Comunidade nikkei do Vale do Ribeira dá início a ações para ......2018/02/14  · estável não...

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ANO 9 – Nº 2057 / 2053 SÃO PAULO, 14 A 16 DE JUNHO DE 2006 R$ 2,00 RIBEIRÃO PIRES CO- MEMORA o Dia da Colônia Japonesa com show de Mariko Nakahira no próximo dia 18. O evento, que aconte- ce no Teatro Euclides Menato, é uma parceria entre a comu- nidade nikkei, a Associação Cultural Nipo-Brasileira local e a Câmara Municipal da ci- dade. A programação inclui uma sessão solene da Câma- ra Municipal, com a presença de autoridades e representan- tes de entidades nipo-brasilei- ras da região, além de uma homenagem ao empresário Massanao Yamauchi, vice-pre- sidente da firma Rassini-NHK Autopeças lá instalada, e do também empresário Saburo Washizo; que receberão o tí- tulo de cidadão ribeirão- pirense. Leia mais na pág. 4. O NIPPON COUNTRY CLUB (NCC), em conjunto com a Comissão de Eventos, Divulgação, Integração e Pro- moção do Centenário da Imi- gração Japonesa no Brasil, pro- move, em junho, o 3º Torneio Nippon Intercolonial Poliespor- tivo e o Matsuri Night. O pri- meiro, que deve reunir cerca de 2500 atletas de todo o País, acontece entre os dias 15 e 18. Já o “Matsuri Night”, festival que simboliza uma cerimônia de agradecimento à natureza, será realizado no feriado de Corpus Christi, a partir das 18h, com Festival Gastronômico e show internacional com a can- tora Mariko Nakahira. A COMUNIDADE YUBA E O BALLET STAGIUM se apresentam sábado (17) e do- mingo (18), na Associação Comunidade Yuba – 1ª Alian- ça, em Mirandópolis (SP). No sábado, o espetáculo fica por conta da Companhia do Balé Yuba, com 70 membros, e no domingo, será a vez da Com- panhia de Ballet Stagium, com seus 22 bailarinos. Informa- ções pelo tel.: 18/3708-1247. O CONCURSO DE MISS FESTIVAL DO JAPÃO re- cebe inscrições até o dia 30 de junho. Para participar, a candidata deve ter entre 15 e 30 anos. A divulgação e premiação acontece no dia 15 d e julho, após o desfile das can- didatas na passarela do 9º Festival do Japão, evento organizado pelo Kenren. Mais informações no site: www.festivaldojapao.com. LONDRINA RECEBE O FESTIVAL JAPONÊS a partir de amanhã (15) com a realização de três grandes eventos, a Casa Japão, a Ex- posição Agrícola e o Portal do Oriente. Na programação, destaques para os Concursos Garota e Garotinha Orientais, além de muita música, apre- sentações de artes marciais e danças folclóricas. No local, foi instalado um telão para que os torcedores não percam ne- nhum lance da partida Brasil x Austrália, que acontece do- mingo, às 13h. Local: Centro de Exposições e Eventos de Londrina. Informações pelo tel.: 43/3357-3003 ou www.casajapao.com.br. ASSINE AGORA (11) 3208-3977 AGENDA Comunidade nikkei do Vale do Ribeira dá início a ações para os 100 anos Já em clima de Centenário da Imigração, o Vale do Ribeira deu o pontapé inicial para as comemorações dos 100 anos com a realização da 11ª Festa do Sushi em Registro. No local, público e representantes de grande parte das cidades que compõem a recém-criada Fenivar (Federação das Entidades Nikkeys do Vale do Ribeira) deram a primeira mostra de que engajamento e força de vontade não faltarão até 2008, reunindo cerca de 10 mil pessoas e congregando mais de 200 voluntários no evento. O Jornal Nikkei conferiu a festa. | pág 3 DIVULGAÇÃO IMIGRAÇÃO JAPONESA FENIVAR DIVULGAÇÃO Nas comemorações dos 98 anos da imigração japonesa no Brasil, o Bunkyo (Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa) realiza no domingo (18) e segunda-feira (19) uma Missa de Ação de Graças na Igreja São Gonçalo aos Imigrantes Precursores, e um culto budista no Grande Auditório do Bunkyo, respectivamente. Além das duas cerimônias, mostras culturais e shows musicas também fazem parte das comemorações. | pág 6 Está previsto para o final do ano que vem ou início de 2008 o lançamento do filme “Corações Sujos”, baseado no li- vro homônimo de Fernando Morais. A história da comunidade dividida entre kachigumi e makegumi no pós-guerra será dirigida por Vicente Amorim, que explica ao Jornal Nikkei por que de- cidiu recontar o episódio da Shindo Renmei. | pág 5 NA TELONA REPRODUÇÃO Em sua primeira visita ao Brasil, o principal mestre do Aikidô, doshu Moriteru Ueshiba, promove nesse fim de semana um seminário especial para praticantes e professores bra- sileiros. Neto do fundador Morihei Ueshiba e principal herdeiro da tradição do Aikidô, mestre Moriteru ministrará palestras sobre a filosofia presente na modalidade, além de apresentações técnicas para centenas de par- ticipantes. | pág 7 AIKIDÔ DIVULGAÇÃO KARAOKÊ Uma das canto- ras nikkieis de maior prestígio na comunidade do karaokê, Priscila Suzuki, prepara para o fim do mês seu primeiro registro da carreira. Denominado “Priscila Suzuki Ao vivo”, o tra- balho (um ál- bum e um DVD da apresentação) foi gravado na cidade natal da cantora, a litorânea Santos. Aliando técnica vocal e presença de palco marcante, a nikkei fala sobre os detalhes por trás da gravação e os planos futuros na música, além, é claro, de lembrar os principais fatos marcantes do início de carreira, caso das apre- sentações em programas televisivos. | pág 8 DIVULGAÇÃO

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Page 1: Comunidade nikkei do Vale do Ribeira dá início a ações para ......2018/02/14  · estável não existe na lei es-pecífica e nem na Constitui-ção Federal. Não podem es-sas entidades

ANO 9 – Nº 2057 / 2053 — SÃO PAULO, 14 A 16 DE JUNHO DE 2006 — R$ 2,00

RIBEIRÃO PIRES CO-MEMORA o Dia da ColôniaJaponesa com show deMariko Nakahira no próximodia 18. O evento, que aconte-ce no Teatro Euclides Menato,é uma parceria entre a comu-nidade nikkei, a AssociaçãoCultural Nipo-Brasileira locale a Câmara Municipal da ci-dade. A programação incluiuma sessão solene da Câma-ra Municipal, com a presençade autoridades e representan-tes de entidades nipo-brasilei-ras da região, além de umahomenagem ao empresárioMassanao Yamauchi, vice-pre-sidente da firma Rassini-NHKAutopeças lá instalada, e dotambém empresário SaburoWashizo; que receberão o tí-tulo de cidadão ribeirão-pirense. Leia mais na pág. 4.

O NIPPON COUNTRYCLUB (NCC), em conjuntocom a Comissão de Eventos,Divulgação, Integração e Pro-moção do Centenário da Imi-gração Japonesa no Brasil, pro-move, em junho, o 3º TorneioNippon Intercolonial Poliespor-tivo e o Matsuri Night. O pri-meiro, que deve reunir cercade 2500 atletas de todo o País,acontece entre os dias 15 e 18.Já o “Matsuri Night”, festivalque simboliza uma cerimôniade agradecimento à natureza,será realizado no feriado deCorpus Christi, a partir das 18h,com Festival Gastronômico eshow internacional com a can-tora Mariko Nakahira.

A COMUNIDADE YUBAE O BALLET STAGIUM seapresentam sábado (17) e do-mingo (18), na AssociaçãoComunidade Yuba – 1ª Alian-ça, em Mirandópolis (SP). Nosábado, o espetáculo fica porconta da Companhia do BaléYuba, com 70 membros, e nodomingo, será a vez da Com-panhia de Ballet Stagium, comseus 22 bailarinos. Informa-ções pelo tel.: 18/3708-1247.

O CONCURSO DE MISSFESTIVAL DO JAPÃO re-cebe inscrições até o dia 30de junho. Para participar, acandidata deve ter entre 15e 30 anos. A divulgação epremiação acontece no dia 15d ejulho, após o desfile das can-didatas na passarela do 9ºFestival do Japão, eventoorganizado pelo Kenren.Mais informações no site:www.festivaldojapao.com.

LONDRINA RECEBE OFESTIVAL JAPONÊS apartir de amanhã (15) com arealização de três grandeseventos, a Casa Japão, a Ex-posição Agrícola e o Portal doOriente. Na programação,destaques para os ConcursosGarota e Garotinha Orientais,além de muita música, apre-sentações de artes marciais edanças folclóricas. No local,foi instalado um telão para queos torcedores não percam ne-nhum lance da partida Brasilx Austrália, que acontece do-mingo, às 13h. Local: Centrode Exposições e Eventosde Londrina. Informaçõespelo tel.: 43/3357-3003 ouwww.casajapao.com.br.

ASSINE AGORA

(11) 3208-3977

AGENDA

Comunidade nikkei do Vale do Ribeiradá início a ações para os 100 anos

Já em clima de Centenário da Imigração, o Vale do Ribeira deu o pontapé inicial para as comemorações dos 100 anos com a realização da 11ª Festa doSushi em Registro. No local, público e representantes de grande parte das cidades que compõem a recém-criada Fenivar (Federação das EntidadesNikkeys do Vale do Ribeira) deram a primeira mostra de que engajamento e força de vontade não faltarão até 2008, reunindo cerca de 10 mil pessoas econgregando mais de 200 voluntários no evento. O Jornal Nikkei conferiu a festa. | pág 3

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IMIGRAÇÃO JAPONESA

FENIVAR

DIVULGAÇÃO

Nas comemorações dos 98 anos da imigração japonesa no Brasil, o Bunkyo (SociedadeBrasileira de Cultura Japonesa) realiza no domingo (18) e segunda-feira (19) uma Missa deAção de Graças na Igreja São Gonçalo aos Imigrantes Precursores, e um culto budista noGrande Auditório do Bunkyo, respectivamente. Além das duas cerimônias, mostras culturais eshows musicas também fazem parte das comemorações. | pág 6

Está previsto para o final do ano quevem ou início de 2008 o lançamento dofilme “Corações Sujos”, baseado no li-vro homônimo de Fernando Morais. Ahistória da comunidade dividida entrekachigumi e makegumi no pós-guerraserá dirigida por Vicente Amorim, queexplica ao Jornal Nikkei por que de-cidiu recontar o episódio da ShindoRenmei. | pág 5

NA TELONAREPRODUÇÃO

Em sua primeira visita ao Brasil, o principalmestre do Aikidô, doshu Moriteru Ueshiba,promove nesse fim de semana um seminárioespecial para praticantes e professores bra-sileiros. Neto do fundador Morihei Ueshibae principal herdeiro da tradição do Aikidô,mestre Moriteru ministrará palestras sobre afilosofia presente na modalidade, além deapresentações técnicas para centenas de par-ticipantes. | pág 7

AIKIDÔDIVULGAÇÃO

KARAOKÊ

Uma das canto-ras nikkieis demaior prestígiona comunidadedo karaokê,Priscila Suzuki,prepara para ofim do mês seuprimeiro registroda carreira.Denominado“Priscila SuzukiAo vivo”, o tra-balho (um ál-bum e um DVDda apresentação) foi gravado na cidade natal da cantora, alitorânea Santos. Aliando técnica vocal e presença de palcomarcante, a nikkei fala sobre os detalhes por trás da gravaçãoe os planos futuros na música, além, é claro, de lembrar osprincipais fatos marcantes do início de carreira, caso das apre-sentações em programas televisivos. | pág 8

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2 JORNAL NIKKEI São Paulo, 14 a 16 de junho de 2006

C o n t a t o : c a c a u y o s h i d a @ u o l . c o m . b r

Colaboração: Marcus Hide

EDITORA JORNALÍSTICAUNIÃO NIKKEI LTDA.

