CONHECIMENTOS FAUNÍSTICOS DOS ALUNOS DO ENSINO … · interesse e a importância dos animais para...

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Maria de La Salette Carvalho Moreira Ferreira Miranda CONHECIMENTOS FAUNÍSTICOS DOS ALUNOS DO ENSINO BÁSICO: IMPLICAÇÕES EDUCACIONAIS, AMBIENTAIS E CONSERVACIONISTAS Departamento de Botânica 2007

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Maria de La Salette Carvalho Moreira Ferreira Miran da

CONHECIMENTOS FAUNÍSTICOS DOS ALUNOS DO ENSINO

BÁSICO: IMPLICAÇÕES EDUCACIONAIS, AMBIENTAIS E

CONSERVACIONISTAS

Departamento de Botânica

2007

Maria de La Salette Carvalho Moreira Ferreira Miran da

CONHECIMENTOS FAUNÍSTICOS DOS ALUNOS DO ENSINO

BÁSICO: IMPLICAÇÕES EDUCACIONAIS, AMBIENTAIS E

CONSERVACIONISTAS

Departamento de Botânica

Faculdade de Ciências da Universidade do Porto

2007

Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências da

Universidade do Porto para cumprimento dos requisitos

necessários à obtenção do grau de mestre, realizada sob

orientação científica do Professor Doutor Ulisses Miranda

Azeiteiro, Professor Auxiliar com agregação da

Universidade Aberta e co-orientada pelo Professor Doutor

João Honrado, Professor Auxiliar da Faculdade de

Ciências da Universidade do Porto.

i

Agradecimentos

Ao Professor Doutor Ulisses Miranda Azeiteiro, meu orientador, que de imediato

acedeu orientar esta dissertação, pelos conselhos, sugestões e permanente disponibilidade,

pela compreensão e incentivos prestados nos momentos de algum desânimo.

Ao Professor Doutor João Honrado, meu co-orientador, agradeço pelo

acompanhamento e a forma empenhada e disponível que sempre manifestou ao longo do

mestrado.

Ao Professor Doutor António Luís, por gentilmente me ter recebido e autorizado a

utilização do questionário, assim como as sugestões dispensadas.

A todos os alunos que participaram neste estudo e tornaram possível esta investigação,

bem como aos professores e respectivos conselhos executivos por todas as facilidades

concedidas, disponibilidade e colaboração prestada.

A todos os meus amigos que com a sua amizade, incentivo e apoio, prestaram uma

ajuda inestimável.

Ao Américo, agradeço o estímulo e a compreensão constante, a sua serenidade e

confiança, por me ter ajudado a acreditar que este trabalho tinha fim.

Um agradecimento muito especial vai para a minha família, pelo modo como das mais

diversas formas me encorajaram, apoiaram e proporcionaram as condições mais favoráveis

para que este projecto chegasse a bom porto.

ii

Resumo

O presente trabalho apresenta um estudo realizado com alunos do Ensino básico e teve

como principais objectivos: diagnosticar e avaliar o conhecimento revelado pelos alunos do

Ensino básico (4º, 6º e 9º anos de escolaridade) sobre a diversidade da fauna local e de

Portugal; avaliar a influência dos saberes do “senso comum” tradicionais no conhecimento

significativo dos alunos do ensino básico sobre a “fauna local”, podendo os saberes locais e

regionais tradicionais ser uma praticável fonte de conhecimento da “fauna local”; averiguar o

conhecimento dos alunos sobre a “fauna local” segundo a área de residência (meio urbano

e/ou meio rural) e o sector profissional dos progenitores dos alunos; promover a mobilização

dos saberes de “senso comum” locais tradicionais na dinamização e valorização do

conhecimento científico, aquando da exploração da temática relacionada com a

“Biodiversidade nos Ecossistemas naturais”, consciencializando os alunos para as relações

dos seres vivos com o ambiente, nomeadamente no que se refere aos importantes processos da

Vida; promover comportamentos de conservação da fauna e do ambiente em geral; reunir um

conjunto de dados informativos que ajudem o professor de Ciências da Natureza, Ciências

Naturais e do 1º ciclo na planificação destas aulas.

A investigação realizada envolveu 800 alunos a frequentar o ensino público. Esta

amostra tem uma representatividade equitativa entre os alunos do meio rural e do meio

urbano, assim como entre os alunos do 4º, 6º e 9º anos de escolaridade, aos quais foi aplicado

um inquérito por questionário.

Os resultados obtidos evidenciam que os alunos do Ensino Básico possuem um

conhecimento reduzido acerca da fauna local, sendo que em grande parte, os animais

referidos, pertencem à fauna doméstica. Por outro lado, permitiram diagnosticar as principais

estratégias metodológicas normalmente utilizadas pelos professores de Ciências

Naturais/Ciências da Natureza/Estudo do Meio na sala de aula, na abordagem deste tema.

Palavras-chave: Fauna, Biodiversidade, Educação Ambiental, Ensino em Ciências Naturais,

Construtivismo, Ciência-Tecnologia-Sociedade-Ambiente, Novas Tecnologias da Informação

e Comunicação, Concepções Alternativas, Trabalho Prático, Trabalho de Campo e Trabalho

Experimental.

iii

Abstract

This work present a study done with students of the Ensino Básico (Primary School, 5th and

6th grade) and had as main aim: to diagnose and evaluate the knowledge revealed by students

of the Ensino Básico (4th, 6th and 9th grade) about the diversity of the local fauna and the fauna

in Portugal; to evaluate the influence of the traditional common sense knowledge on the

significant students’ knowledge about the local fauna, because both traditional local and

regional knowledge can be a practicable knowledge source of the local fauna.; to analyze

students’ knowledge on the local fauna, looking at the living area ( urban and/or rural area)

and the professional sector of students’ parents; to promote traditional local common sense

knowledge in the dynamisation and valuation of the scientific knowledge, when the thematic

related to the biodiversity of the natural ecosystems is exploited, in order to make students

conscious about the relationship of living organisms with the environment, namely what

concerns the important life processes; to promote conservation behaviors of fauna and

environment in general; get a set of key data which help the Natural Science teacher and the

Primary School teacher in the planning of lectures.

The investigation envolved 800 students of state schools, with a fair representation

among students of the rural and urban area, and among students of the 4th, 6th and 9th grade

which had to fill in a questionnaire.

The results show that students of the Ensino Básico possess a reduced knowledge

about the local fauna, living the examples of pets/belonging to the domestic fauna. On the

other hand, the results allowed diagnosing the main methodological strategies normally used

by the Natural Science /Geography teacher in the classroom, when they approach this theme.

Keywords: Fauna, Biodiversity; Environmental Education, Natural Science Education,

Constructivism; Science-Technology-Society-Environment; New Information and

Communication Technology, Alternative Conceptions; Practical Work, Field Work and

Experimental Work

iv

Índice

Capítulo 1

1- Introdução ..............................................................................................................

1.1- Plano geral da investigação .............................................................................

1.2- Hipóteses da investigação ...............................................................................

1.3- Objectivos gerais da investigação ...................................................................

1.4- Contexto teórico da investigação ....................................................................

1.4.1-Práticas educacionais no ensino das ciências .........................................

1.4.2- Ensino das ciências numa perspectiva CTSA .......................................

1.4.3- Concepções alternativas no ensino das ciências ...................................

1.4.4- Trabalho prático no ensino das ciências ................................................

1.4.5- Trabalho de campo no ensino das ciências ...........................................

1.4.6- Trabalho experimental no ensino das ciências ......................................

1.4.7- NTIC no ensino das ciências .................................................................

1.4.8- Educação Ambiental .............................................................................

1.5- Biodiversidade e conhecimento faunístico dos alunos ....................................

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Capítulo 2

2- Metodologia ...........................................................................................................

2.1- Selecção e caracterização do universo da investigação ...................................

2.2- Selecção do instrumento da recolha de dados .................................................

2.3- Estrutura do questionário ................................................................................

2.4- Técnica de tratamento de dados ......................................................................

2.4.1- Variáveis ...............................................................................................

2.4.2- Testes estatísticos ..................................................................................

2.5- Modelo de análise de conteúdo (questão 13) ..................................................

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Capítulo 3

3- Resultados .............................................................................................................. 36

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3.1- Caracterização da amostra ...............................................................................

3.2- Conhecimento da fauna ...................................................................................

3.3- As aulas de Ciências na abordagem da fauna .................................................

3.4- Hipóteses .........................................................................................................

3.5- Conhecimento dos alunos sobre a fauna local relacionado com o meio onde

vivem ...........................................................................................................................

3.6- Conhecimento dos alunos sobre a fauna local relacionado com a profissão

dos pais ........................................................................................................................

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Capítulo 4

4- Discussão ................................................................................................................

4.1- Conhecimento da fauna ...................................................................................

4.2- Entidades de divulgação da fauna ...................................................................

4.3- As aulas de Ciências: metodologias ................................................................

4.4- Diversidade biológica ......................................................................................

4.5- Relação entre as várias questões .....................................................................

4.6- Considerações finais ........................................................................................

4.6.1- Limitações do estudo .............................................................................

4.6.2- Sugestões para futuras investigações .....................................................

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Bibliografia ................................................................................................................

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Anexos .........................................................................................................................

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Introdução

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CAPÍTULO 1

1- Introdução

Este capítulo pretende contextualizar a presente investigação apresentando-se, estruturado em

cinco secções: plano geral da dissertação (1.1); hipóteses da investigação (1.2); objectivos

gerais da investigação (1.3); contexto teórico da investigação (1.4); práticas educacionais no

ensino das ciências (1.4.1); ensino das Ciências numa perspectiva Ciência-Tecnologia-

Sociedade-Ambiente (CTSA) (1.4.2); concepções alternativas no ensino das ciências (1.4.3);

trabalho prático no ensino das ciências (1.4.4); trabalho de campo no ensino das ciências

(1.4.5); trabalho experimental no ensino das ciências (1.4.6); Novas tecnologias de iiformação

e comunicação (NTIC) no ensino das ciências (1.4.7); Educação Ambiental (1.4.8) e, por

último, Biodiversidade e conhecimentos faunísticos dos alunos (1.5).

1 . 1 - Plano geral da dissertação

O actual trabalho está organizado em quatro capítulos. Deste primeiro capítulo

constam, Plano geral da dissertação, hipóteses da investigação, objectivos gerais da

investigação, existindo ainda o contexto teórico da investigação, onde é sustentado e

contextualizado o estudo realizado, bem como a sua relevância e pertinência no âmbito do

ensino das ciências.

No segundo capítulo são exibidos os pontos relacionados com a metodologia utilizada,

compreendendo, selecção e caracterização do universo da investigação, selecção do

instrumento de recolha de dados, estrutura do questionário, técnica de tratamento de dados e

modelo de análise de conteúdo (questão 13).

No capítulo três são dados a conhecer os resultados da investigação.

No quarto e último capítulo, apresentamos a discussão, considerações finais,

dificuldades e limitações do estudo e sugestões para o futuro. Na discussão pretendeu-se fazer

o cruzamento da informação recolhida, procurando saber se há nela um sentido, uma

coerência de procedimentos, por forma a responder às questões que impulsionaram este

trabalho.

Introdução

2

1.2- Hipóteses da Investigação

1- O conhecimento do aluno sobre a “Diversidade da fauna local” está intimamente

ligado ao interesse e à importância que a fauna representa para ele. Nesta

circunstância, a proposição de conformidade próxima foi: Quanto menor for o

interesse e a importância dos animais para o aluno menor será o seu conhecimento

efectivo acerca da fauna local;

2- A fauna local de referência do aluno está circunscrita aos animais com os quais este

estabelece um contacto afectivo contínuo, principalmente os animais domésticos e

comestíveis e, mais ou menos apreciados. Ou seja, a proposição de relação adjacente

foi: Quanto menor for o contacto afectivo contínuo do aluno com os animais menor

será o conhecimento significativo deste sobre a fauna local;

3- O nível de conhecimento do aluno sobre a diversidade da fauna local está associado

com as Experiências de Aprendizagem utilizadas, vulgarmente, no Ensino de Ciências

Naturais, isto é, a proposição de relação subjacente foi: Quanto menor é o

envolvimento cognitivo e afectivo do aluno com a fauna local menos significativas são

as aprendizagens e, por consequência, menor será o conhecimento

tradicional/regional e científico do aluno sobre a mesma;

4- O conceito “Diversidade de animais” está, estreitamente, associado a organismos

visíveis à vista desarmada e/ou à utilidade que estes têm para a actividade humana. Ou

seja, a preposição de relacionamento seguida foi: Quanto menor for a utilidade e a

visibilidade dos animais para o ser humano menor será o conhecimento efectivo do

aluno sobre a fauna local;

5- O grau de conhecimento do aluno sobre a “diversidade da fauna local” está limitado ao

conhecimento empírico (saberes do senso comum), proveniente da cultura tradicional

local (com uma variedade de designações para a mesma espécie transmitidas,

tradicionalmente, de geração em geração), do contacto contínuo afectivo com os

animais e dos documentários televisivos sobre a vida selvagem não nativa de Portugal.

A proposição de ligação intrínseca foi: Quanto menores são a divulgação e a

Introdução

3

valorização dos saberes do “senso comum” culturais/regionais/tradicionais, o

envolvimento afectivo e os documentários televisivos sobre a vida selvagem nativa

portuguesa menores são as aprendizagens significativas dos alunos, que envolvem os

conhecimentos da fauna local;

6- O conhecimento dos alunos sobre a diversidade da “fauna local” é fortemente

condicionado pela reduzida articulação dos saberes do “senso comum” empíricos

tradicionais, sociais e culturais com o conhecimento científico. Sendo assim, a

proposição subjacente foi: quanto menos articuladas estão as experiências de

aprendizagens na área curricular disciplinar de Ciências Naturais com os saberes do

“senso comum” tradicionais locais menores serão os conhecimentos significativos

científicos do aluno sobre fauna local, visto que condicionam o envolvimento

cognitivo e afectivo do aluno com a realidade envolvente (motivação intrínseca);

7- O nível de conhecimento faunístico local do aluno é dependente da referência de

espécies de animais locais nas aulas de Ciências Naturais. Neste caso particular, a

proposição de relacionamento foi: Quanto maior for o número de aulas de Ciências

Naturais incidentes sobre o conhecimento da “fauna local” maiores serão as

aprendizagens significativas realizadas pelo aluno do Ensino Básico sobre esta;

8- O aluno associa, normalmente, as actividades humanas às principais causas de

desaparecimento e/ou destruição de espécies de animais e do seu respectivo habitat. A

maioria dos alunos considera que a destruição dos habitats e extinção dos animais

estão, directamente, dependentes das actividades humanas sobre os ecossistemas

naturais, isto é, a proposição de relacionamento constituída foi: Quanto maior for a

intervenção humana sobre os ecossistemas maior será o número de animais a

entrarem em declínio existencial;

9- Os alunos consideram que as aulas, mais concretamente na área curricular disciplinar

de Ciências Naturais, fora da sala normal de aula são pouco frequentes, sendo o nível

do conhecimento significativo dos alunos sobre os animais condicionado pela não

realização de actividades a serem desenvolvidas fora da sala de aula de Ciências

Naturais. No que diz respeito a esta situação, a proposição de relacionamento

Introdução

4

subjacente foi: Quanto menor for a dinamização de aulas de Ciências Naturais de

carácter prático, envolvendo Saídas de Campo, menores serão as aprendizagens

significativas realizadas pelos alunos sobre a fauna local;

10- As actividades envolvidas nas “Saídas de Campo”, ao constituírem uma estratégia de

ensino/aprendizagem que agrada à maioria dos alunos na abordagem da temática

“fauna local” aumentam as aprendizagens significativas dos alunos sobre a “fauna

local”;

11- As aulas que se dinamizam, na área curricular disciplinar de Ciências Naturais, ao

serem essencialmente expositivas na abordagem da temática da “fauna local” vão

condicionar as aprendizagens significativas dos alunos sobre a mesma, dado que não

promovem o envolvimento cognitivo e afectivo dos alunos com o meio envolvente;

12- As Actividades Práticas de Campo quando perspectivadas e implementadas como

estratégia didáctica de natureza construtivista, de interpretação e de resolução de

situações-problema reais com interesse e significado para os alunos no estudo da fauna

local, promovem a motivação intrínseca e o interesse destes na construção do seu

conhecimento científico sobre a temática citada. Nesta conjuntura, a proposição de

correspondência subjacente foi: Quando as Actividades Práticas de Campo são

implementadas no âmbito da resolução de situações-problema verifica-se um

incremento significativo do empenho e da motivação intrínseca nos alunos na

construção do seu conhecimento científico, tal como, a capacidade de mobilizar os

conhecimentos sobre a “fauna local” na resolução de situações-problema em

diferentes situações do quotidiano.

Introdução

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1.3- Objectivos Gerais da Investigação

• Diagnosticar e avaliar o conhecimento revelado pelos alunos do Ensino básico (4º, 6º e

9º anos de escolaridade) sobre a diversidade da fauna local e de Portugal;

• Avaliar a influência dos saberes do “senso comum” tradicionais no conhecimento

significativo dos alunos do ensino básico sobre a “fauna local”, podendo os saberes

locais e regionais tradicionais ser uma praticável fonte de conhecimento da “fauna

local”;

• Averiguar o conhecimento dos alunos sobre a “fauna local” segundo a área de

residência (meio urbano e/ou meio rural) e o sector profissional dos progenitores dos

alunos;

• Promover a mobilização dos saberes de “senso comum” locais tradicionais na

dinamização e valorização do conhecimento científico, aquando da exploração da

temática relacionada com a “Biodiversidade nos Ecossistemas naturais”,

consciencializando os alunos para as relações dos seres vivos com o ambiente,

nomeadamente no que se refere aos importantes processos da Vida;

• Promover comportamentos de conservação da fauna e do ambiente em geral;

• Reunir um conjunto de dados informativos que ajudem o professor de Ciências da

Natureza, Ciências Naturais e do 1º ciclo na planificação destas aulas.

Introdução

6

1.4- Contexto Teórico da Investigação

1.4.1- Práticas Educativas no Ensino das Ciências

O ensino das Ciências tem vindo a sofrer uma evolução que se pode considerar como

resultante da influência de um conjunto de factores onde se podem destacar os resultados de

investigações empíricas, a introdução de quadros interpretativos provenientes de outras

disciplinas, tais como a epistemologia, a psicologia, a sociologia e outras.

De acordo com os princípios do Decreto-Lei 6/2001, o Ministério da Educação define

um conjunto de competências gerais, sendo consensual que o ensino das Ciências tem aqui

um papel primordial. Assim, de seguida, passamos a referir parte delas:

1) Mobilizar saberes culturais, científicos e tecnológicos para compreender a

realidade e para abordar situações e problemas do quotidiano;

2) Usar adequadamente linguagens das diferentes áreas do saber cultural, científico e

tecnológico para se expressar;

3) Usar correctamente a língua portuguesa para comunicar de forma adequada e para

estruturar pensamento próprio;

4) Adoptar metodologias personalizadas de trabalho e de aprendizagem adequadas a

objectivos visados;

5) Pesquisar, seleccionar e organizar informação para a transformar em conhecimento

mobilizável;

6) Adoptar estratégias adequadas à resolução de problemas e à tomada de decisões;

7) Realizar actividades de forma autónoma, responsável e crítica;

8) Cooperar com outros em tarefas e projectos comuns;

9) Relacionar harmoniosamente o corpo com o espaço, numa perspectiva pessoal e

interpessoal promotora da saúde e da qualidade de vida.

Neste contexto, e em conformidade com Canavarro (1999), parece consensual que a

educação científica deve adaptar-se às exigências da sociedade, permitir aos indivíduos pensar

e agir de forma independente. Deve apresentar ideias novas e treinar competências de

investigação como forma a permitir-lhes a auto-regulação das aprendizagens, a satisfação

pessoal e a responsabilização social.

Introdução

7

De acordo com Martins (2003), a educação em ciência é um processo continuado e o

ensino formal tem a responsabilidade de preparar os indivíduos para aprenderem ao longo da

vida. Por conseguinte, as novas orientações curriculares para Ciências Físicas e Naturais

especificam competências que vão de encontro a estes princípios.

Neste sentido, e como relatam Wandersee et al. (1994), às escolas não é exigido que

transmitam mais e mais conhecimentos, mas que se centrem no que é essencial para a literacia

científica e se preocupem em ensiná-lo de modo mais efectivo.

Assim, segundo as Orientações Curriculares do Ensino Básico das Ciências Físicas e

Naturais, através dos conteúdos científicos que exploram, incidem em campos diversificados

do saber, uma vez que apelam para o desenvolvimento de competências várias, sugerindo

ambientes de aprendizagem diversos. Pretende-se contribuir para o desenvolvimento da

literacia científica dos alunos, permitindo que a aprendizagem destes decorra de acordo com

os seus ritmos diferenciados. Cabe a cada escola e grupos de professores a gestão curricular

atribuída a esta área disciplinar.

Uma definição abrangente de competência orienta o desenvolvimento do currículo e

baseia-se na definição de Perrenoud (1997), como sendo o processo de activação de recursos

(conhecimentos, capacidades e estratégias) numa variedade de contextos e em situações

problemáticas. Assenta, além disso, no que se consideram competências para a literacia

científica, que incluem o que se sabe, o que se sabe fazer e aquilo a que se dá valor (Gräber &

Nentwig, 1999). As orientações curriculares assumem como fundamental que os objectivos de

ensino, as estratégias e a avaliação têm de formar um todo coerente, implicando que o

professor tem de tomar em consideração estas três dimensões em simultâneo.

Estes princípios orientadores, devem promover nos alunos o desenvolvimento das

competências gerais, que pressuponham uma actuação convergente entre todas as áreas

curriculares disciplinares e não disciplinares, portanto de carácter transversal.

De facto não é fácil conciliar estas exigências, uma vez que o currículo ultrapassa a soma

geral das disciplinas, apresenta-se antes como um “conjunto das aprendizagens que, por se

considerarem socialmente necessárias num dado tempo e contexto, cabe à

escola garantir e organizar” (Roldão, 1999, p. 24).

“ A Ciência é uma actividade eminentemente experimental, pelo que não chega ensinar de

um modo exclusivamente teórico, o que suporia roubar ao aluno a verdadeira natureza do

conhecimento científico” (Perales, 1994, p. 123). Nesta frase Perales resume toda a

Introdução

8

importância que reveste o trabalho prático no ensino das ciências, mas também no seu

interesse transversal.

Segundo Glynn e Duit (1995), citado por Canavarro (1999), os professores perguntam-se

amiudadas vezes como podem ajudar os alunos a aprender algo com interesse e significado. A

resposta passará por organizar o processo de ensino-aprendizagem de forma construtiva,

continuando eventualmente a apresentar os alunos determinados modelos conceptuais

(diagrama, esquemas, equações) com o objectivo de simplificar o que se pretende explicar. No

caso do ensino das Ciências, esta técnica tem sido muito utilizada e continuará a sê-lo, mas

importará apoiar os alunos na organização, elaboração e construção do conhecimento acerca

do mundo natural proporcionando um processo educativo que lhes permita a construção de

modelos conceptuais.

O modelo construtivo de aprendizagem da ciência admite que será do confronto entre

modelos mentais dos alunos e os modelos conceptuais, quando estes lhes são apresentados nas

salas de aula de forma construtiva, que vai decorrer a aprendizagem com significado da

ciência (Canavarro, 1999).

A orientação construtivista constitui um consenso emergente no ensino das Ciências e tem

sido qualificado como a contribuição mais relevante das últimas décadas (Gil Pérez, 1993).

Nesta perspectiva de ensino, a aprendizagem das ciências é concebida não como uma simples

mudança conceptual (assimilação), mas como um processo de investigação orientada, que

permite aos alunos participarem na “reconstrução” dos conhecimentos científicos

(acomodação), que favorece uma aprendizagem mais eficiente e significativa (Gil Pérez et al.

1999; Posner et al. 1995).

Neste contexto, o processo de ensino deve proporcionar aos alunos diferentes

experiências educativas (trabalho de campo, actividades laboratoriais, simulação, debates,

pesquisas diversas, comunicação de resultados de trabalhos desenvolvidos, entre outros).

Deste modo, tendo por base os princípios construtivistas (privilegiando a investigação-

acção), daremos, de seguida, relevo a aspectos relativos às concepções alternativas dos alunos,

à estratégia por resolução de problemas e ao tipo de trabalho prático utilizado, claro numa

perspectiva CTSA.

Introdução

9

1.4.2- Ensino das Ciências numa Perspectiva Ciência-Tecnologia-Sociedade-Ambiente (CTSA)

No nosso século, designadamente a partir de Segunda Guerra Mundial, a Ciência e a

Tecnologia transformaram-se num enorme empreendimento socio-económico, usualmente

designado por I&D (Investimento e Desenvolvimento) (Canavarro, 1999).

A ciência é actualmente entendida como um produto humano e o conhecimento científico

como construído através de processos sociais, tratando-se claramente de um facto histórico,

contingente e cultural (Ogborn, 1995, citado por Canavarro, 1999).

Num período onde a ciência e a tecnologia invadem cada vez mais intensamente o

quotidiano do indivíduo e da sociedade, a escola tem um papel essencial a desempenhar na

construção de conhecimentos (substantivos, processuais e epistemológicos) acerca da ciência

e no desenvolvimento do pensamento crítico, de capacidades cognitivas e metacognitivas, da

criatividade e de atitudes e valores capazes de assegurar aos cidadãos do futuro um papel

activo, inovador e responsável na evolução da sociedade.

Em síntese, parece consensual que a educação científica deve adaptar-se às exigências da

sociedade, permitir aos indivíduos pensar e agir de forma independente. Deve apresentar

ideias novas e treinar competências de investigação como forma a permitir-lhes a auto-

regulação das aprendizagens, a satisfação pessoal e a responsabilização pessoal (Canavarro,

1999).

Estes mesmos objectivos são realçados pelos novos currículos de ciências, dos diferentes

níveis de ensino, que apontam as aulas desta área como um local privilegiado na preparação

dos alunos para um mundo necessariamente muito diferente do actual.

Considera-se, hoje em dia, que a educação em ciência deverá preocupar-se não só com a

aprendizagem de um corpo de conhecimentos ou de processos da ciência, mas também

garantir que tais aprendizagens se tornem úteis no dia a dia, no sentido de contribuírem para o

desenvolvimento pessoal e social dos jovens. Apesar da controvérsia à volta das propostas de

mudança curricular com tais intenções, há já algumas pistas de investigação que vão ganhando

relevância. É assim cada vez maior o apelo à abordagem de temas/problemas do quotidiano

que irão permitir reflectir sobre os processos da ciência e da tecnologia, bem como as suas

interrelações com a sociedade e ambiente – Ciência-Tecnologia-Sociedade-Ambiente.

(Cachapuz, Praia & Jorge, 2000).

“É por vezes conveniente pensar na educação em ciências como tendo três aspectos

relevantes: Aprender ciência - Adquirir uma larga variedade de conceitos e tornar-se familiar

Introdução

10

com algumas das teorias científicas mais importantes; Aprender sobre ciência – Ganhar

alguma compreensão da natureza da ciência e da prática científica, e uma apreciação do

relacionamento complexo entre ciência, tecnologia e sociedade; Fazer ciência – Adquirir os

conhecimentos e competências necessárias para empreender pesquisas científicas e utilizar

essa perícia para conduzir pesquisas reais, umas vezes autonomamente, outras sob direcção do

professor” (Hodson, 1992).

Tendo em conta a actual conceptualização tridimensional (CTS) é fundamental que a

Escola desenhe uma aproximação às realidades do quotidiano, orientando os currículos para a

acção e para questões associadas a valores sociais, recorrendo para tal a estratégias e meios

inovadores que possibilitem situações de debate e de tomadas de decisão (Santos, 2001).

Neste sentido, Portugal está nos últimos anos num processo de reforma curricular que

inclui propostas inovadoras para o ensino das ciências na educação básica. Este novo

currículo tem um foco construtivista, valoriza a abordagem de ensino por inquérito científico

(inquiry) e promove a perspectiva Ciência-Tecnologia-Sociedade-Ambiente (Galvão et al.

2002).

Um programa curricular na perspectiva CTS centra-se no ser humano, na Sociedade,

nos seus problemas e tenta responder a controvérsias regionais. Os problemas a investigar são

escolhidos pela sua relevância para a vida dos alunos e pela sua natureza pluridisciplinar.

Assim, nesta perspectiva, os alunos actuam como cidadãos com educação em Ciência, em vez

de pseudo-cientistas. Segundo esta perspectiva, o principal objectivo não é criar futuros

cientistas, mas sim formar cidadãos que compreendam as ciências de um modo

pluridimensional e pluridisciplinar, permitindo-lhes participar inteligentemente no

pensamento crítico e na resolução de problemas, dotando-os de uma capacidade de decisão

sobre como a Ciência e a Tecnologia são utilizadas para mudarem a Sociedade (Sequeira,

1995).

Uma das maiores vantagens da abordagem CTSA é a de conseguir fortalecer os laços

entre a escola e a comunidade envolvente. O envolvimento com a comunidade permite não só

o estudo de problemas ou temáticas reais (locais, regionais ou globais) mas, em algumas

situações, intervir directamente na própria comunidade. Assim, as perspectivas CTSA

apontam no sentido não apenas de compreender as realidades envolventes, mas também de

actuar sobre ela.

Não obstante, Aikenhead (1988) e Solomon (1989) relatam, que não se pode dizer que

alguma estratégia de ensino seja exclusiva da perspectiva CTS, todavia, pode-se dizer que o

Introdução

11

ensino na perspectiva CTS exige um conjunto de estratégias mais variado do que o utilizado

noutros tipos de ensino.

1.4.3- Concepções Alternativas no Ensino das Ciências

Numa perspectiva tradicional, o aluno era considerado como um “recipiente”, passivo, onde

todo o processo ensino aprendizagem se limitava a depositar um sem número de

conhecimentos. Desta forma, partia-se do princípio que o aluno era uma “tábua rasa”, um

“quadro branco”. Ou seja, não se tinha em linha de conta, os conhecimentos prévios dos

alunos, bem como a cultura, a religião ou a sociedade onde estavam inseridos.

Esta perspectiva tradicional de ensino tinha por suporte uma visão absolutista da verdade e

do conhecimento, pois recebia influências de correntes positivistas/empiristas da ciência

(Duarte, 1987).

Actualmente parece ser unânime que a escola não pode ser apenas o lugar onde se

transmitem conhecimentos, mas um lugar onde alunos se exercitam também a exprimirem-se,

a afirmarem-se, a comunicarem e a cooperarem. Mais do que isto, quando o aluno chega à

escola, possui já uma “arquitectura conceptual” preexistente que, influenciará fortemente a

aquisição dos novos conceitos, sendo por isso, o ponto de partida para a aprendizagem formal

(Nico, 1997).

Neste contexto, parece-nos lógico afirmar que o significado da aprendizagem passa por

aportar a nova informação naquela que o aluno já desfruta. De acordo com este conceito, onde

o conhecimento não é “dado” mas construído (sujeito interpretativo e não apenas

informativo), perfilha-se a corrente epistemológica de natureza/construtivista.

Estes conhecimentos prévios, habitualmente designados por “ideias alternativas” ou

“concepções alternativas”, não coincidem, geralmente, com os conhecimentos aceites pela

comunidade científica, existindo entre os dois, “uma barreira” difícil de transpor (Nico, 1997).

Nesta linha de pensamento, a grande meta dos investigadores e educadores converge numa

atitude de permanente pesquisa e experimentação no sentido de procurar estratégias de ensino

que de alguma forma possam facilitar a superação das concepções alternativas dos alunos

(Cachapuz, 2001).

Desta forma, a actual Reorganização Curricular do Ensino Básico divulga e institui, esta

inquietação, designadamente por meio dos princípios orientadores e competências gerais de

carácter construtivista (DEB, 2001). De maneira que, ensinar e aprender ciência deixa de ser

Introdução

12

simples processos de repetição e adição de informação por parte do professor, para passarem a

ser processos de reconstrução (Pozo, 1996).

1.4.4- Trabalho Prático no Ensino das Ciências

O Trabalho Prático (TP) constitui uma actividade própria do Ensino das Ciências (Barberá &

Valdés, 1996), que tem progressivamente vindo a ser reconhecido pelos professores como

sendo essencial e indispensável para a compreensão da ciência e dos processos científicos

(Wellington, 2000).

Assim, torna-se indispensável clarificar o conceito de TP. Para muitos autores,

designadamente Miguéns (1991), Hodson (1988) e Leite (2000 e 2001), abrange todas as

actividades em que o aluno esteja activamente envolvido (nos domínios psicomotor, cognitivo

e afectivo), fazendo parte dessas actividades, o trabalho de campo, trabalho laboratorial, o

trabalho experimental, o trabalho de grupo, actividades de resolução de exercícios ou de

problemas de papel e lápis, de resolução de problemas de investigação, de pesquisa de

informação, de realização de entrevistas à comunidade, entre outras.

Todavia, Del Carnen (2000) relaciona o TP somente com trabalho laboratorial e o

trabalho de campo, podendo também englobar a resolução de problemas científicos ou

tecnológicos de características diferentes.

Apesar de ser considerado um recurso didáctico fundamental no ensino das ciências, a

forma como é utilizado tem sido, também alvo de algumas críticas. Nomeadamente, muitos

professores nem sempre exploram todas as potencialidades do TP, desconhecendo por vezes,

as diferentes tipologias que ele pode assumir, reduzindo-o ao trabalho experimental e

laboratorial. Outras vezes, pode mesmo não ser utilizado.

A este propósito, Membiela (2000) refere, que muitos professores não se dão conta das

potencialidades do TP, convertendo-o muitas vezes em actividades rudimentares de

laboratório, onde os alunos seguem uma série de instruções, das quais retiram muito pouco

proveito.

Cada vez mais, o TP desempenha um papel fundamental na educação das ciências, com

resultados comprovados, designadamente na compreensão dos conceitos científicos, existindo

já muitos autores que o defendem.

Introdução

13

A este respeito, Sequeira (2000), indica um referencial sobre os objectivos do TP no

ensino das Ciências, similar ao referido por Hodson (1994), nomeadamente:

1) Motivar, através da estimulação da curiosidade, interesse e prazer no estudo das

disciplinas de ciências; 2) Desenvolver e ensinar capacidades e técnicas científicas; 3) Clarificar e ilustrar fenómenos, conceitos, leis, princípios e teorias; 4) Desenvolver a prática de resolução de problemas; 5) Encorajar o rigor na utilização do método científico; 6) Estimular a discussão e o confronto de ideias.

Não obstante, o TP pode divertir, motivar, ilustrar e clarificar. Mas, por outro lado,

também pode confundir, desinteressar, complicar e desmotivar. Ao professor cabe a difícil

tarefa de procurar que tal não se verifique e, neste sentido, assume particular importância e

relevância a formação de professores (Wellington, 2000).

Embora haja diversas convicções em relação às finalidades/objectivos do TP, parece

existir na literatura uma anuência com a classificação admitida por Hodson (1994). Este autor

indica cinco objectivos que o uso do TP permite alcançar: motivação; aquisição de

competências e técnicas laboratoriais; aprendizagem de conhecimentos científicos e

desenvolvimento de atitudes científicas.

Cada actividade deverá direccionar-se e centrar-se apenas em alguns objectivos

específicos, devidamente sequenciados (de Pro Bueno, 2000; Reid e Hodson 1997), ou poderá

tornar-se pedagogicamente inútil (Reid e Hodson, 1997).

Assim, o TP pode ser interpretado de variadíssimas formas, podendo os professores tratá-

lo de acordo com os objectivos que têm em mente. No entanto, é indiscutível a sua vantagem

no ensino das ciências, por isso deveria ocupar no ensino das ciências, um importante papel,

pois são facilitadoras da aprendizagem, tem valor formativo e constituem uma valiosa e

imprescindível estratégia de ensino.

Introdução

14

1.4.5- Trabalho de Campo no Ensino das Ciências

A escola não deve estar, como já averiguámos, encerrada em si mesma. Neste sentido, o

trabalho de campo reveste-se de grande importância. Por outro lado, permite que o aluno

tenha a percepção de que o mundo está para além dos portões da sua escola e que nele

encontra um sem número de situações reais de aprendizagem (Kirschenbaum, 1982, citado

por Fontes, 1990).

As saídas de campo têm a vantagem de despertar nos alunos o interesse pelo ambiente

que os rodeia e de lhes estimular a observação.

O trabalho de campo e o contacto que propicia com o meio, contribui também para que os

alunos revelem atitudes mais positivas para com a Ciência e também tem um impacto

benéfico nas suas atitudes para com o ambiente e conservação da natureza (Dourado, 2001).

As saídas de campo em Ciências Naturais são uma estratégia de ensino aprendizagem

que, bem planeada e explorada, desperta o interesse dos alunos e leva à sua activa

participação, pois permitem a observação directa e em ambiente natural.

Oliveira (2006) refere que, sair do quadro escolar é uma “faca de dois gumes” para o

professor. Se a Natureza oferece múltiplas possibilidades de aproximação à realidade

envolvente, ela é também uma fonte de dispersão para os alunos.

Neste contexto, Orion (1993) indica um modelo inovador, onde o ciclo de

aprendizagens se processa em três fases. Assim, considera que as actividades práticas de

campo devem ser ordenadas em três fases distintas mas ligadas entre si: Fase 1 - Preparação

da actividade Prática de Campo; Fase 2 - Actividade Prática de Campo e Fase 3 - Pós

Actividade Prática de Campo.

Assim, de forma muito sucinta, a primeira fase deverá ser desenvolvida na sala de aula

ou no laboratório, de modo a trabalhar e preparar os objectivos e as actividades a desenvolver

durante o trabalho de campo. Na segunda fase - Actividade Prática de Campo devem ser

desenvolvidas actividades específicas para cada uma das paragens centradas na interacção

entre os alunos e o ambiente natural, no sentido da valorização dos processos e não dos

produtos, o que obriga à tomada de uma atitude activa por parte do aluno na construção do seu

próprio conhecimento. A terceira fase - Pós Actividade Prática de Campo, deve conter

actividades que permitam efectuar um salto conceptual do concreto para o abstracto,

retomando questões deixadas em aberto nas fases precedentes.

Introdução

15

Garcia de La Torre (1991) considera que o ideal seria realizar saídas de campo, curtas,

pontuais e frequentes, em que se estude apenas um tema. Se isto se pode concretizar em

localidades pequenas, nem sempre é possível em localidades maiores, pelo que terá de se

pensar numa jornada que contemple vários temas. Este autor refere, à semelhança do

anteriormente referido, que deverão existir três momentos numa saída de campo - Antes da

saída, saída e após a saída.

O TC contribui para a educação dos alunos enquanto cidadãos, ou seja, mais do que

proporcionar uma educação sobre o ambiente, o TC pode proporcionar uma educação no

ambiente, assumindo este como recurso didáctico onde são realizadas as diversas actividades

fora da sala de aula.

1.4.6- Trabalho Experimental no Ensino das Ciências

“O maior objectivo do trabalho experimental deve ser o envolvimento dos alunos em

investigações holísticas nas quais usem os processos da ciência, explorando e desenvolvendo

a sua compreensão conceptual e adquirindo um conhecimento mais profundo da (e

incrementando a competência na) prática científica” (Hodson, 1992).

As contínuas alterações ocorridas na Sociedade, na Tecnologia e também na Ciência

conduziram a novas formas de pensar a educação em geral e a educação em Ciências em

particular. Efectivamente, as actuais orientações curriculares para o ensino das Ciências

(Departamento de Educação Básica [DEB], 2001) indicam como finalidade do ensino das

Ciências a literacia científica, que habilite os jovens a compreender e a intervir de uma forma

consciente no mundo em que vivem. Por conseguinte, Portugal valoriza inequivocamente a

componente experimental no ensino das ciências em que se dá relevo à obrigatoriedade do

ensino experimental das ciências.

O trabalho experimental é, hoje em dia, um pólo de debate e de reflexão na educação em

ciências, que faz emergir intervenções, por vezes divergentes, de todos os sectores da

comunidade educativa, como referem Martins e Veiga (1999). Apesar disso, a crença nas

potencialidades do trabalho experimental como meio de ensino de Ciências, é amplamente

partilhada por professores e decisores de currículo, podendo afirmar-se que o trabalho

experimental tem um papel central e importante nos programas de Ciências das escolas em

muitos países (Woolnough, 1991).

Introdução

16

Actualmente, parece coerente defender, um ensino das ciências que vá de encontro às

práticas sociais, ou seja, mais externalista e que incita a formação de sujeitos cientificamente

letrados (Solbes e Vilches, 2000; Tenreiro-Vieira, 2000; Vieira, 2003).

É essencial o trabalho experimental, para um ensino CTS com sucesso. Segundo Lunetta

(1998), as actividades experimentais podem promover o interesse e a motivação dos alunos,

facilitar a compreensão de conceitos científicos, desenvolver aptidões práticas e capacidades

de resolução de problemas, melhorar a compreensão dos alunos sobre a natureza da ciência.

Hodson (1994), refere, que a experiência em primeira mão de um fenómeno é essencial para a

familiarização com o mundo à nossa volta, pelo que o trabalho experimental é essencial, pois

essa experiência directa não pode ser adquirida de outra maneira.

Nesta perspectiva, a educação em Ciências deve: ultrapassar a meta de uma aprendizagem

de factos e de teorias e revestir-se de interesse e utilidade para os alunos; proporcionar

oportunidades para os alunos se envolverem em trabalhos de natureza científica; acentuar a

abordagem do conhecimento científico e/ou tecnológico não como um fim em si mesmo, mas

como um meio para a resolução de problemas pessoais e/ou sociais; atender às interrelações

Ciência-Tecnologia-Sociedade e procurar levar os alunos a compreender os valores sociais, a

conhecer a realidade, a pensar por eles próprios.

É neste contexto que o trabalho experimental, que assume agora novas orientações,

exigências e finalidades, se destaca pela sua relevância como estratégia primordial, no âmbito

de um ensino por pesquisa (Cachapuz, Praia e Jorge, 2002), para responder às necessidades

educativas actuais.

Em suma, proclama-se um trabalho experimental de natureza investigativa, que surja

como um contexto para usar os conhecimentos, capacidades e atitudes, centrado num

pluralismo metodológico e na resolução de problemas de âmbito CTS. Aparece desenhado em

processos curriculares que têm como suporte problemáticas de natureza mais aberta, com

implicação social, propícias à pesquisa e à promoção da discussão entre os alunos e em que a

aprendizagem dos conceitos e dos processos emerge como uma necessidade sentida para

encontrar resposta para os problemas.

No fundo, “as aulas poderão passar a ser verdadeiros centros de criação e

investigação” (Ponte, 1997).

Introdução

17

1.4.7- Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTIC) no Ensino das Ciências

A evolução do Homem é caracterizada por diversas descobertas, invenções e revoluções.

Assim, o mundo não pára de se transformar, e neste momento encontramo-nos no cume da

chamada “revolução da informação”. Neste contexto, as NTIC assumem, na escola, um papel

preponderante, não podendo ser ignorada esta realidade. Para além do saber académico e

científico, hoje em dia, quem não está informado, quase é conotado como analfabeto. As

NTIC estão nas escolas, toda a comunidade escolar as usa, dentro e fora delas. Basta utilizar o

multibanco, ligar a TV por cabo, a internet, e até o telefone fixo ou móvel. Assim, as escolas

de forma mais ou menos lenta vão acompanhando a expansão destes sistemas - redes,

equipamentos, técnicas e práticas.

“(…) A mudança tecnológica acelerada e a globalização do mercado exigem indivíduos

com educação abrangente em diversas áreas que demonstrem flexibilidade, capacidade de

comunicação, e uma capacidade de aprender ao longo da vida. Estas competências não se

coadunam com um ensino em que as ciências são apresentadas de forma compartimentada,

com conteúdos desligados da realidade, sem uma verdadeira dimensão global e integrada”

(Orientações curriculares, 2001).

No ensino básico, com a introdução da nova reforma (em 2001), a integração visou,

essencialmente, a promoção da trandisciplinaridade. Surge uma valorização desta integração

quase ao nível da importância do estudo da língua materna. Salienta-se ainda o facto das TIC

deverem passar a fazer parte não só das áreas curriculares, como também das áreas não

curriculares. “Os professores que com o seu uso, mais facilmente poderão orientar e

programar as aprendizagens individualizadas, nos grupos cada vez mais heterogéneos em que

actuam” (Delors et al. 1998).

