Conceição e Janaina Atps Monitoramento e Avaliação Em Serviço Social

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CURSO DE SERVIÇO SOCIAL MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL

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Servico Social

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CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL

MANAUS – AM

2014

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ADRIANA VAZ RA- 383522

MARIA DA CONCEIÇÃO DA SILVA AZEVEDO – RA: 305855

FÁTIMA DO ROSÁRIO – RA 200134

MARIA JANAINA PROTAZIO CORREA - RA- 336465

VALÉRIA JULIÃO - RA – 365766

MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL

Trabalho referente à disciplina Monitoramento e Avaliação em Serviço Social para obter nota para o 8º período do Curso de Serviço Social do Centro de Educação a Distância da Universidade Anhanguera – UNIDERP, sob a orientação da professora tutora presencial Ana Cristina Campos e a professora EAD Ma Edilene Chaves Rocha Garcia.

MANAUS - AM

2014

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INTRODUÇÃO

Este trabalho introduz algumas questões atuais sobre a avaliação e o monitoramento de

programas e projetos sociais, buscando superar a idéia do controle em uma perspectiva

unicamente financeira, mas relacionando-os aos objetivos e metas. A avaliação é retomada a

partir dos eixos básicos e clássicos, ou seja, da eficiência, eficácia e efetividade sendo

discutida como uma exigência atual da sociedade, tanto em organizações públicas como em

não-governamentais.

A discussão sobre a avaliação de programas e projetos sociais vem obtendo relevância

em passado recente, contrariamente às avaliações de política econômica, as quais estão há

longo tempo em cena, com produções teórico-metodológicas significativas, tendo alcançado o

status, inclusive, de disciplina acadêmica.

A avaliação na área social deve estar atenta para conhecer os impactos. Isso exige, por

conseguinte, situar o programa a conjuntura na qual ele se insere constatar o grau de força

alcançado na instituição e na comunidade e observar para o grau de adesão ou de oposição

dos sujeitos envolvidos, produzindo esta ou aquela dinâmica. 

Na área social a preocupação com a avaliação vem se ampliando, fato constatado pelo

número crescente de publicações relacionadas ao tema.

1 AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DE UM PROJETO

A avaliação é um elemento básico do planejamento e traduz a possibilidade de se

tomar decisões que superem soluções erráticas e não fundamentadas, elevando-se o grau de

racionalidade de tais decisões. Os processos avaliativos, entretanto, ainda hoje são encarados,

no mais das vezes, como procedimentos burocráticos, custosos, ameaçadores e de caráter

administrativo e financeiro

Sendo assim, pode-se dizer que qualquer projeto, por melhor elaborado que possa ser,

necessita de um bom sistema de monitoramento e avaliação, pois nesse momento são

levantadas e analisadas informações importantes que podem definir o fracasso ou o sucesso de

um projeto.

A partir da compreensão da complexidade das políticas públicas e de sua importância

na construção da hegemonia política, a avaliação e monitoramento dos projetos sociais nos

aspectos macro e micros sociais, torna processo de avaliação e monitoramento etapa crucial,

principalmente os de relevância social.

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O monitoramento de um projeto é a atividade regular e sistemática de observar ações e

coletar informações a respeito da execução de um projeto de modo a identificar possíveis

desvios das ações programadas e colaborar para o momento de avaliação e posterior tomada

de decisões. Desta forma, o monitoramento de um projeto tem importante papel no seu

desenvolvimento, visto que, para que se tenha uma avaliação eficiente, são necessárias que,

durante o monitoramento, sejam coletadas informações relevantes, como, por exemplo:

informações sobre as ações, sobre os impactos e efeitos no meio e nos participantes, sobre o

alcance das metas, sobre os recursos empregados, sobre os aspectos facilitadores e

limitadores, entre outros relacionados ao projeto.

Monitoramento esta relacionado à observação sistemática do desenvolvimento das

atividades, da utilização dos recursos e da produção de resultados. O monitoramento deve

produzir informações e elementos esperáveis para auxiliar a apreciação da causa de ocasionais

desvios, assim como, das determinações de revisão do plano. 

