COMUNICAÇÃO INTERNA DA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ · 2015-05-25 · presidente Paulo Gadelha e foi...

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COMUNICAÇÃO INTERNA DA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ COORDENADORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL | PRESIDÊNCIA | FIOCRUZ Peter Ilicciev

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COMUNICAÇÃO INTERNA DA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ

COORDENADORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL | PRESIDÊNCIA | FIOCRUZ

Peter Ilicciev

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Programa Fiocruz Saudável apresenta balançoPor Glauber Queiroz

o fim de 2013 os co-mitês gestor e exe-cutivo do Programa

Fiocruz Saudável realizaramuma audiência pública paraprestação de contas e análi-se de status das principaisações do programa. A inici-ativa teve a participação dopresidente Paulo Gadelha efoi conduzida pelo diretor deRecursos Humanos, JulianoLima, que apresentou os da-dos. O Fiocruz Saudável visapromover a Fundação à con-dição de instituição saudávele ambientalmente sustentá-vel, por meio de ações inte-gradas de saúde do trabalha-dor, biossegurança e gestãoambiental.

A audiência mostrou osavanços, especialmente naárea de saúde do trabalha-dor, e as dificuldades do pro-grama, como a falta de inte-gração das ações promovidaspelas unidades sob a perspec-tiva do Fiocruz Saudável. Otransporte coletivo e a áreade alimentação são desta-ques das conquistas, enquan-to a falta de um sistema deinformação integrado e a au-sência de coordenação cor-porativa na área de biosse-gurança foram identificadascomo dificuldades. Confira oandamento de algumas des-sas ações e propostas.

N Gestão doprograma

Para aperfeiço-ar o programa,a perspectiva écriar comitês lo-cais/regionais

do Fiocruz Saudável; im-plantar uma Secretaria-Executiva; definir indicado-res, parâmetros e disposi-tivos de monitoramento eavaliação; e integrar e darvisibilidade às diversas for-mas de financiamentodas ações.

Transportecoletivo

A ação foi am-pliada em ju-nho de 2012,como extensãodo projeto pilo-

to iniciado em Bio-Man-guinhos no ano anterior.Somando as duas frentes,hoje 40 ônibus estão emcirculação, sendo 36 rotasno Rio de Janeiro e outrasquatro em Pernambuco. Oserviço deve chegar àsdemais unidades regio-nais e cariocas ainda em2014. Atualmente, 1,6mil trabalhadores da

Fundação estão sendo be-neficiados. Dentre os usu-ários, 435 deixaram deusar seus carros.

Programas deatenção à saúde

Não foram al-cançadas asmetas traçadaspara os últimosdois anos em

ações de Atenção Integralà Saúde Mental, incluindoálcool e drogas; Prevençãoe Controle da Hipertensãoe de Doenças Cardiovas-culares; Tabagismo; e PesoSaudável. Foi proposta acriação de um Grupo deTrabalho para formulaçãoda Política de Atenção In-tegral à Saúde Mental, acriação do Comitê FiocruzLivre do Tabaco e a Inte-gração da Coordenaçãode Saúde do Trabalhadorcom o FioSaúde para de-senho do Programa deControle de hipertensão edoenças cardiovasculares.

AlimentaçãoO Campus da Fi-ocruz em Man-guinhos e o pré-dio da Expansãoganharam res-

taurantes maiores no anopassado, ampliando a ofer-ta de refeições. Os dois es-tabelecimentos têm a capa-cidade de servir 3,3 mil re-feições por dia. Foi feita arevisão e melhoria nos con-tratos visando ofertas de ali-mentação saudável, além denovas inspeções e interven-ções nos locais.

BiossegurançaCom históricode ações vol-tadas para aárea em diver-sas unidades,

não há hoje um diagnósti-co geral e atualizado daárea. Foi proposta a ela-boração de um Plano In-tegrado de Biossegurança,com a participação das co-missões de biossegurançade todas as unidades,além do desenvolvimentode ações de coordenaçãocorporativa. Neste esforçopara o período 2014-2017,está a inclusão da susten-tabilidade socioambientalcomo eixo orientador doprograma e inclusão deações para o entorno.

