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ANÁLISE IMUNO-HISTOQUÍMICA DAS PROTEÍNAS RANK, RANKL E OPG EM DENTES DE RATOS REIMPLANTADOS Natal / RN 2014 CONCEIÇÃO APARECIDA DORNELAS MONTEIRO MAIA

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ANÁLISE IMUNO-HISTOQUÍMICA DAS PROTEÍNAS RANK, RANKL E OPG

EM DENTES DE RATOS REIMPLANTADOS

Natal / RN

2014

CONCEIÇÃO APARECIDA DORNELAS MONTEIRO MAIA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PATOLOGIA ORAL

ANÁLISE IMUNO-HISTOQUÍMICA DAS PROTEÍNAS RANK,

RANKL E OPG EM DENTES DE RATOS REIMPLANTADOS

ORIENTADORA: Prof.a Dr.a Hebel Cavalcanti Galvão

Natal/RN

2014

Tese apresentada ao Colegiado do Programa de Pós-

graduação em Patologia Oral do Departamento de

Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do

Norte, como parte dos requisitos para obtenção do grau

de Doutor em Patologia Oral.

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Maia, Conceição Aparecida Dornelas Monteiro.

Análise imuno-histoquímica das proteínas rank, rankl e opg em dentes de ratos reimplantados / Conceição Aparecida Dornelas Monteiro Maia. – Natal, RN, 2014.

76 f. : il.

Orientador: Profª. Drª. Hébel Cavalcanti Galvão.

Tese (Doutorado em Patologia Oral) – Universidade Federal do Rio Grande do

Norte. Centro de Ciências da Saúde. Departamento de Odontologia. Programa de

Pós-Graduação em Patologia Oral.

Catalogação na Fonte. UFRN/ Departamento de Odontologia

Biblioteca Setorial de Odontologia “Profº Alberto Moreira Campos”.

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DEDICATÓRIA

Aos meus pais, Antônio Mendonça Monteiro e Elinora Dornelas

Monteiro, em especial minha mãe, por ter se dedicado intensamente

durante tantos anos da sua vida para que eu tivesse acesso à educação

de qualidade. Dedico e Agradeço de coração.

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AGRADECIMENTOS

À DEUS

Autor da minha VIDA!

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Aos meus familiares, Américo Maia Neto (marido), meus filhos Américo

Maia Segundo Neto, Tiago Monteiro Maia e Marcelo Monteiro Maia e minha neta

linda e queridíssima Maria Clara Melo Maia, pelo incentivo e compreensão,

durante a minha ausência nos momentos de estudo nesse período tão árduo e

longo.

À minha orientadora, Prof.ª Dr.ª Hebel Cavalcanti Galvão, por ter aceito

esse desafio. Meu muito obrigada.

Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Patologia Oral do

Departamento de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte:

Prof. Dr. Antônio de Lisboa Lopes Costa, Prof.ª Dr.ª Éricka Janine Dantas da

Silveira, Prof.ª Dr.ª Hebel Cavalcanti Galvão, Prof. Dr. Leão Pereira Pinto, Prof.ª

Dr.ª Lélia Batista de Souza, Prof.ª Dr.ª Lélia Maria Guedes Queiroz, Prof. Dr.

Manuel Antonio Gordón Nuñes, Prof.ª Dr.ª Márcia Cristina da Costa Miguel e

Prof.ª Dr.ª Roseana de Almeida Freitas pela dedicação, ensinamentos e esforços

para contribuir da melhor forma possível para nossa formação profissional.

A Prof.ª Dr.ª Aurigena Antunes de Araújo Ferreira, do Curso de Farmácia

da UFRN, pela gentileza e preocupação em ceder material para realização desta

pesquisa. Sua colaboração foi decisiva para que o processamento imuno-

histoquímico pudesse ter acontecido. São atitudes como a sua que fazem as

pesquisas acontecerem. Meu muitíssimo obrigada.

Aos funcionários Gracinha, Idelzuíte, Sandrinha, Lurdinha, Canindé,

Ricardo e Evil pela presteza, disponibilidade, amizade e carinho. Vocês são

muito importantes na Patologia Oral da UFRN.

Aos colegas da minha turma de doutorado: Cyntia, Emeline, Felipe,

Fernando, Joabe, Keyla e Maiara, e das demais turmas: em especial Águida,

Ana Luiza e Denise por terem contribuído grandemente para mais uma etapa da

minha formação com amizade e conhecimentos.

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Aos alunos de iniciação científica da UnP, especialmente Ciro Dantas,

pela disponibilidade, determinação e trabalho. A pesquisa precisa de alunos

como você. Meu muito obrigada.

À Prof.ª Irene Valério pela contribuição e dedicação por esse grupo de

pesquisa.

À Prof.ª Rosângela D’Ávila Lustosa Pinheiro Daniel pelo seu carinho,

contribuição e sobretudo amizade nas horas mais difíceis. Rô, você é como uma

irmã. Muito obrigada.

À Prof.ª Maria Alice Pimentel Fuscella pelo apoio e incentivo nessa

jornada tão árdua. Obrigada também pela sua amizade e compreensão.

À Universidade Federal do rio Grande do Norte, Universidade Potiguar e

Universidade de São Paulo pela parceria, contribuindo enormemente para essa

integração interinstitucional.

Aos professores da Odontologia UnP pelo incentivo e carinho durante

esse período, em especial o grupo da “Endo e Imagem” (Cícero Romão Gadê

Neto, Hanieri Gustavo de Oliveira, Betânia Fachetti, Rosângela D’Ávila Lustosa

Pinheiro Daniel e Lílian Karine Cardoso Guimarães Carvalho) quando

assumiram as aulas das disciplinas no momento em que não podia estar

presente. Muito Obrigada.

À CAPES/CNPq por ter financiado parte dessa pesquisa.

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AGRADECIMENTO ESPECIAL

À Prof.ª Dr.ª Rejane Andrade de Carvalho por ter proporcionado grande

parte da realização dessa pesquisa. Sem a sua força e incentivo não conseguiria

concluir mais essa etapa da minha vida profissional. Obrigada por você ser

minha eterna mestra e, também, amiga.

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ANÁLISE IMUNO-HISTOQUÍMICA DAS PROTEÍNAS RANK,

RANKL E OPG EM DENTES DE RATOS REIMPLANTADOS

RESUMO

O sistema RANK/RANKL/OPG participa da formação e reabsorção do osso, e sua descoberta tem sido um dos maiores avanços na compreensão da biologia óssea com relação à osteoclastogênese. O objetivo desse estudo foi investigar a expressão dos marcadores RANKL/RANK/OPG em dentes de ratos reimplantados, bem como observar a relação entre a expressão desses marcadores com o processo de reabsorção dentária e óssea. Foram utilizados 30 incisivos superiores direitos de 30 ratos machos, adultos, da linhagem Wistar (Rattus norvegicus albinus). Os dentes foram avulsionados e divididos em dois grupos: G1 (n=15) – 5 minutos extra-alveolar e G2 (n=15) – 60 minutos extra-alveolar, permaneceram durante esse período em ar seco, e em seguida, reimplantados e analisados nos intervalos de 1, 3 e 7 dias. Para pesquisa de RANK, RANKL e OPG, mediante a utilização de anticorpos primários para ratos, os cortes histológicos foram submetidos à reação imuno-histoquímica. Os resultados demonstraram que o sistema RANK/RANKL/OPG participa ativamente, tanto do processo de reparo de dentes de ratos reimplantados, quanto das reabsorções dentárias e ósseas; o tempo extra-alveolar de 60 minutos antes do reimplante ocasionou menores expressões de RANKL e OPG, não influenciando na expressão de RANK; RANKL apresentou maior imunomarcação em ambos os grupos, quando comparado aos outros biomarcadores, participando em todas as fases da reabsorção óssea e dentária; RANKL esteve associado tanto ao processo de osteoclastogênese, como de proliferação celular, sendo expresso em ambos os grupos. Palavras-chave: Ligante RANK, Osteoprotegerina, reimplante dentário, reabsorção radicular, imunohistoquímica.

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ANALYSIS IMMUNOHISTOCHEMISTRY OF RANK, RANKL AND OPG IN TEETH’S RATS REIMPLANTED

ABSTRACT

The RANK / RANKL / OPG system plays an important role in bone formation and resorption. This finding has been regarded as one of the most important advances in the understanding of bone biology with respect to osteoclastogenesis. The aim of this study was to investigate the expression of RANKL / RANK / OPG markers in reimplanted teeth of rats, and to observe the relationship between the expression of these markers and tooth and bone resorption. Thirty male Wistar rats (Rattus norvegicus albinos) had their maxillary right incisors extracted, and were divided into 2 groups according to the period that the extracted teeth were kept in dry air before reimplantation: G1 (n = 15) - 5 minutes, and G2 (n = 15) - 60 minutes. After reimplantation, teeth were analyzed at intervals of 1, 3 and 7 days. After these experimental periods, the animals were euthanized. Longitudinal sections with 5μm thick were obtained and stained with Hematoxylin and Eosin for histological analysis, while 3μm thick sections were subjected to immunohistochemical analysis of OPG, RANK and RANKL. The results showed that the RANK / RANKL / OPG system actively participates in both the repair process, as well as tooth and bone resorption. Extra-alveolar time of 60 minutes before replantation caused minor expressions of RANKL and OPG, not influencing the expression of RANK; RANKL immunostaining showed higher in both groups when compared to other biomarkers, participating in all phases of bone and tooth resorption; RANKL was associated to both osteoclastogenesis and cellular proliferation, and was expressed in both groups. Key words: RANK ligand, osteoprotegerin, tooth replantation, root resorption, immunohistochemistry.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 Mecanismo da reabsorção óssea (CONSOLARO et al., 2012).............................................................................................

22

Figura 2 Esquema do processo de diferenciação osteoclástica (KUMAR et al., 2010)...................................................................................

26

Figura 3 Expressão imuno-histoquímica em G1 (1 dia) das proteínas RANK - Imunomarcação discreta de RANK em células inflamatórias polimorfonucleares (A), RANKL - Células do ligamento periodontal e osteoclastos expressam RANKL (B) e OPG - Imunomarcação de OPG em osteoblastos (C).................................................................................................

46

Figura 4 Expressão imuno-histoquímica em G1 (3 dias) das proteínas RANK - Células do ligamento periodontal em proliferação, imunomarcação ausente para RANK (A), RANKL - Imunomarcação de RANKL em fibroblastos e células inflamatórias mononucleares. Terço apical (B) no LP, e OPG - Ausência de imunomarcação de OPG no tecido ósseo (C)..........

47

Figura 5 Expressão imuno-histoquímica em G1 (7 dias) das proteínas RANK - Ausência de imunomarcação de RANK em área de anquilose alvéolo-dentária (A), RANKL - Imunomarcação forte em área de início de anquilose: Reabsorção dentária (dentinoclastos) e neoformação óssea (osteoblastos) (B) e OPG - Imunomarcação de OPG em tecido ósseo e células do ligamento periodontal (C) .............................................................

48

Figura 6 Expressão imuno-histoquímica em G2 (1 dia) das proteínas RANK - Ausência de imunomarcação de RANK no ligamento periodontal que exibe necrose e pouca celularidade (A), RANKL - Reação inflamatória no ligamento periodontal. Imunomarcação moderada de RANKL (B) e OPG - Imunomarcação ausente no ligamento periodontal, que apresenta fibrose (C) ........................

50

Figura 7 Expressão imuno-histoquímica em G2 (3 dias) das proteínas RANK - Reação inflamatória próxima ao cemento. Imunomarcação inexpressiva de RANK (A), RANKL - Imunomarcação de RANKL em fibroblastos e células inflamatórias mononucleares próximo ao cemento íntegro. Terço Médio (B) e OPG - Imunomarcação discreta de OPG em células inflamatórias próximo ao dente (C).................................................................................................

