Considerações Sobre Arquitetura e Gestão de Um Museu-casa - o Caso Do Memorial Attilio Fontana

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CONSIDERAÇÕES SOBRE ARQUITETURA E GESTÃO DE UM MUSEU-CASA: O CASO DO MEMORIAL ATTILIO FONTANA Paulo Eduardo BARBOSA Arquiteto, cursando a disciplina “Metrópole e Vanguardas artísticas” como aluno especial do programa de pós-graduação da FAUUSP no primeiro semestre de 2010 Docentes: Ricardo Marques de Azevedo e Luciano Migliaccio Resumo: Esta monografia tem como objetivo descrever o processo de criação do Memorial Attilio Fontana em Concórdia, Santa Catarina, no qual o autor colaborou na gestão durante os anos de 2000 a 2010. 1. A CRIAÇÃO DO MEMORIAL ATTILIO FONTANA Em agosto do ano de 2000, como parte das comemorações do centenário de nascimento de Attilio Fontana, o Conselho de administração da empresa por ele fundada decidiu homenagear o fundador da companhia com a criação de um espaço Memorial em sua casa em Concórdia, Santa Catarina. O Memorial Attilio Fontana é então inaugurado, tendo sido reformado de maneira modesta, sem grandes intervenções, sob a indicação do fotógrafo João Luiz Musa que foi responsável pela digitalização, restauro e montagem da exposição fotográfica que contava a vida do Sr. Attilio. Neste momento o conselho de administração da empresa reputa a criação do Memorial à intenção de alimentar a idéia do homem integral “ fazendo o caminho inverso” segundo as palavras de seu presidente, do que havia sido feito pelo homenageado que durante toda a vida, enquanto levou a produção de Concórdia e de toda a região do oeste catarinense para todo o Brasil, e agora inaugurava um espaço destinado a receber a arte e a cultura do Brasil . Esta diferença entre os recursos disponíveis na metrópole e na província, é aqui usada como estratégia de “responsabilidade social” da empresa. Desde o momento em que se iniciam os trabalhos deste comitê de curadores, a proposta é solidificar a atuação do Memorial como um espaço de difusão de arte e cultura, de intercâmbio com

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texto apresentado no congresso da Anpuh em Marília, SP em 2008

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CONSIDERAES SOBRE ARQUITETURA E GESTO DE UM MUSEU-CASA:O CASO DO MEMORIAL ATTILIO FONTANA

Paulo Eduardo BARBOSA

Arquiteto, cursando a disciplina Metrpole e Vanguardas artsticas como aluno especial do programa de ps-graduao da FAUUSP no primeiro semestre de 2010

Docentes: Ricardo Marques de Azevedo e Luciano Migliaccio

Resumo:Esta monografia tem como objetivo descrever o processo de criao do Memorial Attilio Fontana em Concrdia, Santa Catarina, no qual o autor colaborou na gesto durante os anos de 2000 a 2010.

1. A CRIAO DO MEMORIAL ATTILIO FONTANA

Em agosto do ano de 2000, como parte das comemoraes do centenrio de nascimento de Attilio Fontana, o Conselho de administrao da empresa por ele fundada decidiu homenagear o fundador da companhia com a criao de um espao Memorial em sua casa em Concrdia, Santa Catarina.O Memorial Attilio Fontana ento inaugurado, tendo sido reformado de maneira modesta, sem grandes intervenes, sob a indicao do fotgrafo Joo Luiz Musa que foi responsvel pela digitalizao, restauro e montagem da exposio fotogrfica que contava a vida do Sr. Attilio.Neste momento o conselho de administrao da empresa reputa a criao do Memorial inteno de alimentar a idia do homem integral fazendo o caminho inverso segundo as palavras de seu presidente, do que havia sido feito pelo homenageado que durante toda a vida, enquanto levou a produo de Concrdia e de toda a regio do oeste catarinense para todo o Brasil, e agora inaugurava um espao destinado a receber a arte e a cultura do Brasil .Esta diferena entre os recursos disponveis na metrpole e na provncia, aqui usada como estratgia de responsabilidade social da empresa.

