Conduta da equipe de enfermagem no cuidado do paciente oncológico frente a dor e sua família

27
CONDUTA DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NO CUIDADO DO PACIENTE ONCOLÓGICO FRENTE À DOR E SUA FAMÍLIA Carla Alves Trindade 1 [email protected] Thais Oliveira Almeida¹ [email protected] Caroline Macedo Gonçalves 2 [email protected] Danielle Alves de Carvalho Mota 3 [email protected] RESUMO Este é um estudo de revisão bibliográfica que aborda a oncologia, em que originou-se da seguinte questão: Os pacientes oncológicos/ família estão sendo bem assistidos pelos profissionais de enfermagem? Os métodos utilizados foram à revisão bibliográfica e a construção de uma cartilha, onde contêm uma escala da dor, específica para o paciente oncológico. A análise dos dados levantados mostrou que a enfermagem não possui parâmetros quanto à avaliação da dor utilizada na assistência aos pacientes oncológicos, nem estão preparados para o processo do óbito. Concluímos que o enfermeiro precisa atuar com mais efetividade na avaliação da dor do paciente oncológico, visando minimizar o sofrimento e buscando uma melhor resposta ao tratamento, bem como, prepara-lo para a morte e o morrer. PALAVRAS-CHAVE: assistência de enfermagem, câncer, escala de dor, saúde oncológica, tratamento humanizado. 1 Discentes do curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade de Ciências Humanas de Curvelo. 2 Docente do curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade de Ciências Humanas de Curvelo. 3 Docente e orientadora do curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade de Ciências Humanas de Curvelo.

description

Trabalho de Conclusão de Curso Bacharelado de Enfermagem 2014. Conduta da equipe de enfermagem frente ao paciente oncológico sua dor e a família. Criação de Escala da Dor/ Prognostico. Cartilha Educativa para as âmbito hospitalar e domiciliar.

Transcript of Conduta da equipe de enfermagem no cuidado do paciente oncológico frente a dor e sua família

Page 1: Conduta da equipe de enfermagem no cuidado do paciente oncológico frente a dor e sua família

CONDUTA DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NO CUIDADO DO PACIENTE ONCOLÓGICO FRENTE À DOR E SUA FAMÍLIA

Carla Alves Trindade1 [email protected]

Thais Oliveira Almeida¹ [email protected]

Caroline Macedo Gonçalves2 [email protected]

Danielle Alves de Carvalho Mota3 [email protected]

RESUMO

Este é um estudo de revisão bibliográfica que aborda a oncologia, em que

originou-se da seguinte questão: Os pacientes oncológicos/ família estão sendo

bem assistidos pelos profissionais de enfermagem? Os métodos utilizados

foram à revisão bibliográfica e a construção de uma cartilha, onde contêm uma

escala da dor, específica para o paciente oncológico. A análise dos dados

levantados mostrou que a enfermagem não possui parâmetros quanto à

avaliação da dor utilizada na assistência aos pacientes oncológicos, nem estão

preparados para o processo do óbito. Concluímos que o enfermeiro precisa

atuar com mais efetividade na avaliação da dor do paciente oncológico,

visando minimizar o sofrimento e buscando uma melhor resposta ao

tratamento, bem como, prepara-lo para a morte e o morrer.

PALAVRAS-CHAVE: assistência de enfermagem, câncer, escala de dor,

saúde oncológica, tratamento humanizado.

1 Discentes do curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade de Ciências Humanas de Curvelo.

2 Docente do curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade de Ciências Humanas de Curvelo.

3 Docente e orientadora do curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade de Ciências Humanas de Curvelo.

Page 2: Conduta da equipe de enfermagem no cuidado do paciente oncológico frente a dor e sua família

INTRODUÇÃO

Câncer é o nome genérico de um conjunto de mais de duzentas doenças

distintas, com multiplicidade de causas, formas de tratamento e prognósticos

(INCA, 2002). O câncer pode ser considerado uma doença crônica exigindo

tratamento contínuo, mais que uma doença terminal. Consiste em mais de 100

condições diferentes caracterizadas pelo crescimento desordenado de células

anormais e disseminação. Os mecanismos normais de crescimento e

proliferação estão comprometidos e resultam em alterações morfológicas

distintas das células, ou seja, em aberrações dos padrões histológicos

(NETTINA, 2011).

O diagnóstico do câncer é arrasador, pois, em geral, faz com que o

paciente desacredite da vida, bem como, nas formas de tratamento e nos

avanços terapêuticos. Embora as medidas terapêuticas estejam avançadas e

na maioria dos casos de descoberta precoce a cura seja possível, o

paciente/família, após o diagnóstico, se desestruturam (CAMARGO, 2000).

Culturalmente, os portadores desta enfermidade tornam-se sinônimos de

sofrimento, mutilações frequentes a espera da morte, transformando assim as

suas vidas e de seus familiares, numa rotina restrita (CAMARGO, 2000).