Examesperiódicos

Os exames mé-dicos periódicosforam retoma-dos em 2012 naFiocruz. Até o

fim de 2013 mais de milservidores de 14 unidadesestavam realizando o pro-cesso. Destes, 715 já ha-viam recebido o Atestadode Saúde Ocupacional.Pelo cronograma da CST/Direh. Ao fim de 2014 to-das as unidades deverãoser contempladas.

Redução deconsumo deenergia

O projeto deenergia efici-ente foi imple-mentado pelaDiretoria de

Administração do Campus(Dirac) junto à Light ESCO,

COMUNICAÇÃO INTERNADA FIOCRUZ | JORNALLINHA DIRETA Nº 17 -

JANEIRO/FEVEREIRO 2014

Coordenação: Wagner de Oliveira

Edição : Claudia Lima

Redação e Reportagem: Daniela Muzi, DanielaSavaget, Eduardo Muller, Glauber Queiroz, Haen-del Gomes, Isabela Pimentel, Jacqueline Boechat,Keila Maia, Leonardo Azevedo e Talita Barroco.

Revisão: Claudia Lima

Projeto gráfico e edição de arte:

Rodrigo Carvalho

Fotografia: Peter Ilicciev

Impressão: Walprint Gráfica e Editora

para tornar eficientes 23prédios do de Manguinhos.Quase 80% do projeto jáfoi executado, contribuindopara a preservação ambi-ental e gerando ainda umaeconomia financeira de R$609.783,62 com ilumina-ção e sistemas de ar-con-dicionado.

Tratamentode esgoto

A Estação deTratamento deEsgoto (ETE)da Dirac coletaaproximada-

mente 60% de todo o es-goto do campus e trata94% deste volume antesque seja despejado no rioFaria-Timbó, o que, paraalém das obrigações le-gais, vai ao encontro docomprometimento socio-ambiental da instituição.

Regionais

Quatro unida-des regionais(Amazonas ,Bahia, MinasGerais e Per-

nambuco) e a DiretoriaRegional de Brasilía (Direb)assinaram em 2013 o termode cooperação técnica comoutros órgãos federais quesediam as unidades do Sub-sistema Integrado de Aten-ção à Saúde do Servidor (SI-ASS). As mesmas unidadescontam com pelo menos umtécnico atuando na realiza-ção de diagnóstico situaci-onal de saúde do trabalha-dor e na implantação dosNusts locais. Pernambuco eBahia estão concluindo seusexames periódicos, enquan-to as outras três unidadesjá os realizaram.

Veja a apresentaçãocompleta naIntranet Fiocruz(busca em Notícias)

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“A Fiocruz terá um ganhoinstitucional inestimável”

ximo, teremos um número apro-ximado de 312. A Direh querreduzir a quantidade de perfispara os próximos concursos. Noentanto, não podemos deixar deconversar com as unidades parasabermos a real necessidade decada uma. O mais importanteé mantermos um diálogo fran-co e responsável para tentarmossempre aprimorar a nossa me-todologia de seleção.

3 – Como funciona oprocesso de definição doscargos e perfis que serãocontemplados?

A conversa com as unida-des da Fiocruz é o ponto de par-tida para a definição dos cargose perfis atendidos no edital.Neste concurso, optamos poruma política mais descentraliza-dora no que diz respeito aosperfis acadêmicos, deixandocom as unidades técnico-cientí-ficas da Fiocruz o debate e es-colha segundo critérios que elasjulgassem serem importantespara suprir as necessidades detrabalho, desde que alinhadascom as estratégias organizacio-nais estabelecidas no ConselhoDeliberativo. Esta metodologiacriou um ambiente de maior li-berdade para as unidades e, aomesmo tempo, fomentou o de-bate interno da instituição quan-to a suas carências e priorida-des em relação ao provimentode servidores.