As novas tecnologias da informação e comunicação (NTIC) na escola, respondem a uma

necessidade de preparar o indivíduo para uma sociedade em constante devir, através do

desenvolvimento da sua capacidade de auto-aprendizagem, que lhe permita, ultrapassados os

muros da escola, caminhar sozinho, fazendo face aos constantes desafios da vida.

“A utilização do computador e de sistemas interactivos por ele suportados, tais como,

programas de simulação, bases de dados, vídeo interactivo, chat, fóruns de discussão,

videoconferência e outros contribuem para que o aluno se torne cada vez mais emancipado do

controlo da escola, do professor e das próprias orientações curriculares, podendo tornar-se

mais autónomo, promotor e responsável pela sua aprendizagem” (Miranda et al. 2001).

Introdução

18

Nesta perspectiva e sabendo que uma das principais finalidades das mais recentes

“Orientações curriculares”, é permitir ao aluno desenvolver competências variadas nas

diferentes áreas curriculares que lhe permitam uma progressiva organização do conhecimento

para lhe dar ferramentas no que se refere às competências que terão de utilizar no seu futuro

quotidiano, a área das Ciências Naturais apresenta-se extremamente rica e abrangente no que

se refere aos campos do saber, à diversidade de competências e ambientes de aprendizagem.

Assim, em todos os temas organizadores será possível a integração de ferramentas de apoio

relacionadas com as NTIC. Desta forma, trabalhar assuntos que exigem por parte do aluno

uma grande capacidade de abstracção; em trabalho experimental, através, por exemplo, das

simulações e demonstrações; na pesquisa de informação para trabalhos e projectos e na

divulgação dos resultados desses mesmos trabalhos ou projectos pela Internet. As orientações

curriculares fazem referência obrigatória à integração das TIC no currículo, seja na sala de

aula ou seja através de projectos pedagógicos.

No fundo, “as aulas poderão passar a ser verdadeiros centros de criação e

investigação” (Ponte, 1997).

1.4.8- Educação Ambiental

A Educação Ambiental (EA) é uma forma abrangente de educação que se propõe a

atingir todos os cidadãos, inserindo a variável meio ambiente nas suas dimensões física,

química, biológica, económica, política e cultural.

Segundo Martin Molero (1996) “A Educação Ambiental entende-se como um

processo permanente, através do qual os indivíduos e colectividades incrementam a sua

consciencialização sobre si próprios e tudo o que os rodeia, adquirindo conhecimentos,

destrezas e valores, assim como a capacidade que lhes permita actuar em harmonia com o seu

Meio”.

Neste contexto, e numa perspectiva de entendermos melhor a concepção dominante

da Educação Ambiental em Portugal, torna-se pertinente contextualizá-la, também a nível da

política de ambiente, focando alguns aspectos da sua evolução e as acções mais relevantes,

numa panorâmica histórica recente.

Desta forma, é importante termos em mente, alguns dos marcos (nacionais e

internacionais) basilares na Educação Ambiental (tabela 1).

Introdução

19

Tabela 1- Marcos temporais da Educação Ambiental

ANO ACONTECIMENTOS

1801

George PerKin Marsh publicou nos Estados Unidos Man and Nature or Physical Geography as Modified by Human Action. Classificado como o primeiro alerta da exploração descontrolada dos recursos naturais e para os perigosos efeitos que esse tipo de acção poderia desencadear para a sobrevivência do Homem e do Planeta.

1872 Criado nos Estados Unidos o 1º Parque Nacional do Mundo The Yellowstone National Park

1947

Fundada a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) na Suíça. Foi a organização conservacionista mais importante até à criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) em 1972.

1948

- No Encontro de Paris da UICN A nível internacional é usada pela 1ª vez a expressão Educação Ambiental. - Em Portugal funda-se a Liga para a Protecção da Natureza.

1949

Aldo Leopoldo, biólogo do Iowa escreveu “The Land Ethic”. Considerados a fonte mais importante do moderno biocentrismo ou ética holística.

1961 No Canadá cria-se a Fundação Mundial para a Vida Selvagem (World Wild Foundation - WWF)

1962 Rachel Carson, jornalista dos Estados Unidos escreveu o livro “A Primavera Silenciosa”, um alerta para os problemas ambientais e para a perda da qualidade de vida

1968 Fundação do Clube de Roma discussão a crise actual e futura da Humanidade. A Educação Ambiental começa a ser considerada como uma temática de aprendizagem escolar.

1969

- A ONU e a União Nacional para a Preservação da Natureza (UNPN) definem o termo preservação. - A ONU solicita a Portugal a elaboração de um relatório sobre os problemas ambientais em Portugal.

1970

Por iniciativa da UICN realizou-se nos Estados Unidos da América a Conferência de Nevada, onde se definiu o conceito de educação ambiental. - Em Portugal foi inaugurado o Parque Nacional da Peneda-Gerês e foi aprovada a Lei Básica para a criação de Parques Nacionais e outros tipos de reservas.

1971

- Reunião do Conselho Internacional de Coordenação do programa sobre o Homem e a biosfera, UNESCO. - Criada em Portugal Comissão Nacional do Ambiente (CNA), lançamento de campanhas de educação ambiental.

1972

Em Estocolmo realiza-se a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano e Desenvolvimento. Debateram-se os problemas ambientais e as suas consequências e a EA é encarada no plano da educação permanente. Aqui, salienta-se a criação do programa PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente).

1974

- Efectuou-se em Haia o 1º Congresso Internacional de Ecologia; - Em Portugal foi criada a Secretaria de Estado do Ambiente.

1975

- A UNESCO e o PNUMA criaram conjuntamente o Programa Internacional de Educação Ambiental (PIEA), com uma vertente de informação e um campo de educação mais alargados. . - Realização do Seminário de Belgrado (na Jugoslávia) donde saiu o 1º documento intergovernamental (Carta de Belgrado), um programa global de EA; - Foi introduzida nos programas de ensino a disciplina de Estudos Sociais.

1977

- Em Ohio, nos Estados Unidos foi criada a Sociedade Internacional para a Educação Ambiental; - Em Tbilíssi, na Geórgia realiza-se a Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental (define os objectivos), é organizada pela UNESCO, em cooperação com o PNUMA.

1978

- Em Portugal a CNA promove um curso para Inspectores Orientadores do Ensino Primário, sobre a área temática recém-introduzida nos programas escolares do Ensino Primário através da disciplina Meio Físico e Social. Tinham o compromisso de seguidamente dinamizarem nos distritos da sua intervenção acções de formação de professores no tema em questão.

1980

- A UICN publica a Estratégia Mundial para a Conservação. Assinala a EA como fundamental para a mudança de comportamentos da humanidade em relação à natureza.

1981 - Em Portugal a CNA promoveu acções de formação para professores em educação ambiental.

1985

- 10º Aniversário do PIEA da UNESCO-PNUMA, mais de 40 países já introduziram a educação ambiental nos seus planos de educação, legislativos e políticos.

1986

- Em Portugal foi promulgada a LBSE (Lei de Bases do Sistema Educativo), prevê o tratamento de temas transversais, incluindo a EA.

1987

Na Noruega, a ONU é divulga o Relatório da Comissão de Brundtland “O Nosso Futuro Comum”. Surge o conceito de Desenvolvimento Sustentável; - O congresso de Moscovo – Tbilissi + 10, reforça a importância vital da EA; - Em Portugal é promulgada a Lei de Bases do Ambiente e criado o Instituto Nacional do Ambiente (INAMB). Promove acções na área da política do ambiente e EA.

1992

- Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento, no Rio de Janeiro, foi chamada a Cimeira da Terra. Confirmam-se as premissas de Tblissi e através da Agenda 21 decidem-se estratégias, com um capítulo dedicado à EA; - A União Europeia, com o Tratado de Maastricht, insere o conceito de desenvolvimento sustentável na legislação europeia.

1993 Em Portugal extinguiu-se o INAMB e é criado o Instituto de Promoção Ambiental (IPAMB).

1997 Em Thessaloniki, realiza-se a Conferência Internacional de Ambientes e Sociedade, aconselha-se que as escolas ajustem os programas de estudo às condições de um futuro sustentável.

1998 - Em Portugal, a Lei das Organizações Não Governamentais de Ambiente, decreta os direitos de participação e intervenção das ONGAs junto da administração pública para a promoção do ambiente; - No Japão em Quioto - Conferência Intergovernamental sobre Alterações Climáticas – Tratado internacional para a redução das emissões de poluentes no ambiente.

2002 Na África do Sul, Joanesburgo, realiza-se a 2ª Cimeira da Terra, integra, onde são incluídos os 3 pilares de desenvolvimento sustentável: Crescimento económico, desenvolvimento social e protecção ambiental.

2005 Entrada em vigor do Protocolo de Quito, para redução das emissões de poluentes para a atmosfera, assinado por 115 países, sem os Estados Unidos.

Introdução

20

De acordo com (Teixeira, 2003), a EA tem, em Portugal, uma rica história, tendo dado

os seus primeiros passos, ainda Portugal estava debaixo de um regime ditatorial. Assim, logo

após o 25 de Abril de 1974, assistiu-se à criação do primeiro ministério centrado nas questões

do ambiente (Ministério do Equipamento Social e do Ambiente (I, II, III, IV e V governos

provisórios). “A política pública ambiente também se avalia pela existência, entre outros

indicadores, de um ministério” (Teixeira, 2003).

Neste sentido, a Educação Ambiental emerge como réplica da «necessidade de um

Meio Ambiente idóneo para a vida – um Ambiente saudável e são» (Bennett, 1993).

Portanto, ao desejar-se o desenvolvimento integral de cada ser humano, em virtude de

uma melhor compreensão de si próprio e dos outros, bem como do meio em que se inclui,

estamos por conseguinte, a falar de educação, antes mesmo de EA.

Educar é assim um encargo, absolutamente necessário que não se pode, de modo

algum, reduzir unicamente à transmissão de conhecimentos; «tem de desenvolver

capacidades, tanto o do passado como o do presente, de modo a tornar o Homem solidário

com o seu próprio futuro, o que poderá conseguir-se alterando as formas de comportamento,

adequando-se às leis naturais» (Evangelista, 1992).

«A Educação Ambiental é parte integrante da educação básica» (Giordan e Souchon,

1995). Assim, a Educação Ambiental reúne um óptimo ponto de partida para a melhoria da

educação no nosso país. Por conseguinte, cabe também à escola a função de fazer a ligação

entre a oferta exterior e o processo educativo, rentabilizando as propostas realmente

potenciadoras de desenvolvimento do seu universo específico de alunos. A articulação destes

recursos nos Projectos Educativos de Escola/Agrupamento é fundamental para que haja uma

continuidade e coerência ao longo do processo de desenvolvimento curricular integrado,

produzindo efeitos educativos nas crianças.

Na escola podem-se desenvolver, inúmeros projectos, direccionados para a realidade

local, tendo em conta a actual distribuição dos tempos lectivos. Todavia, estas actividades

tornar-se-ão exequíveis, se existir um grande envolvimento dos Professores que por vezes não

tem a devida preparação, predisposição ou disponibilidade para o fazerem. Para a

concretização de alguns destes projectos, o envolvimento das entidades locais, nomeadamente

as autarquias, é também essencial.

A evolução da Educação em Portugal terá com certeza que seguir a dinâmica já

existente noutros países, em que as escolas se envolvem em mais projectos. Para tal será

Introdução

21

certamente essencial disponibilizar mais recursos aos professores, e, também realizar acções

de formação em áreas consideradas essenciais.

Um século que se nos apresenta crítico em termos ambientais, e para o qual a

Educação Ambiental poderá contribuir para a compreensão e resolução das situações de crise

relacionada com os problemas sócio ambientais locais e globais. Esta ideia foi reforçada pelas

mudanças curriculares produzidas com a publicação do Decreto-Lei nº 6/2001, de 18 de

Janeiro, e com a actualização produzida com o Decreto-Lei nº 209/2002, de 18 de Outubro.

Deste modo, a reorganização curricular do Ensino Básico, surge no sentido de

fortalecer a articulação entre os três ciclos que a compõem. Assim, assume peculiar evidência

a consagração, no currículo, de três novas áreas curriculares não disciplinares - área de

projecto, estudo acompanhado e formação cívica, bem como a obrigatoriedade do ensino

experimental das ciências. Este diploma prevê, também, a integração, com carácter transversal

da educação para a cidadania em todas as áreas curriculares. Contudo, a Educação Ambiental

não teve a expressividade desejada, nas referidas áreas curriculares disciplinares.

Oliveira (2006) menciona, que as actividades de EA nas escolas tem sido, de iniciativa

interna, em especial da parte dos professores ligados às Ciências Naturais ou por convite

exterior à escola. Em ambos os casos, as acções recaem muitas vezes dentro do horário lectivo

das disciplinas de Ciências Naturais, ou então nos tempos livres dos alunos, ou seja nos

períodos não lectivos. Continua dizendo que no seu entender, as actividades da EA nas

escolas devem recair essencialmente sobre actividades extracurriculares, não excluindo as

hipóteses de realização nos tempos lectivos e nas diversas disciplinas.

Como refere Gaudiano (2005), apercebemo-nos rapidamente de que a educação

ambiental não deveria ter objectivos próprios, mas que deveria ser parte constitutiva das

práticas educativas em geral, tal como deveria ser também aquilo que estamos a procurar

definir: a educação para a diversidade. Ou seja, a educação em geral deveria proporcionar

elementos para a conservação da biodiversidade num quadro de mudança social amplo mas,

porque se requerem projectos específicos sobre este tema, é por isso que não acontece.

A este respeito, Caride e Meira (1998), citado por Gaudiano (2005), defendem que,

por isso, «a educação ambiental não deve aspirar unicamente a educar “para conservar a

Natureza” ou “para consciencializar as pessoas” ou “para mudar as suas condutas”. A sua

tarefa é mais profunda e comprometida: “educar para mudar a sociedade”, procurando que a

tomada de consciências se oriente em direcção a um desenvolvimento humano baseado na

sustentabilidade e na responsabilidade global; missão na qual a educação ambiental se

Introdução

22

identifica com uma educação total para a melhoria da qualidade de vida e dos seus contornos,

pelo que também haverá que assumir a sua caracterização como prática política, afirmada em

valores que promovam a transformação social, o pensamento crítico e a acção emancipadora».

1.5- Biodiversidade e conhecimento faunístico dos alunos

O ensino das Ciências, apesar de ter adoptado diferentes modelos e estratégias de

ensino/aprendizagem, tem-se caracterizado por se centrar na transmissão de conhecimentos,

esquecendo as implicações técnicas e os aspectos históricos, económicos, políticos, sociais e

de relação do aluno como interveniente e receptor do meio que o rodeia.

Sendo assim, “Hoje... as palavras de ordem são aprendizagem significativa, mudança

conceptual e, naturalmente, construtivismo” (Moreira, 1999). Segundo Ausubel et al. (1978),

a aprendizagem só terá significado desde que a nova informação se vá “ancorar” naquela que

o indivíduo já possui. Esta nova concepção de aprendizagem filia-se numa corrente

epistemológica de natureza racionalista/construtivista (o conhecimento não é “dado” mas

construído), cuja tónica reside na construção activa do conhecimento por parte do aluno,

enfatizando-se e valorizando-se o aluno como “sujeito interpretativo” e não apenas como

“sujeito informativo” (Santos, 1998).

Nesta perspectiva e acrescentando ainda que não se pode preservar aquilo que não se

conhece, a escola deve valorizar os saberes do senso comum locais tradicionais, articulando-

os com os saberes formais. Assim, o diagnóstico do conhecimento efectivo dos alunos sobre a

“fauna regional” vem a propósito, uma vez que este conhecimento tem vindo a ser

progressivamente descurado pela escola.

Assim, a reforma curricular, no Ensino Básico e Secundário, reforça o estudo da

biodiversidade, incluindo-a nos currículos, nomeadamente na área de Ciências Físicas e

Naturais e nas disciplinas de Biologia e Geologia. Neste sentido, o Currículo do Ensino

Básico lança um olhar atento às problemáticas ambientais e, à protecção e defesa da

biodiversidade, a fim de sensibilizar e motivar os discentes, para o desenvolvimento de

atitudes e competências de acção prática ambiental (Pereira 2002).

Este facto indica-nos que o ensino das ciências deve proporcionar um envolvimento

directo dos alunos com os ecossistemas naturais, permitindo assim, a consequente tomada de

consciência das relações de interdependência que partilham com os mesmos.

Introdução

23

A Convenção sobre Diversidade Biológica (assinada na Conferência das Nações

Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, Rio 92) define biodiversidade ou

diversidade biológica como a variabilidade de organismos vivos de todas as origens sejam

ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos. Compreende ainda a

diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas. Neste sentido, propiciar o

conhecimento da biodiversidade global e em particular o da “fauna local”, permite sensibilizar

os alunos para os efeitos da acção antropogénica nos ecossistemas.

Por conseguinte, o estudo da biodiversidade tem importância directa para a

preservação ou conservação das espécies, uma vez que possibilita o aproveitamento dos

recursos para que sejam explorados de uma forma mais eficiente e menos prejudicial à

natureza. Desta forma, resulta uma harmonia entre o desenvolvimento das actividades

humanas e a preservação denominando-se por desenvolvimento sustentável.

Cada vez mais, conservação da biodiversidade é um imperativo que se impõe, não

apenas, pelo potencial de utilização sustentável que representa mas, sobretudo, pela

conservação em si e equilíbrio do meio ambiente natural. Neste seguimento, cabe também à

escola, a função de educar para a sustentabilidade e preservação da biodiversidade, formar

cidadãos críticos e responsáveis.

Oliveira (2006) e Tomás (2005) debruçaram-se já sobre o conhecimento faunístico que

os alunos do ensino básico possuem, fazendo incidir os seus estudos, na região costeira entre

Espinho e a Figueira da Foz e na região da Beira Interior de Portugal Continental. Embora

realizados em zonas diferentes do nosso país, os resultados destes estudos revelam, que os

alunos possuem conhecimento idêntico entre si, sendo interessante verificar que indicam a

escola como a última entidade de divulgação da fauna local. Contudo, os alunos demonstram

interesse pelos animais, bem como lhe atribuem muita importância.

Metodologia

24

CAPÍTULO 2

2- Metodologia Ao capítulo da metodologia cumpre a função de informar e justificar a opção metodológica

adoptada durante a realização da investigação que integra esta dissertação. Assim, e com a

finalidade de ajustar o método ao estudo, seguimos um caminho previamente estruturado,

permitindo, desta forma traçar uma metodologia clara e objectiva. Segundo Cohen e Manion

(1994), a investigação é uma combinação de experiências e de lógica e deve ser encarada

como a melhor maneira de descobrir a verdade.

Esta investigação teve com objectivo essencial, diagnosticar o conhecimento efectivo

dos alunos do Ensino Básico sobre fauna. Como tal, os alunos foram questionados acerca da

fauna existente na sua área geográfica. Assim, e no sentido de tornar mais funcional este

capítulo dividimo-lo em secções que incluem, respectivamente:

2.1- Selecção e caracterização do universo da investigação;

2.2- Selecção do instrumento de recolha de dados;

2.3- Estrutura do questionário;

2.4- Técnica de tratamento de dados;

2.5- Modelo de análise de conteúdo (questão 13).

2.1- Selecção e caracterização do Universo da investigação

Segundo Almeida e Freire (2003) há conceitos que devem ser clarificados, assim define o

Universo da investigação como dizendo respeito a todos os sujeitos, fenómenos ou

observações passíveis de serem reunidas como obedecendo a determinada característica. Por

outro lado, refere-se à população, como o conjunto dos indivíduos, casos ou observações onde

se quer estudar o fenómeno. O Universo da investigação é formado pelo número total de

indivíduos que entram no campo de investigação (Pardal e Correia, 1995).

Conciliando esta perspectiva com os objectivos da investigação “Diagnóstico do

conhecimento efectivo dos alunos do Ensino Básico sobre a fauna local”, a população em

estudo é constituída por alunos do meio rural e meio urbano do distrito do Porto, de Portugal

Metodologia

25

continental, que frequentam o 4º, 6º e 9º anos de escolaridade dos 1º, 2º e 3º ciclos do Ensino

Básico de escolas públicas do distrito do Porto, no ano lectivo 2006/2007.

A escolha de escolas do meio rural e do meio urbano pareceu-nos ser interessante e

vantajoso, dado que os valores culturais tradicionais dos discentes pertencentes às duas zonas

territoriais são geralmente diferentes.

A selecção do 4º, 6º e 9º anos de escolaridade, deveu-se ao facto de representarem os

anos terminais do primeiro, segundo e terceiro ciclos do Ensino Básico, respectivamente e por

serem explorados ao longo destes três ciclos os temas organizadores como: Terra em

transformação, Sustentabilidade na Terra e Viver melhor na Terra. Neste contexto, são

abordados conteúdos programáticos relacionados com os seres vivos, onde estes assumem um

papel de charneira, uma vez que são intervenientes em todos os processos ecológicos do

planeta terra. Neste sentido, os alunos poderão desenvolver os conhecimentos sobre a

biodiversidade, nomeadamente em relação à fauna local.

Em virtude da impossibilidade prática de se poder estudar exaustivamente uma

população tão vasta, ou seja todos os alunos do 4º, 6º e 9º anos de escolaridade do distrito do

Porto, como também à natureza da investigação, o estudo foi realizado com uma parte restrita

da população alvo – uma amostra. Assim, recorremos à construção de uma amostra

intencional do Universo.

A amostra intencional (escolhida a juízo do investigador) se feita criteriosamente,

pode fornecer interessantes indícios a respeito do fenómeno em estudo. Este tipo de amostra,

com maior ou menor sofisticação na sua construção, é largamente utilizado, sob diversas

modalidades (Pardal e Correia, 1995). Apesar disto, a escolha desta amostra teve em linha de

conta, a sua significância e a sua representatividade, como referem Almeida e Freire (2003).

As escolas seleccionadas são todas do ensino público, por serem as escolas com mais

significado na população portuguesa (tabela 2).

Metodologia

26

Tabela 2- Constituição da amostra

Concelhos

Escolas

Número de Questionários

4º ano

6º ano

9º ano

Porto (Meio Urbano)

EB 2/3 Francisco Torrinha ----- 134 133 EB1 S. João da Foz 40 ----- ----- EB1 S. Miguel de Nevogilde 58 ----- ----- EB1 Paulo da Gama 35 ----- -----

Lousada (Meio Rural)

EB 2/3 de Caíde de Rei ----- 134 133 EB1 Pereiras 1 20 ----- ----- EB1 Pereiras 2 12 ----- ----- EB1 Corgo 48 ----- ----- EB1 Sub-Ribas 25 ----- ----- EB1 Aparecida 1 28 ----- -----

Total de questionários: 800

2.2- Selecção do instrumento de recolha de dados

As técnicas de recolha de dados são o instrumento de trabalho que viabiliza a

realização de uma pesquisa, um modo de se conseguir a efectivação do conjunto de operações

em que consiste o método, com vista à verificação empírica – confrontação do corpo de

hipóteses com a informação colhida na amostra (Pardal e Correia, 1995)

Basicamente, a questão central a que se pretende responder agora, tem a ver com a

forma e os meios como vão ser recolhidos os dados empíricos a usar na testagem da(s)

hipóteses(s). A Qualidade informativa de tais dados vai, parcialmente, depender da qualidade

dos instrumentos usados nessa recolha e, daí, a importância que a questão dos instrumentos

tem na investigação em Educação (Almeida e Freire, 2003).

Com este estudo pretende-se diagnosticar “Os conhecimentos faunísticos dos alunos

do ensino básico”, quer do meio rural, quer do meio urbano do distrito do Porto. Como tal,

trabalhar com uma amostra geograficamente dispersa que reúne um número elevado de

sujeitos, envolvia a escolha de uma técnica de recolha de dados que consentisse recolher

dados de todos os sujeitos e que fosse, paralelamente um meio económico e eficaz de recolha

de dados.

A opção por este instrumento (o questionário) deveu-se ao facto de permitir num curto

espaço de tempo inquirir um conjunto elevado de sujeitos (Cohen e Manion, 1990), e ainda

Metodologia

27

porque de um modo geral, o questionário é bastante fiável desde que se respeitem os

procedimentos metodológicos quanto à sua concepção, selecção dos inquiridos e

administração no terreno (Field, 2000).

Depois de ponderarmos sobre as várias técnicas de recolha de dados e apesar dos

problemas inerentes à técnica de inquérito por questionário apontados por Tuckman (2002)

como: a cooperação dos sujeitos na informação prestada; a veracidade da informação prestada

pelos sujeitos e a consciencialização dos sujeitos acerca do assunto em análise, consideramos

que esta técnica se ajustava ao tipo de informação que desejaríamos adquirir.

Entende-se que um questionário é constituído por um conjunto de itens, questões ou

situações, mais ou menos organizado, e que deve cobrir um certo domínio a avaliar

(Bisquerra, 1995; Almeida e Freire, 2000).

Segundo os especialistas Ghiglione e Matalon, (1992), um questionário composto, na

sua maioria, por questões fechadas, não deve ultrapassar os 45 minutos quando a sua

aplicação é feita em boas condições, ou seja, em casa da pessoa ou num lugar tranquilo.

Contudo, no sentido de remediar as desvantagens inerentes a esta técnica de recolha de

dados adoptámos as seguintes medidas:

• O questionário foi elaborado para 30 minutos dos 45 previstos como tempo

lectivo;

• Foi dada a possibilidade aos alunos de assinalarem a opção “outra opção” e de

emitirem a sua opinião, sempre que as possibilidades de resposta numa questão

fechada não se ajustarem às suas verdadeiras intenções de resposta;

• No momento da aplicação do questionário, os inquiridos foram informados das

instruções necessárias ao seu preenchimento.

2.3- Estrutura do Questionário

O questionário administrado foi o utilizado por Tomás (2005) e Oliveira (2006).

Segundo Hill e Hill (2002), quando se pretende aplicar o questionário a uma amostra

retirada de um Universo diferente daquele para o qual foi desenvolvido o questionário. Nesta

situação, é importante verificar a relevância, a clareza e a compreensão das perguntas

aplicadas aos respondentes do Universo novo.

Metodologia

28

Como tal, foram verificados todos estes pressupostos, e considerámos que o presente

questionário satisfazia todas as condições para ser aplicado à amostra seleccionada. A par

disto, constatámos que as questões elaboradas eram capazes de recolher a informação que

pretendíamos, para alcançar os objectivos desta investigação.

Assim, (Pardal e Correia, 1995) refere, que um questionário pode apresentar diversos

tipos de perguntas, cada um com a sua especificidade, bem como várias modalidades de

questões. Desta forma, as perguntas formuladas, tiveram por base a classificação apresentada

por estes autores

Deste modo, foram elaboradas três tipos de perguntas:

• Perguntas Explicitas – Pretendem uma informação directa e imediata sobre um

assunto;

• Perguntas de Facto – Possibilitam a recolha de assuntos concretos, factuais, de fácil

determinação;

• Perguntas de Opinião – Permitem que o inquirido emita a sua opinião.

No mesmo sentido, foram elaboradas as seguintes modalidades de perguntas:

• Perguntas Abertas – Permite liberdade total na reposta do aluno;

• Perguntas Fechadas – Limitam a opção de uma de entre as respostas indicadas;

• Perguntas de Escolha Múltipla – Possibilitam o aluno de escolher de uma ou várias

respostas de um conjunto apresentado.

As questões de escolha múltiplas foram ainda subdivididas em:

� Perguntas de leque aberto – O aluno pode acrescentar outra opção às

exibidas;

� Perguntas de leque fechado – Limitam a resposta do aluno às opções

propostas.

Relativamente a esta temática, Hayman (1991) menciona, que as perguntas num

questionário, podem ser abertas ou fechadas, segundo a função com que são feitas. Na

pergunta aberta o inquirido constrói a resposta, pelo que é permitida qualquer resposta. Este

tipo de perguntas é útil quando se deseja obter informação mais profunda e também quando o

inquiridor não prevê qual seja a resposta. Na pergunta fechada só se permite dar certas

respostas determinadas. As respostas possíveis são incluídas numa lista e o inquirido escolhe

Metodologia

29

uma delas. Uma vez que as perguntas fechadas limitam, em grande medida, o que o inquirido

tem que fazer, devem definir-se muito bem as respostas que provavelmente ocorram.

Apesar disto, talvez as perguntas fechadas sejam desejáveis por razões de motivação e

contacto com o inquirido. Contudo, nas perguntas abertas proporciona-se uma informação

mais específica.

A tabela 3 ilustra as questões formuladas no questionário. Tabela 3- resumo dos objectivos, tipos e modalidades das questões formuladas no questionário

administrado aos alunos da amostra (adaptado de Tomás, 2005).

Objectivos

Questão

Categoria da questão Tipo Modalidade

Car

acte

rizaç

ão d

o al

uno

▪ Caracterizar o nível etário dos alunos da amostra. ▪ Identificar o género dos alunos. ▪ Identificar o ano de escolaridade frequentado pelos alunos. ▪ Identificar a escola frequentada pelos alunos. ▪ Caracterizar o local de residência habitual dos alunos. ▪ Caracterizar o tipo de agregado familiar dos alunos. ▪ Identificar a profissão do progenitor masculino do aluno. ▪ Identificar a profissão do progenitor feminino do aluno.

1

Facto (factual)

▪ Aberta ▪ Fechada ▪ Fechada ▪ Aberta ▪ Fechada ▪ Aberta ▪ Aberta ▪ Aberta

Dia

gnos

ticar

o c

onhe

cim

ento

dos

alu

nos

sobr

e fa

una loca

l

▪ Conhecer o interesse actual dos alunos sobre a fauna local.

2

Opinião

Escolha múltipla em leque fechado

▪ Conhecer a opinião dos alunos acerca da importância da fauna local.

3

Opinião

Escolha múltipla em leque fechado

Diagnosticar os animais locais mais frequentes referenciados pelos alunos. ▪ Diagnosticar o conhecimento efectivo dos alunos sobre a fauna local.

4

Explícita

Aberta

▪ Identificar as fontes de informação sobre a fauna regional mais frequente utilizadas pelos alunos.

5

Explícita

Escolha múltipla em leque

aberto ▪Diagnosticar o conhecimento dos alunos relativamente ao conceito “Diversidade nos animais.

6.1

Opinião

Escolha múltipla em leque aberto

▪ Identificar as preferências dos alunos da amostra relativamente aos animais locais mais ou menos apreciados.

6.2

Opinião

Aberta

▪ Conhecer a opinião dos alunos em relação às principais causas da “destruição dos animais e do seu habitat natural”.

6.3

Opinião

Escolha múltipla Em leque fechado

▪Verificar, através dos alunos, a possível referência na sala de aula, da área curricular disciplinar de Ciências Naturais, de algumas espécies animais locais.

7

Explícita

Fechada

dicotómica ▪ Diagnosticar, através dos alunos, as possíveis espécies da fauna portuguesa referenciadas nas aulas de Ciências Naturais.

8

Explícita

Aberta

▪Averiguar, através dos alunos, a possível utilização da estratégia metodológica, saídas fora da sala de aula.

9

Explícita

Fechada

dicotómica ▪ Conhecer as preferências dos alunos relativamente ao tipo de estruturas vivas e não vivas observadas no campo.

10

Opinião

Escolha múltipla em leque aberto

▪ Conhecer as preferências dos alunos quanto ao tipo de aulas que lhes são leccionadas acerca da temática a “Fauna de Portugal”.

11

Opinião

Escolha múltipla em leque aberto

Metodologia

30

▪ Identificar, pelos alunos, o tipo de aula que é mais frequente na área curricular disciplinar de Ciências Naturais, na abordagem da temática “Fauna Regional”.

12

Opinião

Escolha múltipla em leque aberto

▪ Diagnosticar as principais problemáticas que atingem a fauna local. ▪ Conhecer temáticas de preferências dos alunos, a desenvolver na área curricular não disciplinar de Área de Projecto.

13

opinião

Aberta

2.4- Técnica de Tratamento de Dados

Todas as informações obtidas foram utilizadas para uma análise quantitativa. Para analisar os

dados, recorreu-se ao software estatístico “Statistical Package for Social Sciences” (SPSS) –

para Windows.

Os resultados obtidos estão divididos em duas grandes partes:

Da primeira parte consta a estatística descritiva, que permite perceber a forma como se

distribuem os valores nas variáveis. Esta análise permite atingir alguns dos objectivos que

delineamos para esta investigação, nomeadamente:

- Diagnosticar e avaliar o conhecimento revelado pelos alunos do Ensino básico (4º, 6º

e 9º anos de escolaridade) sobre a diversidade da fauna local e de Portugal;

- Avaliar a influência dos saberes do “senso comum” tradicionais no conhecimento

significativo dos alunos do ensino básico sobre a “fauna local”, podendo os saberes locais e

regionais tradicionais ser uma praticável fonte de conhecimento da “fauna local”;

- Reunir um conjunto de dados informativos que ajudem o professor de Ciências da

Natureza, Ciências Naturais e do 1º ciclo na planificação destas aulas;

A segunda parte é formada pela análise de inferência estatística, para verificar todas as

doze hipóteses do trabalho e também a análise de inferência estatística, para verificar a relação

entre o conhecimento dos alunos sobre a “fauna local” segundo a área de residência (meio

urbano e/ou meio rural) e o sector profissional dos seus progenitores.

2.4.1- Variáveis

As variáveis, no que diz respeito ao tipo de escala de medida, podem distribuir-se por

escalas nominais, ordinais, intervalares e proporcionais. Nas escalas ordinais os indivíduos ou

as observações distribuem-se já segundo uma certa ordem, que pode ser crescente ou

decrescente e, nesse sentido, permitem já estabelecer diferenciações (Almeida e Freire, 2003).

Metodologia

31

Todas as variáveis ordinais que resultam da ordenação de itens, como as questões 5,

6.3, 11 e 12 são na realidade variáveis qualitativas ordinais, mas são referidas e tratadas como

variáveis quantitativas (o que é perfeitamente adequado) para o tratamento que delas é feito,

nos testes de hipóteses.

Em termos de estatística descritiva apresentam-se, para as variáveis de caracterização,

as tabelas de frequências e gráficos ilustrativos das distribuições de valores verificadas e, para

as variáveis quantitativas, também as tabelas de frequências e as estatísticas relevantes, como:

• Os valores médios obtidos para cada questão (para as questões com respostas “0 -

Não” “1 - Sim”, os valores médios correspondem à percentagem de respostas certas);

• Os valores do desvio padrão associados a cada questão que representam a dispersão

absoluta de respostas certa para cada questão;

• O coeficiente de variação, que ilustra a dispersão relativa das respostas: quanto maior,

maior é a dispersão de respostas;

• Os valores mínimos e máximos observados;

• Gráficos ilustrativos dos valores médios das respostas dadas às várias questões.

2.4.2- Testes estatísticos

Seguidamente apresentam-se todas as explicações teóricas sobre os testes estatísticos

utilizados.

Os testes estatísticos servem para averiguar se as diferenças observadas na amostra são

estatisticamente significantes, ou seja, se as conclusões da amostra se podem inferir para a

população.

Um dos testes utilizados foi o teste paramétrico t de Student de diferenças de médias,

quando a variável que define os grupos tem duas categorias.

O teste t é antecedido por um teste de hipóteses à igualdade das variâncias em cada um

dos grupos, que é o teste de Levene:

o H0: A variância (desvio padrão) é igual para os dois grupos;

o H1: A variância (desvio padrão) é diferente para os dois grupos.

Quando o valor de prova deste teste é superior ao valor de referência de 5%, não se

rejeita a hipótese nula, caso contrário rejeita-se e aceita-se a hipótese alternativa.

Quando o valor de prova é superior a 5% (a verde) não se rejeita H0 e consideram-se

as variâncias iguais para os dois grupos (equal variances assumed).

Metodologia

32

Quando o valor de prova é inferior a 5% (a azul, quando acontecer) não se rejeita H0 e

consideram-se as variâncias iguais para os dois grupos (equal variances not assumed).

Estes resultados são considerados para a análise do teste t: considera-se a linha

superior ou a linha inferior, consoante as variâncias se consideram iguais ou não,

respectivamente. No presente caso, considera-se a linha superior para equal variances

assumed (assinalada a negrito) e a linha inferior para equal variances not assumed (assinalada

a negrito).

O teste t, sendo um teste paramétrico, exige que se cumpra o pressuposto da

normalidade, quando isto não sucede deve ser aplicado o teste de Mann-Whitney, que é o teste

não paramétrico equivalente, que testa a igualdade das medianas em ambos os grupos.

Para realizar o cruzamento entre estas variáveis, recorre-se então ao teste de Mann-

Whitney, que permite comparar os valores medianos da escala em cada um dos grupos. Na

tabela correspondente, o valor que importa analisar é a significância do teste (assinalado a

negrito), também designada por valor de prova. Quando este valor é inferior ao valor de

referência de 5%, rejeita-se a hipótese nula, ou seja, existem diferenças na mediana da escala

para os dois grupos. Quando é superior ao valor de referência de 5%, aceita-se a hipótese nula,

ou seja, as medianas das escalas são iguais para os dois grupos (Zar, 1996).

Para realizar o cruzamento entre as variáveis qualitativas e a variável quantitativa,

estas podem ser determinadas pelos valores médios obtidos para cada classe da variável

qualitativa, sendo o teste de hipóteses adequado a ANOVA, que não é mais do que uma

extensão do teste t, para variáveis com mais do que duas classes, quando se cumpre o

pressuposto da normalidade ou para amostras de grande dimensão.

A questão central reside em saber se as populações têm, ou não, médias iguais, ou seja,

se a variável quantitativa apresenta os mesmos valores médios para as várias categorias da

variável qualitativa.

A ANOVA, sendo um teste paramétrico, exige que as variáveis em estudo provenham

de amostras grandes ou, caso contrário, que apresentem uma distribuição normal.

O teste ANOVA reside em:

• H0: As médias da variável quantitativa nas categorias da variável qualitativa são iguais.

• H1: As médias da variável quantitativa nas categorias da variável qualitativa são

diferentes.

O resultado do teste à homogeneidade de variâncias é extremamente importante no

procedimento da ANOVA, uma vez que permite verificar um pressuposto (igualdade de

Metodologia

33

variâncias nas categorias da variável qualitativa) que tem de ser cumprido para validar a

análise subsequente. Este teste consiste em verificar se as variâncias podem ser consideradas

iguais nas várias categorias do factor, colocando as seguintes hipóteses:

• H0: As variâncias da variável quantitativa são iguais nas categorias da variável

qualitativa;

• H1: As variâncias da variável quantitativa são diferentes nas categorias da variável

qualitativa.

O valor de 5% é um valor de referência para o erro que estamos dispostos a assumir para a

possibilidade de rejeitar H0, sendo H0 verdadeira.

Quando se verifica o pressuposto, a ANOVA é adequada, quando não se verifica, os

seus resultados terão de ser confirmados pelo teste não paramétrico análogo.

Para aplicar um teste estatístico paramétrico, é também necessário verificar o

pressuposto da normalidade das distribuições das variáveis, o que pode ser realizado com o

teste K-S (Kolmogorov-Smirnov com a correcção de Lilliefors), que colocam a hipótese nula

da variável seguir uma distribuição normal, pois para aplicar alguns dos testes estatísticos,

nomeadamente os paramétricos, é necessário verificar este pressuposto.

Neste teste os valores da significância (assinalados a negrito), também designada por

valor de prova, permitem realizar inferências sobre o seu resultado. Se a significância for

superior a 5% (0,05), não se rejeita a hipótese nula (H0), se for inferior a 5%, rejeita-se a

hipótese nula (H0) e aceita-se a hipótese alternativa (H1).

Para que se possa aplicar um teste paramétrico, tem que verificar-se H0 para todas as

classes da variável qualitativa. Quando não se verifica, rejeita-se a hipótese nula. Assim, o

teste paramétrico terá que ser confirmado pelo teste não paramétrico equivalente.

Portanto, quando não se verifica o pressuposto da homogeneidade de variâncias ou o

pressuposto da normalidade, em vez da ANOVA tem de aplicar-se o teste não paramétrico:

teste de Kruskall-Wallis, que testa a igualdade das medianas para todos os grupos.

Quando todas as variáveis cuja relação se pretende estudar são variáveis quantitativas,

podem ser analisadas utilizando o coeficiente de correlação de Pearson R, que é uma medida

da associação linear entre variáveis quantitativas e varia entre -1 e 1. Quanto mais próximo

estiver dos valores extremos, tanto maior é a associação entre as variáveis.

Sempre que este coeficiente assume que os dados provêm de populações normais, é

necessário verificar a normalidade das distribuições de todas as variáveis, com o teste K-S

(Kolmogorov-Smirnov com a correcção de Lilliefors). Contudo, para que se possa aplicar o

Metodologia

34

coeficiente de correlação de Pearson r, tem que verificar-se H0 para todas as variáveis.

Quando não se verifica rejeita-se a hipótese nula e, por conseguinte, não se podem aplicar

testes paramétricos para validar as hipóteses, pelo que também a análise através dos

coeficientes de correlação de Pearson não é válida. Assim sendo, deve utilizar-se o coeficiente

de correlação de Spearman, que não é sensível a assimetrias de distribuição e não exige a

normalidade da distribuição dos dados.

Na respectiva tabela e em cada célula, que relaciona as variáveis que nela se cruzam,

apresenta-se o valor do coeficiente de correlação de Spearman e o valor da significância ou

valor de prova do teste.

As correlações são assinaladas com (*) se forem significantes para um valor de

referência de 5%, sendo correlações normais e com (**) se forem significantes para um valor

de referência de 1%, sendo correlações fortes.

A correlação entre duas variáveis é significante quando assinalada a vermelho.

Assinale-se que uma correlação estatisticamente significante pode ser positiva: significa que a

um aumento de uma variável corresponde um aumento significativo da outra; ou negativa:

significa que a um aumento de uma variável corresponde uma diminuição significativa da

outra.

Quando estamos perante variáveis nominais e queremos testar se existe alguma relação

entre elas, utiliza-se o teste do Qui-Quadrado, em que temos as hipóteses:

� H0: As duas variáveis são independentes, ou seja, não existe relação entre as categorias

de uma variável e as categorias da outra;

� H1: As duas variáveis apresentam uma relação entre si, ou seja, existe relação entre as

categorias de uma variável e as categorias da outra.

Quando existem mais de um quinto de células com frequência esperada inferior a 5,

cujo valor máximo só pode ser de 20%, é preciso aplicar o teste do qui-quadrado por

simulação de Monte Carlo, que tem por base a geração aleatória de amostras, quando existem

classes com reduzida dimensão, que vem obviar ao problema das classes com poucas ou

nenhumas observações. Nesse caso considera-se a significância da última coluna da tabela, em

que se utiliza a simulação de Monte Carlo. Os valores de prova relevantes são assinalados a

negrito.

Quando o valor de prova for inferior a 5% (0,05), rejeita-se a Hipótese Nula,

concluindo-se que as duas variáveis estão relacionadas.

Metodologia

35

Quando o valor de prova do teste for superior ao valor de referência de 5%, não

podemos rejeitar a hipótese nula, de que as duas variáveis são independentes, ou seja, conclui-

se que elas não estão relacionadas.

Cálculo de intervalos de confiança: para as questões do inquérito apresentam-se os

valores médios e o limite inferior (LI) e limite superior (LC) do intervalo de confiança, com

um grau de confiança de 95%. Estes dados permitem comparar quaisquer dois itens:

• Se existir sobreposição entre os valores do intervalo de confiança, significa que não

podemos considerar que os dois itens em análise são avaliados, em média, de forma

diferente;

• Se não existir sobreposição entre os valores do intervalo de confiança, significa que

podemos considerar que os dois itens em análise são avaliados, em média, de forma

diferente.

Estas conclusões são estabelecidas para um nível de significância de 5%, tal como

todos os testes de hipóteses apresentados (Zar, 1996).

2.5- Modelo de análise de conteúdo (questão 13).

Muito utilizada, a análise de conteúdo consiste genericamente numa técnica de investigação

através da qual se viabiliza, de modo sistemático e quantitativo, a descrição do conteúdo da

comunicação (Correia e Pardal, 1995).

Assim, relativamente à questão 13 do questionário, foi necessário recorrer à análise de

conteúdo, uma vez, que se trata de uma questão de categoria aberta. Desta forma, foram

geradas todas as classes de resposta possíveis.

Esta análise teve por base as fases sugeridas por Almeida e Pinto (1976) e Ander-Egg,

(1974) citado por Pardal e Correia (1995).