Contudo, observa-se que o câncer não é somente um problema biológico, mas

no retratar dos anos tornou-se psicológico, social e sentimental (PIMENTA,

2004).

A assistência implica-se em lidar com os pacientes, bem como, com seus

familiares (RODRIGUES, 2003). Buscam-se profissionais capacitados, que

tenham controle e assiduidade em avaliar as situações vivenciadas desde o

tratamento de cura, paliativo e a preparação para a morte. Sendo assim os

profissionais de enfermagem devem manter-se informados de cada um dos

casos que estão envolvidos, bem como, preparados para os possíveis

desfechos, pois só assim terão capacidade de orientar a família e o próprio

paciente na conduta a ser tomada (SMELTZER et al., 2011).

A assistência de enfermagem em oncologia evoluiu como um assistir que

tem foco no paciente, família e comunidade, visando à educação, promovendo

suporte psicossocial, possibilitando a terapia recomendada, selecionando e

administrando intervenções que diminuam os efeitos colaterais da terapia

Page 3: Conduta da equipe de enfermagem no cuidado do paciente oncológico frente a dor e sua família

proposta, participando da reabilitação e promovendo conforto e cuidado (ADES

et al., 1991).

Atualmente, os pesados investimentos em pesquisa e o volume de

trabalhos publicados em oncologia confirmaram a importância atribuída à

doença (SMELTZER, et al., 2002).

Considerando o contexto atual, este trabalho propõe realizar um

levantamento bibliográfico a partir de artigos científicos recentes sobre os

desafios do enfermeiro na assistência ao paciente oncológico, orientações e

cuidados em geral, buscando um direcionamento na conduta e melhoria na

qualidade do atendimento do paciente/família. Sugere um maior subsidio para

a equipe de enfermagem frente o paciente oncológico com dor e sua família.

METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão bibliográfica, onde para a elaboração, foram

selecionados artigos nas bases de dados eletrônicas SCIELO (Scientific

Eletronic Library), LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em

Ciências da Saúde) e INCA (Instituto Nacional do Câncer), através dos

seguintes descritores: saúde oncológica; relação da família na recuperação do

doente; epidemiologia do câncer; estimativa do câncer; assistência de

enfermagem ao paciente oncológico; dor oncológica; escala da dor.

Foram selecionados e utilizados artigos recentes, publicados entre os

anos de 2000 a 2014, dos quais foram excluídos os que não apresentaram

similaridade ou os que não se relacionavam com a temática proposta e que

estavam fora do período estabelecido.

A partir da revisão de literatura elaboramos uma cartilha informativa e

uma escala da dor, com a finalidade de oferecer subsidio para a equipe de

enfermagem frente o paciente oncológico com dor e sua família. A cartilha foi

elaborada a partir de uma escala prática e sucinta, onde observa-se sinais e

sintomas do paciente relacionado ao quadro vivenciado, ligada diretamente ao

paciente, suas queixas e influência da doença. Sugere-se que através dela os

profissionais e familiares possam realizar uma anamnese holística e

integralizada do paciente como um todo a fim de intervirem de forma rápida e

eficaz no tratamento e o alívio da dor.

Page 4: Conduta da equipe de enfermagem no cuidado do paciente oncológico frente a dor e sua família

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Câncer: conceito e estimativa

O câncer se refere a uma classe de doenças caracterizadas pelo

crescimento desordenado de células que invadem os tecidos e órgãos,

podendo fazer metástase. Pode matar devido à invasão de órgãos normais por

estas células, por extensão direta ou por disseminação à distância, que ocorre

através do sangue, linfa ou superfície serosa. A célula humana se divide,

necessitando reproduzir seu código genético (DNA) que possui mais de três

bilhões de caracteres, sendo essa divisão ordenada pelo próprio DNA. Quando

ocorre erro neste processo, serão reparados por proteínas, porém se as

proteínas não detiverem as células malignas, que se multiplicam

desordenadamente, surge o câncer. A partir deste momento, inicia-se um

caminho de destruição e morte (ANDRÉ SASSE, 2004).

De acordo com estimativas mundiais do Projeto Globocan (2012), da

Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (Iarc, do inglês International

Agency for Research on Cancer), da Organização Mundial da Saúde (OMS,

2007), houve 14,1 milhões de casos novos de câncer e um total de 8,2 milhões

de óbitos por esta enfermidade, em todo o mundo, no ano de 2012. Vale

destacar os principais tipos de câncer que mais acometeram a população

masculina foram de próstata, pulmão, cólon e reto; e mama, cólon, reto e

pulmão entre as mulheres (INCA, 2014).

Estima-se que em 2030, a realidade global será de 21,4 milhões de

novos casos de câncer e 13,2 milhões de mortes, em consequência do

crescimento e do envelhecimento da população, bem como da redução na

mortalidade infantil e nas mortes por doenças infecciosas em países em

desenvolvimento (INCA, 2014).

