CONSCIÊNCIA À LUZ DA CIÊNCIA 2013

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CONSCIÊNCIA À LUZ DA CIÊNCIA PROF. DR. VLADIMIR LUÍS DE OLIVEIRA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOLOGIA TRANSPESSOAL CURITIBA Março/2013 1

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slide apresentado no curso de Pós-graduação em Psicologia Transpessoal - Faculdades Integradas Espírita

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  • 1. PROF. DR. VLADIMIR LUS DE OLIVEIRA CURSO DE ESPECIALIZAO EMPSICOLOGIA TRANSPESSOAL CURITIBA Maro/20131

2. O QUE REAL? Os chineses contam a histria de um sbio queadormeceu sombra de uma rvore. Sonhou queera uma liblula, mas a liblula de seu sonho estavaadormecida. E sonhava. Em seu sonho, ela era umsbio adormecido sob uma rvore, que sonhava queera uma liblula... Ser que o pensamento realmente objetivo? At que ponto objetividade e realidade so a mesma coisa? 2 3. O QUE A DISCIPLINA NO SE PROPE: Curso rpido desuperconscincia ou iluminaoespiritual; Dogmatismos ou descrioarqueolgica de pretensasverdades ancestrais de cunhoreligioso; Julgamento sobre experinciasem estados modificadosalterados de conscincia doponto de vista espiritualjulgando-os como verdadeiros,falsos, profundos ou superficiais; 3 4. O QUE A DISCIPLINAPRETENDE: Discusso terico-metodolgica sobre a relao entre cincia e conscincia, abordando aspectos filosficos, antropolgicos,espiritualidade psicolgicos e histricos; Estabelecer uma relao dialgica e dialtica entre espiritualidade e conscincia cincia cincia tendo como ponto a constituio da conscincia; 4 5. 1 passo - QUEM SOMOS NSDE FORMA MAIS CRUA? Nietzsche deduz que somos egostas,violentos, individualistas emesquinhos e a moral uma mscaraque oculta a real face do homemmoderno. Ex: quer saber quem vc ? Identifiquesua face mais brutal. Ex.: Soberba vareza luxria ira -preguia inveja - gula5 6. 2 passo A RAIZ DA EQUAODOR-EXISTNCIA duhkham eva sarvam vivekinah (Patanjali, II, 15) (Tudo sofrimento para o Sbio) sarvam duhkam, sarvam antyam (Buda) (tudo dor, tudo efmero) Mas as filosofias msticas indianas no se resumem apologia a dor e misria humana. A dor uma lei existencial, sem a qual no podemos atingir o estado de liberao, e assim suplantarmos nossa condio ordinria atrelada ao sofrimento.ELIADE, M. Yoga: imortalidade e liberdade. So Paulo: Palas Athena, 1996. P. 9-35 6 7. Qual a fonte do sofrimento? Maldio divina? PecadoIgnorncia?original?7 8. 3. passo Como superar aignorncia?Obter Conhecimento Metafsico (vidya, jnana, prajna).Modificar os estados de Conscincia mediante prticasmsticas e obter a experincia de integrao.8 9. QUE PRTICAS ESPIRITUAIS SUBSIDIAMEXPERINCIAS MSTICAS DE CONSCINCIAINTEGRAL? MEDITAO MANTRAS/ORAES TCNICAS ENERGTICAS (TANTRISMO) YOGA AYURVEDA DEVOO RELIGIOSA REPRODUO E VISUALIZAO DE SMBOLOS Em diferentes SAGRADOS ARTES SAGRADAS (DESENHO, ESCULTURA,perspectivas