Comunicação Empresarial - Bloco 03 Word

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UNIDADE 9QUALIDADES INDISPENSÁVEIS NA COMUNICAÇÃO ESCRITA

Caro (a) aluno (a)

Uma comunicação realizada com clareza e eficácia pode evitar interpretações

diversas. Este é o segredo da comunicação empresarial, emissor e receptor em

perfeita harmonia comunicacional. Já se estudou aqui, vários pontos importantes

para que isto se realize, e nesta unidade temos mais informações.

Bons estudos!

QUALIDADES DA COMUNICAÇÃOSegundo Luizari (p.48), a comunicação empresarial para ser realizada com

qualidade depende de quatro fatores indispensáveis:

Concisão = objetividade.

Correção = norma padrão.

Clareza = exatidão.

Eficácia = compreensão imediata.

CONCISÃOSignifica ir direto ao assunto, ao ponto. Observe o exemplo a seguir:

“Vimos por meio deste, respondendo sua solicitação, de memorando, enviado

na última terça-feira, 20 de julho de 2014, informar que o presente autoriza o

funcionário X a...”.

Esta mensagem apresenta alguns defeitos, a saber:

Qual veículo, o meio utilizado para a comunicação, não é o e-mail?

Então, por que iniciar dizendo “Venho por meio deste”?

Você responde algo que não lhe é perguntado? Então, por que avisar

que está respondendo?

É preciso mencionar qual a via de solicitação, se memorando, e-mail,

carta ou outro qualquer?

Se foi enviado na última terça-feira é necessário repetir o dia, mês e

ano. Será que o receptor não sabe que dia foi a última terça-feira?

Se o emissor está informando a autorização, é preciso dizer que está

informando?

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Então, como deve ficar esta mensagem? Uma certeza é possível afirmar,

bastaria uma linha para responder à solicitação.

Correto: “O funcionário X está autorizado a frequentar o curso de Elaboração

de Relatórios.”; ou “O funcionário X tem autorização para...”; ou “Autorizamos o

funcionário X a...”. (LUIZARI, p.48-49).

CORREÇÃONeste item os principais pontos de equívocos e dificuldades estão na: grafia

das palavras, os casos de concordância verbal, o uso inadequado do gerúndio, ou

“gerundismo”, a flexão das palavras compostas e ligadas por hífen, os sinais de

pontuação e o emprego dos homônimos e parônimos. (LUIZARI, p. 49).

a) Ortografia: Segundo Amora (2009, p. 504), e: 1. Escrita correta; 2. Gram

parte da gramática que ensina a escrever corretamente as palavras; 3.

Maneira de escrever, grafia. (AMORA, 2009, p. 504).

Sempre que houver dúvida na grafia de uma palavra o dicionário é uma

ferramenta bem importante;

b) Concordância: é dividida em duas partes; I) concordância verbal – é a

concordância do verbo com seu sujeito, em número e pessoa; II)

concordância nominal – é a concordância, em gênero e número, entre o

substantivo r seus determinantes: o adjetivo, o pronome adjetivo o artigo, o

numeral e o particípio. (CEREJA, 2003, p. 319)

c) Flexão das palavras: é a variação de número, quer dizer, de singular e

plural. Um cuidado é para as palavras ligadas por hífen.

d) Sinais de pontuação: auxiliam a dar clareza e objetividade à mensagem,

são recursos que podemos utilizar para representar na escrita o ritmo e a

entonação da língua falada, como estudado na Unidade 8. (LUIZARI, 204,

p. 49).

e) Gerundismo: como visto na Unidade 4, consiste numa locução verbal na

qual o verbo principal apresenta-se no gerúndio. O uso no português

brasileiro é recente, e é considerado por muitos como vício de linguagem,

pois seu uso é muito impreciso.

f) Homônimos e parônimos: segundo o dicionário Santos Amora (2009, p.

365, homônimo é – 1. Que, ou aquele que tem o mesmo nome que outro;

2. Gram diz-se do vocábulo que possui a mesma pronúncia que outro,

mas cuja origem, sentido e, á vezes, grafia são diferentes: acento e

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assento. (AMORA, 2009, p. 365). Já, parônimo, no mesmo dicionário,

significa – diz-se de, ou o vocábulo que se assemelha a outro quanto à

forma (como descrição e discrição) (AMORA, 2009, p. 520).

CLAREZAPara Gold (2010, p. 79), definição da palavra clareza é encontrada no

dicionário Aurélio como: “Clareza (ê) s.f. 1. Qualidade do que é claro ou inteligível: a

clareza de uma frase.” (GOLD, 2010, p. 79).

A autora ainda acrescenta que “embora pareça óbvia, contém uma palavra-

chave ao texto empresarial moderno: inteligível, que significa aquilo que é entendido

com facilidade”, (GOLD, 2010, p. 79).

Sendo assim, o texto com clareza é aquele que o receptor compreende com

facilidade, no que se refere à organização das ideias e à prática do material

linguístico.

Gold (2010, p. 80), destaca o conceito de clareza feita pelo professor Rocha

Lima, “segundo ele, para nos expressar com clareza devemos seguir dois objetivos:

1- educar nossa capacidade de organização mental e, 2 – aprender a pôr em

execução convenientemente o material idiomático (GOLD, 2010, p. 80).”

