CONHECER OU (RE)VISITAR PORTUGAL, DE NORTE...

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Roteiro Turístico CONHECER OU (RE)VISITAR PORTUGAL, DE NORTE A SUL, EM DEZ DIAS É muito agradável (re)descobrir alguns dos belos e incríveis lugares de Portugal, e um desafio falar apenas de alguns, pois não apenas Lisboa, Porto e Coimbra possuem uma infinidade de locais interessantes para visitar, e dez dias passam muito depressa. Aqui ficam algumas sugestões, começando pela bela capital: Lisboa, a Cidade “Alfacinha” ou Cidade das Sete Colinas “Pois ficareis alfacinhas para sempre, cuidando que todas as praças deste mundo são como a do Terreiro do Paço…” (Almeida Garret, in Viagens na Minha Terra, 1846) Lisboa é a cidade mais visitada de Portugal. Existem motivos mais do que suficientes capazes de torná-la o seu destino de férias preferido. As características geomorfológicas da cidade surpreendem o visitante com magníficas panorâmicas, onde o contraste da luz sobre as colinas e o Tejo se renova constantemente. É uma cidade de fácil acesso, quer se chegue de avião, de carro ou de barco. O Aeroporto Internacional de Lisboa fica situado apenas a 7 quilômetros do centro da cidade. Locais a visitar: A capital de Portugal ostenta, orgulhosa, um passado repleto de História e todo o desenvolvimento ocorrido nos últimos anos, principalmente depois da adesão à União Europeia. Não é difícil orientar-se em Lisboa. Como principal ponto de referência, o visitante/turista que se encontra no centro da cidade, região que concentra as principais atrações, tem, ao sul, o rio Tejo (o maior rio da Península Ibérica).

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Roteiro Turístico

CONHECER OU (RE)VISITAR PORTUGAL,

DE NORTE A SUL, EM DEZ DIAS

É muito agradável (re)descobrir alguns dos belos e incríveis lugares de Portugal, e um

desafio falar apenas de alguns, pois não apenas Lisboa, Porto e Coimbra possuem

uma infinidade de locais interessantes para visitar, e dez dias passam muito depressa.

Aqui ficam algumas sugestões, começando pela bela capital:

Lisboa, a Cidade “Alfacinha” ou Cidade das Sete Colinas

“Pois ficareis alfacinhas para sempre, cuidando que todas as praças deste mundo são

como a do Terreiro do Paço…” (Almeida Garret, in Viagens na Minha Terra, 1846)

Lisboa é a cidade mais visitada de Portugal. Existem motivos mais do que suficientes capazes de torná-la o seu destino de férias preferido. As características geomorfológicas da cidade surpreendem o visitante com magníficas panorâmicas, onde o contraste da luz sobre as colinas e o Tejo se renova constantemente. É uma cidade de fácil acesso, quer se chegue de avião, de carro ou de barco. O

Aeroporto Internacional de Lisboa fica situado apenas a 7 quilômetros do centro da

cidade.

Locais a visitar:

A capital de Portugal ostenta, orgulhosa, um passado repleto de História e todo o

desenvolvimento ocorrido nos últimos anos, principalmente depois da adesão à União

Europeia. Não é difícil orientar-se em Lisboa. Como principal ponto de referência, o

visitante/turista que se encontra no centro da cidade, região que concentra as

principais atrações, tem, ao sul, o rio Tejo (o maior rio da Península Ibérica).

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Rua Augusta, com seu famoso arco. Ao fundo, o Terreiro do Paço e o rio Tejo – Lisboa.

Aproveite a sua estadia em Lisboa para conhecer alguns dos locais e monumentos de

maior tradição. Comece por visitar o Castelo de São Jorge (conquistado dos mouros

em 1147): conheça a Olisipónia, a Torre de Ulisses; descubra os canhões apontados

ao Tejo; passeie pelas plataformas das muralhas; tire algumas fotos e aprecie a

belíssima panorâmica. É um espetáculo deslumbrante, sobretudo à noite ou ao pôr-do-

sol. Em seguida, pegue o elétrico 28 (que é uma espécie de bondinho) e desça ao

Chiado. Visite o Largo de Camões e a estátua erigida em homenagem ao poeta.

Deguste um bom café brasileiro no Café “A Brasileira”. Aproveite para tirar uma foto ao

lado do poeta Fernando Pessoa, visitar os Grandes Armazéns do Chiado e dar uma

voltinha no Elevador de Santa Justa (Subindo da Rua de Santa Justa, na Baixa, ao

Largo do Carmo, este transporte público, em estilo neogótico, forma uma torre de 45

metros de ferro fundido e betão armado, enriquecido com trabalhos em filigrana. Do

topo do elevador descobre-se toda a Baixa Lisboeta e o Castelo de São Jorge. É

grande a emoção que se sente durante os escassos minutos da lenta viagem, rumo

aos céus, sobretudo ao sair, e o vento fresco acaricia o rosto).

Estátua do poeta Fernando Pessoa na esplanada do café A Brasileira – Chiado, Lisboa.

Na descida do Castelo o turista encontrará também a Sé de Lisboa, monumental

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edifício que merece ser visitado (catedral medieval, românica e gótica, em cujo

claustro se observam vestígios da cidade da época visigótica e romana), e a Igreja de

Santo António (construção barroca, século XVIII).

Largo de Camões. Ao centro, monumento a Camões representando o poeta de capa e espada, em estátua de bronze com 4 metros de altura. Assenta sobre um pedestal oitavado de mármore branco com 7,5 metros. Em redor, 8 estátuas, de pedra de lioz, de 2,40 metros de altura. Representam 8 vultos notáveis da cultura e das letras: o historiador Fernão Lopes, o cosmógrafo Pedro Nunes, o cronista Gomes Eanes de Azurara, o escritor João de Barros, o historiador Fernão Lopes de Castanheta e os poetas Vasco Mouzinho de Quevedo, Jerónimo Corte-Real e Francisco de Sá de Menezes. Ao fundo, o consulado do Brasil em Lisboa.

Bairro Alto (e suas famosas Casas de Fado); Judiaria; Mouraria; Graça; Alfama (um

dos locais mais típicos da cidade, datado da época medieval); Feira da Ladra; Lapa;

Amoreiras; Museu Nacional de Arte Antiga; Museu Nacional do Azulejo; Museu da

Ciência; Aqueduto das Águas Livres; Convento do Carmo; Panteão Nacional;

Fundação Calouste Gulbenkian; Arquivo Nacional da Torre do Tombo; Príncipe Real;

Miradouro de São Pedro de Alcântara; Miradouro de Santa Catarina (ou Adamastor,

devido à alegoria ali presente) e Basílica da Estrela são visitas que o turista/visitante

não deve perder.

