Comunicação oral em palavra eletrônica cantada. Cultura oral estado (não estádio) de relação...

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Comunicação oral em palavra eletrônica cantada

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Comunicação oral em palavra eletrônica cantada

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Cultura oral

estado (não estádio) de relação em que a palavra falada em presença serve a diferentes propósitos:

expressão da interação com o entornomeio de comunicação

conhecimento

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Murray Schafer: “com os olhos estamos sempre à beira do mundo a olhar para dentro, enquanto com os ouvidos é o mundo que vem até nós e estamos sempre no seu centro” (p. 148).

Palavra oral-aural: multissensorial, presença, contato.

Palavra que se dirige ao outro e reclama sua presença.

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Figure The Medium is the Message: An Inventory of Effects (McLuhan & Fiore, 1969:

66-7).

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Cultura oral: contatos e presenças (indivíduos e do próprio tempo).

Música da cultura oral: movimento no e do corpo.

canto & dança

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1. Corpo em presença: contato pelo canto e dança.

Tradição da cultura oral da música cantada (música popular brasileira): “samba negro” (Sodré).

“música não se separa de dança, corpo não está longe da alma, a boca não está suprimida do espaço onde se acha o ouvido” (Sodré, 1998: 61).

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2. Corpo em diálogo: estrutura sincopada da linguagem. Síncopa: o tempo que falta.

“Entre o tempo fraco e o forte, irrompe a mobilização do corpo, mas também o apelo a uma volta impossível, ao que de essencial se perdeu com a diáspora negra. Fraco e forte: os dois tempos em contraste são os elementos genitores desse som, também transportado por um terceiro termo, aquela ‘terceira pessoa’ que canta no blues ou samba – Exu Bara, o dono do corpo” (Sodré, 1998: 67-8).

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“Duke Ellington disse certa vez que o blues é sempre cantando por uma terceira pessoa, ‘aquela que não está ali’. A canção, entenda-se, não seria acionada pelos dois amantes (falante e ouvinte ou falante e referente implícitos no texto), mas por um terceiro que falta – o que arrasta e fascina. (...)

De fato, tanto no jazz quanto no samba, atua de modo especial a síncopa. Sua força magnética, compulsiva mesmo, vem do impulso de se completar a ausência do tempo com a dinâmica do movimento no espaço” (Sodré 1998: 11).

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Canção popular no contexto da indústria cultural e da cultura de massa

“Recado do compositor popular” (J.M. Wisnik): música como “pulsação que inclui um jogo de cintura, uma cultura de resistência que sucumbiria see vivesse só de significados, e que, por isso mesmo, trabalha simultaneamente sobre ritmos do corpo, da música e da linguagem.” (Wisnik, p. 8)

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Rede de recados:

1. Dialética da malandragem aplicada contra a ordem imposta pela censura.

2. Tempo que se faz pelo cruzamento de tempos.3. Canção popular depende dos modos de escuta a definir um tipo de

consumo. Qual?4. Canção como híbrido artesanal não limitado a nenhum dos sistemas

culturais com os quais interage.5. Sistema aberto que se desenvolve por saltos produtivos de sínteses

críticas.6. Síncopa como força política com poder de atuação sobre o corpo.7. Força estranha da palavra cantada eletronicamente.

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Canção: lugar de pensamento teórico da comunicação

1. Indústria: estandardização mercadológica

2. Cultura: interação de linguagens