Assim, Gold (2010, p. 80) ainda destaca que na comunicação existe uma

dinâmica em relação à clareza que ocorre em três etapas como na fig.1, a seguir:

COLOCAR A IMAGEM QUE ESTÁ NO LIVRO DE KÁTIA LUIZARI (LIVRO VIRTUAL) NA PÁGINA 80.

FIG. 1

No entanto, com todos os cuidados possíveis para a execução de um texto

claro e eficaz ainda pode haver algum tipo de ruído que danifique a mensagem. Isto

pode ocorrer, pois o emissor da mensagem por vezes não tem ideia do quanto seu

texto está claro. As ideias estão na mente do emissor e ele julga que todos a têm

também, por isso não se preocupa com a possibilidade de incompreensão.

Gold (2010, p. 81), destaca com muita propriedade que “palavras são, na

verdade, símbolos que significam alguma coisa – e não a própria coisa. Logo, uma

mesma palavra pode corresponder a diferentes sentidos, dependendo de como o

receptor da mensagem a compreenderá.” (GOLD, 2010, p. 81).

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Isto quer dizer que, ao se estruturar um texto, deve haver uma preocupação

em relação ao receptor, tendo em mente que mesmo um receptor não familiarizado

com o assunto, possa entender as ideias contidas na mensagem.

Dessa forma, é indispensável o uso de vocabulário simples, porém formal,

não havendo necessidade no uso de palavras sofisticadas, assim como dos jargões

técnicos, como já visto anteriormente. Ainda neste contexto, o uso de parágrafos

menores possibilita a clareza das ideias principais e secundárias, conforme a fig. 2

do livro virtual de Luizari (2010). p. 81).

COLOCAR A IMAGEM DO LIVRO DE KAREN LUIZARI, DA PÁGINA 82.Segundo Luizari (2010, p. 82), existem algumas técnicas que permitem a

clareza nos textos, tais como:

Evitar a linguagem técnica;

Evitar o uso excessivo de substantivos abstratos;

Evitar parágrafos longos;

Evitar a frase centopeica;

Evitar a frase labiríntica;

Porém, para solucionar estes problemas, indica-se:

Discriminar as ideias principais;

Identificar as ideias secundárias;

Organizar todas as ideias por ordem de importância;

Redigir frases curtas sobre as ideias;

Eliminar as frases dispensáveis;

Redigir o parágrafo.

Vejamos o exemplo de Luizari (2014, p. 50),

LIXEIRO É MORTO POR PEGAR DOCE COM A MÃOO lixeiro foi morto com dois tiros nas costas, anteontem, por ter posto a mão

em um doce João da Silva em uma lanchonete que não ia comprar. O assassino

seria Marcelino de Souza, o dono da lanchonete, que segundo a polícia está

foragido. (LUIZARI, 2014, p. 50)

Neste trecho observa-se a falta de clareza dessa notícia e nos leva a

questionar: João da Silva foi morto por que não pretendia comprar a lanchonete ou

por ter posto a mão no doce que não iria comprar?

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O texto deveria ter a seguinte redação:

“O pedreiro João da Silva foi morto anteontem, com dois tiros nas costas, em

uma lanchonete, por ter posto a mão em um doce que não iria comprar. O assassino

seria Marcelino de Souza, dono da lanchonete, que, segundo a polícia, está

foragido.”

EFICÁCIAÉ o ato de o receptor, de imediato, ler e compreender a mensagem. A seguir

um exemplo de falta de eficácia:

ERRADO:“Por unânime decisão de todos os integrantes da Cipa, solicitamos aos

usuários dos banheiros do pátio de manobras, nos dias de expediente, que após

usarem os mesmos, limpem não só a parte interna, mas também a parte externa da

pia, bem como o espelho enxuguem o chão caso haja respingos nele, de água,

pasta dental, sabonete ou outro produto; para o bem-estar e a saúde de todos”.

(LUIZARI, 2010, p. 51).

COLOCAR A IMAGEM: https://encrypted-tbn3.gstatic.com/images?

q=tbn:ANd9GcTIZT5HXsk9A9RZokQ3qaukA_pZBvjtaRZmP6L6vOEivSo2cgTK

FIG. 3CORRETO:“Conserve o banheiro limpo. Ou limpe o banheiro após o uso.”

SAIBA MAIS: https://books.google.com.br/books?hl=pt-

BR&lr=&id=Nmh44WFNI4gC&oi=fnd&pg=PR25&dq=artigo+sobre+clareza+e+

efic%C3%A1cia+na+comunica

%C3%A7%C3%A3o+empresarial&ots=kux5xC_DUq&sig=4ZeO0qlgxmDw5P

9fncxTtMIFGkQ#v=onepage&q=artigo%20sobre%20clareza%20e%20efic

%C3%A1cia%20na%20comunica%C3%A7%C3%A3o

%20empresarial&f=false

https://books.google.com.br/books?hl=pt-

BR&lr=&id=WrYTjfUuWHMC&oi=fnd&pg=PA11&dq=artigo+sobre+clareza+e+

efic%C3%A1cia+na+comunica

%C3%A7%C3%A3o+empresarial&ots=XnsG0gulvQ&sig=R4E2qdm0Gvrwn2g

tsrsJjiAfem8#v=onepage&q=artigo%20sobre%20clareza%20e%20efic

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REFERÊNCIAS:

AMORA, A. S. Minidicionário Soares Almeida da língua portuguesa. 19ª ed. São Paulo: Saraiva, 2009.