O sistema de monitoramento e avaliação precisa apresentar informações substantivas

para implicar nos fatores institucionais e legais possíveis de gerar ineficiência crônica na

execução das políticas e dos programas sociais. 

Não é possível ponderar a avaliação tão somente sob um ponto de vista de constatação

de estatísticas, promulgando a ação na sua eficiência imediata, sem um compromisso

propositado com a mudança e a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, através dos

programas e serviços públicos. 

Para que se possa obter a grandeza da efetividade é imprescindível que a avaliação

obtenha três aspectos avaliados como fundamentais: o primeiro está relacionado ao cenário

histórico-social; o segundo considera o papel social da própria avaliação e está relacionado ao

primeiro; e, unido a ambos, o terceiro aspecto se refere a uma expectativa de conhecimento

como ferramenta para melhoria na qualidade de vida. 

Uma avaliação de impacto abrange estes três itens, sem estes, a ciência da efetividade

de programas ou projetos, estaria comprometida. É necessário ter bem definido que

informação, avaliação e monitoramento estão atrelados de forma a procurar a melhor

compreensão e a mais apurada vigilância social continuada, abrangendo-a como importante

papel da Política de Assistência Social. Dados devem ser adequados, simples e resumidos

para que todos os implicados na ação, especialmente para que executores e favorecidos

possam alcançar e utilizar para aperfeiçoamento ou rejeite de soluções. 

Portanto, a avaliação deve estar presente em todas as fases do projeto para que a cada

fase atingida sejam detectados pontos fortes e fracos e para que se tenha a convicção da

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necessidade, da importância e da possibilidade de dar continuidade ao projeto, devendo ser

capaz de avaliar não só a mudança ocorrida, mas também a permanência dessa mudança ao

longo do tempo e o seu grau de abrangência. De uma forma geral, o processo de

monitoramento e avaliação de um projeto consiste em procedimentos de análise e

acompanhamento das ações e resultados ligados ao projeto.

2 PROJETO SOCIAL

Público alvo: Mulheres do Bairro Jorge Teixeira II Etapa em Manaus que se encontra em

situação de vulnerabilidade social.

2.1 Objetivo Geral: 

Promover integração social e cultural para os grupos de mulheres residentes no Bairro Jorge

Teixeira II Etapa com o intuito de que as mesmas adquiram novos conhecimentos e

aprendizados que sejam relevantes para a formação de consciência crítica, elevação da

autoestima e conhecimento de seus direitos e deveres enquanto cidadãs atuantes dentro da

sociedade, fazendo com que todas participem e se sintam bem dentro do Grupo. 

2.2 Objetivos Específicos:

Proporcionar um local de novos conhecimentos onde as integrantes se sintam à

vontade;

Promover a articulação de parcerias com instituições públicas e privadas buscando

novas fontes de conhecimento às integrantes;

Informar em reuniões socioeducativa a essas mulheres obtenham conhecimento de

seus direitos e deveres para com a família e a sociedade.

1.3 METODOLOGIA

Para o desenvolvimento desse Projeto Social será utilizada a abordagem qualitativa do tipo Estudo de Caso. Optamos pela pesquisa qualitativa porque esta responde:

A questões muito particulares. Ela se preocupa, nas ciências sociais, com um nível de realidade que não pode ser quantificado. Ou seja, ela trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos, que não podem ser reduzidos á operacionalizações de variáveis (MINAYO, 2003, p. 21/22).

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Podemos ainda afirmar que a abordagem qualitativa “aprofunda-se no mundo dos significados das ações e relações humanas.” (MINAYO, 2003, p. 22)

Segue abaixo especificado características básicas que configuram o tipo de delineamento

utilizado no presente estudo, a saber:

1. a pesquisa qualitativa tem o ambiente natural como sua fonte direta de dados e o

pesquisador como seu principal instrumento.

2. os dados coletados são predominantemente descritivos.

3. a preocupação com o processo é muito maior do que o produto.

