Como passei no AFRFB 2009 - Diversos Forros & Divisórias · inspire a lutar pelos seus sonhos e...
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Salvador, 24 de Março de 2010.
Como passei no AFRFB 2009.
1. Introdução.
Olá pessoal,
É com um sentimento de enorme satisfação que escrevo esse
depoimento. Fui um dos concurseiros desesperados que encontrou em
textos como esse uma fonte de inspiração para continuar lutando pela
aprovação. Por isso tenho a obrigação de agradecer a nomes como
Alexandre Meirelles e ao DEME pela ajuda que me foi proporcionada
durante a minha preparação. Sei muito bem como é lidar com as
incertezas e dificuldades que os candidatos têm que enfrentar na dura
jornada de estudos.
Dito isto, é com um profundo sentimento de gratidão que cumpro a
obrigação de tentar passar para os mais novos as minhas experiências
ESAFIANAS e conselhos. Espero sinceramente que esse material te
inspire a lutar pelos seus sonhos e que ele possa contribuir para o seu
sucesso!
2. Apresentação.
Meu nome é Victório Amoedo Luedy, tenho 27 anos, me formei em
Administração e fiz mestrado em Comércio Internacional na
Universidade de Santiago de Compostela – Espanha. Trabalhei em
diversas empresas no setor privado (sempre como estagiário), entre elas
algumas multinacionais. Com essa vasta experiência como estagiário
vocês já podem imaginar de onde tirei a força necessária para ser um
concurseiro!
E nessa condição, escrevo esse texto com o objetivo de ajudar os
aspirantes a concurseiros a terem uma idéia do tamanho do buraco em
que estão se metendo. Desde já os aviso, vocês encontraram nesse
sonho do concurso público um dos maiores desafios das vossas vidas.
Isso é sério, exigirá sacrifícios e dedicação extrema. A recompensa todos
conhecem, não perderei o precioso tempo de vocês com elas!
Também gostaria de aproveitar esse espaço para agradecer a todas as
pessoas que me ajudaram e acreditaram no meu sonho. Obrigado
família pelo apoio incondicional! Minha namorada, por me suportar na
minha fase neurótica de concurseiro, foi uma verdadeira heroína! Meus
amigos, os poucos que restaram: Albérico, Guilherme, Marcos, Tom e
Bocão! Gosto muito de vocês!
3. A decisão Fundamental.
Tomei a decisão de estudar para concursos no dia 28 de abril de 2008,
foi o dia em que me matriculei no curso preparatório para AFRFB aqui
em Salvador. Sempre admirei a carreira de Auditor Fiscal, o respeito que
o cargo proporciona, a sua boa remuneração e a estabilidade que
somente o serviço público pode oferecer.
Tive inúmeras decepções durante o período em que trabalhei no setor
privado. A minha experiência não foi tão vasta assim (cerca de quatro
anos), contudo, acredito que o tempo não mudaria a minha opinião. A
falta de horizonte, a baixa remuneração e a ausência da mínima
estabilidade me levaram a optar definitivamente pela carreira pública.
Por muito tempo acreditei que não era capaz de passar em um concurso
do nível do AFRFB. Eu nunca fui um aluno de destaque, estudei em
faculdade particular e já havia freqüentando algumas turmas de
recuperação no segundo grau, sem falar nas provas finais da faculdade.
Contudo, sempre acreditei que as pessoas podiam mudar a sua história.
Ainda me lembro de um dia muito especial em que tive a certeza de que
eu poderia realizar o meu sonho de ser fiscal. Eu havia acabado de
terminar o meu mestrado na Espanha e tinha decidido voltar para o
Brasil após mais uma decepção num emprego que tive por lá. Havia sido
demitido por não continuar trabalhando até as 22:00 horas todos os
dias.
Ao chegar de viagem fui informado da maravilhosa noticia da aprovação
do meu irmão mais novo no vestibular de Medicina da UFBA. Fiquei
muito surpreso com a sua determinação, ele havia sido aprovado de
primeira em um concurso muito difícil. Ainda me lembro de uma
conversa que tivemos no carro logo após a notícia, nela ele havia me
dito: “Velho, quando optei por medicina tive medo, mas eu sabia que
aquele era o meu primeiro desafio e que se eu fugisse dele teria que
passar o resto da minha vida convivendo com isso. Decidi cair pra dentro
e estudei muito! Não teve erro, passei!”
Identifiquei-me com o que ele disse. Sempre admirei a carreira de
AFRFB, mas nunca tive a coragem de encarar o desafio. Esse
acontecimento me deu a coragem que me faltava para lutar pelo meu
sonho. Eu tinha medo de deixar o tempo passar e perder a minha
empregabilidade, tinha medo de dedicar anos de minha vida e depois ter
que procurar um emprego com mais de trinta anos na cara, tinha medo
de decepcionar a minha família e acima de tudo eu tinha medo da
derrota. Ora, quem tem medo da derrota nunca poderá saborear o doce
gosto da vitória! Tive que tentar, tentei e consegui!! Fui aprovado no
AFRFB 2009 em 39°lugar no resultado provisório, também passei no
ATRFB, dessa vez em pior colocação, mas passei, foi muito bom. Agora
posso dizer que tudo valeu a pena.
O caminho foi muito duro, sacrifiquei minha vida social por muito tempo
(Um ano e oito meses), estudava até nos fins de semana. Não mentirei,
estudei compulsivamente! Mas uma coisa eu posso garantir, no final
tudo foi recompensado!