No Brasil, a estimativa para o ano de 2014 e 2015, aponta para a

ocorrência de aproximadamente 576 mil casos novos de câncer, incluindo os

casos de pele não melanoma, evidenciando a prevalência da doença no país.

O câncer de pele do tipo não melanoma (182 mil casos novos) será o mais

incidente na população brasileira, seguido pelos tumores de próstata (69 mil),

Page 5: Conduta da equipe de enfermagem no cuidado do paciente oncológico frente a dor e sua família

mama feminina (57 mil), cólon e reto (33 mil), pulmão (27 mil), estômago (20

mil) e colo do útero (15 mil) (INCA, 2014).

Segundo o oncologista André Sasse (2004), visando o bem estar do

paciente, existem três passos fundamentais na oncologia que devem ser

seguidos. O primeiro visa à cura do paciente, para que seja reintegrado a

sociedade, sendo regra para todos os tipos de câncer, mesmo quando esta

possibilidade de cura é muito pequena, o que requer uma atitude de esperança

e determinação por parte do paciente para se derrotar dificuldades e perigos,

assim como insucessos que podem ocorrer neste percurso. O segundo ocorre

na impossibilidade de cura, e a partir deste momento, inicia-se um processo de

remissão da doença, que visa deixar o paciente pelo maior tempo possível bem

consigo mesmo, longe dos efeitos da doença e de hospitalizações. Quando a

remissão é remota, então a tentativa esta no sentido de controlar a doença e

seus sintomas pelo uso adequado de terapêutica paliativa. O terceiro objetivo

visa melhorar a qualidade de vida do paciente, o que é diferente de um

prolongamento de vida sofrida. Neste momento, com a ajuda dos profissionais

de saúde, este sujeito vai entender suas fraquezas, os seus limites e manter

sua dignidade frente às dificuldades desta trajetória.

O paciente oncológico/família

O diagnóstico do câncer pode trazer consequências imprevisíveis ao

indivíduo e seus familiares. A revelação do diagnóstico ao paciente permite que

ele e sua família acionem as suas estratégias de enfrentamento para lidar da

melhor forma possível, com os efeitos causados pela doença e seu tratamento

(HEWITT et al., 2006).

Segundo Kubler-Ross (1985) são identificados cinco estágios do

paciente ao receber o diagnóstico de câncer: negação, raiva, barganha,

depressão e aceitação. A negação pode ser uma defesa temporária ou

sustentada até o fim. O paciente desconfia de troca de exames ou da

incompetência da equipe de saúde. A raiva é a fase que surge os sentimentos

de ira, revolta e ressentimento, torna-se mais difícil o lidar com o paciente. Na

barganha, o doente passa a fazer promessas por prolongamento de vida ou

Page 6: Conduta da equipe de enfermagem no cuidado do paciente oncológico frente a dor e sua família

alguns dias sem dor ou males físicos. Geralmente, estas promessas são feitas

com Deus e psicologicamente, podem estar associadas a uma culpa recôndita.

A depressão pode evidenciar seu alheamento ou estoicismo, com um

sentimento de grande perda. As dificuldades do tratamento e a hospitalização

prolongada aumentam a tristeza. Na aceitação, o paciente passa a aceitar a

situação e o seu destino. Não há uma ordem para a ocorrência dessas

manifestações, tão pouco uma cronologia.

Ao saber do diagnóstico, a família passa pelos mesmos estágios que o

paciente. Identificam-se e caracterizam outras fases diferentes pelas quais a

família passa ao ter um ente querido com câncer. Denomina-se de fase aguda,

aquela em que é diagnosticada a doença e, que se verifica um impacto

emocional; fase crônica é aquela em que os comportamentos dos familiares

divergem, pois alguns membros da família podem assumir um papel de

superprotetores enquanto outros acham que o paciente não deve ser tratado

como um incapaz; e a fase de resolução, onde o paciente vem a falecer ou

passa a ser um sobrevivente, melhorando até ser considerado fora de perigo

(JASEN, 2006).

Na contemporaneidade, mesmo em meio a todos os artifícios e

tecnologias empregados na assistência à saúde, o homem ainda precisa lidar

com situações limítrofes da vida, como a dor e o sofrimento provocados por

doenças como o câncer (PESSINI, 2004).

Segundo Jensen (2006), a avaliação da dor é a base fundamental para o

seu tratamento, a fim de esclarecer a etiologia da dor e orientar intervenções

terapêuticas adequadas. Em contrapartida, a avaliação inadequada da dor

pelos profissionais de saúde dificulta a avaliação da efetividade das

intervenções terapêuticas.

Sabe-se que muitos pacientes com câncer avançado sofrem de mais de

um tipo de dor e o tratamento vai depender da identificação de sua origem

(BRASIL, 2002).