4 – Quais as principaismudanças do próximo con-curso em relação aos an-teriores?

Além da metodologia dedefinição das vagas, este con-curso terá menos oferta para ocargo de Analista de Gestãoem Saúde Pública, destinado

ao provimento nas regionais daFiocruz. O concurso será tam-bém menor que o anterior.Queremos uma seleção maisdinâmica. Esta é a meta da Fi-ocruz. Concursos enxutos, comprazo de validade reduzido,para estarmos sempre renovan-do o nosso perfil de servidorese atendendo as demandas daFundação e os anseios da soci-edade brasileira no sentido deaprimoramento da saúde pú-blica e do fortalecimento doSistema Único de Saúde. Masa grande mudança é o caráterdescentralizado do concursopara pesquisador, especialistae alguns perfis de tecnologis-ta. Cada unidade pode, a par-tir das diretrizes do concurso daFiocruz, estabelecer seus pró-prios critérios e parâmetros deseleção. Isto faz com que o pro-cesso seletivo se dê com mai-or qualidade, respeitando asespecifidades da área de atu-ação de cada unidade.

5 – A Lei Eleitoral podeatrapalhar o cronogramado concurso?

A Lei Eleitoral é um de-safio a mais que enfrentamosem 2014. Ela nos obriga a re-alizar todas as etapas do con-curso e o homologarmos atéo final de junho. Acreditamosser possível cumprir os prazose estamos concentrando es-forços para que tudo saia con-forme o planejado. Trabalha-mos em diferentes frentes,com o apoio da Presidênciae das Vices, em especial a deGestão e DesenvolvimentoInstitucional. A Direh e de-mais unidades da Fiocruz es-tão focadas na realizaçãodesta seleção pública, funda-mental para nosso projeto derenovação de servidores.

Diretor de RH, Juliano Lima fala sobre novo concurso público para 400 vagas

Por Eduardo Muller

assados quase qua-tro anos da realiza-ção de seu último

concurso, a Fiocruz estámais uma vez às voltascom os preparativos deuma nova seleção públi-ca, organizada pela Fun-dação Dom Cintra. Julia-no Lima, diretor de Re-

cursos Humanos, falouao jornal Linha Dire-ta sobre a expectati-va em torno do novocertame, a política deacesso de novos servi-dores e os desafios fu-turos para aprimoraros processos seletivosda Fiocruz.

1 – A Fiocruz vem rea-lizando concursos a cadaquatro anos. A direção pre-tende manter este forma-to de seleção?

A estratégia é realizar con-cursos menores do que os ho-mologados em 2006 e 2010,que juntos nomearam mais de2,5 mil servidores, e com inter-valos menores. Nosso desejo érealizar concursos anuais, queacompanhem a média de saí-das por aposentadoria. Existeum abismo enorme entre o nú-mero de servidores e o cresci-mento da Fiocruz, que vem seexpandido em todo o Brasil coma abertura de novas unidadesem Rondônia, Mato Grosso doSul, Piauí e Ceará. Além delas,a sede principal, em Mangui-nhos, e outras unidades regio-nais carecem também de pes-soal. Hoje, cerca de 40% dosnossos servidores recebem abo-no permanência. Com os novosconcursos, a Fiocruz terá umganho institucional inestimávelno sentido de oxigenar o perfildo nosso servidor. Buscamospessoas com experiência e tra-jetória consolidadas no campoda ciência, mas, sobretudo, fo-camos também nos jovens comperspectiva de permanecer ecrescer dentro da instituição.

2 – A multiplicidade deperfis é uma das dificulda-des encontradas na elabora-ção dos editais?

