CONSISTÊNCIA DE CLASSIFICAÇÕES MACROSCÓPICAS DE SONDAGENS...

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UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA CONSISTÊNCIA DE CLASSIFICAÇÕES MACROSCÓPICAS DE SONDAGENS GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS Pedro Nuno Santiago Jordão Mestrado em Geologia Aplicada Área de Especialização de Geologia de Engenharia 2012

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UNIVERSIDADE DE LISBOA

FACULDADE DE CIÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA

CONSISTÊNCIA DE CLASSIFICAÇÕES MACROSCÓPICAS

DE SONDAGENS GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

Pedro Nuno Santiago Jordão

Mestrado em Geologia Aplicada

Área de Especialização de Geologia de Engenharia

2012

UNIVERSIDADE DE LISBOA

FACULDADE DE CIÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA

CONSISTÊNCIA DE CLASSIFICAÇÕES MACROSCÓPICAS

DE SONDAGENS GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

Dissertação apresentada à Faculdade de Ciência da Universidade de Lisboa,

para a obtenção do Grau de Mestre em Geologia Aplicada na especialidade de

Geologia de Engenharia

Pedro Nuno Santiago Jordão

Orientador: Prof. Doutor Fernando Silva da Fonseca Marques

Mestrado em Geologia Aplicada

Área de Especialização de Geologia de Engenharia

2012

v

Às minhas filhas, Leonor e Carlota, por me

ensinarem, incansavelmente, a ser pai…

vii

Agradecimentos

Nos tempos que correm, é comum assumir-se que tudo o que precisamos está

virtualmente ao alcance de um “click”, graças à mais-valia que é hoje a internet, na nossa

vida em geral, e especificamente, no desenvolvimento de uma Tese de Mestrado. E sem

prejuízo da enorme importância que a internet tem, como meio de pesquisa e

comunicação, no desenvolvimento de um trabalho desta natureza, a verdade é que sem a

participação activa de pessoas, este trabalho não teria sido possível.

Agradeço por isso, genericamente, a todas as pessoas com quem falei, discuti, e revi

aspectos do trabalho, ao telefone, por mail, via skype, ou em presença. Pessoas que, por

vezes do outro lado do mundo, disponibilizaram o seu precioso tempo e conhecimento, em

prol deste estudo. Pessoas que, desde o início, demonstraram interesse em participar e

conhecer as conclusões do estudo, contribuindo dessa forma, decisivamente, para a minha

motivação ao longo das diversas etapas deste trabalho, que procurei, fizesse jus, não só à

importância que este tema merece em termos técnicos, como a todo o tempo que foi por

todos dispensado.

Aos técnicos que “arriscaram” participar neste estudo, classificando as duas sondagens

que lhe serviram de base, participação sem a qual este trabalho não teria sido possível (P.

Rodrigues, C. Gonçalves, P. Ferreira, S. Paisana, M. Santos, N. Oliveira, N. Rodrigues, N.

Nogueira, S. Brito, P. Nunes, V. Pinto e D. Gabriel).

À Empresa Tecnasol FGE, na pessoa do Engº Pedro Lopes, pela disponibilização das

duas sondagens utilizadas neste trabalho, bem como, por todo o apoio logístico prestado

durante o processo.

À International Society of Rock Mechanics (ISRM), a disponibilização das versões originais

de “Suggested Methods” relativas a “Basic Geotechnical Description of Rock Masses”.

Aos Professores Isabel Moitinho, Gabriel Almeida e Costa Pereira, que se disponibilizaram

para participar neste estudo, produzindo em conjunto uma classificação para cada

sondagem, contribuindo assim para a valorização deste trabalho.

Ao Professor Fernando Marques, meu Orientador de Tese, o apoio prestado desde a

concepção e definição das linhas gerais deste estudo, até à revisão dos objectivos e

estratégia do mesmo, bem como, a necessária revisão final do texto, de que resultaram

pertinentes observações e sugestões de melhoria, contribuindo naturalmente para a

valorização global do trabalho.

viii

Ao colega e amigo Jorge Costa da Tecnasol FGE, pelo apoio no desenvolvimento de

alguns gráficos, e pelo acompanhamento dos técnicos convidados, ao local onde se

encontravam dispostas as caixas de sondagens.

Aos meus pais e aos meus irmãos, Sara e Marco, por todo o apoio e incentivo que me

deram durante todo o mestrado e por terem sempre acreditado.

Aos meus colegas de Mestrado, pelas estimulantes trocas de impressões e conhecimento,

sempre profícuas.

À minha amiga, e sogra, Rosa Gomes, pela grande ajuda que foi na atenção dada e tempo

dedicado aos meus “tesourinhos”, Leonor e Carlota, para que a minha dedicação a este

trabalho pudesse ser a adequada.

Aos familiares e amigos, cujo nome não é discriminado nestas linhas, mas que de alguma

forma contribuíram para a realização deste trabalho, pelo apoio moral e incentivo.

E, claro, à minha sensacional esposa, amiga e companheira de sempre, que sempre

acreditou em mim, e tudo fez para tornar possível este trabalho apesar do tempo que ele

requereu, e que provavelmente nunca saberá, porque não lhe conseguirei explicar, a

importância basilar que foi e é, na minha vida pessoal, familiar e profissional… obrigado

Sarinha.

Índice

ix

Índice geral

AGRADECIMENTOS ............................................................................................................................ VII

ÍNDICE GERAL ...................................................................................................................................... IX

ÍNDICE DE FIGURAS ............................................................................................................................ XI

ÍNDICE DE QUADROS ........................................................................................................................XIV

RESUMO .............................................................................................................................................XVII

ABSTRACT ....................................................................................................................................... XVIII

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 1

2. OBJECTIVO ........................................................................................................................................ 3

3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS E PROCEDIMENTOS ........................................................................ 5

3.1 ASPECTOS GERAIS ........................................................................................................................... 5 3.2 ESTRATIGRAFIA ................................................................................................................................ 6 3.3 LITOLOGIA ........................................................................................................................................ 7 3.4 GRANULARIDADE ............................................................................................................................ 10 3.5 COR .............................................................................................................................................. 13 3.6 ESTADO DE ALTERAÇÃO .................................................................................................................. 15 3.7 ESTADO DE FRACTURAÇÃO ............................................................................................................. 16 3.8 PERCENTAGEM DE RECUPERAÇÃO .................................................................................................. 17 3.9 ÍNDICE RQD (ROCK QUALITY DESIGNATION – DEERE ET AL 1967) ................................................... 18 3.10 OBSERVAÇÕES COMPLEMENTARES DE CARIZ GEOLÓGICO-GEOTÉCNICO .......................................... 20

4. PRESSUPOSTOS ............................................................................................................................. 21

4.1 ASPECTOS GERAIS DE ENQUADRAMENTO DO ESTUDO ....................................................................... 21 4.2 METODOLOGIA ............................................................................................................................... 22 4.3 AMOSTRA ....................................................................................................................................... 22 4.4 TÉCNICOS ...................................................................................................................................... 26 4.5 CLASSIFICAÇÃO .............................................................................................................................. 26 4.6 NÃO RASTREABILIDADE DA AUTORIA DAS CLASSIFICAÇÕES ................................................................ 28 4.7 VERIFICAÇÃO DA INTEGRIDADE DA AMOSTRA .................................................................................... 28 4.8 VERIFICAÇÃO DA ESCALA DE REPRESENTAÇÃO GRÁFICA ................................................................... 32

5. ORGANIZAÇÃO DOS DADOS E METODOLOGIA ......................................................................... 37

5.1 DADOS........................................................................................................................................... 37 5.2 TABELAS RESUMO DA CLASSIFICAÇÃO.............................................................................................. 39 5.3 TABELAS RESUMO DO PARÂMETRO .................................................................................................. 41 5.4 TABELAS NUMÉRICAS DO PARÂMETRO E REPRESENTAÇÃO GRÁFICA .................................................. 41 5.5 TABELAS DE CORRELAÇÃO - CONVERSÃO NUMÉRICA DOS DADOS..................................................... 43

5.5.1 Tabela de correlação – Parâmetro “Estratigrafia” ................................................................. 44 5.5.2 Tabela de correlação – Parâmetro “Litologia” ....................................................................... 45 5.5.3 Tabela de correlação – Parâmetro “Granularidade” ............................................................. 47 5.5.4 Tabela de correlação – Parâmetro “Cor” .............................................................................. 47 5.5.5 Tabela de correlação – Parâmetro “Alteração” ..................................................................... 49 5.5.6 Tabela de correlação – Parâmetro “Fracturação” ................................................................. 50 5.5.7 Tabela de correlação – Parâmetro “Percentagem de Recuperação” ................................... 50 5.5.8 Tabela de correlação – Parâmetro “RQD” ............................................................................ 51 5.5.9 Tabela de correlação – Parâmetro “Observações complementares de cariz geológico-geotécnico” ..................................................................................................................................... 51

6. PROCESSAMENTO DOS DADOS .................................................................................................. 55

6.1 TABELAS RESUMO DAS CLASSIFICAÇÕES .......................................................................................... 55 6.1.1 Sondagem S1........................................................................................................................ 55 6.1.2 Sondagem S2........................................................................................................................ 62

6.2 TABELAS RESUMO DO PARÂMETRO, TABELAS NUMÉRICAS DO PARÂMETRO E REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

........................................................................................................................................................... 69

Índice

x

6.2.1 Sondagem S1........................................................................................................................ 70 6.2.1.1 Parâmetro “Estratigrafia” ............................................................................................................... 70 6.2.1.2 Parâmetro “Litologia” ..................................................................................................................... 71 6.2.1.3 Parâmetro “Granularidade” ............................................................................................................ 73 6.2.1.4 Parâmetro “Cor” ............................................................................................................................. 74 6.2.1.5 Parâmetro “Alteração” ................................................................................................................... 76 6.2.1.6 Parâmetro “Fracturação” ............................................................................................................... 78 6.2.1.7 Parâmetro “Percentagem de Recuperação” .................................................................................. 80 6.2.1.8 Parâmetro “RQD” ........................................................................................................................... 81 6.2.1.9 Parâmetro “Observações complementares de cariz geológico-geotécnico” .................................. 82

6.2.2 Sondagem S2........................................................................................................................ 84 6.2.2.1 Parâmetro “Estratigrafia” ............................................................................................................... 84 6.2.2.2 Parâmetro “Litologia” ..................................................................................................................... 86 6.2.2.3 Parâmetro “Granularidade” ............................................................................................................ 88 6.2.2.4 Parâmetro “Cor” ............................................................................................................................. 88 6.2.2.5 Parâmetro “Alteração” ................................................................................................................... 90 6.2.2.6 Parâmetro “Fracturação” ............................................................................................................... 92 6.2.2.7 Parâmetro “Percentagem de Recuperação” .................................................................................. 94 6.2.2.8 Parâmetro “RQD” ........................................................................................................................... 95 6.2.2.9 Parâmetro “Observações complementares de cariz geológico-geotécnico ................................... 96

7. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS .................................................................... 99

7.1 SONDAGEM S1 ............................................................................................................................... 99 7.1.1 Parâmetro “Estratigrafia” ....................................................................................................... 99 7.1.2 Parâmetro “Litologia” ........................................................................................................... 100 7.1.3 Parâmetro “Granularidade” ................................................................................................. 104 7.1.4 Parâmetro “Cor” .................................................................................................................. 107 7.1.5 Parâmetro “Alteração” ......................................................................................................... 109 7.1.6 Parâmetro “Fracturação” ..................................................................................................... 110 7.1.7 Parâmetro “Percentagem de recuperação” ........................................................................ 112 7.1.8 Parâmetro “RQD” ................................................................................................................ 115 7.1.9 Parâmetro “Observações complementares de cariz geológico-geotécnico” ...................... 120 7.1.10 Resumo da análise da sondagem S1 ............................................................................... 128

7.2 SONDAGEM S2 ............................................................................................................................. 130 7.2.1 Parâmetro “Estratigrafia” ..................................................................................................... 130 7.2.2 Parâmetro “Litologia” ........................................................................................................... 131 7.2.3 Parâmetro “Granularidade” ................................................................................................. 135 7.2.4 Parâmetro “Cor” .................................................................................................................. 135 7.2.5 Parâmetro “Alteração” ......................................................................................................... 137 7.2.6 Parâmetro “Fracturação” ..................................................................................................... 140 7.2.7 Parâmetro “Percentagem de recuperação” ........................................................................ 141 7.2.8 Parâmetro “RQD” ................................................................................................................ 145 7.2.9 Parâmetro “Observações complementares de cariz geológico-geotécnico” ...................... 147 7.2.10 Resumo da análise da sondagem S2 ............................................................................... 152

7.3 COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS DAS DUAS SONDAGENS ............................................................... 154

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES ..................................................................... 161

9. BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................... 171

10. ANEXOS ....................................................................................................................................... 175

Índice

xi

Índice de figuras

Figura 1 – Tabela cronostratigráfica adaptada da tabela cronostratigráfica internacional ..................... 7

Figura 2 – Classificação Triangular de Solos (Especificação LNEC E-219) ........................................... 8

Figura 3 – Principais tipos de rocha (retirado do sítio stone-network.com em MAI12)........................... 8

Figura 4 – Critérios de classificação para rochas sedimentares, subscritos pela ISRM (1980) ............. 9

Figura 5 – Critérios de classificação para rochas ígneas e metamórficas, subscritos pela ISRM (1980) ............................................................................................................................................................... 10

Figura 6 – Classificação Granulométrica de Solos (Especificação LNEC E-239) ................................ 11

Figura 7 – Tabela granulométrica da British Geological Survey ........................................................... 12

Figura 8 – Tabela de Wentworth para a granularidade de rochas sedimentares (Wentworth grade scale; 1922) ........................................................................................................................................... 13

Figura 9 – Excerto da Geological Rock-Color Chart (Munsell, 2009) ................................................... 14

Figura 10 – Critérios de classificação do estado de alteração das rochas proposto pela ISRM (1980) ............................................................................................................................................................... 15

Figura 11 – Critérios de classificação do estado de fracturação das rochas proposto pela ISRM (1980) ............................................................................................................................................................... 16

Figura 12 – Representação esquemática da forma de cálculo da percentagem de recuperação ....... 17

Figura 13 – Procedimento para medição e cálculo do RQD (segundo Deere, 1989)........................... 19

Figura 14 – Sondagem S1..................................................................................................................... 23

Figura 15 – Localização geral da sondagem S1 ................................................................................... 24

Figura 16 – Sondagem S2..................................................................................................................... 25

Figura 17 – Localização geral da sondagem S2 ................................................................................... 26

Figura 18 – Aspecto da amostra da sondagem S1 antes das classificações (27MAR12) ................... 29

Figura 19 – Aspecto da amostra da sondagem S1 depois das classificações (5JUN12) .................... 29

Figura 20 – Aspecto da amostra da sondagem S2 antes das classificações (27MAR12) ................... 31

Figura 21 – Aspecto da amostra da sondagem S1 depois das classificações (5JUN12) .................... 32

Figura 22 – Tabela Resumo do Parâmetro “percentagem de recuperação” com intervalos de introdução de dados de 0,5 m (classificações da sondagem S1) ......................................................... 33

Figura 23 – Tabela Resumo do Parâmetro “percentagem de recuperação” com intervalos de introdução de dados de 0,25 m (classificações da sondagem S1) ....................................................... 34

Figura 24 – Parâmetro “percentagem de recuperação” com intervalos de introdução de dados de 0,5 m ............................................................................................................................................................ 35

Figura 25 – Parâmetro “percentagem de recuperação” com intervalos de introdução de dados de 0,25 m ............................................................................................................................................................ 35

Figura 26 – Tabela Resumo da Classificação C1 S1 ........................................................................... 40

Figura 27 – Tabela Resumo do Parâmetro “alteração” da sondagem S2 ............................................ 41

Figura 28 – Tabelas relativas ao processamento do parâmetro “granularidade” (sondagem S1) ....... 42

Figura 29 – Variação da granularidade com a profundidade nas diferentes classificações da sondagem S1 ........................................................................................................................................ 43

Figura 30 – Tabela de correlação para o parâmetro “estratigrafia” na sondagem S1 .......................... 45

Figura 31 – Tabela de correlação para o parâmetro “estratigrafia” na sondagem S2 .......................... 45

Figura 32 – Tabela de correlação para o parâmetro “litologia” na sondagem S1 ................................. 46

Índice

xii

Figura 33 – Tabela de correlação para o parâmetro “litologia” na sondagem S1 ................................. 46

Figura 34 – Tabela de correlação para o parâmetro “granularidade” nas sondagens S1 e S2 ............ 47

Figura 35 – Tabela de correlação para o parâmetro “cor” na sondagem S1 ........................................ 48

Figura 36 – Tabela de correlação para o parâmetro “cor” na sondagem S2 ........................................ 48

Figura 37 – Tabela de correlação para o parâmetro “alteração” nas sondagens S1 e S2 ................... 49

Figura 38 – Tabela de correlação para o parâmetro “fracturação” nas sondagens S1 e S2 ................ 50

Figura 39 – Tabela de valores de percentagem de recuperação para representação gráfica nas sondagens S1 e S2 ............................................................................................................................... 50

Figura 40 – Tabela de valores RQD para representação gráfica nas sondagens S1 e S2 .................. 51

Figura 41 – Tabela de correlação para o parâmetro “observações complementares de cariz geológico-geotécnico” na sondagem S1 ................................................................................................................ 53