Resultados

36

Ano de escolaridade

4.º ano; 266; 33%

6.º ano; 268; 34%

9.º ano; 266; 33%

18171615141312111098

Idade

200

150

100

50

0

Freq

uênc

ia

Sexo

Feminino; 445; 56%

Masculino; 355; 44%

CAPÍTULO 3

3- Resultados

3.1 – CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA

Na tabela 4 podemos observar que a média das

idades dos inquiridos foi de 11.4, sendo que as

idades predominantes foram 9, 11 e 14 (figura 1),

embora três quartos da amostra tenha até 13 anos.

Figura 1- Idades dos inquiridos.

Tabela 4- Estatísticas das idades da amostra.

Desvio Coef. N Média Padrão Variação Mínimo Máximo Idade 682 11.4 2.1 18% 9 17

No que respeita ao sexo dos amostrados (figura 2), verificamos que há uma ligeira

predominância do sexo feminino: 56% de um total de 800 alunos são raparigas, ao passo que

44% são rapazes.

Os alunos seleccionados frequentam o 4º, 6º ou 9º anos de escolaridade, existindo uma

distribuição equivalente pelos três anos (figura 3).

Figura 2- Distribuição da amostra por sexo.

Figura 3- Distribuição da amostra por ano de Escolaridade.

Resultados

37

Local onde vive

Aldeia; 400; 50%

Cidade ou vila; 400; 50%

Escola

EB 2/3 Caíde de Rei; 267; 33%

EB 2/3 Francisco Torrinha; 267; 33%

EB1 Aparecida nº1; 28; 4%

EB1 Corgo; 48; 6%

EB1 Pereiras nº2; 12; 2%

EB1 Sib-Ribas; 25; 3%

EB 1 S. João da Foz; 40; 5%

EB 1 Paulo da Gama; 35; 4%

EB 1 S. Miguel de Nevogilde; 58; 7%

EB1 Pereiras nº1; 20; 3%

Figura 4- Distribuição do questionário da amostra relativamente às escolas abrangidas pela investigação.

Na figura 4 podemos observar

que os questionários da

amostra foram distribuídos

equitativamente pelas escolas

do 1º, 2º e 3º ciclos.

Figura 5- Distribuição da amostra segundo a área de residência

Da leitura da figura 5, verifica-se que

existe uma distribuição equivalente da

amostra pelo meio rural (50%) e

urbano (50%).

Com quem vives

Pai, Mãe e Irmão(s); 373; 47%

Pai e Mãe; 259; 32%

Pai e Outros; 6; 1%

Pai; 5; 1%

Outros; 3; 0%

Mãe; 2; 0%

Pai, Mãe e Outros; 18; 2%

Pai, Mãe, Irmão(s) e Outros; 31; 4%

Mãe, Irmão(s) e Outros; 21; 3%

Mãe e Irmão(s); 80; 10%

Figura 6- Dimensão do agregado familiar da amostra.

Os dados apresentados na figura 6

permitem-nos situar a dimensão

do agregado familiar da amostra.

A grande maioria, cerca de 80%,

tem um agregado familiar

composto por pai, mãe e irmão ou

pai e mãe. Nos restantes casos é

de salientar a frequência de 10%

para a mãe e irmão.

Resultados

38

2. Como classificas o teu interesse actual sobre os animais existentes em Portugal?

Elevado; 271; 34%

Médio; 430; 54%

Reduzido; 69; 9%

Nenhum; 24; 3%

Profissão do Pai

Sector primário; 53; 7%

Sector secundário; 341;

44%

Sector terciário; 310; 40%

Reformado; 2; 0%

Desempregado; 70; 9%

3. Que importância tem para ti os animais?

Alguma; 315; 40%

Pouca; 18; 2%

Nenhuma; 11; 1%

Muita; 451; 57%

Profissão da Mãe

Sector secundário; 331;

42%

Sector terciário; 280; 35%

Desempregado; 8; 1%

Doméstica; 165; 21%

Reformado; 5; 1%

Sector primário; 2; 0%

Relativamente ao sector de actividade dos pais dos alunos da amostra, os sectores

secundário e terciário surgem como sectores de actividade predominantes, embora as

frequências de desempregado e sector primário se aproximem de 10% (figura 7a).

No que se refere ao sector de actividade das mães, os sectores secundário e terciário

são os sectores de actividade predominante, mas surge aqui um grupo de um quinto da

amostra (21%) como domésticas (figura 7b), sendo os restantes casos residuais.

Figura 7a- Sector da actividade dos pais dos alunos da amostra.

Figura 7b- Sector de actividade das mães dos alunos da amostra.

3.2 – CONHECIMENTO DA FAUNA

A maioria das respostas à questão 2 do questionário, cerca de 54%, apontam para

interesse médio pela fauna existente em Portugal, contudo, é de salientar que um terço (34%)

das respostas assinala interesse elevado, sendo as restantes respostas reduzidas (figura 8). Os

resultados obtidos da questão 3 do questionário, apontam para que os alunos atribuam muita

importância aos animais, com ainda mais de um terço (40%) a assinalar alguma importância,

sendo as restantes respostas muito reduzidas (figura 9).

Figura 8- Distribuição da opinião dos elementos da amostra relativamente ao interesse que manifestam sobre os animais existentes em Portugal.

Figura 9- Distribuição das opiniões dos alunos relativamente à importância que atribuem aos animais.

Resultados

39

Na questão 4 do questionário, cada aluno teve a oportunidade de indicar, no máximo,

doze animais, tendo sido indicados, em média 6,7 animais por aluno. Do total de animais

indicados, obteve-se a tabela de frequências abaixo (tabela 5).

Tabela 5- Distribuição dos nomes dos animais regionais indicados pelos elementos da amostra.

Animal Freq. Percent. Animal Freq. Percent. Animal Freq. Percent. cão 750 93.8% cabra 81 10.1% urso 7 0.9% gato 750 93.8% formiga 73 9.1% centopeia 6 0.8% galinha 358 44.8% rã 55 6.9% cobra 5 0.6% cavalo 341 42.6% sapo 46 5.8% insectos 5 0.6% pato 267 33.4% melro 32 4.0% macaco 5 0.6% coelho 265 33.1% esquilo 28 3.5% toupeira 5 0.6% vaca 258 32.3% minhoca 24 3.0% zebra 5 0.6% gaivota 238 29.8% canário 23 2.9% leopardo 4 0.5% rato 235 29.4% morcego 19 2.4% sapateiro 4 0.5% peixe 234 29.3% ganso 18 2.3% andorinha 3 0.4% pomba 230 28.8% mocho 15 1.9% crocodilo 3 0.4% ovelha 182 22.8% caracol 13 1.6% lobos 3 0.4% pássaro 158 19.8% joaninha 12 1.5% tigre 3 0.4% porco 151 18.9% pardal 12 1.5% carraça 2 0.3% piriquito 146 18.3% abelhas 10 1.3% grilo 2 0.3% perú 97 12.1% camelo 8 1.0% rinoceronte 2 0.3% burro 86 10.8% pulga 8 1.0% chimpanzé 1 0.1% mosca 84 10.5% aranha 7 0.9% pinguim 1 0.1%

Obviamente que algumas destas respostas estavam incorrectas. Indicam-se, de seguida,

o número de animais correctos (tabela 6) e incorrectos (tabela 7) indicados por cada elemento

da amostra. A maioria indicou mais do que seis nomes correctos, tendo a quase totalidade da

amostra indicado entre 6 e 10 nomes correctos (tabela 6). A quase totalidade da amostra não

indicou nomes incorrectos, apenas 3,8% indicaram um ou dois nomes incorrectos (tabela 7)

Tabela 6- Número de nomes correctos de animais Regionais indicados por cada elemento da amostra.

Existem 3 não respostas (0,4% da amostra) a esta pergunta.

Frequência Percentagem 0 3 .4 1 1 .1 3 21 2.6 4 8 1.0 5 34 4.3 6 320 40.2 7 184 23.1 8 93 11.7 9 77 9.7 10 55 6.9 12 1 .1 Total 797 100.0

Tabela 7- Número de nomes incorrectos de animais regionais indicados por cada elemento da amostra.

Existem 3 não respostas (0,4% da amostra) a esta pergunta.

Frequência Percentagem 0 767 95.9 1 22 2.8 2 8 1.0 Total 797 100.0

Resultados

40

No que se refere à questão 5 do questionário, pretendeu-se apurar a importância

atribuída às diversas fontes de informação na divulgação da fauna. Desta forma, constatámos

que a maior frequência de respostas da primeira categoria recai na opção “no meio familiar”,

logo seguida dos “campos agrícolas” e “televisão”. O “contacto com a natureza” assume uma

posição intermédia e com uma expressão bastante reduzida aparece a “imprensa escrita” e

“aulas de ciências Naturais” (tabelas 8a e 8b).

Relativamente à possibilidade de assinalar outros, foi indicado por 15 elementos da

amostra (1,9%) o Jardim Zoológico.

Tabela 8a- Frequência da ordenação efectuada por cada elemento da amostra, das diversas fontes de informação na divulgação da fauna. Frequência das categorias da Escala 1 2 3 4 5 6 5.1. Nos campos agrícolas 211 181 123 100 133 47 5.2. Na televisão 206 101 190 210 74 14 5.3. Nas revistas, jornais, etc 8 121 194 208 164 100 5.4. No contacto com a natureza (floresta/ bosque/ mar/ rio) 128 249 119 137 153 9 5.5. Nas aulas de Ciências naturais/ Estudo do Meio 7 26 152 89 201 320 5.6. No meio familiar 235 117 28 51 59 305 Para cada questão, existem 5 não respostas (0,6% da amostra)

Tabela 8b - Percentagem da ordenação efectuada por cada elemento da amostra, das diversas fontes de informação na divulgação da fauna. Percentagem das categorias da Escala 1 2 3 4 5 6 5.1. Nos campos agrícolas 27% 23% 15% 13% 17% 6% 5.2. Na televisão 26% 13% 24% 26% 9% 2% 5.3. Nas revistas, jornais, etc 1% 15% 24% 26% 21% 13% 5.4. No contacto com a natureza (floresta/ bosque/ mar/ rio) 16% 31% 15% 17% 19% 1% 5.5. Nas aulas de Ciências naturais/ Estudo do Meio 1% 3% 19% 11% 25% 40% 5.6. No meio familiar 30% 15% 4% 6% 7% 38%

Para cada questão, existem 5 não respostas (0,6% da amostra)

De seguida ilustra-se a distribuição de respostas, através do diagrama de frequência de

respostas, bem como a representação da distribuição de valores indicados para cada resposta

(figura 11a).

As situações mais frequentes, em média (figura 10b), são 5.1. Nos campos agrícolas,

5.2. Na televisão e 5.4. No contacto com a natureza (floresta/ bosque/ mar/ rio), seguidas por

5.6. No meio familiar e 5.3. Nas revistas, jornais, etc. A situação menos frequente é 5.5. Nas

aulas de Ciências naturais/ Estudo do Meio.

Resultados

41

2.0

2.5

3.0

3.5

4.0

4.5

5.0

Val

or m

édio

obs

erva

do

5.1. Noscamposagrícolas

5.2. Natelevisão

5.3. Nasrevistas,

jornais, etc

5.4. Nocontacto com a

natureza

5.5. Nas aulasde Ciênciasnaturais/

Estudo do Meio

5.6. No meiofamiliar

0

50

100

150

200

250

300

350F

requ

ênci

a ab

solu

ta

5.1. Noscamposagrícolas

5.2. Natelevisão

5.3. Nasrevistas, jornais,

etc

5.4. Nocontacto com a

natureza

5.5. Nas aulasde Ciências

naturais/ Estudodo Meio

5.6. No meiofamiliar

Ordenação: 1 Ordenação: 2 Ordenação: 3 Ordenação: 4 Ordenação: 5 Ordenação: 6

Figura 10a - Distribuição da ordenação efectuada pelos alunos nas categorias de resposta apresentadas na questão 5.

Figura 10b - Respostas mais frequentes em média, por cada elemento da amostra.

Em conformidade com os resultados obtidos na questão 6.1 sobre a definição de

diversidade de animais, a maior frequência recai na opção correcta (perto de três quartos da

amostra), ou seja, “são todos os animais que habitam o território português”, sendo as outras

duas respostas “São os organismos que se observam à vista desarmada no ...” e “São os

organismos úteis à actividade Humana” assinaladas por 15% e 11% da amostra,

respectivamente, com a opção “São os organismos comestíveis” a ser assinalada

residualmente (figura 11).

Quanto à possibilidade de indicar outros, não foi utilizada por ninguém.

6.1.Assinala a opção que m elhor traduz o significad o de "divers idade de anim ais em Portugal"

São todos os anim ais que habitam o

território português; 582; 73%

São os organism os úteis à activ idade Hum ana; 90; 11%

São os organism os com estíveis; 7; 1%

São os organism os que se observam à vista desarm ada no

...; 118; 15%

Figura 11- Distribuição das opções dos elementos da amostra relativamente ao conceito que possuem sobre “diversidade de animais em Portugal”.

As informações recolhidas na questão 6.2 possibilitou conhecer a fauna regional

referenciada pelos alunos inquiridos, relativamente à sua preferência e preterência. Desta

Resultados

42

forma, cada aluno teve a oportunidade de indicar, no máximo, cinco animais, tendo sido

indicados, em média 3,2 animais “que gosta mais” por aluno e 2,5 animais “que gosta menos”

por aluno. Do total de animais indicados, obteve-se as tabelas 9a e 10a.

Tabela 9a - Distribuição dos nomes dos animais preferidos dos elementos da Tabela 10a - Distribuição dos nomes dos animais preteridos dos amostra. elementos da amostra. Animal que gosta mais Freq. Percent.

Animal que gosta menos Freq. Percent.

Animal que gosta menos Freq. Percent.

cão 738 92.3% rato 239 29.9% piriquito 21 2.6% gato 601 75.1% mosca 160 20.0% sapateiro 19 2.4% cavalo 288 36.0% cobra 157 19.6% sardão 18 2.3% coelho 222 27.8% porco 151 18.9% cavalo 17 2.1% pássaro 135 16.9% gato 113 14.1% canário 16 2.0% peixe 131 16.4% aranha 107 13.4% rã 16 2.0% pato 91 11.4% galinha 100 12.5% toupeira 15 1.9% piriquito 91 11.4% gaivota 74 9.3% cabra 13 1.6% pomba 43 5.4% vaca 74 9.3% enguia 13 1.6% ovelha 26 3.3% sapo 69 8.6% escaravelho 11 1.4% burro 20 2.5% abelha 61 7.6% lobo 11 1.4% galinha 19 2.4% minhoca 56 7.0% piolho 11 1.4% canário 17 2.1% caracol 45 5.6% pato 9 1.1% cobra 16 2.0% peixe 44 5.5% melro 8 1.0% grilos 16 2.0% barata 43 5.4% ouriço-cacheiro 7 0.9% morcego 16 2.0% perú 41 5.1% pulga 7 0.9% gaivota 14 1.8% cão 33 4.1% sardanisca 7 0.9% ganso 10 1.3% ovelha 33 4.1% centopeia 5 0.6% rato 9 1.1% pássaros 29 3.6% grilo 5 0.6% melro 6 0.8% lesma 28 3.5% raposa 5 0.6% borboleta 3 0.4% morcego 27 3.4% Carraças 2 0.3% sapo 3 0.4% formiga 22 2.8% Coelho 2 0.3% toupeira 3 0.4% pomba 22 2.8% Insectos 1 0.1% rã 1 0.1% vaca 1 0.1%

Da análise das tabelas 9a e 10a verifica-se que há uma dispersão muito maior

relativamente aos animais de “que gosta menos”. Nos animais “que gostam mais”, o cão e o

gato reúnem um grande consenso, sendo seguidos pelo cavalo, coelho, pássaro e peixe. Nos

animais “que gostam menos”, são mais indicados rato, mosca, cobra e porco. O gato, que é o

segundo animal de “que gostam mais”, surge logo a seguir.

Os alunos indicaram na sua maioria entre 2 a 4 nomes de animais preferidos (tabela

9b) e entre 2 e 3 nomes de animais preteridos (tabela 10b). Esta informação é também

confirmada pelas figuras 12 e 13, onde se pode observar que são indicados mais animais

preferidos (3, 4 e 5 nomes) do que animais preteridos.

Resultados

43

0

50

100

150

200

250

300

350

400

Fre

quên

cia

abso

luta

0 1 2 3 4 5

6.2.a) N.º de animais de que gosta mais 6.2.b) N.º de animais de que gosta menos

0

50

100

150

200

250

300

350

400F

requ

ênci

a ab

solu

ta

6.2.a) N.º de animais de quegosta mais

6.2.b) N.º de animais de quegosta menos

0 1 2 3 4 5

Tabela 9b - Número de nomes dos animais preferidos dos alunos da amostra.

Não existem não respostas.

Frequência Percentagem 0 5 .6 1 14 1.8 2 217 27.1 3 282 35.3 4 184 23.0 5 98 12.3 Total 800 100.0

Tabela 10b - Número de nomes dos animais preteridos dos alunos da amostra.

Não existem não respostas.

Frequência Percentagem 0 10 1.3 1 76 9.5 2 400 50.0 3 193 24.1 4 93 11.6 5 28 3.5 Total 800 100.0

Figura 12- Relação do número de nomes de animais preferidos e preteridos considerados pelos alunos.

Figura 13- Relação do número de nomes de animais preferidos e preteridos considerados pelos alunos.

Relativamente às possíveis causas de destruição dos animais no seu habitat, os alunos

na sua grande maioria atribuem à acção antrópica a grande responsabilidade pela interferência

negativa nos ecossistemas naturais. Assim 80% dos inquiridos indicam na primeira opção as

actividades humanas como as principais responsáveis, 8% às catástrofes naturais de origem

climática e 4% às catástrofes naturais de origem geológica (tabela 11).

Estes valores, também permitiram ilustrar a distribuição de respostas, através do

diagrama de frequência de respostas (figura 14a). Na figura 14b é possível observar o valor

médio das respostas dos alunos, onde mais uma vez fica claro que as causas consideradas

mais importantes são as “As actividades humanas”, seguidas pelas “As catástrofes naturais de

origem climática” e “As catástrofes naturais de origem geológica” são consideradas menos

importantes.

Resultados

44

0

100

200

300

400

500

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700

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6.3.1. As catástrofesnaturais de origem

geológica

6.3.2. As catástrofesnaturais de origem

climática

6.3.3. As actividadeshumanas

Ordem de importância: 1 Ordem de importância: 2 Ordem de importância: 3

1

2

3

Val

or m

édio

obs

erva

do

6.3.1. As catástrofesnaturais de origem

geológica

6.3.2. As catástrofesnaturais de origem

climática

6.3.3. As actividadeshumanas

7. Nas aulas de Ciências Naturais/ Estudo do meio é frequente fazer-se referência a espécies de animais

característicos da tua região?

Sim; 132; 17%

Não; 664; 83%

Tabela 11- Percentagem das respostas dos alunos relativamente às causas de destruição dos animais no seu habitat. Percentagem 1 2 3 6.3.1. As catástrofes naturais de origem geológica, tais como: sismos vulcões, erosão dos solos, deslizamento de terrenos 4% 22% 74% 6.3.2. As catástrofes naturais de origem climática, tais como: inundações, secas e tempestades 8% 66% 26% 6.3.3. As actividades humanas, tais como: incêndios, desflorestação, poluição, caça e pesca furtivas, chuvas ácidas 88% 12% 0%

Figura 14a - Distribuição de valores indicados para cada resposta, pelos alunos da amostra, relativamente às causas de destruição dos animais no seu habitat.

Figura 14b - Distribuição dos valores médio, relativamente às causas de destruição dos animais no seu habitat.

3.3 – AS AULAS DE CIÊNCIAS NA ABORDAGEM DA FAUNA

Quando questionados se nas aulas de ciências é

frequente fazer-se referência a espécies de

animais característicos da sua região, os

alunos, mais de 80%, afirmam que estas aulas

não divulgam a fauna regional, sendo uma

pequena parte das respostas, cerca de 17%,

positivas (figura 15).

Figura 15- Distribuição das respostas dos Alunos, relativamente à referência a espécies de animais característicos da zona em estudo.

Ao pronunciarem-se sobre os nomes dos animais referidos na sala de aula, cada aluno

teve a oportunidade de indicar, no máximo, quatro animais, tendo sido indicados, em média

3,4 animais por aluno. Os animais mais indicados, por mais de um quinto dos alunos, são o

Resultados

45

9. Na disciplina de Ciências Naturais/Estudo do Mei o costumas ter aulas fora da sala de aula?

Sim; 38; 5%

Não; 760; 95%

gato, a galinha, vaca, cão, rã, coelho e urso. Não há dúvida que nas aulas de ciências são

mencionados maioritariamente animais domésticos do filo dos cordados (tabela 12)

Tabela 12- Distribuição dos nomes dos animais referidos na sala de aula.

Animal Freq. Percent. Animal Freq. Percent. Animal Freq. Percent. gato 308 38.5% tubarão 37 4.6% cabra 5 0.6% galinha 295 36.9% cavalo 33 4.1% burro 4 0.5% vaca 279 34.9% bicho da seda 32 4.0% dódó 4 0.5% cão 258 32.3% camelo 31 3.9% foca 4 0.5% rã 189 23.6% águia 27 3.4% morcego 4 0.5% coelho 182 22.8% pinguim 27 3.4% raposa 3 0.4% urso 160 20.0% veado 23 2.9% texugo 3 0.4% peixes 135 16.9% zebra 19 2.4% esquilo 2 0.3% lince 99 12.4% canguru 17 2.1% mocho 2 0.3% pássaros 98 12.3% tigre 14 1.8% pato 2 0.3% leão 72 9.0% girafa 10 1.3% formigas 1 0.1% ovelha 71 8.9% rato 10 1.3% macaco 1 0.1% cobra 70 8.8% golfinho 8 1.0% minhoca 1 0.1% baleia 67 8.4% porco 8 1.0% orca 1 0.1% lobo 59 7.4% pomba 7 0.9% perú 1 0.1% sapo 50 6.3% tatu 7 0.9% tartarugas 1 0.1%

Os resultados obtidos na questão 9 parecem

indicar claramente a ausência de actividades

lectivas no exterior da sala de aula. A quase

totalidade das respostas (95%) é negativa

(figura 16).

Figura 16- Distribuição das respostas dos alunos sobre a frequência de aulas no exterior da sala de aula, na disciplina de Ciências Naturais.

Os alunos demonstraram ter diversos pólos de interesses numa saída de campo, sendo

que 93% das respostas indicam a paisagem, 78% animais, 72% o mar, rios e os lagos, 55% as

plantas e 20% os monumentos. Desta forma, o que os alunos gostam mais de ver no campo,

fora da sala de aula são a paisagem, seguido pelos animais; o mar, o rio e os lagos. As plantas

ainda são referenciadas como “gostar mais de ver” por mais de metade dos alunos. O que

gostam menos de ver são os monumentos (figuras 17a e 17b)

Resultados

46

0

100

200

300

400

500

600

700

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solu

ta

10.1. Asplantas

10.2. Osanimais

10.3. Apaisagem

10.4. Osmonumentos

10.5. O mar, orio, e os lago

Gosta mais de ver Gosta menos de ver

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Fre

quên

cia

rela

tiva

10.1. Asplantas

10.2. Osanimais

10.3. Apaisagem

10.4. Osmonumentos

10.5. O mar, orio, e os lago

Gosta mais de ver Gosta menos de ver

Figura 17a - Distribuição de valores indicados para cada resposta.

Figura 17b - Distribuição de valores indicados para cada resposta.

Dos dados extraídos da questão 11 do questionário, é indiscutível o agrado que os

alunos revelam quer pelas aulas com projecção de filmes quer pelas aulas de campo, apesar

das diferentes opiniões de preferências sobre as diferentes actividades metodológicas

utilizadas na aula de Ciências Naturais, na abordagem da temática “fana regional” (tabela 13 e

figura 18a).

As aulas de que gostam mais são “Aulas com projecção de filmes”, seguidas de “Aulas

no campo” e “Aulas em museus”. As aulas de que gostam menos são “Aulas explicativas”,

seguidas de “Aulas com trabalhos em grupo”, “Aulas da biblioteca” e “Aulas de Pesquisa na

Internet” (figura 18b).

Tabela 13– Distribuição das percentagens das respostas dos alunos relativamente ao tipo de aulas preferidas na abordagem de assuntos relacionados com a fauna Portuguesa. Percentagem das categorias da Escala

1 2 3 4 5

6

7 11.1. Aulas em que o professor explica as particularidades dos animais da região 6% 3% 7% 10% 21% 19% 34% 11.2. Aulas da biblioteca, onde são consultados diversos tipos de materiais de divulgação 0% 20% 6% 14% 13% 31% 16% 11.3. Aulas com a projecção de filmes, fazendo referência à grande variedade de animais 32% 21% 26% 6% 7% 5% 2% 11.4. Aulas no campo, onde são observados diversos aspectos particulares dos animais na natureza 29% 13% 13% 23% 11% 3% 9% 11.5. Aulas em museus com curiosidades diversas sobre os animais da região 10% 20% 27% 21% 13% 6% 3% 11.6. Aulas com trabalhos em grupo, onde são discutidos diferentes problemas que atingem os animais existentes em animais existentes em Portugal 7% 9% 7% 5% 14% 54% 4% 11.7. Pesquisa na Internet sobre a variedade de animais em Portugal 10% 8% 13% 18% 8% 20% 25%

Resultados

47

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100

150

200

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350

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cia

abso

luta

11.1. Aulasexplicativas

11.2. Aulasda biblioteca

11.3. Aulascom a

projecção defilmes

11.4. Aulasno campo

11.5. Aulasem museus

11.6. Aulascom

trabalhos emgrupo

11.7.Pesquisa na

Internet

Preferência 1 Preferência 2 Preferência 3 Preferência 4 Preferência 5 Preferência 6 Preferência 7

Figura 18a - Distribuição de respostas dos alunos relativamente ao tipo de aulas preferidas na abordagem de assuntos relacionados com a fauna portuguesa.

2

3

4

5

6

Val

or m

édio

obs

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do

11.1. Aulasexplicativas

11.2. Aulasda

biblioteca

11.3. Aulascom a

projecçãode filmes

11.4. Aulasno campo

11.5. Aulasem museus

11.6. Aulascom

trabalhosem grupo

11.7.Pesquisa na

Internet

Figura 18b - Valor médio observado para cada resposta.

As informações fornecidas pela questão 12, permite-nos concluir que o tipo de aulas

mais frequentes para a maioria dos alunos inquiridos são “Aulas explicativas”, sendo as

menos frequentes “Aulas no campo” e “Aulas em museus”. As restantes: “Aulas com

trabalhos em grupo”, “Aulas com projecção de filmes”, “Aulas da biblioteca” e “Aulas de

Pesquisa na Internet” ocupam uma posição intermédia, sendo indicadas pela ordem de

preferência (tabela 14).

A distribuição das respostas são ilustradas, através do diagrama de frequências de

respostas (figura 19a), assim como a distribuição de valores indicados para cada resposta

(figura 20b) e também o valor médio observado (figura 19b).

Resultados

48

2

3

4

5

6

Val

or m

édio

obs

erva

do

12.1. Aulasexplicativas

12.2. Aulasda

biblioteca

12.3. Aulascom a

projecçãode filmes

12.4. Aulasno campo

12.5. Aulasem museus

12.6. Aulascom

trabalhosem grupo

12.7.Pesquisa na

Internet

Tabela 14– Distribuição das percentagens das respostas dos alunos relativamente ao tipo de aulas mais frequente na abordagem de assuntos relacionados com a fauna Portuguesa. Percentagem das categorias da Escala

1

2 3

4 5 6 7 12.1. Aulas em que o professor explica as particularidades dos animais da região 66% 3% 10% 4% 6% 3% 9% 12.2. Aulas na biblioteca, onde são consultados diversos tipos de material de divulgação 3% 16% 28% 24% 12% 7% 11% 12.3. Aulas com projecção de filmes, fazendo referência à grande variedade de animais do território nacional 11% 22% 13% 18% 19% 13% 5% 12.4. Aulas no campo, sendo observados diversos aspectos particulares dos animais na natureza 4% 11% 5% 10% 10% 18% 42% 12.5. Aulas em museus com curiosidades diversas sobre os animais da região 6% 5% 15% 8% 13% 37% 17% 12.6. Aulas com trabalhos em grupo, onde são discutidos diferentes problemas que atingem os animais da região 6% 27% 18% 12% 23% 11% 3% 12.7. Aulas com pesquisa na Internet sobre a variedade de animais em Portugal 5% 16% 13% 24% 17% 12% 14%

0

100

200

300

400

500

600

Fre

quên

cia

abso

luta

1 2 .1 . A u lase xp lic a tivas

12 .2 . A u lasda b ib lio te ca

12 .3 . A u la scom a

p ro jecçã o d efilm e s

12 .4 . A u lasn o ca m po

12 .5 . A u la sem m u seus

12 .6 . A u lascom

tra ba lho s e mgrup o

1 2 .7 .P e squ isa na

In te rne t

F req uên c ia 1 F re quê nc ia 2 F requ ênc ia 3 F req uên c ia 4 F re quê nc ia 5 F requê nc ia 6 F requ ênc ia 7

Figura 19a - Distribuição de respostas dos alunos relativamente ao tipo de aulas mais frequentes na abordagem de assuntos relacionados com a fauna portuguesa.

Figura 19b - Valor médio observado para cada resposta.

Resultados

49

Cada aluno teve a oportunidade de indicar, no máximo, dois temas, relacionados com

os animais característicos da região em que vive, tendo sido indicados dois temas por quase

todos os alunos. Menos de 10% da amostra apenas indicou um tema.

O tema mais indicado é a “Diversidade nos animais”, seguido por “Animais em vias

de extinção” e “Biodiversidade faunística”. São também sugeridos a seguir “Outros temas”, a

“Preservação dos animais domésticos” e a “Conservação da fauna”. Os dois grupos de temas

mais sugeridos têm claramente a ver com a diversidade da fauna e com a preservação e

conservação da fauna (tabela 15).

Tabela 15- Distribuição dos temas propostos pelos alunos relativamente aos animais característicos da região em que vivem.

Frequência Percentagem Diversidade nos animais 408 51% Animais em vias de extinção 246 31% Biodiversidade faunística 188 24% Preservação dos animais domésticos 150 19% Outro 148 19% Conservação da fauna 120 15% Dinâmica dos ecossistemas 97 12% A acção do homem nos ecossistemas 94 12% Preservação do ecossistema natural 64 8% A biodiversidade dos animais da minha região 6 1%

3.4 - HIPÓTESES As doze hipóteses estudadas neste trabalho serão seguidamente analisadas. A hipótese, os conceitos e as variáveis são apresentados, sendo descrito todo o processo que leva à sua rejeição/aceitação. Hipótese 1: Quanto menor for o interesse e a importância dos animais para o aluno

menor será o seu conhecimento efectivo acerca da fauna local (estudo da relação entre as questões 2 e 3 e a questão 4).

Conceito: interesse e a importância dos animais para o aluno.

Variáveis:

2. Como classificas o teu interesse actual sobre os animais existentes em Portugal?

3. Que importância tem para ti os animais?

As questões 2 e 3 são variáveis ordinais, com 4 categorias.

Conceito: conhecimento efectivo acerca da fauna local.

Resultados

50

Variáveis:

4.a) N.º de nomes de animais da região correctos

4.b) N.º de nomes de animais da região incorrectos

As questões 4.a) e 4.b) são variáveis quantitativas.

O número de nomes traduz-se numa variável quantitativa, cuja relação se pretende

estudar com as variáveis qualitativas e ordinais, interesse sobre e importância dos animais.

Neste sentido a ANOVA coloca as seguintes hipóteses:

• H0: As variâncias da variável quantitativa são iguais nas categorias da variável

qualitativa.

• H1: As variâncias da variável quantitativa são diferentes nas categorias da variável

qualitativa.

Tabela 16 a- Teste à homogeneidade de Variância (questão 2)

Questão 2 – Interesse sobre os animais Levene Statistic df1 df2 Sig. 4.a) N.º de nomes correctos .385 3 789 .764 4.b) N.º de nomes incorrectos 5.854 3 789 .001

Tabela 17a- Teste à homogeneidade de Variância (questão 3)

Questão 3 – Importância dos animais Levene Statistic df1 df2 Sig. 4.a) N.º de nomes correctos 1.148 3 790 .329 4.b) N.º de nomes incorrectos 4.325 3 790 .005

Não se verifica o pressuposto da homogeneidade das variâncias (valor de prova

inferior a 5%, o que implica rejeitar a hipótese nula) para a variável 4.b) (Tabelas 16a e 17a).

No que respeita ao interesse e importância dos animais os resultados foram os

seguintes:

• H0: As médias do n.º de nomes de animais são iguais para os vários níveis de interesse e

de importância.

• H1: As médias do n.º de nomes de animais são diferentes para os vários níveis de

interesse e de importância.

Resultados

51

Tabela 16b - Resultados da ANOVA (questão 2)

Questão 2 – Interesse sobre os animais Sum of

Squares df Mean

Square F Sig. 4.a) N.º de nomes correctos Between Groups 31.539 3 10.513 4.322 .005 Within Groups 1919.341 789 2.433 Total 1950.880 792 4.b) N.º de nomes incorrectos Between Groups .284 3 .095 1.440 .230 Within Groups 51.895 789 .066 Total 52.179 792

Tabela 17b - Resultados da ANOVA (questão 3)

Questão 3 – Importância dos animais Sum of

Squares df Mean

Square F Sig. 4.a) N.º de nomes correctos Between Groups 48.071 3 16.024 6.650 .000 Within Groups 1903.568 790 2.410 Total 1951.639 793 4.b) N.º de nomes incorrectos Between Groups .223 3 .074 1.132 .335 Within Groups 51.958 790 .066 Total 52.181 793

Verificam-se diferenças significativas para o número de nomes correctos de animais da

região; Não se verificam diferenças significativas para o número de nomes incorrectos de

animais da região (Tabelas 16b e 17b).

No sentido de verificar o pressuposto da normalidade das distribuições das variáveis,

recorremos ao teste K-S (Kolmogorov-Smirnov) que coloca as seguintes hipóteses:

o H0: A variável “n.º de nomes de animais” segue uma distribuição normal para todas as

classes da variável qualitativa.

o H1: A variável “n.º de nomes de animais” não segue uma distribuição normal para todas as

classes da variável qualitativa.

Obtiveram-se os seguintes resultados (Tabelas 16c e 17c):

Tabela 16c - Resultados do teste K-S (questão 2)

K-S (a) 2. Interesse sobre os animais Statistic Df Sig. 4.a) N.º de nomes correctos Elevado .242 270 .000 Médio .184 430 .000 Reduzido .225 69 .000 Nenhum .182 24 .039 4.b) N.º de nomes incorrectos Elevado .535 270 .000 Médio .536 430 .000 Reduzido .533 69 .000

a Correcção de significância de Lilliefors

Resultados

52

Tabela 17c - Resultados do teste K-S (questão 3)

K-S (a) 3 – Importância dos animais Statistic Df Sig. 4.a) N.º de nomes correctos Muita .207 450 .000 Alguma .210 315 .000 Pouca .254 18 .003 Nenhuma .233 11 .096 4.b) N.º de nomes incorrectos Muita .536 450 .000 Alguma .535 315 .000 Pouca .523 18 .000

a Correcção de significância de Lilliefors

Nunca se verifica o pressuposto da normalidade das distribuições das variáveis, pelo

que se rejeita a hipótese nula.

Assim, aplicámos o teste de Kruskall-Wallis, que coloca as seguintes hipóteses:

o H0: Não existe diferença entre as medianas dos n.º de nomes de animais, para cada um dos

níveis de interesse e importância.

o H1: Existe diferença entre as medianas dos n.º de nomes de animais, para cada um dos

níveis de interesse e importância.

Apresentam-se então, os resultados do teste de Kruskall-Wallis, assinalando-se a

vermelho os itens que apresentam diferenças significativas para os vários grupo (tabelas 16d e

17d).

Tabela 16d - Resultados do teste de Kruskall-Wallis (questão 2)

Questão 2 – Interesse sobre os animais Chi-Square df Asymp. Sig. 4.a) N.º de nomes correctos 15.17 3 0.002 4.b) N.º de nomes incorrectos 4.64 3 0.200

Tabela 17d - Resultados do teste de Kruskall-Wallis (questão 3)

Questão 3 – Importância dos animais Chi-Square df Asymp. Sig. 4.a) N.º de nomes correctos 15.91 3 0.001 4.b) N.º de nomes incorrectos 4.90 3 0.179

Verificam-se diferenças significativas para o número de nomes correctos de animais da

região e não se verificam diferenças significativas para o número de nomes incorrectos de

animais da região. Confirmam-se todos os resultados da ANOVA.

Ilustra-se de seguida as diferenças significativas para o número de nomes de animais

correctos e não significativas para o número de nomes de animais incorrectos, através dos

seus valores médios.

Resultados

53

0.00

0.02

0.04

0.06

0.08

0.10

0.12

0.14

0.16

0.18

0.20

Val

or m

édio

do

n.º

de n

omes

de

anim

ais

inco

rrec

tos

Elevado Médio Reduzido Nenhum

Questão 2 – Interesse sobre os animais

5.0

5.5

6.0

6.5

7.0

7.5

8.0

Val

or m

édio

do

n.º

de n

omes

de

anim

ais

corr

ecto

s

Elevado Médio Reduzido Nenhum

Questão 2 – Interesse sobre os animais

5.0

5.5

6.0

6.5

7.0

7.5

8.0

Val

or m

édio

do

n.º

de n

omes

de

anim

ais

corr

ecto

s

Muita Alguma Pouca Nenhuma

Questão 3 – Importância dos animais

0.00

0.02

0.04

0.06

0.08

0.10

0.12

0.14

0.16

0.18

0.20

Val

or m

édio

do

n.º

de n

omes

de

anim

ais

inco

rrec

tos

Muita Alguma Pouca Nenhuma

Questão 3 – Importância dos animais

Figura 20a – Número médio de nomes de animais correctos para o nível de interesse.

Figura 21a - Número médio de nomes de animais incorrectos para o nível de interesse.

O número médio de nomes de animais correctos é superior para os alunos que têm

interesse médio, diminuindo à medida que diminui o interesse (figura 20a e 21a). No entanto,

os alunos que dizem ter interesse elevado indicam, em média, menos nomes de animais

correctos. As diferenças são estatisticamente significativas.

Na amostra, o n.º médio de nomes de animais incorrectos diminui dos alunos que têm

interesse elevado para os que não têm nenhum interesse, no entanto, as diferenças observadas

não são estatisticamente significativas.

Figura 20b - Número médio de nomes de animais correctos para o nível de importância.

Figura 21b - Número médio de nomes de animais correctos para o nível de importância.

O número médio de nomes de animais correctos é superior para os alunos que não

atribuem nenhuma importância aos animais, seguido pelos que lhe atribuem muita ou alguma

e inferior para os que lhe atribuem pouca (figuras 21b e 22b), no entanto, as diferenças

observadas não são estatisticamente significativas (tabela 31).

Em conclusão, no que respeita à hipótese 1, a mesma não se verifica.

Resultados

54

Hipótese 2: Quanto menor for o contacto afectivo contínuo do aluno com os animais menor será o conhecimento significativo deste sobre a fauna local (estudo da relação entre as questões 5, 6.2 e 10 e a questão 4).

Conceito: contacto afectivo contínuo do aluno.

Variáveis:

5. Onde é que normalmente vês os animais?

6.2. N.º de animais indicados, característicos da região, que gosta mais e que gosta menos.

10. O que mais gostas de ver no campo (fora da sala de aula)?

Cada alínea da questão 10 pode ser tratada como variável nominal dicotómica, com

duas categorias. Cada alínea da questão 5 e a questão 6.2 são variáveis quantitativas.

Conceito: conhecimento do aluno sobre a fauna local.

Variáveis:

4.a) N.º de nomes de animais da região correctos

4.b) N.º de nomes de animais da região incorrectos

As questões 4.a) e 4.b) são variáveis quantitativas.

Estudo da relação entre a questão 5 e a questão 4

Com o teste K-S (Kolmogorov-Smirnov com a correcção de Lilliefors) obtiveram-se

os seguintes resultados:

Tabela 18- Resultados do teste Kolmogorov-Smirnov

K-S (a) Statistic Df Sig. 4.a) N.º de nomes correctos .206 797 .000 4.b) N.º de nomes incorrectos .536 797 .000 5.1. Nos campos agrícolas .200 795 .000 5.2. Na televisão .169 795 .000 5.3. Nas revistas, jornais, etc .160 795 .000 5.4. No contacto com a natureza (floresta/ bosque/ mar/ rio) .225 795 .000 5.5. Nas aulas de Ciências naturais/ Estudo do Meio .231 795 .000 5.6. No meio familiar .245 795 .000

a Correcção de significância de Lilliefors.

Não se verifica H0 , para todas as variáveis, pelo que se rejeita a hipótese nula (tabela

18). Assim sendo, utilizamos o coeficiente de correlação de Spearman.

Resultados

55

Na tabela 19, apresenta-se o valor do coeficiente de correlação de Spearman e o valor

da significância ou valor de prova do teste.

Tabela 19- Coeficiente de correlação de Spearman.

5.1. Nos campos

agrícolas 5.2. Na

televisão

5.3. Nas revistas,

jornais, etc

5.4. No contacto c/ a

natureza

5.5. Nas aulas de CN/ EM

5.6. No meio

familiar 4.a) N.º de Correlation Coefficient -.216(**) .098(**) .069 .076(*) .078(*) -.025 nomes Sig. (2-tailed) .000 .006 .051 .033 .029 .484 correctos N 795 795 795 795 795 795 4.b) N.º de Correlation Coefficient .007 .059 .051 -.014 .017 -.058 Nomes Sig. (2-tailed) .840 .095 .147 .700 .641 .100 incorrectos N 795 795 795 795 795 795

** Correlação significante para um nível de significância de 0.01. * Correlação significante para um nível de significância de 0.05.

Verificam-se relações estatisticamente significativas entre:

• “N.º de nomes correctos” e “Nos campos agrícolas”, que é uma relação forte negativa,

significa que quem indica mais nomes correctos vê com mais frequência os animais

nos campos agrícolas.

• “N.º de nomes correctos” e “Na televisão”, que é uma relação forte positiva, significa

que quem indica mais nomes correctos vê com menos frequência os animais na

televisão.

• “N.º de nomes correctos” e “No contacto c/ a natureza” e “Nas aulas de CN/ EM”,

que é uma relação normal positiva, significa que quem indica mais nomes correctos

vê com menos frequência os animais no contacto com a natureza e nas aulas de

Ciências Naturais / Estudo do Meio.

Não se verificam relações estatisticamente significativas entre “N.º de nomes

correctos” e “Nas revistas, jornais, etc.” e “No meio familiar”, nem entre “N.º de nomes

incorrectos” e qualquer dos itens da questão 5 (tabela 19).

As relações estatisticamente significativas são ilustradas seguidamente, através da

representação do valor médio do número de nomes de animais correctos indicados para os

vários níveis de frequência com que vê normalmente os animais em cada uma das situações

(figuras 22a, 22b, 22c, 22d).

Resultados

56

5.0

5.5

6.0

6.5

7.0

7.5

8.0V

alor

méd

io d

o n.

º de

nom

es d

e an

imai

s co

rrec

tos

1 2 3 4 5 6

5.1. Nos campos agrícolas

5.0

5.5

6.0

6.5

7.0

7.5

8.0

Val

or m

édio

do

n.º

de n

omes

de

anim

ais

corr

ecto

s

1 2 3 4 5 6

5.2. Na televisão

5.0

5.5

6.0

6.5

7.0

7.5

8.0

Val

or m

édio

do

n.º

de n

omes

de

anim

ais

corr

ecto

s

1 2 3 4 5 6

5.4. No contacto com a natureza (floresta/ bosque/ mar/ rio)

5.0

5.5

6.0

6.5

7.0

7.5

8.0V

alor

méd

io d

o n.

º de

nom

es d

e an

imai

s co

rrec

tos

1 2 3 4 5 6

5.5. Nas aulas de Ciências naturais/ Estudo do Meio

Figura 22a - Número de nomes correctos de animais indicados para o nível de frequência com que os alunos vêem normalmente os animais nos campos agrícolas.

