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  • gnno

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    1 *

    para entender a eleio e o livre-arbtrio

    Francisco Leonardo Schalkwijk

    u"No defendo ainterpretao que dmargem para o homemsalvar a si mesmo, nemuma explicao que faz

    dele um boneco inanimado, semvontade prpria. Fora do tabernculode Deus, preciso apelar para a prpriaresponsabilidade do ouvinte. Mas,quando dentro, preciso apontar para amultiforme graa de Deus. Pois, pormeio de todos os objetos dotabernculo, o Senhor nos mostra queEle nos salva. No altar, foi Ele quemorreu por ns. Na bacia, foi Ele quenos lavou os ps. Como candelabro, Ele que ilumina nosso caminho.Na mesa, Ele que nos providenciauma refeio celestial durante nossaperegrinao. No altar de incenso, Ele que ora para que a nossa f nodesfalea. Na arca da aliana, Eleque nos abraa e recebe.Fora do tabernculo, um evangelistareformado s vezes parece um poucoarminiano quando apela para opecador entrar pela porta estreita.Dentro da casa de Deus, por outrolado, um irmoarminiano se torna umpouco reformado, poisd louvores a Deus porsua graa infinita!

  • CONFISSO DEUM PEREGRINO

    PARA ENTENDER A ELEIO EO LIVRE-ARBTRIO

  • Francisco Leonardo Schalkwijk

    CONFISSO DEUM PEREGRINO

    Ia Reimpresso:Novembro de 2002

    Editora Ultimato2002

  • Copyright 2002 by Frans Leonarcl Schalkwijk

    Projeto Grfico:Editora Ultimato

    Ia Edio:Maro de 2002

    Reviso:Dlnia M. C. Bastos

    Capa:Snia Couto

    (Deiolhe do quadro The Astronomer, de Jan Vermeer)

    Ilustraes:Johannes P. Hanskamp (adaptao Editora Ultimato)

    Fichacatalogrfica preparada pelaSeo de Catalogaoe Classificao da Biblioteca Central da UFV

    Schalkwijk, Frans Leonarcl, 1928-Confisso de um peregrino / Frans Lconard

    Schalkwijk Viosa : Ultimato, 2002.120p.

    ISBN 85-86539-46-5

    1. Predestinao 2. Deus - Onipotncia. 3.Testemunhos (Cristianismo). 4. Schalkwijk, FransLconard, 1928 - Vida espiritual. I. Ttulo.

    CDD. 19.ed. 234.9CDD. 20.ed. 234.9

    S297c2002

    2002

    Publicado com autorizao e com todos os direitos reservadosEditora Ultimato Ltda.

    Caixa Postal 4336570-000 Viosa - MG

    Telefone: (31) 3891-3149 - Fax: (31) 3891-1557E-mail: [email protected]

  • Ns amamos porque Ele nos amou primeiro.

    Joo, o Apstolo do Amor

  • Sumrio

    INTRODUO 9

    PRIMEIRA PARTE: ACONSOLAAO DA ELEIO

    1. Eleio 15

    2. Igreja Reformada 193.Armniansmo 21

    4. Perdio 25

    5.Vocao 29

    6.Salvao 33

    7. Preservao 39

    8. Predestinao 45

    9. Histria da Igreja 5110. TrsLembretes 55

    11. Uma AntigaAdvertnciaparaHoje 5912. Orao 63

  • SEGUNDA PARTE: OALVO DA ELEIO

    13. Para SermoscomoJesus 67

    14. Para Sermos Profetas 71

    15. Para Sermos Sacerdotes 75

    16. Para Sermos Reis 83

    17.0Alvo Supremo 101

    EPLOGO 105

  • INTRODUO

    Departamento de Educao Crist da Igreja(Evanglica Reformada no Brasil pediu-me paraescrever sobre parte da nossa herana bblica.

    especialmente no que diz respeito eleio ou predestinao.Tenho o privilgio de ser pastor emrito da I.E.R. de Carambe,Paran, e servimos Igreja Presbiteriana do Brasil por trsdcadas. Agora, com mais de 70 anos de idade, escrevo estaslinhas no temor do Senhor, como sinal de gratido por tudo queminha esposa e eu recebemos durante os 45 anos de casados eno ministrio.

    Ao mesmo tempo, este livro como uma carta a vocs, meusqueridos irmos. Fiquemos perto do Senhor dequem somos ea quem servimos . fiis sua Palavra, at nos encontrarmoscom Ele e com os demais peregrinos que j foram promovidospara a glria (Hb 12.1.2).

    Gosto muito da palavra peregrino, talvez pela recordao dosquadros do famoso livro OPeregrino, que vi projetados na paredede nossa igreja, quando tinha uns 6 anos de idade.1 De fato.somos peregrinos neste mundo (1 Pe 2.11). Ecomo importante,durante a nossa jornada, escolhermos a estrada certa nasencruzilhadas da vida.

    O

  • IO

    Este livro no pretende ser um manual de doutrina {j existemmuitos e excelentes), mas procura ser um testemunho, uma confisso de como o Senhor ajudou este peregrino reformado a obter respostas a vrias perguntas que o afligiram durante muitotempo. Todos somos pecadores pornatureza; isto quer dizer quetelogos tambm falham porcausa da velha natureza pecaminosa, pois to fcil desviar-se do reto caminho da Palavra de Deus!Como precisamos orar: "guie-me o teu bom Esprito por terrenoplano" (Si 143.10)! Quando oramos desse modo. de corao. Deusresponde conforme a sua promessa (Si 32.8). Assim. Ele tomoueste peregrino pela mo. guiando-o pela sua Palavra (Si 119.105).Mostrou o que o Esprito Santo tem ensinado Igreja do Senhoratravs dos sculos, ensino esse guardado nas confisses e noslivros de outros peregrinos, ajudantes de Deus para mostrar aosdemais peregrinos as riquezas da eterna Palavra de Deus. que fiel. pois Ele fiel (1 Tm 4.9; 1 Co 1.9).

    Aprendi que. para poder ouvir seu conselho, necessrio andarperto do Senhor. Longe dele eu era um errante, cheio de perguntas sem respostas, at que entrei no santurio de Deus (Si 73.17).El muitas dvidas se dissiparam. Por isso. preguei tantas vezessobre o tabernculo com o flanelgrafo que meu saudoso paipintou para o trabalho missionrio. Naquele velho santurio,que era uma sombra do tabernculo celestial (Hb 8.5). o Senhorme ensinou muitas coisas preciosas. No que Ele tenha respondido todas as minhas indagaes; ainda tenho uma pequenalista de perguntas no bolso. Mas sei que. durante esta peregrinao. "Tu me guias com o teu conselho e depois me recebes naglria" (Si 73.24). H apenas um pequeno problema tcnico: decerto a listinha ficar para trs...

    Alegrei-me quando me disseram:Vamos casa do Senhor(Salmo 122.1)

    Apeldoorn, Holanda, Dia da Reforma, 2001Francisco L. Schalkwijk

  • 11

    O Tabernculo

    'uuuuu u u u a u uu uuuuuu

    / lonl ^A^\ \iAh-

    v

    F = Famlia I = Igreja S = Sociedade E = Estado

    H uma escala que indica a influncia da lei do Senhor na vida.Quanto mais os vice-reis obedecem ao Senhor, mais felicidadeexperimentam. No exemplo do rei Davi. vemos que o carter dovice-rei deve ser pastoral. Este pastor-rei sabia que obedecer a leido supremo Rei o segredo da felicidade: "Bem-aventurados...os que andam na lei do Senhor" (Si 119.1). Os pais. obedecendoao Senhor, fazem com que o seu lar parea um pouco com oParaso, mas. quando vo contra a sua vontade, o lar vira uminferno. Assim tambm a igreja, quando os lderes se afastam deDeus. ela se torna quase uma igreja do anticristo.89 No empregoe no governo a mesma coisa. E. no mundo em geral, aconscientizao de como o homem pode ser tirano sobre a prpria natureza exige de ns uma ecologia sadia.90 Negar que a raizdo universo est em Deus Rei. Criador e Sustentador, invariavelmente leva a falsos deuses e a muitas lgrimas.91

    Para sermos reis na vida pessoal

    O ponto de partida da nossa vida que Deus nos criou comum alvo. A primeira pergunta do Catecismo de Westminster indaga por este alvo da nossa vida. E a resposta : "O alvo supremo do homem glorificar a Deus". Como podemos fazer isso?Apenas cantando? Nem sempre cantando, mas tudo o que fazemos, falamos e pensamos deve ser orientado pela vontade de

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    Deus. Aprender a obedincia algo precioso. A orao infantilantes das refeies bem poderia ser: "Senhor, abenoa esta comida e ensina-me a fazer a tua vontade. Amm"92. No precisamos anular a nossa vontade, mas precisamos aprender a querero que Deus quer (Si 40.8). A vontade de Deus foi recapituladapelo Senhor Jesus nas conhecidas palavras: "Amars o Senhorteu Deus... Amars o teu prximo" (Mt 22.37-40). Vertical e horizontalmente. a mesma vontade que foi embutida no Paraso,promulgada no monte Sinai e resumida pelo apstolo Paulo: "Oamor o cumprimento da lei" (Rm 13.10). O Esprito Santo quercumprir esta lei na vida do crente para que ele seja conforme aimagem do Filho de Deus (Rm 8.4, 29). Ele mora no centro desua vida. no seu corao, que como templo para o Senhor (1 Co6.19. 20). Deus quer encher esse templo e fomos escolhidos para servir como diconos no prprio templo do Senhor,conforme as normas de Deus. o supremo legislador!

    A lei do Senhor a bssola nas encruzilhadas da vida. Quemno gosta da lei de certo est se lembrando unicamente que elacondena o pecador (Rm 3.20). Mas a introduo dos DezMandamentos reza: "Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei daterra do Egito, da casa da servido" (x 20.2). Ele nos libertou dopoder do diabo e agora nos orienta a comoviver uma nova vida(Ef5.8). Durante a Segunda Guerra Mundial havia muitos presospolticos nos pores nazistas. Quando algum era liberto pelaresistncia, era orientado sobre como fugir a Portugal e recebiamuitas instrues especficas. Eramorientaes importantes parano cair de novo nas garras do inimigo. Seria loucura se o ex-preso dissesse: "Que chato! Na priso eu no podia fazer issonem aquiloe agora vocs vm me amolarcom outras proibies!"Ao contrrio, ele ficaria at grato pelas indicaes de como teruma vida em liberdade. Assim, depois que o Senhor nos libertadas garras do maligno, Ele nos d instrues para no sermospresos novamente. A lei tem, portanto, duas funes: uma mostrar-nos os nossos pecados para que corramos ao Salvador(Gl 3-24); a outra orientar-nos na estrada da nova vida. pois alei do Senhor norma para a nossa peregrinao (Rm 8.4). Tudo"a fim de que sejamos cadavezmais renovados segundoa imagem

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    de Deus at que, depois desta vida. alcancemos o objetivo, asaber: a perfeio".93

    Sabemos, ento, que os mandamentos do Senhor so orientaes gerais para que andemos como justos nesta peregrinao.94 No busquemos orientaes especficas por horscopo ouleitura de mo, pndulo ou consulta a mdiuns etc. Isso umacontaminao esprita que Deus condena (Dt 18.10-12; Is 8.19. 20).Se j o fizemos, devemos confess-lo para nos livrarmos destelao do adversrio (2 Co 7.1; 1Jo 1.9). Por outro lado. precisamoster cuidado ao dizer: "Foi Deus que me mandou fazer isso". Nonego que o Senhor, s vezes, nos fala assim (At 8.26; Gl 2.2).Mas. em geral, Ele nos orienta pela Escritura, por superiores epelas circunstncias (At 8.26. 40). Elembremo-nos que o EspritoSanto nunca guia contrariamente Palavra de Deus. Se alguminsistir nisso, quero lembrar que o diabo se transforma at emanjo de luz (2 Co 11.14). Ele pode soprar no ouvido, por exemplo,que adulterar seria uma experincia enriquecedora. Respondamos:"Que nada! V embora, esprito estragador!" Graa no umalicena para pecar, muito pelo contrrio. Por gratido por termossido salvosda perdio que queremos fazer a vontade do nossoPai celestial! Alm disso, sabemos que para o nosso prpriobem, pois o segredo da felicidade a obedincia, e obedecer melhor do que sacrificar (1 Sm 15.22). Faamos, ento, a vontadedo Senhor com alegria (1 Co 10.31; Si 119.54) para sermos semelhana de seu Filho, que ama fazer a vontade do Pai (Si 40.8;Jo 4.34).95