Os jardins de Lisboa fazem da cidade um lugar deveras aprazível. Árvores e plantas exóticas trazidas de outras paragens durante a época dos Descobrimentos, levaram à criação de numerosas praças, quintas e palácios com importantes jardins, integrando coleções de plantas tropicais e subtropicais. Parque Eduardo VII; Jardim Botânico da Ajuda; Jardim Botânico da Faculdade de Ciências; Jardim do Campo Grande; Jardim Amália Rodrigues; Jardim Vasco da Gama: Jardim da Estrela; Jardim da Fundação Calouste Gulbenkian; Jardins de Belém e os Jardins do Parque das Nações são merecedores de uma visita.

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Uma das fontes da Praça do Rossio, ou Praça D. Pedro IV, e Teatro Nacional D. Maria II. No meio desta lindíssima praça, no “coração” de Lisboa, ergue-se, a 18 metros de altura, uma estátua de bronze de D. Pedro IV – Imperador Pedro I do Brasil, o Libertador, ou ainda, o rei Soldado. Na mão direita segura o foral por ele outorgado, dando origem à independência do Brasil. Os ombros encontram-se cobertos pelo «Régio Manto» e a cabeça coroada de louros. Nos ângulos da base do pedestal apresentam-se quatro figuras femininas simbólicas - a Justiça, a Sabedoria, a Força e a Moderação - qualidades atribuídas ao monarca. O segundo envasamento é ornamentado com os escudos de 16 cidades do país.

A Praça do Rossio constitui um dos ex-libris da capital portuguesa. O seu “tapete empedrado”, típica calçada portuguesa, lembra o ondulado do mar, formado por ondas pretas e brancas. A praça é famosa pelas suas fontes que exibem figuras mitológicas, pelo Teatro Nacional D. Maria II, pela exuberância do monumento dedicado a D. Pedro IV e pelo Café Nicola - lugar de visita obrigatória - um dos cafés históricos de Lisboa. Era o preferido do poeta Manuel Maria Barbosa du Bocage e é tão turístico que o cardápio está escrito em quase todas as línguas.

Estátua equestre de D. João I e vista para o Castelo. Na estátua, executada em bronze, o décimo rei de Portugal, está representado como dirigente e conquistador, comandando, no seu cavalo - este com a cabeça baixa, em sinal de obediência - o país, e empunhando o ceptro, símbolo da autoridade. As inscrições no pedestal, reforçadas pela presença de dois medalhões, representam Nuno

Álvares Pereira e João das Regras, evocando a revolução de 1385. Praça da Figueira, Lisboa.

Os lugares mais famosos da capital portuguesa situam-se na zona antiga ou Baixa

Lisboeta ou, ainda, Baixa Pombalina, pois deve o seu nome ao famoso Marquês de

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Pombal, ilustre primeiro Ministro do rei D. José I, que, após a grande destruição da

baixa da cidade devido ao grande Terremoto de Lisboa, ele próprio se encarregou da

sua reconstrução.

Rua do Alecrim, subindo o Chiado e avistando ao fundo, o Tejo – Lisboa.

O Chiado, situado entre o Bairro Alto e a Baixa Pombalina é considerado, por muitos, o bairro mais elegante de Lisboa.

Pelas suas ruas - rua do Carmo, rua das Flores, rua do Alecrim - repletas de charme, desfilaram nomes ilustres da

literatura e poesia portuguesa, como Florbela Espanca, Bocage, Camões, Eça de Queirós, Fernando Pessoa, Almeida

Garret, Camilo Castelo Branco, António Feliciano de Castilho, Trindade Coelho, António Botto, Cesário Verde, Aquilino

Ribeiro, José Régio, Alves Redol, Jorge de Sena, Mário de Sá Carneiro e o próprio poeta Chiado que emprestou o seu

nome ao famoso bairro alfacinha.

Na Baixa Lisboeta, o turista não pode deixar de visitar: a Praça do Marquês de

Pombal, a Praça dos Restauradores e a Praça do Comércio e ruas envolventes, como

a Rua do Ouro, a Rua da Prata, a Rua Augusta e seu famoso Arco Triunfal

(semelhante ao Arco do Triunfo, em Paris), assim como o Cais do Sodré – onde pode

observar os enormes cacilheiros que fazem o transporte de passageiros para a outra

margem do Tejo. Para os adeptos de futebol, é imperdível uma visita aos

monumentais estádios do Sport Lisboa e Benfica e do Sporting Club Portugal.

Praça do Comércio ou Terreiro do Paço,– Lisboa.

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A praça, junto ao rio Tejo, em plena Baixa Lisboeta, tem na sua parte central a estátua equestre de D. José I, 25.º rei de Portugal. O monumento foi erguido sobre um elaborado pedestal em pedra de lioz e tem cerca de 14 metros de altura. Na sua base, as figuras aladas laterais, uma masculina e outra feminina, são alegorias ao Triunfo e à Fama. O primeiro conduz um cavalo fogoso pisando um guerreiro vencido. A segunda, um elefante derrubando um escravo, animais que representam a ação dos portugueses na Europa e na Ásia. Estes erguem-se sobre duas figuras humanas representando os continentes americano e africano que se submeteram ao domínio lusitano. Na parte superior, a estátua em bronze de D. José I, a cavalo. Empunha o ceptro real e está vestido à romana, com a capa curta da Ordem de Cristo. O rei cavaleiro olha para o Tejo, enquanto o cavalo esmaga serpentes com suas patas. Na face voltada para o arco da Rua Augusta, está uma alegoria em baixo relevo que representa a Generosidade Real (levantando Lisboa destruída no terramoto de 1755) e o Amor da Virtude, qualidades atribuídas ao monarca. Na magnífica composição ainda se encontra representado Ulisses, admirando a reconstrução da cidade; a História, que surge escrevendo os feitos de alto merecimento; a Providência, figura com as chaves e o leme na mão; e a Arquitetura,

que segura um esquadro, um compasso e um papel em que se vê o desenho da cidade. Na parte frontal do monumento estão as armas reais e a efígie do Marquês de Pombal, braço direito do rei, e a figuração do Senado, representando o poder político. A relação do monumento com o Arco da Rua Augusta intensifica de modo espetacular a afirmação do poder real. Um elegante e harmonioso conjunto, pela elegância do cavalo e o

porte do cavaleiro, classificado como uma das mais belas estátuas do mundo. Reconstruída após o Terramoto de 1775, a Praça do Comércio é o centro monumental da cidade. Era neste local que antigamente se reuniam os barcos dos mercadores que traziam as especiarias das Índias. Diz-se que Lisboa é um templo gigante e que a porta de entrada é junto ao rio Tejo. Assim sendo, a entrada nobre da cidade das Sete Colinas é, sem dúvida, a belíssima Praça do Comércio.

