Conflitos Em Enfermagem
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7/26/2019 Conflitos Em Enfermagem
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A GERENCIA DE CONFLITOS EM ENFERMAGEM 1.
Greco, Rosangela Maria2
Objetivos: Compreender a importncia de gerenciar conflitos; Disctir as estrat!gias "e facilitam o gerenciamento dos conflitos no trabal#o de
enfermagem;
Introduo
Os conflitos s$o inerentes a vida das pessoas, e podem ser considerados como sita%&es dediscordncias sejam elas internas o e'ternas, como resltado de id!ias, valores o sentimentosdiferentes. (ssim "ando pensamos em ma empresa, institi%$o o servi%o ! natral "e porserem constit)das por pessoas com #ist*rias de vida diferentes, conceitos, valores, enfim ma s!riede aspectos "e fa+em com "e cada m seja m ser nico e insbstit)vel, ! normal e at! esperado"e os conflitos se fa%am presentes -M(R/01; /13O4, 25657.
( (ssocia%$o (mericana de Gerenciamento reali+o m estdo onde verifico "e: osgerentes passam cerca de 258 de se tempo enfrentando conflitos; eles afirmam "e nos ltimos65 anos tem sido cada ve+ mais necess9ria a #abilidade de negociar e eles percebem ainda "e ogerenciamento de conflitos ! t$o importante "anto o planejamento, a comnica%$o, a motiva%$o e a
tomada de decis$o -MC (4 apd M(R?; MOR03(, 25557.4as organi+a%&es de sade os conflitos est$o presentes o tempo todo, da) a importncia den*s da enfermagem estdarmos e disctirmos como gerenciar conflitos, pois estes s$o necess9rios
para o desenvolvimento e crescimento de "al"er organi+a%$o -C0(M@O4; A/RCG(43,25657.
Mas o que um con!"to#
Bamos come%ar tentando compreender a palavra, conflito vem do latim conflictus ! mapalavra origin9ria do verbo confligo, confligere"e significa c#o"e entre das coisas, embate depessoas "e ltam entre si .
Bejamos agora como algns atores definem o "e s$o Conflitos: Conflitos costmam ser definidos como discordncias internas, resltantes de
diferen%as "anto a id!ias, valores o sentimentos entre das o mais pessoas -M(R?,MOR03(, 2555 p.>=7.
/m conflito ! ma lta e'pressa entre pelo menos das partes interdependentes "epercebem "e ses objetivos s$o incompat)veis, sas compensa%&es s$o red+idas e aotra parte os impede de atingir ses objetivos -OCAR E0MO3, 6=F citado por1(R(0B( sHdata7.
6 ste te'to foi elaborado como material instrcional para a Disciplina (dministra%$o em nfermagem 00, para osacadImicos do Crso de Grada%$o em nfermagem do JK per)odo da Lacldade de nfermagem da /niversidadeLederal de i+ de Lora.
@edimos "e caso #aja o interesse em tili+ar este material para otro fim seja citada a referIncia, o seja solicitadaatori+a%$o pelo seginte eNmail: rosangela.grecofjf.ed.br
2 nfermeira, Dotora em 1ade @blica, @rofessor (ssociado 00 do Departamento de nfermagem P9sica daLacldade de nfermagem da /niversidade Lederal de i+ de Lora.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORAFACULDADE DE ENFERMAGEM
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM BSICADISCIPLINA ADMINISTRAO EM ENFERMAGEM II
mailto:[email protected]:[email protected] -
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Conflito ! m processo "e come%a "ando ma parte percebe "e a otra partefrstro o vai frstar ses interesses -(M@3O4, 6==6 apd C0(M@O4,A/RCG(43, 2565 Qp. 7
/ma ve+ "e os conflitos s$o inerentes a condi%$o #mana, sendo decorrentes das rela%&esentre pessoas e grpos, e "e as organi+a%&es como n*s j9 vimos, s$o compostas e estrtradas por
pessoas, o lgar onde fre"entemente os conflitos estar$o presentes s$o as empresas o institi%&es.
