Conselho Geral da CBB se reúne sob nova Diretoria

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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 20 Domingo, 17.05.2015 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Conselho Geral da CBB se reúne sob nova Diretoria Presidente dá o tom...

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1o jornal batista – domingo, 17/05/15?????ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 20 Domingo, 17.05.2015R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Conselho Geral da CBB se reúne sob nova Diretoria

Presidente dá o tom...

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2 o jornal batista – domingo, 17/05/15 reflexão

E D I T O R I A L

Proposta da CBB para o programa de Educação Religiosa

A Convenção Batista Brasileira desde sua gênesis esteve cons-ciente da importân-

cia da Educação Religiosa na vida e desenvolvimento da Igreja. Tanto, que em sua filosofia, destaca com muita clareza este posicionamen-to ao afirmar: “A Educação Religiosa tem por objetivo o desenvolvimento da cons-ciência do cristão quanto à atitude que deve assumir e desenvolver a luz da Palavra de Deus. Tem por objetivo desenvolver o caráter cristão que deve expressar-se na adoração, na conduta e no serviço cristão e visa ao ple-no crescimento do homem como ser criado à imagem e semelhança de Deus. Tem por base a ideia de que Deus se revela como verdade infi-nita e que o homem é capaz de conhecê-lO em parte. Isso deve levá-lo a crescer na graça e no conhecimento de

Cristo e a compartilhar com seu semelhante à vida cristã como um todo”.

Para operacionalizar esta filosofia, estabeleceu as se-guintes Diretrizes:

1- Produzir, organizar e promover programas de Edu-cação Religiosa, sugerindo-os às igrejas, a fim de obter:

1.1 O desenvolvimento integral dos salvos, objetivan-do a maturidade em Cristo, conduzindo-os a vivenciarem os princípios cristãos no lar, na igreja e na sociedade, à luz da Palavra de Deus;

1.2 O crescimento da res-ponsabilidade quanto ao en-sino da Palavra de Deus no lar, por reconhecer que a família é instituição criada por Deus;

1.3 A comunhão fraternal que considera a busca em satisfazer as necessidades e aspirações de cada pessoa;

1.4 Salvos treinados e ca-pacitados, que utilizem os

seus talentos e dons espiri-tuais e atuem como agentes de transformação, a serviço da causa de Cristo, a partir da comunidade em que vi-vem para a glória de Deus e edificação do Corpo de Cristo;

1.5 Líderes treinados para a mobilização dos membros das igrejas na execução de seus ministérios.

2- Estimular e apoiar as igrejas no tocante ao conhe-cimento, prática e defesa das doutrinas aceitas pelos batistas;

3- Estimular a maturidade e a capacitação para o serviço cristão, através dos progra-mas de Educação Religiosa desenvolvidos pelas entida-des que operam nessa área e ainda pelas próprias igrejas, utilizando técnicas, métodos e instrumentos modernos para esses fins;

4- Incentivar, através de suas entidades, uma políti-

ca geral de atendimento a todos os membros das igre-jas, incluídos em suas res-pectivas áreas de atuação, de modo que os programas convencionais de Educação Religiosa, Missões, Música Sacra e Mordomia Bíblica sejam efetivamente atingidos e gerem oportunidades para a valorização e crescimento das pessoas alcançadas;

5- Estimular o lazer, obje-tivando o desenvolvimento da saúde física e mental dos indivíduos;

A proposta que segue é fruto da reflexão desta linha e diretrizes estudadas e siste-matizadas de forma a poder ser usada pela igreja local no desenvolvimento de seu programa de Educação Re-ligiosa.

Sócrates Oliveira de Souza,diretor executivo da

Convenção Batista Brasileira

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

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ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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3o jornal batista – domingo, 17/05/15reflexão

Sócrates Oliveira de Souza, diretor executivo da Convenção Batista Brasileira

Administração

O apóstolo Paulo, escre-vendo à Igreja de Corinto, no final do capítulo 14 de sua primeira carta, declara: “Fazei tudo com ordem e decência” (I Co 14.40). Essa recomendação aplica-se perfeitamente aos princípios de administração da Igreja e suas organizações.

Para uma perfeita compre-ensão da tarefa de adminis-trar é fundamental conhecer a importância da organiza-ção, as características que devem ter seus líderes e sua estrutura funcional.

O conceito geral de admi-nistração consiste em “Ciên-cia, técnica ou arte de plane-jar, dirigir e controlar todos

os empreendimentos huma-nos” ou, mais objetivamente, “Orientar, dirigir e controlar os esforços de um grupo de indivíduos para um objetivo comum”.

No processo de adminis-tração da Igreja e suas or-ganizações existem vários papéis muito importantes, que são desempenhados pelo administrador. A ele compe-te estabelecer os objetivos, desenvolvimento de planos, determinação de políticas, elaboração e avaliação de estratégias, coordenar, di-rigir, controlar, motivar e comunicar.

Entende-se, portanto, que a administração da Igreja é toda atividade relativa a orientação, a direção e con-trole dos esforços da mesma, para que o ensino bíblico sistemático alcance efetiva e eficientemente a todas as pessoas possíveis de serem alcançadas.

Planejamento

Na abordagem sobre admi-nistração ficou claro que uma das tarefas da liderança é pla-nejar. A Bíblia apresenta uma série de exemplos de planeja-mento. A narrativa da criação registrada no primeiro capitu-lo de Gênesis demonstra cla-ramente os princípios gerais do planejamento, aplicado através de uma sequência de etapas ordenadas. Deus criou coisas necessárias (princípio da eficiência - fazer a coisa certa), e a cada criação Deus viu que era bom, (principio da eficácia - fazer a coisa certa de maneira adequada). No Novo Testamento, um bom exemplo de planeja-mento está registrado em Lucas 14.28-30, bem como as consequências da falta de planejamento, descrito em Mateus 25.1-13.

O que é planejamento? O planejamento é um proces-

so contínuo que compreen-de um conjunto de etapas gradativas para alcançar os objetivos organizacionais, e que gera como produto final, um plano que funciona como um mapa: ele mostra à organização aonde ela está indo e como vai chegar lá. Ele é tanto um plano de ação, como um documento escrito.

Este processo pode ser resumido como “A aplica-ção planejada de todos os recursos para alcançar os objetivos da Igreja”. Peter Drucker afirma que: “O pla-nejamento não diz respeito a decisões futuras, mas as implicações futuras de deci-sões presentes”.

O propósito do planeja-mento da Igreja é definido como o desenvolvimento de ações que permitam fa-zer com que as atividades aconteçam em vez de sim-plesmente aceitar e tolerar os acontecimentos.

Etapas do Planejamento

Há, entre outras, cinco eta-pas consideradas básicas:

1. Planejamento dos fins - especificação do estado futuro desejado. A missão da Igreja, os propósitos, os ob-jetivos, os objetivos setoriais e as metas.

2. Planejamento dos meios - proposição dos caminhos para a Igreja alcançar o esta-do futuro desejado.

3. Planejamento organi-zacional - estruturação dos requisitos organizacionais para poder realizar os meios propostos.

4. Planejamento de recur-sos - dimensionamento dos recursos humanos e mate-riais.

5. Planejamento de im-plantação e controle - esta-belecimento da atividade de administrar a implantação e o controle do processo.