51

Figura 8 Expressão imuno-histoquímica em G2 (7 dias) das proteínas

RANK - Ausência de imunomarcação de RANK em área de

neoformação óssea (A), RANKL - Imunomarcação de RANKL em

área de neoformação óssea. Terço Médio/Apical (B) e OPG - Não

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houve imunomarcação para OPG nas células do ligamento

periodontal (C) ............................................................

Figura 9 Expressão de RANK, RANKL e OPG em G1 e G2 quanto a

influência do tempo e a expressão dos marcadores imuno-

histoquímicos .............................................................................

54

Figura 10 Expressão de RANKL comparado com os outros marcadores

com relação ao período experimental ..........................................

55

Figura 11 Média da expressão de RANK, RANKL e OPG em G1 e G2

quanto a intensidade do processo inflamatório no LP e

reabsorção no osso e cemento (Teste Kruskall-Wallis) ...............

56

Figura 12 Expressão comparativa de RANKL e OPG nos subgrupos de

acordo com o tempo extra-alveolar no terço apical......................

57

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Distribuição do número de dentes de acordo com os grupos

experimentais e períodos de avaliação.......................................

38

Tabela 2 Distribuição dos anticorpos primários ........................................ 41

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ATF4: Fator transcricional de ativação 4

BMP2: Proteína morfogenética óssea 2

BMP4: Proteína morfogenética óssea 4

BMU: Unidade osteorremodeladora

Cbfa-1: Fator α-1

CD: Cisto dentígero

CR: Cisto radicular

EGF: Fator de crescimento epidérmico

FA: Fibroma ameloblástico

GaAIAs: Laser de diiodo gálio-alumínio-arsenato

IGF-1: Fator de crescimento semelhante à insulina-1

IL-1: Interleucina-1

LBI: Laser de baixa intensidade

LP: Ligamento periodontal

M-CSF: Fator estimulante de colônias de macrófagos

MO: Mixoma odontogênico

NC: Necrose por coagulação

NL: Necrose por liquefação

OA: Osso alveolar

OPG: Osteoprotegerina

Osx: Osterix

PGE2: Prostaglandina E2

PMN: Leucócitos polimorfonucleares

PpgPO-UFRN: Programa de Pós-Graduação em Patologia Oral – UFRN

PTH: Hormônio paratireoide

RANK: Receptor Ativador do fator nuclear kappa-B

RANKL: Ligante de RANK

REM: Restos epiteliais de Malassez

ROA: Reabsorção óssea ativa

ROR: Reabsorção óssea reparada

TGF-β: Fator transformador de crescimento β

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TNF: Fator de necrose tumoral

TOA: Tumor odontogênico adenomatóide

TOCC: Tumor odontogênico cístico calcificante

TOEC: Tumor odontogênico epitelial calcificante

TRAF: Fator associado ao TNF

TRAP: Fosfatase ácida resistente ao tartarato

UFRN: Universidade Federal do Rio Grande do Norte

UnP: Universidade Potiguar

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SUMÁRIO

Página

1 INTRODUÇÃO ................................................................................ 17

2 REVISÃO DA LITERATURA .......................................................... 19

2.1 TRAUMA DENTAL – AVULSÃO DENTAL...................................... 19

2.2 REABSORÇÃO ÓSSEA ALVEOLAR E RADICULAR ................... 20

2.3 SISTEMA RANK/RANKL/OPG ....................................................... 25

2.4 RANK .............................................................................................. 26

2.5 RANKL ............................................................................................ 27

2.6 OPG ................................................................................................ 29

3 PROPOSIÇÃO ................................................................................ 35

4 MATERIAL E MÉTODOS ............................................................... 36

4.1 ASPECTOS BIOÉTICOS ................................................................ 36

4.2 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO ................................................ 36

4.3 ANIMAIS ......................................................................................... 36

4.4 PROCESSO DE AMOSTRAGEM ................................................... 37

4.4.1 Seleção e Tamanho da Amostra .................................................. 37

4.4.2 Critérios de inclusão .................................................................... 37

4.4.3 Critérios de exclusão .................................................................... 37

4.5 CONSTITUIÇÃO DOS GRUPOS EXPERIMENTAIS ..................... 37

4.6. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS .......................................... 38

4.7. ESTUDO IMUNO-HISTOQUÍMICO................................................. 40

4.8 ANÁLISE DAS CÉLULAS IMUNOMARCADAS .............................. 42

4.9 ANÁLISE ESTATÍSTICA ................................................................. 43

5 RESULTADOS ............................................................................... 44

5.1 ANÁLISE IMUNO-HISTOQUÍMICA ................................................ 44

5.2 ANÁLISE ESTATÍSTICA ................................................................. 53

6 DISCUSSÃO ................................................................................... 58

7 CONCLUSÃO ................................................................................. 65

REFERÊNCIAS .............................................................................. 66

ANEXOS ......................................................................................... 74

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1 INTRODUÇÃO

O trauma dental ocorre frequentemente e compreende 5% das injúrias

pelas quais as pessoas procuram tratamento, o que configura um complexo

particular devido à variedade de estruturas e tecidos que podem ser envolvidos

(ANDREASEN; ANDREASEN; ANDERSSON, 2007), sendo responsável por um

elevado número de dentes perdidos (RODRIGUES; RODRIGUES; ROCHA,

2010), principalmente quando ocorre a avulsão dos mesmos (TROPE, 2002).

O reimplante imediato é o tratamento de escolha da avulsão dentária.

Entretanto, o tempo de permanência extra-alveolar, o meio de armazenamento

do dente avulsionado, a preservação da vitalidade do ligamento periodontal em

condições assépticas, a regeneração do ligamento periodontal e o tipo de

reabsorção radicular influenciam no sucesso do tratamento e,

consequentemente, no prognóstico para os dentes reimplantados (BLOMLÖF,

1981; BLOMLÖF; OTTESKOG, 1980; ANDREASEN, 1981; CARVALHO et al.,

1999; TROPE, 2002; LUSTOSA-PEREIRA et al., 2006; FLORES et al., 2007;

KHADEMI et al., 2008; CONSOLARO et al., 2012).

As reabsorções patológicas dentárias são bastante frequentes e se

caracterizam como consequência e/ ou complicação de algumas situações

clínicas, dentre elas os traumatismos dentários, principalmente nos casos de

avulsão dentária, e constitui uma causa comum de perda de dentes. Os

cementoblastos e restos epiteliais de Malassez (REM), ao serem eliminados, dão

início a essas reabsorções (CONSOLARO, 2002; 2011).

O mecanismo biomolecular de reabsorção radicular tem sido pesquisado,

especialmente através da avaliação da expressão das proteínas RANK

(Receptor Ativador do fator nuclear kappa B), RANKL (Ligante de RANK) e OPG

(Osteoprotegerina) (LOSSDORFE; GOTZ; JAGGER, 2002; LOSSDORFE et al.,

2003; OGASAWARA, 2004), bem como seu envolvimento em potenciais

alterações em doenças metabólicas ósseas (KHOSLA, 2001; BOYCE, XING,

2007 (1); 2008; MILANOVA; IVANOVSKA; DIMITROVA, 2014).

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Um grande avanço da biologia óssea ocorreu com a identificação do

sistema RANK/RANKL/OPG como mediador dominante da osteoclastogênese

(KHOSLA, 2001) e o equilíbrio entre as expressões desses componentes

fornece informações importantes sobre o metabolismo do osso (HALLEN et al.,

2006; SAITO et al. 2011; SILVA; BRANCO, 2011). Estas proteínas pertencem a

família do fator de necrose tumoral (TNF) (KARTSOGIANINNIS et al., 1999;

ANDERSON et al., 1997; HEYMANN et al., 2008; SILVA; BRANCO, 2011).

Várias vias de sinalização importantes têm sido estudadas com relação

aos mecanismos de controle da reabsorção óssea, os quais não são conhecidos

completamente (KUMAR et al., 2010).

Pesquisas procuraram desvendar o mecanismo da reabsorção radicular e

demonstraram o envolvimento do sistema RANK/RANKL/OPG nesse processo

(MANFRIN, 2007; SAITO et al., 2011; MANFRIN et al., 2013; PANZARINI et al.,

2013), fornecendo informações sobre a expressão e localização de cada uma

dessas proteínas envolvidas na cicatrização de dentes reimplantados. No

entanto, a influência do tempo extra-alveolar na expressão dessas proteínas

relacionada à reabsorção do dente não foi totalmente explicado, nem tampouco

o meio eficaz de impedir essa reabsorção progressiva da raiz após o reimplante

dental (TROPE et al., 1992; KIRAKOZOVA et al., 2009). Para entender melhor

esses fenômenos é relevante estudá-los.

Diante do exposto, o objetivo da presente pesquisa foi investigar a

expressão das proteínas RANK/RANKL/OPG em dentes de ratos reimplantados,

bem como observar a relação entre a expressão dessas proteínas com o

processo de reabsorção alveolar e dentária.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 TRAUMA DENTAL – AVULSÃO DENTAL

Uma revisão de 12 anos de literatura mostra que crianças em idade

escolar (25%) e adultos (33%) sofrem trauma dental na dentição permanente,

compreendendo a maioria das lesões antes dos 19 anos (GLENDOR, 2008).

No Brasil esses traumatismos estão contemplados no Caderno de

Atenção Básica nº 17 – Saúde Bucal - Ministério da Saúde, em 4º lugar,

configurando um problema de saúde pública (MINISTÉRIO DA SAÚDE).

Dentre essas injúrias, a avulsão dental (1-16%) é a mais complexa e seu

prognóstico depende da tomada de decisão no momento do acidente ou do

tempo decorrido imediatamente após o trauma (ANDREASEN; ANDREASEN;

ANDERSSON, 2007; FLORES et al., 2007).

Avulsão dental é o deslocamento total do dente de seu alvéolo, tem maior

incidência no sexo masculino, sendo os incisivos centrais superiores os dentes

mais comumente afetados. Os fatores etiológicos são: prática de esportes,

acidentes automobilísticos e quedas na infância (ANDREASEN, 1970; MOURA;

PROKOWITSCH; DAVIDOWICZ, 1994).

Após o trauma, a dentina, o cemento, o osso alveolar e a gengiva

geralmente se regeneram, enquanto a polpa e o ligamento periodontal podem

se regenerar ou reparar através da formação de tecido de conjuntivo fibroso ou

tecido ósseo. Os tecidos dentais têm excelente capacidade regenerativa e

características especiais (ANDREASEN; ANDREASEN; ANDERSSON, 2007).

O dente avulsionado pode sofrer danos na superfície da raiz quando o

reimplante não for imediato ou se o dente avulsionado não for armazenado em

meio adequado. Assim, tecido pulpar, células do ligamento periodontal e

cemento sofrem necrose, o que aumenta a possibilidade de reabsorção

radicular, que é a principal causa de perda de dentes reimplantados (TROPE,

2002).

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2.2 REABSORÇÃO RADICULAR E ÓSSEA ALVEOLAR

As reabsorções dentárias podem ser do tipo: fisiológica e patológica. As

fisiológicas ocorrem nos dentes decíduos no processo de esfoliação; enquanto

as patológicas podem ocorrer tanto nos decíduos quanto nos permanentes,

como consequência de processos patológicos, movimentação ortodôntica e

traumatismos dentários, e dividem-se em: inflamatória e por substituição ou

anquilose (TROPE, 2002; TYROVOLA, et al., 2008; CONSOLARO, 2011;

CONSOLARO et al., 2012).

O mecanismo da reabsorção inflamatória inicia quando há a remoção dos

cementoblastos da superfície radicular levando à exposição da mesma. A

reabsorção radicular, mesmo que temporária, é causada pelos osteoclastos que

se encontram próximos a superfície radicular. Com relação ao mecanismo da

reabsorção por substituição, ao mesmo tempo em que há a reabsorção das

estruturas desmineralizadas há também a formação contínua do osso ou

remodelação óssea. Quando não existe mais a presença dos restos epiteliais de

Malassez, que liberam o fator de crescimento epidérmico (EGF), dar-se-à a

anquilose alveolodentária (ANDREASEN; ANDREASEN, 2007; CONSOLARO,

2011).