    Com alegria e sem resmungar (Fp 2.14; Rm 14.17, 18). poisresmungar abre uma fresta para a tentao pelo diabo (Hb 12.15;2 Co 2.11). O diabo tenta cada um diferentemente, mas sempreprocura inverter a vontade de Deus. Para uns. dinheiro no diznada; para outros, uma cilada medonha. Ento, sejamossbiosno uso do dinheiro (1 Tm 6.9).96 Para uns. glria no exerceatrao; outros voam em sua direo, como insetos para a chamade uma vela. Ento, no procuremos louvor dos homens (Jo 5.44;12.43). Para uns, o sexo no constitui tentao; outros tm suamente contaminada por ele. Ento, evitemos a pornografia,inclusive na internet (1 Co 15-33). Qualquer queseja nosso ponto

  • as

    nevrlgico, o maligno minaaquele ponto para nos fazer tropear.Por isso, como dizia minha me, coloquemos o maior nmero desoldados no ponto mais fraco. Cada um sabe intimamente o quedeve fazer e o que deve evitar para no tombar na cilada domentiroso. Se no o fizermos, o problema ser nosso, irmos. Mas.porque morreramos por falta de disciplina (Pv 5.23)? No verdadeque Deus nosdisciplina por amor (Hb 12.4-13)? Assim, sequeremosficar em p, lembremo-nos que a leitura diria da Palavra de Deuse a orao baseada nessa Palavra so essenciais para uma vidasadia. Pelas Escrituras, o Esprito Santo nos ensina a orar e diz:"[Ore comigo:] Guardo no corao as tuas palavras, para nopecar contra ti. Amm" (Si 119.11; 51.IO).97

    A leitura bblica diria numa hora silenciosa no significa isolar-se pelo resto do dia num canto para evitar contato com omundo. Nada de escapismo. Uma refeio com Bblia e oraoprepara-nos para um dia cheio de atividades conforme o provrbiofrancs: "Retirar para melhor saltar". Reforados pelo Senhor,samos na sua paz para o trabalho no meio deste mundoturbulento, a fim de sermos uma bno, conforme Ele nospredestinou, conformes imagem de seu Filho, cada um na suaprpria vocao (Mt 5-16; 1 Co 7.20). J seremos uma bno setrabalharmos fielmente, como que servindo ao Senhor (Cl 3.23. 24).E oremos para que possamos ganhar os nossos colegas para oSalvador e. juntos, transformar o ambiente de trabalho, conforme a vontade do Criador (Mt 5.13). Somos profundamente gratos pelo imenso trabalho de evangelizao dos nossos irmospentecostais e o rpido crescimento da Palavra no nosso Brasil ena Amrica Latina. Mas o movimento evanglico em geral precisa de um pouco de "fertilizante": o ensino reformado de queDeus quer nos usar integralmente como instrumentos de transformao em todas as reas da vida.98 Deus quer usar a ns?!Sim. a voc e a mim. No d para explicar, mas. como algum jdisse: prefiro transmitir graa do que explic-la.99

    Desde que o Rei dos reis destinou-nos para sermos bno, oevangelho da graa deve inundar nossa vida pessoal, de modoque esta graa seja transmitida a outros e as nossas igrejas setornem verdadeiras comunidades da graa. No deixemos que

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    Satans roube a graa da nossa vida! Obedeamos a Deus. dizendo no ao perturbador. Digamos no ao mau exemplo, pois "noseguirs a multido para fazeres mal" (Ex 23.2). Digamos no irritao e no nos distanciemos do Senhor por causa de desentendimentos. Ningum se beneficia com isso, pelo contrrio, ficamos amargurados. Digamos no tambm ao no perdoar, quemsabe em relao a um pecado cometido h muito tempo ou poralgum que at jmorreu. Perdoemospara no aparecer um quistode desgraa em nossa vida que inflame e infecte nosso corao(Hb 12.15: Mc 11.25). Isso seria como "podrido dos ossos", iguala inveja (Pv 14.30). Quando eu era pequeno, nossos vizinhosbrigavam como gato e cachorro; meu pai explicava que isso acontecia porque de noite eles nunca pediam perdo (Ef4.26). Perdoemos e, depois, deixemos totalmente a questo. Corrie ten Boomdisse que perdo como um lago com uma plaquinha: "Proibidopescar!" O que jogado l dentro no se recupera jamais (Mq 7.19).

    Mas, e quando andamos com Deus e. apesar disso,aparentemente nada d certo? Quando estamos desanimadose no percebemos a mo de Deus nos guiando? Nas igrejas reformadas costume recitar antes da Santa Ceia: o Senhor Jesus"bradou: 'Meu Deus. por que me abandonaste' para que ns nuncafssemos abandonados por Deus!" o que nos lembra a famosapoesia de MargaretPowers: Num sonho, ela viu. na areia da praia,o trilho de sua vida andada com Deus. as pegadas dele sempreao lado das dela. Mas, durante um perodo muito difcil de suavida, percebeu que havia apenas um par de pegadas. Perguntou:"Senhor, Tu me deixaste?" O Senhor lhe respondeu: "Minha filha,Eu te amo e nunca te deixaria. Nos dias de tentao e sofrimento,quando observastes apenas um par de pegadas na areia, foi porquete carreguei".100 De fato, muitas vezes temos de reconhecer comJac: "O Senhor est neste lugar, e eu no o sabia" (Gn 28.16).

    s vezes, o tentador cochicha: Vale a pena ser firme at o fim? Por que voc no faz con

    cesses?Digamos novamente: V embora. Satans. porque est escrito que temos de obe

    decer a Deus antes do que aos homens (At 5.29).

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    Lembremo-nos do que disse o crente General MacArthur depois da Segunda Guerra Mundial: "Anos enrugam sua pele. masrenunciar seus ideais enruga sua alma". Quando a presso diminuir um pouco, conseguiremos recordar que existem trs motivos fortes para "segurar a barra". Em primeiro lugar, para que onome do Senhor no seja blasfemado por minha fraqueza (1 Tm 6.1).Em segundo lugar, para no atrapalhar os outros peregrinos(Si 69.6). E, em terceiro lugar, (que privilgio!) para que eu recebaa coroa, no aqui, mas na glria, a fim de coloc-la aos ps doSenhor (Ap 4.10). Da entenderemos mais ainda porque opastor Jonathan Edwards observou: "Graa somente glriainiciadae glria somente graa aperfeioada".101 Foi por causadisso que Keith Green cantou: "Ajuda-me a no procurar umacoroa, porque minha recompensa dar glria a ti!"102

    E quando, finalmente, o inquietador nos incomodar quantoao fim de nossas vidas? Deixemos o assunto na mo do Doadorda vida e digamos em voz alta: "Nas tuas mos, esto os meusdias" (Si 31.15). Deixemos tambm nossos queridos descansarem na paz do Senhor e. mesmo que estejam em coma, cantemos para eles da maravilhosa graa.103 No fim. apesar de nsmesmos e apesar do acusador, o alvo de Deus seralcanado.- seremos "transformados na sua prpria imagem"! (Rm 8.29; 2 Co 3.18).

    Para sermos reis na famlia

    Voltemos a nossa ateno para a vida social dos peregrinos.No incio, eles so solteiros, mas geralmente no desejam permanecer assim e procuram um companheiro de viagem. Numacerta altura da vida. comeam sentir falta de algum, como seno fossem inteiros. Ele passa a observar a beleza femininamoldada pelo seu Escultor e ela passa a sentir atrao por algumrapaz. A esta altura, eles devem ser muito cuidadosos, no dando passos precipitados ou por brincadeira (Pv 26.19). porque precisaro tomar decises srias, que tero conseqncias para avida inteira. Os peregrinos podem ter certeza que tero a orientao do seu Senhor, porque foi Ele mesmo que colocou essedesejo no corao humano. Precisam andar na luz. para que

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    possam ser orientados (Si 25.12; 32.8). Deus no mandar aresposta por carta; eles mesmos devem observar e procurar; nosomente orar. mas ora et labora. Por isso. basicamente, devemandar com Deus e dar uma espiada para o outro lado do Senhor,pois. quem sabe. seu futuro companheiro j esteja andando porali. Mas. se ainda, no estiver, no devem procurar longe doSenhor (1 Co 7.39). Quando acharem a pessoa certa, o Senhordir: "Muito bom!" (Pv 18.22; Gn 2.18). Mas. se o plano do Senhor para a vida de um peregrino que anda com Ele que fiquesozinho, Ele tambm dir "tof" "muito bem" (Gn 1.31; Si 84.11).Sozinho, homem ou mulher, podero servir ao Senhor de umamaneira especial. O que, por exemplo, irms solteiras significampara o trabalho missionrio incrvel. Tm se tornado verdadeiras mes espirituais em Israel (1 Co 7.32-34; Mt 25-21).104

    Quando peregrinos se casam, nem tudo permanece toromntico para o casal, pois estamos fora do Paraso. s vezes,melhor sozinho do que mal acompanhado. Mas. mesmo numbom casamento, h tenses. Por isso bom lembrar como o Criador organizou o matrimnio. O Senhorachou por bem apontar ohomem como chefe da famlia e cabea de sua esposa (1 Co 11.3).No que ela seja inferior, mas que a posio dentro do casamento seja um pouco diferente. O homem tem de aprender a exercersua liderana com amor e a mulher precisa aprender a ocuparseu lugar com alegria e sem resmungar (Ef 5.18-33). Descer umdegrau na escada d chance para ele tambm descer um pouco!Para todos ns. tambm para as esposas, ainda verdade que "oobedecer melhor do que o sacrificar" (1 Sm 15.22). Assim, andando de acordo com o plano do Pastor-Rei celestial, obteremossua bno. Lembremo-nos das sbias palavras de Agostinho,includas na Forma para a Bno Matrimonial da igrejapresbiteriana:

    O homem a cabea da criao, mas a mulher a coroa. No foiela tirada de sua cabea, como se houvesse de domin-lo; nemde seus ps,comose houvessede ser pisadaporele; mas do seulado. para ser sua igual; de sob o seu brao, para ser por eleamparada e protegida: de juntodoseu corao, paraser o objetode seu amor e o centro dos seus afetos.105

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    Em alguns casos, aps alguns anos de casados, o peregrinono sente mais amor por sua esposa. O que fazer? Arrumar outra? Teria a bno do Senhor? Ele deve olhar para Deus. pois Eledisse: "Sob as minhas vistas te darei conselho" (Si 32.8). Semdvida, o peregrino logo percebe que algo no est certo; eleest se desviando! O alarme de sua conscincia j deve ter tocado (Rm 2.15: Ml 2.14). No pensamento ele j seguiu o caminhode Lameque. que inventou a poligamia como clara corrupo docasamento, porque no era assim desde o princpio (Gn 1.27;4.19). Eo plano de Deus o melhor paraa nossa vida (Mt 19.4, 8:Lv 18.18). Por isso, o peregrino deve lanar mo da lei do Senhorpara no cair. Ele sabe que Deus manda o homem amar sua prpria esposa (x 20.14; Ef 5.25). Omarido no precisa falar sobreesse problema com sua esposa, pois traria uma decepo muitogrande para ela. O fato que ns. homens, s vezes, precisamossimplesmente de um mandamento para amar a nossa esposa.

    E se no conseguir? Ele precisa usar uma bengala. Ao quebraruma perna, muletas ajudam muito durante o perodo de recuperao. Da mesma forma, o mandamento do Senhor ajuda a continuar andando. Usemos a muleta, irmos, segundo a orientao do nosso mdico celestial! uma lstima precisar de muleta,mas obedecer traz bno. Equem no obedecer? Que maldio,que choro, que angstia... para a esposa, para o prprio marido,para os filhos, para a igreja, para a obra do Senhor em geral. Emalguns casos, talvez, a separao (temporria ou, em ltimo caso,permanente) seja inevitvel, mas. em muitos casos, a obedincia e o perdo reparam o estrago. Usemos a bengala, queridosirmos, para sermos fiis, "conformes imagem de seu Filho" epara no cairmos (Si 119.11; Tg 4.7).

    Escrevi os dois ltimos pargrafos para ns. maridos, porqueas esposas geralmente so mais fiis. Mas. querida irm. se voctiver problemas desse tipo. a bengala sua! Use-a para no destruir seu prprio lar (Pv 14.1; 19.3).

