Como Montar Um Negócio de Frutas Desidratadas

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Como montar um negócio de frutas desidratadas EMPREENDEDORISMO Especialistas em pequenos negócios / 0800 570 0800 / sebrae.com.br

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Empreendedorismo

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  • Como montar umnegcio de frutasdesidratadas

    EMPREENDEDORISMO

    Especialistas em pequenos negcios / 0800 570 0800 / sebrae.com.br

  • Expediente

    Presidente do Conselho Deliberativo

    Roberto Simes

    Diretor-Presidente

    Luiz Eduardo Pereira Barreto Filho

    Diretor Tcnico

    Carlos Alberto dos Santos

    Diretor de Administrao e Finanas

    Jos Claudio Silva dos Santos

    Gerente da Unidade de Capacitao Empresarial

    Mirela Malvestiti

    Coordenao

    Luciana Rodrigues Macedo

    Autor

    Luiz Antonio Fernandes Casco

    Projeto Grfico

    Staff Art Marketing e Comunicao Ltda.www.staffart.com.br

  • Apresentao / A

    presentao

    1. Apresentao

    Possui vasto campo a ser explorado devido crescente demanda por produtosnaturais, saudveis e base de frutas.

    Aviso: Antes de conhecer este negcio, vale ressaltar que os tpicos a seguir nofazem parte de um Plano de Negcio e sim do perfil do ambiente no qual oempreendedor ir vislumbrar uma oportunidade de negcio como a descrita a seguir. Oobjetivo de todos os tpicos a seguir desmistificar e dar uma viso geral de como umnegcio se posiciona no mercado. Quais as variveis que mais afetam este tipo denegcio? Como se comportam essas variveis de mercado? Como levantar asinformaes necessrias para se tomar a iniciativa de empreender?

    Segundo a legislao Brasileira, fruta seca o produto obtido pela perda parcial dagua da fruta madura, inteira ou em pedaos, por processos tecnolgicos adequados.O produto designado simplesmente pelo nome da fruta que lhe deu origem, seguidada palavra "seca".Os produtos preparados com mais de uma espcie de frutas, tero a designao de"frutas secas mistas", seguida do nome das frutas componentes. Pode tambm serusada a palavra "passa", em lugar de "seca". Ex: "uva passa".

    O negcio de frutas desidratadas est relacionado alimentao saudvel, com sabordiferenciado, e que por ser menos perecvel apresenta-se disponvel para o consumoem qualquer perodo do ano.A alimentao saudvel no somente uma necessidade, mas nos dias atuaistransformou-se em um estilo de vida, especialmente pela constatao de que trazinegveis benefcios sade, ao bem estar e qualidade de vida. As frutasdesidratadas so timas fontes de vitaminas, sais minerais e possuem alto teorcalrico. Um bom exemplo dessa riqueza o damasco seco, que possui duas vezesmais vitamina A e grandes quantidades de potssio e ferro do que a fruta in natura.

    A Frana foi o pas que iniciou o processo de desidratar frutas por meios no naturaisquando em 1795, entrou em operao a primeira mquina de desidratar frutas. Mas,durante praticamente um sculo o consumo desse tipo de alimento no foi toexpressivo, sendo produzido e consumido em pequenas quantidades. No entanto oconsumo de frutas desidratadas teve o incio de sua ascenso em um grande conflitomundial, que foi a Primeira Guerra Mundial. O consumo de frutas desidratadas durantea Primeira Guerra Mundial ascendeu pela razo da necessidade de alimentar as tropasem combate, com os diversos nutrientes que o corpo humano requer para produzircom maior eficincia, e durante uma Guerra os homens so exigidos ao extremo,inclusive passando vrias horas ou at dias sem dormir e empreender longascaminhadas, dentre outros.

    Durante a Segunda Grande Guerra Mundial os Estados Unidos desenvolveramtcnicas para a desidratao de mais de 160 tipos de vegetais e frutas, com a mesma

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    finalidade que as praticadas na Primeira Guerra Mundial, que era o de alimentar astropas em combate. Ao longo do tempo o desenvolvimento tecnolgico foi atingindonmeros bem expressivos e cada vez mais a desidratao de frutas e vegetais ganhoumais espao, deixando ento a funo de servir de alimento em escala apenas parasoldados em combate, passando a assumir um expressivo espao comercial perante asociedade civil tambm.

    Atualmente possvel encontrar em oferta banana desidratada, tmara, ameixa, uva,ma, pra, damasco seco, abacaxi, mamo, manga, jaca, caqui, tomate e muitosoutros frutos desidratados.As frutas desidratadas podem ser consumidas naturalmente ou utilizadas comoingredientes na composio de outros alimentos, como: chocolates, bolos, panetones,iogurtes, pes, barras de cereais, etc. Ou seja, esse tipo de alimento possui, alm degrande aceitao, um leque de oportunidades de comercializao.Nem todas as frutas so indicadas para o processo de desidratao, porque algumaspossuem uma quantidade de gua muito elevada, como a melancia e o melo eapresentam um rendimento muito baixo. O processo da desidratao faz com que asfrutas passem a pesar cerca de 10% a 15% menos do que o peso que as frutaspossuam antes. Conservam as caractersticas do produto natural e ampliam a vida tildos alimentos, no havendo grandes alteraes no seu valor nutritivo. Como no hnecessidade de refrigerao no transporte ou armazenamento o seu custo reduzido.

    Os mercados que podem ser explorados pelo empreendedor so: supermercados,lojas de convenincia, mercados municipais, insumos para indstria de alimentos,alimentao orgnica e tambm, a exportao.

    Os brasileiros ainda possuem o hbito de consumir frutas in natura, entretanto asgrandes redes de supermercado j vendem frutas desidratadas, o que vemestimulando o consumo no pas, e impulsionando, tambm, o segmento de frutascristalizadas, ainda em estgio de crescimento no mercado de produtos naturais.Diante disso, nota-se que uma fbrica de frutas desidratadas uma timaoportunidade para empresrios rurais produtores de frutas, ou para aqueles queencontram a possibilidade de receber o fornecimento de frutas constantemente.

    Este documento no substitui um plano de negcio. Para elabor-lo procure o Sebrae.

    2. Mercado

    O Brasil um dos principais produtores de frutas do mundo e o setor vem sedesenvolvendo, melhorando sua logstica, aumentando a rea plantada, a produo, onmero de agroindstrias e, principalmente, as exportaes.

    Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), de 2010 para 2011, aproduo de frutas secas desidratadas ou liofolizadas saltou de 11,1 milhes de quilospara 26,8 milhes de quilos respectivamente. A estatstica demonstra como o mercado

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    receptivo a esse segmento e como pode crescer. As vendas nos dois anos, segundoo IBGE, tambm saltaram de 9 milhes de quilos para 24,1 milhes de quilos.

    Diante desse cenrio percebe-se que o mercado de frutas desidratadas tem umexpressivo espao para desenvolvimento, tanto em termos de produo quanto deconsumo, principalmente porque a produo de frutas desidratadas no Brasil ainda bastante incipiente, sendo que a maioria expressiva dessa produo feita de formaartesanal e o consumo tem sua concentrao praticamente em sua totalidade noscentros urbanos e, normalmente, direcionados ao pblico de classes sociais maisaltas.

    No entanto, o consumo de frutas desidratadas tambm existe em classes sociais maisbaixas e independe da idade. Sendo que o ponto de diferenciao a freqncia de talconsumo. O consumo aumenta em datas especiais, sendo o perodo de maiordemanda o final de ano e vem ganhando o paladar da populao, em especial, paradietas e esportistas.

    Assim, o mercado est aberto para receber novos empreendedores que queiraminvestir nesse segmento de forma profissional, responsvel e em escala industrial.

    3. Localizao

    A localizao de uma empresa de produo de frutas desidratadas dever ser em umarea, de preferncia, industrial ou em uma regio rural, desde que prximo de umcentro urbano, de forma que se distancie o mximo possvel de zona residencial. Istoporque esse tipo de empresa emite muitos rudos na produo dos seus produtos, oque poder ocasionar conflito permanente com os moradores da regio. fundamental, tambm, observar a distncia do local onde a rea de produo daempresa ser instalada e as regies produtoras das frutas in natura que seroutilizadas no processo de produo, o que objetiva evitar perdas de frutas notransporte e demora na entrega da matria-prima para a produo. O empresrio devetambm atentar-se quanto :- Facilidade de acesso para as pessoas contratadas pela empresa.- Existncia de mo de obra nas proximidades.- Suprimento permanente de gua de boa qualidade.- Vizinhana livre de contaminantes de qualquer espcie.- Espao suficiente para manobra de veculos de carga para recepo da matria-prima e escoamento da produo.

    Os aspectos a seguir tambm devem ser considerados e avaliados no processo depesquisa do local de instalao da fbrica de frutas desidratadas:a) importante que a relao receitas operacional (estimada) versus despesas(aquisio, locao ou manuteno e reforma do imvel) esteja compatvel com osobjetivos definidos pelo empreendedor. Decidir qual caminho tomar um misto decoragem, recursos disponveis e expectativa de retorno, alm disso, outros cuidados

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    na escolha do ponto passam por: custo do aluguel, prazo do contrato, reajustes ereformas a fazer.b) Certificar-se de que o imvel em questo atende as suas necessidades operacionaisquanto localizao, capacidade de instalao, caractersticas da vizinhana - se atendido por servios de gua, luz, esgoto, telefone etc.c) Ter cuidado com imveis situados em locais sujeitos a inundao ou prximos szonas de risco. Consulte a vizinhana a respeito.d) Verificar se o local apropriado para deposio de resduos, caso no sejamreprocessados e reaproveitados.

    As atividades econmicas da maioria das cidades so regulamentadas pelo PlanoDiretor Urbano (PDU). essa Lei que determina o tipo de atividade que pode funcionarem determinado endereo. A consulta de local junto Prefeitura deve atentar para:- se o imvel est regularizado, ou seja, se possui HABITE-SE;- se as atividades a serem desenvolvidas no local, respeitam a Lei de Zoneamento doMunicpio, pois alguns tipos de negcios no so permitidos em qualquer bairro;- se os pagamentos do IPTU referente o imvel encontram-se em dia;- no caso de serem instaladas placas de identificao do estabelecimento sernecessrio verificar o que determina a legislao local sobre o licenciamento dasmesmas; e principalmente,- Exigncias da legislao local, do Corpo de Bombeiros Militar e da Defesa Civil emrelao segurana contra incndio e pnico e emisso de certificados de vistoria delocal.- se no houve nenhuma obra posterior, aumentando, modificando ou diminuindo area primitiva, que dever estar devidamente regularizada.

