COMUNICAÇÃO TÉCNICA · norma de desempenho – NBR 15575 – –Atentar para os Códigos do...
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COMUNICAÇÃO TÉCNICA ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Nº 176146
Desafios para a construção de edifícios altos em madeira no Brasil Luciana Alves de Oliveira
Palestra apresentada IDEIAS INOVADORAS PARA A CADEIA DA CONSTRUÇÃO EM MADEIRA: CASOS DE SUCESSO E DESAFIOS PARA O ERCADO BRASILEIRO, 2019, São Paulo.
A série “Comunicação Técnica” compreende trabalhos elaborados por técnicos do IPT, apresentados em eventos, publicados em revistas especializadas ou quando seu conteúdo apresentar relevância pública. ___________________________________________________________________________________________________
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DESAFIOS PARA A CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS ALTOS EM MADEIRA NO BRASIL
Luciana A. de Oliveira
Engenheira Civil, Dra
LCSC/CETAC/IPT
Cenários
Elementos/ segmentos
Capacitação técnica
Qualificação e capacitação de fornecedores
Regulamentação
Desafios
Desafio 1: Definição de cenários estratégicos
O que são edifícios altos?
Noticia de 09/06/219
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E para os edifícios até 05 pavimentos??
Tudo resolvido e difundido para o uso da madeiras?
Diferenças no contexto nacional ??? Diferenças no contexto nacional ???
• Edifícios < 5 pavimentos • Edifícios > 5 pavimentos
- Sem exigência para elevador - Segurança ao fogo – proteção passiva
e NBR 15.575 (2013)
Desafio 1: Definição de cenários estratégicos
Segmentos -
– comerciais
– residenciais alto padrão
– (A e AA)
– Hospitais alto padrão
Segmentos
– institucionais
– residenciais – classe média (B e C)
– residenciais - HIS
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Desafio 2: Estratégia para os elementos Desafio 2: Estratégia para os elementos
Desafio 3: Capacitação técnica
• Engenheiros (civis, materiais, florestais e ambientais)
• Arquitetos
• Designers de interiores
• Projetistas em geral
• Operários de canteiro de obras
• Operários de fabrica
Desafio 3: Capacitação técnica
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Desafio 4: Qualificação de fornecedores
• Problemas logísticos da cadeia
• Falta industrialização/ incorporação de valor agregado ao produto
• Problemas técnicos da madeira serrada- nós, madeira verde, fissuras
• Poucos produtos preservativos cadastrados/autorizados no IBAMA – para elementos de madeira com função estrutural
Desafio 4: Qualificação de fornecedores
Desafio 4: Regulamentação
• Analise e atualização das normas
– Avaliar compatibilidade com o cenário atual e com a norma de desempenho – NBR 15575
– Atentar para os Códigos do Corpo de bombeiros;
– Atentar para NBRs, como: 16652 (reação ao fogo) e NBR 16143 (produtos preservativos)
• Elaborar FAD´s – Fichas de avaliação técnica de desempenho da SH/MDR
Desafio 4: Regulamentação
• Estabelecer parâmetros para desenvolvimento de regulamentação (normas e diretrizes técnicas) – Estudos prospectivos
– Avaliações prévias
– Aprendizados com o exterior e nacionais
– Aplicações em escala protótipo
– Aplicações em escala piloto
• Apresentar comprovações de desempenho (avaliações e experiências práticas)
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,
• FAD’s = informações de domínio do setor e se referem a soluções construtivas já usadas tradicionalmente
• Referência: normas técnicas existentes (NBR´s)
• Datec’s = informações de inovação tecnológica proprietária de seu detentor
• Referência = Diretriz SiNAT
• Auditorias técnicas em escala real
• Acompanhamento ao longo do tempo
Reforça as Normas Brasileiras e as Boas Práticas de construção
NBRs e Códigos de práticas, manuais