Administração e planejamento

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4 o jornal batista – domingo, 17/05/15

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Imitadores de Cristo

reflexão

“Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo” (I Co 11.1)

Escrevendo aos Corín-tios, Paulo deixa claro que a missão básica de cada discípulo é

a de refletir a vida que se encontra na comunhão com Cristo. “Tornem-se meus imi-tadores, como eu o sou de Cristo” (I Co 11.1).

Na vida diária, as pessoas não têm recursos naturais para ver a Cristo. Ouvem fa-lar, leem a respeito, mas não veem praticamente a pessoa concreta de Jesus. Por isso, o apóstolo Paulo nos ensina que a maior responsabilidade que assumimos, como cris-tãos, é a de viver como Jesus viveu. Quando imitamos a

Cristo, as pessoas descobrem a Jesus através de nós.

Imitar a Jesus, diz a Bíblia, não é o resultado de nossa “força de vontade”. É o Espí-rito de Cristo que, quando O aceitamos pela fé, faz de nós uma “nova criatura”, como está escrito em II Coríntios 5.17. A partir deste primeiro encontro, o Espírito de Cris-to passa a reinar em nosso “coração”, segundo Efésios 3.17. Neste processo, racio-cinamos com “A mente de Cristo”, como exemplifica I Coríntios 2.16, e passamos a ter “Cristo engrandecido em nosso corpo”, de acordo com Filipenses 1.20. E, porque o processo é permanente e crescente, o Espírito nos usa para mostrar a Cristo àqueles com quem vivemos.

Roberto do Amaral Silva, pastor, professor do STBG, membro da Segunda Igreja Batista de Goiânia – GO

Os seres humanos são naturalmente religiosos. San-tuários, orações,

cânticos e livros religiosos fazem parte do cotidiano da humanidade.

Em Atenas havia tantos deu-ses que o apóstolo Paulo se indignou devido à “Idolatria reinante na cidade”, descrita em Atos 17.16. E depois de-clarou: “Senhores atenienses, em tudo vos vejo acentuada-mente religiosos” (At 17.22).

A religião também fazia parte do dia a dia dos roma-nos. A maioria das casas e até oficinas possuíam um santu-ário particular, com estátuas de deuses domésticos.

Ao iniciar seu ministério, no meio do seu próprio povo, o Senhor Jesus se deparou com a religiosidade judaica.

Com suas raízes no Antigo Testamento, o judaísmo era a religião autorizada, porém, já afastada das Escrituras. Os judeus religiosos trocaram a Palavra de Deus pelas tradi-ções humanas como mostra Mateus 15.2-3. A adoração deles era em vão, pois honra-vam a Deus só de boca para fora e o coração bem distante de Deus.

Muitos membros de igrejas evangélicas são também me-ramente religiosos, não im-portando se o religioso se diz “tradicional” ou “avivado”.

Embora o ambiente em que Jesus viveu fosse um verdadei-ro fermento de religiosidade,

incluindo a dos judeus, bas-tante apegados à sua religião, Jesus desafiou homens e mu-lheres a se tornarem discípu-los dele e não religiosos. Os discípulos de Jesus são seus seguidores e não adeptos de uma filosofia religiosa.

A palavra “discípulo” pro-vém do mesmo radical de “disciplina” e se refere a um aprendiz, aluno ou seguidor. Discípulo não se dedica ape-nas a pensar, mas também a praticar o que aprendeu com seu mestre.

O discípulo autêntico é quem está a caminho da se-melhança de Jesus, como declarou o apóstolo Paulo: “Pois aqueles que de an-temão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos” (Rm 8.29 - NVI).

Portanto, o discípulo au-têntico não se limita apenas a conhecer histórias da Bíblia e decorar versículos bíblicos; ele vive de acordo com seu Mestre e trabalha para que outros conheçam a fé cristã e cresçam nela.

O discipulado de Cristo exige, sim, mudança de vida, hábitos e valores. Não con-fessa só com os lábios, con-forme diz o Senhor através do profeta Isaías: “Esse povo se aproxima de mim com a boca e me honra com os lá-bios, mas o seu coração está longe de mim. A adoração que me prestam é feita só de regras ensinadas por ho-mens” (Is 29.13 - NVI). Outra versão diz que as tais regras religiosas são “Mandamentos

de homens, que maquinal-mente [o povo] aprendeu”.

Essa declaração severa foi usada por Jesus para denun-ciar a hipocrisia da religião oficial dos judeus. Daí, James Boice declara: “Não há nada mais óbvio do que a verdade que, na religião, as palavras sem prática são inúteis, e até mesmo desprezíveis”.

Isso indica que confissão sem prática não agrada a Deus. Tiago já insistia que devemos ser praticantes das Escritu-ras e não somente ouvintes, sucumbindo ao autoengano religioso. Também podemos acrescentar que não devemos ficar apenas no nível da confis-são formal, como disse Jesus: “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus” (Mt 7.21 - NVI). Mais adiante, Jesus insiste que quem ouve as suas palavras e as põe em prática é comparado a um homem prudente que constrói sua casa em bases firmes.

Portanto, discipulado não é religiosidade e ser discípulo de Cristo não é ser religioso.

Para concluir, leiamos o tópico “As Exigências do Discipulado” em Princípios Batistas:

“O aprendizado cristão inicia-se com a entrega a Cristo, como Senhor. Desen-volve-se à proporção que a pessoa tem comunhão com Cristo e obedece aos seus mandamentos. O discípulo aprende a verdade em Cristo, somente por obedecê-la. Essa obediência exige a entrega das ambições e dos propósi-

Como o homem Batista precisa ser:Lembrar que Jesus habita no seu coração,Ser justo, calmo, moderado e imparcial,Não fazer imposições e nem oposição,Não ser juiz, mas ser espiritual.O mundo tem outros horizontes,A indisciplina é a recusa do perdão,Não persistir no erro, aceitar a correção,Lembrar sempre que ganhastes a salvação.Quando aparecer um desejo,Seja calmo, flexível, lógico,Recorra sempre àquele que é amor,Busque a vontade do Senhor.Aprenda a ser tolerante,É como homem Batista precisa serO caminho da humildade sempre aprender,Para que no céu possamos viver.

Como um pastor precisa ser:O mais correto que puder,Não fazer julgamento arbitrário,Calmo, tranquilo, moderado, prudente,E marido de uma só mulher.

Pensar sempre no sumo pastor,Pensar e não agir como quer,Não dar respostas precipitadas,Sempre quando agir seja com amor.

Seus pensamentos não podem ir ao léu,Ser bíblico, em todos os casos, ser leal,Não aceitar palavras vãs,Não agir pela emoção, sempre espiritual.

Suas respostas serão sempre cheias de amor, Mesmo que isto possa trazer desconforto, Não deixar transparecer o seu desejo, Deixar que seja feita a vontade do Senhor.

O pastor é aquele que todos gostariam de ser,Ele é sempre o homem humilde e simples,Está sempre alegre, mesmo na dor,É como o servo pastor, precisa ser.Ser pastor é ser lealÉ viver na presença do seu Senhor,Pelo simples fato que foi chamadopara ser pastor.

Sejamos discípulos e não religiosos

tos pessoais e a obediência à vontade do Pai. A obediência levou Cristo à cruz e exige de cada discípulo que tome a própria cruz e siga a Cristo.

O levar a cruz, ou negar--se a si mesmo, expressa-se de muitas maneiras na vida do discípulo. Este procurará, primeiro, o Reino de Deus. Sua lealdade suprema será a Cristo. Ele será fiel em cum-prir um mandamento cristão.