Sem dúvida. A característi-ca dos concursos da Fiocruzfoge à dos tradicionais, se com-parada aos de outras instituiçõespúblicas. Esta diversidade deperfis, em razão do dinamismode nossa atuação, causa proble-mas em especial na escolha dabanca organizadora. Para o pró-

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4 | LINHA DIRETA

Por Daniela Savagete Talita Baroco

capacidade de reno-vação é uma boamedida da vitalida-

de institucional. No que se re-fere ao esforço de implemen-tar mudanças e adequar o es-paço onde se concentra omaior número de trabalhado-res e atividades da Fundação,esse movimento se traduz noPlano Diretor Fiocruz CampusManguinhos Saudável. O Pla-no pode ser entendido comoa expressão de uma vontadecoletiva de fazer de Mangui-nhos, que completa 114 anos,um ambiente contemporâneoe cada dia mais confortável,

Desde setembro de 2013,quando o plano foi lançado,

Atrabalhadores da Fundaçãotêm tido a oportunidade defortalecer a relação entre asunidades no maior campus daFundação. Os desafios propos-tos por essa integração, entre-tanto, são muitos. Afinal, oobjetivo do plano de tornar ocampus harmônico com as ne-cessidades de seus trabalhado-res não é uma tarefa simples.

“Estamos entrando na eta-pa de elaboração de cenários,que busca colocar propostasde ação. Desde a apresenta-ção do documento para o Con-selho Deliberativo, que acon-teceu em dezembro do anopassado, temos realizado reu-niões visando fazer uma sínte-se do diagnóstico, que é mui-to extenso por envolver todasas áreas do Campus de Man-

guinhos e Expansão”, afirmaa arquiteta da Diretoria deAdministração do Campus (Di-rac) e responsável pelo PlanoDiretor, Ana Paula Medeiros.

“Essa síntese deve incluir,por exemplo, uma apresenta-ção de diagnóstico de ocupa-ção do solo no campus, sem-pre com um olhar voltado paraa sustentabilidade.”, comple-

Plano Diretor avança nos estudosDocumento com cenários e propostas será lançado no primeiro semestre

ta. Unidades em prédios pul-verizados, como o InstitutoOswaldo Cruz (IOC), tornam ao campus mais confuso, poiscada prédio tem uma deman-da diferente - como a de vagasde estacionamento. “Por isso aimportância de entendermosqual uso do solo é feito: se éhospitalar, administrativo, paralazer, entre outros”, ressalta.

Dimensões doplano

O Plano Diretor traba-lha com três dimensões: eco-lógica ambiental, sociocultu-ral e política. Para atuar nes-se cenário, foram realizadasreuniões com o Grupo Gestor(com representantes das uni-

Etapa preliminar do Pla-no Diretor, o Plano de Ocu-pação da Área de Preserva-ção (POAP) do Campus Fio-cruz Manguinhos indica asdiretrizes para qualquer tipode intervenção na Área dePreservação do campus: edi-fícios históricos tombadospelo Instituto do PatrimônioHistórico e Artístico Nacional(Iphan) e Instituto Estadualde Patrimônio Cultural (Ine-pac) e o espaço densamen-te arborizado, de relevânciaambiental e arqueológica.

Orienta também a inserção denovas construções, evitando pre-juízos à integridade e visibilida-de dos prédios já existentes.

De acordo com concep-ções mais modernas, preservaré mais que proteger: é requa-lificar, como explica o vice-di-retor de Informação e Patrimô-nio Cultural da Casa de Oswal-do Cruz, Marcos José de Ara-újo Pinheiro. “O conceito quedesejamos implementar é o deCampus Parque, ambiente sau-dável, seguro, confortável eculturalmente enriquecedor

para funcionários e visitantes”,explica. Para isso acontecer, lo-cais ocupados inadequada-mente devem passar por rema-nejamento ou renovação dasatividades, inclusive com a de-molição e a construção de no-vas instalações.

Como recurso metodoló-gico e para orientar o proces-so de gestão, a Área de Pre-servação foi dividida em cin-co áreas e subáreas de estu-do: Conjunto de Produção(que inclui a região do entor-no do Castelo, Pombal e ad-

jacências); Conjunto HospitalEvandro Chagas; ConjuntoModernista (no entorno doPavilhão Arthur Neiva); Con-junto Rockefeller; e Conjuntoda Portaria da Avenida Brasil.