    Quanto aos filhos, no nos deixemos arrastar pelo uso errado do linguajar sobre "fazer filhos" (Tg 4.15: Si 127.3). No ladonegativo, isso beira o vocabulrio terrvel de aborto.106 E, se tivermos o privilgio de receb-los do Doador da vida. lembremo-nos

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    que uma boa parte da educao silenciosa: filhos imitando seuspais. andando atrs deles, como os pintinhos andam atrs dagalinha. Andemos, ento, ns mesmos atrs do Senhor, imitan-do-o como filhos amados (1 Co 11.1; Ef 5.1).m Sejamos firmes naeducao, no hesitando em usar a vara prontamente, se fornecessrio. Claro que di muito mais no nosso prprio coraodo que no do nosso filho, mas suportemos esta dor por amor aele. Grande parte da criminalidade entre jovens conseqnciada falta de disciplina proposta por educadores modernos quequerem ser mais sbios do que Deus (Pv 12.1). Meu pai deu aosseus filhos casados uma pequena rgua com referncias bblicassobre educao, o que foi uma parte importante da nossa herana espiritual.108 E, quando estivermos preocupados com nossosfilhos j crescidos, devemos aprender a solt-los, deixando-osdesde o incio na mo de Deus. O Senhor os ama muito mais doque ns mesmos!

    Para sermos reis na igrejaInicialmente a igreja era idntica famlia. Todos os familia

    res pertenciam por definio famlia de Deus. O trabalho erafeito juntos e juntos estavam na hora de louvar ao Criador(Gn 4.26). Mas. medida que certos membros da famlia de Adono quiseram mais servir ao Senhor, estes se afastaram da famlia de Deus. Que tristeza para nossos primeiros pais! Assim, hojeem dia. infelizmente no possvel definir o limite de uma igreja como sendo o mesmo de um grupo de famlias crentes pormuitos anos. A tentativa de ficar juntos louvvel, mas semprehaver pessoas que no querem mesmo permanecer como sditos do Supremo Rei. Como dolorosa esta separao. Estes secolocam fora da igreja, que a comunidade dos discpulos doSenhor Jesus Cristo. Simplesmente insistir que pertencem igreja,traria o mundo para dentro da igreja, que acabaria se transformando em mais um clube social. Sem dvida, a igreja tambm umaentidade social. Mas no s isso: a famlia de Deus (Ef 2.19). aassemblia dos verdadeiros crentes em Cristo, santificados "paraserem conformes imagemde seu Filho" (Rm 8.29).109

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    Podemos distinguir alguns aspectos bsicos sobre a igreja.J observamos que ela uma sociedade, a comunho dos santos ao redor do seu Senhor. Todos somos chamados para ajudar na edificao desta koinonia, desta comunidade da graa(Ef 4.12, 16. 29). A orla desta comunidade, s vezes, difcilde determinar, porque no conhecemos os coraes dos outros: fomos chamados para avaliar apenas o falar e o andar a confisso da f e a conduta diria. Sem dvida, na terra,o limite da igreja visvel no coincide exatamente com o daigreja invisvel. Contudo, uma coisa certa: quem est longemas querendo servir ao Senhor se encontra mais dentro daigreja invisvel do que a pessoa que est perto do centro masno reflete isso em palavras e aes (Lc 18.13, 14).110 Se ambos desejam servir de corao, este se emendar e aquele chegar mais perto (Hb 3.12; 4.16).

    Relembrando o alvo supremo do homem, possvel entender que o alvo supremo da igreja tambm o louvor do Senhor.Deus escolheu seu povo para celebrar seu louvor (Is 43.19-21). Oobjetivo da koinonia a liturgia. Os cultos devem conter muitolouvor. Liturgia, porm, no se restringe ao sentido de ordemdo culto, mas compreende tudo, dentro e fora do culto, na vidadiria e no Domingo. No falar e no pensar, no trabalhar e nobrincar, "fazei tudo para a glria de Deus" (1 Co 10.31). ComoPaulo diz: "que apresenteis o vosso corpo por sacrifcio vivo. santoe agradvel a Deus. que o vosso culto racional" (Rm 12.1). Nestetexto, ele usa a palavra "liturgia". Que bno poder lavar loua ou fazer continhas, lavrar a terra ou servir como deputado,tudo para a glria de Deus! Foi a Reforma que colocou novamente todas as atividades humanas nesse plano elevado,redescobrindo o ensino bblico (1 Co 7.20; Si 115.13).

    A liturgia aponta diretamente para os cus; ela como a setaindicando o plo norte celestial, que mantm a koinonia terrestre nos eixos. Dia e noite, rodando firme na posio vertical,para melhor servir no plano horizontal. Relembrando os trsofcios do Senhor Jesus, percebemos que estes se refletem naigreja. H uma rea proftica, outra mais sacerdotal e uma terceira mais real, de rei.

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    PROFETA ^- h /\ / / \ V -SACERDOTE

    Na rea proftica, encontra-se o ofcio de pregador, geralmentechamado "pastor", o que um engano, porque presbteros (na reareal) tambm so pastores, e "pastores" so presbteros com umatarefa especial, a pregao. So "predicantes" (1 Tm 5.17).

    Certo dia, bem cedo, precisei falar com um querido presbteroque morava longe de Cascavel, PR. Ao chegar, ele j estava trabalhando na lavoura. Cumprimentei-o:

    Bom dia. irmo colega.Surpreso, ele respondeu: No sou colega do irmo.Quando lhe perguntei se jhavia mentido naquele dia, eledisse

    com espanto: No. pastor! Ento, esta sua primeira mentira de hoje. pois o irmo

    meu colega, sim retruquei. Eu sou pastor e o irmo tambm.Continuei falando, mostrando que Paulo lembrou aos presbteros

    de Efeso que eles tinham sido chamados para pastorear a igreja deDeus (At 20.28). Depois, disse novamente:

    Bom dia. colega.Desta vez. ele me respondeu: Bom dia, colega!Dei um grande abrao naquele amado irmo, que nunca fala

    ria mentira alguma... Sim. juntos, como conselho, pregadores epresbteros, devemos exercer o pastorado; alis, esta palavra,em si. j diz muito sobre a maneira como devemos exercer esseofcio real.111

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    Alm das funes proftica e real, existe a rea sacerdotal, naqual os diconos, como ministros da misericrdia, exercem seuofcio especfico. Eles foram chamados para servir especialmente na tarefa da assistncia social, melhor dizendo, "diaconia".para nunca perder a visobblica dessa obra difcil (At 6.3; Fp 1.1).

    Ao redor dos trs ofcios mais comuns e permanentes de profeta (pregao), sacerdote (diaconia) e rei (pastorado). o EspritoSanto concede igreja um grande nmero de dons e ministriosque. em parte, so mais temporrios ou especiais (Rm 12.6-8;1 Co 12). Alm disso, o Esprito Santo ainda chama, unge e enche cada crente para ser profeta, sacerdote e rei. Assim, todosjuntos, cada um na sua prpria vocao, a famlia de Deus estpreparada para a evangelizao, como escreveu Pedro: "Vs soisraa eleita, sacerdcio real. ... a fim de prodamardes as virtudesdaquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz"(1 Pe 2.9). Evangelizar por palavras e aes, como o Senhor Jesusfazia (At 1.1; Rm 8.29). Desse modo, Ele preparou o corpo deCristo para alcanar as ovelhas que ainda no pertencem ao rebanho do Bom Pastor (Jo 10.16). Cada cristo servindo alegremente no seu cantinho. brilhando por Cristo, que deseja que suaigreja seja luz para todas as pessoas ao redor, numa sociedadeque. infelizmente, se afasta cada vez mais da vontade do Rei dosreis (Mt 5.16).

    Para sermos reis na sociedade

    A obedincia ao Supremo Rei deve ser o lema principal dossditos, inclusive na sociedadeem geral. O abandono do Declogo um desastre para as naes. At o ex-vice-presidente da KGB, apolcia secreta na Rssia, reconheceu isso quando disse: "No hperestroika (reconstruo) desligada de arrependimento. Chegoua hora de nos arrependermos do passado. Quebramos os DezMandamentos e. por isso. pagamos hoje". Isso no se aplicasomente na ex-Unio Sovitica, onde o atesmo terico estavainscrito na ideologia oficial da sociedade, mas em muitos outrospases de herana crist, onde um atesmo prtico permeia avida diria.

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    Cada poca precisa ser orientada sobre seus alvos bsicos.Por isso, precisamos nos "conscientizar" da necessidade de umatica trabalhista, uma tica patronal, uma tica sindical, umatica rural etc. Sim. sem dvida, uma tica matrimonial, mastambm uma tica patrimonial, que enfatiza a diligncia e a fru-galidade no viver para poder ajudar os necessitados (Ef 4.28),tanto em micro como em macrodimenses. Neste mundo deeconomias familiares e nacionais desequilibradas, precisa-se. svezes, como acontecia no Ano do Jubileu (Lv 25.13. 25). de perdo de dvidas que roem como um cncer.

    Alm dos problemas econmicos, surgem grandes perguntasnos campos da tcnica e da medicina.112 Em todas estas reas, asnossas conscincias precisam ser afinadas, para que funcionembem e rapidamente, acompanhando as correntezas da histriaque nos arrastam a uma velocidade nunca conhecida. Excetoquando Deus intervm, a histria se move velocidade do homem. Durante sculos sem fim a velocidade mxima do homemera a do cavalo, uns 40 quilmetros por hora. Era a velocidade deCsar Augustus e de Napoleo. No era maior porque o homemnunca aprendeu a domar o leopardo, o que o faria alcanar quase 100 quilmetros por hora. Mas, h um sculo, a velocidadecomeou a subir e. nas ltimas dcadas, a curva do grfico disparou quase verticalmente, passando a casa dos 40 mil quilmetros por hora! Toda a sociedade sente a correnteza turbulenta eas mudanas sociais rpidas.

    "Bem-aventurada a nao cujo Deus o Senhor" (Si 33.12).Bem-aventurada ainda quando oficialmente Deus respeitado.Bem-aventurada quando muitos reconhecem que todas asestruturas sociais devem ter a lei do Senhor como norma. Bem-aventurada quando muitos sditos reconhecem como alvosupremo da sua vida a glria de Deus; desde o pequeno lavradorat o cientista mais erudito. Pois. de fato, todo trabalho, inclusivedo pesquisador especializado, deveser feito para a glria de Deus.O Dr. Damadian. inventor da "IRM" (imagem de ressonnciamagntica, usada para detectar doenas), disse: "Para mim, agora,a verdadeira emoo da cincia procurar entender um pequenocanto do projeto grandioso de Deus e colocar a glria dessas

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    descobertas aos ps do Grande Projetista".113 Com isso, ele secolocou na herana espiritual de cientistas como Faraday e deastronautas como John Glenn.

    Se todas as camadas e todas as estruturas sociais se orientassem por aquele plo norte supremo e procurassem servir, conforme imagem do Messias, como seria diferente! O judeu KarlMarx era, sem dvida, um sonhador. Herdara uma parte da viso messinica e. com o comunismo, queria concretiz-la. Mas oque brotou foi uma terrvel ditadura. Friedrich Nietzsche, filhode um pastor luterano, sonhava que o poder do super-homem{bermensch) mudaria a sociedade estragada, mas o nazismobrotou como a erva daninha mais venenosa do sculo 20. A teologia da libertao sonha com um mundo mais justo e contribuimuito na orientao tica de grandes problemas na sociedade,aguando nossas conscincias para as implicaes sociais doevangelho. Mas. se comear a politizar o evangelho e incluir filosofias no bblicas, ela perder seu rumo e prejudicar seu prprio alvo. Porque, olhando para o passado, ela sabe que homemalgum jamais conseguiu implantar uma sociedade justa aqui naterra, por maisbem intencionado que fosse. Por outrolado. olhando para o futuro, ela quase alimenta uma utopia, esquecendo-semuitas vezes de apontar abertamente para a verdadeira e nicaesperana, a vinda do Messias para trazer justia e paz.114

    E como o nosso planeta precisa dele! Cada filme sobre oSuperman tem algo daquela esperana. Sonhar no faz mal. desdeque seja dentro dos parmetros do grande sonho do Senhor(At 3-21). Como seria bonita nossa terra se no houvesse pecado!Trabalhemos aguardando e aguardemos trabalhando, irmos, pois"bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, quando vier.achar fazendo assim" (Mt 24.46). Como Lutero disse: "Se soubesseque o Senhor voltaria amanh, plantaria hoje minha macieira". E.de repente, com a segunda vinda do Salvador do mundo, vir agrande restaurao to esperada (At 3.21). Foi por isso que o Senhorchamou a sua igreja; para que, por koinonia e liturgia, por pregao, pastorado e diaconia, por palavras e atos, ela seja testemunhadessa esperana realmente consoladora para a sociedade do planeta azul envolto em trevas (Tg 5.7. 8; 2 Pe 3.13).