Sua vida pessoal manifestará autodisciplina, pureza, inte-gridade e amor cristão, em todas as relações que tem com os outros. O discipulado é completo.

As exigências do discipula-do cristão, baseadas no reco-nhecimento da soberania de Cristo, relacionam-se com a vida em um todo e exigem obediência e devoção com-pletas”.

Eusvaldo Gonçalves, colaborador de OJB

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cristã repele nossas preo-cupações e ansiedades e nos ensina a priorizarmos o Reino de Deus e Sua justiça, enquanto o Senhor provi-dencia o que precisamos. A espiritualidade cristã repele o desejo humano de saber o que acontecerá no amanhã, o desejo de controlar o futu-ro e nos mostra que devemos viver o hoje para a glória de Deus. A espiritualidade cristã repele os modelos e padrões que nos cercam e mostra Jesus como único modelo a ser seguido. A espirituali-dade farisaica nos leva a de-monstrarmos publicamente a nossa devoção, enquanto Jesus nos ensina a orarmos em secreto no recôndito do nosso quarto, lugar de inti-midade.

Assim como o pequeno mosquito transmite a den-gue, que provoca um mal es-tar imenso, e leva as pessoas à morte, assim também a

espiritualidade farisaica que se aloja e produz grandes desconfortos. A proposta de espiritualidade farisaica nos leva a uma vida falsa, super-ficial e medíocre, caracterís-ticas de morte, enquanto a espiritualidade proposta por Jesus nos leva de volta aos braços do Pai, a estarmos no centro da vontade de Deus, a alinharmos nossa vida segundo os propósitos do Senhor, características da vida.

Que o Evangelho nos leve a repelirmos a religiosidade farisaica, e que Jesus nos ensine a repelirmos o que não agrada a Deus em nossa vida. Que o Evangelho seja o nosso repelente para essa espiritualidade narcisista, egoísta e mundana praticada pelos “evangélicos”. Que o Evangelho da graça seja nos-so repelente e que sejamos seguidores de Jesus Cristo em tudo e nada mais.

Jeferson Rodolfo Cristianini, pastor da Primeira Igreja Batista de Bauru – SP

Estamos vivendo uma crise de saúde públi-ca por conta da epi-demia da dengue.

Esse pequeno mosquitinho tem contaminado muitas pessoas, famílias e cidades. Há famílias inteiras sofrendo com os sintomas doloridos da doença. Há cidades so-frendo com milhares de pes-soas infectadas. Há famílias chorando a morte de entes queridos por conta da doen-ça. A epidemia está intensa principalmente na região sudeste do nosso país. As au-toridades não sabem como lidar com essa epidemia, e muito menos as políticas de saúde pública. Para comba-ter a dengue, as pessoas es-tão usando a pulseirinha de citronela, e outras usam al-gumas estratégicas caseiras,

como álcool misturado com cravo. Mas, o que a popula-ção está usando mesmo são os repelentes de mosquitos. Os repelentes estão em falta nas farmácias. As pessoas querem tentar repelir o mos-quito a todo custo.

Nosso Mestre Jesus comba-teu veemente a religiosidade formal de sua época. Ele rebateu a religiosidade dos fariseus e escribas. Jesus dis-se: “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no Reino dos céus” (Mt 5.20). A religiosidade formal dos fariseus e escribas era carac-terizada pelo extremismo religioso baseado nas leis de Moisés, e extremismo era marcado pela leitura literal das leis. Eles valorizavam a aparência estética do corpo e demonstravam publica-mente que eram piedosos e que reconheciam o jejum e

a oração. Eles entregavam o dízimo e diziam que faziam isso para que as pessoas admirassem a postura deles e não dizimavam motivados pela devoção a Deus.

Jesus mostrou que, na ver-dade, a espiritualidade cristã repele as propostas farisaicas que ainda estão na moda. A espiritualidade cristã re-pele programas litúrgicos de oração e nos leva para o quarto para uma conversa franca com Deus que vê em secreto. A espiritualidade cristã repele o desejo de se aparecer no ato de ofertar e ensina que o que vale no ato de ofertar é a motivação do coração e não a quantia monetária. A espiritualidade cristã repele o desejo de manter uma vida religiosa formal e conceitual, e nos leva para o propósito ideal que enfatiza o amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo. A espiritualidade

Espiritualidade repelente

A Igreja Batista Memorial da Tijuca convida pastores, irmãos e amigos para o Concílio de FLAVIO DE SOUZA ALVES, que se realizará no dia 06 de junho de 2015, às 16h 30min,

no sede do templo, situado à Rua Conde Bonfim, 789, Tijuca, Rio de Janeiro, RJ.

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vida em famíliaGilson e Elizabete Bifano

6 o jornal batista – domingo, 17/05/15 reflexão

Lançada em abril, a novela “Babilônia” tem dado o que falar. Alvo de boicote por

parte dos evangélicos tem causado muita dor de cabeça à Rede Globo.

O enredo é assinado por Gilberto Braga, João Ximenes Braga e Ricardo Linhares. Além de temas ligados ao homossexualismo, segundo uma rápida pesquisa na in-ternet sobre a referida novela, há temas como prostituição, traição, violência, assassinato e muito mais.

Logo no primeiro capítulo os autores, em uma demons-tração clara de afrontamento aos valores tradicionais da família, colocaram no ar um beijo lésbico. Gilberto Bra-ga, um dos autores, disse, ironicamente, no dia seguin-te: “Era apenas para ser um selinho”.

Há muito tempo que a televisão brasileira tem se levantado para destruir os valores familiares. Mas, a certeza a que chegamos, é que os autores dos folhetins estão cada vez mais agressi-vos em seus ataques à famí-lia tradicional.

Logo na primeira semana, como já afirmamos, líderes e organizações evangélicas e católicas se levantaram e conclamaram a comunidade cristã para que boicote a no-vela e seus patrocinadores. Infelizmente, ainda é preciso usar a palavra “boicote”, pois há muito tempo que as famí-lias cristãs deveriam deixar de assistir estes programas que são verdadeiros lixos morais e espirituais. A Rede Globo de Televisão, por ser líder de audiência, fica mais em evidência. Mas, a verda-de é que outras emissoras com seus programas de en-tretenimento não ficam muito longe da poderosa Globo.

Além de abolir o costume de assistir a novelas, os cris-tãos e aqueles que acreditam nos valores milenares da fa-mília, precisam repensar e

selecionar minuciosamente os programas televisivos, além de cultivar na vida dos filhos um senso crítico em relação à mídia.

Foi-se o tempo em que as novelas eram historinhas de amor. Hoje, os autores demonstram claramente que desejam desconstruir valores eternos da família, querem, intencionalmente, mudar conceitos e formar novos pensamentos, especialmen-te na nova geração. O que fazer diante deste quadro nebuloso?

Primeiro, devemos, sim, demonstrar nossa indigna-ção. Escreva para as emisso-ras e demonstre sua contra-riedade. Faça barulho! Use as redes sociais, demonstre sua indignação, mesmo que seja acusado de retrógrado e fundamentalista.