    O empreendedor de uma empresa de produo de frutas desidratadas poder, a seucritrio, pode optar pela montagem de um showroom ou loja prpria. Esse local deveser dotado de estacionamento prprio ou que tenha na regio esse servio oferecidopor terceiros. O ideal que seja montado o showroom, ou escritrio de vendas, numavia de grande movimento, tanto de veculos quanto de pedestres, de fcil acesso evisibidade. Alm disso, o empreendedor pode utilizar os mesmos critrios de pesquisae avaliao de pontos comerciais citados acima para a localizao da fbrica de frutasdesidratadas.A localizao do ponto de venda e definio dos canais de distribuio socomponentes fundamentais do composto mercadolgico e podem definir o sucesso oufracasso do empreendimento, razo pela qual, merecem ateno especial na definio.

    4. Exigncias Legais e Especficas

    necessrio contratar um contador profissional para legalizar a empresa nosseguintes rgos:- Junta Comercial;- Secretaria da Receita Federal (CNPJ);- Secretaria Estadual de Fazenda;

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    - Prefeitura Municipal, para obter o alvar de funcionamento;- Enquadramento na Entidade Sindical Patronal em que a empresa se enquadra (obrigatrio o recolhimento da Contribuio Sindical Patronal por ocasio daconstituio da empresa e at o dia 31 de janeiro de cada ano);- Caixa Econmica Federal, para cadastramento no sistema Conectividade Social INSS/FGTS;- Corpo de Bombeiros Militar.Antes de iniciar a produo o empreendedor dever obter o Alvar de licena sanitria.Para obter essa licena o estabelecimento deve estar adequado s exigncias doCdigo Sanitrio (especificaes legais sobre as condies fsicas).

    O empreendedor dever atentar que em mbito federal a fiscalizao cabe a AgnciaNacional de Vigilncia Sanitria - ANVISA, estadual e municipal fica a cargo daSecretaria Estadual de Sade e Secretaria Municipal de Sade, respectivamente.

    Por se tratar de uma empresa produtora de alimento, seu produto dever serregistrado junto ao Ministrio da Agricultura e Abastecimento, bem como receberautorizao fsico-sanitria do Ministrio da Sade via ANVISA.

    Algumas leis e normativos que se destacam so:- Lei 9.782/99 - Define o Sistema Nacional de Vigilncia Sanitria, cria a AgnciaNacional de Vigilncia Sanitria, e d outras providncias.- Cdigo de Defesa do Consumidor - Lei 8.078, de 11 de setembro de1990. Dirio Oficial da Unio. Braslia, DF, 12 set. 1990.- Decreto-lei 986, de 21 de outubro de 1969. Institui normas bsicas sobre alimentos.Dirio Oficial da Unio. Braslia, DF, 21 out. 1969. Seo I.Lei 6.437/77. Configura infraes legislao sanitria federal, estabelece as sanesrespectivas, e d outras providncias.- Portaria 879 de 1975. Normas para instalao de equipamentos(Instalaes e equipamentos necessrios).- Portaria ANVISA/MS 1.428, de 26 de novembro de 1993. Aprova, na forma dos textosanexos, o "Regulamento Tcnico para Inspeo Sanitria de Alimentos", as "Diretrizespara o Estabelecimento de Boas Prticas de Produo e de Prestao de Servios narea de Alimentos" e o "Regulamento Tcnico para o Estabelecimento de Padro deIdentidade e Qualidade (PIQs) para Servios e Produtos na rea de Alimentos".Determina que os estabelecimentos relacionados rea de alimentos adotem, sobresponsabilidade tcnica, as suas prprias Boas Prticas de Produo e/ou Prestaode Servios, seus Programas de Qualidade, e atendam aos PIQs para Produtos eServios na rea de Alimentos.- Portaria ANVISA/MS 27, de 13 de janeiro de 1998. Aprova o Regulamento Tcnicoreferente Informao Nutricional Complementar (declaraes relacionadas aocontedo de nutrientes), constantes do anexo desta Portaria.- Portaria ANVISA/MS 326, de 30 de julho de 1997. Aprova o Regulamento Tcnicosobre "Condies Higinico-sanitrias e de Boas Prticas de Fabricao paraEstabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos".- Resoluo ANVISA/MS 16, de 30 de abril de 1999. Aprova o Regulamento Tcnicode Procedimentos para registro de Alimentos e ou Novos Ingredientes, constante doanexo desta Portaria.

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    - Resoluo RDC ANVISA/MS 259, de 20 de setembro de 2002. Regulamento Tcnicopara Rotulagem de Alimentos Embalados. Dirio Oficial da Unio. Braslia, DF, 23 set.2002. Seo I.- Resoluo RDC ANVISA/MS 272, de 22 de setembro de 2005. Aprova o"Regulamento tcnico para produtos de vegetais, produtos de frutas e cogumeloscomestveis".As empresas que manipulam alimentos e bebidas devem adotar a regulamentao daANVISA conhecida como Legislao de Boas Prticas para Servios de Alimentao,que foi regulamentada pela Resoluo RDC 216 de setembro de 2004 e abrange osprocedimentos que devem ser adotados nos servios de alimentao, a fim de garantiras condies higinico-sanitrias do alimento preparado.

    Informaes mais detalhadas, incluindo a Cartilha sobre Boas Prticas para Servio deAlimentao esto disponveis no endereo:http://www.anvisa.gov.br/alimentos/bps.htm . O Sebrae local poder ser consultadopara orientao.

    5. Estrutura

    A estrutura de uma fbrica de frutas desidratadas ir variar segundo a expectativa deproduo e do volume de vendas do empreendedor.

    Apresentamos abaixo uma proposta de estrutura com uma rea para indstria e outraem local diferente para montagem da rea comercial e do showroom. recomendvel fazer um projeto de layout da rea onde ser instalada a fbrica eshowroom para garantir a correta ocupao dos espaos disponveis, disposiocorreta dos equipamentos e mveis e tambm ter uma ideia correta do fluxo depessoas e produtos no local.

    a) rea Comercial e Showroom espao sugerido de aproximadamente 40 m2. Esseespao dever ser estruturado com estantes ou prateleiras, de preferncia em vidro,de forma que seja possvel dispor as diversas frutas desidratadas industrializadas naempresa. Tambm importante que tenha um catlogo com os produtos que soproduzidos pela empresa. Nesse mesmo espao tambm devero ser instaladasmesas e cadeiras para atendimento aos clientes, de forma personalizada e individual.Com isto deve se idealizar um ambiente bem iluminado, convidativo e extremamenteorganizado, denotando aos clientes uma sensao agradvel e de organizao.

    b) Fbrica / Produo rea ideal de 150 m2, sendo que cerca de 110 m2 paraindstria/produo e o restante para rea administrativa. Nesta rea dever serinstalado todo o maquinrio que ser utilizado na industrializao de frutasdesidratadas. Ela deve ser limpa e organizada, condizente com um negciorelacionado com a sade e bem-estar das pessoas. O local dever ser bem iluminado.Alm disso, o local deve ser ventilado e o piso deve ser de material de fcilmanuteno, mas tambm grande resistncia, como o concreto polido. O p direito darea industrial deve ter no mnimo quatro metros de altura. As janelas devem ter telas

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    Pessoal

    e as portas devem ter cortinas de ar.

    recomendvel que a rea externa seja pavimentada para evitar a formao de poeirae facilitar o escoamento de guas pluviais. O esgotamento deve seguir normasambientais, com ralos sifonados para evitar que insetos e roedores. Se exigido, omesmo deve passar por tratamento antes de ser despejado em algum local.Os estoques de matria-prima podem ficar em rea anexa ao espao destinado produo, porm, sem risco de contaminao. O espao para o estoque de produtosacabados dever levar em considerao a vantagem estratgica da vida til alongada,para produzir o mximo possvel no perodo da safra e a manuteno de alto volumede estoques por perodos prolongados.

    J o local de armazenamento dos produtos prontos deve ser arejado e longe de fontesde calor e luz. As caixas dos produtos devem ser empilhadas com uma distnciamnima de 15 centmetros das paredes, e 60 centmetros de fontes de calor e luz.

    A estrutura de recebimento e armazenamento da matria prima deve ser separada darea de produo, com uma bancada ou doca onde os veculos possam parar paracarregar e descarregar os produtos.

    c) Administrao esse espao dever ser instalado o escritrio administrativo-financeiro da indstria da empresa. O escritrio da administrao pode ser pequeno,bastando um espao suficiente para a realizao das atividades bsicas derelacionamento com fornecedores, registros e controles sobre o negcio. A parede doescritrio deve ser lisa, de preferncia em azulejo branco ou concreto polido.

    Deve-se salientar que toda a estrutura deve ser aprovada pelo corpo de bombeiros epela prefeitura.

    6. Pessoal

    A quantidade de profissionais est relacionada ao porte do empreendimento. Para umafbrica de frutas desidratadas de pequeno porte pode-se comear com 8 (oito)empregados, sendo:- 01 encarregado;- 03 ajudantes de produo;- 01 auxiliar administrativo;- 02 vendedores;- 01 auxiliar de limpeza.

    Os colaboradores devem possuir ou desenvolver as seguintes competncias, quedevem ser focadas durante o processo de seleo e contratao:- Encarregado: um profissional-chave na empresa, alm de coordenar a equipe dafbrica, deve possuir experincia com produo de frutas desidratadas. Deve tambmser lder, organizado, cuidadoso, ter domnio sobre o processo de produo, manejo

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    Pessoal

    dos insumos e cuidados com higiene e limpeza. Este profissional pode ser responsvelpelas compras das matrias primas e transporte dos produtos para os clientes.- Ajudantes de produo : Devem saber manusear equipamentos, mquinas eutenslios bsicos utilizadas na produo, alm de demonstrar interesse ecomprometimento com a qualidade dos servios prestados.- Auxiliar administrativo: Deve ser capaz de realizar as atividades bsicas relacionadasa registros sobre o relacionamento com clientes, fornecedores, colaboradores,controles financeiros e bancrios, operando sistemas tecnolgicos apropriados paraesse fim, alm de demonstrar habilidade de relacionamento interpessoal ecomprometimento com a qualidade dos servios prestados pela empresa.- Vendedor: Esse profissional, alm de conhecer as caractersticas de cada produto,seus fatores nutricionais, forma de preparo, manejo, cuidados com higiene e limpeza,deve ter facilidade de comunicao, boa postura pessoal, ser capaz de dispensaratendimento de excelncia ao cliente e gerar confiana para estabelecer o processo devenda.- Auxiliar de limpeza: Deve conhecer os processos de higienizao e limpeza dosequipamentos, mquinas, utenslios e ambientes fsicos, alm de demonstrar interessee comprometimento com a qualidade dos servios prestados.

