Conhece-te a ti mesmo nº 8

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Conhece-te Boletim Filosófico da Nova Acrópole Nº 8 | Distribuição Gratuita | Jan-Abr 2012 a ti mesmo A ética da natureza Aprendi e decidi Ao final do dia Estátua-Menir da Ermida A melhor das filosofias, a melhor das mudanças Filosofia e Psicologia Prática Sabedoria Viva das Antigas Civilizações Sobre o Valor da Vida e como vencer o temor à morte Ver no interior programa de actividades Lisboa | Porto | Coimbra | Aveiro

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Boletim Filosófico da Nova Acrópole de Portugal

Transcript of Conhece-te a ti mesmo nº 8

Conhece-teBoletim Filosófico da Nova Acrópole Nº 8 | Distribuição Gratuita | Jan-Abr 2012

a ti mesmo

A ética da natureza

Aprendi e decidi

Ao final do diaEstátua-Menir

da Ermida

A melhordas filosofias,a melhor das mudanças

Filosofia e Psicologia PráticaSabedoria Viva das Antigas Civilizações

Sobreo Valor da Vida

e como vencer o temor à morte

Ver no interior programa de actividades Lisboa | Porto | Coimbra | Aveiro

Índice

Aprendi e decidi

A ética da Natureza

A roda da Vida e a conquistada Imortalidade

A melhor das Filosofias,a melhor das mudanças

Ao final do dia

Sobre o valor da vidae como vencer o temor à morte

BD - Serenidade

Ficha Técnica

PropriedadeNova Acrópole PortugalAv. Antº Augusto Aguiar, 17 – 4º Esqº1050-012 LisboaTel.: 213 523 056

DirectorJosé Carlos Fernández

GrafismoDaniel Oliveira

ColaboraçãoJORGE ANGEL LIVRAGA

Ana Cristina FigueiredoDelia Steinberg Guzmán

José AntunesJosé Carlos Fernández

RevisãoJosé RochaMariana EstevesSeverina GonçalvesSónia Oliveira

TraduçãoCarla César Mariana EstevesSónia Oliveira

Os artigos assinados não expressam necessariamente a opinião da Nova

Acrópole nem da direcção da revista. Comprometem exclusivamente a

responsabilidade do seu autor.

www.nova-acropole.pt

Jan-Abr

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Programa de Actividades

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Rubrica Eu Fui, Eu sou... Ecos do Passado Estátua-Menir da Ermida

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Não sejamos ingénuos,não nos deixemos manipular!

A catástrofe económica vivida pela maior parte dos países da Europa Ocidental (de entre os quais Irlanda, Grécia, Espanha e o nosso estão a sofrer o maior embate) não só é augúrio, mas também anún-cio de turbulências sociais e perda de qualidade de vida. É evidente que gastámos mais do que gerámos, sem medida e de qualquer maneira, e que isto be-neficiou muita gente sem escrúpulos. Com uma sedução infame e técnicas psicológicas perversas - como quem dá um rebuçado envenenado a uma criança - fizemos da nossa vida uma orgia de falso bem-estar, de uma comodidade letárgica a qual não se importou de sacrificar os valores da alma, um a um. É curioso que a palavra "comodidade" em latim, pouco ou nada tenha a ver com o significado actual, quer dizer "oportunidade" de esforço, de realização, de melhoria. A oportunidade é sempre a porta aber-ta que, se audazes, somos capazes de atravessar o seu umbral, arranca das nossas vidas a estagnação e inércia, abrindo-nos a novos cenários. Acontece que nos fascinaram com a máxima de uma nova filosofia que serve os seus interesses obscuros: "o dinheiro é a medida de todas as coisas". Filosofia espúria, bas-tarda, indigna de tal nome, pois "Filosofia" é amor à sabedoria e está vinculada, portanto, com a subida à Montanha Interior, com a busca da verdade para além das aparências.

Os recentes sucessos anunciam presságios funes-tos. Os novos governantes de alguns países desta Europa que agoniza, nem sequer foram eleitos nas urnas1, são tecnocratas ligados ao mundo financei-ro2 (chegaram ao poder quase dando um golpe de estado e nomeando assim os seus eleitos) e eviden-temente servem os seus interesses para que se con-serve o status quo (o do “sistema”), ainda que o status quo da sociedade se precipite no abismo e na perda de tantos avanços humanos realizados no último sé-culo. E não nos damos conta da gravidade do que se avizinha, o que torna evidente que certos mass media recebam "indicações" ou "sugestões" a esse respeito3, para que o excesso de informação nos confunda, pa-ra que "as árvores não nos deixem ver o bosque".

Por exemplo, onde se diz, claramente, que um grego perdeu, em três meses, metade do seu poder de com-pra? (o que na verdade é o mesmo que reduzir-lhe o salário para metade!). Os bancos, esses sim devem ser

salvos seja qual for o preço, contrariamente ao que se fez na Islândia, onde se perseguiram e encarceraram os "ladrões de colarinho branco". País, por certo, cuja economia está a ressurgir, precisamente por não se colocar de joelhos e oferecer o seu pescoço a poderes corruptos devoradores de fortunas, vidas e almas.

Ainda que já tenham passado mais de 2.500 anos desde que foi escrita, porventura deveremos recor-dar a fábula de Esopo, a do lobo e do cordeiro.

“Um lobo olhava um cordeiro que bebia num ria-cho, e inventou um pretexto simples a fim de o devo-rar. Assim, estando ele ainda mais acima no percurso do riacho, acusou-o de turvar-lhe a água impedin-do-o de beber. E o cordeiro respondeu-lhe:

- Mas se só bebo com a ponta dos lábios, e além disso estou mais abaixo, não posso turvar a água aí em cima.

O lobo vendo-se ludibriado, insistiu:- O ano passado injuriaste os meus pais.

- Mas o ano passado ainda eu não tinha nascido! - contestou o cordeiro.

Disse então o lobo:- Vejo que te justificas muito bem, mas nem por

isso te deixarei ir, e serás sempre o meu jantar."

Podem dar-nos milhares de desculpas e disfarçar as suas intenções, ou justificar os seus actos, mas: Não somos ovelhas, não nos deixemos devorar!

_______________________

1 - Uma vez no poder, e com os meios de que este dispõe, quiçá não lhes seja tão difícil permanecer nele, sabendo quem os ampara.

2 - Em que medida o mundo financeiro, com as suas corrup-ções, se converteu num cancro que devora a nossa socie-dade fica muito claro no documentário Inside Job, prémio da Academia ao melhor documentário de 2010. Já diziam os egípcios que a avidez é uma doença incurável, passa-ram mais de três mil anos e ainda não o aprendemos.

3 - É a nova censura em que não se risca uma palavra ou uma linha, mas antes se aprova ou não. Além disso, não pertencem a maior parte destes meios de informação a algum dos grupos financeiros?

José Carlos FernándezDirector da Nova Acrópole Portugal

Editorial 3

Boletim Filosófico | Conhece-te a ti mesmo | Nº 84

E assim, depois de tanto esperar, um dia como outro qualquer decidi triunfar…

decidi não esperar pelas oportunidades mas eu mesmo buscá-las,

decidi ver cada problema como a oportunida-de de encontrar uma solução,

decidi ver cada deserto como a oportunidade de encontrar um oásis,

decidi ver cada noite como um mistério a re-solver, decidi ver cada dia como uma nova oportunidade de ser feliz.

Naquele dia descobri que o meu único rival não era mais do que as minhas próprias de-bilidades,

e que nelas, está a única e melhor forma de nos superarmos,

naquele dia deixei de temer perder e comecei a temer não ganhar,

descobri que eu não era o melhor e quem sabe nunca o tenha sido,

deixou de me importar quem ganha ou per-de, agora importo-me simplesmente em sa-ber mais do que ontem.

Aprendi que o difícil não é chegar lá a cima, mas jamais deixar de subir.

4

Walt Disney(1901-1966)

Aprendi que o melhor triunfo que posso ter,é ter o direito de chamar a alguém “Amigo”.

Descobri que o amor é mais que um simples estado de enamoramento,“o amor é uma filosofia de vida”.

Naquele dia deixei de ser um reflexo dos meus escassos triunfos passados e comecei a ser a minha própria luz deste presente.

Aprendi que de nada serve ser luz se não vais iluminar o caminho dos outros.

Naquele dia decidi mudar tantas coisas…naquele dia aprendi que os sonhos existem somente para se tornarem realidade,

desde aquele dia já não durmo para descansar…agora simplesmente durmo para sonhar.

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A Ética da Natureza

"Somos parte da Terra e, do mesmo modo, ela é parte de nós. Tudo quanto acontecer à Terra, acontecerá aos filhos da Terra (…) O Homem não teceu a rede da vida, ele é só um dos seus fios. Aquilo que ele fizer à rede da vida, ele o faz a si próprio. Tudo está ligado“

Chefe índio da tribo Seattle, 1854

Boletim Filosófico | Conhece-te a ti mesmo | Nº 86

A década de 60 foi pródiga em desco-bertas que relacionaram o ambiente

com a saúde humana e dos ecossistemas, pon-do em causa o mito do crescimento ilimitado e criando preocupações até então inexistentes num mundo onde os recursos naturais eram considerados inesgotáveis.

Nas duas décadas seguintes, a ocorrência de catástrofes ecológicas como as de Bhopal, na Índia (1984), ou Chernobyl (1986), aliadas a novas descobertas científicas como a deplec-ção da camada do ozono ou o impacto das chuvas ácidas nos solos e cursos de água vi-riam a consolidar, de forma definitiva, a ques-tão ambiental nas agendas políticas dos Es-tados e da Comunidade Internacional e na consciência dos cidadãos.

