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COMPREENSÃO DE MÉDICOS CARDIOLOGISTAS SOBRE A POSSIBILIDADE DA MORTE DE SEUS PACIENTES São Paulo, 30 de novembro de 2012 UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP Curso de Psicologia Trabalho de Conclusão de Curso

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COMPREENSÃO DE MÉDICOS CARDIOLOGISTAS SOBRE A POSSIBILIDADE

DA MORTE DE SEUS PACIENTES

São Paulo, 30 de novembro de 2012

UNIVERSIDADE PAULISTA UNIPCurso de Psicologia

Trabalho de Conclusão de Curso

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COMPREENSÃO DE MÉDICOS CARDIOLOGISTAS SOBRE A POSSIBILIDADE

DA MORTE DE SEUS PACIENTES

Levi Virginio da SilvaTerezinha de Cassio Maielo FonsecaVerônica de Salles Tomazini

Orientador: Prof. Dr. Denio W. Cunha

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“Leva a vida autêntica quem assume como própria e constrói um plano próprio.

Autêntica é a vida de quem deve o apelo do futuro, às próprias possibilidades. E já

que entre as possibilidades humanas a ultima é a morte. Vive autenticamente

aquele que leva em consideração a morte como a possibilidade de deixar de existir

‘aqui’ cessar.”

Heidegger

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Sumário

1. Objetivo

2. Introdução

3. Metodologia

4. Discussão dos resultados

5. Conclusão

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Objetivo

Investigar como se dá a disposição dos profissionais de

saúde em aproximar-se ao tema morte, especificamente a partir

dos pressupostos fenomenológicos existenciais, elucidar a maneira como esses

profissionais lidam com a angústia de se perceber finito

em seu processo de ser.

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Introdução

O interesse surgiu a partir de uma reflexão a respeito de nossa própria finitude. Sentimos a necessidade de um aprofundamento neste estudo

para, assim oferecer novas possibilidades de defrontamento com

o fenômeno morte.

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Introdução

A morte é o fato de todos os seres vivos, porém só o homem tem consciência da

sua própria morte. É comum não sermos em nossa educação, preparados para a

morte, seja a nossa própria, ou a de alguém com quem tenhamos algum

vínculo afetivo.

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Introdução

Falar de perda significa falar de vínculo que se rompe, ou seja, de

uma parte de si é perdida, por isso, fala-se da morte em vida; a expressão

de sentimentos, nessas ocasiões, é fundamental para o desenvolvimento

do processo de luto.

Os profissionais da saúde frequentemente estão em contato

com a angústia causada pelo fenômeno morte.

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Metodologia

Trata-se de um estudo qualitativo com base fenomenológica, pois

tem como proposta compreender as experiências vividas pelos

sujeitos no seu mundo.

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Participantes

Os participantes do estudo foram seis médicos cardiologistas, mais

especificamente, três médicos cardiologistas clínicos e três médicos

cardiologistas cirúrgicos.

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Resultados

A partir do material transcrito, criamos as seguintes categorias:

A Morte como elemento constitutivo do humano

A morte como temática presente na formação acadêmica

O paciente como responsável pelos riscos decorrentes da cirurgia

Dificuldades dos profissionais na aproximação ao sofrimento psicológico de

seus pacientes

Possibilidades e limitações do profissional frente à vida e à morte

As formas de comunicar a morte do paciente à família

O sofrimento em relação à perda do seu paciente

O envolvimento afetivo dos médicos com seus pacientes e familiares

Compreensão relacionada à morte de seus familiares

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AS FORMAS DE COMUNICAR A MORTE DO PACIENTE A FAMÍLIA

“... vemos no dia a dia vários tipos de reações da família, tem quem tem as suas crises histéricas, tem quem se atira no chão, tem quem grita, quem fica agressivo, são várias as formas de reações dos familiares, então o fato de comunicar é muito difícil”.

Dr. Jorge

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POSSIBILIDADES E LIMITAÇÕES DO PROFISSIONAL FRENTE A VIDA E A MORTE

“... O médico não tem a capacidade de evitar a morte, o que ele tem a obrigação de fazer é retardar a morte indevida.”

Dr. Gustavo

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O SOFRIMENTO EM RELAÇÃO A PERDA DO SEU PACIENTE

“... a perda do paciente é sempre muito difícil, nós então vamos aprendendo a conviver com essa perda ou melhor com a morte, mas é difícil.

Dr. Guilherme

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DIFICULDADE DOS PROFISSIONAIS NA APROXIMAÇÃOCOM O SOFRIMENTO PSICOLÓGICO DE SEUS PACIENTES

“A maior parte do tempo ele tem que lidar com as atividades burocráticas de escrever, pedir

exames, checar exames, etc., conversar com outros médicos,

naquele período curto de tempo é impossível ver o que

pode ser adequado ao psicológico do paciente.”

Dr. Rodrigo

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DISCUSSÃO

A presente pesquisa desvelou no distanciamento destes profissionais, uma tentativa de esconjurar a angústia.

Em função disto entendemos que o evitar a angústia faz com que estes profissionais tenham mais dificuldades de se aterem a subjetividade de seus pacientes, uma vez que frente ao sentimento de frustração e impotência, se percebe a fragilidade diante do fenômeno Morte.

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CONCLUSÃO

Concluímos que o objetivo do presente estudo foi alcançado, ainda que não em sua totalidade, tendo em vista que os entrevistados utilizaram-se de respostas técnicas e profissionais, de modo a evitar o contato mais intenso com seu universo afetivo.

Outro ponto analisado por nós neste projeto foi a falta de uma melhor preparação em relação aos aspectos emocionais dos médicos, para enfrentamento da finitude de seus pacientes, já que os médicos relataram que em sua fase acadêmica, o fenômeno Morte raramente era abordado, tendo apenas como objetivo a vida de seus pacientes.

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“Lembrar que eu estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que eu encontrei para me ajudar a fazer grandes escolhas na vida. Por que quase tudo – todas as

expectativas externas, todo o orgulho, todo o medo de se envergonhar ou de errar – isto tudo cai diante da face da morte, restando apenas o que realmente é importante.

Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira para eu saber evitar em pensar que tenho algo a perder. Você já está

nu. Não há razão para não seguir o seu coração.”

Steve Jobs

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FIM

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