Desde o momento em que se iniciam os trabalhos deste comit de curadores, a proposta solidificar a atuao do Memorial como um espao de difuso de arte e cultura, de intercmbio com instituies culturais das metrpoles brasileiras(1), como forma de desvincular o Memorial da idia de museu de visita nica . Atravs de uma programao contnua que possibilitasse criar uma dinmica intensa de visitao, fato que se confirmou posteriormente pelo nmero de visitantes registrado.(2)

1Entre outras instituies parceiras foram promovidas exposies conveniadas com o Museu Afro Brasileiro da UFBA de Salvador, o Instituto Tomie Ohtake e o Museu Lasar Segall de So Paulo.2At o ano de 2008 em oito anos de atividades o Memorial Attilio Fontana havia sido visitado por mais de 100.000 pessoas, fato surpreendente num municpio de 60.000 habitantes.

2. A PRIMEIRA ADAPTAO

O Memorial Attilio Fontana, situa-se no municpio de Concrdia, Santa Catarina. Ocupa, em um terreno com rea de 11.000 m, as edificaes que foram projetadas pelo arquiteto paulista Daniel Callabi em 1950 para a residncia do ex-senador, fundador da empresa Sadia S.A. naquela cidade.As edificaes que compem o conjunto original so:

1. Residncia principal (foto1)2. Residncia dos caseiros3. Lavanderia4. Depsitos

Attilio Fontana viveu na residncia da Rua Romano Ancelmo Fontana em Concrdia durante poucos anos, voltando a viver em So Paulo, mas mantendo a casa montada. A famlia de Da. Odyla, uma de suas filhas, viveu ainda na casa at meados dos anos oitenta.

Foto 1 A edificao principal que servia de residnciaFonte: Foto Somensi (relatrio de atividades 2004)

A opo conceitual do comit de curadores reduziu os objetos de acervo ao conjunto de escrivaninha e poltrona do escritrio, radio amador e parte da biblioteca particular , mantendo, da forma como sempre esteve montado o gabinete de trabalho, em favor da desocupao integral da residncia. Esta proposta tem como primeiro obstculo a oposio de representantes da fbrica local, retirada da cozinha da residncia, oposio esta ligada ao fascnio popular ligada ao costume alimentar do homenageado.Optou-se ento pela manuteno da cozinha original, com seu mobilirio, equipamento, armrios e louas.

Fig 2 planta dos pavimentos trreo e superior da residncia adaptadaFonte: levantamento feito pelo autor em 2000

No pavimento superior, as divises que definiam os quartos so desmontadas e abre-se uma grande sala que recebe uma exposio de longa durao composta de mquinas do perodo de fundao da Sadia, muitas delas confeccionadas no municpio mesmo, de forma precria, como forma de atender a uma demanda que no poderia ser suprida por equipamentos adequados (leia-se importados poca) em funo da guerra.

Fig 3: Exposio de longa durao no pavimento superior do Memorial Attilio Fontana.Fonte: foto Somensi (relatrio de atividades 2004)

3. O PROJETO ARQUITETNICO DE AMPLIAO

A deciso de abrir o Memorial ao pblico da cidade com uma programao cultural, de acordo com o que preconiza o ICOM (3) segue-se ao momento da inaugurao, quando fui convidado a participar do conselho curador e como arquiteto a propor um projeto que pudesse dar conta de questes comuns a outros museus-casas tais como: a criao de espaos expositivos e de infra-estrutura para um equipamento cultural em que o prprio edifcio acervo, na medida em que a edificao fazia parte do imaginrio popular, na mesma medida da grande importncia que a figura do ex-senador(4) da repblica ainda hoje evoca em nvel estadual em Santa Catarina.A proposta de adaptao deste conjunto de edificaes num espao memorial, teve como partido a capacitao dos espaos s novas necessidades, levando em conta a qualidade de acervo das edificaes, mantendo suas caractersticas externas e, respeitando sua volumetria.