Na minha preparação adotei a estratégia da Alemanha na II guerra
mundial, a “Blitzkrieg”. Por favor, não me entendam mal, utilizei-a com
bons propósitos! Defini o meu alvo e o ataquei com todas as minhas
armas de uma só vez! Traduzindo, dediquei-me em tempo integral, só fiz
estudar. O resultado foi muito positivo, fui aprovado em um tempo
relativamente curto, um ano e oito meses.
4. É possível passar trabalhando?
Como havia dito, dediquei-me em tempo integral. Contudo, tenho a
convicção de que pessoas que trabalham também podem passar! As
estatísticas não mentem, grande parte dos aprovados trabalham.
Entretanto, não posso deixar de advertir que esse caminho se mostra
mais tortuoso, demanda mais tempo e sacrifício. Tenho um grande
amigo que foi aprovado trabalhando e me lembro dos esforços
homéricos que ele fazia rotineiramente!
5. Os valores do concurseiro vitorioso.
Pessoal, não é preciso ser um gênio para passar em concursos. Nesse
desafio a disciplina e a determinação são muito mais importantes que a
inteligência. A filosofia da seleção pública valoriza a capacidade de
memorização do candidato e não sua inteligência. Por essa razão
acredito que um candidato disciplinado tem muito mais chances que um
inteligente indisciplinado. Na hora da prova não dá pra deduzir o
posicionamento da doutrina majoritária, até porque, na grande maioria
das vezes, esse posicionamento contrariará a lógica, a razão e o senso
comum! Assim são os concursos, adapte-se a essa realidade!
Outro valor importante é a persistência. Para passar num concurso você
tem que ter muita paciência e não pode se deixar abater pelos maus
resultados. Provavelmente na sua caminhada você se depare com
muitas traves; encare-as com bom humor e não perca a esperança. Sei
como é difícil se levantar depois de um resultado ruim, tanto esforço e
morreu na praia. Não pense assim, tente sempre ver o lado positivo,
afinal, você chegou perto. Aproveite para rever o seu desempenho e
melhorar as suas debilidades. Através dessa filosofia você se tornará um
concurseiro cada vez mais forte.
Não tive muitas traves na minha carreira de concurseiro, mas também
não fiz tantos concursos assim. A primeira vez em que cheguei perto foi
no concurso do ATA-MF de 2009. Encarei esse certame como um ensaio
do AFRFB e internalizei que não seria possível perder nessa prova. O
resultado foi uma bela trave, fiquei no Anexo II do concurso, faltando um
ponto para estar dentro das vagas na Bahia! Que dureza, foi um belo
soco na cara! Tinha certeza que iria passar e quando saiu o resultado tive
uma dolorosa desilusão.
A minha virtude foi ter encarado essa derrota com orgulho, avaliei meu
desempenho meticulosamente e identifiquei meus pontos fracos.
Trabalhei essas debilidades e aprimorei minhas fortalezas. Após o ATA-
MF saiu o concurso do EPPGG-MPOG, como o edital da Receita teimava
em não sair decidi encarar esse desafio. Não me arrependo da decisão
apesar do tempo perdido para a preparação da receita (um mês durante
o esse edital), tive que estudar Finanças Públicas com mais
profundidade, Administração, Economia, Ciência Política e
Administração Pública. Isso foi bom porque algumas dessas disciplinas
entraram no edital do AFRFB e do ATRFB. Mais uma vez obtive uma bela
e dolorosa trave, se não fosse o meu pífio desempenho (45%) em
Economia e Finanças Públicas hoje eu seria um gestor. Novamente me
levantei e aprendi com os meus erros e alguns meses depois fui coroado
com minha aprovação no AFRFB.
Não me arrependo de ter feito provas, elas me ajudaram a desenvolver
minhas habilidades de campo, afinal, um concurso é feito de questões.
Alguns colegas que ficavam 100% focados na prova de Auditor não
estavam preparados para a hora “H” porque ainda não tinham
descoberto que não sabiam fazer provas. Assim, recomendo que você,
depois de ter esgotado o seu edital foco, faça outros concursos os
encarando como uma fase da sua preparação, uma oportunidade de
testar seus conhecimentos. É claro que isso funcionou para mim, não sei
se funcionará para você, afinal, nada é absoluto!
6. Como estudar?
Chegamos a um ponto crucial, como estudar. Estudar certo economizará
muito tempo e dinheiro! Antes de começar pesquise sobre o tema e
dedique um bom tempo lendo os manuais de estudo disponíveis. Eu
recomendo, sem medo de errar, a leitura do “Manual do Concurseiro”,
de autoria do Alexandre Meirelles; também indico o depoimento do
DEME – Demétrio de Macedo Pépice. Esses dois lendários concurseiros
inspiraram muitos, inclusive eu, a estudar e deram dicas valiosíssimas
para a preparação para concursos públicos que continuam sendo válidas
ainda hoje, quase quatro anos depois.
Eu mesmo tive a imensa felicidade de ler o “Manual do Concurseiro”
bem no início da minha preparação! Isso fez toda a diferença!
Economizei tempo e dinheiro com os cursos e materiais e aprendi a
estudar corretamente desde o início. Não tenho dúvidas que esses
materiais foram decisivos para o meu sucesso!
6.1 Local de Estudo.
Recomendo que você encontre um bom local para estudar. Você
precisará de um lugar agradável, silencioso, ventilado e calmo. Uma boa
cadeira (do tipo escritório) e mesa são acessórios fundamentais! Você
passará muiiiiitttaasss horas estudando, uma cadeira confortável será
indispensável!
Algumas pessoas preferem estudar fora de casa, dizem que não
conseguem se disciplinar por causa da geladeira e das interrupções da
família. Particularmente, não tive esse problema, o meu cronômetro
sempre me ajudou a manter o controle! Falarei disso mais tarde.