Em pleno séc. XXI, impõe-se-nos uma refle-xão crítica sobre a relação que o Homem man-tém com a Natureza e, em última instância, com o futuro da própria espécie.

Actualmente, quando se fala em ambiente não se fala apenas da Natureza, mas sim de uma “Natureza-em-perigo“.

Sabemos que há uma crise ambiental que ameaça as diversas formas de vida, fragilizando toda a biosfera. As razões serão múltiplas e di-versas, mas o seu cerne remete invariavelmen-te para a acção humana: para além da degra-dação, fragmentação e perda de habitats cau-sadas pela desflorestação, dragagem de zonas húmidas, poluição e proliferação de espécies invasoras; as alterações climáticas – cada vez mais indissociavelmente ligadas à actividade humana – assumem-se como uma das maio-res ameaças à diversidade de vida no Planeta.

Cerca de ¼ das espécies de flora e fauna do Planeta estarão em vias de extinção duran-te este século, caso a temperatura média au-

mente 2 ou 3 graus relativamente a 1990 – em 2007, o relatório do Painel Intergover-namental para as Alterações Climáticas (IPPC) previa uma subida da temperatura média entre 1,8º e 4º até 2100, comparati-vamente à temperatura de 1990.

Também em 2007, no Dia Internacional da Biodiversidade, a ONU alertou para o desaparecimento de 150 espécies de flora e fauna por dia, naquela que é já conside-rada a maior onda de extinção desde o de-saparecimento dos dinossauros.

Um em cada seis mamíferos europeus es-tá em risco de extinção, alerta, por sua vez, a União Mundial para a Conservação da Natureza (IUCN) – a Península Ibérica, re-conhecidamente dos locais da Europa com maior diversidade biológica, alberga a espé-cie de felino mais ameaçada do mundo (lin-ce ibérico), bem como a mais rara espécie de foca (a foca monge mediterrânica, mo-nachus monachus), uma das dez espécies de mamíferos mais ameaçadas do mundo.

A preservação de uns quantos indivídu-os representativos de cada espécie não é suficiente. É fundamental preservar dife-rentes populações e a diversidade genéti-ca que nelas existe, para a manutenção dos ecossistemas e para a necessária capacida-de adaptativa das espécies às mudanças ambientais que enfrentam.

A Humanidade é parte integrante da Natureza, o Homem é uma espécie que coexiste e evolui entre as outras espécies, é um elo mais da ininterrupta cadeia da Vida. Quanto mais se identificar e aproxi-mar dos restantes seres vivos, mais rapida-mente poderá compreender o seu papel na Natureza e adoptar comportamentos que promovam uma ética ambiental que

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Também o filósofo Hans Jonas, na sua obra O princípio da responsabilidade (1979) “actua-lizou“ o imperativo kantiano, ao manifestar: “Age de tal forma que as consequências da tua acção sejam compatíveis com a permanência de uma vida humana autêntica sobre a Terra“.

Porque, como nos recorda Viriato Sorome-nho-Marques (in “Ética e Novo Milénio“ publi-cado no jornal ABC Ambiente, Agosto/Setem-bro de 2000): “A sociedade também é um con-trato social entre gerações. Os vivos têm respon-sabilidades fundamentais pelo bem estar futu-ro daqueles que ainda não nasceram. A maior responsabilidade e o mais elevado dever con-sistem em manter a integridade da biosfera e o equilíbrio dos ecossistemas que a integram.”

garanta a manutenção equilibrada dos ecos-sistemas – e da própria espécie humana que neles se encontra inserida.

Aquilo que se reclama da espécie humana, enquanto espécie com capacidade de (se au-to) destruir como nenhuma outra, é que assu-ma a sua responsabilidade de protecção da vi-da em geral e, dentro desta, também a dos ani-mais não humanos. Daqui se depreende que a crise ambiental que atravessamos é também uma crise de valores e que, como tal, é na sua essência, uma questão de natureza ética.

Sejam elas de pendor ainda antropocên-trico ou mais ecocêntrico, as várias corren-tes contemporâneas de ética ambiental convergem na crí-tica à posição de superiori-dade distante do Homem em relação ao mundo natural em que se insere, e apontam para uma alteração qualitativa da sua relação com este: “A ética no Oci-dente moderno consistiu quase intei-ramente numa ética inter-humana e ignorou como os seres humanos se integram no mundo natural“ (Hol-mes Rolston III).

Por sua vez, no capítulo final da sua obra de referência (A sand county almanac, 1949) precisa-mente intitulado “A ética da Ter-ra“, Aldo Leopold escreveu, de for-ma lapidar: “Examinemos cada questão tanto em termos do que é economicamente vantajoso, co-mo do que é ética e esteticamen-te justo. Uma coisa é justa quan-do tende a preservar a integridade, a estabilidade e a beleza da comu-nidade biótica. Ela é injusta quando tende para o contrário disso.“

Ana Cristina FigueiredoJurista e Dirigente da Quercus

Boletim Filosófico | Conhece-te a ti mesmo | Nº 88

Chegamos a este mundo vindos de um outro, onde tivemos uma existência cuja lembrança perdemos. Da mesma maneira que um relógio passa de mão em mão e de sala em sala na fábrica, uma parte sen-do acrescentada aqui e outra ali, até que a delicada máquina esteja perfeita, de acordo com o plano con-cebido na mente do mestre antes que a obra fosse iniciada – assim também, de acordo com a Filosofia antiga, a primeira concepção divina do homem toma forma pouco a pouco, nos muitos departamentos do ateliê universal, e o ser humano perfeito finalmente aparece na nossa paisagem.

Esta filosofia ensina que a Natureza nunca deixa inacabada a sua obra; se se frustra na primeira ten-tativa, ela tenta novamente. Quando ela faz evoluir um embrião humano, a intenção é que o homem se torne perfeito – física, intelectual e espiritualmente. O seu corpo deve crescer, amadurecer, desgastar-se e morrer; a sua mente deve expandir-se, amadurecer e ser harmoniosamente equilibrada; o seu espírito di-vino deve iluminar e confundir-se facilmente com o homem interior. Nenhum ser humano completa o seu grande círculo, ou o “círculo da necessidade”, até que tudo isso não tenha sido feito. Assim como os re-tardatários de uma corrida lutam e se fatigam logo no início enquanto o vitorioso atinge o seu objectivo, assim também, na corrida da imortalidade, algumas almas ultrapassam em velocidade todas as outras e chegam ao fim, enquanto as miríades dos seus com-petidores lutam sob o fardo da matéria, próximos da

recta de partida. Algumas, desafortunadas, caem, abandonam a corrida e perdem to-da a oportunidade de ganhar o prémio; ou-tras levantam-se e empenham-se de novo na corrida. É isso que o hindu teme sobre todas as coisas – a transmigração e a reen-carnação em formas inferiores1, mas contra esta contingência, Buddha deu-lhes remé-dio no menosprezo dos bens terrenos, na restrição dos sentidos, no domínio das pai-xões e na contemplação espiritual ou fre-quente comunhão com Atma ou a alma. A causa da reencarnação é a concupiscência e a ilusão que nos leva a ter como reais as coisas do mundo. Dos sentidos provém a “alucinação”, que chamamos contacto; “do contacto, o desejo; do desejo, a sensação (também ilusória) da sensação, a concupis-cência e da concupiscência a enfermidade, a decrepitude e a morte”.

“Assim, como as voltas de uma roda, há uma sucessão regular de morte e nascimen-to, cuja causa moral é o apego aos objectos existentes, enquanto a causa instrumen-tal é o karma (o poder que controla o uni-verso, imprimindo-lhe actividade, mérito e demérito). Portanto, o grande objectivo de todos os seres que se querem desembara-çar dos sofrimentos do nascimento suces-sivo, é encontrar a destruição da causa mo-ral (...) o apego aos objectos existentes, ou o desejo do mal. (...) Aqueles em quem o de-sejo do mal está completamente destruído são chamados Arhats que, em virtude de sua libertação, possuem faculdades tauma-túrgicas. Na sua morte, o Arhat não reen-carna e invariavelmente atinge o Nirvana”2 – uma palavra, vale salientar, falsamente interpretada pelos eruditos cristãos e pelos comentadores cépticos. Nirvana é o mun-do das causas, em que todos os efeitos en-ganadores ou as ilusões dos nossos senti-dos desaparecem. Nirvana é a esfera mais elevada que se possa atingir.

_______________________1 - Parva naturalia, s. v. De Somno, I, 458, a, b.

2 - Hist. Of the Conflict, etc., p. 121-22.

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H. P. Blavatsky(1831-1891)

* Extraído de Ísis sem Véu, Editora Pensamento, 1998.

LisboaTel.: 213 523 [email protected]

PortoTel.: 226 009 [email protected]

CoimbraTel.: 239 108 [email protected]

AveiroTel.: 937 026 [email protected]

As filosofias clássicas do Oriente e do Ocidente oferecem ferramentas práticas para enfrentar os desafios da actuali-dade e alcançar a realização individual e harmonia nas relações humanas. Este curso destina-se a todos aqueles que se perguntam sobre as Leis da Vida e que querem aprofundar o seu sentido. Essa mesma demanda estimulou gran-des sábios que deixaram o seu legado pleno de ensinamentos atemporais, perfeitamente actuais e práticos para o Homem do século XXI.Nesta perspectiva, a Filosofia é uma via de transformação interior e desenvolvimento pessoal.