Procedimentos para a concessão de documentos de avaliação técnica de produtos convencional no Brasil/ Desempenho potencial
FAD Documento de Avaliação Técnica
OBJETIVOS DO SINAT - convencional OBJETIVOS DO SINAT - convencional Caracterização: • características técnicas de cada componente do sistema • características gerais do sistema Considerações de projeto e execução: • detalhes específicos de projeto e práticas de instalação que não estão
apresentados na normalização prescritiva, • procedimentos de controle, tanto durante a execução quanto na fase de
recebimento do produto Resultados de Desempenho: • obtidos na avaliação técnica, considerando o uso específico do sistema
construtivo. Fontes de informação: • lista dos relatórios técnicos, relatórios de ensaios e outros documentos técnicos,
como manuais técnicos do proponente, de associações ou fabricantes. • Link com PSQ´s, se for o caso
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Requisitos, critérios e métodos para avaliação técnica de produtos inovadores no Brasil
DIRETRIZ SINAT Diretrizes para avaliação técnica
Procedimentos para a concessão de documentos de avaliação técnica de produtos inovadores no Brasil
DATec Documento de Avaliação Técnica
OBJETIVOS DO SINAT - inovador
HARMONIZAR:
Solicitação do cliente Solicitação do cliente
Etapa 2: Avaliação técnica do produto / sistema inovador
Análise da documentação técnica, caracterização e avaliação de desempenho do produto, visita técnica à unidade fabril e/ou obras executadas ou em execução
Etapa 2: Avaliação técnica do produto / sistema inovador
Análise da documentação técnica, caracterização e avaliação de desempenho do produto, visita técnica à unidade fabril e/ou obras executadas ou em execução
Desempenho do produto é satisfatório ?
Desempenho do produto é satisfatório ? NÃO
Etapa 3: Auditoria técnica: fabrica, obra e unidades finalizadas
Avaliação do processo de fabricação, execução e/ou de instalação do produto, visando verificar os métodos de controle
Etapa 3: Auditoria técnica: fabrica, obra e unidades finalizadas
Avaliação do processo de fabricação, execução e/ou de instalação do produto, visando verificar os métodos de controle
Etapa 4: Elaboração do DATec e encaminhamento ao SINAT
Elaboração de Minuta do DATec, encaminhamento ao SINAT para concessão do DATec
Etapa 4: Elaboração do DATec e encaminhamento ao SINAT
Elaboração de Minuta do DATec, encaminhamento ao SINAT para concessão do DATec
SIM
SIM
NÃO
Controle do processo é
satisfatório ?
Controle do processo é
satisfatório ?
Cliente faz adequações no produto / sistema inovador Cliente faz adequações no produto / sistema inovador
Cliente faz adequações no controle da qualidade
Cliente faz adequações no controle da qualidade
Etapa 1: Elaboração da Minuta de DIRETRIZ SINAT
Documento de referência para a “família” do produto / sistema inovador, contendo o que avaliar (requisitos de desempenho) e como avaliar (métodos de ensaios)
Etapa 1: Elaboração da Minuta de DIRETRIZ SINAT
Documento de referência para a “família” do produto / sistema inovador, contendo o que avaliar (requisitos de desempenho) e como avaliar (métodos de ensaios)
Etapa 5: Manutenção e renovação do DATEC Auditorias técnicas periódicas no processo de produção e ensaios de controle periódicos durante a validade do
documento
Etapa 5: Manutenção e renovação do DATEC Auditorias técnicas periódicas no processo de produção e ensaios de controle periódicos durante a validade do
documento
Cliente e IPT fazem adequações Cliente e IPT fazem adequações
SIM NÃO
Aprovado pelo SINAT?
Formatação e conteúdo mínimo das DIRETRIZES SINAT :
Formatação e conteúdo mínimo das DIRETRIZES SINAT:
DOCUMENTOS DO SINAT - DIRETRIZ
Elaborado para “família” de produtos. Exemplo:
“Sistema construtivo wood frame para paredes, piso e cobertura para edifícios até 04 pavimentos”.
