CONCORDÂNCIA ENTRE INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS E …
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO
CONCORDÂNCIA ENTRE INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS E ALBUMINA
SÉRICA NO DIAGNÓSTICO DE DESNUTRIÇÃO CRÔNICA EM IDOSOS DE ILPI DE
NATAL/RN
LUANA ALVES DOS SANTOS
NATAL – RN
2016
LUANA ALVES DOS SANTOS
CONCORDÂNCIA ENTRE INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS E ALBUMINA
SÉRICA NO DIAGNÓSTICO DE DESNUTRIÇÃO CRÔNICA EM IDOSOS DE ILPI DE
NATAL/RN
Orientador: Prof. Ms. Marcos Felipe Silva de Lima
Coorientadora: Profª. Dr.ª Clélia de Oliveira Lyra
NATAL-RN
2016
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado ao Curso de Graduação
em Nutrição da Universidade Federal
do Rio Grande do Norte para
obtenção parcial do grau de
Nutricionista.
LUANA ALVES DOS SANTOS
CONCORDÂNCIA ENTRE INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS E ALBUMINA
SÉRICA NO DIAGNÓSTICO DE DESNUTRIÇÃO CRÔNICA EM IDOSOS DE ILPI DE
NATAL/RN
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Nutrição da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito final para obtenção do grau de
Nutricionista.
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________________________
Prof. Ms. Marcos Felipe Silva de Lima
Orientador
__________________________________________________________
Prof. Dra. Clélia de Oliveira Lyra
Coorientadora
_____________________________________________________________
Prof. Dra. Sancha Helena de Lima Vale
3ª Examinadora
Natal, 31 de maio de 2016.
Dedico este trabalho, aos meus
pais, exemplos de perseverança e base
de tudo o que sou hoje.
AGRADECIMENTOS
Agradeço, primeiramente, a Deus, pelo amor e bondade imensuráveis;
À minha mãe, Patrícia Alves, pelas orientações, por todo amor, apoio, incentivo, cuidado
e compreensão;
Ao meu pai, Lênio Santos, pelo exemplo de força e persistência, por todo amor, apoio,
incentivo, disponibilidade e dedicação durante o curso;
Aos demais familiares, em especial à minha tia Vera, pela dedicação, cumplicidade e
suporte durante o curso, às minhas tias Liana e Julliany, que me apoiaram e orientaram de forma
sábia;
Ao meu amigo e orientador Marcos Felipe, pela paciência, disponibilidade, parceria,
apoio, leveza e contribuição no aprendizado demonstrados a cada etapa da realização deste
trabalho;
À minha coorientadora Clélia Lyra, pelo carinho, incentivo, dedicação e contribuição no
aprendizado;
À Tereza Neuma, nutricionista da Unidade de Saúde do Amarante, pela compreensão,
colaboração em minha formação acadêmica e estímulo em abraçar a profissão de nutricionista;
Aos meus amigos, que deixam a caminhada acadêmica mais leve e especial, repleta de
histórias para contar;
À minha amiga Ana Cláudia, pelo carinho e apoio de sempre e por me ajudar a clarear os
caminhos no ambiente acadêmico;
Às minhas eternas amigas de graduação Cínthia Regina, Mariana Pontes, Mayara de
Paula, Lídia Rodrigues, Nathália Oliveira e, em especial, Anna Larissa Cortês, Jéssica Juliana e
Mayara Cristina, por serem pessoas abençoadas, e por todos os risos compartilhados e momentos
únicos vivenciados;
Às minhas eternas amigas-irmãs Camila Amorim, Elizane Poquiviqui e Luciana Farias,
pelo apoio e cumplicidade, mesmo de longe;
À minha twin Nayara Medeiros, por saber que posso sempre contar com ela;
Aos meus amigos Erick Allan, Ítalo Alves, Luan Regio, Matheus Ribeiro e Salomão
Henrique, por compartilharem da minha paixão pela música e por trazerem felicidade a minha
alma a cada acorde tocado.
RESUMO
SANTOS, Luana Alves dos. Concordância entre indicadores antropométricos e albumina
sérica no diagnóstico de desnutrição crônica em idosos de ILPI de Natal/RN. 2016. 64 f.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Nutrição) – Curso de Nutrição, Universidade
Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2016.
Este trabalho objetivou analisar a concordância e acurácia do diagnóstico de desnutrição
crônica entre a albumina sérica e indicadores antropométricos em idosos residentes em
Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) de Natal-RN. Foi realizado um estudo a
partir de uma pesquisa de delineamento transversal. A coleta de dados foi realizada em duplicata
por antropometristas treinados e calibrados, havendo a mensuração da estatura e do peso, para o
cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC); perímetro do braço (PB) e dobra cutânea triciptal
(DCT), para o cálculo do Perímetro Muscular do Braço (PMB); e Perímetro da Panturrilha (PP).
Para os idosos que não deambulavam, o peso real foi obtido por meio da balança cama e diálise
eletrônica com carrinho de equipamento (SECA® 985). Nos indivíduos que não tinham condições
de medir a estatura adequadamente, foi realizada estimativa por meio da equação de Chumlea et
al. (1985). Foi realizada coleta de sangue para determinação da albumina sérica. A avaliação da
concordância se deu por meio das estatísticas Kappa. Foi considerado como boa concordância um
coeficiente Kappa > 0,6. Foram ainda realizados testes para avaliar a acurácia através da
Sensibilidade (S), Especificidade (E), Valor Preditivo Positivo e Valor Preditivo Negativo entre a
desnutrição mensurada pela depleção da albumina sérica (padrão de referência - valores de 3,5-5,0
g/dL), e os demais indicadores, de acordo com diferentes pontos de corte, variando entre
parâmetros nacionais e internacionais. A ocorrência de baixo peso e de fatores associados à
desnutrição foi avaliada pelo IMC com a classificação de Lipschitz (1994) (≤ 22 Kg/m²) e da
OPAS (2002) (≤ 23 Kg/m²), pelo PMB com a classificação de Kuczmarski et al. (2000) (< p25) e
de Marucci e Barbosa (2003) (≤ p25), e pelo perímetro da panturrilha (WHO, 1995), no qual
valores abaixo de 31 cm foram considerados significativos de perda de massa muscular. Foram
avaliados 217 idosos. Desse total, 78,3% eram do sexo feminino e 58,1% tinham 80 anos ou mais.
A prevalência de desnutridos pela albumina foi de 54,1%. Os indicadores que apresentaram
melhor resultado quanto ao diagnóstico de desnutrição foram o IMC classificado por OPAS
(2002) (51,6%; S: 50%; E: 46%) e o PP (WHO, 1995) (59,9%; S: 58%; E: 38%). Em condições de
impossibilidade na realização do IMC, o PP (WHO, 1995) também pode fornecer um diagnóstico
razoavelmente confiável para este fim. É ideal que para qualquer situação, se realize a associação
de medidas antropométricas para resultado mais fidedigno do estado nutricional, sendo bastante
importante esta avaliação na população de estudo por se tratarem de um público mais fragilizado,
que necessita de cuidados contínuos.
Descritores: Antropometria, Estado Nutricional, Saúde do Idoso, Albumina, Desnutrição,
Confiabilidade dos Dados.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA .......................................................................... 7
2. OBJETIVOS .................................................................................................................. 9
2.1. GERAL ........................................................................................................................ 9
2.2. ESPECÍFICOS ............................................................................................................. 9
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................... 10
3.1. ENVELHECIMENTO HUMANO ............................................................................ 10
3.2. ESTADO NUTRICIONAL DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS ................... 12
3.2.1. DESNUTRIÇÃO AGUDA E DESNUTRIÇÃO CRÔNICA ............................. 15
3.3. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM IDOSOS ......................................................... 17
3.3.1. AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA ............................................................... 18
3.3.1.1. IMC ..................................................................................................................... 18
3.3.1.2. PERÍMETRO DA PANTURRILHA .................................................................. 20
3.3.1.3. PERÍMETRO MUSCULAR DO BRAÇO ......................................................... 22
3.3.2. AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA ........................................................................... 23
4. METODOLOGIA ........................................................................................................ 25
4.1. ASPECTOS ÉTICOS ................................................................................................. 25
4.2. TIPO DE ESTUDO .................................................................................................... 25
4.3. POPULAÇÃO DO ESTUDO E CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE ..................... 25
4.4. COLETA DE DADOS ............................................................................................... 26
4.5. VARIÁVEIS DO ESTUDO ...................................................................................... 27
4.6. ANÁLISE DOS DADOS ........................................................................................... 28
5. RESULTADOS ............................................................................................................ 31
6. DISCUSSÃO ................................................................................................................ 35
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 41
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 42
ANEXOS .................................................................................................................................. 54
7
1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA
A transição demográfica vem sendo definida devido à redução subsequente das taxas de
mortalidade e fecundidade, provocadas, entre outros fatores pela urbanização e participação da
mulher no mercado de trabalho, assim como mudanças no sistema de saúde, aumentando a
expectativa de vida e culminando no processo de envelhecimento populacional (CAMARANO;
FERNANDES, 2014; OLIVEIRA; SILVA, 2015). Estima-se que em 2050, o Brasil terá 16% de
sua população constituída por idosos (AIRES; PASKULIN; MORAIS, 2010), ou seja, cerca de 66
milhões de idosos, tendo a população mundial de idosos estimativas de 2 bilhões de pessoas com
60 anos ou mais de idade (ROSSET et al., 2011; IBGE, 2013a).
Diante disso, cresce a busca por Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI).
Duca et al. (2012), em estudo realizado em Pelotas, Rio Grande do Sul, verificaram que os idosos
institucionalizados eram mais dependentes que os que vivem na comunidade. Além disso, eles
são, em sua maioria viúvos, o que acentua o isolamento social e a solidão. Esses fatores,
associados ao declínio da saúde física e mental, menores níveis de atividade física, capacidade
funcional e ausência de escolaridade formal estavam presentes nos idosos institucionalizados.
Observou-se ainda nesse estudo a feminilização do envelhecimento, que consiste na maior
prevalência de mulheres nesse ciclo da vida, e a limitação da infra-estrutura das ILPI, que não
permite a adaptação à mobilidade do idoso, dificultando um estilo de vida ativo.
Junto a estes fatores, tem-se que a desnutrição é o distúrbio nutricional mais importante
observado em idosos, devido a uma série de mudanças fisiológicas, sociais, econômicas e
psicológicas relacionadas com o processo de envelhecimento (SOUSA; GUARIENTO, 2009),
tendo sua prevalência de 25 a 60% em idosos institucionalizados (OMRAN; MORLEY, 2000).
Diante desse contexto, a antropometria em idosos é uma ferramenta primordial para a
identificação precoce de possíveis alterações no estado nutricional, tendo como base indicadores
que fornecem informações importantes para a conduta nutricional.
O Índice de Massa Corporal (IMC) é o principal indicador utilizado na avaliação do estado
nutricional de idosos. É empregado na avaliação clínica e epidemiológica, e permite a comparação
de seus pontos de corte entre estudos nacionais e internacionais (NAJAS et al., 1994). A
classificação mais utilizada para o IMC, e recomendada pelo Sistema de Vigilância Alimentar e
Nutricional (BRASIL, 2008) em idosos é Lipschitz (1994). A utilização desse indicador deve ser
feita com cautela, uma vez que há classificações específicas para cada ciclo da vida, além disso é
ideal que esteja associado a medidas antropométricas que expressem a composição e a distribuição
da gordura corporal (CERVI; FRANCESCHINI; PRIORE, 2005).
8
O Perímetro da Panturrilha (PP) é uma variável indicativa de reserva muscular e é
considerado um bom indicador de massa muscular na população idosa (WHO, 1995). Correia,
Fabo e Urbano (2013) identificaram que este indicador se mostrou como forte preditivo do estado
nutricional de idosos, revelando alterações de massa magra e diagnosticando riscos, sendo
bastante importante sua utilização quando da realização da avaliação antropométrica.
O Perímetro Muscular do Braço (PMB) também é utilizado como indicador de reserva
muscular, sendo importante sua avaliação em idosos. Valores baixos de PMB em idosos longevos
podem influenciar de forma negativa a saúde do idoso, pois a perda de massa muscular tem
impacto sobre sua capacidade funcional (MENEZES; SOUZA; MARUCCI, 2008).
Os pontos de corte desses indicadores são baseados nas relações entre índices de avaliação
nutricional e baixos estoques corpóreos, comprometimento funcional ou sinais clínicos de
deficiência, condições que variam de acordo com o ambiente, as quais são pouco prováveis de
serem as mesmas em idosos de diferentes etnias (GIBSON, 2005).
Já em relação aos indicadores bioquímicos, os quais também fazem parte da avaliação
nutricional do indivíduo, a albumina está constantemente associada à desnutrição em condição de
estresse, sendo considerada um padrão-ouro de diagnóstico (GIBSON, 2005). A hipoalbuminemia
está relacionada à diminuição biológica da produção de albumina em indivíduos acima de 40 anos
e a condições crônicas, como a insuficiência renal crônica, doença hepática crônica e ao
desenvolvimento de úlceras de pressão, que acometem preferencialmente indivíduos idosos
acamados (LOURENÇO, 1995; CAMILO; SANTOS et al., 2004; SERPA; SANTOS, 2008;
FARIA; FRANCESCHINI; RIBEIRO, 2010). Como a albumina é a principal proteína plasmática,
ela sofre alterações quando há condições crônicas de carências proteicas. Dessa maneira, supõe-se
que haja uma concordância entre o padrão de referência (albumina) e os demais indicadores do
estado nutricional que avaliam déficits (FARIA; FRANCESCHINI; RIBEIRO, 2010; SALGADO
et al., 2010).
Sabendo da importância da detecção precoce do risco nutricional associado aos déficits, é
fundamental que seja analisado qual indicador antropométrico apresenta classificação mais
concordante com o diagnóstico de desnutrição avaliado pelo exame bioquímico. Tal análise visa
simplificar a avaliação nutricional de idosos, de modo a possibilitar a previsão de possíveis casos
de desnutrição sem expor os idosos ao exame bioquímico. Visa, ainda, colaborar com as ações e
programas relacionados à melhoria das condições de saúde, qualidade de vida e bem-estar dos
idosos institucionalizados, especialmente dos mais vulneráveis.