Objectivos do curso

• Percepção da Unidade dentro de nós, a Unidade ao nosso redor e o caminho para a Unidade;• Melhor conhecimento das leis que regem a Natureza. A sua estrutura septenária;• Ir mais além das aparências e desenvolver o discernimento. Da superação à transformação;• Tomar consciência dos recursos internos e realizar o seu potencial. Potenciar a auto-estima;• Despertar a liberdade interior e a autenticidade com base no «Conhece-te a ti mesmo»;• Percepcionar os ciclos da história e os seus motores ocultos. O profundo significado dos mitos;• Compreensão da raiz espiritual e moral da crise dos nossos dias e o entendimento do sentido evolutivo da Humanidade;• A passagem do Homem-espectador ao Homem-protagonista, arquitecto do seu próprio destino;• Transmissão dos fundamentos de uma nova visão do Homem e do Universo.

Conteúdos-basePlatão e a Tradição Grega | Sabedoria em Roma | Textos de Sabedoria no Egipto | Índia milenar | Mistérios do Tibete Filosofia de Buda | Confúcio e a Ordem Social | Neoplatonismo | Os Arquétipos e os Ciclos da História

Actividades complementares facultativasDurante o período do Curso, é proposto aos formandos aulas temáticas complementares, vídeo-fóruns, actividades de convívio e debate filosófico, visitas culturais e exercícios de psicologia prática.

Duração e horárioO curso tem uma duração de 16 semanas, 1 sessão de duas horas por semana em vários horários, nomeadamente pós-laborais. Vide informação em www.nova-acropole.pt.

Material de ApoioOferta de material pedagógico que compreende textos de apoio e diagramas temáticos. Biblioteca especializada dis-ponível para consulta. Envio por e-mail de textos complementares.Para obtenção de diploma, é necessária a assistência de, pelo menos, 75% das aulas totais do curso.

Continuidade da formaçãoA realização deste curso permite o acesso ao IIº nível de formação e a possibilidade do formando se tornar Membro da Associação Cultural Nova Acrópole, podendo assim aceder às actividades exclusivas para Membros e participar como voluntário nas actividades da Associação e outros benefícios.

DescontosOs jovens até 25 anos usufruem de desconto.

Filosofia e Psicologia PráticaA Sabedoria Viva das Antigas Civilizações

Huambo (Angola)

Tel.: (+244) 921 714 068

http://www.nova-acropole.pt/curso.html

Boletim Filosófico | Conhece-te a ti mesmo | Nº 810

A melhor das Filosofias,a melhor das mudanças

José Carlos FernándezDirector da Nova Acrópole Portugal

E qual é a melhor de todas as Filosofias? Se a filosofia é Amor à Sabedoria e, portan-to, transferência do coração ao seio da mesma, a melhor Filosofia é a que nos faz mais sábios (pois a sua luz permite-nos saber e ver), melhores, mais justos, honestos (...)

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Aristóteles, um dos filósofos que configurou a visão do mundo ocidental, dizia que “o mo-vimento é a passagem da potência ao acto”. Estamos acostumados a imaginar a mudança ou o movimento (intrinsecamente são o mes-mo) como uma mudança de lugar, de cená-rio portanto. Movo, por exemplo, um livro da estante para a mesa. Mudou assim de lugar. E, no entanto, a Terra desloca-se no espaço a uma velocidade descomunal, e nós com ela, e isso pressupõe pouca mudança para nós. E de

facto, só raras vezes, e graças à Ciência, pensamos que isto é assim. Quan-

do a água passa da sua condi-ção imóvel e rígida de gelo para a fluida da água, ou desta ao va-por, também é uma mudança, a chamada mudança de esta-do. O movimento, e portanto, a mudança, estão vinculados à vida, e deste modo, como di-zia o grande sábio indiano Sri Ram, onde há vida há respos-ta. Quer dizer, há mudança. O que está vivo muda e o que não muda e responde às novas circunstâncias, petrifica-se, a vida aban-dona-o. A vida é um mis-tério, é o verdadeiro mis-tério. Na religião hindu a corrente de vida que anima o infinito univer-so e a mais ínfima das suas criaturas ou partí-culas é chamada Vish-nu, Deus que “enche

de vida”, pois o seu nome vem de uma raiz eti-mológica que significa vish - encher. O filósofo Shankaracharya, na sua obra sobre os Mil No-mes de Vishnu (Sahasnama Vishnu), estuda re-almente as mil propriedades da Vida univer-sal, cuja essência é o movimento. Ensina, por exemplo, que a vida é infalível, omnipenetran-te, infinita, senhora do mundo, etc. O professor J. A. Livraga, Mestre de quem escreve estas li-nhas, dizia que as coisas não estão vivas apenas quando crescem, mas também quando resis-tem, essa é a forma segundo a qual, por exem-plo, o reino mineral se comporta, estando vi-vo. O movimento dos electrões (e portanto, a sua vida) garante as valências químicas, o que se converte finalmente nas chamadas “energias de coesão”, que evitam que o que está vivo ou simplesmente existe (e isso é já uma forma, a mais básica de vida) se dissolva em nada.

Há mudanças mais ou menos subtis, por exemplo, a mudança de estado é mais sub-til que a de lugar, ou a química que a física. Se a temperatura do corpo humano se eleva 5 graus em relação ao normal, isso produz efei-tos ou mudanças maiores do que se alguém simplesmente nos empurra. Segundo a Filo-sofia Hermética, existem também mudanças alquímicas, aquelas em que muda a estrutura interna da matéria e, portanto, da vida associa-da. Por exemplo, se me exponho sem protec-ção aos raios cósmicos ou simplesmente à ra-dioactividade, isso pode provocar mudanças no meu ADN, e fazer com que ao ter um filho, este nasça como um monstro. Aparentemente nada sucedeu e no entanto… Estas formas de vibração ou vida são tão penetrantes que che-gam até ao coração da matéria, mutando-a.

Boletim Filosófico | Conhece-te a ti mesmo | Nº 812

Os antigos alquimistas diziam que a evolução consiste na acele-ração das formas, e que a substância acele-rada se converte em luz. Este era, portan-to, o destino final de to-das as mudanças, passo a passo, o retorno a um oceano universal de luz. Diziam que a luz quando se detém, quando se cristaliza e é subjugada pelo número e pela geometria origina todas as formas da natureza e da vida, mas que esta, ao ser libertada, se converte de novo em luz. Por isso, o Deus Agni na Índia védica era o su-perior dos Deuses, aquele a quem se faziam as oferendas, pois era o Fogo, o que liberta a vida, prisioneira da matéria, símbolo portan-to do sacrifício redentor, do dever que liberta. Os sábios e os guerreiros estavam vinculados ao fogo, deviam ser como ele, ser ígneos, lu-minosos, devorar a sua própria personalidade no seu afã de viver com mais intensidade, de um modo mais brilhante (este é o significado mais profundo do “sacrifício do cordeiro” nos primeiros séculos do Cristianismo). Esta ver-dade do fogo verifica-se inclusive a nível quí-mico, pois o fogo é um misterioso estado da matéria, em que é libertada a energia química ou a luz prisioneira nesta.

Se a vida é resistência no mineral, cresci-mento no vegetal e emotividade no animal, no humano é razão luminosa, luz interior, vi-são, discernimento. Um ser humano sem esta chama interior – a vida universal nele presen-te – é moralmente insensível, é na vida como um pedaço de madeira, como um autóma-ta, sem capacidade de reacção. Mas existirá algum ser humano que careça desta chama interior? Potencialmente não, pois dorme no coração da mesma natureza humana, mas se voltarmos a Aristóteles, “movimento é a pas-sagem da potência ao acto”, vemos que a vi-da não vibra na alma humana se essa chama permanece latente, se a consciência do divino

e do Eu-Sou-Aquele-que-Sou simplesmente es-pera, como uma semente no interior da terra que não germina, ao não ser capaz de respon-der à chamada do Sol, seu Deus.

Qual é então a melhor de todas as mudan-ças? A que nos faz despertar do sonho da vi-da, a que abre os nossos olhos ao seu sentido, a que nos sacode da inércia, do estancamento e nos faz sentir que estamos vivos de verdade, a que abre as portas da alma e permite que esta se encha de vida e luz, a que nos arranca das fantasias que jogam com um passado que já está morto e com um futuro que jamais se-rá presente, a mesma que nos conduz à alma e à verdade dos factos. Já o dizem os textos ca-balísticos. “Se queres ver o invisível, abre bem os teus olhos ao visível”.

E qual é a melhor de todas as Filosofias? Se a filosofia é Amor à Sabedoria e, portanto, transferência do coração ao seio da mesma, a melhor Filosofia é a que nos faz mais sá-bios (pois a sua luz permite-nos saber e ver), melhores (pois o seu calor e acção permitem---nos desfazer esses estancamentos de vida aos quais chamamos mal), mais justos (pois a al-ma quando encontra a verdadeira medida, o seu verdadeiro lugar, é naturalmente feliz e quando não, é prisioneira da angústia), ho-nestos (pois não há maior crime que deixar de ser fiéis à nossa natureza mais pura e fe-cunda, não há maior crime que deixar apagar a chama interior, que atirar barro sobre ela, e nisto consiste a falta de honestidade).

A melhor Filosofia é a que nos faz lumino-sos, e já que a essência da vida é luz, faz com a vida nos seja amável e nós amáveis com ela. Todos sabemos, no fundo, se estamos a su-bir a Montanha Interior ou se nos estamos a perder no labirinto, ou pior, caindo na in-consciência e na perda dos valores internos. A melhor Filosofia é a que nos permite subir, pa-ciente e esforçadamente a essa Cidade no Al-to onde vivem os nossos Sonhos mais lumino-sos, o melhor de nós mesmos.

