Composição da Historia Clínica

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Composição da Historia Clínica A informação contida na história clínica é obtida através das seguintes fontes : A anamnese: A informação obtida da entrevista clínica e fornecida pelo próprio doente ou acompanhante. Exame físico ou clínica. Exames complementares de diagnostico Hipoteses de Diagnostico/ Diagnostico Tratamento-farmacologico, cirurgico ou outro. Prognostico HISTÓRIA CLÍNICA

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HISTÓRIA CLÍNICA. Composição da Historia Clínica A informação contida na história clínica é obtida através das seguintes fontes : A anamnese : A informação obtida da entrevista clínica e fornecida pelo próprio doente ou acompanhante. Exame físico ou clínica. - PowerPoint PPT Presentation

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Composição da Historia Clínica

A informação contida na história clínica é obtida através das seguintes fontes :

A anamnese: A informação obtida da entrevista clínica e fornecida pelo próprio doente ou acompanhante.

Exame físico ou clínica. Exames complementares de diagnostico Hipoteses de Diagnostico/ Diagnostico Tratamento-farmacologico, cirurgico ou

outro. Prognostico

HISTÓRIA CLÍNICA

Page 2: Composição da Historia Clínica

Anamnese

Exame Físico

Exames

Complementares

HISTÓRIA CLÍNICA

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ANAMNESE

Page 4: Composição da Historia Clínica

É a parte mais difícil da História Clínica

AnamneseAnamnese

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AnamneseAnamnese (do (do grego anaana, trazer de , trazer de novo e novo e mnesismnesis, memória) significa , memória) significa relembrar todos os factos que se relembrar todos os factos que se relacionam com a doença e com a relacionam com a doença e com a pessoa doente. pessoa doente.

Trata-se de uma entrevista, tendo Trata-se de uma entrevista, tendo como ponto fulcral no diagnóstico de como ponto fulcral no diagnóstico de uma doença. uma doença.

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Sabe-se hoje que a anamnese, Sabe-se hoje que a anamnese, quando bem conduzida, é quando bem conduzida, é responsável por responsável por 85% dos diagnósticos85% dos diagnósticos

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A anamnese é a parte mais importante da medicina pois envolve o núcleo da relação profissional saúde-doente; além disso preserva o lado humano da medicina e orienta de forma correcta o plano diagnóstico e terapêutico.

A anamnese, em síntese, é uma entrevista que tem por objectivo trazer de volta à mente todos os factos relativos ao doente e à doença.

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Objetivos da Anamnese Estabelecer a relação profissional/doente. Obter os elementos essenciais da história clínica. Conhecer os factores pessoais, familiares e

ambientais relacionados com o processo saúde/doença.

Obter os elementos para guiar o profissional de saúde no exame físico.

Definir a estratégia de investigação complementar. Fundamentar a estratégia terapêutica

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Como em todas as ciência a medicina também tem as suas unidades básicas de observação que são os sintomas e os sinais.

O profissional de saúde, como qualquer outro instrumento científico, deve ser objetivo, preciso, sensível, específico e reprodutível quando realiza as suas observações sobre a doença e do doente.

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Requisitos básicos do

Profissional de saúde Objectivo

Preciso

Sensível

Específico

Reprodutivel

Page 11: Composição da Historia Clínica

OBJETIVIDADE

Ser objectivo durante a realização da anamnese

significa remover as próprias crenças, pré-julgamentos

e preconceitos antes da realização da observação, para

que não ocorram viéses ou distorções sistemática da

observação

Significa não somente separar a nossa interpretação do

dado objectivo, mas também separar a interpretação do

paciente. O paciente chega conta-nos que a sua “úlcera

está a doer ou que o seu coração esta a causar sérios

problemas à sua vida”.

Page 12: Composição da Historia Clínica

INTERPRETAÇÃO E OBSERVAÇÃO É muito fácil confundir observação com

interpretação. Observação é aquilo que o paciente realmente

diz ou faz; as palavras do doente são os dados primários dos sintomas. Não é incomum encontrarmos no ambiente da saúde termos que são interpretações e não descrições, p. ex. o termo angina. Quando se produz a interpretação prematuramente perde-se a objetividade do dado e formula-se um diagnóstico que pode não estar correto.