4. O significado que as pessoas dão às coisas e à sua vida são focos de atenção especial do

pesquisador.

5. A análise dos dados tende a seguir um processo intuitivo (LUDKE e ANDRÉ, 2001,p.

11/13).

O tipo de pesquisa qualitativa denominada de Estudo de Caso, “é o que se desenvolve

numa situação natural, é rico em dados descritivos, tem um plano aberto e flexível e focaliza a

realidade de forma complexa e contextualizada” (LUDKE e ANDRÉ, 2001, p. 18).

O desenvolvimento de um Estudo de Caso é caracterizado em três fases, sendo a

primeira aberta e exploratória, a segunda a mais sistemática em termos de coleta de dados e a

terceira na análise e interpretação sistemática dos dados e na elaboração do relatório. Essa três

fases se superpõem em diversos momentos, sendo difícil precisar as linhas que as separam

(LUDKE e ANDRÉ, 2001).

1.4 Monitoramento

O monitoramento será feito por meio do acompanhamento continuo dos processos e

atividades previstos no plano de ação que analisará constantemente se existe coerência entre

objetivo principal, estratégias propostas e resultados obtidos. 

De modo consistente com os objetivos apontados, o projeto Social utilizará

continuamente os resultados de avaliação para realizar ajustes e correções imediatos caso

houver necessidade.

Os resultados serão devidamente anotados e divulgados tanto para as integrantes do

grupo como também para toda a equipe do referido bairro e demais pessoas e entidades

envolvidas.

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1.5 MAPA CONCEITUAL

Mapa Conceitual

Figura 1- Critérios de Avaliação

Fonte: Elaborado pela autora do trabalho

Sabemos que no Brasil, a Constituição Federal de 1988 representou o marco legal para

as importantes transformações no palco da Política de Assistência Social, compreendida como

inovadora e moderna que constitui, como uma de suas primazias, o amparo dos direitos de

cidadania. A partir da criação da atual Constituição manifestou-se a regulamentação do ECA

e da LOAS e, atualmente, na aprovação da nova Política Nacional de Assistência Social –

PNAS, que norteia a edificação do Sistema Único da Assistência Social – SUAS. 

O termo governança busca expandir e superar o atual paradigma de administração

pública e esta associada a um papel preponderante do estado como executor direto no

desenvolvimento, na gestão de políticas pública e no provimento de serviços.

A orientação para resultados é uma fixação deste novo paradigma, ou seja, o que está

em foco são as novas formas de geração de resultados em um contexto contemporâneo

complexo e diversificado. Nesse contexto, uma boa gestão é aquela que alcança resultados

Eficiência

Eficácia

Expectativa de resultados

Metas estabelecidas

Facilitadores e Impedimentos

Comportamento

Efetividade

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independente de meritórios esforços e intenções. Alcançar resultados no setor público, é

atender as demandas, aos interesses e às expectativas dos benefícios sejam cidadãos ou

organizações, criando valor público.

Assim, a principal questão concentra-se em como fazer os resultados serem obtidos e,

para isso, faz-se necessário harmonizar todos esses fatores sob o abrigo de gestão para

resultado. Um modelo é um recurso analítico com o propósito de representar a realidade a

partir da definição de um conjunto de variáveis aspectos da realidade que se pretende

representar, aspectos esses que podem ser visto, definidos e medidos de forma qualitativa ou

quantitativa, por meio de indicadores. 

Assume-se que a realidade é complexa e os modelos, ao incluírem apenas algumas

variáveis para representá-la, serão sempre recursos limitados mostrando e escondendo,

deixando de fora muitas variáveis potencialmente importantes e contendo limitações para

estabelecer os padrões de comportamento entre as variáveis. Com tudo, todo modelo é

limitado, mas a limitação deve ser sempre minorada por meio da escolha das variáveis mais

relevantes: incluir o que mais importa e excluir o que não importa.

Por sua vez, o conceito de gestão para resultados não se restringe apenas em função

em formular resultados que satisfaçam às expectativas dos legítimos beneficiários da ação

governamental de forma realista, desafiadora e sustentável. Requer, também, alinhar os

arranjos de implementação para alcançá-los, além de envolver a construção de mecanismos de

monitoramento e avaliação que promovam aprendizado, transparência e responsabilização.