As ações mais críticas de-vem ocorrer nas edificaçõesda praça Pasteur, adaptadaspara atividades de caráter ad-ministrativo; nas edificaçõesmais antigas utilizadas paraatividades laboratoriais, masque se mostram limitadas paraabsorver novas exigências tec-nológicas; e no edifício do

Hospital Evandro Chagas,que já não comporta asmodificações necessáriaspara o uso hospitalar, oque vem acarretandoconstruções não planeja-das no entorno.

Aprovado no fim do anopassado, o POAP é uma pro-dução coletiva institucional,coordenado pela COC, econta com a assessoria téc-nica do Instituto Brasileiro deAdministração Pública.

Por Jacqueline Boechat

Um plano para requalificar Manguinhos

dades), visitas técnicas, alémde encontros com consultoresdo Instituto Brasileiro de Ad-ministração Municipal (Ibam),responsável pela elaboraçãodo estudo. “Ao longo dos en-contros emergiram valiosascontribuições. Muitas foramas ideias e sugestões aprovei-tadas, o que destaca a impor-tância do trabalho coletivo”,ressalta Ana Paula.

Temas principaisA partir das discussões,

o diagnóstico foi finalizado. Odocumento está dividido emoito temas: Abastecimento deágua; Esgotamento sanitárioe drenagem pluvial; Resíduossólidos; Mobilidade urbana;Acessibilidade; Recursos natu-rais; Paisagismo; e Legislação

urbanística e edilícia. O Planode Ocupação da Área de Pre-servação (POAP) também foiincorporado ao estudo (verbox). A equipe de coordena-ção do Plano Diretor está fo-cada, no momento, em sin-tetizar o diagnóstico para en-volver todos os temas e mon-tar um cenário com propos-tas de ação, que estarão ali-nhadas ao Plano Quadrienalda Fiocruz.

Parceria com aPrefeitura

A Dirac tem buscadoparceria com a Prefeitura doRio de Janeiro para legalizartoda a área urbanística doCampus de Manguinhos e,assim, minimizar os possíveis

impactos futuros do plano. AnaPaula lembra que no PlanoDiretor do Município do Rio deJaneiro, a Prefeitura reconhe-ce a Fiocruz como elementoestruturador da cidade, o queé levado em consideração noatual diagnóstico.

Após finalizar a síntesecom o cenário do Campus deManguinhos e Expansão e aspropostas de ação, a equiperesponsável pela elaboraçãodo Plano realizará um eventopúblico sobre o tema. O en-contro está previsto para abril.Até lá, para interagir com aequipe do Plano Diretor, acom-panhar a agenda de reuniõesdo Grupo Gestor, notícias dasfases de trabalho e a divulga-ção da data do próximo even-to público, acesse o blog temá-tico: blog.dirac.fiocruz.br.

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Por Isabela Pimentel

ongas pilhas de pa-péis e formulários tor-nam-se um problema

cada vez maior no universo dapesquisa clínica. Em Bio-Man-guinhos não é diferente. Paramudar este cenário e aprimoraro sistema de registro de dadosobtidos em seus estudos, a As-sessoria Clínica e a Divisão deTecnologia da Informação de-senvolveram o BioForm, em par-ceria com o Serviço Federal deProcessamento de Dados (Ser-pro). A ferramenta estará dispo-nível para investigadores de es-tudos clínicos, estatísticos e pro-

fissionais da área de saúde dediversas instituições do país.

A parceria foi construídaem 2011 e o desenvolvimentodo software teve início em ja-neiro de 2013. O projeto fazparte da incorporação de no-vas tecnologias ao gerencia-mento de estudos clínicos, comuso de sistemas que ajudam natomada de decisão, facilitandoa condução de pesquisas hojerealizadas de forma descentra-lizada em vários estados brasi-leiros. A ferramenta on-linepermite o controle efetivo dosprocessos de monitoramento eacompanhamento de pesqui-sas. O sistema permite a inclu-

L

Conquista para a pesquisaclínica brasileiraBio-Manguinhos e Serpro desenvolvem software para instituições de saúde

são do estudo clínico, bemcomo de todos seus formulári-os; acompanhamento do pre-enchimento das fichas clínicasdo estudo; monitoramento eextração de banco de dadospara análise estatística.