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    Para sermos reis no Estado

    Tambm em relao ao Estado, a obedincia ao Rei Supremodeve ser prioridade, e carecemos de orientao sobre tica polticabaseada na lei do Senhor.115 No de estranhar que, depois daqueda, muitos governos tm brigado com Deus. poisfreqentemente o Estado exige obedincia absoluta. Os filhosda luz (Ef5.8). porm, sabem que "antes importa obedecer a Deusdo que aos homens" (At 5.29).116

    Durante a poca da Reforma, uma pergunta antiga brotounovamente: quem est por cima, a igreja ou o Estado? A prticana Alemanha era que o governo secular tinha a soberania; naSua, o mdico Erastus defendeu esta tese. inclusive que o governo podia decidir sobre disciplina eclesistica: na Inglaterra,este sistema tambm foi seguido; mas. na Holanda, eclodiu umadiscusso spera sobre o assunto, na qual o conhecido professorde teologia. Armnio. defendeu a posio de Erastus. Os reformados, ao contrrio, seguiram a posio de Joo Calvino. segundo a qual igreja e Estado so duas entidades independentes,porm, ambas debaixo da Palavra de Deus. Assim tambm, napoca da Assemblia de Westminster. o telogo presbiterianoescocs. Samuel Rutherford. defendeu o princpio bblico de queo rei no est acima da lei. mas, ao contrrio, o prprio governodeve submeter-se lei de Deus. Ou. como Rutherford dizia: noo rei a lei {rex lex), mas. sim, a lei o rei {lex rex).iU Isso influenciou profundamente a organizao administrativa na Amrica do Norte e em outros pases democrticos. Alis, a democracia a melhor opo num mundo cheio de possveis tiranos.

    Quanto s leis positivas que governam o convvio dirio doscidados, o ideal seria que o governo mantivesse explicitamente ospadres ticos divinos na sociedade. Mas, a realidade no esta-,freqentemente, o melhor que se pode fazer adaptar e. na medida do possvel, legislar em prol do bem comum. Carecemos muitode uma maior conscientizao de que candidatos para cargos pblicos devem ter. como plo norte de sua bssola cotidiana, o bemcomum. Quando isso negligenciado, o resultado trgico. Precisamos usar com sabedoria nossos direitos democrticos e ser mais

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    conscientes ao escolher nosso candidato em qualquer nveladministrativo.

    Quando morvamos no Recife, numa poca de eleies,muitos nos perguntavam quem era o nosso candidato. Mas, portermos passaportes holandeses e no brasileiros, no podamosopinar sobre esse assunto. Por outro lado. o muro da nossa casaficava coberto de propagandas eleitorais de pessoas que nuncaescolheramos como nossos candidatos. Oramos sobre o quefazer. Ento, chamei um letreiro parapintar no muro um bonecogrande, vestindo a camisa do Brasil, com o lema Ordem eProgresso. No brao direito, que se estendia para cima, estavainscrita a palavra Justia. O brao esquerdo, trazendo a palavraMisericrdia, estendia-se para baixo, uma aluso ajuda aosnecessitados. Na perna direita, estava escrito Capacidade e. naesquerda. Responsabilidade, finalmente, na cabea, as palavrasAmor de Deus. Ao lado do nosso candidato, colocamos o versculoOfruto daJustia serpaz, com a referncia embaixo. Isaas32.17.Depois, algum sugeriu que colocssemos, entre parnteses, porbaixo da referncia, a palavra Bblia, para que ningum pensasseque 3217 era o nmero eleitoral do nosso candidato Isaas...Quando terminou, o letreiro perguntou o que significava tudoaquilo. Expliquei que era o retrato do nosso candidato. Comtristeza, ele observou que no havia ningum assim no GrandeRecife. Lembrei-lhe que nem no mundo inteiro havia, mas quedeveramos comparar aquele retrato falado com os candidatosque se apresentavam. Quem estivesse mais parecido com odesenho seriao nosso candidato. Mas. e se noacharmos algumassim? Quem sabe, um dia, comunidades podero procurar umapessoa honesta com dons administrativos e simplesmenteproclam-la e apoi-la como candidato apartidrio. De qualquerforma, por enquanto, nenhum reino humano ser isentode sombras e fraquezas, mas esperamos novos cus e novaterra onde. graas a Deus. paz e justia se encontraro (Si 85.10;Zc 14.9; 2 Pe 3.13).

  • 17.

    O Alvo Supremo

    Lembremos que o alvo supremo da eleio a glria de Deus(Ef 1.6. 12, 14). Mas como alcan-lo no dia-a-dia? Servindofielmente, cada um na sua prpria vocao. Para isso. o tra

    balho dirio deve estar alinhado com a glria de Deus (1 Co 7.20:10.31). Quando um navio quer entrar no porto de Amsterd,precisa observar dois faris: um farol menor, localizado na ponta exterior do porto, e um maior, mais para dentro. Para entrarcom segurana, sem encalhar nos bancos de areia, estritamente necessrio que as luzes dos dois faris estejam numa nicalinha. Da mesma forma, precisamos tentar ver nossas tarefas dodia-a-dia e a glria de Deus numa nica linha, para que acertemos no trabalho e. finalmente, no porto celestial. Peregrinosdevem lembrar-se constantemente que foram selecionados porDeus para servir servir conforme imagem de seu Filho, queno veio para ser servido, mas para servir (Mc 10.44. 45: Rm 8.29).Vimos que. na igreja, como organizao, existem trs ofcios especiais, e na igreja, como organismo da famlia de Deus, cadadiscpulo de Cristo recebe um ofcio trplice (proftico, diaconale "pastoral"; 1 Pe 2.9)."8 Isso significa que. a cada momento,estamos a servio do Mestre e dos homens. Deus no enfatiza aformalidade do ofcio, como se isso fosse suficiente: Ele procuramuito mais pelo carter dos seus servos, porque faremos nosso

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    trabalho da maneira como somos. O fazer conseqncia doser (Pv 4.23; Mc 9-35).

    Quando o Supremo Profeta ouve um discpulo seu falar comoprofeta, Ele se importa com o tom da voz. Como lembra o ditadofrancs: "E o som que faz a msica". O que faz diferena comoo profeta fala; fala asperamente ou ser que. atravs de suaspalavras, ressoa a compaixo do seu Mestre: "Jerusalm. Jerusalm..." (Mt 9.36: 23.37)?

    E quando o Sumo Sacerdote v um resgatado seu trabalhando como sacerdote, como um ministro da graa. Ele percebe claramente se o ministrio desta pessoa est sendo obstrudo porpecados no confessados ou por questes que no foram tratadas e que inflamam, s vezes, anos depois.

    Da mesma forma, quando o Rei celestial est observando umsdito seu andando como prncipe, Ele nota que. s vezes, aquele trao soberano passa a ter a tonalidade da soberba, aqueletom de voz. ao dar ordens, soa como de algum autoritrio, e Eleprocura em vo aquela atitude de pastor-rei exemplificada emDavi. tipo do grande Pastor-Rei.

    Para todos estes e outros tipos de desvios, o Esprito Santousa o "formo e o martelo" da Palavra para modelar os seus servos. Ele quer que cresam na imagem do seu Irmo mais velho,servindo fielmente, dia aps dia. no tempo e lugar onde Deus oscolocou, tomando diariamente a sua cruz e seguindo-o (Lc 9.23)para que o alvo supremo seja alcanado, a glria de Deus.

    Enquanto o peregrino no chegar nesse ponto, ele ser incomodado pelo velho adversrio, que sempre procura inverter oalvo supremo e tenta roubar a coroa do Rei dos reis. Ns somosvice-reis. o diabo o contra-rei. Por isso. o Catecismo deHeidelberg ensina que. como membro de Cristo, o cristo foiungido para ser rei "a fim de, nesta vida. com uma conscincialivre e boa. combater o pecado e o diabo".119 Resisti-lo travaruma batalha espiritual: porm, carece distinguir os espritos(1 Co 12.10). porque nossa natureza humana tem a tendncia depensar que tudo o que espiritual bom: ou. na forma escrita:"espiritual = santo". Aparentemente, quanto mais espiritual, tanto mais santo (como se "material" fosse o mesmo que "pecado").

  • 103

    Mas no verdade; at uma heresia bem antiga (a gnstica).Percebe-se facilmente que heresia, fazendo uma pergunta simples: "Quantas gramas pesa o diabo?" No pesa nada, porque esprito. Ento, no bblico pensar que matria pecado e esprito santo. De fato, trata-se de umabatalha espiritual, que deveser travada com a espada do Esprito Santo, que a Palavra deDeus (Ef 6.10-18).

    Temos de ter cuidado com essa batalha espiritual. O pastorGustavo Kessler comunicou: "O maior jornal de Costa Rica escreveu que muitas igrejas protestantes em Costa Rica esto obcecadas com o diabo e seus demnios". Kessler acrescentou quehavia verdade suficiente nesta acusao para torn-la desagradvel. Por isso. foi organizada uma conferncia para avaliar ospensamentos estranhos que rondam as igrejas e pleitear umavolta base do evangelho. Kessler finalizou, dizendo:

    Estamossendo incomodadospelomovimento da "GuerraEspiritual", que desvia a nossa ateno da luta diria contra omundo e a carne. Se perdermos a batalha contra o mundo e acarne, podemos considerar perdida a guerra contra Satans.120

    Santificao ou converso diria de primeira importncia;se no for assim, a derrota est garantida por falhas na armadura (Ef 6.11; 1.4; Hb 12.14; Si 51.10).

    Precisamos lembrar que o diabo "apenas" uma criatura, umanjo cado. Por ser criatura, ele limitado em tempo e lugar no onisciente nem onipresente. Mas mentiroso e um enganador aperfeioado (Jo 8.44). Porisso, tenhamos cuidado em evitara tentao. Aprendamos a dizer no tentao, queridos irmos,e nem conversemos com o diabo! Sejamos fortes; quando somosfracos numa hora dessa, tudo est em perigo (Pv 24.10: 1 Pe 5.8. 9).Deus nos dar fora conforme a tentao (1 Co 10.13; Tg 4.7).Para no cair. lembremo-nos da bengala, o mandamento do Supremo Pastor (Si 119.11).'21

    Quando querem enredar o peregrino com ocultismo e espiritismo, ele diz no, simplesmente porque est proibido (Is 8.19.20). E quando contra ele fazem magia negra, ele fica debaixo dosangue do Cordeiro, lembrando-se que "contra Jac no vale encantamento" (Nm 23.23): contra crente, despacho no pega.

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    A paz do Senhor, queridos irmos! Graas a Deus, essa lutacontra o diabo terminar, porque "o Deus da paz, em breve, esmagar debaixo dos vossos ps a Satans" (Rm 16.20; Ap 20.10).O Rei dos reis no assinar um acordo com o inimigo paraacomod-lo, pois isto seria o comeo de outras guerras. Para terpaz mesmo, somente destruindo o diabo. Eo Deus da paz o farem breve, e nos dar a paz (Ap 21.4, 5). Finalmente, shalom denovo!

  • eplogo

    Co-peregrino, chegamos ao fim da nossa carta, que tentouser um testemunho de como o Senhor respondeu amuitas das minhas perguntas. Voc. de certo, tem

    perguntas diferentes das minhas; cada um tem as suas. Se tiver,no hesite em conversar sobre elas com irmos em Cristo queconhecem a Palavra de Deus; quem sabe. possvel ajudar unsaos outros. Em caso de no ficar claro imediatamente, no hproblema. Voc sabe que Deus vai responder nossas perguntas,quando, ento, poderemos dizer: "A escola terminou, as friascomearam!"122 Entraremos nos tabernculos eternos, onde todasas lgrimas sero enxugadas, inclusive as lgrimas de tristeza eangstia, resultantes das perguntas sem respostas no tabernculoprovisrio (2 Co 5.1. 2; Ap 5.4: 7.17).