Os indicadores são instrumentos de gestão essenciais nas atividades de monitoramento

e avaliação das organizações, assim como seus projetos, programas e políticas, pois permitem

acompanhar o alcance das metas, identificarem avanços, melhorias de qualidade, correção de

problemas, necessidades de mudança e outras. Os indicadores possuem duas funções básicas:

a primeira é descrever por meio de geração de informações o estado real dos acontecimentos e

o seu comportamento; a segunda é de caráter valorativo que consiste em analisar as

informações presentes com base nas anteriores de forma a realizar proposições valorativas.

Embora o monitoramento e a avaliação sejam atividades inter-relacionadas, elas são

diferentes. A principal articulação da avaliação com o monitoramento é que a avaliação utiliza

extensivamente os dados gerados pelo sistema de monitoramento. Desse modo, sem um bom

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monitoramento ou registro das informações sobre recursos, atividades, produtos e ocorrências

na implementação é muito difícil efetuar uma boa avaliação.

Efetividades são os impactos gerados pelos produtos/serviços, processos ou projetos.

A efetividade está vinculada ou grau de satisfação ou ainda ao valor agregado, a

transformação produzida ao contexto em geral. Essa classe de indicadores, mais difícil de ser

mensurada está relacionada com a missão da instituição.

Eficácia - é a quantidade de produtos e serviços entregues aos usuários. 

Eficiência - é a relação entre os produtos/serviços gerados com os insumos utilizados,

relacionando o que foi entregue e o que foi consumido de recursos, usualmente sob a forma de

custos ou produtividade.

A necessidade crucial de mais eficiência, eficácia e efetividade (3Es) das ações

governamentais está intrinsecamente relacionada à questão do desenvolvimento, pois suas

possibilidades são, muitas vezes, cerceadas devido aos limites que surgem quando os atores

envolvidos na gestão pública não estão comprometidos com estes conceitos, resultando em

impactos negativos na vida de todos os cidadãos.

Quadro relativo ao gerenciamento dos indicadores de eficiência, eficácia e de resultados do

Programa Nacional de Gestão Pública. 

Identificação do nível, dimensão, subdimensão e objetos de mensuração

Estabelecimento de indicadores

Validação preliminar dos indicadores com as partes interessadas

Construção de Formulas, Estabelecimento de metas e notas

Definição de Responsáveis

Geração de Sistema de Coleta de dados

Ponderação e validação final dos indicadores com as partes interessadas

A definição sintética e ao mesmo tempo ampla para o desempenho;

É estabelecida pela atuação de um objeto (uma organização, projeto, processo, tarefa etc.) para se alcançar um resultado

É fundamental a obtenção de um conjunto significativo de indicadores que propicie uma visão global da organização e represente o desempenho da

mesma.

O processo da validação é conduzido vis-à-vis com a analise dos critérios de avaliação do indicador

A fórmula permite que indicador seja: inteligí-vel., interpretado uniformemente; compatibiliza-.do como processo de coleta de dados; especifico quanto a interpreta-ção dos resultados e apto em fornecer

A indicação pela geração e divulgação dos resultados obtidos de cada indicador. Indicadores sem responsáveis por sua coleta e acompanhamento não são avaliados, tornando-se sem sentido para a organização.

Há necessidade de se coletar dados  acessíveis confiáveis e de qualidade.

A identificação de dados varia de  acordo com o tempo e os

Ponderação e validação final dos indicadores com as  partes interessadas são fundamentaispara a  obtenção de uma cesta de indicadores relevante e legitima que assegure a visãoglobal da organização e, assim, possa  representar o

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Um conceito peculiar, um construto especifica, para cada objeto

subsídios para o processo de tomada de decisão.