Nos dentes permanentes, a reabsorção de tecidos mineralizados deve ser

considerada patológica, devido a ausência de qualquer contribuição para a

manutenção das estruturas normais do órgão dentário afetado ou para que suas

funções tenham um melhor desempenho (CONSOLARO et al., 2012). A

reabsorção na superfície radicular externa normalmente acompanha reações

simultâneas dentro do osso alveolar (GUNRAJ, 1999).

A remodelação do osso ocorre nas fases de ativação, reabsorção,

reversão e formação através do equilíbrio entre a atividade osteoblástica e

osteoclástica. As crateras formadas no osso, pelos osteoclastos, são

preenchidas pelos osteoblastos promovendo a deposição de uma nova matriz

óssea (BOYCE; XING, 2008).

Os osteoblastos são células mononucleares originadas de células

mesenquimais pela ação de fatores de transcrição como o fator α1 (Cbfa-1) ou

Runx2, osterix (Osx), fator transcricional de ativação 4 (ATF4) e proteína

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morfogenética óssea (BMP), como BMP4, que depositam a matriz óssea e

regulam os osteoclastos (CAETANO-LOPES; CANHÃO; FONSECA, 2007).

Os osteoclastos são células multinucleadas, com atividade de reabsorção

óssea, que desempenham um papel crucial na remodelação do osso

(TAKAHASHI; UDAGAWA; SUDA, 1999) e derivam de precursores

mononucleares da linhagem mielóide e de células hematopoiéticas, que também

originam monócitos e macrófagos (BOYCE; XING, 2008). A diferenciação e

maturação osteoclástica são reguladas pelas citocinas e fatores de crescimento

que incluem o fator estimulante de colônias de macrófagos (M-CSF), as

interleucinas-1 (IL-1) e o fator de necrose tumoral (TNF). Ligam-se a superfície

óssea das integrinas, onde a lacuna de reabsorção é formada e, juntamente com

os fatores produzidos, regulam a homeostase óssea (KUMAR et al., 2010). No

processo de reabsorção óssea, a IL-1 β é a citocina mais ativa, a qual é

produzida por monócitos, macrófagos e osteoblastos, participando como

mensageiro de sinais de reabsorção aos osteoclastos (ANDREASEN;

ANDREASEN, 2007).

A reabsorção e formação óssea ocorrem pelas mesmas células que

atuam em situações anormais sobre os dentes durante o processo de

reabsorção. A ação dos osteoclastos interagindo com os mediadores locais,

liberados pelos osteoblastos e células mononucleares da linhagem dos

macrófagos, distribuídos próximos à superfície onde estão instalados os

osteoclastos, promove a reabsorção, tanto normal quanto patológica, dos tecidos

mineralizados (CAETANO-LOPES; CANHÃO; FONSECA, 2007; CONSOLARO

et al., 2012).

Os osteoblastos e macrófagos são modulados por mediadores locais e

sistêmicos (RODAN; MARTIN, 1981), porém de origem extrínseca à unidade

osteorremodeladora (BMU), que é um conjunto celular responsável pela

reabsorção do tecido mineralizado, formada pelos osteoclastos, osteoblastos e

macrófagos. Para que a BMU se forme é necessário que os macrófagos se

diferenciem em osteoclastos, e sua instalação se dá quando há a migração dos

osteoclastos e o seu acoplamento na superficie óssea sem osteóide, os quais

podem ter sido precedidos por uma ativação exercida pela interação dos

mediadores intrínsecos da BMU em receptores de superfície, como o M-CSF e

RANKL, mobilizando-os para a área e induzindo a osteoclastogênese no local

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Os osteoblastos liberam mediadores próprios, assim que são ativados, como

RANKL, para qual os osteoclastos apresentam receptores específicos, ou

RANK. Os osteócitos influenciam no tamanho da reabsorção (Figura 1)

(CONSOLARO et al., 2012).

Figura 1 – Mecanismo da reabsorção óssea (CONSOLARO et al., 2012).

Os osteoclastos apresentam, em sua maioria, receptores de superfície

para os mediadores extrínsecos da remodelação óssea, sejam locais

(prostaglandinas, citocinas – IL-1 e TNF, EGF) ou sistêmicos (paratormônio,

calcitonina e estrógenos) (LÖWIK et al., 1985), os quais se acoplam na superfície

óssea desnuda, de maneira firme, aderindo suas bordas e apresentando-se

como uma ventosa (face ativa) e seus prolongamentos citoplasmáticos variam

de 1 a 2µm. Nesse microambiente eles descarregam ácidos (láctico e cítrico),

promovendo um pH muito baixo, que atua diretamente na porção mineralizada

do osso e do dente, constituindo as lacunas de Howship. Também são liberadas

enzimas, como a fosfatase ácida e colagenases (VAES, 1988; PARFITT, 1984;

CONSOLARO et al., 2012).

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A formação das lacunas de Howship promove na superfície dentária a

exposição dos canalículos dentinários no espaço periodontal, por onde chegam

os produtos necróticos ou microbianos e medicamentos, no caso de necrose

pulpar e/ou pulpectomia, devido a fina e delicada camada de cemento,

principalmente nos terços médio e cervical do dente. Ao ocorrer a liberação de

citocinas e fatores de crescimento, além de outros componentes, da matriz óssea

mineralizada para o meio tecidual periférico, estes atuam e exercem seus efeitos

indutores e inibidores de fenômenos biológicos. Por exemplo, os osteoclastos

acabam tendo sua apoptose inibida por alguns desses mediadores, como a

osteopontina, e outros como as BMPs, estimulam a síntese de matriz óssea na

área vizinha. Na reabsorção que envolve o cemento e a dentina ocorre o mesmo

mecanismo (ANDREASEN; ANDREASEN, 2007; CONSOLARO et al., 2012).

A atividade dos osteoclastos cessa quando os mediadores sistêmicos

diminuem sua concentração plasmática e tissular, e aumenta a concentração de

peptídeos e proteínas com capacidade de inibir a atividade reabsortiva óssea, e

provavelmente, do cemento e dentina. Esse processo de reabsorção não cessa

subitamente quando os osteoclastos se desacoplam das superfícies

mineralizadas, especialmente da superfície dentária radicular. O descolamento

parcial das bordas em escova da porção ativa ocorre, com subsequente perda

do conteúdo ácido do microambiente. A osteopontina e outras proteínas são

produzidas e depositadas pelos osteoclastos, nas lacunas de Howship, antes de

se desacoplarem, e podem ser importantes na atração dos osteoblastos e seus

progenitores, com a finalidade de retomarem a deposição de novo tecido ósseo

sobre as superfícies reabsorvidas, dando continuação ao processo de

remodelação óssea (CONSOLARO et al., 2012). O desacoplamento e a

migração dos osteblastos para a região próxima à superfície óssea ocorre pelas

condições favoráveis do pH ácido e da ação colagenolítica local intensa. Um

efeito quimiotático para os osteoclastos parece ser exercido pelos cristais de

hidroxiapatita expostos (PIERCE, 1989).

Para se diferenciar em osteoclastos, uma célula precursora da linhagem

macrofágica necessita de mediadores disponíveis como RANK, RANKL, OPG e

M-CSF para a osteoclastogênese. RANKL tem se revelado como importante

fator na atividade dos osteoclastos e na inibição de sua morte por apoptose. OPG

representa um receptor sóluvel para RANKL (um “decoy” para essa molécula),

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que ao reagir com ele impede que o mesmo se ligue a RANK (receptor fixo nas

células). A reabsorção óssea e a diferenciação de células pré-osteoclásticas em

osteoclastos maduros é inibida se não houver interação entre RANK e RANKL.

O índice de reabsorção pode ser aumentado quando os osteócitos liberam

mediadores (M-CSF e RANKL) que estimulam os precursores dos osteoclastos,

ou osteoclastogênese, que se diferenciam e dão origem a novos osteoclastos

(NAKASHIMA et al., 2011; CONSOLARO et al., 2012).

A osteoclastogênese é um processo de interações complexas entre

células, receptores e seus respectivos ligantes, citocinas e fatores de

crescimento, caracterizando-se por ser uma resposta tanto imunológica como

mediada por inflamação. A IL-17 está implicada nesse processo e seu efeito tem

sido acreditado não por ser diretamente exercido nos processos osteoclásticos,

mas por ser indiretamente realizado através da indução de RANKL, o qual exerce

efeito nos precursores osteoclásticos. Assim, há participação da população

transitória e permanente do tecido na formação, proliferação e ativação dos

osteoclastos (OTA et al., 2014).

Em uma revisão da literatura sobre tratamentos de superfície radicular

executadas em casos de reimplante tardio com necrose de ligamento periodontal

cementário, observou-se que, quando não há o ligamento periodontal e a

contaminação está sob controle, a reabsorção por substituição e anquilose são

os melhores resultados e que, apesar destes eventos levarem à perda de dente,

isso irá ocorrer lentamente, sem perda da altura do alvéolo, fundamental para o

planejamento da futura prótese (PANZARINI et al., 2008).

Os ligamentos periodontais de dentes de ratos foram estudados

utilizando-se laser de baixa potência (InGaAl, 685 nm, 50 J/cm²), nos períodos

de 15, 30 e 60 dias após reimplante. Os cortes histológicos foram analisados em

relação às áreas de reabsorção externa e aspectos histológicos. No grupo

controle, comparado ao grupo do laser, observou-se um aumento da reabsorção

radicular (p<0,05) em 15, 30 e 60 dias, demonstrando que o grupo do laser

desenvolveu menos áreas de reabsorção do que no grupo controle. Células

inflamatórias e áreas necróticas foram reveladas, em menor número, na análise

histológica no grupo do laser (VILELA et al., 2012).

2.3 SISTEMA RANK/RANKL/OPG

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O sistema RANK/RANKL/OPG contribuiu, em meados de 1990, para a

descoberta da chave de sinalização entre as células do tecido conjuntivo e

osteoclastos (BOYCE; XING, 2007). A interação entre RANK e RANKL

desempenha um papel crítico, promovendo a ativação e diferenciação de

osteoclastos, levando à reabsorção óssea (WITTRANT et al., 2004).

Enquanto OPG, RANK e RANKL são produzidos por numerosos tipos de células

e uma variedade de tecidos, o seu padrão de expressão atinge três principais

sistemas biológicos, onde a tríade molecular pode ser mais especificamente

envolvida: os sistemas osteoarticular, imunológico e vascular (THEOLEYRE et

al., 2004).

No mecanismo de controle da reabsorção óssea está envolvido o sistema

RANK/RANKL/OPG. A sinalização de RANK ativa o fator transcricional NF-kB,

essencial para a formação e sobrevivência dos osteoclastos, ao ser estimulado

por RANKL, o que constitui uma das vias de reabsorção óssea. O

osteoblasto/célula estromal ao expressar RANKL liga-se a RANK, que está

localizada na superfície celular dos precursores de osteoclastos. Na presença

do M-CSF, essa interação faz com que os osteoclastos funcionais sejam

produzidos por células precursoras. As células do tecido conjuntivo também

secretam OPG, a qual impede que se ligue a RANK nos precursores de

osteoclastos, impedindo a sua diferenciação, consequentemente, prevenindo a

reabsorção óssea (Figura 2) (KUMAR et al., 2010).

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Figura 2 – Esquema do processo de diferenciação osteoclástica. Adaptada de

KUMAR et al. (2010).

Mais estudos vem sendo realizados atualmente com o propósito de

investigar a participação do sistema OPG/RANK/RANKL em diversas patologias,

na tentativa de descobrir uma terapêutica eficaz (ROSKAMP; VAZ; LIMA, 2006;

ANDRADE, et al., 2008; MOHAMMADPOUR et al., 2012; GUO et al., 2013;

FENG et al., 2013; NIMERI et al., 2013; MILANOVA; IVANOVSKA; DIMITROVA,

2014) .