Ah, e não o disse, a melhor de todas as mu-

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danças no tempo e para os seres humanos cha-ma-se História, pois esta é a “realização do Des-tino, do Dever Ser”, passagem, portanto, da potência que espera o acto que sela, do cami-nho pensado ao vivido. Podemos e devemos fa-zer História, deixar uma marca no tempo, pois a História, ainda que construída por cada um é o movimento de toda a Humanidade.

Robert Kennedy, um dos maiores idealis-tas do século XX, e que tanto lutou pela cau-sa da justiça, foi assassinado por ser fiel aos seus Ideais, assassinado, é o mais provável, pe-los mesmos que assassinaram Martin Luther King e o seu próprio irmão, pelas potências do egoísmo e a imobilidade que Platão chamou “Amos da Caverna”. Mas deixou heroicamente a sua marca histórica e o seu luminoso exem-plo. Num dos seus discursos, pouco antes de ser assassinado, disse:

“Existe o risco da apatia, a crença de que não há nada que um homem ou uma mulher possam fazer contra os múltiplos males que assolam o mundo. Contra a miséria, contra a ignorância, a injustiça ou a violência. No en-tanto, muitos dos grandes avanços do mun-do, de pensamento e de acção, nasceram do trabalho de um só homem. Um jovem mon-ge impulsionou a Reforma Protestante, um jovem general propagou um Império des-de a Macedónia até aos confins da Terra; e uma jovem reclamou o território de França. Foi um jovem explorador italiano que desco-briu o Novo Mundo. E aos 32 anos, Thomas Jefferson proclamou que 'todos os homens são criados iguais'. Estes homens mudaram o mundo, e todos nós podemos também. Pou-cos mudarão por si mesmos, o rumo da His-tória mas cada um de nós pode esforçar-se por mudar uma pequena parte dos aconte-cimentos e a soma de todos esses actos se-rá a História que escreve esta geração. É com base em inumeráveis actos de valentia e es-perança que a História humana fica escrita. Cada vez que um homem luta por um ideal, ou actua para ajudar outros ou se rebela an-

te a injustiça, está a gerar uma pequena on-da de esperança, e milhões dessas pequenas ondas, cruzando-se entre si e somando inten-sidade formam um tsunami capaz de derru-bar os mais poderosos muros de resistência e opressão. Para quem vive em condições pri-vilegiadas, amigos, o outro perigo é a com-placência: a tentação de seguir o fácil e có-modo caminho da ambição pessoal e o êxito económico, que tão difundidos se encontram entre aqueles que desfrutam do privilégio de receber uma educação. Mas esse não é o pa-pel que a História nos atribuiu. Há um dita-do popular chinês que diz: 'oxalá vivas tempos interessantes'. Quer gostemos quer não, vive-mos em 'tempos interessantes'. São tempos de perigo e incerteza, mas também são tempos mais abertos à criatividade humana, como nunca antes na História. E todos e cada um de nós seremos julgados – julgar-nos-emos a nós mesmos – pelos esforços que fizemos pa-ra contribuir para criar um Mundo Novo e pe-lo alcance das nossas metas e ideais, no con-tributo para moldá-lo. Com uma consciência limpa como única recompensa segura, e com a História como juiz último dos nossos actos, saíamos a conduzir esta Terra que amamos, pedindo ajuda e a bênção a Deus, mas cons-cientes de que o Seu Trabalho aqui, deve ser realizado por nós”. ¹

Este é o extracto de um discurso proferido a 6 de Junho de 1966, frente a um grupo de jo-vens da Universidade de Capetown, durante a sua histórica visita a África do Sul.

Que estas palavras nos sirvam de inspira-ção, a todos os idealistas do mundo inteiro.

Mentiram-nos quando nos disseram que os Ideais tinham morrido, é precisamente o con-trário, os que carecem de Ideais é como se es-tivessem mortos, não vivem, vegetam e se-guem os seus hábitos ou instintos animais. A alma é a vida do corpo e o corpo sem alma es-tá morto.

1- Extraído do Youtube em http://www.youtube.com/watch?v=JC8RlzUG3v0

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Boletim Filosófico | Conhece-te a ti mesmo | Nº 814

Delia Steinberg GuzmánDirectora Internacional da Nova Acrópole

No fim do dia cai a cortina da outra dimensão. O quotidiano desaparece na sua descolorida re-petição e nasce o novo mundo das cores do ima-ginário.

Não é necessário chegar aos limites do patoló-gico para ter uma dupla personalidade.

Não é necessário estar doente para usar a ima-ginação e pintar com vivas matizes aquelas ideias que mais nos apaixonam. A Natureza oferece-nos este fenómeno pois ao fim do dia chega a noite.

E entre o dia e a noite há muitas diferenças, não só relacionadas com a variação da luz.

Ao fim do dia levanta-se outro “Eu”, o que dor-

me durante as horas anteriores, o que não se po-de mostrar à luz do Sol, porque estamos convenci-dos que ninguém o entenderia.

Simplesmente nos tratariam como loucos, co-mo alguém com dupla personalidade. Mas o certo é que o outro “Eu” existe, e, em algum momento, deve sair para respirar.

Esse “Eu” costuma escolher as horas da noite, porque as sombras facilitam a sua aparição, porque assim ninguém sabe distinguir a sua presença.

O “Eu” do fim do dia quase não necessita do cor-po para se expressar: é rico em ideias, em senti-mentos e imagens; desloca-se com inteira liberda-

Ao Final do Dia

Visitas Culturais

Teatro | Poesia | Música

Círculo de Geometriae Matemática Sagradas

de por todos os cantos do mundo e invade esferas que nem sequer aparecem nos mapas conhecidos.

Corre, nada e voa, encurta distâncias com a prodigiosa rapi-dez do pensamento, investiga recantos e expande-se em infini-tas campinas; a obscuridade nem sequer o assusta porque não a percebe.

Para esse “Eu” a luz brilha sempre, ainda que nem sempre se possa mostrar livremente à luz.

Quem não teve os seus encontros com o seu outro “Eu”, ao fim do dia?

Quem não favoreceu o encontro com esse inapreciável amigo in-terior que sabe mais coisas que nós, que é mais forte e arriscado, que dispõe de uma eloquência maravilhosa e engenho brilhante?

Quem não se deteve a contar ao seu outro “Eu” tudo o que lhe aconteceu durante o dia?

Quem não se surpreendeu com a habilidade desta outra per-sonalidade que sabe sair com sucesso de todas as situações, que resolve num instante as piores dificuldades?

Quem não se admirou com esse outro “Eu” que sabe responder ao que tivemos que dizer, que actua no momento em que nós tive-mos que fazê-lo, que encontra as soluções que necessitávamos?

É assim: é necessário chegar ao fim do dia para descobrirmos a melhor parte de nós mesmos. Na solidão da noite desperta a nossa vontade, agiganta-se a nossa inteligência e agudiza-se a nossa sensibilidade.

O outro “Eu” levanta-se no meio da nossa própria debilidade e recrimina-nos por não o termos deixado estar ao nosso lado a to-da a hora. A sua aparência de miragem diurna é apenas o reflexo do nosso escasso exercício da personalidade, é o fruto da nossa indecisão e cobardia, da nossa insólita vergonha, dos nossos me-dos, da nossa falta de segurança em nós mesmos

O pobre e pequeno eu, esconde o outro “Eu” porque não quer expô-lo aos olhos e às críticas dos demais.

Prefere encontrá-lo a sós, ao fim do dia, quando as sombras favorecem este encontro com todos os nossos sonhos, com o que podia ter sido e não foi.

Então escapamos, voamos, somos de uma maneira diferente, total e real.

É necessário crescer, é necessária maturidade interior, é neces-sária grande sabedoria para abrir caminho ao outro “Eu” frente à luz do sol. É necessário o valor do homem realizado para se mos-trar harmonicamente feito, ante a claridade diurna.

Entretanto, nós, aspirantes ao Ser, vivemos a maior parte das nossas horas escondidos atrás de muros consistentes, e só ao fim do dia, vamos em busca daquele ângulo de nós mesmos onde, por fim, somos grandes e livres.

Entretanto, eu mesma, querido leitor, esperei o fim do dia para lhe dedicar estas linhas, íntimas, sinceras, tanto que não poderiam ter sido escritas a outra hora que não fosse esta, em que todos os loucos da humanidade desdobramos as nossas personalidades para nos encontrarmos com os nossos mais caros anseios.

Ao serviço da

cultura

curso

Como Falar em Público

Boletim Filosófico | Conhece-te a ti mesmo | Nº 816

Jan-Abr 2012 | Distribuição Gratuita17

A vida, como todas as coisas, tem o valor que lhe outorgamos. Este valor, salvo os transcen-dentes valores do Espírito, não tem - e perdoem a aparente contradição - valor em si, se o rela-cionarmos com os objectos ou vivências reco-lhidas. Porque, à maneira “platónica”, podería-mos afirmar que uma coisa é a Vida e outra são os objectos nos quais essa Vida se reflecte e pe-netra. O erro cometido por muitos, sobretudo os das escolas materialistas em geral, é o de falsa direcção no processo da ideia que sobre a Vida se faz. Assim, estes pseudo-filósofos crêem que a Vida Universal não é mais do que o amontoa-do das vidas individuais, efémeras e carentes de sentido, e que se transmitem por impulso so-mático de espermatozóide em óvulo, como se transmitiria o impulso de uma bola de bilhar noutra, estando elas em contacto e tendo sido impelida pela primeira. Porém, quem ou o quê golpeou o taco? E quem o empunhava? E o que pretendia ao fazê-lo; somente jogar? Enfim, po-deríamos acumular perguntas, mais didácticas que outra coisa. O certo e incontestável é que os materialistas têm tomado o caminho inver-so e as suas dificuldades e angústias provêm de estarem a remar contra a corrente. Se no outro sentido navegasse a barca da sua razão, tudo se-ria natural e a tensão cederia.