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PRECISÃO Aqui estamos a lidar com o erro ao acaso, não sistemático, induzido

pela falta de atenção ao detalhe, pela audição desatenta e pela falta de objectividade. As unidades básicas de medida quando colhemos uma história clínica são as palavras. Palavras são descrições de sensações percebidas pelo doente e comunicadas profissional. Palavras são medidas verbais e devem ser entendidas precisamente; devem ser tão detalhadas quanto possível.

O doente pode queixar–se de "cansaço" e nesta situação é necessário esclarecer o seu significado: falta de ar, fraqueza muscular, falta de vontade de realizar atividades físicas, ou falta de repouso adequado. O profissional de saúde deve esclarecer qual a real sensação que o doente esta a experimentar fazendo perguntas do tipo: o que quer dizer com "cansaço" ? O que é que pode dizer mais sobre este cansaço ou como descreveria o que sente sem utilizar a palavra cansaço.

Page 14: Composição da Historia Clínica

SENSIBILIDADE E ESPECIFICIDADE

Sensibilidade de um teste expressa a sua capacidade de identificar

casos verdadeiros da doença. Quanto maior a sensibilidade, maior a

percentagem de casos que o teste identifica como sendo positivo.

Especificidade de um teste expressa a sua capacidade de

descartar a doença em indivíduos normais. Quanto maior a

especificidade maior a probabilidade de um resultado negativo

representar um indivíduo normal sem doença.

Page 15: Composição da Historia Clínica

SENSIBILIDADE E ESPECIFICIDADE Poucos testes em medicina apresentam 100% de sensibilidade e

especificidade. Um sintoma pode ser muito sensível (tosse em caso de pneumonia) mas pouco específico (inúmeras doenças produzem tosse); pode ser específico (a dor epigástrica noturna aliviada pela alimentação em casos de úlcera duodenal) mas pouco sensível ( muitas pessoas com úlcera duodenal não apresentam este sintoma). Devemos-nos basear em conjuntos de sintomas, padrões ou quadros clínicos.

Considerar a reconstrução detalhada da doença em vez de valorizarmos um sintoma isolado. Um complexo sintomático ( conjunto de sintomas que caracterizam uma doença) é suficientemente sensível e específico para permitir a realização do diagnóstico e eventualmente da terapêutica.

A história clínica obtida com objectividade e precisão fornece um conjunto de dados que permitem delinear eficazmente um diagnóstico.

Page 16: Composição da Historia Clínica

REPRODUTIBILIDADE

A reprodutibilidade é uma importante característica dos

procedimentos científicos, incluindo a entrevista clínica. Observa-se

frequentemente um certo grau de variabilidade quando a mesma

história clínica é obtida por profissionais diferentes.

Parte das discrepâncias podem ser explicadas pelo facto de que os

profissionais de saúde apresentam diferentes níveis de precisão

quando realizam a observação clínica.

Outros factores envolvidos podem ser atribuídos ao processo de

reconstrução da história que melhora à medida que são obtidas

histórias ou mesmo ao processo de aprendizagem a que o paciente é

submetido à medida que interage com a equipe de saúde.

Parte da reprodutabilidade é atribuida às diferentes capacidades dos

profissionais de saúde -- interagir de forma empática com o doente,

obtendo as informações.

Page 17: Composição da Historia Clínica

ENTENDER E SER ENTENDIDO

Entender o doente e ao mesmo ser entendido por ele é

indispensável para a obtenção de uma história clínica correcta.

Inúmeros factores podem interferir com o entendimento

perfeito-- as diferenças culturais, religiosas, raciais, de idade,

etc. entre profissional e doente constituem as dificuldades

normais que tem que ser constantemente avaliadas e superadas.

Outras dificuldades decorrem da técnica de entrevista. Para que

ocorra entendimento é necessário que ambos estejam

sintonizados na mesma frequência emocional. Neste contexto

podemos destacar duas qualidades que o profissional de saúde

deve desenvolver para melhorar a comunicação entre ele e o

doente: respeito e empatia.