Nessa perspectiva, diferentes métodos vêm sendo utilizados para

mensurar a percepção ou a sensação de dor. Alguns avaliam apenas o estado

unidimensional da dor que varia somente em intensidade; outros avaliam

multidimensionalidade, levando em conta não só os fatores físicos, mas

Page 7: Conduta da equipe de enfermagem no cuidado do paciente oncológico frente a dor e sua família

também os fatores afetivos e emocionais que podem estar relacionados à dor

(SOUSA, 2004).

Neste sentido, alguns autores propõem a inclusão da dor do câncer

como uma categoria diferente na classificação das dores, visto às

especificidades desta doença, à medida que a dor oncológica é multicausal,

podendo ser advinda da neoplasia ou ainda estar relacionada aos

procedimentos realizados ou a aspectos físicos e psíquicos como medo,

ausência da família, entre outros (ALAMY, 2005).

Porém, os dados convergem com alguns sinais e sintomas associados à

dor, como o relato verbal, o choro ou gemido, a agitação e os tremores, fadiga

e esgotamento físico, juntamente com as alterações nos sinais vitais, a

depressão, a raiva, o medo e a ansiedade pela doença, a prostração e ainda

sentimentos de falta de esperança e de amparo (TEIXEIRA, 2001).

A dor oncológica deve ser avaliada através das escalas

multidimensionais e também aferida através das escalas unidimensionais, pois

conhecer e registrar apropriadamente as particularidades da dor - como local,

início, fatores associados, duração, fatores de melhora/piora, intensidade, entre

outros - permitem que o avaliador possa melhor entender o quadro de dor e

associá-lo à etiologia ou ao trauma inicial, no intuito de prevenir ou estancar

possíveis complicações e promover o ajuste da terapia quando este mostrar-se

necessário (PIMENTA, 2004).

O tratamento do câncer pode ser realizado mediante várias modalidades

terapêuticas, como quimioterapia, cirurgia, hormonioterapia e imunoterapia,

que podem ser utilizadas combinadas ou não (INCA, 2002).

Indivíduos que se submetem ao tratamento do câncer têm significativos

encargos financeiros caracterizados como diretos e indiretos. A legislação

brasileira assegura aos portadores de neoplasias e outras doenças graves

alguns direitos especiais. Frente à realidade da trajetória do tratamento do

câncer, a atuação dos profissionais de saúde em prover informações sobre os

direitos dos portadores é imprescindível para intervir no contexto social em que

eles estão inseridos, garantindo o acolhimento e a adesão ao tratamento

proposto (VOLPE, 2005).

O paciente fora de possibilidades terapêuticas é rotulado como

“terminal”, onde permanece vivo, mas tem necessidades especiais, ou seja,

Page 8: Conduta da equipe de enfermagem no cuidado do paciente oncológico frente a dor e sua família

necessita de uma abordagem que aprimore a sua qualidade de vida, e de seus

familiares, que enfrentam problemas associados com doenças ameaçadoras

de vida, através da prevenção e alívio do sofrimento por meio da identificação

precoce (MCCOUGLAN, 2003). Segundo a Organização Mundial de Saúde

(2014) os cuidados paliativos são importantes, pois afirmam a vida e encaram a

morte como um processo normal; não apresentam a morte; procuram aliviar a

dor e outros sintomas desconfortáveis; integram os aspectos psicossociais e

espirituais nos cuidados do paciente; oferecendo um sistema de apoio para a

família lidar com a doença e com o processo de luto.

Assistência de enfermagem

O profissional de enfermagem deve estar preparado para dar apoio ao

paciente e sua família durante uma diversidade de crises, sendo assim, o

paciente têm a equipe de saúde e sua família como base para o enfrentamento

da doença. Almejam-se resultados positivo perante o tratamento e as

condições oferecidas ao paciente e familiares de forma esclarecedora e ativa,

pois a enfermagem intervém, simultaneamente, na cura ou no óbito do paciente

oncológico (SMELTZER et al., 2011). Segundo Camargo (2000), a objetividade

das intervenções de enfermagem atua na perspectiva de vida do paciente com

a aceitação do quadro de uma forma mais favorável, resguardando a situação

vivenciada, ficando claro, a necessidade e a prioridade dessas intervenções

frente ao paciente e família.

Segundo Ellis e Hartley (1998), o cuidado do paciente oncológico possui

enormes desafios, pois a doença por si própria traz sentimento de perda e

vulnerabilidades. Embora inclua diversas responsabilidades, os objetivos da

enfermagem do cuidado do câncer são diversos e complexos como qualquer

outra função designada por qualquer outra especialidade de saúde.

Nesta situação, o papel do enfermeiro está voltado para a avaliação

diagnóstica, intervenção e monitorizarão dos resultados do tratamento por meio

do controle da dor (SMELTZER et al., 2011). A base fundamental para o

tratamento é a avaliação da dor, pois esclarece a patologia e orienta as

intervenções terapêuticas adequadas (JENSEN, 2006).