CNPJ 02.403.960/0001-28

Rua da Glória, 332 - LiberdadeCEP 01510-000 - São Paulo - SP

Tel. (11) 3208-3977

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Diretor-Presidente: Raul TakakiDiretor Responsável: Daniel Takaki

Jornalista Responsável: Takao Miyagui (Mtb. 15.167)

Redator Chefe: Aldo ShigutiRedação: Rodrigo Meikaru, Cíntia Yamashiro, Juliana

Kirihata e Gilson YoshiokaFotógrafo: Marcus Kiyohide Iizuka

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Tel. (11) 3208-3977 – Fax (11) 3341-6476

Periodicidade: quarta-feira e sábado

Assinatura semestral: R$ 80,00

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1: Paulo Hashimoto, Fernando Shiguemichi,

Robert Wong, Márcia Nakagawa, Jorge Iwashita

e Mario Nagamine 2: Barnabé Takiy, Rosely e Jor-

ge Yamanisky e Ricardo Ota 3: Julio Sawada,

Bianca Mayumi de Souza e Julia Ng 4: Yuguinho

Mabe, Renato Hosoume, Flavio Nodome, William

Kagiyama e Kenzo Sanematsu 5: Gaby Midori

Hosokawa, Tamily Matushita, Priscilla Hanashi-

ro e Nathalie Yamamoto 6: Ken Sano, Gabi Yada,

Alan Yuske, Renato Hosoume e Maya Kometsu 7:

Katuoki Ishizuka e Liz Narumi Kimura

O Grupo Escoteiro Caramuru realizou no dia 07 de junho a palestra com o empresário Robert Wong. A intenção da entidade é arrecadar fundos para o encontro Jamboree 2007, quando serãocomemorados os 100 anos de escotismo fundado por Baden Powell. O encontro, que promete reunir 45 mil pessoas de todo mundo, acontecerá na Inglaterra, com a participação de pelo menos450 membros da delegação brasileira

O Grupo de Okinawa de Ferragens, o Grupo de Confecções do Brás, a Rede Plus de Supermer-cados e o Grupo de Perfumarias realizaram um encontro de confraternização do Grupo Okina-wa no dia 02 de junho, no Okinawa Kenjinkai, no bairro da Liberdade. O encontro, que tevecomo convidados especiais o vereador Luis Yabiku e o empresário Walter Ihoshi, foi marcadopor muita descontração e bate papo

1: Terio Uehara, Sien Uehara, Walter Ihoshi, Ushitaro Kamia, Luis Yabiku, Katsumori Miyazato e TamotsuKomesu 2: José Maruoka e Jun Suzaki 3: César Chinen, Paulo Ogata, Hyusei Kanashiro e MarioGushiken 4: Jiniti Takara, Akeo Yogui e Sinhei Uehara 5: Marcos Rezende, Carlos Saito, Adio HaradaWalter Ihoshi e Frank Lai 6: Luis Yabiku, Heiti Yogui e Julio Yabiku 7: Ushitaro Kamia e ReinaldoTakarabe 8: Olívio Sawassato, Walter Ihoshi e Terio Uehara

A 6º Edição do Kiboi-no-rolete, tradicional Festa Junina do Kibo-No-Iê, aconteceu dia 4 dejunho, reunindo cerca de 600 pessoas. O evento teve muita comilança, shows e atrações diver-sas, entre as quais a quadrilha formada pelos internos da entidade, ponto alto da festa

1: Kozo Ono, Kihatiro e Bruna Kita 2: IzumoHonda, Nelson Nakada e Edson Kuwabara 3:Noriko Ikeda e Suely Waki 4: Elisa Okamoto eKomei Tomioka 5: Anália Kita, Alice Mano, KinukoIwata, Cida Nakamura, Sayuri Kiyota (no alto)e Tereza Ono 6: Mariana Sato , Eduardo Ogata,Bruno Maki , Mariane Yokota , André Imammura ,Fabio Sunairi, Katia Okada , Alexandre Imamura, Jimmy Seigo Iju 7: Cida Nakamura e Bruna Kita8: Hiromi Sato e Kazuo Satomi

A equipe do Arujá Golfe Clube foi a primeiracolocada da Segunda Categoria dosInterclubes 2006. O torneio, organizado anu-almente, é disputado pelos clubes de golfe doEstado de São Paulo. Esse ano as 4 etapasaconteceram em Campinas, Guarapiranga, PLGolfe Clube e a final, no dia 01 de junho, emArujá.Na foto: Mariko Ota, Maria Helena Hashida,Sayuri Mori, Marise Nishi, Harumi Yoshioka eJunko Omura (Arujá-Mulheres)

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São Paulo, 14 a 16 de junho de 2006 JORNAL NIKKEI 3

No aspecto patrimoni-al, a união estável tem omesmo tratamento do ca-samento. No silêncio daspartes, o regime é o da co-munhão parcial de bens.É o que dispõe o art. 1725do Novo Código Civil, nostermos:

União Estável – Parte II“Art. 1725. Na união está-

vel, salvo contrato escrito en-tre os companheiros, aplica-seàs relações patrimoniais, noque couber, o regime da comu-nhão parcial de bens.”

Tal dispositivo não consti-tui inovação, pois os tribunais

pátrios já vinham dando essetratamento em relação à uniãoestável.

Assim como no casamen-to, na união estável, entre oscompanheiros existem direitose deveres, destacando-se o demútua assistência que implicana obrigação de prestar ali-mentos.

Interessante notar o queocorre em relação à sucessãodo convivente. Quer nos pa-recer que o legislador, aindaimbuído de um certo precon-ceito, cuidou dessa sucessão noArt. 1790, chamando o convi-vente supérstite de participan-te da herança.

“Art. 1790. A companhei-ra ou o companheiro participa-rá da sucessão do outro, quan-to aos bens adquiridos onero-samente na vigência da união

estável, nas condições seguin-tes:

I - se concorrer com filhoscomuns, terá direito a umacota equivalente à que por leifor atribuída ao filho;

II - se concorrer com des-cendentes só do autor da he-rança, tocar-lhe-á metade doque couber a cada um daque-les;

III - se concorrer com ou-tros parentes sucessíveis, terádireito a um terço da herança;

IV - não havendo parentessucessíveis, terá direito à tota-lidade.”

O tratamento dispensadoao convivente em matéria desucessão, embora nos moldesdado ao cônjuge, para algunsjuristas, é inferior, porquantonão é garantido ao conviventeo direito de habitação no imó-

vel residencial deixado pelofalecido, se entendermos queo Novo Código Civil silencioua respeito, além de nada rece-ber se o bem for adquirido an-tes de iniciada a convivênciafamiliar.

Nada justifica tratamentodiverso porque a união estávelque se quer proteger é aquelaem que o “animus” de consti-tuição de família é patente, e,assim, ela é duradoura e con-tínua e a lei deve lhe dar gua-rida. Não é mais assunto paracomentários à boca pequena,porque, muitas vezes, por nãoser um casamento legítimo, istoé, de papel passado, o que uneo casal é o verdadeiro sentidodo amor, abrangendo as con-cessões, as compreensões, asolidariedade, enfim, a preocu-pação com a felicidade do ou-tro.

Há muito a jurisprudên-cia tem se manifestado nosentido de que não é neces-sária a convivência contínuade determinado prazo para aexistência de união estável.Porém, algumas legislaçõesespecíficas, mormente asentidades responsáveis pelopagamento de pensão, nãose adaptaram a nova reali-dade. A exigência de prazopara a constituição de uniãoestável não existe na lei es-pecífica e nem na Constitui-ção Federal. Não podem es-sas entidades fazer tal exi-gência por ilegal.

Felicia Ayako HaradaAdvogada em São Paulo

Integrante do HaradaAdvogados Associados

[email protected]

Criada no último 25 demarço para formatarprojetos de integração

entre as cidades com forte pre-sença de famílias nipo-brasilei-ras, a Fenivar (Federação dasEntidades Nikkeys do Vale doRibeira) dá mostras que os tra-balhos já rendem bons resul-tados a curto prazo, em espe-cial nas comemorações doCentenário da Imigração Japo-nesa no Brasil, em 2008.

Em reunião ocorrida no úl-timo sábado(10), representan-tes das nove cidades que for-mam a entidade (Ana Dias,Miracatu, Pedro de Toledo,Juquiá, Registro, Sete Barras,Iguape, Cajati e Itariri), dis-cutiram algumas das açõesque podem ser feitas para ho-menagear as famílias de imi-grantes japoneses presentesno Vale, além de levantarquestões pertinentes à divul-gação da cultura japonesa naregião, uma das que mais con-centra nikkeis no estado deSão Paulo.

Segundo o presidente daFenivar, Toshiaki Yamamura,as quatro reuniões realizadasaté o momento foram produ-tivas para se estabelecer umconsenso entre as cidadesparticipantes, abrindo espaçopara a troca de discussõesentre as lideranças. Inclusive,de acordo com o próprio Ya-mamura, o último encontropraticamente selou as primei-ras ações concretas envolven-do as nove cidades. “Faltavaaqui no Vale do Ribeira umaentidade que congregasse to-das as cidades com grandeconcentração de famíliasnikkeis, para justamente fazeresse tipo de integração. Nes-sa última reunião, por exem-plo, trocamos idéias sobre oque pode ser feito para me-lhorar essa parte de integra-ção e também definir as açõespara o centenário da imigra-ção, um dos nosso focos prin-cipais”, afirma.

Na relação “quase” apro-vada pelo colegiado sobre osprincipais projetos, pois, se-gundo o presidente, “aindafalta oficializar com todo opessoal”, chamam a atençãoa construção de um obeliscona cidade de Registro – con-siderada pelo Governo de SãoPaulo como a cidade marcoda colonização japonesa -, eo convite para a Família Im-perial visitar a região em 2008.“No momento, estamos ten-tando fechar a programaçãodo Centenário, caso dos cul-tos ecumênicos para os ante-passados e a parte cultural doevento em 2008. Enquantoisso, ao mesmo tempo vamoslevantando como está a situ-ação de cada cidade, ajudan-

do o pessoal a se organizar”,afirma Yamamura.

Além das nove cidades queestão dentro da Fenivar, oCentenário no Vale do Ribei-ra ganha ainda uma força ex-tra ao fechar uma parceriacom a União Cultural e Espor-tiva Sudoeste. De início, aidéia é agregar mais 25 cida-des nos festejos para fazeruma grande comemoração.“Através do RBBC (RegistroBase Ball Club), entidadefiliada com o pessoal lá doSudoeste, conseguimos viabi-lizar essa parceria. Aos pou-cos estamos nos acertando,pode ter certeza que no futu-ro os trabalhos terão um re-sultado grandioso. Falo issopor causa do clima amigávelnas reuniões. Como cada ci-dade irá sediar a reunião men-sal, podemos ouvir e sentir oque o pessoal realmente pen-sa sobre os 100 anos”, expli-ca Yamamura, confirmandoainda que a Fenivar continua-rá na ativa mesmo após oCentenário. “Independentedos 100 anos de imigração,que é o nosso objetivo princi-pal agora, a nossa idéia é man-ter a entidade na ativa, atépara incentivar cada vez maisas gerações novas a partici-parem dessa preservação dacultura.”

Registro – Cidade pólo doVale do Ribeira, Registro mos-tra que engajamento e forçade vontade não faltam quan-do o assunto é investimentospara preservação da culturajaponesa e o centenário da imi-gração. No último fim de se-mana (10 e 11), a cidade deuo pontapé inicial para sabercomo será o formato do even-to em 2008, com a realizaçãoda 11ª Festa do Sushi.

Contando com a presençade cerca de 10 mil pessoas, oevento tomou outro formatoem relação aos anteriores,passando de um para dois diase aumentando o número deatrações gastronômicas e cul-turais. A iniciativa deu tãocerto que até mesmo a recém-criada Unesp (UniversidadeEstadual de São Paulo) parti-cipou com um estande para adivulgação da educação local.

“Pelos nossos cálculos, oevento desse ano superou to-das as nossas expectativas,reunindo um pessoal de regi-ões distantes, caso deGuarujá, Santos, São Vicentee Peruíbe. Essa foi tambémuma forma de visualizarmoscomo estão os preparativospara o Centenário. Pelo visto,e com os resultados obtidos,estamos no caminho certo”,revela um dos coordenadoresdo evento e atual presidenteda Associação Cultural Nipo-Brasileira de Registro,Kunihiko Takahashi.

Assim como Takahashi, odiretor Municipal de Desen-volvimento Econômico e Em-prego, Manoel Chikaoka, tam-bém aprovou a Festa do Sushidesse ano, lembrando que apresença de pessoas não sóda comunidade nikkei, mastambém da população geraldeu um “gás” a mais para ascontinuidades dos projetos dacidade. “Sem dúvida conse-guimos viabilizar um eventode integração entre as pesso-as, já mostrando nosso poten-cial para 2008. A partir deagora, tudo que estamos fa-zendo será direcionado a essadata tão importante e sabemosque temos fôlego e disposiçãopara desenvolver uma ótimaestrutura”, lembra o diretor.

Em meio às reuniões com

a Fenivar, Chikaoka lembratambém que a cidade já fe-chou mais dois projetos parao centenário: o primeiro é aconstrução de sete esculturaspelo artista plástico YutakaToyota, feitas de um materialproveniente de uma antigamáquina de processar arroz;além da construção de umportal japonês na entrada dacidade.