Existe uma grande variedade de meios de locomoção em Lisboa: metrô, taxi,

autocarro (ônibus), comboio (trem), elevadores e elétricos (bondinhos). Estes últimos

são movidos a eletricidade e atravessam toda a cidade, com a particularidade de

serem completamente de cor amarela. São uma ótima alternativa para o turista que

deseja conhecer toda a cidade.

Se pretender utilizar o táxi como meio de transporte na cidade, como referência, saiba

que o taxímetro deve marcar no início da viagem €2 (dois euros) durante o dia, e €2,5

no período noturno. As tarifas têm como base de cálculo o produto dos quilómetros

percorridos pelo preço por quilómetro (km=€0,45 / durante o dia e km=€0,45 no

período noturno – preços em 2011).

Torre de Belém, um dos ex-libris de Lisboa, e área envolvente.

É um dos monumentos mais expressivos da capital portuguesa. Foi construída na época das Descobertas para a

defesa da cidade de Lisboa. Localiza-se na margem direita do Tejo, onde existiu outrora a Praia de Belém. Destaca-se

pelo nacionalismo implícito, visto que é todo rodeado por decorações do Brasão de Armas de Portugal, incluindo

inscrições da Ordem de Cristo. Parte de sua beleza reside na decoração exterior, adornada com cordas e nós

esculpidos em pedra, galerias e torres de vigia no estilo mourisco e ameias em forma de escudos decoradas com

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esferas armilares, a cruz da Ordem de Cristo e elementos alusivos às Navegações. O interior é em estilo gótico. Serviu

como armaria, farol, e prisão política, na época da ocupação filipina. Foi classificada como Patrimônio Mundial pela

UNESCO, em 1983, e eleito como uma das maravilhas de Portugal, em 2007.

Ao longo dos tempos, a bela Lisboa pousada sobre o Tejo tem inspirado inúmeros artistas e foi homenageada por pintores e poetas de todas as nacionalidades. Nela, passado e presente coexistem de forma harmoniosa, e a sua luminosidade realça a imponência dos seus monumentos e a beleza do estuário do Tejo, esse majestoso curso de água que está sempre presente na paisagem, na vida dos lisboetas e dos próprios turistas que, no dobrar de cada inesperada esquina ou olhando pelas mais improváveis janelas ou miradouros, com ele se deparam a todo o momento. Lisboa e Tejo, Tejo e Lisboa, são parceiros inseparáveis desde a fundação da cidade. Na margem direita do rio, Rua de Belém, número 84, é imprescindível visitar o lugar onde são confeccionados os famosos Pastéis de Belém, ou Pastéis de Nata: a Confeitaria de Belém. Só aqui se encontram os verdadeiros e originais (apesar de outras confeitarias também os fabricarem). Saídos do forno, quentinhos e crocantes, são uma delícia quando polvilhados com canela e açúcar em pó. Conseguir mesa no local é muito difícil, pois a fila é sempre enorme, mas os melhores pastéis do mundo merecem qualquer tipo de sacrifício.

Padrão dos Descobrimentos – Belém, Lisboa.

Popularmente conhecido como Monumento aos Navegantes, fica localizado na margem direita do rio Tejo. O

monumento é imponente e recente. Foi inaugurado em 1960, no contexto das comemorações dos quinhentos anos da

morte do Infante D. Henrique, o Navegador, para homenagear os elementos envolvidos no processo dos

Descobrimentos Portugueses. Foi erguido a 50 metros de altura, em betão, e tem 46 metros de comprimento.

Representa uma caravela com o escudo de Portugal, nos lados, e a espada da Casa Real de Avis sobre a entrada. D.

Henrique, o Navegador, ergue-se à proa, com uma pequena caravela nas mãos. Em duas filas descendentes, de cada

lado do monumento, em pedra de lioz, estão as estátuas de 33 heróis portugueses ligados aos Descobrimentos. Na

face ocidental encontra-se o poeta Camões, com um exemplar de Os Lusíadas, o pintor Nuno Gonçalves, com uma

paleta, bem como famosos navegadores, cartógrafos e reis.

No interior do monumento existe um elevador que vai até ao sexto andar e uma escada que dá acesso ao topo, de

onde se descortina um belo panorama de Belém e do rio Tejo. A cave é usada para exposições temporárias. A norte do

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monumento, desenhada no chão, uma rosa-dos-ventos de 50 metros de diâmetro e um mapa do mundo, pontilhado de

galeões e sereias, assinalando as rotas dos descobridores.

Paragem obrigatória na Torre de Belém, no CCB (Centro Cultural de Belém), no

Padrão dos Descobrimentos e estuário do rio Tejo, onde ele se encontra com o mar.

Daqui poderá avistar a enorme estátua de Cristo Rei, ex-libris de Almada.

(Mosteiro dos Jerónimos – Lisboa)

Ninguém pode ir a Lisboa e deixar de visitar o Mosteiro dos Jerónimos, testemunho

monumental da riqueza dos Descobrimentos portugueses. O magnífico e imponente

edifício teve a sua construção iniciada em 1501 e as obras duraram aproximadamente

um século. Considerado a joia da arquitetura manuelina, o mosteiro é o mais belo

conjunto monástico de Portugal e um dos mais belos da Europa. Está situado a uma

curta caminhada do Padrão dos Descobrimentos. Destacam-se em seu interior, o

Claustro e os túmulos dos reis D. Manuel I e sua esposa, D. Maria, D. Henrique e

ainda os de Vasco da Gama e de Luís de Camões. O nome Mosteiro dos Jerónimos

deve-se ao fato de o edifício ter sido entregue à Ordem dos Jerónimos, aqui

estabelecida no ano de 1834.

No outro extremo do imponente edifício fica situado o Museu da Marinha, cuja visita é

também obrigatória. Próximo ao Mosteiro fica o interessantíssimo Museu Nacional dos

Coches. Nele estão carruagens e cabriolés de diversas épocas, feitas não somente

em Portugal, mas também na Itália, França, Espanha e Áustria. As peças cobrem um

período de três séculos e fornecem um painel muito interessante sobre transportes e

costumes de diferentes épocas. Carruagens utilizadas pela realeza e pelos nobres,

desde as ricamente ornamentadas destinadas aos eventos importantes, até as

discretíssimas e totalmente cobertas, destinadas a levar seus ocupantes para

encontros amorosos com o máximo possível de discrição. Não deixe de ver a

carruagem especialmente encomendada por D. João VI, quando regressou do Brasil.

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Parque das Nações – Lisboa.