    A apresentao pessoal dos empregados da empresa tambm fator vital nessenegcio. O pessoal dever ser pontual e usar uniformes obrigatrios. A fbrica defrutas desidratadas deve investir em treinamentos sobre eliminao de desperdcios etcnicas de conservao da matria-prima. Alm disso, os funcionrios devem seguiruma srie de cuidados, como a utilizao de EPI's (Equipamento de ProteoIndividual).

    Os equipamentos e cuidados que devem ser utilizados nesse segmento:- Luvas, botas e aventais: evitam o contato do funcionrio com o alimento, evitandopossveis contaminaes. Funcionrios com feridas, cortes ou queimados nas mos,nos ps ou no corpo devem ser afastados, assim como funcionrios que apresentamtosse, gripe ou qualquer tipo de enfermidade que possa contaminar o produto.- Aparncia e adornos: manter as unhas cortadas, assim como os cabelos, de vitalimportncia. Alm disso, a utilizao de adornos, como anis, colares e piercings deveser proibida no setor produtivo.- Mscaras: devem ser utilizadas mscaras para proteger o produto que est sendofabricado de contaminao por saliva.- Bons ou gorros: devem ser utilizados para evitar o contato e queda de cabelosdurante a produo dos alimentos.

    Por se tratar de uma atividade, basicamente, manufatureira, ela acaba absorvendomuita mo de obra com baixa qualificao, a atividade acaba tendo um alto grau derotatividade, ou seja, alto ndice de desistncia. Este fato gera grande ingerncia naqualidade do trabalho, visto que at um novo funcionrio aprender o mtodo, o produtopode sair com um grau de qualidade inferior ao estabelecido. Alm disso, esse fatogera muitos gastos para o setor de RH, que deve ficar atento a cada caso, de cadafuncionrio.

    No setor produtivo interessante que ocorram treinamentos antes de um funcionrio

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    Pessoal / Equipamentos

    iniciar suas atividades. Quase toda empresa que vende mquinas e equipamentosfornecem, tambm treinamentos que podem ser interessantes para o funcionriomelhorar sua produtividade.

    Investir constantemente no aperfeioamento dos colaboradores atravs de cursos,seminrios, palestras, workshops que so oferecidos no mercado ou em atividades dedesenvolvimento realizadas na prpria empresa deve ser preocupao permanente doempreendedor.

    recomendvel que os funcionrios ligados diretamente ao atendimento estejamcapacitados para prestar esclarecimentos sobre os produtos e assessorar na escolhado cliente.

    Deve-se estar atento para a Conveno Coletiva do Sindicato dos Trabalhadores naIndstria de Alimentos, utilizando-a como balizadora dos salrios e orientadora dasrelaes trabalhistas, evitando, assim, conseqncias desagradveis.

    O Sebrae da localidade poder ser consultado para aprofundar as orientaes sobre operfil do pessoal e o treinamento adequado.

    7. Equipamentos

    Para uma fbrica de frutas desidratadas de pequeno porte e rea seja de 150 m2, sonecessrios os seguintes mveis e equipamentos:

    Mobilirio para a rea administrativa- 5 Cadeiras: R$ 500,00;- 1 Armrio: R$ 1.500,00;- 1 Impressora: R$ 300,00;- 2 Mesas: R$ 700,00;- 2 Computadores: R$ 2.500,00;- 2 Telefones / Internet: R$ 100,00;Total mobilirio: R$ 5.600,00.

    Mveis e Equipamentos para a rea comercial- 2 Computadores: R$ 2.500,00;- 2 Impressoras de cupom fiscal: R$ 1.600,00;- 1 Gaveteiro para guardar numerrio: R$ 300,00;- 1 Balco de atendimento: R$ 6.000,00;- 6 Cadeiras: R$ 600,00;- 4 Mesas: R$ 1.400,00- 5 Estantes: R$ 5.000,00;Total dos mveis e equipamentos: R$ 17.400,00

    Equipamentos para a rea de produo:

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    Pessoal / Equipamentos / M

    atria Prima/M

    ercadoria

    - 1 Bancada de inox: R$ 1.400,00;- 1 Esteira de lavagem: R$ 1.600,00;- 2 Esteiras de seleo: R$ 4.000,00;- 1 Tanque para sanitizao: R$ 4.000,00;- 1 Desidratador industrial pequena escala: R$ 45.000,00;- 2 Carrinhos com bandejas: R$ 5.000,00;- 1 Embaladora manual: R$ 10.000,00;- 2 Balanas para 5 Kg: R$ 1.800,00;- 1 Balana analtica: R$ 1.200,00;- 2 Cortadores de frutas: R$ 16.000,00;- 10 Facas: R$ 1.200,00;- 20 Caixas plsticas: R$ 1.300,00;- 10 Estantes para estoque de matria prima: R$ 10.000,00;- 3 Freezer horizontal: R$ 3.300,00;- 1 Mesa de apoio: R$ 200,00;- 4 Uniformes e EPIs (avental impermevel, botas de borracha, luvas de ltex, mscarafacial comum, culos de proteo, roupas brancas, toucas): R$ 3.000,00;- 1 Veculo utilitrio pequeno a critrio do empreendedor: R$ 30.000,00.Total dos equipamentos para produo: R$ 139.00,00.

    Sendo assim, o investimento total estimado para ter os equipamentos da parteadministrativa, comercial e produo de uma fbrica de frutas desidratadas R$162.000,00.

    8. Matria Prima/Mercadoria

    A gesto de estoques no varejo a procura do constante equilbrio entre a oferta e ademanda. Este equilbrio deve ser sistematicamente aferido atravs de, entre outros,os seguintes trs importantes indicadores de desempenho:

    - Giro dos estoques: o giro dos estoques um indicador do nmero de vezes em que ocapital investido em estoques recuperado atravs das vendas. Usualmente medidoem base anual e tem a caracterstica de representar o que aconteceu no passado.Obs.: Quanto maior for a freqncia de entregas dos fornecedores, logicamente emmenores lotes, maior ser o ndice de giro dos estoques, tambm chamado de ndicede rotao de estoques.

    - Cobertura dos estoques: o ndice de cobertura dos estoques a indicao do perodode tempo que o estoque, em determinado momento, consegue cobrir as vendasfuturas, sem que haja suprimento.

    - Nvel de servio ao cliente: o indicador de nvel de servio ao cliente para o ambientedo varejo de pronta entrega, isto , aquele segmento de negcio em que o cliente querreceber a mercadoria, ou servio, imediatamente aps a escolha; demonstra o nmerode oportunidades de venda que podem ter sido perdidas, pelo fato de no existir a

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    Pessoal / Equipamentos / M

    atria Prima/M

    ercadoria

    mercadoria em estoque ou no se poder executar o servio com prontido.

    Portanto, o estoque dos produtos deve ser mnimo, visando gerar o menor impacto naalocao de capital de giro. O estoque mnimo deve ser calculado levando-se em contao nmero de dias entre o pedido de compra e a entrega dos produtos na sede daempresa.

    A matria prima utilizada numa fbrica de frutas desidratadas representada,basicamente, pelos diversos itens utilizados no processo de industrializao tais como,frutas in natura e conforme o processo de produo acar, e extratos naturais. Asfrutas mais utilizadas so abacaxi, ameixa, banana, damasco, figo, ma, manga,pra, tmara e uva.

    Assim o empreendedor dever atentar para que seja adquirida exclusivamentematria-prima de primeira qualidade, pois isso ser de fundamental importncia parase obter um bom produto final.

    Trabalhar com matria-prima de primeira influencia inclusive o custo final da operao,j que o nvel de perda reduz sensivelmente, isto em todas as etapas operaes depreparo para desidratao de frutas. Tambm, o empreendedor deve ter atenoquanto quantidade comprada de matria-prima por vez porque estoc-las por muitotempo causar perda por ser um insumo perecvel.

    Para a definio dos produtos a serem oferecidos o empresrio dever pesquisar juntoa profissionais do ramo, ouvir potenciais clientes, observar a concorrncia e decidir porum mix, que poder sofrer ajustes e mudanas no decorrer da experincia daempresa. Visitas a feiras do ramo e pesquisas em revistas especializadas e na internetcontribuem para essa deciso.

    Segue abaixo as composies funcionais, aes benficas, utilizaes eapresentaes de algumas frutas desidradatas:

    AbacaxiComposio Funcional: Betacaroteno e Bromelina.Aes : pode ajudar na reduo de inflamaes, dissolver cogulos sanguneos,acelerar a cicatrizao de tecidos e na digesto. Alm disso, antiviral, antibacteriano,previne a osteoporose e as fraturas sseas.Utilizaes em: barras de cereal, cereais matinais, barras de fruta, recheios parachocolate, drageados, biscoitos, bolachas, fonte de fibras, snacks, confeitaria, iogurtes,suplementos alimentares e ch.Apresentao: cubo, flocos, granulado e p.

    AaComposio Funcional: Antocianinas.Aes: anticarcinognica, anti-inflamatria e antimicrobiana, prevenindo a oxidao delipoprotena de baixa densidade (LDL), enfermidades cardiovasculares e doenasneurolgicas.Utilizaes em : barras de cereal, cereais matinais, barras de fruta, recheios para

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    chocolate, drageados, biscoitos, bolachas, fonte de fibras, snacks, confeitaria, iogurtes,suplementos alimentares e ch.Apresentao: cubo, flocos, granulado e p.