“A confecção das escultu-ras já está aprovada por par-te do Yutaka Toyota. Quantoao portal, também estamosdiscutindo a viabilidade e es-tamos para fechar o projetocom os patrocinadores”, afir-ma Chikaoka, acrescentandoque o custo total será rateadopor patrocinadores.

Fugindo da área restrita àcultura japonesa, o diretorconfirma que a região buscaagora incrementar a área deturismo rural, incluindo visitasa propriedades que hoje for-mam um dos principais pila-res de sustentação da cidade.Com a realização da Prefei-tura local, a empreitada surgecomo uma forma de incenti-var ainda mais o potencial tu-rístico de Registro.

“Essa é uma iniciativa querende bons resultados para aeconomia regional. Temos aquiuma grande área para ser ex-plorada e mostrada aos visitan-tes, como, por exemplo, o gran-de rebanho – senão o maior –do Estado de búfalos. Claroque tudo será focado na pre-servação da cultura e trará ain-da mais visibilidade ao Vale doRibeira. No que depender denós e da própria força demons-trada pela Fenivar, a regiãocrescerá muito em um espaçode tempo razoável”, finalizaChikaoka.

(Rodrigo Meikaru)

COMUNIDADE

Vale do Ribeira projeta ações deintegração entre nipo-brasileiros

Na primeira participação em um grande evento, Fenivar reuniu voluntários de nove cidades do Vale

JORNAL NIKKEI

Em reunião realizada no fi-nal do mês passado, o presi-dente da Associação Okinawado Brasil, Akeo Yogui e a dire-toria do Hospital Santa Cruzpara discutiram sobre a possi-bilidade de realizar um projetopara abrigar pessoas da tercei-ra idade.

Durante o encontro, osparticipantes deram o ponta-pé inicial para a aprovaçãodo empreendimento, um in-vestimento grande, cujo ob-jetivo é a construção de umconjunto residencial no Cen-tro Cultural Okinawa do Bra-sil, localizado em Diadema eque ainda está para ser ana-lisado.

Segundo Yogui, ainda nãohá nada oficial “estamos ape-nas recebendo sugestões”.“Se pegarmos a via Imigran-tes, o hospital não é tão lon-ge de Diadema quanto pare-ce”, diz o presidente do San-ta Cruz, Paulo Yokota, acres-centando que “caso o empre-endimento seja aprovado, osidosos que irão morar no con-junto residencial estarão sen-do atendidos pelo hospital”.

Proposta – A idéia desse pro-jeto surgiu devido a maioriados freqüentadores do Cen-tro Cultural Okinawa serempessoas da terceira idade epelo tamanho do lugar, cujoespaço é bem amplo parapoder iniciar uma construção.

São 300 sócios em média

que desfrutam de uma áreade 30 mil metros quadrados.Fazem parte do complexo ummuseu folclórico, piscinas,quadra de tênis, alojamentose salão para festas, ondeacontecem vários undokais.Além dessas áreas de lazer,há um jardim com um lagocheio de carpas e uma ilhaque lembra o desenho geo-gráfico de Okinawa. Fundan-do em 1971, inicialmente, ocentro foi construído com afinalidade de ser um aloja-mento estudantil, conta ShinjiYonamine, presidente do lo-cal.

Após quarenta anos sepa-rados, a Associação Okina-wa do Brasil e o Centro Cul-tural acabaram se unificandoeste ano. Seu objetivo é va-lorizar e divulgar a cultura dosutinanchus (descendentes deOkinawa), promovendo ummaior entrosamento da co-munidade.

Segundo Yogui, o projetoainda não tem data para seriniciado. “A princípio, a idéiaera inaugurar o prédio na co-memoração do centenário,mas como ainda não houveanálise, a discussão ficou noar. Mas apesar de não existirnada de concreto, o projetonão foi e nem será descarta-do”, explica Yogui, lembran-do que o plano tem que seraprovado pelo governador deOkinawa.

(Aline Inokuchi)

TERCEIRA IDADE

Associação Okinawa e SantaCruz discutem projeto

Aproximadamente 50 pes-soas participaram da primeiraassembléia geral da AssociaçãoGuarulhense para Comemora-ção do Centenário da Imigra-ção Japonesa no Brasil, queocorreu no último domingo (11)na UCEG (União Cultural eEsportiva Guarulhense).

A princípio programadapara definir a diretoria, delibe-rar e aprovar o estatuto sociale escolher o nome oficial daassociação, a assembléia nãopôde realizar todas as decisõesplanejadas de início. “Depoisde discutirmos os três primei-ros pontos do programa, queeram deliberar sobre a funda-ção da associação, sobre onome e sobre o estatuto, a horafoi passando, passando, e opresidente pediu para que aeleição e posse do colégio ad-ministrativo ficassem para opróximo domingo”, conta Fer-nando Mukuno, presidente daUCEG e um dos organizado-res da associação.

Se as três horas de reunião– a última convocação para aparticipação na assembléiaaconteceu às 15h, e o términodeu-se às 18h – não foram su-ficientes para a definição da di-retoria, pelo menos algumas al-terações no estatuto foram fei-tas. Entre elas está a mudan-ça da sede social. Definida noedital como Salão Espaço Cul-

tural Dr. Eduardo Yukizaki,agora é uma sala da UCEG, a98. “A sala é de uso de todosos associados da UCEG”, afir-ma Mukuno. Além dessa alte-ração, o tempo de existênciada associação também foimudado de 10 para 5 anos.

Apesar da falta de definiçãosobre a diretoria, Mukuno afir-ma que a assembléia represen-tou “um grande passo” para aconcretização dos projetos.Segundo ele, agora que o esta-tuto já está definido, a entradapara o registro da associaçãoem cartório é um passo certo.“Estamos entrando tambémcom cartas de solicitação (deapoio) ao prefeito de Guarulhos,Elói Pietá”, diz o presidente daUCEG. E completa: “Início detrabalho é complicado. Mas játem bastante gente interessa-da, os nikkeis estão sendoparticipativos”.

O presidente provisório daAssociação Guarulhense paraComemoração do Centenárioda Imigração Japonesa noBrasil, Morio Sakamoto, disseque a eleição e posse da dire-toria acontecerão, por aclama-ção, dia 18, às 9h, na UCEG.“Aprovamos o estatuto e nãodeu tempo de definir a com-posição da diretoria. Mas do-mingo que vem a genteliqüida´”, prevê Sakamoto.

(Juliana Kirihata)

CENTENÁRIO

Associação Guarulhensedefine primeiras ações

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4 JORNAL NIKKEI São Paulo, 14 a 16 de junho de 2006

Amat busca soluções para aregião durante 1º Encontro

A Associação dos Municí-pios do Alto Tietê (Amat) pro-moveu neste sábado (10) o 1ºEncontro para o Desenvolvi-mento do Alto Tietê. Prefeitose representantes dos 11 muni-cípios pertencentes à associa-ção discutiram temas comoensino e pesquisa, infra-estru-tura regional e mudançaslegislativas e institucionais. Osub-chefe de assuntos federa-tivos do Governo Federal, Vi-cente Carlos Trevas, partici-pou do encontro, realizado emSuzano.

“Devemos pensar global-mente e agir globalmente.Nós, da região do Alto Tietê,temos necessidades em co-mum. É assim, em conjunto,que queremos, não só apontaros problemas, mas tambémencaminhar propostas”, desta-cou o prefeito de Mogi dasCruzes, Junji Abe, que é o pre-sidente da Amat. “Queremosque a região seja reconhecidapela sua importância econômi-ca e geográfica”, completou oprefeito anfitrião do encontro,Marcelo Cândido.

Também estiveram naabertura das discussões, osprefeitos de Ferraz de Vascon-celos, Jorge Abissamra, deSanta Isabel, Hélio Buscarioli,de Arujá, Genésio Severino daSilva, e de Guarulhos, ElóiPietá.

O representante do Gover-no Federal destacou a impor-tância da discussão de proble-mas comuns à região. “É umainiciativa que poderá se tornarum exemplo para todos osmunicípios do Brasil. Estamossentindo uma grande sensibili-dade dos prefeitos para comos seus problemas e uma von-tade de achar soluções paraeles”, afirmou Vicente Trevas.

O ponto de partida para aformatação do evento foi a

Conferência Regional das Ci-dades do Leste e Nordeste daRegião Metropolitana de SãoPaulo, realizada em Guarulhos,e o Fórum de Inovação Tec-nológica, em Ferraz de Vas-concelos, que possibilitaram otraçado de um diagnóstico daregião.

Restrições – O prefeito deMogi das Cruzes, Junji Abelembrou das dificuldades paracriação de compensação fi-nanceira aos municípios queenfrentam restrições paraatrair novas indústrias por con-ta da Lei de Proteção aosMananciais. Segundo ele, so-mente uma grande mobilizaçãopode fazer com que a maioriados deputados estaduais regu-lamente a lei que mexe na dis-tribuição do ICMS (ImpostoSobre Circulação de Mercado-rias e Serviços), beneficiandoas cidades mais pobres.

Junji disse que os deputa-dos Ricardo Trípoli e JoãoCaramez encabeçam o movi-mento favorável à regulamen-tação. “As cidades que nãosão atingidas pela legislaçãonão querem ceder um centíme-tro sequer. Mas, não é justoque regiões, como a do AltoTietê, que produzem água paraabastecer a Região Metropo-litana e, por isso, tem seu de-senvolvimento econômico esocial prejudicados, não sejamcompensadas por isso”.

Junji também destacou aluta para trazer o ExpressoLeste da Companhia Paulistade Trens Metropolitanos(CPTM) até Mogi das Cruzes.“É preciso paciência, pois oGoverno do Estado já citou suaintenção de trazer as melhoriasaté nossa cidade. Até 2008, osistema deverá chegar a Su-zano, para posteriormente che-gar ao nosso município”.

Encontro para desenvolvimento do Alto Tietê reuniu lideranças

DIVULGAÇÃO

CIDADES/MOGI DAS CRUZES

Ribeirão Pires, no ABCpaulista, também irá comemo-rar a imigração japonesa nopróximo dia 18. Na data, é fes-tejado o Dia da Colônia Japo-nesa e para homenagear a co-munidade nikkei, a AssociaçãoCultural Nipo-Brasileira locale a Câmara Municipal da ci-dade fizeram uma programa-ção especial.

A comemoração será noTeatro Euclides Menato, queacolhe até 300 pessoas. Paraàs 18 horas, está marcada umasessão solene da Câmara Mu-nicipal, que terá a presença deautoridades e representantes deentidades nipo-brasileiras daregião. E como lembra o presi-dente da associação nikkei deRibeirão Pires e vereador nacidade, Antonio Muraki, have-rá uma homenagem ao empre-sário Massanao Yamauchi,vice-presidente da firmaRassini-NHK Autopeças lá ins-talada, além do também em-presário Saburo Washizo; am-bos receberão o título de cida-dão ribeirão-pirense.

O prefeito Clóvis Volpi(PV) também ganhará um pre-sente. Trata-se de um quadroem óleo sobre tela com car-pas pintadas, que o autorMitsuo Nakano fez especial-mente para entregá-lo no dia18, por ser ele “um admiradorda comunidade japonesa”.Nakano teve a oportunidade deencontrar com o político emabril último, quando é realiza-do no município o ConcursoBrasileiro de Haiku, famosopor reunir centenas de prati-

cantes dessa poesia japonesaque ainda resistem no País.

“Após a realização da ses-são, vamos ter uma graciosaapresentação da cantoraMariko Nakahira, que vem doJapão, e do Grupo de DançaMinbu”, conta NapoleãoNakano, da organização doevento. Nakahira, que está noBrasil participando também deoutros eventos da comunida-de nipo-brasileira, apresentarámuitas canções de seu reper-tório, entre as quais “Sakura-sakura”, “Ringo-oiwake”,“Que será será”, “Besamemucho”, “De começo até fim”(em japonês e coreano) e“Amazing Grace” (inglês). Oshow começa às 19h30, segui-do do Minbu, que mostraráseus números de sara-odori(dança do prato) e YosakoiSoran, que tem exibido emmuitos festivais por São Pauloe outros Estados.

O Dia da Colônia Japone-sa é comemorado em RibeirãoPires desde 1990, ano do pri-meiro mandato de Muraki naCâmara. O vereador esperaassim agradar não somenteaos admiradores da cantora,mas também a quem não aconhece, independentementede ser descendente ou não.“Comemoramos a data todosos anos e o objetivo é transmi-tir a cultura japonesa mesmoa não descendentes. A entra-da é franca e o Teatro EuclidesMenato fica na Av. Brasil, 193.Mais informações podem serobtidas pelo telefone 11/4828-3715 ou 4825-2645.

