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CONHECIMENTO E INOVAÇÃO NAS EMPRESAS
Renata Lèbre La Rovere, Professora e Pesquisadora do Grupo
Inovação - IE/UFRJ
Aula 4
Estrutura da Aula
✓Redes e capital social (Chaminade e Roberts)
✓O papel das redes (Granovetter)
✓Sistemas Regionais de Inovação e Conhecimento (Cooke et al.)
Grupo Inovação – Instituto de Economia da UFRJ 3
O papel das redes
✓Redes sociais: unidade de análise que permite entender
interação entre níveis micro e macro
✓Pessoas desenvolvem laços, cuja força depende de tempo,
intimidade, intensidade emocional e serviços recíprocos
✓Quanto maior é a frequência das interações, maiores os laços
de amizade
✓Se A e B são unidos por laços e A é unido a C, existe uma
probabilidade que B seja unido a C também; a ausência de
laços entre B e C é pouco provável
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O papel das redes
✓Ponte: definida como uma linha da rede que representa a
única possibilidade de relação entre dois pontos (indivíduos)
✓Laços fortes só podem ser pontes se nenhum dos envolvidos
tiver outros laços fortes; laços fracos não têm este tipo de
restrição
✓Assim, pontes tendem a ocorrer localmente; quanto maior a
rede, menor a possibilidade de ocorrerem pontes através de
laços fortes
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O papel das redes
✓Assim, qualquer coisa a ser difundida (p.ex. informação,
conhecimento, inovações) através da rede muito provavelmente
será difundida através de laços fracos
✓Isto explica por que inovações, por exemplo, tendem a ser
adotadas primeiro por grupo marginal dentro da rede, uma vez
que representam ruptura com padrões estabelecidos
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O papel das redes
✓Ao nível individual, laços fracos são fonte não apenas de
informações e conhecimento como também de oportunidades
(ex. mercado de trabalho)
✓Ao nível comunitário, laços fracos são fonte de confiança em
líderes e pontes que podem fundamentar ações coletivas; já
laços fortes podem provocar fragmentação de grupos
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Intangíveis, Capital Social e Inovação
Principais Modelos de Inovação
• 1ª geração: technology push (Arrow)
• 2ª geração: demand pull (Rothwell)
• 3ª geração: modelo interativo (evolucionista)
• 4ª geração: modelo integrado (acrescenta atividades não
produtivas)
• 5ª geração: sistemas de inovação
• 6ª geração: geração de conhecimento
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Do technology push ao modelo integrado
Technology push - modelo neoclássico ou linear (1ª Geração):
• P+D=> Design&Engenharia=> Manufatura => Marketing =>
Vendas
Demand Pull – estudos organizacionais (2ª Geração ):
• Mercado => Marketing => P+D => Manufatura => Vendas
Modelo interativo ou evolucionário (3ª Geração):
• Pesquisa, conhecimento e mercado num processo de interação
Modelo integrado (4ª Geração):
• Integração das diferentes atividades exemplificada por modelo
japonês
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Inovação nas MPEs: Principais Fatores
Geração Quinta Sexta
Elementos
Estratégicos
Estratégia baseada em tempo
Qualidade Total
Flexibilidade
Foco no cliente
Integração com fornecedores
Parcerias horizontais
Estratégias processamento dados
Compressão espaço/tempo
Intangíveis como principal fonte
de valor
Foco na conectividade
Estratégia centrada nos
stakeholders
Integração com competidores no
longo prazo
Foco no conhecimento tácito
Traços
Facilitadores
Integração organizacional e do
sistema
Estruturas organizacionais
horizontais
Integração na web
Ligações externas
Estruturas flexíveis e mobilidade
de recursos
Aprendizado coletivo
Envolvimento administração
Cultura e língua são importantes
Instituições-ponte
Mecanismos para identificar,
medir, administrar e fornecer
informação sobre intangíveis
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Facilitadores na sexta geração
Mecanismos facilitadores têm que lidar com três questões:
✓ Criar oportunidade
✓ Criar motivação
✓ Identificar e desenvolver recursos e competências
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Caso da Noruega
✓ Criar oportunidade – associações setoriais de gráfica e
jornais se unem dadas as perdas do setor gráfico
✓ Criar motivação – estabelecimento de canais de
compartilhamento de conhecimento
✓ Identificar e desenvolver recursos e competências –
através de diagnóstico das empresas e de criação de
mecanismos de conectividade e transferência de
conhecimento
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Conhecimento e redes
✓ Papel do conhecimento tácito e do capital social
aumentam;
✓ Apoio focado em conscientização de vantagens do
aprendizado, motivação para compartilhamento de
oportunidades, mudança na orientação do negócio para
conhecimento, estruturar laços externos já existentes com
novos e identificar recursos essenciais para gerar conhecimento
✓ Estrutura em redes pode criar sobrecarga de informações,
portanto é necessário definir metodologia para entender
conectividade
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Sistema Regional de Inovação
✓Papel chave de institituições científicas, universidades e
instituições públicas de pesquisa na geração de conhecimento
✓Modelo da Hélice Tríplice
✓Modelo do Sistema Regional de Inovação (Cooke et al.,
Malerba)
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Sistema Regional de Inovação
✓Existem uma grande variedade de conhecimento e de bases
de conhecimento
✓O processo de exploração de conhecimento (exploration e
exploitation) exige uma interação dinâmica e transformação de
conhecimento tácito em codificado ao mesmo tempo que uma
forte interação entre pessoas dentro de uma organização e
entre organizações
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Bases de conhecimento
✓A geração de conhecimento também depende da sua base
Tipos possíveis de base de conhecimento:
• Sintética
• Analítica
• Simbólica
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Bases de Conhecimento
• Sintética: conhecimento criado mais por indução do que por
dedução, sendo pesquisa aplicada mais importante do que
pesquisa básica. Interações entre usuários e produtores
dependem do contexto institucional. Ex: engenharias
• Analítica: depende de conhecimento científico. Redes de
conhecimento universidade-empresa têm papel essencial.
Países onde empreendedorismo é mais desenvolvido têm
vantagem. Exs: biotecnologia, informática
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Bases de Conhecimento
• Simbólica: conhecimento guiado por valores estéticos e
intensivo em design. Papel do capital social (know who) é
muito importante, frequentemente mais importante do que
know how
Cada base gera tipos específicos de conhecimento e de
comercialização de conhecimento, afetando a geografia da
inovação
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Spin-offs e comercialização de conhecimento
• Base analítica requer papel atuante de universidades,
institutos de pesquisa públicos e escritórios de transferência
de tecnologia
• Spin-offs em sua maioria estão ligados a esta base
• Laços fortes com universidades explicam criação de start-ups
• Financiamento também é importante