CEREJA, W. R., MAGALHÃES. T. C. Português: linguagens – volume único, São Paulo: Atual, 2003.

GOLD, M. Redação empresarial. 4ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.

LUIZARI, K. Comunicação empresarial eficaz: como falar e escrever bem [livro eletrônico], 2ª ed. Curitiba: InterSaberes, 2014.

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UNIDADE 10DEFEITOS DA COMUNICAÇÃO ESCRITA

Caro (a) Aluno (a)

Será que já vimos tudo para termos a comunicação empresarial perfeita?

Afirmo que não. Primeiro porque não existe um texto perfeito, pois ele sempre pode

ser melhorado. Segundo porque temos mais alguns itens a serem estudados. Nesta

unidade falaremos dos defeitos possíveis da comunicação escrita. Venha logo

conhecer.

Bons estudos!

COLOCAR A IMAGEM A SEGUIR: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?

q=tbn:ANd9GcSH00UE2EOTAlVXetsdqssbIiqinRFma503j-aOna7nRKYNX3oLsA

DEFEITO DA COMUNICAÇÃO ESCRITAA comunicação tem um poder expressivo, pois como processo e técnica,

buscar fundamentar-se nos conteúdos de diversas disciplinas do conhecimento

humano. Ela intermedia o discurso organizacional, ajusta as vantagens, controla os

participantes internos e externos, promove, por fim, maior aprovação da ideologia

empresarial (TORQUAO, 1986, p. 17). Sendo assim, contribuindo para maior

produtividade, reforçando a ideologia empresarial.

Porém, alguns itens podem prejudicar o resultado final da comunicação

organizacional. Em seguida, apresentamos alguns deles:

AMBIGUIDADEDentro da linguística na língua portuguesa, ambiguidade é a duplicidade de

sentidos, em que alguns termos, expressões, sentenças apresentam mais de uma

acepção ou compreensão possível. Normalmente ocorre quando, por falta de

clareza, há duplicidade de sentido da frase. Para a linguagem poética ou literária

esse recurso é aceitável, porém deve ser evitado em construções de textos com

caráter técnico, informativo, prático.

Toda comunicação determina uma finalidade, uma intenção para com o

receptor, e para que tudo ocorra de modo positivo, a mensagem tem de estar clara,

coerente e precisa.

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Na comunicação empresarial isto pode resultar em danos difíceis de serem

reparados.

Vejamos o exemplo a seguir, sugerido por Luizari (014, p. 68):

“Prezados Senhores,

Os empregados lotados nessa divisão fá foram convocados pelo respectivo

Agente de Pessoal. Contudo, rogamos a colaboração de V. S.ª no sentido de

recomendá-lo a comparecerem, neste Divisão de Pessoal, até o dia 21 do corrente

mês, a fim de tomarem conhecimento de como devem preencher a ficha da

Declaração de Família, impresso da Declaração de Bens, fornecer comprovante de

escolaridade e providenciar a atualização da Carteira de Saúde (requisito essencial

para a posse), tudo exigindo medidas que demandam tempo.

Chefe da Divisão de Pessoal”

Luizari (2014, p. 83) sugere que para torná-lo correto, deve-se identificar as

ideias principais:

Comparecer pessoalmente à Divisão de Pessoal até o dia 21 do

corrente mês;

Levar o comprovante de escolaridade e a carteira de saúde atualizada.

Ideias secundárias (porque poderão até não estar presentes no texto):

Preencher as fichas de declaração de Família e Bens – uma vez

estando na Divisão para entregar os documentos, as pessoas serão

solicitadas a preencher as fichas;

Os documentos são necessários à posse – é uma informação com

ideia de persuasão, mas não imprescindível.

O texto correto ficaria assim:

“Solicitamos ratificar a seus empregados a necessidade de comparecimento à

Divisão de Pessoal até o dia 21 do corrente mês, munidos dos seguintes

documentos:

Comprovante de escolaridade;

Carteira de saúde atualizada.

Esclarecemos que na ocasião serão preenchidas as fichas de Declaração de

Família e de Bens.

Lembramos ainda que estes procedimentos são essenciais para a posse.”

(LUIZARI, 2014. p. 83)

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Outro cuidado importante para evitar a ambiguidade é a inadequação ou a má

colocação de pronomes, adjuntos adverbiais, expressões e enunciados inteiros

podem acarretar duplo sentido, comprometendo a clareza do texto. Sempre é

preferível uma linguagem mais objetiva, com vocábulos ou expressões que sejam

mais adequadas às finalidades pretendidas.