3os museus devem tornar-se cada vez mais centros culturais para as comunidades nas quais operam) Poltica difundida pelo ICOM - Internacional Council of Museums - na Conferncia Geral de 1974. Citao de Museums forthe 1980's, de Kenneth Hudson, por Mario Srgio Mieli (1983:26)4Attilio Fontana exerceu atividade poltica por 28 anos. Foi prefeito de Concrdia, deputado federal por dois mandatos consecutivos, senador da repblica, secretrio de Agricultura de Santa Catarina.

O projeto prev reas destinadas a exposies temporrias e outros eventos culturais como concertos musicais e apresentaes teatrais. Desta forma a capacitao do espao do Memorial Attilio Fontana visa a realizao de eventos que representam o intercmbio entre a chamada cultura da metrpole e a pequena cidade do interior de Santa Catarina, distante de todos os centros.A tradio arraigada nesta populao de origem europia, principalmente dedicada ao trabalho agropecurio, cuja importncia e desenvolvimento em muito se deve prpria implantao da empresa fundada pelo homenageado no Memorial, remete a um universo ligado diretamente ao trabalho, principalmente pelas dificuldades de sobrevivncia econmica. A criao de um espao destinado intercmbio com instituies culturais, preenche uma lacuna que no poderia ser assumida pela autoridade municipal, na figura da Secretaria Municipal de Cultura, por questes no s oramentrias, visto que muitos dos eventos levados a cabo neste espao no envolvem grandes somas em dinheiro, mas principalmente pelo escasso trnsito junto s instituies culturais dos grandes centros (das metrpoles).A arquitetura deste espao memorial deveria possibilitar o acesso, atravs de um programa de ao cultural, a exposies e eventos produzidos por instituies culturais das capitais como So Paulo, Florianpolis, Salvador, Rio de Janeiro.Diferentemente de outras instituies que se enquadram na nomenclatura de museus-casas a misso de preservar e divulgar a memria do homenageado, inclusive do imvel que a ele pertenceu, teria que realizar objetivos preconizados pelo DEMHIST (5), deslocando a experincia tradicional, de sentido ligado ao tributrio iluminista, de gabinete de curiosidades, de simples leitura da memria para uma condio de experimentao criativa(6), favorecida pelos diversos acervos apresentados, pelas dinmicas propostas em workshops com artistas e representantes de outras instituies, que ao ampliarem a misso deste museu-casa na direo do desenvolvimento do patrimnio cultural da comunidade em que ele se insere, reconstruiriam a identidade cultural deste grupo (7) reverberando conceitos ligados memria e sua funo.(8)

5DEMHIST Historic House Museums/ Demeures historiques muses/ Residencias Historicas-Museo nome escolhido para o Comit Internacional de Museus-Casas do ICOM (International Council of Museums)6A memria no pode ser entendida como apenas um ato de busca de informaes do passado, tendo em vista a reconstituio deste passado. Ela deve ser entendida como um processo dinmico da prpria rememorizao, o que estar ligado questo de identidade (SANTOS, 2004, 59).

7A memria um elemento constituinte do sentimento de identidade, tanto individual como coletiva, na medida em que ela tambm um fator extremamente importante do sentimento de continuidade de coerncia de uma pessoa de um grupo em sua reconstruo de si ( POLAK,1992, 204).

8Andreas Huyessen afirma que os museus e memoriais so lugares de esquecimento aprofundando e ampliando o alcance da afirmao: Precisa-se da memria e da musealizao, juntas, para construir uma proteo contra a obsolescncia e o desaparecimento, para combater a nossa profunda ansiedade com a velocidade de mudana e o contnuo encolhimento dos horizontes de tempo e espao (HUYSSEN,2000, 28)

O partido arquitetnico adotado no projeto, preserva as caractersticas formais, adaptando a edificao principal da residncia existente no terreno e capacita a instituio atravs da incluso de um novo edifcio, integrado ao conjunto, subordinado em relao fachada da edificao de tipologia residencial, dotando a instituio de um espao de reserva tcnica, espaos administrativos, um grande salo multiuso que pode ser usado como sala de exposies ou auditrio, e depsitos ao mesmo tempo em que contempla a acessibilidade do conjunto atravs do acesso por rampas.O edifcio novo em estrutura metlica(9), coloca-se na posio imediatamente posterior edificao principal, ligado esta por uma passarela transparente no segundo pavimento.