Aqui vale a citação de Ed-mund Burke, em suas re-flexões sobre a Revolução Francesa: “Porque meia dú-zia de gafanhotos sob uma samambaia faz o campo tinir com seu inoportuno zumbi-do ao passo que milhares de cabeças de gado repousando à sombra do carvalho inglês ruminam em seu silêncio, por favor, não vá imaginar que aqueles que fazem baru-lho são os únicos habitantes do campo; ou, ainda, que signifiquem mais do que um pequeno grupo de insetos efêmeros, secos, magros, saltitantes, espalhafatosos e inoportunos”.

Em segundo, construir na família um senso crítico, já na geração mais jovem. Cada cena, cada fala está impregnada de conceitos ideológicos que, na maioria das vezes, ferem a Palavra de Deus. Precisamos identificar estas mensagens e confrontá--la com a Bíblia.

Por último, lembrar sempre à família, especialmente às crianças e adolescentes, as verdades absolutas da Pala-vra de Deus sobre família, casamento e sexualidade.

Cleverson Pereira do Valle, colaborador de OJB

O povo brasileiro sempre brinca com a questão do trabalho. Quan-

do é segunda-feira reclamam, já quando chega à sexta-feira fazem a festa. Muitos chegam a falar que o trabalho foi consequência do pecado de Adão, quanta ingenuidade. O trabalho sempre fez parte dos planos de Deus.

Jesus chegou a afirmar que o Pai trabalha e Ele trabalha também, Deus criou tudo o que existe em seis dias e no sétimo descansou. O ser hu-mano foi colocado no Éden com uma responsabilidade, dar nome a todos os animais, cuidar e zelar da terra. O que seria este cuidado da terra, se não for trabalho?

O trabalho existe antes da

queda do homem, que tem o privilégio de trabalhar para conquistar o seu sustento mensal. Não é bom viver na ociosidade, viver na depen-dência das pessoas; cada um deve buscar o seu próprio sustento. Não existe mágica, ninguém consegue viver sem trabalho, é necessário traba-lhar e trabalhar muito para conseguir o que deseja.

Com os grandes empresá-rios aprendemos a valorizar o trabalho, a maioria deles chegaram onde estão com muito trabalho. Acordar de madrugada, ir à luta, fazer por merecer, tudo isso dá trabalho e é trabalho.

Quando o homem falhou lá no Éden, quando aconte-ceu a desobediência a Deus, o homem passa a comer o seu pão com o suor do seu rosto. Somos desafiados a trabalhar o tempo todo, seja

na vida secular ou na vida eclesiástica.

Temos lindos hinos que nos levam ao nosso compromisso com o trabalho, por exemplo: “No serviço do meu Rei eu sou feliz”, “Vamos nós traba-lhar, somos servos de Deus”, entre outros.

O trabalho engrandece o homem, a pessoa é mais va-lorizada quando está em ati-vidade, produzindo, fazendo algo de bom. Então, traba-lhe e faça algo de útil, não seja um peso na sociedade. Não viva de forma ociosa, na dependência dos outros, esmolando o tempo todo. Trabalhe, faça algo para a sua família, para o seu bairro, para a sua cidade, para o seu estado, para a sua nação e para o planeta Terra.

Que Deus abençoe a sua vida, não deixe nunca de trabalhar com alegria.

Não à Babilônia

Trabalho

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7o jornal batista – domingo, 17/05/15missões nacionais

Redação de Missões Nacionais

Durante o Congres-so da União Batis-ta Latino America-na (UBLA), reali-

zado na Flórida, nos Estados Unidos, houve o lançamento oficial do livro Pequeno Gru-po Multiplicador, do pastor Marcio Tunala, em espanhol.

O pastor Fernando Brandão, diretor executivo de Missões Nacionais e diretor de Evange-

lismo da UBLA foi o pregador da última noite do Congresso. Ele conta que a UBLA adotou a visão de Igreja Multiplica-dora para as convenções da América Latina.

Durante o evento, também houve lançamento da campa-nha de 100 Dias de Oração pela América Latina, seguin-do novamente a proposta lan-çada por Missões Nacionais em anos anteriores. “O movi-mento ‘Jesus, Transformação e Vida’ depende de cada

esta região, sozinhos, então, iniciaram a formação de li-derança autóctone. Hoje, são aproximadamente 40 líderes, entre pastores, esposas de pas-tores e missionários, dentre os quais estão o pastor Roberto e sua esposa, Maria da Con-ceição.

Missões Nacionais chegou ao Vale do Piancó em 1978, por meio da Trans Paraíba, nas cidades de Itaporanga e Conceição. Permaneceu em Itaporanga a missionária Ruth Martins, que trabalhou até a organização da PIB de Itapo-ranga em 02 de dezembro de 1984; quando assumiu o pastorado o missionário Marcos Vieira Monteiro, e

permaneceu até dezembro de 1987. Após um ano sem pastor e o fim do projeto Água Viva, muitos membros da Igreja saíram da cidade e, em março de 1989, o pastor Cirino e Regina assumiram a obra para revitalização. “E, nesse perío-do, Deus nos abençoou com a construção do novo templo”, lembra pastor Cirino.

Em 2001, pastor Cirino e Regina foram transferidos para João Pessoa - PB, para coorde-nação da plantação de igrejas no Nordeste e pastor Roberto, que vinha atuando na Igreja, assumiu como pastor titular. Em dezembro 2014 a Igreja de Itaporanga completou 30 anos de organização.

Além da PIB de Itaporanga, pastor Cirino e Regina revita-lizaram e plantaram diversas igrejas. Ao todo, foram três revitalizações e plantação de igrejas em 13 novas cidades. No período em que eles fica-ram na região, foram realiza-dos 747 batismos. Hoje, são 23 Igrejas no Vale do Piancó. As três maiores cidades da região possuem duas Igrejas, alcançando, segundo o pastor

Cirino, as metas propostas pela Visão Brasil 2020. Ain-da de acordo com ele, estas Igrejas estão se multiplicando, indo para outras regiões da Paraíba, como Condado e São Bento.

“Deus tem abençoado o povo Batista do Vale, e nos sentimos felizes em participar desse trabalho. Obedecer a Deus é a melhor decisão que podemos fazer. O que acon-teceu no Vale do Piancó não é obra humana. Temos plena convicção que é resultado da ação de Deus naquela região. Foram 16 abençoados anos que nossa família teve a alegria de servir ao Senhor através de Missões Nacionais. É uma amostra de que os prin-cípios bíblicos de crescimento para igreja local funcionam. Não fizemos nada além de nossa obrigação, como disse o apóstolo Paulo: “Eu não te-nho direito de ficar orgulhoso por anunciar o Evangelho. Afinal de contas, fazer isso é minha obrigação. Ai de mim se não anunciar o Evangelho”, afirma o pastor Cirino, citando o texto de I Coríntios 9.16.

90a Convenção Batista da Paraíba é realizada em Igreja que é fruto do trabalho de missões

Livro sobre PGM é lançado em espanhol durante congresso da UBLA

Livro de PGM (no fundo) junto com o livro da campanha de oração promovida pela UBLA neste ano

batista. Cada batista orando, evangelizando, discipulan-do, vivendo para a glória de Deus. Sem oração, nada acontece. Transformação da América Latina depende de você, de sua oração a cada dia”, afirmou pastor Fernan-do durante o Congresso.

A UBLA reúne e coordena convenções e uniões de Igre-jas Batistas da América Lati-na, abrangendo comunidades que falam castelhano e portu-guês em todo o mundo. Sua

sede encontra-se na capital da Argentina, Buenos Aires. A organização é, simultane-amente, um dos seis grupos regionais que representam a Aliança Batista Mundial.