Page 18: Composição da Historia Clínica

Pequenos procedimentos devem ser utilizados para Pequenos procedimentos devem ser utilizados para

demonstrar respeito ao doente:demonstrar respeito ao doente:

Não demonstre intimidade que não tem com o Não demonstre intimidade que não tem com o

paciente. Utilize sempre o nome do paciente e paciente. Utilize sempre o nome do paciente e

nunca utilize apelidos genéricos como "tia", nunca utilize apelidos genéricos como "tia",

"mãe", "avó" etc. "mãe", "avó" etc.

Garanta o conforto e a privacidade do paciente. Garanta o conforto e a privacidade do paciente.

Sente-se próximo, mas não excessivamente, e no Sente-se próximo, mas não excessivamente, e no

mesmo nível do paciente. mesmo nível do paciente.

Avise sempre que vai realizar uma mudança na Avise sempre que vai realizar uma mudança na

condução da entrevista ou uma manobra nova condução da entrevista ou uma manobra nova

ou dolorosa no exame físico. ou dolorosa no exame físico.

Page 19: Composição da Historia Clínica

Uma anamnese, como qualquer outro tipo de entrevista, possui formas ou técnicas correctas de serem aplicadas.

Ao seguir as técnicas pode-se aproveitar ao máximo o tempo disponível para o atendimento, o que produz um diagnóstico mais seguro e a um tratamento correcto.

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NÍVEIS DE RESPOSTANÍVEIS DE RESPOSTA

Para que o profissional saúde Para que o profissional saúde

mantenha a comunicação empática mantenha a comunicação empática

com o doente é importante que as com o doente é importante que as

respostas sejam adequadamente respostas sejam adequadamente

valorizadasvalorizadas..

Page 21: Composição da Historia Clínica

Quatro categorias de reacção devem ser evitadasQuatro categorias de reacção devem ser evitadas

IgnorandoIgnorando – quando o profissonal saúde não – quando o profissonal saúde não

ouve o que o paciente disse ou age como se ouve o que o paciente disse ou age como se

não tivesse ouvido. não tivesse ouvido.

MinimizandoMinimizando – o profissional saúde responde – o profissional saúde responde

aos sintomas ou sentimentos expostos pelo aos sintomas ou sentimentos expostos pelo

paciente diminuindo a sua importância ou paciente diminuindo a sua importância ou

intensidade. intensidade.

Page 22: Composição da Historia Clínica

IntercambioIntercambio – o profissional reconhece os – o profissional reconhece os

sintomas e sentimentos expressos pelo doente sintomas e sentimentos expressos pelo doente

de forma adequada e responde no mesmo nível de forma adequada e responde no mesmo nível

de intensidade. Em termos práticos significa a de intensidade. Em termos práticos significa a

repetição das palavras do próprio doente de repetição das palavras do próprio doente de

forma a demonstrar que o profissional de saúde forma a demonstrar que o profissional de saúde

compreendeu o que o doente esta a tentar dizer. compreendeu o que o doente esta a tentar dizer.

AdicionarAdicionar – o profissional de saúde reconhece o – o profissional de saúde reconhece o

que o doente esta a tentar expressar, mas que o doente esta a tentar expressar, mas

intervem para identificar se o detecta que o intervem para identificar se o detecta que o

doente quer expressar algo que não consegue doente quer expressar algo que não consegue

explicar.explicar.

Page 23: Composição da Historia Clínica

As perguntas a efectuar ao doente dividem-se em 3 tipos.

Perguntas Abertas - Feitas de tal maneira que o doente se sinta livre para se expressar, sem que haja nenhum tipo de restrição. Ex: "O que o sr. está a sentir?" “ O que é que o traz á consulta?”

Perguntas Focadas - São tipos de perguntas abertas, porém sobre um assunto específico, ou seja, o doente deve sentir-se à vontade para falar, porém agora sob um determinado tema ou sintoma apenas. Ex: "Qual a parte do corpo onde sente mais dor? ".

Perguntas Fechadas - Servem para que o entrevistador complemente o que o doente ainda não expressou, com questões directas de interesse específico. Ex: "A perna dói quando o sr. anda ou quando o sr. está parado?".