Figura 42 – Tabela de correlação para o parâmetro “observações complementares de cariz geológico-geotécnico” na sondagem S2 ................................................................................................................ 53

Figura 43 – Tabela Resumo da Classificação C1 S1 ........................................................................... 55

Figura 44 – Tabela Resumo da Classificação C2 S1 ........................................................................... 56

Figura 45 – Tabela Resumo da Classificação C3 S1 ........................................................................... 56

Figura 46 – Tabela Resumo da Classificação C4 S1 ........................................................................... 57

Figura 47 – Tabela Resumo da Classificação C5 S1 ........................................................................... 57

Figura 48 – Tabela Resumo da Classificação C6 S1 ........................................................................... 58

Figura 49 – Tabela Resumo da Classificação C7 S1 ........................................................................... 58

Figura 50 – Tabela Resumo da Classificação C8 S1 ........................................................................... 59

Figura 51 – Tabela Resumo da Classificação C9 S1 ........................................................................... 59

Figura 52 – Tabela Resumo da Classificação C10 S1 ......................................................................... 60

Figura 53 – Tabela Resumo da Classificação C11 S1 ......................................................................... 60

Figura 54 – Tabela Resumo da Classificação C12 S1 ......................................................................... 61

Figura 55 – Tabela Resumo da Classificação C13 S1 ......................................................................... 61

Figura 56 – Tabela Resumo da Classificação C14 S1 ......................................................................... 62

Figura 57 – Tabela Resumo da Classificação C1 S2 ........................................................................... 62

Figura 58 – Tabela Resumo da Classificação C2 S2 ........................................................................... 63

Figura 59 – Tabela Resumo da Classificação C3 S2 ........................................................................... 63

Figura 60 – Tabela Resumo da Classificação C4 S2 ........................................................................... 64

Figura 61 – Tabela Resumo da Classificação C5 S2 ........................................................................... 64

Figura 62 – Tabela Resumo da Classificação C6 S2 ........................................................................... 65

Figura 63 – Tabela Resumo da Classificação C7 S2 ........................................................................... 65

Figura 64 – Tabela Resumo da Classificação C8 S2 ........................................................................... 66

Figura 65 – Tabela Resumo da Classificação C9 S2 ........................................................................... 66

Figura 66 – Tabela Resumo da Classificação C10 S2 ......................................................................... 67

Figura 67 – Tabela Resumo da Classificação C11 S2 ......................................................................... 67

Figura 68 – Tabela Resumo da Classificação C12 S2 ......................................................................... 68

Figura 69 – Tabela Resumo da Classificação C13 S2 ......................................................................... 68

Figura 70 – Tabela Resumo da Classificação C14 S2 ......................................................................... 69

Índice

xiii

Figura 71 – Variação da “estratigrafia” com a profundidade nas classificações da sondagem S1 ...... 71

Figura 72 – Variação da “litologia” com a profundidade nas classificações da sondagem S1 ............. 72

Figura 73 – Variação da “granularidade” com a profundidade nas classificações da sondagem S1 ... 74

Figura 74 – Variação da “cor” com a profundidade nas classificações da sondagem S1 .................... 75

Figura 75 – Variação da “alteração” com a profundidade nas classificações da sondagem S1 .......... 77

Figura 76 – Variação da “fracturação” com a profundidade nas classificações da sondagem S1 ....... 79

Figura 77 – Variação da “percentagem de recuperação” com a profundidade nas classificações da sondagem S1 ........................................................................................................................................ 80

Figura 78 – Variação do “índice RQD” com a profundidade nas classificações da sondagem S1 ...... 81

Figura 79 – Variação das “observações complementares” com a profundidade nas classificações da sondagem S1 ........................................................................................................................................ 83

Figura 80 – Variação da “estratigrafia” com a profundidade nas classificações da sondagem S2 ...... 85

Figura 81 – Variação da “litologia” com a profundidade nas classificações da sondagem S2 ............. 87

Figura 82 – Variação da “cor” com a profundidade nas classificações da sondagem S2 .................... 89

Figura 83 – Variação da “alteração” com a profundidade nas classificações da sondagem S2 .......... 91

Figura 84 – Variação da “fracturação” com a profundidade nas classificações da sondagem S2 ....... 93

Figura 85 – Variação da “percentagem de recuperação” com a profundidade nas classificações da sondagem S2 ........................................................................................................................................ 94

Figura 86 – Variação do “índice RQD” com a profundidade nas classificações da sondagem S2 ...... 95

Figura 87 – Variação das “observações complementares” com a profundidade nas classificações da sondagem S2 ........................................................................................................................................ 97

Figura 88 – Gráfico da percentagem de recuperação e fotografia de caixa de amostra da sondagem S1 ........................................................................................................................................................ 103

Figura 89 – Número de camadas individualizadas por classificação ................................................. 103

Figura 90 – Gráfico com a representação da espessura das camadas por classificação .................. 104

Figura 91 – Gráfico da percentagem de recuperação e fotografia de caixa de amostra da sondagem S1 ........................................................................................................................................................ 106

Figura 92 – Grupos de cores utilizados por classificação ................................................................... 108

Figura 93 – Fotografia de caixa de amostra da sondagem S1 (caixa 1) ............................................ 113

Figura 94 – Fotografia de caixa de amostra da sondagem S1 (caixa 2) ............................................ 113

Figura 95 – Excerto da Tabela Resumo / Numérica do Parâmetro “RQD” ......................................... 119

Figura 96 – Fotografia de caixa de amostra da sondagem S1 (caixa 2) ............................................ 120

Figura 97 – Tabela Resumo do Parâmetro “litologia” da sondagem S1 (colorida) ............................. 124

Figura 98 – Representação das 27 zonas em que foram descritos “mais que 2 aspectos” ............... 127

Figura 99 – Variação dos “parâmetros” com a profundidade nas classificações da sondagem S1 ... 129

Figura 100 – Fotografia de caixa de amostra da sondagem S2 (caixa 1) .......................................... 133

Figura 101 – Fotografia de caixa de amostra da sondagem S2 (caixa 3) .......................................... 133

Figura 102 – Número de camadas individualizadas por classificação ............................................... 134

Figura 103 – Gráfico com a representação da espessura das camadas por classificação ................ 134

Figura 104 – Grupos de cores utilizados por classificação ................................................................. 137

Figura 105 – Fotografia de caixa de amostra da sondagem S2 (caixa 1) .......................................... 138

Figura 106 – Fotografia de caixa de amostra da sondagem S2 (caixa 2) .......................................... 139

Índice

xiv

Figura 107 – Fotografia de caixa de amostra da sondagem S2 (caixa 3) .......................................... 139

Figura 108 – Fotografia de caixa de amostra da sondagem S2 (caixa 2) .......................................... 143

Figura 109 – Variação dos “parâmetros” com a profundidade nas classificações da sondagem S2 . 154

Figura 110 – Gráficos do parâmetro “estratigrafia” de ambas as sondagens, S1 e S2 ...................... 154

Figura 111 – Gráficos do parâmetro “litologia” de ambas as sondagens, S1 e S2 ............................ 155

Figura 112 – Gráficos do parâmetro “granularidade” de ambas as sondagens, S1 e S2 .................. 155

Figura 113 – Gráficos do parâmetro “cor” de ambas as sondagens, S1 e S2 .................................... 156

Figura 114 – Gráficos do parâmetro “alteração” de ambas as sondagens, S1 e S2 .......................... 157

Figura 115 – Gráficos do parâmetro “fracturação” de ambas as sondagens, S1 e S2 ...................... 157

Figura 116 – Gráficos do parâmetro “percentagem de recuperação” de ambas as sondagens, S1 e S2 ............................................................................................................................................................. 158

Figura 117 – Gráficos do parâmetro “RQD” de ambas as sondagens, S1 e S2................................. 158

Figura 118 – Gráficos do parâmetro “observações complementares” de ambas as sondagens, S1 e S2 ........................................................................................................................................................ 159

Índice de quadros

Quadro 1 – Características gerais da sondagem S1 ............................................................................ 23

Quadro 2 – Características gerais da sondagem S2 ............................................................................ 24

Quadro 3 – Designação das sondagens em estudo ............................................................................. 27

Quadro 4 – Exemplos dos arredondamentos dos valores para processamento nos intervalos de introdução de dados .............................................................................................................................. 36

Quadro 5 – Dados possíveis para os parâmetros “granularidade”, “alteração”, “fracturação”, “percentagem de recuperação” e “RQD” ............................................................................................... 37

Quadro 6 – Exemplos de dados possíveis para os parâmetros “estratigrafia”, “litologia”, “cor” e “observações complementares de cariz geológico-geotécnico” ........................................................... 38

Quadro 7 – Exemplo da sistematização e organização dos dados de uma classificação ................... 39

Quadro 8 – Relação entre os comprimentos de amostra recuperada e o da manobra ...................... 114

Quadro 9 – Critérios usados nas classificações na definição do intervalo de cálculo do RQD .......... 117

Quadro 10 – Comprimento das amostras na manobra dos 9,0 m para os 10,5 m ............................. 119

Quadro 11 – Representatividade dos grupos de dados na globalidade da sondagem ...................... 124

Quadro 12 – Evolução da representatividade dos grupos de informação ao longo da sondagem .... 125

Quadro 13 – Frequência de utilização de “observações complementares de cariz geológico-geotécnico”, por classificação ............................................................................................................. 126

Quadro 14 – Representatividade dos vários grupos de informação ................................................... 128

Quadro 15 – Diferentes comprimentos de manobras e respectivos valores resultantes ................... 144

Quadro 16 – Representatividade dos grupos de informação na globalidade da sondagem .............. 150

Quadro 17 – Evolução da representatividade dos grupos de informação ao longo da sondagem .... 151

Quadro 18 – Frequência de utilização de “observações complementares de cariz geológico-geotécnico”, por classificação ............................................................................................................. 152

xv

Interpretation is necessary, and so, as Norbury et al. have

stated ‘strictly, there is no such thing as a “factual”

borehole log’.

C.R.I. Clayton, M.C. Mattews, N.E. Simons (2011)

Resumo

xvii

Resumo

Este estudo versa sobre a consistência das classificações macroscópicas de sondagens

geológico-geotécnicas, realizadas no âmbito da engenharia e construção civil. É do

conhecimento geral na comunidade geotécnica, que técnicos diferentes, produzem

normalmente classificações da mesma sondagem com “ligeiras diferenças”, sem que a

validade técnica ou representatividade da classificação seja comprometida. Aspectos como

a distinta sensibilidade ou experiência de cada técnico, a subjectividade dos próprios

critérios, bem como a grande variabilidade e complexidade dos termos em classificação

(solos e rochas), poderão estar na origem, individualmente ou em conjunto, de “ligeiras

diferenças” nas classificações.

Este trabalho pretende por isso estudar a consistência de classificações realizadas por

diferentes técnicos, sobre a mesma amostra, e existindo discrepâncias, perceber, em que

parâmetros e que possíveis factores poderão estar na sua origem.

A amostra deste estudo são duas sondagens, uma realizada em maciço terroso e outra em

maciço rochoso, com 13,5 m e 15,0 m de profundidade, respectivamente, que foram

classificadas de forma livre e individual por 13 técnicos, e por uma equipa de geólogos

seniores, associados à Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Os dados deste estudo são as informações constantes nas classificações da amostra,

processados parâmetro a parâmetro, e classificados em escala numérica através de

tabelas de correlação desenvolvidas para o efeito. Os dados, já na forma numérica, são

representados e interpretados graficamente, parâmetro a parâmetro, analisando-se a sua

consistência.

Palavras chave: classificação, sondagens, geológico-geotécnica, parâmetros, critérios,

consistência

Resumo

xviii

Abstract

This paper is about the consistency of macroscopic classifications of geological-

geotechnical boreholes undertaken in the field of engineering and construction. In the

geotechnical community it is common knowledge that different experts tend to produce

“slightly different” classifications of the same borehole sample, without jeopardising their

technical validity or representativeness. Such factors as the particular experience and

sensitivity of each expert, the subjectivity of criteria, as well as the great variability and

complexity of the object of classification (soil and rocks) may, individually or combined, be

at the origin of such “slight differences” in classifications.

This work thus attempts to study the consistency of classifications produced by different

experts on the same sample and, where discrepancies exist, identify the factors and

parameters that may have caused them.

The sample used in this study consists of two boreholes, one made in soil material and the

other in rock material, 13.5 and 15.0 meters deep, respectively. They were classified by 13

experts working freely and individually and by a team of senior geologists linked to the

Faculdade de Ciências of Lisbon University.

The data used in this study is the information derived from the classifications of the sample.

Such data was then processed parameter by parameter and classified in a numerical scale

by means of correlation tables developed specifically to this effect. The data, in numerical

form, is then interpreted and represented graphically, parameter by parameter, and its

consistency is analysed.

Key words: classification, boreholes, geological-geotechnical, parameters, criteria,

consistency

Introdução

1

1. Introdução

A classificação macroscópica de sondagens geológico-geotécnicas constitui um dos

pontos de partida para qualquer projecto de engenharia minimamente fundamentado,

sendo frequentemente o ponto de partida da identificação e caracterização do maciço

interessado por uma Obra. Naturalmente, outros pontos de partida existem num projecto

de engenharia. Desde logo, a avaliação da relação custo/benefício, custo total, prazo,

exequibilidade, riscos de construção, garantia de qualidade de construção e longevidade

em exploração, cumprimento de legislação ambiental, entre outros. A classificação das

sondagens geotécnicas e a informação de base que destas advém, relaciona-se

sobremaneira com todos eles e possibilita a obtenção de informação de base valiosa.

Nesse sentido, reveste-se de especial importância a qualidade da classificação, não são só

pelos aspectos técnicos que se relacionam com a concepção da obra e respectivo projecto

de execução, mas também com os aspectos financeiros da construção e viabilidade do

empreendimento. Não faltam exemplos de obras necessárias, previstas e estudadas, cuja

execução nunca chegou a avançar devido ao reconhecimento atempado do contexto

geotécnico adverso, que implicaria trabalhos adicionais e sobrecustos elevados, que

comprometeriam fatalmente a fiabilidade financeira do projecto.

Em oposição, também não faltam exemplos de projectos que avançaram para execução,

por não haver nas fases de estudo prévio e ante-projecto informação de cariz geotécnico,

que perspectivasse desde logo as reais complicações, trabalhos adicionais e sobrecustos

na fase de obra, devido ao contexto geotécnico adverso, obras essas, comummente, com

prazos e custos globais consideravelmente superiores ao previsto. Acresce ainda que, no

âmbito dos estudos geológicos e geotécnicos, as sondagens constituem frequentemente o

elemento mais dispendioso, pelo que não faz qualquer sentido não procurar extrair destas

o máximo de informação útil possível.

Reveste-se pois de especial importância, a qualidade e representatividade da classificação

geológico-geotécnica de sondagens, bem como, naturalmente, as interpretações da equipe

de projecto que com estas trabalha.

Introdução

2

No entanto, é frequente existirem ligeiras divergências de critérios entre técnicos que

classificam sondagens, resultantes não só da sensibilidade e experiência distinta de cada

técnico, como do facto de alguns dos parâmetros e critérios de classificação terem modo

de aplicação subjectivo, agravado pela grande variabilidade de algumas grandezas em

apreciação, já que maioritariamente se tratam de entidades naturais, como solos ou

rochas, com um vasto leque de variações graduais e termos intermédios, tal como

proferido por Karl von Terzaghi em 1936: “Unfortunately, soils are made by nature and not by

man, and the products of nature are always complex.”

Importará pois, distinguir entre aquilo que são “ligeiras variações” entre classificações de

diferentes técnicos, mantendo na essência a representatividade da classificação, daquilo

que é uma classificação incorrecta ou com base em critérios incorrectos. Tema este, no

entanto, que não será o objecto fulcral deste estudo. Da mesma forma, não é objecto deste

trabalho a descrição pormenorizada e interpretação dos critérios internacionais definidos

para a classificação macroscópica de sondagens, que se considera, serem do

conhecimento de todos os técnicos participantes, não só pela sua formação académica,

como também, e principalmente, pela sua rotina e experiência na classificação

macroscópica de sondagens, em empresas nacionais reconhecidas do sector.

Nesse sentido e como ponto de partida para futuros desenvolvimentos sobre esta temática,

é importante antes de mais, avaliar a consistência entre si de classificações de diferentes

técnicos do mercado nacional, técnicos que “alimentam” os projectos e projectistas com

informação de cariz geotécnico, para a construção das demais obras públicas e privadas

do país.

Este trabalho versa pois, sobre o método proposto para levar a cabo a análise da

consistência de 14 classificações das mesmas amostras, realizadas por técnicos distintos,

e naturalmente sobre os resultados obtidos.

Com esse objectivo, os dados das classificações das amostras, foram classificados para

índices numéricos, através de tabelas de correlação desenvolvidas no decurso do presente

trabalho e especificamente para os efeitos deste estudo. Os dados numéricos foram

processados e representados graficamente, parâmetro a parâmetro, de modo a

possibilitarem uma análise objectiva da consistência dos resultados obtidos em cada

parâmetro, e das classificações como um todo.