VantagensA coordenadora da Asses-

soria Clínica de Bio-Mangui-nhos, Maria de Lourdes SousaMaia, orgulha-se ao falar so-bre a importância do sistemapara as pesquisas, pelo âmbi-to nacional de seu uso em es-tudos conduzidos nas diferen-tes regiões geográficas. “Tere-

mos mais capacidade de con-trole, segurança e rastreabili-dade dos dados, pois todas asinformações registradas pode-rão ser acessadas em qualquertempo e local”, destaca.

O chefe da Divisão de Tec-nologia da Informação, Marce-lo Castro, lembra que uma dasvantagens do BioForm é o fatode ser facilmente adaptável àsdemandas de cada estudo (éparametrizável), além de serem Português. “O sistema pro-porcionará maior confiabilida-de aos dados e permitirá a re-dução de custos na obtençãode informações de pesquisasem campo”, informa. O sof-

Por Keila Maia

esde dezembro do anopassado, a Intranet Fio-cruz passou a contar

com uma nova área. Trata-se daPesquisa Clínica, um espaço cri-ado para disponibilizar informa-ções relacionadas à Rede Fiocruzde Pesquisa Clínica (RFPC). Aárea é aberta a todos os usuári-os e, para acessá-la, basta en-trar na página principal da Intra-net (intranet.fiocruz.br), fazer ologin e localizá-la no cabeçalho.

Neste novo espaço, es-tão disponíveis portarias, re-soluções, normas e outrosdocumentos relacionados àlegislação em pesquisa clíni-ca, além de atas de reuni-ões realizadas pela RFPC einformativos referentes a de-cisões tomadas. Há tambémuma relação completa de to-dos os grupos de pesquisa jácredenciados, informaçõesreferentes aos critérios decredenciamento de novos

Dgrupos e ainda notícias so-bre cursos, capacitações empesquisa clínica, eventos eoutras atividades.

“O objetivo é fortalecera RFPC, que passa por umprocesso de construção. Po-rém, além de ser um espaçovirtual para dar suporte aosintegrantes da Rede, é tam-bém um espaço onde os de-mais profissionais da Fiocruzpodem conhecer os principaistemas da agenda de algunssegmentos da pesquisa clíni-ca da Fundação”, destacaArnaldo Couto, um dos res-ponsáveis por alimentar aárea da RFPC na Intranet.

A Rede Fiocruz de Pes-quisa Clínica foi constituídaem novembro de 2012 como objetivo de fortalecer o pa-pel estratégico dessa ativida-de na instituição e tem hojecredenciados 25 grupos. Bus-ca, com isso, a superação davulnerabilidade tecnológicanacional, contribuindo para o

Nova página na Intranet

tware será registrado no Insti-tuto Nacional da PropriedadeIndustrial (INPI) e, em paraleloà cessão para uso, serão feitostreinamentos de março a junho.

A primeira unidade a uti-lizar o sistema será Bio-Man-guinhos, nos estudos clínicosda fase 1 da vacina meningoC. Em março, o Grupo Brasi-leiro de Estudos do Câncer deMama (Gebecam) receberáas instruções, seguido pelaRede Fiocruz de Pesquisa Clí-nica (RFPC) e pela DiretoriaRegional de Brasília (Direb/Fi-ocruz) em abril, e a Rede Na-cional de Pesquisa Clínica(RNPC) em maio.

alcance de autonomia, sufi-ciência e racionalidade dosprocessos e produ-tos acessíveis aocuidado da saúdeda população bra-sileira.