PINTURA,ETC) RACIONALIZAO FILOSFICA MSTICA orientais a ampliao TCNICAS XAMNICASda conscincia ARTES MARCIAIS DANAS perpassa por umamplo conjunto de tcnicas: 9 10. Estgios superiores de conscincia sochamados de iluminao!O que iluminao? Pode possuir diferentes nomes: Moksha, Samadhi ouNirvana. Zen, Sartori, Estado de Graa, etc. Representa uma superao do estado ordinrio deconscincia ,para alm da dimenso egica. um estado de transe com amplia o campo sensorial e apercepo. um eclipsamento com o sagrado, colocando-se para almda percepo do tempo-espao. 10 11. Quais so os caminhos para atingir estgios detranspessoais conscincia superiores? BAKTI MARGA CAMINHO DADEVOO ESPIRITUALKARMA MARGA CAMINHO DA AO JNANA MARGA CAMINHO DA AUTO- DESCOBERTA11 12. A devoo precisa provocar estadosmodificados de conscinciaPerspectiva devocional a Vishnu 12 13. Filosofias msticas13 14. Vc precisa conhecer a si mesmo!QUEM VC? Ramana Maharshi(1880-1949) VC TEM CONSCINCIA DE SI MESMO EM SUAESSNCIA?Silencie sua Eu no sou meu nome... mente! Eu no sou meu trabalho ou profisso... Eu no sou meus bens... Eu no sou meus ttulos... Eu no sou minhas relaes... Eu no sou meu corpo.... Eu no sou minhas emoes... Eu no sou minha mente... QUEM SOU EU? 14 15. Intensificamos Prticas que estimulemo aprofundamento consciencial.Assumimos as rdeas de nossa vida. 15 16. Como estudar algo to metafsico tal como o conceito de conscincia? transpessoalconscincia16 17. Como estudar algo to metafsico tal como o conceito de conscincia? Transpessoal conscinciaCINCIA17 18. H QUE SE CONSIDERAR UMA DUPLADIMENSO DA VISO DE CINCIA!CINCIA NASTRADIESCINCIA NA ORIENTAISPERSPECTIVA OCIDENTAL 18 19. MAS, O QUE CINCIA NATRADIO OCIDENTAL? Em sua dimenso filosfica: est mais voltada paraa anlise da linguagem ou da existncia (e no daconscincia diretamente); materialista, objetiva e metdica; No trata a conscincia como objeto cientfico, ospoucos que se arriscaram trataram-na como um reflexo de processos neuro-biolgicos cerebrais; 19 20. TRS TRAOS DA VISO CIENTFICAPERSPECTIVA CLSSICA Aplicao deA cincia visa aUtilizao detcnicas - visa representao decritrios dedescrever euma realidade.validao.explicar e no agir.OBJETIVIDADE CIENTFICA 20GILLES-GASTON GRANGER a cincia e as cincias. So Paulo UNESP, 1994. p.45- 21. EM BUSCA DA OBJETIVIDADECIENTFICA O PRINCPIO DA RELAO ENTRE CAUSA E EFEITOA RELAO ENTRE OS OBJETOS E A RAZOESTARIAM EM DOIS PRINCPIOS (HUME):* Representao das idias: campo da lgica e damatemtica.* Descrio do mundo material: o que nos conduzao mundo exterior e suas relaes. 21 22. O QUE OU EM QUE SE BASEIAA OBJETIVIDADE CIENTFICA?O PRINCPIO ESTMULO x RESPOSTA ESTMULO (CAUSA); tudo que vem do ambiente, penetra oorganismo e provoca qualquer tipo de atividade. RESPOSTA (EFEITO): o comportamento do organismo diantede um efeito.Exemplo no campo da psicologia:psicologia comportamentalista de PAVLOV / SKINNER um ex. de cincia baseada em causa e efeito. 