Objectivo

3

2. Objectivo

O objectivo deste trabalho é estudar a consistência de classificações macroscópicas de

sondagens geológico-geotécnicas, realizadas por técnicos diferentes sobre as mesmas

amostras. Perceber portanto se são utlizados os mesmos parâmetros de classificação pelos

diversos técnicos, e se são aplicados da mesma forma. Ou seja, perceber se a consistência

dos resultados é idêntica nos diversos parâmetros, ou se, pelo contrário, existem

parâmetros com maior ou menor discrepância de resultados, e nesse caso, procurar

perceber que motivos poderão estar na sua origem. Nesse sentido, pretende-se ainda

comparar os resultados obtidos entre as duas amostras em estudo (sondagens S1 e S2),

afim deste procedimento contribuir para esse objectivo. Por fim, com base nos resultados

obtidos, procurar-se-á apresentar sugestões relativas à melhoria da consistência dos

parâmetros de classificação e respectivos critérios de aplicação.

Fundamentos teóricos e procedimentos

5

3. Fundamentos teóricos e procedimentos

3.1 Aspectos gerais

A classificação macroscópica de sondagens geológico-geotécnicas evoluiu até aos dias de

hoje, paralelemente com a evolução de sistemas classificação de solos e rochas, e demais

parâmetros e critérios associados, como a classificação do estado de alteração,

fracturação, índice RQD, entre outros.

A classificação de uma sondagem é um exercício que tem por base a interpretação do

técnico, relativamente aos diversos parâmetros e critérios de aplicação, interpretação essa,

até certo ponto subjectiva, razão pela qual é comum existirem ligeiras diferenças entre

classificações da mesma sondagem, se realizadas por diferentes técnicos.

Para além deste aspecto, o facto de não existir um “procedimento universal único”,

convencionado, que sistematize, em detalhe, como classificar sondagens geotécnicas em

amostra de mão, e o facto de existirem diversas organizações com publicações sobre

como descrever solos, rochas, e, por exemplo, como classificar o estado de alteração,

concorre para que o produto final da classificação, possa ser distinto de técnico para

técnico, ainda que tecnicamente representativo.

O facto de um “procedimento único” não existir, detalhando nomeadamente como devem,

nos vários cenários, serem aplicados todos os critérios, concorre para que cada técnico

crie e desenvolva, individualmente, o seu próprio estilo de classificação e a sua forma de

trabalhar. Situação esta, susceptível de, no limite, condicionar a homogeneidade,

consistência e representatividade da classificação de sondagens, enquanto trabalho

técnico.

Sobre este “potencial condicionalismo”, uma empresa internacional de consultoria

geotécnica, numa lista de recomendações técnicas, refere o seguinte: “3. Standardization of

the rock core logging descriptive code (at least for individual projects) will result in more useful rock

descriptions to facilitate geo‐engineering interpretation, spatial correlation of material units, and

engineering analysis for developing design recommendations and construction considerations.”

Desta forma, salienta as vantagens em padronizar o procedimento de classificação (pelo

menos dentro de um mesmo projecto), de forma a obter-se informação o mais

representativa possível, e assim possibilitar um melhor trabalho de interpretação

subsequente.

Fundamentos teóricos e procedimentos

6

Interessa pois, antes de mais, identificar e descrever sucintamente os diversos parâmetros

comummente utilizados actualmente no nosso país, na classificação de sondagens, e por

isso habitualmente constantes no log da sondagem. Estes, consistem genericamente na

estratigrafia, litologia, granularidade, cor, estado de alteração, estado de fracturação,

percentagem de recuperação, índice RQD e ainda aquilo que se poderá designar por

“observações complementares de cariz geológico-geotécnico”.

3.2 Estratigrafia

No que diz respeito à classificação de sondagens, a “estratigrafia” é comummente um dos

aspectos constantes nos logs das mesmas, contextualizando genericamente a zona de

prospecção em termos geológicos. Tratando-se de zonas com cartas geotécnicas

disponíveis, como as cidades de Lisboa e Porto, a contextualização é de cariz geotécnico,

reforçando por isso o interesse na classificação estratigráfica dos terrenos atravessados

pela sondagem. No entanto, não existe regra ou recomendação sobre o que indicar

relativamente à estratigrafia, por exemplo “Sistema”, “Série” ou “Formação”. Por esta

razão, é possível encontrar em logs de sondagem a indicação de “Sistema” (por exemplo

jurássico), de “Série” (por exemplo miocénico) ou “Formação” (por exemplo “Formação de

Mira”). Naturalmente que, havendo certeza quanto à formação atravessada, é vantajosa a

sua indicação, uma vez que a respectiva descrição constante na notícia explicativa da

Carta Geológica/Geotécnica irá aumentar o grau de informação relativamente aos terrenos

em estudo. É exemplo desta situação, a vantagem na indicação da formação “Argilas e

Calcários dos Prazeres” em detrimento da indicação da época “miocénico”, tanto mais que

relativamente a esta formação, existem inúmeros trabalhos publicados, inclusivamente

sobre parâmetros geotécnicos característicos.

Na figura 1 encontra-se representada uma tabela cronostratigráfica, adaptada da tabela

internacional, genericamente com os mesmos intervalos que as Cartas Geológicas

nacionais, embora, naturalmente, sem a indicação da designação das formações

geológicas já caracterizadas, em cada uma das cartas nacionais.

Fundamentos teóricos e procedimentos

7

Figura 1 – Tabela cronostratigráfica adaptada da tabela cronostratigráfica internacional

(retirada do sítio http://paleoviva.fc.ul.pt/Paleogeofcul/Apoio/cronogeofcul2.pdf, em JUN12)

3.3 Litologia

Este item consiste genericamente na descrição litológica da amostra, sendo esta, rocha ou

solo. É suposto portanto identificar o tipo de rocha (granito, basalto, calcário, etc.) ou o tipo

de solo (areia, silte, areia argilosa, etc.), indicando ainda, se aplicável, se se trata de

materiais de aterro ou depósitos de cobertura, vertente, coluviões, aluviões, etc. No nosso

país, para a classificação de solos, é comum utilizar-se a Classificação Triangular de

Solos, em que a designação do solo varia consoante a percentagem relativa dos materiais

constituintes, por exemplo “argila siltosa”, “areia argilosa”, conforme representado na figura

2.

Fundamentos teóricos e procedimentos

8

Figura 2 – Classificação Triangular de Solos (Especificação LNEC E-219)

As rochas são identificadas e caracterizadas de acordo com os minerais constituintes,

granularidade, textura, cor e outros aspectos característicos de cada tipo de rocha, como

foliação ou xistosidade, se aplicável. A classificação em amostra de mão dos diferentes

tipos de rocha, ígnea, metamórfica e sedimentar, ainda que normalmente realizada de

forma quase intuitiva por quem classifica com base em informação prévia obtida da carta

geológica, tem na sua origem critérios internacionais definidos e sistematizados para o

efeito. A figura 3 indica, de forma genérica, os principais tipos de rocha existentes, função

da sua génese.

Figura 3 – Principais tipos de rocha (retirado do sítio stone-network.com em MAI12)

Fundamentos teóricos e procedimentos

9

Existem vários sistemas ou métodos para classificar rochas, sistemas que foram sendo

propostos por diversos autores e organizações. As figuras 4 e 5 representam o método e

respectivos critérios de classificação de rochas subscritos pela ISRM (1980). No caso,

trata-se de critérios propostos anteriormente pela IAEG - International Association of

Engineering Geology (1979). Com efeito, a ISRM, com o objectivo de contribuir para a

homogeneização e universalidade de uma metodologia para classificação de rochas, optou

por estudar aquelas que tinham à data maior projecção mundial, e, em detrimento de

propor uma nova metodologia, elegeu, subscrevendo, a que no seu entender, era mais

adequada ao objectivo.

A classificação do tipo de rocha passa portanto pela atribuição de uma das designações

constantes nas figuras seguintes, excepção feita às chamadas “rochas exóticas”, assim

designadas por se tratar de rochas pouco vulgares. Para estes casos específicos, é

comum a determinação rigorosa do tipo de rocha passar por outro tipo de método, que não

a classificação em amostra de mão.

Figura 4 – Critérios de classificação para rochas sedimentares, subscritos pela ISRM (1980)

(originalmente propostos pela IAEG em 1979)

Fundamentos teóricos e procedimentos

10

Figura 5 – Critérios de classificação para rochas ígneas e metamórficas, subscritos pela ISRM (1980)

(originalmente propostos pela IAEG em 1979)

3.4 Granularidade

A dimensão das partículas constituintes de um solo ou de uma rocha sedimentar, bem

como a dimensão dos minerais numa rocha ígnea, são um dos aspectos a descrever na

classificação de sondagens. Para classificar a dimensão das partículas de solo, utiliza-se

comummente a Classificação Granulométrica de Solos, cujos intervalos de variação da

dimensão das partículas se encontra representado na figura 6. Tendo por base estes

intervalos, função da dimensão da partícula identifica-se o material (argila, silte, areia ou

cascalho) e a respectiva grandeza (fino, médio ou grosso). Tratando-se de classificação

macroscópica, é comum designar-se a granularidade do material pela junção de até dois

termos relativos à grandeza, de forma a ser mais representativo e abrangente (por

exemplo, areia fina a média).

Fundamentos teóricos e procedimentos

11

Figura 6 – Classificação Granulométrica de Solos (Especificação LNEC E-239)

Relativamente à granulometria nas rochas, quando aplicável, esta diz respeito à dimensão

dos minerais no caso das rochas ígneas e metamórficas, e à dimensão das partículas

constituintes, no caso das rochas sedimentares. A figura 7 sistematiza os intervalos e as

dimensões de partículas e minerais, para os vários tipos de rocha e indica a sua

designação função destes aspectos. Por exemplo, para um granito (rocha ígnea),

consultando a coluna da direita na figura, entre os 1 e os 5 mm de dimensão do grão, a

descrição seria “granito de grão médio a grosso”.

Fundamentos teóricos e procedimentos

12

Figura 7 – Tabela granulométrica da British Geological Survey

(British Geological Survey grain size scheme, 1999)

Há no entanto outras publicações e recomendações relativamente a esta temática, como é

o caso da tabela de Wentworth (1922) aplicável a rochas sedimentares, embora com

ligeiras diferenças relativamente à tabela da British Geological Survey.

Fundamentos teóricos e procedimentos

13

Figura 8 – Tabela de Wentworth para a granularidade de rochas sedimentares (Wentworth grade scale; 1922)

3.5 Cor

Na classificação de sondagens, a cor é um dos aspectos de caracterização mais expedita,

que, devido à enorme variedade de tons, complexidade dos padrões texturais de rochas e

diversidade de partículas dos solos, resulta normalmente num leque considerável de

alternativas possíveis para a caracterização da cor da amostra. Com efeito, é comum

verem-se atribuídas a uma mesma amostra, cores como amarelado, creme, bege e

castanho claro, tratando-se por vezes de designações pessoais diferentes para o mesmo

tom, avaliado por diversos técnicos.

Fundamentos teóricos e procedimentos

14

O facto da amostra se encontrar seca ou molhada aquando da classificação, é outro factor

que poderá afectar a atribuição da cor, pois é sabido que amostras molhadas e secas

apresentam normalmente tons diferentes.

A descrição da cor reveste-se de especial importância sobretudo quando permite colocar

em evidência determinados aspectos dignos de registo, como a variação do estado de

alteração ou da constituição mineralógica, ou quando uma cor é, num contexto geológico

específico, associada em exclusivo a uma única camada com cor característica.

No nosso país, na prática, não existem recomendações específicas sobre que cores ou

grupo de cores utilizar na classificação macroscópica de sondagens. Em teoria, dever-se-ia

utilizar a tabela de Munsell para solos e rochas, de forma a padronizar o mais possível as

cores aplicáveis e respectiva designação. Na figura seguinte encontra-se uma

representação de um excerto da Tabela de Munsell (Geological Rock-Color Chart), com as

amostras de cor e respectivas referências.

Figura 9 – Excerto da Geological Rock-Color Chart (Munsell, 2009)

Fundamentos teóricos e procedimentos

15

3.6 Estado de alteração

Ao longo dos anos foram sendo introduzidos e desenvolvidos diversos sistemas de

classificação do estado de alteração das rochas, que variam, não só na descrição como na

quantidade de termos (escala), em que se subdividem os vários estados de alteração. A

classificação do estado de alteração da rocha reveste-se de especial importância, uma vez

que é um dos critérios de classificação da qualidade da rocha mais representativos. Sendo

certo que, por exemplo, cada tipo de rocha tem um intervalo de valores característicos para

cada parâmetro geotécnico (Módulo de Deformabilidade, Resistência à Compressão

Uniaxial, etc), esses intervalos variam, sobremaneira, consoante o estado de alteração da

rocha.

Em Portugal, utiliza-se em geral o critério definido pela ISRM (1980) para a classificação

do estado de alteração das rochas. Este sistema considera a classificação do estado de

alteração da rocha em cinco estádios, de W1 (rocha sã) a W5 (rocha decomposta).

conforme indicados e descritos na figura seguinte.

Figura 10 – Critérios de classificação do estado de alteração das rochas proposto pela ISRM (1980)

Este parâmetro é aplicável a rochas ígneas e metamórficas, e na sua aplicação prática, é

usual a conjugação de até dois estados de alteração consecutivos para melhor caracterizar

o estado de alteração da rocha, como por exemplo W2/3 ou W4/5.

Fundamentos teóricos e procedimentos

16

Em 1995, foi proposto pela Geological Society of London, a introdução de um novo termo

nesta escala, o W6, relativo a solo residual resultante da decomposição completa da rocha

original (saprólito). Este “novo” termo, apesar de reconhecido, não é ainda, no entanto, de

aplicação generalizada pela comunidade geotécnica nacional.

No caso das rochas sedimentares, compostas predominantemente por minerais em

equilíbrio com as condições de pressão e temperatura existentes à superfície da terra, a

aplicação de uma escala com 5 termos é particularmente problemática, sendo geralmente

adoptadas aproximações simplificadas com apenas três, ou mesmo dois termos. Trata-se

porém de tema que carece ainda de padronização.

3.7 Estado de fracturação

À semelhança do estado de alteração, ao longo dos anos foram sendo desenvolvidos e

propostos diversos métodos para a classificação do estado de fracturação das rochas,

métodos esses, que variam na quantidade de intervalos (escala) em que se subdividem,

nos valores dos intervalos e na forma como caracterizam a fracturação.

Em Portugal, utiliza-se geralmente o critério definido pela ISRM (1980), para a

classificação do estado de fracturação das rochas. Este sistema, classifica a fracturação

em cinco estádios, de F1 (fracturas muito afastadas) a F5 (fracturas muito próximas),

conforme indicados e descritos na figura seguinte.

Figura 11 – Critérios de classificação do estado de fracturação das rochas proposto pela ISRM (1980)

Na aplicação prática destes critérios, é possível a conjugação de dois estados de

fracturação consecutivos para melhor caracterizar o estado de fracturação da rocha.

Fundamentos teóricos e procedimentos

17

São exemplos dessa possibilidade a utilização dos termos intermédios F1/2 e F4/5,

indicados na figura 11. Para além destes termos intermédios, e apesar de não estar

expressamente indicado nesta metodologia, é prática generalizada, a utilização dos

demais termos intermédios como F2/3, F3/4, bem como, com a grandeza inversa (F3/2,

F4/3), dependendo das condições de fracturação da rocha.

3.8 Percentagem de recuperação

A percentagem de recuperação de amostra é um dos parâmetros de base na classificação

de sondagens geotécnicas, sendo desde logo um dos primordiais indicadores da qualidade

do terreno, mas também revelador dos cuidados postos na realização da sondagem. Este

parâmetro aplica-se a solos e rochas, e consiste genericamente na determinação da

proporção entre a furação realizada e a amostra recuperada, sendo em geral determinado

por “manobra de furação”. A medição do comprimento da amostra é normalmente

realizada pelo sondador e registada na “parte diária de furação”, sendo o cálculo da

percentagem de recuperação realizado posteriormente, aquando a realização do log da

sondagem. O cálculo consiste no quociente entre a comprimento total de amostra

recuperada numa manobra e o comprimento da mesma, multiplicado por 100, para obter o

resultado em percentagem. A figura 12 representa esquematicamente a forma de cálculo

da percentagem de recuperação, numa manobra furação realizada entre os 3,0 m e os

4,5 m de profundidade.

Figura 12 – Representação esquemática da forma de cálculo da percentagem de recuperação

A

L

% Recuperação = A / L x 100

67%

L = Comprimento da manobra: 1,50m

A = Comprimento da amostra recuperada: 1,00m

% Recuperação =

3,00 m

4,50 m

3,50 m

4,00 m

Fundamentos teóricos e procedimentos

18

3.9 Índice RQD (Rock Quality Designation – Deere et al 1967)

O índice RQD é um índice de qualidade do maciço rochoso, historicamente um dos

primeiros (Hoek, 2007), e consiste genericamente numa percentagem de recuperação

modificada, em que zonas intensamente fracturadas e alteradas, ou seja com afastamento

de descontinuidades inferiores a 10 cm, não são consideradas como recuperação, de

forma a tornar evidentes zonas menos competentes do maciço.

O índice RQD é determinando por manobra de furação ou intervalo, somando os tarolos de

comprimento igual ou superior a 10 cm, e dividindo o total dos seus comprimentos pelo

comprimento da manobra ou intervalo, conforme representado na figura 13.