Figura 22b - Número de nomes correctos de animais indicados para o nível de frequência com que os alunos vêem normalmente os animais na televisão.

Figura 22c - Número de nomes de animais correctos indicados para o nível de frequência com que os alunos vêem normalmente os animais no contacto com a natureza.

Figura 22d - Número de nomes de animais correctos indicados para o nível de frequência com que os alunos vêem normalmente os animais nas aulas.

Observa-se claramente que quem indica, em média, mais nomes correctos vê com mais

frequência os animais nos campos agrícolas (figura 22a).

Para os restantes figuras (22b, 22c, 22d), a tendência de diminuição do número médio

de nomes correctos para quem vê com mais frequência os animais na televisão, no contacto

com a natureza e nas aulas de Ciências Naturais / Estudo do Meio não é tão geral, embora se

verifique.

Estudo da relação entre a questão 6.2 e a questão 4

Recorrendo ao teste K-S (Kolmogorov-Smirnov com a correcção de Lilliefors), obtiveram-se os seguintes resultados (tabela 20):

Resultados

57

Tabela 20- Resultados do teste Kolmogorov-Smirnov.

K-S (a) Statistic Df Sig. 4.a) N.º de nomes correctos .206 797 .000 4.b) N.º de nomes incorrectos .536 797 .000 6.2.a) N.º de animais de que gosta mais .204 800 .000 6.2.b) N.º de animais de que gosta menos .288 800 .000

a Correcção de significância de Lilliefors

Rejeita-se a hipótese nula para todas as variáveis, assim, utilizou-se o coeficiente de

correlação de Spearman (tabela 21).

Tabela 21- Coeficiente de correlação de Spearman.

6.2.a) N.º de animais de que gosta mais

6.2.b) N.º de animais de que gosta menos

4.a) N.º de Correlation Coefficient .021 .044 nomes Sig. (2-tailed) .552 .216 Correctos N 797 797 4.b) N.º de Correlation Coefficient -.050 -.024 Nomes Sig. (2-tailed) .160 .505 incorrectos N 797 797

A correlação entre quaisquer pares de variáveis nunca é significante, ou seja, o número

de animais de que gosta mais ou de que gosta menos não está relacionado de forma

estatisticamente significativas com o número de nomes de animais correctos ou incorrectos

indicados.

Estudo da relação entre a questão 10 e a questão 4

As questões 4.a) e 4.b) são variáveis quantitativas.

Os vários itens da questão 10 são variáveis nominal dicotómicas, com duas opções de

resposta: “gosta mais” e “gosta menos”.

O teste t produziu os seguintes resultados resumidos (tabela 22a e 23a):

Tabela 22a - Teste paramétrico t (número de nomes de animais correctos).

10. O que mais gostas Levene's Test t-test for Equality of Means de ver no campo F Sig. t Df Sig.

10.1. As plantas Equal variances assumed .027 .870 .820 794 .412 Equal variances not

assumed .823 770.209 .410

10.2. Os animais Equal variances assumed 1.045 .307 1.381 794 .168 Equal variances not

assumed 1.501 312.210 .134

10.3. A paisagem Equal variances assumed 5.393 .020 .364 794 .716 Equal variances not

assumed .288 63.447 .775

10.4. Os monumentos Equal variances assumed 1.915 .167 .817 795 .414 Equal variances not

assumed .786 237.997 .433

10.5. O mar, o rio, e os lagos Equal variances assumed .763 .383 2.208 795 .028 Equal variances not

assumed 2.232 407.537 .026

Resultados

58

Tabela 23a - Teste paramétrico t (número de nomes de animais incorrectos).

10. O que mais gostas Levene's Test t-test for Equality of Means de ver no campo F Sig. t Df Sig.

10.1. As plantas Equal variances assumed .346 .556 -.279 794 .780 Equal variances not

assumed -.275 705.976 .783

10.2. Os animais Equal variances assumed .630 .428 .422 794 .673 Equal variances not

assumed .404 259.649 .686

10.3. A paisagem Equal variances assumed 19.279 .000 -2.215 794 .027 Equal variances not

assumed -1.271 60.410 .209

10.4. Os monumentos Equal variances assumed 18.365 .000 2.162 795 .031 Equal variances not

assumed 1.644 193.250 .102

10.5. O mar, o rio, e os lagos Equal variances assumed .043 .835 -.143 795 .886 Equal variances not

assumed -.157 489.181 .875

O teste t coloca as seguintes hipóteses:

o H0: Não existe diferença entre as médias do n.º de nomes de animais indicados, para cada

um dos grupos (os que gostam mais e os que gostam menos).

o H1: Existe diferença entre as médias do n.º de nomes de animais indicados, para cada um

dos grupos (os que gostam mais e os que gostam menos).

O valor de prova é inferior a 5% apenas para o n.º de nomes de animais correctos

indicados pelos dois grupos na questão “10.5. O mar, o rio, e os lagos”, rejeita-se H0 e aceita-

se H1: considera-se que existem diferenças estatisticamente significativas entre o n.º médio de

nomes de animais indicados para os dois grupos.

Com o teste K-S, obtiveram-se os seguintes resultados (tabelas 22b e DB):

Tabela 22b - Resultados do teste Kolmogorov-Smirnov (número de nomes de animais correctos)

K-S (a) 10. O que mais gostas de ver no campo Statistic Df Sig. 10.1. As plantas Gosta mais de ver .202 440 .000 Gosta menos de ver .220 356 .000 10.2. Os animais Gosta mais de ver .208 623 .000 Gosta menos de ver .219 173 .000 10.3. A paisagem Gosta mais de ver .205 737 .000 Gosta menos de ver .211 59 .000 10.4. Os monumentos Gosta mais de ver .176 162 .000 Gosta menos de ver .215 635 .000 10.5. O mar, o rio, e os lagos Gosta mais de ver .198 576 .000 Gosta menos de ver .227 221 .000

Resultados

59

Tabela 23b - Resultados do teste Kolmogorov-Smirnov (número de nomes de animais incorrectos).

K-S (a) 10. O que mais gostas de ver no campo Statistic Df Sig. 10.1. As plantas Gosta mais de ver .537 440 .000 Gosta menos de ver .536 356 .000 10.2. Os animais Gosta mais de ver .537 623 .000 Gosta menos de ver .536 173 .000 10.3. A paisagem Gosta mais de ver .537 737 .000 Gosta menos de ver .534 59 .000 10.4. Os monumentos Gosta mais de ver .533 162 .000 Gosta menos de ver .536 635 .000 10.5. O mar, o rio, e os lagos Gosta mais de ver .536 576 .000 Gosta menos de ver .541 221 .000

a Correcção de significância de Lilliefors

Não se verifica H0, pelo que se rejeita a hipótese nula.

O teste de Mann-Whitney coloca as seguintes hipóteses:

o H0: Não existe diferença entre a mediana do n.º de nomes de animais indicados, para cada

um dos grupos.

o H1: Existe diferença entre a mediana do n.º de nomes de animais indicados, para cada um

dos grupos.

Apresentam-se os resultados do teste de Mann-Whitney (tabela 22c e 23c),

assinalando-se a negrito os valores de prova.

Tabela 22c - Teste de Mann-Whitney (número de nomes de animais correctos).

Mann-Whitney U Wilcoxon W Z Asymp. Sig.

(2-tailed) 10.1. As plantas 74688 138234 -1.174 0.240 10.2. Os animais 50421 65472 -1.351 0.177 10.3. A paisagem 21132 293085 -0.374 0.709 10.4. Os monumentos 49146 251076 -0.913 0.361 10.5. O mar, o rio, e os lago 56597 81128 -2.527 0.012

Tabela 23c - Teste de Mann-Whitney (número de nomes de animais incorrectos)

Mann-Whitney U Wilcoxon W Z Asymp. Sig.

(2-tailed) 10.1. As plantas 78177 141723 -0.134 0.893 10.2. Os animais 52916 67967 -1.103 0.270 10.3. A paisagem 21006 292959 -1.313 0.189 10.4. Os monumentos 49860 251790 -1.826 0.068 10.5. O mar, o rio, e os lago 62624 228800 -1.068 0.286

O valor de prova é inferior a 5% apenas para o número de nomes de animais correctos

indicados pelos dois grupos na questão “10.5. O mar, o rio, e os lagos”, conclui-se que

existem diferenças significativas entre os dois grupos (tabela 22c). Confirmam-se todos os

resultados do teste t.

Resultados

60

0.00

0.02

0.04

0.06

0.08

0.10

0.12

0.14

0.16

0.18

0.20

Val

or m

édio

do

n.º

de n

omes

de

anim

ais

inco

rrec

tos

10.1. Asplantas

10.2. Osanimais

10.3. Apaisagem

10.4. Osmonumentos

10.5. O mar, orio, e os lago

Gosta mais de ver Gosta menos de ver

5.0

5.5

6.0

6.5

7.0

7.5

8.0

Val

or m

édio

do

n.º

de n

omes

de

anim

ais

corr

ecto

s

10.1. Asplantas

10.2. Osanimais

10.3. Apaisagem

10.4. Osmonumentos

10.5. O mar, orio, e os lago

Gosta mais de ver Gosta menos de ver

De seguida, ilustram-se as diferenças não significativas e significativa, através dos

seus valores médios.

Figura 23- Número médio de nomes de animais correctos indicados para cada um dos grupos.

Figura 24- Número de nomes de animais correctos indicados para cada um dos grupos.

Na amostra, o valor do n.º médio de animais correctos é sempre superior para os que

gostam mais de ver cada um dos itens, no entanto, as diferenças observadas não são

estatisticamente significativas, excepto para os que gostam mais de ver “10.5. O mar, o rio e

os lagos” (figura 23).

Na amostra, o valor do n.º médio de animais incorrectos é superior para os que gostam

menos de ver a paisagem e superior para os que gostam mais de ver os monumentos,

observando-se também outras diferenças menores para os outros itens, no entanto, as

diferenças observadas não são estatisticamente significativas (figura 24).

Globalmente, a hipótese 2 é apoiada apenas por algumas das inferências realizadas.

Hipótese 3: Quanto menor é o envolvimento cognitivo e afectivo do aluno com a fauna local menos significativas são as aprendizagens e, por consequência, menor será o conhecimento tradicional/regional e científico do aluno sobre a mesma (estudo da relação entre as questões 5, 6.2 e 10.2 e as questões 7, 8, 9, 11 e 12).

Conceito: envolvimento cognitivo e afectivo do aluno com a fauna local.

Variáveis:

5. Onde é que normalmente vês os animais?

6.2. N.º de animais indicados, característicos da região, que gosta mais e que gosta menos.

10.2. O que mais gostas de ver no campo (fora da sala de aula): os animais?

A questão 10.2. pode ser tratada como variável nominal dicotómica, com duas

categorias. Cada alínea da questão 5 e a questão 6.2 são variáveis quantitativas.

Resultados

61

Conceito: aprendizagens e conhecimento tradicional/regional e científico do aluno.

Variáveis:

7. Nas aulas de Ciências Naturais/Estudo do meio é frequente fazer-se referência a espécies de

animais característicos da tua região?

8. N.º de nomes de animais indicados como geralmente referidos na sala de aula.

9. Na disciplina de Ciências Naturais/Estudo do Meio costumas ter aulas fora da sala de aula?

11. Indica, por ordem de importância, o tipo de aulas que mais gostas em que se fale da fauna

portuguesa.

12. Indica o tipo de aulas que consideras mais frequente na disciplina de Ciências Naturais no

estudo dos animais.

As questões 7 e 9 são variáveis nominais dicotómicas, com duas categorias. A questão

8 é uma variável quantitativa. Cada alínea das questões 11 e 12 é variável quantitativa.

Estudo da relação entre a questão 5 e a questão 7

Para realizar o cruzamento entre os itens da questão 5 e a questão 7, utilizou-se o teste

t (tabela 24a):

Tabela 24a - Teste paramétrico t.

Levene's Test t-test for Equality of Means F Sig. t Df Sig.

5.1. Nos campos agrícolas Equal variances assumed 1.641 .201 .601 792 .548 Equal variances not

assumed .613 188.604 .540

5.2. Na televisão Equal variances assumed .328 .567 .116 792 .908 Equal variances not

assumed .115 183.260 .909

5.3. Nas revistas, jornais, etc Equal variances assumed 7.245 .007 -1.384 792 .167 Equal variances not

assumed -1.468 196.462 .144

5.4. No contacto com a natureza Equal variances assumed 7.717 .006 -1.157 792 .248 (floresta/ bosque/ mar/ rio) Equal variances not

assumed -1.291 208.049 .198

5.5. Nas aulas de Ciências Equal variances assumed 10.399 .001 -2.180 792 .030 naturais/ Estudo do Meio Equal variances not

assumed -2.321 197.152 .021

5.6. No meio familiar Equal variances assumed 2.838 .092 2.175 792 .030 Equal variances not

assumed 2.107 179.759 .037

O valor de prova do teste t é superior a 5% para 5.1 a 5.4, aceita-se H0: considera-se

que não existem diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos de respostas à

questão 7.

Resultados

62

O valor de prova do teste t é inferior a 5% para 5.5 e 5.6, rejeita-se H0 e aceita-se H1:

considera-se que existem diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos de

respostas à questão 7.

Com o teste K-S registaram-se os seguintes resultados (tabela 24b):

Tabela 24b - Resultados do teste Kolmogorov-Smirnov.

7. Referência nas aulas de CN/ EM K-S (a) a espécies da tua região? Statistic Df Sig. 5.1. Nos campos agrícolas Não .204 663 .000 Sim .183 131 .000 5.2. Na televisão Não .171 663 .000 Sim .175 131 .000 5.3. Nas revistas, jornais, etc Não .170 663 .000 Sim .187 131 .000 5.4. No contacto com a natureza Não .222 663 .000 (floresta/ bosque/ mar/ rio) Sim .246 131 .000 5.5. Nas aulas de Ciências Não .226 663 .000 naturais/ Estudo do Meio Sim .263 131 .000 5.6. No meio familiar Não .248 663 .000 Sim .259 131 .000

a Correcção de significância de Lilliefors

H0 não se verifica para todas as classes da variável dicotómica, pelo que se rejeita a

hipótese nula. Assim, utilizou-se teste de Mann-Whitney (tabela 24c).

Tabela 24c - Teste de Mann-Whitney

Mann-Whitney U Wilcoxon W Z Asymp. Sig.

(2-tailed) 5.1. Nos campos agrícolas 42290 50936 -0.484 0.628 5.2. Na televisão 43169 51815 -0.110 0.912 5.3. Nas revistas, jornais, etc 39894 260010 -1.509 0.131 5.4. No contacto com a natureza 40097 260213 -1.425 0.154 5.5. Nas aulas de Ciências naturais/ Estudo do Meio 38700 258816 -2.066 0.039 5.6. No meio familiar 38090 46736 -2.327 0.020

O valor de prova é superior a 5% para 5.1 a 5.4 e inferior a 5% para 5.5 e 5.6, para

estas, rejeita-se H0 e aceita-se H1: considera-se que existem diferenças estatisticamente

significativas entre os dois grupos de respostas à questão 7. Confirmam-se os resultados do

teste t.

Ilustram-se de seguida as diferenças significativas e não significativas, através dos

seus valores médios (figura 25).

Resultados

63

2

3

4

5

6

Val

or m

édio

da

prio

ridad

e

da fr

equê

ncia

com

que

os a

nim

ais

5 .1 . N o sc a m p o s

a g r íc o la s

5 .2 . N at e le v is ã o

5 .3 . N a sr e v is t a s ,jo r n a is ,

e tc

5 .4 . N oc o n ta c t o

c o m an a tu r e z a

5 .5 . N a sa u la s d eC N /E M

5 .6 . N om e io

fa m i l ia r

7 . R e fe rê n c ia n a s a u la s d e C N /E M a e s p é c ie s d a tu a re g iã o ? N ã o7 . R e fe rê n c ia n a s a u la s d e C N /E M a e s p é c ie s d a tu a re g iã o ? S im

Figura 25- Valores médios da prioridade da frequência com que os alunos vêem os animais.

Os alunos aos quais se fazem referência a espécies da região nas aulas vêem com

menos frequência os animais em “5.5. Nas aulas de CN/EM”. Esta constatação contraria a

hipótese.

Os alunos aos quais se fazem referência a espécies da região nas aulas vêem com mais

frequência os animais em “5.6. No meio familiar”, sendo estas diferenças observadas

estatisticamente significativas. Esta conclusão confirma a hipótese, pois a um maior

envolvimento cognitivo e afectivo do aluno com a fauna, em meio familiar, corresponde uma

maior frequência da referência a estas espécies nas aulas e a uma maior aprendizagem.

Para os restantes itens da questão 5, não há relação estatisticamente significativa com a

referência a espécies da região nas aulas.

Estudo da relação entre a questão 5 e a questão 9

Para realizar o cruzamento entre os itens da questão 5 e a questão 9, utilizou-se o teste

t (tabela 25a):

Tabela 25a - Teste paramétrico t.

Levene's Test t-test for Equality of Means F Sig. t Df Sig.

5.1. Nos campos agrícolas Equal variances assumed 10.978 .001 -1.827 792 .068 Equal variances not

assumed -1.483 37.129 .146

5.2. Na televisão Equal variances assumed 2.252 .134 1.946 792 .052 Equal variances not

assumed 2.366 40.291 .023

5.3. Nas revistas, jornais, etc Equal variances assumed .734 .392 .618 792 .537 Equal variances not

assumed .696 39.444 .490

5.4. No contacto com a natureza Equal variances assumed 2.121 .146 -1.755 792 .080 (floresta/ bosque/ mar/ rio) Equal variances not

assumed -2.089 40.043 .043

5.5. Nas aulas de Ciências Equal variances assumed .167 .683 -.021 792 .983 naturais/ Estudo do Meio Equal variances not

assumed -.020 37.877 .984

5.6. No meio familiar Equal variances assumed .001 .980 .973 792 .331 Equal variances not

assumed .950 38.223 .348

Resultados

64

O valor de prova do teste t é sempre superior a 5%, aceita-se H0: considera-se que não

existem diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos de respostas à questão

9.

O teste K-S gerou os seguintes resultados (tabela 25b):

Tabela 25b - Resultados do teste Kolmogorov-Smirnov.

9. Na disciplina de CN/EM costumas K-S (a) ter aulas fora da sala de aula? Statistic Df Sig. 5.1. Nos campos agrícolas Não .200 758 .000 Sim .196 36 .001 5.2. Na televisão Não .171 758 .000 Sim .173 36 .008 5.3. Nas revistas, jornais, etc Não .155 758 .000 Sim .274 36 .000 5.4. No contacto com a natureza Não .224 758 .000 (floresta/ bosque/ mar/ rio) Sim .238 36 .000 5.5. Nas aulas de Ciências Não .234 758 .000 naturais/ Estudo do Meio Sim .313 36 .000 5.6. No meio familiar Não .247 758 .000 Sim .262 36 .000

a Correcção de significância de Lilliefors

H0 não se verifica para todas as classes da variável dicotómica, pelo que se rejeita a

hipótese nula. O teste paramétrico é confirmado pelo teste de Mann-Whitney (tabela 25c).

Tabela 25c - teste de Mann-Whitney.

Mann-Whitney U Wilcoxon W Z Asymp. Sig.

(2-tailed) 5.1. Nos campos agrícolas 11787 299448 -1.411 0.158 5.2. Na televisão 11112 11778 -1.934 0.053 5.3. Nas revistas, jornais, etc 12675 13341 -0.738 0.460 5.4. No contacto com a natureza 11197 298858 -1.868 0.062 5.5. Nas aulas de Ciências naturais/ Estudo do Meio 13595 301256 -0.038 0.970 5.6. No meio familiar 12214 12880 -1.113 0.266

Não existem diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos de

respostas à questão 9. Confirmam-se os resultados do teste t.

De seguida, ilustram-se as diferenças não significativas, através dos seus valores

médios (figura 26).

Resultados

65

2

3

4

5

6

Val

or m

édio

da

prio

ridad

e

da fr

equê

ncia

com

que

os a

nim

ais

5 . 1 . N o sc a m p o s

a g r íc o la s

5 .2 . N ate le v is ã o

5 .3 . N a sr e v is ta s ,jo r n a is ,

e t c

5 .4 . N oc o n t a c to

c o m an a t u r e z a

5 .5 . N a sa u la s d eC N /E M

5 .6 . N om e io

fa m i l i a r

9 . N a d is c ip lin a d e C N /E M c o s tu m a s te r a u la s fo r a d a s a la d e a u la ? N ã o9 . N a d is c ip lin a d e C N /E M c o s tu m a s te r a u la s fo r a d a s a la d e a u la ? S im

Figura 26- Valores médios da prioridade da frequência com que os alunos vêem os animais.

Na amostra, os alunos que costumam ter aulas fora da sala de aula vêem com menos

frequência os animais em 5.3, 5.4 e 5.5 e com mais frequência em 5.1 e 5.6, no entanto, as

diferenças observadas não são estatisticamente significativas. Esta conclusão também não

confirma a hipótese, pois a um maior envolvimento cognitivo e afectivo do aluno com a fauna

não corresponde um maior número de aulas fora da sala.

Estudo da relação entre a questão 5 e a questão 8

Na tabela seguinte, apresenta-se o valor do coeficiente de correlação de Spearman e da

significância (tabela 26).

Tabela 26- Coeficiente de correlação de Spearman.

8. N.º de nomes dos animais referidos

5.1. Nos campos agrícolas Correlation Coefficient -.076(*) Sig. (2-tailed) .031 N 795 5.2. Na televisão Correlation Coefficient .122(**) Sig. (2-tailed) .001 N 795 5.3. Nas revistas, jornais, etc Correlation Coefficient .128(**) Sig. (2-tailed) .000 N 795 5.4. No contacto com a natureza Correlation Coefficient .069 (floresta/ bosque/ mar/ rio) Sig. (2-tailed) .053 N 795 5.5. Nas aulas de Ciências Correlation Coefficient .022 naturais/ Estudo do Meio Sig. (2-tailed) .538 N 795 5.6. No meio familiar Correlation Coefficient -.165(**) Sig. (2-tailed) .000 N 795

** Correlação significante para um nível de significância de 0.01. * Correlação significante para um nível de significância de 0.05.

Resultados

66

2

3

4

Val

or m

édio

do

n.º

de a

nim

ais

refe

ridos

nas

aul

as

1 2 3 4 5 6

5.3. Nas revistas, jornais, etc

2

3

4

Val

or m

édio

do

n.º

de a

nim

ais

refe

ridos

nas

aul

as

1 2 3 4 5 6

5.6. No meio fam iliar

2

3

4

Val

or m

édio

do

n.º

de a

nim

ais

refe

ridos

nas

aul

as

1 2 3 4 5 6

5.1. Nos campos agrícolas

2

3

4

Val

or m

édio

do

n.º

de a

nim

ais

refe

ridos

nas

aul

as

1 2 3 4 5 6

5.2. Na televisão

Verificam-se relações estatisticamente significativas entre “N.º de animais referidos

nas aulas” e:

• “Nos campos agrícolas”, que é uma relação normal negativa, significa que quem

indica mais nomes vê com mais frequência os animais nos campos agrícolas;

• “Na televisão”, que é uma relação forte positiva, significa que quem indica mais

nomes vê com menos frequência os animais na televisão;

• “Nas revistas, jornais, etc.”, que é uma relação forte positiva, significa que quem

indica mais nomes vê com menos frequência os animais em revistas, jornais, etc.;

• “No meio familiar”, que é uma relação forte negativa, significa que quem indica mais

nomes vê com mais frequência os animais no meio familiar;

Não se verificam relações estatisticamente significativas entre o n.º de animais

referidos nas aulas e os outros itens da questão 5.

As relações estatisticamente significativas são ilustradas nos gráficos seguintes,

através da representação do valor médio do n.º de nomes de animais referidos nas aulas para

os vários níveis de frequência com que vê normalmente os animais em cada uma das situações

(figuras 27a, 27b, 27c, 27d).

Figura 27a - valor médio do n.º de nomes de animais referidos nas aulas para os vários níveis de frequência com que vê normalmente os animais nos campos agrícolas.

Figura 27b - valor médio do n.º de nomes de animais referidos nas aulas para os vários níveis de frequência com que vê normalmente os animais na televisão.

Figura 27c - valor médio do n.º de nomes de animais referidos nas aulas para os vários níveis de frequência com que vê normalmente os animais nas revistas e jornais.

Figura 27d - valor médio do n.º de nomes de animais referidos nas aulas para os vários níveis de frequência com que vê normalmente os animais no meio familiar.

Resultados

67

Quem indica, em média, mais nomes vê com mais frequência os animais nos campos

agrícolas e no meio familiar. Quem indica, em média, menos nomes vê com mais frequência

os animais na televisão, nas revistas, jornais, etc.

Esta conclusão apoia a hipótese 3, pois a um maior envolvimento cognitivo e afectivo

do aluno com a fauna (nos campos agrícolas e em meio familiar), corresponde uma maior

aprendizagem (maior frequência da referência a estas espécies nas aulas).

Estudo da relação entre a questão 5 e a questão 11

Na tabela 27, apresenta-se o valor do coeficiente de correlação de Spearman e da

significância.

Tabela 27- Coeficiente de correlação de Spearman

11.1. Aulas explicat.

11.2. Aulas bibliot.

11.3. Aulas filmes

11.4. Aulas no campo

11.5. Aulas museus

11.6. Aulas grupo

11.7. Internet

5.1. Nos campos Correlation Coefficient -.027 -.007 .007 .049 .098(**) -.121(**) -.013 agrícolas Sig. (2-tailed) .444 .840 .847 .164 .006 .001 .718 N 795 795 795 795 795 795 795 5.2. Na televisão Correlation Coefficient .068 -.066 .021 -.094(**) -.129(**) .055 .147(**) Sig. (2-tailed) .057 .064 .549 .008 .000 .123 .000 N 795 795 795 795 795 795 795 5.3. Nas revistas Correlation Coefficient .064 -.017 -.009 -.141(**) -.129(**) .132(**) .078(*) , jornais, etc Sig. (2-tailed) .074 .633 .792 .000 .000 .000 .028 N 795 795 795 795 795 795 795 5.4. No contacto Correlation Coefficient -.073(*) .121(**) -.016 .089(*) .100(**) .020 -.196(**) com a natureza Sig. (2-tailed) .039 .001 .650 .012 .005 .572 .000 N 795 795 795 795 795 795 795 5.5. Nas aulas Correlation Coefficient .003 .022 .056 .012 .083(*) .011 -.020 de CN/EM Sig. (2-tailed) .934 .539 .115 .746 .020 .749 .582 N 795 795 795 795 795 795 795 5.6. No meio Correlation Coefficient -.002 -.037 -.043 .041 -.007 -.007 .002 familiar Sig. (2-tailed) .945 .301 .229 .247 .843 .845 .958 N 795 795 795 795 795 795 795

** Correlação significante para um nível de significância de 0.01. * Correlação significante para um nível de significância de 0.05.

Verificam-se relações estatisticamente significativas entre:

• 5.1 com 11.5., relação positiva, significa que quem vê mais os animais nos campos

gosta mais de aulas em museus;

• 5.1. com 11.6., relação negativa, significa que quem vê mais os animais nos campos

gosta menos de aulas em grupo;

• 5.2. com 11.4. e 11.5., relação negativa, significa que quem vê mais os animais na

televisão gosta menos de aulas no campo e em museus;

• 5.2. com 11.7., relação positiva, significa que quem vê mais os animais na televisão

gosta mais de aulas na Internet;

Resultados

68

1

2

3

4

5

6

7

Val

or m

édio

na

ques

tão

5

11.1. 11.2. 11.3. 11.4. 11.5. 11.6. 11.7.

5.1. Nos campos agrícolas 1 5.1. Nos campos agrícolas 25.1. Nos campos agrícolas 3 5.1. Nos campos agrícolas 45.1. Nos campos agrícolas 5 5.1. Nos campos agrícolas 6

1

2

3

4

5

6

7

Val

or m

édio

na

ques

tão

5

11.1. 11.2. 11.3. 11.4. 11.5. 11.6. 11.7.

5.2. Na televisão 1 5.2. Na televisão 2 5.2. Na televisão 35.2. Na televisão 4 5.2. Na televisão 5 5.2. Na televisão 6

1

2

3

4

5

6

7

Val

or m

édio

na

ques

tão

5

11.1. 11.2. 11.3. 11.4. 11.5. 11.6. 11.7.

5.3. Nas revistas, jornais, etc 1 5.3. Nas revistas, jornais, etc 25.3. Nas revistas, jornais, etc 3 5.3. Nas revistas, jornais, etc 45.3. Nas revistas, jornais, etc 5 5.3. Nas revistas, jornais, etc 6

1

2

3

4

5

6

7

Val

or m

édio

na

ques

tão

5

11.1. 11.2. 11.3. 11.4. 11.5. 11.6. 11.7.

5.4. No contacto com a natureza 1 5.4. No contacto com a natureza 25.4. No contacto com a natureza 3 5.4. No contacto com a natureza 45.4. No contacto com a natureza 5 5.4. No contacto com a natureza 6

• 5.3. com 11.4. e 11.5, relação negativa, significa que quem vê mais os animais em

revistas e jornais gosta menos de aulas no campo e em museus;

• 5.3. com 11.6. e 11.7., relação positiva, significa que quem vê mais os animais em

revistas e jornais gosta mais de aulas em grupo e na Internet;

• 5.4. com 11.1. e 11.7., relação negativa, significa que quem vê mais os animais na

natureza gosta menos de aulas explicativas e na Internet;

• 5.4. com 11.2., 11.4. e 11.5., relação negativa, significa que quem vê mais os animais

na natureza gosta mais de aulas na biblioteca, no campo e em museus;

• 5.5. com 11.5., relação positiva, significa que quem vê mais os animais nas aulas

gosta mais de aulas em museus.

As relações estatisticamente significativas são ilustradas seguidamente, através da

representação do valor médio dos valores obtidos nos vários itens da questão 5 para os vários

itens da questão 11(figuras 28a, 28b, 28c, 28d, 28e e 28f).

Figura 28a - Valor médio dos valores obtidos no item da questão 5 “nos campos agrícolas” para os vários itens da questão 11.

Figura 28b - Valor médio dos valores obtidos no item da questão 5 “na televisão” para os vários itens da questão 11.

Figura 28c - Valor médio dos valores obtidos no item da questão 5 “nas revistas, jornais, etc.” para os vários itens da questão 11.

Figura 28d - Valor médio dos valores obtidos no item da questão 5 “no contacto com a natureza” para os vários itens da questão 11.

Resultados

69

1

2

3

4

5

6

7

Val

or m

édio

na

ques

tão

5

11.1. 11.2. 11.3. 11.4. 11.5. 11.6. 11.7.

5.5. Nas aulas de CN/EM 1 5.5. Nas aulas de CN/EM 25.5. Nas aulas de CN/EM 3 5.5. Nas aulas de CN/EM 45.5. Nas aulas de CN/EM 5 5.5. Nas aulas de CN/EM 6

1

2

3

4

5

6

7

Val

or m

édio

na

ques

tão

5

11.1. 11.2. 11.3. 11.4. 11.5. 11.6. 11.7.

5.6. No meio familiar 1 5.6. No meio familiar 2 5.6. No meio familiar 35.6. No meio familiar 4 5.6. No meio familiar 5 5.6. No meio familiar 6

Figura 28e - Valor médio dos valores obtidos no item da questão 5 “nas aulas de ciências da Natureza” para os vários itens da questão 11.

Figura 28f - Valor médio dos valores obtidos no item da questão 5 “no meio familiar” para os vários itens da questão 11.

Muitas das conclusões deste ponto apoiam a hipótese 3, pois a um maior envolvimento

cognitivo e afectivo do aluno com a fauna (maior frequência nos campos agrícolas, no

contacto com a natureza e em meio familiar), corresponde uma maior aprendizagem

preferencialmente por aulas na biblioteca, no campo e no museu. Por outro lado, a um menor

envolvimento cognitivo e afectivo do aluno com a fauna (maior frequência na televisão,

jornais e revistas e nas aulas), corresponde uma maior aprendizagem preferencialmente por

aulas de grupo e na Internet.

Estudo da relação entre a questão 5 e a questão 12

Seguidamente, apresenta-se o valor do coeficiente de correlação de Spearman e da

significância (tabela 28).

Tabela 28- Coeficiente de correlação de Spearman

12.1. Aulas explicat.

12.2. Aulas bibliot.

12.3. Aulas filmes

12.4. Aulas no campo

12.5. Aulas museus

12.6. Aulas grupo

12.7. Internet

5.1. Nos campos Correlation Coefficient -.119(**) .031 .026 .070(*) .062 -.025 -.012 agrícolas Sig. (2-tailed) .001 .387 .465 .049 .079 .473 .725 N 795 795 795 795 795 795 795 5.2. Na televisão Correlation Coefficient .077(*) -.001 .068 -.012 -.083(*) -.062 .006 Sig. (2-tailed) .031 .967 .057 .725 .019 .081 .875 N 795 795 795 795 795 795 795 5.3. Nas revistas Correlation Coefficient -.009 .057 .010 .060 .029 -.069 -.098(**) , jornais, etc Sig. (2-tailed) .805 .106 .768 .090 .418 .052 .006 N 795 795 795 795 795 795 795 5.4. No contacto Correlation Coefficient .048 .085(*) -.019 -.083(*) -.046 .025 .001 com a natureza Sig. (2-tailed) .176 .017 .590 .019 .198 .490 .978 N 795 795 795 795 795 795 795 5.5. Nas aulas Correlation Coefficient .074(*) .040 .003 -.027 -.015 -.082(*) .010 de CN/EM Sig. (2-tailed) .037 .258 .943 .442 .673 .020 .769 N 795 795 795 795 795 795 795 5.6. No meio Correlation Coefficient -.029 -.113(**) -.093(**) -.022 .025 .154(**) .062 familiar Sig. (2-tailed) .409 .001 .009 .540 .489 .000 .079 N 795 795 795 795 795 795 795

** Correlação significante para um nível de significância de 0.01. * Correlação significante para um nível de significância de 0.05.

Resultados

70

Verificam-se relações estatisticamente significativas entre:

• 5.1 com 12.1., relação negativa, significa que quem vê mais os animais nos campos

tem menos aulas explicativas;

• 5.1. com 12.4., relação negativa, significa que quem vê mais os animais nos campos

tem mais aulas no campo;

• 5.2. com 12.1., relação positiva, significa que quem vê mais os animais na televisão

tem mais aulas explicativas;

• 5.2. com 12.5., relação negativa, significa que quem vê mais os animais na televisão

tem menos aulas em museus;

• 5.3. com 12.7, relação negativa, significa que quem vê mais os animais em revistas e

jornais tem menos aulas na Internet;

• 5.4. com 12.2., relação positiva, significa que quem vê mais os animais na natureza

tem mais aulas na biblioteca;

• 5.4. com 12.4., relação negativa, significa que quem vê mais os animais na natureza

tem menos aulas no campo;

• 5.5. com 12.1., relação positiva, significa que quem vê mais os animais nas aulas tem

mais aulas explicativas;

• 5.5. com 12.6., relação negativa, significa que quem vê mais os animais nas aulas tem

menos aulas em grupo;

• 5.6. com 12.2. e 12.3., relação positiva, significa que quem vê mais os animais no

meio familiar tem menos aulas na biblioteca e com filmes;

• 5.6. com 12.6., relação positiva, significa que quem vê mais os animais no meio

familiar tem mais aulas em grupo.

A seguir são ilustradas as relações estatisticamente significativas, através da

representação do valor médio dos valores obtidos nos vários itens da questão 5 para os vários

itens da questão 12 (figuras 29a, 29b, 29c, 29d, 29e e 29f).

Resultados

71

1

2

3

4

5

6

7V

alor

méd

io n

a qu

estã

o 5

12.1. 12.2. 12.3. 12.4. 12.5. 12.6. 12.7.

5.1. Nos campos agrícolas 1 5.1. Nos campos agrícolas 25.1. Nos campos agrícolas 3 5.1. Nos campos agrícolas 45.1. Nos campos agrícolas 5 5.1. Nos campos agrícolas 6

1

2

3

4

5

6

7

Val

or m

édio

na

ques

tão

5

12.1. 12.2. 12.3. 12.4. 12.5. 12.6. 12.7.

5.2. Na televisão 1 5.2. Na televisão 2 5.2. Na televisão 35.2. Na televisão 4 5.2. Na televisão 5 5.2. Na televisão 6

1

2

3

4

5

6

7

Val

or m

édio

na

ques

tão

5

12.1. 12.2. 12.3. 12.4. 12.5. 12.6. 12.7.

5.3. Nas revistas, jornais, etc 1 5.3. Nas revistas, jornais, etc 25.3. Nas revistas, jornais, etc 3 5.3. Nas revistas, jornais, etc 45.3. Nas revistas, jornais, etc 5 5.3. Nas revistas, jornais, etc 6

1

2

3

4

5

6

7

Val

or m

édio

na

ques

tão

5

12.1. 12.2. 12.3. 12.4. 12.5. 12.6. 12.7.

5.4. No contacto com a natureza 1 5.4. No contacto com a natureza 25.4. No contacto com a natureza 3 5.4. No contacto com a natureza 45.4. No contacto com a natureza 5 5.4. No contacto com a natureza 6

1

2

3

4

5

6

7

Val

or m

édio

na

ques

tão

5

12.1. 12.2. 12.3. 12.4. 12.5. 12.6. 12.7.

5.5. Nas aulas de CN/EM 1 5.5. Nas aulas de CN/EM 25.5. Nas aulas de CN/EM 3 5.5. Nas aulas de CN/EM 45.5. Nas aulas de CN/EM 5 5.5. Nas aulas de CN/EM 6

1

2

3

4

5

6

7

Val

or m

édio

na

ques

tão

5

12.1. 12.2. 12.3. 12.4. 12.5. 12.6. 12.7.

5.6. No meio familiar 1 5.6. No meio familiar 2 5.6. No meio familiar 35.6. No meio familiar 4 5.6. No meio familiar 5 5.6. No meio familiar 6

Figura 29a - Valor médio dos valores obtidos no item da questão 5 “nos campos agrícolas” para os vários itens da questão 12.

Figura 29b - Valor médio dos valores obtidos no item da questão 5 “na televisão” para os vários itens da questão 12.

Figura 29c - Valor médio dos valores obtidos no item da questão 5 “nas revistas, jornais, etc.” para os vários itens da questão 12.

Figura 29d - Valor médio dos valores obtidos no item da questão 5 “no contacto com a natureza” para os vários itens da questão 12.

Figura 29e - Valor médio dos valores obtidos no item da questão 5 “na televisão” para os vários itens da questão 12.

Figura 29f - Valor médio dos valores obtidos no item da questão 5 “na televisão” para os vários itens da questão 12.

Resultados

72

As conclusões deste ponto não estão directamente relacionadas com a hipótese 3, pois

estuda-se a relação entre o envolvimento cognitivo e afectivo do aluno com a fauna (maior

frequência nos campos agrícolas, no contacto com a natureza e em meio familiar e menor

frequência na televisão, jornais e revistas e nas aulas) e o tipo de aulas e não a aprendizagem.

Estudo da relação entre a questão 6.2. e a questão 7

Para realizar o cruzamento entre os itens da questão 6.2 e a questão 7, utilizámos o

teste t (tabela 29a):

Tabela 29a - Teste paramétrico t.

Levene's Test t-test for Equality of Means F Sig. t Df Sig.

6.2.a) N.º de animais de Equal variances assumed 21.271 .000 2.370 794 .018 que gosta mais Equal variances not

assumed 2.649 210.713 .009

6.2.b) N.º de animais de Equal variances assumed 35.466 .000 2.822 794 .005 que gosta menos Equal variances not

assumed 3.646 260.690 .000

Desta forma, rejeita-se H0 e aceita-se H1: considera-se que existem diferenças

estatisticamente significativas entre os dois grupos de respostas à questão 7.

Por conseguinte, é necessário verificar o pressuposto da normalidade das distribuições

das variáveis, com o teste K-S (tabela 29b):

Tabela 29b - Resultados do teste Kolmogorov-Smirnov.

7. Referência nas aulas de CN/ EM K-S (a) a espécies da tua região? Statistic Df Sig. 6.2.a) N.º de animais de Não .204 800 .000 que gosta mais Sim .288 800 .000 6.2.b) N.º de animais de Não .171 663 .000 que gosta menos Sim .175 131 .000

a Correcção de significância de Lilliefors

H0 não se verifica para todas as classes da variável dicotómica, pelo que se rejeita a

hipótese nula. Utilizou-se o teste de Mann-Whitney (tabela 29c).

Tabela 29c - Teste de Mann-Whitney.

Mann-Whitney U Wilcoxon W Z Asymp. Sig.

(2-tailed) 6.2.a) N.º de animais de que gosta mais 39118 47896 -2.032 0.042 6.2.b) N.º de animais de que gosta menos 38907.5 47685.5 -2.202 0.028

Resultados

73

1

2

3

4

Val

or m

édio

na

ques

tão

6.2

6.2.a) N.º de animais de que gosta mais 6.2.b) N.º d e animais de que gostamenos

7. Referência nas aulas de CN/EM a espécies da tua região? Não7. Referência nas aulas de CN/EM a espécies da tua região? Sim

Verifica-se diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos de respostas

à questão 7. Confirmam-se os resultados do teste t.

De seguida, ilustram-se as diferenças significativas, através dos seus valores médios

(figura 30).

Figura 30- Valor médio do cruzamento entre os itens da questão 6.2 e a questão 7.

Os alunos aos quais se fazem referência a espécies da região nas aulas indicam menos

animais de que gostem, o que não deveria acontecer.

Os alunos aos quais se fazem referência a espécies da região nas aulas indicam menos

animais de que não gostam. Esta conclusão contraria a hipótese.

Estudo da relação entre a questão 6.2 e a questão 9

Para realizar o cruzamento entre os itens da questão 6.2 e a questão 9, utilizou-se o

teste t (tabela 30a):

Tabela 30a - Teste paramétrico t.

Levene's Test t-test for Equality of Means F Sig. t Df Sig.

6.2.a) N.º de animais de Equal variances assumed .075 .784 3.510 796 .000 que gosta mais Equal variances not

assumed 3.615 41.047 .001

6.2.b) N.º de animais de Equal variances assumed 1.621 .203 1.643 796 .101 que gosta menos Equal variances not

assumed 1.615 40.645 .114

Para os animais de que gostam mais, rejeita-se H0: considera-se que existem diferenças

estatisticamente significativas entre os dois grupos de respostas à questão 9.

Para os animais de que gostam menos, aceita-se H0: considera-se que não existem

diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos de respostas à questão 9.

Resultados

74

1

2

3

4

Val

or m

édio

na

ques

tão

6.2

6.2.a) N.º de animais de que gosta mais 6.2.b) N.º d e animais de que gostamenos

9. Na disciplina de CN/EM costumas ter aulas fora da sala de aula? Não9. Na disciplina de CN/EM costumas ter aulas fora da sala de aula? Sim

Assim, é necessário utilizar o teste K-S (tabela 30b):

Tabela 30b - Resultados do teste Kolmogorov-Smirnov.

9. Na disciplina de CN/EM costumas K-S (a) ter aulas fora da sala de aula? Statistic Df Sig. 6.2.a) N.º de animais de Não .209 760 .000 que gosta mais Sim .244 38 .000 6.2.b) N.º de animais de Não .288 760 .000 que gosta menos Sim .321 38 .000

a Correcção de significância de Lilliefors

H0 não se verifica para todas as classes da variável dicotómica, pelo que se rejeita a

hipótese nula. O teste paramétrico será confirmado pelo teste de Mann-Whitney (tabela CC).

Tabela 30c - Teste de Mann-Whitney.

Mann-Whitney U Wilcoxon W Z Asymp. Sig.

(2-tailed) 6.2.a) N.º de animais de que gosta mais 10178 10919 -3.201 0.001 6.2.b) N.º de animais de que gosta menos 12396 13137 -1.592 0.111

O valor de prova é inferior a 5% para 6.2.a) e superior a 5% para 6.2.b): confirmam-se

os resultados do teste t.

De seguida, ilustram-se as diferenças significativas e não significativas, através dos

seus valores médios (figura 31).

Figura 31- Valores médios do cruzamento entre os itens da questão 6.2 e a questão 9.

Em conclusão, os alunos que costumam ter aulas fora da sala de aula indicam menos

animais de que gostam mais, sendo as diferenças estatisticamente significativas.