22 23. MODELO CLSSICO DE PESQUISASEPARAO SUJEITO E OBJETO 23 24. COMO ENTENDIDA ACONSCINCIA NO OCIDENTE? REFLEXES INTERESSANTES FORAM DADAS NOCAMPO DA FILOSOFIA E ACABARAM INFLUENCIANDOOUTRAS CIENCIAS SOCIAIS. CONSCINCIA ENFATIZADA ENQUANTO RAZO OUPERCEPO. EM MENOR INSTNCIA COMO PROCESSONEUROBIOLGICO OU AINDA COM MENOR ALCANCECOMO INTUIO. 24 25. MAS, AFINAL,O QUE CINCIA MESMO?RELATIVIZANDO AS SUASBASES CONCEITUAIS... No ser verdade que cada cincia, no fim, se reduz a um certo tipo de mitologia? Carta de Freud a Einstein (1932)(...) as categorias mais fundamentais do pensamento e,conseqentemente, da cincia tm sua origem na religiomile Durkheim25 26. Como entendida a idia decincia na viso tradicionaloriental? EST AO NVEL SUBJETIVO, SUTIL OU ESPIRITUAL; MUNDO MATERIAL EST VINCULADO MAS NO FAZ PARTE CONSTITUINTE DA CINCIA;26 27. NA VISO OCIDENTAL, CONSCINCIA NOCABE DISCUTIR CIENTIFICAMENTE ...JOHN R. SEARLE A CONSCINCIA NO UM OBJETO ADEQUADO PARA AINVESTIGAO CIENTFICA PORQUE UM CONCEITO CONFUSOE MSTICO NO PIOR DAS HIPTESES. O CONCEITO DE CINCIA OBJETIVA, MAS O CONCEITO DECONSCINCIA SUBJETIVA. NO EXISTE A MENOR POSSIBILIDADE DE CHEGARMOS A UMNEXO CAUSAL INTELEGVEL, POIS ALGO TO INTELEGVEL ESUBJETIVO, POSSA RESULTAR DE ALGO OBJETIVO EQUANTITATIVO. MESMO QUE A CONSCINCIA EXISTA NA FORMA DE ESTADOSSUBJETIVOS DA CIENCIA, ELA NO TERIA NENHUM IMPACTOSOBRE O MUNDO REAL, POIS A CONSCINCIA EPIFONOMNICA.27 28. POSSVEL DISCUTIR CONSCINCIA NUMA PERSPECTIVA CIENTFICA ORIENTAL?ORIENTAL OCIDENTALHOLISMOFRAGMENTAO ESPIRITUALIDADE MUNDO SENSVELCONSCINCIA CONSCINCIA TRANSRACIONAL RACIONAL28 29. AUTORES TRANSPESSOAIS (INFLUENCIADO POR TESES ORIENTAIS) TENDEM AACEITAR QUE OS SERES HUMANOS APRESENTARIAM BASICAMENTE QUATROESTADOS CONSCIENCIAIS: DESPERTO(GROSSEIRO) SONHO (SUTIL) SONO SEM SONHO (CAUSAL) ESTADO ALTERADO DE CONSCINCIA FONTE?Mandukya Upanishad (Sc.I ou II d.C.)6. do Atharva Veda H quatro estados de conscincia (ATMAN): Vaishvanara - a conscincia normal de viglia Taijasa - sonhar em sono profundo Susupta - sem sonhos Turiya - literalmente, "o quarto", a conscincia espiritual. 29 30. OS PENSAMENTOS MSTICOS NO ORIENTE MISTICISMOSUPERIORMISTICISMO INFERIOR O PENSAMENTO METAFSICO DIALOGACOM AS PRTICASMSTICAS MSTICAS MSTICASMSTICAS UPANISHADICAS YOGUES BHATKTISSUPERIORES.(DASGUPTA).30 31. A EXPERINCIA DO SAGRADO EA CONSCINCIA ENVOLVEM: Escritos sagrados Tcnicas deascetismoAmpliao da conscincia desafio Interpretar cientificamente este conjunto de variveis31 32. LIVROS SAGRADOS E CONSCINCIA CSMICA1)O Reino de Deus est dentro de Voc e a Sua volta; no em prdios de madeiras ou pedras. Rache uma lasca de madeira e EU estarei l; Levante uma pedra e ME encontrar. Evangelho de So Thome2) "Cuando abro mis ojos al mundo exterior, me siento como una gota de agua en el ocano; pero cuando cierro mis ojos y miro interiormente, veo el universo completo como