Tal como a chuva e os raios do sol, a verdade vem-nos de cima para baixo. A verdade é que

há Uma Vida Única Universal, que no Macro-bios cósmico se subdivide em organizações que aparentam ser infinitamente grandes e infinita-mente pequenas. Um “tecido” desse Macrobios constituiria os seres humanos, com as suas “cé-lulas” sociais e as suas “moléculas” familiares e os seus “átomos” individuais, ou seja, cada uma das pessoas, que, por sua vez, não são unidades estritas, etc. E o facto de cada um de nós não ser unidade estrita, senão composta (como já vi-mos) por “corpos” que funcionam em distintos planos vibratórios, complica-nos a vida até ao extremo de duvidar da sua permanência e até da sua validade. Não pensamos nem sentimos o mesmo num momento místico ou heróico, em que a nossa vida pesa pouco ou não pesa na-da, mas nos nossos longos momentos de inércia espiritual, quando, aferrados ao continente, es-quecemo-nos do conteúdo e o nosso “ponto de consciência” vibra somente num nível mais bai-xo, confinado às vísceras e aos ossos e pedindo, para eles, uma impossível imortalidade.

Então, esquecemos que, embora a perpetua-ção das formas se faça por “recriação” biológi-ca, a perpetuação da vida por purificação espi-ritual, faz-se por tomada de consciência dessa realidade de natureza mais alta. Platão ensina que quem se aferra loucamente a uma cadei-ra de madeira, vive tanto quanto essa cadeira. Assim, quem se aferra ao seu corpo físico, vi-

Sobre o Valor da Vidae como vencer o temor à morte

Boletim Filosófico | Conhece-te a ti mesmo | Nº 818

ve tanto quanto esse corpo físico, que, por ser naturalmente mortal, tem tempo limitado e escasso. E quando digo que “vive tanto quan-to esse corpo físico” não quero dizer que com ele realmente morra, pois o Homem Interior é imortal; do mesmo modo que ninguém utiliza dinheiro que, embora não saiba que o tem, leva consigo, ninguém desfruta da sua imortalidade se não sabe que a tem. E assim vive angustiado e pendente dos males do seu corpo, ou da me-lhor forma de defendê-lo deles.

Shakespeare faz um dos seus maravilhosos personagens dizer que “o valente morre uma vez, porém o covarde mil vezes”. E isto é abso-lutamente certo no que diz respeito à vida de cada um, na presente encarnação. Pois, se a te-oria da reencarnação está certa e vivemos atra-vés de muitíssimos nascimentos e de muitíssi-mas mortes, nada impede que, para os muito agarrados ao seu actual veículo de carne, e que nada sabem nem lhes interessa - pelo menos aparentemente - de outra “coisa” metafísica, o ser consciente da mortalidade e fragilidade do seu corpo e o estar identificado com ele, preci-pitam-nos em constantes angústias e tratam de enganar-se e enganar os demais com tintas para cabelo e rejuvenescedores geriátricos.

O natural nos seres vivos é morrer e o natu-ral nos seres mortos é nascer. Já o disse tam-bém Platão, e todos os pensadores esotéricos da antiguidade, e todos os Livros Sagrados nas suas versões mais antigas.

Se observamos que o nosso corpo físico, por exemplo, é tão só uma “cristalização” orgânica através da qual estão a passar constantemente unidades de energia, e que é essa corrente, en-quanto flui, que o mantém coeso, com as suas partes unidas, vivo, como uma espécie de “ro-bô”, é bom perguntar-se a quem serve este “ro-bô” ou tubulação de vida; esta “lâmpada”.

É evidente que nada se justifica por si mes-mo, salvo Deus, e, portanto, não sendo nós se-res absolutos, estaremos sujeitos a uma dinâ-mica natural de perpétuo movimento e entro-pia, numa reconversão ilimitada. A “isso” que nos justifica e utiliza o nosso corpo físico, vi-

tal, psíquico, etc., chamamos Alma ou tam-bém, embora mais impropriamente, “espíri-to”. Assim como a natureza do corpo é mor-tal, a natureza da Alma é imortal. Um está em movimento alternado e a outra no movimen-to contínuo. Um vive dos seus impactos com o meio ambiente e a outra dos seus “não im-pactos”, pois não tem maneira de fazê-lo. Pa-ra a Alma, este mundo e qualquer outro que possamos conceber, é absolutamente permeá-vel e não a detém, pois a sua dimensão é ou-tra. Um rádio continua a funcionar ainda que esteja colocado entre quatro paredes de es-pessos muros, que para as ondas portadoras dos impulsos que se reconvertem em voz hu-mana no receptor não existem, por mais dura que seja a pedra que os constitui. Não é que os muros não tenham realidade, senão que essa realidade está limitada e ainda que um objec-to físico não os atravesse, determinadas ener-gias fazem-no e para elas é como se não exis-tissem. Assim, o átomo de Vida Perdurável, o que chamamos Ego, Alma ou como queiram, passa através de um corpo, mas não fica pre-so nele, pois segue o seu próprio caminho; e se elementos sensíveis a esse Ego o registam e se movem ao compasso da sua música, esta mú-sica não cessa com a quebra do rádio. Basta ter outro para voltar a captá-la como antes, ou de forma muito parecida; depende da qualidade do receptor.

Não é o corpo que “tem” uma Alma, senão a Alma que “tem” um corpo. Substituindo o pen-samento abismal materialista pelo conteúdo fi-losófico do pensamento espiritualista, conhe-cemos a realidade e não temos mais temor à morte que o que nos ditam os reflexos biológi-cos, quando nos surpreendem desprevenidos, ou as prevenções sobre a finalização ou roteiro de determinada obra neste mundo, ao que re-comendo aferrar-se somente na justa medida, pois todos somos necessários, porém ninguém imprescindível, por muito que nos pareça. O Destino sempre vela por substituições que per-mitam a continuação da marcha das águas da vida; cascata a mais, cascata a menos. Existem muito mais alternativas “secundárias” que as que concebemos e, embora seja certo que, por exemplo, um Alexandre constituiu, com a sua

Jan-Abr 2012 | Distribuição Gratuita1919

dor de outros; eis aqui pequenas chaves para viver melhor.

E para morrer melhor: ver a morte como uma viagem. E assim como para uma viagem prepa-ramos malas e fazemos um projecto e roteiro prováveis, de igual modo devemos agir com es-ta viagem para outra dimensão, pois a sua ma-ravilhosa aventura requer que preparemos ma-las de imaginação, serenidade; agradecimento por todos os bens recebidos neste mundo, sa-bendo perdoar os males, embora não sejam es-quecidos. Que uma sã curiosidade nos acom-panhe nesta viagem e o melhor humor possível, sabendo que somos indestrutíveis, e que tão só deveremos enfrentar experiências distintas e num grau muito menor ao esperado.

O Filósofo não deve esperar inacabáveis Pa-raísos nem inextinguíveis infernos; deve espe-rar, simplesmente, a continuação da vida sob uma variação mais energética que formal, mais espiritual que material. Exagerados prémios e castigos não devem perturbar o Filósofo, pois esses exagerados prémios e castigos não exis-tem, nem na Terra, nem em nenhum outro lu-gar. As causas estão sempre em relação lógica com os efeitos em todas as coisas manifestadas, seja em que plano de Consciência for. Tudo o demais é simbolismo mal entendido, fantasia ou sistemas para governar povos difíceis. De tal maneira que no Paraíso dos povos nómadas do deserto abundam palácios com jardins e fon-tes de água inacabável, e no dos povos nórdi-cos e frígidos, um Walhalla de fogo, pleno de luz e calor. São adaptações da imaginação com as quais, crendo, nos encontraremos num pro-cesso parecido ao que chamamos auto-hipno-se. Porém, o certo é que a Vida segue.

Juntemo-nos a esta Vida que alegremente se escapa do corpo e sigamos cantando até à morte, ou pelo menos procuremos fazê-lo. Que o desalento, filho da ignorância e da debi-lidade, não se reflicta num Filósofo.

prematura morte, o fim de um Império, certo é também que a sua ausência e a presença ful-gurante da sua curta e intensa vida provoca-ram mudanças que tornaram os homens mais conscientes da sua participação na Cultura e na Civilização “Helenística”, que seria um dos mais fortes motores do posterior e mais organi-zado Império Romano. E estes não são consolos de “velhos”, senão Realidade Vital.

Que ninguém tema pela “sua vida”, pois, se à da Alma se refere, não vai perdê-la, já que nin-guém perde a Si Mesmo. E, se se refere à do cor-po, também é absurdo o temor, pois a que circu-la por ele não é nossa, nem sempre a mesma; e assim morremos cada dia desde que nascemos, e nascemos cada dia desde que morremos.

O querer viver “a sua vida” de maneira pe-quena e egoísta é uma atitude estúpida e de ignorância. É querer segurar um punhado de areia apertando-o; é pretender reter o vento entre os dedos.