2.4 RANK

RANK é um receptor transmembrana, composto de 616 aminoácidos

(KATAGIRI; TAKAHASHI, 2002), localizado nos precursores hematopoiéticos de

osteoclastos (macrófagos e monócitos), osteoclastos, linfócitos T e B, células

dendríticas e fibroblastos (HSU et al., 1999; AUBIN; BONNELYE, 2000;

STEJSKAL et al., 2000; KHOSLA, 2001; LOSSDORFE; GOTZ; JAGGER, 2002;

KUMAR et al., 2010).

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A ativação de RANK por RANKL é seguida por sua interação com o

membro da família do receptor associado a TNF (TRAF), ativação do NF-kB, c-

Fos, JNK e c-src (ANDERSON et al., 1997; HSU et al., 1999). Sua expressão

está em diferentes tecidos: músculo esquelético, timo, fígado, colon, glândulas

mamárias, próstata, pâncreas e células da linhagem monócitos/macrófagos

(precursores de osteoclastos e osteoclastos maduros), células T e B, células

dendríticas e fibroblastos (BOYCE, XING, 2008; CAETANO-LOPES; CANHÃO;

FONSECA, 2007; GEUSES, 2009; TAT et al., 2009).

2.5 RANKL

RANKL é um peptídeo de 317 aminoácidos que estimula a diferenciação,

proliferação, fusão e ativação de células da linhagem osteoclástica, na presença

de concentrações do M-CSF, resultando em aumento do número de osteoclastos

ativos e reabsorção óssea (LACEY et al., 1998; TEITELBAUM, 2000).

Receptor da superfamília do TNF, RANKL existe em três isoformas:

RANKL 1, 2 e 3 e encontra-se no osso, medula óssea, pulmão e tecidos linfóides.

O tipo 2 pode, diferencialmente, regular a osteoclastogênese e é sintetizado nas

formas associada à membrana citoplasmática e solúvel por células da linhagem

osteoblástica, células imunes e algumas células neoplásicas malignas

(NAKASHIMA et al., 2000; WHYTE, MUMM, 2004; BOYCE; XING; 2007(1);

2008; VEGA; MAALOUF; SAKHAEE, 2007; CAETANO-LOPES; CANHÃO;

FONSECA, 2007; TAT et al., 2009), sendo expresso por osteoblastos e células

estromais da medula (KUMAR et al., 2010) e linfócitos T (HOFBAUER et al.,

1999; KONG et al., 1999). Exerce seus efeitos biológicos ao ativar RANK (HSU

et al., 1999), sendo a proteína humana que tem homologia de 87% com o RANKL

do rato (LACEY et al., 1998).

A reabsorção óssea pode ser prevenida com a preservação dos

osteócitos e, sabendo dessas informações o clínico deve cuidar e tratar melhor

as superfícies ósseas e margens cirúrgicas ósseas (CONSOLARO et al. 2012).

Os osteócitos morrem ao serem geradas microlesões no osso, igualmente como

se resseca ou esquenta o tecido ósseo. RANKL, então, pode ser gerado, como

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no caso das microfraturas (CROCKETT et al., 2011). A preservação do periósteo

aderido na superfície óssea, na técnica do retalho dividido em tratamentos

periodontais, contribui para a manutenção dos osteócitos vivos, impedindo que

a sua morte induza a reabsorção da fina cortical óssea alveolar e promova uma

deiscência ou fenestração indesejável no local. A morte dos osteócitos mais

superficiais da cortical é gerada ao rebater o periósteo. No caso dos implantes,

essas superfícies devem ser preservadas do calor excessivo ou de manipulação

indevida para não atrapalhar a osseointegração (CONSOLARO et al. 2012).

RANKL e OPG tiveram suas dinâmicas de expressão avaliadas em cultura

de fibroblastos sinoviais humanos sadios e de ratos com artrite estimulados com

citocinas pró-inflamatórias (IL-1β, IL-17 e TNF-α) ou citocinas

antiosteoclastogênicas (IL-4 e IFN Ɣ), isoladas ou combinadas. A IL-4 suprime a

expressão de RANKL e aumenta a de OPG, enquanto a IL-17 causou um

pequeno efeito na expressão de RANKL e OPG. O aumento da razão

RANKL:OPG mostrou extensa destruição na articulação e a deficiência de IL-17

não aumentou a artrite ou reduziu a reabsorção óssea (TUNYOGI-CSAPO et al.,

2008).

Outro estudo investigou a proliferação, secreção de citocinas pró-

inflamatórias e expressão de PADI4 e RANKL em cultura de fibroblastos

sinoviais em artrite reumatoide e osteartrite (FAN et al., 2012). Observaram que

fibroblastos sinoviais podem contribuir de forma significativa para a ativação de

reabsorção óssea por meio da modulação de RANKL e OPG em um ambiente

rico em citocinas nas articulações com processo inflamatório.

Células endoteliais expressaram RANKL, em modelo experimental in

vitro, induzindo a migração de leucócitos polimorfonucleares (PMNs), que

contém grânulos e vesículas de RANK em seu citoplasma, e quando ativados ou

estimulados o RANK é translocado para a membrana celular. Dessa forma, os

neutrófilos podem mediar o processo de formação e ativação de osteoclastos. A

regulação da expressão de RANK contribui para um estreito ajuste da migração

de PMN (RIEGEL et al., 2012).

A interação dos osteoclastos/osteoblastos tem sido associada com a

mobilização de células osteoprogenitoras levando a mais uma investigação do

papel das estatinas no metabolismo ósseo. RANKL está expresso em células

progenitoras e sua estimulação aumenta a proliferação celular in vitro e in vivo,

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e é essencial para o aumento mediado nos níveis das estatinas de células

progenitoras, mas predominantemente devido a uma estimulação induzida por

RANKL de proliferação celular (STEINMETZ et al., 2013).

A habilidade dos neutrófilos em expressar RANKL e OPG, e produzir IL-

17, foi investigada em artrite e observaram que o seu desenvolvimento estava

associado com o aumento da secreção de IL-17, RANKL e OPG no soro e líquido

sinovial, e a neutralização da IL-17 inibe a reabsorção óssea e lesão da

cartilagem (FUTOSI; FODOR; MÓCSAI, 2013; MILANOVA; IVANOVSKA;

DIMITROVA, 2014).

2.5 OPG

OPG foi identificada por dois grupos distintos de pesquisadores: Amgen,

Inc. (USA), que a descreveu como uma molécula fascinante, identificada em uma

pesquisa em cDNAs, em intestino de ratos (SIMONET et al., 1997; KHOSLA,

2001) e Snow Brand Milk (Japão) que identificou essa mesma molécula por um

caminho diferente do grupo anterior (YASUDA et al, 1998). Outra hipótese foi

levantada sugerindo que o osteoblasto desempenharia um papel central na

mediação do controle hormonal da osteoclastogênese e reabsorção óssea

(RODAN; MARTIN, 1981).

OPG é um receptor solúvel ou receptor “isca” que atua como um

antagonista para RANK, ligando-se a RANKL, bloqueando a formação de

osteoclastos pela inibição da ligação deste com RANK (SIMONET et al., 1997;

WITTRANT et al., 2004). É um peptídeo de 380 aminoácidos (SIMONET et al.,

1997; YAMAGUCHI et al., 1998; YASUDA et al, 1998), produzido pelo cérebro,

estômago, fígado, medula espinhal, glândula tireóide (SIMONET et al., 1997;

YASUDA et al., 1998), osso, intestino, sistema cardiovascular (coração, artérias,

vasos), rim, pulmão, e células hematopoiéticas (SIMONET et al., 1997; TAN et

al., 1997; YUN et al., 1998).

Várias citocinas, peptídeos, hormônios e drogas regulam sua expressão,

como vitamina D3, TNF-α, TNF-β, IL-1α, IL-1β, fator transformador de

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crescimento β (TGF-β), proteína morfogenética óssea 2 (BMP2) e hormônios

esteroides como o estradiol-17β (HOFBAUER et al., 1998; 1999; MIZUNO et al.,

1998), e a via de sinalização Wnt que aumentam a sua expressão; enquanto a

prostaglandina E2 (PGE2), hormônio paratireóide (PTH), glucocorticóides e fator

de crescimento semelhante à insulina-1 (IGF-1) diminuem sua expressão

(VEGA; MAALOUF; SAKHAEE, 2007).

No efeito in vitro da OPG, observa-se a inibição da diferenciação, da

sobrevivência, da fusão e da ativação de osteoclastos, bem como a estimulação

de apoptose dessas células, reduzindo, então, a quantidade de osteoclastos

ativos com capacidade de reabsorção óssea (SIMONET et al., 1997).

Pesquisas vem sendo realizadas com o propósito de investigar a

aplicação clínica da OPG como um agente antireabsortivo na terapêutica de

diversas doenças, caracterizadas pelo aumento da atividade osteoclástica,

devido sua presença no plasma sanguíneo que é fator determinante para a

manutenção da massa óssea, tornando insuficiente a quantidade de RANKL

(BEKKER et al., 1999; TENG et al., 2000).

A osteoclastogênese ocorre quando a razão RANKL/OPG está

desregulada, ou seja, a expressão de RANKL é super-regulada e a expressão

de OPG é sub-regulada ou não induzida com a mesma intensidade como RANKL

(BOYCE; XING, 1998). As células pré-osteoblásticas expressam essa razão

RANKL/OPG maior do que nas células maduras, contribuindo para a ativação e

maturação dos osteoclastos. O tecido ósseo é regulado através das vias de

sinalização RANKL/RANK, Wnt/β-catenina e Jagged1/Notch1 pelos

osteoblastos (BOYCE; XING, 2008).

Novas funções da tríade RANK/RANKL/OPG vem sendo reveladas em

outras patologias e tecidos, sugerindo que os osteócitos regulam o recrutamento

do local da reabsorção óssea em resposta às forças mecânicas, pela indução da

expressão de RANKL nessa área por células osteoblásticas (BOYCE; XING,

2007 (1); 2008; VEGA; MAALOUF; SAKHAEE, 2007).

A expressão de reguladores da reabsorção óssea, RANK, RANKL, e OPG

foi avaliada através de estudo imuno-histoquímico, em tumor odontogênico

cístico calcificante (TOCC), tumor odontogênico adenomatóide (TOA), tumor

odontogênico epitelial calcificante (TOEC), mixoma odontogênico (MO) e fibroma

ameloblástico (FA). Os resultados demonstraram imunorreatividade para todos

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os reguladores em todas as amostras. O epitélio revelou um padrão similar de

expressão para RANKL e OPG em TOCC, TOA, TOEC e FA. As células do

estroma/mesenquimal apresentaram uma elevada expressão de OPG e RANKL,

na maioria dos casos de TOA e CCOT, enquanto CEOT, MO, FA revelaram uma

maior expressão de RANKL que OPG. Os constituintes celulares dos TOCC,

TOA, TOEC, MO e AF expressam reguladores chave do metabolismo ósseo

(ANDRADE et al., 2008).

As proteínas RANKL e OPG tiveram sua expressão investigada durante a

remodelação do osso in vivo para determinar a relação entre a estimulação da

osteoclastogênese e a diferenciação de osteoblastos. Através da expressão de

marcadores de formação óssea, que foi ativada na fase de formação do osso,

confirmou-se que essas moléculas são fatores chave na ligação da formação e

reabsorção óssea durante a remodelação do osso (TANAKA et al., 2011).

A expressão de RANK, RANKL e OPG nos cistos radiculares (CR) e

dentígeros (CD) foi investigada como fatores reguladores dos osteclastos na

expansão cística. A expressão imuno-histoquímica desses marcadores foi

avaliada e mensurada no epitélio de revestimento e cápsula fibrosa dos cistos.

Em todas as lesões observou-se uma expressão semelhante no epitélio de

revestimento. Os resultados demonstraram que: a cápsula fibrosa do CD

mostrou mais alta positividade de RANKL e RANK do que nos CR; no epitélio de

revestimento a razão RANKL/OPG demonstrou maior número de células

positivas para OPG do que para RANKL; no entanto a cápsula fibrosa

apresentou expressão similar em ambos os cistos. Dessa forma, há presença de

RANK, RANKL e OPG nos cistos radiculares e dentígeros. A atividade diferencial

da reabsorção óssea nessas lesões poderia ser devido a expressão aumentada

de OPG quando comparada a RANKL no epitélio de revestimento (MORAES et

al., 2011).