Os alunos que costumam ter aulas fora da sala de aula indicam menos animais de que

gostam menos, no entanto, as diferenças não são estatisticamente significativas.

Resultados

75

1

2

3

4

Val

or m

édio

do

n.º

de a

nim

ais

refe

ridos

nas

aul

as

0 1 2 3 4 5

6.2.a) N.º de animais de que gosta mais

1

2

3

4

Val

or m

édio

do

n.º

de a

nim

ais

refe

ridos

nas

aul

as

0 1 2 3 4 5

6.2.b) N.º de animais de que gosta menos

Estudo da relação entre a questão 6.2 e a questão 8

Posteriormente, apresenta-se o valor do coeficiente de correlação de Spearman e da

significância (tabela 31).

Tabela 31- Coeficiente de correlação de Spearman

8. N.º de nomes dos animais referidos

6.2.a) N.º de animais de Correlation Coefficient .034 que gosta mais Sig. (2-tailed) .337 N 800 6.2.b) N.º de animais de Correlation Coefficient -.018 que gosta menos Sig. (2-tailed) .607 N 800

A correlação entre as variáveis não é significante.

As relações estatisticamente significativas são ilustradas seguidamente, através da

representação do valor médio do n.º de nomes de animais referidos nas aulas para os n.º médio

de animais de que gosta mais e menos (figuras 32a e 32b).

Figura 32a - Valor médio do número de nomes de animais referidos nas aulas para os número médio de animais de que gosta mais.

Figura 32b - Valor médio do número de nomes de animais referidos nas aulas para os número médio de animais de que gosta menos.

Embora se observem diferenças, especialmente nos que indicam menos animais de que

gostam mais e de que gostam menos, que também referem menos animais relativamente às

aulas, estas não são significativas.

Resultados

76

Estudo da relação entre a questão 6.2 e a questão 11

Seguidamente apresenta-se o valor do coeficiente de correlação de Spearman e da

significância (tabela 32).

Tabela 32- Coeficiente de correlação de Spearman

11.1. Aulas explicat.

11.2. Aulas bibliot.

11.3. Aulas filmes

11.4. Aulas no campo

11.5. Aulas museus

11.6. Aulas grupo

11.7. Internet

6.2.a) N.º de Correlation Coefficient .056 -.081(*) .034 -.048 -.038 .021 .089(*) animais de Sig. (2-tailed) .111 .022 .343 .175 .283 .561 .012 que gosta mais N 799 799 799 799 799 799 799 6.2.b) N.º de Correlation Coefficient .093(**) -.007 -.029 .014 -.040 -.048 .044 animais de Sig. (2-tailed) .008 .850 .411 .696 .254 .173 .213 que gosta menos

N 799 799 799 799 799 799 799

** Correlação significante para um nível de significância de 0.01. * Correlação significante para um nível de significância de 0.05.

Verificam-se relações estatisticamente significativas entre:

• 6.2.a) com 11.2., relação negativa, significa que quem indica mais animais de que

gosta mais, gosta mais de aulas em museus;

• 6.2.a) com 11.7., relação positiva, significa que quem indica mais animais de que

gosta mais, gosta menos de aulas na Internet;

• 6.2.b) com 11.1., relação positiva, significa que quem indica mais animais de que

gosta menos, gosta menos de aulas explicativas.

As relações estatisticamente significativas são ilustradas nos gráficos seguintes,

através da representação do valor médio dos valores obtidos nos vários itens da questão 6.2.

para os vários itens da questão 11 (figuras 33a e 33b).

1

2

3

4

5

6

7

Val

or m

édio

na

ques

tão

6

11.1. 11.2. 11.3. 11.4. 11.5. 11.6. 11.7.

6.2.a) N.º de animais de que gosta mais 0 6.2.a) N.º de animais de que gosta mais 16.2.a) N.º de animais de que gosta mais 2 6.2.a) N.º de animais de que gosta mais 36.2.a) N.º de animais de que gosta mais 4 6.2.a) N.º de animais de que gosta mais 5

Figura 33a - Valor médio dos valores obtidos no item da questão 6.2. “número de animais de que gostas mais” para os vários itens da questão 11.

1

2

3

4

5

6

7

Val

or m

édio

na

ques

tão

6

11.1. 11.2. 11.3. 11.4. 11.5. 11.6. 11.7.

6.2.b) N.º de animais de que gosta menos 0 6.2.b) N.º de animais de que gosta menos 16.2.b) N.º de animais de que gosta menos 2 6.2.b) N.º de animais de que gosta menos 36.2.b) N.º de animais de que gosta menos 4 6.2.b) N.º de animais de que gosta menos 5

Figura 33b - valor médio dos valores obtidos no item da questão 6.2. “número de animais de que gostas menos” para os vários itens da questão 11.

Resultados

77

Estudo da relação entre a questão 6.2 e a questão 12

Na tabela 33, apresenta-se o valor do coeficiente de correlação de Spearman e da

significância.

Tabela 33- Coeficiente de correlação de Spearman.

12.1. Aulas explicat.

12.2. Aulas bibliot.

12.3. Aulas filmes

12.4. Aulas no campo

12.5. Aulas museus

12.6. Aulas grupo

12.7. Internet

6.2.a) N.º de Correlation Coefficient .145(**) .061 -.038 -.055 -.097(**) .024 -.038 animais de Sig. (2-tailed) .000 .085 .280 .118 .006 .502 .283 que gosta mais N 798 798 798 798 798 798 798 6.2.b) N.º de Correlation Coefficient .000 -.005 -.038 .004 .074(*) .112(**) -.128(**) animais de Sig. (2-tailed) .992 .888 .287 .910 .036 .001 .000 que gosta menos

N 798 798 798 798 798 798 798

** Correlação significante para um nível de significância de 0.01. * Correlação significante para um nível de significância de 0.05.

Verificam-se relações estatisticamente significativas entre:

• 6.2.a) com 12.1., relação positiva, significa que quem indica mais animais de que

gosta mais, tem menos aulas explicativas;

• 6.2.a) com 12.5., relação negativa, significa que quem indica mais animais de que

gosta mais, tem mais aulas em museus;

• 6.2.b) com 12.5. e 12.6., relação positiva, significa que quem indica mais animais de

que gosta menos, tem menos aulas em museus e em grupo;

• 6.2.b) com 12.7., relação negativa, significa que quem indica mais animais de que

gosta menos, tem mais aulas na Internet.

As relações estatisticamente significativas são ilustradas nos gráficos seguintes,

através da representação do valor médio dos valores obtidos nos vários itens da questão 6.2.

para os vários itens da questão 12 (figuras 34a e 34b).

1

2

3

4

5

6

7

Val

or m

édio

na

ques

tão

6

12.1. 12.2. 12.3. 12.4. 12.5. 12.6. 12.7.

6.2.a) N.º de animais de que gosta mais 0 6.2.a) N.º de animais de que gosta mais 16.2.a) N.º de animais de que gosta mais 2 6.2.a) N.º de animais de que gosta mais 36.2.a) N.º de animais de que gosta mais 4 6.2.a) N.º de animais de que gosta mais 5

Figura 34a - Valor médio dos valores obtidos no item da questão 6.2. “número de animais de que gosta mais” para os vários itens da questão 12.

1

2

3

4

5

6

7

Val

or m

édio

na

ques

tão

6

12.1. 12.2. 12.3. 12.4. 12.5. 12.6. 12.7.

6.2.b) N.º de animais de que gosta menos 0 6.2.b) N.º de animais de que gosta menos 16.2.b) N.º de animais de que gosta menos 2 6.2.b) N.º de animais de que gosta menos 36.2.b) N.º de animais de que gosta menos 4 6.2.b) N.º de animais de que gosta menos 5

Figura 34b - Valor médio dos valores obtidos no item da questão 6.2. “número de animais de que gosta menos” para os vários itens da questão 12.

Resultados

78

516

147

107

25

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

Fre

quên

cia

rela

tiva

(%)

Não Sim

7. Nas aulas de Ciências Naturais/ Estudo do meio éfrequente fazer-se referência a espécies de animais

característicos da tua região?

10.2. Os animais: Gosta mais de ver 10.2. Os animais: Gosta menos de ver

Estudo da relação entre a questão 10.2. e a questão 7

Ambas as questões são variáveis nominais.

Seleccionando o teste Qui-quadrado (Qui-Square), obtêm-se os resultados para o teste

do qui-quadrado de Pearson, cujos valores importa analisar (tabela 34).

Tabela 34- Teste Qui-quadrado.

Value df Asymp. Sig. (2-sided) Monte Carlo Sig. (2-sided) Qui-quadrado .678(b) 1 .410 .422

b 0 cells (.0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 28.56.

O valor de prova é superior ao valor de referência de 5%, pelo que aceita-se a hipótese

nula e rejeita-se a hipótese alternativa, ou seja, não existe uma relação entre as duas questões,

a questão 10.2. é independente da questão 7.

Os resultados são ilustrados pelo gráfico de frequências relativas (onde se assinalam

nas colunas os valores das frequências absolutas) (figura 35):

Figura 35- Relação entre a questão 10.2. e a questão 7.

Na amostra, a percentagem de alunos que gostam mais de ver animais é semelhante

para os que fazem referência e os que não fazem referência a animais nas aulas.

Estudo da relação entre a questão 10.2 e a questão 9

Ambas as questões são variáveis nominais. Assim, utilizamos o teste do Qui-

Quadrado, com os resultados (tabela 35):

Tabela 35- Teste do Qui-Quadrado

Value df Asymp. Sig. (2-sided) Monte Carlo Sig. (2-sided) Qui-quadrado 6.497(b) 1 .011 .014

b 0 cells (.0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 7.83.

Resultados

79

600

159

22

14

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

Fre

quên

cia

rela

tiva

(%)

Não Sim

9. Na disciplina de Ciências Naturais/Estudo do Mei o costumaster aulas fora da sala de aula?

10.2. Os animais Gosta mais de ver 10.2. Os animais Gosta menos de ver

Conclui-se que elas estão relacionadas, a questão 10.2. está relacionada com a questão

7 (figura 36).

Figura 36- Relação entre a questão 10.2 e a questão 9.

A percentagem de alunos que gostam mais de ver animais é superior para os que

costumam ter aulas for a da sala de aula, sendo as diferenças estatisticamente significativas.

Estudo da relação entre a questão 10.2 e a questão 8

Para realizar o cruzamento entre os itens da questão 10.2 e a questão 8, utilizou-se o

teste t (tabela 36a):

Tabela 36a - Teste paramétrico t.

Levene's Test t-test for Equality of Means F Sig. t Df Sig.

8. N.º de nomes dos animais Equal variances assumed 14.807 .000 2.985 794 .003 referidos na sala de aula Equal variances not

assumed 2.533 227.464 .012

Existem diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos de respostas à

questão 9.

Com o teste K-S obtém-se os seguintes resultados (tabela 36 b):

Tabela 36b - Resultados do teste Kolmogorov-Smirnov.

K-S (a) 10.2. Os animais Statistic Df Sig. 8. N.º de nomes dos animais Gosta mais de ver .399 623 .000 referidos na sala de aula Gosta menos de ver .329 173 .000

a Correcção de significância de Lilliefors

Resultados

80

2

3

4

Val

or m

édio

do

n.º

de a

nim

ais

refe

ridos

na

sala

de

aula

Gosta mais de ver Gosta menos de ver

10.2. Os animais

H0 não se verifica para ambas as classes da variável dicotómica, pelo que se rejeita a

hipótese nula. Este teste é confirmado pelo teste de Mann-Whitney (tabela 36c).

Tabela 36c - Teste de Mann-Whitney.

Mann-Whitney U Wilcoxon W Z Asymp. Sig.

(2-tailed) 8. N.º de nomes dos animais referidos na sala de aula 48706.5 63757.5 -3.311 0.021

Confirmam-se os resultados do teste t.

De seguida, ilustram-se as diferenças significativas, através dos seus valores médios

(figura 37).

Figura 37- Valores médios das diferenças significativas entre a questão 10.2 e a questão 8.

Os alunos que gostam mais de ver animais fora da sala de aula indicam mais animais

referidos na sala de aula, sendo as diferenças estatisticamente significativas.

Estudo da relação entre a questão 10.2 e a questão 11

Para realizar o cruzamento entre os itens da questão 11 e a questão 10.2, utiliza-se o

teste t (tabela 37a):

Resultados

81

Tabela 37a - Teste paramétrico t.

Levene's Test t-test for Equality of Means F Sig. t Df Sig.

11.1. Aulas explicativas Equal variances assumed 5.252 .022 -1.730 794 .084 Equal variances not

assumed -1.846 302.798 .066

11.2. Aulas da biblioteca Equal variances assumed 10.999 .001 1.254 794 .210 Equal variances not

assumed 1.175 252.767 .241

11.3. Aulas com filmes Equal variances assumed 3.658 .056 1.382 794 .167 Equal variances not

assumed 1.318 258.170 .189

11.4. Aulas no campo Equal variances assumed .257 .613 -4.250 794 .000 Equal variances not

assumed -4.116 263.420 .000

11.5. Aulas em museus Equal variances assumed 2.632 .105 .076 794 .939 Equal variances not

assumed .079 292.112 .937

11.6. Aulas em grupo Equal variances assumed 1.523 .218 1.731 794 .084 Equal variances not

assumed 1.747 278.510 .082

11.7. Aulas na Internet Equal variances assumed .451 .502 3.761 794 .000 Equal variances not

assumed 3.661 265.113 .000

Desta forma, considera-se que:

- Não existem diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos nas

respostas à questão 11;

- Existem diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos nas respostas

às questões 11.4 e 11.7.

O teste K-S produz os resultados seguintes (tabela 37b):

Tabela 37b - Resultados do teste Kolmogorov-Smirnov.

K-S (a) 10.2. Os animais Statistic Df Sig. 11.1. Aulas explicativas Gosta mais de ver .183 623 .000 Gosta menos de ver .202 173 .001 11.2. Aulas da biblioteca Gosta mais de ver .233 623 .000 Gosta menos de ver .218 173 .008 11.3. Aulas com filmes Gosta mais de ver .206 623 .000 Gosta menos de ver .226 173 .008 11.4. Aulas no campo Gosta mais de ver .173 623 .000 Gosta menos de ver .184 173 .000 11.5. Aulas em museus Gosta mais de ver .163 623 .000 Gosta menos de ver .197 173 .000 11.6. Aulas em grupo Gosta mais de ver .338 623 .000 Gosta menos de ver .269 173 .000 11.7. Aulas na Internet Gosta mais de ver .199 623 .000 Gosta menos de ver .176 173 .000

a Correcção de significância de Lilliefors

Resultados

82

1

2

3

4

5

6

7

Val

or m

édio

na

ques

tão

11

11.1. 11.2. 11.3. 11.4. 11.5. 11.6. 11.7.

10.2. Os animais Gosta mais de ver 10.2. Os animais Gosta menos de ver

H0 não se verifica para todas as classes da variável dicotómica, pelo que se rejeita a

hipótese nula. O teste paramétrico será confirmado pelo teste de Mann-Whitney (tabela 37c).

Tabela 37c - Teste de Mann-Whitney.

Mann-Whitney U Wilcoxon W Z Asymp. Sig.

(2-tailed) 11.1. Aulas explicativas 50269.5 244645.5 -1.393 0.164 11.2. Aulas da biblioteca 51768.5 66819.5 -0.812 0.417 11.3. Aulas com filmes 48213.5 63264.5 -2.190 0.029 11.4. Aulas no campo 42892.5 237268.5 -4.202 0.000 11.5. Aulas em museus 53407 247783 -0.184 0.854 11.6. Aulas em grupo 48573.5 63624.5 -2.173 0.030 11.7. Aulas na Internet 44191 59242 -3.684 0.000

Por conseguinte, considera-se que:

- Não existem diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos nas

respostas;

- Existem diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos nas respostas

às questões 11.4 e 11.7 e também às questões 11.3. e 11.6., para estas não se confirmam os

resultados do teste t.

De seguida, ilustram-se as diferenças significativas e não significativas, através dos

seus valores médios (figura 38).

Figura 38- Valor médio das diferenças significativas e não

Significativas entre a questão 10.2 e a questão 11.

Os alunos que gostam mais de ver animais fora da sala de aula gostam mais das aulas

no campo e gostam menos das aulas com filmes, em grupo e na Internet, sendo as diferenças

observadas estatisticamente significativas.

Resultados

83

Estudo da relação entre a questão 10.2 e a questão 12

Para realizar o cruzamento entre os itens da questão 12 e a questão 10.2, utilizou-se o

teste t (tabela 38a):

Tabela 38a - Teste paramétrico t.

Levene's Test t-test for Equality of Means F Sig. t Df Sig.

12.1. Aulas explicativas Equal variances assumed 1.230 .268 1.587 794 .113 Equal variances not

assumed 1.561 268.910 .120

12.2. Aulas da biblioteca Equal variances assumed .001 .977 1.040 794 .298 Equal variances not

assumed 1.045 276.554 .297

12.3. Aulas com filmes Equal variances assumed 3.584 .059 -1.134 794 .257 Equal variances not

assumed -1.183 292.267 .238

12.4. Aulas no campo Equal variances assumed 32.361 .000 -3.034 794 .002 Equal variances not

assumed -3.473 342.670 .001

12.5. Aulas em museus Equal variances assumed 2.191 .139 -1.162 794 .246 Equal variances not

assumed -1.199 287.587 .232

12.6. Aulas em grupo Equal variances assumed .398 .528 1.200 794 .231 Equal variances not

assumed 1.228 284.151 .221

12.7. Aulas na Internet Equal variances assumed 7.046 .008 1.945 794 .052 Equal variances not

assumed 2.047 296.349 .042

Consequentemente considera-se que:

- Não existem diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos nas respostas à

questão 12;

- Existem diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos nas respostas às

questões 12.4 e 12.7.

Com o teste K-S obteve-se os resultados (tabela 38b):

Tabela 38b - Resultados do teste Kolmogorov-Smirnov.

K-S (a) 10.2. Os animais Statistic Df Sig. 12.1. Aulas explicativas Gosta mais de ver .374 623 .000 Gosta menos de ver .448 173 .000 12.2. Aulas da biblioteca Gosta mais de ver .174 623 .000 Gosta menos de ver .258 173 .000 12.3. Aulas com filmes Gosta mais de ver .158 623 .000 Gosta menos de ver .181 173 .000 12.4. Aulas no campo Gosta mais de ver .243 623 .000 Gosta menos de ver .252 173 .000 12.5. Aulas em museus Gosta mais de ver .245 623 .000 Gosta menos de ver .313 173 .000 12.6. Aulas em grupo Gosta mais de ver .171 623 .000 Gosta menos de ver .234 173 .000 12.7. Aulas na Internet Gosta mais de ver .128 623 .000 Gosta menos de ver .126 173 .000

a Correcção de significância de Lilliefors

Resultados

84

H0 não se verifica para todas as classes da variável dicotómica. O teste de Mann-

Whitney produz os resultados (tabela 38c).

Tabela 38c - Teste de Mann-Whitney.

Mann-Whitney U Wilcoxon W Z Asymp. Sig.

(2-tailed) 12.1. Aulas explicativas 48171 63222 -2.534 0.011 12.2. Aulas da biblioteca 50189 65240 -1.414 0.157 12.3. Aulas com filmes 50893.5 245269.5 -1.136 0.256 12.4. Aulas no campo 47909 242285 -2.333 0.020 12.5. Aulas em museus 51108.5 245484.5 -1.073 0.283 12.6. Aulas em grupo 50362 65413 -1.347 0.178 12.7. Aulas na Internet 48950.5 64001.5 -1.873 0.061

Deste modo considera-se que:

- Não existem diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos nas

respostas;

- Existem diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos nas respostas

às questões 12.1 e 12.4. Para as questões 12.1 e 12.7 não se confirmam os resultados do teste

t.

De seguida, ilustram-se as diferenças significativas e não significativas, através dos

seus valores médios (figura 39).

1

2

3

4

5

6

7

Val

or m

édio

na

ques

tão

12

12.1. 12.2. 12.3. 12.4. 12.5. 12.6. 12.7.

10.2. Os animais Gosta mais de ver 10.2. Os animais Gosta menos de ver Figura 39- Valores médios entre a questão 10.2 e a questão 12

Os alunos que gostam mais de ver animais fora da sala de aula têm mais aulas no

campo e têm menos aulas expositivas, em grupo e na Internet, sendo as diferenças observadas

estatisticamente significativas.

Em suma, a hipótese 3 é apoiada por algumas das inferências realizadas neste ponto.

Resultados

85

Hipótese 4: Quanto menor for a utilidade e a visibilidade dos animais para o ser humano menor será o conhecimento efectivo do aluno sobre a fauna local (estudo da relação entre a questão 6.1 e a questão 4).

Conceito: utilidade e a visibilidade dos animais.

Variáveis:

6 . 1 . Assinala a opção que melhor traduz o significado de “diversidade de animais em

Portugal”

A questão 6.1. é uma variável nominal

Conceito: conhecimento do aluno sobre a fauna local.

Variáveis:

4.a) N.º de nomes de animais da região correctos

4.b) N.º de nomes de animais da região incorrectos

As questões 4.a) e 4.b) são variáveis quantitativas.

O número de nomes de animais é uma variável quantitativa, cuja relação se pretende

estudar com a variável 6.1., qualitativa e nominal.

Tabela 39a - Teste à homogeneidade de variâncias

Levene Statistic df1 df2 Sig. 4.a) N.º de nomes correctos 1.034 3 793 .377 4.b) N.º de nomes incorrectos 14.583 3 793 .000

Verifica-se o pressuposto da homogeneidade das variâncias para a variável 4.a), mas

não para a 4.b) (tabela 39a).

Tabela 39b - Resultados da ANOVA.

Sum of

Squares df Mean

Square F Sig. 4.a) N.º de nomes correctos Between Groups 28.619 3 9.540 3.929 .008 Within Groups 1925.283 793 2.428 Total 1953.902 796 4.b) N.º de nomes incorrectos Between Groups 1.953 3 .651 10.278 .000 Within Groups 50.235 793 .063 Total 52.188 796

O valor de prova é inferior a 5%, rejeita-se a hipótese do n.º de nomes de animais ser

igual para todas as categorias da questão 6.1: verificam-se diferenças significativas entre estas

(tabela 39b).

Resultados

86

4

5

6

7

8

Val

or m

édio

do

n.º

de n

omes

cor

rect

os

São os organismosque se observam à

vista desarmada no ...

São todos os animaisque habitam o

território português

São os organismosúteis à actividade

Humana

São os organismoscomestíveis

0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

Val

or m

édio

do

n.º

de n

omes

inco

rrec

tos

São os organismosque se observam à

vista desarmada no ...

São todos os animaisque habitam o

território português

São os organismosúteis à actividade

Humana

São os organismoscomestíveis

Com o teste K-S (tabela 39c) verifica-se o pressuposto da normalidade das

distribuições das variáveis:

Tabela 39c - Resultados do teste Kolmogorov-Smirnov.

K-S (a) Statistic Df Sig. 4.a) N.º de nomes correctos

São os organismos que se observam à vista desarmada no ... .241 118 .000

São todos os animais que habitam o território português .209 582 .000

São os organismos úteis à actividade Humana .213 90 .000

São os organismos comestíveis .214 7 .200(*) 4.b) N.º de nomes incorrectos

São os organismos que se observam à vista desarmada no ... .536 118 .000

São todos os animais que habitam o território português .536 582 .000

São os organismos úteis à actividade Humana .540 90 .000

São os organismos comestíveis .338 7 .015 a Correcção de significância de Lilliefors * Limite inferior da verdadeira significância.

H0 não se verifica para todas as categorias da variável 6.1., o valor de prova é inferior a

5%, pelo que se rejeita a hipótese nula. O teste paramétrico será confirmado pelo teste não

paramétrico equivalente: teste de Kruskall-Wallis (tabela 39d):

Tabela 39d - teste de Kruskall-Wallis:

Chi-Square df Asymp. Sig. 4.a) N.º de nomes correctos 15.8 3 0.001 4.b) N.º de nomes incorrectos 31.1 3 0.000

Rejeita-se a hipótese da mediana ser igual para todas as categorias de 6.1.: verificam-

se diferenças significativas. Os resultados da ANOVA são confirmados.

As diferenças significativas, através dos seus valores médios, ilustram-se de seguida

(figura 40a e 40b):

Figura 40a - Valores médios do número de nomes de animais correctos relativamente à opção que melhor traduz o significado de “diversidade de animais em Portugal”.

Figura 40b - Valores médios do número de nomes de animais incorrectos relativamente à opção que melhor traduz o significado de “diversidade de animais em Portugal”.

Resultados

87

Os valores médios do número de nomes de animais correctos são superiores para as

três primeiras opções de resposta (figura 40a) e os valores médios do n.º de nomes de animais

incorrectos são inferiores para as três primeiras opções de resposta (figura 40b), sendo as

diferenças observadas estatisticamente significativas.

Existe uma relação entre a utilidade e a visibilidade dos animais e o conhecimento do

aluno sobre a fauna local. Os que conhecem melhor a fauna assinalam as respostas associadas

à utilidade e visibilidade dos animais.

Hipótese 5: Quanto menor são a divulgação e a valorização dos saberes do “senso comum” culturais/regionais/tradicionais, o envolvimento afectivo e os documentários televisivos sobre a vida selvagem nativa portuguesa menor são as aprendizagens significativas dos alunos, que envolvem os conhecimentos da fauna local (estudo da relação entre as questões 6.1 e 4 e a questão 5).

Conceito: divulgação e a valorização dos saberes do “senso comum”

culturais/regionais/tradicionais, o envolvimento afectivo e os documentários televisivos sobre

a vida selvagem nativa portuguesa.

Variáveis:

5. Onde é que normalmente vês os animais?

Os itens da questão 5 são variáveis quantitativas.

Conceito: conhecimento do aluno sobre a fauna local.

Variáveis:

6 . 1 . Assinala a opção que melhor traduz o significado de “diversidade de animais em

Portugal”

4.a) N.º de nomes de animais da região correctos.

4.b) N.º de nomes de animais da região incorrectos.

As questões 4.a) e 4.b) são variáveis quantitativas. A questão 6.1. é uma variável nominal.

Estudo da relação entre a questão 4 e a questão 5

Estas variáveis são variáveis quantitativas, pelo que se apresenta o valor do coeficiente

de correlação de Spearman e da significância (tabela 40).

Resultados

88

Tabela 40- coeficiente de correlação de Spearman

4.a) N.º de nomes correctos

4.b) N.º de nomes incorrectos

5.1. Nos campos agrícolas Correlation Coefficient -.216(**) .007 Sig. (2-tailed) .000 .840 N 795 795 5.2. Na televisão Correlation Coefficient .098(**) .059 Sig. (2-tailed) .006 .095 N 795 795 5.3. Nas revistas, jornais, etc Correlation Coefficient .069 .051 Sig. (2-tailed) .052 .147 N 795 795 5.4. No contacto com a natureza Correlation Coefficient .076(*) -.014 (floresta/ bosque/ mar/ rio) Sig. (2-tailed) .032 .700 N 795 795 5.5. Nas aulas de Ciências naturais/ Correlation Coefficient .077(*) .017 Estudo do Meio Sig. (2-tailed) .029 .641 N 795 795 5.6. No meio familiar Correlation Coefficient -.025 -.058 Sig. (2-tailed) .484 .100 N 795 795

** Correlação significante para um nível de significância de 0.01. * Correlação significante para um nível de significância de 0.05.

Verificam-se relações estatisticamente significativas entre:

• “N.º de nomes correctos” e “Nos campos agrícolas”, que é uma relação forte negativa,

significa que quem indica mais nomes correctos vê com mais frequência os animais

nos campos agrícolas;

• “N.º de nomes correctos” e “Na televisão”, que é uma relação forte positiva, significa

que quem indica mais nomes correctos vê com menos frequência os animais na

televisão;

• “N.º de nomes correctos” e “No contacto c/ a natureza” e “Nas aulas de CN/ EM”,

que é uma relação normal positiva, significa que quem indica mais nomes correctos

vê com menos frequência os animais no contacto com a natureza e nas aulas de

Ciências Naturais / Estudo do Meio.

Não se verificam relações estatisticamente significativas entre “N.º de nomes

correctos” e “Nas revistas, jornais, etc.” e “No meio familiar”, nem entre “N.º de nomes

incorrectos” e qualquer dos itens da questão 5.

As relações estatisticamente significativas são ilustradas seguidamente, através da

representação do valor médio da ordenação da questão 5 para o número de nomes de animais

correctos indicados (figuras 41a, 41b, 41c, 41d, 41e e 41f).

Resultados

89

1

2

3

4

5

Val

or m

édio

da

orde

naçã

o na

que

stão

5

4 oumenos

5 6 7 8 9 10 oumais

4.a) N.º de nomes correctos

5.1. Nos campos agrícolas

2

3

4

5

Val

or m

édio

da

orde

naçã

o na

que

stão

5

4 oumenos

5 6 7 8 9 10 oumais

4.a) N.º de nomes correctos

5.2. Na televisão

2

3

4

5

Val

or m

édio

da

orde

naçã

o na

que

stão

5

4 oumenos

5 6 7 8 9 10 oumais

4.a) N.º de nomes correctos

5.3. Nas revistas, jornais, etc

2

3

4

5

Val

or m

édio

da

orde

naçã

o na

que

stão

5

4 oumenos

5 6 7 8 9 10 oumais

4.a) N.º de nomes correctos

5.4. No contacto com a natureza (floresta/ bosque/ mar/ rio)

3

4

5

6

Val

or m

édio

da

orde

naçã

o na

que

stão

5

4 oumenos

5 6 7 8 9 10 oumais

4.a) N.º de nomes correctos

5.5. Nas aulas de Ciências naturais/ Estudo do Meio

2

3

4

5

Val

or m

édio

da

orde

naçã

o na

que

stão

5

4 oumenos

5 6 7 8 9 10 oumais

4.a) N.º de nomes correctos

5.6. No meio familiar

Figura 41a - Valor médio do item da questão 5 “nos campos agrícolas” para o número de nomes de animais correctos indicados.

Figura 41b - Valor médio do item da questão 5 “na televisão” para o número de nomes de animais correctos indicados.

Figura 41c - Valor médio do item da questão 5 “nas revistas, jornais, etc.” para o número de nomes de animais correctos indicados.

Figura 41d - Valor médio do item da questão 5 “no contacto com a natureza” para o número de nomes de animais correctos indicados.

Figura 41e - Valor médio do item da questão 5 “nas aulas de Ciências” para o número de nomes de animais correctos indicados.

Figura 41f - Valor médio do item da questão 5 “no meio familiar” para o número de nomes de animais correctos indicados.

Resultados

90

1

2

3

4

5

6

Val

or m

édio

da

orde

naçã

o na

que

stão

5

5.1. Noscampos

agrícolas

5.2. Natelevisão

5.3. Nasrevistas,

jornais, etc

5.4. Nocontactocom a

natureza

5.5. Nasaulas deCN/EM

5.6. Nomeio

familiar

4.b) N.º de nomes incorrectos: 0 4.b) N.º de nomes incorrectos: 14.b) N.º de nomes incorrectos: 2

O número médio de nomes correctos aumenta para quem vê com mais frequência os

animais nos campos agrícolas (figura 41a), diminui para quem vê com mais frequência os

animais na televisão (figura 41b), no contacto com a natureza (figura 41d) e nas aulas de CN/

EM (figura 41e). Para os restantes, também há variações, mas não são significativas (figuras

41c e 41f). A hipótese apenas é confirmada para quem vê com mais frequência os animais

nos campos agrícolas.

As variações observadas relativamente ao número de nomes de animais incorrectos

não são significativas (figura 42).

Figura 42- Valor médio da ordenação da questão 5 para o número de nomes de animais incorrectos indicados.

Estudo da relação entre a questão 5 e a questão 6.1

A questão 5 é uma variável quantitativa, cuja relação se pretende estudar com a

variável 6.1., qualitativa e nominal, utilizando-se o teste ANOVA (tabela 41b).

Tabela 41a - Teste à homogeneidade de variâncias:

Levene Statistic df1 df2 Sig. 5.1. Nos campos agrícolas 3.979 3 791 .008 5.2. Na televisão 1.845 3 791 .137 5.3. Nas revistas, jornais, etc 16.647 3 791 .000 5.4. No contacto com a natureza (floresta/ bosque/ mar/ rio) .549 3 791 .649 5.5. Nas aulas de Ciências naturais/ Estudo do Meio 3.310 3 791 .020 5.6. No meio familiar 1.526 3 791 .206

Não se verifica o pressuposto da homogeneidade das variâncias (valor de prova superior a 5%,

o que implica não rejeitar a hipótese nula) para as variáveis 5.1, 5.3 e 5.5 (tabela 41a).

Resultados

91

Tabela 41b - Resultados da ANOVA.

Sum of

Squares df Mean

Square F Sig. 5.1. Nos campos agrícolas Between Groups 41.881 3 13.960 5.449 .001 Within Groups 2026.527 791 2.562 Total 2068.408 794 5.2. Na televisão Between Groups 3.618 3 1.206 .620 .602 Within Groups 1537.321 791 1.944 Total 1540.938 794 5.3. Nas revistas, jornais, etc Between Groups 9.686 3 3.229 1.976 .116 Within Groups 1292.721 791 1.634 Total 1302.408 794 5.4. No contacto com a natureza Between Groups 21.948 3 7.316 3.692 .012 (floresta/ bosque/ mar/ rio) Within Groups 1567.511 791 1.982 Total 1589.459 794 5.5. Nas aulas de Ciências naturais/ Between Groups 3.759 3 1.253 .752 .522 Estudo do Meio Within Groups 1318.937 791 1.667 Total 1322.697 794 5.6. No meio familiar Between Groups 19.722 3 6.574 1.384 .247 Within Groups 3758.575 791 4.752 Total 3778.297 794

A hipótese da ordenação média da questão 5 rejeita-se, nos itens 5.1 e 5.4 ser igual

para todas as categorias da questão 6.1: verificam-se diferenças significativas entre estas.

Consequentemente verifica-se o pressuposto da normalidade das distribuições das

variáveis, com o teste K-S (tabela 41c):

Tabela 41c - Resultados do teste Kolmogorov-Smirnov.

K-S (a) Statistic Df Sig. 5.1. Nos campos São os organismos que se observam à vista desarmada no ... .181 117 .000 agrícolas São todos os animais que habitam o território português .230 581 .000 São os organismos úteis à actividade Humana .204 90 .000 São os organismos comestíveis .421 7 .000 5.2. Na televisão São os organismos que se observam à vista desarmada no ... .182 117 .000 São todos os animais que habitam o território português .179 581 .000 São os organismos úteis à actividade Humana .155 90 .000 São os organismos comestíveis .430 7 .000 5.3. Nas revistas, São os organismos que se observam à vista desarmada no ... .162 117 .000 jornais, etc São todos os animais que habitam o território português .165 581 .000 São os organismos úteis à actividade Humana .194 90 .000 5.4. No contacto com São os organismos que se observam à vista desarmada no ... .236 117 .000 a natureza (floresta/ São todos os animais que habitam o território português .220 581 .000 bosque/ mar/ rio) São os organismos úteis à actividade Humana .242 90 .000 São os organismos comestíveis .430 7 .000 5.5. Nas aulas de São os organismos que se observam à vista desarmada no ... .261 117 .000 Ciências naturais/ São todos os animais que habitam o território português .251 581 .000 Estudo do Meio São os organismos úteis à actividade Humana .313 90 .000 São os organismos comestíveis .430 7 .000 5.6. No meio familiar São os organismos que se observam à vista desarmada no ... .283 117 .000 São todos os animais que habitam o território português .246 581 .000 São os organismos úteis à actividade Humana .256 90 .000 São os organismos comestíveis .435 7 .000

a Correcção de significância de Lilliefors

Resultados

92

1

2

3

4

5

6

Val

or m

édio

da

orde

naçã

o na

que

stão

5

5.1. Noscampos

agrícolas

5.2. Natelevisão

5.3. Nasrevistas,

jornais, etc

5.4. Nocontacto

com anatureza

5.5. Nasaulas deCN/EM

5.6. No meiofamiliar

São os organismos que se observam à vista desarmada no ...São todos os animais que habitam o território portuguêsSão os organismos úteis à actividade HumanaSão os organismos comestíveis

H0 não se verifica para todas as categorias da variável 6.1.. Utilizou-se o teste de

Kruskall-Wallis (tabela 41d):

Tabela 41d - Teste de Kruskall-Wallis:

Chi-Square df Asymp. Sig. 5.1. Nos campos agrícolas 15.81 3 0.001 5.2. Na televisão 2.36 3 0.502 5.3. Nas revistas, jornais, etc 7.10 3 0.069 5.4. No contacto com a natureza (floresta/ bosque/ mar/ rio) 12.23 3 0.007 5.5. Nas aulas de Ciências naturais/ Estudo do Meio 4.78 3 0.188 5.6. No meio familiar 2.50 3 0.475

Rejeita-se a hipótese da mediana ser igual para todas as categorias de 6.2. em 5.1 e 5.4:

verificam-se diferenças significativas. Os resultados da ANOVA são confirmados.

As diferenças significativas ilustram-se seguidamente através dos seus valores médios

(figura 43).

Figura 43- Valor médio da questão 5 para a opção que melhor traduz o significado de “diversidade de animais em Portugal”.

Para quem vê com mais frequência os animais nos campos agrícolas e no contacto com

a natureza, refere que “são os organismos comestíveis”, sendo estas diferenças observadas

estatisticamente significativas.

Na amostra também se verifica que quem refere esta opção vê com menos frequência

os animais na televisão, nas revistas, jornais, etc. e na aulas de CN/EM, embora estas

diferenças não sejam estatisticamente significativas.

As relações determinadas não confirmam a hipótese.

Resultados

93

Hipótese 6: Quanto menos articuladas estão as experiências de aprendizagens na área curricular disciplinar de Ciências Naturais com os saberes do “senso comum” tradicionais locais menor serão os conhecimentos significativos científicos do aluno sobre fauna local, visto que condicionam o envolvimento cognitivo e afectivo do aluno com a realidade envolvente (motivação intrínseca) – (estudo da relação entre a questão 6.1 e as questões 7, 9, 11 e 12).

Conceito: articulação das experiências de aprendizagens na área curricular disciplinar de

Ciências Naturais com os saberes do “senso comum” tradicionais.

Variáveis:

7. Nas aulas de Ciências Naturais/Estudo do meio é frequente fazer-se referência a espécies de

animais característicos da tua região?

9. Na disciplina de Ciências Naturais/Estudo do Meio costumas ter aulas fora da sala de aula?

11. Indica, por ordem de importância, o tipo de aulas que mais gostas em que se fale da fauna

portuguesa.

12. Indica o tipo de aulas que consideras mais frequente na disciplina de Ciências Naturais no

estudo dos animais.

As questões 7 e 9 são variáveis nominais dicotómicas, com duas categorias. Cada

alínea das questões 11 e 12 são variáveis quantitativas.

Conceito: conhecimentos significativos científicos do aluno sobre fauna local.

Variáveis:

6 . 1 . Assinala a opção que melhor traduz o significado de “diversidade de animais em

Portugal”

A questão 6.1. é uma variável nominal.

Estudo da relação entre a questão 6.1. e as questões 7 e 9.

Todas as questões são variáveis nominais. Assim utilizou-se o teste do Qui-Quadrado,

com os resultados (tabela 42):

Tabela 42- Teste do Qui-Quadrado

Value df Asymp. Sig.

(2-sided) Monte Carlo Sig. (2-sided)

7. Nas aulas de Ciências Naturais/ Estudo do meio é frequente fazer-se referência a espécies de animais da tua região? 2.463(a) 3 .482 .466

9. Na disciplina de Ciências Naturais/Estudo do Meio costumas ter aulas fora da sala de aula? 5.579(b) 3 .134 .109

a 1 cells (12.5%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 1.16.

Resultados

94

98

20

490

91

70

20

6

1

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

Fre

quên

cia

rela

tiva

(%)

São os organismosque se observam à

vista desarmada no ...

São todos os animaisque habitam o

território português

São os organismosúteis à actividade

Humana

São os organismoscomestíveis

7. Referência nas aulas a espécies animais da região? Sim7. Referência nas aulas a espécies animais da região? Não

117

1

550

32

86

3

7

0

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Fre

quên

cia

rela

tiva

(%)

São os organismosque se observam à

vista desarmada no ...

São todos os animaisque habitam o território

português

São os organismosúteis à actividade

Humana

São os organismoscomestíveis

9. Aulas fora da sala de aula? Não 9. Aulas fora da sala de aula? Sim

b 2 cells (25.0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is .32.

O valor de prova é sempre superior ao valor de referência de 5%, aceita-se a hipótese

nula, as variáveis são independentes, ou seja, conclui-se que elas não estão relacionadas, a

questão 6.1. não está relacionada com as questão 7 e 9.

Os resultados obtidos são ilustrados seguidamente (figuras 44a e 44b):

Figura 44a - Relação entre a questão 6.1. e a questão 7

Na amostra, a percentagem de alunos que fazem referência nas aulas a espécies

animais da região é idêntica para as várias opções de resposta da questão 6.1, embora

ligeiramente superior nos que dizem que são os organismos úteis à actividade humana, no

entanto, estas pequenas diferenças não são estatisticamente significativas.

Figura 44b - Relação entre a questão 6.1. e a questão 9.

Resultados

95

Na amostra, a percentagem de alunos que têm aulas fora da sala é muito reduzida,

sendo ligeiramente superior nos que dizem que são todos os animais que habitam o território

português, no entanto, as diferenças não são estatisticamente significativas.

Estas conclusões não suportam a hipótese.

Estudo da relação entre a questão 6.1. e a questão 11.

A questão 11 é uma variável quantitativa, cuja relação se pretende estudar com a

variável 6.1., qualitativa e nominal, sendo o teste de hipóteses adequado a ANOVA.

Tabela 43a - Teste à homogeneidade de variâncias.

Levene Statistic df1 df2 Sig. 11.1. Aulas explicativas 3.847 3 793 .009 11.2. Aulas da biblioteca 3.340 3 793 .019 11.3. Aulas com filmes 1.062 3 793 .364 11.4. Aulas no campo 4.213 3 793 .006 11.5. Aulas em museus 1.574 3 793 .194 11.6. Aulas em grupo 4.911 3 793 .002 11.7. Aulas na Internet .773 3 793 .509

Não se verifica o pressuposto da homogeneidade das variâncias para as variáveis 11.1,

11.2, 11.4 e 11.6. (tabela 43a)

Tabela 43b - Resultados da ANOVA.

Sum of

Squares df Mean

Square F Sig. 11.1. Aulas explicativas Between Groups 41.532 3 13.844 4.462 .004 Within Groups 2460.383 793 3.103 Total 2501.915 796 11.2. Aulas da biblioteca Between Groups 9.179 3 3.060 .992 .396 Within Groups 2446.560 793 3.085 Total 2455.739 796 11.3. Aulas com filmes Between Groups 36.041 3 12.014 4.966 .002 Within Groups 1918.463 793 2.419 Total 1954.504 796 11.4. Aulas no campo Between Groups 50.898 3 16.966 4.893 .002 Within Groups 2749.809 793 3.468 Total 2800.708 796 11.5. Aulas em museus Between Groups 9.181 3 3.060 1.356 .255 Within Groups 1789.396 793 2.256 Total 1798.577 796 11.6. Aulas em grupo Between Groups 41.305 3 13.768 4.779 .003 Within Groups 2284.645 793 2.881 Total 2325.950 796 11.7. Aulas na Internet Between Groups 24.272 3 8.091 2.047 .106 Within Groups 3134.815 793 3.953 Total 3159.087 796

Resultados

96

O valor de prova é inferior a 5%, rejeita-se a hipótese da importância média do tipo de

aulas da questão 11, nos itens 11.1, 11.3, 11.4 e 11.6 ser igual para todas as categorias da

questão 6.1: verificam-se diferenças significativas entre estas (tabela 43b).

O teste K-S gerou os seguintes resultados (tabela 43c):

Tabela 43c - Resultados do teste Kolmogorov-Smirnov.