Com a evol%$o das teorias administrativas, #ove ma mdan%a na compreens$o do papeldos conflitos nas organi+a%&es e #oje eles s$o considerados como fenmenos esperados e "eocorrem natralmente e "e n$o devem ser evitados o estimlados, mas sim eles devem sergerenciados -M(R/01; /13O4, 25657.
As$ectos ne%at"&os e $os"t"&os do con!"to
1egndo Mar"is; ston, -2565, p. 5J7 os conflitos no so nem bons nem ruins,podendo causar crescimento ou destruio dependendo de como so administrados.
Bejamos ent$o, algns dos aspectos negativos do conflito: fa+er com "e o trabal#o perca ose implso; criar sita%&es "e resltam em desperd)cio de esfor%os; casar tens$o; criar m
ambiente improdtivo; distorcer o comportamento das pessoas, entre otros -D041MOR, 6=F=;M(R/01; /13O4, 2565; C0(M@O4; A/RCG(43, 25657.
ntretanto, como j9 disctimos acima, nem todos os conflitos s$o necessariamente rins,assim sendo, vamos listar algns aspectos positivos do conflito: nasce de ma diferen%a de id!ias eHo opini&es "e podem desencadear refle'&es e an9lises sobre m determinado tema; gera maenergia "e tensiona e "e prod+ movimento, "e ind+ S a%$o, se estimla a an9lise e a refle'$o,se ind+ ao movimento, S a%$o, o conflito n$o pode ser visto sempre como algo negativo na vida doser #mano; vivenciar m conflito ! a porta de entrada para o consenso "e nada mais ! do "e mamistra de id!ias comparadas e ma concls$o assertiva e comm sobre m determinado tema e oconflito pode contribir positivamente para o progresso organi+acional -D041MOR, 6=F=;M(R/01; /13O4, 2565; C0(M@O4; A/RCG(43, 25657.
1e conflitos s$o inevit9veis, se abafar conflitos ! brrice pois ! o mesmo "e varrer sjeirapara debai'o do tapete, o seja eles v$o aparecer cedo o tarde, em pe"enas o grande propor%&es,se o mel#or camin#o para lidar com eles ! administraNlos, talve+ ent$o o primeiro passo seja sercapa+ de perceber "ais sita%&es podem levar a conflitos.
@ois bem dentre mitas citamos algmas "e est$o presentes no dia a dia do trabal#o doenfermeiro sendo elas: discordncias; diferen%as "anto a id!ias, valores, personalidades osentimentos, fal#a na comnica%$o -malNentendidos7, comportamentos #ostis, estresseHcansa%of)sico e emocional, desrespeito a pessoa, limite e o invas$o de espa%o, alta rotatividade, falta deconfian%a, estilo de lideran%a -C0(M@O4; A/RCG(43, 25657.
Gerenc"ando con!"tos na enerma%em
Gerenciar conflitos na enfermagem consiste em tratar os conflitos na medida em "e estesaparecem T reativamente, o atar antes "e o conflito apare%a para minimi+ar o impacto T
proativamente, a segir veremos ainda "e resmidamente "e aptid&es, con#ecimentos e#abilidades devemos ter para lidar com os conflitos -D041MOR, 6=F=7.
De modo geral podeNse di+er "e o enfermeiro para gerenciar conflitos deve saber lidar comas pr*prias emo%&es e aceitar "e os seres #manos s$o diferentes, podem pensar diferente, terobjetivos diferentes, valores diferentes e, mesmo assim conviverem de maneira sad9vel e com"alidade.
(ssim sendo, cabe ao enfermeiro criar sol%&es, minimi+ar as diferen%as de percep%$o entre
os envolvidos, gerenciar a diversidade, saber ovir e saber falar -se e'pressar7 tratar as pessoas comrespeito e de modo inteligente, compreendendo "e as diferen%as podem cond+ir a m crescimentopessoal e profissional -D041MOR, 6=F=; MOR03(; M(R?, 2555; M(R/01; /13O4,
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2565; C0(M@O4; A/RCG(43, 25657.( partir destas atitdes, o enfermeiro frente a ma sita%$o de conflito tem como objetivo
criar ma sol%$o "e seja satisfat*ria para todos os envolvidos, o "e nem sempre ! poss)vel,fa+endo com "e o enfermeiro ten#a ent$o "e tili+ar de estrat!gias "e o a'iliem a diminir asdiferen%as de percep%$o -M(R/01; /13O4, 25657.