Page 9: Conduta da equipe de enfermagem no cuidado do paciente oncológico frente a dor e sua família

A assistência de enfermagem em oncologia possibilita a intervenções

em diversos níveis: na prevenção primária e na secundária; no tratamento do

câncer; na reabilitação; na doença avançada. Neste sentido, a assistência de

enfermagem em oncologia evolui com um assistir que tem foco no paciente, na

família e na comunidade, visando à educação, provendo suporte psicossocial,

possibilitando a terapia recomendada, selecionando e administrando

intervenções que diminuam os efeitos colaterais da terapia propostas,

participando da reabilitação e promovendo conforto (ADES et al., 1991).

Os profissionais de enfermagem têm como objetivo proporcionar o

aumento da expectativa de vida com qualidade; assistindo o paciente em sua

totalidade. O enfermeiro deve atuar na qualidade direcionada para o ensino do

autocuidado, com o objetivo de resguardar a autonomia do paciente, bem

como, a melhoria de sua qualidade de vida (CAMARGO, 2000).

A necessidade para os cuidados paliativos aumenta quando o individuo

aproxima dos últimos momentos de sua vida, onde sua condição de saúde

torna-se debilitante. O maior desafio desses cuidados paliativos é a integração

aos cuidados curativos. Todos os profissionais de saúde deveriam saber

quanto os cuidados paliativos são necessários. O cuidado de qualidade deve

ser oferecido em uma instituição de saúde ou na residência do individuo

(SILVA, 2006).

Ressalta-se a necessidade de serem realizadas pesquisas de

enfermagem voltadas aos pacientes oncológicos, para que se possam da

melhor forma possível, aumentar a sobrevida desses indivíduos com o máximo

de qualidade (SMELTZER, et al., 2011).

O conhecimento da patologia é de fundamental importância na

assistência ao paciente oncológico, mais do que isso, é necessário saber lidar

com seus próprios sentimentos e emoções, com ou sem a possibilidade de

cura (RODRIGUES, 2003). Entretanto, é relevante o aspecto emocional dos

profissionais de saúde, pois estes criam mecanismos de defesa que os

auxiliam no enfrentamento da morte e do processo de morrer. Por serem

preparados para a manutenção da vida, a morte e o morrer, em seu cotidiano,

suscitam sentimentos de frustação, tristeza, perda, impotência, estresse e

culpa (KOVACS, 1992).

Page 10: Conduta da equipe de enfermagem no cuidado do paciente oncológico frente a dor e sua família

ESCALA DE DOR

O câncer geralmente causa dor, sendo definida segundo a Internacional

Association for the Study of Pain (IASP), como uma experiência sensorial e

emocional desagradável (COSTA, 2012).

A avaliação da dor é uma troca compartilhada. Não se elabora um plano

terapêutico específico, sem a avaliação adequada da informação. É conduta da

equipe de enfermagem avaliar a dor com o quinto sinal vital, ou seja, dor deve

ser tratada e avaliada como os outros sinais vitais. A Escala de dor

Multidimensional (tabela 1), além de verificar a intensidade da dor ela também

sugere a abordagem dos componentes sensorial, afetivo e avaliativo

(PIMENTA, 2004).

Tabela 1: ONCODOR

ESCALA ONCODOR

CATEGORIA DESCRITOR ESCORE

RESPOSTA VERBAL

Nenhuma

Choro incontrolável/irritado

Choro controlável

Sem alterações

Ausente

Com Auxilio

Pouco auxilio

Espontânea

Ausente

Difusa

Localiza a dor

à palpação

Intensa

Moderada

Leve

Ausente

04

03

02

01

04

03

02

01

04

03

02

01

04

03

02

01

RESPOSTA MOTORA

PERCEPÇÃO

SENSORIAL

INTENSIDADE

Page 11: Conduta da equipe de enfermagem no cuidado do paciente oncológico frente a dor e sua família

Legenda: paciente dor grave: maior que 12 / paciente dor moderada: maior

que 06 / paciente dor leve: maior que 04.

As vantagens para a avaliação da dor são:

Paciente: alívio do sofrimento, recuperação mais rápida, alta hospitalar

precoce.

Médico: evolução clínica favorável.

Equipe de Enfermagem: oferecer serviço mais humanizado, otimização

do tempo de assistência qualificada;

Serviço de Saúde: redução dos custos

Família: observação de melhora e piora do paciente, eficiência de

medicamentos e tratamentos.

A elaboração da escala de dor mostrou-se necessária diante das

dificuldades dos profissionais de saúde em caracterizar e avaliar a dor do

paciente. Tal procedimento adequadamente avaliado ocasionará ao paciente

uma melhora do seu quadro de dor.

De acordo com a literatura estuda é fundamental a identificação dos cinco

estágios do paciente ao receber o diagnostico e prognostico de câncer, sendo:

negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Sugere-se ser realizado

diariamente como avaliação do tratamento. A escala de prognóstico deve ser

realizada todos os dias, ou conforme a necessidade para uma boa observação

e anamnese dos aspectos afetivos e emocionais em que os pacientes se

encontram.