una burbuja levantndose en el ocano de mi corazn." Hazrat Inayat Khan "La Sinfona Divina"3) E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistrios e toda a cincia, e ainda que tivesse toda f, de maneira tal que transportasse os montes, e no tivesse amor, nada seria. Cor, cap.13, ver. 24) Para descubrir la inmensidad de las profundidades divinas, se impone el silencio. Arjuna y Krishna en el Baavagad Gita5) Los objetos externos son incapaces de dar plena felicidad al corazn del hombre. Upanishad6) Yo no soy mi cuerpo; soy ms. Yo no soy mi habla, mis rganos, el odo, el olfato; eso no soy yo. La mente que piensa, tampoco soy yo. Si nada de eso soy, entonces , quin soy?. La conciencia que permanece, eso soy. Ramana Maharshi 32 33. EIS ALGUMAS TCNICAS DE ASCETISMO E CONSCINCIA CSMICA: SAMPRAJNATA SAMADHI Desaparecetodas as flutuaes mentais,permanecendo apenas as impresseslatentes. (Pequeno Samadhi/samashi comsemente). ASSAMPRAJNATA SAMADHI - umSamadhi elevado em que em que o yoginatinge o Jiva-mukta, e o ser esttotalmente incondicionado. (grandesamadhi/samadhi sem semente) 33 34. ASSAMPRAJNA SAMADHI o pice da concentrao obtido atravs da cessao dasatividades da mente (chitta). Pelo Vedanta chamado de NIRVIKALPA Na escrituras Baktis chamado de CHETANA SAMADHI 34 35. DIFERENTES MANIFESTAES DE SAMPRAJNATA SAMADHI1) SAVITARKA Samadhi obtido atravs do questionamento;2) NIRVIRTARKA Significa sem qualquer questionamento. Baseia-se na concentrao dos cinco elementos fora do contexto de espao e tempo;3) SAVICHARA significa com discriminao. Baseia-se na concentrao dos cinco elementos no espao e tempo;4) NIRVICHARA significa sem discriminao. Concentram-se nos cinco elementos eliminando a conscincia de tempo e espao.5) SANANDA obtido atravs de tcnicas meditativas onde a mente colocada como objeto da meditao desprovidas de qualidades ativas (rajas) e densas (tamas).6) ASMITA neste estado o indivduo est consciente apenas do ego (asmita), separado do rajas e tamas. Estes praticantes so chamados de videhi, quer dizer, aqueles que perderam a conscincia do corpo denso. A libertao atingida quando as pequenas individualidades so extintas.35 36. CAMINHAR LENTAMENTE PARAA ILUMINAO...Os rgos so os cavalos, a mente soas rdeas, o intelecto o cocheiro, a alma o passageiro e o corpo a carruagem.Se os cavalos so muito fortes e noobedecem s rdeas, e se o cocheiro notem discriminao, ento o passageirosofre. Mas se os cavalos, os rgos, estoFilme: SAMADHIPOR YOGANANDAbem controlados pelas rdeas, a mente, eo cocheiro possuir discriminao, entoo passageiro, a alma, chega a seudestino. (VIVEKANANDA RAJAYOGA) 36 37. TRANSE MSTICO E CONSCINCIA: QUAL SUARELAO NA DIMENSO ESPAO-TEMPO?A EXPERINCIA EXTTICA DO SAGRADO A EXPERINCIA DOESPAO SEM ESPACIALIDADE TAMBM UMA EXPERINCIA FORA DO TEMPO (ELIADE) UMA EXPERINCIA DE INTEGRAO COM O SELF (JUNG) 37 38. HIPTESES SOBRE CONSCINCIA COMOEXPERINCIA