Contudo, isso é muito pessoal, o que funciona pra mim pode não
funcionar pra você! Adapte isso à sua realidade!
6.2 Concentração.
A concentração é algo crucial! Mais valem poucas e boas horas de
estudo que muitas horas com a cabeça nas nuvens. Mas a concentração
é algo que se conquista, você tem que insistir até que o seu cérebro
volte ao estado de concentração ideal. Quando você estiver disperso não
desista de tentar voltar a estudar, insista que paulatinamente você irá
conseguir voltar a um bom nível de concentração.
Os problemas da vida cotidiana muitas vezes nos desconcentram. É
preciso saber lidar com essas distrações, elas podem prejudicar muito a
sua preparação. Tente assumir a menor quantidade possível de
compromissos! Dedique-se aos seus estudos!
O momento em que mais perdia a concentração era após uma prova.
Todas aquelas discussões a respeito das questões controvertidas, os
recursos e os erros bobos que eu havia cometido na prova minavam a
minha concentração. Costumo chamar esse fenômeno de RPP, ou
Ressaca Pós Prova. O melhor a fazer nessa situação é destrinchar a
prova e entender todas as questões para nunca mais errá-las
novamente. Concentrar-se nesse momento é extremamente difícil,
depois de algum tempo percebi que o melhor a fazer era mesmo estudar
aquela prova.
6.3 Controlando o estudo.
Aqui eu recomendo a leitura do “Manual do Concurseiro”. O Alex
Meirelles com suas HBC’s fala muita propriedade nesse assunto.
Recomendo que você compre um cronômetro de mesa para registrar
seu tempo diário de estudo. O importante é manter um ritmo constante
e não perder muito tempo com distrações! Vocês não imaginam quanto
tempo se perde com as constantes idas ao banheiro, as visitas à
geladeira e as olhadinhas na TV! O controle do tempo líquido,
descontando-se as pausas, será fundamental para uma preparação de
alto nível.
Durante a minha preparação eu odiava perder tempo e acabar não
cumprindo o meu planejamento de estudo semanal. O sentimento de
culpa por não ter estudado é inevitável e muitas vezes é positivo. Não
tenha medo de ficar louco, nunca vi ninguém enlouquecer de tanto
estudar, isso é lenda! Estude o máximo que você puder e tente ir
aumentando a sua carga de estudos, quando menos esperar terá
atingido a marca das 10 a 12 horas diárias.
Acredito que estudar de 8 a 12 horas diárias seja uma boa marca.
Comecei estudando oito horas líquidas por dia e fui aumentando. Com o
passar do tempo fui capaz de manter um estudo de 12 horas líquidas por
dia. Estudar mais que isso é muito difícil, até já consegui, mas não fui
capaz de manter por muito tempo.
Tenha paciência, estude o máximo que puder e confie no tempo, ele fará
o seu papel. Quando você menos esperar terá alcançado um bom nível.
6.4 Material de estudo.
Pessoal, esse é um tema de fundamental importância para uma
preparação de alto nível. Um bom material pode fazer toda a diferença.
Recomendo que você não use as apostilas. Até hoje não encontrei
nenhuma que valesse a pena. Recomendo uma preparação baseada em
quatro fontes: Livros especializados para concurso, de preferência; Aulas
on-line dos professores renomados na área dos concursos públicos;
questões de prova da banca que você prestará concurso; e a letra da lei,
seca!
Estudando por essas fontes você conseguirá bons resultados! A regra é a
seguinte: Escolha um material para uma matéria consultando os
concurseiros mais experientes. Prove se o material é bom tentando
responder questões. Caso consiga obter um bom resultado o material é
bom, se você não conseguir responder 80% das questões busque outra
fonte! Através dessa regra fui garimpando e consegui selecionar os
melhores materiais adaptados às minhas necessidades!
É importante que você tenha seus materiais bem organizados! Quando o
Edital sair você deve saber por onde vai estudar cada assunto. Eu
cheguei a criar meus próprios materiais. Selecionava as melhores
questões da ESAF e as compilava em um único documento, de 50
páginas em média, que serviam como fonte de revisão para a semana da
prova. Com essa “manha” conseguia revisar os pontos mais relevantes
das matérias base de forma bem rápida, e conseguia ir pra prova com a
matéria bem fresca na cabeça! Recomendo que você faça isso, pegue as
últimas provas e comente cada questão! Acredite, elas se repetem
muito!
Recomendo os livros da Campus, da editora Ferreira e da GEN. Esses
materiais, em regra, são muito bons. Existem muitos picaretas nesse
mercado! Aposte nos profissionais mais compromissados com os
concurseiros. Essa informação é fácil de achar, basta consultar o Fórum
Concurseiros. Recomendo também as aulas do Ponto! Elas me ajudaram
muito! São quase sempre muito boas!
Indico também o uso de materiais no formato exercícios comentados.
Chega um momento em que o concurseiro tem que focar nas questões!
O que te aprova são as questões e é por isso que você deve ser
obcecado por elas! Vai chegar um momento em que você saberá a
história de cada uma delas! Qual foi o seu gabarito preliminar, qual foi o
resultado dos recursos, a razão da sua anulação, etc... Isso é importante!
Faça o máximo de questões que você puder! Acompanhar a banca é
fundamental para entender suas tendências e saber preparar uma boa
estratégia de edital!
6.5 Forme um grupo.
Acredito que a competição entre os membros de um grupo pode ser
bastante positiva. Durante o curso preparatório formei um grupo com
colegas bastante fortes. Nós fazíamos simulados aos sábados e
ranqueávamos as notas. Havia sempre um boa briga pelo primeiro lugar!