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2. OBJETIVOS
2.1.GERAL:
Analisar a concordância e a acurácia do diagnóstico de desnutrição crônica entre a
albumina sérica e indicadores antropométricos.
2.2.ESPECÍFICOS:
Analisar e descrever as características biosociodemográficas da população em estudo;
Avaliar o estado nutricional antropométrico dos idosos de instituições de longa
permanência de Natal-RN;
Identificar idosos com desnutrição crônica, considerando a albumina sérica e os
indicadores antropométricos;
Verificar a concordância dos indicadores antropométricos com a hipoalbuminemia quando
classificados com parâmetros nacionais e internacionais;
Verificar a acurácia entre os indicadores antropométricos e a hipoalbuminemia.
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3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1.ENVELHECIMENTO HUMANO
O envelhecimento e a velhice têm tido seus conceitos renovados de acordo com as
diferentes épocas. Percebe-se que tais significações sofrem influência do tempo em que são
definidas, da cultura e das mudanças que ocorrem na sociedade, como conquistas sociais e o
desenvolvimento científico (ARAÚJO; CARVALHO, 2005). A instituição da aposentadoria, por
exemplo, era associada à invalidez e incapacidade produtiva. No entanto, nos cenários mais atuais,
a mesma contribuiu para que as imagens e significados do envelhecimento fossem compreendidos
como aspectos revitalizadores nessa fase da vida, os quais proporcionam a realização de outros
projetos de vida, sejam para consumo ou descanso, continuidade de trabalhos ou outras realizações
(CORREA; FRANÇA; HASHIMOTO, 2010).
A distribuição etária proporcional de uma população de determinada região ou estado
depende do comportamento da fecundidade e mortalidade nas unidades espaciais e suas histórias
migratórias recentes (BRITO, 2008). O envelhecimento da população brasileira se iniciou por
volta de 1950, quando houve o declínio brutal da fecundidade, que passou de 6,2 filhos por mulher
em 1940 para 2,3 em 2000 e 2,1 em 2003 (LEBRÃO, 2007). Tal fenômeno se justifica devido ao
rápido processo de urbanização da população, o qual levou ao desenvolvimento de grandes centros
urbanos, alterando o modo de vida e trabalho das famílias. A inserção da mulher no mercado de
trabalho, associada às transformações culturais, aumento gradual no nível de escolaridade e
necessidade de incremento na renda das famílias colaboraram para uma crescente participação
feminina na população economicamente ativa (NASRI, 2008; PINHEIRO; GALIZA;
FONTOURA, 2009).
No Brasil, o número de pessoas com mais de sessenta anos aumentou em 600% em menos
de cinquenta anos: em 1960 estas eram 3 milhões, em 1975 passaram a ser 7 milhões e, em 2006,
17 milhões de pessoas faziam parte deste contingente populacional, enquanto as expectativas para
2050 giram em torno de 66 milhões de idosos (VERAS, 2007; IBGE, 2013a). As consequências
deste grande impulso populacional serão enormes, exigindo uma adaptação de todas as políticas
públicas voltadas para essa parcela da sociedade, principalmente dos setores de saúde e
previdência social (BRITO, 2008).
Este aumento da população idosa é bastante visível devido a existência de transições
decorrentes de mudanças nos níveis de mortalidade e fecundidade, passando de uma situação em
que as altas taxas de natalidade e mortalidade predominavam para um cenário onde baixas taxas
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de mortalidade e fecundidade se destacam, tendo como consequência o envelhecimento da
população (LEBRÃO, 2007).
Indo além do aspecto demográfico, o envelhecimento envolve processos não só biológicos,
mas também psicológicos e sociais, sendo o resultado de várias modificações no indivíduo, que
culminam na perda de algumas funções e capacidade de adaptação ao meio ambiente, ocasionando
vulnerabilidade deste grupo populacional (MENDES et al., 2005). Além disso, existem
paradigmas dentro da psicologia que consideram o contexto social e cultural, as condições
genético-biológicas e psicológicas como influências conjuntas, interativas e históricas sobre o
desenvolvimento de indivíduos e de grupos etários, sendo o desenvolvimento e o envelhecimento
processos multidimensionais e multidirecionais que englobam um delicado equilíbrio entre
vantagens e limitações (NÉRI, 2004).
Comprova-se a importância da temática do envelhecimento humano para a sociedade atual
quando se verifica que a realização de estudos com pessoas acima de 75 anos e centenários
tornou-se tendência comum na literatura, da mesma forma que surgiu a necessidade de estudos
interdisciplinares por este ser um tema complexo (NÉRI, 2004). Santos-Filho et al., (2006)
analisaram publicações na biblioteca virtual PUBMED de 1949 a 2004 referentes aos temas
envelhecimento, prevenção e saúde, e verificaram que o interesse da comunidade científica por
estes temas seguiram uma linha crescente, acompanhando as mudanças também ocorridas durante
este período.
Na população idosa brasileira, o processo de envelhecimento ainda é mais singular,
manifestando-se diretamente segundo aspectos de desequilíbrios e desigualdades regionais e
sociais (BRITO, 2008; LEBRÃO, 2007). Em países como o Brasil, com característica de forte
desigualdade social e onde se destaca a inexistência de políticas de atendimento das necessidades
evolutivas para cidadãos de todas as idades, as necessidades geradas pelo envelhecimento
individual e social costumam acarretar ônus econômico, assim como conflitos de interesses e
carências de todo tipo entre os cidadãos e as instituições (NÉRI, 2004).
Esta realidade demográfica e epidemiológica brasileira aponta para a necessidade de ações
diferenciadas para que o sistema de saúde ganhe efetividade e o idoso possa usufruir com
qualidade de vida dos anos adicionais proporcionados pelo avanço da ciência. Para tanto,
autonomia, participação, cuidado, autossatisfação, possibilidade de atuar em variados contextos
sociais e elaboração de novos significados para a vida na idade avançada são essenciais para
qualquer política pública destinada aos idosos (VERAS, 2007).
Verifica-se na evolução das políticas públicas para a população idosa a passagem de um
enfoque assistencialista para um de revitalização e prevenção, buscando também a promoção da
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saúde e atentando para a existência de políticas de inclusão. O envelhecimento transformou-se em
problema de interesse do Estado devido a vários fatores, sendo as políticas públicas uma
importante forma de se gerir e controlar os rumos do processo de transição demográfica
(CORREA; FRANÇA; HASHIMOTO, 2010).
Diante destas iniciativas de políticas públicas, é necessário que o profissional de saúde que
trabalha nesta perspectiva saiba como lidar com o foco populacional. Entretanto, no estudo de
Schimidt e Silva (2012), foi encontrado como resultado uma percepção e compreensão
majoritariamente negativa, limitada e pessimista do idoso e do envelhecimento humano por parte
dos profissionais e graduandos de saúde. Este fato é muito preocupante, já que tal entendimento
influencia a forma como estes profissionais se relacionam ou se comportam com esta população,
provocando uma estereotipação e discriminação das pessoas pelo simples fato de serem idosas.
Para que esta situação se reverta, é necessário haver o treinamento e capacitação dos profissionais
de saúde, com o objetivo de melhorar suas atitudes para com o paciente idoso, visando a
preocupação, o cuidado humanizado, a comunicação com si próprio e com o outro, assim como
permita avaliar e tratar as condições do idoso, auxiliando-os na busca pelo envelhecimento
saudável (OPAS, 1993; SCHIMIDT; SILVA, 2012).
Em contrapartida, Mazutti e Scortegagna (2006) verificaram que crianças em idade pré-
escolar do município de Tapejara (RS) veem o envelhecimento e a velhice como uma concepção
de construção gradativa, ocorrendo de acordo com o desenvolvimento, as relações sociais e com o
meio em que estão inseridas. Os autores demonstram que as crianças reconhecem ainda a
ocorrência de doenças ou limitações que possivelmente podem acometer os idosos, mas destacam
a satisfação das mesmas no convívio e nas relações intergeracionais.
Diante desta realidade, a necessidade de humanização do atendimento se torna bastante
expressiva. É preciso que a compreensão do indivíduo seja plena, principalmente do indivíduo
idoso, para que o atendimento seja completo e efetivo e para que possa auxiliar o idoso a atingir
uma melhor qualidade de vida e um envelhecimento saudável, uma das maiores buscas para esta
população.
3.2.ESTADO NUTRICIONAL DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS
O estado nutricional dos idosos é um aspecto variável, principalmente diante da chamada
transição nutricional, na qual os indivíduos mudaram seus hábitos alimentares e estilo de vida,
passando a predominar o sedentarismo e o aumento da ingestão energética, comportamentos que
levam ao aumento da obesidade (TARDIDO; FALCÃO, 2006). Ramos (2008) verificou uma
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maior prevalência de sobrepeso e obesidade não apenas em idosos institucionalizados, mas
também nos que vivem em comunidade, tendo, porém, estes últimos uma melhor qualidade de
vida. É destaque ainda a associação da alteração do estado nutricional com o sexo feminino, já que
são observados maiores riscos de sobrepeso e obesidade no público feminino. Por outro lado,
outros fatores aumentam o risco de baixo peso, como a baixa escolaridade e renda, e a maior idade
cronológica (CAMPOS et al., 2006).
A desnutrição é o mais importante distúrbio nutricional observado nos idosos, a qual se
associa a vulnerabilidade às infecções, redução da qualidade de vida e aumento da mortalidade
(SOUSA; GUARIENTO, 2009). A desnutrição caracteriza-se por um desequilíbrio entre a oferta
de nutrientes e as necessidades do indivíduo, geralmente devido à inadequação da dieta, a fatores
como má absorção e utilização dos nutrientes oriunda de alguma patologia, ou até mesmo do
aumento das necessidades nutricionais (MORLEY, 1998).
Já foi encontrada uma prevalência de desnutrição em idosos institucionalizados de 25 a
60% (OMRAN; MORLEY, 2000). Em contrapartida, Pauly, Stehle e Volkert (2007) consideram a
desnutrição como uma condição generalizada em idosos institucionalizados, pois com o
envelhecimento o consumo alimentar diário tende a diminuir, caracterizando o aspecto crônico
desta situação. Além disso, os alimentos consumidos têm baixo teor energético, contribuindo para
a deficiência nutricional e desnutrição crônica (SOUSA; GUARIENTO, 2009).
Segundo Rena e Barra (1999), a maioria dos pacientes idosos são desnutridos e
desidratados crônicos, por diversas razões, incluindo sociais, psicológicas e fisiológicas. Apesar
da necessidade calórica diária ser menor com o avançar da idade, a necessidade proteica não sofre
alteração. Porém o que se verifica é que a ingestão de proteínas nessa população encontra-se, em
geral, reduzida devido a fatores como dificuldade de mastigação, de deglutição, tabus alimentares
ou até mesmo falta de estímulo daqueles com os quais convive. Acrescidas as razões já citadas, o
consumo alimentar também pode ser afetado por fatores econômicos e até mesmo de interações
fármaco-nutriente, além de todas as associações às múltiplas doenças que podem acometer o
idoso, interferindo, inclusive, na necessidade de nutrientes (CAMPOS; MONTEIRO; ORNELAS,
2000).
Um outro fator que afeta diretamente o estado nutricional são as mudanças sofridas pelos
idosos nos sistemas orofaríngeo, gastrintestinal, endócrino e nervoso, além das ocorrências que
alteram o processo digestivo (CAMPOS; MONTEIRO; ORNELAS, 2000; SOUSA;
GUARIENTO, 2009). Estes diversos pontos de fragilidade da população senil colaboram para a
inserção desta em um grupo de risco para a ocorrência de desnutrição.
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Ademais, a diminuição da função muscular e do tecido muscular em idosos aumenta com o
avançar da idade, devido ao processo de sarcopenia, que é caracterizado por diversos aspectos
etiológicos, como decréscimo do número de fibras musculares, atrofia das fibras musculares,
diminuição do número de unidades motoras e sedentarismo, além dos fatores metabólicos,
hormonais e inflamatórios que ocorrem ao longo do envelhecimento. Tais modificações afetam a
qualidade de vida do idoso, dificultando a realização de atividades de vida diária, tendo impacto
na capacidade funcional e afetando aspectos psicológicos e emocionais (LACOURT, MARINI,
2006; SILVA et al., 2006).
Associado à diminuição da reserva e força muscular, tem-se uma maior probabilidade de
ocorrência da síndrome da fragilidade, a qual se relaciona mais frequentemente à perda de peso
não intencional, fraqueza muscular, fadiga/exaustão, atividade física reduzida e lentidão
(TRIBESS; OLIVEIRA, 2011). Esta síndrome ocorre de forma multifatorial, afetando o
organismo como um todo, podendo ser conectada ou não à incapacidade funcional e interferindo
na qualidade de vida do idoso (ARANTES et al., 2009; LOURENÇO, 2008).
Rossi (2008) afirma que a massa muscular diminui aproximadamente 50% entre os vinte e
os noventa anos e que o número de fibras musculares no idoso é em torno de 20% menor que no
adulto. Em alguns estudos é visto que no grupo de idosos de acima de 75 ou mais anos de idade,
com algum tipo de demência e acometido por acidente vascular cerebral, doenças visuais, fratura,
doença reumatológica, cardiovasculares ou pulmonares podem ser esperadas altas prevalências de
desnutrição (PAULY; STEHLE; VOLKERT, 2007; GALESI et al., 2008).
No período de 1980 a 1997, a região Sudeste concentrava a maior parte dos óbitos por
desnutrição em idosos, destacando-se os estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Além disso,
verificou-se que indivíduos com 70 anos ou mais tinham uma maior quantidade de óbitos por
desnutrição do que aqueles com 60 a 69 anos, independente do sexo (OTERO et al., 2002). Já no
estudo de Menezes, Souza e Marucci (2008) o grupo etário que apresentou maior proporção de
idosos com valores de IMC deficitário foi de 60 a 69 anos, chegando a 36%. Enquanto no estudo
de Sperotto e Spinelli (2010) foi encontrado uma parcela bastante considerável do estudo com
desnutrição, chegando a 80% dos idosos classificados por meio da Dobra Cutânea Tricipital
(DCT) em indivíduos com 60 anos ou mais.