MSTICA H uma correspondncia entre a conscincia enquanto despertar e a anatomia sutil sejam elas corpos sutis e/ou fsicos, chackras, nadis, marmas, shruttis e mudras/asanas, pranayamas e danas; H uma correspondncia entre conscincia espiritual e vocalizaes. Ex: CANTOS, MANTRAS H uma correlao entre conscincia espiritual e metafsica filosfica H uma correlao entre conscincia espiritual e o silncio; H uma correlao entre conscincia espiritual e espaos sagrados ou transcendentais. Ex: templos, mundos espirituais. H correspondncia entre conscincia espiritual e as etapas de aprofudamento asctico. Ex1: oito passos do yoga-sutra de patanjali ex2: limpezas fsico-espirituais (candombl, passes e imposio de mos, etc). 38 39. PRIMEIRO EXEMPLO: A RELAOENTRE CORPO-ALMA E A CONSCINCIAESTE PRINCPIO ENCONTRA-SE NASMACRO-RELIGIES ORIENTAIS JUDASMO CRISTIANISMO ISLAMISMO39 40. SEGUNDO EXEMPLO: A RELAO ENTRE CONSCINCIA E OS CINCO CORPOS DA ANATOMIA ESOTRICA Taittiriya Upanishad40 41. TERCEIRO EXEMPLO: A CONSCINCIA DOSCHAKRAS NA TRADIO TNTRICA HINDU EBUDISTA 41 42. QUARTO EXEMPLO: SMBOLOS E CHAKRAS DORDJE OU VAJRA DUPLOJOIA VAJRALOTUSRODA 42 43. QUINTO EXEMPLO: MUDRAS E AS CORES ANIMAIS ARQUETPICOS:PORCOS PRETOS GALOSSERPENTES CAVALOS GARUDAS 43 44. SEXTO EXEMPLO- ANIMAIS SAGRADOS44 45. STIMO EXEMPLO ELEMENTOS DA NATUREZA 45 46. CONSCINCIA: CORPOS E MENTES EMHARMONIA E EM EQUILBRIO O INTUITO MOVIMENTAR AS ENERGIAS SUTIS POSITIVAMENTE; A ENERGIA SUTIL UMA MANIFESTAO DA CONSCINCIA; AS ENERGIAS PSICO-ESPIRITUAIS QUANDO BEMORIENTADAS PRODUZEM SADE, BEM-ESTAR,FELICIDADE E A ELEVAO DO NVEL CONSCIENCIAL A EXPERINCIA DO SAGRADO, PODE FAVORECER AOPROCESSO DE INTEGRAO SENSORIAL E MENTAL46 47. 47 48. BARAKA OUFONTE DA VIDA48 49. E A PSICOLOGIATRANSPESSOAL? TEM PROCURADO APROFUNDAR O TEMA AOBUSCAR COMPREENDER A RELAO ENTRECONSCINCIA E ESPIRITUALIDADE LUZ DACINCIA. A QUESTO DA CONSCINCIA ESTARIAVINCULADO COM O PROCESSO DESENSIBILIZAO MEDIANTE AEXPERIENCIALIZAO COM ESTADOS NO-ORDINRIOS OU EXTTICOS. 49 50. 50 51. OS OBJETIVOS DA CINCIA NAPESPECTIVA TRANSPESSOAL VISA PROMOVER A INTEGRAO ENTRE SABERES EEXPERINCIAS ESPIRITUAIS E O CONHECIMENTOCIENTFICO; PROCURA COMPREENDER A LGICA DA CONSCINCIAESPIRITUAL NUMA PERSPECTIVA DO SABERCIENTFICO; DIFERENTES AUTORES TRANSPESSOAIS PROCURARAMTRAAR DISTINTAS ESTRATGIAS NESTA DIFCILINTEGRAO; A GRANDE DIFICULDADE EST EMDEFINIR UMA EPISTEMOLOGIA PRPRIA, ACEITA PELACOMUNIDADE CIENTFICA; 51 52. OS DESAFIOS DA CINCIA NO CAMPO TRANSPESSOALMuitas pessoas de viso limitada definem aessncia da cincia como sendo um controleprudente, uma validao de hipteses, umabusca no sentido de verificar-se as idias deoutras pessoas so corretas ou tido. Porm,como a cincia tambm uma tcnica dedescobertas, seria necessrio aprender comoestimular as intuies e vises deexperincias culminantes e, em seguida,como trat-las enquanto dados. Abraham Maslow, The Farther Reaches of HumanNature, The Viking Press, Nova York, 197152 53. 