Posso afirmar sem sombra de dúvidas que essa competição nos
empurrou para frente e aumentou o nosso nível! Compita sempre!
Compare os seus resultados com os dos melhores, essa prática te levará
a excelência! Não procure desculpas, procure resultados!
6.6 As três fases da preparação.
Colegas, costumo dividir a preparação para concursos em três grandes
fases, e todo concurseiro se encontra em alguma delas. A primeira é a
fase da Aprendizagem. Nela, o concurseiro, ainda inexperiente, está
tendo o seu primeiro contato com a disciplina. Aqui recomendo um
estudo mais concentrado, dedique mais horas e estude menos matérias
ao mesmo tempo. O ideal é que você estude no máximo três disciplinas
por vez. Não tenha medo de estudar o dia inteiro uma mesma matéria,
nessa fase é importante ter um contato prolongado com a disciplina, isso
ajudará na sua assimilação. Aqui é importante que você estude a matéria
com profundidade, nos seus mínimos detalhes, faça muitos exercícios,
leia jurisprudências, leia livros, em resumo, estude com calma! Isso vai
ser importante porque depois que o Edital sair você não poderá dedicar
muito tempo a disciplinas tradicionais como Português, Constitucional,
Administrativo ou Previdenciário! No momento do Edital você deverá
apenas revisar de forma bem objetiva essas matérias, pois haverá uma
enorme quantidade de novidades, podem aguardar! Explicarei melhor
isso na terceira fase.
A segunda fase é a que chamo de manutenção. Depois que você já
aprendeu todas as matérias é muito difícil mantê-las vivas na memória.
A enorme quantidade de assuntos provocará um constante
esquecimento de algumas disciplinas. Nesse momento a sua preparação
deve mudar! Agora é importante que você busque fontes de estudo
mais objetivas, recomendo que você estude todas as disciplinas do seu
concurso durante a semana! Esse contato constante com as matérias
fará com que você as fixe de uma maneira muito mais eficaz. Você
poderá buscar mais informações sobre isso no depoimento do DEME,
aprendi isso com ele.
A terceira fase é a do estudo pós edital, nela tudo muda! Esse é um
momento crítico para um concurseiro bem preparado e com chances
reais de sucesso. A aprovação pode escapar das suas mãos se você não
tomar cuidado.
Superada a emoção da saída do tão esperado Edital, a primeira coisa
com que você tem que se preocupar são as novidades. E em se falando
de ESAF, se tem uma coisa certa é que ela vai inovar, pode contar com
isso! Recomendo que você dê uma atenção especial às novas disciplinas,
principalmente quando elas vêm com um peso diferenciado. Um bom
exemplo disso foi a disciplina Auditoria e Raciocínio Lógico no concurso
do AFRFB 2009. Ora, Auditoria há tempos não aparecia nesse certame, e
,como se fosse pouco, veio com peso dois. Além de tudo isso veio com a
quantidade diferenciada de 20 questões, contra as 10 de Direito
Constitucional ou Administrativo! Numa situação dessas não hesite! Caia
pra cima de Auditoria com tudo!
O mesmo aconteceu com Raciocínio Lógico! A ESAF pegou pesado com
essa disciplina, além de ter posto um programa megalomaníaco,
incluindo Estatística inferencial quando ninguém esperava isso, ela pôs
20 questões com peso dois! Todos estavam se preparando para
Matemática Financeira e Estatística com a estratégia dos Mínimos,
tentando não perder muito tempo na hora da prova. Na hora “H” a ESAF
surpreendeu a todos com uma disciplina RL que teria uma importância
crucial para o concurso! O concurseiro mais experiente não hesitou,
dedicou bastante tempo para essa matéria por duas razões:
• A primeira porque havia um grande risco de que, por conta da
extensão do programa, o candidato pudesse não atingir os
mínimos no caso de uma prova bem salgada! Fato que se mostrou
verdadeiro, olhe o fórum e veja quantas pessoas obtiveram um
bom desempenho e caíram por não terem atingido os mínimos em
RL.
• A segunda razão é o peso atribuído à matéria, antes ela era peso
um e tinha 15 questões, agora ela veio com peso dois e com 20
questões! Eu não me arrependi de ter dedicado uma quantidade
diferenciada de horas para essa disciplina, certamente me
diferenciei aqui, consegui resolver 90% daquela prova insana!
Na terceira fase é importante que você dedique mais tempo às
disciplinas novas, e, dentre elas, mais ênfase nas relevantes, pois essas
ainda não foram aprendidas e necessitam de tempo para a consolidação.
Em relação às matérias base foque numa boa e objetiva revisão perto da
prova. Lembre-se que você terá também que lidar com aquelas matérias
que você tem dificuldade, dedique a elas uma atenção especial, pois não
adianta ir muito bem nas que você gosta e perder por não ter feito o
mínimo em Inglês! Acreditem, já vi isso acontecer com muita gente boa!
No AFRFB 2009 a grande vilã foi Finanças Públicas e Economia! Vi muita
gente zerar essa matéria! Essa foi uma das surpresas da prova, pois em
certames anteriores FP era molezinha, só pra animar a galera! A ESAF é
assim, certamente irá surpreender!
Uma boa administração do seu tempo de estudo irá ser um fator
decisivo para a sua aprovação! Se você errar aqui os danos serão
irreversíveis! Isso nos conduz a outro ponto crucial na preparação para a
terceira fase, o tempo de estudo. Eu, pessoalmente, estudei 12 h diárias
durante todos os dias que antecederam a prova! Um professor
costumava dizer que concurso é o dia! Você pode estar em boa forma
durante um determinado período, mas se na hora da prova você não
estiver bem, já era! Você tem que estar muito bem naquele momento,
não antes e nem depois!