Tabela 2: Escala de Prognóstico

Page 12: Conduta da equipe de enfermagem no cuidado do paciente oncológico frente a dor e sua família

ESCALA DE PROGNÓSTICO

ACEITAÇÃO

AUSENTE

PRESENTE

NEGAÇÃO

AUSENTE

PRESENTE

RAIVA

AUSENTE

PRESENTE

BARGANHA

AUSENTE

PRESENTE DEPRESSÃO

AUSENTE

PRESENTE

Page 13: Conduta da equipe de enfermagem no cuidado do paciente oncológico frente a dor e sua família

A CARTILHA

Baseando-se na literatura verificamos a necessidade da criação de

instrumentos aplicáveis no meio profissional e familiar, a fim de orientar quanto

à avaliação da dor do paciente, bem como, a atuação do profissional de

enfermagem e família. Sugere-se a aplicabilidade em meio hospitalar,

domiciliar, ambulatorial e saúde pública (Anexo 01).

Page 14: Conduta da equipe de enfermagem no cuidado do paciente oncológico frente a dor e sua família

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir dos estudos realizados, conclui-se que apoiando-se no

referencial de enfermagem fenomenológica os profissionais devem fornecer

aos pacientes oncológicos informações e esclarecer suas percepções, ajudar

na busca de soluções dos problemas relacionados ao tratamento,

instrumentalizar para que tomem decisões sobre o tratamento proposto e levar

ao desempenho de ações de auto-cuidado, dentro de suas possibilidades.

É imprescindível que, diante dos argumentos expostos, haja a

conscientização dos profissionais, principalmente os de enfermagem, de que

reconhecer a avaliação da dor como uma atividade assistencial é fundamental

para adequar o cuidado ao paciente oncológico, bem como, a necessidade da

existência destes instrumentos junto aos prontuários dos pacientes

oncológicos, para efetivar e subsidiar a assistência prestada pelos

profissionais.

Page 15: Conduta da equipe de enfermagem no cuidado do paciente oncológico frente a dor e sua família

REFERÊNCIAS

ADES, T. GREENE. Principles of Oncology nursing. American Cancer Society of Clinical Oncology. Atlanta: American Cancer Society, 587-93p, 1991. ALAMY, S. Psicópio – Revista Virtual de Psicologia Hospitalar e da Saúde, Belo Horizonte, 2005. Disponível em: <http://geocities.yahoo.com.br/revistavirtualpsicopio>. Acesso em 11 nov. 2014. BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer INCA. Cuidados Paliativos Oncológicos – Controle da Dor. Brasília, 2001. Disponível em: <http://www.inca.gov.br/publicacoes/manual_dor.pdf>. Acesso em: 05 mar. 2014. BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer – INCA. Ações de Enfermagem para o Controle do Câncer. Rio de Janeiro: INCA, 2002. CAMARGO, T.C. O ex-sistir feminino enfrentando a quimioterapia para o câncer de mama: um estudo de enfermagem na ótica de Martin Heidegger. 2000. 100f. Dissertação (Tese em Enfermagem) - Escola de Enfermagem Anna Nery, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2000. COSTA, A. Dor em pacientes oncológicos sob tratamento quimioterápico. Rev. dor . 2012. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S1806-00132012000100008>. Acessado em 11 nov. 2014. ELLIS, J. R; HARTLEY, C. L. Enfermagem Contemporânea. 5º ed. Porto Alegre: Artmed, 1998. HEWITT, M; GREENFIELD, S; STOVALL, E. From cancer patient to cancer survivor: lost in transition. Washington: National Academies Press, 2006. INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER (INCA). Estimativa 2014. Rio de Janeiro. 1º ed. 2014. Disponível em: <www.inca.gov.br>. Acessado em 05 mar. 2014. JASEN, M. Avaliação e mensuração de dor: Pesquisa, teoria e prática. Ribeirão Preto: FUNPEC, 2006. 500 p.02-12. KUBLER-ROSS E. Sobre a morte e o morrer. São Paulo: Martins Fibtes, 1985. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Os programas e projetos, câncer, dados e estatísticas. Genebra, 2007. Disponível em: <http://www.who.int/cancer/en/>. Acessado em: 08 mar. 2014. NETTINA, SANDRA M. Brunner: Pratica de Enfermagem. Vol 1. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2011.