53 54. A CONSCINCIA ESPIRITUAL NAHISTRIA OCIDENTAL Na antiguidade Pr-Clssica aconscincia sagrada era enfatizada pelosseus poderes mgicos. Na Idade Mdia a experincia mstica daconscincia poderia ser vista comoheresia ou como santidade. Desde o advento da Psiquiatria no sc.Xix, muitos estados modificados deconscincia de carter mstico passarama ser considerados um estado patolgico,ou manifestao da loucura comodoena.54 55. GRCIA ANTIGA PR-SOCRTICA (XX a.C. V a.C.) No era uma doena, poderia SER at umprivilgio. Loucura divina era chamada de Manik(divinatrio/delirante) Deviam ser mantidos a certa distancia,para separar o sagrado do profano; No perodo clssico grego (sc. V a.C.) arelao entre misticismo e conscinciavo se separando;55 56. Plato ( 428/427 Atenas, 348/347 a.C) A psique (alma) era dividida em trs partes:1. Racional (logistikon) - funo superior do conhecimento abstratoSensria-perceptiva2. Afetivo-espiritual (Thymoides)- mediao entreAfetiva- racional espiritual razo e instinto3. Apetitiva (Ephithymoides) psique sensao, percepo e conhecimento concreto56 57. Plato classifica a desrazo(Ania): Mania de origem divina: Proftico Potico Exttico (dionsico) ertico Mania de origem terrestre: Loucura (melanchliks) Ignorancia (amanthia) ou demncia57 58. A FORA DO LOGOS NOPENSAMENTO OCIDENTAL Com a nfase no racional, aloucura sagrada e estadosinconscientes enquanto caminhopara uma conscincia superiorforam enfraquecidos. Conscincia entendida comoumfenmeno puramenteracional. O divisor de guas sobre o temasurge com a psicanlise. 58 59. A EMERGNCIA DE TEORIAS INTEGRATIVAS NO PENSAMENTO OCIDENTAL59 60. TEORIAS DA CONSCINCIA PROFUNDA OUHIPERCONSCINCIA A TRANSPESSOALIDADE EM VRIOS FOCOSELIADE JUNG BATESONWILBERCAPRAGROF60 61. CARL JUNG (1875 - 1961) CONSCINCIA NVEIS PSQUICOS:INCONSCIENTEAS NICAS COISAS DO MUNDOCOLETIVO/INCONSCIENTE ARQUTIPOPESSOAL QUE PODEMOS EXPERIMENTARDIRETAMENTE SO OSCONTEDOS DA CONSCINCIA. 61 62. MIRCEA ELIADE(1907-1986) ESPAO PROFANO x ESPAO SAGRADO TEMPO DOS MITOS O ETERNO RETORNO MITO - UMA VERDADE SAGRADA REPRESENTAES DO SAGRADO NAS FILOSOFIASMSTICAS. O XAMANISMO E AS TCNICAS ARCAICAS DOXTASE. 62 63. GREGORY BATESON(1904-1980)TODA EXPERINCIA SUBJETIVA. SAGRADO - INTEGRAO HOMEM-NATUREZACRTICA CINCIA DUALISTA (SUJEITO x OBJETO)CRTICA A CONCEITO DE CONSCINCIA (RAZO)x MENTE ENQUANTO UMA VISO INTEGRATIVA63 64. 64 65. O QUE CONSCINCIA?WILBER apresenta duas grandes teorias explicativas:PRIMEIRO MODELO EXPLICATIVO: A CONSCINCIA COMO ESPECTRO VISOVISO OCIDENTAL ORIENTAL EGO compreende nosso papel, a imagem que temos dens mesmos; EXISTENCIAL o referente sensorial de nossa auto-imagem; MENTAL a conscincia mstica que se identifica com ouniverso.Livro O espectro da conscincia65 66. O QUE CONSCINCIA? K. WILBERSEGUNDO MODELO EXPLICATIVO:A CONSCINCIA COMO PROJETO DE ENTENDIMENTO DAEVOLUO DA A ALMA - 1. SUBCONSCINCIA (instintiva, impulsiva, id); - 2. AUTOCONSCINCIA (ego, conceitual, sinttica); - 3. SUPERCONSCINCIA - (transcendente, transpessoal, transtemporal). Livro: O projeto Atman/ Psicologia Integral 66 67. SISTEMA DE KEN WILBERCARTOGRAFIA DA CONSCINCIA AUTOCONSCINCIASUBCONSCINCIA SUPERCONSCINCIA CICLO GERAL DA VIDA67 68. KEN WILBER DA RELIGIO CINCIA PARA COMPREENDER ACONSCINCIA 68 69. 