Desde a sua origem nos anos 60, alguns dos pressupostos e critérios de aplicação iniciais

foram sendo ajustados, tornando a sua aplicação menos restrita e portanto mais

generalizada, visando a utilização em larga escala deste importante critério de

classificação da qualidade da rocha. Com efeito, inicialmente consideravam-se apenas

tarolos de “rocha sã” e diâmetro de furação específico (amostra com Ø54.7mm), tendo

estes dois critérios sido ajustados, de forma a possibilitar a utilização deste parâmetro de

forma generalizada. Hoje em dia, este parâmetro é aplicado também a tarolos de rocha

alterada (até sensivelmente W4), genericamente em todos os diâmetros de furação usuais

em prospecção geotécnica.

Existem ainda outros pressupostos e critérios de aplicação que devem ser considerados no

cálculo do RQD. Desde logo, a facturação mecânica causada pela furação ou

manuseamento da amostra, deverá ser ignorada, considerando-se portanto a amostra

como um todo. Uma manobra que atravesse um contacto litológico deverá resultar em dois

valores de RQD, um para cada litologia, no respectivo intervalo. Os tarolos deverão ser

medidos pelo seu eixo longitudinal, de extremidade a extremidade, com o objectivo de não

penalizar indevidamente uma amostra pela existência de uma fractura paralela ao seu eixo

longitudinal.

Um dos aspectos mais determinantes para o valor de RQD é o comprimento da manobra

ou intervalo assumido para o seu cálculo. Tal como referido por Deere et Deere (1988),

uma zona intensamente fracturada ou decomposta, com 30 cm de desenvolvimento

resultará em valores de RQD de 90%, 80% e 40%, consoante se considere a manobra de

3,0 m, 1,5 m ou 0,5 m, respectivamente. Portanto, quanto menor for o comprimento da

manobra ou intervalo, maior será a sensibilidade do valor RQD, razão pela qual os

referidos autores recomendam que, de forma geral, o cálculo do valor de RQD tenha por

base, no máximo, os 1,5 m da manobra de furação mais usual.

Fundamentos teóricos e procedimentos

19

Paralelamente, recomendam ainda que, para zonas especialmente fracturadas e

decompostas, sejam criados intervalos menores de medição de RQD (manobras artificiais)

de modo a colocar em evidência estas zonas, ao invés destas serem camufladas pela

globalidade da manobra, de comprimento superior. A ISRM recomenda igualmente a

utilização de manobras ou intervalos variáveis para o cálculo do RQD, com o mesmo

objectivo.

A classificação da qualidade do maciço com recurso ao Índice RQD, é realizada com base

em intervalos de valores de “muito fraco” (very poor) a “excelente” (excellent), dependendo

do valor de RQD obtido, conforme representado na figura 13.

Figura 13 – Procedimento para medição e cálculo do RQD (segundo Deere, 1989)

O índice RQD, dada a sua representatividade e aceitação “universal”, foi incorporado pela

generalidade dos sistemas de classificação de maciços rochosos como RMR (Bieniawsky,

1989) e Q (Barton et al 1974), não fazendo no entanto este tema parte do objecto deste

trabalho.

Fundamentos teóricos e procedimentos

20

3.10 Observações complementares de cariz geológico-geotécnico

Estas indicações complementam a descrição e caracterização dos materiais atravessados,

e permitem ainda o registo de outras ocorrências consideradas relevantes e para as quais

não há habitualmente “campo específico” num log de sondagem. São por isso

habitualmente indicadas no “campo da descrição da amostra”, fazendo parte do texto

descritivo do material atravessado (não são indicadas no campo “observações” do log).

São exemplo de “observações complementares de cariz geológico-geotécnico” indicações

como: desagregado; friável, medianamente compacto; passagem compacta entre 2 e 3 m;

intercalação grauváquica entre 2 e 3 m; zona de falha; filão; passagens argilosas

centimétricas; tornando-se mais fino para a base; ligeiramente margoso; nódulos

carbonatados; cimento carbonatado; matéria orgânica incarbonizada; fracturas a 45º com o

eixo da sondagem; fracturas subverticais; fracturas de bordos irregulares rugosos;

fracturas com preenchimento argiloso; deposição de óxidos nas fracturas; filonetes de

quartzo dispersos; fragmentos de dimensão <4cm; fragmentos de conchas dispersos;

xistosidade paralela ao eixo da sondagem, entre muitos outros, aplicáveis função das

características dos materiais ocorrentes e do objectivo do estudo, bem como,

naturalmente, função da sensibilidade e critério de cada técnico.

Para além destes aspectos, é ainda comum incluir indicações relativas ao estado de

alteração e de fracturação, como “muito fracturado” ou “muito alterado a decomposto”,

apesar destas possuírem campo específico no log de sondagem para o seu registo e

caracterização objectiva (coluna do estado de alteração e fracturação).

Pressupostos

21

4. Pressupostos

4.1 Aspectos gerais de enquadramento do estudo

Este trabalho foi pensado e desenvolvido com o objectivo principal de estudar a

consistência entre classificações de sondagens geológico-geotécnicas, realizadas por

técnicos diferentes sobre as mesmas amostras. O estudo da consistência dos resultados

é realizado para cada um dos parâmetros individualmente, sendo os parâmetros os

indicados anteriormente, que correspondem aos correntemente usados na classificação

macroscópica de sondagens (estratigrafia, litologia, granularidade, cor, estado de

alteração, estado de fracturação, percentagem de recuperação, índice RQD e

observações complementares de cariz geológico-geotécnico). Portanto, este estudo tem

na base a comparação individual dos resultados nos diversos parâmetros, e posterior

alargamento do âmbito da observação, para a consistência das classificações no seu

global.

Este trabalho, não tem portanto como objectivo sugerir, identificar ou descrever, os

parâmetros correntemente utilizados para a classificação macroscópica de sondagens

geotécnicas.

Assumiu-se, e comprovou-se, que a globalidade dos técnicos convidados para participar

neste estudo, por serem reconhecidamente experientes na classificação de sondagens,

eram conhecedores dos parâmetros normalmente utilizados, e da sua forma genérica de

aplicação, não tendo qualquer dos técnicos questionado sobre que critérios deveria usar

ou de que forma. Pelo contrário, cada técnico realizou a classificação de cada sondagem

de forma livre e individual, utilizando os critérios por si entendidos como necessários, e

da forma que considerou adequado aplicá-los.

A profundidade a que cada estrato é individualizado na classificação da sondagem, não é

analisada directamente neste estudo como um parâmetro da classificação, embora seja

naturalmente um dos aspectos relevantes na consistência de classificações de

sondagens, sobre a mesma amostra. Este aspecto, é no entanto estudado, de forma

indirecta, no parâmetro “litologia”, em termos de número de camadas por classificação, e

respectiva espessura.

Relativamente aos níveis de água, apesar de ser informação habitualmente constante

nos logs de sondagem, não são objecto deste estudo, uma vez que essa informação

advém usualmente de leituras realizadas pelo sondador e registadas nas “partes diárias

de furação”, não sendo portanto considerado um aspecto em análise do ponto de vista da

consistência das classificações.

Pressupostos

22

4.2 Metodologia

A metodologia deste trabalho consiste em comparar graficamente parâmetro a parâmetro,

14 classificações da mesma amostra. Das 14 classificações, 12 foram realizadas

individualmente por técnicos convidados, 1 foi realizada pelo autor e 1 foi realizada, em

consenso, por uma equipe de 3 geólogos seniores de mérito reconhecido.

As classificações realizadas pelos técnicos foram enviadas para o autor, de forma anónima,

em ficheiro Excel de layout livre. A informação contida nas classificações das sondagens,

são os dados deste estudo. O processamento dos dados tem início com a passagem dos

mesmos para a tabela de introdução dos dados, em que o conteúdo de cada classificação é

separado parâmetro a parâmetro. Estes dados, são seguidamente convertidos para a forma

numérica, numa escala de 0 a 100, de forma a possibilitar a sua representação gráfica. A

conversão dos resultados para a forma numérica é conseguida através de tabelas de

correlação, desenvolvidas expressamente para o efeito, excepção feita aos parâmetros

“percentagem de recuperação” e “RQD”, cujos resultados são já de si numéricos e

compreendidos entre 0 e 100. Para estes dois parâmetros, a representação gráfica dos

resultados das 14 classificações, é directa.

A interpretação dos resultados obtidos, i.e. a análise da sua consistência, é realizada tendo

por base a representação gráfica dos mesmos, parâmetro a parâmetro e no seu global.

4.3 Amostra

A amostra consiste em um conjunto de 2 sondagens, sendo, genericamente, uma de solos e

uma de rocha, com profundidades de 13,5 m e 15,0 m, respectivamente. Ambas as

sondagens foram realizadas à rotação por empresa especializada do sector, com diâmetros

de furação de Ø76mm e Ø86mm, e em ambos os casos com ensaios SPT, sempre que as

condições do maciço atravessado o permitiam. As amostras recolhidas foram dispostas por

ordem de obtenção em caixas de madeira devidamente compartimentadas e referenciadas

de modo a facilitar a sua análise e classificação.

As sondagens foram designadas por S1 e S2 e as respectivas caixas foram dispostas para

classificação em local coberto, durante um período de 2 meses, até terem sido realizadas

todas as 14 classificações.

Pressupostos

23

No Quadro 2 encontram-se indicadas as características gerais da sondagem S1.

Sondagem S1

Comprimento 13,5 m

Diâmetro de furação Ø76 mm

Material predominante solo

Ensaios SPT 7 unidades

Caixas de amostra 2 unidades

Contexto geográfico Vimeiro (Lourinhã)

Coordenadas

M: -105558.2

P: -53449.7

Z: 48.1

Quadro 1 – Características gerais da sondagem S1

Na figura 14 encontra-se representada a amostra da sondagem S1.

Figura 14 – Sondagem S1

Pressupostos

24

A figura 15 representa a localização geral da sondagem S1.

Figura 15 – Localização geral da sondagem S1

No Quadro 2 encontram-se indicadas as características gerais da sondagem S2.

Sondagem S2

Comprimento 15,0 m

Diâmetro de furação Ø86 mm

Material predominante rocha

Ensaios SPT 8 unidades

Caixas de amostra 4 unidades

Contexto geográfico Santa Clara (Odemira)

Coordenadas

M: -30913.7

P: -239443.8

Z: 52.6

Quadro 2 – Características gerais da sondagem S2

Pressupostos

25

Na figura 16 encontra-se representada a amostra da sondagem S2.

Figura 16 – Sondagem S2

Pressupostos

26

A figura 17 representa a localização geral da sondagem S2.

Figura 17 – Localização geral da sondagem S2

4.4 Técnicos

Para além do autor, os 12 técnicos que participaram neste trabalho foram convidados pelo

mesmo e são geotécnicos de carreira, essencialmente geólogos e engenheiros geólogos,

colaboradores de empresas executantes de sondagens e de estudos geológico-geotécnicos.

São portanto técnicos expectavelmente experientes e rotinados na classificação de

sondagens, nos mais diversos contextos geotécnicos do panorama nacional continental. Os

técnicos foram contactados telefonicamente numa primeira fase, e posteriormente

convidados “formalmente” através de e-mail. O e-mail enviado encontra-se em anexo.

4.5 Classificação

A classificação da amostra foi realizada pelos diferentes técnicos, de forma livre, individual e

anónima, tendo por base a sua experiência e sensibilidade, bem como os parâmetros e

critérios internacionais reconhecidos e comummente usados para o efeito.

Pressupostos

27

Aos técnicos foi somente solicitado que classificassem as duas sondagens, de acordo com

sua experiência e modo habitual de trabalhar, de forma a garantir que os resultados para

processamento, fossem o mais genuínos e representativos possível da sua forma de

trabalhar. Cada técnico, decidiu portanto livremente, que parâmetros usar e como os aplicar.

Antes da classificação, foi fornecida aos técnicos a localização geográfica de cada

sondagem, em coordenadas M e P, para que estes pudessem, à semelhança do que

acontece em qualquer outro trabalho, pesquisar informações sobre o contexto geológico do

local na bibliografia existente. As classificações foram enviadas para o autor em ficheiro

Excel de layout livre, sendo as classificações no layout original apresentadas em anexo.

As classificações foram numeradas aleatoriamente de C1 a C14, para cada uma das

sondagens, S1 e S2. No Quadro 3, encontram-se representadas as 28 classificações que

serviram de base a este trabalho e respectiva designação.

Sondagem S1 S2

Designação das classificações

C1 S1 C1 S2

C2 S1 C2 S2

C3 S1 C3 S2

C4 S1 C4 S2

C5 S1 C5 S2

C6 S1 C6 S2

C7 S1 C7 S2

C8 S1 C8 S2

C9 S1 C9 S2

C10 S1 C10 S2

C11 S1 C11 S2

C12 S1 C12 S2

C13 S1 C13 S2

C14 S1 C14 S2

Quadro 3 – Designação das sondagens em estudo

Pressupostos

28

4.6 Não rastreabilidade da autoria das classificações

A autoria de cada classificação individual foi e será confidencial, inclusivamente para o autor

do trabalho, uma vez que o objectivo deste estudo se centra na consistência das

classificações no seu conjunto e não na pretensão de avaliação de cada uma

individualmente. A garantia de confidencialidade obtém-se pela não rastreabilidade da

origem e autoria das classificações, pelo que estas foram enviadas por e-mail para o autor,

através de contas criadas especificamente para o efeito. Cada técnico criou 2 contas de e-

mail, uma para cada sondagem, da família proposta ([email protected]), em que X é um

algarismo de 1 a 99 definido por cada técnico. As classificações foram enviadas para o

autor, após solicitação expressa do mesmo, no dia seguinte à conclusão das classificações

da amostra por todos os técnicos que participaram.

4.7 Verificação da integridade da amostra

Para a realização deste trabalho foi necessário que a mesma amostra fosse classificada

por 13 técnicos distintos e por uma equipa de 3 técnicos seniores. Ou seja, cada uma das

sondagens foi classificada 14 vezes. É sabido que durante o processo de classificação

macroscópica de uma sondagem, as amostras recolhidas são manuseadas. E pode

acontecer por exemplo, os tarolos (rocha e solo) serem quebrados ou desagregados, o

solo remexido, a amostra do SPT remexida, aplicado ácido clorídrico (HCL) em material

previsivelmente carbonatado, as amostras na caixa perderem a organização original, entre

outras situações.

Existindo parâmetros que são especialmente sensíveis a algumas destas “interferências”,

como o RQD ou a “fracturação”, é importante verificar a integridade da amostra no início e

no fim deste processo, de forma a perceber se as últimas classificações são realizadas em

condições de amostra genericamente equivalentes às das primeiras. O objectivo é portanto

perceber se possíveis variações de critérios nas classificações, podem ou não ser devidas

à alteração do estado da amostra, e se for o caso, ter em consideração essa interferência

na análise da consistência das classificações.

Para o efeito, as amostras (sondagem S1 e S2) foram fotografadas antes e depois da

realização das 14 classificações, encontrando-se o seu aspecto representado nas figuras

18, 19, 20 e 21.

Pressupostos

29

Figura 18 – Aspecto da amostra da sondagem S1 antes das classificações (27MAR12)

Figura 19 – Aspecto da amostra da sondagem S1 depois das classificações (5JUN12)

Na comparação do aspecto geral das condições da amostra, antes e depois das

classificações, não são evidentes diferenças significativas, susceptíveis de condicionar a

validade e representatividade das classificações. No entanto, pontualmente, registam-se

ligeiras “interferências”, identificadas na figura 19, como A, B, C e D.

Na situação “A”, o maior tarolo da manobra, com 20 cm, foi partido. Esta situação poderia

condicionar os parâmetros “estado de alteração” e “RQD”, se o técnico os considerasse

aplicáveis neste material e se considerasse as fracturas como sendo naturais (se não se

apercebesse que são induzidas pelo manuseamento, incluído a retirada da amostra do

amostrador).

C1

D1

A1

B1

Pressupostos

30

No entanto, metade dos técnicos não considerou sequer estes dois parâmetros aplicáveis

no material em questão. Dos técnicos que aplicaram estes parâmetros, somente dois

aplicaram respectivamente F4 e F4/5. Os restantes aplicaram F3, F3/4 e F4/3, portanto

consideraram sempre o tarolo no seu estado inicial e porventura terão ainda considerado

as restantes fracturas como induzidas. Relativamente ao RQD, os valores, para os

técnicos que aplicaram este parâmetro, variam em geral entre 16% e 20%, sendo o valor

médio de 19%.

Assume-se portanto que esta situação “A”, não condicionará a representatividade dos

resultados, uma vez que desta não resultam variações superiores às verificadas na

restante sondagem.

Na situação “B”, à semelhança da situação “A”, o tarolo foi partido, situação que poderia

igualmente condicionar os parâmetros “estado de alteração” e “RQD”, se o técnico os

considerasse aplicáveis neste material e considerasse as fracturas como sendo naturais.

No entanto, nenhum dos técnicos considerou sequer aplicável algum dos parâmetros no

material em causa, pelo que se considera que esta situação “B” não tem qualquer impacto

na representatividade dos resultados.

Na situação “C”, à semelhança das situações “A” e “B”, o maior tarolo da manobra, com

20 cm, foi partido, situação que poderia condicionar a aplicação dos parâmetros “estado de

fracturação” e “RQD”, se o técnico os considerasse aplicáveis neste material e

considerasse as fracturas como sendo naturais. No entanto, somente 3 técnicos

adoptaram estados de fracturação F4 e F4/5, e nesses casos, os valores de RQD (71%,

54% e 88%) encontram-se na média (60%), pelo que se assume que esta situação não

condicionará a representatividade dos resultados.