Cidade comemora imigraçãocom show de Mariko Nakahira

CIDADES/RIBEIRÃO PIRES

São Bernardo do Campo celebra 98º aniversário da ImigraçãoJaponesa com atrações artísticas e homenagens

CIDADES/CURITIBA

No próximo sábado (17), aCâmara Municipal de São Ber-nardo do Campo vai realizaruma sessão solene em home-nagem aos 98 anos da imigra-ção japonesa no Brasil. Orga-nizada pelo secretário de Pla-nejamento e Tecnologia da In-formação, Hiroyuki Minami, afesta será realizada no Plená-rio Tereza Delta da CâmaraMunicipal e terá início às 7h30com o torneio de gatebol naquadra da Associação Cultu-ral Mizuho.

A partir das 10h30, no Tea-tro Cacilda Becker, localizadona Praça Samuel Sabatini, 50,no centro de São Bernardo doCampo, começará as apresen-tações típicas da cultura japo-nesa, como taikô, danças fol-clóricas, músicas e artes mar-ciais, entre outros. O eventocontará também com uma pra-ça de alimentação com comi-das orientais.

Às 19h, Chisaye Ino seráhomenageada com a medalhaJoão Ramalho conforme LeiMunicipal número 4629/98 deautoria de Hiroyuki Minami.

“A medalha João Ramalhoé distribuída uma vez por anoa uma personalidade de des-taque em São Bernardo do

Campo, seja ela de origem ja-ponesa como brasileira. Esteano, Chisaye Ino foi escolhidapor ser uma grande prestadorade serviços à cidade”, conta osecretário. O evento deve con-tar com a presença de cercade 200 pessoas, entre elas ocônsul geral adjunto JiroMaruhashi.

Quem foi – Nascida em 1911na cidade de Nishisoto Cho,na região sul do Japão, a ho-menageada foi adotada aos 4anos de idade e a partir daípassou a ajudar a sua famíliaadotiva, trabalhando e cuidan-do de seus irmãos menores.Aos 19 anos se casou, mes-

mo contra sua vontade, porser um casamento arranjado.Junto com seu marido TakeoIno, vieram para o Brasil paratrabalhar na roça como bra-çais. Depois de 2 anos nopaís, foram para a cidade deSão Bernardo do Campo ondeconseguiram arrendar um pe-daço de terra para o plantiode tomates. O casal tambémse dedicou durante anos à vidaassociativa na comunidade ja-ponesa da cidade. Chisaye,inclusive, foi colaboradora daUnião Cultural Nipo-Brasilei-ra de São Bernardo do Cam-po (São Bernardo BunkaKyokai), desde a sua funda-ção, há 50 anos. Participou

ainda da Associação das Se-nhoras e depois dos Anciões,em atividades culturais comoa dança clássica japonesa“odori” .

Atualmente com 94 anos,Chisaye mora sozinha e regu-larmente recebe visitas dos fi-lhos, netos e bisnetos.

SESSÃO SOLENE EMHOMENAGEM AOS 98 ANOSDA IMIGRAÇÃO JAPONESANO BRASILQUANDO: 17 DE JUNHO

ONDE: TEATRO CACILDA BECKER - PAÇO

MUNICIPAL, NA PRAÇA SAMUEL SABATINI,50 (CENTRO DE SÃO BERNARDO DO

CAMPO)ENTRADA FRANCA

CIDADES/SÃO BERNARDO DO CAMPO

Realizado pelo Instituto Cul-tural Nipo-Brasileiro de Cam-pinas nos dias 10 e 11 de junho,a segunda edição do Festival doJapão atingiu as expectativasdos organizadores. “Apesar deconstatarmos uma queda depúblico em relação ao ano pas-sado, o evento ficou dentro doesperado”, disse o presidente doNipo-Brasileiro, TadayoshiHanada, que calcula em apro-

CIDADES/CAMPINAS

Festival do Japão atingeexpectativas de público

Para comemorar os 98anos da imigração japo-nesa no Brasil, a comu-

nidade nipo-brasileira de Curi-tiba promove, de quinta a do-mingo (15 a 18 de junho), o 16ºImim Matsuri (Festival da Imi-gração). A festa acontece nopátio do Museu OscarNiemeyer - Mon, no CentroCívico, e pela primeira vezserá realizada durante quatrodias – pois nos anos anterio-res era apenas em dois dias.O evento abre amanhã (15), às12h, com venda de comidas tí-picas, apresentações culturaise artesanato. No domingo (18)o público poderá assistir ao jogoBrasil x Austrália, que aconte-ce a partir das 13h, através detelões instalados no local.

“Estamos às vésperas dacomemoração do centenário eprecisamos relembrar a memó-ria dos pioneiros”, diz JorgeYamawaki, presidente da As-sociação Cultural e BeneficenteNipo-Brasileira de Curitiba –Nikkei Curitiba, entidade orga-nizadora do evento. Inicialmen-te a festa era realizada nas de-

pendências do Nikkei, porémcomo ficava restrita à comuni-dade, foi transferida para a Pra-ça do Japão e agora, pela pri-meira vez, será realizada noOscar Niemeyer. “Com esteevento mostramos a cultura eculinária japonesa para toda asociedade curitibana”, observaYamawaki.

Programação – A festa ini-cia na quinta-feira (dia 15) , às12h, com o centro gastronômi-co e show de taiko (tamboresjaponês). Durante toda a tar-de e noite serão realizadasapresentações de bon odori(dança folclórica com partici-pação do público), show dekaraokê, demonstração deikebana (arranjos florais) eexibição de artes marciais. Afesta encerra às 22h.

Na sexta-feira a festa serárealizada somente no períododa noite, das 18 às 22h comapresentações culturais e ven-da de comida típica. No sába-do e domingo a programaçãoacontece das 12 às 22h, comcentro gastronômico apresen-

Comunidade comemora os 98anos da imigração com festa

tações culturais, como bom-odori, karaokê, artes marciais.Este ano haverá uma exposi-

ção de mangá e o público po-derá apreciar os desenhos queconcorreram num concurso.

Pela primeira vez, Imim Matsuri será realizado em quatro dias: objetivo é mostrar a cultura e culinária japonesa para a sociedade curitibana

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JORNAL NIKKEI

ximadamente 15 mil o númerode visitantes nos dois dias doevento. Segundo Hanada, umdos destaques da programaçãofoi a participação da cantorajaponesa Mariko Nakahira,“que contagiou o público seutalento e carisma”. “Agora, épensar na próxima edição. Pre-tendemos apresentar coisasnovas, principalmente na partegastronômica”, antecipa.

Festa em Campinas atraiu mais de 12 mil visitantes

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São Paulo, 14 a 16 de junho de 2006 JORNAL NIKKEI 5

CINEMA SETE VIDAS

“Meus gatinhos são comofilhos”, afirma Susan Yamamo-to, jornalista e programadoramusical da Rádio Mix. A nikkeiencontrou nos mouses do com-putador os aliados para a suacausa: criou o site Adote umGatinho, no qual, com algunsclicks, é possível fazer os pri-meiros contatos para propor-cionar um lar para os felinosabandonados.

Como os gatos, ela preci-saria de 7 vidas para tocar oprojeto, não fosse o apoio dasócia Juliana Bussab, da mãee de toda a equipe, que contacom veterinária e assessora deimprensa, entre outros profis-sionais. Afinal, desde a funda-ção do projeto em 2003, “jáforam adotados mais de 1600gatos”, a maior parte sob res-ponsabilidade das duas sócias.

Susan afirma que, graças aoseu time, o trabalho vem con-seguindo bons resultados: “Atu-almente, contamos com cercade 120 gatos para adoção, al-guns já disponíveis e outros ain-da sob tratamento, que envol-ve a castração, vacinação evermifugação”. A empreitadavem conseguindo grande espa-ço na mídia “de forma espon-tânea”, mas as dificuldades ain-da são muitas: “Apesar doapoio de muitas pessoas, mui-tas vezes temos que colocardinheiro do próprio bolso parapagar as despesas”, diz ela.

No site, é possível consta-tar que tipos bonachões, comoo Garfield, levados como oTom ou dóceis como o Gatode Botas não estão muito lon-

ge da realidade. Ao contráriodo que muitos pensam, os ga-tos também têm personalida-de, um dos principais fatoreslevados em conta para a apro-vação do candidato a dono. “Seuma pessoa tem criança pe-quena em casa, não deixamosela adotar um animal maisarisco, que arranha as pesso-as”, afirma Susan.

Além da descrição do tem-peramento, o Adote um Gati-nho conta com outras informa-ções, como a origem e as con-dições de saúde em que osbichanos se encontram. Des-de que se conheceram numacampanha de esterilização noParque do Ibirapuera em 2002,Susan e Juliana vêm prestan-do um serviço para a socieda-de: “Os animais de rua, emgeral, são levados para abrigospelas carrocinhas, são atrope-lados ou vivem abandonados eacabam procriando”.

A programadora musicaltem pouco tempo para o lazer,mas seu trabalho acaba sen-do, segundo ela, uma fonteinesgotável de prazer: ”Antesde ir ao cinema, tenho que pen-sar se alguns dos meus filhoti-nhos precisam tomar remédio,por exemplo”. Indagada sobreo desejo de ser mãe de verda-de, Susan afirma que “para seter filho é preciso muita dedi-cação”. “Se um dia eu tivervontade e tempo para me de-dicar, vou optar pela adoção.O mundo não precisa de maisgente, já existem muitas crian-ças carentes”, conclui.

(Gilson Yoshioka)

Site criado por nikkei jáadotou mais de 1600 gatos

Susan Yamamoto (dir) com a amiga Juliana Bussab

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Um triste episódio nos 98anos da imigração ja-ponesa no Brasil, o

mais sangrento, como diz acontra-capa do livro “Cora-ções Sujos”, de Fernando Mo-rais. E essa história, que mui-tos da geração mais nova denikkeis desconhecem, serátransportada para as telas decinema pelo diretor VicenteAmorim.

É o que anunciou o própriodiretor, que deu uma entrevis-ta ao Jornal Nikkei anteci-pando como está sendo enca-minhado o projeto, ainda emfase de finalização do roteiroe que deve ser filmado no se-gundo semestre de 2007.

No roteiro, assina DavidMendes, que dá continuidadeao trabalho iniciado por MariaCamargo. Amorim (de “OCaminho das Nuvens”, de2003) foi convidado recente-mente a dirigir o longa inglês“Good”, que terá no elencoViggo Mortensen (“O Senhordos Anéis”) e que trata do na-zismo na Alemanha. No temanipo-brasileiro de “CoraçõesSujos”, Amorim também traráà tona a 2ª Guerra, mas no ladoque envolveu a comunidadenikkei – em São Paulo e noNorte do Paraná –, divididaentre os kachigumi (japonesesvitoristas) e makegumi(derrotistas). O primeiro gru-po, que em algumas cidadeschegava a representar 80 %da população nikkei local,acreditava que o Japão vence-ra o conflito encerrado em1945. Para eles, o império ni-pônico nunca tinha sido derro-tado em 2.600 anos.

E patrióticos ao extremo edesprovidos de informaçõesoficiais sobre a rendição japo-nesa, a Shindo Renmei (ouLiga do Caminho dos Súditos)começou a executar algunsque propagavam a notícia daderrota, para eles traidores. Osaldo foi de 23 mortos e 150feridos.

Fascínio pelo Japão - “É umprojeto que tenho há três anoscom a Jodaf [segmento daMixer para comerciais] e aColumbia Brasil [co-produto-ra e distribuidora]. Estamosescrevendo novos argumentos

para o roteiro. Planejamos fa-zer a filmagem no segundosemestre do ano que vem ebuscamos elenco e parceiros”,disse Amorim, acrescentandoque “a captação de recursosjá começou, mas ainda temosmuito campo pela frente e pro-curamos parcerias em empre-sas ligadas à comunidade ja-ponesa, que, acreditamos, se-rão mais sensíveis à importân-cia de um projeto como este”.

Ele, bem como outros com-panheiros de produção, tomouconhecimento da história coma leitura do título de Morais.“Minha fonte foi o livro, que lihá três anos e me apaixoneipela história. Sempre fui fas-cinado pela cultura japonesa”,conta.

Desde então, o diretor, fi-lho de Celso Amorim (minis-tro das Relações Exteriores),decidiu que a história merece-ria um filme, mesmo com suascomplicações, “pela reconstru-ção da época e dificuldades

‘Corações Sujos’ começafilmagens no próximo ano

Para que fossem colhidasinformações sobre as regiõeshistóricas e depoimentos dequem ouviu falar dos fatosocorridos no pós-guerra, foinecessário ir a algumas daslocalidades presentes na his-tória do escritor e jornalistaFernando Morais.