Page 16: Conduta da equipe de enfermagem no cuidado do paciente oncológico frente a dor e sua família

PESSINI, L.; BERTACHINI, L. Humanização e cuidados paliativos. São Paulo: Loyola, 2004. p. 1-7. PIMENTA, C. A. M. Dor oncológica bases para avaliação e tratamento. Humanização e cuidados paliativos. São Paulo: Loyola, 2004. RODRIGUES, IG; ZAGO, MMF. Enfermagem em cuidados paliativos. O mundo da saúde. São Paulo, 2003. 89-92p, v.27. SASSE, ANDRÉ. O Câncer: conceito e tratamento. Disponível em <http://www.andre.sasse.com/cancer.htm>. Acesso em 23 Ago. 2004. SILVA, L. M. H.; ZAGO, M. M. F. O cuidado do paciente oncológico com dor crônica na ótica do enfermeiro. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 9, n. 4, p. 44-9, 2001. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rlae/v9n4/11482.pdf. Acessado em 12 nov. 2014. SILVA, R.; HORTALE, V. Cuidados paliativos oncológicos: elementos para o debate de diretrizes nesta área. Cad. Saúde Pública[online]. 2006. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2006001000011. Acessado em: 11 nov. 2014. SMELTZER. S.C; BARE. B; Brunner & Suddarth: Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 9.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002, Vol 1. SMELTZER. S.C; BARE. B; Brunner & Suddarth: Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 12.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011, 335 – 342p, Vol 1. SOUSA, A. E. F.; HORTENSE, P. Mensuração da dor. In: CHAVES, L. D.; LEÃO, E. R. Dor como 5º sinal vital: reflexões e intervenções de enfermagem. Curitiba: Ed.Mai, 2004. 348p. TEIXEIRA, M. J.; PIMENTA, C. A. M. Avaliação do doente com dor. Dor: epidemiologia, fisiopatologia, avaliação, síndromes dolorosas e tratamento. São Paulo: Moreira Jr, 2001. p. 14-35. VOLPE, M.C.M. Câncer: faça valer os seus direitos. Belo Horizonte: Communicatio Design; 2005.

Page 17: Conduta da equipe de enfermagem no cuidado do paciente oncológico frente a dor e sua família

O QUE É?

O QUE FAZER?

COMO AGIR?

COMO PREVINIR?

COMO TRATAR?

COMO AVALIAR?

Page 18: Conduta da equipe de enfermagem no cuidado do paciente oncológico frente a dor e sua família

TÍTULO: CARTILHA - Câncer em Foco

AUTORAS: Carla Alves Trindade e Thais Oliveira Almeida

[email protected]

EDIÇÃO: 1

ANO DE EDIÇÃO: 2014

LOCAL DE EDIÇÃO: CURVELO/MG

BONS HÁBITOS DE

VIDA

ALIMENTAÇÃO

SAÚDAVEL

ATIVIDADE FÍSICA

LAZER

AMIGOS

FAMÍLIA

AMOR

SE CUIDAR

NÃO FUME

NÃO BEBA

VISITAR O MÉDICO

REGULARMENTE

Page 19: Conduta da equipe de enfermagem no cuidado do paciente oncológico frente a dor e sua família

O que é?

O câncer é uma doença não contagiosa caracterizada pelo

crescimento desordenado de células que por muitas vezes

podem migrar e invadir tecidos e órgãos em diversas

regiões do corpo, originando tumores em outros locais;

quando isso ocorre dizemos que houve metástase.

A Dor do Paciente Oncológico

O doente é autoridade sobre a sua dor, visto o

caráter individual e subjetivo da experiência dolorosa,

que só pode ser aquilatada a partir do relato de quem a

sente. Foram elaboradas várias escalas para mensurar os

componentes de intensidade da dor, mas poucas aferem

os aspectos sensitivos e afetivos.

A avaliação da dor tem a finalidade de auxiliar no

diagnóstico, ajudar na escolha da terapia e quantificar a

efetividade da terapêutica implementada.

A Escala Oncodor tem como categorias: avaliação da

resposta verbal, avaliação da resposta motora, percepção

sensorial e a intensidade da dor. Pontuadas a partir da

análise dos seguintes descritores:

Page 20: Conduta da equipe de enfermagem no cuidado do paciente oncológico frente a dor e sua família

LEGENDA:

PACIENTE DOR GRAVE: maior que 12.

PACIENTE DOR MODERADA: maior que 06.

PACIENTE DOR LEVE: maior que 04.

ESCALA ONCODOR

CATEGORIA DESCRITOR ESCORE

RESPOSTA VERBAL

Nenhuma 04

Choro

incontrolável/irritado

03

Choro controlável 02

Sem alterações 01

RESPOSTA MOTORA

Ausente 04

Com Auxilio 03

Pouco auxilio 02

Espontânea 01

PERCEPÇÃO

SENSORIAL

Ausente 04

Difusa 03

Localiza a dor 02

à palpação 01

INTENSIDADE

Intensa 04

Moderada 03

Leve 02

Ausente 01

FONTE: MINISTERIO DA SAÚDE

Page 21: Conduta da equipe de enfermagem no cuidado do paciente oncológico frente a dor e sua família

Estágios

São identificados cinco estágios do paciente ao receber o diagnóstico de câncer e continuamente com seu prognóstico:

Negação pode ser uma defesa temporária ou sustentada

até o fim. O paciente desconfia de troca de exames ou da

incompetência da equipe de saúde.