COLOCAR IMAGEM DE AMBIGUIDADE FIG. 2

OBSCURIDADEÉ a construção de frases de maneira que o sentido se torne obscuro,

embaraçado, ininteligível. As principais causas da obscuridade são: abuso do

arcaísmo, neologismo, provincianismo, estrangeirismo, elipse, sinédoque, parêntese

extenso, acúmulo de orações intercaladas (ou incidentes) as circunlocuções, a

extensão exagerada da frase, palavras rebuscadas, construções intrincadas e má

pontuação.

FIG. 3: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?

q=tbn:ANd9GcQt8mNdqHiTEVkM4dbsipjx9iW685vj5U9g8KF6rwkRLdsmzh3SyA

REDUNDÂNCIAEste item já foi apresentado na Unidade 4, porém apresentamos de forma

reduzida. É uma figura de linguagem utilizada na literatura, portanto deve ser evitada

em textos técnicos, empresariais. Consiste no excesso, exagero, demasia,

prolixidade. Um exemplo disto encontramos em:

“Este filme mostra a cegueira transmitida por contato e contamina a

população gradativamente.”

Observa-se a repetição das palavras contato / contamina, provocando a

redundância.

Outro exemplo típico é:

“Precisamos criar um elo de ligação entre a escola e a comunidade. ”

Se há elo, já se tem a ligação.

CACOFONIAÉ o encontro ou repetição de fonemas ou sílabas que produzes efeito

desagradável ao ouvido. Alguns tipos de cacofonia:

Colisão: consiste na sequência de sons vocálicos consonantais

idênticos ou semelhantes.

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- Exemplo: "Pede o Papa paz ao povo."

Parequema: constrói-se a partir do encontro de sílabas idênticas ou

semelhantes entre o final de uma palavra e o início da subsequente.

- Exemplo: “vaca cara”, “cone negro”, “teto torto”, “pouco caso”, “uma mala”.

Eco: sucessão de palavras com terminação igual.

- Exemplo: “Vicente mente constantemente.”

“É possível a aprovação da transação sem concisão e sem associação.”

Hiato: aproximação de vogais idênticas.

- Exemplo: "Ela iria à aula hoje, se não chovesse."

Cacófato: formação de uma nova palavra a partir de silabas de palavras diferentes e sucessivas.

- Exemplo: "Tem uma mão machucada."

Cacoépia: pronúncia viciosa de fonemas

- Exemplo: "Estou com poblema para resolver." (= problema)

Cacografia: erro na grafia ou na flexão de uma palavra.

- Exemplo: "Eu advinhei quem ganharia o concurso." (= adivinhei)

COLOCAR IMAGEM DE CACOFONIA

Fig 4PROLIXIDADE

Segundo o dicionário Amora (2009, p. 580), prolixo (cs) adj 1. Muito longo,

difuso; expresso em muitas palavras; 2. Enfadonho. (AMORA, 2009, p. 580).

É um problema que compromete a escrita e a interpretação. A tendência

deste tipo de produção textual é o abuso da escrita, da prorrogação desnecessária

do discurso, é a superabundância de argumentos e de palavras.

Não significa que se devem omitir informações importantes ao leitor, mas sim

de ter objetividade na escrita, o que importa é a qualidade do texto e não a

quantidade de linhas escritas.

Seguindo estas orientações, com certeza se produzirá textos com maior

clareza, objetividade, concisão levando todos os colaboradores a se sentirem

seguros em relação às informações que recebem e as que são enviadas.

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GLOSSÁRIO:Acepção: Sentido em que se emprega um termo, significado.

Arcaísmo: Em linguística, arcaísmo (do grego archaismós) é o uso lexical ou

gramatical de uma palavra ou expressão antiga, que já caiu em desuso. O arcaísmo

pode ser linguístico ou literário.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Arca%C3%ADsmo

Circunlocução: rodeio de palavras; perífrase.

Elipse: omissão de uma ou mais palavras que se subentendem.

Estrangeirismo: emprego de palavra ou frase estrangeira.

Neologismo: palavra nova formada no seio da língua ou importada da língua

estrangeira; palavra antiga com sentido novo.

Provincianismo: palavra ou locução usada especialmente numa província;

regionalismo; conjunto de usos e costumes de província.

Sinédoque: tipo especial de metonímia baseada na relação quantitativa entre o

significado original da palavra us. e o conteúdo ou referente mentado; os casos mais

comuns são: parte pelo todo: braços para a lavoura por 'homens, trabalhadores';

gênero pela espécie ou vice-versa: a sociedade por 'a alta sociedade', a maldade do

homem por 'da espécie humana'; singular pelo plural ou vice-versa: é preciso pensar

na criança por 'nas crianças'. www.google.com.br/webhp?sourceid=chrome-

instant&ion=1&espv=2&ie=UTF-8#q=sin%C3%A9doque

Imagens:

FIG 1: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?

q=tbn:ANd9GcQt8mNdqHiTEVkM4dbsipjx9iW685vj5U9g8KF6rwkRLdsmzh3SyA

FIG 2FIG 3: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?

q=tbn:ANd9GcQt8mNdqHiTEVkM4dbsipjx9iW685vj5U9g8KF6rwkRLdsmzh3SyA

FIG 4

REFERÊNCIAS:

AMORA, a. s. Minidicionário Soares Amora da língua portuguesa. 19ª ed. São Paulo: Saraiva, 2009.