De acordo com o livro, osataques aconteceram em ci-dades como Tupã, Marília,Bastos e Osvaldo Cruz, en-tre outras. E uma grande aju-da que Amorim obteve paraidealizar as imagens que com-porão o cenário veio de seuassistente, o sansei EltonTakii, 31 anos.

“Apesar de ser descen-dente, não tinha muito conhe-cimento da historia da imigra-ção.” Mas foi buscar infor-mações onde seus ascenden-

Pesquisa demandou registros no interior paulista e no Paranátes iniciaram a vida no Brasil.“Meu avô era imigrante japo-nês e se fixou no Vale do Ri-beira. Então fui para Registroe Sete Barras visitar algunsparentes, fazer registros foto-gráficos e trazer material defotos que eles tinham.”

Nascido em Santo Antônioda Platina (PR), e crescido eeducado em Maringá, Takiiaproveitou as passagens paraconversar com pessoas dascomunidades locais. “Eles meexplicaram as relações entreas famílias, sobre os makegumie kachigumi e como a imigra-ção se passou no Brasil. Pro-curei colher material para queo Vicente se sentisse à vonta-de quanto ao pensamento dosjaponeses, para poder falar dospersonagens”, disse.

E tomando conhecimento

dos fatos ocorridos, muitos po-dem não compreender a não-aceitação da derrota pelos ja-poneses distantes de sua terranatal. “Até para mim foi difícilentender o espírito de naciona-lidade deles e o que os levarama tomar tal decisão radical.”

Mas ele lembra que a in-tenção do diretor não é discu-tir a posição política ou ética.“A perspectiva dele é de umaficção, e é interessante ter per-sonagens mais críveis, não tor-nando [o filme] como docu-mentário. Ele quis encontrarelementos mais humanos econstruir pessoas que poderi-am ter passado pela histórianaquele momento.”

Elenco japonês - Takii, que édiretor de teatro formado pelaUSP, também conta sobre a

procura por intérpretes. “Es-tou sempre de olho em atoresque poderão trabalhar no elen-co, uma vez que será basica-mente composto por japone-ses. Não fizemos contagem dequantos poderemos encontrar,mas gostaríamos que falassemjaponês, o que achamos quenão será fácil mesmo”, disse.“E que estejam interessadosem falar sobre o assunto”, res-salta ele, recordando que emsua própria investigação en-controu barreiras. “Meu pai,que é da segunda geração, sósoube da história por meio dolivro. Ele sofreu várias san-ções, como a proibição de es-tudar japonês, mas não se lem-bra desse acontecimento.Quem vivenciou foram osmais velhos. É uma históriaum pouco obscura.”

como o elenco”. Ele se im-pressiona com o fato de o Bra-sil receber a maior comunida-de de japoneses fora do Japão.“Você racionaliza por que oBrasil?”, questiona. “É interes-sante essa cultura diversifica-da.” Ele, por exemplo, temuma experiência estrangeiraprivilegiada. Até os 17 anos,morou fora do Brasil, na Áus-tria (onde nasceu), Inglaterra,Estados Unidos e Holanda.

“É muito importante enten-der como a História interferena história”, instiga. “O que meinteressa é o drama humanocontido no episódio, com liçõessobre o racismo, fundamenta-lismo e intolerância. E vamosmostrar a questão da relaçãoentre imigrantes e brasileiros.”Para isso, terá de pensar nosatores que comporão a trama.Sua equipe ainda pensa emcomo fará a seleção, “um pro-cesso longo com muitos testes”,adianta. “Os personagens prin-cipais serão basicamente japo-

neses [sic], nisseis, que moramno Brasil, mas teremos acordosinternacionais com parceiros noJapão para trazer outros atoresde lá.” Na pesquisa, VicenteAmorim contou com o apoio deseu assistente Elton Takii (leiabox). “Ele é do Norte do Para-ná e trabalha comigo, e meapoiei também na fonte do Fer-nando Morais, com quem man-tenho estreita relação.” Osansei Takii ajudou, além de napesquisa e nos relatos denikkeis, na leitura do texto “Nodecorrer da dramaturgia, corrisobre o roteiro. Organizei umaleitura com atores do Rio parasentir a história e fazer umaavaliação sobre mudanças quepoderiam ocorrer.” Previsto ini-cialmente para ser feito em2005, a produção sofreu algunsatrasos e deve estrear nas te-las entre o final de 2007 e co-meço de 2008, ano do Cente-nário da Imigração Japonesa noBrasil.

(Cíntia Yamashiro)

Vicente Amorim, que pretende colocar nas telas uma história pouco conhecida das novas gerações

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O secretário de Estado daCultura, João Batista de An-drade, e o prefeito de Ouri-nhos, Toshio Misato, fecharamrecentemente uma parceriainédita na área de dança, cri-ando o Dança Ourinhos, umevento que acontecerá de 4 a10 de setembro e passará aintegrar o calendário oficial decultura do Estado.

Ourinhos, região sudoestedo estado, a 365 km da Capi-tal, foi a cidade escolhida parasediar a mostra pela sua tradi-ção em dança muito bem re-presentada na Escola de Bai-lado de Ourinhos. A professo-ra e bailarina Toshie Kobaya-shi, madrinha da escola, seráa homenageada do evento pe-los 30 anos de carreira artísti-ca.

O Dança Ourinhos 2006terá apresentações de espetá-culos de companhias profissi-onais de São Paulo e outrosestados e uma mostra semi-profissional, com grupos sele-cionados. Durante toda a se-

mana da mostra, artistas e gru-pos farão performances pelasruas da cidade.

No dia 28 de junho (quar-ta-feira), às 10 horas, maisdetalhes do projeto, como cri-térios de seleção dos grupos eatrações, serão dados duranteo lançamento do DançaOurinhos 2006, na Estação Pi-nacoteca, em São Paulo. Nodia 29, será feito um lançamen-to na cidade e Ourinhos.

LANÇAMENTO DO DANÇAOURINHOS 2006

EM SÃO PAULO

DATA: 28 DE JUNHO DE 2006HORA: 10H

LOCAL: ESTAÇÃO PINACOTECA – S.PAULO – SPENDEREÇO: LARGO GENERAL OSÓRIO, 66TÉRREO - LUZ (AO LADO DA SECRETARIA

DE ESTADO DA CULTURA)EM OURINHOS

DATA: 29 DE JUNHO DE 2006HORA: 20H

LOCAL: TEATRO MIGUEL CURY –OURINHOS - SPENDEREÇO: RUA NOVE DE JULHO 496

DANÇA

Estado e Prefeitura deOIurinhos firmam parceria

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6 JORNAL NIKKEI São Paulo, 14 a 16 de junho de 2006

Como ocorre anualmen-te, o Bunkyo prepara ascelebrações religiosas

alusivas ao 98º Aniversário daImigração Japonesa no Brasil.No próximo domingo (18) estáprogramada a Missa em Açãode Graças e na segunda-feira(19), o culto budista no Gran-de Auditório do Bunkyo (Soci-edade Brasileira de Cultura Ja-ponesa).

Tradicionalmente, asduas celebrações religiosas,a católica e a budista, têmsido realizadas no mesmodia, mas neste ano, os jogosdo Brasil na Copa do Mun-do da Alemanha e o feriadoprolongado de Corpus Christiimpuseram mudanças. “Es-tamos no Brasil e precisa-mos entrar no clima”, resu-miu o presidente do Bunkyo,Kokei Uehara.

Assim, em 18 de junho, do-mingo, exatamente no dia ofi-cial da Imigração Japonesa,será realizada a Missa emAção de Graças aos Imigran-tes Precursores, às 10h50, naIgreja São Gonçalo, na PraçaJoão Mendes.

Depois, no dia 19, segundafeira, às 13h30, está programa-do o Culto Budista em Memó-ria aos Imigrantes, no GrandeAuditório do Bunkyo. Nesteano, a realização do eventoestá sob a coordenação daComunidade Budista Jodoshuda América Latina (TemploBudista Jodoshu Betsuin Ni-ppakuji de São Paulo).

O programa oficial come-morativo da imigração japone-

sa teve início no último final desemana (10 e 11), com o Con-certo Bunkyo aos Domingos edo espetáculo de música e bai-lado tradicional japonês com o

Bunkyo celebra os 98 anos comculto e missa em ação de graças

IMIGRAÇÃO JAPONESA

Missa em Ação de Graças aosImigrantes PrecursoresQuando: 18 de junho (domingo),às 10h50Onde: Igreja São Gonçalo – Pra-ça João Mendes

Culto Budista em Memória dosImigrantesQuando: 19 de junho (segunda-feira), – às 13h30Onde: Grande Auditório do Bun-

P R O G R A M A Ç Ã O

kyo (rua São Joaquim, 381 – Li-berdade)

41º Festival de Música e DançaFolclórica JaponesaQuando: 24 e 25 de junho (sába-do e domingo), a partir das 10hOnde: Grande Auditório do Bun-kyoEntrada franca

Homenagem aos Idosos (99 anos)

Quando: 25 de junho (domingo),às 9hOnde: Grande Auditório do Bun-kyo

10º Festival de CerejeirasBunkyosQuando: 1º e 2 de julho (sábadoe domingo), a partir das 10hOnde: Centro Kokushikan Daiga-ku (Estrada Bunjiro Nakao, km 48)Entrada franca

grupo Nagauta-Hayashi noKai do Japão, que no próximodia domingo (18), estará seapresentando no teatro Muni-cipal de Mogi das Cruzes, além

do 41º Festival de Música eDança Folclórica Japonesa,Homenagem aos Idosos e 10ºFestival das CerejeirasBunkyos.

O Enkyo (BeneficênciaNipo-Brasileira de São Paulo)promove no próximo dia 17(sábado), a partir das 20 ho-ras, o 4º Jantar Beneficente.O evento, de caráter filantró-pico, é organizado em benefí-cio ao Yassuragui Home, Cen-tro de Reabilitação Social emGuarulhos, uma das unidadesfiliadas da instituição.

Além da refeição, que in-

clui buffet no cardápio, os pre-sentes poderão conferir umaprogramação recheada demuita música e dança, como oestilo típico de Okinawa. Otérmino está previsto para às23h. O ingresso custa R$ 50,00por pessoa e pode ser adquiri-do na unidade de Guarulhos ouna sede do Enkyo, na Rua SãoJoaquim, 381, 5º andar, no bair-ro da Liberdade.

FILANTROPIA

Yassuragui Home promove 4º Jantar Beneficente no sábadoO Yassuragui Home conta

hoje com 42 internos em regi-me de internato, atendendo aportadores de transtornosmentais, afetivos e emocio-nais. De acordo com MorioSakamoto, presidente da co-missão administrativa, a enti-dade espera contar com o“apoio e ajuda de vários seg-mentos da sociedade, parapodermos continuar com o

nosso objetivo principal, que éo de reabilitar essas pessoase engajá-los novamente nasociedade”.

O evento acontece na As-sociação Okinawa Santa Ma-ria, que fica na Rua João dosSantos Abreu, 755, no bairroVila Nova Cachoeirinha, emSão Paulo. Mais informaçõespodem ser obtidas pelos tele-fones 11/6480-1788.

Uma grande concentraçãode nikkeis estará a postos noSambódromo do Anhembi logona manhã do próximo domin-go (18). Mas não é nenhumdesfile de Carnaval que iráacontecer no local, chamadooficialmente de Pólo Culturale Esportivo Grande Otelo, esim a prática do Radio Taissô.A Federação de Rádio Taissôdo Brasil (Fertbra) realiza naocasião o 24º Festival de Gi-nástica Rítmica Rádio Taissô.

Pelo menos mil ginastas es-tarão presentes na festa quecomemora o Dia Oficial doRádio Taissô, regulamentadoem São Paulo em nível muni-cipal e estadual. Ao mesmotempo, serão lembrados o 28ºaniversário da federação e os98 anos da imigração japone-sa no Brasil. “Todo ano reali-zamos o festival em data pró-xima ao dia 18, e neste anocaiu em um domingo. Aprovei-tando que o Centenário serácomemorado daqui a dois anos,vamos nos acostumar com olocal – os festejos oficiaisacontecem lá – para não terproblema no dia”, afirma o pre-sidente da entidade, JorgeKinoshita.