Pesquisas foram realizadas para analisar a expressão do sistema

RANK/RANKL/OPG na cronologia do processo de reparo após reimplante

imediato e tardio em dentes de ratos (MANFRIN, 2007; SAITO et al., 2011;

PANZARINI et al., 2013; MANFRIN et al., 2013).

A imunomarcação das proteínas OPG, RANK, e RANKL foi avaliada em

28 dentes reimplantados de ratos (Rattus norvegicus albinus). Os grupos

formados foram: Grupo Controle – sem reimplante; Grupo I - reimplante imediato;

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Grupo II - reimplante tardio sem tratamento endodôntico; Grupo III - reimplante

tardio com tratamento endodôntico (ressecção da polpa dentária e

preenchimento do canal radicular com pasta de hidróxido de cálcio) e tratamento

da superfície radicular (raspagem mecânica do ligamento periodontal necrosado

e imersão em solução de flúor fosfato acidulado de sódio a 2,5%). Os cortes

histológicos com 6 μm de espessura foram submetidos à reação imuno-

histoquímica utilizando-se anticorpos primários para OPG, RANK e RANKL. Os

resultados demonstraram, em todos os grupos e períodos estudados, que a

imunomarcação de OPG e RANKL ocorreu, embora RANKL não tenha sido

observada no grupo do reimplante imediato após 60 dias. Apenas RANK foi

observada apenas aos 10 dias em todos os grupos. Sugere-se, assim, a efetiva

participação, no início do processo de reabsorção radicular, do sistema

OPG/RANK/RANKL pela marcação evidente no reimplante tardio, uma vez que

aos 60 dias sua imunomarcação foi discreta. No entanto, a expressão de OPG e

RANK foi significativamente maior imediatamente e 3 dias após o reimplante. A

diminuição dos fatores locais, tais como as citocinas inflamatórias, devido

regeneração do ligamento periodontal e revascularização pulpar reduz a

expressão destas proteínas, em 10 e 60 dias (MANFRIN, 2007).

O efeito do laser de baixa intensidade (LBI) no processo de cicatrização

de dentes de ratos Wistar (Rattus norvegicus albinus), reimplantados imediata e

tardiamente, foi avaliado por meio da histomorfometria e imuno-histoquímica,

após diferentes períodos extra-alveolares. Os grupos constituídos foram C

(Controle – sem laser) e L (Laser): C4 e L4 (4min – imediato), C30 e L30 (30min

– demorado), e C45 e L45 (45min – retardado). Os incisivos direitos tiveram as

superfícies da raiz e as feridas alveolares irradiadas com laser de diodo gálio-

alumínio-arsenato (GaAIAs) antes do reimplante. Após 60 dias, os animais foram

sacrificados e as peças anatômicas contendo os dentes processadas para a

análise histomorfométrica e para expressão imuno-histoquímica das proteínas

RANK, RANKL, OPG e TRAP. Observaram áreas de substituição externa e

reabsorção radicular inflamatória em todos os grupos, sem diferenças

estatisticamente significativas (P>0,05). A anquilose estava mais presente no

grupo L30 que no C30 (P<0,05). RANKL predominou sobre RANK e OPG em

ambos os grupos com reimplante imediato (P<0,05). Verificaram maior evidência

de RANK comparando com RANKL, no período de 45min extra-alveolar, para os

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grupos controle e o tratado com laser (P<0,05). Concluíram que o tratamento da

superfície da raiz e do alvéolo com esse tipo de laser não melhorou o processo

de cura após reimplante de dentes de ratos, imediato e tardio (SAITO et al.,

2011).

Um estudo avaliou a cronologia do processo de reparo após reimplante

imediato de dentes de ratos, através das análises histológica e imuno-

histoquímica em um período de 60 dias. Incisivos direitos de 36 ratos Wistar

machos foram extraídos e reimplantados 15 min após terem sido armazenados

em solução salina. Após o reimplante, os animais foram sacrificados

imediatamente em 3, 7, 15, 28 e 60 dias. A ruptura do ligamento periodontal e

formação de um coágulo de sangue, que passou a ser substituído por um tecido

conjuntivo após 3 dias foram revelados através da análise histológica. Aos 7 dias,

o epitélio da mucosa gengival foi reinserido e áreas de reabsorção radicular

vistos. Aos 15 dias, o ligamento periodontal foi reparado. Aos 3 dias, a polpa

apresentou uma ausência da camada de odontoblastos, a qual começou a ser

substituída por um tecido conjuntivo, sofrendo calcificação gradual, e

preenchendo o canal radicular em 28 e 60 dias. A maior expressão das proteínas

OPG e RANK ocorreu nos períodos iniciais (0 e 3 dias), enquanto que a

expressão da fosfatase ácida resistente ao tartarato (TRAP) predominou aos 28

e 60 dias (P < 0,05). No reimplante dentário tardio, há grande atividade de

formação óssea nos períodos anteriores ao processo de reparo, e uma

predominância de reabsorção e remodelação óssea em períodos mais

avançados. A proliferação celular e a apoptose ocorrem em diferentes padrões

e em diferentes tempos para manter o espaço do ligamento periodontal regular

após reimplante dentário (PANZARINI et al., 2013).

A expressão imuno-histoquímica das proteínas OPG, RANK e RANKL

foi avaliada no reparo de dentes de ratos após reimplante imediato e tardio.

Cinquenta e seis ratos Wistar (Rattus norvegicus albinus) tiveram seus incisivos

laterais direito extraídos e reimplantados, e divididos em grupos: G1 Grupo

Controle (n=8) dentes não extraídos; G2 (n=16) reimplante imediato; G3 (n=16)

reimplante tardio sem tratamento; G4 (n=16) reimplante tardio após tratamento

da superfície radicular (remoção do ligamento periodontal e imersão em fluoreto

de sódio fosfato acidulado a 2%) e preenchimento intracanal com hidróxido de

cálcio. A eutanásia dos ratos ocorreu da seguinte maneira: G1 - primeiro dia do

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experimento e demais grupos - 10 e 60 dias após o reimplante (n=8/período). Os

espécimes foram submetidos a análise histológica e imuno-histoquímica, a qual

revelou expressão das proteínas OPG e RANKL em todos os grupos e tempos

pós-reimplante, exceto para o G2 em 60 dias. Nos grupos experimentais, a

expressão de RANK foi observada só nos 10 dias. O sistema

OPG/RANK/RANKL apresentou forte marcação no tempo de reimplante

imediato, sugerindo que no início do processo de reparo há uma participação

mais efetiva dessas proteínas, entretanto, após 60 dias houve diminuição da sua

expressão (MANFRIN et al., 2013).

3 PROPOSIÇÃO

O presente estudo propôs investigar a influência do tempo extra-alveolar (5

ou 60 minutos) na expressão dos marcadores RANKL/RANK/OPG em dentes de

ratos reimplantados, e avaliar a diferença de atividade de RANKL e OPG

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correlacionando com a ocorrência de reabsorções em diferentes intervalos de

tempo.

4 MATERIAL E MÉTODOS

4.1 ASPECTOS BIOÉTICOS

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A pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade

Potiguar (UnP) e aprovada sob o protocolo nº 011/2013 (ANEXO 1). Os

experimentos foram conduzidos seguindo as recomendações éticas para

animais (Guide for the Care and Use of Laboratory Animals - National Research

Council, 1996).

4.2 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO

A pesquisa consiste em um estudo experimental in vivo baseado em

análise qualitativa e quantitativa da expressão das proteínas RANK, RANKL e

OPG.

4.3 ANIMAIS

Foram utilizados ratos machos, adultos, da linhagem Wistar (Rattus

norvegicus albinus), pesando entre 250 e 300 gramas, com 60 dias de vida,

provenientes do Biotério da UnP, Natal/RN.

Os animais foram mantidos em gaiolas apropriadas, forradas com

maravalha trocada diariamente e alimentados com ração sólida triturada (Ração

Ativada Produtor®, Anderson & Clayton S.A. – Laboratório Abbot do Brasil Ltda,

São Paulo, SP, Brasil) e água à vontade. A ração foi utilizada antes e durante o

experimento, com exceção das primeiras doze horas pós-operatórias, quando os

ratos tiveram dieta zero. A temperatura foi controlada e mantida em torno de 28º

C. Os ciclos de luminosidade foram de 12 em 12 horas.

4.4 PROCESSO DE AMOSTRAGEM

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4.4.1 Seleção e Tamanho da Amostra

Foram utilizados 30 incisivos superiores direitos de 30 ratos machos da

linhagem Wistar (Rattus norvegicus albinus) com 60 dias de vida.

4.4.2 Critérios de Inclusão

Foram inseridos no estudo animais sadios e com dentes íntegros para as

fases do experimento.

4.4.3 Critérios de Exclusão

Foram excluídos do estudo animais que não se apresentaram sadios e

sem dentes íntegros das fases do experimento.

4.5 CONSTITUIÇÃO DOS GRUPOS EXPERIMENTAIS

Os grupos experimentais foram divididos de acordo com o quadro na

página seguinte:

Tabela 1 Distribuição do número de dentes de acordo com os grupos

experimentais e períodos de avaliação.

PERÍODOS DE AVALIAÇÃO

GRUPOS

1 dia 3 dias 7 dias Total de dentes

G1 (Ratos 1 – 15) – 5 min. 5 5 5 15

G2 (Ratos 16 – 30) – 60 min.

5 5 5 15

Total de dentes 10 10 10 30

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4.6 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

Para realização dos procedimentos experimentais, foram utilizadas as

dependências físicas de dois pólos: UnP e Universidade Federal do Rio Grande

do Norte (UFRN).

Antes da intervenção cirúrgica, com a finalidade de anestesiar os animais,

empregou-se um anestésico dissociativo para uso veterinário (Zoletil® 50 –

Saúde Animal - Virbac, Carros, França), na dosagem de 0,3 mg/100mg de peso,

por via intramuscular, na região do quadríceps, utilizando-se seringas

descartáveis de 0,5ml de insulina e agulha nº 30G (CREMER® - Blumenau,

Santa Catarina, Brasil).

Após o procedimento anestésico, foi efetuada a antissepsia da porção

anterior da maxila com uma solução degermante antisséptica tópica de

clorexidina à 2% (Rioquímica® - São José do Rio Preto, SP, Brasil) com o auxílio

de cotonetes.

Com auxílio de instrumentos cirúrgicos adaptados, foram realizadas a

sindesmotomia, luxação e extração do incisivo superior direito de cada animal,

simulando a avulsão dentária. Para a sindesmotomia, foi utilizada também

espátula para cera Duflex nº 7 (S.S. White® - Rio de Janeiro, RJ, Brasil) inserida

no ângulo mésio–vestibular das tábuas ósseas dos incisivos superiores, paralela

aos seus longos-eixos, praticando-se movimentos de luxação. Com o

alveolótomo adaptado (OKAMOTO; RUSSO, 1973), executou-se a força

extrusiva acompanhando a curvatura do dente.

Os dentes extraídos permaneceram em ambiente seco por 5 minutos para

o Grupo 1 e por 60 minutos para o Grupo 2, fixados por sua coroa em uma lâmina

de cera rosa Wilson nº 7 (Polidental Indústria e Comércio Ltda., Cotia, SP, Brasil).

Antes do reimplante no alvéolo todos os dentes tiveram a superfície radicular

irrigada com solução fisiológica (Ariston Ind. Quim. E Farm. Ltda., São Paulo,

SP, Brasil). Não houve qualquer tipo de tratamento sistêmico nem local para os

dentes e alvéolos.

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Durante o período cirúrgico, foram confeccionados leitos individualizados

para cada animal, para evitar contaminação dos mesmos. Todo esse material,

como também, o instrumental utilizado na intervenção foi esterilizado em

autoclave 19L (Dabi Atlante® - Ribeirão Preto, SP, Brasil).