Tais prevalências devem ser levadas em consideração no processo de planejamento em
saúde, pois é evidenciado que a desnutrição reduz, significativamente, o tempo de vida, sobretudo
quando associada à presença de Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT). As dietas
inadequadas também contribuem para acelerar o processo patológico e dificultar a recuperação
dos idosos (LACERDA; SANTOS, 2007).
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De modo semelhante, no estudo de Campos et al., (2006), os idosos portadores de doença
crônica apresentaram maior risco de alterações do estado nutricional. Os autores também
verificaram que o envelhecimento aumentou o risco de baixo peso e diminuiu o de sobrepeso e
obesidade. Observou-se que as menores faixas de renda domiciliar apresentaram aumento do risco
de baixo peso; e por outro lado, o aumento da renda domiciliar elevava o risco de sobrepeso e
obesidade.
No estudo de Cabrera et al., (2005), verificou-se que o baixo peso é um importante
determinante de mortalidade em idosas. Os autores também confirmam a Razão Cintura Quadril
(RCQ) como preditora de mortalidade total em idosas, principalmente com até 80 anos de idade.
Sabe-se que a desnutrição proteico-calórica grave altera a regeneração tissular, a reação
inflamatória e a função imune, contribuindo para o atraso na cicatrização de feridas, um tempo de
recuperação mais longo, aumento das taxas de morbidade e mortalidade, aumento das taxas de
infecção e diminuição da resistência (YOUNG, 1988). Por isso, esta condição tem se mostrado
como um fator de risco importante para o desenvolvimento de úlceras de pressão, o que é um sinal
para atenção, pois Souza (2005) mostrou uma incidência cumulativa de úlceras de pressão de
39,4%, em idosos institucionalizados (SERPA; SANTOS, 2008).
Assim, o cuidado com o idoso desnutrido deve ser realizado por meio de uma intervenção
nutricional individualizada, feita depois de adequada avaliação do estado nutricional e
conhecimento das doenças existentes. Dessa maneira, pode ser possível reverter um quadro de
desnutrição e, consequentemente, contribuir para proporcionar ao paciente idoso o
restabelecimento de suas funções orgânicas (SOUSA; GUARIENTO, 2009).
3.2.1. DESNUTRIÇÃO AGUDA E DESNUTRIÇÃO CRÔNICA
A desnutrição é um dos agravos mais comuns nos indivíduos idosos, principalmente nos
longevos. Entretanto, tal distúrbio diferencia-se quando o mesmo ocorre de forma aguda e de
forma crônica.
A desnutrição aguda é resultado da redução no consumo alimentar associada ou não a
infecções, ocorrendo em situações de emergência ou insegurança alimentar, podendo ser
recuperada com boas práticas alimentares e cuidados adequados de saúde. Já a desnutrição crônica
provém de altas frequências de dietas monótonas, com deficiência de nutrientes, elevados níveis
de infecção, acesso e uso limitado de alimentos nutritivos, assim como um acesso insuficiente à
saúde, água e serviços de saneamento, entre outras condições que se prolongam durante muito
tempo (ISMAEL, 2013).
16
Verifica-se que o monitoramento do estado nutricional é capaz de diagnosticar mais
comumente o risco de desnutrição aguda, enquanto a subnutrição ou desnutrição crônica pode ser
de difícil diagnóstico, já que é de difícil detecção as mudanças decorridas da desnutrição crônica e
as naturais que ocorrem ao longo do processo de envelhecimento (TAVARES; ANJOS, 1999). Tal
fato pode ser bastante prejudicial à saúde do idoso, pois caso a desnutrição não seja detectada, a
mesma poderá provocar rápida deterioração da saúde e, consequentemente, levar o indivíduo a
óbito (BECK; OVESEN; OSLER, 1999).
É importante ainda enfatizar que as deficiências nutricionais e o estado nutricional estão
fortemente associados à função imune. Situações que alteram o equilíbrio entre a nutrição e a
resposta imune, como alguns tipos de infecções, podem favorecer a ocorrência de desnutrição
aguda. Da mesma forma, a desnutrição é elencada como a causa mais comum de imunodeficiência
ao redor do mundo (CHANDRA, 1999).
Apesar da ocorrência de infecções ser bastante presente em idosos, o agravo mais
comumente encontrado em idosos residentes em ILPI é a desnutrição crônica. Carvalho et al.,
(2003) relata que existem vários obstáculos para se alcançar uma nutrição adequada no idoso
institucionalizado, dentre as quais a idade avançada, a frágil condição de saúde quando ingressam
nas instituições, o abandono familiar, a situação financeira ruim das instituições, as atitudes
negativas no trato com o idoso, a ausência do nutricionista no local e as leis contratuais da
instituição. Esses fatores condicionam altos níveis de desnutrição entre os idosos, em especial a
desnutrição crônica.
A desnutrição crônica é um dos componentes majoritários para o diagnóstico da síndrome
da fragilidade. Tal condição está associada ao avançar da idade, embora este fator não seja
exclusivo para a ocorrência de tal síndrome, sendo a mesma relacionada também a doenças
crônicas que se acumulam ao longo do envelhecimento (MACEDO; GAZZOLA; NAJAS, 2008).
Sousa e Guariento (2009) afirmam ainda que “as doenças crônicas que, frequentemente,
estão associadas a algum tipo de deficiência alimentar na vida adulta, são também relacionadas
aos fatores que levam o idoso à desnutrição”. Todos esses fatores evidenciam que deve haver um
cuidado para que se diminua a ocorrência de desnutrição nas ILPI, principalmente porque os
indivíduos moradores destes locais são bastante frágeis e possuem a recuperação de sua saúde
comprometida. Para tanto, é necessária uma avaliação nutricional completa, verificando o estado
nutricional do idoso e suas condições de saúde.
17
3.3.AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM IDOSOS
Cunha (2002) afirma que a avaliação do paciente idoso deve incluir as áreas psíquica,
clínica, funcional, nutricional e social, além de uma descrição minuciosa das drogas em uso. O
autor enfatiza a necessidade de se considerar o risco nutricional através de uma anamnese, e o grau
de desnutrição, através de dados como peso, estatura, Índice de Massa Corporal (IMC), pregas
cutâneas, perímetro abdominal e do braço e exames bioquímicos, como albumina, colesterol e
contagem de linfócitos. Estas informações podem auxiliar na conduta profissional, demonstrando
ainda a necessidade de uma abordagem interdisciplinar e multiprofissional no atendimento do
idoso.
A avaliação nutricional do paciente idoso é importante para o diagnóstico de saúde e
nutrição do indivíduo, pois é medido o risco para o desenvolvimento doenças crônicas não-
transmissíveis assim como da desnutrição proteico-energética. Além disso, a avaliação nutricional
subsidia as orientações de planos alimentares e embasa às intervenções dietéticas, colaborando
para a educação alimentar (GARIBALLA; SINCLAIR, 1998; LACERDA; SANTOS, 2007).
É importante enfatizar, portanto, as mudanças que ocorrem com o avançar da idade,
interferindo no estado nutricional do indivíduo. O aumento da gordura corporal e da depleção de
massa muscular, assim como a redução do conteúdo mineral ósseo, são fatores importantes que
modificam morfológica e estruturalmente o idoso, podendo levar à incidência do excesso de peso
ou até mesmo do baixo peso (PINA et al., 2013). O excesso de peso deve ser tratado com atenção,
já que esta condição pode trazer riscos de doenças crônicas, entre elas as cardiovasculares, o
diabetes mellitus e a hipertensão arterial (FÉLIX; SOUZA, 2009). O baixo peso, por sua vez, foi
diretamente associado a ocorrência de infecções, assim como a duas ou mais internações, e
inversamente ligado a hipertensão e hiperglicemia, ocorrendo com uma maior frequência em
homens, com o aumento da idade e em famílias com menor renda (BARRETO; PASSOS; LIMA-
COSTA, 2003).
No estudo de Wachholz, Rodrigues e Yamane (2011) foi verificado o estado nutricional de
idosos institucionalizados em uma unidade de longa permanência da cidade de Curitiba-PR. A
maior parte dos idosos (42.8%) apresentaram baixo peso e 14,3% obesidade. Já no estudo de Rech
et al., (2010), foram avaliadas mulheres idosas sedentárias e verificado que 46,5% delas
apresentava excesso de peso. Em contrapartida, Volpini e Frangella (2013) encontraram uma
prevalência maior de excesso de peso nos homens de uma instituição de longa permanência do
município de São Paulo, enquanto que a depleção protéica foi detectada a partir dos 70 anos nos
homens e em 27% das mulheres. Os autores observaram ainda a existência de alguns possíveis
18
casos de um fenômeno diferenciado, intitulado obesidade sarcopênica a qual é identificada como
depleção de massa magra em indivíduos obesos (SOUSA et al., 2014).
Todas estas questões de saúde colaboram no contexto de atenção e valorização do idoso no
Brasil, e a consequente prática contínua da avaliação da situação nutricional deste indivíduo, além
de ser importante para a implementação e direcionamento de propostas de intervenção em
programas de vigilância nutricional, contribuindo também para a garantia da qualidade de vida no
processo de envelhecimento da população (GALESI et al., 2008).
A antropometria apresenta correlação significativa com inadequações nutricionais, tendo a
seu favor vantagens diversas, como sua simples e não invasiva obtenção, demonstrando ser um
marcador fundamental do estado nutricional do idoso (CAMPOS et al., 2007).
3.3.1. AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA
3.3.1.1.Índice de Massa Corporal
O Índice de Massa Corporal (IMC) é um indicador bastante utilizado em estudos
epidemiológicos e na prática clínica devido a facilidade de obtenção dos dados de peso e estatura,
boa correlação com morbimortalidade, baixo custo e pequena variação intra ou interavaliador
(ANJOS, 1992; BANNERMAN et al., 2002; CERVI; FRANCESCHINI; PRIORE, 2005;
MENEZES; SOUZA; MARUCCI, 2008; FÉLIX; SOUZA, 2009)
Mesmo sendo defendido por alguns autores, existem limitações no uso do IMC por não
indicar a composição corporal (LACERDA; SANTOS, 2007). Além disso, este indicador
apresenta dificuldades em sua utilização com idosos, em função da redução da estatura, que
geralmente ocorre nestes indivíduos, à redução da massa corporal magra, comumente observada
com o envelhecimento; e ao simultâneo acúmulo da gordura visceral ou subcutânea, assim como
da redução da quantidade de água no organismo e diminuição da densidade óssea. Estes fatores,
portanto, colaboram para a mudança do IMC (KURA et al., 2004; GARCIA; ROMANI; LIRA,
2007).
Existem discussões sobre os pontos de corte a serem utilizados na classificação do IMC de
idosos. Souza et al., (2013) verificaram em seu estudo que os pontos de corte propostos por
Lipschitz (1994) enfatizam melhor a faixa de risco para desnutrição (< 22 Kg/m²) nesta parcela da
população, já que considera as mudanças corporais que ocorrem ao longo do envelhecimento, em
contraste com os pontos de corte utilizados pela Organização Mundial de Saúde (WHO, 1995),
que classifica como baixo peso o IMC < 18,5 Kg/m². Tal estudo demonstra que os pontos de corte
19
utilizados por Lipschitz (1994) conseguem abranger maior faixa de indivíduos com baixo-peso, o
que é bastante importante por este ser um distúrbio nutricional comum em idosos. Silveira, Kac e
Barbosa (2009) também verificaram uma maior sensibilidade dos pontos de corte proposto por
Lipschitz (1994), porém em relação à identificação da obesidade em idosos quando comparado
aos pontos de corte propostos pela OMS (IMC > 27 Kg/m² e IMC ≥ 30 Kg/m², respectivamente).
Entretanto, a classificação de Lipschitz, semelhantemente aos pontos de corte adotados pela
National Health and Nutrition Examination Survey III (NHANES III), realizado entre 1988 e
1994, possui a limitação de não fazer a distinção entre os diferentes níveis de risco para sobrepeso
e obesidade.
Ainda, são utilizados pontos de corte para a classificação do IMC propostos pela OPAS
(2002), na qual se considera baixo peso IMC ≤ 23 Kg/m², eutrofia IMC entre 23 e 28 Kg/m², pré-
obesidade IMC ≥ 28 Kg/m² e < 30 Kg/m², e obesidade IMC ≥ 30 Kg/m². Verifica-se, deste modo,
que os pontos de corte em questão abrangem mais rigorosamente os idosos com baixo peso
quando comparados a Lipschitz (1994). Além disso, tais pontos de corte foram propostos em
consonância com o Projeto Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento (SABE) (MARUCCI;
BARBOSA, 2003), que pesquisou países da América Latina, portanto, a população brasileira
também foi incluída.
Menezes, Souza e Marucci (2008) elencam como uma das limitações da realização do IMC
o fato deste indicador ter sua utilização restringida em indivíduos acamados ou cadeirantes, visto a
necessidade da realização de cálculos que possam estimar o peso e a estatura desses idosos, sendo,
portanto, exigida a utilização de outras variáveis. Ademais, segundo os mesmos autores, a
presença de edema poderia também ocasionar resultados equivocados.
O IMC possui uma correlação forte com o percentual de gordura total e o percentual de
gordura do tronco e com o Perímetro da Cintura (PC). No estudo de Sampaio e Figueiredo (2005)
verificou-se que o IMC apresentava uma correlação positiva e forte com o PC em adultos e idosos,
de ambos os sexos. O IMC também é altamente correlacionado com peso corporal que, por sua
vez, tem correlação com os estoques de energia corporal e independe da estatura (CERVI;
FRANCESCHINI; PRIORE, 2005).
No processo de envelhecimento, iniciam-se as alterações na composição corporal, com
perda da massa magra e aumento no tecido adiposo, necessitando um diagnóstico mais acurado do
estado nutricional do idoso para que haja uma intervenção adequada (SAMPAIO, 2004;
LACERDA; SANTOS, 2007). Apesar deste incremento de gordura corporal, acima dos 80 anos a
magreza e perda de massa magra são os maiores problemas (LACERDA; SANTOS, 2007).
20
Zattar et al., (2013) sugerem que a prevalência de elevada pressão arterial está relacionada
a dependência funcional, idade e IMC elevados. Ou seja, quanto maior o IMC ou a idade, maior o
risco de se apresentar elevada pressão arterial e, consequentemente, de se tornar um indivíduo com
dependência funcional.