A meta é uma expressão numérica que representa o estado futuro de desempenho desejado. A nota deve refletir o esforço no alcance da meta acordada, por indicador em particular, o que implicará na determinação de valores de 0 a 10 para cada um, conforme a relação entre o resultado observado e a meta acordada

recursos disponíveis,assim com informações necessária. 

desempenho da mesma.

Quadro 1- Gerenciamento dos indicadoresElaborado pela autora da atividade

2 SOFTWARE PARA MONITORAMENTO DAS POLITICAS SOCIAIS

A possibilidade de haver um sistema vasto de indicadores sociais, válidos e confiáveis

seguramente aumenta as oportunidades de sucesso do processo de formulação e prática de

políticas públicas, na medida em que admite, em tese, diagnósticos sociais, monitoramento de

ações e avaliações de resultados mais abrangentes e tecnicamente mais bem respaldados.

Sabemos que o Brasil possui em cada território características distintas, podemos citar

as diferenças sociais nos estados do norte e nordeste, comparado aos estados do sul/sudeste.

Assim para cada realidade apresentada, há necessidade de formulação de políticas sociais

distintas. Para que haja possibilidade de formulação destas políticas públicas que atendam os

interesses de cada território, é imprescindível que os municípios/estados tenham informações. 

Melhor coletados e analisados de maneira que tenha uma informação precisa do

projeto aplicado. Hoje os projetos contam com, mas essa ferramenta, que pode auxiliar no

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desenvolvimento da pesquisa e ele e muito importante para a criação de novos projetos que

beneficiem de maneira eficaz os usuários dos serviços das instituições.

Com essa ferramenta a margem de erros fica mínima e obtém um resultado, mas minucioso. 

Nas pesquisas realizadas para aplicação de novos projetos.

Com essa ferramenta o acesso e, mas rápido, e a partir dessas informações podem ser criados

novos projetos voltados para a melhora social.

Lista dos indicadores

A discussão sobre a utilização dos indicadores sociais toma corpo com o avanço da

democratização, da pressão da sociedade civil por maior transparência nos gastos públicos e

maior envolvimento da mesma na busca pela garantia de direitos sociais no âmbito de todas as

políticas publicas oferecidas ao cidadão.

Os indicadores sociais são um conjunto de indicadores voltados a um determinado

aspecto da realidade social podemos citar como exemplo de indicadores da assistência social,

sistema de indicadores da saúde, e do mercado de trabalho. Os indicadores são necessários

para confiabilidade da informação para o monitoramento e para avaliação do sistema. Eis os

indicadores sociais:

3.1 Indicadores das Políticas Públicas

Quadro 2: Lista dos indicadores das políticas públicas

Indicadores - impacto Referem-se aos efeitos e desdobramentos mais gerais.

Indicadores - resultados

Estão vinculados aos objetivos finais dos programas públicos, que permitem avaliar a eficácia do cumprimento das metas especificadas.

Indicadores – insumos

São indicadores de alocação de recursos para políticas sociais.

Indicadores - processos

Indicadores intermediários, que traduzem, em medidas quantitativas, o esforço operacional de alocação de recursos humanos, físicos ou financeiros.Indicadores objetivos

Ocorrências concretas Ou a entes empíricos da realidade sociais construídos a partir das estatísticas públicas disponíveis

Indicadores subjetivos Corresponde a medidas construídas a partir da avaliação dos indivíduos ou especialistas com relação a diferentes aspectos da

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realidade

Indicadores de saúde Leitos por mil habitantes, percentual de crianças nascidas com baixo peso

Indicadores educacionais Taxa de analfabetismo escolaridade média da população de 15 anos ou mais

Indicadores de mercado de trabalho

Taxa de desemprego, rendimento médio real do trabalho etc.

Indicadores demográficos Esperança de vida etc;

Indicadores habitacionais Posse de bens duráveis, densidade de moradores por domicilio etc.

Indicadores de renda e desigualdade

Proporção pobres, índice de GINI

2.1 MÉTODOS DE PESQUISA: QUANTITATIVO E QUALITATIVO

Método qualitativo

Método quantitativo

Os dados não podem ser mensuráveis

Os dados são quantificáveis

Utiliza-se para coleta de dados: entrevistas abertas, observação participante, análise

documental (cartas, diários, impressos, relatórios, etc.), estudos de caso, história de vida, etc.