K-S (a) Statistic Df Sig. 11.1. Aulas São os organismos que se observam à vista desarmada no ... .222 118 .000 explicativas São todos os animais que habitam o território português .181 582 .000 São os organismos úteis à actividade Humana .219 90 .000 São os organismos comestíveis .504 7 .000 11.2. Aulas da São os organismos que se observam à vista desarmada no ... .229 118 .000 biblioteca São todos os animais que habitam o território português .222 582 .000 São os organismos úteis à actividade Humana .263 90 .000 São os organismos comestíveis .421 7 .000 11.3. Aulas com São os organismos que se observam à vista desarmada no ... .238 118 .000 filmes São todos os animais que habitam o território português .190 582 .000 São os organismos úteis à actividade Humana .256 90 .000 .447 7 .000 11.4. Aulas no campo São os organismos que se observam à vista desarmada no ... .215 118 .000 São todos os animais que habitam o território português .159 582 .000 São os organismos úteis à actividade Humana .191 90 .000 São os organismos comestíveis .504 7 .000 11.5. Aulas em São os organismos que se observam à vista desarmada no ... .181 118 .000 museus São todos os animais que habitam o território português .174 582 .000 São os organismos úteis à actividade Humana .165 90 .000 São os organismos comestíveis .435 7 .000 11.6. Aulas em grupo São os organismos que se observam à vista desarmada no ... .275 118 .000 São todos os animais que habitam o território português .337 582 .000 São os organismos úteis à actividade Humana .298 90 .000 São os organismos comestíveis .435 7 .000 11.7. Aulas na São os organismos que se observam à vista desarmada no ... .197 118 .000 Internet São todos os animais que habitam o território português .190 582 .000 São os organismos úteis à actividade Humana .216 90 .000 São os organismos comestíveis .421 7 .000

a Correcção de significância de Lilliefors

H0 não se verifica para todas as categorias da variável 6.1.. Assim, utilizou-se o teste

de Kruskall-Wallis (tabela 43d):

Tabela 43d - Teste de Kruskall-Wallis:

Chi-Square df Asymp. Sig. 11.1. Aulas explicativas 18.1 3 0.000 11.2. Aulas da biblioteca 2.7 3 0.447 11.3. Aulas com filmes 17.4 3 0.001 11.4. Aulas no campo 17.8 3 0.000 11.5. Aulas em museus 4.2 3 0.241 11.6. Aulas em grupo 14.7 3 0.002 11.7. Aulas na Internet 6.1 3 0.108

Resultados

97

1

2

3

4

5

6

7

Val

or m

édio

na

ques

tão

11

11.1. Aulasexplicativas

11.2. Aulasda biblioteca

11.3. Aulascom filmes

11.4. Aulasno campo

11.5. Aulasem museus

11.6. Aulasem grupo

11.7. Aulasna Internet

São os organismos que se observam à vista desarmada no ...São todos os animais que habitam o território portuguêsSão os organismos úteis à actividade HumanaSão os organismos comestíveis

Rejeita-se a hipótese da mediana ser igual para todas as categorias de 6.1. em 11.1,

11.3, 11.4 e 11.6: verificam-se diferenças significativas. Os resultados da ANOVA são

confirmados.

De seguida, ilustram-se as diferenças significativas e não significativas, através dos

seus valores médios (figura 45).

Figura 45- Valor médio da questão 11 para a opção que melhor traduz o significado de “diversidade de animais em Portugal”.

Quem refere que “são os organismos comestíveis” gosta menos do tipo de aulas

explicativas e com filmes, sendo estas diferenças observadas estatisticamente significativas.

Quem refere que “são os organismos comestíveis” gosta mais do tipo de aulas no

campo e em grupo, sendo estas diferenças observadas estatisticamente significativas.

Na amostra também se verifica que quem refere esta opção gosta menos de aulas na

biblioteca, em museus e mais de aulas na Internet, embora estas diferenças não sejam

estatisticamente significativas.

As relações determinadas não confirmam a hipótese.

Estudo da relação entre a questão 6.1. e a questão 12

A questão 12 é uma variável quantitativa, cuja relação se pretende estudar com a

variável 6.1., qualitativa e nominal.

Resultados

98

Tabela 44a - Teste à homogeneidade de variâncias

Levene Statistic df1 df2 Sig. 12.1. Aulas explicativas 8.324 3 793 .000 12.2. Aulas da biblioteca 8.113 3 793 .000 12.3. Aulas com filmes 6.729 3 793 .000 12.4. Aulas no campo 6.670 3 793 .000 12.5. Aulas em museus 6.671 3 793 .000 12.6. Aulas em grupo 2.552 3 793 .054 12.7. Aulas na Internet 5.331 3 793 .001

Não se verifica o pressuposto da homogeneidade das variâncias (valor de prova

superior a 5%, o que implica não rejeitar a hipótese nula) para todas as variáveis , excepto

12.6. (tabela 44a).

Tabela 44b - Resultados da ANOVA.

Sum of

Squares df Mean

Square F Sig. 12.1. Aulas explicativas Between Groups 20.006 3 6.669 1.692 .167 Within Groups 3125.686 793 3.942 Total 3145.691 796 12.2. Aulas da biblioteca Between Groups 12.509 3 4.170 1.649 .177 Within Groups 2004.660 793 2.528 Total 2017.169 796 12.3. Aulas com filmes Between Groups 11.285 3 3.762 1.260 .287 Within Groups 2367.234 793 2.985 Total 2378.519 796 12.4. Aulas no campo Between Groups 21.185 3 7.062 1.946 .121 Within Groups 2877.028 793 3.628 Total 2898.213 796 12.5. Aulas em museus Between Groups 48.130 3 16.043 5.342 .001 Within Groups 2381.504 793 3.003 Total 2429.634 796 12.6. Aulas em grupo Between Groups 39.906 3 13.302 5.125 .002 Within Groups 2058.418 793 2.596 Total 2098.324 796 12.7. Aulas na Internet Between Groups 5.902 3 1.967 .648 .585 Within Groups 2409.387 793 3.038 Total 2415.290 796

O valor de prova é inferior a 5%, rejeita-se a hipótese da importância média do tipo de

aulas da questão 12, nos itens 12.5 e 12.6 ser igual para todas as categorias da questão 6.1:

verificam-se diferenças significativas entre estas (tabela 44b)

Deste modo, é necessário verificar o pressuposto da normalidade das distribuições das

variáveis, com o teste K-S (tabela 44c):

Resultados

99

Tabela 44c - Resultados do teste Kolmogorov-Smirnov.

K-S (a) Statistic Df Sig. 12.1. Aulas São os organismos que se observam à vista desarmada no ... .407 118 .000 explicativas São todos os animais que habitam o território português .390 582 .000 São os organismos úteis à actividade Humana .362 90 .000 12.2. Aulas da São os organismos que se observam à vista desarmada no ... .254 118 .000 biblioteca São todos os animais que habitam o território português .182 582 .000 São os organismos úteis à actividade Humana .210 90 .000 12.3. Aulas com São os organismos que se observam à vista desarmada no ... .216 118 .000 filmes São todos os animais que habitam o território português .169 582 .000 São os organismos úteis à actividade Humana .246 90 .000 São os organismos comestíveis .504 7 .000 12.4. Aulas no campo São os organismos que se observam à vista desarmada no ... .253 118 .000 São todos os animais que habitam o território português .228 582 .000 São os organismos úteis à actividade Humana .308 90 .000 São os organismos comestíveis .504 7 .000 12.5. Aulas em São os organismos que se observam à vista desarmada no ... .300 118 .000 museus São todos os animais que habitam o território português .241 582 .000 São os organismos úteis à actividade Humana .307 90 .000 São os organismos comestíveis .504 7 .000 12.6. Aulas em grupo São os organismos que se observam à vista desarmada no ... .200 118 .000 São todos os animais que habitam o território português .182 582 .000 São os organismos úteis à actividade Humana .246 90 .000 São os organismos comestíveis .504 7 .000 12.7. Aulas na São os organismos que se observam à vista desarmada no ... .157 118 .000 Internet São todos os animais que habitam o território português .153 582 .000 São os organismos úteis à actividade Humana .181 90 .000 São os organismos comestíveis .504 7 .000

a Correcção de significância de Lilliefors

H0 não se verifica para todas as categorias da variável 6.1., pelo que se rejeita a

hipótese nula. O teste paramétrico é confirmado pelo teste não paramétrico equivalente: teste

de Kruskall-Wallis (tabela 44d):

Tabela 44d - Teste de Kruskall-Wallis.

Chi-Square df Asymp. Sig. 12.1. Aulas explicativas 5.31 3 0.150 12.2. Aulas da biblioteca 4.46 3 0.216 12.3. Aulas com filmes 3.21 3 0.361 12.4. Aulas no campo 6.85 3 0.077 12.5. Aulas em museus 19.19 3 0.000 12.6. Aulas em grupo 17.06 3 0.001 12.7. Aulas na Internet 2.96 3 0.398

Rejeita-se a hipótese da mediana ser igual para todas as categorias de 6.1. em 12.54 e

12.6: verificam-se diferenças significativas. Os resultados da ANOVA são confirmados.

Ilustram-se de seguida, as diferenças significativas e não significativas, através dos

seus valores médios (figura 46).

Resultados

100

1

2

3

4

5

6

7

Val

or m

édio

na

ques

tão

12

12.1. Aulasexplicativas

12.2. Aulasda biblioteca

12.3. Aulascom filmes

12.4. Aulasno campo

12.5. Aulasem museus

12.6. Aulasem grupo

12.7. Aulasna Internet

São os organismos que se observam à vista desarmada no ...São todos os animais que habitam o território portuguêsSão os organismos úteis à actividade HumanaSão os organismos comestíveis

Figura 46- Valor médio da questão 12 para a opção que melhor traduz o significado de “diversidade de animais em Portugal”.

Quem refere que “são os organismos comestíveis” tem menos aulas no campo e em

museus, sendo estas diferenças observadas estatisticamente significativas.

Quem refere que “são os organismos comestíveis” tem mais aulas explicativas, na

biblioteca e em grupo e menos aulas na internet, embora estas diferenças não sejam

estatisticamente significativas.

Em conclusão, as relações determinadas sustentam a hipótese.

Hipótese 7: Quanto maior for o número de aulas de Ciências Naturais incidentes sobre o conhecimento da “fauna local” maior serão as aprendizagens significativas realizadas pelo aluno do Ensino Básico sobre esta (estudo da relação entre a questão 4 e as questões 7 e 8).

Conceito: número de aulas de Ciências Naturais incidentes sobre o conhecimento da “fauna

local”.

Variáveis:

7. Nas aulas de Ciências Naturais/Estudo do meio é frequente fazer-se referência a espécies de

animais característicos da tua região?

8. N.º de nomes de animais indicados como geralmente referidos na sala de aula.

A questão 7 é uma variável nominal dicotómica, com duas categorias. A questão 8 é

uma variável quantitativa.

Resultados

101

Conceito: aprendizagens significativas realizadas pelo aluno do Ensino Básico sobre a fauna

local.

Variáveis:

4.a) N.º de nomes de animais da região correctos

4.b) N.º de nomes de animais da região incorrectos

Estas são variáveis quantitativas.

Estudo da relação entre a questão 4. e a questão 7.

Para realizar o cruzamento entre os itens da questão 4 e a questão 7, utilizou-se o teste

t (tabela 45a):

Tabela 45a - Teste paramétrico t.

Levene's Test t-test for Equality of Means F Sig. t Df Sig.

4.a) N.º de nomes correctos Equal variances assumed .391 .532 -.117 794 .907 Equal variances not

assumed -.114 182.097 .910

4.b) N.º de nomes incorrectos Equal variances assumed 32.017 .000 -2.877 794 .004 Equal variances not

assumed -1.972 146.980 .049

Quando o valor de prova do teste t é superior a 5%, aceita-se H0: considera-se que não

existem diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos nas respostas à questão

4.a.

Quando o valor de prova do teste t é inferior a 5%, rejeita-se H0: considera-se que

existem diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos nas respostas à questão

4.b.

Por conseguinte, verifica-se o pressuposto da normalidade das distribuições das

variáveis, com o teste K-S (tabela 45b):

Tabela 45b - Resultados do teste Kolmogorov-Smirnov.

7. Nas aulas de CN/EM é frequente a K-S (a) referência a espécies da tua região? Statistic Df Sig. 4.a) N.º de nomes correctos Não .248 664 .000 Sim .233 132 .000 4.b) N.º de nomes incorrectos Não .536 664 .000 Sim .530 132 .000

a Correcção de significância de Lilliefors

Resultados

102

6.06.16.26.36.46.56.66.76.86.97.0

Val

or m

édio

do

n.º

de n

omes

de

ani

mai

s co

rrec

tos

Não Sim

7. Referência a espécies de animais da região nasaulas?

0.00

0.02

0.04

0.06

0.08

0.10

0.12

Val

or m

édio

do

n.º

de n

omes

de

ani

mai

s in

corr

ecto

s

Não Sim

7. Referência a espécies de animais da região nasaulas?

H0 não se verifica para todas as classes da variável dicotómica, o valor de prova é

inferior a 5%, pelo que se rejeita a hipótese nula. O teste paramétrico é confirmado pelo teste

de Mann-Whitney (tabela 45c).

Tabela 45c - teste de Mann-Whitney.

Mann-Whitney U Wilcoxon W Z Asymp. Sig.

(2-tailed) 4.a) N.º de nomes correctos 42809 51587 -0.439 0.661 4.b) N.º de nomes incorrectos 41804 262584 -2.538 0.011

Existem diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos nas respostas a

4.b), confirmando-se os resultados do teste t.

De seguida, ilustram-se as diferenças significativas e não significativas, através dos

seus valores médios (figuras 47a e 47b).

Figura 47a - Valor médio do número de nomes correctos de animais para a referência a espécies de animais da região nas aulas.

Figura 47b - Valor médio do número de nomes correctos de animais para a referência a espécies de animais da região nas aulas.

Os alunos que indicam, em média, mais nomes incorrectos de animais são os que

fazem referência a espécies de animais da região nas aulas, sendo as diferenças observadas

estatisticamente significativas. Quanto ao n.º médio de nomes correctos de animais, não há

diferenças entre os dois grupos de alunos.

Mais uma vez, esta conclusão contraria a hipótese.

Estudo da relação entre a questão 4. e a questão 8.

Estas variáveis são variáveis quantitativas.

Resultados

103

5.0

5.5

6.0

6.5

7.0

7.5

8.0

Val

or m

édio

do

n.º

de n

omes

de

anim

ais

corr

ecto

s

1 ou menos 2 3 4

8. N.º de nomes dos animais referidos na sala de au la

0.00

0.05

0.10

0.15

0.20

0.25

0.30

Val

or m

édio

do

n.º

de n

omes

de

anim

ais

inco

rrec

tos

1 ou menos 2 3 4

8. N.º de nomes dos animais referidos na sala de au la

Na tabela seguinte, em cada célula, que relaciona as variáveis que nela se cruzam,

apresenta-se o valor do coeficiente de correlação de Spearman e da significância ou valor de

prova do teste (tabela 46).

Tabela 46- Coeficiente de correlação de Spearman.

4.a) N.º de nomes correctos

4.b) N.º de nomes incorrectos

8. N.º de nomes dos animais Correlation Coefficient .082(*) .064 referenciados na sala de aula Sig. (2-tailed) .021 .071 N 797 797

* Correlação significante para um nível de significância de 0.05.

Verificam-se relações estatisticamente significativas entre:

• “N.º de nomes correctos” e “N.º de nomes de animais referidos nas aulas”, que é uma

relação positiva, significa que quem indica mais nomes correctos indica mais nomes

de animais referidos nas aulas.

As relações estatisticamente significativas são ilustradas posteriormente, através da

representação do valor médio do número de nomes de animais para o número de nomes

referidos nas aulas (figuras 48a e 48b).

Figura 48a - valor médio do número de nomes correctos de animais para o número de nomes referidos nas aulas.

Figura 48b - valor médio do número de nomes incorrectos de animais para o número de nomes referidos nas aulas.

O número médio de nomes correctos aumenta para quem indica mais nomes referidos

na aula (excepto para 1 ou menos, que é um grupo de alunos de menor dimensão), sendo as

diferenças observadas estatisticamente significativas (figura 48a).

Para o número de animais incorrectos, também há variações, mas não são

significativas (figura 48b).

Estas conclusões confirmam a hipótese.

Resultados

104

1.01.21.41.61.82.02.22.42.62.83.0

6.3.1. As catástrofesnaturais de origem

geológica, tais como:sismos vulcões, erosãodos solos, deslizamento

de terrenos

6.3.2. As catástrofesnaturais de origem

climática, tais como:inundações, secas e

tempestades

6.3.3. As actividadeshumanas, tais como:

incêndios, desflorestação,poluição, caça e pescafurtivas, chuvas ácidas

Méd

ia d

as r

espo

stas

e IC

LIMédiaLS

Hipótese 8: Quanto maior for a intervenção humana sobre os ecossistemas maior será o número de animais a entrarem em declínio existencial (estudo da questão 6.3.).

Conceito: número de aulas de Ciências Naturais incidentes sobre o conhecimento da “fauna

local”.

Variáveis:

6.3. O número de espécies em Portugal está a diminuir. Ordena as possíveis causas de

destruição dos animais no seu habitat, segundo a sua importância.

Os itens da questão 6.3 são variáveis quantitativas.

Para as questões do inquérito apresentam-se os valores médios e o limite inferior (LI) e

limite superior (LC) do intervalo de confiança, com um grau de confiança de 95% (tabela 47).

As conclusões são estabelecidas para um nível de significância de 5%, tal como todos os

testes de hipóteses apresentados.

Tabela 47- Cálculo de Intervalos de Confiança. IC a 95% Questão 7 Média LI LS 6.3.1. As catástrofes naturais de origem geológica, tais como: sismos vulcões, erosão dos solos, deslizamento de terrenos 2.70 2.66 2.74 6.3.2. As catástrofes naturais de origem climática, tais como: inundações, secas e tempestades 2.18 2.14 2.21 6.3.3. As actividades humanas, tais como: incêndios, desflorestação, poluição, caça e pesca furtivas, chuvas ácidas 1.12 1.10 1.15

Comparando as três questões, os IC a 95% não se sobrepõem para nenhuma delas e

pode concluir-se que a avaliação das três questões é feita pelos alunos de forma diferente.

Ilustram-se graficamente estas diferenças (figura 49).

Figura 49- Média das respostas e intervalo de confiança para as possíveis causas de destruição dos animais e do seu habitat.

Resultados

105

Devido à grande dimensão da amostra, os IC apresentam amplitudes reduzidas, os

alunos consideram que a redução do número de espécies se deve principalmente às

actividades humanas, em segundo lugar às catástrofes naturais de origem climática e,

finalmente, às catástrofes naturais de origem geológica.

Esta conclusão vem confirmar a hipótese.

Hipótese 9: Quanto menor for a dinamização de aulas de Ciências Naturais de carácter prático, envolvendo Saídas de Campo, menores serão as aprendizagens significativas realizadas pelos alunos sobre a fauna local (estudo da relação entre as questões 11 e 12 e a questão 4).

Conceito: aprendizagens significativas realizadas pelo aluno sobre a fauna local.

Variáveis:

4.a) N.º de nomes de animais da região correctos

4.b) N.º de nomes de animais da região incorrectos

Estas são variáveis quantitativas.

Conceito: dinamização de aulas de Ciências Naturais de carácter prático, envolvendo Saídas

de Campo.

Variáveis:

11. Indica, por ordem de importância, o tipo de aulas que mais gostas em que se fale da fauna

portuguesa.

12. Indica o tipo de aulas que consideras mais frequente na disciplina de Ciências Naturais no

estudo dos animais.

Cada alínea das questões 11 e 12 são variáveis quantitativas.

Estudo da relação entre a questão 4 e a questão 11.

Na tabela seguinte, apresenta-se o valor do coeficiente de correlação de Spearman e da

significância (tabela 48).

Resultados

106

0.00

0.02

0.04

0.06

0.08

0.10

0.12

0.14

0.16

0.18

0.20

Val

or m

édio

do

n.º

de n

omes

de

anim

ais

inco

rrec

tos

1 2 3 4 5

11.1. Aulas em que o professor explica asparticularidades dos animais da região

Tabela 48- Coeficiente de correlação de Spearman

11.1. Aulas explicat.

11.2. Aulas bibliot.

11.3. Aulas filmes

11.4. Aulas no campo

11.5. Aulas museus

11.6. Aulas grupo

11.7. Internet

4.a) N.º de Correlation Coefficient -.001 -.016 .018 .075(*) -.029 .064 -.010 nomes correctos

Sig. (2-tailed) .969 .659 .607 .034 .413 .069 .769

N 797 797 797 797 797 797 797 4.b) N.º de Correlation Coefficient .072(*) -.027 -.029 -.001 .034 -.053 .000 nomes Sig. (2-tailed) .041 .445 .411 .985 .341 .136 .989 incorrectos N 797 797 797 797 797 797 797

** Correlação significante para um nível de significância de 0.01. * Correlação significante para um nível de significância de 0.05.

Verificam-se relações estatisticamente significativas entre:

• 4.b) com 11.1., relação positiva, significa que quem indica mais nomes incorrectos de

animais gosta menos de aulas explicativas.

As relações estatisticamente significativas são ilustradas seguidamente, através da

representação do valor médio do valor obtido na questão 4.b) para os vários itens da questão

11.1. (figura 50).

Figura 50- Valor médio do número de nomes incorrectos de animais para os vários itens da questão 11.1.

O n.º médio de nomes incorrectos de animais aumenta para os alunos que gostam mais

de aulas explicativas.

Esta conclusão suporta, de certa forma, a hipótese 9.

Estudo da relação entre a questão 4 e a questão 12.

Posteriormente apresenta-se o valor do coeficiente de correlação de Spearman e da

significância (tabela 49).

Resultados

107

6.0

6.2

6.4

6.6

6.8

7.0

7.2

7.4

Val

or m

édio

do

n.º

de n

omes

de

anim

ais

corr

ecto

s

1 2 3 4 5 6 7

12.1. Aulas em que o professor explica as particula ridadesdos animais da região

Tabela 49- Coeficiente de correlação de Spearman

12.1. Aulas explicat.

12.2. Aulas bibliot.

12.3. Aulas filmes

12.4. Aulas no campo

12.5. Aulas museus

12.6. Aulas grupo

12.7. Internet

4.a) N.º de Correlation Coefficient .072(*) -.033 -.041 -.037 -.047 .039 .008 nomes correctos

Sig. (2-tailed) .041 .347 .246 .298 .189 .267 .833

N 797 797 797 797 797 797 797 4.b) N.º de Correlation Coefficient .012 .017 -.009 .015 -.004 .012 -.018 nomes Sig. (2-tailed) .743 .634 .809 .675 .914 .743 .613 incorrectos N 797 797 797 797 797 797 797

** Correlação significante para um nível de significância de 0.01. * Correlação significante para um nível de significância de 0.05.

A correlação entre duas variáveis é significante quando assinalada a vermelho.

Verificam-se relações estatisticamente significativas entre:

As relações estatisticamente significativas são ilustradas posteriormente, através da

representação do valor médio do valor obtido na questão 4.b) para os vários itens da questão

12.1. (figura 51).

Figura 51- Valor médio do número de nomes correctos de animais para os vários itens da questão 12.1.

Esta conclusão apoia, também de certa forma, a hipótese 9.

Hipótese 10: As actividades envolvidas nas “Saídas de Campo”, ao constituírem uma estratégia de ensino/aprendizagem que agrada a maioria dos alunos na abordagem da temática “fauna local” aumentam as aprendizagens significativas dos alunos sobre a “fauna local” (estudo da relação entre a questão 4 e a questão 9).

Conceito: actividades envolvidas nas “Saídas de Campo”.

Variável:

9. Na disciplina de Ciências Naturais/Estudo do Meio costumas ter aulas fora da sala de aula?

A questão 9 é uma variável nominal dicotómica, com duas categorias.

Resultados

108

Conceito: aprendizagens significativas realizadas pelo aluno do Ensino Básico sobre a fauna

local.

Variáveis:

4.a) N.º de nomes de animais da região correctos

4.b) N.º de nomes de animais da região incorrectos

Estas são variáveis quantitativas.

Para realizar o cruzamento entre os itens da questão 4 e a questão 9, utilizou-se o teste

t (tabela 50a):

Tabela 50a - Teste paramétrico t.

Levene's Test t-test for Equality of Means F Sig. t Df Sig.

4.a) N.º de nomes correctos Equal variances assumed 1.463 .227 .034 794 .973 Equal variances not

assumed .045 41.534 .964

4.b) N.º de nomes incorrectos Equal variances assumed .172 .679 -.187 794 .852 Equal variances not

assumed -.145 36.923 .885

Não existem diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos nas

respostas à questão 4.

Com o teste K-S obteve-se os seguintes resultados (tabela 50b):

Tabela 50b - Resultados do teste Kolmogorov-Smirnov.

9. Na disciplina de CN/EM costumas K-S (a) ter aulas fora da sala de aula? Statistic Df Sig. 4.a) N.º de nomes correctos Não .246 760 .000 Sim .307 36 .000 4.b) N.º de nomes incorrectos Não .536 760 .000 Sim .538 36 .000

a Correcção de significância de Lilliefors

H0 não se verifica para todas as classes da variável dicotómica. O teste de Mann-Whitney produz os seguintes resultados (tabela 50c).

Tabela 50c - teste de Mann-Whitney.

Mann-Whitney U Wilcoxon W Z Asymp. Sig.

(2-tailed) 4.a) N.º de nomes correctos 12550.5 13216.5 -0.874 0.382 4.b) N.º de nomes incorrectos 13549 14215 -0.295 0.768

Resultados

109

6.06.16.26.36.46.56.66.76.86.97.0

Val

or m

édio

do

n.º

de n

omes

de

ani

mai

s co

rrec

tos

Não Sim

9. Na disciplina de Ciências Naturais/Estudo doMeio costumas ter aulas fora da sala de aula?

0.000.020.040.060.080.100.120.140.160.180.20

Val

or m

édio

do

n.º

de n

omes

de

ani

mai

s in

corr

ecto

sNão Sim

9. Na disciplina de Ciências Naturais/Estudo doMeio costumas ter aulas fora da sala de aula?

O valor de prova é superior a 5%, aceita-se H0: considera-se que não existem

diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos nas respostas, confirmando-se

os resultados do teste t.

De seguida, ilustram-se as diferenças não significativas, através dos seus valores

médios (figuras 52a e 52b).

Figura 52a - Valores médios do número de nomes correctos de animais para os itens da pergunta 9.

Figura 52b - Valores médios do número de nomes incorrectos de animais para os itens da pergunta 9.

Na amostra, não se observam diferenças entre os dois grupos de alunos. A conclusão

não apoia a hipótese.

Hipótese 11: As aulas que se dinamizam, na área curricular disciplinar de Ciências Naturais, ao serem essencialmente expositivas na abordagem da temática da “fauna local” vão condicionar as aprendizagens significativas dos alunos sobre a mesma, dado que não promovem o envolvimento cognitivo e afectivo dos alunos com o meio envolvente (estudo da relação entre as questões 11 e 12 e as questões 7 e 8)

Conceito: aulas que se dinamizam, na área curricular disciplinar de Ciências Naturais.

Variáveis:

11. Indica, por ordem de importância, o tipo de aulas que mais gostas em que se fale da fauna

portuguesa.

12. Indica o tipo de aulas que consideras mais frequente na disciplina de Ciências Naturais no

estudo dos animais.

Cada alínea das questões 11 e 12 são variáveis quantitativas.

Conceito: aprendizagens significativas dos alunos.

Variáveis:

Resultados

110

7. Nas aulas de Ciências Naturais/Estudo do meio é frequente fazer-se referência a espécies de

animais característicos da tua região?

8. N.º de nomes de animais indicados como geralmente referidos na sala de aula.

A questão 7 é uma variável nominal dicotómica, com duas categorias. A questão 8 é

uma variável quantitativa.

Estudo da relação entre a questão 7 e a questão 11

Para realizar o cruzamento entre os itens da questão 11 e a questão 7, utilizou-se o

teste t (tabela 51a):

Tabela 51a - Teste paramétrico t.

Levene's Test t-test for Equality of Means F Sig. t Df Sig.

11.1. Aulas explicativas Equal variances assumed 5.546 .019 -2.166 794 .031 Equal variances not

assumed -2.374 205.755 .019

11.2. Aulas da biblioteca Equal variances assumed 1.748 .187 -1.444 794 .149 Equal variances not

assumed -1.380 179.405 .169

11.3. Aulas com filmes Equal variances assumed 3.989 .046 1.599 794 .110 Equal variances not

assumed 1.482 174.919 .140

11.4. Aulas no campo Equal variances assumed 4.921 .027 -1.708 794 .088 Equal variances not

assumed -1.813 198.403 .071

11.5. Aulas em museus Equal variances assumed .126 .722 1.401 794 .162 Equal variances not

assumed 1.409 187.798 .160

11.6. Aulas em grupo Equal variances assumed 6.487 .011 -1.026 794 .305 Equal variances not

assumed -1.089 198.277 .278

11.7. Aulas na Internet Equal variances assumed 2.668 .103 1.792 794 .073 Equal variances not

assumed 1.882 196.118 .061

O teste K-S produz o resultados seguintes (tabela 51b):

Tabela 51b - Resultados do teste Kolmogorov-Smirnov.

K-S (a) Questão 7. Statistic Df Sig. 11.1. Aulas explicativas Não .181 664 .000 Sim .216 132 .000 11.2. Aulas da biblioteca Não .224 664 .000 Sim .260 132 .000 11.3. Aulas com filmes Não .198 664 .000 Sim .258 132 .000 11.4. Aulas no campo Não .176 664 .000 Sim .147 132 .000 11.5. Aulas em museus Não .171 664 .000 Sim .177 132 .000 11.6. Aulas em grupo Não .322 664 .000 Sim .323 132 .000 11.7. Aulas na Internet Não .198 664 .000 Sim .174 132 .000

a Correcção de significância de Lilliefors

Resultados

111

1

2

3

4

5

6

7

Val

or m

édio

na

ques

tão

11

11.1. 11.2. 11.3. 11.4. 11.5. 11.6. 11.7.

7. Referência a espécies de animais característicos da tua região nas aulas? Não7. Referência a espécies de animais característicos da tua região nas aulas? Sim

H0 não se verifica para todas as classes da variável dicotómica. Assim utilizou-se o

teste de Mann-Whitney (tabela 51c).

Tabela 51c - Teste de Mann-Whitney.

Mann-Whitney U Wilcoxon W Z Asymp. Sig.

(2-tailed) 11.1. Aulas explicativas 39222.5 260002.5 -1.963 0.049 11.2. Aulas da biblioteca 39354 260134 -1.898 0.058 11.3. Aulas com filmes 37797 46575 -2.579 0.010 11.4. Aulas no campo 39281 260061 -1.925 0.054 11.5. Aulas em museus 39968 48746 -1.631 0.103 11.6. Aulas em grupo 42608.5 263388.5 -0.551 0.582 11.7. Aulas na Internet 38787 47565 -2.121 0.034

Verifica-se diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos nas respostas

às questões 11.7 e também às questões 11.1 e 11.3, para estas não se confirmam os resultados

do teste t.

De seguida, ilustram-se as diferenças significativas e não significativas, através dos

seus valores médios (figura 53).

Figura 53- Valores médios da questão 11 para a referência a espécies animais característicos da região nas aulas.

Os alunos que fazem referência a animais da região nas aulas gostam menos das aulas

explicativas e mais das aulas com filmes e na Internet, sendo as diferenças observadas

estatisticamente significativas.

Na amostra, os alunos que fazem referência a animais da região nas aulas gostam

menos das aulas na biblioteca, no campo e em grupo e mais das aulas em grupo, no entanto,

estas diferenças não são estatisticamente significativas.

Resultados

112

Nem todas as conclusões suportam a hipótese, embora esta questão se refira apenas às

aulas de que gostam.

Estudo da relação entre a questão 7 e a questão 12.

Para realizar o cruzamento entre os itens da questão 12 e a questão 7, utilizou-se o teste t

(tabela 52a):

Tabela 52a - Teste paramétrico t.

Levene's Test t-test for Equality of Means F Sig. t Df Sig.

12.1. Aulas explicativas Equal variances assumed .002 .968 .113 794 .910 Equal variances not

assumed .112 185.402 .911

12.2. Aulas da biblioteca Equal variances assumed 1.134 .287 -1.416 794 .157 Equal variances not

assumed -1.347 178.633 .180

12.3. Aulas com filmes Equal variances assumed 1.759 .185 .268 794 .789 Equal variances not

assumed .276 192.412 .783

12.4. Aulas no campo Equal variances assumed 2.169 .141 .197 794 .844 Equal variances not

assumed .206 195.770 .837

12.5. Aulas em museus Equal variances assumed 3.382 .066 -.462 794 .644 Equal variances not

assumed -.495 200.849 .621

12.6. Aulas em grupo Equal variances assumed .418 .518 1.907 794 .057 Equal variances not

assumed 1.945 190.410 .053

12.7. Aulas na Internet Equal variances assumed 6.655 .010 -.556 794 .578 Equal variances not

assumed -.521 176.352 .603

Não existem diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos nas

respostas à questão 12.

Desta forma, utilizou-se o teste K-S (tabela 52b):

Tabela 52b - Resultados do teste Kolmogorov-Smirnov.

K-S (a) Questão 7. Statistic Df Sig. 12.1. Aulas explicativas Não .390 664 .000 Sim .400 132 .000 12.2. Aulas da biblioteca Não .188 664 .000 Sim .186 132 .000 12.3. Aulas com filmes Não .169 664 .000 Sim .157 132 .000 12.4. Aulas no campo Não .244 664 .000 Sim .206 132 .000 12.5. Aulas em museus Não .261 664 .000 Sim .260 132 .000 12.6. Aulas em grupo Não .175 664 .000 Sim .233 132 .000 12.7. Aulas na Internet Não .138 664 .000 Sim .136 132 .000

a Correcção de significância de Lilliefors

Resultados

113

H0 não se verifica para todas as classes da variável dicotómica. Utilizou-se o teste de

Mann-Whitney (tabela 52c).

Tabela 52c - Teste de Mann-Whitney.

Mann-Whitney U Wilcoxon W Z Asymp. Sig.

(2-tailed) 12.1. Aulas explicativas 43308.5 52086.5 -0.254 0.800 12.2. Aulas da biblioteca 40855.5 261635.5 -1.258 0.209 12.3. Aulas com filmes 43299 52077 -0.221 0.825 12.4. Aulas no campo 42360.5 51138.5 -0.633 0.527 12.5. Aulas em museus 43686 264466 -0.059 0.953 12.6. Aulas em grupo 39260.5 48038.5 -1.932 0.053 12.7. Aulas na Internet 42436 263216 -0.584 0.559

Não se verificam diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos nas

respostas, confirmando os resultados do teste t.

Assim, ilustram-se as diferenças não significativas, através dos seus valores médios

(figura 54).

1

2

3

4

5

6

7

Val

or m

édio

na

ques

tão

12

12.1. 12.2. 12.3. 12.4. 12.5. 12.6. 12.7.

7. Referência a espécies de animais característicos da tua região nas aulas? Não7. Referência a espécies de animais característicos da tua região nas aulas? Sim

Figura 54- Valor médio na questão 11 para a referência a espécies de animais característicos da região nas aulas.

Na amostra, os alunos que fazem referência a animais da região nas aulas têm menos

aulas na biblioteca e mais aulas em grupo, no entanto, estas diferenças não são

estatisticamente significativas. Para os restantes itens, há poucas diferenças.

A hipótese 11 não é apoiada por estas conclusões.

Resultados

114

Estudo da relação entre a questão 8 e a questão 11.

Seguidamente apresenta-se o coeficiente de Spearman, com os resultados (tabela 53):

Tabela 53- Coeficiente de Spearman

11.1. Aulas explicat.

11.2. Aulas bibliot.

11.3. Aulas filmes

11.4. Aulas no campo

11.5. Aulas museus

11.6. Aulas grupo

11.7. Internet

8. N.º de nomes Correlation Coefficient -.022 -.034 -.028 -.041 -.067 .011 .060 dos animais Sig. (2-tailed) .539 .344 .431 .245 .057 .748 .092 referidos N 799 799 799 799 799 799 799

A correlação não é significante para nenhum par de variáveis.

Estudo da relação entre a questão 8 e a questão 12

Deste modo, apresenta-se o valor do coeficiente de correlação de Spearman e da

significância (figura 54).

Tabela 54- Coeficiente de correlação de Spearman

12.1. Aulas explicat.

12.2. Aulas bibliot.

12.3. Aulas filmes

12.4. Aulas no campo

12.5. Aulas museus

12.6. Aulas grupo

12.7. Internet

8. N.º de nomes Correlation Coefficient -.068 .079(*) .098(**) .094(**) -.071(*) -.076(*) -.074(*) dos animais Sig. (2-tailed) .054 .026 .006 .008 .044 .031 .036 referidos N 798 798 798 798 798 798 798

** Correlação significante para um nível de significância de 0.01. * Correlação significante para um nível de significância de 0.05.

Verificam-se relações estatisticamente significativas entre:

• 8. com 12.2, 12.3. e 12.4., relação positiva, significa que quem indica mais animais,

tem menos aulas de biblioteca, com filmes e no campo.

• 8. com 12.5, 12.6. e 12.7., relação negativa, significa que quem indica mais animais,

tem mais aulas em museus, em grupo e na Internet.

As relações são ilustradas seguidamente, através da representação do valor médio do

número de nomes indicados na questão 8. para os vários itens da questão 12, devendo dar-se

atenção às estatisticamente significativas (figura 55).

Resultados

115

2

3

4

5

N.º

méd

io d

e an

imai

s in

dica

dos

na

ques

tão

8

12.1. 12.2. 12.3. 12.4. 12.5. 12.6. 12.7.

1 2 3 4 5 6 7

Figura 55- Número de nomes de animais indicados na questão 8 para os vários itens da questão

12.

Nem todas as conclusões parecem apoiar a hipótese colocada.

Hipótese 12: Quando as Actividades Práticas de Campo são implementadas no âmbito da resolução de situação problema verifica-se um incremento significativo do empenho e da motivação intrínseca nos alunos na construção do seu conhecimento científico, tal como, a capacidade de mobilizar os conhecimentos sobre a “fauna local” na resolução de situações-problema em diferentes situações do quotidiano (estudo da relação entre as questões 9 e 10.2 e as questões 4, 6.1 e 8).

Conceito: Actividades Práticas de Campo são implementadas no âmbito da resolução de

situação problema.

Variáveis:

9. Na disciplina de Ciências Naturais/Estudo do Meio costumas ter aulas fora da sala de aula?

10.2 O que mais gostas de ver no campo (fora da sala de aula): os animais?

As questões 9 e cada alínea da questão 10 são variáveis nominais dicotómicas, com

duas categorias.

Conceito: capacidade de mobilizar os conhecimentos sobre a “fauna local”.

Variáveis:

4.a) N.º de nomes de animais da região correctos

4.b) N.º de nomes de animais da região incorrectos

6 . 1 . Assinala a opção que melhor traduz o significado de “diversidade de animais em

Portugal”

8. N.º de nomes de animais indicados como geralmente referidos na sala de aula.

Resultados

116

As questões 4.a) e 4.b) e 8 são variáveis quantitativas. A questão 6.1. é uma variável nominal

Estudo da relação entre as questões 4. e 8. e a questão 9

Para realizar o cruzamento entre os itens da questão 4 e a questão 7, utilizou-se o teste

t (tabela 55a):

Tabela 55a - Teste paramétrico t.

Levene's Test t-test for Equality of Means F Sig. t Df Sig.

4.a) N.º de nomes correctos Equal variances assumed 1.463 .227 .034 794 .973 Equal variances not

assumed .045 41.534 .964

4.b) N.º de nomes incorrectos Equal variances assumed .172 .679 -.187 794 .852 Equal variances not

assumed -.145 36.923 .885

8) N.º de nomes referidos Equal variances assumed 1.045 .307 -.087 796 .931 Equal variances not

assumed -.069 39.281 .945

Não existem diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos nas

respostas às questões 4 e 8.

Assim sendo, utiliza-se o teste K-S (tabela 55b):

Tabela 55b - Resultados do teste Kolmogorov-Smirnov.

K-S (a) 9. aulas fora da sala de aula? Statistic Df Sig. 4.a) N.º de nomes correctos Não .246 760 .000 Sim .307 36 .000 4.b) N.º de nomes incorrectos Não .536 760 .000 Sim .538 36 .000 8) N.º de nomes referidos Não .379 760 .000 Sim .462 36 .000

a Correcção de significância de Lilliefors

H0 não se verifica para todas as classes da variável dicotómica, pelo que se utilizou o

teste de Mann-Whitney (tabela CC).

Tabela 55c- teste de Mann-Whitney.

Mann-Whitney U Wilcoxon W Z Asymp. Sig.

(2-tailed) 4.a) N.º de nomes correctos 12550.5 13216.5 -0.874 0.382 4.b) N.º de nomes incorrectos 13549 14215 -0.295 0.768 8) N.º de nomes referidos 13157 302337 -1.103 0.270

Não existem diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos nas

respostas, confirmando-se os resultados do teste t.

Resultados

117

6.06.16.26.36.46.56.66.76.86.97.0

N.º

méd

io d

e no

mes

cor

rect

os

Não Sim

7. Referência a espécies de animais característicos datua região nas aulas?

0.000.020.040.060.080.100.120.140.160.180.20

N.º

méd

io d

e no

mes

in

corr

ecto

s

Não Sim

7. Referência a espécies de animais característicos datua região nas aulas?

3.03.13.23.33.43.53.63.73.83.94.0

N.º

méd

io d

e no

mes

re

rfer

idos

nas

aul

as

Não Sim

7. Referência a espécies de animais característicos datua região nas aulas?

De seguida, ilustram-se as diferenças não significativas, através dos seus valores

médios (figuras 56a, 56b, 56c).

Figura 56a - Número médio de nomes correctos para a referência a espécies de animais característicos da região nas aulas.

Figura 56b - Número médio de nomes incorrectos para a referência a espécies de animais característicos da região nas aulas.

Figura 56c - Número médio de nomes referidos nas aulas para a referência a espécies de animais característicos da região.

Não há diferenças entre os nomes de animais indicados entre os alunos que fazem ou

não fazem referência a espécies da região nas aulas.

Esta conclusão não suporta a hipótese.

Estudo da relação entre as questões 4. e 8. e a questão 10.2

Para realizar o cruzamento entre os itens da questão 4 e a questão 10.2, utilizou-se o

teste t (tabela 56a):

Resultados

118

Tabela 56a - Teste paramétrico t.

Levene's Test t-test for Equality of Means F Sig. t Df Sig.

4.a) N.º de nomes correctos Equal variances assumed .077 .781 1.664 794 .097 Equal variances not

assumed 1.679 278.553 .094

4.b) N.º de nomes incorrectos Equal variances assumed .630 .428 .422 794 .673 Equal variances not

assumed .404 259.649 .686

8) N.º de nomes referidos Equal variances assumed 14.807 .000 2.985 794 .003 Equal variances not

assumed 2.533 227.464 .012

Não existem diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos nas

respostas à questão 4. Contudo existem diferenças estatisticamente significativas entre os dois

grupos nas respostas à questão 8.

Desta forma utiliza-se o teste K-S (tabela 56b):

Tabela 56b - Resultados do teste Kolmogorov-Smirnov.

K-S (a) 10.2. os animais Statistic Df Sig. 4.a) N.º de nomes correctos Gosta mais de ver .240 623 .000 Gosta menos de ver .265 173 .000 4.b) N.º de nomes incorrectos Gosta mais de ver .537 623 .000 Gosta menos de ver .536 173 .000 8) N.º de nomes referidos Gosta mais de ver .399 623 .000 Gosta menos de ver .329 173 .000

a Correcção de significância de Lilliefors

H0 não se verifica para todas as classes da variável dicotómica. Assim confirma-se

pelo teste de Mann-Whitney (tabela 56c).

Tabela 56c - teste de Mann-Whitney.

Mann-Whitney U Wilcoxon W Z Asymp. Sig.

(2-tailed) 4.a) N.º de nomes correctos 50366.5 65417.5 -1.373 0.170 4.b) N.º de nomes incorrectos 52915.5 67966.5 -1.103 0.270 8) N.º de nomes referidos 48712.5 63763.5 -2.308 0.021

Considera-se que existem diferenças estatisticamente significativas entre os dois

grupos nas respostas, confirmando-se os resultados do teste t.

De seguida, ilustram-se as diferenças significativas e não significativas, através dos

seus valores médios (figuras 57a, 57b e 57c).