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Diretriz SiNAT Restrição e condições de uso
Prescrição de soluções construtivas de projeto – visando durabilidade
Prescrição de características que afetam a durabilidade dos componentes
Estabelecimento de requisitos de desempenho relativos à durabilidade do componente e sistema
Necessidade de Vistorias em produto instalado – unidades em uso
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3
4
5
1. Limites da Avaliação técnica
2. Descrição do produto
1.1 Condições e limitações de uso
3. Diretrizes para avaliação técnica
4. Informações e dados técnicos
5. Avaliação técnica
6. Controle da qualidade
7. Fontes de informação
8. Condições de emissão do DATec
DOCUMENTOS DO SINAT – DATec
Desafio 4: Regulamentação
• Estabelecer parâmetros para desenvolvimento de regulamentação (normas e diretrizes técnicas)
– Estudos prospectivos
– Avaliações prévias
– Aprendizados com o exterior e nacionais
– Aplicações em escala protótipo
– Aplicações em escala piloto
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Estudo prospectivo do sistema Light Wood Frame em edifícios de até quatro
pavimentos no Brasil
• Resultados subsidiaram a análise da viabilidade técnica do uso do sistema no Brasil
• Requisitos estudados/ Gargalos – Segurança estrutural
– Segurança contra incêndio
– Durabilidade
Método da pesquisa/estudo
• Pesquisa bibliográfica
– Fábricas
– Casas em uso
– Obras em execução / casas e edifício de três pavimentos
– Obras no Canadá
• Análise estrutural: modelagem de um edifício
• Estudo dos aspectos de durabilidade
• Ensaios de retenção do produto preservativo utilizado no tratamento das madeiras
• Reunião com especialista na área de segurança contra incêndio
• Reuniões técnicas de discussão para estabelecimento de premissas
Visitas técnicas no país Visitas técnicas no exterior
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Análise estrutural - modelagem computacional
Hipóteses consideradas
o Hipótese 1: instante “0”, 100% das peças íntegras, 80% da resistência dos montantes e barrotes (kmod3=0,8);
o Hipótese 2: verificação da estabilidade em situação de manutenção: 01 pavimento de cada vez, biodeterioração de 50% dos barrotes do piso do banheiro e eliminação de chapas de OSB das paredes dessa região;
o Hipótese 3: presença considerável de nós, considerando, portanto, somente 60% da resistência dos montantes e barrotes (kmod3=0,6);
o Hipótese 4: uso de diferentes chapas de madeira para contraventamento
Durabilidade frente à biodeterioração
Durabilidade frente à ação da umidade
Principios : 1) deslocamento; 2) drenagem; 3) ventilação; 4) materiais duráveis
Principios : 1) deslocamento; 2) drenagem; 3) ventilação; 4) materiais duráveis
Durabilidade
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Simulação de potencial de umidade no banheiro Simulação de potencial de umidade no banheiro
Dados de entrada: banheiro de apto típico, RMSP, 04 moradores, 01 banho/ dia/ cada,
Diferença de umidade absoluta entre o ar no banheiro e no exterior, considerando a ventilação natural dos ambientes Laboratório – IPT -Brasil
Segurança contra incêndio
Entender as diferenças da
regulamentação e cenários do
exterior e Brasil
Entender as diferenças da
regulamentação e cenários do
exterior e Brasil
País Regulamentação
Número máximo de
pavimentos
Com
sprinkler Sem sprinkler
Austrália Building Code of Australia (2013) 3 3
Áustria Austrian Building Codes 8 (*22m) 4
Canadá National Building Code of Canada (NBCC) 4 3
Alemanha Federal Building Code (2012) 8 (*18m) 5
Suécia Planning and Building Act (2013) 8 2
Reino Unido Building Regulation (2010) 8 6
EUA International Building Code (2013) 5** 4**
EUA NFPA 5000 6** 5**
Regulamentações internacionais e no. máximo de pavimentos p/ edifícios c/ estrutura
de madeira
* Indica limite máximo
** Número de pavimentos em estrutura pesada
Resultados
Premissas atendidas
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Cenários
Elementos/ segmentos
Capacitação técnica
Qualificação e capacitação de fornecedores
Regulamentação
Desafios
Luciana A. de Oliveira
Engenheira Civil, Dra
LCSC/CETAC/IPT