Prepare-se para estar no seu melhor nesses dias! É isso que te garantirá
um bom resultado! Entretanto, para estar numa boa forma nesse
momento você deverá se preparar com muita disciplina nos meses
próximos à saída do edital, e montar uma boa estratégia após sua saída
para chegar no dia da prova “tinindo”!
Outro ponto chave da preparação para um edital é se organizar. O
Alexandre Meirelles ensina muito bem como fazer isso! Siga o que ele
diz, não sou tão radical com a organização como ele, mas recomendo
que você organize seu estudo para não atropelar assuntos importantes!
Para entender melhor isso leia o Manual do Concurseiro.
6.7 Semana da prova.
Esse é um momento crítico, manter a calma será fundamental. Tome
muito cuidado com a sua saúde nesses dias, evite comidas fortes e
qualquer outra coisa que possa te prejudicar fisicamente; Não tente
aprender coisas novas durante esse momento, a hora de aprender já
passou, agora é hora de revisar. Tentar aprender aquele assunto que
você nunca entendeu direito poderá te desestabilizar emocionalmente
perto da prova, o resultado disso pode ser catastrófico. Prefira dedicar
seu tempo para ler as leis mais importantes, fazer questões e revisar os
“bizús” mais quentes; e, por último, tente não ficar nervoso, com
tranqüilidade o seu rendimento será melhor. Manter a calma nessas
horas é algo muito difícil, mas com o tempo você conseguirá lidar
melhor com esse problema.
No começo, quando estava próximo de uma prova eu ficava muito tenso
e costumava estudar “correndo”! Isso é horrível, não adianta estudar
assim, você acaba não fixando nada. Sempre estude com calma, assim
você aproveitará melhor o seu tempo. Mas também não o desperdice,
ele é precioso!
7. Estratégia é fundamental.
Galera, eu diria que passar em um concurso como o AFRFB sem uma boa
estratégia é impossível. Com o programa monstruoso desse concurso
você será obrigado a priorizar algumas matérias em detrimento de
outras, e será essa escolha que definirá o resultado da sua preparação.
Como o tempo é um recurso muito escasso você terá que utilizá-lo com
muita prudência, e quanto mais eficientemente você o utilizar, mais
chance terá de passar.
Para traçar uma boa estratégia você precisa estar bem “antenado” com
as tendências da ESAF. Em regra, a prova dessa banca é relativamente
previsível, algumas vezes ela aparece com umas surpresas
desagradáveis, mas mesmo assim dá pra se preparar com relativa
tranqüilidade. Observe qual é a fonte (livro) mais utilizada pela banca,
no caso de Finanças Públicas a ESAF tem um verdadeiro fetiche pelo
livro do Fábio Giambiagi, sempre retira as questões – inclusive as
discursivas – desse livro, quase sempre literalmente. Tente descobrir
qual é a fonte de cada matéria! Isso te dará pontos preciosos. Digo isso
porque não fui aprovado no concurso do EPPGG 2009 por não saber do
fetiche “Esafiano” pela obra do Giambiagi!
Meus amigos, uma tendência que tenho verificado é que a estratégia
dos “mínimos” já não pode ser aplicada sem critérios. Há uma nítida
tendência de elevação dos pontos de corte nos concursos. Em termos
médios o corte do AFRFB 2005 foi de 65%, já o do AFRFB 2009 foi de
71% para ir à segunda fase! O corte para dentro das vagas foi de 76%. O
que eu quero dizer com isso é que hoje você precisa pontuar bem em
“todas” as matérias! Por “todas” entenda todas na medida do possível.
Não é mais seguro deixar de estudar uma matéria por duas razões: A
primeira por conta do risco de não fazer o mínimo; e a segunda é que
você precisa somar muitos pontos, e cada um deles vale ouro! Não
concorda? Pergunta pro cara que não passou por um ponto se não valia
a pena estudar Civil!
Também não diga por ai que eu falei que você tem que estudar todas as
matérias como se elas tivessem a mesma importância, eu não disse isso.
A regra do tempo de estudo diretamente proporcional ao peso, ao
número de questões, à novidade e à sua dificuldade em relação à
disciplina continua valendo! O que não dá é pra ignorar questões! Cada
pontinho vale ouro num concurso como o AFRFB!
Quanto à distribuição do seu tempo para o Edital vide “Manual do
Concurseiro”, o Alex Meirelles fala como ninguém sobre o tema!
7.1 Sun Tzu e os concursos.
Quando cursei a faculdade de Administração o professor de Gestão me
recomendou a leitura da obra “Sun Tzu, A Arte da Guerra”. Esse livro,
apesar de muito antigo, pode ser perfeitamente aplicado para nossa
realidade com um pequeno esforço interpretativo e alguma adaptação
aos concursos públicos. Lembro-me sempre da seguinte passagem:
“ Conhece teu inimigo e conhece-te a ti mesmo; se tiv eres cem combates a travar; cem vezes serás vitorioso.”
Meus amigos, nos concursos a regra é a mesma, só que o seu inimigo
será a ESAF! Se você conhece suas debilidades e fortalezas o sucesso
será garantido! O autoconhecimento somado ao profundo
conhecimento do inimigo o levará inexoravelmente ao êxito!
7.2 Estratégia para um edital.
Quando da saída de um edital, em regra, a maioria dos candidatos se
encontram numa situação semelhante, e o que definirá o resultado do
concurso será a estratégia adotada por cada um durante esse período.