E, já que estamos junto ao rio Tejo, vamos falar um pouco sobre o Parque das Nações. Em 1998, Lisboa sediou a Expo’ 98 (onde foi comemorado o 500º aniversário da chegada de Vasco da Gama à Índia), que teve como tema "Os Oceanos: um patrimônio para o futuro". Após o evento, o local recebeu o nome de Parque das Nações e esta é uma visita imperdível para qualquer turista ou visitante. Situado na margem direita do Tejo, é um espaço vivo, dinâmico e multifuncional, a marca da Lisboa contemporânea, um local onde os lisboetas se divertem. O local abriga diversas atrações, com destaque para o Oceanário (o maior aquário do mundo onde estão reproduzidos os cinco oceanos com suas respectivas variedades de peixes e mamíferos) que eternizou a ligação de Lisboa com o oceano. Outras atrações do local incluem ainda o Pavilhão do Conhecimento, teleférico, diversos restaurantes, área de shopping e o grande salão de eventos e shows, o Pavilhão Atlântico. No local, visite também a Estação do Oriente. Ainda sobre o rio Tejo pode observar a Ponte 25 de Abril e a moderna Ponte Vasco da Gama, considerada a ponte mais longa da Europa, com 17 quilômetros de comprimento, dos quais 10 estão sobre as águas do Tejo.

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Alojamento e Sabores de Lisboa

Em Lisboa há inúmeros hotéis, residenciais e albergues com ótima localização, boas

instalações e segurança, (como, aliás, há muita segurança em Portugal).

Existem variadíssimos lugares para fazer as suas refeições. Pode optar por

restaurantes luxuosos mas, se quiser comer nas simples e tradicionais "tasquinhas",

ficará, com certeza, muito bem servido. Nas “tasquinhas” normalmente há, também,

“noite de fados” pois é impensável visitar Lisboa e não ouvir o Fado e recordar a

famosa e saudosa fadista Amália Rodrigues. O preço médio de uma refeição ronda os

10 euros, com praticamente tudo incluído.

Em relação a bares e restaurantes, o visitante pode fique tranquilo pois em Portugal há

uma fiscalização feroz (a polícia da ASAE).

Um jantar em Lisboa é um evento especial. A cozinha portuguesa, com certeza, é um capítulo à parte em qualquer roteiro turístico.

Algumas sugestões: Bacalhau com Batatas a Murro; Bacalhau ao Chico Laje; Bacalhau à Brás; Bacalhau à Gomes de Sá; Bacalhau à Zé do Pipo; Pataniscas e Bolinhos de Bacalhau; Marisco na Cataplana; Cherne à Portuguesa; Amêijoas à Bulhão Pato; Pato à Moda de Braga; Favas guisadas com Chouriço; Cozido à Portuguesa; Rancho à Transmontana; Frango na Púcara; Rojões do Porto; Carapaus do Algarve; Sardinha na Brasa; Caldo Verde; Matrafões; Coelho à Caçador; Polvo à Lagareiro; Salada de Polvo; Arroz de Lulas etc.

E como sobremesa? Imperdíveis os doces conventuais, como o Toucinho do Céu e o Pastel de Santa Clara. Há ainda: Pão-de-Ló; Rabanadas com calda de Mel; Aletria gratinada; Queijadinhas; Trouxas de Ovos; Paridas; Barrigas de Freira; Papos de Anjo; Queijinho do Céu; Lampreia de Ovos; Ovos Moles de Aveiro e muito mais. Em Portugal, os doces tradicionais são preparados como uma obra de arte, dedicados a satisfazer os paladares mais exigentes.

Impossível, também, é não aproveitar a oportunidade para degustar os bons vinhos portugueses. Entre as regiões que se destacam na produção de vinhos de qualidade internacional estão o Alentejo, a Bairrada, o Douro (de onde vem o famoso Vinho do Porto), o Dão e o Minho. O visitante não precisa pagar mais euros que o necessário para ter um bom vinho acompanhando a sua refeição. Em qualquer restaurante é possível pedir o “Vinho da Casa” que costuma ser ótimo e muito mais em conta, não deixando nada a desejar, como acompanhamento de uma refeição memorável.

De Lisboa a Sintra O visitante não pode deixar de visitar os pontos turísticos próximos à capital, principalmente suas aprazíveis praias de areias finas e douradas, como é o caso da Praia da Costa da Caparica, Praia das Maças e Praia do Guincho. Saindo de Lisboa, seguindo a estrada marginal, em direção a Cascais, pode apreciar o rio Tejo e a Barra, onde ele desagua no Atlântico e “se faz mar”. A cidade de Cascais é uma famosa estância de veraneio onde ocorrem todos os anos, no verão, regatas e

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campeonatos de ski aquático, tênis e golfe. Visite: os lindíssimos edifícios e ruas pequenas que levam a lugares encantadores; a magnífica Marina de Cascais; o Forte; os Jardins; a Boca do Inferno e o riquíssimo patrimônio histórico, como o Museu Conde de Castro Guimarães, o Museu do Mar e as inúmeras igrejas.

Situado a vinte e cinco quilômetros de Lisboa, e a três quilômetros de Cascais, fica Estoril, cuja praia e Cassino (o Cassino do Estoril é o maior da Europa) são conhecidos mundialmente. Queluz, a quinze quilômetros de Lisboa, guarda um pouco da História do Brasil. O Palácio de Queluz possui uma importante coleção de mobiliário. Conheça o chão da Sala do Conselho, de jacarandá da Bahia.

Cabo da Roca, Parque Natural de Sintra-Cascais. O ponto mais ocidental de Portugal e da Europa.

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“Eis aqui, quase cume da cabeça

Da Europa toda, o Reino Lusitano,

Onde a terra se acaba e o mar começa

E onde Febo repousa no Oceano.”

(Luís Vaz de Camões, in Os Lusíadas, Canto III)

Imperdível uma paragem no Cabo da Roca, lugar onde o silêncio fala mais alto... E o

vento também! É o ponto mais ocidental de Portugal Continental, assim como da

Europa Continental. O cabo situa-se na freguesia de Colares (concelho de Sintra) e

forma o extremo ocidental da Serra de Sintra, precipitando-se sobre o Atlântico. Na

zona existe um farol, o Farol do Cabo da Roca, e área de comércio.

Palácio da Pena – Sintra. É uma das maiores expressões do Romantismo do século XIX no mundo e o primeiro palácio deste estilo na Europa. Foi mandado construir por D. Fernando II e é uma reconstituição fantasiosa e bem ao gosto romântico de um palácio medieval. Reflete uma multifacetada fusão de estilos arquitetônicos. No seu interior abriga diversas coleções de arte, pinturas, azulejos e trabalho em estuque nas paredes e tetos. Destaca-se, sobretudo, pelo Salão de Baile, primorosamente decorado e pela Sala Árabe, cujas paredes e tetos são preenchidos por magníficos frescos e pelo Retábulo da Capela, feito em alabastro e mármore do século XVI. O palácio situa-se num elevado pico da Serra de Sintra e está rodeado pelo vasto e esplêndido Parque da Pena, dotado de uma vegetação luxuriante e árvores exóticas.