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O AMBIENTE Hospital – O doente hospitalizado não esta no

seu habitat natural. Encontra-se doente, afastado dos seus entes, confinado a um ambiente hostil, com pessoas desconhecidas e muitas vezes pouco preocupadas com a sua individualidade. Neste ambiente o doente pode apresentar-se hostil e extremamente ansioso.

Consultório – O ambiente do consultório é menos hostil. Entretanto, a situação nova (a doença, o profissional saúde desconhecido etc.) promovem estimulação do sistema nervoso autónomo. A pressão arterial e a frequência cardiaca podem estar aumentadas, as mãos húmidas e frias, o rosto ruborizado.

Page 25: Composição da Historia Clínica

O primeiro encontro do profissional de saúde com o doente nestes ambientes é o acontecimento mais importante para o futuro da relação profissional

Os actos em saúde requerem tempo

Page 26: Composição da Historia Clínica

Obter Autorização

O doente no ambulatório ou na enfermaria deve ser abordado de

forma cuidadosa. O profissional de saúde, após se apresentar,

deve deixar claro seu objectivo. Isto é feito, de forma respeitosa,

empregando construções de frases tais como: "Gostaria muito de

conversar com o senhor acerca do motivo pelo qual o Sr. esta

internado (ou veio à consulta) e depois gostaria de examiná-lo".

Após esta introdução é fundamental solicitar autorização. Caso o

paciente não concorde não se deve insistir . Deve voltar-se

noutra altura.

Inicio da Entrevista

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Estrutura -- Anamnese

Page 28: Composição da Historia Clínica

A anamnese compõe-se de oito partes:

Identificação

Queixa Principal

História da Doença Actual (HDA)

Interrogatório sobre os Diferentes Aparelhos

(IDA) ou Interrogatório Sintomatológico

Antecedentes Pessoais

Antecedente Familiares

Habitos Medicamentosos

Hábitos Tabágicos/Etílicos....

Page 29: Composição da Historia Clínica

IdentificaçaoIdentificaçao

Nome Nome ––Designar um ser humano pela patologia, que por Designar um ser humano pela patologia, que por infelicidade ele é portador (aquela leucemia da cama 1, infelicidade ele é portador (aquela leucemia da cama 1, etc.), é desumano e nega os princípios mais importantes etc.), é desumano e nega os princípios mais importantes da medicina. Da mesma forma, tratar o doente por da medicina. Da mesma forma, tratar o doente por apelidos (tio, mãe, etc) demonstra falta de respeito e de apelidos (tio, mãe, etc) demonstra falta de respeito e de sinceridade.sinceridade.

IdadeIdade – Cada grupo ou faixa etária apresenta maior ou – Cada grupo ou faixa etária apresenta maior ou menor probabilidade para a incidência de certas doenças. menor probabilidade para a incidência de certas doenças.

Sexo Sexo – – A incidência de doenças não é igual nos dois sexosA incidência de doenças não é igual nos dois sexos Cor (raça)Cor (raça) - - O registro da cor, embora não tenha valor O registro da cor, embora não tenha valor

absoluto, pode ajudar o raciocínio clínico em algumas absoluto, pode ajudar o raciocínio clínico em algumas situações.situações.

Page 30: Composição da Historia Clínica

IdentificaçaoIdentificaçao

Profissão e local de trabalhProfissão e local de trabalho aco actual e passadotual e passado – –

Apresenta importância no contexto das doenças Apresenta importância no contexto das doenças

ocupacionais. Ex. pneumoconioses (trabalhadores de ocupacionais. Ex. pneumoconioses (trabalhadores de

minas ou pedreiras podem desenvolver fibrose pulmonar minas ou pedreiras podem desenvolver fibrose pulmonar

decorrente da inalação crónica de pó de pedra), exposição decorrente da inalação crónica de pó de pedra), exposição

a agentes tóxicos ( insecticidas, solventes orgânicos etc.)a agentes tóxicos ( insecticidas, solventes orgânicos etc.)

NacionalidadeNacionalidade – – Pais ou região geográfica em que o Pais ou região geográfica em que o

paciente nasceu. A importância deste dado é paciente nasceu. A importância deste dado é

epidemiológica.epidemiológica.