A concentração será às8h30, quando os ginastas – amaioria da terceira-idade e

mulher – se reúnem na pista.Depois, às 9h, haverá a apre-sentação de autoridades, queficarão no palco, para dar iní-cio à abertura. Na cerimôniaserão executados os hinos doBrasil e Japão e será dado umminuto de silêncio em memó-ria a diretores e associadosfalecidos. “Não é só ginástica.Faremos também apresenta-ção de folk dance [dança fol-clórica] que treinamos”, acres-centa a diretora do departa-mento técnico da Fertbra,Satiko Ono. A programação dodia 18 inclui execução do can-to “Radio Taissô”, MorningStretching (alongamento),Minna do Taissô (ginástica dopovo), Radio Taissô 1 e 2 (gi-nástica rítmica do Japão), Folk

RÁDIO TAISSÔ

Fertbra leva mil pessoas para 24º Festival de GinásticaRítmica no Anhembi no próximo domingo

Dance Steirriger e StonianRight and Left.

A exibição para o públicoserá gratuita e Kinoshita afir-ma que, com o grande númerode pessoas na pista de 550metros de extensão, não have-rá espaço para mais pessoas.Quem for assistir poderá acom-panhar o evento da arquiban-cada. A previsão de encerra-mento é por volta das 11h30.

Benefícios – De acordo comos dados da Federação deRádio Taissô do Brasil, cercade 2 mil pessoas praticam aginástica rítmica do Japão qua-se diariamente. Elas fazemparte das 55 entidades filiadasà Fertbra nos Estados de SãoPaulo, Rio de Janeiro, Paraná,

Minas Gerais e Mato Grossodo Sul. Como é o caso da di-retora da entidade Satiko Ono,que de segunda a sexta – pelamanhã, por volta das 6h30 –reúne-se com as amigas nasede de sua entidade, onde por40 minutos realizam os exer-cícios físicos.

“Além dos benefícios mus-culares e na circulação sangüí-nea, que é a parte física, a gi-nástica oferece também bene-fícios mental e comunitário, es-timulando o praticante a fazeramizades”, lembra Kinoshita.Ele e o vice-presidente KazutoIkezaki são dos poucos homensque fazem parte do quadro depraticantes. Os organizadoresdo festival dão como exemploa cidade de Mogi das Cruzes,em que dos 200 ginastas, ape-nas cinco são homens.

“Nós dois somos raridadesno meio de tanta mulher. Achoque elas têm mais disposição”,ri o presidente.

24º FESTIVAL DE GINÁSTICARÍTMICA RÁDIO TAISSÔQUANDO: DOMINGO (18), DAS 8H30 ÀS

11H30ONDE: SAMBÓDROMO DO ANHEMBI –AV. OLAVO FONTOURA, 1.209,ANHEMBI

ENTRADA FRANCA

INFORMAÇÕES: 11/2276-3709

Exibição, no Pólo Cultural, será gratuita para o público

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*SHIGUEYUKI YOSHIKUNI

Com a aproximação dopleito de outubro, quando jácomeçam a delinear os futu-ros candidatos, seja no âmbi-to federal, seja no âmbito es-tadual, gostaríamos de apre-sentar sugestões para queeles coloquem em seus pro-gramas, à falta de algo maisconsistente, porque, como écorriqueiro, o conteúdo dasmetas dos políticos é de umaindigência incrível, salvoraríssimas exceções.

Como acontecerá a partirdos próximos meses, a visitade candidatos ao interior seráintensa. Há políticos que, em-bora não mantenham nenhumvínculo com a cidade, têm aousadia de se apresentarcomo amigo e defensor denossos interesses. É o que de-nominamos de pára-quedistas.Com aparato mais sofisticado,boa lábia, poder de barganha,sempre conseguemarrebanhar alguns votos aqui,outros acolá, e logram ser elei-tos, com prejuízo dos candida-tos locais ou da região.

Para evitar essa revoadaindesejável dos pára-quedistasé que algum tempo houve al-guns políticos sérios que pen-savam em implantar o votodistrital, como já há em algunspaíses adiantados, politicamen-te. O candidato só poderá servotado por determinados elei-tores de uma circunscriçãopredeterminada. Assim o elei-tor poderá escolher com me-lhor critério e conhecimento decausa uma vez o conhece pelomenos superficialmente dadaa proximidade de convívio. Poroutro lado, os políticos conhe-cem também melhor suas ba-ses. Mas a idéia nunca foiavante por contrariar interes-ses de poderosos que se man-têm no poder graças as suasposses e com isso conseguemobter votos pingados em todoo estado.

Outro conteúdo que o can-didato deveria colocar em seuprograma, com a perspecti-va de ser bem acolhido peloseleitores, é a adoção da nãoobrigatoriedade do voto. Setudo que é bom para os EUAé bom para o Brasil, já diziaalguém, a medida deveria ser

implementada. Argumentamalguns que o voto é um devercívico importante para oexercício da cidadania.

Nesse panorama políticocom que defrontamos comsuas mazelas não há como dese falar em cidadania. É mui-ta ironia.

Como o exercício da ci-dadania integral só se podeser exercido numa democra-cia plena, o cidadão não de-veria ser obrigado a fazer algoque o constranja e que nadacontribui para o aprimora-mento do regime representa-tivo. O voto deveria ser umafaculdade, como já o é paraos maiores de 70 anos. Seriauma inovação bem aceitapelos eleitores que o liberta-ria de um ônus senão indese-jável, pelo menos incômodo.

E sendo facultativo have-ria uma escolha mais criteri-osa, pois poucos se submete-riam a se locomover, enfren-tar fila, para sufragar o nomede qualquer um, como o fa-zemos agora. Ele, o eleitor,pelo menos faria uma esco-lha melhor, segundo seu co-nhecimento do candidato, em-bora algumas vezes imperfei-to, mas pelo menos alguémligado à sua terra.

Outra ponderação é no to-cante à nossa legislação tra-balhista que é antiquada e re-trógrada. Veja, por exemplo,só permitir o trabalho a mai-ores de 16 anos. Não é à toaque muitos ficam perambu-lando pelas ruas sem o quefazer. Ninguém se arrisca acontratá-los sob pena de se-vera penalidade. Antes des-sa legislação, quase todosmantinham em sua loja ou naprópria casa um menor queservia para fazer serviços le-ves, levar recados, levar car-tas ao correio, comprar jor-nais. Eles, além de auferiremuns trocados, ganhavam ali-mentação. É assunto de sepensar ante o processo tec-nológico que está ceifandomilhares de empregos.

Aqui ficam as sugestõespara que os candidatos, casoqueiram, as usem como mar-keting.

*Shigueyuki Yoshikuni é jornalistae reside em Lins

OPINIÃO

Sugestões de um eleitor

Este ano, as celebrações religiosas, a católica e a budista, acontecem em dias diferentes

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Em meio ao complicadoprocesso da escolha do padrãode Tv digital a ser utilizado noBrasil, uma comitiva lideradapelos ministros japoneses daEconomia, Negócios e Indus-tria, Toshihiro Nikai, e do Inte-rior e Comunicação, HeizoTakenaka, chega ao Brasil nopróximo dia 29 para, finalmen-te, fechar o contrato com ogoverno brasileiro.

Entre os assuntos que ain-da emperram a negociaçãoestão questões referentes aviabilidade técnica do padrãoe a abertura do governo fede-ral para a discussão com ospadrões oferecidos pelos eu-ropeus e americanos. Antes dachegada dos ministros, no en-tanto, uma delegação de téc-nicos japoneses estará emBrasília a partir do dia 21 de-talhando o memorando de en-tendimento assinado pelos doispaíses em abril.

Na ocasião, o compromis-so entre os dois países firma-do em abril no Japão será de-talhado, e o decreto definindoa escolha brasileira e o mode-lo de transição para a TV digi-tal assinado. Também partici-pam do comitê de negociaçãoda TV digital os ministros daFazenda, do Desenvolvimentoe da Ciência e Tecnologia, masa assessoria do Palácio do Pla-nalto não confirmou a presen-ça deles na reunião.

Ao comentar os sucessi-vos adiamentos do anúnciosobre a escolha brasileira, o

ministro das Comunicações,Hélio Costa, afirmou que oatraso não foi em vão, pois,segundo ele, os adiamentosocorridos desde de fevereiro(a previsão inicial era o dia 10daquele mês), “obedeceramuma necessidade estratégicado governo”.

Mantendo o mistério, o mi-nistro preferiu não marcar umanova data para o anúncio ofi-cial, mas confirmou que não háno governo qualquer manifes-tação para adiar a escolha. Deacordo com a orientações re-passadas, a ordem é a de queos ministros envolvidos nasnegociações falem o mínimopossível sobre o assunto coma imprensa. Esse tipo de com-portamento também tem sidouma prática dos japoneses, queevitam dar detalhes da fase fi-nal das negociações.

A partir desta semana, oBNDES (Banco Nacional deDesenvolvimento Econômicoe Social) terá assento perma-nente na reta final de negocia-ções sobre a TV digital. A ori-entação do governo é para queo banco viabilize o volume derecursos que for necessáriopara o financiamento de umafábrica de semicondutores noBrasil.

Enquanto aguarda a visitada delegação japonesa, opresiente Luiz Inácio Lula daSilva estuda criteriosamente osdetalhes técnicos do decreto aser apresentado na oficializa-ção do padrão digital.

TV DIGITAL

Ministros japonesesconfirmam presença no Brasil

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São Paulo, 14 a 16 de junho de 2006 JORNAL NIKKEI 7

Oaikidô está em festa.“É como se o papa es-tivesse vindo ao Bra-

sil”. A comparação, feita pelopresidente da ConfederaçãoBrasileira de Aikidô – Institu-to Takemussu Brazil Aikikai,professor Wagner Bull, defi-ne bem a dimensão do eventoque será realizado no sábado(17), das 9 às 12h e das 15 às18h, e no domingo, das 9 às12h. Na sexta (16), a progra-mação é fechada. O eventoserá realizado no Centro deConvenções São Luis, em SãoPaulo.

Organizado em parceriacom a Fepai (Federação Pau-lista de Aikidô), entidade pre-sidida por Makoto Nishida, emconjunto com Ichitami Shika-nai, trata-se de um seminárioque traz ao Brasil, pela primei-ra vez, o neto do criador doaikidô e considerado hoje o lí-der máximo desta arte marci-al, Doshu Moriteru Ueshiba.

“É um evento inédito e umaoportunidade ímpar que nãopode ser perdida por quem seinteressa por aikidô de ver deperto o herdeiro de tão rica tra-dição ensinando ao vivo e mos-trando o poder do verdadeiroaikidô”, explica Bull, acrescen-tando que as vagas já forampreenchidas. “Recebemosduas mil inscrições, a maioria

ARTES MARCIAIS

Neto do criador do aikidô visita o País pelaprimeira vez para palestras e demonstrações

de praticantes do Brasil, mastambém virá praticantes daVenezuela, Panamá, Argenti-na e Paraguai”, esclarece Bull,

acrescentando que a vinda deMoriteru “é um orgulho para acomunidade nipo-brasileira”.

“Imagine duas mil pesso-

as praticando aikidô em doismil metros quadrados detatamis durante quase dezhoras de práticas e aulas con-

Moriteru Ueshiba, neto do criador do aikidô, visita o País pela primeira vez

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Seleção japonesa tenta ‘juntar os cacos’ apósfracasso em estréia diante da Austrália

COPA DO MUNDO

Depois de estrear de for-ma desastrosa contra os aus-tralianos ao perder, de virada,por 3 a 1, a seleção japonesade futebol tem de trabalharagora contra a forte pressãoda torcida para tentar garantiruma das vagas para a próxi-ma fase da Copa do Mundo.

Abalado com a falta de ob-jetividade da equipe no jogocontra a Austrália – equipe atéentão inexpressiva em Copasdo Mundo -, o técnico japonêsZico tentou explicar o péssimoresultado “culpando” a malíciae o forte preparo físico dos aus-tralianos, garantindo que parao jogo contra os croatas no do-mingo (18) a equipe deverámudar de postura tática e téc-nica. “É um tipo de jogo quenão tem como neutralizar. Elesjogam no corpo a corpo, na ma-lícia. E isso não tem como en-sinar para o jogador. Vamos

tentar mudar para o jogo con-tra a Croácia”, declarou. Ain-da na avaliação geral feita umdia após a derrota, o Galinholamentou a falta de pontariados atacantes: “Não há comojustificar o que aconteceu. Jo-gamos bem praticamente du-

rante o tempo todo, marcamoso gol, mas não tivemos quali-dade para ampliar nas chancesque tivemos. Sentimos o calorassim como os australianos,sentimos ainda a força deles,algumas vezes violentos. Masnão há desculpas. Tivemos achance e depois acabamos su-perados pela garra da Austrá-lia. Não dá tempo de se aba-ter.”