Raiva é a fase que surge os sentimentos de ira, revolta e

ressentimento, torna-se mais difícil o lidar com o paciente.

Barganha, o doente passa a fazer promessas por

prolongamento de vida ou alguns dias sem dor ou males

físicos. Geralmente, estas promessas são feitas com Deus e

psicologicamente.

Depressão pode evidenciar seu alheamento ou

estoicismo, com um sentimento de grande perda. As

dificuldades do tratamento e hospitalização prolongada

aumentam a tristeza.

Aceitação, o paciente passa a aceitar a situação e o seu

destino.

Não há uma ordem para a ocorrência dessas manifestações,

tampouco uma cronologia. É fundamental a identificação dos

cinco estágios do paciente para uma efetiva intervenção e

terapêutica.

FONTE: WWW.G1.GLOBO.COM

Page 22: Conduta da equipe de enfermagem no cuidado do paciente oncológico frente a dor e sua família

ESCALA DE PROGNÓSTICO

NEGAÇÃO

AUSENTE

PRESENTE

RAIVA

AUSENTE

PRESENTE

BARGANHA

AUSENTE

PRESENTE

DEPRESSÃO

AUSENTE

PRESENTE

ACEITAÇÃO

AUSENTE

PRESENTE

Page 23: Conduta da equipe de enfermagem no cuidado do paciente oncológico frente a dor e sua família

As vantagens para a avaliação da dor são:

Paciente: alívio do sofrimento, recuperação mais

rápida, alta hospitalar precoce.

Médico: evolução clínica favorável.

Equipe de Enfermagem: oferecer serviço mais

humanizado, otimização do tempo de assistência

qualificada;

Serviço de Saúde: redução dos custos

Família: observação de melhora e piora do paciente,

eficiência de medicamentos e tratamentos.

FONTE:

WWW.DIARIODEUMCAREQUINHA.COM.BR

Page 24: Conduta da equipe de enfermagem no cuidado do paciente oncológico frente a dor e sua família

CONDUTA FAMILIAR

Conhecer da Patologia;

Promover suporte psicossocial;

Participar da reabilitação;

Lavar sempre as mãos com água e sabão antes e depois que cuidar do

seu paciente;

Dar banhos regulares no paciente;

Mantenha a casa limpa e arejada, principalmente o quarto do paciente;

Mantenha roupas de cama limpas e troque-as regularmente;

Não ofereça muita comida na hora da refeição, hidrate de acordo com

o necessário;

Ofereça alimentação variada, mesmo que seja em pequena quantidade.

A organização dos remédios (com suas doses e horários) deve ser feita

com muita atenção. Esclareça suas dúvidas com os médicos antes de

oferecer os remédios; e

Quando se sentir cansado ou estressado, divida com outro familiar às

tarefas. O trabalho de cuidar é de toda a família.

CONDUTA DE ENFERMAGEM

Avaliação diagnóstica;

Monitorizar os resultados do tratamento por meio do controle da dor;

Utilizar ferramentas disponíveis como a Escala de dor e Prognóstico;

Avaliar a dor como o quinto sinal vital, juntamente com os dados

vitais;

Promover suporte psicossocial;

Resguardar a autonomia do paciente, bem como, a melhoria de sua

qualidade de vida;

Selecionar e administrar intervenções que diminuam os efeitos

colaterais da terapia propostas;

Promover conforto;

Administrar medicamentos conforme prescrição, respeitando os

horários e doses, atenção aos seis certos;

Incentivar o auto-cuidado;

Saber lidar com seus próprios sentimentos e emoções, com ou sem a

possibilidade de cura;

Participar da reabilitação; e

Saber quanto os cuidados paliativos são necessários.

Page 25: Conduta da equipe de enfermagem no cuidado do paciente oncológico frente a dor e sua família

Perceber o paciente com câncer traz significados

diversos, mudanças de valores, crenças e atitudes que

demandam intervenções apropriadas e

individualizadas, para minimizar a ameaça à sua

integridade física e psíquica, o que leva o enfermeiro,

os demais profissionais de sua equipe e a família do

doente, a confrontar-se com sua própria

vulnerabilidade e finitude.

FONTE: WWW.VIVAMELHORONLINE.COM

Page 26: Conduta da equipe de enfermagem no cuidado do paciente oncológico frente a dor e sua família

FOTO: VICTOR BUENO

PACIENTE: SUZANA VIEIRA RODRIGUES, EM TRATAMENTO DE CÂNCER LINFÁTICO.

Não existe nada impossível para Deus,

quando o desejo de vencer vem da nossa

Fé e de uma vontade indomável de viver

e ser feliz!

Margheritta Menezes

Dedicamos a todos os que lutaram e lutam contra o

câncer.

Carla Trindade e Thais Oliveira.

2014, TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Page 27: Conduta da equipe de enfermagem no cuidado do paciente oncológico frente a dor e sua família

PREVINA-SE