Logo após o ato cirúrgico, os ratos foram colocados em gaiolas (1 por

gaiola) devidamente identificadas e assistidos no laboratório para recuperação

da anestesia. Depois foram levados ao biotério, sendo observados diariamente,

até que se completassem os períodos experimentais.

Concluído o período de teste programado, os animais foram sacrificados

em câmara de gás carbônico Modelo GSCO2 (Beira-Mar® - São Paulo, SP,

Brasil) nos respectivos períodos de um, três e sete dias.

Seguida a eutanásia dos ratos, as maxilas foram fixadas por 2 dias em

solução de formalina à 10% (Indalabor® - Ind. Lab. Farm. Ltda., Dores do Indaiá,

MG, Brasil) em temperatura ambiente e, a seguir, desmineralizadas em solução

de ácido nítrico a 7% durante 3 dias (Micro Química Prod. Lab.® - Cotia, SP,

Brasil). A maxila direita foi separada da esquerda na linha mediana com auxílio

de uma lâmina de bisturi nº 15 (Embramac Exp. e Imp., Campinas, SP, Brasil).

Um corte com tesoura reta na porção distal do 3º molar possibilitou a obtenção

da área da maxila contendo o dente reimplantado.

Após a descalcificação, as peças foram embebidas em parafina,

submetidas a cortes longitudinais de 5μm de espessura e, posteriormente,

corados pela Técnica da H/E para exame histológico de rotina sob microscopia

óptica e cortes longitudinais de 3μm de espessura para estudo imuno-

histoquímico.

4.7 ESTUDO IMUNO-HISTOQUÍMICO

Os espécimes emblocados em parafina foram submetidos a cortes

histológicos medindo 3 μm de espessura e montados em lâminas de vidro

previamente limpas, preparadas com adesivo à base de 3-aminopropyltrietoxi-

silano (Sigma Chemical CO., St. Louis, MO, EUA).

Posteriormente, os referidos cortes foram submetidos à técnica da imuno-

histoquímica, pelo método da estreptavidina-biotina (CSAB – streptoavidin biotin

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complex), utilizando anticorpos primários para ratos como OPG (goat anti OPG

polyclonal antibody – Santa Cruz Biotechnology® – N-20, Califórnia, USA),

RANK (goat anti RANK polyclonal antibody – Santa Cruz Biotechnology® – H-

300, Califórnia, USA) e RANKL (goat anti RANKL polyclonal antibody – Santa

Cruz Biotechnology® – N-19, Califórnia, USA) (Quadro 2).

Tabela 2 - Distribuição dos anticorpos primários

*Fabricante: Santa Cruz Biothecnology®

Como controle positivo para os anticorpos foram utilizados cortes

histológicos de lesões de células gigantes e, para o controle negativo, omitiu-se

os anticorpos primários.

O protocolo do estudo imuno-histoquímico foi o mesmo utilizado no

Laboratório de Imuno-histoquímica do Programa de Pós-Graduação em

Patologia Oral – UFRN (PPgPO-UFRN), descrito a seguir:

1) Desparafinização: 2 banhos em xilol, ambos por 10 minutos à temperatura

ambiente (TA).

2) Re-hidratação em cadeia descendente de etanóis:

- álcool etílico absoluto I (5 minutos) TA;

- álcool etílico absoluto II (5 minutos) TA;

- álcool etílico absoluto III (5 minutos) TA;

- álcool etílico 95°GL (5 minutos) TA;

- álcool etílico 80°GL (5 minutos) TA;

Clone Especificidade Diluição Recuperação

Antigênica

Tempo de

Incubação

H-300 Anti – RANK* 1:200 Citrato pH 6.0,

Pascal, 3min Overnight (18 h)

N-19 Anti – RANKL* 1:200 Citrato pH 6.0,

Pascal, 3min Overnight (18 h)

N-20 Anti – OPG* 1:200 Citrato pH 6.0,

Pascal, 3min Overnight (18 h)

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3) Remoção de pigmentos formólicos com hidróxido de amônia a 10% em etanol

95° por 10 minutos, à temperatura ambiente;

4) Lavagem em água corrente por 10 minutos;

5) Três ou 4 passagens em água destilada;

6) Recuperação dos sítios antigênicos;

7) Lavagem em água corrente por 5 minutos e 2 passagens em água destilada;

8) Duas incubações dos cortes, pelo período de 10 minutos cada, em solução de

peróxido de hidrogênio 10 volumes, em uma proporção de 1/1 para bloqueio da

peroxidase endógena tecidual;

9) Lavagem em água corrente por 10 minutos e 2 passagens em água destilada.

10) Duas passagens em solução de Tween 20 a 1% em TRIS-HCl pH 7,4 por 5

minutos cada;

11) Incubação dos cortes com os anticorpos primários diluídos em solução

diluente Dako (Antibody diluent with background reducing components; Dako

North America, Carpinteria, CA, USA);

12) Duas passagens em solução de Tween 20 a 1% em TRIS-HCl pH 7,4 por 5

minutos cada;

13) Incubação com o anticorpo secundário biotinilado (Biotinylated link universal,

Dako North America, Carpinteria, CA, USA + System-HRP) durante 30 minutos

- TA;

14) Duas passagens em solução de Tween 20 a 1% em TRIS-HCl pH 7,4 por 5

minutos cada;

15) Incubação com o complexo estreptoavidina HRP (Dako North America,

Carpinteria, CA, USA) durante 30 minutos, à temperatura ambiente;

16) Duas passagens em solução de Tween 20 a 1% em TRIS-HCl pH 7,4 por 5

minutos cada;

17) Aplicação do agente cromógeno diaminobenzidina (Liquid DAB + Substrato,

Dako North America, Carpinteria, CA, USA), durante 7 minutos - TA.

18) Lavagem em água corrente por 10 minutos;

19) Duas passagens em água destilada;

20) Contracoloração com hematoxilina de Mayer por 5 minutos à temperatura

ambiente;

21) Lavagem em água corrente – 10 minutos;

22) Duas passagens em água destilada;

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23) Desidratação em cadeia ascendente de etanóis:

- álcool etílico 80°GL (2 minutos) TA;

- álcool etílico 95°GL (2 minutos) TA;

- álcool etílico absoluto I (5 minutos) TA;

- álcool etílico absoluto II (5 minutos) TA;

- álcool etílico absoluto III (5 minutos) TA;

24) Diafanização em dois banhos de xilol: xilol 1 (2 minutos) e xilol 2 (2 minutos);

25) Montagem da lamínula em resina Permount® (Fischer Scientific, Fair Lawn,

NJ, USA).

4.8 ANÁLISE DAS CÉLULAS IMUNOMARCADAS

Os cortes histológicos foram usados para marcação imuno-histoquímica

com a finalidade de determinar a expressão dos anticorpos OPG, RANK e

RANKL no LP.

As lâminas foram escaneadas pelo Scanner Panoramic MIDI

(3DHISTECH® Kft. 29-33, Konkoly-Thege M. str. Budapest, Hungary, H-1121) e

as imagens obtidas através do programa de visualização Pannoramic Viewer

1.15.2 (3DHISTECH® Kft. 29-33, Konkoly-Thege M. str. Budapest, Hungary, H-

1121). Toda a extensão do espécime foi observada com o auxílio desse

programa, proporcionando a identificação da imunomarcação para cada

biomarcador.

Foi realizada a análise semi-quantitativa, apenas na face lingual, da

marcação imuno-histoquímica dos antígenos em todas as lâminas incluídas na

amostra. A imunomarcação dos biomarcadores foi avaliada em fibroblastos,

osteoblastos, células endoteliais, células inflamatórias mononucleares e

polimorfonucleares, tendo sido consideradas positivas as células que exibiram

coloração acastanhada, quer seja na membrana citoplasmática ou citoplasma.

Dessa forma, a intensidade da imunomarcação de cada proteína foi

avaliada de acordo com os escores: (0) – Marcação ausente ou inexpressiva (0-

25% das células positivas); 1 – Fraca marcação (25-50% das células positivas);

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2 – Marcação moderada (50-75% das células positivas); 3 – Marcação forte (75-

100% das células positivas).

Todos os dados foram tabulados em planilha eletrônica Excel (Microsoft

Windows 8 Home edition®).

Os examinadores (dois) foram submetidos a uma calibração para os

parâmetros imuno-histoquímicos e os mesmos não tiveram acesso às

informações histomorfológicas dos casos analisados (estudo cego).

4.9 ANÁLISE ESTATÍSTICA

Para análise entre os grupos experimentais e da influência do tempo, os

dados foram submetidos ao teste Wilcoxon signed-rank.

Os escores obtidos, na análise imuno-histoquímica, foram submetidos aos

testes estatísticos para analisar a expressão imuno-histoquímica dos

marcadores OPG, RANK e RANKL em cada tempo e período de pós-reimplante.

Devido à ausência de distribuição normal dos dados, foi realizado o teste não

paramétrico Kruskal-Wallis e o pós-teste Dunn’s, que foram empregados com o

auxílio do software GraphPad 5.0 (GraphPad Software Inc., San Diego, CA,

USA).

Para ambos os testes estatísticos admitiu-se um nível de significância de

5% (P<0,05).

5 RESULTADOS

5.1 ANÁLISE IMUNO-HISTOQUÍMICA

Os biomarcadores RANK, RANKL e OPG exibiram, na maioria dos

espécimes analisados, um padrão de marcação predominantemente

citoplasmática, variando quanto aos graus de expressão e localização.

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A imunorreatividade foi observada em todas as células, tais como:

fibroblastos, células endoteliais, osteoclastos, células inflamatórias, etc. O

controle positivo exibiu forte marcação.

A frequência relativa ao escore de imunomarcação, considerando toda a

extensão do espécime, no G1 (5 min.), para: RANK foi de 12 casos apresentando

escore 0 (80%), 2 casos com escore 1 (13,3%) e 1 com escore 2 (6,7%); RANKL

foi de 2 casos com escore 0 (13,3%), 8 casos com escore 1 (53,3%) e 5 com

escore 2 (33,4%); OPG 9 casos apresentaram escore 0 (60%), 4 casos com

escore 1 (26,7%), 1 com escore 2 (6,7%) e 1 caso não pode ser analisado.

Enquanto, no G2 (60 min.): RANK foi de 12 casos apresentando escore 0 (80%),

1 casos com escore 1 (6,7%) e 2 casos não puderam ser analisados; RANKL foi

de 6 casos com escore 0 (40%), 5 casos com escore 1 (33,4%), 3 com escore 2

(20%) e 1 caso não pode ser analisado; OPG 7 casos apresentaram escore 0

(46,7%), 5 casos com escore 1 (33,4%) e 3 casos não puderam ser analisados.

A distribuição dos casos com relação a frequência dos escores,

considerando toda a extensão do espécime, mostrou-se similar para RANK e

OPG em todos os períodos experimentais e grupos, bem como o predomínio do

escore 0. Para RANKL houve um predomínio do escore 0 no G2 nos períodos

experimentais de 1 e 3 dias, e do escore 1 no G1 em todos os períodos

experimentais.

As médias dos escores de imunomarcação, considerando toda a extensão

do espécime, do RANK, RANKL e OPG no G1 e G2, nos períodos experimentais

de 1, 3 e 7 dias estão dispostas na Figura 11.

Os grupos experimentais exibiram as imunomarcações descritas a seguir:

G1 (5 minutos – 1 dia)

RANK exibiu ausência de imunomarcação ou imunomarcação

inexpressiva, predominantemente, no cemento e tecido ósseo, sem reabsorção

radicular e óssea, e presença de células inflamatórias polimorfonucleares.

Enquanto RANKL exibiu imunomarcação moderada em células do LP e

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osteoclastos, áreas de reabsorção óssea também foram observadas. OPG

exibiu fraca imunomarcação em osteoblastos (Figura 5 - A, B e C).