Para tentar assegurar umadas duas vagas para a próxi-ma fase, os japoneses terão desuar a camisa e mostrar umfutebol muito superior ao apre-sentado contra a Austrália. Emespecial a defesa, que em me-nos de oito minutos levou doisgols dos adversários, além dedar calafrios na torcida embolas aéreas. “Tem jogadasque não conseguimos neutra-lizar. Treinamos muito este tipode jogada (pelo alto), sabíamosque isso iria acontecer, masinfelizmente nem sempre ascoisas saem como a gente es-pera”, explicou o brasileiro,esquecendo-se que apenas ogol de empate da Austrália saiu

de uma bola alçada na área, emesmo assim com falha dogoleiro Kawaguchi.

Em meio ao momento tur-bulento, Zico revela que aescalação inicial não devemudar até o fim da primeirafase. Nem mesmo os atacan-tes, que pouco produziram noprimeiro jogo. Contudo, nosnúmeros a seleção nipônica –ou “Samurai Blue” como éconhecida – prova que neces-sitará fazer um verdadeiro“milagre” para errar menosnas finalizações e chegar àsoitavas-de-final: o atacanteTakahara foi quem mostroufalta de pontaria, mandandotrês bolas pela linha de fundo,e nenhuma com direção do gol.Já o volante Fukunishi errouduas vezes. Nakata, Nakamu-ra e Yaganisawa erraram asdemais. Estes dois últimos fo-ram os únicos autores dasfinalizações corretas do Japão.

Antes animado com a es-tréia e uma das estrelas do time,o lateral-esquerdo brasileironaturalizado japonês Alessan-dro “Alex” Santos confirmouque os japoneses não souberamsair do jogo “malandro” dosaustralianos. Aliás, o jogador foium dos mais apagados da equi-pe. Sem conseguir levar perigocom cruzamentos na área aus-traliana, o jogador só arrema-tou uma vez ao gol.

Com uma difícil tarefa pelafrente, o Japão terá de vencero próximo jogo contra oscroatas, marcado para domin-go (18), e, no mínimo, arran-car um empate contra a atualcampeã mundial e favorita aotítulo na Alemanha, a seleçãobrasileira, na próxima quinta-feira (22).

Seleção japonesa tenta superar desânimo após derrota

AGÊNCIA KYODO

tínuas sobre as técnicas”, co-memora ele, lembrando queno sábado (17), o Moriteru,que lidera 2 milhões de pes-soas em todo o mundo, seráhomenageado com a entregada mais alta comenda da ci-dade de São Paulo, a Meda-lha Anchieta, além de um di-ploma de agradecimento. A ini-ciativa é do vereador JoojiHato (PMDB). A cerimôniadeve contar com a presençatambém do cônsul geral doJapão em São Paulo, MasuoNishibayashi.

História – O aikidô foi cria-do por Morihei Ueshiba(1883-1969), O Sensei –como é chamado pelos aiki-doístas –, após longos anosde estudos de artes marciaisjaponesas e de profundo trei-namento espiritual. Seu filhoKishomaru, o segundo Aiki-dô Doshu, simplificou a filo-sofia e adaptou as técnicastornando-as acessíveis aqualquer praticante. A missãode continuar esse trabalhocabe atualmente ao neto dofundador, Moriteru Ueshiba,o terceiro Aikidô Doshu. “Elevem demonstrar que, comuma abordagem lógica e como domínio das técnicas, o alu-no poderá progredir em dire-ção à meta final do aikidô, ou

seja, forjar o espírito indivi-dual e cultivar a harmoniaentre si e a natureza, entrocorpo e a mente”, garanteWagner Bull, que estima em15 mil o número de seguido-res no Brasil, sendo 6 mil ape-nas na Capital. No mundo, oaikidô conta com cerca de 2milhões de praticantes em 85paises.

Moriteru Ueshiba nasceuem 2 de abril de 1951, em Tó-quio. Segundo filho de Kisho-maru e Sakuko Ueshiba, éneto do fundador do aikidô,Morihei Ueshiba. Graduou-seem economia pela Universi-dade Gakuen. Desde a infân-cia treinou com seu pai e comdiversos mestres do HombuDojo. Assumiu o cargo dehombu dojo cho, chefe da aca-demia central do mundo em1986, mesmo ano em que pu-blicou o livro “Aikido: Shashinde Manabu” (Aikido: EstudoAtravés de Fotos).Viajou pelomundo para dar orientaçãotécnica e unir os aikidoístasde diferentes escolas e apóso falecimento de seu pai, em1999, foi nomeado como o ter-ceiro Doshu.

Mais informações podemser obtidas no InstitutoTakemussu, na Rua Mauro,323 (próximo à estão Saúde dometrô). Tel.: 11/2275-6022.

O jogo de segunda (15)entre Japão e Austrália erapara ser uma espécie de ape-ritivo da partida contra o Bra-sil na Copa do Bunkyo, maso Japão começou o Mundialcom o pé esquerdo. De nadaadiantou as bandeirinhas ver-melhas e brancas e a torcidaanimada que não parava degritar: Nippon!

O vice-presidente do Bun-kyo do Bunkyo (SociedadeBrasileira de Cultura Japone-sa) e coordenador do evento,Akio Ogawa, disse que a idéiade colocar uma TV para as-sistirem o jogo partiu da ne-cessidade que a Rede Globotinha de filmar uma torcida ja-ponesa. O organizador disseainda que a festa para o jogodo dia 22 já está organizadaindependente do resultadodessa partida contra a Austrá-lia. Os ingressos podem serretirados na secretaria da en-tidade a partir de hoje (14).

Uma televisão não muitogrande foi instalada na salado Centro de Informação eApoio ao Trabalhador no Ex-terior e conseguiu reunir umaquantidade considerável de

O Nippon Blue Jays sagrou-se campeão do 14º Campeo-nato Brasileiro de BeisebolVeterano Interclubes “Quaren-tão” ao derrotar, por 7 a 6, oKinko, que ficou com a segun-da colocação. Ibiúna ficou emterceiro seguido pelo Gigante.A competição foi disputadanos últimos dois domingos ( 4e 11), no Estádio do Bom Re-tiro e no campo do Gigante,ambos em São Paulo (SP).

O prêmio de Melhor Joga-dor do Campeonato foi dadoao atleta Cláudio Matsumoto,

BEISEBOL/VETERANO

Nippon Blue Jays fatura otítulo do Campeonato

do Nippon Blue Jays, enquan-to que o de Jogador Mais Es-forçado foi para Norimatsu, dovice-campeão Kinko.

Para chegar à decisão, oNippon Blue Jays passou porIndaiatuba (13 a 4) e Anhan-guera (9 a 2), terminando afase de classificação com omesmo número de vitórias doGigante no Grupo B. Na se-mifinal, derrotou Ibiúna por 13a 5. Já o Kinko, no Grupo A,venceu Ibiúna (7 a 3) e Cooper-cotia (14 a1) e na semifinal,passou pelo Gigante (10 a 3).

Por equipeCampeão: Nippon Blue JaysVice-campeão: Kinko3º colocado: Ibiúna4º colocado: Gigante

IndividualMelhor rebatedor - E. Sato(Kinko - 66,7%)2º Melhor rebatedor - PauloKawakami (Nippon Blue Jays -50%)Melhor empurrador de carrei-ras - E. Sato (Kinko - 8 pon-tos)2º Melhor empurrador de car-reiras - Cláudio Matsumoto(N.B. Jays - 5 pontos)

PREMIAÇÃO

Rei do Quadrangular - EdsonKondo (Nippon Blue Jays)Melhor arremessador - PauloKawakami (Nippon Blue Jays)Arremessador destaque - Wil-son Minami (Kinko)Melhor jardineiro-interno -Satiro Watanabe (Nippon BlueJays)Melhor jardineiro-externo - H.Muramatsu (Nippon Blue Jays)Melhor jogador do campeonato- Cláudio Matsumoto (NipponBlue Jays)Jogador mais esforçado -Norimatsu (Kinko)Técnico campeão - ShigueroAota (Nippon Blue Jays)

japoneses ao seu redor. Ostorcedores eram funcionári-os do Ciate, estudantes e atémesmo gente que ficou sa-bendo por amigos e resolveuir lá conferir a festa que aca-bou não acontecendo.

Muitos apostaram na vitó-ria do Japão em cima da Aus-trália. “Acho que vai ser 2 a 1pro Japão”, disse MárcioEduardo Odaguiri, funcionáriodo local. Já Felipe Oshiro, es-tudante do Bunkyo, apostou em2 a 0 para a seleção japonesa.

A cada grande defesa dogoleiro japonês, Kawaguchi,ouvia-se uma expressão dealívio e logo em seguida, pal-mas para o goleiro. Tudo iabem até o primeiro gol daAustrália. “Ahhhhh....”- foi ocoro da torcida que mesmoassim continuou confiante. Osegundo gol foi seguido de umgrito de indignação. Já no ter-ceiro, algumas pessoas levan-taram e deixaram a sala.

O jogo terminou 3 a 1 paraa Austrália, mas para a surpre-sa de todos, os japonesesaplaudiram as duasseleções.Fair Play!

(Aline Inokuchi)

Bunkyo reúne comunidade japonesa paraassistir o jogo de Japão contra Austrália

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8 JORNAL NIKKEI São Paulo, 14 a 16 de junho de 2006

KARAOKÊ/MÚSICA

11 de junho de 2006Shizuoka

Jurados: Prof. Shoiti Shimada, Profa. Cecília Ohira, Prof.a NobuoMatsuoka e Profa. Irene Sacayemura

Categoria Cantores Música

Shinjin 2 Teruko Yoshida ShinobuA6 Sassae Nooba Jinsei ShoguiEsp 6 Minoru Yoneda Akagui No Komori UtaExtra 6 Kinue Kiyota Ajisai UjooB-5 Kimiye Sakai MitizureA5 GR 1 Keiko Hangai Shusse KaidoA5 GR 2 Sumako Yano Tabi MakuraEsp 5 GR 1 Sadakazu Nakata Meoto ShunjuEsp 5 GR 2 Shigeyuki Tamaki Yuno Mati ErejiExtra 5 GR 1 Shizu Matsubara Sendo KawaiyaExtra 5 GR 2 Hatsue Kojima Hatoba ShigureA2 e A1 Emi Fujino Minato Komori UtaB4 Ayako Matsufuji Hito KoizareA4 GR 1 Isayo Miyoshi Naniwa No YumeA4 GR 2 Hiroko Sakai Kono Michio YukuEsp 4 GR 1 Ziro Owada Mayoi YukiEsp 4 GR 2 Nobuko Kiyohara Usu YukisoExtra 4 GR 1 Tomiko Uemura GonoosenExtra 4 GR 2 Toshie Kaneko Sans Toi MamieSuper Extra 4 Reiko Motomura NagaragawaA3 Takashi Sannomiya Hoshikague No WaltzEsp 3 Clineu Ida Ai To Tawamureno TonariniExtra 3 Tiomi Suenaga Waga TabijiSuper Extra 3 Teruo Shimoki Yoguiri No BiguinEsp 2 Miyuki Sato Kita No YukimushiExtra 2 Oscarina Junko Kuroki Kono Ai NiSuper Extra 2 Tatsuko Fukushima Yuyake Koyake

1º MIYAZAKI KARAOKE TAIKAIKARAOKE TAIKAI DO MINAMI

Cat Cantores

SHJ Midori NakayamaB-6/5 Kiyono AsanomeB-4/3 Noriko SakiyamaA-6 Yoshio IkeutiA-5 Mitsuco YamadaA-4 Tiyoko TamashiroEsp-6 Endo ShinitiEsp-5 Erika HirataExt-5 Maçami ShiguematsuDoyo Daichi TatsumiTib-B Harumi MiyamuraTib-A Hidemi TakiyaEsp 41 Elza KanekoEsp 42 Kiyoka Gushi

Cat Cantores

Ext-4 Aiko OkawaSex-3 Eiichi SugaharaA-3 Shiguemi KuribayashiEsp-3 Hiroshi MomoseEsp-2 Amélia MogariB-2/1 Junko KameokaA-2/1 Renato KuwaharaEsp-1 Pedro VasconcelosExt-3 Koichi TanakaExt-2 Sergio TanigawaExt-1 Ellen TanoueSex-2 Cecilia MiyazawaInter Juarez MafraPop Roberto Casanova