E, ainda vendo tudo isto sob o aspecto es-tritamente pessoal e egoísta, se inevitavelmen-te temos de morrer, envelhecer e adoecer, e se o que experimenta estas tristes mutações é o corpo, haveria coisa mais estranha que unir-se precisamente ao que sofre e perece? Haveria necessidade maior que utilizar essa outra par-te, a Alma, que é seguro refúgio, invulnerável ao tempo e à adversidade? A nossa vida actual, ainda que seja uma das tantas vidas que vive-mos na roda das reencarnações, é em si, única e irrepetível. É uma oportunidade de experiên-cia que não tivemos e que não voltaremos a ter exactamente igual, jamais. Daí que nos conve-nha fazer o melhor uso possível do que alguns chamam “a sua vida”, pois, embora na verdade não seja “nossa”, pertence-nos em função do uso e somos momentâneos depositários de-la. Vivê-la com simples dignidade, com a sa-tisfação do dever cumprido, sem melindres e sem libertinagens que deformem a natural for-ma de ser; adaptar-se às circunstâncias, tratan-do de torná-las mais favoráveis, sem desespe-ro; ser autêntico a todo momento e velar para que a nossa felicidade não seja forjada com a

Jorge Angel LivragaFundador da Nova Acrópole

Boletim Filosófico | Conhece-te a ti mesmo | Nº 822

haver aqueles que me conhecem à distância. Os es-pecialistas, a quem devo este meu renascimento e de quem estou imensamente grata, também me divulgaram e deram a conhecer, enquadraram-me na História da Arte e fizeram-me per-tencer a um longo conjunto de ob-jectos e peças que ajudam a recons-tituir o modus vivendi dos vossos antepassados.

Certamente tereis muita curio-sidade em saber algo mais so-bre mim e é natural ao ser hu-mano querer saber. Mas mais difícil é saber querer e, sem es-te querer bem desenvolvido, como viver o querer saber?

Assim, este primeiro querer torna-se apenas um impulso fugaz que anima a vulgar curio-sidade humana. Quereis ir mais além? Há que saber querer! Mas o importante agora, e aquilo que estais ansiosos por saber, as respostas que tanto desejais têm a ver com: quem sou eu, o que é o mesmo, qual a minha origem e finalidade… Quando se tem a resposta para o Ser, que fi-cará por saber?

Sem dúvida que sou uma estátua da família dos menires, dizeis, por estar fixa verticalmente e re-presentando um poder da Natureza que chamais

de “feminino”. Claro, viram em mim a reprodu-ção do feminino que há nos humanos… e ape-sar do meu aspecto tosco e do meu escultor não ser afamado, não significa que não invo-casse e contivesse o mesmo poder das está-tuas mais afeiçoadas ao vosso cânone. Ad-mirai-vos que os vossos antepassados me tenham invocado? Esses antepassados a quem perderam o rasto e de quem sou um exíguo e profundo testemunho. Aca-so não estou numa região onde o poder da Mãe Natureza é notório, onde sécu-los após séculos, a terra-mãe foi dando os seus imarcescíveis frutos alimentan-

do continuamente os filhos da terra, le-vando a que filhos de filhos criassem novos rebentos pelo mundo fora?

Ficai com os meus mistérios… e na procu-ra dos seus significados profundos acabareis por encontrar a Natureza e vós mesmos! CEHIS

rubrica

Eu fui,

Eu sou…

Ecos do p

assado

Estátua-Menir

José Antunes | Director da Nova Acrópole Porto

Eis o nome pelo qual sou agora reconhecida. Sei que são poucos os que me conhecem: alguns espe-cialistas que me cuidaram e o povo da Ermida que me trata com muito carinho. De tempos a tempos, algum curioso atreve-se a fazer a difícil caminhada até chegar aqui a esta aldeia isolada na Serra Amare-la. No entanto, a paisagem que se aprecia para che-garem até mim é deslumbrante! E fiquem sabendo que a viagem não é apenas pela serra, também o Tempo se vislumbra pelas frestas da Eternidade.

Estive desamparada durante muitos anos, déca-das e décadas, séculos e, quem sabe, talvez milé-nios… quando fui descoberta numa parede de uma casa aqui da aldeia. Eu estava tranquila, é certo, mas numa função que não condiz com a minha nature-za. Nesse ano de 1981, retiraram-me de onde estava deitada: era apenas mais uma pedra de granito que preenchia um espaço numa tosca e amontoada pa-rede de uma corte (essa parte inferior das casas mi-nhotas, como sabeis). Estava virada para o interior e as minhas costas lisas e banais, como qualquer outro bloco de granito, suportaram os ven-tos e chuvas e neves ao longo do tempo. Mas assim, nessa posição, nesse lugar, quase que deixei de ser eu mesma… sentia que a minha identidade, o meu ser, já tinham desaparecido e agora restava apenas um conglomerado de micas, feldspatos e quartzos…

Agora estou melhor. Posso afirmar que me sinto mais do que uma simples pedra! Colo-caram-me condignamente nes-te museu que criaram especial-mente por minha causa… como me sinto importante! Agora ad-miram-me… sim, os poucos que aqui vêm chegam para me obser-varem, perscrutarem os meus enig-mas, contemplarem-me. E se aqui os visitantes são raros, ou turistas perdidos pela serra, não deixa de

da Ermida

Desenho de AntónioMartinho Baptista

Jan-Abr 2012 | Distribuição Gratuita23

CEHIS

CEHIS nasce com o propósito de divulgar a cultura espanhola nas suas mais variadas facetas: língua, literatura, história, tradições e património cultural.Para além disso, disponibiliza-se uma série de cursos, através dos quais poderá aprender espanhol em duas vertentes: no seu uso quotidiano e aplicado aos negócios.Somos também, especialistas em traduções literárias, com vasta experiência neste campo.

Curso de espanhol aplicado aos negóciosDestinatários: Todos aqueles que precisam de adquirir conhecimentos do espanhol na sua vertente comercial.

Curso de literatura espanholaDestinatários: Para quem procura alargar conhecimentos ou para estu-dantes de Filologia.

Oratória em espanholDestinatários: Imprescindível para quem precisa de adquirir agilidade na pronúncia e na construção gramatical.

ConversaçãoDestinatários: Para todos aqueles que queiram praticar espanhol através do diálogo.

TraduçõesLivros escolares, ciências sociais e humanas, romance, ficção, poesia, his-tória, literatura, filosofia e artes.Outros: relatórios, folhetos informativos, manuais de formação, publici-dade, comunicados de imprensa, cartas comerciais, etc.

Ensino de Qualidade! Mais informações em www.cehis.com.pt Tel.:

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Boletim Filosófico | Conhece-te a ti mesmo | Nº 824

Lisb

oaDia 13 | Sexta-feira | 19h30

Conferência

Tintim e a Juventude InteriorPor Cleto Saldanha

Investigador e formador da Nova Acrópole

Dia 18 | Quarta-feira | 19h30 Início de curso

Curso avançadode Florais de Bach

Por Carmen Morales Terapeuta e formadora da Nova Acrópole

(curso em 8 sessões de 2 horas;

Quartas das 19h30 às 21h30)

Dia 22 | Domingo | 10h-17h Actividade ecológica

Plantação de Árvoresna Serra de Sintra (Peninha)

Actividade realizada em parceria com a QUERCUS

Inscrições na actividade até 19 de Janeiro

Dia 25 | Quarta-feira | 19h30 - 21h30 Aula livre

A Actualidade da Filosofia de PlatãoPor Paulo Alexandre Loução

Escritor, investigador e Coord. da Nova Acrópole de Lisboa

Entrada Livre mediante inscrição prévia

Dia 28 | sábado | 9h30-13h30 / 15h30-19h30Dia 29 | domingo | 9h30-13h30

Curso intensivo

OratóriaA Arte de Falar em Público

Por José Carlos FernándezEscritor, investigador e Dir. Nacional da Nova Acrópole

Inscrições Abertas

Janeiro

Actividades

Lisboa2012

programa

FevereiroDia 1 | Quarta-feira | 19h30

Início de curso

Filosofia Práticae Desenvolvimento Pessoal

Por Paulo Alexandre Loução (Curso em 16 sessões – quartas das 19h30 às 21h30)

Inscrições Abertas

Dia 3 | Sexta-feira | 19h30

Conferência

A Deusa Lua e o Eterno FemininoCiclo «A Doutrina Secreta de H. P. Blavatsky

“Simbologia Arcaica”»Por José Carlos Fernández

Director Nacional da Nova AcrópoleEntrada Livre

Dia 5 | Domingo | 10h00 Visita Cultural

Jardins Iniciáticosda Quinta da Regaleira

Por José Manuel AnesDoutor em antropologia da religião. Autor da obra «Jardins Iniciáticos da Quinta da Regaleira» e Presidente do OSCOT

Inscrições Abertas

Dia 9 | Quinta-feira | 18h30 Início de cursoOratória

A Arte de Falar em PúblicoPor José Carlos Fernández

(Curso em 8 sessões – quintas das 18h30 às 20h30)Inscrições Abertas

Dia 10 | Sexta-feira | 19h30 Conferência

Como lidar com a DepressãoPor José Ramos

Médico de Medicina Tradicional Chinesae Director da Nova Acrópole em Coimbra

Entrada Livre

Dia 11 | Sábado | 10h-13h / 15h-18h Seminário

MorfopsicologiaO rosto e a personalidade

Por José Ramos

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Jan-Abr 2012 | Distribuição Gratuita25

Dia 17 | Sexta-feira | 19h30 Conferência

Crise das Relações HumanasProblemas e soluções

Por Selma do Nascimento

Formadora da Nova Acrópole

Dia 18 | Sábado | 10h-13h / 15h-18h Seminário

Matemáticae Geometria Sagradas

Módulo III - Arquitectura sagrada, sabedoria antiga e as curvas Natureza

Por José Carlos Fernández e Paulo Alexandre Loução

Inscrições Abertas

Dia 24 | Sexta-feira | 19h30 Noite de Poesia e Piano

Deuses de um Mundo AntigoPoemas Lusitanos de um Mundo Novo

Hinos à Alegria e ao Amor (Afrodite), à Harmonia (Apolo), ao Entusiamo (Dionísio), à Pureza (Artemisa)