Em alguns estudos se verifica a associação do IMC com o sexo. No estudo de Cordeiro
(2006) foram sugeridos pontos de corte diferenciados para homens e mulheres para o diagnóstico
de obesidade, considerados pelos autores como mais sensíveis e específicos do que aqueles já
propostos pela OMS (WHO, 1998) e pela Nutrition Screening Initiative (NSI, 1992). Já no estudo
de Menezes, Souza e Marucci (2008) foi verificada associação estatisticamente significativa entre
adequação de IMC e sexo, com maior prevalência de baixo peso entre os homens.
Em relação ao IMC auto referido, os homens tendem a superestimar os valores de peso,
enquanto as mulheres superestimaram sua estatura e subestimaram seu peso e IMC, havendo
subestimação da prevalência de sobrepeso e obesidade. Estas informações devem servir de alerta
para os profissionais de saúde, sendo ideal a aferição das medidas dos indivíduos sempre que
possível (RECH et al., 2008).
Dessa maneira, para uma melhor e mais fidedigna expressão da composição e distribuição
corporal, devem ser utilizados pontos de corte de IMC específicos para a idade e, principalmente,
associados a outras medidas antropométricas (CERVI; FRANCESCHINI; PRIORE, 2005).
3.3.1.2.PERÍMETRO DA PANTURRILHA
O Perímetro da Panturrilha (PP) é considerado o indicador mais sensível para desnutrição
em idosos (VELLAS; SIEBER, 2009), por expressar melhor a perda muscular, de mobilidade e
redução da atividade física nestes indivíduos, sendo utilizado para indicar reserva muscular
(WHO, 1995).
Vellas, Garry e Guigoz (1999), ao desenvolverem uma ferramenta capaz de identificar
idosos em risco nutricional (Mini Avaliação Nutricional), sugeriram que os valores considerados
normais para PP fossem iguais ou maiores de 31cm, não havendo diferenciação deste ponto de
corte entre homens e mulheres. A Mini Avaliação Nutricional (MAN) enfatiza a necessidade de
um aprofundamento no acompanhamento de grupos mais vulneráveis, a exemplo daqueles em
risco nutricional e desnutrição. Contudo, para um completo diagnóstico do estado nutricional do
indivíduo, outros métodos devem ser aplicados em conjunto à MAN (EMED; KRONBAUER;
MAGNONI, 2006). Ferreira (2005) observou que as questões da MAN relativas ao perímetro da
21
panturrilha, grau de mobilidade, IMC, ingestão de líquidos e distúrbios neuropsicológicos
apresentavam maior sensibilidade ao diagnóstico de desnutrição.
Não obstante a inexistência de diferenciação dos pontos de corte do PP entre os sexos,
alguns estudos têm mostrado valores de PP superiores entre os homens (MENEZES et al., 2013).
Em contrapartida, observou-se que ao longo do processo de envelhecimento, os homens reduziram
os valores médios de PP, assim como de outras variáveis, tais como perímetro do braço e IMC,
tendo este grupo apresentado maior prevalência de baixo peso e redução da reserva muscular.
Estas particularidades em relação ao sexo são demonstradas quando se observa que os valores
médios de perímetros do braço e da panturrilha praticamente não alteraram para as mulheres,
enquanto para os homens sofrem reduções significativas (MENEGHINI, 2013).
Apesar disso, verificou-se uma relação de dependência para as Atividades Instrumentais da
Vida Diária no sexo feminino em idosas nas quais o PP era inferior ao tido como referência
(SANTOS et al., 2014).
Existem, porém, propostas diferenciadas de classificações quanto ao PP de acordo com
percentis, como demonstraram Santos et al., (2014) em seu estudo, no qual foi utilizado a
categorização dos percentis de acordo com o sexo, sendo ≤ P25 inferior; > P25 e ≤ P75 médio e >
P75 superior. Os autores encontraram ainda uma associação entre capacidade funcional de idosos
residentes em comunidade e um indicador antropométrico, sendo o PP considerado o melhor
preditor para mulheres, enquanto o IMC foi o melhor para homens.
Na sua edição mais recente, a Caderneta da Saúde da Pessoa Idosa (BRASIL, 2014)
reforçou o ponto de corte de indicativo de redução da massa muscular como sendo de 31cm, já
que valores menores do que este são relacionados a maiores riscos de quedas, diminuição da força
muscular e dependência funcional; e trouxe consigo uma proposta de controle não só desta
medida, mas da saúde do idoso de forma completa, sugerindo que valores acima de 35cm eram
uma demonstração da necessidade de acompanhamento de rotina; valores entre 31 e 34 cm
sugerem atenção e valores abaixo de 31cm já exigem a ação do profissional de saúde.
Correia, Fabo e Urbano (2013) afirmaram que o PP pode ser utilizado em programas de
avaliação nutricional, já que é um importante indicador de reserva muscular, podendo colaborar no
diagnóstico de situações de risco, de modo a garantir melhores intervenções e, consequentemente,
melhor qualidade de vida a população senil.
Gadelha et al., (2013) encontraram 83,3% de adequação do valor do PP para idosos
residentes em uma ILPI. Já Auler et al., (2009) observaram 72,9% de depleção de massa
muscular, por meio do PP, em idosos institucionalizados. Costa, Fonseca e Lopes (2010)
verificaram perda de massa muscular de 21,2% de idosos de uma ILPI da cidade de Belo
22
Horizonte. Apesar destes resultados divergentes, verifica-se que o perímetro da panturrilha é
associado a predição de sarcopenia, principalmente em mulheres idosas (SALMASO et al., 2014).
3.3.1.3.PERÍMETRO MUSCULAR DO BRAÇO
O Perímetro Muscular do Braço (PMB) também é considerado um indicador sensível de
perda de massa muscular em idosos (WHO, 1995), representando o somatório das áreas do tecido
ósseo e muscular do braço (MOLEIRO; BENNEMANN, 2008). As medidas indicadoras de
reserva muscular podem auxiliar na detecção de riscos nutricionais no idoso e, deste modo,
garantir intervenções adequadas (MENEZES; MARUCCI, 2007).
Alguns estudos utilizaram o PMB na avaliação do estado nutricional de sua população.
Menezes e Marucci (2005) verificaram um declínio da massa muscular com o avançar da idade
nos idosos de 6 instituições de longa permanência da cidade de Fortaleza e associação
significativa com o sexo, sendo mais acentuado entre as mulheres. Da mesma maneira, Menezes et
al., (2013) também encontraram resultados semelhantes, entretanto a sua população de estudo
foram idosos de domicílios particulares na zona urbana da cidade de Campina Grande – PB. Em
contrapartida, Moleiro e Bennemann (2008) encontraram adequação de 88,5% dos idosos de duas
instituições da cidade de Maringá/PR. Os autores reforçaram que tal resultado não é comum de ser
encontrado, devido à tendência de declínio da massa muscular que ocorre ao longo do
envelhecimento, porém, supõem que este percentual elevado de adequação se deu devido ao tipo
de trabalho desenvolvido durante a vida destes indivíduos. Melo (2008) também observou uma
elevada frequência de adequação, tanto no sexo feminino (71,88%), quanto no sexo masculino
(88,89%) quando utilizou o PMB como critério diagnóstico. Igualmente, Fiore et al., (2006)
apresentaram como resultado uma elevada reserva de tecido muscular nos idosos de sua pesquisa,
todavia, estes eram frequentadores de uma Unidade Básica de Saúde localizada na Zona Oeste de
São Paulo. Nesse estudo, foram utilizadas as classificações de Kuczmarski et al., (2000) e
Marucci e Barbosa (2003), nas quais os valores dos percentis são específicos de acordo com a
população de estudo. Enquanto Kuczmarski et al. (2000) definiram sua classificação através de
percentis estudados em uma população internacional, Marucci e Barbosa (2003) tem sua
classificação definida de acordo com o Projeto SABE – Saúde, bem-estar e envelhecimento – o
qual foi desenvolvido na América Latina, ou seja, a população brasileira também foi incluída.
As medidas antropométricas utilizadas para o cálculo da PMB podem estabelecer algumas
limitações. A Dobra Cutânea Tricipital, por exemplo, por ser uma medida sensível, torna-se mais
suscetível aos erros de medição dos antropometristas, além de haver diferenças na elasticidade e
23
compressibilidade da pele das pessoas idosas. Lima (2014) confirma esta afirmativa em seu estudo
constatando, através da análise do Erro Técnico de Medição, que as pregas cutâneas apresentam
baixa replicabilidade. Isto ocorre devido à dificuldade de mensuração, a qual exige a presença de
um profissional treinado, além da colaboração dos cuidadores para que o idoso fique em uma
posição adequada para a aferição da medida. Já o Perímetro do Braço (PB), pode apresentar
problemas na aferição e nos valores da medida, devido a presença de edema e também pela
diferença na compressibilidade da pele. No entanto, sabe-se que métodos mais precisos de
avaliação nutricional são caros e, na maioria das vezes, inviáveis para pesquisas populacionais,
com base domiciliar. O pesquisador deve tentar minimizar, portanto, as falhas e limitações,
investindo em treinamento, equipamentos adequados e utilizando o padrão de referência que mais
se aproxime da população estudada (MENEZES; SOUZA; MARUCCI, 2008).
Ademais, verificou-se também a diminuição do perímetro braquial, ao longo da faixa
etária, para o sexo masculino (SANTOS; SICHIERI, 2005). Tal mudança nesta medida
antropométrica afeta diretamente o cálculo do PMB, já que para este ser realizado também é
necessária a aferição do perímetro braquial.
Da mesma forma, o PMB afeta a força de preensão manual (FPM), caracterizando-se como
uma variável preditiva para a sua variação no sexo feminino. Já no sexo masculino, apenas a idade
foi considerada uma variável preditiva para a FPM (SILVA et al., 2013).
Também merece a devida atenção os grupos etários mais longevos, pois neles as alterações
musculares levam a manifestações clínicas, que podem influenciar de forma negativa na vida do
idoso, já que a perda de massa muscular tem impacto sobre sua capacidade funcional. Dessa
forma, medidas indicadoras de massa muscular podem ser utilizadas em avaliação nutricional,
auxiliando na detecção de riscos, de forma a garantir intervenções adequadas, melhorando a
qualidade de vida do idoso (MENEZES; SOUZA; MARUCCI, 2008).
3.3.2. AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA
Os exames laboratoriais são úteis para detectar deficiências subclínicas e para confirmação
de diagnóstico. Alguns exames que podem ser realizados são: exames hematológicos, avaliação do
estado proteico, albumina, transferrina, creatina, balanço nitrogenado, colesterol e dosagens
sanguíneas para indicação de minerais e vitaminas (LACERDA; SANTOS, 2007).
Mais especificamente, as dosagens das frações albumina e gama globulina auxiliam na
orientação diagnóstica em estados de carência nutricional, como a subnutrição, perdas renais,
distúrbios intestinais e hepáticos, em que há alterações sistêmicas com diminuição de albumina;
24
ou nas elevações de gama globulina que ocorrem nas gamopatias (mieloma múltiplo, doença de
Waldestron) e nos processos infecciosos crônicos (NAOUM, 2007).
A concentração sérica de albumina menor que 3,5 g/dl geralmente é um indicativo de
desnutrição crônica. Este indicador bioquímico é o mais utilizado para o diagnóstico de
desnutrição, sendo considerado também um preditor de morbidade e mortalidade. Já a pré-
albumina tem sido considerada como indicador de desnutrição calórico-proteica aguda, devido a
sua meia vida curta, flutuando rapidamente suas concentrações em resposta a alterações em sua
síntese, assim como seu pequeno tamanho, sendo capaz de refletir modificações no estado
nutricional de pacientes graves quando em um curto espaço de tempo (FONTOURA et al., 2006).
Alguns outros exames laboratoriais, como as avaliações mensais da concentração sérica de
ureia, creatinina e fósforo, podem auxiliar na triagem de desnutrição, mais especificamente em
pacientes em programa crônico de hemodiálise (CASTRO et al., 2010).
Estudos verificaram a prevalência da baixa concentração da albumina sérica em
determinadas populações. Villas Boas (2006) encontrou 40% dos idosos de uma ILPI em
Botucatu/SP com albumina menor do que 3,5 g/dL, relacionando ao baixo peso e a maior
suscetibilidade ao estresse oxidativo. Idosas de ILPI públicas de Santa Maria/RS apresentaram
valores de albumina séricas significativamente menores quando comparadas às idosas não-
institucionalizadas, apesar de todas elas estarem com os valores médios dentro do intervalo de
referência (PANIZ, 2007). É interessante observar também que alguns estudos relacionaram os
valores de albumina abaixo da referência, o tempo de internação e uma grande quantidade de
medicamentos que possuem afinidade pela albumina a um pior prognóstico para os idosos
(SALGADO et al., 2010).
Todos estes fatores levam a reflexão sobre a importância do cuidado ao idoso, pois o
mesmo já está em situação de fragilidade, cabendo aos profissionais de saúde levarem qualidade
de vida a este indivíduo, de forma a amenizar situações de estresse.
25
4. METODOLOGIA
4.1.ASPECTOS ÉTICOS
Este trabalho está vinculado a dois projetos maiores, intitulados “Perfil antropométrico e
de consumo alimentar e dietético de idosos residentes em instituições de longa permanência no
município de Natal-RN” e “Envelhecimento humano e saúde - a realidade dos idosos
institucionalizados da cidade do Natal-RN”. Este último foi financiado pela Fundação de Apoio à
Pesquisa do Estado do Rio Grande do Norte – FAPERN. Edital FAPERN/CNPQ 003/2011,
Programa de Apoio a Núcleos Emergentes (PRONEM), processo nº 77228/2013. O projeto seguiu
os padrões de ética estabelecidos, foi aprovado pelo Comitê de Ética da UFRN sob o parecer nº
308/2012/CAAE 0290.0.051.000-11 (ANEXO I).