    Creio em milagres. O perdo e a graa em si no so o maiormilagre? Na regio dos Andes, a esposa de um missionrio muito crente adoeceu gravemente. Ele orou e acreditou firmementeque o Senhor iria cur-la. Mas ela faleceu. O marido no queriavacilar na f e levou uma chave de fenda para o cemitrio.

  • 1D6

    Mas, quando finalmente o caixo desceu na cova, ele colocou achave de fenda na tampa e disse, com voz trmula: "At logo.meu bem. at a ressurreio". Assim tambm, com toda a igrejauniversal, digo nas palavras da Confisso Apostlica-. "Amm,Senhor, creio naquela cura definitiva, na ressurreio dos mortos e na vida eterna! Amm". "Por isso, esperamos este grandedia com grande anseio para usufruirmos plenamente das promessas de Deus, em Jesus Cristo, nosso Senhor".123

    E a vocs, eu digo: At logo. meus queridos irmos, talvezaqui na terra. mas. se no. com certeza, diante do trono da graa.Que ningum falte naquela grande reunio ao redor do trono!O nosso Cordeiro venceu-. vamos segui-lo!124 Com um grandeabrao de despedida, oro: "O Senhorvos aumente bnos maise mais. sobre vs e sobre vossos filhos, para serem conformes imagem de seu Filho" (Si 115.14; Rm 8.29). A paz do Senhor,amados irmos.

    Maranata! Vem. Senhor Jesus! Amm. (1 Co 16.22; Ap 22.20.)Tu s fiel, Senhor, Pai celeste!Teus filhos sabem que no falhars.Nunca mudaste, Tu nunca faltaste,Tal como eras, Tu sempre sers.Tu s Fiel, Senhor, Tu s fiel, Senhor,Diaaps dia com bnos sem fim.Tua merc nos sustenta e nos guarda.Tu s fiel, Senhor, fiel assim! Amm.(Novo Cntico 32; Lm 3.23)

  • Notas

    1. Asnotasde rodap fornecem informaes complementares;no h necessidade de voc l-las. "O Peregrino" uma alegoria escrita pelo conhecidopastor batista ingls Joo Bunyan (1678), que ficou preso por 12 anos, porser pregador puritanoitinerante no autorizado pelo governo secular. Ediorecente: Joo Bunyan, O Peregrino (So Paulo: Mundo Cristo, 1997; vejatambm APeregrino).

    2. Cp. (compare): Cristo conhecido/eleito/destinado em Atos 2.23, 4.28 e 1Pedro 1.20 (depois: captulo 8). J.R Louw &E.A. Nida, Gree/c-Eng/sh Lexcon(Nova York: U.B.S., 1989), 30.100 e 28.6. L. Floor, Efezirs (Kampen: Kok,1995), p. 45: O Paielege (Ef 1.4-6), o Filho redime (7-12), o Esprito sela(13-14). S. Greydanus, Romeinen (Amsterd: Bottenburg, 1933), p. 386ss.Cp. J.M. Boice, TheSovereign God (Downers Grove, III.: InterVarsity Press,1980), cap. 13 sobre a oniscincia de Deus.

    3. Cp. Henry Nouwen, Eindelijkthuis. [sobre a pintura 'Filho Perdido', de Rembrandt](Tielt: Lannoo, 1996). Ruth Bell Graham, Prodigols andthosewho /ove ffiem(Colorado Springs: Focus on the Family, 1991). SI 119.50.

    4. Aordem teolgica (e lgica) 1-2-3-4; a ordem soteriolgica (e psicolgica) 2-3-4-1. Cf. tambm A.Modderman &RPoorfinga, Antwoord uit hetverleden(Barneveld: Vuurbaak, 1996), 76: "Um problema que ns o experimentamos invertido do que na Bblia" (melhor: a Bblia revela as duas ordens). J.Piper (batista reformado; www.desiringGod.org): orderof experience. Eumadiferenade nfase, no de substncia. Joo Calvino no tratou da eleiono incio das Institutos, mas, sim, no fim do livro III (cap. 21, depois da f,

  • 1DB

    justificao, orao,e antes da ressurreio). Adescrio do tabernculocomea coma arca (Ex 25.10; 40.3);a prescrio coma porta (1 Sm3.15; Mt7.13, 14). Romanos 8.30 fornece uma parteda ordem da salvao (ordosa/uf/s). Efsios 5.8, perdio, salvao, gratido (Catecismo de Heideiberg1:2). L. Berkhof, Teologia Sistemtica (Grand Rapids: TELL, 1972), 494s.

    5. A Confisso 8e/ga (ou Confisso Neerlandesa; 37 artigos) foi escrita naBlgica, em 1561. O artigo 17 diz que, depois da queda, Deus "foipessoalmente em busca do homem" e o "consolou" com a promessa-me(Gn3.15). Os protestantes fugiram ou foram mortos e, hoje,a Blgica temamenor porcentagem de evanglicosna Europa:0,23%.

    6. O Catecismo de Heideiberg foi escrito em Heideiberg, Alemanha, em 1563.As Igrejas Reformadas da Holanda adotaram oficialmente a Confisso Belgae o Catecismo de Heideiberg no Snodode Emden, em.1571. No se usa onome"igrejas calvinistas", mas"igrejas (crists) reformadas" (da re-forma) ou"presbiterianas".

    7.0 Conselho da Igreja Reformada deAmsterd perguntou-lhe se, poracaso, 9dos 12 artigos da prpria Confisso Apostlica deveriam ser eliminadospara abrigaros herticos. AConfisso Apostlica {Os 12artigos dafcristou O Credo) o documento bsico das igrejas crists emgeral;foi formuladoem aproximadamente 150 d.C. No correto pensar que Armnio podiaaceitar o artigo 16 da Confisso Belga, que trata da eleio resumidamente,sob o aspecto da misericrdia e da justia de Deus (A.D.R. Polman, OnzeNederlandsche Geloofsbelijdenis, [Franeker: Wever, s.a.], II201 s).

    8. Desta nota, em diante, CD = Cnones de Dort;CW = Confissode Westminster.Dordrecht, Dord ou Dort (ortografia seguida neste livro). Traduo: OsCnones de Dort. Os cinco artigos de f sobre o arminianismo (So Paulo:Cultura Crist, [1997]; com excelente introduo histrica). Os Cnones(Dordtse Leerregels) so conhecidos tambm como "Os 5 artigos contra osremonstrantes". J.G. Feenstra, De Dordtse Leerregels (Kampen: Kok, 1950).O mesmo snodo decidiu traduzir a Bblia em holands, a "Traduo dosEstados" ("Staten-Vertaling"; "Staten" refere-se aos "Estados Gerais", o ento governo central dos Pases Baixos).

    9. Cp. Confisso Belga,artigo 25. CW 19:3. Atos15.19 quer dizerque, sociologicamente, cristosgregos, romanos, persas etc. no precisavam passarpara a cultura judaica,mas permanecer na sua prpria cultura, santificando-a.

    10. Entre outros, no Snodo de Orange, em 529, condenando, inclusive, o semi-pelagianismo, um "sinergismo" que ensina a cooperao do homem com agraa, como se fosse uma "obra" humana. L. Berkhof, Teologia Sistemtica(Grand Rapids:TELL, 1972), p. 279ss.

    11. Cp. W. Perkins, Een Ghereformeert Catholijck (Amsterd: VanZomeren, 1659;traduodeAReformed Catholike, 1597);Th. Carrascon,Carrascon (Nodriza:Sanchez, 1633). No sculo 17, a IgrejaReformada no Nordeste usava esteslivros para evangelizar os catlicos romanos, enfatizando que evanglicoseram "catlicosreformados" (F.L. Schalkwijk, /gre/ae Estado no Brasil Holands, 1630-1654 [So Paulo:Vida Nova, 1989] p. 230ss).

  • 1D9

    12.s vezes, a ordem naapresentao doscinco assuntos polmicos difere umpouco. Os Cnones seguem a ordem teolgicada "Remonstrncia" arminiana(1610, baseado em Armnio). No mundo de fala inglesa, uma ordem prtica lembrada pela palavra "tulip" (tulipa):T (total depravity), U (uncondicionalelection), L(limited atonement), I (irresistible grace), P (perseverance of thesaints). Neste estudo, seguiremos a ordem soteriolgica (nota 4): perdio(CD lll/IV), vocao (CD lll/IV), salvao (CDII), preservao (CDV), eleio(CDI).

    13. Nas Escrituras, as duas palavras so usadas quase no mesmo sentido, mas hdiferena: eleio aponta para seleo; predestinao, para destino, horizonte; Deus nos escolheu para um destino especfico (Is 43.19-21; Ef 1.4-6).Na teologia, geralmente, a palavra predestinao mais ampla do que eleio: a predestinao contm a eleio e a reprovao (e as trs fazem partedo conselho de Deus, Ef1.11). Catecismo (Maior) de Westminster 12-14.

    14. CD lll/IV (os captulos III e IV sempre foram tratados juntos); cp. CW 6.15. CD lll/IV:2, "Depois da queda, o homem corrompido gerou filhos corrompi

    dos ... No passou por imitao ... [pelagianos e arminianos] ... , mas porprocriao da natureza corrompida". Herdamos tudo, inclusive dvidas e sujeira (pecado original: culpa e mancha; Rm 5.12; SI 51.5). Confisso Belga15, "um mal hereditrio to repugnante que suficiente para condenar ognero humano". Chupamos a seivado "troncode toda a humanidade" (CW6:3). O Catecismo de Westminsterdiz: "... pecado original, do qual procedem todas as transgresses atuais", e "transmitido ... por gerao natural"(perguntas e respostas 25 e 26). RTournier, Os fortes e os fracos (So Paulo:ABU, 1999, p. 188).

    16. Catecismo de Heideiberg 3, "Como voc conhece sua misria? Pela lei deDeus" (Rm 3.20, 23). CD lll/IV:5; CW 6:6. Pecado transgresso da lei deDeus (1 Jo 3.4, anomia; Catecismode Westminster 24). Os demnios pecampor pura vontade individual. A"vantagem"do homem, em comparao a eles, que so seduzidos a pecar (por comisso ou omisso), sempre pensandoque podem melhorar de alguma forma (Gn3.5; Lc 23.34; At3.17; Ef 4.18).

    17. Como no Grande Avivamento na Amrica do Norte (cp. nota 40), ou comoentre oszulus. Erlo Stegen, Reov/Vomento na frica doSul (Ananindeua, PA:Ed.Clssicos Evanglicos, 1989), p. 49.

    18. CD lll/IV; 1:1 -5; cp. CW 9 e 10.19. CD 11:5, "Esta promessa deve ser anunciada sem discriminao a todos os

    povos e a todos os homens"; lll/IV:8, "Tantos quantos so chamados peloEvangelho, o so seriamente ... sinceramente". Ampliando, Karl Barthreinterpretou isso: proclamar que todos foram eleitos (porque Cristo sofreurejeio). Estreitando, H. Hoeksema reinterpretou isso: a ordem de converso geral; mas a promessa somente para os eleitos; cp. G.C. Berkouwer,De Verkiezing Gods (Kampen: Kok, 1955), p. 263ss (trad.: Divine Election;Grand Rapids: Eerdmans, 1960).

    20. CD lll/IV: 17, "Deus ... requero uso de meios ... o uso do Evangelho que semente de regenerao e o alimento da alma ... pois a graa conferida

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    atravs de admoestaes..." Catecismo de Westminster, 191, "O Evangelhoseja propagado por todo o mundo, os Judeus chamados, a plenitude dosgentiosseja trazida Igreja". Tt 3.4, nogrego "filantropia", amor para com oshomens. CD 1:2,3. CW 35:4.

    21. CD lll/IV:9. Cp. nota 19. Berkouwer, Verkiezing, sobre eleio e pregao, p.258-308.

    22. C.H. Spurgeon, Eleio (S. Jos dos Campos: Fiel, 1996), p. 16. Pv19.3. Cp.nota 45.

    23. Cp. nota 64. Distinguimos a chamada externa do Evangelho e a chamadainterna do Esprito Santo. CD lll/IV: 11, "O Esprito regenerador... introduznovas qualidades na vontade. Esta vontade estava morta, mas Ele a faz reviver;era m, mas Elea torna boa; estava indisposta, mas Ele a torna disposta; erarebelde, mas Ele a torna obediente". Id.:12 e 16: o novo nascimento (Jo3.3), "esta a verdadeira renovao espiritual". ld.:refutao 8,9: Arminianosdizem que ser ou no ser regenerado permanece no arbtrio do homem. Ef1.19; 2 Ts 1.11; 2 Pe 1.3; Rm 9.16; 1 Co 4.7; Fp 2.13. CW 8:8.