Na situação “D”, um tarolo foi deslocado cerca de 50 cm do seu local e profundidade

original, situação que, no entanto, não terá qualquer impacto na classificação, uma vez que

que se trata da mesma manobra, num contexto de amostra homogénea.

Relativamente à sondagem S2, não se observam diferenças no estado da amostra, antes e

depois da realização das classificações.

O tarolo em falta na penúltima manobra (T), foi retirado após a realização da totalidade das

classificações.

Pressupostos

31

Figura 20 – Aspecto da amostra da sondagem S2 antes das classificações (27MAR12)

Pressupostos

32

Figura 21 – Aspecto da amostra da sondagem S2 depois das classificações (5JUN12)

4.8 Verificação da escala de representação gráfica

O método proposto para o estudo da consistência das classificações tem por base a

representação gráfica dos resultados das mesmas. Nesse sentido, reveste-se de especial

importância a verificação da representatividade e adequabilidade dos intervalos de

introdução de dados, que na prática se traduzem na “escala” de representatividade da

informação das classificações.

Numa primeira fase foi experimentada a representação gráfica com intervalos de

introdução de dados a cada 1,0 m, mas claramente não se obtinha uma adequada

representatividade da evolução gradual dos resultados em profundidade, resultando numa

diluição considerável da objectividade dos mesmos.

TC

Pressupostos

33

Esta desadequação está sobretudo relacionada com o facto de ser muito habitual, na

classificação de sondagens, a utilização de intervalos de 1,5 m para classificar parâmetros

como “percentagem de recuperação” e “RQD”, uma vez ser este o comprimento de

manobra de furação mais comum.

Desta experiência resultou desde logo a necessidade de uma “escala” com intervalos de

introdução de dados de 0,5 m.

No entanto, foi ainda experimentada uma “escala” com intervalos de introdução de dados

de 0,25 m, com o intuito perceber se esta se traduziria numa mais-valia para a

representação dos resultados.

Nas figuras seguintes apresentam-se as Tabelas Resumo do Parâmetro “percentagem de

recuperação” da sondagem S1, com intervalos de valores de 0,25 m e 0,5 m, bem como,

os respectivos gráficos resultantes.

Figura 22 – Tabela Resumo do Parâmetro “percentagem de recuperação” com intervalos de introdução de

dados de 0,5 m (classificações da sondagem S1)

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14 CS CM

0,0 0,5 20 10 7 7 7 9 10 7 12 5 10 7 4 7 9

0,5 1,0 20 10 7 7 7 9 10 7 12 5 10 7 4 7 9

1,0 1,5 20 10 7 7 7 9 10 7 12 5 10 7 4 7 9

1,5 2,0 27 29 25 25 27 28 27 27

2,0 2,5 27 38 29 25 36 36 36 35 35 25 27 28 37 30 27 32

2,5 3,0 27 38 29 25 36 36 36 35 35 25 27 28 37 30 27 32

3,0 3,5 20 17 13 8 15 13 10 14

3,5 4,0 20 24 17 13 19 10 21 19 18 8 15 13 19 20 10 17

4,0 4,5 20 24 17 13 19 10 21 19 18 8 15 13 19 20 10 17

4,5 5,0 20 7 7 7 3 3 7 8

5,0 5,5 20 6 7 7 5 5 5 4 8 7 3 3 2 0 7 6

5,5 6,0 20 6 7 7 5 5 5 4 8 7 3 3 2 0 7 6

6,0 6,5 20 7 7 5 3 3 7 8

6,5 7,0 20 8 7 7 5 5 7 5 10 5 3 3 4 5 7 7

7,0 7,5 20 8 7 7 5 5 7 5 10 5 3 3 4 5 7 7

7,5 8,0 60 60 59 60 57 60 60 59

8,0 8,5 60 83 60 59 81 84 84 80 80 60 57 60 82 60 60 71

8,5 9,0 60 83 60 59 81 84 84 80 80 60 57 60 82 60 60 71

9,0 9,5 77 78 71 77 73 77 100 77 79

9,5 10,0 77 100 78 71 80 100 100 91 95 77 73 77 100 100 77 87

10,0 10,5 77 100 78 71 100 100 100 100 95 77 73 77 100 100 77 89

10,5 11,0 100 100 100 95 100 99 100 93 95 100 100 100 100 100 100 99

11,0 11,5 100 100 100 95 100 89 100 93 95 100 100 100 100 100 100 98

11,5 12,0 100 100 100 95 100 89 100 93 95 100 100 100 100 100 100 98

12,0 12,5 97 100 100 96 100 100 100 94 100 95 97 95 100 100 97 98

12,5 13,0 97 100 100 96 100 100 100 94 100 95 97 95 100 100 97 98

13,0 13,5 97 100 100 96 100 100 100 94 100 95 97 95 100 100 97 98

S1 - Percentagem de Recuperação

Profundidade

(m)

Pressupostos

34

Figura 23 – Tabela Resumo do Parâmetro “percentagem de recuperação” com intervalos de introdução de

dados de 0,25 m (classificações da sondagem S1)

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14 CS CM

0,00 0,25 20 10 7 7 7 9 10 7 12 5 10 7 4 7 9

0,25 0,50 20 10 7 7 7 9 10 7 12 5 10 7 4 7 9

0,50 0,75 20 10 7 7 7 9 10 7 12 5 10 7 4 7 9

0,75 1,00 20 10 7 7 7 9 10 7 12 5 10 7 4 7 9

1,00 1,25 20 10 7 7 7 9 10 7 12 5 10 7 4 7 9

1,25 1,50 20 10 7 7 7 9 10 7 12 5 10 7 4 7 9

1,50 1,75 27 29 25 25 27 28 27 27

1,75 2,00 27 29 25 25 27 28 27 27

2,00 2,25 27 38 29 25 36 36 36 35 35 25 27 28 37 30 27 32

2,25 2,50 27 38 29 25 36 36 36 35 35 25 27 28 37 30 27 32

2,50 2,75 27 38 29 25 36 36 36 35 35 25 27 28 37 30 27 32

2,75 3,00 27 38 29 25 36 36 36 35 35 25 27 28 37 30 27 32

3,00 3,25 20 17 13 8 15 13 10 14

3,25 3,50 20 17 13 8 15 13 10 14

3,50 3,75 20 24 17 13 19 10 21 19 18 8 15 13 19 20 10 17

3,75 4,00 20 24 17 13 19 10 21 19 18 8 15 13 19 20 10 17

4,00 4,25 20 24 17 13 19 10 21 19 18 8 15 13 19 20 10 17

4,25 4,50 20 24 17 13 19 10 21 19 18 8 15 13 19 20 10 17

4,50 4,75 20 7 7 7 3 3 7 8

4,75 5,00 20 7 7 7 3 3 7 8

5,00 5,25 20 6 7 7 5 5 5 4 8 7 3 3 2 0 7 6

5,25 5,50 20 6 7 7 5 5 5 4 8 7 3 3 2 0 7 6

5,50 5,75 20 6 7 7 5 5 5 4 8 7 3 3 2 0 7 6

5,75 6,00 20 6 7 7 5 5 5 4 8 7 3 3 2 0 7 6

6,00 6,25 20 7 7 5 3 3 7 8

6,25 6,50 20 7 7 5 3 3 7 8

6,50 6,75 20 8 7 7 5 5 7 5 10 5 3 3 4 5 7 7

6,75 7,00 20 8 7 7 5 5 7 5 10 5 3 3 4 5 7 7

7,00 7,25 20 8 7 7 5 5 7 5 10 5 3 3 4 5 7 7

7,25 7,50 20 8 7 7 5 5 7 5 10 5 3 3 4 5 7 7

7,50 7,75 60 60 59 60 57 60 60 59

7,75 8,00 60 60 59 60 57 60 60 59

8,00 8,25 60 83 60 59 81 84 84 80 80 60 57 60 82 60 60 71

8,25 8,50 60 83 60 59 81 84 84 80 80 60 57 60 82 60 60 71

8,50 8,75 60 83 60 59 81 84 84 80 80 60 57 60 82 60 60 71

8,75 9,00 60 83 60 59 81 84 84 80 80 60 57 60 82 60 60 71

9,00 9,25 77 78 71 77 73 77 60 77 73

9,25 9,50 77 78 71 77 73 77 100 77 79

9,50 9,75 77 100 78 71 80 100 100 91 95 77 73 77 100 100 77 87

9,75 10,00 77 100 78 71 100 100 100 91 95 77 73 77 100 100 77 89

10,00 10,25 77 100 78 71 100 100 100 100 95 77 73 77 100 100 77 89

10,25 10,50 77 100 78 71 100 100 100 100 95 77 73 77 100 100 77 89

10,50 10,75 100 100 100 95 100 99 100 93 95 100 100 100 100 100 100 99

10,75 11,00 100 100 100 95 100 99 100 93 95 100 100 100 100 100 100 99

11,00 11,25 100 100 100 95 100 99 100 93 95 100 100 100 100 100 100 99

11,25 11,50 100 100 100 95 100 89 100 93 95 100 100 100 100 100 100 98

11,50 11,75 100 100 100 95 100 89 100 93 95 100 100 100 100 100 100 98

11,75 12,00 100 100 100 95 100 89 100 93 95 100 100 100 100 100 100 98

12,00 12,25 97 100 100 96 100 100 100 94 100 95 97 95 100 100 97 98

12,25 12,50 97 100 100 96 100 100 100 94 100 95 97 95 100 100 97 98

12,50 12,75 97 100 100 96 100 100 100 94 100 95 97 95 100 100 97 98

12,75 13,00 97 100 100 96 100 100 100 94 100 95 97 95 100 100 97 98

13,00 13,25 97 100 100 96 100 100 100 94 100 95 97 95 100 100 97 98

13,25 13,50 97 100 100 96 100 100 100 94 100 95 97 95 100 100 97 98

Profundidade

(m)

S1 - Percentagem de Recuperação

Pressupostos

35

Figura 24 – Parâmetro “percentagem de recuperação” com intervalos de introdução de dados de 0,5 m

(classificações da sondagem S1 + “CS” Classificação de Sondador + “CM” Classificação Média)

Figura 25 – Parâmetro “percentagem de recuperação” com intervalos de introdução de dados de 0,25 m

(classificações da sondagem S1 + “CS” Classificação de Sondador + “CM” Classificação Média)

Comparando as duas formas de representação gráfica (intervalos de 0,25 m e 0,5 m),

conclui-se que ambas permitem fazer a mesma análise em termos de consistência das

classificações. No entanto, pontualmente é possível a existência de situações como a

identificada em “A”, que resultam do arredondamento do valor do parâmetro, para

processamento no intervalo.

A

Pressupostos

36

Estes arredondamentos são no máximo de 0,25 m (para intervalos de 0,5 m) e traduzem-

se num “avanço” ou “atraso” da representação, face ao indicado na classificação.

No Quadro 4, exemplificam-se os arredondamentos dos valores para processamento dos

dados e respectivas diferenças resultantes, em termos gráficos (“avanços” ou “atrasos” na

representação).

Intervalo real na classificação

Representação no intervalo de

0,25m

Representação no intervalo de

0,50m

Diferença entre representações

(m)

1,50 a 3,00 1,50 a 3,00 1,50 a 3,00 0

1,50 a 3,20 1,50 a 3,25 1,50 a 3,00 0,25 (atraso)*

1,50 a 3,25 1,50 a 3,25 1,50 a 3,50 0,25 (avanço)*

1,50 a 3,50 1,50 a 3,50 1,50 a 3,50 0

1,50 a 3,75 1,50 a 3,75 1,50 a 4,00 0,25 (avanço)*

1,50 a 4,00 1,50 a 4,00 1,50 a 4,00 0

*da representação com intervalo 0,5 m relativamente à representação com 0,25 m

Quadro 4 – Exemplos dos arredondamentos dos valores para processamento nos intervalos de introdução de

dados

Os ligeiros “avanços” e “atrasos” da representação gráfica com intervalos de 0,5 m, não

condicionam a análise da consistência das classificações no seu global, uma vez que, em

existindo critérios distintos adoptados pelos técnicos na classificação, estes são evidentes

na representação, tal como o inverso. Esta “escala”, com introdução de dados em

intervalos de 0,5 m, permite ainda uma considerável simplificação da organização e

processamento dos dados, pelo que, foi esta a adoptada para a representação dos

resultados das classificações.

Organização dos dados e metodologia

37

5. Organização dos dados e metodologia

5.1 Dados

Os dados deste estudo derivam naturalmente da informação contida nas classificações

realizadas e resultam da caracterização dos diversos parâmetros observados.

Parâmetros como a “granularidade”, “alteração”, “fracturação”, “percentagem de

recuperação” e “RQD”, têm como dados possíveis um conjunto limitado de alternativas,

sistematizado de forma sequencial. No Quadro 5, encontram-se indicados os dados

possíveis para os parâmetros acima referidos.

Parâmetros Granularidade Alteração Fracturação Percentagem

de recuperação

RQD

Dados possíveis

muito fina W5 F5

valores em percentagem

compreendidos entre 0 e 100

valores em percentagem

compreendidos entre 0 e 100

fina W5/4 F5/4

fina a média W4/5 F4/5

média a fina W4 F4

Média W4/3 F4/3

média a grossa W3/4 F3/4

grossa a média W3 F3

grossa W3/2 F3/2

muito grossa W2/3 F2/3

outra W2 F2

- W2/1 F2/1

- W1/2 F1/2

- W1 F1

Quadro 5 – Dados possíveis para os parâmetros “granularidade”, “alteração”, “fracturação”, “percentagem de

recuperação” e “RQD”

Contrariamente aos parâmetros anteriores, parâmetros como a “estratigrafia”, “litologia”,

“cor” e sobretudo o parâmetro “observações complementares de cariz geológico-

geotécnico”, têm como dados possíveis um conjunto consideravelmente mais abrangente

de alternativas. Acresce que no universo de dados possíveis de cada um destes

parâmetros, a relação entre os dados, não é organizada de forma sequencial, quantitativa

ou qualitativamente.

Organização dos dados e metodologia

38

No Quadro 6 indicam-se, a título de exemplo, alguns dos dados possíveis para estes

parâmetros, retirados de classificações realizadas no âmbito deste estudo.

Parâmetros Estratigrafia Litologia Cor Observações complementares de cariz geológico-geotécnico

Exemplos de alguns

dados possíveis

jurássico argila amarelo

esbranquiçado desagregado

jurássico superior

silte amarelo

acinzentado decomposto

kimeridgiano-pteroceriano

areia amarelo

acastanhado rija

Grés margas e arenitos da Praia

da Amoreira areia siltosa castanho micácea

recente silte argiloso acastanhado cimento carbonatado

moderno arenito cinzento fracturas a 45º com o eixo da

sondagem

actual argilito acinzentado preenchimento argiloso nas

fracturas

carbónico argilito siltoso amarelado fracturas onduladas

Formação de Mira

marga castanho

acinzentado passagens argilosas

J3AP calcarenito cinzento escuro perda significativa de amostra

J4 grés alaranjado nódulos carbonatados

(…) (…) (…) (…)

Quadro 6 – Exemplos de dados possíveis para os parâmetros “estratigrafia”, “litologia”, “cor” e “observações

complementares de cariz geológico-geotécnico”

A forma como os dados se encontram originalmente organizados em cada classificação

(enviada em ficheiro Excel de layout livre) variou consideravelmente, em função da forma

de trabalhar de cada técnico. O primeiro passo do processamento consiste portanto em

sistematizar e organizar os dados por “campos de processamento”, i.e. parâmetros. Por

exemplo, a descrição “areia argilosa, média a fina, castanha-amarelada (arenito

desagregável)”, seria decomposta e organizada conforme representado no Quadro 7.

Organização dos dados e metodologia

39

Parâmetros Dados

estratigrafia (o que estivesse indicado na classificação)

litologia areia argilosa

granularidade média a fina

cor castanho-amarelado

alteração --

fracturação --

% de recuperação (o que estivesse indicado na classificação)

RQD --

observações complementares de cariz geológico-geotécnico

arenito desagregável

Quadro 7 – Exemplo da sistematização e organização dos dados de uma classificação

Em função das características da amostra, tipo de rocha ou solo, e do critério adoptado

por cada técnico ao classificar a amostra, determinado parâmetro poderá ser aplicável,

ou não. No exemplo anterior, os parâmetros “alteração”, “fracturação” e “RQD” não são

aplicáveis.

5.2 Tabelas resumo da classificação

Nestas tabelas são introduzidos os dados resultantes das classificações, em intervalos de

0,5 m, de acordo com o procedimento e critério exemplificado no ponto anterior. São

portanto o primeiro passo do processamento da informação das classificações. Na figura

26, encontra-se representada, a título de exemplo, a Tabela Resumo da Classificação

C1 S1.