"Em toda a terra portuguesa, em toda a terra da Europa, Sintra surge como um dos mais belos e raros lugares que a invenção prodigiosa da natureza logrou criar."

(Afonso Lopes Vieira, poeta português)

A vila de Sintra é, sem dúvida, um dos paraísos de Portugal, e um dos mais românticos do mundo. Dentro e fora da vila, o patrimônio arquitetônico harmoniza-se com a natureza de uma forma única, numa simbiose perfeita. Por essa e muitas outras razões foi classificada, pela UNESCO, em 1995, Património Mundial.

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O seu nome deriva da palavra cynthia, símbolo da lua na mitologia céltica. Os romanos chamavam-lhe Mons Lunae, o monte da lua. Essa carga mística, esse estigma com contornos quase sobrenaturais, mantém-se até hoje.

Sintra, panorâmica da vila.

Ao visitar Sintra, é obrigatório entrar na confeitaria Periquita e degustar os deliciosos

Travesseiros recém-saídos do forno, doce manufaturado, típico da região. Também

merecem especial atenção as queijadas, as nozes, os pudins de coco e o delicioso

chocolate quente. Tudo isto para ganhar energias e subir até ao Palácio da Pena, um

dos ex-libris de Sintra, residência de verão preferida dos reis portugueses. Para os

mais corajosos recomenda-se uma subida a pé, através da mata.

Visite, também, as ruas estreitas e suas casas típicas; as muralhas; matas e jardins;

museus; lojas de artesanato; os típicos bares e restaurantes; o Palácio Nacional de

Sintra (reconhecido pelas suas duas chaminés cónicas, alberga a maior coleção de

azulejos quinhentistas da Europa), verdadeiro ex-libris da vila e do país e os incríveis

miradouros e recantos que atraem anualmente milhares de turistas.

Palácio de Seteais, freguesia de São Martinho, Sintra.

Foi construído no século XVIII e é um exemplar da arquitetura neoclássica. É o

Palácio descrito como abandonado na famosa obra “Os Maias” de Eça de Queirós.

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Nesta região, o património natural é único. Integrada no Parque Natural Sintra-Cascais, a vila está rodeada de verde. A luxuriante vegetação, a intensidades das cores e os aromas variados convidam a passeios pelos jardins do Palácio de Monserrate, do Palácio de Seteais, ou, ainda, da Quinta da Regaleira. Visite-a e desvende os misteriosos símbolos esotéricos da Maçonaria e dos Templários.

E da serra ao mar é “um passinho”. As praias da costa de Sintra estão rodeadas de paisagens de grande beleza natural. Sugere-se um passeio até à Praia Grande ou até às Azenhas do Mar para saborear o peixe da região nos bons restaurantes existentes à beira mar. Mas, se gosta de bacalhau, não saia de Sintra sem antes degustar o Bacalhau Assado à Moda de Nafarros, servido na Adega Saraiva.

Santuário de Fátima - Cova da Iria, Fátima.

Um dos mais importantes santuários marianos do Mundo.

Saindo de Sintra, ou de Lisboa, para norte, é obrigatório passar, independentemente

de qualquer religião, no “Altar do Mundo”, o Santuário de Nossa Senhora de Fátima,

um dos maiores centro de peregrinação, a nível mundial. Conheça a Capelinha das

Aparições e a Basílica de Fátima, onde estão os túmulos dos pastorzinhos.

Mosteiro da Batalha, obra prima do gótico português – Batalha.

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Não muito distante do Santuário de Fátima fica o Mosteiro de Alcobaça, o Mosteiro da

Batalha (obras primas do gótico português, classificadas como património mundial

pela UNESCO), Leiria e a princesa do Mondego, Coimbra, a célebre cidade histórica e

de muitos encantos, que testemunhou o amor de D. Pedro e de D. Inês de Castro. Não

deixe de apreciar as belezas naturais do rio Mondego e de ouvir o Fado de Coimbra,

cantado pelas Tunas Académicas da Universidade. Visite também: o centro histórico

da cidade; a Sé Velha; a Sé Nova; o Jardim da Sereia; o Mosteiro de Santa Clara; as

antiquíssimas igrejas e as Ruínas de Conimbriga, a maior povoação romana de que há

vestígios em Portugal.

Coimbra e o rio Mondego

Lisboa, Coimbra e Porto são cidades lindíssimas. Cada uma tem encantos que as

outras não têm, mas todas dão testemunho de uma herança histórica e artística de

valor universal.

Porto, Minho e norte de Portugal

Seguindo para norte, sempre na autoestrada A1, junto à orla marítima (Costa Verde),

o visitante encontrará algumas cidades merecedoras de uma visita, como Aveiro, Ovar

e Espinho, quase às portas da cidade do Porto.

O Porto, cidade invicta, é a capital da região norte do país. Em 2001 foi considerada a

cidade da cultura (ao lado de Roterdão, na Holanda). Com o seu aeroporto

internacional, oferece os encantos de uma cidade à beira mar e à beira rio, dada a

proximidade do Oceano Atlântico e visto estar situada na foz do rio Douro.

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A cidade do Porto e suas pontes sobre o rio Douro

O centro histórico do Porto foi designado, pela UNESCO, em 1996, Patrimônio Mundial. O seu clima temperado e úmido é convidativo e os meses ideias para se visitar a região são junho, julho, agosto e setembro. Durante o inverno a temperatura na região norte do país pode atingir valores negativos.

A cidade mais importante do norte emprestou o seu nome ao licor mais famoso do mundo, o Vinho do Porto. Se optar por fazer uma visita à cidade, deve passear pelos seus bairros típicos (especialmente pela zona ribeirinha) e pela sua animada baixa.

Lugares a visitar: Museu Soares dos Reis; Casa de Serralves; Casa Museu de Guerra Junqueiro; Câmara Municipal; Estádio do Futebol Clube do Porto; Palácio da Bolsa; Palácio da Batalha; Palácio das Sereias; Palácio de Cristal; Palácio do Freixo; Casa da Música; Castelo do Queijo; Estação Ferroviária de São Bento; Farol de São Miguel; Universidade de Ciências e Muralha Fernandina.

As inúmeras Igrejas: Sé Catedral, edifício romano-gótico; Igreja de Cedofeita (romanesca); Torre e Igreja dos Clérigos (o ex-libris do Porto); Igreja de São Francisco, de origem romanesca com as suas gravuras douradas; Igreja do Carmo com as suas fachadas em azulejo; Igreja da Lapa; Igreja da Trindade; Igreja das Carmelitas e Igreja de Santa Clara.