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BOSCO, J. B. Redação empresarial. São Paulo: Atlas, 1998

BUSUTH, M. F. Redação técnica empresarial. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2004.

CAMPEDELLI, S. Y., SOUZA, J. B. Literatura, produção de Textos & Gramática – volume único. 3ª ed. São Paulo: Saraiva, 2002.

CEREJA, W. R., MAGALHÃES, T. C. Português: linguagens – volume único. São Paulo: Atual, 2003.

CORREA, V. L. Leitura e produção de texto. 2ª Ed. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2006.

_____. Língua portuguesa: da oralidade à escrita. Curitiba: IESDE Brasil S.A. 2010.

LUIZARI, K. Comunicação empresarial eficaz: como falar escrever bem [livro eletrônico], 2ª ed. Curitiba: InterSaberes, 2014.

PIMENTA, M. A. Comunicação empresarial: conceitos e técnicas para administradores. Campinas, SP: Editora Alínea, 2002.

TORQUATO, F. G. Comunicação empresarial:, comunicação institucional: conceitos, estratégias, sistemas, estrutura, planejamento e técnicas. São Paulo: Summus, 1986.

http://www.paulohernandes.pro.br/glossario/o/obscuridade.html. Acesso em

01.nov.2015.

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UNIDADE 11OBJETIVIDADE

Caro (a) Aluno (a)

Você sabe o que é coerência e concisão na produção textual? Qual

linguagem é mais adequada para a Comunicação Empresarial? Como escrever

melhor? A resposta para estas e outras questões encontram-se nesta unidade.

Venha logo conhecer.

Bons estudos!

OBJETIVIDADE, CONCISÃO E COERÊNCIACOLOCAR UMA IMAGEM DE OBJETIVIDADE

OBJETIVIDADEA Comunicação Empresarial busca sempre mensagens objetivas, concisas e

coerentes. Dessa forma, a seguir, nos aprofundaremos sobre o que é a objetividade,

concisão e coerência.

Segundo Gold (2009, p.90), objetividade refere-se às ideias expressas, quer

dizer, “em toda situação de comunicação há inúmeras ideias que permeiam a

informação, e todas elas estão, direta um indiretamente, ligadas ao assunto.”

(GOLD, 2009, p. 9).

Assim, para se expressar com objetividade é necessário estar-se atento ao

expor as ideias principais ao receptor, livrar o texto de informações consideradas

supérfluas, para que o receptor não perca a atenção em relação ao assunto tratado.

Porém, o desafio é definir quais informações são relevantes para aquele momento.

Dessa forma, clareza, coerência e concisão são os caminhos a serem

seguidos.

Da clareza já falamos na unidade 9, portanto passamos e discorrer sobre a

coerência.

Ela diz respeito à ligação existente entre as ideias expostas no texto. Sem

essa ligação as ideias ficam perdidas, o texto não tem lógica. Como já estudamos na

unidade 8, a língua escrita não é igual à falada. Aquela necessita de maior rigor e

disciplina para atender às necessidades do emissor e receptor.

Assim, Gold (2009, p. 10), explica que [...] para se obter a adequada conexão de sentido na relação entre as palavras, é necessário ater-se à significação de cada uma delas. Por sua

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vez, o encadeamento lógico do texto se faz principalmente mediante relações de tempo, espaço, causa e consequência. (GOLD. 2009, p. 10)

Sendo assim, saber quem é o destinatário e qual assunto será tratado, auxilia

na escolha da linguagem mais adequada, tendo em vista que, atualmente, o e-mail é

o canal mais privilegiado para a propagação de vários tipos de informação. Assim,

tomar cuidado com a linguagem é fator determinante.

O e-mail agiliza o fluxo de informações, interna e externamente, mas não

sublima a necessidade de linguagem formal. No entanto, outros tipos de

documentos fazem parte de uma organização, e eles também são escritos dentro da

formalidade.

Algumas organizações possuem um protocolo para os diversos tipos de

documentos que transitam na empresa. Esta é uma maneira de criar um padrão a

ser seguido, evitando inclusive problemas de convivência entre pessoas de diversos

níveis hierárquicos.

Portanto, Gold (2009. P. 36), afirma que um texto objetivo “se articula em

função das informações a serem apresentadas e nele não se acrescentam

elementos que distraiam o leitor daquilo que se deseja transmitir.” (GOLD, 2009, p.

36).

OBJETIVIDADE = TEXTO SEM SUBTERFÚGIO, SEM EXCESSO DE PALAVRAS OU DE IDEIAS

Para atingir esse ideal de texto, é necessário eliminar-se os chavões, as

expressões denotativas de verbosidade, as redundâncias, como já apresentado em

unidades anteriores.

O exemplo a seguir apresenta excesso, conforme Gold (2009, p. 36) comenta:

“Prezados Senhores,

Em resposta à sua gentil solicitação a nós enviada pelo digníssimo

representante de V. S.ª, Sr. Eldoro Cunha, vimos, através desta, informar que já se

encontram à sua disposição nossos estúdios para a gravação do disco em epígrafe.

Conforme contato pessoal com o representante supracitado de V.S.ª, os

estúdios deverão ser utilizados nos dias 28 e 29 p.p.