Os participantes convidados que apresentaram cognição preservada e que mostraram
interesse em participar da pesquisa foram devidamente informados sobre os objetivos, riscos e
benefícios e os que aceitaram participar assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(TCLE) (ANEXO II). E os que não possuíam cognição preservada, o TCLE (ANEXO III) foi
assinado pelo diretor da ILPI que possui a curatela dos idosos. Uma cópia do consentimento
respondido pelo participante foi arquivada.
4.2.TIPO DE ESTUDO
Trata-se de um estudo de acurácia e de concordância em que se procura estabelecer
indicadores antropométricos indicativos de hipoalbuminemia, caraterística da desnutrição crônica,
verificando sua sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e valor preditivo negativo,
no qual o padrão de referência é a classificação da albumina sérica.
4.3.POPULAÇÃO DO ESTUDO E CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE
Todas as 14 ILPI cadastradas na Coordenadoria de Vigilância Sanitária (COVISA) do
município de Natal/RN foram convidadas a participar da pesquisa no início do estudo no ano de
2013. Foi realizado um censo com os idosos residentes nas ILPI, não sendo necessário, portanto,
realizar cálculo do tamanho da amostra. Em relação aos critérios de elegibilidade, foram incluídos
os residentes em ILPI com idade igual ou superior a 60 anos e que estavam presentes no momento
da coleta de dados. Os critérios de exclusão compreenderam os indivíduos com membros
26
amputados ou incapacidade física que impossibilitasse a mensuração das medidas
antropométricas, como presença de úlceras de pressão sacrais e pós-operatório de ortopedia.
4.4.COLETA DE DADOS
A coleta de dados foi realizada por equipe capacitada e previamente calibrada por meio do
Erro Técnico de Medida (PERINI et al., 2005). Para capacitação da equipe, foi criado e entregue
um Manual (LYRA et al., 2013) contendo as descrições das técnicas antropométricas e os
aspectos importantes de ambientação e calibração de equipamentos. Além disso, a equipe passou
por uma capacitação teórica e prática, que abordou desde particularidades de cada equipamento,
até características de atendimento, incluindo aspectos éticos e modo de lidar com possíveis
dificuldades encontradas no ambiente de estudo. Esta capacitação foi finalizada com uma
simulação de atendimento, expondo a equipe a situações comuns da prática com idosos.
A calibração dos antropometristas foi realizada por meio de um estudo piloto em uma
instituição vinculada a um dos projetos maiores. As informações coletadas neste estudo foram
registradas em um formulário padronizado, adaptado do formulário da pesquisa “Envelhecimento
Humano e Saúde - a realidade dos idosos institucionalizados da cidade do Natal/RN”. Todas as
medidas foram realizadas em duplicata e o resultado registrado sem aproximações, considerando
uma casa decimal. Para as medidas que apresentaram uma diferença igual ou superior a 0,5 Kg ou
cm, uma terceira medida foi realizada, e considerada as duas mais próximas, contanto que estas
estivessem dentro dos limites aceitáveis. Para análise dos dados foi feita a média aritmética entre
as duas medidas.
O peso corporal foi medido utilizando-se uma balança eletrônica horizontal BALMAK®
BK-carbono, com capacidade de 300kg e precisão de 50g. Para indivíduos acamados, mensurou-se
o peso a partir de uma balança com quatro células de pesagem (SECA® 985 - Balança de cama e
diálise eletrônicas com carrinho de equipamento), que foram posicionadas em cada “pé” da cama,
sendo deduzido o peso do idoso pela função pré-tara. A aferição da estatura foi realizada com um
estadiômetro portátil marca Caumaq EST22®, com capacidade de 200 cm. Nos indivíduos que
não tinham condições de medir a estatura adequadamente, foi realizada estimativa por meio da
equação de Chumlea et al., (1985), como demonstrado a seguir:
Mulheres: Estatura (cm) = 84,88 + [1,83 x AJ (cm)] - [0,24 x Idade (anos)]
Homens: Estatura (cm) = 60,65 + [2,04 x AJ (cm)]
27
A altura do joelho (AJ) foi realizada com um antropômetro de 100cm com o indivíduo
sentado ou deitado formando um ângulo de 90º e o equipamento posicionado com uma
extremidade na sola do pé e a outra acima da patela.
A medida do perímetro da panturrilha foi realizada com o auxílio de uma fita
antropométrica Sanny®, a qual foi aplicada horizontalmente ao redor do perímetro máximo do
músculo da panturrilha, com as pernas posicionadas em ângulo de 90°. Para a aferição do
perímetro do braço foi medido, com o auxílio de uma fita antropométrica, o perímetro entre os
ossos acrômio e olécrano. A dobra cutânea triciptal foi medida com o auxílio de um adipômetro
tipo Lange®.
Com relação a determinação da albumina sérica, foi feito teste bioquímico por um técnico
de laboratório. A coleta aconteceu pela manhã, no qual os indivíduos estavam em jejum de, no
mínimo, oito horas e, no máximo, doze horas. A ordem da coleta foi realizada priorizando-se os
pacientes diabéticos e hiperativos, seguido pelos demais. A albumina foi coletada em sua
concentração sérica, por tubo a vácuo com soro gel, do sangue periférico. A análise foi feita no
mesmo dia da coleta, utilizando 6mL do sangue coletado, por meio de centrifugação a 300 rpm
por 15 minutos, seguido de método enzimático colorimétrico, em comprimento de onda 600-650
nm. A análise foi feita pelo equipamento Bioplus.
4.5.VARIÁVEIS DO ESTUDO
Para a avaliação do diagnóstico de desnutrição crônica, os indicadores foram classificados
dicotomicamente em “desnutrido” e “não desnutrido” de acordo com a sua classificação. As
variáveis utilizadas no presente estudo foram:
Índice de Massa Corporal, o qual foi realizado com as medidas de peso e estatura. Os
pontos de corte adotados na pesquisa para a classificação do IMC foram utilizados de
acordo com a recomendação da SISVAN (BRASIL, 2008). Os dados foram agrupados de
forma dicotômica, na qual considerou-se baixo peso os valores de IMC ≤ 22 kg/m² e
eutrofia/excesso de peso os valores >22 kg/m² (LIPSCHITZ, 1994). Foram utilizados
também os pontos de corte adotados pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS,
2002) na classificação do IMC para fim de comparação entre os diagnósticos do estado
nutricional por meio deste indicador. Tais dados foram agrupados dicotomicamente,
obtendo-se baixo peso quando os valores de IMC foram ≤ 23 Kg/m² e
normal/sobrepeso/obesidade quando os valores de IMC foram > 23 Kg/m².
28
Perímetro da panturrilha, o qual foi classificado de acordo com a WHO (1995), na qual se
considerou indicativo de perda de massa muscular valores abaixo de 31 cm e sem
indicativo de perda de massa muscular os valores acima de 31 cm.
Perímetro Muscular do Braço, o qual foi realizado com as medidas de perímetro braquial e
dobra cutânea triciptal. Esse indicador foi classificado de acordo com Kuczmarski et al.,
(2000), no qual os valores iguais ou menores que o percentil 25 acusam desnutrição,
enquanto os valores acima do percentil 25 revelam a eutrofia. Também foi utilizado o
padrão de referência nacional de acordo com o estudo realizado por Marucci e Barbosa
(2003), no qual os valores inferiores ao percentil 25 caracterizam baixa reserva muscular,
enquanto os valores iguais ou superiores ao percentil 25 representam eutrofia/elevada
reserva de tecido muscular.
Albumina sérica, a qual o ponto de corte utilizado para definir desnutrição foi de 3,5-5,0
g/dL, de acordo com referências científicas (PEIXOTO, 2014).
Para a avaliação das variáveis biosociodemográficas, a população foi caracterizada a partir
do sexo, idade, estado civil, escolaridade, existência de plano de saúde, presença de filhos,
cor/raça, modo de se alimentar e o tipo de ILPI.
4.6.ANÁLISE DOS DADOS
Os dados foram compilados em uma planilha em Microsoft® Excel e exportados para o
software IBM SPSS® versão 14.0 para Microsoft Windows®. Em relação à análise descritiva, a
caracterização da amostra segundo a classificação das variáveis antropométricas e bioquímicas foi
apresentada na forma de frequência simples relativa e intervalo de confiança a 95% (IC 95%). Foi
testada a concordância no diagnóstico de desnutrição crônica entre a albumina e os demais
indicadores avaliados utilizando-se a estatística Kappa. Foi considerado como boa concordância
um coeficiente Kappa > 0,6, equivalente a uma concordância substancial segundo Landis e Koch
(1977). Foi realizada a acurácia a partir da sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e
valor preditivo negativo entre a desnutrição mensurada pela depleção da albumina sérica (padrão
de referência) e os demais indicadores.
A sensibilidade foi utilizada para se verificar a proporção de indivíduos com o diagnóstico
de desnutrição, considerando o padrão de referência e os indicadores antropométricos.
Semelhantemente, o Valor Preditivo Positivo foi utilizado para verificar os indivíduos
verdadeiramente acometidos por desnutrição entre todos os sujeitos para os quais o indicador
29
antropométrico apresentou-se com desnutrição, sendo definido como a probabilidade do indivíduo
apresentar tal diagnóstico. Já a especificidade foi utilizada visando a proporção dos indivíduos
sem o diagnóstico de desnutrição, considerando o padrão de referência e os indicadores
antropométricos, detectando, de fato, a ausência de diagnóstico. Enquanto o Valor Preditivo
Negativo verificou a probabilidade do indivíduo verdadeiramente não apresentar o diagnóstico
entre todos os sujeitos para os quais o indicador antropométrico apresentou-se sem desnutrição
(BEGHETTO; SILVA, 2011).
Para todos os testes foram considerados estatisticamente significativos os valores p < 0,05.
A acurácia foi analisada a partir da construção de tabelas 2x2 para todos os indicadores avaliados,
objetivando possibilitar os cálculos de sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo, valor
preditivo negativo e concordância (MEDRONHO; PEREZ, 2009), conforme mostra o Quadro 1.
Quadro 1. Possíveis resultados de um teste diagnóstico para identificar uma doença.
Teste Doença
Total Presente Ausente
Positivo a
Verdadeiro-positivo
b
Falso-positivo a + b
Negativo c
Falso-negativo
d
Verdadeiro-negativo c + d
Total
a + c b + d a + b + c + d
Na figura 1 estão descritas as fórmulas que foram utilizadas para os cálculos de
sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo, valor preditivo negativo e concordância.
Para a análise da concordância, primeiramente foi calculada a Concordância observada (Co) e a
Concordância esperada (Ce), ambas necessárias para se obter o valor da estatística Kappa
(MEDRONHO; PEREZ, 2009; COHEN, 1960). A concordância foi classificada de acordo com
Landis e Koch (1977), conforme o Quadro 2.
30
Figura 1: Fórmulas utilizadas para o cálculo de acurácia
Quadro 2. Classificação da concordância segundo Landis e Koch (1977).
Valor Índice Kappa (K) Concordância
< 0 Pobre
0 a 0,20 Ligeira
0,21 a 0,40 Considerável
0,41 a 0,60 Moderada
0,61 a 0,80 Substancial
0,81 a 1 Excelente
31
5. RESULTADOS
Do total de ILPI existentes na cidade do Natal-RN na época da realização deste estudo
(14), apenas 10 aceitaram participar do mesmo, havendo uma perda de 77 idosos. Nas 10 ILPI
referidas, residiam 345 idosos, contudo, foram elegíveis para tal estudo, diante dos critérios de
inclusão previamente estabelecidos, o total de 217 idosos.
Da quantidade total de idosos, 78,3% eram do sexo feminino. Em relação a idade, 58,1%
tinha 80 anos ou mais. Quanto ao estado civil, 50,2% eram solteiros, 24,4% viúvos e 12,0%
casados. Já em relação a escolaridade, 25,3% não eram alfabetizados e 24,4% dos idosos estudou
até o Ensino Fundamental I. Além disso, 67,7% dos idosos não apresentava plano de saúde e
52,5% não possuíam filhos. Ademais, verificou-se que 52,1% dos indivíduos se alimentava sem a
ajuda do cuidador, sendo os mesmos identificados em 54,4% pela cor branca e 35,5% pela cor
parda. A maior parcela dos idosos residia em instituições sem fins lucrativos, representando 66,4%
da população total de estudo (Tabela 1).
Tabela 1 – Caracterização da população do estudo, segundo as variáveis biosociodemográficas.
Natal/RN, 2013-2014.
Variáveis Frequência %
Sexo
Masculino 47 21,7
Feminino 170 78,3
Idade (anos)
60-69 anos 23 10,6
70-79 anos 68 31,3
≥80 anos 126 58,1
Estado Civil
Solteiro 109 50,2
Casado 26 12,0
Divorciado 20 9,2
Viúvo 53 24,4
*NS\NR 9 4,1
32
Tabela 1 – Caracterização da população do estudo, segundo as variáveis biosociodemográficas.
Natal/RN, 2013-2014 (continuação)
Variáveis Frequência %
Escolaridade
Não alfabetizado 55 25,3
Alfabetizado 4 1,8
Ensino Fundamental I 53 24,4
Ensino Fundamental II 15 6,9
Ensino Médio 29 13,4
Ensino Superior 29 13,4
*NS\NR 32 14,7
Plano de Saúde
Sim 70 32,3
Não 147 67,7
Possuir filhos
Sim 98 45,2
Não 114 52,5
Omisso 5 2,3
Cor/Raça
Branco 118 54,4
Negro 19 8,8
Pardo 77 35,5
Amarelo 1 0,5
Indígena 2 0,9
Como se alimenta
Com ajuda do cuidador 88 40,6
Sem ajuda do cuidador 113 52,1
Omisso 16 7,4
Tipo de ILPI
Sem fins lucrativos 144 66,4
Com fins lucrativos 73 33,6
*NS: não sabia\ NR: não respondeu
33
Segundo os resultados obtidos, a prevalência de indivíduos com desnutrição foi
elevada em todos os indicadores utilizados, como se pode observar na Tabela 2.
Tabela 2 – Prevalência de desnutrição em idosos das Instituições de Longa Permanência.
Natal/RN, 2013-2014.