Usa-se para coleta dedados: estatísticas e recursos, como, percentagens, média, mediana,

coeficiente de correlação, entre outros.

Os dados são retratados por meio de relatório.

Os dados são tabulados, de forma a apresentar um resultado preciso.

Os dados incluem palavras, pinturas, fotografias, desenhos, filmes, vídeo tapes e até mesmo

trilhas sonoras.

Garante a precisão dos trabalhos realizados, conduzindo a um resultando com poucas chances

de distorções.

Tem um caráter exploratório.

Uso de questões fechadas.

O questionário representa um dos meios mais eficazes utilizados.

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5.1 UTILIZAÇÃO DA PESQUISA QUALITATIVA E QUANTITATIVA EM PROJETOS

SOCIAIS

A pesquisa quantitativa é importante para dimensionar os problemas com os quais o

Assistente Social trabalha, pois, identifica o nº de crianças fora da escola, criança que estão

nas ruas, faz mapeamentos e etc. Enfim, traz retratos da realidade, mas de acordo com o autor

são dados insuficientes para:

a) trazer a centralidade dos sujeitos sua história;

b) trazer as concepções dos sujeitos;

c) pensar a particularidade das expressões da Questão Social;

d) pensar as experiências dos sujeitos;

e) expressar como a vida é vivida;

f) as reais condições de vida não são alcançados pela pesquisa quantitativa;

g) que significados os sujeitos atribuem as suas experiências, às suas vidas.

Os dados números em si instrumentalizam a elaboração de programas, mas não

prepara para a análise, para a interpretação e para o real em movimento, nas contradições e na

totalidade e nem diálogo com os sujeitos.Por isso, o Serviço Social busca pela pesquisa

qualitativa a fim de proporcionar novas metodologias de pesquisa como:

a) o diálogo com o sujeito;

b) interpretações;

c) histórias do sujeito;

d) centralidade do sujeito.

Com isso, não se exclui a pesquisa quantitativa, mas, certamente, impõe um outro

modo de fazer pesquisa em Ciências sociais, humanas e em serviço Social. De acordo com

Gonçalves (2013) a informação quantitativa não deixa de ser importante. Não se excluem os

dados, a observação, a mensuração, mas, eles ganham uma outra dimensão qualitativa, de

interpretação, de análises.

Uma vez definido o tema da pesquisa, deve-se escolher entre realizar uma pesquisa

qualitativa ou uma quantitativa. Uma não substitui a outra: elas se complementam.

As pesquisas qualitativas têm caráter exploratório: estimulam os entrevistados a pensar e falar

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livremente sobre algum tema, objeto ou conceito. Elas fazem emergir aspectos subjetivos,

atingem motivações não explícitas, ou mesmo não conscientes, de forma espontânea.

As pesquisas quantitativas são mais adequadas para apurar opiniões e atitudes

explícitas e conscientes dos entrevistados, pois utilizam instrumentos padronizados

(questionários). São utilizados quando se sabe exatamente o que deve ser perguntado para

atingir os objetivos da pesquisa. Permitem que se realizem projeções para a população

representada. Elas testam, de forma precisa, as hipóteses levantadas para a pesquisa e

fornecem índices que podem ser comparados com outros.

Qualitativa Quantitativa

Amostra - Não há preocupação em projetar resultados para a população. O número de

entrevistados geralmente é pequeno. Exige um número maior de entrevistados para garantir

maior precisão nos resultados, que serão projetados para a população representada.

Questionário - Normalmente as informações são coletadas por meio de um roteiro. As

opiniões dos participantes são gravadas e posteriormente analisadas. As informações são

colhidas por meio de um questionário estruturado com perguntas claras e objetivas. Isto

garante a uniformidade de entendimento dos entrevistados.

Entrevista - são realizadas por profundidade ou de discussões em grupo. Para as discussões

em grupo, as pessoas (em média 8) são convidadas para um bate- papo realizado em salas

especiais com circuito de gravação em áudio e vídeo.