Outrossim, comunicamos que o custo total pelo uso do estúdio e dos

equipamentos sofrerá um desconto de 10% (dez por cento), de acordo com o que

ficou estabelecido em nossa última reunião, em 20-2-03.

Sem mais que se nos possa apresentar para o momento, despedimo-nos.”

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Eliminando-se os excessos:

“Em resposta à sua gentil solicitação a nós enviada pelo digníssimo

representante de V. S.ª, Sr. Eldoro Cunha, vimos, através desta, informar que já se

encontram à sua disposição nossos estúdios para a gravação do disco em epígrafe.

Conforme contato pessoal com o representante supracitado de V.S.ª, os

estúdios deverão ser utilizados nos dias 28 e 29 p.p.

Outrossim, comunicamos que o custo total pelo uso do estúdio e dos

equipamentos sofrerá um desconto de 10% (dez por cento), de acordo com o que

ficou estabelecido em nossa última reunião, em 20-2-03.

Sem mais que se nos possa apresentar para o momento, despedimo-nos.”

Texto correto:

“Prezados Senhores,

Em resposta à solicitação do Sr. Eldoro da Cunha, informamos que nossos

estúdios se encontram à disposição para a gravação de seu disco nos dias 28 e 29

de abril.

Comunicamos ainda que, de acordo, com o estabelecido em nossa reunião

de 20-3-03, o custo total sofrerá um desconto de dez por cento.

Atenciosamente, ”

E qual é o caminho a se seguir para que os próximos textos sejam objetivos?

Dividimos em etapas:

Primeira etapa: o que eu quero dizer ao destinatário?

A resposta a essa pergunta já indicará a ideia principal da mensagem. Sem

ela não haverá mensagem eficaz.

Segunda etapa: que outras informações podem ajudar o destinatário na boa

assimilação da minha mensagem?

Esta informação é chamada de secundária, pois auxiliam ou justificam a ideia

principal.

Terceira etapa: tem informação que atrapalhe a assimilação de ideias pelo

receptor?

É a etapa final, momento de considerar o que realmente é interessante para o

receptor.

CONCISÃOA Comunicação empresarial sofreu uma pressão em relação a transmissão de

informações de modo mais rápido, e assim, os textos sofreram algumas alterações,

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tais como: redução das mensagens, sem perder o foco da mensagem, falar muito

com pouco, compreensão imediata.

Assim, um texto considerado conciso é aquele que transmite um máximo de

informações com um mínimo de palavras, sem prejudicar a clareza da frase. Ele não

se desvia dos objetivos e tem informações na medida certa. (VAZ, s/d p. 28)

No entanto, a ideia de concisão não deve ser relacionada com uma ideia de

empobrecimento da mensagem, mas sim de busca pela objetividade e clareza.

Gold (2009, p. 47), apresenta as características da concisão, a saber:

Maximizar a informação com um mínimo de palavras.

Exemplo: Esta tem o objetivo de comunicar – Comunicamos

Eliminar os clichês

Exemplo: nada mais havendo a declarar, subscrevemo-nos –

Atenciosamente

Cortar redundâncias

Exemplo: Em resposta ao ofício enviado por V. S.ª – Em resposta a

seu ofício

Eliminar ideias excessivas

Exemplo: Informamos que a entrada, a frequência e a permanência

nas dependências deste clube é terminantemente proibida, seja qual

for o pretexto, a pessoas que não fazem parte de seu quadro de sócios

– É proibida a entrada de não-sócios. (GOLD, 2009, p. 47)

Assim, quanto maior o vocabulário de uma pessoa, melhor será a capacidade

de trabalhar com diferentes termos.

COERÊNCIAPara Correa (2006, p. 33), coerência é a “relação entre as ideias do texto”,

também é abstrata, por mais que os elementos coesivos ajudem no processo. No

momento da fala é que temos mais dificuldade em observá-la, porém na escrita é

notada com maior facilidade.

Exemplo: João vai ao médico toda semana para consulta. Ele tem uma saúde

ótima.

O fato de a pessoa ter uma saúde ótima, não justifica que tenha que ir ao

médico toda semana, isto é, a relação das ideias é incoerente.

Page 19: Comunicação Empresarial - Bloco 03 Word

Existem alguns fatores que contribuem para maior coerência ao texto. Kock

(2002), citada em Correa (2006, p. 33), esses podem ser de “ordem linguística,

discursiva, cognitiva, cultural e interacional) ”. (CORREA, p. 2006. p. 33).

A seguir os de maior importância:

Elementos linguísticos: no todo textual, as palavras precisam estar

relacionadas umas com as outras, respeitando, inclusive, uma ordem

significativa.

Conhecimento de mundo: é por meio deles que podemos entender as

entrelinhas.

Conhecimento compartilhado: quanto maior for o conhecimento comum

entre receptor e emissor, melhor se dará o processo comunicativo.

Inferência: é a operação pela qual, utilizando seu conhecimento de

mundo, o receptor (leitor/ouvinte) de um texto estabelece uma relação

não-explícita entre os dois elementos deste texto que ele busca

compreender e interpretar [...]. É ler uma mensagem que não está

escrita no texto, nas “entrelinhas”. KOCK (2002. P. 79), citado em

CORREA, 2006. p. 34-35)

Finalmente temos que, construir um texto coeso, coerente e conciso é uma

tarefa que exige do emissor o uso de todos os recursos e habilidades comunicativas.