G1 (5 minutos – 3 dias)

RANK exibiu ausência de imunomarcação ou imunomarcação

inexpressiva em toda extensão do espécime. Enquanto RANKL exibiu

imunomarcação moderada na maior parte do espécime e em fibroblastos e

células inflamatórias mononucleares no LP. OPG exibiu imunomarcação fraca

na maior parte do espécime, moderada no LP e ausência de imunomarcação no

tecido ósseo no terço médio do dente (Figura 6 - A, B e C).

G1 (5 minutos – 7 dias)

RANK exibiu fraca imunomarcação em toda extensão do espécime e em

áreas de anquilose alvéolo-dentária (AAA) houve ausência de imunomarcação.

Enquanto RANKL exibiu imunomarcação moderada em toda a extensão do

espécime e forte imunomarcação em área de início de AAA, onde pode-se

observar reabsorção dentária (presença de dentinoclastos) e neoformação

óssea (presença de osteoblastos). OPG exibiu fraca imunomarcação em toda

extensão do espécime, inclusive no LP e tecido ósseo (Figura 7 - A, B e C).

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Figura 3 Expressão imuno-histoquímica, em G1 - 1 dia, das proteínas RANK – Imunomarcação

discreta em células inflamatórias polimorfonucleares (A), RANKL – Imunomarcação moderada

em células do LP e osteoclastos (B) e OPG - Imunomarcação fraca em osteoblastos (C).

C

A

B

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Figura 4 Expressão imuno-histoquímica, em G1 – 3 dias, das proteínas RANK – Ausente

imunomarcação e células do LP em proliferação (A), RANKL - Imunomarcação moderada em

fibroblastos e células inflamatórias mononucleares. Terço apical (B) no LP, e OPG - Ausência

de imunomarcação no tecido ósseo (C).

C

B

A

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Figura 5 Expressão imuno-histoquímica, em G1 - 7 dias, das proteínas RANK - Ausência de

imunomarcação /em área de AAA (A), RANKL - Imunomarcação forte em área de início de AAA:

Reabsorção dentária (dentinoclastos) e neoformação óssea (osteoblastos) (B) e OPG -

Imunomarcação em tecido ósseo e células do LP (C).

A

B

C

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G2 (60 minutos – 1 dia)

RANK exibiu ausência de imunomarcação ou imunomarcação

inexpressiva na maior parte dos espécimes, inclusive no LP onde observa-se

áreas de necrose e pouca celularidade. No entanto, RANKL exibiu fraca

imunomarcação na maior parte do espécime e moderada em áreas de reação

inflamatória no LP no terço apical. OPG exibiu também fraca imunomarcação na

maior parte do espécime e Imunomarcação ausente no LP com fibrose (Figura

8 - A, B e C).

G2 (60 minutos – 3 dias)

RANK exibiu ausência de imunomarcação ou imunomarcação

inexpressiva em toda a extensão do espécime, com áreas de reação inflamatória

próxima ao cemento. Entretanto, RANKL exibiu fraca imunomarcação na maior

parte do espécime e moderada em fibroblastos e células inflamatórias

mononucleares próximo ao cemento íntegro, no terço médio. OPG exibiu fraca

imunomarcação na maior parte do espécime e moderada em células

inflamatórias próximo ao dente (Figura 9 - A, B e C).

G2 (60 minutos – 7 dias)

RANK exibiu ausência de imunomarcação ou imunomarcação

inexpressiva em toda a extensão do espécime, apresentando área de

neoformação óssea. Enquanto RANKL exibiu fraca imunomarcação na maior

parte do espécime e moderada em área de neoformação óssea no terço

médio/apical. OPG exibiu ausente imunomarcação ou imunomarcação

inexpressiva em toda extensão do espécime (Figura 10 - A, B e C).

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Figura 6 Expressão imuno-histoquímica, em G2 – 1 dia, das proteínas RANK - Ausência de

imunomarcação no ligamento periodontal que exibe necrose e pouca celularidade (A), RANKL -

Imunomarcação moderada e reação inflamatória no ligamento periodontal (B) e OPG -

Imunomarcação ausente no ligamento periodontal, que apresenta fibrose (C).

B

C

A

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Figura 7 Expressão imuno-histoquímica, em G2 – 3 dias, das proteínas RANK - Imunomarcação

inexpressiva e reação inflamatória próxima ao cemento (A), RANKL - Imunomarcação fraca em

fibroblastos e células inflamatórias mononucleares próximo ao cemento íntegro. Terço Médio (B)

e OPG - Imunomarcação discreta em células inflamatórias próximo ao dente (C).

A

B

C

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Figura 8 Expressão imuno-histoquímica, em G2 – 7 dias, das proteínas RANK - Ausência de

imunomarcação em área de neoformação óssea (A), RANKL - Imunomarcação em área de

neoformação óssea. Terço Médio/Apical (B) e OPG - Imunomarcação ausente nas células do LP

(C).

A

B

C

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5.2 Análise Estatística

Os eventos celulares que ocorrem nos dentes reimplantados são

complexos e distintos, por isso, optou-se por descrição sucinta dos resultados

por terços dos dentes: Cervical (C); Médio (M) e Apical (A).

O tempo extra-avelolar influenciou na imunoexpressão de RANKL e OPG,

contudo, não foram encontradas diferenças significativas na imunoexpressão de

RANK. A maior expressividade de RANKL foi no G1 (5 min. extra-alveolar), nos

terços cervical e médio, nos períodos iniciais – 1 e 3 dias – (p= 0,0496 e p=

0,0445, respectivamente), no terço apical sua maior expressividade foi no G1,

no período mais tardio (p= 0,0473). As maiores expressões de OPG também

foram no G1, no terço médio e apical, nos subgrupos de 3 e 7 dias (p= 0,0295 e

p= 0,0059, respectivamente). No terço cervical, OPG apresentou maior atividade

no período de 3 dias, no terço cervical (p= 0,0180).

RANK foi expresso predominantemente no período de 3 dias do G2,

sendo que sua expressão foi observada em células inflamatórias do tipo

polimorfonucleares (Figura 9 e Figura 11B). RANKL foi expresso em células

endoteliais e em osteoclastos (Figura 7).

A relação da imunoexpressão de RANKL e OPG foi analisada de acordo

com os subgrupos (1, 3 e 7 dias) para cada período experimental (5 e 60 min

extra-alveolar). Foi observado que no terço cervical tanto no G1 como no G2,

houve diminuição da atividade de RANKL no decorrer dos períodos

experimentais. Enquanto a imunoexpressão de OPG apresentou-se como uma

parábola, indicando maior atividade dessa proteína no período de 3 dias (p=

0,0151).

No terço médio, em 1 dia, a expressão de OPG é considerada

inexpressiva, e há aumento em 3 e 7 dias (p= 0,0295) no G1. Enquanto no G2,

níveis progressivos de RANKL foram observados, em contrapartida decréscimos

na imunoexpressão de OPG. A expressão de ambos biomarcadores, no terço

apical diminui drasticamente no G2, enquanto no G1, mantém-se estável nos

subgrupos (p= 0,0059).

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Figura 9 – Expressão de RANK, RANKL e OPG em G1 e G2 quanto a influência do tempo extra-

alveolar. Terços radiculares: A – Cervical, B – Médio, C – Apical.

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Figura 10 – Expressão comparativa de RANKL e OPG nos subgrupos de acordo com o tempo

extra-alveolar no terço cervical.

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Figura 11 – Expressão comparativa de RANKL e OPG nos subgrupos de acordo com o tempo

extra-alveolar no terço médio.

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Figura 12 – Expressão comparativa de RANKL e OPG nos subgrupos de acordo com o tempo

extra-alveolar no terço apical.

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6 DISCUSSÃO

As reabsorções dentárias ocorrem com grande frequência e tem relevante

importância na prática clínica, por constituir-se em causa comum de perda

dentária decorrente de traumatismos, em especial, quando se trata das

reabsorções radiculares (CONSOLARO, 2012). Uma variedade de sinais é

lançada quando ocorre uma injúria nos tecidos orais, levando a respostas como

proliferação, migração e diferenciação das populações celulares próximas à área

atingida. Compreender as circunstâncias que levam ao reparo desses tecidos

tem sido um dos maiores desafios na pesquisa dental (ANDREASEN;

ANDREASEN; ANDERSSON, 2007), sobretudo com relação ao fenômeno

biológico que envolve o reimplante dental. Este estudo pode representar uma

contribuição importante para o planejamento e tratamento clínico das

reabsorções ósseas e dentárias.

Faz-se necessário entender como os eventos celulares observados,

histologicamente, ocorrem, mesmo antes das evidências clínicas ou

radiográficas, para o planejamento do tratamento adequado (MANFRIN, 2007).

Na literatura existem pesquisas que analisaram a influência do meio de

estocagem, tratamento de superfície e endodôntico com relação as reabsorções

radiculares em dentes reimplantados (TROPE, 2002; CONSOLARO, 2011;

CONSOLARO et al., 2012), mesmo assim, ainda não se tem um prognóstico

favorável. Pesquisas foram realizadas com o intuito de elucidar o mecanismo

biomolecular das reabsorções radiculares com relação aos componentes do

sistema RANK/RANKL/OPG em dentes reimplantados de ratos tratados ou não,

tanto endodonticamente como sua superfície radicular (MANFRIN, 2007; SAITO

et al., 2011; MANFRIN et al., 2013; PANZARINI et al, 2013). Portanto, o presente

estudo objetivou analisar o mecanismo dos fenômenos de reabsorção em dentes

de ratos reimplantados sem tratamento local e sistêmico através da expressão

dos marcadores RANK/RANKL/OPG em diferentes períodos de tempo.

Um dos fatores determinantes no prognóstico do reimplante dentário é a

reabsorção dentária e óssea, bem como o tempo extra-alveolar, o meio de

estocagem e antibioticoterapia. Segundo os estudos de Panzarini et al. (2013),

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Manfrin (2007) e Manfrin et al. (2013) que também avaliaram a expressão de

RANK, RANKL e OPG em dentes reimplantados de ratos utilizando meios de

estocagem, tratamento radicular e endodôntico e antibioticoterapia, esses

fatores podem ter influenciado nos resultados. No entanto, neste estudo

procurou-se avaliar a expressão desses marcadores sem influências de

tratamentos, esclarecendo o mecanismo de expressão de marcadores

relacionando-os com ocorrência de reabsorções dentária e óssea, considerando

que o tempo extra-alveolar de 5 minutos (G1) representa bom prognóstico,

enquanto o período de 60 minutos (G2) do dente avulsionado antes do

reimplante apresenta prognóstico desfavorável, sem interferências de

medicamentos, tratamento de superfície radicular e tratamento endodôntico.

Na extensão da raiz do dente as áreas anatômicas apresentam

características distintas. Os eventos celulares e biomoleculares que ocorrem nas

reabsorções dentárias podem apresentar-se de maneira diferente nos terços da

raiz. No terço cervical, as estruturas estão em contato com o meio bucal e seus

fluidos, além de apresentarem íntima relação com os tecidos periodontais de

revestimento: epitélio juncional, gengiva, inserção conjuntiva. No terço médio a

relação do ligamento periodontal com o osso alveolar e o cemento é evidente,

assim como, comunicações eventuais com a polpa dentária por meio dos canais

acessórios. O terço apical apresenta uma dinâmica celular mais diversa,

sobretudo, porque nessa área há união dos tecidos dentários com os tecidos

periodontais, assim, denominada de região periapical. Como observado os

eventos celulares que serão decisivos para o reparo e posterior reinserção do

ligamento periodontal pode assumir diferentes e inclusive independentes

respostas nos terços do dente, considerada a distinção biológico-estrutural

dessas áreas.