Ponte D. Luís – Porto

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As famosas pontes sobre o rio Douro: Ponte D. Luís; Ponte da Arrábida; Ponte do

Freixo; Ponte do Infante e Ponte D. Maria, são outras obras representativas do

patrimônio arquitetônico da cidade.

Caves do Vinho do Porto – Vila Nova de Gaia

Não deve deixar de visitar as Caves e o Instituto do Vinho do Porto, situados na margem esquerda do rio Douro, em Vila Nova de Gaia, e de provar Vinho do Porto, gratuitamente. Pode ainda optar por fazer um cruzeiro ao longo do Douro, e conhecer a cidade da Régua e Pinhão, região dos famosos vinhedos onde é produzido o famoso vinho.

Conheça também as praias da região e alguns dos lindíssimos jardins: o Jardim de

São Lázaro, e o Jardim do Passeio Alegre, verdadeira obra prima que demorou vinte

anos a ser construída. Trata-se de um jardim romântico oitocentista à beira-rio,

ladeado por uma Alameda de Palmeiras e uma enorme quantidade de araucárias e

plátanos que parecem dançar, quando se agitam com a brisa vinda do mar. Alberga

uma série de elementos de grande valor: um chafariz em granito, proveniente do

antigo Convento de São Francisco; dois Obeliscos de Nasoni; um pequeno “chalet”

romântico construído em 1874; minigolfe; um coreto para realização de concertos

filarmónicos e um conjunto de sanitários públicos decorados com azulejos Arte Nova e

loiças inglesas.

Se visitar o Porto no mês de Junho, mês dos Santos Populares (Santo António, São

João e São Pedro), não pode perder uma das maiores festas do país, a festa de São

João, padroeiro do Porto. Trata-se de uma festa repleta de grandes tradições: comer

sardinhas assadas na brasa, beber bom vinho, saltar a fogueira, comprar um vaso de

manjerico com uma bela quadra para oferecer à pessoa amada, bater na cabeça dos

amigos com um “martelinho” de São João.

Sabores do Porto: sabores do norte

O Porto viu passar muitos séculos, muitas culturas e muitas gentes. A gastronomia tradicional faz parte desta riquíssima herança histórica.

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Quando se fala do Porto é imperativo falar de alguns pratos tradicionais entre os quais se destacam, pela sua história, as “Tripas à Moda do Porto” (uma espécie de dobradinha) prato que dá o nome aos habitantes da urbe - Tripeiros. Mais do que uma receita, este prato representa uma atitude bem presente no espírito das gentes do norte: dádiva, sacrifício, disponibilidade e hospitalidade. Também são muito famosas as “Francesinhas”. Não deixe de provar este prato tradicional em qualquer restaurante do Porto.

Francesinha, um dos pratos típicos da cidade do Porto

Na região da Costa Verde, podemos encontrar outros deliciosos pratos, tais como:

Caldo Verde; Bacalhau; Rojões e Pato com arroz, entre outros. A poucos quilômetros

do Porto, em Viana do Castelo, são famosos o Arroz de Bacalhau e o Polvo à

Margarida da Praça. Ao lado, em Caminha, o eiroz cozido e o sargo (peixes da

região). Em Paredes de Coura, o Bacalhau à Miquelina; em Monção, o cabrito assado,

o sável e a lampreia; em Melgaço, os presuntos. Em Trás-os-Montes é famoso o

presunto (perna de porco salgada e defumada), os folares e os enchidos: alheira,

linguiça, salpicão, morcelas e moiras.

Em relação às sobremesas nortenhas, há que salientar os ricos e variados doces conventuais (que eram confeccionados, tradicionalmente, pelas freiras dos conventos): Papos de Anjo; Doce de Travessa; Arroz Doce; Aletria; Rabanadas; Sonhos de Abóbora; Mexidos; Pão-de-Ló e outros doces à base de gema de ovo e de massa de amêndoa. No norte há, também, bons vinhos, não fosse o Douro uma das melhores regiões vitivinícolas do país. Verdes, maduros, brancos ou tintos, os vinhos desta região não precisam de apresentação.

Norte de Portugal - outros locais com interesse:

Amarante – Situada no norte de Portugal, entre o Porto e Vila Real, Amarante é atravessada

pelo rio Tâmega e rodeada de serras. Esta bonita cidade exibe com orgulho as suas casas do século XVII, cujas varandas de madeira colorida enfeitam as ruas estreitas. Conheça os restaurantes com terraços debruçados sobre o rio ou a bela ponte de São Gonçalo, que conduz ao monumental mosteiro do século XVI com o nome do mesmo santo.

Barcelos – Cidade medieval rodeada por muralhas com um calabouço. O Museu da

Cerâmica, o Museu Arqueológico do Palácio dos Duques, a Igreja da Paróquia (Romano -

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Gótica), as Igrejas do Terço, das Cruzes e o Convento Beneditino, são merecedores de uma visita. Faça um passeio pelo antigo bairro Judeu ou pelas ruas com casas medievais e solares de origem Barroca e de barco, no rio Cávado.

Braga – No coração do Minho, “Bracara Augusta”, como os romanos a batizaram, foi fundada

pelos Celtas em 300 a.C. Visite: a Catedral (construída no século XII); o Museu do Tesouro e de Arte Sagrada; o Museu do Palácio dos Biscainhos; o Museu Dom Diogo de Sousa; o Santuário do Bom Jesus do Monte, com a sua imponente escadaria de estilo Barroco; o Santuário de Nossa Senhora do Sameiro; o antigo Mosteiro de Tibães, datando do período dos Suevos e reconstruído no século XI e a Igreja de São Frutuoso de Montélios (templo visigodo do século VII).

Bragança - Cidade majestosa, capital de Trás-os-Montes, possui um castelo com muralhas

medievais, entre as quais está situada a Domus Municipalis, um exemplo único da arquitetura românica. Visite: a Catedral (século XVI); a Igreja de Santa Maria; a Capela da Casa da Misericórdia; o Convento e Igreja de Santa Clara (século XVI); o Convento e Igreja de São Bento (séculos XVII e XVIII); o Museu Abade de Baçal e o Museu dos Caminhos de Ferro, onde estão expostas locomotivas e carruagens do século XIX.