Quanto mais conhecimento houver entre emissor/ receptor mais qualidade terão as

mensagens e um feedback positivo.

REFERÊNCIAS:

AMORA, A. S. Minidicionário Soares Amora da língua portuguesa. 19 ed. São Paulo: Saraiva, 2009.

CORREA CORREA, V. L. Leitura e produção de texto. 2ª Ed. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2006.

_____. Língua portuguesa: da oralidade à escrita. Curitiba: IESDE Brasil S.A. 2010.

MATOS, G. M. de, Comunicação empresarial sem complicação: como facilitar a comunicação na empresa, pela via da cultura e do diálogo. 2ª ed. rev. e ampl.-Barueri, São Paulo, Manole, 2009.

VAZ, M. R. Comunicação empresarial – parte I. e-mail [email protected]

Page 20: Comunicação Empresarial - Bloco 03 Word

UNIDADE 12COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL

Caro (a) Aluno (a)

Será que a comunicação empresarial tem tanta importância assim para

organização? Quem deve participar desse processo? A resposta para estas

questões você encontrará nesta unidade. Assim como o trabalho da Aberje –

Associação brasileira de comunicação empresarial.

Bons estudos!

COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONALCOLOCAR IMAGEM DE COMUNICAÇÃO ENTRE PESSOAS OU

EMPRESASFig 01A comunicação exerce grande poder sobre as empresas assim como outros

fatores a influenciam. Sendo assim Rego (1986, p. 17), destaca que [...] a comunicação, que, enquanto processo, transfere simbolicamente ideias entre interlocutores, é capaz de, pelo simples fato de existir, gerar influências. E mais: exerce, em sua plenitude, um poder que preferimos designar de poder expressivo, legitimando outros poderes existentes na organização, como o poder remunerativo, o poder normativo e o poder coercitivo. (REGO, 1986, p. 17)

A organização como um todo busca um equilíbrio entre as suas partes

constitutivas. E o equilíbrio é o resultado da disposição ordenada entre suas partes,

que é obtida pelo processo comunicacional.

Segundo Rego (1986, p. 16), [...] a comunicação, enquanto processo, dá vida, por meio do encadeamento das partes, à empresa. Aceitando-se a premissa, pode-se extrair a conclusão: uma empresa se organiza, se desenvolve, enfim, sobrevive, graças ao sistema de comunicação que ela cria e mantém e que é responsável pelo envio e recebimento de mensagens [...] (REGO, 1986, p. 16)

O autor ainda destaca a existência de três grandes sistemas no envio e

recebimento de mensagens, a saber:

1) Sistema sociopolítico: onde se inserem os valores globais e as políticas do

meio ambiente;

2) Sistema econômico-industrial: onde se inserem os padrões da competição,

as leis de mercado, a oferta e procura;

Page 21: Comunicação Empresarial - Bloco 03 Word

3) Sistema inerente ao microclima interno das organizações: onde são

estabelecidas as norma e políticas necessárias às operações

empresariais. (REGO, 1986, p. 16, adaptado).

Estes sistemas operando em equilíbrio, isto é, trazendo e enviando

informações, “o processo comunicacional estrutura as convenientes ligações entre o

microssistema interno e o macrossistema social, estuda a concorrência, analisa as

pressões do meio ambiente, gerando as condições para o aperfeiçoamento

organizacional”. (REGO, 1986, p. 6).

Na contrapartida, segundo dados da Associação Brasileira de Comunicação

Empresarial (s/d) (Aberje) a comunicação interna ainda não é considerada como

ação estratégica pelas organizações. A entidade aponta que em pesquisa realizada

em 200 empresas, apenas 37% consideram a atividade uma estratégia, enquanto

44% apontam que é apenas uma ferramenta tática. (Revista Aberje, s/d).

O diretor-executivo da Aberj Paulo Nassar, diz que a comunicação com os

colaboradores deve ser considerada tão importante quanto à realizada com

consumidores, pois isto é pensar de modo estratégico no negócio. (Revista Aberj,

s/d).

Rego (1986, p. 6), afirma que “a aplicação de um modelo de comunicação

embasado na cultura organizacional influi terminantemente sobre a eficácia geral da

empresa” (REGO, 1986, p. 6), e continua:Como técnica, a comunicação direciona naturalmente seus estudos para a procura de mensagens adequadas, corretas, oportunas, claras, concisas, precisas, que possam ser assimiladas sem ruídos pelos participantes organizacionais. Para atingir tal meta, a comunicação procurará ajustar seu discurso, estudando as habilidades e disposições das fontes e receptores, a natureza técnica dos canais, a complexidade e/ou simplicidade dos conteúdos, a oportunidade e regularidade dos fluxos o tamanho dos grupos. (REGO, 1986 p. 6-7).

Assim, quanto mais conhecimento sobre o campo da comunicação houver

dentro das corporações maior será o entrosamento entre os participantes e seus

colaboradores. A empresa é um organismo vivo, pois existe a partir de pessoas, e

elas, como seres sociais, pode interferir decisivamente de modo positivo ou negativo

na eficiência e eficácia do desempenho organizacional e funcional.