Organização dos dados e metodologia

40

Figura 26 – Tabela Resumo da Classificação C1 S1

O processamento da informação foi realizado em intervalos de 0,5 m, sendo a informação

correspondente a esse intervalo materializada graficamente na profundidade final do

intervalo. Por exemplo, a última camada definida na classificação C1 S1 (siltito margoso)

terá representação gráfica do valor correspondente a esse termo (valor 60), nas

profundidades 11,5, 12,0, 12,5, 13,0 e 13,5 m, apesar de ocorrer na realidade a partir os

11,0 m de profundidade. Este aspecto, prende-se com o facto de a cada profundidade, só

poder existir um dos termos / valor. O mesmo é dizer que aos 11,0 m, em termos de

representação gráfica, o material não poderá ser arenito (valor 100) e siltito margoso

(valor 60) em simultâneo. Sendo no entanto este “atraso” na representação gráfica

transversal a todas as classificações e a todos os parâmetros, pelo que, não tem impacto

na análise da consistência dos resultados.

Os campos a cinzento na tabela, indicam que na classificação C1 S1 não foi indicada

informação relativa a esse parâmetro, nessa profundidade.

S1 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDObservações complementares

de cariz geológico-geotécnico

0,0 0,5 20

0,5 1,0 20

1,0 1,5 20

1,5 2,0 27

2,0 2,5 27

2,5 3,0 27

3,0 3,5 20

3,5 4,0 20

4,0 4,5 20

4,5 5,0 20

5,0 5,5 20

5,5 6,0 20

6,0 6,5 20

6,5 7,0 20

7,0 7,5 20

7,5 8,0 castanho alaranjado 60

8,0 8,5 60

8,5 9,0 60

9,0 9,5 77

9,5 10,0 F3 77 42

10,0 10,5 F4/5 77 42

10,5 11,0 F3 100 87

11,0 11,5 F3 100 87

11,5 12,0 F3 100 87

12,0 12,5 F3 97 71

12,5 13,0 F3 97 71

13,0 13,5 F3 97

Profundidade

(m)

C1

recente (dc) silte arenoso castanho

jurrásico

areia fina acastanhado

argila

siltito

margoso

cinzento com níveis de

negro

micácea; compacta entre 2,6 e 3,0m

argilito siltosoacastanhado e

acinzentado

desagregado; ligeiramente arenoso e

margoso

arenito fina a médiaacastanhado

desagregado

ligeiramente compacto a friável; matéria

orgânica incarbonizada; intercalações

arenosas; fracturas a 30º com bordos

irregulares

cinzento escuro nódulos carbonatados

arenito fina castanhocimento carbonatado; fracturas a 60º bordos

irregulares rugosos

Organização dos dados e metodologia

41

5.3 Tabelas resumo do parâmetro

As Tabelas Resumo do Parâmetro, como o próprio nome indica, têm como função

resumir a informação de todas as classificações da sondagem, relativamente a um

determinado parâmetro. Na figura 27, apresenta-se a Tabela Resumo do Parâmetro

“alteração”, relativa à sondagem S2.

Figura 27 – Tabela Resumo do Parâmetro “alteração” da sondagem S2

5.4 Tabelas numéricas do parâmetro e representação gráfica

As Tabelas Numéricas do Parâmetro são a tradução numérica das Tabelas Resumo do

Parâmetro. Portanto, contém a mesma informação, mas sob a forma numérica, uma vez

que resultam da conversão dos dados das Tabelas Resumo do Parâmetro para a forma

numérica, com recurso à Tabelas de Correlação (descritas em detalhe no item seguinte).

Os dados numéricos destas tabelas são utlizados para a construção gráfica dos

resultados, de cada parâmetro.

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5 W4/5 W4/3 W3/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4 W5

0,5 1,0 W4/5 W4/3 W3/4 W4/3 W4/5 W4/5 W4/5 W4 W5

1,0 1,5 W4/5 W4/3 W3/4 W4/3 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4 W4/5

1,5 2,0 W5/4 W4/5 W4/5 W3/5 W4/3 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4

2,0 2,5 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W3/5 W4/3 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4

2,5 3,0 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W3/5 W4/3 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4

3,0 3,5 W5/4 W4/5 W5 W4/5 W4/3 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4

3,5 4,0 W5/4 W4/5 W4/5 W5 W4/5 W4/3 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4

4,0 4,5 W5/4 W4/5 W4/5 W5 W4/5 W4/3 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4

4,5 5,0 W4 W4 W3/2 W4 W3/4 W3/4 W4/3 W3 W5/4 W4 W4/5 W4/5 W3 W4

5,0 5,5 W4 W4 W3/2 W4 W4/5 W4/5 W4/3 W3 W5/4 W4 W4/5 W4/5 W5 W4

5,5 6,0 W4 W3/4 W3/2 W4 W3/4 W3/4 W3 W3 W3 W4 W4/3 W4/5 W2 W4

6,0 6,5 W4 W3/4 W3/2 W4 W3/4 W3/4 W3 W3 W3 W4 W4/3 W3/4 W2 W4

6,5 7,0 W4 W3/4 W3/2 W4 W3/4 W3/4 W3 W3 W3 W4 W4/3 W3/4 W2 W4

7,0 7,5 W4 W3/4 W3/2 W4 W3/4 W3/4 W3 W3 W3 W4 W4/3 W3/4 W2 W4

7,5 8,0 W4 W3/4 W3/2 W4 W3/4 W3/4 W3 W3 W3 W4 W4/3 W3/4 W2 W4

8,0 8,5 W4 W3/4 W3/2 W4/5 W4/5 W3/5 W3 W3 W3 W4 W4 W4/5 W3/4 W4

8,5 9,0 W5/4 W3/4 W3/2 W4/5 W4/5 W3/5 W3 W5 W5/4 W4 W4 W4/5 W3/4 W4

9,0 9,5 W5/4 W3/4 W3/2 W4/5 W3/4 W3/4 W3 W5 W5/4 W4 W4/5 W4/5 W3 W4

9,5 10,0 W5/4 W3/4 W3/2 W4/5 W3/4 W3/4 W3 W4/3 W5/4 W4 W4/5 W4/5 W3

10,0 10,5 W5/4 W3/4 W3 W4/5 W3 W3 W3 W4/3 W5/4 W4/3 W4/5 W4/5 W3 W3

10,5 11,0 W3/2 W3/4 W1 W3 W2/3 W2/3 W2/1 W4/3 W1 W3 W4/5 W3/4 W2 W1/2

11,0 11,5 W3/2 W3/4 W1 W3 W2/3 W2/3 W2/1 W4/3 W1 W3 W4/3 W3/4 W3/2 W1/2

11,5 12,0 W3/2 W3/4 W1 W3 W2/3 W2/3 W2/1 W4/3 W1 W3 W4/3 W3/4 W3/2 W1/2

12,0 12,5 W2 W3/4 W1 W2 W2/3 W2/3 W2/1 W2 W1 W3/2 W4/3 W3/4 W2 W1/2

12,5 13,0 W2 W3/4 W1 W2 W2/3 W2/3 W2/1 W2 W1 W3/2 W3/2 W3/4 W2 W1/2

13,0 13,5 W2 W3/4 W1 W2 W2/3 W2/3 W2/1 W2 W1 W3/2 W3/2 W3/4 W1 W1/2

13,5 14,0 W2 W3/4 W1 W2 W2/3 W2/3 W2/1 W2 W1 W3/2 W3/2 W3/4 W1 W1/2

14,0 14,5 W2 W3/4 W1 W2 W2/4 W2/4 W2/1 W2 W1 W3/2 W3/2 W3/4 W2/3 W1/2

14,5 15,0 W2 W3/4 W1 W2 W2/4 W2/4 W2/1 W2 W1 W3/2 W3/2 W3/4 W3 W1/2

S2 - Alteração - Tabela Resumo do Parâmetro

Profundidade

(m)

Organização dos dados e metodologia

42

Na figura 28, apresentam-se as 3 tabelas relativas ao processamento do parâmetro

“granularidade” da sondagem S1, e na figura 29, apresenta-se o respectivo gráfico com o

resultado do parâmetro.

Figura 28 – Tabelas relativas ao processamento do parâmetro “granularidade” (sondagem S1)

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5

0,5 1,0

1,0 1,5

1,5 2,0 fina fina fina

2,0 2,5 fina

2,5 3,0 fina

3,0 3,5 fina fina fina fina fina fina

3,5 4,0

4,0 4,5

4,5 5,0 fina

5,0 5,5

5,5 6,0

6,0 6,5 media méd a gr méd a fina méd a fina méd a fina grossa fina médfina a

médiamédia

6,5 7,0

7,0 7,5

7,5 8,0 méd a gr méd a gr fina a méd grossa fina a méd média

8,0 8,5

8,5 9,0

9,0 9,5

9,5 10,0

10,0 10,5

10,5 11,0 grossa

11,0 11,5

11,5 12,0

12,0 12,5

12,5 13,0

13,0 13,5

Profundidade

(m)

média

fina

média a

fina

fina

fina

médiamédia

média

média

média

fina

média

fina

S1 - Granularidade - Tabela Resumo do Parâmetro

média a

fina

média

fina

fina

média

média a

fina

fina

fina a

média

fina

fina

média

fina a

média

média a

fina

média a

fina

fina

fina

fina a

média

fina

fina a

média

fina

fina a

média

fina

fina a

média

finafina

fina

fina a

média

média a

grossa

fina a

média

fina a

média

fina a

grossa

média a

grossa

fina

fina

fina

média

fina

fina a

média

fina

fina a

média

Parâmetro Dados da classificação Valor para

representação gráfica

muito grossa 100

grossa 85

média a grossa; grossa a média 70

média 55

fina a média; média a fina 40

fina 25

muito f ina 10

outro 0

Granularidade

(S1 e S2)

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5 25 25 40 25 25 25 25 25

0,5 1,0 25 25 40 25 25 25 25 25

1,0 1,5 25 25 40 25 25 25 25 25

1,5 2,0 25 25 25 40 25 25 25 25 25

2,0 2,5 25 40 25 25 25 25 25 25 40

2,5 3,0 25 40 25 25 25 25 25 25 25 40

3,0 3,5 40 25 25 40 25 25 25 25 25 25

3,5 4,0 25 40 25

4,0 4,5 40 40 25

4,5 5,0 40 40 25

5,0 5,5 40 55 40 40 40 25 25 40 25 25

5,5 6,0 40 55 40 40 40 25 25 40 55 25 25

6,0 6,5 40 55 55 40 40 40 40 40 85 40 55 40 40 55

6,5 7,0 40 40 55 40 70 0 55 55 55 55 55

7,0 7,5 40 40 55 40 70 0 55 55 55 55 55

7,5 8,0 40 70 55 40 70 0 40 55 85 55 40 55

8,0 8,5

8,5 9,0

9,0 9,5

9,5 10,0 25 40 40 25 40 70 55 40 55 40 40 55

10,0 10,5 25 40 40 25 40 70 55 40 55 40 40 55

10,5 11,0 25 40 40 25 40 70 55 40 55 40 85 55

11,0 11,5 25 40 55 25 40 25

11,5 12,0 25 55 25 25

12,0 12,5 25 25 25

12,5 13,0 25 25 25

13,0 13,5 25 25 25

S1 - Granularidade - Tabela Numérica do Parâmetro

Profundidade

(m)

Organização dos dados e metodologia

43

Figura 29 – Variação da “granularidade” com a profundidade nas diferentes classificações da sondagem S1

5.5 Tabelas de correlação - conversão numérica dos dados

As tabelas de correlação foram criadas para converter os dados das classificações para a

forma numérica, de modo a que estes pudessem ser representados graficamente, na

mesma escala.

A conversão numérica dos dados foi efectuada através da correspondência entre os

dados obtidos e um valor numérico, de 0 a 100, de modo a permitir a representação

gráfica de cada parâmetro, nesse intervalo de valores e no eixo das ordenadas. A relação

entre os dados e o respectivo valor para representação gráfica, é obtida a partir de uma

tabela de correlação, construída especificamente para cada parâmetro, com uma escala

de correspondência. No caso da percentagem de recuperação e índice RQD, não é

necessária tabela de correlação, pois os dados são já de si numéricos e compreendidos

no intervalo de valores escolhido para a sua representação gráfica (0 a 100).

Foram criadas tabelas de correlação de diferentes tipos, função das características

específicas de cada parâmetro, embora com duas premissas em comum: intervalo de

valores compreendido entre 0 a 100 e ponderação dos resultados função da

representatividade e importância relativa em termos geotécnicos no âmbito da

classificação de sondagens. Sempre que existiam vários termos “aproximados” nas

classificações, estes foram organizados por grupos, portanto, com o mesmo valor.

Organização dos dados e metodologia

44

Por exemplo, na tabela de correlação do parâmetro “cor” da sondagem S1, os dados

“cinzento”, acinzentado”, “cinzento claro” e “cinzento escuro”, fazem parte de um mesmo

grupo.

Parâmetros como “estratigrafia”, “litologia”, “cor” e “observações complementares de cariz

geológico-geotécnico”, tem tabelas distintas para as sondagens S1 e S2, uma vez que os

termos utlizados na classificação estão dependentes do contexto de cada sondagem.

5.5.1 Tabela de correlação – Parâmetro “Estratigrafia”

Para o parâmetro “estratigrafia”, não é possível a correlação dos dados obtidos das

classificações com uma sequência numérica crescente, estabelecida de modo objectivo.

Foi por isso criada uma tabela de correlação para cada sondagem (S1 e S2), que

relaciona os dados obtidos com valores, de forma somente a distingui-los na

representação gráfica, permitindo assim estudar a consistência e dispersão dos

resultados obtidos nas classificações.

A tabela criada para cada sondagem, distingue sete termos não relacionados entre si

sequencialmente, nem em termos quantitativos nem em termos qualitativos, sendo

associados a estes sete termos, sete valores distintos, sequenciais, com incrementos

variáveis de 10 ou 20 valores, procurando-se ponderar e valorizar de forma distinta a

maior ou menor “proximidade” relativa entre termos consecutivos.

Os sete termos distinguidos em cada uma das tabelas, difere, função do contexto

estratigráfico em que cada sondagem foi realizada, e consequentemente, função dos

termos utilizados pelos técnicos nas classificações.

As figuras 30 e 31 representam as tabelas de correlação, entre os dados das

classificações e o respectivo valor para representação gráfica, para as sondagens S1 e

S2.

Organização dos dados e metodologia

45

Figura 30 – Tabela de correlação para o parâmetro “estratigrafia” na sondagem S1

Figura 31 – Tabela de correlação para o parâmetro “estratigrafia” na sondagem S2

5.5.2 Tabela de correlação – Parâmetro “Litologia”

Para o parâmetro “litologia”, à semelhança do parâmetro “estratigrafia”, não é possível a

correlação dos dados obtidos das classificações com uma sequência numérica crescente,

estabelecida de modo objectivo. Foram por isso criadas duas tabelas de correlação, uma

para cada sondagem (S1 e S2), que relacionam os dados obtidos com valores, de forma

somente a distingui-los na representação gráfica, permitindo assim estudar a consistência

e dispersão dos resultados obtidos nas classificações. Para a sondagem S1, a tabela

criada distingue nove termos e para a sondagem S2 a tabela distingue sete termos.

Em ambos casos, os termos não são relacionados entre si sequencialmente, nem em

termos quantitativos nem em termos qualitativos, sendo associados aos termos definidos,

valores distintos, sequenciais, em geral em incrementos de 10 valores.

Parâmetro Dados da classificação Valor para

representação gráfica

jurássico - J4 90

jurássico 80

actual; aterro 60

recente 50

moderno 40

depositos vertente?/jurássico? 20

Estratigrafia

(S1)

jurássico superior - J3AP -

Grés, margas e arenitos da

Praia da Amoreira - Porto Novo

100

Parâmetro Dados da classificaçãoValor para

representação gráfica

carbónico inferior 90

carbónico 80

actual 60

recente 50

moderno 40

depósitos de cobertura 20

Estratigrafia

(S2)

HMi - Formação de Mira (Grupo

do Flysch do Baixo Alentejo)100

Organização dos dados e metodologia

46

Nos casos em que a proximidade relativa entre dois termos consecutivos é menor em

termos geológico-geotécnicos, o incremento entre intervalos é de 20 valores (por

exemplo de “marga” para “calcarenito” na sondagem S1 e de “fragmentos de xisto” para

“xisto argiloso” na sondagem S2).

As figuras 32 e 33 representam as tabelas de correlação, entre os dados das

classificações e o respectivo valor para representação gráfica, para as sondagens S1 e

S2.

Figura 32 – Tabela de correlação para o parâmetro “litologia” na sondagem S1

Figura 33 – Tabela de correlação para o parâmetro “litologia” na sondagem S1

Parâmetro Dados da classificação Valor para

representação gráfica

calcarenito; arenito; arenito

siltoso; grés100

marga; marga argilosa 80

argilito; argilito siltoso; argilito

arenoso70

siltito margoso; silte areno-

margoso60

argila; argila siltosa; argila

margosa; argila silto-margosa40

areia argilosa; argila arenosa 30

areia; solo arenizado; areia

siltosa; areia silto argilosa20

silte; silte arenoso 10

bloco de arenito; bloco de

calcário0

Litologia

(S1)

Parâmetro Dados da classificaçãoValor para

representação gráfica

grauvaque 100

xisto grauvaque 90

xisto 80

xisto argiloso; xisto grafitoso;

xisto sericitico70

fragmentos de xisto,

graváquicos, quartzosos50

silte; silte argiloso 30

depósito cobertura; aterro;

coluvião10

Litologia

(S2)

Organização dos dados e metodologia

47

5.5.3 Tabela de correlação – Parâmetro “Granularidade”

Para o parâmetro “granularidade”, os dados obtidos da classificação são transformados

em valores compreendidos entre 0 e 100, função da dimensão crescente do grão, e em

patamares com incrementos de 15 valores. O objectivo é obter-se uma correlação

numérica sequencial crescente e consistente, entre a dimensão do grão e o valor

numérico para representação gráfica.