FIG 4: plantas de implantao do novo edifcio articulado com a antiga residncia

9O projeto da estrutura ficou a cargo do escritrio Kurdjkian e Fruchtengarten, o projeto de conforto acstico a cargo de Davi Ackermann e o luminotcnico de Ladiszlao ZsabA implantao da edificao nova se d a partir da supresso das edificaes acessrias (residncia do caseiro, lavanderia e depsitos) com seu eixo longitudinal inclinado em relao ao eixo de implantao da residncia de forma a constituir um ptio de acolhimento do visitante, com caracterstica de uma grande praa que converge em direo a um palco coberto , com p direito duplo, configurando um espao para eventos que permite ver a topografia da montanha ao mesmo tempo que divide o prdio em dois mdulos distintos. Um do lado direito contendo no trreo espao para um caf e rea de administrao e no pavimento superior a reserva tcnica. O outro mdulo, no lado esquerdo, abriga no pavimento trreo os depsitos e o conjunto de rampas que do acesso grande sala multiuso no pavimento superior, sala que pode ser usada como espao expositivo ou auditrio.A passarela metlica vedada com vidros, liga o foyer da sala multiuso ao segundo pavimento da antiga residncia, transformada tambm em espao expositivo, e tornando-a accessvel a cadeiras de rodas.A modulao da estrutura metlica permite vencer os vos demandados pelo programa arquitetnico, conferindo leveza visual ao edifcio alm de permitir que a obra seja executada sem grande prejuzo da edificao remanescente. Segundo Josep Maria Montaner, Se considerarmos o modo como as formas arquitetnicas se articulam para resolver a crescente complexidade funcional e representativa do museu contemporneo, poderemos detectar uma srie relativamente limitada de posies diversas. Cada uma delas desenvolve determinados mecanismos e estratgias formais , tanto no caso de intervenes no patrimnio, quanto naquele dos edifcios de planta nova na cidade ou de projetos inseridos na paisagem... Na maioria dos casos o contentor arquitetnico constitui a primeira pea hermenutica do museu: alm de resolver seu programa funcional, sua misso primordial expressar o contedo do museu como coleo e tambm como edifcio cultural e pblico.(MONTANER, 2003)No caso do Memorial Attilio Fontana, o programa arquitetnico contempla uma edificao privada de uso pblico, cuja representao est ligada ao imaginrio popular, e contribue para a formao da identidade cultural local.

O conceito que norteia a adaptao do Memorial sintoniza com a idia de criao da identidade cultural na ps modernidade como preconizada por Stuart Hall(10), na medida em que permite que a memria do homenageado possa ser preservada e divulgada atravs de atividades que no esto diretamente ligadas histria de Attilio Fontana de uma forma convencional, digamos, tradicional. A linha do tempo, instalada no gabinete de trabalho, cumpre a funo de informar dados biogrficos, assim como o filme de vinte minutos sobre a vida de Attilio. De resto a memria dele estar sendo ampliada ou emulada atravs das diversas atividades contidas neste espao. Este esvaziamento dos objetos e mveis da antiga residncia, contribuiu, ao contrrio do que supunham alguns membros mais conservadores do conselho de curadores, para o estabelecimento de um protocolo de fruio criativo e ilimitado com a memria do homenageado. 10HALL, Stuart. Quem precisa da identidade? In. Identidade e diferena: a perspectiva dos estudos culturais / Tomaz Tadeu da Silva(org). Petrpolis - RJ: Vozes, 2000.Como o passar dos anos, o Memorial Attilio Fontana assumiu a condio de entidade mais representativa no cenrio cultural do oeste do estado de Santa Catarina, tendo em seus dez anos de atividades recebido mais de cento e cinqenta mil visitantes em sua diversas exposies, concertos, oficinas, workshops. A integrao com a rede de ensino do municpio e regio garantiu que sejam poucas as crianas que no tenham visto uma obra de Portinari, de Tomie Ohtake, ou ento obras de arte popular do nordeste, de arte afro-religiosa da Bahia, gravuras de Lasar Segall. A resposta de pblico aos eventos, sempre gratuitos, garantiu a lotao de diversas oficinas com artistas, msicos, a participao em programas de ao cultural continuada destinadas ao pblico infantil, reunio e organizao de artistas plsticos locais, organizao de jornadas de estudo sobre a Guerra do Contestado, mostras anuais de cinema.O caso deste projeto, que por fim no foi realizado (11), traz a tona a questo da contribuio da arquitetura na gesto do espao dos chamados Museus-casas, tendo que operar com dados de um programa arquitetnico que adquire uma complexidade especfica, em se tratando de atender a museografia da coleo a ser exibida, ou a adaptao do espao para exposies e eventos temporrios, tendo em conta a qualidade de acervo da edificao e sua representatividade na construo da memria do homenageado.