Essa decisão está longe de ser uma ciência exata, contudo, algumas
regrinhas podem potencializar em muito o seu desempenho.
Li no depoimento do grande Ricardo Alexandre, grande professor de
Direito Tributário, que ele adotava um estratégia bem agressiva durante
o período do Edital. Ele falou que quase que ignorou matérias como
Constitucional, Administrativo e Tributário para poder se dedicar à
disciplina Comércio Internacional, cujo conteúdo ele desconhecia
totalmente.
Meus amigos, numa situação dessas vocês têm que fazer o mesmo, hoje
não é mais possível passar em um concurso da ESAF sem saber
razoavelmente alguma matéria. Se você dedicar demasiado tempo a
revisão das disciplinas tradicionais certamente não conseguirá
desenvolver satisfatoriamente o conteúdo das novas disciplinas trazidas
pelo edital.
Outro problema que costumo ver em muitos bons concurseiros é o
medo das novas matérias. Meus amigos, é plenamente possível
aprender novas matérias em dois meses, não tenham medo disso. O que
se precisa é de calma e persistência, por vezes o assunto, num primeiro
contato, costuma parecer bastante áspero e, em certos momentos,
parece até mesmo impossível de ser aprendido. Não se desespere, leia-o
mais uma vez com calma que aos poucos ele entrará na sua cabeça.
Vi muitos colegas preparados desistirem de fazer AFRFB para focar em
ATRFB, acredito, pessoalmente, que isso tenha sido um erro. A
justificativa era que para auditor as novidades eram muitas, já para
analista a coisa era mais razoável. Não pense assim, todos têm o mesmo
nível e enfrentam as novidades da mesma forma, se é difícil, é difícil
para todos! No fim, o resultado foi que a maioria dos aprovados em
Auditor acabou passando também em Analista, só para confirmar a tese.
Encare as novidades sem medo, mas com estratégia, pois se você
estudar errado certamente o tempo disponível não será suficiente.
8. Entendendo a ESAF.
Desde o início da minha preparação gostei muito da ESAF. Achava, e
acho, que seu estilo de prova é muito melhor que o das demais
concorrentes. Nunca gostei do Maniqueísmo do Cespe, da
imprevisibilidade do Cesgranrio e do excessivo copiar e colar da FCC.
Posso afirmar com tranqüilidade que a ESAF é hoje a melhor banca de
concurso público do Brasil.
O modelo de questões da ESAF é mais justo que o certo ou errado do
Cespe, nele você pode escolher a “melhor” resposta comparando as
alternativas. Com o tempo vocês ficarão craques nisso, acreditem em
mim. Nunca tive bom desempenho nas provas do Cespe, aqueles certos
e errados me matavam, sofria muito para não marcar uma alternativa. É
claro que você se adapta ao estilo da banca do seu concurso.
Recomendo que vocês foquem em uma, não dá pra ser bom em tudo!
Errar questões é natural, não se pode acertar todas. As provas da ESAF
admitem erros, não é necessário acertar 100% para passar. Não se
preocupem, algumas questões estão erradas e outras foram feitas para
não serem resolvidas. Com o tempo você entenderá o que eu estou
falando e aprenderá a identificar esse tipo de questão. Quando elas são
desse tipo não se preocupem por terem sido prejudicados pelo gabarito,
posso te afirmar com toda a certeza que esse tipo de questão não é
decisiva para a sua aprovação!
Outro grande problema que vejo nos fóruns é o pessoal gritando
dizendo que rola fraude, marmelada ou coisa parecida. Pessoal, confiem
na ESAF, já fiz vários concursos dela e posso afirmar que confio
plenamente na banca. É claro que algumas vezes, na verdade muitas, ela
comete verdadeiras arbitrariedades que abrem espaço para esse tipo de
comentário. Contudo, não foram essas “arbitrariedades” que te
reprovaram, quem te reprovou foi você mesmo ao não conseguir acertar
outras questões e garantir uma gordurinha para poder suportar esses
problemas. Quem quer passar não fica pondo a culpa da sua reprovação
na banca, quem quer passar procura identificar e corrigir seus erros para
nunca mais repeti-los e se tornar cada vez mais um melhor concurseiro.
Não procure desculpas ou justificativas para o seu fracasso, procure
resultados. Vocês não têm outra opção a não ser confiar na ESAF!
Também percebi que a ESAF costuma a aproveitar as matérias de um
concurso para o seu próximo. Digo isso porque fiz o EPPGG 2009 e vi a
banca passar Administração pública e Finanças para o edital do AFRFB
2009 no mesmo teor, cópia pura. Outra disciplina aproveitada foi
Administração geral, dessa vez para o ATRFB. O mesmo aconteceu com
o AFT, copiaram o edital de RL de auditor para AFT, nas mínimas
vírgulas, além do pequeno detalhe da cópia do edital de Civil, Penal e
Comercial do AFT para o AFRFB. O que quero dizer com isso é que você
não perde nada se preparando para os concursos da ESAF, mesmo que
eles não sejam o seu foco! Recomendo que você faça todas as provas
dessa banca e acompanhe seus editais, pois, acreditem em mim, eles se
repetem!
9. Novas tendências – Prova Discursiva.
Pessoal, para a felicidade de alguns e infelicidade de outros, a verdade é
que as discursivas vieram para ficar. Pessoalmente não gosto muito
desse tipo de prova, acho que a correção das questões abertas é
demasiadamente subjetiva e pode acabar prejudicando muitos
candidatos. Já vi casos de provas bem semelhantes apresentarem notas
bem diferentes. A multiplicidade de corretores pode fazer com que
textos equivalentes apresentem notas bem distintas. Contudo, esse tipo
de avaliação veio para ficar e nós temos que nos adaptar a essa
realidade.