    AmeixaComposio Funcional: Riboflavina.Aes : rica em fibras, acar, sais minerais (clcio, fsforo e ferro) e vitaminas docomplexo B. Tem alto poder laxativo, auxilia no controle da presso sangunea emelhora a sade dos ossos.Utilizaes em: barras de cereal, cereais matinais, barras de fruta, chocolates,drageados, biscoitos, bolachas, iogurtes, chs e pes.Apresentao: cubo, flocos, granulado e p.

    AmoraComposio Funcional: cido Elgico.Aes : anticancergena, ao no combate a osteoporose. depurativo do sangue,antissptico, vermfugo, digestivo, calmante, diurtico, laxativo, refrescante,adstringente e ajuda a reduzir os nveis de colesterol.Utilizaes em : barras de cereal, cereais matinais, barras de fruta, chocolates,drageados, biscoitos, bolachas, iogurtes, chs e pes.Apresentao: cubo, flocos, granulado e p.

    BananaComposio Funcional: Amido Resistente.Aes: preveno de doenas crnicas, como o cncer e doenas do clon, diabetestipo II, dislipidemias, doenas coronrias e obesidade.Utlizaes em: barras de cereal, cereais matinais, barras de fruta, chocolates,drageados, biscoitos, bolachas, iogurtes, chs e pes.Apresentao: flocos, cubo, granulado, p e fatiada.

    DamascoComposio Funcional: Betacaroteno.Aes: atividade antioxidante auxilia no combate a vrias doenas como cncer,cardiopatias, catarata e diabetes, e ideal para a sade dos olhos.Utilizaes em: barras de cereal, cereais matinais, barras de fruta, chocolates,drageados, biscoitos, bolachas, iogurtes, chs e pes.Apresentao: cubo, flocos, granulado e p.

    FramboesaComposio Funcional: Antocianinas, Flavonis, Proantocianidinas (elagitaninos egaltaninos) e cidos Fenlicos, Catequinas e Isoflavonoides.Aes: atua eficazmente na preveno de doenas cardiovasculares, circulatrias,bem como na inibio do crescimento de clulas cancergenas.Utilizaes em: barras de cereal, cereais matinais, barras de fruta, chocolates,drageados, biscoitos, bolachas, iogurtes, chs e pes.Apresentao: cubo, flocos, granulado e p.

    Goiaba

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    Composio Funcional: Licopeno e Fibras Solveis.Aes: benfica na reduo do colesterol e da presso sangunea alm de possuir acapacidade de se ligar aos cidos biliares interferindo na absoro de gorduras.Utilizaes em : barras de cereal, cereais matinais, barras de fruta, recheios parachocolate, drageados, biscoitos, bolachas, fonte de fibras, snacks, confeitaria, iogurtes,suplementos alimentares e ch.Apresentao: cubo, flocos, granulado e p.

    LaranjaComposio Funcional: Flavonide Naringenina.Aes: possui antioxidante importante para a circulao sangunea e o bomfuncionamento do corao, contribuindo para o aumento do bom colesterol (HDL).Evita hemorragias e refora as defesas do organismo, alm de facilitar a digesto.Utilizaes em: barras de cereal, cereais matinais, barras de fruta, chocolates,drageados, biscoitos, bolachas, iogurtes, chs e pes.Apresentao: cubo, flocos, granulado e p.

    LimoComposio Funcional: d-limoneno.Aes: extremamente benfico no tratamento de azia, anemia, sinusite, dor de cabea,acne, entre muitas outras, combate ansiedade, depresso, o cncer, alm dedissolver clculos renais e desentupir artrias, tambm ajuda no tratamento decelulites e varizes.Utilizaes em : barras de cereal, cereais matinais, barras de fruta, chocolates,drageados, biscoitos, bolachas, iogurtes, chs e pes.Apresentao: cubo, flocos, granulado e p.

    MaComposio Funcional: d-catequina, hiperosdeo, isoquercitina, avicularina, cidobenzico, flavonides e rutina.Aes: preveno do colesterol, protege da arteriosclerose, reduz os riscos dedoenas pulmonares, cardacas, asma, diabetes e o desenvolvimento de cncer, almde ajudar a perder peso.Utilizaes em: barras de cereal, cereais matinais, barras de fruta, chocolates,drageados, biscoitos, bolachas, iogurtes, chs e pes.Apresentao: cubo, flocos, granulado, p e fatiada.

    MamoComposio Funcional: Betacaroteno e Fibras Solveis.Aes: auxiliam no combate contra os radicais livres e tambm na reduo no nvel decolesterol, mantm o sistema nervoso saudvel e ajudam a prevenir o cncer demama.Utilizaes em: barras de cereal, cereais matinais, barras de fruta, chocolates,drageados, biscoitos, bolachas, iogurtes, chs e pes.Apresentao: cubo, flocos, granulado e p.

    MangaComposio Funcional: Betacaroteno e Fibras no-solveis.

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    Aes: ajuda a diminuir o risco de cncer e envelhecimento precoce essencial para aviso, diferenciao das clulas, desenvolvimento embriolgico e outros processosfisiolgicos, eleva o ritmo intestinal, redutor dos nveis de glicose no sangue,melhorando a secreo de insulina pelo pncreas.Utilizaes em: barras de cereal, cereais matinais, barras de fruta, recheios parachocolate, drageados, biscoitos, bolachas, fonte de fibras, snacks, confeitaria, iogurtes,suplementos alimentares e ch.Apresentao: cubo, flocos, granulado e p.

    MaracujComposio Funcional: Pectina, Alcalides, Flavonides e Carotenides.Aes:possui propriedades antioxidantes que so compostos capazes de retardar ouinibir a oxidao de lipdeos, cidos nuclicos ou outras molculas, possui tambmefeito anticarcinognico, promove a reduo do risco de trombose.Utilizaes em: barras de cereal, cereais matinais, barras de fruta, recheios parachocolate, drageados, biscoitos, bolachas, fonte de fibras, snacks, confeitaria, iogurtes,suplementos alimentares e ch.Apresentao: cubo, flocos, granulado e p.

    MirtiloComposio Funcional: Antocianinas, Polifenis.Aes: propriedades antioxidantes que protegem o organismo dos elementos txicosque podem provocar cncer, combate os radicais livres, antinflamatrio, melhora acirculao e reduz o colesterol ruim.Utilizaes em: barras de cereal, cereais matinais, barras de fruta, recheios parachocolate, drageados, biscoitos, bolachas, fonte de fibras, snacks, confeitaria, iogurtes,suplementos alimentares e ch.Apresentao: cubo, flocos, granulado e p.

    MorangoComposio Funcional: Bioflavonides e cido Elgico.Aes: rico em antioxidantes ajuda a baixar o colesterol e manter a glicemia, contmsubstncias que podem ajudar a evitar alguns tipos de cncer, por isso consideradoFuncional.Utilizaes em: barras de cereal, cereais matinais, barras de fruta, chocolates,drageados, biscoitos, bolachas, iogurtes, chs e pes.Apresentao: cubo, flocos, granulado e p.

    9. Organizao do Processo Produtivo

    Os processos produtivos de uma fbrica de frutas desidratadas so constitudos de:

    - Recepo da matria-prima: Apesar de no ser uma etapa do processamento, setorna um ponto de fundamental importncia, pois visa garantir a execuo de algunsprocedimentos prvios, na busca contnua da qualidade. Nessa etapa dever ser

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    praticado o controle de recebimento das matrias-primas, ou seja, as pesagens,retiradas de amostras para anlises e tambm uma pr- avaliao visual do loterecebido. A pesagem do material recebido ser importante para a verificao dorendimento final do lote processado e conseqentemente do seu custo final deproduo. Com o objetivo de evitar que sejam contaminadas as frutas devem serpesadas em ambiente externo ao local onde ser realizado o processamento.

    - Seleo e classificao: A seleo da matria-prima deve ser feita no momento dorecebimento pela rea de produo, que se d logo aps a recepo. De prefernciaa etapa de seleo dever ser realizada durante a lavagem da matria-prima ou logona seqncia. Isto porque as caractersticas fsicas das frutas ficam mais aparentes.Normalmente a seleo de matria-prima realizada manualmente sobre esteiras. Noprocesso de seleo alguns itens sobressaem a outros, por isso cita-se alguns dosprincipais fatores que devem ser considerados na seleo que so: tamanho e forma,cor, textura, densidade, manchas e presena de insetos.

    Assim quanto melhor for a seleo, melhor ser o desempenho e rendimento dasmquinas e equipamentos empregados na industrializao das frutas, em especial osenvolvidos no descascamento e corte. Isto porque ir requerer menor quantidade deajustes e regulagens, pois as frutas estaro o mais prximo da uniformidade,facilitando assim todas as etapas produtivas.

    - Lavagem: Nessa etapa ocorre a lavagem das frutas em gua para a retirada deresduos e sujeira.Normalmente deve-se adotar uma forma ou outra de lavagem ou se pode conjugarduas ou mais, visando ter um melhor resultado. Abaixo segue o descritivo dos tipos delavagem:

    Lavagem por imerso - a imerso no por si s um meio eficiente de remover asimpurezas, mas til como um tratamento preliminar da lavagem por agitao ou porchuveiro. Se este for o nico meio de lavagem adotado pela indstria, importante queseja realizado em pelo menos trs etapas. A utilizao de cloro na dosagem correta etempo de imerso em cada estgio da lavagem sero fundamentais para uma eficientedesinfeco da matria-prima. A troca de gua deve ser realizada com freqncia, docontrrio os tanques se tornam focos de contaminao.

    Lavagem por agitao na gua o processo pelo qual as frutas so submetidas agitao em gua. Esse procedimento de lavagem por agitao item complementarao processo de imerso, ampliando assim a eficincia da lavagem das frutas. Aagitao pode ser feita por agitadores simples, por ar comprimido, por meio de bombasou por meio de hlices que se encontram isoladas do produto por meio de uma caixade tela resistente.

    Lavagem por jatos de gua esse processo de lavagem considerado o maiseficiente, no entanto sua aplicao, similar ao que ocorre com a lavagem por agitao, uma atividade complementar ao processo de imerso. Sendo assim deve seraplicado aps a etapa de imerso, isto porque aps a primeira etapa as impurezas jtero sofrido um amolecimento, simplificando com isto a limpeza total das frutas

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    quando submetidas a jatos de gua denominados chuveiros. Mas ressalta-se queeficincia desse mtodo depender da presso, do volume e tambm da distncia dosbicos do chuveiro em relao ao material a ser lavado. importante que toda asuperfcie das frutas seja atingida pelos jatos de gua.