Resultados

119

6.06.16.26.36.46.56.66.76.86.97.0

N.º

méd

io d

e no

mes

cor

rect

os

Gosta mais de ver Gosta menos de ver

10.2. Os animais

0.000.020.040.060.080.100.120.140.160.180.20

N.º

méd

io d

e no

mes

inco

rrec

tos

Gosta mais de ver Gosta menos de ver

10.2. Os animais

3.03.13.23.33.43.53.63.73.83.94.0

N.º

méd

io d

e no

mes

rer

ferid

os

nas

aula

s

Gosta mais de ver Gosta menos de ver

10.2. Os animais

Figura 57a - Número médio de nomes correctos para a questão 10.2.

Figura 57b - Número médio de nomes incorrectos para a questão 10.2.

Figura 57c - Número médio de nomes referidos

nas aulas para a questão 10.2.

Na amostra, os que gostam mais de ver os animais indicam mais nomes correctos, no

entanto, estas diferenças não são estatisticamente significativas.

Os que gostam mais de ver os animais indicam que são referidos mais nomes nas

aulas, sendo estas diferenças estatisticamente significativas.

Esta conclusão suporta a hipótese.

Estudo da relação entre as questões 9 e 10 e a questão 6.1

Todas as questões são variáveis nominais. Desta forma, utilizou-se o teste do Qui-

Quadrado, com os resultados (tabela 57):

Resultados

120

117

1

550

32

86

3

7

0

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

Fre

quên

cia

rela

tiva

(%)

São os organismosque se observam à

vista desarmada no ...

São todos os animaisque habitam o

território português

São os organismosúteis à actividade

Humana

São os organismoscomestíveis

9. Na disciplina de Ciências Naturais/Estudo do Meio costumas ter aulas fora da sala de aula? Sim9. Na disciplina de Ciências Naturais/Estudo do Meio costumas ter aulas fora da sala de aula? Não

105

13

447

134

69

21

2

5

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Fre

quên

cia

rela

tiva

(%)

São os organismosque se observam à

vista desarmada no ...

São todos os animaisque habitam o território

português

São os organismosúteis à actividade

Humana

São os organismoscomestíveis

10.2. Os animais Gosta mais de ver 10.2. Os animais Gosta menos de ver

Tabela 57- Teste do Qui-Quadrado

Value df Asymp. Sig.

(2-sided) Monte Carlo Sig. (2-sided)

9. Na disciplina de CN/EM costumas ter aulas fora da sala? 5.579(a) 3 .134 .114 10.2. Os animais 18.86(b) 3 .000 .000

a 2 cells (25.0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is .32. b 1 cells (12.5%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 1.52.

O valor de prova é inferior ao valor de referência de 5% para a relação entre 10.2 e 6.1,

rejeita-se a hipótese nula, as variáveis não são independentes, ou seja, conclui-se que elas

estão relacionadas, a questão 6.1. está relacionada com a questão 10.2, mas não com a questão

9.

Os resultados são ilustrados pelas figuras 58a e 58b:

Figura 58a - Relação entre as questões 9 com a questão 6.1.

Na amostra, a percentagem de alunos que fazem referência nas aulas a espécies

animais da região é maior para os que respondem “são todos os animais que habitam o

território português”, no entanto, as diferenças não são estatisticamente significativas (figura

58a).

Figura 58b - Relação entre o item 10.2 e a questão 6.1.

Resultados

121

127

144

231

199

42

27

0

24

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

Fre

quên

cia

rela

tiva

(%)

Elevado Médio Reduzido Nenhum

2. Como classificas o teu interesse actual sobre osanimais existentes em Portugal?

Aldeia Cidade ou vila

242

209

158

157

0

18

0

11

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Fre

quên

cia

rela

tiva

(%)

Muita Alguma Pouca Nenhuma

3. Que importância tem para ti os animais?

Aldeia Cidade ou vila

Na amostra, a percentagem de alunos que gostam mais de ver os animais é maior para

os que respondem a primeira opção, seguida pelas duas seguintes opções e menor para os que

responde “são os organismos comestíveis”, sendo as diferenças estatisticamente significativas.

Estas conclusões parecem suportar a hipótese (figura 58b).

3.5- Conhecimento dos alunos sobre a fauna local relacionado com o meio onde vivem

Apresenta-se, de seguida, os resultados obtidos da análise efectuada para averiguar a

relação existente entre o conhecimento dos alunos sobre a fauna local e o meio onde

vivem.

Questões 2 e 3

Todas as questões são variáveis nominais, por isso, utilizou-se o teste do Qui-

Quadrado, com os resultados (tabela 58):

Tabela 58- Teste do Qui-Quadrado

Value df Asymp. Sig.

(2-sided) Monte Carlo Sig. (2-sided)

2. Como classificas o teu interesse actual sobre os animais existentes em Portugal? 30.66(a) 3 .000 .000

3. Que importância tem para ti os animais? 31.38(b) 3 .000 .000 a 0 cells (.0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 11.91. b 0 cells (.0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 5.47.

Conclui-se que as variáveis estão relacionadas, as questões 2 e 3 estão relacionadas

com o meio.

Os resultados são ilustrados pelos gráficos:

Figura 59a - Distribuição do interesse actual dos alunos da amostra sobre a fauna regional relativamente à sua residência habitual.

Figura 59b - Distribuição da opinião dos alunos da amostra residentes habitualmente no meio rural ou urbano relativamente à importância da fauna regional.

Resultados

122

5.0

5.5

6.0

6.5

7.0

7.5

8.0

N.º

méd

io d

e no

mes

cor

rect

os

Aldeia Cidade ou vila0.00

0.02

0.04

0.06

0.08

0.10

0.12

0.14

0.16

0.18

0.20

N.º

méd

io d

e no

mes

inco

rrec

tos

Aldeia Cidade ou vila

A percentagem de alunos do meio urbano aumenta do interesse reduzido para o

interesse elevado (figura 59a), sendo as diferenças estatisticamente significativas (tabela 58).

No entanto, os que têm nenhum interesse pelos animais e que lhes dão pouca ou nenhuma

importância são todos do meio urbano (Figura 59b).,

Questão 4

Utilizou-se o teste paramétrico t, com os resultados (tabela 59a):

Tabela 59a - Teste t.

Levene's Test t-test for Equality of Means F Sig. t Df Sig.

4.a) N.º de nomes correctos Equal variances assumed .742 .389 11.09 795 .000 Equal variances not

assumed 11.08 744.707 .000

4.b) N.º de nomes incorrectos Equal variances assumed 2.976 .085 -.850 795 .396 Equal variances not

assumed -.849 741.653 .396

Não existem diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos nas

respostas à questão 4.b) e existem diferenças estatisticamente significativas entre os dois

grupos nas respostas à questão 4.a).

Teste não paramétrico equivalente: teste de Mann-Whitney (tabela 59b).

Tabela 59b - Teste de Mann-Whitney

Mann-Whitney U Wilcoxon W Z Asymp. Sig.

(2-tailed) 4.a) N.º de nomes correctos 46809 125812 -10.46 0.000 4.b) N.º de nomes incorrectos 78953 159153 -0.417 0.677

Assim, confirmam-se os resultados do teste t.

De seguida, ilustram-se as diferenças significativas e não significativas, através dos

seus valores médios (figuras 60a e 60b).

Figura 60a - Número médio de nomes correctos de referência regional indicados pelos alunos da amostra relativamente à sua residência habitual.

Figura 60b - Número médio de nomes incorrectos de referência regional indicados pelos alunos da amostra relativamente à sua residência habitual.

Resultados

123

O número médio de nomes correctos é superior para os alunos do meio rural, sendo as

diferenças estatisticamente significativas (figura 60a).

Na amostra, o número médio de nomes incorrectos é superior para os alunos do meio

urbano, no entanto, as diferenças não são estatisticamente significativas (figura 60b).

Questão 5

Utiliza-se o teste t, obtendo-se os seguintes resultados (tabela 60a):

Tabela 60a - Teste t.

Levene's Test t-test for Equality of Means F Sig. t Df Sig.

5.1. Nos campos agrícolas Equal variances assumed 39.416 .000 -16.06 793 .000 Equal variances not

assumed -16.05 759.632 .000

5.2. Na televisão Equal variances assumed 23.269 .000 7.865 793 .000 Equal variances not

assumed 7.857 772.239 .000

5.3. Nas revistas, jornais, etc Equal variances assumed 36.817 .000 8.771 793 .000 Equal variances not

assumed 8.759 753.449 .000

5.4. No contacto com a natureza Equal variances assumed 21.900 .000 5.599 793 .000 (floresta/ bosque/ mar/ rio) Equal variances not

assumed 5.593 763.683 .000

5.5. Nas aulas de Ciências Equal variances assumed 1.475 .225 6.426 793 .000 naturais/ Estudo do Meio Equal variances not

assumed 6.424 790.419 .000

5.6. No meio familiar Equal variances assumed 15.177 .000 -6.506 793 .000 Equal variances not

assumed -6.509 789.795 .000

Existem diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos nas respostas à

questão 5.

Teste não paramétrico equivalente: teste de Mann-Whitney (tabela 60b).

Tabela 60b - Teste de Mann-Whitney.

Mann-Whitney U Wilcoxon W Z Asymp. Sig.

(2-tailed) 5.1. Nos campos agrícolas 34608.5 114808.5 -14.00 0.000 5.2. Na televisão 54047.5 132257.5 -7.918 0.000 5.3. Nas revistas, jornais, etc 51508.5 129718.5 -8.698 0.000 5.4. No contacto com a natureza 59583 137793 -6.155 0.000 5.5. Nas aulas de Ciências naturais/ Estudo do Meio 57164.5 135374.5 -7.070 0.000 5.6. No meio familiar 59000 139200 -6.463 0.000

Confirmam-se os resultados do teste t.

De seguida, ilustram-se as diferenças significativas, através dos seus valores médios

(figura 61).

Resultados

124

1

2

3

4

5

6

Val

or m

édio

5.1. Noscampos

agrícolas

5.2. Natelevisão

5.3. Nasrevistas,

jornais, etc

5.4. Nocontacto

com anatureza

5.5. Nasaulas deCN/EM

5.6. No meiofamiliar

Aldeia Cidade ou vila

Figura 61- Valor médio da relação entre a questão 5 e a residência habitual dos alunos da amostra.

Os alunos do meio rural vêem mais os animais no campo e no meio familiar, os alunos

do meio urbano vêem mais os animais na televisão, revistas e jornais, no contacto com a

natureza e nas aulas, sendo as diferenças estatisticamente significativas.

Questões 6.1, 7 e 9

Todas as questões são variáveis nominais. Assim, utilizou-se o teste do Qui-Quadrado,

com os resultados (tabela 61):

Tabela 61- Teste do Qui-Quadrado

Value df Asymp. Sig.

(2-sided) Monte Carlo Sig. (2-sided)

6 . 1 . Assinala a opção que melhor traduz o significado de "diversidade de animais em Portugal" 17.27(a) 3 .001 .001

7. Nas aulas de CN/EM é frequente fazer-se referência a espécies de animais característicos da tua região? 15.52(b) 1 .000 .000

9. Na disciplina de CN/EM costumas ter aulas fora da sala de aula? .000(c) 1 1.000 1.000

a 2 cells (25.0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 3.49. b 0 cells (.0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 65.67. c 0 cells (.0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 19.00.

O valor de prova é inferior a 5% para 6.1 e 7, rejeita-se a hipótese nula, as variáveis

não são independentes, ou seja, conclui-se que elas estão relacionadas, as questões 6.1 e 7

estão relacionadas com o meio.

Ilustra-se seguidamente os resultados obtidos (figuras 62a, 62b e 62c):

Resultados

125

44

74

306

276

50

40

0

7

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

Fre

quên

cia

rela

tiva

(%)

São os organismos quese observam à vistadesarmada no ...

São todos os animais quehabitam o território

português

São os organismos úteisà actividade Humana

São os organismoscomestíveis

6.1.Assinala a opção que melhor traduz o significado de "diversidade de animais em Portugal"

Aldeia Cidade ou vila

313

351

87

45

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Fre

quên

cia

rela

tiva

(%)

Não Sim

7. Nas aulas de Ciências Naturais/ Estudo do meio éfrequente fazer-se referência a espécies de animais

característicos da tua região?

Aldeia Cidade ou vila

Figura 62a - Distribuição da opinião dos alunos da amostra sobre a definição de diversidade de animais segundo a sua área de residência.

A percentagem do meio rural é superior para a terceira e segunda opções de resposta e

inexistente para a última possibilidade, sendo as diferenças estatisticamente significativas

(figura 62a).

Figura 62b - Distribuição dos alunos da amostra residentes habitualmente no meio rural/urbano relativamente à referência da fauna regional nas aulas da área curricular de Ciências Naturais.

A percentagem do meio rural é superior para os que costumam fazer referência a

espécies de animais da região nas aulas, sendo as diferenças estatisticamente significativas

(figura 62b).

Resultados

126

380

380

19

19

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

Fre

quên

cia

rela

tiva

(%)

Não Sim

9. Na disciplina de Ciências Naturais/Estudo do Meiocostumas ter aulas fora da sala de aula?

Aldeia Cidade ou vila

Figura 62c - Distribuição dos alunos da amostra residentes habitualmente no meio rural/urbano relativamente ocorrência de saídas da sala na área curricular de Ciências Naturais.

Na amostra, a percentagem dos dois meios é igual para os que costumam e os que não

costumam ter aulas fora da sala (figura 62c).

Questões 6.2., 6.3. e 8

Com o teste t, obtiveram-se os resultados seguintes (tabela 62a)

Tabela 62a - Teste t.

Levene's Test t-test for Equality of Means F Sig. t Df Sig.

6.2.a) N.º de animais de que Equal variances assumed 10.497 .001 -.135 798 .893 gosta mais Equal variances not

assumed -.135 775.620 .893

6.2.b) N.º de animais de que Equal variances assumed 148.632 .000 -5.558 798 .000 gosta menos Equal variances not

assumed -5.558 625.586 .000

6.3.1. As catástrofes naturais de Equal variances assumed 53.190 .000 3.114 795 .002 origem geológica Equal variances not

assumed 3.110 701.463 .002

6.3.2. As catástrofes naturais de Equal variances assumed 1.571 .210 -1.432 795 .152 origem climática Equal variances not

assumed -1.432 794.988 .152

6.3.3. As actividades humanas Equal variances assumed 27.992 .000 -2.606 795 .009 Equal variances not

assumed -2.604 751.423 .009

8. N.º de nomes dos animais Equal variances assumed 94.814 .000 6.409 798 .000 referenciados na sala de aula Equal variances not

assumed 6.409 613.593 .000

Existem diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos nas respostas às

questões 6.2.b), 6.3.1., 6.3.3. e 8.

Teste não paramétrico equivalente: teste de Mann-Whitney (tabela 62b).

Resultados

127

2.02.22.42.62.83.03.23.43.63.84.0

Val

or m

édio

6.2.a) N.º de animais de quegosta mais

6.2.b) N.º de animais de quegosta menos

Aldeia Cidade ou vila

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

Val

or m

édio

6.3.1. As catástrofesnaturais de origem

geológica

6.3.2. As catástrofesnaturais de origem

climática

6.3.3. As actividadeshumanas

Aldeia Cidade ou vila

2.0

2.5

3.0

3.5

4.0

Val

or m

édio

Aldeia Cidade ou vila

8. N.º de nomes dos animais referenciados na sala de aula

Tabela 62b - Teste de Mann-Whitney.

Mann-Whitney U Wilcoxon W Z Asymp. Sig.

(2-tailed) 6.2.a) N.º de animais de que gosta mais 78628 158828 -0.437 0.662 6.2.b) N.º de animais de que gosta menos 63930 144130 -5.307 0.000 6.3.1. As catástrofes naturais de origem geológica 74768 153771 -1.866 0.062 6.3.2. As catástrofes naturais de origem climática 75554.5 155754.5 -1.418 0.156 6.3.3. As actividades humanas 74726 154926 -2.540 0.011 8. N.º de nomes dos animais referidos na sala 66026 146226 -5.090 0.000

Confirmam-se os resultados do teste t, excepto para 6.3.1.

De seguida, ilustram-se as diferenças significativas e não significativas, através dos

seus valores médios (figuras 63a e 63b).

Figura 63a - Valor médio do número de animais preferidos e preteridos dos alunos inquiridos relativamente à sua área habitual de residência.

Figura 63b - Valor médio das opções dos alunos sobre as possíveis causas de destruição dos ecossistemas naturais relativamente à sua área habitual de residência.

Os alunos do meio urbano indicam, em média, mais animais de que gostam menos

(figura 63a). As actividades humanas são consideradas mais importantes para a extinção das

espécies pelo meio rural, sendo as diferenças estatisticamente significativas. Os alunos do

meio rural consideram mais importantes as catástrofes de origem climática e menos as de

origem geológica, no entanto, estas diferenças não são estatisticamente significativas (figura

63b).

Figura 63c - Valor médio do número de nomes dos animais referenciados na sala de aula relativamente à área habitual de residência dos alunos.

Resultados

128

248

192

152

204

360

263

40

133

380

357

20

39

68

94

332

303

294

282

106

115

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Fre

quên

cia

rela

tiva

(%)

Gostamais de

ver

Gostamenosde ver

Gostamais de

ver

Gostamenosde ver

Gostamais de

ver

Gostamenosde ver

Gostamais de

ver

Gostamenosde ver

Gostamais de

ver

Gostamenosde ver

10.1. As plantas 10.2. Os animais 10.3. Apaisagem

10.4. Osmonumentos

10.5. O mar, orio, e os lago

Aldeia Cidade ou vila

Os alunos do meio rural referem mais nomes de animais nas aulas, sendo as diferenças

estatisticamente significativas (figura 63c).

Questão 10

Todas as questões são variáveis nominais, desta forma utilizou-se o teste do Qui-

Quadrado, com os resultados (tabela 63):

Tabela 63- Teste do Qui-Quadrado

Value df Asymp. Sig.

(2-sided) Monte Carlo Sig. (2-sided)

10.1. As plantas 14.703(b) 1 .000 .000 10.2. Os animais 65.078(b) 1 .000 .000 10.3. A paisagem 6.816(b) 1 .009 .010 10.4. Os monumentos 5.486(b) 1 .019 .022 10.5. O mar, o rio, e os lago .605(b) 1 .437 .476

b 0 cells (.0%) have expected count less than 5.

O valor de prova é inferior a 5% para as quatro primeiras opções de resposta, rejeita-se

a hipótese nula, as variáveis não são independentes, ou seja, conclui-se que elas estão

relacionadas, as questões 10.1, 10.2, 10.3 e 10.4 estão relacionadas com o meio (figura 63).

Os resultados são ilustrados seguidamente (figura 64):

Figura 64- Distribuição das opiniões dos alunos sobre os aspectos que gostam mais ou menos de observar numa saída de campo relativamente à sua área habitual de residência.

A percentagem do meio rural é superior nos que gostam mais de ver as plantas, os

animais e a paisagem e inferior nos que gostam mais de ver os monumentos, sendo as

Resultados

129

diferenças estatisticamente significativas. Para o mar, rio e lagos, não há diferenças

significativas (figura 64).

Questão 11

Utilizou-se o teste t, obtendo-se os seguintes resultados (tabela 64a):

Tabela 64a - Teste paramétrico t.

Levene's Test t-test for Equality of Means F Sig. t Df Sig.

11.1. Aulas explicativas Equal variances assumed 2.373 .124 -.704 797 .481 Equal variances not

assumed -.705 791.455 .481

11.2. Aulas da biblioteca Equal variances assumed .590 .443 .608 797 .543 Equal variances not

assumed .608 796.532 .543

11.3. Aulas com filmes Equal variances assumed .014 .905 -.645 797 .519 Equal variances not

assumed -.645 796.505 .519

11.4. Aulas no campo Equal variances assumed .368 .544 .825 797 .410 Equal variances not

assumed .825 796.858 .410

11.5. Aulas em museus Equal variances assumed 1.511 .219 -1.069 797 .286 Equal variances not

assumed -1.069 794.127 .286

11.6. Aulas em grupo Equal variances assumed 53.269 .000 5.904 797 .000 Equal variances not

assumed 5.902 759.818 .000

11.7. Aulas na Internet Equal variances assumed .015 .904 .219 797 .826 Equal variances not

assumed .219 797.000 .826

Existem diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos nas respostas à

questão 11.6. (tabela 64a).

Teste não paramétrico equivalente: teste de Mann-Whitney (tabela 64b).

Tabela 64b - Teste de Mann-Whitney.

Mann-Whitney U Wilcoxon W Z Asymp. Sig.

(2-tailed) 11.1. Aulas explicativas 79163.5 159363.5 -0.201 0.841 11.2. Aulas da biblioteca 77224.5 157024.5 -0.809 0.419 11.3. Aulas com filmes 77657 157857 -0.678 0.498 11.4. Aulas no campo 76969 156769 -0.887 0.375 11.5. Aulas em museus 76888 157088 -0.911 0.362 11.6. Aulas em grupo 61485.5 141285.5 -6.139 0.000 11.7. Aulas na Internet 79079.5 158879.5 -0.224 0.822

Confirmam-se os resultados do teste t.

De seguida, ilustram-se as diferenças significativas e não significativas, através dos

seus valores médios (figura 65).

Resultados

130

2.0

2.5

3.0

3.5

4.0

4.5

5.0

5.5

Val

or m

édio

11.1. Aulasexplicativas

11.2. Aulasda biblioteca

11.3. Aulascom filmes

11.4. Aulasno campo

11.5. Aulasem museus

11.6. Aulasem grupo

11.7. Aulasna Internet

Aldeia Cidade ou vila Figura 65- Valor médio das respostas dos alunos segundo o tipo de aulas preferidas na abordagem de assuntos relacionados com a fauna portuguesa relativamente à área habitual da sua residência.

Os alunos do meio urbano gostam mais de aulas em grupo, sendo as diferenças

estatisticamente significativas. Para os restantes tipos de aulas, as diferenças não são

estatisticamente significativas (figura 65).

Questão 12

Utiliza-se o teste paramétrico t, com os resultados (tabela 65a):

Tabela 65a - Teste t.

Levene's Test t-test for Equality of Means F Sig. t Df Sig.

12.1. Aulas explicativas Equal variances assumed 1.923 .166 .808 796 .419 Equal variances not

assumed .809 792.793 .419

12.2. Aulas da biblioteca Equal variances assumed .138 .711 -.240 796 .810 Equal variances not

assumed -.240 795.191 .810

12.3. Aulas com filmes Equal variances assumed 3.862 .050 -.295 796 .768 Equal variances not

assumed -.295 793.853 .768

12.4. Aulas no campo Equal variances assumed .021 .886 -.585 796 .558 Equal variances not

assumed -.585 795.996 .558

12.5. Aulas em museus Equal variances assumed .388 .534 1.176 796 .240 Equal variances not

assumed 1.176 795.870 .240

12.6. Aulas em grupo Equal variances assumed .237 .626 -1.731 796 .084 Equal variances not

assumed -1.731 795.977 .084

12.7. Aulas na Internet Equal variances assumed .000 .996 .498 796 .619 Equal variances not

assumed .498 795.968 .619

Resultados

131

Não existem diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos nas

respostas à questão 12 (tabela 65a).

Teste não paramétrico equivalente: teste de Mann-Whitney (tabela 65b).

Tabela 65b - Teste de Mann-Whitney.

Mann-Whitney U Wilcoxon W Z Asymp. Sig.

(2-tailed) 12.1. Aulas explicativas 77820.5 157221.5 -0.648 0.517 12.2. Aulas da biblioteca 78929 159129 -0.211 0.833 12.3. Aulas com filmes 78385 158585 -0.379 0.705 12.4. Aulas no campo 76569.5 156769.5 -0.971 0.331 12.5. Aulas em museus 75408 154809 -1.329 0.184 12.6. Aulas em grupo 74132.5 154332.5 -1.716 0.086 12.7. Aulas na Internet 77814.5 157215.5 -0.557 0.578

Confirmam-se os resultados do teste t.

De seguida, ilustram-se as diferenças não significativas, através dos seus valores

médios (figura 66).

2.0

2.5

3.0

3.5

4.0

4.5

5.0

5.5

Val

or m

édio

12.1. Aulasexplicativas

12.2. Aulasda biblioteca

12.3. Aulascom filmes

12.4. Aulasno campo

12.5. Aulasem museus

12.6. Aulasem grupo

12.7. Aulasna Internet

Aldeia Cidade ou vila Figura 66- Valor médio das respostas dos alunos sobre o tipo de aulas mais frequentes na abordagem de assuntos sobre fauna portuguesa relativamente à área habitual da sua residência.

As diferenças não são estatisticamente significativas.

Resultados

132

11

117

99

33

35

184

176

28

7

27

24

9

0

13

11

0

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

Fre

quên

cia

rela

tiva

(%)

Elevado Médio Reduzido Nenhum

2. Como classificas o teu interesse actual sobre osanimais existentes em Portugal?

Sector primário Sector secundário Sector terciário Desempregado

29

197

163

50

24

136

128

18

0

6

10

2

02

9

0

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Fre

quên

cia

rela

tiva

(%)

Muita Alguma Pouca Nenhuma

3. Que importância tem para ti os animais?

Sector primário Sector secundário Sector terciário Desempregado

3.6- Conhecimento dos alunos da fauna local relacionado com a profissão dos pais.

Apresenta-se, de seguida, os resultados obtidos da análise efectuada para averiguar a relação

existente entre o conhecimento dos alunos sobre a fauna local e a profissão dos pais.

Será analisada a profissão do pai, como caracterizadora do sector profissional dos

progenitores. Quando o pai é do sector primário, a mãe é do sector secundário ou doméstica.

Quando o pai é do sector secundário, a mãe é também maioritariamente do sector secundário,

existindo algumas domésticas e poucas do sector terciário. Quando o pai é do sector terciário,

a mãe é também maioritariamente do sector secundário, existindo algumas domésticas e

algumas do sector secundário. Quando o pai é desempregado, a mãe é maioritariamente do

sector secundário, existindo algumas domésticas.

Questões 2 e 3

Todas as questões são variáveis nominais.

Utilizou-se o teste do Qui-Quadrado, com os resultados (tabela 66):

Tabela 66- Teste do Qui-Quadrado

Value df Asymp. Sig.

(2-sided) Monte Carlo Sig. (2-sided)

2. Como classificas o teu interesse actual sobre os animais existentes em Portugal? 18.805(a) 9 .027 .031

3. Que importância tem para ti os animais? 18.866(b) 9 .026 .034 a 3 cells (18.8%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 1.64. b 6 cells (37.5%) have expected count less than 5. The minimum expected count is .75.

Conclui-se que as variáveis estão relacionadas, as questões 2 e 3 estão relacionadas

com o sector profissional dos progenitores.

Os resultados são ilustrados seguidamente (figuras 67a e 67b):

Figura 67a - Distribuição da opinião dos alunos acerca do interesse que manifestam sobre os animais existentes em Portugal relativamente o sector profissional dos progenitores.

Figura 67b - Distribuição da opinião dos alunos acerca da importância que atribuem aos animais relativamente o sector profissional dos progenitores.

Resultados

133

5.0

5.5

6.0

6.5

7.0

7.5

8.0

N.º

méd

io d

e no

mes

cor

rect

os

Sector primário Sector secundário Sector terciário Des empregado0.00

0.02

0.04

0.06

0.08

0.10

0.12

0.14

0.16

0.18

0.20

N.º

méd

io d

e no

mes

inco

rrec

tos

Sector primário Sector secundário Sector terciário Des empregado

A percentagem de filhos de pais desempregados aumenta com o interesse pelos

animais e com a importância dada aos animais (figura 67a). A percentagem de filhos de pais

do sector terciário diminui para maior importância dada aos animais (figura 67b), acontecendo

o inverso com os do sector primário e secundário , sendo as diferenças estatisticamente

significativas (tabela 66).

Questão 4

Apresenta-se, de seguida, os resultados da ANOVA (tabela 67a).

Tabela 67a - Resultados da ANOVA

Sum of

Squares df Mean

Square F Sig. 4.a) N.º de nomes correctos Between Groups 114.933 3 38.311 12.490 .000 Within Groups 2358.868 769 3.067 Total 2473.801 772 4.b) N.º de nomes incorrectos Between Groups .098 3 .033 .489 .690 Within Groups 51.131 769 .066 Total 51.229 772

Não existem diferenças estatisticamente significativas entre os sectores de actividade

nas respostas à questão 4.b) e existem diferenças estatisticamente significativas entre os

sectores de actividade nas respostas à questão 4.a) (tabela 67a).

Teste não paramétrico equivalente: teste de Kruskall-Wallis (tabela 67b):

Tabela 67b - teste de Kruskall-Wallis.

Chi-Square df Asymp. Sig. 4.a) N.º de nomes correctos 43.8 3 0.000 4.b) N.º de nomes incorrectos 1.1 3 0.783

Confirmam-se os resultados da ANOVA.

De seguida, ilustram-se as diferenças significativas e não significativas, através dos

seus valores médios (figuras 68a e 68b).

Figura 68a - Número médio de animais correctos relativamente ao sector profissional dos progenitores.

Figura 68b - Número médio de animais incorrectos relativamente ao sector profissional dos progenitores.

Resultados

134

O n.º médio de nomes correctos é superior para os alunos filhos de pais do sector

primário e inferior para os filhos de pais do sector terciário (figura 68a), sendo as diferenças

estatisticamente significativas (tabela 68b).

Na amostra, o número médio de nomes incorrectos apresenta pequenas diferenças

entre os sectores dos progenitores urbano (figura 68b), no entanto, as diferenças não são

estatisticamente significativas (tabela 67b).

Questão 5

Apresenta-se, seguidamente, os resultados da ANOVA (tabela 68a).

Tabela 68a - Resultados da ANOVA:

Sum of

Squares df Mean

Square F Sig. 5.1. Nos campos agrícolas Between Groups 244.481 3 81.494 34.977 .000 Within Groups 1787.062 767 2.330 Total 2031.543 770 5.2. Na televisão Between Groups 36.107 3 12.036 6.452 .000 Within Groups 1430.765 767 1.865 Total 1466.872 770 5.3. Nas revistas, jornais, etc Between Groups 25.484 3 8.495 5.269 .001 Within Groups 1236.581 767 1.612 Total 1262.065 770 5.4. No contacto com a natureza (floresta/ bosque/ mar/ rio)

Between Groups 67.057 3 22.352 11.661 .000

Within Groups 1470.196 767 1.917 Total 1537.253 770 5.5. Nas aulas de Ciências naturais/ Estudo do Meio

Between Groups 52.247 3 17.416 10.781 .000

Within Groups 1239.032 767 1.615 Total 1291.279 770 5.6. No meio familiar Between Groups 125.992 3 41.997 9.093 .000 Within Groups 3542.353 767 4.618 Total 3668.345 770

Existem diferenças estatisticamente significativas entre os sectores de actividade nas

respostas à questão 5 (tabela 68a).

Teste não paramétrico equivalente: teste de Kruskall-Wallis (tabela 68b):

Tabela 68b - Teste de Kruskall-Wallis.

Chi-Square df Asymp. Sig. 5.1. Nos campos agrícolas 88.9 3 0.000 5.2. Na televisão 20.7 3 0.000 5.3. Nas revistas, jornais, etc 17.0 3 0.001 5.4. No contacto com a natureza 37.7 3 0.000 5.5. Nas aulas de Ciências naturais/ Estudo do sector profissional dos progenitores 38.2 3 0.000 5.6. No sector profissional dos progenitores familiar 27.2 3 0.000

Resultados

135

Confirmam-se os resultados da ANOVA.

De seguida, ilustram-se as diferenças significativas, através dos seus valores médios

(figura 69).

1

2

3

4

5

6

Val

or m

édio

5.1. Noscampos

agrícolas

5.2. Natelevisão

5.3. Nasrevistas,

jornais, etc

5.4. Nocontacto

com anatureza

5.5. Nasaulas deCN/EM

5.6. No meiofamiliar

Sector primário Sector secundário Sector terciário Desempregado Figura 69- Valor médio da ordenação efectuada pelos alunos nas categorias de resposta apresentadas na questão 5 relativamente ao sector profissional dos progenitores.

Os alunos filhos de pais do sector primário vêem mais os animais no campo e no meio

familiar, acontecendo o contrário com os filhos de pais do sector terciário; os alunos filhos de

pais do sector primário vêem menos os animais na televisão, revistas e jornais, no contacto

com a natureza e nas aulas, acontecendo o contrário com os filhos de pais do sector terciário

(figura 69), sendo as diferenças estatisticamente significativas (tabela 68b).

Questões 6.1, 7 e 9

Todas as questões são variáveis nominais.

Quando estamos perante variáveis deste tipo e queremos testar se existe alguma

relação entre elas, utiliza-se o teste do Qui-Quadrado, com os resultados (tabela 69):

Tabela 69- Teste do Qui-Quadrado.

Value df Asymp. Sig.

(2-sided) Monte Carlo Sig. (2-sided)

6 . 1 . Assinala a opção que melhor traduz o significado de "diversidade de animais em Portugal" 13.459(a) 9 .143 .143

7. Nas aulas de CN/EM é frequente fazer-se referência a espécies de animais característicos da tua região? 14.041(b) 3 .003 .003

9. Na disciplina de CN/EM costumas ter aulas fora da sala de aula? 1.119(c) 3 .772 .802

a 4 cells (25.0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is .48. b 0 cells (.0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 8.58. c 2 cells (25.0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 2.47.

Resultados

136

O valor de prova é inferior a 5% para 7, rejeita-se a hipótese nula, as variáveis não são

independentes, ou seja, conclui-se que elas estão relacionadas, a questão 7 está relacionada

com o sector profissional dos progenitores (tabela 69).

Os resultados são ilustrados pelos gráficos (figuras 70a, 70b, e 70c):

3

51

50

7

43

246

224

56

7

43

29

7

01

6

0

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

Fre

quên

cia

rela

tiva

(%)

S ã o o s o rgan ism o s quese observam à v is ta

d esa rm ad a no ...

S ã o to dos os a n im a is qu eh ab itam o te rritó rio

po rtu guês

S ão os o rga n ism os ú te isà ac tiv idad e H um ana

S ã o os o rgan ism o scom e stíve is

6 .1 .A ss ina la a opção qu e m e lho r tradu z o s ign ificado de "d ive rs idad e d e an im a is e m P o rtu ga l"

S ecto r p rim ário S ector secundário S ecto r te rc iá rio D esem pregado Figura 70a - Distribuição das opções dos alunos acerca do conceito que possuem sobre “diversidade de

animais em Portugal” relativamente ao sector profissional dos progenitores.

A percentagem do filhos de pais do sector terciário é menor para a terceira opção de

resposta, onde a percentagem do filhos de pais do sector terciário e secundário é superior

(figura 70a), no entanto, as diferenças não são estatisticamente significativas (tabela 69).

46

268

275

58

7

73

33

12

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

Fre

quên

cia

rela

tiva

(%)

Não Sim

7. Nas aulas de Ciências Naturais/ Estudo do meio éfrequente fazer-se referência a espécies de animais

característicos da tua região?

Sector primário Sector secundário Sector terciário Desempregado Figura 70b - Distribuição das opiniões dos alunos acerca das referências sobre os animais característicos da zona em estudo nas aulas de Ciências da Natureza relativamente ao sector profissional dos progenitores.

Resultados

137

A percentagem do filhos de pais do sector terciário é inferior para os que costumam

fazer referência a espécies de animais da região nas aulas, acontecendo o contrário com o

sector secundário (figura 70b), sendo as diferenças estatisticamente significativas (tabela 69).

52

325

293

66

1

16

16

3

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%F

requ

ênci

a re

lativ

a (%

)

Não Sim

9. Na disciplina de Ciências Naturais/Estudo do Meiocostumas ter aulas fora da sala de aula?

Sector primário Sector secundário Sector terciário Desempregado Figura 70c - Distribuição das opiniões dos alunos sobre a frequência de aulas no exterior da sala de aula, na disciplina de Ciências Naturais relativamente ao sector profissional dos progenitores.

Na amostra, a percentagem dos vários sectores é semelhante para os que costumam e

os que não costumam ter aulas fora da sala (figura 70c).

Questões 6.2., 6.3. e 8

Apresenta-se, seguidamente, os resultados da ANOVA (tabela 70a).

Figura 70a - Resultados da ANOVA

Sum of

Squares df Mean

Square F Sig. 6.2.a) N.º de animais de que Between Groups 4.966 3 1.655 1.539 .203 gosta mais Within Groups 828.487 770 1.076 Total 833.453 773 6.2.b) N.º de animais de que Between Groups 13.574 3 4.525 4.959 .002 gosta menos Within Groups 702.519 770 .912 Total 716.093 773 6.3.1. As catástrofes naturais de Between Groups .118 3 .039 .139 .937 origem geológica Within Groups 217.807 769 .283 Total 217.925 772 6.3.2. As catástrofes naturais de Between Groups 1.004 3 .335 1.076 .358 origem climática Within Groups 239.133 769 .311 Total 240.137 772 6.3.3. As actividades humanas Between Groups .694 3 .231 2.084 .101 Within Groups 85.384 769 .111 Total 86.078 772 8. N.º de nomes dos animais Between Groups 11.683 3 3.894 4.769 .003 referenciados na sala de aula Within Groups 628.730 770 .817 Total 640.413 773

Resultados

138

2.0

2.2

2.4

2.6

2.8

3.0

3.2

3.4

3.6

3.8

4.0

Val

or m

édio

6.2.a) N.º de animais de quegosta mais

6.2.b) N.º de animais de quegosta menos

Sector primário Sector secundário Sector terciário Desempregado

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0V

alor

méd

io

6.3.1. As catástrofesnaturais de origem

geológica

6.3.2. As catástrofesnaturais de origem

climática

6.3.3. As actividadeshumanas

Sector primário Sector secundário Sector terciário Desempregado

Existem diferenças estatisticamente significativas entre os sectores de actividade nas

respostas às questões 6.2.b) e 8 (tabela 70a).

Teste não paramétrico equivalente: teste de Kruskall-Wallis (tabela 70b):

Tabela 70b - teste de Kruskall-Wallis.

Chi-Square df Asymp. Sig. 6.2.a) N.º de animais de que gosta mais 4.4 3 0.223 6.2.b) N.º de animais de que gosta menos 13.5 3 0.004 6.3.1. As catástrofes naturais de origem geológica 1.7 3 0.634 6.3.2. As catástrofes naturais de origem climática 3.1 3 0.370 6.3.3. As actividades humanas 6.9 3 0.075 8. N.º de nomes dos animais referenciados na sala de aula 8.1 3 0.043

Confirmam-se os resultados da ANOVA.

De seguida, ilustram-se as diferenças significativas e não significativas, através dos

seus valores médios (figuras 71a, 7lb e 71c).

Figura 71a - Valor médio das entidades faunísticas apresentadas pelos alunos como preferidas/preteridas relativamente ao sector profissional dos progenitores.

Figura 71b - Valor médio das respostas dos alunos acerca das causas de destruição dos ecossistemas naturais relativamente ao sector profissional dos progenitores.

Os alunos filhos de pais do sector primário indicam, em média, menos animais de que

gostam menos, acontecendo o contrário com o sector terciário (figura 71a), sendo as

diferenças estatisticamente significativas. Para as restantes variáveis em análise, as diferenças

observadas não são estatisticamente significativas (tabela 70b).

Resultados

139

2.0

2.5

3.0

3.5

4.0

Val

or m

édio

Sector primário Sectorsecundário

Sector terciário Desempregado

8. N.º de nomes dos animais referenciados na sala de aula Figura 71c - Valor médio das opiniões dos alunos sobre os animais referidos nas aulas de Ciências da Natureza relativamente ao sector profissional dos progenitores.

Os alunos filhos de pais do sector primário indicam, em média, mais nomes de animais

nas aulas, acontecendo o contrário com o sector terciário (figura 71c), sendo as diferenças

estatisticamente significativas (tabela 70b).

Questões 10

Todas as questões são variáveis nominais.

Quando estamos perante variáveis deste tipo e queremos testar se existe alguma

relação entre elas, utilizou-se o teste do Qui-Quadrado, com os resultados (tabela 71):

Tabela 71- Teste do Qui-Quadrado.

Value df Asymp. Sig.

(2-sided) Monte Carlo Sig. (2-sided)

10.1. As plantas 9.456(a) 3 .024 .023 10.2. Os animais 30.916(b) 3 .000 .000 10.3. A paisagem 4.063(c) 3 .255 .252 10.4. Os monumentos 7.160(d) 3 .067 .065 10.5. O mar, o rio, e os lago 4.579(e) 3 .205 .206

a 0 cells (.0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 23.82. b 0 cells (.0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 11.40. c 1 cells (12.5%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 3.98. d 0 cells (.0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 10.97. e 0 cells (.0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 14.47.

Conclui-se que as questões 10.1 e 10.2 estão relacionadas com o sector profissional

dos progenitores (tabela 71).

Os resultados são ilustrados seguidamente (figura 72):

Resultados

140

3 2

2 0 6

1 5 1

3 6

2 1

1 3 5

1 5 7

3 4

4 7

2 9 0

2 1 1

5 8

6

5 1

9 7

1 2

5 0

3 1 9

2 7 8

6 7

3

2 2

3 0

3

6

6 4

7 7

1 3

4 7

2 7 7

2 3 2

5 7

4 4

2 4 7

2 2 5

4 6

9

9 4

8 4

2 4

0 %

2 0 %

4 0 %

6 0 %

8 0 %

1 0 0 %

Fre

quên

cia

rela

tiva

(%)

G o s t am a i s d e

v e r

G o s t am e n o sd e v e r

G o s t am a i s d e

v e r

G o s t am e n o sd e v e r

G o s t am a i s d e

v e r

G o s t am e n o sd e v e r

G o s t am a i s d e

v e r

G o s t am e n o sd e v e r

G o s t am a i s d e

v e r

G o s t am e n o sd e v e r

1 0 . 1 . A s p l a n t a s 1 0 . 2 . O s a n i m a i s 1 0 . 3 . Ap a i s a g e m

1 0 . 4 . O sm o n u m e n t o s

1 0 . 5 . O m a r , or i o , e o s l a g o

S e c t o r p r i m á r io S e c t o r s e c u n d á r i o S e c t o r t e r c i á r i o D e s e m p r e g a d o Figura 72- Distribuição das opiniões dos alunos sobre os aspectos que gostam mais ou menos de observar numa saída de campo relativamente ao sector profissional dos progenitores.

A percentagem de filhos de pais do sector secundário e também primário é superior

nos que gostam mais de ver as plantas e os animais, onde é inferior o sector terciário (figura

72), sendo as diferenças estatisticamente significativas. Para a paisagem, o mar, rio e lagos,

não há diferenças significativas (tabela 71).

Questões 11.

Apresenta-se, seguidamente, os resultados da ANOVA (tabela 72a).

Tabela 72a - Resultados da ANOVA.

Sum of

Squares df Mean

Square F Sig. 11.1. Aulas explicativas Between Groups 14.024 3 4.675 1.490 .216 Within Groups 2413.363 769 3.138 Total 2427.387 772 11.2. Aulas da biblioteca Between Groups 3.179 3 1.060 .343 .794 Within Groups 2372.740 769 3.085 Total 2375.920 772 11.3. Aulas com filmes Between Groups 4.498 3 1.499 .621 .602 Within Groups 1857.186 769 2.415 Total 1861.684 772 11.4. Aulas no campo Between Groups 34.826 3 11.609 3.301 .020 Within Groups 2704.545 769 3.517 Total 2739.371 772 11.5. Aulas em museus Between Groups .971 3 .324 .142 .935 Within Groups 1747.728 769 2.273 Total 1748.699 772 11.6. Aulas em grupo Between Groups 21.353 3 7.118 2.461 .061 Within Groups 2223.855 769 2.892 Total 2245.208 772 11.7. Aulas na Internet Between Groups 28.854 3 9.618 2.467 .061 referenciados na sala de aula Within Groups 2997.730 769 3.898 Total 3026.585 772

Resultados

141

Existem diferenças estatisticamente significativas entre os sectores de actividade nas

respostas à questão 11.4. (tabela 72a)

Teste não paramétrico equivalente: teste de Kruskall-Wallis (tabela 72b):

Tabela 72b - Teste de Kruskall-Wallis.

Chi-Square df Asymp. Sig. 11.1. Aulas explicativas 2.97 3 0.396 11.2. Aulas da biblioteca 1.34 3 0.719 11.3. Aulas com filmes 4.88 3 0.181 11.4. Aulas no campo 9.99 3 0.019 11.5. Aulas em museus 0.52 3 0.914 11.6. Aulas em grupo 12.14 3 0.007 11.7. Aulas na Internet 7.15 3 0.067

Confirmam-se os resultados da ANOVA, excepto para 11.6, que também passa a ser

significativa (tabela 72b).