Em 2014, o livro Igreja Mul-tiplicadora, também lançado por Missões Nacionais, foi pu-blicado em espanhol durante o Cumbre UBLA, realizado no Rio de Janeiro. Os dois exemplares, em português e espanhol, estão à venda na livraria de Missões Nacionais.

“Servir a Deus no campo missionário é, sem dúvida, um grande privilégio. Através de Missões Nacionais, Deus nos enviou para o Vale do Piancó, na época, considerada uma das regiões mais pobres e sem chuva do Nordeste. Entende-mos que ali estava o nosso povo, àqueles que Deus havia colocado em nossas mãos para anunciar o Evangelho. Estava em nossos corações o desejo de alcançar toda a região, que é formada por 18 cidades. Fazer o Evangelho chegar a cada pessoa era o nosso alvo, e trabalhamos para isso”, conta o pastor Cirino. Logo no início, ele e sua esposa entenderam que seria impossível alcançar

Redação de Missões Nacionais

Com o tema “Juntos Somos Mais Fortes”, foi realizada a 90ª Assembleia da Con-

venção Batista da Paraíba, na Primeira Igreja Batista de Itaporanga, na região do Vale do Piancó, que contou com a ação pioneira do casal de missionários, pastor Cirino e sua esposa Regina Refosco, na década de 1980. O pastor Fernando Brandão, diretor executivo de Missões Nacio-nais, foi o orador da primeira noite do evento.

“Louvamos a Deus pelos pa-raibanos e desafiamos a todos para participarem em julho da Trans Sertão”, afirmou o pastor Fernando Brandão, na ocasião.

A presença de nossos mis-sionários na região, ao lon-go de 16 anos, culminou na multiplicação de igrejas e discípulos locais. O pastor Roberto Manoel de Andrade, que lidera a PIB de Itaporan-ga, também foi alcançado por meio do trabalho realizado pelos obreiros.

Pastor Fernando com pastor Roberto (de azul) e pastor Fernando Rocha, secretário executivo da Convenção Batista da Paraíba (à esq.)

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8 o jornal batista – domingo, 17/05/15 notícias do brasil batista

Departamento de Comunicação da CBB

Foi realizado nos dias 14, 15 e 16 de abril deste ano na sede da Convenção Batis-

ta Brasileira, na Tijuca, no Rio de Janeiro, a reunião do Conselho Geral da CBB. Na oportunidade, foram avalia-das as definições e determi-nações da última Assembleia, realizada em Gramado - RS durante o período de 06 a 10 de fevereiro.

Logo nos primeiros mo-mentos da reunião foram empossados os novos conse-lheiros eleitos, assim como os novos presidentes e exe-cutivos das Convenções esta-duais/regionais. Foi apresen-tado ao plenário, a primeira

mulher a assumir a função de secretária executiva da Convenção Batista do Ama-pá, ao longo da existência desta Convenção - Maria Rosangela Santana Maia. Após oração, o presidente da Convenção Batista Brasileira, Vanderlei Batista Marins, fez uma reflexão baseada no texto bíblico de Mateus 4.12-22. Apresentou aos presentes pontos a serem observados, dentre eles, que no Projeto de Jesus tem que existir os que “jogam as redes” e os que “consertam as redes”, e que ambos têm o mesmo valor para obtenção do êxito do Projeto de Jesus. Expôs as Diretrizes de Trabalho para o Biênio - Ação Social, Co-municação, Educação Cristã, Formação Cristã, Juventude,

Integração Denominacional e Transparência - e fez uma convocação para que toda a diretoria, executivos e pre-sidentes estaduais se unam no mesmo propósito, para a concretização de cada uma dessas diretrizes.

Um dos pontos relevantes da reunião foi a apreciação dos novos missionários apro-vados para os campos de Missões Nacionais e Mun-diais, totalizando 76 missio-nários, sendo que um grupo de destaque foi o de jovens voluntários do Projeto Radi-cal, que passará dois anos trabalhando na África, Haiti e países da América Latina.

A Convenção Batista do estado de São Paulo (CBESP), que será a hospedeira da próxima Assembleia, que

acontecerá entre os dias 09 e 13 de abril de 2016, fez uma apresentação detalhada do projeto de recepção que está sendo preparado na ci-dade de Santos, com forte apoio da Associação Litoral. Os encontros da 96ª Assem-bleia acontecerão no Centro de Convenção denominado Mendes Center Convention, com capacidade para a reali-zação de todas as atividades em um só local.

Em sua fala, o diretor exe-cutivo da CBESP, Valdo Ro-mão, ressaltou que a cidade conta com um amplo conjun-to de hotéis e restaurantes, além do município de São Vi-cente, que é separado do lo-cal apenas por uma Avenida e, da mesma forma, mantém uma série de hospedarias,

bem como vastas áreas de veraneio.

O pastor Genivaldo An-drade, presidente da CBESP, e o diretor executivo, Valdo Romão, informaram também que os Batistas do estado de São Paulo estão todos envol-vidos para receber de forma empolgante os Batistas brasi-leiros na 96ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira.

A Juventude Batista Brasi-leira (JBB), na apresentação do relatório, destacou o em-penho que a organização tem feito em atender as definições do planejamento estratégi-co da CBB, principalmente na macrodiretriz nova gera-ção. Nessa linha, o próximo evento da JBB, a Conferência Despertar, que acontecerá de 15 a 18 de julho em Campo

Conselho Geral da Convenção Batista Brasileira se reúne sob nova Diretoria; confira os detalhes!

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9o jornal batista – domingo, 17/05/15notícias do brasil batista

Grande – MS, com o tema “Vamos Iluminar a Cidade”, propõe levar o jovem a en-tender qual o seu papel so-cial como cristão e como, através das suas habilidades, ele pode servir ao próximo.

O diretor executivo da CBB, Sócrates Oliveira de Souza, na explanação do seu relató-rio, fez uma ampla apresenta-ção do programa de Educação Religiosa da Convenção.

“Gostaria de salientar o esforço que temos feito para a produção da Literatura Ba-tista para estudo bíblico e agradecer as igrejas que estão envolvidas em trabalhar com o programa proposto pela CBB, do estudo da Bíblia em oito anos para jovens e adul-tos, conforme demonstrado no gráfico”:

Conselho Geral da Convenção Batista Brasileira se reúne sob nova Diretoria; confira os detalhes!

O Conselho também apreciou os relatórios dos três seminários admi-nistrados pela CBB, que têm demonst rado um crescimento numérico de alunos, bem como a oferta de novos cursos, além da graduação, com a finalidade de propor-cionar às igrejas oportu-nidade para o desenvol-vimento de suas lideran-ças, com vista a ampliar as formas de atuação na igreja local.

O Seminário Batista do Norte do Brasil desta-cou as ações que foram emplementadas na área física, bem como em sua biblioteca e na aquisição de instrumentos musi-cais, com vistas ao reco-nhecimento pelo MEC dos cursos de bacharel em Teologia e Licencia-tura em Música.

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10 o jornal batista – domingo, 17/05/15 notícias do brasil batista

Fiquei feliz em retornar ao Sul do Brasil, onde tive a oportunidade de entrar em várias escolas

municipais e alegrar a garotada. Oro a Deus para que as por-

tas continuem abertas, pois sa-bemos da realidade de muitos estados e regiões, que já estão com as suas portas fechadas.