A RFPC é com-posta pelos gruposde pesquisa clíni-ca da Fiocruz, co-mitê gestor (emformação), secre-taria executiva ecomunidades deprática. São cin-co comunidadesde prática: coor-denação e pla-nejamento deestudos; bioéticae assuntos regu-latórios; quali-dade e aperfei-çoamento deprofissionais em pesquisa clíni-ca; gerenciamento e análise dedados; e monitoramento exter-no de dados de segurança.

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Por Daniela Muzi

ma instituição públi-ca que elege o seupresidente. Essa sin-gularidade deu ori-

gem ao documentário média-metragem Democracia Fiocruz,que retrata o processo democrá-tico da Fundação. O filme dirigi-do pelo pesquisador Eduardo V.Thielen será lan-çado no próximodia 14 de maio,às 13h30, emsessão aberta aopúblico. A exibi-ção será no Au-

ditório do Museu da Vida, comoparte das comemorações domês do trabalhador e dos 114anos da Fiocruz.

A maratona de grava-ções começou com a inscriçãodas candidaturas à Presidên-cia em 2012 e prosseguiu coma campanha, a apuração dosvotos e a posse do candidatoeleito e dos diretores escolhi-

dos nas eleições das unidades.Ao todo foram 28 horas dematerial, que contém entre-vistas dos ex-presidentes apósa gestão do sanitarista SergioArouca; dos candidatos à Pre-sidência do último pleito, Pau-lo Gadelha e Tânia Araújo-Jor-ge; trabalhadores, estudantese usuários da Fiocruz.

Em cartaz, Democracia Fiocruz

U

Para saber mais

VídeoSaúde lança documentário e assina contratopara cinco novas produções

Foram usa-das imagens histó-ricas do acervo daVideoSaúde – Dis-tribuidora da Fio-cruz, que ajuda-ram a narrar o pe-ríodo de quase 30anos de democra-tização da Funda-ção. O cuidadocom a produçãose deu desde asprimeiras grava-ções, quando todaa equipe envolvidamanteve sigilo so-bre seus votos. Noprocesso de edi-ção, cada fala dos candidatosfoi cronometrada para que nãohouvesse desequilíbrio de ex-posição em tela.

“São questões que fa-zem parte da dimensão éti-ca do documentário, pois nãoqueríamos interferir na cam-panha. Toda a divulgação deimagens e lançamento do fil-me só seriam realizados apósa posse da atual gestão”, ex-

A versão reduzida e otrailer do documentárioDemocracia Fiocruz (9 min)e os trailers dos lançamen-tos do Fiocruz Vídeo estãodisponíveis no Canal da Vi-deoSaúde no Youtube:www.youtube.com/video-saudefio

plica o diretor. Apesar de oresultado das eleições da Fi-ocruz já ser conhecido, quemassistir o filme irá se surpre-ender com a produção, queguarda muitos momentos detensão e de emoção. O do-cumentário conta uma parteda história da FundaçãoOswaldo Cruz, que se mistu-ra com o processo e redemo-cratização do Brasil.

Novas aquisiçõespara o SeloFiocruz Vídeo

Em 2014, cinco víde-os serão realizados pelosprodutores independentesvencedores do Edital doSelo Fiocruz Vídeo 2013,programa de apoio à pro-dução audiovisual em saú-de pública fomentadopela Fiocruz. Os vencedo-res estiveram na Fundaçãopara assinar o contratodas novas produções emdezembro de 2013. O con-curso selecionou cincoprojetos - dois do Rio deJaneiro e três de São Pau-lo -, que vão tratar temasrelevantes para saúde pú-blica nos gêneros de ani-mação e documentário.

Os vídeos, que se-rão produzidos ao longodeste ano e contarão coma colaboração de consul-tores da Fundação, serãolançados pelo Selo FiocruzVídeo, que, em parceriacom a Editora Fiocruz, co-mercializa os DVDs do seucatálogo a baixo custo. Oobjetivo da iniciativa é po-pularizar e democratizar oacesso da população aoconhecimento em saúde.Em 2013, foram lançadostrês títulos sobre saúde dotrabalhador: Paracoco –endemia brasileira, Linhade corte e Nuvens de ve-neno. Este ano prometemais lançamentos.