    24. CS. Lewis, A Cadeirade Prata (So Paulo: ABU, 1986), p. 19. [Edio maisrecente: So Paulo: Martins Fontes, 1997.] Fp 2.13; CD lll/IV: 14. CW 10:1,chamar eficazmente pela sua Palavra e pelo seu Esprito ... eles vm muilivremente,sendo para istodispostos pela sua graa. CD hrefutao 3 (2 Tm1.9).

    25. CD II; cf.CW 8. John Stott, Acruz de Cristo (SoPaulo: Vida, 1991). J.l. Packer,Justification (New Bible Dictionary, IVP, 1982).

    26. CD 11:3 e 6. Hb 2.3. Sufficienter proomnibus, efficaciter proelectis.27. CD 11:3; Ihrefutao 5,6 e 7. Os antigos arminianos no eram universalistas

    (que ningum se perder), mas chegaram mais perto; posteriormente muitospassaram a defender essa heresia.

    28. J.M. Boice, Awakening to God (Downers Grove, III.: InterVarsity, 1979), p.208.CDII:refutao7.

    29. CD 11:5; 1 Tm 2.1,4-6, o alvo de Deus "todos os homens", toda a humanidade. H. Ridderbos, Depastorale brieven (Kampen: Kok, 1967), p. 73 sobre1 Tm 2: a igreja deve orar por "todos os homens" conforme o carter doevangelho; " por esta vontade salvfica universal de Deus que a orao daigreja deve ser orientada" (Ez 18.23); isto no quer dizer que todos serosalvos. Confisso Helvtica (1562) 10.

    30. Em Joo 17, Jesus ora primeiramente por si mesmo (v. 1-8), depois, pelosdiscpulos (v. 9-19) e, finalmente, pelosoutros (v. 20-26). Jo 17.9 significa"(nestemomento)no oro pelo mundo",o que Ele far depois, no verso 21.Jesusorou e ora pelomundo, Lc 23.34; 1 Jo 2.1,2 (advogado mundi). Pauloexorta a orar "em favor de todos os hpmens", 1 Tm 2.1 (Rm 10.21,1).

    31. J.M Boice, God the Redeemer (Downers Grove, III.: InterVarsity, 1978), p.187.

    32. Berkouwer, Verkiezing, p. 188. Cp. Is35.8; Jo 14.6.33. Berkhof, Teologia Sistemtica, p. 522; "a graa comum" [no"particular"] p.

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    514-532; Jo 1.9; 12.46; 5.40 (j se lembrou que carece de outro termo,porque este parece sugerir,mas no base para a heresia do universalismosalvador; cp. nota 27). A"graa comum" no tira a culpa do pecado, masameniza osefeitos do pecado. Cristo o mediador da criao e da reconciliao, do universo e da igreja. Rm 8.19; Cl 1.16, 20; 1Tm 2.5; 4.10; Ap5.5.Em Cl 1.20, reconciliar tem sentido amplo, pacificar (2.15); H. Ridderbos,Ko/ossenzen (Kampen: Kok, 1960; p. 147). Apalavra graa svezes significafavor, Gn 6.8; Nm 32.5. Pacincia, longanimidade (flego comprido), x34.6; Rm 2.4.

    34.CD V(I, refufao 5); CW 17-18. Catecismo deHeideiberg 58;Catecismo deWestminster 79-81.

    35. CD V: 10.CW 18:3,"sem revelao extraordinria (mas) nodevido uso dosmeios ordinrios... o corao no Esprito Santo confirmado em paz". 1 Jo3.20,24.

    36. CD 1:12, "os infalveis frutos de eleio indicados na Palavra de Deus, taiscomoumaf verdadeira em Cristo, um temor filial para com Deus, tristezaporseus pecados contra a vontade de Deus e fome e sedede justia". CD1:13, nadade"vangloriar-se levianamente dagraa da eleio (e) recusar-seandar nos caminhos dos eleitos". A. McGrath, Doubt. Handling it honestly(Leicester: InterVarsity, 1990),p. 15, dvida no incredulidade nemceticismo, mas fragilidade a sercombatida (cp. nocorpo humano). CW 18:4.

    37. CD V:l 4; CW 18:3. Deus inicia, mantm, continua e aperfeioa a obra dagraa pelos meios ordinrios da graa (Catecismo de Westminster 154).Sobreo uso da Palavra de Deus, cp. Catecismo de Westminster 155-160.Catecismo de Heideiberg 66,sacramentos sosinais e selos. Sobre a ajudado Esprito Santo em orao, Catecismo de Westminster 182. Hb 10.25,recarregarabateria conforme as instrues do Fabricante ("Maker"; aviso naportade uma igreja em Londres).

    38. CDhrefutao 7 (Ef 1.12; Lc 10.20; Rm 8.33);V:7,13. CW18:4, os crentespodem tersuacerteza abalada, mas "nunca ficam inteiramente privados daquela semente de Deus e da vida da f, daquele amora Cristo e aos irmos,daquela sinceridade decorao econscincia dodever;... restaurada... parano carem no desespero absoluto". Lc 22.31, 32; Jo 17.15. Prova maiorque algum nocometeu o pecado contra o Esprito Santo (cp. Hb 10.29) sua tristeza para com Deus; 2 Co 7.10.

    39. Boice, Awakening to God, p. 215s, sobre Romanos 8.33-39: nem pecado(33-34), nem sofrimento (35-37), nem demnios (38-39).

    40.O pastor congregacional Jonathan Edwards eraum dos lderes principais doGrandeAvivamento na Amrica do Norte colonial, aproximadamente em1740. L. Ryken, Santos no mundo. Os puritanos, como realmente eram (S.Jos dos Campos: Ed. Fiel, 1992). C.H. Spurgeon, Morning by Morning(Springdale, PA: Whitaker, 1984; p. 16), Is 63.1, poderoso para salvar.Spurgeon era um batista reformado como Bunyan.

    41.CD I; cf. CW 3.Cp. notas 4 e 12sobre a ordem soteriolgica (2-3-4-1); nota13 s. os quase sinnimos.

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    42. CW 1:9, Aregra infalvel de interpretaoda Escritura a mesma Escritura;portanto, quando houver questo sobre o verdadeiro e pleno sentido dequalquertexto da Escritura,... essetexto podeserestudadoe compreendidoporoutrostextos que falem maisclaramente (At 15.15; Jo 5.46; 2 Pe1.20-21).L. Berkhof, Princpios deinterpretao bblica (Rio deJaneiro: Casa PublicadoraBatista, 1965). Conhecer: x 33.17, Gn 18.19, 4.1, Jr 1.5 (hebr. yada';sentido amplo); 1 Co 8.3, Gl 4.9,2 Tm2.19.

    43. Sobre "destinados", em Atos 13.48, o grande professer batista Robertsoncomenta: Umtermo militar, "colocarem ordem"; a forma verbal "no pode,espertamente, ser interpretado como'os que creram foram designados.' ...Eles foram reveladoscomo objetos da graa de Deus pela posio que tomaram para com o Senhor" (Word Pictures [Nashville: Broadman],s.v.). Louw-Nida, Lex/con, 37.96: apontar, 40.1 -13. 2 Tm 1.9.

    44. Umapalavra difcil como"odiar, aborrecer" (em Rm 9.13) deveserestudadacomo qualquer outro versculo difcil, comparando Escritura com Escritura(cp. nota 42). H pelo menos5 graus na palavra"odiar" (grego:miso,comomisantropo): 1)odiar absolutamente (como somente Deuspode odiar o pecado, Hb1.9, Ap2.6); 2)detestar(o"Mammon", dolo da riqueza; averso, Lc16.13, 1.71); 3) rejeitar (no escolhercomo primognito, Rm 9.13; v. 12:servo); 4) amar menos (seusentes queridos do que a Cristo, Lc 14.26, Mt10.37); 5) no dar importncia (desprezarsua prpriavida quando tem deescolher entre martrio ou apostasia; odiar por causa da lealdade incondicional, fidelidade para com o Senhor,Jo 12.25, Ap2.10).

    45. CS. Lewis, O GrandeAbismo (So Paulo: Mundo Cristo, 1983), p. 53(destaque meu). Cp. nota 22.

    46. Os Cnones de Dort, p. 54s (destaque meu). CD1:5. Escolher dizer"sim" (e,indiretamente, "no"). Areprovao (semprecomo entre parnteses, ou seja,no coordenada, massubordinada eleio) como o aspecto negativo dasalvao, no-salvo (Jo3.18, 36; cp. CD 1:1 e ConfissoBelga,artigo 16:deixar). K. Dijk, Om 'teeuwig welbehagen (1924; Delft: Meinema, 1935), p.388, no devem (mogen niet) sercoordenadas;... so completamente subordinadas. H. Bavinck, Gereformeerde Dogmatiek (Kampen: Kok, 1928), 11:355,seria melhor no representar certos decretos divinos como linha reta, mascomo organismo. Berkouwer, Verkiezing, p. 234, estes decretos no soparalelos, mas assimtricos; veja a "negao crente do paralelismo" (nosCnones: "da mesma maneira", eodem modo; p. 54). RH. Klooster,Adoufri-nadapredestinao em Calvino (So Paulo: Socep, 1998), captulo 3: embora haja paralelismo, reprovao efetuada "peloavesso/de r" (the "reverseway"). Klooster, tratandode Calvino, no se refere frase sobrea "causa" naconcluso dos Cnones.

    47. Catecismo de Westminster 3; CW 1:2,A Palavra de Deus "a nica regra defe prtica", i.e., normanormativa, primria (norma normans; solaScriptura);as confisses so norma derivada (norma normofa). C Vonk, Devoorzeideleer III, p. 125s. J.M. Kyle, Aautoridade da Confisso de Fe dos Catecis-mos, na introduo da Confisso de F e Catecismo Maior da IgrejaPresbiteriana (So Paulo: C.E.R, 1957; 1991). Os Cnones de Dort, p. 55:

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    no "exceda os limitesprescritos pelo genuno sentido das EscriturasSagradas". Ex.: a pergunta especfica em Romanos 9.11 -13 : por qual dos gmeosa linha messinica passaria?Aresposta: Deuselegeu Jac como primognito(mas a bno messinica seria para todos, v. 5; Gn 12.3). H. Ridderbos,Romeinen (Kampen: Kok, 1959), p. 228: Romanos9 trata, em primeiro lugar,da posio de Israel na histria da salvao, "o que no pode ser igualadosimplesmente com a pergunta sobre a salvao ou a perdio no sentidoindividual, existencial da palavra." J. Piper, The justification of God (GrandRapids: Baker, 1983), 38ss. www.yeshua.co.il.

    48. Cp. CD 1:2,12, refutao 9. CW 18:1. No Brasil, a Liga do Testamento deBolsotinha publicado uma edio do Evangelhosegundo Joo, no qual havia, numa pgina, Joo 3.16, desta forma: "PorqueDeusamou ao mundo detal maneira que deu seu Filho unignito para que (preencha como seu nome) que nele cr no perea, mas tenha a vida eterna".

    49. Jo 15.16; 1 Co 8.3; Gl 4.9; 2 Ts 2.13; 2 Tm 2.19. Cp. nota 24. Spurgeon,Morning byMorning, p. 201, sobre 1 Ts 1.4: "Olha para Jesus e cr nele, evoc provar diretamente a sua eleio".

    50. A Assemblia reuniu-se na Abadia de Westminster em Londres, de 1643-1647. A Confisso de Westminsterera a confisso puritana, inclusive dasigrejas congregacionais. Cp. G. Kerr, A Assemblia de Westminster (SoPaulo: Beda, 1984). De fato, a posio teolgica "reformada" bem maisaceita do que o nome "Igreja Reformada" poderia sugerir.

    51. A. Dailimore, George Whitefield I, 407 (Edimburgo: Banner of Truth): "Asoutras doutrinas fazem do homem, pelo menos em parte, seu prprio salvador".

    52. Charles H. Spurgeon, Eleio (1855; So Jos dos Campos: Editora Fiel,1996). Spurgeon on the five points (MacDill, Fl.:TyndaleBibleSociety, s.a.).I.H. Murray, The forgotten Spurgeon (Londres: BannerofTruth, 1966), p. 77-104. CA. van der Sluijs, Charles Haddon Spurgeon [um batista entre hiper-calvinismoe modernismo] (Kampen: Kok, 1987), p. 94-96.