    A distribuio dos jatos de gua dever ser disposta de forma uniforme acima e abaixode uma esteira telada, que ter a finalidade de transportar as frutas por toda aextenso dos chuveiros.

    Aps o processo de lavagem segue as etapas de processamento

    - Descascamento: Normalmente as frutas para serem industrializadas precisam serdescascadas para serem desidratadas. O operador das mquinas de descascamentodeve ter controle total desse processo, pois existem muitas variveis envolvidas nessafase de produo. No processo de descascamento o operador deve se ater a fatorescomo grau de maturao, machucaduras ou manchas na casca, tipo de tratamento noarmazenamento e outros, devero ser devidamente ponderados por esse profissional,visando proceder os ajustes que se fizerem necessrios no equipamento ou manejo dedescascamento, buscando com isso o mximo de eficincia nessa operao.O resultado final de uma empresa de industrializao de frutas desidratadas estarintimamente ligado a eficincia da operao de descascamento, a qual, por sua vezdetermina o rendimento do produto e a extenso do trabalho durante a etapadenominada aparao.

    Existem trs tipos de descascamento aplicados no processamento e preparao defrutas para serem industrializadas aps sua desidratao, ressalta-se a existncia deuma forma que no ser tratada nesse material, e que tem uso bastante expressivoque o descascamento manual. Mas o empreendedor dever atentar que a operaode descascamento manual bastante onerosa, morosa e requer a demanda de umgrande quantitativo de mo-de-obra alocada nessa finalidade. Seguem descritosabaixo as diversas formas que se faz o descascamento:

    Mecnico o processo de descascamento mecnico mais utilizado normalmente opor abraso. Utiliza-se esse sistema principalmente para vegetais do tipo raiz ealgumas frutas. O processo constitudo por um cilindro metlico com superfcieinterna coberta por material abrasivo e que gira com velocidade controlada. As cascasso retiradas e eliminadas por jatos de gua que lavam o material.

    Qumico foram pesquisados outros mtodos de tratamento qumicos para seremaplicados no descascamento de frutas e vegetais, no entanto o que tem sido aplicadotradicionalmente o mtodo j conhecido e amplamente utilizado que utiliza soluesde hidrxido de sdio a quente.

    Utiliza-se tambm para a maioria das razes vegetais e algumas frutas com a aplicaodo processo qumico com o uso de soda, mas dever ser estudado com profissionalaltamente qualificado na rea de qumica para ver se o uso desse elemento qumico indicado para quais razes ou frutas.

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    Trmico a aplicao do descascamento trmico pode ser realizado atravs daexposio direta da matria-prima a uma chama com temperatura de 540 C, ousuperiores, e posteriormente lavadas em lavadores rotatrios com aspersores. Temainda a possibilidade de uso de descascamento trmico bastante rudimentar que otratamento da matria-prima em um meio aquecido como, gua, leo ou vapor.

    - Acabamento: Efetuada a operao de descascamento, ser ento aplicada a etapadenominada acabamento, sendo esta normalmente feita manualmente. Esse processo necessrio, pois tem a funo de remover a casca residual, olhos profundos, reasdescoloridas, leses e machucaduras, pores podres, pores estragadas porataques de insetos e outros defeitos. A maior parte do trabalho manual requerido pelamatria-prima utilizada nesta operao. nesse ponto que o beneficiamento de umaoperao de descascamento eficiente se torna evidente.

    - Corte: Nessa etapa ser aplicado o que tenha sido definido como formato do produto,sendo possvel aplicar as mais variadas formas de corte, tais como: cubos, fatias,anis, rodelas, e outras.

    A definio da aplicao de um ou outro tipo de corte deve ser definida emconformidade com que o mercado espera para cada tipo de fruta desidratada. Assim necessrio que o empreendedor conhea as expectativas e exigncias domercado consumidor.

    No entanto existem outros fatores importantes que devem ser levado em consideraoque so os ligados a capacidade produtiva da estrutura operacional da empresa taiscomo: capacidade de carga das bandejas do secador, o tempo de secagem, aeficincia dos tratamentos pr-secagem quando necessrios, dentre outros.

    A aplicao da etapa de corte para algumas frutas e hortalias pode ser realizada porprocessadores de alimentos especficos ou manualmente. de fundamentalimportncia que a espessura ou as dimenses de cada pedao seja a mais uniformepossvel, buscando com essa uniformidade boa apresentao no mercado. O tamanhodos pedaos de frutas no momento de secagem, caso estejam muito disformes poderensejar que alguns sequem mais rapidamente do que outros, o que ir comprometer oresultado final. Isto porque ficaro uns pedaos totalmente secos e outros apenasparcialmente. E esse ponto no poder ocorrer em hiptese alguma, pois isto umafonte forte para a possibilidade de desenvolvimento de microrganismos, caso essesalimentos sejam embalados com esses diferenciais, sendo essa ento uma questoque traduzir em extrema fragilidade para a indstria de frutas desidratadas.

    - Desidratao: Existem diversos mtodos de secagem para frutas. Mas nesse materialser abordado apenas o processo mais comum industrialmente, que o que apresentasecadores do tipo cabine com bandejas e circulao forada de ar quente, denominadocondicionamento.

    O objetivo do condicionamento uniformizar a umidade entre as frutas. Nesseprocesso tem que ser analisado o tempo de maturao de uma espcie e outra defrutas, e ainda os diversos estgios de maturao dentro de um mesmo lote de uma

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    mesma fruta a ser processada. Isto porque como dito anteriormente, o corte deve ser omais uniforme possvel, pois pedaos de diferentes tamanhos, bem como uma mdistribuio de ar dentro da cmara de secagem podem no final apresentar frutas comdiferentes teores de umidade.

    O condicionamento deve ser feito aps as frutas atingirem a temperatura ambiente.Atingindo esse estgio ser feito sob condies hermticas, em sacos plsticos depolietileno com capacidade de 5 a 10 kg de fruta seca.Aps a secagem os pacotes devem ser colocados dentro de caixas de papelo earmazenados em local fresco e arejado. O ideal acondicionar as frutas secas por umperodo de 10 a 15 dias temperatura ambiente, embora na prtica este perodo nemsempre respeitado, pois o empreendedor tem dificuldades de aguardar esse tempo.

    Durante o perodo de condicionamento no dever ocorrer condensao da umidadena superfcie das frutas secas. Se isto ocorrer porque o produto est com teor deumidade superior a 25%, o que o tornar imprprio para comercializao e consumo.

    - Embalagem: As frutas desidratadas, antes de serem embaladas devem receberinspeo rigorosa, visando garantir que as extremidades ou partes escuras quedepreciem sua aparncia final sejam eliminadas. Para a comercializao de frutassecas a granel a embalagem primria normalmente utilizada o saco de polietilenocom capacidade de 5 a 10 kg de produto (a mesma usada para o acondicionamento), erecomendam-se caixas de papelo ondulado para a embalagem secundria. Asembalagens para venda no varejo, normalmente, so ideais as que compreendemquantidades de 200g de produto.

    Atualmente as indstrias tem se especializado em embalar pores individuais, quese destinam ao consumo imediato por abertura da referida embalagem.

    - Armazenamento: necessrio fazer a rotulagem do produto, com informaes sobreo nome da fruta de origem, seguida das expresses secas, desidratadas ou passapara a organizao do processo de armazenagem.

    O produto colocado ento em caixas de papelo, com anotao obrigatria sobre adata de fabricao e identificao do nmero dos lotes. Para isso deve ser utilizada acaixa de papelo ondulada que oferece proteo contra umidade, choques eamassamento.

    A estocagem do produto final quando embalados proporciona mais vida til s frutasdesidratas, porque a sua qualidade se altera com o tempo de estocagem, em razo daocorrncia de uma srie de reaes qumicas e da ao de enzimas.

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    utomao

    10. Automao

    O nvel de automao no to expressivo. Isto porque o processo produtivo bastante simples e pode ser at mesmo manual. O ideal que o empreendedorpesquise e invista em automao visando dinamizar toda a sua rea deindustrializao, estocagem e tambm para o controle da rea administrativa,financeira, comercial e operacional. Todo o processo de automao deve ser objeto deanlise profunda em relao aos custos, para no comprometer o equilbrio e auto-sustentao do negcio.

    Caso a automao no nvel produtivo seja implantada, o retorno longo prazo sergrande, visto que o custo com a mo de obra ser menor. Alm disso, com aautomao do processo produtivo a qualidade do produto final ser padronizada, vistoque o mtodo ser replicado de forma idntica sempre.

    Para o processo de gesto existe no mercado uma boa oferta de sistemas paragerenciamento de pequenos negcios. Para uma produtividade adequada, devem seradquiridos sistemas que integrem as compras, as vendas e o financeiro. Os softwarespossibilitam o controle de qualidade da matria prima, cadastro de clientes efornecedores, histrico de relacionamento com cada cliente, controle de custos deproduo, controle de estoque de matria-prima, insumos e produto final,equipamentos, servio de mala-direta para clientes e potenciais clientes, cadastro demveis e equipamentos, gerenciamento de servios dos empregados, controle decontas a pagar e a receber, fornecedores, folha de pagamento, fluxo de caixa,fechamento de caixa etc.

    Devem-se procurar softwares de custo acessvel e compatvel com uma pequenaempresa. O empresrio poder optar por download de sistemas sem custo, com customensal, com valor fixo, podendo incluir custo de assistncia tcnica e customizao.Para pesquisar outras opes de softwares, basta fazer a busca na internetpesquisando Sistemas de Gesto Empresarial e avaliar as alternativas apresentadas.

    Abaixo, algumas sugestes de softwares para a gesto da fbrica de frutasdesidratadas:ExactusSoftExpert SoftwareSistema ERPAquariusSP SoftwareGolden ServiceEPLANSIGA r Sistema Integrado de Gesto Alimentar Retalho

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    Canais de D

    istribuio / Investimento

    11. Canais de Distribuio

    O principal canal de distribuio de uma empresa de frutas desidratadas a formaode pontos de revendas, como exemplo cita-se: supermercados (pequenos, mdios egrandes), padarias, frutarias, mercearias, lojas de produtos naturais, empresas defornecimento para apartamentos de hotis, dentre outros.