Pelo Grupo Poesia «Florbela Espanca»e o pianista Jorge Fontes

Entrada Livre

Dia 26 | Domingo | 10h00 Visita Cultural

Mosteiro dos Jerónimos - O Simbolismo Hermético da Arte Manuelina

Por Paulo Alexandre Loução Autor da obra «Dos Templários à Nova Demanda do Graal»

Inscrições Abertas

Dia 27 | Segunda-feira | 19h00Início de curso

Curso de Florais de BachPor Carmen Morales

Terapeuta e formadora da Nova Acrópole(curso em 4 sessões de 3 horas;

Quartas das 19h00 às 22h00)

Dia 28 | Terça-feira | 19h30 Aula livre

Plotino e o Regresso da Alma a Deus Por José Carlos Fernández

Entrada Livre mediante inscrição

MarçoDia 6 | Terça-feira | 19h30

Início de curso

Filosofia e Psicologia PráticaA Sabedoria Viva das Antigas Civilizações

Por José Carlos Fernández (Curso em 16 sessões - terças das 19h30 às 21h30)

Inscrições Abertas

Dia 10 | Sábado | 9h30 - 19h30Sábado aberto

UMA NOVA MULHER - UMA NOVA INTUIÇÃO

Actividade comemorativa do Dia Mundial da Mulher

9h30 às 11h30Como lidar com as Emoções

Por Carmen Morales

11h30 às 13h30Workshop de Danças do Mundo

Por Carla César

15h30 às 17h30 Workshop de Arranjos Florais

Por Severina Gonçalves

18h às 19h30Atelier - Como recitar e viver a Poesia

Por Mariana EstevesInscrições Abertas para a totalidade

ou parte do programa do Sábado Aberto(A ordem pode ser alterada)

Dia 23 | Sexta-feira | 19h30 Conferência

Cagliostro - O Grande Mago Alquimista do Século XVIII

Por José Carlos FernándezEntrada Livre

25

Boletim Filosófico | Conhece-te a ti mesmo | Nº 826

Lisb

oa

Contactos para informações e inscriçõesAv. Antº Augusto de Aguiar, 17 – 4º Esq. | 1050-012 Lisboa

Tel.: 213 523 056 / 939 800 855 [email protected]

Dia 30 | Sexta-feira | 19h30 Conferência

Da Deusa-Mãe à Hipótese GaiaPor Manuel Ruiz | Doutor em Biologia;

investigador do Instituto Internacional HermesEntrada Livre

Dia 31 | Sábado | 10h-13h / 15h-18h Seminário

A Complexidade, a Biologiae uma nova visão da Ciência

Por Manuel Ruiz

Entrada Livre

AbrilDia 12 | Quinta-feira | das 19h30 - 21h30

Aula livre

O Caminho Moral no BudismoPor Cleto Saldanha

Formador da Nova AcrópoleEntrada Livre mediante inscrição prévia

Dia 14 | Sábado | 9h30 - 13h30 Workshop

Meditaçãoe Concentração

Por Cleto Saldanha

Inscrições Abertas

Dia 19 | Quinta-feira | 19h30 Início de curso

Filosofia e Psicologia PráticaA Sabedoria Viva das Antigas Civilizações

Por Cleto Saldanha (Curso em 16 sessões - quintas das 19h30 às 21h30)

Inscrições Abertas

Avei

ro

Dia 20 | Sexta-feira | 19h30

Conferência

Steve JobsUm Génio e um Filósofo?

Por Cláudio Craveiro

Investigador na área das Ciências Políticas

e Relações Internacionais

Entrada Livre

Dia 21 | Sábado | 10h00 - 13h30 Seminário

Walt Disney, o Pinóquioe o Mito de Prometeu

Por José Carlos Fernández

Dia 27 | Sexta-feira | 19h30 Conferência

A Música e o quotidiano no tempo dos "Pilares da Terra"

de Ken FolletPor Américo Cardoso

Músico e medievalista

Entrada Livre

26

Ver o programa completo das actividades em www.nova-acropole/lisboa.html

Cursos

Conferências

Visitas Guiadas

Teatro

Tertúlias

Recitais

Exposições

Workshops

Concertos

Caminhadas

Jan-Abr 2012 | Distribuição Gratuita27

Avei

roActividades

Aveiro2012

programa

JaneiroDia 11 | Quarta-feira | 20h30

Curso

Iniciação à Sabedoriado Oriente e do Ocidente

Duração: 16 semanas | Horário: 20h30 - 22h30Inscrições Abertas

Dia 28 | Sábado | 10h-13h e 15h-18hCurso

Iniciação à CabalaInscrições Abertas

Fevereiro

Dia 11 | Sábado | 16h00Conferência

Como interpretar os sonhosPor João Ferro | Dir. Nova Acrópole Aveiro

Entrada Gratuita

Dia 23 | Quinta-feira | 21h00Conferência

A Sabedoria do Taro EgípcioPor José Ramos | Dir. Nova Acrópole Coimbra

Entrada Gratuita

27

Março

Dia 8 | Quinta-feira | 21h00Conferência

Arte e simbolismoda civilização Asteca

Por José Carlos Fernandez | Dir. Nova Acrópole Portugal

Entrada Gratuita

Dia 31 | Sábado | 15h00Teatro

Histórias de EncantarLocal a DefinirEntrada Gratuita

Contactos para informações e inscriçõesRua Tenente Resende, 15 - 1º B | 3800-268 Aveiro

Tel.: 937 026 070 [email protected]

A Iniciação à Sabedoria do Oriente e do Ocidente irá conduzi-lo ou conduzi-la pelo inquietante mundo dos mistérios da Vida, do Homem e do Universo. Poderá conhecer---se melhor e despertar aquelas potenciali-dades latentes que estão adormecidas no seu interior. Aprenderá a exercitar a vonta-de, a dirigir o mundo emocional e mental, a desenvolver a criatividade… e a ser dono ou dona do seu próprio destino.

Boletim Filosófico | Conhece-te a ti mesmo | Nº 828

Por

toActividades

Porto2012

programa

Dia 9 | Segunda-feira | 18h00 – 20h00Curso

Iniciação ao DesenhoTodas as segundas-feiras das 18h00 às 20h00

Participação: 30€/mês (jovens até 30 anos: 20€)

Inscrições Abertas

Dia 10 | Terça-feira | 19h30 – 21h30Curso

Atenção, Concentração, Meditação (3 aulas, 2h por semana: dias 10, 17 e 24 Janeiro)

Participação: 25€ (jovens até 30 anos: 15€)Inscrições Abertas

Dia 12 | Quinta-feira | 20h00 – 22h00Curso

Os Mitos Universaise as Chaves Psicológicas

(16 aulas, 2h por semana)

Participação: 120€, 3x40€ (jovens até 30 anos: 60€, 3x20€)Inscrições Abertas

Dia 13 | Sexta-feira | 19h00 – 21h00Curso

Como Falar Bem em Público(3 aulas, 2h por semana, dias 13, 20 e 27 Janeiro)

Participação: 25€ (jovens até 30 anos: 15€)Inscrições Abertas

Dia 13 | Sexta-feira | 21h30 Conferência

Ciência, Filosofia e Religião da LuzPor José Carlos Fernández,

Director Nacional da Nova Acrópole

Entrada livre

Dia 16 | Segunda-feira | 19h30 – 21h30 Curso

Filosofia e Psicologia PráticasA Sabedoria Viva do Oriente e Ocidente

(16 aulas, 2 vezes por semana, segundas e quintas-feiras

das 19h30 às 21h30)

Participação: 120€, 3x40€ (jovens até 30 anos: 60€, 3x20€)

Inscrições Abertas

Dia 20 | Sexta-feira | 21h30Conferência

A Boa Vontade:de Kant ao Bhagavad-Guita hindu,um percurso pelo valor humano

Por José Antunes | Director da Nova Acrópole Porto

Entrada livre

Dia 27 | Sexta-feira | 21h30Apresentação do livro

Grandes Enigmas da História de Portugal, vol. III

Com alocuções dos autores Paulo Loução, Fina D’Armada

e José Antunes

Entrada livre

Dia 28 | Sábado | 10h00 – 13h00 Seminário

Arquitectura e Geografia SagradasPor Paulo Loução | Coordenador do Círculo Lima de Freitas

Participação: 20€ (jovens até 30 anos: 10€);

inscrições até 26 Janeiro

Janeiro

28

Jan-Abr 2012 | Distribuição Gratuita29

FevereiroDia 7 | Terça-feira | 19h30 – 21h30

Curso

Atenção, Concentração, Meditação (3 aulas, 2h por semana: dias 7, 14 e 28 Fevereiro)

Participação: 25€ (jovens até 30 anos: 15€)

Inscrições Abertas

Dia 10 | Sexta-feira | 19h00 – 21h00Curso

Como Falar Bem em Público(3 aulas, 2h por semana, dias 10, 17 e 24 Fevereiro)

Participação: 25€ (jovens até 30 anos: 15€)

Inscrições Abertas

Dia 10 | Sexta-feira | 21h30 Conferência

Quando os Imperadores eram Filósofos… Marco Aurélio e Juliano

Por Graça Lameira | Formadora

Entrada livre

Dia 11 | Sábado | 14h30 – 18h30Workshop

Bomboneria – aprenda a fazer chocolates recheados!