    53. Billy Graham leu a Confisso de Westminster e disse: "Quando ospresbiterianoscomearem a crer no que est neste livro, haver um grandeavivamento".

    54. Coram Deo (na presena de Deus),expresso tpica de Martinho Lutero; J.T.Bakker,CoramDeo (Kampen: Kok, 1956), p. 53. WJ. Ouweneel, ChristianDoctrine. The externai Prolegomena (Heverlee: Evang. Theol. Faculteit, 1998),p. 217: locaprobantia semprefuncionam dentrodos limites de um paradigma.

    55. CS. Lewis, A Grief Observed (Londres: Faber, 1983), p. 55; citado inBeweging 12/1998, p. 30. Cp. J.H. Kromminga: "... como aqueles aspectosque Calvino, baseando-se nas Escrituras, deixou deliberadamente sem soluo" (Klooster, Predestinao, no prefcio da edio inglesa).

    56. Inclusive as cincias exatas precisam, s vezes, do "NL" para no foraremrespostas, o que as tornaria uma ideologia. (Um professor de biologia naUniversidade Livre de Amsterd havia dito que no poderiam continuar dizendo Non Liquet; por isso, deveriam aceitar o evolucionismo. Um professor de

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    clculo de probabilidade procurou ostelogos, perguntando porqueestavamse tomandoliberais. Quando entendeu queera devido ao evolucionismo,eleapontou que, nareaexata, reconhecia-se quetratava-se de uma hiptesesomente.) No qualquer hipteseuma amostra do NL? Sinalde reconhecimento honesto: por enquanto, estamos no limite do nosso conhecimento.Cp. RScheele, Degeneratie (Amsterd: Buyten &Schipperheyn, 1998). Oenigma das origens (Belo Horizonte: ABPC -Associao Brasileira de Pesquisa da Criao, 1997). "Ignorncia sbia" emOpbouw (NGK, 19/3/1999).

    57. CW 3:8. CD 1:6, inexprimvel consolao.58. J. Piper: "Nossa prpria luta nosfaz pacientes para com os outros que esto

    no caminho", citando esses nomes conhecidos comoexemplos destecrescimentono reconhecer que, de fato, s pelagraa. Whafwebelieve aboutthefivepoints ofCalvinism (Minneapolis, MN: Desiring God Ministries, 1998).

    59. Confisso Belga 27, "... a assemblia dos verdadeiros crentes em Cristo ...Esta santa igreja ... dispersa pelomundo inteiro. Contudo, est integrada eunida, de coraoe vontade, nomesmo Esprito, pelopoderda f." CW25 e26, inclusive sobre o grau da pureza (CW 25:5).

    60. Na "Concluso" peloSnodo de Dort (Os Cnones de Dort, p. 55); CW3:8(destaque meu). TambmCD 1:14,"Estadoutrina deve ser ensinada no seudevido tempoe lugarna Igreja de Deus... com esprito de discrio, de modoreverentee santo, sem curiosa investigao dos caminhosdo Altssimo, paraa glria dosanto nome de Deus e consolao vivificante do seupovo". Em1903; CW 34 (o Esprito Santo) e 35 (misses); declarao sobre CW 3(destaque meu).

    61. CW 3:8, incluindo as referncias: Rm 9.20; 11.23; Dt29.29; 2 Pe 1.10; Ef1.6; Lc 10.20; Rm 8.33; 11.5-6, 10. Cp. CD 1:14, "(para) a consolaovivificante do seu povo". Hb 6.18,19.

    62.0 Presidente dosSouthern Baptists (maior denominao nosEstados Unido$)reconheceu quea doutrina da predestinao bblica, masprecaveu oscrentes para terem cuidado com a viso "hiper-calvinista", segundo a qual oconvitede Cristoseria somente para os eleitos. Isso levaria a um relaxamento na evangelizao (LuxMundi, 3/1999, p. 17).Cp. nota 20.

    63. M.van Campen, Herontdekking (Koers, 23/5/86). Klooster, Predestinao,cap. 2.2. CD 1:16,nem a cana quebrada, Is 42.3.

    64. J. Calvino, Institutos III, 1:1, abraar (destaque meu). Assim tambm na Confisso Belga 22, "Esta f abraa JesusCristo com todos os seus mritos ...No como se a prpria f nos justificasse, mas ela somente o instrumentocom que abraamos Cristo, nossa justia" (1 Co 1.30). CW34:3, "O Esprito Santo, o qual o Pai prontamente d a todos os que lho pedirem, o nicoagenteeficaz naaplicao da redeno. Ele convence os homens do pecado,leva-os ao arrependimento, regenera-os pela sua graa e persuade-os ehabilita-os a abraar a Jesus Cristo pela f". Espelho: olheparao Eleito paraentender o segredo da suaeleio (Berkouwer, Verkiezing, p. 114).Cp. nota52, Spurgeon.

    65. Cp. H.&G. Taylor, O segredo espiritual de Hudson Taylor (SoPaulo: Mundo

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    Cristo, 1976).66. Os Cnonesde Dort, p. 56: orao finaldo Snodo de Dort. CD 1:14.67. Elben M. Lenz Csar, Splicas de um necessitado (Viosa: Ultimato, 1996), p.

    32s. Vinheta de Joo Calvino: Cor meum Tibi offero, Domine, Prompte etsincere (Meu corao a Ti ofereo, Senhor,pronto e sincero).

    68. Catecismode Westminster 1: Qual o fim principal do homem? GlorificaraDeus e goz-lo para sempre. ComoAgostinho, J. Piper: "God ismost glorifiedin uswhenweare most satisfied in Him"; www.desiringGod.org .

    69. Catecismo de Heideiberg 31-32, 114; CW 8:1; 13:2; Catecismo deWestminster 42-45. Aimagem de Deus restaurada no novo homem: conhecimento do profeta, santidade do sacerdote, justia do rei; Cl 3.10; Ef 4.24(Feenstra, De Dordtse Leerregels, p. 117). J. Calvino,Institutos III, 15,1.

    70. "Wishfulfillment dream". CS. Lewis, The Pilgrim's Regress (Grand Rapids:Eerdmans, 1995), 4:iv. Ser que o cristianismo um mito? No, mas sealgumpensaque mito, saiba queestemito veio a serhistria (noestria)!Cp. Francis Schaeffer, Amorteda razo (So Paulo: ABU/Fiel, 1974).

    71. Bijbel &Wetenschap (Evang. Hogeschool, Postbus 957, Amersfoort) 10/1996, p 187. Rev. Mung'oma, do Qunia, disse, na conferncia de BillyGraham, em Amsterd,1986: "O atesta fez uma 'DUI', uma DeclaraoUnilateral de Independncia" (de Deus; em ingls, as iniciais DUI lembram"Driving Under Influence", drogado). Algum pode ser atesta terico e, ouprtico,o que, na vidadiria, no fazmuitadiferena.J. McDowelI, Evidnciaque exige umveredito (So Paulo:Candeia). God isno-where? God isnow-here! R.C Sproul, Razo para crer (SoPaulo: MundoCristo, 1991). F.A.Schaeffer, O Deus que intervm (Braslia: Refgio, 1985). (www.sydney-christian.net).

    72. Viso, ex.: RJ. Johnstone, Batalha Mundial (So Paulo: Vida Nova, 1991;www.gmi.org). Preparao, ex.: Centro Evanglico de Misses (Caixa Postal53, 36570-000 Viosa, MG, www.cem.org.br). David Barrett (especialistaem estatstica das igrejas) avalia que anualmente mais de 150 mil cristosperecem por causa da sua (nossa) f,especialmenteem pases: 1)islmicos ecomunistas; 2) budistas e hindustas; 3) catlicos romanos e ortodoxos. Portas Abertas: www.opendoors.org. ICC: www.persecution.org.

    73. F.D. Bruner, Teologia do Espirito Santo (So Paulo: Vida Nova, 1996). A.N.Lopes. Cheios do Esprito Santo (So Paulo: Cultura Crist, 1998). Avinhetada Igreja Evanglica Reformada contm Atos 1.8! Deususa a perseguio,mas tambm outros meios, como migrao e imigrao, para espalhar asemente (At 8.4).

    74 R.E. Coleman, O planomestre de evangeiismo (So Paulo: Mundo Cristo,1987). Cp. A.McGrath,Sruggenbouwen [construir pontes]. (Kampen: Kok,1995). D.J. Hesselgrave, Plantar igrejas (So Paulo: VidaNova, 1984).

    75. Stanley J.Grenz, Ps-Modemismo (So Paulo: Vida Nova,1997). H.R Medema,Water, wijn en waarheid (Vaassen: Medema, 1997). G.K. Chesterton: Oproblema do homem moderno no que no acredita em nada, mas queacredita em tudo. R. Doornenbal: Ps-modernismo romanticismo de vesti-

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    do novo. O. Guinness, F/f bodies, fat minds. Why evangelicals don'tthink andwhattodo aboutit (Londres: Hodder&Stoughton, 1995). O hino Barnab de Guilherme KerrNeto; msicade Jorge Rehder.

    76. Catecismo de Heideiberg 32; Rm 12.1,1 Pe2.9.77. Philip Yancey, Maravilhosa graa (So Paulo:Vida, 1999), p. 118,125.78. Wilberforce foi o grande estadistaevanglico por trsda abolio da escravi

    do (1833); William Booth,o pai do Exrcito da Salvao (1878; podia serchamado Exrcito da Graa); Martin Luther King (1968), o lderdo movimento de direitos iguais para os afro-americanos; Nelson Mandela, o defensorde umafrica do Sul semdiscriminao.

    79. Cp. JohnStott comenta o Pacto de Lausanne (1974; So Paulo/Belo Horizonte: ABU/Viso Mundial, 1983; Srie Lausanne #4), p. 27-31. Louw-Nida,Lex/'con,40.1-13.

    80. Yancey, Maravilhosa graa, p. 68, 86, 92s, 104. No de estranharque olivro de G.C Berkouwersobre Barthtenha como ttulo"De triomfder genade"[triunfo da graa] (Kampen: Kok, 1954). "Jesus loves me, this Iknow, for theBible tells me so".

    81. R. Hession, A sendo do Calvrio (Belo Horizonte: Betnia, 1978).82. R.C Sproul, Now, thafs a good quesfion (Wheaton, III.: Tyndale, 1996).

    Gandhi disse uma vez: "A pergunta se eu tenho o que comer um assuntomaterial, masse meuvizinho temo que comer umassuntoespiritual". 2 Co8.9.

    83. Amortede Core, Datae Abir (Nm 16; ou de Ananias e Safira, At5) seria umadescidadiretapara o inferno? Quem falou? ABblia no, massubentende-se:seu ministrio terrestreacabou de vez. No podiam continuar servindo!

    84. Cp. At13.36, servindo " sua prpriagerao"; vertambm 1 Co 15.58.85. CS. Lewis, O Prncipe e a Ilha Mgica (So Paulo: ABU, 1984),p.164. Reeditado

    como Prncipe Caspian (So Paulo:Martins Fontes, 1997).86. CW 4; 5:1; Catecismo de Heideiberg 6-8. CS. Lewis, Cristianismo autntico

    (So Paulo: ABU, 1979). Berkhof, Teologia Sistemtica, p. 514-532. JohnR.W. Stott,Cristianismo bsico (SoPaulo: Vida Nova, 1982).

    87. Catecismo de Heideiberg 31 e 49; Catecismo de Westminster53 e 54. D.M.Lloyd-Jones, From fear to faith (Leicester: InterVarsity, 1973), p. 9ss, "Salvao pessoal no o nico temada Bblia. O contexto o trabalho de Deuscom a criao como um todo em relaocom o alvo redentorna histria.Ns somos vistos como parte disto."

    88. Abraham Kuyper, Lectures on Ca/v/n/sm (1898; Grand Rapids: Eerdmans,2000). At na forma de escrever deveramos continuar refletindo respeito:referindo-se a Deus, usemos letra maiscula: Ele,Tuetc.

    89. Como parecia na poca da Reforma; CW 25:6.90. Ecologia sadia no idntica "Nova Era", assim como homeopatia e fitoterapia

    no so idnticas ao espiritismo. Base bblica: Gn 2.15 (cultivar e guardar;cultura e natura)e Romanos 8.19-22; quem ouveo gemido da criao tentaameniz-lo, orando "Maranata". Feliz o cachorrinho do crente, Pv12.10.