Variáveis/Categorias n % IC 95%*
IMC Lipschitz
Baixo Peso 96 44,2 37,5% - 51,1%
Eutrofia / Sobrepeso 121 55,8 48,9% - 62,5%
IMC OPAS
Baixo Peso 112 51,6 44,8% - 58,4%
Normal / Sobrepeso / Obesidade 105 48,4 41,6% - 55,3%
Perímetro da Panturrilha
Indicativo de perda de massa muscular 130 59,9 53,1% - 66,5%
Eutrofia 87 40,1 33,5% - 46,9%
PMB Kuczmarski
Desnutrição 181 83,4 77,8% - 88,1%
Eutrofia 36 16,6 11,9% - 22,2%
PMB Marucci e Barbosa
Baixa reserva muscular 75 34,6 28,3% - 41,3%
Eutrofia/ Elevado 142 65,4 58,7% – 71,8%
Albumina
Desnutrição 126 54,1 47,5% - 60,6%
Eutrofia 107 45,9 39,4% - 52,6%
*IC 95% - Intervalo de Confiança de 95%.
Observou-se ainda que o Perímetro Muscular do Braço classificado por Kuczmarski et al.,
(2000) apresentou o resultado mais superestimado para identificação da desnutrição em indivíduos
idosos, ou seja, maior valor de sensibilidade (82%). Verifica-se que tal valor foi bastante elevado
quando comparado aos resultados de sensibilidade encontrados nas outras medidas
antropométricas avaliadas. No entanto, a especificidade desta mesma medida foi baixa (15%),
tendo o melhor resultado para tal o PMB classificado por Marucci e Barbosa (2003) (68%). As
medidas de perímetro da panturrilha, IMC por Lipschitz e IMC por OPAS, alcançaram valores
34
mais equilibrados de sensibilidade e especificidade, sendo o maior valor deste encontrado no IMC
por Lipschitz e o maior valor daquele encontrado no perímetro da panturrilha (Tabela 3).
Tabela 3 – Avaliação de acurácia e concordância da circunferência do braço e da circunferência
muscular do braço em relação à perda de massa muscular da população estudada.
Variáveis/Categorias Desnutrição
S E VPP VPN Kappa Sim Não
IMC Lipschitz
Baixo Peso 52 44 44% 56% 54% 45% - 0,004
Eutrofia / Sobrepeso 66 55
IMC OPAS
Baixo Peso 59 53 50% 46% 53% 44% - 0,035
Normal / Sobrepeso / Obesidade 59 46
Perímetro da Panturrilha
Indicativo de perda de massa muscular 69 61 58% 38% 53% 44% - 0,032
Eutrofia 49 38
PMB Kuczmarski
Desnutrição 97 84 82% 15% 54% 42% - 0,028
Eutrofia 21 15
PMB Marucci e Barbosa
Baixa reserva muscular 43 32 36% 68% 57% 47% 0,040
Eutrofia/ Elevado 75 67
S: Sensibilidade; E: Especificidade, VPP: valor Preditivo Positivo; VPN: Valor Preditivo Negativo
35
6. DISCUSSÃO
Os idosos longevos são mais acometidos por desnutrição, a exemplo do estudo de
Rezende et al., (2010), no qual foi encontrada uma predominância e maior mortalidade por
desnutrição em mulheres idosas, de raça branca, na faixa etária de 80-89 anos e indivíduos viúvos.
Tal estudo se torna ainda mais singular quando se verifica dois perfis bem demarcados de
mortalidade: de um lado idosos desnutridos com alta escolaridade, cor branca, de 80-89 anos, que
vieram a falecer por desnutrição protéico-calórica, em seus próprios domicílios; e em
contrapartida, idosos desnutridos mais jovens (60-69 anos), com baixa escolaridade, cor preta e
parda, que morreram com causa de marasmo nutricional, em hospitais. Estes últimos óbitos têm
associação com outras doenças como diabetes mellitus, hipertensão arterial e insuficiência renal,
situação pela qual os autores sugerem um pior acesso aos serviços de saúde. Isso demonstra que a
desnutrição é um problema grave para as pessoas idosas, podendo ser causada tanto por fatores
fisiológicos, patológicos e cognitivos, quanto por fatores socioeconômicos e culturais (FEITOSA
et al., 2015).
Ademais, no estudo de Colembergue e Conde (2011), avaliando-se o estado
nutricional de idosos institucionalizados através da Mini Avaliação Nutricional, foi observado que
os idosos longevos tendem a apresentar mais desnutrição em comparação àqueles de idade mais
avançada. Palma et al. (2016) afirmam que a desnutrição, contrastada à obesidade, parece ter um
impacto maior na mortalidade sobre os idosos longevos. Apesar da obesidade ser um distúrbio em
ascendência, a desnutrição ainda é bastante observada em idosos hospitalizados,
institucionalizados e entre os octogenários (SANTOS; MACHADO; LEITE, 2010). Da mesma
forma, existem estudos que demonstraram que a magreza não favorece a longevidade (EMED;
KRONBAUER; MAGNONI, 2006; SPINELLI; ZANARDO; SCHNEIDER, 2010). Diante dessas
informações, observa-se a necessidade do cuidado na garantia da qualidade de vida destas pessoas
que estão no processo de envelhecimento.
Dentre os resultados observados nesse estudo, destacou-se a predominância de
mulheres na população analisada (78,3%). Resultado semelhante foi observado por Pilger, Menon
e Mathias (2011), que verificaram 64,4% de predominância feminina; Lisboa e Chianca (2012),
observaram 59% e Rosset et al. (2011), 70% de maioria da população idosa feminina. Maués et al.
(2010) encontraram predominância no sexo feminino, mesmo comparando dois grupos de idosos
com idades diferentes: 60-70 anos (82,9%) e 85 anos ou mais (76,5%). Essa feminilização do
envelhecimento é confirmada pelo aumento da expectativa de vida na população feminina, a qual
possui maior longevidade quando comparada à população masculina (IBGE, 2011), sendo as
36
mulheres representantes de 55,5% da população idosa brasileira e de 61% dos idosos acima de 80
anos (IBGE, 2010).
Os idosos longevos, população predominante no presente estudo (58,1%
correspondem a ≥ 80 anos), são resultado das altas taxas de crescimento da população idosa. Para
Camarano e Kanso (2010), as Instituições de Longa Permanência entram em um contexto de
alternativa para o cuidado de indivíduos longevos. Dessa maneira, a institucionalização, muitas
vezes, provém de desamparo familiar. Além disso, é observada omissão no cuidado do idoso
dependente e a inexistência de programas do Estado que possam suprir as necessidades desses
indivíduos, colaborando para o aumento de dependentes, os quais são especialmente os longevos,
nas instituições (BENTES; PEDROSO; MACIEL, 2012).
No presente estudo, observou-se prevalência de até 51,5% dos idosos não
alfabetizados ou com escolaridade até Ensino Fundamental I (51,5%), corroborando com a
realidade do país, na qual 45,9% dos idosos têm até três anos de estudo (IBGE, 2013b). O
analfabetismo e a baixa escolaridade podem representar dificuldades na prática do autocuidado,
para o qual as informações e formações de conceitos são importantes, razão pela qual deve ser
levada em consideração o percentual considerável de indivíduos não alfabetizados (25,3%) e com
baixa escolaridade (Ensino Fundamental I – 24,4%) no presente estudo. Estes devem ter acesso às
informações de forma clara, para que todas as ações colaborativas na melhora ou manutenção de
seu estado de saúde sejam efetuadas sempre que possível, fortalecendo, dessa maneira a sua
autonomia e independência (REZENDE et al., 2010).
Além disso, alguns fatores já mencionados como ser do sexo feminino, fazer parte do
grupo de idosos mais longevos, somados ao fato de ser solteiro e sem filhos (aqui tendo como
resultado 50,2% e 52,5%, respectivamente) também são considerados risco para admissão em ILPI
(POLLO; ASSIS, 2008). É visto ainda que a prevalência de indivíduos solteiros ou viúvos reflete
a falta de vínculo para o cuidado afetivo, reforçando ainda mais os motivos e riscos para o
processo de institucionalização (FREITAS et al., 2011).
Observou-se alta prevalência de idosos que não possuíam plano de saúde (67,7%).
Semelhantemente, houve uma predominância de indivíduos residentes em instituições sem fins
lucrativos (66,4%). Tais resultados podem estar relacionados, já que a renda influencia no acesso
aos planos de saúde e na admissão a instituições com ou sem fins lucrativos. Isso pôde ser
comprovado em estudo no qual foi verificado que nas instituições públicas e filantrópicas os
serviços públicos de saúde são amplamente utilizados, sendo poucos idosos que mantinham plano
de saúde privado (CREUTZBERG et al., 2007).
37
A maior parte dos idosos também era de raça branca (54,4%), seguido de indivíduos
que se consideravam pardos (35,5%). Resultado semelhante foi observado na composição da
população idosa no ano de 2000, na qual 60,7% e 30,7% dos idosos eram brancos e pardos,
respectivamente (CAMARANO; KANSO; MELLO, 2004). Mesmo os indivíduos brancos sendo
em maior número nesta faixa etária quando comparados aos negros, estes têm um peso maior
sobre a parcela de pobreza referente aos idosos, ou seja, existem mais idosos negros de baixa
renda do que idosos brancos nestas mesmas condições, o que reforça a forte desigualdade social e
racial presente no país (HENRIQUES, 2001).
Além disso, infelizmente há uma grande prevalência de dependência nos idosos
institucionalizados, observado por meio do modo como os próprios se alimentam (40% dos idosos
necessitam da ajuda do cuidador para se alimentar). Roque, Bomfim e Chiari (2010) verificaram
que alterações cognitivas, especialmente a demência, estavam relacionadas a dependência
alimentar, fator este que pode afetar a deglutição. Tal ocorrência pode interferir na ingestão
alimentar desses indivíduos, colaborando para a ocorrência ou complicação do quadro de
desnutrição.
Quanto a avaliação do estado nutricional, foi alcançado 54,4% de diagnóstico de
desnutrição analisado por meio da albumina sérica, aqui apontada como padrão-ouro diante dos
demais instrumentos de avaliação. Idosos com desnutrição têm suas proteínas plasmáticas
reduzidas, especialmente a albumina (FARIA; FRANCESCHINI; RIBEIRO, 2010). Alguns
estudos mostram que a concentração da albumina é reduzida com o avanço da idade, sendo esta
redução podendo ou não ser favorecida pela desnutrição (MOREIRA et al., 2007). Há também
interferência de diversos fatores para a produção dessa proteína, podendo estar associados à
redução desse indicador bioquímico aspectos como a síntese hepática modificada de proteína,
menor produção de albumina e enzimas ou síntese de albumina com estrutura anormal (ACUÑA;
CRUZ, 2004; PICKERING, 2004 apud FARIA; FRANCESCHINI; RIBEIRO, 2010).
A análise das medidas antropométricas avaliadas trouxe ainda a comparação entre os
próprios indicadores. Verificou-se que o IMC classificado por OPAS (2002) identificou mais
indivíduos com baixo peso (51,6%), comparado ao diagnóstico do mesmo estado nutricional
classificado por Lipschitz (1994) (44,3%). Isso ocorreu devido ao IMC classificado por OPAS
(2002) ter o ponto de corte para baixo peso maior do que o ponto de corte proposto por Lipschitz
(1994), tendo como consequência um diagnóstico mais rígido para tal estado nutricional. Tais
pontos de corte foram propostos em consonância com o Projeto SABE (MARUCCI; BARBOSA,
2003), que pesquisou países da América Latina, portanto, a população brasileira também foi
incluída, sendo, teoricamente, mais adequados. Para a população idosa, é de extrema importância
38
que se tenha pontos de corte que abranjam verdadeiramente os indivíduos com baixo peso. Dessa
forma, avaliando-se também a sensibilidade dos dois indicadores, é observado que o IMC
classificado por OPAS (2002) possui maior sensibilidade, sendo sugerida sua utilização como
ponto de corte para avaliar desnutrição em idosos brasileiros.
O indicativo de perda de massa muscular medido por meio do perímetro da panturrilha
teve uma alta prevalência (59,9%), obtendo também um valor significativo de sensibilidade
(58%). Este resultado é bastante importante, já que estudos comprovaram que os perímetros
muscular do braço e da panturrilha fornecem estimativas de reservas protéicas, podendo ser
utilizadas na avaliação da redução de massa muscular (WHO, 1995). Deve-se levar em
consideração ainda o processo de sarcopenia, o qual ocorre com tendência crescente de acordo
com o avançar da idade, sendo verificada a associação do perímetro da panturrilha com a predição
desse processo (BAUMGARTNER et al., 1998; SALMASO et al., 2014).
Porém, diante de todos os indicadores utilizados e de suas respectivas classificações,
verificou-se que o maior percentual de desnutrição ou fatores associados foi encontrado na
classificação do PMB por Kuczmarski et al. (2000). Em contrapartida, o menor percentual
encontrado foi neste mesmo indicador pela classificação de Marucci e Barbosa (2003). Entretanto,
verifica-se que o PMB classificado por Kuczmarski et al., (2000) tem maior sensibilidade, ou seja,
capacidade de identificar aqueles indivíduos que estão desnutridos, e baixíssima especificidade, ou
seja, baixa capacidade de identificar aqueles indivíduos que não estão desnutridos. Tal fato
representa a superestimação deste indicador quanto ao diagnóstico de desnutrição, principalmente
quando se compara o resultado deste indicador com o resultado obtido pela albumina sérica, a qual
representa o padrão de referência. Em contrapartida, o PMB classificado por Marucci e Barbosa
(2003) apresenta-se de forma contrária, tem maior especificidade e baixa sensibilidade, indicando,
desta forma, a subestimação deste indicador quanto ao diagnóstico de desnutrição.
A avaliação quanto ao Valor Preditivo Positivo e Valor Preditivo Negativo foi
irrelevante do ponto de vista comparativo, já que os resultados de todos os indicadores quanto a
estas estatísticas foram bastante semelhantes. Já em relação ao coeficiente Kappa, nenhum dos
valores encontrados foram significativos para análise dos indicadores neste estudo. Verifica-se
esta baixa concordância através do resultado igualmente baixo para especificidade na maioria dos
indicadores antropométricos. Sendo a especificidade a capacidade de identificar corretamente
aqueles que não apresentam a doença, é compreensível o consequente resultado de baixa
concordância. Além disso, também se verifica diante da experiência no projeto que os exames
bioquímicos são muito mais específicos para o diagnóstico de situações nutricionais em
39
comparação aos indicadores antropométricos que, apesar de limitados, são extremamente
importantes no rastreamento e verificação do estado nutricional.