Chaves – No ano 78 d.C. os romanos fixaram-se no vale e no local onde hoje está situada a

cidade de Chaves. Construíram muralhas, estradas, pontes, barragem, termas e exploraram minas de ouro. O imperador Tito Flávio Vespasiano apelidou-a de “Aquae Flaviae" (Águas de Flávio), devido ás propriedades medicinais das suas águas que os romanos tanto valorizavam. Visite: a ponte romana (Ponte de Trajano) que atravessa a cidade e une as duas margens do Rio Tâmega, o mais notável monumento que foi herdado da ocupação romana; o castelo do século XIV que alberga o Museu Arqueológico e de Epigrafia; os fortes de São Francisco e de São Neutel (século XVIII), a Igreja da Paróquia (de origem românica) e a Igreja da Misericórdia (Barroco).

Guimarães – É a cidade berço de Portugal. No seu castelo de muralhas medievais nasceu o

primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques. Alberga um centro histórico magnificamente bem preservado. Visite: os claustros da Igreja da Nossa Senhora da Oliveira, onde está situado o Museu Alberto Sampaio; o claustro do Convento de São Domingos, onde está situado o Museu Martins Sarmento; o antigo Convento Dominicano, onde fica o Museu de Arte Sacra; o palácio medieval dos Duques de Bragança (século XV); a Igreja de São Miguel (Romanesca); a Igreja de Santos Passos (Barroco) e o Mosteiro da Santa Marinha da Costa.

Mirandela - No coração de Trás-os-Montes vale a pena visitar esta cidade, conhecida como a

“cidade jardim”, a “capital da cultura”, a “capital mundial do Jet-Ski”, a “terra das alheiras” e suas numerosas estátuas, monumentos e jardins. Visite, também: a Igreja Matriz (setecentista); os Paços do Concelho, ou Palácio dos Távoras, igualmente do século XVII; a Ponte Românica e o Santuário de Nossa Senhora do Amparo, que proporciona uma bela panorâmica da cidade, do rio Tua e suas pontes.

Peso da Régua - É a capital comercial do vale do Douro, ou melhor, do Vinho do Porto. Ao

longo de séculos foi ponto de recolha do famoso vinho, que dali seguia em barris de madeira de carvalho, nos barcos rabelos, rio abaixo até à cidade do Porto. Visite: a Casa do Douro e o miradouro de S. Leonardo de Galafura, terra natal do escritor Miguel Torga. Uma vez aí, perceberá porque o escritor chamou o Douro de poema geológico.

Ponte de Barca – Terra de encanto, em pleno Minho. Visite o Jardim dos Poetas que contém

alguns dos principais monumentos da região e é um local ideal, juntamente com os parques à beira rio para piqueniques e passeios, pela sua atmosfera tranquila e encanto bucólico.

Viana do Castelo - Espalhada pela margem norte do estuário do rio Lima (onde pode

passear em barcos típicos), a cidade é famosa pelo seu artesanato e pelo colorido vestuário regional. Visite: a Igreja da Paróquia; os antigos Paços do Conselho (ambos de origem gótica); a Casa da Misericórdia (Renascimento, com um tesouro de arte sacra); a medieval Casa dos

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Arcos; o Convento de Santa Ana (século XVI) e o Museu Regional. Na zona alta está situado o Santuário de Santa Luzia de onde se tem uma vista fantástica da cidade, do rio Lima e do Oceano Atlântico.

Torre de Moncorvo - A vila orgulha-se das suas ruas de traçado medieval e, sobretudo, da

magnífica Igreja Matriz, do século XVI, com o seu retábulo setecentista que exibe cenas da vida de Cristo. Do castelo, ficaram restos da muralha e o curioso Arco da Senhora dos Remédios.

Vila Real - Cidade com uma grande riqueza arquitetônica relacionada com a religião. Visite: a

Catedral; a Capela de São Brás (Gótico); as igrejas de São Pedro e da Misericórdia (século XVI), São Dinis e Capela Nova (Barroco); a Igreja dos Clérigos; a Universidade de Trás os Montes e Alto Douro, (UTAD) e o famoso Palácio Mateus, uma obra de arte do Barroco, onde se realizam, atualmente, importantes eventos culturais.

Região Centro, Alentejo e Algarve E se uma visita ao Norte de Portugal é uma viagem no tempo que transporta até aos primórdios da nação, por entre antigas citânias celtas, castelos medievais, imponentes monumentos que preservam um rico manancial de histórias e lendas, rotas vinícolas, verdejantes florestas, pinhais e pomares a perder de vista, uma visita ao Centro de Portugal revela uma região de grandes contrastes. Enquanto que o litoral e o norte estão repletos de bonitas cidades e vilas, o interior é o coração verdejante do país, uma área de floresta protegida repleta de lagos cristalinos e picos cobertos de neve no inverno, atraindo milhares de turistas. A região é dominado pela Serra da Estrela, onde nascem os rios Mondego e Zêzere, com os picos mais elevados de Portugal Continental, onde é possível degustar o mais genuíno Queijo da Serra, um dos queijos mais famosos de Portugal e do mundo. Os passeios por esta região permitem descobrir ancestrais vales glaciários, seculares serranias, estâncias termais e vilas e cidades históricas, guardadas por castelos e muralhas que os primeiros reis de Portugal, mandaram construir para defesa do reino.

(Estátua de Pedro Alvares Cabral – Belmonte)

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É o caso de Viseu, Guarda e Belmonte, cidade berço de Pedro Alvares Cabral. Mais a sul, encontramos a belíssima Castelo Branco, Tomar e Évora, cidade-museu, onde vale a pena visitar o Templo Romano dedicado à deusa Diana; a Sé Catedral; a Vila Romana; a Anta Grande do Zambujeiro e a Capela dos Ossos (só existem dois exemplares no mundo).

(Castelo dos Templários – Tomar)

Estamos no Alentejo, ou seja, além (do) Tejo. A natureza privilegiou estas paragens com paisagens de sublime valor: intermináveis planícies revestidas de sobreiros, campos de girassóis, vinhedos e olivais. Pequenas aldeias e vilas adormecidas no tempo conferem ao Alentejo um fascínio muito especial, enquanto que as suas cidades encerram velhas memórias romanas e mouriscas. A deliciosa gastronomia alentejana comprova a inventividade do seu povo, e os inebriantes vinhos atestam o carácter caloroso das gentes alentejanas.

(Praia da Marinha – Lagoa, Algarve)

Na região mais a sul de Portugal, visite o Algarve soalheiro, que faz fronteira com o Alentejo, a norte; com o Oceano Atlântico, a sul e a oeste; e a leste, o rio Guadiana marca a fronteira com a Espanha. A região possui inúmeras praias de areia fina e dourada, animadas estâncias balneares e enormes campos de golfe. Terra de extraordinária beleza natural, preserva zonas que servem de escala a milhares de

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aves migratórias. No interior montanhoso, entre as pitorescas cidades históricas e tranquilas explorações agrícolas, a floração das amendoeiras oferece momentos de especial encanto. Visite: as lindas praias e miradouros de Portimão; as movimentadas cidades de Faro, Lagos, Portimão; as maravilhosas praias de Albufeira, Lagoa, Tavira e Vila Real de Santo António.