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    91. Cp. a filosofia cosmonmica ("Wijsbegeerte der Wetsidee"); Beweging daStichting Reformatorische Wijsbegeerte (Postbus 2156,3800CD Amersfoort;http://home.wxs.nl/~srw). O fundador dessa filosofia era H. Dooyeweerd(1922); resumo L. Kalsbeek, Confoursof a Christian Philosophy (Amsterd:Buyten &Schipperheyn, 1975); J.M. Spier, Inleiding in de Wijsbegeerte derWetsidee (Kampen: Kok, 1940). CS. Lewis: "I believe in Christianity as Ibelieve in the sun not only because I see it, but because by it I seeeverything else" (The Weight of Glory [Nova York: Macmillann, 1980], p.92). Cp. N.H. Gootjes, "Christ and culture", in J. Geertsema, ed., Alwaysobedient. Essays on fhe teachings of Dr. Klaas Schilder (Phillipsburg:Presbyterian/Reformed, 1995).

    92. "Heere, zegen deze spijze, en leermij Uwwil te doen. Amen";cp. Jo 4.34. CW19:2. Catecismo de Westminster91 (-99), "Qual o dever que Deus requerdo homem? O deverque Deusrequerdo homem obedincia sua vontaderevelada".

    93. Catecismo de Heideiberg 115 (1 Co 9.24; Fp 3.12-14). CW 19:5-7.94. Sobre "justos", verA.Janse, Los justos en Ia Bblia (Rijswijk: Felire, 1984).95. Lembre-se que o alfabeto humano "ABCD"; o de Deus "OBDC". Em

    Recife, no Seminrio Presbiteriano, tnhamos de decorar doze versculos bsicos para o ministrio, os chamados Versculos Obadias (Obadias = servodo Senhor). Umdeles era 1 Samuel 15.22. Ecantvamos "Obedecer melhordo que o sacrificar, no te esqueas do reique a coroa perdeu, nem doservo de Deus que venceu". Ef 5.8.

    96. Sejamos bons mordomos,no fazendodo dinheironosso dolo (idolatria =ido/a latria, adorar a dolos); a distino catlico-romana entre "servir" e"adorar" imagens no funciona; no mnimo, lembra a diferenaentre atestaprtico e terico. / Daro dzimo bblico (Lc 11.42; Mt22.21), mas ofertasse do com alegria, sem legalismo (2Co 9.7); pode-se dar mais (Fp4.16) oumenos (At 5.4a; 1 Co 16.2). O melhor , logo que se recebe o salrio,separar o dzimo para a obra do Senhor. Mc 7.11-13; Rm 13.8; SI 37.21; Pv3.27, 28; Fp 4.11-13,19.

    97. CH. Spurgeon: A melhor coisa no melhor lugar para o melhor alvo (SI119.11). No se esquea de lero livro de Provrbios para crescer em sabedoria prtica (cp. Pv19.3).

    98. C van Dam, "The need for the Reformed Faith" (in Latin America), in LuxMundi12/1998 (CRCA-RCN, Goyerkamp 11, Zwolle, Holanda), p. 3ss. S. Escobar,Desafios do Igreja no Amrica Latina (Viosa: Ultimato, 1997). Pacto deLausanne.

    99. Yancey, Maravilhosa graa, p. 16. Diga no s brigas pelo caminho (Gn45.24).

    100. Margaret Fishback Powers, Footprints. The story behindthepem that inspiredmillions (Toronto: HarperCoIlins, 1993).

    101. Haver diferena em glria no cu, como haver diferena em castigo noinferno. O Senhor Jesus mesmo falou pelo menos umas 25 vezes sobre asrecompensas (ex.Mt 10.42; 1 Co 15.58; Ap 2.10). Edwards: "Grace is butglory begun, and glory is but grace perfected" (cp. nota 40).

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    102. Keith Green: "Help me tonever seek a crown, for my reward is giving gloryto You!" no disco de nome Oh, Lord, Yourebeautiful.

    103. Cp. H. Jochemsen &G.Glas, Verantwoordmedisch handelen [tica mdica].(Amsterd: Buyten &Schipperheyn, 1997).

    104. Ruth A. Tucker, At aos confins da terra (So Paulo: Vida Nova, 1986), cap. 9.Ruth A. Tucker, Guardians ofthe great commission (Grand Rapids: Zondervan,1988). Gien Karssen, Sozinhas mas realizadas. Odom deficars (Queluz:Ncleo, 1987).

    105. No Manual do Culto, citando (Santo) Agostinho. CS. Lewis, Thof hideousStrength (Londres: Pan Books, 1983),p. 147s.O diretor disse a Jane: "Elesdiriam que voc no falha na obedincia por falta deamor, mas perdeu oamorporquenunca tentou a obedincia... Ningum jamais lhecontou queobedincia humildade uma necessidade ertica?"

    106. Aborto? "Abortinatol", como disse um dos nossos genros. Avida comea nahora da concepo (SI 139.16; Lc 1.41; Gl 1.15). O problema maior noquando a vida da meest em perigo, mas o aborto a pedido, pormotivosde convenincia (econmica etc).

    107.Apsicologia mostra: de0 a 6 anos, o fator mais importante naeducao dacriana sua me; de 6 a 12,seupai; e de 12a 18,seuscolegas.

    108. 1 Co 13.4-7/geral: Gl 6.2; Pv 1.7; 3.5-7; 4.23, 25; 11.19; 16.3, 32;17.9; 22.11; 24.27; 29.25; Mt 16.26; Rm 12.18; Fp 2.14; 4.4-9; 1 Tm2.1-3; 4.7-9 / famlia: Pv 18.22; Ef 5.21-33; 6.1-4; 2 Tm 3.16, 17; x23.2a; Pv 3.7; 13.24 (rgua!); 16.3, 32; 17.9; 22.15 / 1 Sm 12.23; Pv14.26. Cp.o poema"Ik leg de namen van mijn kinderen inUw handen".

    109. Confisso Belga 27; CW 25 e 26: igreja visvel e invisvel; mais ou menospura; comunho dos santos.

    110. CW 25:1,2,4,5. Catecismo de Westminster 61 -65.111. Atos 20.28 indica o cargo (ofcio de presbtero, ancio), a incumbncia do

    cargo (ser bispo, ou seja, supervisor) e como exercer o cargo (no comofiscal, mascomopastor de ovelhas). Juntos, ospresbteros formam o conselho ouconsistrio, responsvel pelo bom andamento da igreja doSenhor(Confisso Belga 30 e 31; CW 31:1). Sea igreja for fiel na eleio dosoficiais, votando sem partidarismo, mas soba orientao do Esprito Santo,Deus dar o seushalom para queelasejaum refgio no mundo turbulento(1 Pe5.1-4).

    112. R. Amorese, Igreja &sociedade (Viosa: Ultimato, 1998). John Stott,Issues facing Christians today (Basingstoke: Marshall, 1984). B.Goudzwaard, prof. econ. VU, membro da comisso da Aliana Mundialde Igrejas Reformadas (WARC) sobre uma "confisso" a respeito daeconomia nesta poca de supervalorizaode prestaes. No h basebblica para uma "teologia de prosperidade" (Jo 16.33;At 14.22),maspromessas de progressoquando obedecemos s leisda vida (Dt 28).Kim Myung Hyuk, Christian Stewardship (Info, Ev. Zendingsalliantie, 5/1999, p. 16). Instituutvoor Cultuuren Ethiek, Postbus 957, Amersfoort,NL. E. Schuurman, Ge/oven in wetenschap entechniek (Amsterd: Buyten

  • 1 19

    & Schipperheyn, 1998). Cp. debate sobre "Say no to GMO"(manipulao gentica). Cp. nota 103.

    113. Magnetic Resonance Imaging, in Guideposts, 1/l 999.114. O evangelho e o marxista (So Paulo/B.H.: ABU/Viso Mundial, 1983).

    Anais do Seminrio de Tropocologia, 17 (1983; Recife: Fundao JoaquimNabuco, 1989),p. 106s,F.LS.

    115. Confisso Belga36; CW 23. Uma leituraclssica G. Groen van Prinsterer,Ongeloofenrevolutie (1847; Franeker: Wever, 1951); parcial em Incredulidadyrevolucion (Rijswijk: FELIRE, 1982). J.M. Boice, God & History (DownersGrove, III.: InterVarsity, 1981), cap. 16. L. Schuurman, tica poltica (BuenosAires: Escaton/LaAurora, 1974); muitoacrtico sobre a realidade e a perseguio na China.

    116. Dietrich Bonhoefferaos nazis: "Da simplesconfisso que Deus o Senhor,conclumosque nenhum governo pode autoproclamar-se como senhor sobre a vida inteira" (in Centraal Weekblad, 26/3/99).

    117. S. Rutherford, Lex Rex, or Tfie law and the prince (1644; Harrisonburg:Sprinkle,1980).

    118. Falando de Cristo,o crenteservena rea proftica;ajudando algum, servecomo dicono na rea de misericrdia sacerdotal; aconselhando algum,serve na rea pastoral ("pastoreai", cuidando como pastor-rei de uma ovelha, dentro ou fora do rebanho).

    119. Catecismo de Heideiberg 32 (Rm 6.12, 13; Gl 5.16, 17; Ef 6.11; 1 Tm1.18,19; 1 Pe 2.9, 11). CW 13:2,3, "guerra".

    120. Numa carta de 3/1996 do Dr. Gustavo Kessler, da Evangelizao em Profundidade (lindef).

    121. Cp. CS. Lewis, Perelandra, discusso comovente da tentao da dama verdepor Weston/diabo no planeta Vnus/Perelandra (Reis naar Venus [Ges:Oosterbaan & LeCointre, 1981], p. 98-100). Augustus N. Lopes, Batalhaespiritual (So Paulo: Cultura Crist, 1998). Elben M.L. Csar, Antes deamarrar Satans... (Viosa: Ultimato, 1998). Corrie ten Boom, VerslagenVijanden (Hoenderloo: Hoenderloo &Vuur, 1966).

    122. CS. Lewis, A ltima batalha (So Paulo:ABU, 1987), p.170 [reeditado como mesmo ttulo pela Martins Fontes, 1997] ("The term isover: the holidayshave begun.Thedream isended: this isthe morning", The lastbattle, p. 183).

    123. Confisso Belga 37. Catecismo de Heideiberg 52, "... em toda misria eperseguio, espero, de cabea erguida, o Juiz". CW 33:3. Catecismo deWestminster 191, "apresse o tempo da sua segunda vinda". 2 Pe 3.12; Tg5.9; Ap 17.14.

    124. Vinheta da Igreja Moraviana: VicitAgnus noster. Eum sequamur(Venceu onosso Cordeiro. Sigamo-lo).

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    Voc acaba de ler o 50 livro publicado pela EditoraUltimato. Para conhecer outros ttulos do nosso

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  • Francisco Leonardo Schalkwijk, pastoremrito da IgrejaEvanglica Reformada, doutor em histria e autor de Igrejae Estado no Brasil Holands, 1630-1654e da gramtica grega Come. Mora emApeldoorn, Holanda, com sua esposaMargarida, com quem serviu comomissionrio no Brasilpor quase 40 anos.Eles tm oito filhos, 26 netos e duasbisnetas.

    Francisco Leonardo escreve como apologista, pastor e adorador,tudo ao mesmo tempo. Em meio a palavras teolgicas, surge umacomparao simples, para toda ovelha entender. Como o exemploda filha mais velha do casal que, novinha, j fazia pirraa.No era fome, no era nada; era o pecado original. Ou como a figurada eleio como um porto. Do lado de fora est escrito "Venha a mim"Do lado de dentro, depois de passar pelo porto, "Eu o chamei".

    Para entender a eleio, preciso fazer o trajeto do tabernculo:entra-se somente pela porta que simboliza Cristo, a salvao ,passando pelo ptio e pelo Lugar Santo para depois, finalmente,adentrar o Santo dos Santos que simboliza a eleio. Na segundaparte do livro, o autor fala de maneira muito prtica sobre o alvo daeleio para que fomos chamados.

    Em Confisso de Um Peregrino, voc vai aprender mais sobre aeleio e o livre-arbtrio, a doutrina reformada e o arminianismo, aperseverana dos santos e o alvo da eleio. Uma leitura fascinantepara voc se emocionar com as verdades bblicas.

    ISBN 85-86539-46-5

    Editora Ultimato 9 788586"539466