A figura 34, representa a tabela de correlação para ambas as sondagens, entre os dados

da classificação da dimensão do grão e o respectivo valor para representação gráfica.

Figura 34 – Tabela de correlação para o parâmetro “granularidade” nas sondagens S1 e S2

5.5.4 Tabela de correlação – Parâmetro “Cor”

Para o parâmetro “cor”, à semelhança dos parâmetros “estratigrafia” e “litologia”, não é

possível a correlação dos dados obtidos das classificações com uma sequência numérica

crescente, estabelecida de modo objectivo. Foram por isso criadas duas tabelas de

correlação, uma para cada sondagem (S1 e S2), que relacionam os dados obtidos com

valores, de forma somente a distingui-los na representação gráfica, permitindo assim

estudar a consistência e dispersão dos resultados obtidos nas classificações.

Ambas as tabelas distinguem sete termos, não relacionados entre si sequencialmente de

forma objectiva, nem em termos quantitativos nem em termos qualitativos. A estes termos

está associada uma sequência crescente de valores, em incrementos de 10 ou 20

valores, procurando-se ponderar e valorizar de forma distinta, respectivamente, a maior

ou menor “proximidade relativa” em termos cromáticos, ao termo seguinte.

Parâmetro Dados da classificação Valor para

representação gráfica

muito grossa 100

grossa 85

média a grossa; grossa a média 70

média 55

fina a média; média a fina 40

fina 25

muito f ina 10

outro 0

Granularidade

(S1 e S2)

Organização dos dados e metodologia

48

Cada um destes termos abrange em geral mais do que uma cor ou conjugação de cores,

procurando-se incorporar em cada termo, conjuntos de cores relativamente aproximadas,

comparativamente às demais.

As figuras 35 e 36 representam as tabelas de correlação, entre os dados das

classificações e o respectivo valor para representação gráfica, para as sondagens S1 e

S2.

Figura 35 – Tabela de correlação para o parâmetro “cor” na sondagem S1

Figura 36 – Tabela de correlação para o parâmetro “cor” na sondagem S2

Parâmetro Dados da classificação Valor para

representação gráfica

cinzento esverdeado; castanho

esverdeado100

cinzento; acinzentado; cinzento

claro; cinzento escuro90

castanho acinzentado; cinzento

acastanhado80

castanho; acastanhdo 60

castanho amarelado; amarelo

acastanhado; amarelo

acinzentado; castanho

alaranjado; esbranquiçado

acinzentado; creme acinzentado;

castanho claro; beje; creme

40

amarelo esbranquiçado; amarelo;

amarelado; amarelo alaranjado;

alaranjado; creme acastanhado;

castanho esbranquiçado

20

sem indicação sem valor

Cor

(S1)

Parâmetro Dados da classificaçãoValor para

representação gráfica

cinzento escuro; negro 100

cinzento; acinzentado 90

castanho acinzentado; cinzento

acastanhado; cinzento

avermelhado; acinzentado e

castanho avermelhado

80

castanho; acastanhado 60

cinzento amarelado; bege

alaranjado; amarelo

acastanhado; castanho

amarelado

40

esverdeado avermelhado 20

sem indicação sem valor

Cor

(S2)

Organização dos dados e metodologia

49

5.5.5 Tabela de correlação – Parâmetro “Alteração”

Para o estado de alteração (W), os dados obtidos da classificação são transformados em

valores compreendidos entre 0 e 100, em intervalos com aumento linear de 10 valores,

exceptuando na passagem do 1º para o 2º intervalo (de “outro” para “W5”) em que o

aumento é de 20 valores. Este facto, resulta da intenção de ponderar e valorizar de forma

distinta a maior discrepância de critérios, durante a classificação da amostra. Com efeito,

a este facto atribui-se uma importância relativa superior em termos de discrepância de

critérios, se comparado, por exemplo, com a diferença entre W4 e W4/5 (incremento de

10 valores).

O valor “zero” é atribuído a termos que não os habitualmente utilizados na classificação

do estado de alteração da rocha. O maior incremento de valor (20 valores) pondera

precisamente essa diferença, a que se atribui importância relativa superior, pelo

afastamento do critério convencionado.

Para uma simplificação dos critérios e visando uma melhor representatividade dos

resultados, e consequentemente melhor leitura gráfica, os termos intermédios como W4/5

e W5/4, W3/4 e W4/3, W3/2 e W2/3, W2/1 e W1/2, admitem-se equivalentes, e como tal,

representados pelo mesmo valor numérico na representação gráfica, apesar de, em rigor,

não terem o mesmo significado absoluto em termos geológico-geotécnicos.

A figura seguinte representa a tabela de correlação para ambas as sondagens, entre os

dados da classificação do estado de alteração e o respectivo valor para representação

gráfica.

Figura 37 – Tabela de correlação para o parâmetro “alteração” nas sondagens S1 e S2

Parâmetro Dados da classificação Valor para

representação gráfica

W1 100

W2/1; W1/2 90

W2 80

W3/2; W2/3 70

W3 60

W4/3; W3/4 50

W4 40

W5/4; W4/5 30

W5 20

outro 0

Alteração

(S1 e S2)

Organização dos dados e metodologia

50

5.5.6 Tabela de correlação – Parâmetro “Fracturação”

Para o estado de fracturação (F), a abordagem e a ponderação dos valores para

representação gráfica, foi em tudo idêntica à utilizada para o estado de alteração, uma

vez que os pressupostos são idênticos.

A figura seguinte representa a tabela de correlação entre os dados da classificação do

estado de fracturação e o respectivo valor para representação gráfica.

Figura 38 – Tabela de correlação para o parâmetro “fracturação” nas sondagens S1 e S2

5.5.7 Tabela de correlação – Parâmetro “Percentagem de Recuperação”

Para o parâmetro “percentagem de recuperação” não existe tabela de correlação, uma

vez que não existe necessidade de conversão dos dados, pois estes são já de si

numéricos e compreendidos entre 0 e 100.

Figura 39 – Tabela de valores de percentagem de recuperação para representação gráfica nas sondagens S1 e S2

Parâmetro Dados da classificação Valor para

representação gráfica

F1 100

F2/1; F1/2 90

F2 80

F3/2; F2/3 70

F3 60

F4/3; F3/4 50

F4 40

F5/4; F4/5 30

F5 20

outro 0

Fracturação

(S1 e S2)

Parâmetro Dados da classificaçãoValor para

representação gráfica

Percentagem de recuperação

(S1 e S2)Valor de 0 a 100

Idêntico ao valor da

classificação

Organização dos dados e metodologia

51

5.5.8 Tabela de correlação – Parâmetro “RQD”

Para o parâmetro “RQD”, à semelhança do parâmetro “percentagem de recuperação”,

não existe tabela de correlação, uma vez que não existe necessidade de conversão dos

dados, pois estes são já de si numéricos e compreendidos entre 0 e 100.

Figura 40 – Tabela de valores de RQD para representação gráfica nas sondagens S1 e S2

5.5.9 Tabela de correlação – Parâmetro “Observações complementares de

cariz geológico-geotécnico”

O parâmetro “observações complementares de cariz geológico-geotécnico”, engloba toda

a informação descritiva complementar que cada técnico utiliza na classificação da

sondagem. Por essa razão, a informação é por demais variada, não só devido ao

contexto geológico-geotécnico específico de cada sondagem, que condiciona o tipo de

observação complementar, como pelo facto de ser neste “parâmetro” que cada técnico

descreve “com mais liberdade”, de forma interpretativa, cada aspecto ou detalhe que

julgue digno de registo.

Foram por isso criadas duas tabelas de correlação distintas, uma para cada sondagem,

função do tipo de informação contida nas classificações de cada sondagem.

Tratando-se de sondagens realizadas em contextos geológico-geotécnicos distintos,

nomeadamente a S1 em solo e a S2 em rocha, o tipo de informação complementar das

classificações, difere consideravelmente. Desde logo, nas classificações da sondagem

S1, aspectos como as “passagens” de granulometria distinta, ou a “resistência ou

consistência” do material assumem especial importância. Nas classificações da

sondagem S2, as principais observações complementares dizem respeito sobretudo à

fracturação, sendo essa referência, mais sucinta ou mais descritiva, ou até exaustiva em

diversos aspectos relacionados com o tipo de fractura.

Parâmetro Dados da classificaçãoValor para

representação gráfica

RQD

(S1 e S2)Valor de 0 a 100

Idêntico ao valor da

classificação

Organização dos dados e metodologia

52

A tabela de correlação criada para a informação das classificações da sondagem S1,

distingue oito termos, tendo-se procurado ponderar genericamente a representatividade

de cada um, no âmbito da caracterização geológico-geotécnica.

A tabela de correlação criada para as classificações da sondagem S2, distingue somente

quatro termos, uma vez que é consideravelmente menor a diversidade de aspectos

caracterizados em termos de observações complementares. Com efeito, as observações

complementares são predominantemente relativas à caracterização das fracturas.

No sentido de sistematizar os diversos aspectos e tipos de informação resultante da

classificação da sondagem, a informação foi organizada em conjuntos de observações do

mesmo tipo. Esta informação, pode no entanto ser objectivamente diferente, mas na

metodologia criada para o estudo da “consistência das classificações de sondagens”, ter

o mesmo significado. Por exemplo, no caso do conjunto “cores” (valor 10) ainda que, para

a mesma profundidade duas classificações atribuam cores complementares distintas

(laivos avermelhados vs laivos acinzentados), esta informação é considerada “similar” e

recebe o mesmo valor para representação gráfica (10), portanto, à luz deste estudo, é

consistente, pois ambos os autores das classificações optaram por complementar as

descrições com informação complementar relativamente ao mesmo aspecto, a cor.

Em exemplo contrário, informações complementares referentes a “cores”, ou à “natureza

do cimento da rocha”, ou às “características das fracturas”, representam abordagens

técnicas distintas, em que o técnico opta por dar mais enfase em termos de descrição

complementar a um aspecto em detrimento de outros. Esta é a análise em termos de

consistência que se pretende distinguir neste parâmetro, sendo por isso valorizadas de

forma distinta para representação gráfica (10, 60 e 80, respectivamente).

É ainda de realçar, que o objecto deste trabalho se centra no estudo da consistência das

classificações geológico-geotécnicas, pelo que a ponderação dos valores atribuídos aos

vários termos não tem significado em termos qualitativos, nem tão pouco avalia a maior

ou menor qualidade da classificação. O mesmo é dizer que uma descrição exaustiva das

condições das fracturas no que diz respeito à sua atitude, preenchimento, rugosidade,

espaçamento, etc, no limite, poderá não estar correcta, apesar de ponderada com o valor

100. O valor atribuído pretende somente distinguir diferentes tipos de critérios e

abordagens técnicas, distinguindo sobretudo os diversos aspectos a que cada

classificação atribui maior ênfase (por exemplo, alteração, resistência, variação

granulométrica, etc), e não, a avaliação técnica de uma dada “observação

complementar”, pretensão que este estudo não concerne.

Organização dos dados e metodologia

53

As figuras 41 e 42 representam as tabelas de correlação, entre os dados das

classificações e o respectivo valor para representação gráfica, para as sondagens S1 e

S2.

Figura 41 – Tabela de correlação para o parâmetro “observações complementares de cariz geológico-

geotécnico” na sondagem S1

Figura 42 – Tabela de correlação para o parâmetro “observações complementares de cariz geológico-

geotécnico” na sondagem S2

Parâmetro Dados da classificação Valor para

representação gráfica

mais que 2 aspectos 100

características das fracturas 80

resistência; consistência 70

natureza do cimento 60

componente ou passagem

(micacea, argilosa, arenosa,

siltosa, margosa, etc)

50

materiais de aterro 30

nódulos; concreções;

impregnações; granularidade;

fossilifero

20

cores; estratif icação 10

Observações

complementares de cariz

geológico-geotécnico

(S1)

Parâmetro Dados da classificação Valor para

representação gráfica

mais que 2 aspectos com

ênfase na descrição das

fracturas

100

alteração, fracturação e outros

aspectos80

alteração ou fracturação 50

cores; litologia complementar;

não recuperado10

Observações

complementares de cariz

geológico-geotécnico

(S2)

Processamento dos dados

55

6. Processamento dos dados

A informação das 14 classificações de ambas as sondagens S1 e S2, foi decomposta e

sistematizada nas respectivas Tabelas Resumo da Classificação. Os registos originais

das classificações (layout original enviado pelos técnicos) são apresentados em anexo.

Os itens seguintes detalham o processamento da informação de cada classificação e de

cada parâmetro, passando pelos seguintes passos: Tabela Resumo da Classificação;

Tabela Resumo do Parâmetro, conversão para a Tabela Numérica do Parâmetro (com

recurso à tabela de correlação quando aplicável); apresentação do resultado sob a forma

gráfica.

6.1 Tabelas resumo das classificações

6.1.1 Sondagem S1

Figura 43 – Tabela Resumo da Classificação C1 S1

S1 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDObservações complementares

de cariz geológico-geotécnico

0,0 0,5 20

0,5 1,0 20

1,0 1,5 20

1,5 2,0 27

2,0 2,5 27

2,5 3,0 27

3,0 3,5 20

3,5 4,0 20

4,0 4,5 20

4,5 5,0 20

5,0 5,5 20

5,5 6,0 20

6,0 6,5 20

6,5 7,0 20

7,0 7,5 20

7,5 8,0 castanho alaranjado 60

8,0 8,5 60

8,5 9,0 60

9,0 9,5 77

9,5 10,0 F3 77 42

10,0 10,5 F4/5 77 42

10,5 11,0 F3 100 87

11,0 11,5 F3 100 87

11,5 12,0 F3 100 87

12,0 12,5 F3 97 71

12,5 13,0 F3 97 71

13,0 13,5 F3 97

ligeiramente compacto a friável; matéria

orgânica incarbonizada; intercalações

arenosas; fracturas a 30º com bordos

irregulares

cinzento escuro nódulos carbonatados

arenito fina castanhocimento carbonatado; fracturas a 60º bordos

irregulares rugosos

micácea; compacta entre 2,6 e 3,0m

argilito siltosoacastanhado e

acinzentado

desagregado; ligeiramente arenoso e

margoso

arenito fina a médiaacastanhado

desagregado

Profundidade

(m)

C1

recente (dc) silte arenoso castanho

jurrásico

areia fina acastanhado

argila

siltito

margoso

cinzento com níveis de

negro

Processamento dos dados

56

Figura 44 – Tabela Resumo da Classificação C2 S1

Figura 45 – Tabela Resumo da Classificação C3 S1

S1 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDObservações complementares

de cariz geológico-geotécnico

0,0 0,5 10

0,5 1,0 10

1,0 1,5 10

1,5 2,0 38

2,0 2,5 W4/3 F4/5 38 18

2,5 3,0 W4/3 F4/5 38 18

3,0 3,5 24

3,5 4,0 W5/4 24

4,0 4,5 W5/4 24

4,5 5,0 6

5,0 5,5 W5 6

5,5 6,0 W5 6

6,0 6,5 areia média amarelado 8 alguma componente siltosa

6,5 7,0 8

7,0 7,5 8

7,5 8,0 areia argilosamédia a

grossaamarelo alaranjado 83 arenito decomposto

8,0 8,5 W5/4 F4/5 83 43

8,5 9,0 W5/4 F4/5 83 43

9,0 9,5argila

margosacinzento 100

componente arenosa; plástica; matéria

vegetal incarbonizada na base

9,5 10,0 W3 F4/3 100 81

10,0 10,5 W3 F5/4 100 44

10,5 11,0 W3 F5/4 100 71

11,0 11,5 W3/4 F4/3 100 71

11,5 12,0 W3/4 F4/3 100 71

12,0 12,5 W3/4 F4/3 100 43

12,5 13,0 W3/4 F4/3 100 43

13,0 13,5 W3/4 F4/3 100 43

algo micáceo; cimento margoso

arenito fina a média acinzentado

cimento argilo-margoso; micáceo; fracturas

sub-horizontais a oblíquas e por vezes com

evidências de oxidação

marga

argilosacinzento esverdeado

componente arenosa micácea; concreções

carbonatadas

arenito média a finaamarelado a

esbranquiçado

cimento carbonatado; veios matéria vegetal

incarbonizada

fragmentos areniticos; restos de cerâmica

jurássico,

possivelmente

Kimeridgiano-

Pteroceriano

(J4)

arenito fina a média amarelo acinzentadomicáceo; cimento margoso; níveis de

matéria vegetal incarbonizada

marga

argilosaacinzentado

micáceo; componente arenosa; elevado teor

de água (plástica)

arenito fina a média acinzentado e amarelado micáceo; cimento margoso

arenito média a fina amarelado

Profundidade

(m)