Residência(s)Residência(s) - - Permite conhecer riscos epidemiológicos Permite conhecer riscos epidemiológicos

associados ao local de residência (malária, associados ao local de residência (malária,

equistossomose, doença das Chagas, etc.).equistossomose, doença das Chagas, etc.).

Page 31: Composição da Historia Clínica

QUEIXA PRINCIPAL E SUA DURAÇÃOQUEIXA PRINCIPAL E SUA DURAÇÃO

É a razão principal que levou o doente a procurar o médico. É a razão principal que levou o doente a procurar o médico.

É registada textualmente, utilizando as expressões utilizadas É registada textualmente, utilizando as expressões utilizadas

pelo paciente. pelo paciente.

A duração da queixa é importante para dar ideia do tipo de A duração da queixa é importante para dar ideia do tipo de

doença (aguda, sub-aguda, crónica). doença (aguda, sub-aguda, crónica).

Não aceitar por queixa as interpretações do doente ou de Não aceitar por queixa as interpretações do doente ou de

outras pessoas, (p. ex. o doente refere que o seu problema é outras pessoas, (p. ex. o doente refere que o seu problema é

“tensão arterial alta" ou "menopausa" ou "hemorróidas", etc.). “tensão arterial alta" ou "menopausa" ou "hemorróidas", etc.).

Nesta situação devemos procurar esclarecer os sintomas e o Nesta situação devemos procurar esclarecer os sintomas e o

significado preciso de cada uma destas afirmações e não significado preciso de cada uma destas afirmações e não

registar estes "diagnósticos" que podem levar a graves erros. registar estes "diagnósticos" que podem levar a graves erros.

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HISTÓRIA DA DOENÇA ACTUAL (HDA) A HDA é a essência da anamnese, a chave mestra para se

chegar a um diagnóstico.

É a história cronológica do sintoma principal e sintomas associados desde o momento de seu aparecimento.

A melhor estratégia para se obter uma HDA fidedigna é deixar, a principio, o doente relatar livre e espontaneamente suas queixas (anamnese espontânea). Nesta fase o profissional de saúde deve interferir o menos possível, limitando-se à utilização de facilitadores do tipo: Sim ? Humm ? O que mais ? É ? Além de sinais não verbais como balançar a cabeça em sinal de aprovação. Nesta fase é fundamental que o paciente tenha tempo para contar a sua história.

Nesta primeira parte da HDA o foco da entrevista é dirigido completamente pelo doente sendo ele quem comanda.

Page 33: Composição da Historia Clínica

Após o doente ter tido tempo suficiente para relatar sua história a entrevista deve sofrer uma mudança de rumo transferindo o controle para o profisional de saúde que agora irá perguntar activamente para esclarecer detalhadamente os sintomas referidos pelo paciente.

É boa técnica para esta transição fazer-se um resumo do que o doente contou e então avisar que a partir daquele momento deseja saber alguns detalhes e para isso irá fazer perguntas específicas ou mais fechadas.

Nesta segunda fase da entrevista o profissional de saúde deve caracterizar o sintoma principal e os sintomas secundários ou associados em relação à localização, irradiação, frequência, intensidade, qualidade, factores que melhoram ou pioram, evolução, sintomas associados e características actuais.

Page 34: Composição da Historia Clínica

Obtenção adequada da HDA:Obtenção adequada da HDA: Respeite os dois principais “actores” intervenientes na entrevista Respeite os dois principais “actores” intervenientes na entrevista

clínica:clínica: O doenteO doente O profissional de saúdeO profissional de saúde

Manter o fluxo de informações utilizando os facilitadores da Manter o fluxo de informações utilizando os facilitadores da

comunicação.comunicação.

Determine o sintoma-guia (sintoma principal).Determine o sintoma-guia (sintoma principal).

Registe a época de seu início na linha do tempo.Registe a época de seu início na linha do tempo.

Utilize o sintoma-guia como fio condutor da história e estabeleça as Utilize o sintoma-guia como fio condutor da história e estabeleça as

relações das outras queixas com ele.relações das outras queixas com ele.