69 70. O QUE CONSCINCIA? VISO DE STANISLAVGROF GROF A conscincia HOLOTRPICA. Sua cartografia compreende: Nvel biogrfico; Nvel perinatal; Nvel transpessoal. EMERGNCIA ESPIRITUAL: complicao no processo de evoluo daconscincia impossibilitando uma vida mais feliz e equilibrada. COEX SISTEMA DE EXPERINCIAS CONDENSADAS70 71. A EXPANSO DA CONSCINCIA EMESTADOS MODIFICADOS (GROF) Identificao com outras pessoas; Experincia existencial em outras espcies; Experimentao da conscincia enquanto biosfera; Experienciao da conscincia enquanto matria inanimada e como processo inorgnico; Gaia: experincia da conscincia planetria; Dissoluo das fronteiras fsica e temporais. 71 72. RELAXAMENTO E MEDITAO CONDUZIDA: ANIMAL ANCESTRAL OU OUTRAS 72 73. 73 74. A CONSCINCIA: DA CINCIATRADICIONAL AO TRANSPESSOALFritjof Capra CONEXES OCULTAS TEORIA CARTESIANA: DESCARTES SEC. XVII DUALIDADE DA NATUREZA RES COGITANS COISA PENSANTE/SUJEITO/ MENTE RES EXTENSA COISA EXTENSA OBJETO/MATRIA TEORIAS NEUROREDUCIONISTAS: SC. XIX NEUROCINCIA -CIENTISTAS ACHARAM QUE PODERIA HAVERALGUM VNCULO ENTRECREBRO E CORPO (ESTRUTURASCEREBRAIS E FUNES MENTAIS). 74 75. TEORIAS DA CONSCINCIA NO SC.XX:Fritjof Capra CONEXES OCULTAS TEORIAS FUNCIONALISTAS : RELAES CAUSAIS NO SISTEMA NERVOSO TEORIAS DOS MISTERIANOS: UM MISTRIO PROFUNDO E A INTELIGNCIA HUMANA JAMAISCOMPREENDER.75 76. TEORIAS COGNITIVAS:Fritjof Capra CONEXES OCULTAS A conscincia um processo cognititvo, a experincia vivida, manifesta-se em certos graus de complexidade, exige um crebro e um sistema nervoso superior;H dois tipos de Conscincia: Conscincia primria: so mediados pelapercepo, sensao e emoo. Conscincia de ordem superior:(autoconscincia) compreendida como aconscincia reflexiva. 76 77. TEORIAS SISTMICAS: Mente e conscincia no so coisas mas processos. TEORIAS DA NEUROFENOMENOLOGIACombinam a fenomenologia (anlise das experinciassubjetivas) com a anlise dos padres e processosneurais correspondentes. H trs correntes: 1) Psicologiacientfica e a prticadaintrospeco: (William James, sc. Xix) 2) Fenomenologia: (Husserl / MarleauPonty / Sartre) 3) Orientalistas: baseiam-se em tradiescontemplativas. Faz se o uso de relatosderivados da meditao, inspirando-seem tradiesreligiosas como oBudismo, Hindusmo, Taosmo, Islamismo e Cristianismo. Fritjof Capra CONEXES OCULTAS 77 78. 78 79. 