Gênero documentá-rio: Doenças negligencia-das – tuberculose temcura, da Ventura Filmes,com produção de AndréCavalcante e direção de Iêda Rosenfeld; Crack, re-pensar, da Doctela – Mídia e Comunicação, com pro-dução de Felipe Crepker e direção de Rubens Casta-nho, e Cesariana: a lógica invertida, produzido porAna Rosa Tendler, com direção de Silvio Tendler.

Gênero Animação: Para animação, os escolhi-dos foram: Mudando o mundo, da Coala Filmes,produzido e dirigido por Cesar Luis Cabral, e A his-tória da saúde pública no Brasil – 500 anos na bus-ca de soluções, da Vibe Filmes, com produção deSandro Sabino Sztukaslki e direção de Sylvia deToledo Jardim.

Produçõesvencedoras

Fiocruz Vídeo: www.fiocruz.br/fiocruzvideo

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Por Haendel Gomes

mosquito da exposiçãoDengue, no Museu daVida, mede mais de

dois metros de comprimento e éinofensivo, mas a doença que re-presenta assusta e pode levar àmorte. O objetivo dos organiza-dores é informar, de maneiralúdica, divertida e interativa so-bre o sério tema da virose cau-sada pelo Aedes aegypti. Omosquito gigante é uma atra-ção para crianças como RafaelBarbosa, nove anos, aluno daEscola Márcia Ribeiro Pestana,em São João de Meriti, naBaixada Fluminense.

Passeando pelo cam-pus com a tia DanieleLobato antes da aber-tura da mostra ao pú-blico, o menino seespantou ao ver o

Aedes aegypti atravésda porta de vidro da sala.

“Passei e vi o mosquito. Fi-quei muito curioso!”, contou.Rafael gostou do Quintal In-terativo - módulo onde o pú-blico é convidado a fazer ojogo dos erros, observar osovos e a pupa do mosquitousando lupas e microscópios.“Aprendi que não cuidar donosso quintal pode gerar maisdengue”, disse Rafael.

OA universitária Joane Viei-

ra, 24 anos, do 10º período docurso de biologia da Universi-dade Federal do Rio de Janei-ro (UFRJ), atua como media-dora do Museu – responsávelpor orientar os visitantes. “Aexposição me aproxima da re-alidade”, destaca. Para Joane,mexer em tempo real no qua-dro interativo, onde uma telaapresenta o mapa do mundocom locais atingidos pela do-ença e informações on-line, émuito interessante porque traznotícias do Brasil e do mundosobre a dengue.

Em outro módulo da ex-posição, são exibidos dois do-cumentários produzidos e diri-gidos por Genilton José Vieira,do Instituto Oswaldo Cruz(IOC): O Mundo Macro e Mi-cro do Mosquito Aedes aegypti– Para combatê-lo é precisoconhecê-lo e Aedes aegypti eAedes albopictus: uma Ame-aça nos Trópicos. A mostra éuma iniciativa do Museu daVida (Casa de Oswaldo Cruz /Fiocruz), com patrocínio daSanofi e da Rede de Ações In-tegradas de Atenção à Saúdeno Controle da Dengue, coor-denada pela Vice-Presidênciade Ambiente, Atenção e Pro-moção da Saúde (VPAAPS) efica em cartaz até junho.

Dengue em exposiçãono Museu da Vida

Mostra lúdica e interativa sobreo tema fica em cartaz até junho

O Núcleo de Apoio às Pesquisas em Veto-res (Napve) faz o monitoramento contínuo depossíveis criadouros dos mosquitos vetores dadengue no Campus de Manguinhos. Caso otrabalhador, estudante ou visitante encontreum possível foco do mosquito da dengue, bas-ta entrar em contato com o Napve pelos tele-fones 2209-2191 e 2209-2181.

De olho no Aedes