Garanta que a  história obtida tenha começo, meio e fim.Garanta que a  história obtida tenha começo, meio e fim.

A HDA não é o registo puro e directo das informações fornecidas pelo A HDA não é o registo puro e directo das informações fornecidas pelo

doente. Estas informações precisam ser doente. Estas informações precisam ser elaboradas ou digeridaselaboradas ou digeridas

pelo profissional de saúde que as purifica dos elementos inúteis. pelo profissional de saúde que as purifica dos elementos inúteis.

Page 35: Composição da Historia Clínica

SINAIS E SINTOMASSINAIS E SINTOMAS Os doentes expressam as suas doenças em termos de sinais e Os doentes expressam as suas doenças em termos de sinais e

sintomas. sintomas.

SintomasSintomas são as sensações subjectivas anormais sentidas pelo são as sensações subjectivas anormais sentidas pelo

doente mas não visualizada pelo médico (dor, náusea, tontura). doente mas não visualizada pelo médico (dor, náusea, tontura).

Sinais Sinais são as manifestações objectivas reconhecidas por meio da são as manifestações objectivas reconhecidas por meio da

inspecção, palpação, percussão, auscultação e outros meios inspecção, palpação, percussão, auscultação e outros meios

subsidiários (edema, palidez, hematúria etc.). Às vezes sintomas subsidiários (edema, palidez, hematúria etc.). Às vezes sintomas

e sinais confundem-se (dispneia, febre, vómito, tosse).e sinais confundem-se (dispneia, febre, vómito, tosse).

SíndromeSíndrome - é o conjunto de sinais e sintomas que ocorrem - é o conjunto de sinais e sintomas que ocorrem

associados, podendo ser ocasionada por causas diferentes. O associados, podendo ser ocasionada por causas diferentes. O

reconhecimento de uma síndrome delimita o número de possíveis reconhecimento de uma síndrome delimita o número de possíveis

doenças causadores, facilitando o raciocínio clínico.doenças causadores, facilitando o raciocínio clínico.

Page 36: Composição da Historia Clínica

CARACTERIZAÇÃO DOS SINTOMASCARACTERIZAÇÃO DOS SINTOMAS As palavras usadas pelos doentes para descrever os As palavras usadas pelos doentes para descrever os

seus seus sintomas não são inequívocas. A mesma palavra não são inequívocas. A mesma palavra pode descrever sensações pode descrever sensações diferentes. ( tontura, p.ex., . ( tontura, p.ex., pode ser o descritor de pelo menos 4 tipos diferentes pode ser o descritor de pelo menos 4 tipos diferentes de sensações):de sensações): desequilíbrio – a sensação de que o equilíbrio, desequilíbrio – a sensação de que o equilíbrio,

principalmente na posição ortostática e durante a marcha principalmente na posição ortostática e durante a marcha esta prejudicada, causando insegurança ao paciente;esta prejudicada, causando insegurança ao paciente;

vertigem – a sensação de rotação na cabeça ou no ambiente vertigem – a sensação de rotação na cabeça ou no ambiente que gira ao redor do paciente;que gira ao redor do paciente;

pré-síncope – sensação iminente de perda de consciência;pré-síncope – sensação iminente de perda de consciência; cabeça no ar – sensação de distanciamento do ambiente, cabeça no ar – sensação de distanciamento do ambiente,

diferente da vertigem e da pré-síncope. diferente da vertigem e da pré-síncope.

Nesta situação é fundamental caracterizar Nesta situação é fundamental caracterizar exactamente qual o tipo de tontura que o paciente exactamente qual o tipo de tontura que o paciente esta a sentir. Da mesma forma outros sintomas esta a sentir. Da mesma forma outros sintomas precisam ser caracterizados detalhadamente. precisam ser caracterizados detalhadamente.

Page 37: Composição da Historia Clínica

Todos os sintomas referidos na anamnese devem ser

caracterizados pormenorizadamente com relação aos seguintes

pontos:

Início – caracterizar detalhadamente a época em que o sintoma

surgiu, a forma como surgiu (insidiosa ou aguda), os factores ou

situações que desencadearam o seu aparecimento, a sua duração e o

seu desaparecimento.