Participação: 40€ (jovens até 30 anos: 25€)Inscrições até 9 Fevereiro, limitadas a 6 participantes

(não gulosos:)

Dia 15 | Quarta-feira | 20h00 – 22h00Curso

Filosofia e Psicologia PráticasA Sabedoria Viva do Oriente e Ocidente

(16 aulas, 2h por semana)

Participação: 120€, 3x40€ (jovens até 30 anos: 60€, 3x20€)

Inscrições Abertas

Dia 17 | Sexta-feira | 21h30Sketch interactivo

Encontro com Giordano BrunoPara nos falar acerca do Infinito do Universo e dos Mundos,

para além de outras coisas mundanas… Entrada livre

29

Dia 18 | Sábado | 10h-13h e 15h-18h Workshop

A Arte da Memória – Esquecer de esquecer é não lembrar!

Ensinamentos e Práticas: de Ramon Lulle Giordano Bruno ao presente.

Participação: 30€ (jovens até 30 anos: 20€);

Inscrições até 16 Fevereiro

Dia 24 | Sexta-feira | 21h30 Conferência

Corto Maltese e a Buscado Tesouro Imaterial

Por Henrique Cachetas

Entrada livre

Dia 25 | Sábado | 10h-13h e 15h-18h Dia 26 | Domingo | 10h-13h

Workshop

Como Equilibrar as Emoçõescom Florais de Bach

Por Carmen Morales | Formadora em Florais de Bach

Participação: 60€ (jovens até 30 anos: 40€)

Inscrições até 23 Fevereiro

MarçoDia 4 | Domingo | 10h-13h e 14h30-19h30

Workshop

Construção de Mobiliárioem cartão

Participação: 75€ (jovens até 30 anos: 50€)

Inscrições até 1 Março, limitadas a 6 participantes

Dia 5 | Segunda-feira | 19h30 – 21h30Curso

Filosofia e Psicologia PráticasA Sabedoria Viva do Oriente e Ocidente

(16 aulas, 2h por semana)

Participação: 120€, 3x40€ (jovens até 30 anos: 60€, 3x20€)

Entrada livre

Boletim Filosófico | Conhece-te a ti mesmo | Nº 83030

Coi

mbr

aJaneiro

ActividadesCoimbra

2012

programa

Dia 12 | Quinta-feira | 21h00

Conferência

PlatãoO Mago da Filosofia OcidentalPor Françoise Terseur | Filósofa e Escritora

Entrada livre

Dia 17 | Terça-feira | 15h00Início de Curso

Filosofia para o Desenvolvimento Pessoal ao alcance de todos

(em 16 sessões – quartas das 15h às 17h)

Inscrições abertas (100 € ou 4 mensalidades de 30€, des-

conto de 50% para jovens até 25 anos)

Dia 17 | Terça-feira | 20h00

Início de Curso

Filosofia para o Desenvolvimento Pessoal ao alcance de todos(em 20 sessões – terças e quintas das 20h às 22h)

Inscrições abertas (100 € ou 3 mensalidades de 40€, des-

conto de 50% para jovens até 25 anos)

Dia 21 | Sábado | 16h00 - 19h00Ciclo de Cultura para Todos

Egipto – Terra de MistériosPor José Ramos | Director da Nova Acrópole em Coimbra

A Arte no RenascimentoPor Françoise Terseur | Filósofa e Escritora

Entrada livre

Por

to

Contactos para informações e inscriçõesAv. da Boavista, 1057 | 4100-129 Porto

Tel.: 226 009 277 / 918 058 [email protected] | www.novaacropoleporto.org

Dia 9 | Sexta-feira | 19h00 – 21h00

Curso

Como Falar Bem em Público(3 aulas, 2h por semana, dias 9, 16 e 23 Março)

Participação: 25€ (jovens até 30 anos: 15€)

Inscrições Abertas

Dia 9 | Sexta-feira | 21h30 Conferência-audiovisual

Arte e Psicologia: Imagens parao Autoconhecimento

Por José Carlos Fernández

Director Nacional da Nova Acrópole

Entrada livre

Dia 10 | Sábado | 10h00 – 13h00 Seminário

Matemáticae Arquitectura Sagradas:

Egipto | Cónicas | Fractais e Esté-tica do Caos

Por José Carlos Fernández

Director Nacional da Nova AcrópoleParticipação: 20€ (jovens até 30 anos: 10€)

inscrições até 8 Março

Dia 13 | Terça-feira | 19h30 – 21h30Curso

Atenção, Concentração, Meditação (3 aulas, 2h por semana: dias 13, 20 e 27 Março)

Participação: 25€ (jovens até 30 anos: 15€)

Inscrições Abertas

Dia 23 | Sexta-feira | 21h30 Tertúlia literária

“Eneida” de VirgílioPor Maria Emília Ribeiro | Formadora

Entrada livre

Jan-Abr 2012 | Distribuição Gratuita3131

Contactos para informações e inscriçõesRua do Brasil, 194 R/C Dto. | 3030-775 Coimbra

Tel.: 239 108 209 / 933 931 [email protected]

Dia 26 | Quinta-feira | 21h00

Actividade Hygea para a Promoção da Saúde

Para o acompanhamentoe dignificação no morrer

Por José Ramos | Médico de Medicina Tradicional Chinesae Responsável Nacional do Programa Hygea

Entrada livre

FevereiroDia 2 | Quinta-feira | 21h00

Conferência

Os Caminhos Secretos da MemóriaPor Françoise Terseur | Filósofa e Escritora

Entrada livre

Dia 11 | Sábado | 16h00 - 19h00Ciclo de Cultura para Todos

Poesia Mística do MundoDeclamações a cargo do Grupo de Teatro Mythos

da Nova Acrópole

A Linguagem dos SonhosPor Françoise Terseur | Filósofa e Escritora

Entrada livre

Dia 25 | Sábado | 16h00 - 19h00Ciclo de Cultura para Todos

Ciência, Filosofia e Religião da LuzPor José Carlos Fernández

Director Nacional da Nova Acrópole

Entrada livre

MarçoDia 8 | Quinta-feira | 21h00

Actividade Hygea para a Promoção da Saúde

Como as emoções e pensamentos se reflectem no corpo

Por José Ramos | Médico de Medicina Tradicional Chinesa e Responsável Nacional do Programa Hygea

Entrada livre

Dia 10 | Sábado | 16h00 - 19h00

Ciclo de Cultura para Todos

A Educação através dos Contos InfantisPor Sónia Conceição

Avanços tecnológicos na antiguidadePor José Ramos | Director da Nova Acrópole em Coimbra

Entrada livre

Dia 29 | Quinta-feira | 21h00

Workshop

Introdução à Meditação Mind Fulness e a Psicologia da Aceitação

Por Carlos Sofia | Psicólogo

Dia 30 | Sexta-feira | 21h00

“Caixa de Música” - Concerto Comentado

Mozart e Haydn – O lado solar do classicismo musical

Por Jorge Fontes | Pianista

Entrada livre

Dia 31 | Sábado | 16h00 - 19h00

Ciclo de Cultura para Todos

Tesla, o Enamorado da ElectricidadePor João Ferro | Engº e Dir. da Nova Acrópole em Aveiro

As Origens do Movimento HippiePor Françoise Terseur | Filósofa e Escritora

Entrada livre

Boletim Filosófico | Conhece-te a ti mesmo | Nº 832

Uma ONG para promover o enriquecimento do Homeminterior e a fraternidade filosófica entre os seres humanos

A Nova Acrópole é uma Organização Não Governamental In-ternacional de carácter filosófico, cultural, social e ecológico. Foi fundada em 1957, em Buenos Aires, pelo Prof. Jorge Angel Livraga (1930-1991), historiador e filósofo.

A Nova Acrópole promove o enriquecimento do Homem In-terior e a fraternidade entre os seres humanos através de acti-vidades de carácter filosófico, cultural e de voluntariado social e ecológico. Num espírito ecléctico fomenta a prática dos en-sinamentos dos grandes sábios de todos os tempos, sabendo que a aplicação do conhecimento gera um indivíduo melhor que, por sua vez, pode dar o seu contributo na construção de um mundo novo e melhor. Como afirmava Gandhi, devemos ser a mudança que desejamos para o mundo.

A experiência viva da Filosofia sustenta um modelo de cultu-ra activa e participativa que desperta as melhores qualidades de cada um e amplia o horizonte mental, que se abre a todas as manifestações do espírito. Este estilo de cultura torna-nos livres e melhores.

A vocação de serviço à humanidade concretiza-se num de-cidido compromisso para com a sociedade de hoje e o futuro, através de uma vontade dirigida a encontrar respostas e solu-ções para as grandes interrogações, que provoca em nós um mundo cheio de contradições e desafios.

A acção da Nova Acrópole tem como eixo fundamental a FORMAÇÃO filosófica que se reflecte em duas vertentes fun-damentais de actividades: VOLUNTARIADO social e ecológico e CULTURA. A sua carta de fundação assenta nos seguintes três princípios:

I. Reunir Homens e Mulheres de todas as crenças, raças e condições sociais em torno de um ideal de fraternidade universal;

II. Despertar uma visão global através do estudo comparado da Filosofia, das Ciências, Religiões e Artes;

III. Desenvolver as capacidades do indi-víduo para que possa integrar-se na Natureza e viver segundo as caracte-rísticas da sua própria personalidade.

Todos aqueles que partilhem estes prin-cípios podem associar-se à Nova Acrópole como Membros após a frequência do 1º nível do programa de formação.

www.nova-acropole.pt