O primeiro certame da ESAF a vir com uma segunda fase foi o EPPGG-
MPOG 2009. A partir de então todos os concursos realizados pela banca
vêm sendo feitos nesse formato, a exemplo do AFRFB, ATRFB, AFT e
SUSEP. Existem algumas variações entre eles, a exemplo do número de
questões ou temas, das disciplinas e do peso relativo aos pontos totais.
A estratégia para esse novo tipo de concurso é bastante simples, tente
passar bem na primeira fase e segure as pontas na segunda. Pelo que
pude ver, dificilmente candidatos que foram bem na primeira fase não
conseguem ser aprovados dentro do número de vagas na segunda. Digo
que você deve ir bem na primeira fase para não depender do humor do
seu corretor na segunda, pois como existem vários corretores você pode
ter o azar de pegar um mais rigoroso que os demais, e acredite, isso
ocorre.
Em relação à prova aberta não se preocupe muito, em regra, a ESAF tem
sido bem coerente. Os temas das questões vêm focando aspectos
centrais das disciplinas, deixando um pouco de lado aqueles detalhes
dos detalhes dos detalhes que costumam ser cobrados nas questões
objetivas. Acho isso justo, pois assim dificilmente um bom candidato
sairá prejudicado por não conhecer determinado ponto da matéria,
mesmo tendo estudado muito.
Recomendo que você treine, desde já, as técnicas de redação. É muito
importante saber escrever bem e evitar o cometimento de erros
gramaticais. Existem alguns cursos com essas dicas no mercado, li o do
Luciano Oliveira e achei bem legal. Também fiz o curso de Redação on-
line do professor Marcelo Braga, ele é bem baratinho e produz muito
resultado. Ele me deu ótimas dicas sobre como escrever textos.
Em relação ao conteúdo o principal é ser extremamente objetivo.
Geralmente o examinador pedirá que você explique determinados
pontos do assunto, recomendo que você se atenha restritivamente ao
que ele solicitar. Não vá demasiadamente além nem aquém do que ele
pedir, é importante que você escreva o que ele deseja, diretamente e
sem enrolação.
Estudar o conteúdo é fundamental. Revise os principais tópicos de cada
matéria e saiba escrever algo sobre eles, suas características, pontos
positivos e negativos e os seus conceitos doutrinários. A maioria das
questões exige isso, tendo essa base você conseguirá desenvolver os
temas sem maiores problemas.
Um erro bastante comum é não prestar atenção ao comando da
questão. Isso acontece muito, um exemplo disso foi o que aconteceu
com muitos candidatos do concurso do EPPGG. O tema referente à
disciplina Gestão Governamental pedia uma Análise de Caso abordando
alguns aspectos detalhados no comando do tema. Pois o que aconteceu
foi que muitos candidatos ignoraram o caso proposto e começaram a
escrever sobre os aspectos arrolados sem relacioná-los com o caso. Não
cometa erros desse tipo, leia a questão com calma e certifique-se de que
entendeu a problemática descrita para não perder pontos por não ter
entendido o foco da pergunta. Dedique algum tempo para ler o
comando com calma, acredite, vale a pena.
Vejo também muitos candidatos reclamando do tempo. Pessoalmente,
acho o tempo ofertado mais que suficiente para responder as questões.
Entretanto, alguns cuidados devem ser tomados para evitar surpresas
desagradáveis. Recomendo que você comece respondendo a questão
que valha mais pontos, pois além de no começo você estar com a cuca
fresca, procedendo assim não haverá o risco de não responder a questão
mais valiosa do concurso por falta de tempo. Acho que separar um
tempo para cada uma delas também é uma boa tática, eu reservei duas
horas para o tema de sessenta linhas e uma hora para cada questão de
trinta linhas, totalizando as quatro horas.
Comece a responder a questão fazendo um pequeno esqueleto do seu
texto, pondo nos parágrafos os tópicos que devem ser abordados em
cada um deles para não se esquecer de escrever nada importante. Isso
te ajudará a escrever com mais fluidez, diminuindo os riscos de se perder
ao longo do caminho, o que é bastante fácil. Depois de ter escrito a
estrutura parta para o rascunho. É importante que você escreva depois
de ter refletido sobre o assunto para não por nada errado no texto. De
início não se preocupe muito com a forma, apenas desenvolva as idéias.
Após ter feito isso revise o texto e melhore as partes que considerar
ruins, ao finalizar esse processo passe tudo a limpo com bastante calma.
Ao constatar um erro na folha definitiva não hesite, risque com um traço
horizontal e escreva do lado ou por cima a palavra correta.
Administrar bem o tempo é fundamental. Não consigo entender como
uma pessoa consegue entregar a prova sem ter passado tudo a limpo
por falta de tempo. Isso acontece muito, mais do que vocês imaginam, e
um erro desse tipo resultará na imediata reprovação do candidato. Eles
acontecem porque algumas pessoas não controlam devidamente o
tempo. Eu recomendo que você treine em casa e saiba quanto tempo é
preciso para cada uma das etapas. Saiba quanto tempo é utilizado para
passar a limpo, para fazer o rascunho e para fazer o esqueleto. Ao
constatar que você estourou o limite corra, e, se for o caso, comece a
passar a limpo imediatamente. Procedendo dessa maneira não haverá o
risco de entregar questões em branco ou incompletas.