O receptor RANK funciona como mediador do processo de reabsorção

dentária e óssea, quando ativado (MORAES et al., 2011). Neste estudo foi

possível constatar imunoexpressão discreta de RANK na maioria dos

espécimes, corroborando, assim, com o relato de Panzarini et al. (2013). A

imunolocalização, quando expressa, era no citoplasma e membrana de células

inflamatórias, provavelmente percussoras de osteoclastos, sugerindo que a

presença de RANK tem influência na reabsorção ativa. Porém, o tempo extra-

alveolar não alterou a expressão desse receptor em nenhum terço, para nenhum

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dos períodos experimentais. Ou seja, as células do ligamento periodontal de

dentes reimplantados expressarão o receptor ativador do fator nuclear kappa B

independente do tempo extra-alveolar. Esse intrigante fato auxiliou para

concentração no estudo da dinâmica de imunoexpressão de RANKL e OPG de

acordo com período extra-alveolar nesse estudo, uma vez que ambas as

proteínas poderiam elucidar os eventos celulares que culminam com o

prognóstico favorável ou não do reimplante.

Em nosso estudo a imunorreatividade de RANKL foi observada,

principalmente, em células inflamatórias da linhagem monocítica e fibroblastos.

O tempo extra-alveolar influenciou na imunoexpressão de RANKL que

apresentou-se elevada no período de 1 dia no terço cervical e médio em ambos

grupos, porém maior no G1. Sugere-se que, nessas áreas, devido o trauma da

avulsão associado a uma distensão e rompimento das fibras, há indução de uma

maior expressão de RANKL, como uma tentativa de induzir a proliferação celular

para reparo da área. No terço apical, a diferença surge apenas no subgrupo de

7 dias, sendo também maior no G1. Tal evento pode ser explicado pela

persistência do processo inflamatório nessa área, que gera um efeito de

retroalimentação na produção de RANKL, enquanto no G2, todos os marcadores

diminuem sua expressão, uma vez que os processos degenerativos e de necrose

predominam.

Quanto à imunoexpressão de OPG, o tempo extra-alveolar também

influenciou na mesma, sendo que, nos terços cervical e apical foram diferentes

no subgrupo de 3 dias, no cervical maior no G2 e apical maior no G1. Porém, no

período de 7 dias foi maior no G1. Essas diferenças são essenciais para o

entendimento da diminuição da reabsorção nos casos em que o dente esteve 5

minutos fora do alvéolo.

A osteoclastogênese é um processo de interações complexas entre

células, receptores e seus respectivos ligantes, citocinas e fatores de

crescimento, caracterizando-se por ser uma resposta tanto imunológica como

mediada por inflamação. Assim, há participação da população celular transitória

e permanente do tecido na formação, proliferação e ativação dos osteoclastos

(OTA et al., 2014). O RANKL participa claramente da odontoclastogênese e da

ativação da reabsorção radicular. A intensidade clástica parece ser regulada por

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fatores locais e sistêmicos (estrógeno, paratormônio) mediados pelo sistema

RANK/RANKL/OPG (CONSOLARO et al. 2012).

É bem descrito que, o balanço de expressão entre RANKL e OPG é um

marcador importante da remodelação óssea (TANAKA et al., 2011). Quando

correlacionamos a imunoexpressão de RANKL e OPG, podemos observar as

diferenças nas tendências e consequentemente correlacionar com o grupo em

estudo. No terço cervical, RANKL decresceu entre 1 e 7 dias, em ambos os

grupos. Isso pode ser explicado com a ocorrência do trauma durante a avulsão,

a qual ocorre de maneira semelhante em ambos os grupos. OPG apresentou

uma parábola com pico de expressão em 3 dias, podendo-se inferir que, como

os maiores níveis de expressão de RANKL foram em 1 dia, em 3 dias é ativado

um mecanismo protetor pelas células e o equilíbrio desses eventos ocorre em 7

dias. Como os grupos apresentaram-se de maneira muito semelhante, pelo terço

cervical não foi possível diferenciar a relação das expressões de RANKL e OPG

com o prognóstico do reimplante.

No G1, nos períodos de 3 e 7 dias foi possível constatar fibroplasia,

infiltrado inflamatório discreto e alterações morfológicas nos fibroblastos, que se

tornaram mais fusiformes e maiores. Em contraparte, essas células exibiam forte

marcação de RANKL demonstrando que essa proteína está relacionada não

apenas ao processo de osteoclastogênese, mas encontra-se intimamente

associada ao processo de proliferação celular, uma vez que ativa o RANK. Esses

achados são contrários aos do estudo de Panzarini et al. (2013), onde OPG e

RANK apresentaram maior expressão que RANKL, provavelmente devido ao

uso do meio de estocagem e antibioticoterapia, os quais influenciaram na

expressão dos marcadores.

O terço médio apresentou-se como o mais significativo para diferenciação

do prognóstico do reimplante. RANKL mantém-se em níveis aproximados no G1,

variando discretamente (entre 1 e 7 dias), sustentando a hipótese de sua

necessidade no processo de reparo. Porém no G2, há uma progressão em sua

imunoexpressão, estando correlacionado com a reabsorção dentária progressiva

que ocorre ao longo do tempo em reimplantes tardios. Já OPG parece ser

decisivo, sobretudo nesse terço médio, para determinar o prognóstico, uma vez

que, no G1 sua expressão inicia (1 dia) leve, aumenta em 3 dias, estabilizando

aos 7 dias. Enquanto, no G2 há um aumento aos 3 dias e depois um decréscimo

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considerável aos 7 dias, indicando que o mecanismo protetor exercido por essa

proteína é cessado. A interpretação desses comportamentos parece ser o

achado mais relevante desse estudo.

No terço apical, os eventos predominantes no G1, aos 7 dias, é a

persistência da resposta inflamatória que, por vezes, cronifica, induzindo

inclusive o fechamento do ápice do dente. No entanto, em G2 predominam os

processos de necrose do ligamento periodontal. Esses dados estão associados

com os nossos achados imunohistoquímicos, pois no G1 a imunoexpressão de

RANKL permanece estável (entre 1 e 7 dias), explicando assim, que a resposta

reparativa e inflamatória contribui para o sucesso do reimplante nesse grupo.

Enquanto no G2 a redução significativa do número de células positivas, tanto

para RANKL como para OPG em 7 dias indicam a falência da resposta

inflamatória nesses casos, que ocasiona predominância dos processos

degenerativos e de necrose.

Steinmetz et al. (2013) investigaram o papel das estatinas na proliferação

de células osteoprogenitoras em modelo experimental, com foco no metabolismo

ósseo. Concluíram que o RANK é expresso em células progenitoras, e a

estimulação com RANKL aumenta a proliferação celular in vitro e in vivo. Mesmo

com estimulação de RANKL a reabsorção não foi aumentada. Neste estudo, o

aumento da expressão de RANKL estimulou a fibroplasia que produzirá fibras

colágenas, auxiliando na reinserção das mesmas nos períodos iniciais,

sobretudo no G1 (dente extra-alveolar por 5min). Por outro lado, ativa a via de

reabsorção, causando efeito destrutivo nos tecidos duros do dente. Isso justifica

alguns dos nossos achados tais como: a presença da fibroplasia e da reabsorção

ativa, que são os eventos marcantes observados no G1 (dente extra-alveolar por

5min), enquanto o G2 (dente extra-alveolar por 60min) se caracterizou por área

de necrose pontual e reabsorção óssea e dentinária. Esses eventos estão

relacionados também com a menor expressão de RANK em todos os períodos

experimentais.

No G1, (dente extra-alveolar por 5min) no período de 7 dias, a presença

do infiltrado inflamatório crônico e intensa fibroplasia configura a reabsorção

reparada observada nesse intervalo de tempo. Em contrapartida, o aumento da

extensão da área de necrose e a presença de reabsorções ativa e reparada

podem envolver todos os terços, sendo que o infiltrado predominantemente

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neutrofílico é mais intenso na região apical dos incisivos dos ratos, pelo fato da

presença da rizogênese incompleta, em ambos os grupos, o que nos permite

comparar este modelo experimental utilizado nesta pesquisa com dentes

humanos. A maioria dos jovens quando sofrem um trauma dental, no caso da

avulsão dentária, deve-se a resiliência do LP e estes apresentam também

rizogênese incompleta (TROPE, 2002; ANDREASEN; ANDREASEN, 2007;

RODRIGUES et al., 2010; CONSOLARO et al., 2012).

Níveis elevados da expressão de RANKL estão relacionados com maior

intensidade do processo inflamatório, como observado no G2, o que justifica a

maior ocorrência de reabsorções radiculares e ósseas nos períodos

experimentais tardios desse grupo. Esses achados sugerem que RANKL mesmo

estando mais expressa no G1, não foi determinante para desencadear

reabsorções acima citadas. Diferente do que foi encontrado por Manfrin (2007),

em que houve predominância de RANK e OPG no período de 3 dias, podendo o

meio usado para estocagem do dente ter influenciado nessa resposta.

Foi determinado que células endoteliais em modelo experimental in vitro

expressam RANKL induzindo a migração de PMN. Esses PMN contêm grânulos

e vesículas de RANK em seu citoplasma, e quando ativados ou estimulados o

RANK é translocado para a membrana, demonstrando assim que os neutrófilos

podem mediar o processo de formação e ativação de osteoclastos (RIEGEL et

al., 2012). Este achado relevante corroborou o nosso resultado, em que PMN

apresentou alta reatividade para RANKL, principalmente nos períodos iniciais de

ambos os grupos.

Os PMN parecem desempenhar papel importante na osteoclastogênese,

por meio da liberação de lisozimas e citocinas pró-inflamatórias, como por

exemplo, a interleucina-17 (FUTOSI; FODOR; MÓCSAI, 2013; MILANOVA;

IVANOVSKA; DIMITROVA, 2014). Neste estudo, foi possível verificar que, no

terço apical, local de maior infiltrado inflamatório agudo e áreas de necrose, os

neutrófilos expressavam fortemente RANK e RANKL, sustentando que a

hipótese anteriormente apresentada também pode ser aplicada no processo de

reabsorção de dentes reimplantados.

Ficou claro que a dinâmica da expressão dos biomarcadores

RANK/RANKL/OPG participa dos eventos celulares no reimplante dental,

estando associadas não apenas a formação de osteoclastos, mas à proliferação

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celular. Isso implica que, as terapias propostas com inibição de RANKL podem

não ser totalmente eficazes, provavelmente por inibirem tanto a reabsorção

óssea quanto a proliferação celular.

Nos períodos de 7 dias, para G1 e G2, respectivamente, a expressão de

OPG foi moderada e fraca. Esse padrão pode ser explicado como determinante

de prognóstico do reimplante. Sabe-se no reimplante imediato (5min extra-

alveolar - G1), o prognóstico é bom, e no mediato (60min extra-alveolar - G2) o

prognóstico é duvidoso. Pode-se inferir que, provavelmente a tendência de

imunomarcação de OPG no reimplante imediato é aumentar em períodos

experimentais mais tardios, enquanto no reimplante mediato tende a diminuir de

acordo com o estudo de Manfrin et al. (2013), onde observou-se até 60 dias.

A expressão elevada do RANKL em todos os grupos e períodos

analisados sugere a sua participação em todos as fases do processo de

reabsorção de dentes reimplantados. Sugerindo também uma relação com a

reabsorção reparada, tanto no osso como no cemento, sendo maior no osso.

Outras investigações dessa natureza precisam ser realizadas, incluindo

períodos tardios de reimplante dentário, a fim de contribuir para a elucidação do

processo de reparo através de achados imuno-histoquímicos.

7 CONCLUSÃO

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Diante dos achados deste estudo é possível concluir que:

O sistema RANK/RANKL/OPG participa ativamente, tanto do processo de

reparo de dentes de ratos reimplantados, quanto das reabsorções

dentárias e ósseas.

O tempo extra-alveolar de 60 minutos antes do reimplante ocasionou

menores expressões de RANKL e OPG, não influenciando na expressão

de RANK.

RANKL apresentou maior imunomarcação em ambos os grupos, quando

comparado aos outros biomarcadores, participando em todas as fases da

reabsorção óssea e dentária;

RANKL esteve associado tanto ao processo de osteoclastogênese, como

de proliferação celular, sendo expresso em ambos os grupos.

REFERÊNCIAS

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ANEXOS

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Anexo 1