As empresas que investem em comunicação interna podem reduzir a

circulação de informações erradas, boatos, ou a ação da rádio peão. A redução dos

maus entendidos proporciona um ambiente mais limpo, sem barreiras e

paralelamente atuando na melhora da saúde da organização.

Page 22: Comunicação Empresarial - Bloco 03 Word

Na mesma pesquisa da Aberj (s/d), outro dado interessante é que a atividade

da comunicação por vezes é delegada apenas ao setor de Recursos Humanos. Mas,

vale lembrar que este trabalho também é função dos gestores da organização, que

vai tornado o ato de administrar mais que uma relação mecânica entre posições

hierárquicas, mas uma relação social positiva dentro do que se entende por trabalho.

Tudo isto foi presentado para que pudéssemos chegar aos tipos mais comuns

de redação administrativa (veículos): carta, circular, e-mail, relatório, boletim,

manual, jornal e revista. Sendo que alguns destes veículos são mais utilizados,

como as cartas e e-mails, e têm destinatário definido; outros são utilizados em

situações exclusivas e destinam-se a um público mais amplo: manuais, boletins,

“folders”, jornais, revistas. Os relatórios atendem aos dois tipos.

A seguir, serão apresentados, de modo reduzido, os documentos mais

utilizados nas empresas, conforme indicado por Pimenta (2002, p. 152-153). E, em

unidades posteriores serão retomados alguns destes exemplos, com maiores

detalhes.

COLOCAR ESTA IMAGEMhttp://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.baixaki.com.br/

imagens/materias/3033/8949.jpg&imgrefurl=http://forums.thesims.com/pt_BR/

discussion/119388/windows-7-bom-ou-

ruim&h=300&w=400&tbnid=HDUO361IkoQsJM:&docid=NqUX9FYp49qVoM&ei=Fqc

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Fig 2

Carta - correspondência utilizada para: informar aprovação em

concurso; tratar de assuntos grais com variadas instituições; solicitar

ou agradecer colaboração; justificar atos ou atitudes; homenagear,

censurar, advertir, etc. Deve-se usar vocabulário simples, primando

pela exatidão, clareza e evitando chavões.

Circular – correspondência, produzida em várias vias, tratando de

interesse amplo e dirigida a multidestinatários. Cada via deve ser

assinada ou autenticada, para ter um caráter original. Seu conteúdo,

em geral, é composto por orientações e recomendações.

Page 23: Comunicação Empresarial - Bloco 03 Word

Memorando – correspondência interna para comunicações breves e

menos solenes: avisos, consultas, etc.

Relatório – documento que contém informações, fatos, estatísticas ou

recomendações coletadas por uma pessoa ou um grupo com objetivo

de melhorar processos ou serviços. Há uma variação bastante útil que

é o relatório de reunião. Os relatórios são escritos por várias razões e

de várias formas. No entanto, é necessário, sempre, cuidar da

organização, precisão, clareza, veracidade e boa apresentação das

informações. Em geral, utilizam-se gráficos, tabelas, diagramas.

Requerimento – documento que serve para se fazer solicitação a uma

autoridade. Também chamado de petição.

Procuração – documento pelo qual uma pessoa confere poderes

legais a outra para tratar de negócios ou agir em seu nome.

Ofício – comunicação oficial expedida por autoridades da

administração ou dirigidos a particulares.

Notificação – documento através do qual e informa o destinatário,

pessoa física ou jurídica, sobre procedimentos a serem tomados pelo

interessado ou medidas que serão tomadas pelo remetente.

Ata – documento de registro do desenvolvimento de uma reunião,

assembleia ou sessão.

Boletim – texto produzido para informação interna ou externa. Em

geral, é composto de resultados de pesquisas ou resumo de algum

evento importante.

Manual – texto didático, pra ser utilizado por vária pessoas, que

apresenta informações e orientações em linguagem técnica.

Jornal, revista – devem seguir o mesmo formato, linguagem e

qualidade técnica dos jornais e revistas em circulação, tratando

assuntos de interesse interno e externo.

A autora ainda destaca que os componentes do boletim, manual, jornal /

revista, não são fixos, pois dependem dos objetivos de seus realizadores e do

público-alvo. (PIMENTA, 2002, p. 152-154).

Fig 01

Page 25: Comunicação Empresarial - Bloco 03 Word

REFERÊNCIAS:

CAVALCANTE, S. H. Gestão da Comunicação OrganizacionalConhecendo as ferramentas e suas aplicabilidades. Universidade Potiguar, João Pessoa, 2008.

NOGUEIRA, K., BAGUÊS, T. Comunicação Empresarial: O Processo Comunicativo e as Barreiras à Comunicação Eficaz. Centro Universitário Anhanguera de São Paulo, 2010.

PIMENTA, M. A. Comunicação empresarial: conceitos e técnicas para administradores. Campinas – São Paulo: Alínea, 2002.

REGO, F. G. T. Comunicação empresarial, comunicação institucional: conceitos, estratégias, sistemas, estrutura, planejamento e técnicas. São Paulo: Summus, 1986.