    A formao dos canais de distribuio exigir do proprietrio da empresa de frutasdesidratadas um esforo bastante expressivo para abrir novos pontos de vendas paraseu empreendimento. O ideal trabalhar com uma boa equipe de vendedores quedeve entrar em contato com os estabelecimentos e trabalhar no modelo de parceria,reduzindo custos com o processo de venda, o que poder viabilizar preos maisatraentes. Neste caso, necessrio inclusive investimento nessa rea, seja com ooferecimento de bonificaes de produtos ou disponibilizao de displays estilizadoscom a marca da empresa para instalao em tais estabelecimentos, os quais deveroservir exclusivamente para acondicionarem as embalagens das frutas desidratadaspara comercializao. Estas so prticas comuns do mercado e devem ser utilizadaspara lanamento ou introduo de novos produtos nos pontos de vendas, issodependendo principalmente da capacidade de investimento do empreendedor.

    Alm desses pontos de apoio de distribuio, a empresa de frutas desidratadastambm dever atuar com um ponto de venda direto, tendo uma loja prpria oushowroom e tambm atravs de vendas via telefone e internet, com entregas emdomiclio. Um site com apresentao do catalogo de produtos oferecidos com formasde contato bastante recomendado.

    Outro canal que pode se tornar vivel perante um investimento maior, o deexportao. O mercado de frutas desidratadas vem crescendo e conseguir umaproduo maior que torne vivel a exportao, outro excelente canal de distribuio.

    12. Investimento

    Investimento compreende todo o capital empregado para iniciar e viabilizar o negcioat o momento de sua auto-sustentao. Pode ser caracterizado como:- investimento fixo compreende o capital empregado na compra de imveis,equipamentos, mveis, utenslios, instalaes, reformas etc.;- investimentos pr-operacionais so todos os gastos ou despesas realizadas comprojetos, pesquisas de mercado, registro da empresa, projeto de decorao,honorrios profissionais e outros;- capital de giro o capital necessrio para suportar todos os gastos e despesasiniciais, geradas pela atividade produtiva da empresa. Destina-se a viabilizar ascompras iniciais, pagamento de salrios nos primeiros meses de funcionamento,impostos, taxas, honorrios de contador, despesas de manuteno e outros.

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    apital de Giro

    Para a atividade de uma fbrica de frutas desidratadas de pequeno porte oempreendedor dever dispor de aproximadamente R$ 267.800,00 para fazer frenteaos seguintes itens de investimento:- Mobilirio para a rea administrativa R$ 5.600,00;- Equipamentos e mobilirio para rea comercial R$ 17.400,00;- Equipamentos e tecnologia para rea de produo R$ 139.000,00;- Reforma e/ou adaptao de instalaes R$ 38.000,00;- Despesas de registro da empresa, honorrios profissionais, taxas etc. - R$ 6.000,00;- Capital de giro para suportar o negcio nos primeiros meses R$ 61.800,00.

    Observao: Neste clculo est incluso o investimento na compra de um veculoutilitrio mas pode ser considerado como uma opo do empreendedor.

    Esta estimativa de investimento pode variar de acordo com o porte do negcio,condies estruturais do imvel, condies comerciais adquiridas junto fornecedoresde mquinas, grau de automao e tambm em funo da regio onde ser instaladaa fbrica de frutas desidratadas.

    13. Capital de Giro

    Capital de giro o montante de recursos financeiros que a empresa precisa manterpara garantir fluidez dos ciclos de caixa. O capital de giro funciona com uma quantiaimobilizada no caixa (inclusive banco) da empresa para suportar as oscilaes decaixa.

    O capital de giro regulado pelos prazos praticados pela empresa, so eles: prazosmdios recebidos de fornecedores (PMF); prazos mdios de estocagem (PME) eprazos mdios concedidos a clientes (PMCC).

    Quanto maior o prazo concedido aos clientes e quanto maior o prazo de estocagem,maior ser sua necessidade de capital de giro. Portanto, manter estoques mnimosregulados e saber o limite de prazo a conceder ao cliente pode melhorar muito anecessidade de imobilizao de dinheiro em caixa.

    Se o prazo mdio recebido dos fornecedores de matria-prima, mo- de-obra, aluguel,impostos e outros forem maiores que os prazos mdios de estocagem somada aoprazo mdio concedido ao cliente para pagamento dos produtos, a necessidade decapital de giro ser positiva, ou seja, necessria a manuteno de dinheiro disponvelpara suportar as oscilaes de caixa. Neste caso um aumento de vendas implicatambm em um aumento de encaixe em capital de giro. Para tanto, o lucro apurado daempresa deve ser ao menos parcialmente reservado para complementar estanecessidade do caixa.

    Se ocorrer o contrrio, ou seja, os prazos recebidos dos fornecedores forem maiores

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    que os prazos mdios de estocagem e os prazos concedidos aos clientes parapagamento, a necessidade de capital de giro negativa. Neste caso, deve-se atentarpara quanto do dinheiro disponvel em caixa necessrio para honrar compromissosde pagamentos futuros (fornecedores, impostos).

    Portanto, retiradas e imobilizaes excessivas podero fazer com que a empresavenha a ter problemas com seus pagamentos futuros.

    Um fluxo de caixa, com previso de saldos futuros de caixa deve ser implantado naempresa para a gesto competente da necessidade de capital de giro. S assim asvariaes nas vendas e nos prazos praticados no mercado podero ser geridas compreciso.

    No caso de uma indstria de frutas desidratadas o empresrio deve reservar em tornode 30% do total do investimento inicial para o capital de giro.

    14. Custos

    So todos os gastos realizados na produo de um bem ou servio e que seroincorporados posteriormente ao preo dos produtos ou servios prestados, como:aluguel, gua, luz, salrios, honorrios profissionais, despesas de vendas e insumosconsumidos no processo de estoque e comercializao.

    O cuidado na administrao e reduo de todos os custos envolvidos na compra,produo e venda de produtos ou servios que compem o negcio, indica que oempreendedor poder ter sucesso ou insucesso, na medida em que encarar comoponto fundamental a reduo de desperdcios, a compra pelo melhor preo e ocontrole de todas as despesas internas. Quanto menores os custos, maior a chance deganhar no resultado final do negcio.

    Abaixo esto descritos os principais custos mensais tpicos de uma fbrica de frutasdesidratadas de pequeno porte:1. Aluguel R$ 5.000,00;2. gua, luz, telefone, internet R$ 2.000,00;3. Salrios, comisses e encargos R$ 12.000,00;4. Taxas, contribuies e despesas afins R$ 1.500,00;5. Transportes R$ 1.500,00;6. Refeies R$ 2.000,00;7. Seguros R$ 400,00;8. Assessoria contbil R$ 800,00;9. Segurana R$ 600,00;10. Limpeza, higiene e manuteno R$ 1.200,00;11. Combustvel e manuteno de veculo R$ 2.000,00.12. Embalagens R$ 2.200,00Total de custos mensais R$ 31.200,00

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    Esta estimativa de custos pode variar de acordo com o porte do negcio, quantidadede funcionrios, local do imvel, grau de automao e tambm em funo da regioonde ser instalada a fbrica de frutas desidratadas.

    15. Diversificao/Agregao de Valor

    Os empresrios devem ter em mente que fatores como qualidade (item obrigatrio),prazo e preos so condies mnimas para que uma empresa permanea nomercado. O diferencial a ser oferecido fator determinante na preferncia do cliente oqual agrega valor ao negcio, chegando ao ponto do consumidor estar disposto apagar mais caro pelo produto, em relao a outras marcas.

    Um diferencial que passou a ser muito valorizado a embalagem, visto que a mesma o principal elemento de conexo entre o consumidor, o produto e a marca. Entre osatributos mais facilmente perceptveis gerados pelo design so: a praticidade, aconvenincia, a facilidade de uso, a segurana e o conforto. Um estudo realizado pelaCNI (Confederao Nacional das Indstrias) indica que 75% das empresas queinvestiram em design da embalagem registraram um aumento de vendas. E 41%dessas empresas conseguiram reduzir o custo de fabricao da embalagem.

    Assim a busca por novos tipos de frutas, possibilitar a insero de novos sabores nomercado, o que poder ser um grande diferencial para o empreendimento. Ressalta-se, no entanto, que talvez esse processo exige investimento em pesquisa, mas seruma grande oportunidade empresarial.

    Destaca-se como um diferencial na fabricao de frutas desidratadas a partir dautilizao de frutas orgnicas, visto que a tendncia, hoje, o consumidor se importarcom a sade e com o meio ambiente. Os rtulos devero conter a informao deorigem das frutas, isto ser um importante ingrediente de comercializao dosprodutos da empresa.

    Outro ponto a ser incrementado na agregao de valor dos produtos incluir em cadaembalagem, pelo menos uma receita de consumo/aplicao diferente por cada loteproduzido.

    A produo nesse segmento de desidratao de frutas dever procurar oferecerdiversas formas de seu produto final, tais como: frutas desidratadas em farinhas,flocos, p ou granulado e fruta seca ou passa.

    Outra possibilidade de diversificao muito interessante que se vislumbra oaproveitamento dos resduos que so gerados no processo produtivo, que podem serrevendidos para fbricas de rao de animais.

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    ivulgao

    16. Divulgao

    Os meios para divulgao de fbrica de frutas desidratadas variam de acordo com oporte e o pblico-alvo escolhido.

    O empresrio dever ficar muito atento a um dos principais canais de divulgaoexistente nesse mercado, que so nutricionistas, chefe de cozinhas e tambm ascrianas, que so os grandes propulsores de consumo no mercado. Para atingir estepblico, o empresrio deve fazer a divulgao direcionando a comunicao no sentidode relacionar os produtos sade dos consumidores, seu valor nutritivo e tambm aofato de estar atuando rigorosamente dentro das normas de produo requeridas paraesse segmento.

    Algumas iniciativas de pequenos patrocnios comunitrios e promoes do negciopodem ser feitas junto a empreendimentos gastronmicos, como restaurantes e lojasde produtos naturais.

    Como os supermercados e mercearias representam a melhor das opes paraobteno de grandes volumes de venda, alguns itens so importantes para chamar aateno do consumidor, o empresrio deve investir na produo de folhetosexplicativos sobre a qualidade do produto. A possibilidade de visualizar e poder atestara sua qualidade so essenciais para impulsionar o cliente a adquirir o produto. Aprtica de "degustao" em algumas lojas comum e tem boa aceitao por parte devarejistas e consumidores.