Nas entrevistas em profundidade, é feito o pré-agendamento do entrevistado e a sua aplicação

é individual, em local reservado. Este procedimento garante a concentração do respondente. O

entrevistador identifica as pessoas a serem entrevistadas por meio de critérios previamente

definidos: por sexo, por idade, por ramo de atividade, por localização geográfica etc.

As entrevistas não exigem um local previamente ou em pontos de fluxo de pessoas. O

importante é que sejam aplicadas individualmente e sigam as regras de seleção da amostra.

Relatório - As informações colhidas na abordagem qualitativa são analisadas de acordo com o

roteiro aplicado e registradas em relatório, destacando opiniões, comentário e frases mais

relevantes que surgiram. O relatório da pesquisa quantitativa, além das interpretações e

conclusões, deve mostrar tabelas de percentuais e gráficos. De maneira sucinta, em pesquisas

qualitativas o importante é o que se fala sobre um tema, enquanto que em pesquisas

quantitativas o importante é quantas vezes é falado.

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A crescente demanda por serviços públicos, advindos do acirramento das

desigualdades sociais, da falta de acesso às riquezas produzidas pela sociedade, traz ao

missionário, profissional na assistência social, a dificuldade de se reservar tempo para validar

dados, elaborar documentos, sistematizar atendimentos, reduzindo a atuação profissional ao

atendimento das demandas sociais.

Por meio do trabalho social com reflexões sobre variados assuntos em grupo, entende-

se que, acima de qualquer ação é necessário que o Assistente Social acredite nos processos de

mudanças com os integrantes e sua família para auxiliando na formação de cidadãos

conscientes de seus direitos e deveres além de pessoas com visão crítica perante a situação

social, econômica, cultural na qual vivemos atualmente. 

CONSIDERAÇOES FINAIS

Verificou-se por meio da elaboração desse estudo que dentro do contexto do Serviço

Social dá-se grande ênfase aos projetos social, entretanto, não basta apenas criar projetos e

deixá-los no papel, faz-se necessário que sejam colocados em prática, bem como eles devem

ser avaliados de forma a perceber se de fato os resultados esperados estão sendo alcançados.

Constou-se ainda por meio desse estudo que para a avaliação dos projetos sociais são

utilizados vários indicadores para cada área especifica, bem como é preciso decidir-se por um

tipo de pesquisa especifica.

Assim, a literatura sugere a utilização das pesquisas qualitativa e quantitativa, apesar

de alguns autores afirmarem que a primeira é a mais viável quando se trata de pesquisa em

Serviço Social. 

O fato é que as duas contribuem de certa forma com a questão social e devem ser

utilizadas de acordo com os objetivos a serem alcançados.

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REFERÊNCIAS

AGUIAR, Carlos Alberto Monteiro. Indicadores para Monitoramento de Programas e Projetos, 2006. Disponível em: Acesso em: 17set. 2014. 

CAMARGOS, Malco Braga; ANJOS, Isabel dos. O monitoramento e a avaliação e o desafio da gestão para a melhoria dos resultados sociais. IV Seminário de Extensão Universitária. Disponível em: Acesso em: 16 set.. 2014.

DALFOVO, Michael Samir; LANA, Rogério Adilson; SILVEIRA, Amélia. Métodos quantitativos e qualitativos: um resgate teórico. Revista Interdisciplinar Científica Aplicada, Blumenau, v.2, n.4, p .01-13, Sem II. 2008.

DUARTE, Vânia Maria do Nascimento. Pesquisa quantitativa e qualitativa. Disponível em: Acesso em: 17 set. 2014.

MARTINS, M. L. P et al. Avaliação e Monitoramento nas Políticas Sociais. Acesso em: 24 ago. 2014.

VAITSMAN, J.; RODRIGUES, R. W. S; PAES-SOUSA, R. O sistema de avaliação e monitoramento das Políticas e Programas Sociais: a experiência do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome do Brasil. Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, 2006. Acesso em: 28 ago. 2014.