Como eu havia dito no início, a prova da segunda fase dificilmente
reprovará um bom candidato. Isso acontece porque a amplitude das
notas das discursivas é relativamente baixa, a maioria dos candidatos
conseguem notas bem próximas do máximo, dificultando a vida dos
concurseiros da “rabeira”, que necessitam de muitos pontos para
poderem se recuperar e entrar para as vagas. Desse modo, garanta a sua
aprovação na primeira fase e segure-a na segunda, sem incorrer em
demasiados riscos.
Isso não significa que estando lá na “rabeira” você deva desistir. Por
favor, não entendam dessa forma. O que quero dizer é que nessa
situação o sucesso fica muito mais difícil, mas não impossível. Dedique-
se e tente se superar, não há razão para desistir da luta antes do tempo,
até porque essa experiência será importante para novas provas. Além
disso, já vi algumas pessoas conseguirem se superar e saírem do fim da
lista para dentro das vagas, mas como havia dito, isso é exceção.
Os recursos também são muito importantes, não deixe de fazê-los. Já
ganhei 1,5 ponto no EPPGG e subi muitas posições por conta disso.
Lembre-se de que sua aprovação poderá depender de 0,5 ponto. Um
bom recurso deve ser redigido com respeito ao examinador e com uma
argumentação sólida e bem fundamentada. Opte por autores
reconhecidos e seja bem objetivo. Lembre-se de que você depende da
pessoa que lerá o seu recurso, tente facilitar o trabalho dela com um
texto agradável e bem direto.
10. Foco.
Ter foco é muito importante para o sucesso de um concurseiro. Alcançar
a aprovação será muito mais difícil se você sair atirando para todos os
lados sem critério algum. Contudo, um bom concurseiro não pode ficar
sem fazer provas, isso é incontestável. Um equilíbrio entre esses fatores
trará excelentes resultados.
Acredito que no início da sua preparação você deva manter-se fiel ao seu
objetivo e estudar com foco e profundidade a espinha dorsal do seu
concurso, construindo uma sólida base. Após essa etapa o concurseiro
deve testar seus conhecimentos e desenvolver as habilidades de prova,
afinal, um concurseiro de verdade faz prova, quem estuda é estudante.
Acredite, você pode ter muitos conhecimentos e, mesmo assim, perder
um concurso. Fatores como controle de tempo, tática de escolha de
questões, passagem de gabarito ou nervosismo podem por todo o seu
trabalho a perder. Somente com as experiências em “campo” você
poderá desenvolver essas habilidades, por isso faça provas!
11. O fracasso é o parceiro do sucesso!
Passar em um concurso de alto nível é uma tarefa muito difícil. O mais
natural é que você tenha que tentar algumas vezes até conseguir
conquistar o seu objetivo, afinal, os examinadores ficam
maquiavelicamente bolando armadilhas para dificultar nossas vidas. O
importante nessa caminhada é não se deixar abater pelos fracassos e
aprender com eles. Acreditem, não há concurso que resista a um
concurseiro determinado a passar. A disciplina e a determinação te
levarão inexoravelmente ao sucesso, acredite nisso.
12. Depoimento
Meus amigos, na minha caminhada encontrei muitíssimos obstáculos:
Gente negativa, dificuldades financeiras, dúvidas, pressão da família,
falta de vida social entre muitos outros sacrifícios. Posso dizer que não
foi fácil, precisei optar por muito sacrifício e abdicação momentânea em
troca de um futuro mais tranqüilo. Não me arrependo, dediquei-me por
apenas um ano e oito meses e consegui conquistar um cargo excelente
para toda a vida.
Não acredite em gente que te diga que é fácil passar nesse concurso,
isso é mentira. Somente com muito trabalho duro e estudo você
alcançará esse objetivo, acredite nisso. Pensar que se pode passar sem
sacrifícios é perda de tempo. Recomendo muito o caminho dos
concursos públicos, acredito nele. Contudo, saiba que haverá um preço
alto a pagar pela aprovação e esteja disposto a pagá-lo desde o início,
pois, caso contrário, você acabará desperdiçando muito tempo e
dinheiro.
O concurso público é para todos, pode acreditar nisso. Não é preciso ser
muito inteligente para passar, é preciso sim ser muito disciplinado e
determinado. Uma rotina de estudos forte e muita persistência são os
ingredientes para o sucesso. Qualquer pessoa média pode fazer isso!
Ao aceitar esse desafio algumas palavras devem ser excluídas do seu
dicionário. Ponha na sua cabeça que você terá que aprender TODAS as
disciplinas. Não existe isso de não gosto de Trigonometria ou de
Português. Um bom concurseiro persiste e supera traumas antigos, indo
muito além do que se achava capaz! Esse é o espírito, superação diária,
cada dia indo mais longe e melhorando continuamente.
É isso que posso dizer para vocês, acreditem nos seus sonhos. No dia 28
de abri de 2008 eu internalizei que passaria nesse concurso. Um ano e
oito meses depois eu consegui! Posso dizer que cada sábado dedicado
aos estudos foi recompensado, todos os sacrifícios foram esquecidos e
um grande sentimento de satisfação invadiu meus pensamentos.
Acredite nos seus sonhos e lute por eles. Eu optei por seguir esse
caminho e não me arrependo. Não dê ouvidos às opiniões negativas
alguns “amigos” e supere todas as dificuldades que surgirem no seu
caminho. Para ser bem sucedido nessa empreitada você só precisa que
uma pessoa acredite em você, e essa pessoa é você mesmo. Enquanto
você acreditar que é capaz de passar você o será. Tenha muita força e fé
em si mesmo, o resultado virá!
Um Grande Abraço,
Victório Amoedo Luedy.
Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem.
Hebreus (11,1)