(ntes de vermos as poss)veis formas de abordar m conflito ! importante acrescentar "e
para lidar com conflito temos "e con#eceNlo, saber "al ! a sa amplitde e como estamospreparados para lidar com ele.1egndo Mar"is; ston -25657 os est9gios do conflito podem ser descritos como:
atente T "ando e'istem condi%&es "e podem levar a m conflito, n$o #9 ainda ae'istIncia do conflito, ele n$o esta declarado, ele pode o n$o vir a ocorrer T a"i podemosintervir proativamente.
@ercebido o concretoT "ando ele ! percebido racionalmente, embora ainda n$o #aja samanifesta%$o, mitas ve+es ele pode ser resolvido nesse est9gio, antes de ser internali+adoo sentido;
1entido T "ando #9 m contedo emocional, como #ostilidade, desconfian%a e raiva; Manifesto T "ando ele j9 ! percebido, j9 atingi ambas as partes e pode interferir na
dinmica da organi+a%$o, nesta fase tem inicio a%&es em rela%$o ao conflito.
'uscando a so!uo dos con!"tos
De modo geral os atores, apesar de darem nomes diferenciados, consideram "e e'istemalgmas estrat!gias "e s$o mais tili+adas na sol%$o dos conflitos, o "e apresentaremos de modoresmido a segir -D041MOR, 6=F=; MOR03(; M(R?, 2555; M(R/01; /13O4, 2565;C0(M@O4; A/RCG(43, 25657.
Com$romet"mento( com$rom"ssoT ambas as partes envolvidas no conflito abrem m$o dealgma coisa para "e se possa camin#ar na dire%$o da sol%$o do conflito.
E&"tao(e&"tamento T ! "ando as partes envolvidas n$o encaram o conflito fa+endo aop%$o por n$o recon#ecer o n$o tentar solcionar o conflito. Acomodao)sua&"*ao( coo$eraoT ma das partes abre m$o de sas cren%as e permite
a vit*ria da otra parte. 4$o #9 sol%$o do problema "e levo ao conflito. Com$et"oT ma das partes consege o "e "er pela for%a o poder, modalidade do tipo
perdeNgan#a, casa frstra%$o e desejo de vingan%a. Amen"*aoT ! "ando se bsca mais as semel#an%as do "e as diferen%as, de modo a
abrandar e red+ir o componente emocional presente no conflito, tamb!m n$o leva aresol%$o do verdadeiro conflito.
Co!a+orao T m!todo cooperativo e positivo, sol%$o do conflito de forma conjnta,atrav!s de m comm acordo, forma assertiva de resolver m conflito, pois todas as partes
vencem. DeveNse dei'ar as metas originais de lado e trabal#ar jntos para estabelecer novasmetas comns.U importante, frente a m conflito, procrar sempre a sol%$o do tipo gan#aNgan#a, o "e
mitas ve+es se consege mostrando para todos "ais ser$o os benef)cios com a sol%$o do mesmo.
,rocesso de Ne%oc"ao como uma $oss"+"!"dade
1egndo Morita; Mar' -2555, p.J27 a maneira mais comm de resolver m conflito !atrav!s da negocia%$o, drante a "al as propostas s$o feitas e depois negociadas; pois menfermeiro com #abilidades de negocia%$o consege resolver conflitos e desta forma encorajar acolabora%$o, contribindo para ma ambiente de trabal#o positivo e fortalecido.
'istem algmas #abilidades e componentes b9sicos "e a'iliam m processo denegocia%$o: separar as pessoas dos problemas; focar o interesse; apresentar v9rias possibilidadesantes de tomar a decis$o; bscar os resltados em padr&es objetivos, ser pr*Nativo, acreditar "e !