É no Sul do Brasil onde encontramos o maior índice de suicídios. As razões são diferenciadas, mas o nosso clamor é para que este núme-ro diminua ou desapareça de uma vez. Por isso, agradeço muito a Deus por todas as oportunidades que tenho de ministrar no Sul.

Foi um total de mais de mil crianças que puderam assistir e participar do nosso show de teatro de bonecos. O progra-ma inicia com um pequeno workshop, quando falo sobre as técnicas do teatro de bone-cos e compartilho as formas de manipulação e técnicas para criar vozes caricatas. Faço várias vozes e depois desafio algumas crianças a tentarem imitar-me no timbre grave e agudo. Esta primeira parte é quando fazemos um

Carla Santos, diaconisa e promotora voluntária de Missões da Segunda Igreja Batista da Iputinga-Recife-PE

A Segunda Igreja Ba-tista da Iputinga, em Recife - PE, tem ape-nas oito anos, mas

o interesse por Missões só aumenta a cada ano. Para arrecadarmos nossa oferta em outros anos, já fizemos jantar missionário, campanha onde cada membro ofertava ao me-nos real por culto, entre outras. Este ano mobilizamos nossa Igreja para uma Feira Cultural de Missões, onde cada barraca representava um continente através de um país; exemplo: a barraca da China era represen-tante da Ásia. Pesquisamos as comidas típicas e como esta-vam os projetos e missionários destes lugares. Todo passo a passo foi discutido com os líderes dos ministérios para inclusão de todos.

Então, no dia 28 de março, durante todo o dia, fizemos convites em nosso bairro

quebra-gelo. Depois disso, a turminha já se sente mais confiante e começa a acre-ditar nas possibilidades de desenvolver os seus próprios talentos. Então, compartilho um pouco da minha história, de como iniciei ainda criança e que ainda vivo da arte por 37 anos .

Finalizo a programação com o show dos bonecos, dividindo em três pequenos quadros, apresentando uma mensagem sólida do amor de Deus e da importância de cada um deles. Procuramos também deixar um versículo bíblico para que as crianças decorem.

através de um carro de som e à noite foi realizado um Culto ao Deus de Missões, onde louvamos e oramos pelos missionários e, após a celebração, foi iniciada a Feira Cultural de Missões. Alguns de nós nos vestimos a caráter para ficar mais evi-

Sempre pergunto para a di-retoria e coordenadoria sobre os assuntos mais sérios que podem levar as crianças a en-trarem em estado de perigo. E em quase todos os casos, eles compartilham sobre as ques-tões do bullying, desacato a autoridades, drogas e outros. Baseado nessas informações, separamos um momento para dramatizarmos sobre esses assuntos de uma forma sen-sível, mas eficaz.

No Norte, tivemos a opor-tunidade de ministrar no es-tado do Piauí, onde pude par-ticipar do Congresso Multipli-que, da Convenção Batista Meio Norte. Foi maravilhoso

dente e, enquanto vendía-mos as comidas, também falávamos dos projetos da Junta de Missões Mundiais e os objetivos de missões para nossa Igreja. Foi maravilhoso ver o empenho de todos; ti-vemos visitantes que ficaram impactados com tudo. No

ver o que Deus está fazendo no Brasil, usando o seu povo para capacitar outros a vive-rem os cinco princípios da Igreja Multiplicadora: Ora-ção; Evangelização Discipu-ladora; Plantação de Igrejas; Compaixao e Graça.

Apesar da diferenca regio-nal, cultural e financeira, o Piauí tem também um alto índice de suicídios por parte do público jovem. Ministrei em uma escola onde fizemos o mesmo programa feito nas escolas do Sul, com uma di-ferença de contextualização regional.

Por onde eu e minha famí-lia passamos, uma preocu-

final, o valor da oferta que pretendíamos alcançar como Igreja durante todo o mês foi arrecadado em uma única noite, de forma alegre e em comunhão com os irmãos.

Não vamos parar de pregar esse Evangelho de amor, de forma criativa, trazendo

pação nos acompanha, que é fazer discípulos que pos-sam, através da arte, suprir as necessidades das escolas. Precisamos de artistas que alegrem a turminha e deixem uma mensagem verdadeira do amor e misericórdia do nosso Deus.

Não podemos perder esta geração! Orem para que o Departamento de Arte e Cul-tura, Esporte e Recreação da CBB venha a ganhar o amor e a consideração dos nossos irmãos Batistas, para que, juntos, possamos capacitar e enviar uma nova geração de artistas e atletas comprome-tidos com o Reino de Deus.

mais pessoas para Cristo. Nem sempre é fácil, mas com Cristo somos mais que vencedores. Glorificamos a Deus por tudo, Missões está no coração da Segunda Igreja Batista da Iputinga -PE, pois proclamar o Evangelho é nossa missão.

Arte cristã do Norte ao Sul do Brasil!

Segunda Igreja Batista da Iputinga - PE - realiza Feira Cultural de Missões

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11o jornal batista – domingo, 17/05/15missões mundiais

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

Rimini é a mais nova frente missionária da JMM na Itália. No dia 03 de maio foi reali-

zado o primeiro culto na cida-de. O ministério em Rimini é fruto do trabalho desenvolvido em Cesena, também na Itália, na Igreja liderada pelo casal Fabiano e Anne Nicodemo. A Igreja alugou a sala de um hotel por três horas e ali cele-brou um culto de adoração a Deus com a participação de 60 pessoas.

“Estou pessoalmente feliz e orando bastante para que o casal à frente do ministé-rio em Rimini, Edilberto Jr. e Pricila Busto, seja abençoado e cada vez mais usado nessa obra”, afirma o pastor Nico-demo.

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

Você quer ter a expe-riência de usar seus dons, habilidades profissionais e ta-

lentos no campo? A JMM ofe-rece várias formas para você desenvolver sua vocação, e uma delas é embarcando nas próximas caravanas missio-nárias, para o Canadá, Leste Europeu e Uruguai.

Em julho, um grupo de vo-luntários seguirá para Toron-to para atividades de evan-gelização, capelania, artes, esportes e recreação, estética e abordagem pessoal durante os Jogos Pan-Americanos. É o Projeto Conexão Canadá.

A cidade canadense de To-ronto tem um motivo a mais para atrair os voluntários que servirão no Projeto Conexão Canadá.

“É que além de sediar os Jogos Pan-Americanos neste

O trabalho em Rimini co-meçou há cerca de um ano e meio, período no qual a Igreja em Cesena vinha realizando atividades evangelísticas na cidade. Foi a partir do final de 2014 que Edilberto Jr. e Pricila começaram uma célula em casa. Em janeiro de 2015, nos-sos missionários deram início a um curso de inglês na Prefeitu-ra de Rimini para fazer novos contatos, uma estratégia que continua sendo abençoadora: dos 25 alunos que participam regularmente das aulas, 22 são italianos e de Rimini.

Rimini é a primeira Igreja que o casal Edilberto Jr. e Pri-cila está plantando na Itália, e a liderança é compartilhada com os missionários Fabiano e Anne Nicodemo. A plan-tação dessa nova igreja faz parte da visão do ministério desenvolvido em Cesena com

ano, Toronto é considerada a cidade mais multicultural do mundo, o que certamente garantirá aos participantes a oportunidade de encontrar pessoas de várias partes do planeta. Além disso, a JMM mantém dois casais missio-nários no Canadá, um deles em Toronto, o pastor Diego e Stella Lopes, que serviam na África do Sul em 2010 e receberam em Joanesburgo a imensa caravana de 195 pesso-as durante a Copa do Mundo”, destaca o pastor Marcos Gra-va, coordenador do Programa Esportivo Missionário (PEM).

o objetivo de alcançar as cida-des vizinhas.