De seguida, ilustram-se as diferenças significativas e não significativas, através dos

seus valores médios (figura 73).

2.0

2.5

3.0

3.5

4.0

4.5

5.0

5.5

6.0

Val

or m

édio

11.1. Aulasexplicativas

11.2. Aulasda biblioteca

11.3. Aulascom filmes

11.4. Aulasno cam po

11.5. Aulasem museus

11.6. Aulasem grupo

11.7. Aulasna Internet

Sector primário Sector secundário Sector terciário Desempregado Figura 73- Valores médios das respostas dos alunos acerca do tipo de aulas preferidas na abordagem de assuntos relacionados com a fauna local relativamente ao sector profissional dos progenitores.

Os alunos filhos de pais do sector terciário gostam mais de aulas no campo e em grupo

(figura 73), sendo as diferenças estatisticamente significativas. Para os restantes tipos de

aulas, as diferenças não são estatisticamente significativas (tabela 72b).

Resultados

142

Questões 12

Apresenta-se, seguidamente, os resultados da ANOVA (tabela 73a).

Tabela 73a - Resultados da ANOVA.

Sum of

Squares df Mean

Square F Sig. 12.1. Aulas explicativas Between Groups 15.798 3 5.266 1.330 .263 Within Groups 3048.301 770 3.959 Total 3064.099 773 12.2. Aulas da biblioteca Between Groups 10.538 3 3.513 1.385 .246 Within Groups 1953.131 770 2.537 Total 1963.669 773 12.3. Aulas com filmes Between Groups 7.566 3 2.522 .852 .465 Within Groups 2278.087 770 2.959 Total 2285.654 773 12.4. Aulas no campo Between Groups 34.457 3 11.486 3.179 .023 Within Groups 2781.813 770 3.613 Total 2816.270 773 12.5. Aulas em museus Between Groups 17.512 3 5.837 1.924 .124 Within Groups 2335.971 770 3.034 Total 2353.483 773 12.6. Aulas em grupo Between Groups 6.570 3 2.190 .844 .470 Within Groups 1998.662 770 2.596 Total 2005.231 773 12.7. Aulas na Internet Between Groups 25.149 3 8.383 2.802 .039 referenciados na sala de aula Within Groups 2303.374 770 2.991 Total 2328.523 773

Existem diferenças estatisticamente significativas entre os sectores de actividade nas

respostas às questões 12.4 e 12.7.( tabela 73a).

Teste não paramétrico equivalente: teste de Kruskall-Wallis (tabela 73b):

Tabela 73b - Kruskall-Wallis.

Chi-Square df Asymp. Sig. 12.1. Aulas explicativas 4.25 3 0.236 12.2. Aulas da biblioteca 5.00 3 0.172 12.3. Aulas com filmes 2.51 3 0.473 12.4. Aulas no campo 7.31 3 0.063 12.5. Aulas em museus 6.94 3 0.074 12.6. Aulas em grupo 2.71 3 0.439 12.7. Aulas na Internet 8.42 3 0.038

Confirmam-se os resultados da ANOVA, excepto para 11.4, que deixa de ser

significativa.

De seguida, ilustram-se as diferenças significativas e não significativas, através dos

seus valores médios (figura 74).

Resultados

143

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

4.0

4.5

5.0

5.5

6.0

Val

or m

édio

12.1. Aulasexplicativas

12.2. Aulasda biblioteca

12.3. Aulascom filmes

12.4. Aulasno campo

12.5. Aulasem museus

12.6. Aulasem grupo

12.7. Aulasna Internet

Sector primário Sector secundário Sector terciário Desempregado

Figura 74- Valores médios das respostas dos alunos acerca do tipo de aulas mais frequentes na abordagem de

assuntos sobre a fauna portuguesa relativamente ao sector profissional dos progenitores.

Apesar de existirem na amostra algumas diferenças, essas diferenças não são

estatisticamente significativas, excepto para 11.7, em que os filhos de desempregados gostam

mais de aulas na Internet.

Discussão

144

CAPÍTULO 4

4- Discussão

O objectivo desta parte do trabalho é avaliar e interpretar os resultados obtidos, especialmente

em relação às questões que deram origem à investigação (e que numa fase mais avançada do

trabalho se transformaram em hipóteses) (D`Oliveira, 2005).

Neste sentido, serão discutidos os principais resultados desta investigação. Assim,

tendo presente o contexto teórico da investigação e com base nos dados recolhidos, procurou-se

analisar e reflectir sobre os conhecimentos faunísticos que os alunos do ensino básico possuem.

É curioso notar que a maioria das respostas dos alunos inquiridos apontam para um

interesse médio pelos animais e atribuem muita importância aos mesmos. Tal como acontece

nos estudos publicados por Tomás (2005) e Oliveira (2006). Contudo, os filhos de pais que

exercem funções no sector terciário, atribuem menor importância aos animais do que os filhos

de pais do sector secundário e primário. O que de certa forma, se esperava, uma vez que os

progenitores do sector primário, estão em contacto directo com a biodiversidade silvestre

local.

Assim sendo, torna-se vantajoso e importante, utilizarmos este facto em proveito da

aproximação da educação das nossas escolas, às necessidades e interesses dos alunos. Pois,

em qualquer prática educativa escolar está sempre presente um modo de concretizar uma

opção de gestão curricular. Existe sempre uma opção sobre o que ensinar, como organizar a

aprendizagem e como avaliar os seus resultados, ou seja, a gestão curricular é inerente a

qualquer prática docente.

4.1- Conhecimento da fauna

Apesar dos alunos inquiridos, quase a totalidade da amostra, indicarem entre 6 e 10

nomes correctos de animais da sua região, revelam um conhecimento reduzido e pouco

diversificado, uma vez que este converge principalmente, para a fauna doméstica,

essencialmente do filo dos cordados e da classe dos mamíferos e das aves. Os mesmos

resultados foram obtidos nos estudos publicados por Tomás (2005) e Oliveira (2006). Porém,

os alunos do meio rural indicam um número médio superior de nomes correctos em relação

aos do meio urbano, o que poderá corresponder a um maior conhecimento.

Na presença destes resultados, e numa altura em que faz parte da agenda do dia, o

encerramento de várias escolas rurais, em especial do primeiro ciclo do Ensino Básico,

Discussão

145

parece-nos pertinente, reflectir sobre esta actuação, atendendo à actualidade da questão e às

consequências que daí poderão resultar.

Uma das principiais acusações feitas às escolas de meio rural é o facto de o seu

isolamento favorecer o insucesso escolar. No entanto este é um problema, que está para além

da natureza meramente educativa, diríamos que estamos perante um problema de natureza

económica e social. Pois é de conhecimento geral, que o insucesso escolar também atinge,

com taxas iguais ou ainda mais elevadas, as crianças do mundo urbano periférico. O que está

em causa não é, de facto, o urbano ou o rural mas a sua periferização, a sua exclusão. Até

porque a escola pode ser uma instância promissora de desenvolvimento local a vários níveis,

pondo em prática a máxima “pensar global, agir local”. Isto claro, inserido na nova abordagem

dos grandes problemas ambientais, numa perspectiva de Educação Ambiental.

A ideia de que os alunos possuem um conhecimento reduzido da fauna local é

reforçada, com os dados obtidos na questão 6.2, pois constatamos que os animais referidos

são em grande parte pertencentes à fauna doméstica. Nos animais de que gostam mais, os

canídeos e felinos domésticos são os que reúnem maior consenso. Nos animais de que gostam

menos, são indicados rato, mosca, cobra e porco. É de referir que são indicados um maior

número de animais de que gostam mais, do que os de que gostam menos.

Assim, a preferência pelos animais domésticos parece-nos estar associada à estreita

ligação afectiva que é comum existir, entre eles e as crianças e os jovens. Por vezes, são estes

animais que se figuram como companhia, enquanto os pais trabalham, especialmente para os

alunos do meio urbano.

Em contrapartida, os animais preteridos aqui mencionados, são os que normalmente se

associam à sujidade , falta de higiene ou até a alguma fobia.

4.2- Entidades de divulgação da fauna

Os dados relativos às questões 5, 7 e 8 do questionário, evidenciam que os inquiridos

vêem os animais com mais frequência nos campos agrícolas, televisão e em contacto com a

natureza, seguida por, meio familiar e imprensa escrita. Sendo a situação menos frequente nas

aulas de Ciências. O que continua a estar de acordo com os resultados publicados por Tomás

(2005) e Oliveira (2006). No entanto, é interessante detectar, que os alunos do meio rural

vêem mais animais no campo e no meio familiar, os alunos do meio urbano vêem mais os

animais na televisão, revistas e jornais e no contacto com a natureza. Igualmente interessante,

Discussão

146

é a revelação de que os alunos filhos de pais do sector primário vêem mais os animais no

campo e no meio familiar, vendo menos os animais na televisão, revistas e jornais, no

contacto com a natureza e nas aulas, acontecendo o contrário com os filhos de pais do sector

terciário. A grande maioria alega que não é frequente fazer-se referência a espécies animais

característicos da região nas aulas de Ciências. Todavia, os animais que dizem ser geralmente

indicados na sala de aula são os mamíferos e aves domésticas, seguido de anfíbios e

mamíferos selvagens.

Diante de toda a informação recolhida, a escola é apresentada como a última entidade

de divulgação da fauna, o que merece a nossa preocupação e reflexão. Sabemos que a acção

educativa só é significativa se coerente, sistemática, contínua e interdisciplinar. Educar nesta

perspectiva implica um trabalho de parceria e rentabilização dos recursos locais, uma escola

aberta ao exterior, à comunidade e ao meio, sendo que a actividade educativa contextualizada

gera aprendizagens significativas e ajuda a desenvolver a consciência ambiental, com hábitos

de vida saudável e o exercício da cidadania participativa. Neste contexto, as diferenças

verificadas entre o meio rural e o meio urbano reflectem as respectivas vivências. Nestes

dados, também é visível que o recurso à imprensa escrita é escasso, o que de certa forma,

reflecte a falta de hábitos de leitura que a população portuguesa em geral apresenta.

4.3- As aulas de Ciências: metodologias

Os alunos inquiridos referem que as aulas mais frequentes na disciplina de Ciências

Naturais no estudo dos animais são as aulas explicativas, sendo as menos frequentes as aulas

no campo e em museus. As restantes, aulas com trabalhos de grupo, com projecção de filmes,

na biblioteca e pesquisa na internet, ocupam uma posição intermédia, sendo indicadas pela

ordem de preferência. A questão 9 intensifica a noção de que são muito utilizadas as

metodologias ditas tradicionais, dinamizando poucas actividades fora da sala de aula.

A ciência é uma actividade eminentemente experimental, pelo que não chega ensinar

de um modo exclusivamente teórico, o que suporia roubar ao aluno a verdadeira natureza do

conhecimento científico (Perales, 1994, p.123). Ora, sendo o ensino das ciências visto como

uma reconstrução de saberes, concretizado através da aplicação de uma metodologia activa e

participativa, alicerçada numa articulação entre a estrutura conceptual já existente e as novas

informações (Duarte, 1999; Porlán et al, 1995), torna-se imperioso que o professor

diagnostique e conheça essas ideias preexistentes e as vivências do aluno para,

Discussão

147

posteriormente, decidir pela metodologia a aplicar, com vista a uma evolução conceptual.

Nesta sequência os alunos inquiridos preferem as aulas com “projecção de filmes”, seguidas

de “aulas de campo” e “aulas em museus”, gostando menos das “aulas explicativas”,

assumindo uma posição intermédia as aulas com trabalhos de grupo, na biblioteca e pesquisa

na Internet. Mediante o referido, estamos em condições de afirmar que os alunos preferem as

aulas, que de alguma forma, os colocam mais em contacto com a realidade que estudam. Se

por um lado preferem o visionamento de filmes, que lhes proporciona observar a imagem em

movimento, por outro a observação e a descoberta in locu apresenta-se aliciante. Contudo, o

professor não pode descorar da devida preparação destas actividades, pois elas podem ser

preferidas por se mostrarem como um simples entertenimento.

O Mundo da escola não deve ser isolado de experiências da vida (Thelem, 1983), daí

atribuirmos grande importância à riqueza da aula de campo. Para além de facilitadora da

relação professor/aluno e da socialização que permite, ela tem o privilégio de despertar nos

alunos a curiosidade pelo ambiente que nos rodeia e de lhes estimular a observação

(Bordenave, 1980). Por outro lado, permite que o aluno tenha a percepção de que o mundo

está para além dos portões da sua escola e que nele encontra um sem número de situações

reais de aprendizagem (Kirschenbaum, 1982, citado por Fontes, 1990).

O trabalho de campo e o contacto que propicia com o meio, contribui também para

que os alunos revelem atitudes mais positivas para com a Ciência e também tem um impacto

benéfico nas suas atitudes para com o ambiente e conservação da natureza (Dourado, 2001).

4.4- Diversidade Biológica

Perto de três quartos da amostra assinalam correctamente que a “diversidade de

animais em Portugal” são “todos os animais que habitam o território português”, o que

evidencia a noção que os alunos possuem sobre a diversidade do reino animal, no entanto

quando lhes é pedido que identifiquem animais, não deixam transparecer este conceito.

Portanto, torna-se urgente proporcionar à população escolar a oportunidade de, através de um

processo construtivo, sensibilizar e dar a conhecer a biodiversidade e os seus diversos

habitats, em especial a local, pois só se preserva aquilo que se conhece.

Os alunos atribuem inequivocamente, a acção antropogénica, como causa principal de

destruição dos animais no seu habitat, em segundo lugar as catástrofes naturais de origem

climática e por último as catástrofes naturais de origem geológica (questão 6.3). Estas

informações reflectem que estes temas são amplamente abordados na escola de forma

Discussão

148

transversal, bem como na comunicação social. A par disto, a divulgação dos fogos que

assolam o nosso país todos os anos, assim como outros crimes ambientais, constroem nos

alunos uma consciência ecológica que leva sem dúvida, à valorização e preservação do

património natural e cultural.

Esta consciência ecológica, bem como o interesse e a importância demonstrada pelos

alunos relativamente à fauna, repercute-se nos temas propostos (questão 13), tendo sido os

mais indicados a “Diversidade nos animais”, “Animais em vias de extinção”, e

“Biodiversidade faunística”, seguidos de “Preservação dos animais domésticos” e

“Conservação da fauna”. Os temas sugeridos têm claramente a ver com a diversidade,

preservação e conservação da fauna.

A mente activa das crianças (e de todos nós) é constituída por múltiplas concepções

acerca do mundo e dos fenómenos naturais. Desta forma, procuramos encontrar neles sentido

e tentamos entender o que acontece à nossa volta. Todos os seres humanos e em especial as

crianças, uma vez que estão a despontar para a descoberta, sentem-se naturalmente inclinados

a explicar, categorizar e ordenar Ciência – Tecnologia – Sociedade. Ao fazê-lo constroem, não

obstante inconscientemente, teorias simples que lhes proporcionam explicações do mundo

natural e tecnológico. Por isto, na sala de aula deve-se considerar o aluno como um indivíduo

que está constantemente em interacção com o meio que o envolve. Através de múltiplas

interacções, o aluno procura e recebe informações no sentido de explicar o mundo que o

rodeia. O aluno explora diariamente o mundo envolvente, o seu ambiente próximo, todavia

através dos mais variados meios de comunicação vai recebendo, igualmente, informações do

mundo mais afastado do seu domínio. Neste sentido, não é preciso procurar muito para

encontrar oportunidades para tornar a aprendizagem das ciências um meio de abertura das

crianças ao mundo. Tanto o professor como os alunos dificilmente deixarão de levar para a

sala de aula assuntos do quotidiano, situações que ocorreram no dia anterior, algo que

ouviram nas notícias, ouviram contar ou leram no jornal. A maioria destas informações

contém relações com a Ciência e com a Tecnologia, mesmo não se tratando de fenómenos

estritamente científicos e tecnológicos, que a Escola deverá ajudar os alunos a compreender.

4.5- Relação entre as várias questões

Ao efectuarmos o estudo da relação entre as questões 5, 6.2 e 10 com a questão 4,

constatamos, que quem indica mais nomes correctos, tem mais conhecimento da fauna local,

vê com mais frequência os animais nos campos agrícolas, podendo ter por isso um maior

Discussão

149

contacto afectivo contínuo com os animais. Todavia, quem indica menos nomes correctos,

tem menos conhecimento da fauna local, vê com mais frequência os animais na televisão e

nas aulas de Ciências Naturais / Estudo do Meio, podendo ter por isso, um menor contacto

afectivo contínuo com os animais. No entanto, a tendência de diminuição do n.º médio de

nomes correctos (tem menos conhecimento da fauna local) para quem vê com mais frequência

os animais no contacto com a natureza (podendo ter por isso um maior contacto afectivo

contínuo com os animais) contraria esta sequência.

À partida poderíamos supor, que quem indica mais animais de que gosta mais tem um

maior contacto afectivo contínuo com os animais e quem indica mais animais de que gosta

menos tem um menor contacto afectivo contínuo com os animais. No entanto, nenhuma destas

está relacionada com o n.º de nomes de animais indicados, não há relação com o

conhecimento da fauna local. Embora este pressuposto também não seja contrariado, pois

todos os que gostam mais de ver os vários itens da questão 10, nomeadamente os animais (que

se pressupõe terem um maior contacto afectivo com os animais) indicam mais nomes de

animais correctos (têm maior conhecimento da fauna local). Mas as diferenças não são

estatisticamente significativas, excepto para os que gostam mais de ver o mar, o rio e os lagos,

embora não se possa estabelecer uma relação deste item com o contacto afectivo com os

animais. Este pressuposto é apoiado apenas por algumas das inferências realizadas.

Os resultados obtidos estão em grande parte relacionados com o conceito de que o ser

humano desenvolve-se e aprende em interacção com o mundo que o rodeia. O interesse, a

curiosidade e o desejo de exploração são-lhe inerentes. A curiosidade natural e o desejo de

aprender na criança são fomentados e alargados através da oportunidade de contactar com

novas situações que são, ao mesmo tempo, ocasiões de descoberta, exploração do mundo e

respeito pela natureza. Por conseguinte, a um maior envolvimento cognitivo e afectivo do

aluno com a fauna (nos campos agrícolas e em meio familiar), corresponde uma maior

aprendizagem (maior frequência da referência a estas espécies nas aulas). Um maior

envolvimento cognitivo e afectivo do aluno com a fauna (maior frequência nos campos

agrícolas, no contacto com a natureza e em meio familiar) corresponde uma maior

aprendizagem preferencialmente por aulas na biblioteca, no campo e no museu. Por outro

lado, a um menor envolvimento cognitivo e afectivo do aluno com a fauna (maior frequência

na televisão, jornais e revistas e nas aulas), corresponde uma maior aprendizagem

preferencialmente por aulas de grupo e na Internet. Estas conclusões não estão directamente

relacionadas, pois estuda-se a relação entre o envolvimento cognitivo e afectivo do aluno com

Discussão

150

a fauna (maior frequência nos campos agrícolas, no contacto com a natureza e em meio

familiar e menor frequência na televisão, jornais e revistas e nas aulas) e o tipo de aulas e não

a aprendizagem. Se bem que as práticas podem conduzir a uma maior aprendizagem.

Não nos parece que se possa associar o número de nomes de animais indicados de que

gosta e de que não gosta, a um maior envolvimento cognitivo e afectivo do aluno com a fauna.

Parece-nos que existem outras variáveis latentes que condicionam esta análise. No entanto, os

resultados estão apresentados e talvez deles possam ser retiradas interpretações mais

adequadas.

Existe uma relação entre a utilidade e a visibilidade dos animais e o conhecimento do

aluno sobre a fauna local. Os que conhecem melhor a fauna assinalam as respostas associadas

à utilidade e visibilidade dos animais.

Ao concluirmos que, quem vê com mais frequência os animais na televisão, no

contacto com a natureza e nas aulas de CN/ EM, a que podemos associar a divulgação e a

valorização dos saberes do “senso comum” culturais/regionais/tradicionais, o envolvimento

afectivo e os documentários televisivos, indica um menor n.º de nomes de animais correctos, a

que podemos associar as aprendizagens dos alunos e os conhecimentos da fauna local. Em

compensação, para quem vê com mais frequência os animais nos campos agrícolas, o número

médio de nomes correctos aumenta, ou seja, só se conhece aquilo que se vê e vivência.

Paralelamente quem vê com mais frequência os animais nos campos agrícolas e no contacto

com a natureza, a que podemos associar a valorização dos saberes do “senso comum”

culturais/regionais/tradicionais e o envolvimento afectivo, não define correctamente a

biodiversidade, a que podemos associar as aprendizagens dos alunos e os conhecimentos da

fauna local.

Relacionando a questão 6.1 e 11, facilmente se percebe que quem assinala uma opção

que não traduz o significado de “diversidade de animais em Portugal” e tem menos

conhecimentos científicos do aluno sobre fauna local, prefere as aulas no campo, que indicam

articulação das experiências de aprendizagens na área curricular disciplinar de Ciências

Naturais com os saberes do “senso comum” tradicionais.

As relações determinadas apoiam a hipótese 6, pois quem assinala uma opção que não

traduz o significado de “diversidade de animais em Portugal” e tem menos conhecimentos

científicos do aluno sobre fauna local, tem menos aulas no campo e em museus, que indicam

articulação das experiências de aprendizagens na área curricular disciplinar de Ciências

Naturais com os saberes do “senso comum” tradicionais. Esta conclusão permite a

Discussão

151

compreensão da conclusão do ponto anterior, pois, por exemplo, quem prefere as aulas no

campo, tem menos aulas deste tipo.

Os alunos que referem mais nomes de animais indicados na sala de aula, a que

podemos associar número de aulas de Ciências Naturais incidentes sobre o conhecimento da

“fauna local”, indicam maior n.º de nomes de animais correctos, a que podemos associar as

aprendizagens significativas realizadas pelo aluno do Ensino Básico sobre a fauna local.

O número médio de animais incorrectos aumenta para os alunos que gostam mais de

aulas explicativas, o que nos leva a deduzir, que a uma menor aprendizagem realizada pelo

aluno sobre a fauna local (maior frequência de respostas incorrectas), corresponde um maior

gosto por aulas explicativas (menor dinamização de aulas de Ciências Naturais de carácter

prático). Neste sentido, as actividades práticas deveriam ocupar no ensino das ciências, um

importante papel, pois são facilitadoras da aprendizagem, tem valor formativo e constituem

uma valiosa e imprescindível estratégia de ensino. Convém no entanto acrescentar que os

resultados desta investigação, apontam para que os alunos com actividades envolvidas nas

“Saídas de Campo” não aumentam as aprendizagens significativas dos alunos sobre a “fauna

local”, no entanto, são um grupo muito pequeno (Pato et al. 2007).

Todavia, a análise de inferência estatística parece apoiar as hipóteses 11 e 12, portanto,

as aulas que se dinamizam, na área curricular disciplinar de Ciências Naturais, ao serem

essencialmente expositivas na abordagem da temática da “fauna local” vão condicionar as

aprendizagens significativas dos alunos sobre a mesma, dado que não promovem o

envolvimento cognitivo e afectivo dos alunos com o meio envolvente. Além disso, quando as

Actividades Práticas de Campo são implementadas no âmbito da resolução de situação

problema verifica-se um incremento significativo do empenho e da motivação intrínseca nos

alunos na construção do seu conhecimento científico, tal como, a capacidade de mobilizar os

conhecimentos sobre a “fauna local” na resolução de situações-problema em diferentes

situações do quotidiano.

Considerações Finais

152

4.6- Considerações finais

4.6.1- Limitações do estudo

O estudo apresentou algumas limitações, principalmente no que se refere à

metodologia de trabalho, das quais se destacam:

• Trabalhar com um grupo de alunos implicou necessariamente a sua autorização prévia,

constituindo assim uma condicionante;

• Com o intuito de agrupar um conjunto significativo de alunos, de forma a ser

representativo da zona em estudo, a amostra definida englobou um elevado número de

elementos, distribuídos por escolas dispersas, dificultando assim, o reenvio dos

questionários no tempo desejado. Pelas razões apresentadas, a recolha dos dados, bem

como o processamento e tratamento estatístico foi muito moroso;

• Nas questões onde era pedido aos alunos uma ordenação (geralmente de 1 a 6), as

instruções do questionário apontavam para atribuição do número 1 à questão que mais

se identificava e assim sucessivamente até ao número 6, questão que menos se

identificava. Esta escala de valores veio influenciar a construção de gráficos para uma

configuração inversa ao que habitualmente observamos. Desta forma, a escala mais

adequada passaria por se atribuir o número 6 à questão com que o aluno mais se

identificava, sendo atribuído o número 1 à questão com que menos se identificava.

4.6.2- Sugestões para futuras investigação

Ao longo deste trabalho, surgiram algumas questões que fizeram sobressair a necessidade

de se desenvolverem futuramente, alguns estudos nesta área, para que possam apontar

melhorias no currículo escolar. Apresentam-se, assim, algumas sugestões para futuras

investigações:

• Alargar a implementação deste estudo, ou estudos com idênticas linhas de orientação a

todo o país;

• Seria interessante estender este estudo de diagnóstico, aos professores, encarregados

de educação, autarquias, associações de defesa ambiental e outras entidades da região

em estudo;

Considerações Finais

153

• No que respeita à acção pedagógica seria favorável conhecer as ideias, interesses e

motivações dos alunos acerca das variadíssimas estratégias de ensino/aprendizagem.

Desta forma, ajudaria a aperfeiçoar a acção pedagógica e também melhorar o

conhecimento sobre aspectos que influenciam o conteúdo estudado e o modo como se

estuda;

• Averiguar se os manuais escolares contribuem para a divulgação da fauna Portuguesa

e se promovem projectos ambientais, com vista ao desenvolvimento de uma cidadania

ambiental;

• Até que ponto os planos de formação contínua de professores contemplam acções de

divulgação de fauna portuguesa e outras temáticas ambientais, atendendo ao seu

carácter transversal.

154

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160

Anexos

Anexo 1 - Questionário Com este questionário pretende-se conhecer a opinião dos alunos do Ensino básico das Escolas Urbanas e do Interior,

relativamente a alguns aspectos dos animais portugueses (Fauna Portuguesa).

A tua colaboração é muito importante.

Para que este estudo tenha validade, pedimos-te o máximo rigor e objectividade nas respostas. Queremos que nos

dês a tua opinião pessoal.

Por favor, responde a todas as questões. O questionário é Anónimo e não vai ter qualquer influência na tua

avaliação.

Não há respostas certas ou erradas o que interessa é o que pensas ou sentes.

Ser-te-á dado tempo necessário para responder.

Desde já agradecemos a tua colaboração.

INSTRUÇÕES PARA O PREENCHIMENTO DO QUESTIONÁRIO

• Nas Questões em que te é pedido para escolher uma alternativa , entre as várias que estão descritas, deves colocar uma cruz no quadrado correspondente.

• Nas Questões em que te é pedida uma ordenação , lê as indicações que são fornecidas (o número 1, é atribuído às

respostas com que te identificas mais, o 2 às que consideras em 2º lugar, o 3 ao 3º lugar, o 4 ao 4º lugar e o número 5 às respostas com que te identificas menos).

• No caso da tua resposta não corresponder a nenhuma das afirmações apresentadas, deves utilizar o espaço

disponível para dar a tua opinião (Outras opções…). 1- Dados Pessoais:

☺Idade _____ ☺Sexo: M □ F □ ☺Ano escolaridade: 4º □ 6º □ 9º □

☺Escola _______________________________________________________________________

☺Local onde vives: na Aldeia □ ☺ Com quem vives: ______________

na cidade ou vila □

☺Profissão do Pai: ______________________ ☺Profissão da mãe: ______________________

☺2. Como classificas o teu interesse actual sobre os animais existentes em Portugal? (assinala a opção com que mais te identificas).

2.1. Elevado…………… □ 2.3. Reduzido …………… □

2.2. Médio ……………..□ 2.4. Nenhum ……………..□

☺3. Que importância tem para ti os animais? (Assinala a opção com que mais te identificas)

3.1. Muita ……………□ 3.3. Pouca …………… □ 3.2. Alguma ………… □ 3.4. Nenhuma ………...□

☺4. Decerto já ouviste falar de diversos animais que vivem em Portugal. Indica o nome de vários animais (seis nomes no mínimo) da tua região.

________________________________ ________________________________ ________________________________ ________________________________ ________________________________ ________________________________ ________________________________ ________________________________ ________________________________ ________________________________

☺5. onde é que normalmente vês os animais? (Ordena os números de 1 a 6 segundo a sua importância, atribuindo o número 1 à situação mais frequente, o número 2 à que consideras em 2º lugar,… e o número 6 à situação menos frequente).

5.1. nos campos agrícolas ………………………..…… □ 5.2. na televisão …………………………………..…... □

5.3. nas revistas, jornais, etc …………………….......... □

5.4. no contacto com a natureza

(floresta/bosque/mar/rio)……………………........... □

5.5. nas aulas de Ciências naturais/ Estudo do Meio.... □

5.6. no meio familiar …………………………………. □

5.7. outro ……………………………………………... □ Qual? ____________________

☺6.1.Assinala a opção que melhor traduz o significado de “diversidade de animais em Portugal”:

6.1.1. São os organismos que se observam à vista desarmada no território português….. □

6.1.2. São todos os animais que habitam o território português….. □

6.1.3. São os organismos úteis à actividade Humana ….. □

6.1.4. São os organismos comestíveis ….. □

6.1.5. Outra opção ….. □ Qual? ______________________________________________

☺6.2. Indica os animais característicos da tua região que gostas mais e os que gostas menos. Gosto mais Gosto menos

________________________________ ________________________________ ________________________________ ________________________________ ________________________________ ________________________________ ________________________________ ________________________________ ________________________________ ________________________________

☺6.3.Apesar de Portugal ainda apresentar uma relativa variedade de espécies verifica-se que o seu número está a diminuir. Ordena as possíveis causas de destruição dos animais no seu habitat, segundo a sua importância. (Atribuir o número 1 à causa mais importante, o número 2 à 2ª causa e o número 3 à causa menos importante). 6.3.1. As catástrofes naturais de origem geológica, tais como: sismos vulcões, erosão dos solos, deslizamento de

terrenos…□

6.3.2. As catástrofes naturais de origem climática, tais como: inundações, secas e tempestades… □

6.3.3. As actividades humanas, tais como: incêndios, desflorestação, poluição, caça e pesca furtivas, chuvas

ácidas… □

☺7. Nas aulas de Ciências Naturais/Estudo do meio é frequente fazer-se referência a espécies de animais característicos da tua região? (Assinala a opção que mais te identificas)

7.1. Sim ………………….. □ 7.2. Não ………………….. □

☺8. Indica o nome dos animais que são geralmente referenciados na sala de aula. __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

☺9. Na disciplina de Ciências Naturais/Estudo do Meio costumas ter aulas fora da sala de aula? (Assinala a opção com que mais te identificas)

9.1. Sim ………………….. □ 9.2. Não ………………….. □

☺10. O que mais gostas de ver no campo (fora da sala de aula)? (Atribui o número 1 ao que gostas mais de ver e o número 2 ao que gostas menos de ver).

10.1. As plantas …………… □ 10.4. Os monumentos …………… □

10.2. Os animais…………… □ 10.5. O mar, o rio, e os lago……… □

10.3. A paisagem ..………… □ 10.6. Outra alternativa …………… □Qual? _____________

☺11. Indica, por ordem de importância, o tipo de aulas que mais gostas em que se fale da fauna portuguesa. (Ordena os números os números de 1 a 7 segundo a sua importância, atribuindo o número 1 ao tipo de aulas que gostas mais, o 2 à opção que consideras em 2º lugar, o 3 ao 3º lugar, o 4 ao 4º lugar, o 5 ao 5º lugar, o 6 ao 6º lugar e o número 7 ao tipo de aulas que gostas menos).

11.1. Aulas em que o professor explica as particularidades dos animais da região…□

11.2. Aulas da biblioteca, onde são consultados diversos tipos de materiais de divulgação … □

11.3. Aulas com a projecção de filmes, fazendo referência à grande variedade de animais …□

11.4. Aulas no campo, onde são observados diversos aspectos particulares dos animais na natureza…□

11.5. Aulas em museus com curiosidades diversas sobre os animais da região.… □

11.6. Aulas com trabalhos em grupo, onde são discutidos diferentes problemas que atingem os animais existentes

em animais existentes em Portugal…. □

11.7. Pesquisa na Internet sobre a variedade de animais em Portugal …□

11.8. Outras …□ Quais? __________________________________________________________

☺12. Indica o tipo de aulas que consideras mais frequente na disciplina de Ciências Naturais no estudo dos animais. (Ordena os números de 1 a 7 segundo a sua frequência, atribuindo o número 1 ao tipo de aulas mais frequente, o 2 à opção que consideras em 2º lugar, o 3 ao 3º lugar, o 4 ao 4º lugar, o 5 ao 5º lugar, o 6 ao 6º lugar e o número 7 ao tipo de aulas menos frequente).

12.1. Aulas em que o professor explica as particularidades dos animais da região … □

12.2. Aulas na biblioteca, onde são consultados diversos tipos de material de divulgação … □

12.3. Aulas com projecção de filmes, fazendo referência à grande variedade de animais do território nacional …

12.4. Aulas no campo, sendo observados diversos aspectos particulares dos animais na natureza. □

12.5. Aulas em museus com curiosidades diversas sobre os animais da região… □

12.6. Aulas com trabalhos em grupo, onde são discutidos diferentes problemas que atingem os animais da

região…. □

12.7. Aulas com pesquisa na Internet sobre a variedade de animais em Portugal …□

12.8. Outras …□ Quais? __________________________________________________________

13. Propõe dois temas, centrados em questões relacionadas com os animais característicos da tua região que gostarias de tratar em projectos na tua escola. __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Idade

18

16

14

12

10

8

Anexo 2 – Estatística

Distribuição da amostra por idade

Existem 118 não respostas (14,8% da amostra)

Frequência Percentagem válida

9 181 26.5 10 74 10.9 11 142 20.8 12 95 13.9 13 24 3.5 14 107 15.7 15 36 5.3 16 20 2.9 17 3 .4 Total 682 100.0

Idades dos inquiridos (Box and whisker)

Distribuição da amostra por sexo

Frequência Percentagem Feminino 445 55.6 Masculino 355 44.4 Total 800 100.0

Distribuição da amostra por ano de escolaridade

Frequência Percentagem

4.º ano 266 33.3 6.º ano 268 33.5 9.º ano 266 33.3

Distribuição do questionário da amostra relativamente às escolas

abrangidas pela investigação.

Frequência Percentagem EB 1 Paulo da Gama 35 4.4 EB 1 S. João da Foz 40 5.0 EB 1 S. Miguel de Nevogilde 58 7.3 EB 2/3 Caíde de Rei 267 33.4 EB 2/3 Francisco Torrinha 267 33.4 EB1 Aparecida nº1 28 3.5 EB1 Corgo 48 6.0 EB1 Pereiras nº1 20 2.5 EB1 Pereiras nº2 12 1.5 EB1 Sib-Ribas 25 3.1 Total 800 100.0

Distribuição da amostra segundo a área de residência.

Frequência Percentagem Aldeia 400 50.0 Cidade ou vila 400 50.0 Total 800 100.0

Sector da actividade dos pais dos alunos da amostra.

Existem 24 não respostas (3,0% da amostra)

Frequência Percentagem Sector primário 53 6.8 Sector secundário 341 43.9 Sector terciário 310 39.9 Desempregado 70 9.0 Reformado 2 .3 Total 776 100.0

Dimensão do agregado familiar da amostra.

Frequência Percentagem Pai, Mãe e Irmão(s) 373 46.7 Pai e Mãe 259 32.5 Pai, Mãe, Irmão(s) e Outros 31 3.9 Pai, Mãe e Outros 18 2.3 Mãe e Irmão(s) 80 10.0 Mãe, Irmão(s) e Outros 21 2.6 Pai e Outros 6 .8 Pai 5 .6 Outros 3 .4 Mãe 2 .3 Total 798 100.0

Existem 2 não respostas (0,3% da amostra)

Sector da actividade dos pais dos alunos da amostra.

Existem 24 não respostas (3,0% da amostra)

Frequência Percentagem Sector primário 53 6.8 Sector secundário 341 43.9 Sector terciário 310 39.9 Desempregado 70 9.0 Reformado 2 .3 Total 776 100.0

Sector de actividade das mães dos alunos da amostra.

Existem 9 não respostas (1,1% da amostra)

Frequência Percentagem Sector primário 2 .3 Sector secundário 331 41.8 Sector terciário 280 35.4 Doméstica 165 20.9 Desempregado 8 1.0 Reformado 5 .6 Total 791 100.0

Distribuição da opinião dos elementos da amostra relativamente ao interesse que manifestam sobre os animais existentes em Portugal.

Distribuição das opiniões dos alunos relativamente à importância que atribuem aos animais.

Frequência Percentagem Muita 451 56.7 Alguma 315 39.6 Pouca 18 2.3 Nenhuma 11 1.4 Total 794 100.0

1211109876543210

4.a) N.º de nomes correctos

400

300

200

100

0

Fre

quên

cia

Frequência Percentagem Elevado 271 34.1 Médio 430 54.2 Reduzido 69 8.7 Nenhum 24 3.0 Total 794 100.0

Número correcto de animais regionais indicados por cada elemento da amostra.

5.6. No meiofamiliar

5.5. Nasaulas deCiênciasnaturais/

Estudo doMeio

5.4. Nocontacto com

a natureza(floresta/

bosque/ mar/rio)

5.3. Nasrevistas,

jornais, etc

5.2. Natelevisão

5.1. Noscamposagrícolas

6

5

4

3

2

1

Distribuição de valores indicados para cada resposta da questão 5 (Box and whisker).

5.6. No meiofamiliar

5.5. Nasaulas deCiênciasnaturais/

Estudo doMeio

5.4. Nocontacto com

a natureza(floresta/

bosque/ mar/rio)

5.3. Nasrevistas,

jornais, etc

5.2. Natelevisão

5.1. Noscamposagrícolas

6

5

4

3

2

1

Distribuição de valores indicados para cada resposta da questão 5 (Box and whisker).

Distribuição das opções dos elementos da amostra relativamente ao conceito que possuem sobre “diversidade de

animais em Portugal”

Frequência Percentagem São os organismos que se observam à vista desarmada no ... 118 14.8 São todos os animais que habitam o território português 582 73.0 São os organismos úteis à actividade Humana 90 11.3 São os organismos comestíveis 7 .9 Total 797 100.0

Existem 3 não respostas (0,4% da amostra) a esta pergunta.

Frequência das respostas dos alunos relativamente às causas de destruição dos animais no seu habitat.

Frequência 1 2 3 6.3.1. As catástrofes naturais de origem geológica, tais como: sismos vulcões, erosão dos solos, deslizamento de terrenos 31 176 590

6.3.2. As catástrofes naturais de origem climática, tais como: inundações, secas e tempestades 66 525 206 6.3.3. As actividades humanas, tais como: incêndios, desflorestação, poluição, caça e pesca furtivas, chuvas ácidas 700 96 1

Para cada questão, existem 3 não respostas (0,4% da amostra)

Distribuição das respostas dos alunos, relativamente à referência a espécies de animais característicos da zona em estudo.

Frequência Percentagem Não 664 83.4 Sim 132 16.6 Total 796 100.0

Existem 4 não respostas (0,5% da amostra)

Distribuição das respostas dos alunos sobre a frequência de aulas no exterior da sala de aula, na disciplina de Ciências Naturais.

Existem 2 não respostas (0,3% da amostra)

Frequência Percentagem Não 760 95.0 Sim 38 4.8 Total 798 99.8

Frequência das respostas dos alunos sobre os aspectos que gostam mais e que gostam menos de observar numa saída de campo. Frequência Gosta mais de ver Gosta menos de ver 10.1. As plantas 440 356 10.2. Os animais 623 173 10.3. A paisagem 737 59 10.4. Os monumentos 162 635 10.5. O mar, o rio, e os lago 576 221

Para cada questão, existem 3 ou 4 não respostas (0,4% ou 0,5% da amostra)

A outra alternativa de resposta não é indicada por nenhum aluno.

Percentagem das respostas dos alunos sobre os aspectos que gostam mais e que gostam

menos de observar numa saída de campo.

Percentagem Gosta mais de ver Gosta menos de ver 10.1. As plantas 55% 45% 10.2. Os animais 78% 22% 10.3. A paisagem 93% 7% 10.4. Os monumentos 20% 80% 10.5. O mar, o rio, e os lago 72% 28%

Distribuição das frequências das respostas dos alunos relativamente ao tipo de aulas preferidas na abordagem de

assuntos relacionados com a fauna Portuguesa.

Frequência das categorias da Escala 1 2 3 4 5 6 7 11.1. Aulas em que o professor explica as particularidades dos animais da região 51 24 57 77 167 154 269

11.2. Aulas da biblioteca, onde são consultados diversos tipos de materiais de divulgação 2 156 46 113 103 249 130

11.3. Aulas com a projecção de filmes, fazendo referência à grande variedade de animais 258 169 211 51 52 41 17

11.4. Aulas no campo, onde são observados diversos aspectos particulares dos animais na natureza 233 101 105 183 89 20 68

11.5. Aulas em museus com curiosidades diversas sobre os animais da região 81 160 217 164 101 51 25

11.6. Aulas com trabalhos em grupo, onde são discutidos diferentes problemas que atingem os animais existentes em animais existentes em Portugal

54 75 52 43 113 433 29

11.7. Pesquisa na Internet sobre a variedade de animais em Portugal 77 61 101 140 67 157 196

Para cada questão, existe 1 não respostas (0,1% da amostra)

Relativamente à possibilidade de assinalar outros, não foi indicada por ninguém.

11.7.Pesquisa

na Internet

11.6. Aulascom

trabalhosem grupo

11.5. Aulasem museus

11.4. Aulasno campo

11.3. Aulascom a

projecçãode filmes

11.2. Aulasda

biblioteca

11.1. Aulasexplicativas

7

6

5

4

3

2

1

548

Distribuição de valores indicados para cada resposta (Box and whisker).

Distribuição das frequências das respostas dos alunos relativamente ao tipo de aulas mais frequente na abordagem de assuntos relacionados com a fauna Portuguesa. Frequência das categorias da Escala 1 2 3 4 5 6 7 12.1. Aulas em que o professor explica as particularidades dos animais da região 526 27 77 33 45 20 70

12.2. Aulas na biblioteca, onde são consultados diversos tipos de material de divulgação 23 125 225 188 95 56 86

12.3. Aulas com projecção de filmes, fazendo referência à grande variedade de animais do território nacional 85 175 101 146 154 100 37

12.4. Aulas no campo, sendo observados diversos aspectos particulares dos animais na natureza 30 90 39 82 80 145 332

12.5. Aulas em museus com curiosidades diversas sobre os animais da região 47 37 116 65 106 294 133

12.6. Aulas com trabalhos em grupo, onde são discutidos diferentes problemas que atingem os animais da região 49 219 143 92 185 85 25

12.7. Aulas com pesquisa na Internet sobre a variedade de animais em Portugal 38 125 101 192 133 98 111

Para cada questão, existem 2 não respostas (0,3% da amostra)

Relativamente à possibilidade de assinalar outros, não foi indicada por ninguém.

12.7.Pesquisana Internet

12.6. Aulascom

trabalhosem grupo

12.5. Aulasem museus

12.4. Aulasno campo

12.3. Aulascom

projecçãode filmes

12.2. Aulasna

biblioteca

12.1. Aulasexplicativas

7

6

5

4

3

2

1

778

Distribuição de valores indicados para cada resposta (Box and whisker).

Número médio de nomes de animais correctos e incorrectos parao nível de interesse.

Questão 2 – Interesse sobre os animais Elevado Médio Reduzido Nenhum

4.a) N.º médio de nomes correctos 6.60 7.03 6.94 6.75 4.b) N.º médio de nomes incorrectos 0.07 0.04 0.01 0.00

Número médio de nomes de animais correctos e incorrectos para o nível de importância.

Questão 3 – Importância dos animais Muita Alguma Pouca Nenhuma

4.a) N.º médio de nomes correctos 6.90 6.90 5.33 7.55 4.b) N.º médio de nomes incorrectos 0.06 0.03 0.11 0.00