11 de junho de 2006Bunka ABC - Santo André

Jurados: Prof. Paulo Yamaji (Pres.), Profa. Elsa Fuchimi e Prof.Koji Kuwahara

Categoria Cantores Música

B-6 Miyoko Uemura Uramati SakabaB-5 Tieko Yamashiro Shima No BluesB-4 Issao Nagasaki Kimi KoishiA-6 Yae Yamashiro YawaraA-5 Seiji Iwasaki Kotei No KoukyoA-4 G/1 Paulo Tanaka Koi NyoboA-4 G/2 Keiko Matsui Kohan No YadoEsp-6 Setsuko Ishiyama Yushima No Shira UmeEsp-5 Clara Yamada Uramati GokoroEsp-4 G/1 Nobuo Arakaki Sazanka No YadoEsp-4 G/2 Massayuki Otsubo Usuyuki SoExtra-5 Ricardo Senaha Awayuki No HashiExtra-4 Shin Ichi Okuhama Izu No YadoS. Extra-4 Noboru Masuda Namonai Hana Ni Kampai ODoyo Leticia Miwa Takahara SeikurabeTibiko Denize Tome Fall In LoveShinjin Kuniko Kowa SaikaiB-3 Jorge Shimabukuro Shiawasse SagashiteA-3 Juarez Mafra SakeyoEsp-3 G/1 Chozen Medorima Tokiwa NagaretemoEsp-3 G/2 Elza Kuruma IbiyoruB-2 Edson Chobi Gima Tenshi No EkuboA-2 Hideo Kanashiro Yanagasse BluesEsp-2 Naomi Nishiyama Kaeran Tia YokaB-1 Jamil Miyashiro Kanashi KeredoA-1 Sandra Kobe HanaEsp-1 Kazuo Tanaka Ofukuro No Komori UtaExtra-3 Kuniko Kumai Koko Ni SatiariExtra-2 Shiguero Kizaki KawaS. Extra-3 Nobutoshi Yamada Furimukeba Nihon KaiS. Extra-2-1 Douglas Nishikawa Shinjuku Jowa

HEISEI ABC KARAOKE AIKOKAI

11 de junho de 2006ACENI - São Mateus

Jurados: Prof. Paulo Yamaji (Pres.), Profa. Elsa Fuchimi e Prof.Koji Kuwahara

Categoria Cantores Música

B-5 Sadao Takayasu Otiba ShigureB-4 Hiroko Nakazone Kono Miti O YukuA-5 G/2 Yoko Yamagushi MitizureA-5 G/1 Mitsuko Inoue Zasso No UtaEsp-5 G/2 Yoshijiro Koike RutenEsp-5 G/1 Kazuo Miyaoi Sassame YukiShinjin Noriyuki Imamura Hoshi Kague No WaltzB-2 Terumi Tamashiro Yarazu No AmeDoyo-1 Mayumi Takara TyulipuDoyo-2 Miwa Teruya Donguri Koro KoroTibiko Juliana Okabe Jongara Koi UtaExtra-5 G/2 Massami Fukano Mirem ZakeExtra-5 G/1 Tokunobu Matsuda Reijin Sou No UtaS. Extra-4 Zenko Higa Otoko No BluesEsp-4 Paulo Higa Nagori BuneExtra-4 Akiko Shimokawa Jogashima UjoA-4 Tieko Kaetsu Enka MitiB-3 Hiromi Takara Gueido ItidaiA-3 Francisco Imamura Hone Made AishiteA-2 Hiromi Yamamoto Iihi TabidatiEsp-3 Hatsumi Sawada Otonashi GawaEsp-2 Saty Sugahara Nada Sou SouB-1 Mitsuro Teruya Koi Uta TsuzuriA-1 Erika Yamamoto AitaiExtra-1 Lina Nagahama Hoshi No KataribeEsp-1 Rommel Okuma SubaruExtra-3 Kuniko Kinjo Touryo ItidaiExtra-2 Sergio Tanikawa GunjoInternac Rommel Okuma Cant Helping Filling Em LoveS. Extra-3 Nanko Hino Shinobi SatoS. Extra-2 Reiko Watanabe Minami Jujisei

SÃO MATEUS KARAOKE AIKOKAI

XX KARAOKE TAIKAI MIYASHITA KAYO KYOSHITSU

11 de junho de 2006Naniwa

Jurados: Nobuo Matsuoka, Érika Kawahashi, Yoshiko Yamada eTakako Suguita

Categoria Cantores Música

B-6/5 Carlos Okura Naniwa Bushidayo IjinseiwaB-4/3 Tomoko Taira Ajisai UjooA-6 Miyoko Yamoto Bamba No TsutaroA-5 Fumiko Nagata Haha Zukiyo No UtaA-4 Hiromitsu Takaya Yunomati ErejiEsp-6 Roberto Kaneko EkiEsp-5 Chioko Sato YawaraEsp-4 GR 1 Celia Yamamoto Bungo SuidoEsp-4 GR 2 Sumie Yoshida Shusse KaidoExt-5 Hiyoon Agata SaikaiExt-4 Alice Ninomiya Tokyo BluesSup Ext-4 Tomiyassu Sassaki Nossapu MirenA-3 Toshimitsu Kuruma Kita No TabibitoA-2/1 Eliane Yoshida Yarazu No AmeEsp-3/2 Nozomi Sudo ShimaiExt-3 Shinobu Tada Kurokami ZangueExt-2 Elza MaruyamaSup Ext-3 Shizuto ItoSup Ext-2 Misako Amano

Acantora nikkei PriscilaSuzuki prepara para ofinal do mês seu pri-

meiro registro solo, denomina-do “Priscila Suzuki Ao Vivo”,trabalho que considera primor-dial para a estabilização emuma das carreiras mais prag-máticas da vida: a musical.

O repertório do show foiescolhido pela cantora, que le-vou em conta não só o gostopessoal, mas também as pre-ferências do público. Daí, a di-versidade de estilos: músicasem português, espanhol, inglês,italiano e japonês, além de trêscomposições em parceria como tecladista Fábio Salgado. “Foimuito especial fazer a grava-ção na cidade onde nasci”, con-ta. Gravado na tenda da praiado Boqueirão, em Santos, noverão deste ano, o show teve40 músicas, com mais de 3 ho-ras de duração. Uma verdadei-ra “maratona” que os não-ini-ciados não dariam conta.

Para tirar de letra essa can-sativa rotina, Suzuki baseou-sena experiência das incursõesmusicais ao longo da vida.“Sempre tomei cuidados espe-ciais com a minha voz. Agoraque toco na noite também, pre-ciso estar ainda mais atenta.Evito tomar bebidas alcoólicasou qualquer outra gelada, e pro-curo sempre aquecer a voz an-tes de subir ao palco”, diz. Porisso, a gravação ao vivo nãoteve grandes problemas, a nãoser por “algumas pequenascomplicações que não tínhamoscontrole”. “Estava chovendomuito no dia e, por isso, tive-mos que fazer a montagem doequipamento em cima da hora.Um evento na praia acaba sen-do prejudicado com um climadesses”, explica.

Ela diz, porém, que acaboudando tudo certo. “O públicocompareceu em massa e nãotivemos nenhum problema téc-nico”. Além disso, a cantoraacredita que a recepção dopúblico foi muito boa .“Depoisdo show, muitos vieram per-guntar se eu tinha um CD pró-prio para vender. No ano an-terior, numa festa, uma senho-ra insistiu em comprar um CDdemo nosso, que não tem amesma qualidade de um pro-duto para ser comercializado.Com esse trabalho, podemosagora satisfazer a vontade des-sas pessoas”, afirma.

Até chegar a esse nível pro-

fissional, ela treinava, no início,4 horas por dia. Começou acarreira aos 8 anos de idadeem taikais, acumulando maisde 300 troféus em sua trajetó-ria. A mãe, professora de pia-no, e a avó, poeta, ajudavamna seleção e interpretação dasmúsicas. “Nunca freqüenteiescolas de música, tudo que seiaprendi com elas”, afirma.

Hoje, ela treina cerca de 2horas diárias, para manter odesempenho exigido pela pro-fissão. “Uso músicas america-nas, como as de Celine Dion,para aprimorar os agudos.Para os graves, a Ana Caroli-na é um ótimo desafio”. A can-tora precisa também estarantenada com as paradas desucesso, “para renovar o re-pertório e estar sempre atuali-zada”, explica.

Assim, as apresentações dacantora são das mais ecléticas,motivo de espanto para mui-tos da platéia, em especial porser descendente de japoneses.“As pessoas se surpreendemcom uma oriental cantandosamba, forró, axé ou pagode.Elas ficam olhando para o pal-co para ver se estou dublandoe vêm me cumprimentar apósa apresentação”, conta.

Até o preparo físico é umfator levado em conta na car-reira. “Senti diferença no meudesempenho depois que come-cei a praticar ginástica e mus-culação. Algumas músicas, porexemplo, exigem preparo físi-co para pular e dançar. As can-toras de trio elétrico, como aIvete Sangalo, agüentam ficartrês ou quatro horas cantandoporque cuidam dessa partetambém”.

Após o processo de

finalização do trabalho ao vivo,a intenção da cantora é gravarum CD com 12 músicas pró-prias, em parceria com o tecla-dista Fábio Salgado, até o finaldo ano. “Já fizemos a pré-pro-dução, só precisamos entrar emestúdio. Será a realização demais um sonho”, conclui.

Trajetória - Atualmente, acantora está afastada dos con-cursos de karaokê. “Já passoua minha época de competi-ções. Continuo a cantar músi-cas japonesas, mas somenteem shows e eventos. Os con-cursos exigem um treinamen-

to constante, pois a técnicavocal para músicas enka ounew enka são totalmente dife-rentes das músicas que cantoagora”, diz. A nikkei tem emseu currículo um primeiro lu-gar na categoria Adulto Kinsho,do Brasileirão de 98, e umquinto lugar na juvenil, do Pau-listão de 95.

Antes de iniciar o processode gravação do show, Priscilajá havia gravado um CD coma banda SantSom, chegandoaté a fazer uma turnê na Eu-ropa. “Fomos a banda escolhi-da pela Secretaria de Culturapara representar Santos, noFestival de Gastronomia dePortugal. Além das composi-ções da banda, tocamos músi-cas do Brasil, que os portugue-ses adoram”, relembra ela comorgulho.

E de onde vem tamanhainspiração para cantar? Se-gundo a própria Suzuki, suacarreira baseia-se em uma dascantoras brasileiras mais po-pulares entre os estrangeiros,Elis Regina. “Ela cantavacom sentimento, interpretan-do cada música de acordocom o estilo. No rock VelhaRoupa Colorida, por exemplo,ela usava uma rouquidão navoz, nos boleros, era uma in-terpretação totalmente dife-

rente. Esses detalhes é que atornavam uma cantora única”,afirma.

Ao longo de seus 10 anosde carreira profissional, ela di-vidiu o palco com profissionaisde todo tipo: dos ruins, chama-dos de pés-de-cachorro entreos músicos, aos excelentes,como os da orquestra da emis-sora NHK, que a acompanhouno Kohaku de 98, no TeatroMunicipal, em comemoraçãoaos 90 anos de imigração noBrasil.

Por isso, já teve que lidarcom as mais diversas situa-ções. Num dos ensaios para oevento da NHK, a música queiria cantar estava transcrita napartitura num tom errado. Elateve que voltar para cantar nasemana seguinte, só depois detodos os ajustes serem feitos.Numa apresentação em umbar, numa situação parecida, osmúsicos fizeram a adaptaçãona hora. “Não dá para com-parar uma banda de noite comuma orquestra, mas é engra-çado ver como os músicos li-dam de forma diferente comos problemas”, diz.

Em 2003, Priscila ganhouprojeção ao participar do con-curso de calouros do Progra-ma Raul Gil, chegando às se-mifinais e ficando entre os 16

melhores, num total de 200candidatos. No final do anopassado, participou novamen-te de um programa televisivo,do apresentador MarcioGarcia. “As duas oportunida-des foram uma excelente vi-trine para mim. Depois delas,muitos convites surgiram, alémdas pessoas lembrarem da mi-nha participações”. Muitosacreditam que ela chegariamais longe, não fosse o júricomposto, em grande parte,por pessoas que não são domeio musical. “Talvez pudes-se chegar à grande final, nun-ca se sabe”, desconversa.

Falando ainda de mídia,Priscila acredita que os progra-mas poderiam dar mais espa-ço aos novos talentos. “Osprogramas musicais são pou-cos e, para piorar a situação,as atrações são sempre asmesmas. Além disso, dentre asnovidades, são poucos os ar-tistas de qualidade”, diz, que sedesdobrará para cumprir aagenda em shows, eventos,casamentos, aulas e gravaçõesde jingles.

Aos interessados, mais in-formações podem ser obtidaspelo site: www.priscilasuzuki.palcomp3.com.br ou pelos te-lefones 13/3284-5371 ou 3252-1832.

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