1. REFERNCIAS:Wilber, Ken. Breve historia de todas las cosas. Buenos Aires: Paids, 1993.2.WILBER, Ken. O projeto Atman: uma viso transpessoal do desenvolvimento humano. So Paulo: Cultrix, 2004a.3.WILBER, Ken. O espectro da conscincia. So Paulo: Cultrix, 2004b.4.WILBER, Ken. A unio da alma e dos sentidos: integrando cincia e religio. So Paulo: Cultrix, 1998.5. WILBER, Ken. Psicologia integral. Buenos Aires: Paids. 1998.6.JUNG, Carl Gustav. Los complejos y el inconsciente. Barcelona: Altaya, 1997.7.JUNG, Carl Gustav. Psicologia e religio. Petrpolis: Vozes, 1978.8.JUNG, Carl Gustav. El secreto de la flor de oro. Barcelona: Paids, 1981.9.GOLEMAN, Daniel. A arte da meditao. Rio de Janeiro: Sextante, 2005.10. GROF, Stanislav. La mente holotrpica. Barcelona: Editorial Kairs, 1999.11. GROF, Stanislav (et.al.). El poder curativo de las crises. Barcelona: Editorial Kairs, 1993.12. GROF, Stanislav. Psicologia transpersonal. Nacimiento, muerte y trascendencia en psicoterapia. Kairos: Chile, 1988.13.GROF, Stanislav. A aventura da auto-descoberta. So Paulo: Summus, 1997.14. WEIL, Pierre. Antologia do xtase. So Paulo: palas Athena, 2000.15. SARTRE, Jean-Paul. O ser e o nada.Ptrpolis: Vozes, 2002.16. CAPRA, F. Conexes ocultas.17. CAPRA, Fritjof. O Tao da Fsica: um paralelo entre a fsica moderna e o misticismo oriental. So Paulo: Cultrix, 1983.18.CAPRA, Fritjof..o ponto de mutao19. CAPRA, Fritjof. Pertencendo ao universo20. GOSWAMI, Amit. A fisica da alma21. GOSWAMI, Amit. O universo autoconsciente.22. GLEISER, Marcelo. Criao imperfeita23. GLEISER, Marcelo. A dana do universo24. BHASKARANANDA, Swami. Meditao. A mente e a yoga de Patnjali. Rio de Janeiro: lotus do saber, 2005.25. OSBORNE, Arthur. Ramana MAHARSHI: em suas prprias palavras. Trancoso, Advaita, 2008.26. SUI, Mestre Choa Kok. Psicoterapia Prnica. So Paulo: Ground, 2004.27. SUI, Mestre Choa Kok. Cura prnica avanada. So Paulo: Ground, 1993.28. SUI, Mestre Choa Kok. A cura prnica com cristais. So Paulo: Ground, 1997.29. TINOCO, Carlos Alberto. As Upanishads do Yoga. So Paulo: Madras, 2005.30. THOMAS, Kate. Transpersonal experiences a need to re-evaluation? : Disponvel em: http://www.citizeninitiative.com31. ALVES, Rubem. Filosofia da cincia: introduo ao jogo e suas regras. So Paulo: Loyola, 2000.32. ELIADE, Mircea. Mitos y realidad. Barcelona:Editorial Labor, 1991.33. ELIADE, Mircea. Lo sagrado y lo profano. Guadarrama: Punto mega, 1981.34. ELIADE, Mircea. Yoga, imortalidade e liberdade. Palas Athenas: So Paulo,1996.35. JUNG, Carl Gustav. Os arqutipos e o inconsciente coletivo. Petrpolis: Vozes, 2008.36. JUNG, Carl Gustav. Psicologia e religio oriental. 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GRIFFITH, Ralf T. H. USA: Kindle Edition e-books (1896), 2007.7948. CASSIRER. ERNST. A filosofia das formas simblicas. 80. LIVRO: OLIVEIRA, Vladimir Lus de. A mstica do sagrado notoque dos chackras. Curitiba: Protexto, 2009. Site:http://www.protexto.com.br/livro.php?livro=265 80 81. ENTRE A CINCIA E O MITO: COMO PODEMOS PENSAR A QUESTO DA CONSCINCIA A PARTIR DA MSTICA ESPIRITUAL?81