    A divulgao para as indstrias alimentcias deve ser feita atravs de visitas regularese apresentao aos departamentos responsveis pela aquisio do produto, com o usode amostras e folhetos explicativos. Outra boa forma de divulgar o produto para aindstria alimentcia a participao em feiras do setor.

    A construo de um site uma ao interessante e promissora, tomando-se a iniciativade adicion-lo em diretrios especializados para empresas e motores de busca deincluso manual como Google Adwords, Ask, Yahoo Search Marketing, MicrosoftDigital Advertising Solutions, Hot Words, dentre outros.

    Tambm, enviar emails marketing que sejam de linguagem clara, no agressiva podemajudar na divulgao da fbrica de frutas desidratadas. A divulgao nas redes sociais,como : facebook, instagram e linkedin, so imporantes j que so canais decompartilhamento de experincias entre consumidores potenciais. Se for de interessedo empreendedor, um profissional de marketing e comunicao digital poder sercontratado para desenvolver campanhas especficas e criativas.

    Se o empreendedor j estiver com uma produo em mdia escala, a divulgao dafbrica de frutas desidratadas pode ser feita junto distribuidores, revendedores erepresentantes comerciais autnomos, atravs de campanhas, incentivos e catlogosde venda que estimulem o crescimento das vendas nestes canais.

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    17. Informaes Fiscais e Tributrias

    O segmento de FRUTAS DESIDRATADAS, assim entendido pela CNAE/IBGE(Classificao Nacional de Atividades Econmicas) 1031-7/00 como a atividade defabricao de conservas de frutas (frutas conservadas em lcool, secas, desidratadas,polpas conservadas, purs e semelhantes), poder optar pelo SIMPLES Nacional -Regime Especial Unificado de Arrecadao de Tributos e Contribuies devidos pelasME (Microempresas) e EPP (Empresas de Pequeno Porte), institudo pela LeiComplementar n 123/2006, desde que a receita bruta anual de sua atividade noultrapasse a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) para micro empresa, R$3.600.000,00 (trs milhes e seiscentos mil reais) para empresa de pequeno porte erespeitando os demais requisitos previstos na Lei.

    Nesse regime, o empreendedor poder recolher os seguintes tributos e contribuies,por meio de apenas um documento fiscal o DAS (Documento de Arrecadao doSimples Nacional), que gerado no Portal do SIMPLES Nacional (http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/):

    IRPJ (imposto de renda da pessoa jurdica); CSLL (contribuio social sobre o lucro); PIS (programa de integrao social); COFINS (contribuio para o financiamento da seguridade social); ICMS (imposto sobre circulao de mercadorias e servios); INSS (contribuio para a Seguridade Social relativa a parte patronal).

    Conforme a Lei Complementar n 123/2006, as alquotas do SIMPLES Nacional, paraesse ramo de atividade, variam de 4,5% a 12,11%, dependendo da receita brutaauferida pelo negcio. No caso de incio de atividade no prprio ano-calendrio daopo pelo SIMPLES Nacional, para efeito de determinao da alquota no primeiroms de atividade, os valores de receita bruta acumulada devem ser proporcionais aonmero de meses de atividade no perodo.

    Se o Estado em que o empreendedor estiver exercendo a atividade concederbenefcios tributrios para o ICMS (desde que a atividade seja tributada por esseimposto), a alquota poder ser reduzida conforme o caso. Na esfera Federal poderocorrer reduo quando se tratar de PIS e/ou COFINS.

    Se a receita bruta anual no ultrapassar a R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), oempreendedor, desde que no possua e no seja scio de outra empresa, poderoptar pelo regime denominado de MEI (Microempreendedor Individual) . Para seenquadrar no MEI o CNAE de sua atividade deve constar e ser tributado conforme atabela da Resoluo CGSN n 94/2011 - Anexo XIII(http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/resolucao/2011/CGSN/Resol94.htm ).

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    tributos e contribuies sero efetuados em valores fixos mensais conforme abaixo:

    I) Sem empregado 5% do salrio mnimo vigente - a ttulo de contribuio previdenciria doempreendedor; R$ 1,00 mensais de ICMS Imposto sobre Circulao de Mercadorias.

    II) Com um empregado: (o MEI poder ter um empregado, desde que o salrio seja deum salrio mnimo ou piso da categoria)

    O empreendedor recolher mensalmente, alm dos valores acima, os seguintespercentuais: Retm do empregado 8% de INSS sobre a remunerao; Desembolsa 3% de INSS patronal sobre a remunerao do empregado.

    Havendo receita excedente ao limite permitido superior a 20% o MEI ter seuempreendimento includo no sistema SIMPLES NACIONAL.

    Para este segmento, tanto ME, EPP ou MEI, a opo pelo SIMPLES Nacional sempreser muito vantajosa sob o aspecto tributrio, bem como nas facilidades de abertura doestabelecimento e para cumprimento das obrigaes acessrias.

    Fundamentos Legais: Leis Complementares 123/2006 (com as alteraes das LeisComplementares ns 127/2007, 128/2008 e 139/2011) e Resoluo CGSN - ComitGestor do Simples Nacional n 94/2011.

    18. Eventos

    Alguns eventos do setor so:

    Advances in food processing: Challenges for the futurehttp://www.advancesfoodprocessingconference.com/index.html

    Feira Internacional de Produtos e Servios para Alimentao Fora do Lar Fispal FoodServiceEvento: AnualLocal: So Paulo - SPwww.fispalfoodservice.com.br

    Feira Internacional de Embalagens, Processos e Logstica para as Indstrias deAlimentos e Bebidas FISPAL TECNOLOGIAEvento: AnualLocal: So Paulo - SPwww.fispaltecnologia.com.br

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    Geral

    Feira Brasileira da Mecnica e Automao Industrial FEBRAMECEvento: AnualLocal: Caxias do Sul RSwww.febramec.com.br

    Feira Internacional da Fruticultura, Floricultura e Agroindstria - FrutalEvento: AnualLocal: Fortaleza CEwww.frutal.org.br

    Semana da Fruticultura, Floricultura e Agroindstria Frutal Amaznia/ Flor ParEvento: AnualLocal: Belm - PAwww.frutal.org.br

    Feira Internacional de Equipamentos para Processamento de Alimentos e Bebidas AlimentcnicaEvento: AnualLocal: Belo Horizonte - MGwww.greenfield-brm.com/alimentecnica

    Feira Internacional de Frutas, Legumes e Derivados, Tecnologia e Logstica Fruit &TechEvento: AnualLocal: So Paulo - SPwww.fruitelog.com.br

    No site http://www.brazilianfruit.org.br, o empresrio tambm encontra uma vastarelao de eventos anuais que ocorrem no Brasil e no exterior relacionados ao setor defruticultura e fabricao de frutas desidratas.

    19. Entidades em Geral

    Relao de entidades para eventuais consultas:

    Associao das Indstrias Processadoras de Frutos Tropicais ASTNwww.astn.org.brAssociao Brasileira da Indstria da Alimentao - ABIAAv. Brigadeiro Faria Lima, 1478, 11 andar So Paulo - SPCEP 01451-001(11) 3030-1353www.abia.org.br

    Instituto de Tecnologia de Alimentos ITALAv. Brasil, 2880, Jardim Brasil Campinas - SP

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    ormas Tcnicas

    Caixa Postal 139CEP 13073-001(19) 3743-1700www.ital.sp.gov.br

    IBRAF Instituto Brasileiro de Frutashttp://www.ibraf.org.br/Rua Joo Adolfo, 118 - Sala 101 - 1 andar - Bairro: AnhangabaCEP: 01050-020 So Paulo - SPFone/Fax: (55 11) 3223-8766Email: [email protected]

    FAO Organizao das Naes para a Alimentao e a Agriculturahttps://www.fao.org.br/Eixo Monumental, Via S-1Campus do INMET Setor Sudoeste70680-900 Braslia, DF, BrasilCaixa Postal 00242 A/C W3 Sul 508 CEP 70680-900

    Ministrio da Sadewww.saude.gov.br

    Agencia Nacional de Vigilncia Sanitria ANVISAwww.anvisa.gov.br

    20. Normas Tcnicas

    Norma tcnica um documento, estabelecido por consenso e aprovado por umorganismo reconhecido que fornece para um uso comum e repetitivo regras, diretrizesou caractersticas para atividades ou seus resultados, visando a obteno de um grautimo de ordenao em um dado contexto. (ABNT NBR ISO/IEC Guia 2).

    Participam da elaborao de uma norma tcnica a sociedade, em geral, representadapor: fabricantes, consumidores e organismos neutros (governo, instituto de pesquisa,universidade e pessoa fsica).

    Toda norma tcnica publicada exclusivamente pela ABNT Associao Brasileira deNormas Tcnicas, por ser o foro nico de normalizao do Pas.

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    1. Normas especficas para uma Fbrica de frutas desidratadas

    ABNT NBR 15635:2008 - Servios de alimentao - Requisitos de boas prticashiginico-sanitrias e controles operacionais essenciais.

    Esta Norma especifica os requisitos de boas prticas e dos controles operacionaisessenciais a serem seguidos por estabelecimentos que desejam comprovar edocumentar que produzem alimentos em condies higinico sanitrias adequadaspara o consumo.

    ABNT NBR ISO 22000:2006 Verso Corrigida:2006 - Sistemas de gesto dasegurana de alimentos - Requisitos para qualquer organizao na cadeia produtiva dealimentos

    Esta Norma especifica requisitos para o sistema de gesto da segurana de alimentos,onde uma organizao na cadeia produtiva de alimentos precisa demonstrar suahabilidade em controlar os perigos, a fim de garantir que o alimento est seguro nomomento do consumo humano.

    2. Normas aplicveis na execuo de uma Fbrica de frutas desidratadas

    ABNT NBR 14910:2002 Verso Corrigida:2003 - Embalagens de vidro para produtosalimentcios - Requisitos e mtodos de ensaio.

    Esta Norma especifica as caractersticas dimensionais, fsicas e de resistnciamecnica, os procedimentos de inspeo e critrios de aceitao e rejeio, e asmetodologias de ensaio que devem ser observados na produo, movimentao eutilizao de embalagens de vidro destinadas ao acondicionamento de produtosalimentcios.