“Uma igreja em três lugares: essa tem sido a nossa visão”, explica o pastor Nicodemo. “Temos três frentes: Cesena, Valconca e Rimini. Cesena é a base principal, Valconca é a nossa primeira filha, e Rimi-ni nossa mais recente frente missionária. Toda a adminis-tração, direção espiritual e par-ticipação ministerial é feita em equipe e compartilhada para vários lugares”, acrescenta.

Segundo os nossos missio-nários, Rimini é uma cidade estratégica para a propagação do Evangelho na Itália. Com população de 140 mil habi-tantes, hospeda campi da Uni-versidade de Bolonha e conta com aproximadamente 6 mil alunos que vivem na cidade e estudam cerca de 10 cursos diferentes.

Para saber sobre o Cone-xão Canadá e também obter informações sobre como se inscrever, escreva para [email protected].

Caravanas para Leste Europeu e Uruguai

O programa Voluntários Sem Fronteiras da JMM tam-bém tem outras caravanas missionárias agendadas para este ano. As próximas são para o Leste Europeu, passan-do por Albânia e Macedônia, e o Uruguai, na América do Sul. Para informações e

“Pensando nisso, a igreja em Rimini tem como desafio também alcançar os univer-sitários”, comenta o pastor Nicodemo.

Essa importância também é reconhecida pela União Ba-tista Italiana, que enviou um representante para o primei-ro culto em Rimini, o pastor Carmine Bianchi. Participa-ram igualmente do culto os missionários Rodrigo e Eliane Zuliani, Luiz Carlos e Sandra Moreira, da JMM, bem como o casal de obreiros locais Mas-simo e Yaneth Burrasca.

Nossos missionários são unânimes em dizer que a oração é uma das principais necessidades do trabalho de-senvolvido em Rimini e assim como em toda a Itália.

“A batalha espiritual é mui-to grande. Nossa oração é para que o casal cresça gran-

inscrições, os interessados devem escrever para [email protected].

O Leste Europeu receberá a caravana do VSF a partir do final de julho, retornando em agosto. Na Albânia, os voluntários apoiarão o traba-lho desenvolvido por nossos missionários em um local onde o fechamento de igrejas reflete o distanciamento cres-cente das pessoas em relação a Deus.

“Na Albânia e na Mace-dônia, existem dezenas de cidades sem igrejas evangéli-cas nem testemunho cristão”, destaca Claudio Elivan, coor-denador do VSF.

Para essa caravana, há ne-cessidade de voluntários nas áreas de saúde, esporte, esté-tica e artes manuais. Pastores e pessoas que trabalham com crianças nas igrejas são bem--vindos.

Em setembro, é a vez do Uruguai, nação vizinha ao

demente com o desenvolvi-mento da obra em Rimini. Ore para que tenhamos sa-bedoria do alto, perseveran-ça e poder na pregação do Evangelho. Interceda pela conversão das almas a Cristo, por portas abertas, para que encontremos pessoas que irão se tornar não apenas parte da família de Deus, mas também a futura liderança da nova igreja”, diz o pastor Nicodemo.

Você pode contribuir com o sustento de nossos missio-nários bem como com os pro-jetos desenvolvidos por eles. Entre em contato com nossa Central de Atendimento pelos telefones 2122-1901/2730-6800 (cidades com DDD 21) ou 0800-709-1900 (demais localidades). Oferte, interceda e adote nossos missionários na Itália.

Brasil, receber uma caravana VSF. O Uruguai é um país conhecido por ser bastante frio em relação ao Evange-lho, com grande parte da população declarando não acreditar em Deus. A realida-de é de igrejas pequenas que trabalham para mudar essa realidade, onde até mesmo a liberdade de pregar o Evan-gelho não existe em algumas localidades.

No Uruguai, os voluntários vão compartilhar o amor de Deus em um orfanato e famílias do interior do país. Para essa caravana, pessoas que atuam nas áreas de es-tética e artes manuais, além de educadores e músicos são os perfis buscados para a viagem missionária.

“Tem muita oportunidade. Se você sabe fazer alguma coisa nessas áreas e tem a chance de ir lá ajudar, en-volva-se e participe”, convida Claudio Elivan.

Oportunidades para servir como voluntário da JMM

Missionários realizam primeiro culto em cidade italiana

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12 o jornal batista – domingo, 17/05/15 notícias do brasil batista

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13o jornal batista – domingo, 17/05/15ponto de vista

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OBITUÁRIO

Ziza: mãe, mulher e serva de Deus

Pastor Hamilto Rodrigues de Souza (1920 - 2014)

14 o jornal batista – domingo, 17/05/15 ponto de vista

Homenagem da família

“E terminando o seu minis-tério, voltou para casa...” (Lc 1.23)

Do r m i u n o S e -nhor no dia 22 de j ane i r o de 2014 Hami l to

Rodrigues de Souza, pastor emérito da Segunda Igreja Batista Vila da Penha – RJ, onde pastoreou durante 34 anos.

A trajetória de sua vida foi firmada Naquele que é Au-tor e Consumador da nossa fé, Jesus Cristo. Dedicou sua vida à família e à Igreja, sempre preocupado e dedi-cado em realizar o melhor.

Converteu-se e casou-se na Primeira Igreja Batista de Irajá em 1952, sendo batizado pelo saudoso pas-

tor Henrique Canongia. Foi fundador da Primeira Igreja Batista da Vila da Penha - RJ em 1959, onde foi consagrado a diácono e estudou no Seminário Teológico Betel.

Vila da Penha, fundou em 1969, com um grupo de ir-mãos, a Segunda Igreja Ba-tista Vila da Penha, onde o pastor Moisés Antônio dos Santos deu prosseguimento. Em 1973 foi consagrado ao Ministério da Palavra e, em setembro do mesmo ano, substituiu o saudoso pastor Moises Antônio dos Santos.

Sempre preocupado com sua formação acadêmica, formou-se em Direito pela Faculdade Gama Filho. En-tregou o pastorado da Se-gunda Igreja Batista Vila da Penha em 21 de abril de 2007 por motivo de enfer-midade.

Neste espaço, esposa, fi-lhas, genro, netos e bisneta querem agradecer a todos quantos estiveram presen-tes nos cultos de gratidão; momentos inesquecíveis. O pastor Hamilto “Subiu às alturas do Monte e sua alma reluz aos pés de Jesus e chegou ao Porto Seguro que estava destinado para ele”.

Seu último sermão como pastor da Igreja, em 15 de abril de 2007, teve como base o Salmo 116. Lembro--me perfeitamente de suas palavras referindo-se aos versículos 3 e 4, quando disse que: “O amor a Deus acompanha o homem para eternidade; deixai de lado as coisas materiais e buscai as que são de cima, porque são eternas”.

Hoje, 17 de maio, seria seu aniversario!