Para a população em questão, é importante que haja um indicador antropométrico que
consiga captar todos os idosos que apresentam verdadeiramente a desnutrição, portanto é
fundamental que se valorize a proporção entre sensibilidade e especificidade do indicador
antropométrico avaliado, comparando-se com o padrão de referência em questão, sendo
importante um maior valor de sensibilidade, já que a identificação da desnutrição em idosos é um
importante agravante para a mortalidade. Tal importância é reforçada devido a várias razões,
incluindo a condição de fragilidade dos idosos (BORGES et al., 2013). Além disso, há tendência
de ocorrer perda de massa muscular com o avançar da idade, existindo frequências maiores que
50% em idosos com mais de 80 anos, trazendo consigo doenças como insuficiência renal crônica,
doença pulmonar obstrutiva crônica, câncer, infecções e insuficiência cardíaca congestiva
(BAUMGARTNER et al., 1998).
O processo de institucionalização, assim como o de fragilidade senil, está em
ascensão, fazendo parte de uma provável realidade bastante sólida de um futuro próximo (SILVA;
FIGUEIREDO, 2012). Foi constatado que menores níveis de atividade física e de capacidade
funcional, além do aumento da idade e a perda da independência eram fatores relacionados ao
processo de institucionalização de idosos, podendo a prevenção e o monitoramento de inatividade
física, doenças crônicas e incapacidade funcional serem colaboradores na melhoria dos cuidados
destes indivíduos institucionalizados (DUCA et al., 2012). A incapacidade funcional está
diretamente ligada à vários fatores, em especial os ambientais, pessoais e culturais, interagindo
entre o estado de saúde e doença, sendo fator importantíssimo no aparecimento de fragilidade em
residentes em ILPI (SILVA; FIGUEIREDO, 2012). Ademais, o processo de envelhecimento
populacional ocorre em um contexto de grandes mudanças, abrangendo aspectos sociais, culturais,
econômicos e institucionais. Dessa maneira, é observado um aumento da população idosa,
contudo acompanhado da incerteza das condições de cuidado que essa parcela da população terá
(CAMARANO; KANSO, 2010).
Portanto, a avaliação correta do estado nutricional de idosos é essencial, devido ao
quadro de desnutrição ser um fator de risco preocupante para a ocorrência de morbimortalidade na
população em questão (SPINELLI; ZANARDO; SCHNEIDER, 2010). A albumina, embora seja
de fácil obtenção e aplicação no diagnóstico de desnutrição crônica – podendo ser aplicada no
acompanhamento do estado nutricional de idosos –, é um método invasivo, sendo inviável sua
aplicação de forma frequente (GIBSON, 2005; FONTOURA et al., 2006). Tal fator é limitante, já
que a avaliação do estado nutricional nos idosos residentes de ILPI deve ser realizada
40
mensalmente, de acordo com a normatização da diretoria colegiada da ANVISA (RDC 283/2005),
para a obtenção da taxa de prevalência de desnutrição nessa população (BRASIL, 2005).
Tratando-se de limitações de recursos financeiros, muitas vezes também não é possível a
utilização da albumina, sendo a antropometria uma ótima ferramenta de acompanhamento
nutricional, de obtenção simples e não-invasiva (CAMPOS et al., 2007).
Este estudo verificou que as medidas antropométricas que mais se adequam à
finalidade de alcançar um diagnóstico minucioso de desnutrição crônica (medida por meio da
hipoalbuminemia) é o Perímetro da Panturrilha (WHO, 1995) e o IMC com a classificação da
OPAS (2002), devendo estes serem utilizados sempre que possível para a verificação do estado
nutricional do idoso. No entanto, sabe-se que na realidade e vivência dentro de ILPI nem sempre é
possível a aferição adequada de estatura e peso reais do idoso, necessários ao cálculo do IMC,
como é o caso dos indivíduos com restrição de mobilidade, nos quais são utilizadas fórmulas de
estimativas para a obtenção destas medidas antropométricas. Tais fórmulas subestimam ou
superestimam o peso real dos indivíduos, não sendo possível um resultado fidedigno. Ademais,
não há equação aplicável para estimativa de estatura da população institucionalizada brasileira
com 70 anos ou mais de idade ou do sexo feminino (LIMA, 2014). Caso não seja possível a
realização do IMC de maneira adequada por falta de equipamentos, o Perímetro da Panturrilha
também fornece um diagnóstico razoavelmente confiável para a patologia em questão,
principalmente quando este diagnóstico precisa ser realizado de forma rápida, situação da grande
maioria das instituições.
Do mesmo modo, se for possível, é indicada a utilização de medidas antropométricas
associadas para que o resultado de cada uma delas seja complementado e, enfim, seja realizado um
diagnóstico completo do estado nutricional do indivíduo.
41
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do crescente envelhecimento populacional e da consequente busca por
institucionalizações, e ainda sabendo que os indivíduos ficam mais frágeis ao longo do tempo,
aumentando também a ocorrência de sarcopenia, uma correta e minuciosa avaliação do estado
nutricional é necessária para que haja um cuidado permanente com estes idosos.
A antropometria tem como objetivo auxiliar de forma prática a obtenção deste
diagnóstico. Para a identificação de idosos com desnutrição crônica, os melhores indicadores a
serem utilizados são o IMC com classificação da OPAS (2002) e o Perímetro da Panturrilha
(WHO, 1995), sendo este último mais indicado quando não houver possibilidade de aferição
adequada de peso e estatura, em especial em indivíduos com restrição de mobilidade, e para fins
práticos. Em ambas as situações é ideal que se realize a associação a outras medidas
antropométricas para que o diagnóstico seja mais fidedigno, sendo bastante importante esta
avaliação na população de estudo por se tratarem de um público mais fragilizado, que necessita de
cuidados contínuos.
42
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54
ANEXOS
55
ANEXO I – Parecer do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO
NORTE – UFRN COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA –
CEP
PARECER N° 308/2012
Prot. nº 263/11-P CEP/UFRN
CAAE 0290.0.051.000-11
Projeto de Pesquisa Envelhecimento humano e saúde - a realidade dos
idosos institucionalizados da cidade do Natal/RN
Área de Conhecimento 4 - CIÊNCIAS DA SAÚDE
4.06 - Saúde Coletiva
Grupo III
Pesquisador Responsável Kenio Costa Lima
Instituição Proponente Universidade Federal do Rio Grande do Norte –
UFRN Instituição Coparticipante Instituições de Longa Permanência para Idosos da
Cidade de Natal/RN
Nível de abrangência do Projeto Produção Científica
Período de realização Início fev/2012 - Final jan/2015
Arrolamento dos
participantes: Início
fev/2012 - Final nov/2014 Revisão ética em 22 de junho de 2012
RELATO
1. RESUMO O protocolo sob análise traz inserida uma proposta de estudo referente à linha de
pesquisa “Distribuição e fatores determinantes dos agravos à saúde nas populações humanas”,
do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva desta Universidade. Tem como objetivos
avaliar as condições de saúde/doença dos idosos institucionalizados da cidade do Natal/RN,
em relação à nutrição e alimentação, saúde bucal, alterações bioquímicas, alterações de
equilíbrio, voz e deglutição, capacidade funcional, além das condições gerais de saúde desses
indivíduos. Pretende-se correlacionar tais condições à fatores relativos às características das
instituições, às características sócio-demográficas e sócio-culturais dos idosos.
É uma pesquisa multidisciplinar, que abordará 400 idosos a partir de 60 anos, em 12
Instituições de Longa Permanência da Cidade do Natal/RN, cadastradas na Vigilância
Sanitária, durante 36 meses.
O recrutamento ocorrerá, após a obtenção da lista de idosos cadastrados nas 12
Instituições, pela aceitação voluntária da pesquisa pelos idosos e seus cuidadores nos dias de
visitas da equipe para explicação dos objetivos, benefícios, riscos e procedimentos da
pesquisa.
Para coleta de dados, a equipe se deslocará para as Instituições preenchendo
questionários, consultando os prontuários, fazendo avaliação clínica dos parâmetros
apontados nos objetivos (saúde bucal, nutrição e alimentação, voz e deglutição, equilíbrio e
capacidade funcional), e realizando coleta de sangue para avaliação bioquímica. Essas
avaliações ocorrerão em momentos distintos respeitando o ritmo dos idosos e a rotina das
Instituições.
Os critérios de inclusão compreendem todos os idosos que estiverem nos dias de
coleta nas Instituições de Longa Permanência, sendo excluídos os idosos que estejam
56
impossibilitados de participar por condições físicas e de saúde.
Comitê de Ética em Pesquisa, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal/RN,
Brasil - CEP 59078-970 fone/fax: (84) 3215-3135 - e-mail: [email protected] – site:
http:// www.etica.ufrn.br
1/2
PARECER 308/2012 CEP/UFRN
2. ENTENDIMENTOS E RECOMENDAÇÕES
Entendemos que por se tratar de “um projeto estruturante que alberga em seu interior
vários protocolos” onde alguns dados serão partilhados por todos, como os obtidos a partir do
sangue, do questionário que informará as condições sociais e econômicas e do exame para
verificar as condições de saúde geral dos participantes, recomendamos ao pesquisador
coordenador do projeto estruturante ser responsável pelo que segue:
1. arrolar os 400 (quatrocentos) participantes para o projeto estruturante realizando o
processo de obtenção do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE explicando,
sem muito detalhamento, os procedimentos aos quais o participante será submetido (usar o
TCLE apresentado neste protocolo e aprovado por este Comitê) e,
2. arrolar os participantes para cada pesquisa que abordará um assunto específico,
contido no projeto estruturante, realizando outro processo de obtenção do TCLE onde deve ser
explicado, de forma detalhada, os procedimentos aos quais o participante será submetido.
Dessa forma, o estudo proposto deve conter dois TCLEs, um que abrangerá o estudo
como um todo e outro que abrangerá o assunto a ser tratado isoladamente.
3. PARECER
Considerando que as pendências expostas por este Comitê foram adequadamente
cumpridas, o Protocolo de Pesquisa em pauta enquadra-se na categoria de APROVADO.
4. ORIENTAÇÕES AO PESQUISADOR
Em conformidade com a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) através do
Manual Operacional para Comitês de Ética em pesquisa (Brasília, 2002) e Res. 196/96 – CNS o
pesquisador deve:
1. entregar ao sujeito da pesquisa uma cópia do Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE), na integra, por ele assinada (Res. 196/96 CNS – item IV.2d). Atenção:
conforme circular 017/11 – CONEP sobre o TCLE, torna-se obrigatória a rubrica do
pesquisador e do participante em todas as páginas assim como a assinatura de ambos na
última página;
2. desenvolver a pesquisa conforme foi delineada no protocolo aprovado e descontinuar
o estudo somente após a análise das razões da descontinuidade pelo CEP/UFRN (Res. 196/96 –
CNS item III.3z);
3. apresentar ao CEP/UFRN eventuais emendas ou extensões ao protocolo original,
com justificativa (Manual Operacional para Comitês de Ética em Pesquisa – CONEP – Brasília
– 2002 – p. 41);
4. apresentar ao CEP/UFRN relatório final após conclusão da pesquisa (Manual
Operacional para Comitês de ética em Pesquisa – CONEP – Brasília – 2002 – p.65).
Os formulários para os Relatórios Parciais e Final estão disponíveis na página do
CEP/UFRN (www.etica.ufrn.br).
57
Natal, 20 de julho de 2012.
Dulce Almeida
Coordenadora do CEP-UFRN
Comitê de Ética em Pesquisa, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal/RN,
Brasil - CEP 59078-970 fone/fax: (84) 3215-3135 - e-mail: [email protected] – site:
http:// www.etica.ufrn.br
2/2
58
ANEXO II – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) para o idoso.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
PROGRAMA DE PÓS – GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
ESCLARECIMENTOS:
ESTE É UM CONVITE PARA O(A) SENHOR(A) PARTICIPAR DA PESQUISA
“ENVELHECIMENTO HUMANO E SAÚDE – A REALIDADE DOS IDOSOS
INSTITUCIONALIZADOS DA CIDADE DO NATAL/RN” QUE É COORDENADA PELO
PROFº DRº KENIO COSTA LIMA.
SUA PARTICIPAÇÃO É VOLUNTÁRIA, O QUE SIGNIFICA QUE O(A) SENHOR(A)
PODERÁ DESISTIR A QUALQUER MOMENTO, RETIRANDO SEU CONSENTIMENTO,
SEM QUE ISSO LHE TRAGA NENHUM PREJUÍZO OU PENALIDADE.
ESSA PESQUISA VISA AVALIAR AS CONDIÇÕES DE SAÚDE/DOENÇA DOS
IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS DA CIDADE DO NATAL/RN, ESPECIFICAMENTE
EM RELAÇÃO À ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO.
O MOTIVO QUE NOS LEVA A FAZER ESSE ESTUDO É A NECESSIDADE DA
REALIZAÇÃO DE UM DIAGNÓSTICO SOBRE AS CONDIÇÕES DE ALIMENTAÇÃO
E NUTRIÇÃO DOS IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS PARA PROPOR MELHORIAS
NA QUALIDADE DE VIDA DESSA POPULAÇÃO.