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    ABNT NBR 11724:1979 - Embalagem flexvel - Especificao

    Esta Norma, objetiva definir, classificar, caracterizar e estabelecer mtodos, ensaios elimites de especificaes das embalagens flexveis para alimentos.

    ABNT NBR 15842:2010 - Qualidade de servio para pequeno comrcio Requisitosgerais.

    Esta Norma estabelece os requisitos de qualidade para as atividades de venda eservios adicionais nos estabelecimentos de pequeno comrcio, que permitamsatisfazer as expectativas do cliente.

    ABNT NBR 12693:2010 Sistemas de proteo por extintores de incndio.

    Esta Norma estabelece os requisitos exigveis para projeto, seleo e instalao deextintores de incndio portteis e sobre rodas, em edificaes e reas de risco, paracombate a princpio de incndio.

    ABNT NBR 5626:1998 - Instalao predial de gua fria.

    Esta Norma estabelece exigncias e recomendaes relativas ao projeto, execuo emanuteno da instalao predial de gua fria. As exigncias e recomendaes aquiestabelecidas emanam fundamentalmente do respeito aos princpios de bomdesempenho da instalao e da garantia de potabilidade da gua no caso de

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    instalao de gua potvel.

    ABNT NBR 5410:2004 Verso Corrigida: 2008 - Instalaes eltricas de baixa tenso.

    Esta Norma estabelece as condies a que devem satisfazer as instalaes eltricasde baixa tenso, a fim de garantir a segurana de pessoas e animais, o funcionamentoadequado da instalao e a conservao dos bens.

    ABNT NBR ISO/CIE 8995-1:2013 - Iluminao de ambientes de trabalho - Parte 1:Interior.

    Esta Norma especifica os requisitos de iluminao para locais de trabalho internos e osrequisitos para que as pessoas desempenhem tarefas visuais de maneira eficiente,com conforto e segurana durante todo o perodo de trabalho.

    ABNT NBR IEC 60839-1-1:2010 - Sistemas de alarme - Parte 1: Requisitos gerais -Seo 1: Geral.

    Esta Norma especifica os requisitos gerais para o projeto, instalao, comissionamento(controle aps instalao), operao, ensaio de manuteno e registros de sistemas dealarme manual e automtico empregados para a proteo de pessoas, de propriedadee do ambiente.

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    21. Glossrio

    Abrasivo: parte de uma mquina que esteja em abraso, quente.

    cido ctrico: cido tricarboxlico, cristalino, incolor, presente nos sucos das frutasctricas.

    Aspersores: ato ou efeito de borrifar ou respingar com gotas ou jatos de gua ou outrolquido.

    Cadeia produtiva de frutas: conjunto de agentes do complexo sistema de produo defrutas frescas, que integra e interage de forma multi-institucional, mediante relao deinterdependncia entre as vrias reas temticas e que concorre para a produo dasfrutas; dentre os principais agentes destacam-se: produtores agrcolas, extensionistas,empacotadoras, laboratrios de anlises, instituies de avaliao da conformidade,instituies de pesquisa e desenvolvimento, transportadoras, distribuidoras, instituiesde crdito e finanas, setores de insumos, mquinas e equipamentos agrcolas,atacadistas, varejistas e consumidores finais.

    Caixa K: embalagem padro reutilizvel, feita de madeira, utilizada para o transportede produtos agrcolas, principalmente frutas, legumes e hortalias, com medidasinternas de 49,5cm x 35,5cm x 22,0cm e capacidade volumtrica de 3 8,66 l,originalmente concebida para o transporte de latas de querosene.

    Cilindro: qualquer corpo rolio e alongado que tem o mesmo dimetro em todo o seucomprimento.

    Contaminar: introduzir uma substncia ou organismo patognico, geralmente txica,num sistema que naturalmente isento dela ou a contm em quantidades menores doque aquela inserida.

    Desidratado por atomizao: Desidratao em equipamento conhecido como "spraydryer".

    Extrativismo: (1) atividade produtiva baseada na retirada ou coleta de matrias-primasou produtos naturais no cultivados como, por exemplo, madeiras da floresta, frutas,fibras etc. utilizados para consumo ou comercializao; (2) mtodo de extrao derecursos naturais sem a preocupao com a conservao das espcies ou do meioambiente.

    Extrativismo sustentvel: o sistema de explorao de produtos naturais baseado nacoleta e extrao, de modo sustentvel, ou seja, que permita a renovao dos recursosnaturais.

    Extrato: (1) substncia que se extrai de outra; (2) produto obtido pelo tratamento desubstncias animais ou vegetais por um dissolvente apropriado, evaporando-se depois

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    at consistncia desejada.

    Glicose: monossacardeo facilmente assimilvel, existente nas frutas, no mel e nosangue.

    Grade de agroqumicos: lista de agroqumicos registrados para cada cultura e pragaespecficas, conforme a legislao vigente, tendo em conta sua eficincia eseletividade, em relao a riscos de surgimento de resistncia, persistncia, toxicidade,resduos em frutas e impactos ambientais, segundo a aplicao dos produtos da gradeexecutada, conforme regras definidas nas Normas Tcnicas Especficas para cadacultura e regio.

    Granola: alimento matinal composto de a veia e outros cereais, pedaos de frutassecas, amndoas, castanha-do-par, passas, acar mascavo, etc.

    Hidrxido de sdio: elemento qumico, que requer autorizao especial de rgosfiscalizadores definidos em legislao especial para sua aquisio.

    Imerso: mergulhar em gua ou outro lquido.

    Impermeveis: que no deixa atravessar gua.

    In natura: a fruta em seu estado natural, que ainda no recebeu nenhum tratamento ouprocessamento industrial.

    Marca de conformidade: marca registrada, aposta ou emitida de acordo com as regrasde um sistema de certificao, indicando confiana de que o correspondente produto,processo ou servio est em conformidade com uma norma especfica ou documentonormativo.

    Microrganismos: a designao comum a organismos microscpicos, como porexemplo, bactrias, vrus, fungos e protozorios; Olhos profundos: so marcas debatidas ou quedas ocorridas nas frutas.Patgenos: que produz doenas.

    Polietileno: substncia obtida pela polimerizao do etileno, termoplstica, flexvel, comimportantes e variadas aplicaes.

    Produo Integrada de Frutas (PIF): sistema de produo que gera alimentos e demaisprodutos de alta qualidade, mediante o uso de recursos naturais e regulao demecanismos para a substituio de insumos poluentes; objetiva a garantia dasustentabilidade da produo agrcola; enfatiza o enfoque do sistema holstico,envolvendo a totalidade ambiental como unidade bsica e o papel central do agroecossistema; o equilbrio do ciclo de nutrientes; a preservao e a melhoria dafertilidade do solo e a manuteno da diversidade ambiental como componentesessenciais do ecossistema; mtodos e tcnicas biolgico- e quimicamentecuidadosamente equilibrados, levando-se em conta a proteo ambiental, o retornoeconmico e os requisitos sociais; referncia: Princpios e Diretrizes Tcnicas, OILB, 2.

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  • Apresentao / A

    presentao / Mercado / Localizao / Exigncias Legais e Especficas / Estrutura /

    Pessoal / Equipamentos / M

    atria Prima/M

    ercadoria / Organizao do Processo Produtivo / A

    utomao /

    Canais de D

    istribuio / Investimento / C

    apital de Giro / C

    ustos / Diversificao/A

    gregao de Valor /D

    ivulgao / Informaes Fiscais e Tributrias / Eventos / Entidades em

    Geral / N

    ormas Tcnicas /

    ed. 1999; Boletim IOBC/WPRS, Frana, 1999.

    Qualidade sensorial: Conjunto de caractersticas relativas ao uso dos rgos dossentidos que diferencia um produto. Importante na determinao do grau de aceitaodo produto pelo consumidor.

    Rastreabilidade: sistema estruturado que permite resgatar a origem do produto e todasas etapas de processos produtivos adotados no campo e nas empacotadoras de frutassob o regime da PIF.

    Resduo: substncia ou mistura de substncias remanescentes ou existentes emalimentos ou no meio ambiente, decorrentes do uso ou no de agrotxicos ou afins,inclusive qualquer derivado especfico, tais como produtos de converso e dedegradao, metablitos, produtos de reao e impurezas, considerados toxicolgica eambientalmente importantes.

    Rotulagem: processo por meio do qual se estabelece uma linha de comunicao entreas empresas produtoras de alimentos e os consumidores que desejam maioresinformaes sobre os produtos que esto comprando.

    Rtulo: toda inscrio, legenda, imagem ou toda matria descritiva ou grfica queesteja escrita, impressa, estampada, gravada em relevo ou litografada ou colada sobrea embalagem do alimento.

    Termoresistentes: Refere-se s enzimas que so capazes de sobreviver a tratamentostrmicos elevados, com perdas de suas atividades, mas sem inativao total. Tmcomo caracterstica a capacidade de regenerao ao encontrar as condies trmicasfavorveis ao seu crescimento.

    Valor calrico: Corresponde ao valor total de energia (kcal) fornecido pelosmacronutrientes (carboidratos, lipdios e protenas) que constituem o alimento.

    22. Dicas de Negcio

    Algumas dicas de negcios so:

    - A presena do proprietrio em tempo integral fundamental para o sucesso doempreendimento.

    - O empreendedor deve ser criativo e ousado validando conceitos de comunicaoinovadores, de forma que consiga manter o empreendimento em evidncia no mercadoe diante dos consumidores atuais e potenciais.

    - Manter-se atento para os altos riscos da perecibilidade da matria prima estocada, oque pode gerar problemas sade dos clientes e prejuzos ao empresrio.

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  • Apresentao / A

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    ustos / Diversificao/A

    gregao de Valor /D

    ivulgao / Informaes Fiscais e Tributrias / Eventos / Entidades em

    Geral / N

    ormas Tcnicas /

    - As pessoas envolvidas com o trabalho de desidratao de frutas devem estar todasmuito bem de sade, bem como devem conhecer e aplicar adequadamente as receitase tcnicas recomendadas para cada tipo de trabalho e todos os cuidados com ahigiene.

    - A elaborao de um plano de produo detalhado muito importante para que oempreendedor acompanhe o fluxo dos investimentos que sero necessrios paramanter o nvel de produo de acordo com o volume de vendas planejado ms a ms.Levar em considerao o perodo da safra