento serve para questionar várias coisas para a Fazenda Pública, dentre elas, se

existe em vigor na legislação que possa beneficiar sua empresa.

Nela, o contribuinte pode realizar inúmeros questionamentos sobre a correta aplicação da norma tributária, bem como,

situações de enquadramento, etc. Não tenha medo de agir. Não tenha receio de perguntar.

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Aja para o bem da sua empresa, pergunte. Garanto que você terá muito a ganhar.

Agora, não dá para chegar e perguntar: “Fisco, tem alguma coisa boa para mim hoje? “

Você deve fazer perguntas determinadas e focadas no que realmente quer saber. Aqui, mais uma vez, o auxílio profissional é importante. Pois vai

garantir que você veja respondida à pergunta direcionada para sua real necessidade.

Então, não deixe de perguntar, de questionar, ter uma relação mais próxima com o Fisco. Garanto que você vai se impressionar com o grau de qualidade

que a sua relação terá e das vantagens obtidas por você e sua empresa.

3.7. Realizar Uma Auditoria Interna

Em muitos casos, quando se contrata uma empresa responsável para realizar um planejamento tributário amplo, o serviço de auditoria interna já está

englobado. No entanto, caso queira saber se existem créditos ou débitos tributários que sua empresa pode recuperar ou administrar, respectivamente,

é importante realizar uma auditoria interna.

É importante definir os objetivos da auditoria antes de fazê-la. Se ela servirá apenas para levantar a sua real situação tributária ou se deseja verificar

se tem créditos não aproveitados ou débitos não pagos.

Existem auditorias para todos os gostos no mercado. Tanto auditorias globais, quanto para casos específicos.

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Mas antes de contratar uma empresa que lhe oferece um serviço, que pode vir a ser extremamente vantajoso para sua empresa, fundamental é

pesquisar um pouco. Conhecer do trabalho, resultados anteriores e sua eficiência. Peça indicações e não tenha medo de questionar.

Converse com seu contador, advogado ou outro profissional de sua confiança, será de fundamental importância essa análise. Não tenha pressa e

busque sempre a melhor condição de negócio ao contratar.

3.8 Junte-Se A Um Grupo De Iguais

Aqui vale o princípio: a resistência e eficiência da corda depende da união de cada fio individual.

Não tenha medo de se juntar e participar de associações, sindicatos, etc. É um ótimo caminho para obter

informações, estar sempre atualizado dos acontecimentos e entrar em ações coletivas visando o bem comum.

As Fazendas Públicas, são entes políticos e atendem ao interessem da coletividade. Nós, como sociedade

organizada, somos determinantes para o futuro daqueles que estão no poder.

Associar-se fará você ter mais força, influência e sair da situação de espectador para ator da sua própria

realidade. Às vezes é um saco, eu sei, ter que ouvir números, participar de reuniões, muitas vezes

improdutivas. Mas garanto que sua persistência será recompensada.

Você notará que a seu conhecimento sobre sua área irá aumentar exponencialmente. Quanto maior for

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a sua participação, melhor para sua empresa de maneira global.

Isso será refletido em seus débitos tributários, SIM! Pois garanto que você não deve estar sozinho na maioria dos pleitos que possui. Unindo-se a outros

empresários do mesmo setor, pode-se ir direto ao Chefe do Poder e solicitar mudanças. Buscar contatos com políticos ou com setores do mercado que

possam ajudar ao pleito. Tudo vale nesse momento.

Sem falar, que estará ampliando e muito a sua esfera de relacionamento e de domínio do seu setor. É uma oportunidade ímpar!

Procure na sua cidade e veja se existe alguma instituição de classe e saiba como se associar, os resultados virão, com certeza.

4. Conclusão

Mudar dói, exige paciência, dedicação e certas mudanças exigem uma dose significativa de sacrifício.

As orientações acima vão exigir de você e de sua empresa um pouco de dedicação e atenção, sem falar no custo de implementa-las. Mas posso

garantir que os frutos chegarão e rápido.

Quanto aos custos, nós brasileiros nos acostumamos a não investir em nós mesmos, em nossa estrutura e temos por hábito, às vezes seguir a filosofia

do Zeca Pagodinho: a do ‘deixa a vida me levar’.

Infelizmente, os negócios duradouros NUNCA funcionam assim.

Procure conhecer pessoas que possam lhe ajudar a ultrapassar esta selva, não será fácil, mas com um pouco de dedicação você conseguirá.

Encerro este guia com a célebre frase de Sun Tzu, autor do consagrado livro a arte da guerra:

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Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer

o resultado de cem batalhas. Se você se conhece mas não conhece

o inimigo para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se

você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as

batalhas...

Sun Tzu


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