Homenagem da família

Gesiel Lima Lu-cio, carinhosa-mente chamada de Ziza, nasci-

da em 30 de dezembro de 1929 na cidade de São Fidélis – RJ, faleceu em 20 de dezembro de 2014. Crente sempre fiel e ze-losa com a Obra do Se-nhor, era viúva do saudo-so irmão Waldir Paulino Luc io , com quem teve seis filhos: Miriam, Lídia, Eunice, Lucia, Ruth e Val-zir (in memoriam) - todos dedicados e tementes a Deus - cinco netos, cinco bisnetos e três genros.

Ela foi membro funda-dora de várias igrejas, foi

presidente de Sociedade de Senhoras, cantou em coral , fez solos, duetos e fundou um coral femi-nino na Igreja Batista Pe-niel, em Sobradinho - DF. Membro das Igrejas Ba-t i s tas Cordovi l ; Centra l em Jardim Meri t i ; Vis ta Alegre; Parada de Lucas e Central de Olaria por últ imo, pastoreada pelo pastor Gece José Pinheiro.

Ela estava sempre pron-ta a ajudar as pessoas e contribuir com diversas ig re jas . Mesmo em sua enfermidade não reclama-va. Louvava ao Senhor; mesmo debilitada, tinha palavras de conforto a to-dos e nunca questionou sua enfermidade a Deus. Cantava sempre a canção

“Te Agradeço”. Ensinou--nos em seu testemunho que devemos louvar e ser-v i r a Deus em todas as circunstâncias. Ouvíamos suas orações ao Pai, pe-dindo que cuidasse dela, sua serva. Com a nossa ajuda recitava Salmos 23, a oração do Pai Nosso e outros versículos.

Nós, sua família, pres-tamos essa merecida ho-menagem póstuma a essa grande guerreira na causa do Mestre. Agradecendo a Deus por sua vida entre nós , aguardando nosso reencont ro como remi -dos do Senhor, no tempo de Deus. Louvado seja o nosso Eterno Deus. Toda a honra e g lór ia ao Pai Celestial.

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15o jornal batista – domingo, 17/05/15ponto de vista

Vivemos rodeados po r v io l ênc i a s . Sempre foi assim na história, não exis-

tem relatos de comunidades sem a presença da violência como modo de expressão e regulação social. O que difere entre as sociedades envolve sua intensidade de expressão e sua valorização social. A violência sempre perpassou todas as classes e grupos sociais.

No Brasil, presenciamos o crescimento da violên-cia. Seu aumento transfor-ma sua expressão em algo habitual, quase aceitável. Por vezes, dada a sua ba-nalização, nem se percebe sua presença. Um exemplo que ilustra bem sua ampla circulação social se deu na

Manoel de Jesus The, colaborador de OJB

No sábado, dia se-guinte ao feria-dão de primeiro de maio, fu i à

Cristolândia. Vez por outra compareço para transmitir mensagem apropriada aos consumidores de drogas, que aproveitam a oferta de ba-nho, roupa limpa e almoço.

Nesse dia fiquei chocado com o poder das trevas. Na mensagem, antes do almo-ço, os missionários deixam

última eleição. Quem pensa-va diferente era prontamente transformado em inimigo e, nesta condição, foi alvo, ao menos nas redes sociais, de diversos xingamentos e desqualificações. Nessa tor-rente de violência, muitos de nós cristãos aderimos com alegria. Quando a violência se apresenta, em atos e pala-vras, de forma tão ampla em uma sociedade, torna-se algo de difícil superação.

Diante de tal gravidade, como seria possível comba-ter o aumento da violência no Brasil? Alguns logo apre-sentam soluções orienta-das pela violência. Ou seja, busca-se combater a violên-cia com ações igualmente violentas. O grande exemplo disso envolve a proposta

sempre o desafio para pedido de internação, visando cura. O grupo era bem pequeno, em comparação a todas as outras ocasiões em que lá estivemos. Agora vamos ao possível motivo.

Três dias antes, a prefeitura resolveu dissolver a forma-ção de uma comunidade que, levantando barracos de lona, formou uma favela de drogados. O poder público combinou (informação dada pela imprensa) com os narco-traficantes, que privasse seus consumidores de droga, não

de redução da maioridade penal. Imagina-se que ações violentas e agressivas (man-dar pessoas para a prisão) podem refrear a violência. Os exemplos da história mostram que as opções vio-lentas nunca conseguiram produzir uma sociedade mais pacífica. Quando mui-to, conseguiram amenizar seus efeitos.

Qual seria a contribuição que a igreja brasileira poderia dar a uma sociedade violenta como a nossa? Como nós, evangélicos, conseguiríamos desempenhar o papel desig-nado por Jesus de sermos sal e luz do mundo, como descreve Mateus 5.16?

O que aprendemos de Je-sus nos distancia das solu-ções violentas para combater

abastecendo-os.O tumulto foi enorme.

Tiros, correrias, e, conse-quentemente, a destruição do acampamento dos drogados. Os consumidores reuniram--se, montaram um acam-pamento de resistência e aglomeraram-se em uma rua próxima. Decisão: só sairão do local mortos. O pastor Humberto levou-me ao lo-cal, andamos no meio dos drogados e muitos o cumpri-mentavam. Essa era a razão do pequeno número no ba-nho, na troca de roupa e no

a violência. Ao contrário, ele nos orienta em Mateus 5.9 a procurarmos a paz, a sermos pacificadores. Compreen-dendo que a paz (shalom) no contexto judaico não se restringe a superação de con-flitos, vai além, incluindo a existência de condições favo-ráveis à vida. Tanto é assim, que muitas vezes shalom é traduzido por prosperidade, em vez de paz.

Acredito que nesse cami-nho de construtores da paz, dois desafios se apresentam como base para qualquer ação. Primeiro, precisamos reconhecer que precisamos ser mais evangélicos, mais seguidores de Jesus. O de-safio é termos nossa mente em confronto com ideias mundanizadas, de acordo

almoço. No dia do alvoroço, um grande número prometeu pedir internação, quando o “problema” fosse resolvido.

Agora a ap l icação. O diabo consegue servos dis-postos a morrer pela vida miserável que oferece aos seus seguidores. Será que Cristo encontraria cristãos tão dispostos a morrer por Ele? Olhemos para a dispo-sição dos cristãos de hoje. Para contribuírem é preciso a promessa de riqueza, de saúde, sucesso na carreira profissional, e em tantas

com Romanos 12.2, a fim de não aderirmos a ideias simplistas e que desprezam pessoas pelas quais Cris-to morreu. Enquanto nossa mente não se aproximar aos ensinos evangélicos, pouca contribuição poderemos dar à nossa sociedade. O segun-do, em desdobramento do anterior, é buscar difundir na sociedade a proposta evan-gélica de paz. Toda ação cristã de combate à violência unirá necessariamente a bus-ca pela dignidade humana de todos os envolvidos e condições melhores de se-gurança.

Nossa responsabilidade como cristãos é grande e fundamental: ensinar e viver a paz de Deus. Que sejamos a paz de Deus!

outras condições. O Rei-no de Deus é trocado por coisas fúteis, como novela, futebol, baladas “cristãs” como alguns chamam, e tantas outras exigências que causam muito transtorno nas relações pessoais entre a membresia. Foi por isso que fiquei chocado, quando re-fleti na atitude dos drogados. Será que resistiríamos até a morte pelo Reino de Deus? Fica com cada irmão, o jul-gar dos meus sentimentos. Ora! Maranata! Vem Senhor Jesus!

Departamento de Ação Social da CBB

Construtores da paz

Exemplo chocante

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