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poss)vel aprender a negociar -MOR03(; M(R?, 2555; C0(M@O4; A/RCG(43, 25657.m ma negocia%$o e'istem algns elementos c#aves, vejamos "ais s$o -L01R, apd
MOR03(; M(R?, 25557:6. Comun"caoT saber fa+erNse entender e saber ovir, pois ma boa comnica%$o evita
r)dos;2. Re!ac"onamento T ter m bom relacionamento N ter #mildade, fle'ibilidade, ter bons
princ)pios de rela%&es #manas;Q. Interesses da outra $arteT saber "e os ses interesses s$o t$o importantes "anto os daotra parte T levar em considera%$o ambos os interesses;
V. O$-esT estar preparado para apresentar op%&es para a concreti+a%$o de m acordo;. A!ternat"&asT saber e"ilibrar os pontos positivos e negativos e "al o mel#or desfec#o, Ss
ve+es o mel#or ! postergar a decis$o;>. Le%"t"m"dade T ao final de ma negocia%$o, ambas as partes devem sentir "e os ses
interesses foram tratados com jsti%a;J. Com$rom"ssoT ! a forma de registrar o "e foi acordado.
( este respeito ainda, segndo Ciampone; Arcgant -25657, as etapas b9sicas de manegocia%$o s$o: an9lise do problema, planejamento onde se listam as poss)veis casas e
conse"Incias com a visali+a%$o dos n*s cr)ticos e discss$o do processo de negocia%$o.
Cons"dera-es
@ara terminar, podemos di+er "e, para gerenciar conflitos o enfermeiro deve trabal#ar comsa e"ipe, tentando romper com estere*tipos vigentes na institi%$o, deve ter ma vis$o einterferIncia globalista, tili+ar da participa%$o como m instrmento para a coopera%$o e a sol%$ode conflitos, procrar sempre sol%&es e n$o clpados, manter m clima de respeito, "ando estivererrado recon#ecer, gerenciar com a cabe%a e o cora%$o em e"il)brio.
Lrente a ma sita%$o de conflito em "e o ser o enfermeiro vir a ser o negociador ele deveanalisar a sita%$o, verificando "al ! realmente o problema, "em s$o as pessoas "e est$oenvolvidas, o "e acontece, desde "ando vem acontecendo, onde acontece, por "e acontece,se poderia ter sido evitado, mantendo sempre a cabe%a fria, pois a gerencia de conflitos significatamb!m administrar a si mesmo e ao se #mor.
@ortanto para gerenciar conflitos o enfermeiro dever ser gente. para m GR43 ser G43 basta retirar o R.
R de reativoR de reacion9rioR de retrogrado
R de reiR de rep*rter fifi...
O resltado realmente ser9 G43.ReferIncias
PRG, . (. (dministra%$o de Conflitos: vocI sabe administrar conflitosW -@arte 0 e 007. Dispon)velem: XXX.emiolo.com acessado em: =H5>H5F.
C0(M@O4, M. . 3.; A/RCG(43, @. Gerenciamento de Conflitos e 4egocia%$o. 0n:A/RCG(43, @. -org.7 Gerenc"amento em enerma%em. Rio de aneiro,G/(4(P(R(HAOOG(4. Cap. V, p. QN5, 2565.
D01MOR, @. C. @oder e inflIncia Gerencial: al!m da atoridade formal. Rio de aneiro: CO@,6=F=.
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M(R/01, P. .; /13O4, C. . (dministra%$o e ideran%a em nfermagem T teoria e pr9tica.@orto (legre: (rtmed, 2565.
M(R?, . C.; MOR03(, . C. CompetIncia Gerenciais na nfermagem: a pratica do 1istema@rimarY 4rsing como parmetros "alitativo da (ssistIncia. 1$o @alo; P Comnica%$o; 2555.
MO33(, @. R. Gestao Contempornea: a ciIncia e a arte de ser dirigente. Rio de aneiro: Record,6==F.
1(R(B0(, D. G. Manal de instrmentos para a gest$o de conflitos. Centro de 1erviciosMnicipales eriberto ara, (. C. Dispon)vel em: XXX. ojolinZla.orgHcontendasHdocmentosH.(cessado em: =H5>H5F.