11 Disputas internas do Conselho de Administrao da empresa mantenedora do Memorial Attilio Fontana acabaram contribuindo para o engavetamento do projeto.

BIBLIOGRAFIA

HUYSSEN, Andreas Seduzidos pela memria: arquitetura, monumentos, mdia Rio de Janeiro : Aeroplano, 2000 HALL, Stuart. A identidade cultural na ps modernidade. Rio de Janeiro, Editora DP&A, 2006. POLLAK, Michael. Memria, esquecimento e Silncio. In. Estudos Histricos. 1989/3. So Paulo. Cpdoc/FGV.HALBWACHS, Maurice A Memria Coletiva So Paulo, Ed Centauro, 2004MENEZES, Ulpiano Toledo Bezerra Cultura Poltica e Lugares de Memria -Publ. Seminrio Internacional Culturas polticas, memria e historiografia. PRONEX-FAPERJ/UFF, Niteri, 29.8.08.MENEZES, Ulpiano Toledo Bezerra Memria e Cultura Material: Documentos Pessoais no espao pblico- Publ.CEPDOC/FGV: Estudos Histricos (Rio), 11 (21): p. 89-104, 1998

MENEZES, Ulpiano Toledo Bezerra O Museu e a Questo do Conhecimento- Publicado originalmente em: Cabral, Magaly, org., Anais do IV Seminrio sobre museus-casa: pesquisa e documentao.Rio de Janeiro, Fundao Casa de Rui Barbosa, 2002: p.17-48MONTANER, J. M. Museu contemporneo: lugar e discurso. In Projeto, n 144, So Paulo,1990 MONTANER, J. M. Museus para o sculo XXI . Barcelona, Ed. Gustavi Gili, 2003MONTANER, J. M. A modernidade superada Arquitetura, Arte e Pensamento no sculo XX. Barcelona, Ed. Gustavo Gili, 2002

HEIDEGGER, Martin. A origem da obra de arte Lisboa, Portugal Ed. 70 Ltda., 2008HARVEY, David. Condio ps moderna. So Paulo, Ed Loyola, 2002RAMOS, Francisco Regis Lopes. A danao do objeto Chapec, Ed. Argos, 2004CRIMP, Douglas. Sobre as runas do museu So Paulo, Ed. Martins Fontes, 2005ARGAN, Giulio Carlo. Histria da arte como histria da cidade . So Paulo, Ed. Martins Fontes, 2005.PAVONI, Rosana (ed.) Historic House Museums speak to the public: spectacular exhibitsversus a philological interpretation of history: Acts of the Annual Conference. Genova: ICOM International Committee DEMHIST, 2000.

CONSIDERAES SOBRE ARQUITETURA E GESTO DE UM MUSEU-CASA:O CASO DO MEMORIAL ATTILIO FONTANA

Paulo Eduardo BARBOSA

Arquiteto, cursando a disciplina Metrpole e Vanguardas artsticas como aluno especial do programa de ps-graduao da FAUUSP no primeiro semestre de 2010

Docentes: Ricardo Marques de Azevedo e Luciano Migliaccio