(Lagos – Algarve)

Historicamente, o Algarve foi a última região a ser (re)conquistada aos mouros

(também conhecidos por árabes ou muçulmanos) e a fazer parte do reino de Portugal,

em 1292. As influências mouriscas são visíveis por toda a região. O próprio topónimo

Algarve é de origem muçulmana, provindo do termo "al-Gharb”. A arquitetura típica da

região, casas brancas com terraços e chaminés tipicamente mouriscos, as

amendoeiras, laranjeiras e outras árvores de fruto que pelos campos algarvios se

multiplicam, assim como vários topónimos, são também heranças mouriscas que se

fincaram na região durante séculos.

Folclore e artesanato, artes bem portuguesas Folclore artesanato simbolizam a cultura popular e apresentam grande importância na identidade de um povo. Mesmo sendo um país pequeno, Portugal possui um folclore muito rico e diversificado, de norte a sul e da Madeira aos Açores.

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Rancho Folclórico de Cabreiros, Baixo Minho

O Minho é a região onde o folclore é mais vivo, diversificado e colorido. As danças e os cantares que o caracterizam constituem hoje um cartaz turístico-cultural admirável, mercê da alegria desbordante que as gentes minhotas transportam para as danças e os cantares tradicionais. Entre todas as danças, desde o fandango, passando pela chula, malhão e caninha-verde, a que melhor caracteriza o folclore minhoto é o vira, graças ao ritmo e vibração que lhe é imposto pelos ágeis pares de dançadores, e pelo som exuberante e compassado da tocata tradicional, composta por bombos, violas braguesas, ferrinhos, cavaquinhos e concertinas. Não há ninguém que fique indiferente a este hino de celebração da vida, de consagração do espírito de festa e de harmonia com o mundo e a natureza.

Em Portugal, a variadíssima e dispersa produção artesanal, atesta bem a riqueza e a importância desta atividade econômica complementar em muitos agregados familiares. Nas diversas regiões do país, os artesãos dão vida a materiais como a cerâmica, metal, vidro, tecidos, azulejos, linhas, e muitos outros.

Lenço dos Namorados: uma carta de amor bordada – região do Minho.

Os Lenços dos Namorados eram bordados segundo o gosto das bordadeiras, geralmente moças em idade de casar, que tiravam do seu enxoval uma peça de linho ou de algodão, e nela colocavam as formas que o coração lhes ditava: versos, flores, corações, borboletas, barcos, pombos, símbolos religiosos e a chave para abrir o coração do amado.

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Depois de bordado, a moça oferecia-o ao dono do seu coração. Se ele decidisse usá-lo publicamente, iniciava-se o namoro. Em caso contrário desmoronava-se o sonho da romântica bordadeira.

Nos lenços, verdadeiras cartas de amor bordadas, os erros ortográficos eram propositados e serviam para manifestar aquilo que todo o ser humano anseia sentir, pelo menos, uma vez na vida: a loucura e a cegueira provocada pelo amor. Mas o povo sabe que nos lenços mais antigos, os erros ortográficos eram comuns, dada a falta de instrução das moçoilas que os bordavam. E qual o singelo erro que não é perdoado, e às vezes até com uma lágrima cara abaixo, na hora de ler lindos versos como este: “Aqui tens meu curação e a chabe pró abrir. Num tenho mais que te dar, nem tú mais que me pedir” e também este: “Bai carta feliz buando no bico dum passarinho. Cando bires meu amor, dale um abrasso e um veijinho”. É assim o encanto dos lenços dos namorados, uma peça de artesanato e vestuário típico do Minho. A peça na foto foi bordada com cores garridas e apresenta os seguintes versos:

“Curação por curação

Amor num troques o meu.

Olha que meu curação

Sempre foi lial ó teu”

A cerâmica está presente em todo o país, mas na região das Caldas da Rainha, o setor da louça tradicional é um patrimônio artístico que se pretende preservar.

Para quem gosta de Filigrana (a arte - genuinamente portuguesa, tradicionalmente minhota - de trabalhar o ouro, a prata e o bronze), recomenda-se uma visita à região do Minho, com destaque para Póvoa de Lanhoso, no distrito de Braga, onde a delicada arte da filigrana é uma atividade com um papel importante na economia da região.

Elegante peça em filigrana portuguesa, a mais fina e elaborada do mundo.

Tapeçaria e a tecelagem são artes que encontram grande expressividade na região de Arraiolos e Portalegre. Olaria, cestaria, latoaria, ferraria, correaria, tanoaria, funilaria, entalharia e tamancaria, são artes ancestrais, com segredos passados de pais para filhos. Hoje, poucos filhos querem aprender essas artes e, por este andar, algumas serão esquecidas em poucos anos.

As rendas e bordados de Viana do Castelo e da Ilha da Madeira são famosos no mundo inteiro, mas um pouco por todo o território português se fazem lindíssimas peças. É importante que o visitante sinta que, escondido atrás de um vaso de

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cerâmica, de uma tapeçaria ou de uma colcha de renda, há um artista que colocou um pouco de si mesmo no seu trabalho, e encheu nossos olhos de beleza e nosso coração de emoção.

Portugal Insular: Madeira e Açores

Em dez dias o visitante conheceu as principais atrações do território de Portugal

Continental e a hospitalidade do povo lusitano. Se dispuser de mais dez dias poderá

também conhecer as maravilhas de Portugal Insular: Madeira (oito ilhas de origem

vulcânica - Ilha da Madeira, Ilha de Porto Santo, 3 Ilhas Desertas e 3 Ilhas Selvagens)

e Açores (nove ilhas de origem vulcânica: Santa Maria, São Miguel, Terceira,

Graciosa, São Jorge, Pico, Faial, Corvo e Flores), verdadeiros paraísos para quem

ama a natureza, na forma de límpidas lagoas azuis emolduradas por flores;

elevadíssimos picos, montanhas e miradouros extasiantes de terra e mar; crateras

profundas e verdejantes de antigos vulcões; paisagens que mantêm a pureza original;

bucólica tranquilidade; melodia do silêncio.

De fato, as pérolas portuguesas do Atlântico devem grande parte da sua fama às

esplêndidas paisagens revestidas de vegetação subtropical; ao maravilhoso clima; às

águas tépidas e convidativas onde é possível observar baleias, golfinhos e atuns; à

riquíssima gastronomia; à hospitalidade e simpatia de suas gentes que contagia os

visitantes e os faz querer regressar todos os anos a estes belos e seguros destinos de

férias.

Ana Ferreira