Características semiológicas dos sintomas - localização,

irradiação, qualidade, intensidade, relacionamento com a função do

orgão ou sistema relacionado com o sintoma.

Evolução - comportamento do sintoma em relação ao tempo,

modificações ocorridas e influência dos tratamentos realizados.

Relação com outros sintomas

Características do sintoma no momento presente.

Page 38: Composição da Historia Clínica

INTERROGATÓRIO -- OS DIFERENTES APARELHOS

O IDA tem a função de revelar outros sintomas

adicionais relacionados ou não ao problema que levou

o doente a procurar o profissional de saúde

É parte importante da anamnese podendo revelar

problemas ou sintomas significativos que não

apareceriam se não fossem directamente perguntados.

O IDA pode ser realizado em qualquer altura da

anamnese ou durante o exame físico.

Page 39: Composição da Historia Clínica

Antecedentes Pessoais :Antecedentes Pessoais : Começar por perguntar se tem algum Começar por perguntar se tem algum

problema de saúde . Se o doente não problema de saúde . Se o doente não responder perguntar se já teve responder perguntar se já teve cuidados de saúde, estes cuidados cuidados de saúde, estes cuidados foram continuados ou esporadicos. foram continuados ou esporadicos.

Antecedentes Cirurgicos --foram Antecedentes Cirurgicos --foram alguma vês operados, em que ano, alguma vês operados, em que ano, houve complicações incentivar o houve complicações incentivar o doente a ser o mais específico possível doente a ser o mais específico possível

Page 40: Composição da Historia Clínica

História Familiar: História Familiar:

Procurar doenças hereditáias – Doença Procurar doenças hereditáias – Doença

coronária, diabetes, neoplasias ... coronária, diabetes, neoplasias ...

O doente deve ser específico --“Doença O doente deve ser específico --“Doença

Cardiaca," por exemplo pode significar Cardiaca," por exemplo pode significar

doença valvular, doença coronaria, doença valvular, doença coronaria,

anomalias congenitasanomalias congenitas

Saber a idade de inicio das patologias .Saber a idade de inicio das patologias .

Page 41: Composição da Historia Clínica

Hábitos MedicamentososHábitos Medicamentosos Se tomam farmacos prescritos. Qual a dose e a posologia Se tomam farmacos prescritos. Qual a dose e a posologia

Motivo pelo qual estão a tomar os farmacos – nos doentes Motivo pelo qual estão a tomar os farmacos – nos doentes

idosos a compliance deve se verificada– confusão com idosos a compliance deve se verificada– confusão com

polimedicação, a viver sózinhos.... Muitas vezes a falta de polimedicação, a viver sózinhos.... Muitas vezes a falta de

compliance é interpretado como falhanço terapêutico compliance é interpretado como falhanço terapêutico

É preciso tacto neste grupo de doentes – não devem sentir-É preciso tacto neste grupo de doentes – não devem sentir-

se acusados ou diminuidos . se acusados ou diminuidos .

Se não tomam determinada medicaçao ou diminuem a sua Se não tomam determinada medicaçao ou diminuem a sua

posologia perguntar o motivo – efeitos secundarios, posologia perguntar o motivo – efeitos secundarios,

problemas economicos? .....problemas economicos? .....

Interrogar sobre a toma de farmacos aviados sem receita Interrogar sobre a toma de farmacos aviados sem receita

medica? Aconselados por vizinha? Produtos “Naturais”.medica? Aconselados por vizinha? Produtos “Naturais”.

Page 42: Composição da Historia Clínica

Habitos Tabágicos :Habitos Tabágicos : Já alguma vez fumaram. Se sim quantos por Já alguma vez fumaram. Se sim quantos por

dia e durante quantos anos dia e durante quantos anos Deixaram de fumar – há quanto tempo, o Deixaram de fumar – há quanto tempo, o

motivo porque deixaram de fumar? motivo porque deixaram de fumar?

Hábitos etílicos :Hábitos etílicos : Consumo de alcool– se sim que tipo de Consumo de alcool– se sim que tipo de

bebida e em que quantidades– ser o mais bebida e em que quantidades– ser o mais específico possível específico possível