CASO DECIDA ACEITAR O CONVITE, INICIALMENTE NÓS FAREMOS UMAS
PERGUNTAS SOBRE AS SUAS CONDIÇÕES SOCIAIS E ECONÔMICAS E O QUE O
(A) SENHOR (A) FAZ NO DIA-A-DIA. NUM OUTRO DIA, OS NUTRICIONISTAS
EXAMINARÃO O (A) SENHOR (A) E MEDIRÃO SEU PESO, A ALTURA, A CINTURA,
O BRAÇO, A BATATA DA PERNA E OUTRAS MEDIDAS QUE MOSTRARÃO A
QUANTIDADE DE GORDURA QUE O (A) SENHOR (A) POSSUI NO CORPO. ESSAS
MEDIDAS SERÃO REALIZADAS EM CINCO MOMENTOS, COM INTERVALO DE
TRÊS MESES ENTRE ELES. EM OUTRO MOMENTO, ESSES MESMOS
NUTRICIONISTAS OBSERVARÃO O QUE O (A) SENHOR (A) COME, SENDO
PREVIAMENTE PESADOS TODOS OS ALIMENTOS QUE SERÃO CONSUMIDOS
PELO O (A) SENHOR (A) DURANTE DOIS DIAS DE UMA SEMANA. DUAS SEMANAS
DEPOIS, OS FARMACÊUTICOS VIRÃO ATÉ AQUI E COLHERÃO SANGUE DO (A)
SENHOR (A) PARA OBSERVAR SE AS TAXAS E OUTRAS ANÁLISES BIOQUÍMICAS
59
DE IMPORTÂNCIA NUTRICIONAL, INCLUSIVE DE ZINCO E PROTEÍNAS, ESTÃO
TODOS CONTROLADOS. UMA AMOSTRA DE PLASMA OU SORO DO (A) SENHOR
(A) SERÁ ARMAZENADA COMO RESERVA CASO SEJA NECESSÁRIO MAIS
ALGUMA DOSAGEM BIOQUÍMICA COMPLEMENTAR PARA ENTENDIMENTO DE
SUA CONDIÇÃO DE SAÚDE.
TUDO ISSO VAI SER FEITO DENTRO DE UM MÊS EM DIAS DIFERENTES
PARA QUE O (A) SENHOR (A) NÃO SE CANSE. CASO O (A) SENHOR (A) NÃO
QUEIRA RESPONDER UMA PERGUNTA FEITA POR QUALQUER DOS
PROFISSIONAIS OU ACHE QUE NÃO DEVA SER EXAMINADO PELOS
PROFISSIONAIS, É SÓ DIZER QUE NÃO QUER RESPONDER OU NÃO QUER SER
EXAMINADO.
NÃO SE ESPERA QUE O (A) SENHOR (A) TENHA PROBLEMA ALGUM DEVIDO
À REALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DA PESQUISA, PORQUE OS RISCOS SERÃO
MÍNIMOS CONSIDERANDO-SE QUE OS DADOS SERÃO OBTIDOS ATRAVÉS DE UM
EXAME FÍSICO, DE OBSERVAÇÕES DURANTE AS REFEIÇÕES E DE PERGUNTAS QUE
SERÃO FEITAS EM DIAS DIFERENTES DURANTE UM MÊS PARA QUE O (A) SENHOR
(A) NÃO SE CANSE. DURANTE A REALIZAÇÃO DAS MEDIDAS DE PESO E ALTURA,
CASO O (A) SENHOR (A) SINTA ALGUMA TONTURA E SE DESEQUILIBRE, OS
NUTRICIONISTAS ESTARÃO AO SEU LADO PARA EVITAR UMA POSSÍVEL QUEDA.
MESMO QUE ISSO VENHA A OCORRER, TODO O CHÃO, AO LADO DOS
EQUIPAMENTOS, ESTARÁ PROTEGIDO POR TAPETES DE BORRACHA PARA QUE O
(A) SENHOR (A) NÃO SE MACHUQUE. AS OUTRAS MEDIDAS SERÃO REALIZADAS
COM O (A) SENHOR (A) SENTADO OU DEITADO. EM RELAÇÃO À COLETA DO
SANGUE, O QUE PODE ACONTECER É DEPOIS DA COLETA FICAR UM POUCO
DOLORIDO E ROXO NO LOCAL, MAS OS FARMACÊUTICOS QUE IRÃO COLETAR O
SANGUE, ALÉM DA PRÁTICA QUE POSSUEM, FARÃO RECOMENDAÇÕES AO (À)
SENHOR (A) PARA QUE ISSO NÃO VENHA A ACONTECER. CASO O (A) SENHOR (A)
NÃO SE SINTA BEM DURANTE A COLETA DO SANGUE, O (A) SENHOR (A) FICARÁ
EM REPOUSO E O MÉDICO DA EQUIPE O (A) ACOMPANHARÁ
O (A) SENHOR (A) TERÁ OS SEGUINTES BENEFÍCIOS AO PARTICIPAR DA
PESQUISA: CONTRIBUIRÁ PARA QUE AS INFORMAÇÕES SOBRE SAÚDE/DOENÇA
ACERCA DOS IDOSOS SEJAM OBTIDAS E COM ISSO LHE PROPORCIONARÁ A
DETECÇÃO DE ALGUM PROBLEMA, DE MODO QUE O (A) SENHOR (A) POSSA
SER ENCAMINHADO AO PROFISSIONAL ENCARREGADO DE TRATAR O
60
PROBLEMA DA INSTITUIÇÃO OU ÀQUELE PROFISSIONAL PARTICULAR QUE O
(A) SENHOR (A) TENHA PARA QUE ELE AVALIE O EXAME E PASSE ALGUM
REMÉDIO, DIETA, EXERCÍCIO OU INDIQUE ALGUM TRATAMENTO PARA
MANTER A SUA SAÚDE.
TODAS AS INFORMAÇÕES OBTIDAS SERÃO SIGILOSAS E O SEU NOME NÃO
SERÁ IDENTIFICADO EM NENHUM MOMENTO. OS DADOS SERÃO GUARDADOS EM
LOCAL SEGURO, DURANTE 05 ANOS, E A DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS SERÁ
FEITA DE FORMA A NÃO IDENTIFICAR OS VOLUNTÁRIOS.
SE O (A) SENHOR (A) TIVER ALGUM GASTO QUE SEJA DEVIDO À SUA
PARTICIPAÇÃO NA PESQUISA, SERÁ RESSARCIDO, CASO SOLICITE.
EM QUALQUER MOMENTO, SE O (A) SENHOR (A) SOFRER ALGUM DANO
COMPROVADAMENTE DECORRENTE DA PESQUISA, TERÁ DIREITO À
INDENIZAÇÃO.
VOCÊ FICARÁ COM UMA CÓPIA DESTE TERMO E TODA DÚVIDA QUE TIVER
A RESPEITO DESTA PESQUISA, PODERÁ PERGUNTAR DIRETAMENTE PARA KENIO
COSTA DE LIMA, NO TELEFONE (84) 88679107 OU AINDA NO E-MAIL
DÚVIDAS A RESPEITO DA ÉTICA DESSA PESQUISA PODERÃO SER
QUESTIONADAS AO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA DA UFRN NO ENDEREÇO
PRAÇA DO CAMPUS, CAMPUS UNIVERSITÁRIO, CP 1666, NATAL, 59.078-970, BRASIL
OU PELO TELEFONE (84) 32153135.
CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
DECLARO QUE COMPREENDI OS OBJETIVOS DESTA PESQUISA, COMO ELA
SERÁ REALIZADA, OS RISCOS E BENEFÍCIOS ENVOLVIDOS E CONCORDO EM
PARTICIPAR VOLUNTARIAMENTE DA PESQUISA “ENVELHECIMENTO HUMANO E
SAÚDE – A REALIDADE DOS IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS DA CIDADE DO
NATAL/RN”.
E ATRAVÉS DESTE CONSENTIMENTO, AUTORIZO A PUBLICAÇÃO DA
PESQUISA EXCLUINDO DADOS PESSOAIS, DE FORMA ESCRITA, PODENDO
UTILIZAR DESCRIÇÕES E RESULTADOS DE EXAMES. CONCEDO TAMBÉM O
DIREITO DE RETENÇÃO E USO PARA FINS DE ENSINO, DIVULGAÇÃO EM
PERIÓDICOS E/OU REVISTAS CIENTÍFICAS DO BRASIL E DO EXTERIOR, MANTENDO
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A CONFIDENCIALIDADE SOBRE MINHA IDENTIDADE, PODENDO USAR
PSEUDÔNIMOS.
POLEGAR DIREITO
NATAL, ____ de ____________________ de ________.
DE ACORDO,
_______________________________
(NOME EM LETRA DE FORMA)
_______________________________
(PARTICIPANTE DA PESQUISA)
COMPROMISSO DO PESQUISADOR
COMO PESQUISADOR RESPONSÁVEL PELO ESTUDO “ENVELHECIMENTO
HUMANO E SAÚDE – A REALIDADE DOS IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS DA
CIDADE DO NATAL/RN”,DECLARO QUE ASSUMO A INTEIRA RESPONSABILIDADE
DE CUMPRIR FIELMENTE OS PROCEDIMENTOS METODOLOGICAMENTE E DIREITOS
QUE FORAM ESCLARECIDOS E ASSEGURADOS AO PARTICIPANTE DESTE ESTUDO,
ASSIM COMO MANTER O SIGILO E CONFIDENCIALIDADE SOBRE A IDENTIDADE DO
MESMO.
DECLARO AINDA ESTAR CIENTE QUE NA INOBSERVÂNCIA DO
COMPROMISSO ORA ASSUMIDO ESTAREI INFRINGINDO AS NORMAS E DIRETRIZES
PROPOSTAS PELA RESOLUÇÃO 466/12 DO CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE – CNS,
QUE REGULAMENTA AS PESQUISAS ENVOLVENDO O SER HUMANO.
Natal, _______/_________/_______
________________________________
(PESQUISADOR)
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ANEXO III – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) para o diretor.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
PROGRAMA DE PÓS – GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
ESCLARECIMENTOS:
Este é um convite para o (a) senhor (a) participar da pesquisa “Envelhecimento Humano
e Saúde – A realidade dos idosos institucionalizados da cidade do Natal/RN” que é
coordenada pelo Profº Drº Kenio Costa Lima.
Sua participação é voluntária, o que significa que o (a) senhor (a) poderá desistir a
qualquer momento, retirando seu consentimento, sem que isso lhe traga nenhum prejuízo ou
penalidade.
Essa pesquisa visa avaliar as condições de saúde/doença dos idosos institucionalizados
da cidade do Natal/RN, especificamente em relação à alimentação e nutrição, saúde bucal,
alterações nas taxas do sangue, de equilíbrio, à voz e deglutição e capacidade funcional, além
das condições gerais de saúde desses indivíduos, destacando-se os principais agravos à saúde
dos mesmos.
O motivo que nos leva a fazer esse estudo é a necessidade da realização de um
diagnóstico integrado sobre as condições de saúde dos idosos institucionalizados para propor
melhorias na qualidade de vida dessa população.
Caso decida aceitar o convite, inicialmente nós faremos umas perguntas sobre a
instituição que o (a) senhor (a) dirige. Essas perguntas servem para caracterizar a instituição
em relação ao número de profissionais, que profissionais são esses, a estrutura física da
instituição, a forma de acesso e preparação dos alimentos e como a instituição funciona.
Caso o (a) senhor (a) não queira responder qualquer pergunta feita, o (a) senhor (a) é só
dizer que não quer responder.
Não se espera que o (a) senhor (a) tenha problema algum devido à realização das
atividades da pesquisa, porque os riscos serão mínimos considerando-se que os dados serão
obtidos através de perguntas que não tomarão muito seu tempo e serão feitas no horário
determinado pelo (a) senhor (a).
O (a) senhor (a) terá os seguintes benefícios ao participar da pesquisa: contribuirá para que
se compreenda a estrutura e o modo de funcionamento da instituição, a fim de que ela possa ser
caracterizada e com isso buscar alguma associação com os dados que irão ser coletados quando do
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exame dos idosos. Tudo isso para que, caso seja observada alguma associação com as
características da instituição que o (a) senhor (a) dirige e o estado de saúde/doença dos
idosos, ela (s) serão informadas ao (à) senhor (a) através de um informe em saúde dos idosos
para que, caso o (a) senhor (a) queira, possa fazer alguma alteração.
Todas as informações obtidas serão sigilosas e o nome do (a) senhor (a) não será
identificado em nenhum momento. Os dados serão guardados em local seguro, durante 05 anos, e
a divulgação dos resultados será feita de forma a não identificar os voluntários.
Se o (a) senhor (a) tiver algum gasto que seja devido à sua participação na pesquisa, o
senhor (a) será ressarcido, caso solicite.
Em qualquer momento, se o(a) senhor(a) sofrer algum dano comprovadamente decorrente
da pesquisa, o senhor(a) terá direito à indenização.
O (a) senhor (a) ficará com uma cópia deste termo e toda dúvida que o (a) senhor (a) tiver
a respeito desta pesquisa, poderá perguntar diretamente para Kenio Costa de Lima, no telefone
(84) 88679107 ou ainda no e-mail [email protected]
Dúvidas a respeito da ética dessa pesquisa poderão ser questionadas ao Comitê de Ética em
Pesquisa da UFRN no endereço Praça do Campus, Campus Universitário, CP 1666, Natal, 59.078-
970, Brasil ou pelo telefone (84) 32153135.
CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Declaro que compreendi os objetivos desta pesquisa, como ela será realizada, os riscos e
benefícios envolvidos e concordo em participar voluntariamente da pesquisa “Envelhecimento
Humano e Saúde – A realidade dos idosos institucionalizados da cidade do Natal/RN”.
E através deste consentimento, autorizo a publicação da pesquisa excluindo dados
pessoais, de forma escrita, podendo utilizar descrições. Concedo também o direito de retenção e
uso para fins de ensino, divulgação em periódicos e/ou revistas científicas do Brasil e do exterior,
mantendo a confidencialidade sobre minha identidade, podendo usar pseudônimos.
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POLEGAR DIREITO
NATAL, _____ de __________________ de ______.
DE ACORDO,
_______________________________
(NOME EM LETRA DE FORMA)
_______________________________
(PARTICIPANTE DA PESQUISA)
COMPROMISSO DO PESQUISADOR
Como pesquisador responsável pelo estudo “Envelhecimento Humano e Saúde – A
realidade dos idosos institucionalizados da cidade do Natal/RN”, declaro que assumo a inteira
responsabilidade de cumprir fielmente os procedimentos metodologicamente e direitos que foram
esclarecidos e assegurados ao participante deste estudo, assim como manter o sigilo e
confidencialidade sobre a identidade do mesmo.
Declaro ainda estar ciente que na inobservância do compromisso ora assumido estarei
infringindo as normas e diretrizes propostas pela Resolução 466/12 do Conselho Nacional de
Saúde – CNS, que regulamenta as pesquisas envolvendo o ser humano.
Natal, _______/_________/_______
________________________________
(PESQUISADOR)