C2

recente (at) silte arenoso amarelado acastanhado

S1 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDObservações complementares

de cariz geológico-geotécnico

0,0 0,5 7

0,5 1,0 7

1,0 1,5 7

1,5 2,0 29 19

2,0 2,5 calcarenito finatons cremes e laivos

negrosF4/3 29 19

Fracturas a 80º pouco onduladas, rugosas;

preenchimento argiloso

2,5 3,0 29 19

3,0 3,5 17

3,5 4,0 17

4,0 4,5 17

4,5 5,0 7

5,0 5,5 7

5,5 6,0 7

6,0 6,5 7

6,5 7,0 7

7,0 7,5 7

7,5 8,0 60

8,0 8,5 60

8,5 9,0 60

9,0 9,5 78 45

9,5 10,0 F3 78 45

10,0 10,5 F5 78 45

10,5 11,0 F4/3 100 45

11,0 11,5 100 45

11,5 12,0 100 45

12,0 12,5 100

12,5 13,0 100

13,0 13,5 100

acinzentados escuros

evidência de circulação de água; fracturas a

80°, muito oxidadas, por vezes com óxidos

negros, ligeiramente onduladas, rugosas;

laivos acastanhados escuros

margosa?

muito rija, com fracturas incipientes

inclinadas 45° em relação ao eixo da

sondagem (marga?)

acinzentado

acinzentado

acinzentado

acastanhado

esverdeados e

acinzentados

creme

fina

fina

média

fina a média

areia siltosa

areia siltosa

argila siltosa

Profundidade

(m)

C3areia

argila

calcarenito

jurrásico

superior

argila

margosa

Processamento dos dados

57

Figura 46 – Tabela Resumo da Classificação C4 S1

Figura 47 – Tabela Resumo da Classificação C5 S1

S1 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDObservações complementares

de cariz geológico-geotécnico

0,0 0,5 7

0,5 1,0 7

1,0 1,5 7

1,5 2,0 25

2,0 2,5 25

2,5 3,0 25

3,0 3,5 13

3,5 4,0 13

4,0 4,5 13

4,5 5,0 7

5,0 5,5 7

5,5 6,0 7

6,0 6,5 7

6,5 7,0 7

7,0 7,5 7

7,5 8,0 59

8,0 8,5 59

8,5 9,0 59

9,0 9,5 71

9,5 10,0 F4/3 71 58

10,0 10,5 F4/3 71 58

10,5 11,0 F4/3 95 64

11,0 11,5 F4 95 64

11,5 12,0 F4 95 64

12,0 12,5 F4 96 39

12,5 13,0 F4 96 39

13,0 13,5 F4 96 39

ligeiramente arenitica

fina a média amarelo acastanhadoareia

acastanhado

acinzentado

passagens argilosas

cinzento esverdeado

amareladocompacto; cimento carbonatado, passagens

mais grosseiras

passagem de arenito compacto 2.6 a 3.0

Profundidade

(m)

C4 jurrásico

areia siltosa fina

marga

argila

arenito fina

S1 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDObservações complementares

de cariz geológico-geotécnico

0,0 0,5 7

0,5 1,0 7

1,0 1,5 7

1,5 2,0areia silto-

argilosaacastanhado

2,0 2,5 W3 F3/4 36 16

2,5 3,0 W3 F3/4 36 16

3,0 3,5 areia siltosa acastanhado solta

3,5 4,0 W4 F5 19

4,0 4,5 W4 F5 19

4,5 5,0 silte argilosocastanho amarelado

cinzento escuro

5,0 5,5 5

5,5 6,0 5

6,0 6,5 areiamédia a

grossaacastanhado

6,5 7,0 5

7,0 7,5 5

7,5 8,0 areia argilosamédia a

grossaacinzentado matriz argilosa, baixa plasticidade

8,0 8,5 81

8,5 9,0 81

9,0 9,5 argila siltosaacinzentado e

acastanhado

9,5 10,0 W3 F3/4 80 80

10,0 10,5 W3 F3/4 100 44

10,5 11,0 W3 F3/4 100 41

11,0 11,5 W3 F3/4 100 41

11,5 12,0marga

gresosa

acinzentado cinzento

amareladoW4 F4/5 100 49

Fr 0º e 20º, onduladas, rugosas, sem

preenchimento

12,0 12,5 100

12,5 13,0 100

13,0 13,5 100

matriz parcialmente cimentada,

desagregável

argila

margosaacinzentado grãos de cascalho fino

marga

argilosa

cinzento a castanho

avermelhado

calcarenito fina a média castanho amarelado

fracturas com ângulos entre 20º e 45º com o

eixo da sondagem, onduladas, rugosas,

sem preenchimento

cascalho dissiminado e raizes

J3AP - Grés,

margas e

arenitos da

Praia da

Moreira e

Porto Novo

grés fina branco acinzentadoestrutura estratificada e matérias

carbonosas

argila

margosaacastanhado transição para marga gresosa aos 4.30m

areia siltosa fina a média cinzento acastanhado calhaus dispersos

areiamédia a

grossacastanha amarelado

Profundidade

(m)

C5

recente (dc) areia siltosa acastanhado

Processamento dos dados

58

Figura 48 – Tabela Resumo da Classificação C6 S1

Figura 49 – Tabela Resumo da Classificação C7 S1

S1 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDObservações complementares

de cariz geológico-geotécnico

0,0 0,5 9

0,5 1,0 9

1,0 1,5 9

1,5 2,0

2,0 2,5 36

2,5 3,0 36

3,0 3,5

3,5 4,0 10

4,0 4,5 10

4,5 5,0

5,0 5,5 5

5,5 6,0 5

6,0 6,5 areia média a fina amarelado depósito de praia / aterro ?

6,5 7,0 5

7,0 7,5 5

7,5 8,0

8,0 8,5 84

8,5 9,0 84

9,0 9,5

9,5 10,0 F3 100 82

10,0 10,5 F3 100 44

10,5 11,0 F4 99 54

11,0 11,5 89

11,5 12,0 89

12,0 12,5 100

12,5 13,0 100

13,0 13,5 100

acinzentado e bejefragmentos de cerâmica e argila margosa

(aterro?)

argilito

arenosoacinzentado micáceo

argila cinza esverdeadolaivos avermelhados; argilito muito

descomprimido

arenitomédia a

grossaamarelado

cimento carbonatado; fracturas com

escasso preenchimento e subhorizontais

fragmentos de cerâmicas dispersos

(aterro?)

blocos de

arenito

Profundidade

(m)

C6

moderno

areia fina a média acinzentado

jurássico -J4

areia siltosa fina a grossa beje e cinzento arcósia; grés muito descomprimido e friável

micáceo; aterro pedregoso ?

areia fina a média

S1 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDObservações complementares

de cariz geológico-geotécnico

0,0 0,5 10

0,5 1,0 10

1,0 1,5 10

1,5 2,0 areia siltosa fina castanho esverdeadolitoclastica; fragmentos liticos e cerâmicos

<2cm

2,0 2,5 W2 F3 36 25

2,5 3,0 W2 F3 36 25

3,0 3,5 areia fina castanho claromicácea; ligeiram. consolidada; nódulos

siltosos

3,5 4,0 21

4,0 4,5 21

4,5 5,0 argila cinzento muito plástica

5,0 5,5 5

5,5 6,0 5

6,0 6,5 areia média a fina alaranjado litoclástica; nódulos argilosos cinzentos

6,5 7,0 7

7,0 7,5 7

7,5 8,0 areia argilosa fina a média alaranjado litoclástica; com componente siltosa

8,0 8,5 W2/3 F3 84 26

8,5 9,0 W2/3 F3 84 26

9,0 9,5 argila cinzento nódulos silto-arenosos; veios avermelhados

9,5 10,0 W2 F3 100 73

10,0 10,5 W2 F3 100 40

10,5 11,0 W2 F3 100 45

11,0 11,5 W2 F3 100 45

11,5 12,0 W2 F3 100 45

12,0 12,5 W2 F3 100 38

12,5 13,0 W2 F3 100 38

13,0 13,5 W2 F3 100 38

argilito cinzento micáceo; impregnações carbonatadas

argilito cinzento esverdeado

zonas mais alaranjadas resultantes de

fenómenos de oxidação; ocorrências

carbonatadas (fósséis?)

arenito média amarelo esbranquiçadomicáceo; cimento carbonatado; evidência de

circulação de água; grão mais fino na base

arenito média castanho amarelado

cimento carbonatado; fragmentos liticos

(<1cm); micáceo; ferruginoso; nucleos

argilosos na base

cinzento

rijo; finamente estratificado; reage

fortemente ao HCL (contem componente

carbonatada)

areia fina amareladosolta; litoclástica; com fragmentos areniticos

e elementos quartzosos (d<2cm)

freável

jurássico

superior –

Kimeridgiano

Grés,

margas e

arenitos da

Praia da

Amoreira-

Porto Novo

(J3AP)

Profundidade

(m)

C7

Aterro

Actual

areia fina cinzento acastanhado

areia alaranjadosemi-consolidada; litoclástica; facilmente

freável; com fragmentos calcários <5cm

arenito finaesbranquiçado a

acinzentado

micáceo; cimento carbonatado; bandado

negro finamente estratificado (horizontal)

argilito

Processamento dos dados

59

Figura 50 – Tabela Resumo da Classificação C8 S1

Figura 51 – Tabela Resumo da Classificação C9 S1

S1 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDObservações complementares

de cariz geológico-geotécnico

0,0 0,5 7

0,5 1,0 7

1,0 1,5 7

1,5 2,0

2,0 2,5 W3/4 F4 35 16

2,5 3,0 W3/4 F4 35 16

3,0 3,5 areia argilosa finacastanho com laivos

alaranjadosmicácea;

3,5 4,0 19

4,0 4,5 19

4,5 5,0

5,0 5,5 4

5,5 6,0 4

6,0 6,5 areia siltosa média a finaamarelado e castanho

claro

6,5 7,0 5

7,0 7,5 5

7,5 8,0

8,0 8,5 80

8,5 9,0 80

9,0 9,5

9,5 10,0 W3/2 F4/3 91 73

10,0 10,5 W3/2 F4/3 100 44

10,5 11,0 W3/3 F4/3 93 37

11,0 11,5 93 37

11,5 12,0 93 37

12,0 12,5 94

12,5 13,0 94

13,0 13,5 94

C8

recente (at) areia siltosa fina acastanhado

argila silto-

margosa

cinzento escuro

acastanhado

areia média

alaranjado e amarelado

com laivos

acastanhados

silte areno

margosocinzento

argila

margosacinzento

arenito média a fina

Profundidade

(m)

micácea; componente margosa; presença

de elementos estranhos (restos de

cerâmica)

jurrásico

arenito finacinzento claro a

acastanhado

margoso; estratificação fina; matéria vegetal

incarbonizada anegrada; fortemente

micáceo

levemente micácea; rara matéria vegetal

incarbonizada

algo argilosa; levemente micácea; com

oxidação

micáceo com restos de matéria vegetal

incarbonizada negra

plástica; com concreções carbonatadas

esbranquiçadas; com laivos esverdeados e

alaranjados/ avermelhados

amarelado e

esbranquiçado

cimento carbonatado; passagens de areia

grossa; fracturas subhorizontais e raras

obliquas; evidências de dissolução e

oxidação

S1 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDObservações complementares

de cariz geológico-geotécnico

0,0 0,5 12

0,5 1,0 12

1,0 1,5 12

1,5 2,0 areia siltosa fina castanho claronódulos argilo-siltosos cinzentos e

fragmentos líticos dim<2cm

2,0 2,5 35

2,5 3,0 35

3,0 3,5 areia siltosa fina castanho claronódulos argilo-siltosos cinzentos e

fragmentos líticos dim<3cm

3,5 4,0 18

4,0 4,5 18

4,5 5,0 argila cinzento escuro alguma plasticidade

5,0 5,5 8

5,5 6,0 8

6,0 6,5 areia grossa castanho amareladonódulos argilosos cinz <1cm; alguma

plasticidade

6,5 7,0 10

7,0 7,5 10

7,5 8,0 areia argilosa grossa castanho amarelado laivos castanhos

8,0 8,5 80

8,5 9,0 80

9,0 9,5 argila cinzento escuro plástica

9,5 10,0 95

10,0 10,5 95

10,5 11,0solo

arenizadobeje rosado 95 micas, nódulos negros e carbonatos

11,0 11,5 95

11,5 12,0 95

12,0 12,5 argila cinzento 100 componente arenosa fina

12,5 13,0 100

13,0 13,5 100

Profundidade

(m)

areia siltosa fina

fragm líticos dim<5cm, completamente

arenizados, com nódulos negros, algumas

micas e carbonatos

C9

aterro silte acastanhadocascalho de dimensão variada e fragmentos

de alvenaria (tijolo): material de aterro

jurássico

superior -

J3AP - Grés,

Margas e

Arenitos

daPraia da

Amoreira -

Porto Novo

solo

arenizadobege

compacto, micáceo, laivos negros; presença

de carbonatos (efervescência com HCl)

argila cinzento escuro presença de micas; não plástico

areia média castanhofragmentos líticos dimensão <5cm, de

natureza carbonatada, amarelados

argila cinzento acastanhado laivos acatanhdos e amarelados; duro

argila cinzentomicas, rijo, com alguma componente

arenosa fina a média

argila cinzento acastanhado

laivos amarel e acastanh (duro), até 9,59 m;

A partir de 9,59 m: solo completamente

arenizado, de tons bege/rosado, com micas,

nódulos negros e carbonatos

argila castanho acinzentado rijo, com forte componente arenosa grossa

Processamento dos dados

60

Figura 52 – Tabela Resumo da Classificação C10 S1

Figura 53 – Tabela Resumo da Classificação C11 S1

S1 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDObservações complementares

de cariz geológico-geotécnico

0,0 0,5 5

0,5 1,0 5

1,0 1,5 5

1,5 2,0 25 20

2,0 2,5 25 20

2,5 3,0 arenito fina creme acinzentado F4 25 20estratificação por finos leitos negros

(matéria carbonosa) inclinada a 5-10º

3,0 3,5arenito/siltito

arenosofina creme acinzentado 8

ligeiramente micáceo com zonas menos

consolidadas

3,5 4,0 8

4,0 4,5 8

4,5 5,0 7

5,0 5,5 7

5,5 6,0 7

6,0 6,5 5

6,5 7,0 5

7,0 7,5 5

7,5 8,0 60

8,0 8,5 60

8,5 9,0 60

9,0 9,5 77 33

9,5 10,0 F3 77 33

10,0 10,5 F4/5 77 33

10,5 11,0 F3/4 100 87

11,0 11,5 100 87

11,5 12,0 100 87

12,0 12,5 95 71

12,5 13,0 95 71

13,0 13,5 95 71

argila/ argilito cinzento claro

ligeiramente micáceo, com zonas

ligeiramente margosas; fracturas, quando

identificáveis, inclinadas cerca de 30º, de

bordos ligeiramente irregulares e

ligeiramente rugosos

argilacinzento claro levemente

esverdeadoplástica

arenito média creme acastanhdo

fractura (?) inclinada cerca de 70º em

relação ao eixo da sondagem, de bordos

irregulares e rugosos

Profundidade

(m)

areia argilosa acastanhadoligeiramente alaranjado; zona com perda

significativa de amostra

C10 jurrásico

Silte creme acinzentado ligeiramente arenoso

argila acinzentadoligeiramente silto-arenosa; zona com perda

significativa de amostra

areia média a fina acastanhadoligeiramente alaranjado; zona com perda

significativa de amostra

S1 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDObservações complementares

de cariz geológico-geotécnico

0,0 0,5 10

0,5 1,0 10

1,0 1,5 10

1,5 2,0 areia siltosa acastanhado 27 blocos de arenito carbonatado

2,0 2,5 27

2,5 3,0 27

3,0 3,5 15

3,5 4,0 15

4,0 4,5 15

4,5 5,0 3

5,0 5,5 3

5,5 6,0 3

6,0 6,5 3

6,5 7,0 3

7,0 7,5 3

7,5 8,0 57

8,0 8,5 57

8,5 9,0 57

9,0 9,5 73 53

9,5 10,0 73 53

10,0 10,5 73 53

10,5 11,0 W3 F3/4 100

11,0 11,5 100

11,5 12,0 100

12,0 12,5 97

12,5 13,0 97

13,0 13,5 97

arenito / siltito finaacinzentado a

acastanhadoarenito fino / siltito; micáceo

argila siltosa acinzentado dura

arenito amarelado

carbonatado; abundantes bioclastos; entre

10.90 e 11.20m apresenta núcleos

argilosos dispersos na matriz arenosa

alaranjado laivos silto-argilosos acinzentados

areia argilosa média alaranjado

arenito friável resultando em areia média

argilosa com passagens silto-argilosas

acizentadas

aterro essencialmente arenoso fino com

pequenos fragmentos de tijolo

jurássico

J3AP - Grés,

Margas e

Arenitos da

Praia da

Amoreira e

Porto Novo

Profundidade

(m)

C11

recente (at)areia fina

areia siltosa acastanhado micáceo; laivos acinzentados

silte acinzentado siltito friável; passagens finas arenosas

areia média

Processamento dos dados

61

Figura 54 – Tabela Resumo da Classificação C12 S1

Figura 55 – Tabela Resumo da Classificação C13 S1

S1 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDObservações complementares

de cariz geológico-geotécnico

0,0 0,5 7

0,5 1,0 7

1,0 1,5 7

1,5 2,0 28

2,0 2,5 28

2,5 3,0bloco de

calcário28 aterro

3,0 3,5 13

3,5 4,0 13

4,0 4,5 13

4,5 5,0 argilacinzento escuro a

esverdeado3 fragmentos de carvão

5,0 5,5 3

5,5 6,0 3

6,0 6,5 areia fina a média amarelado 3

6,5 7,0 3

7,0 7,5 3

7,5 8,0 60

8,0 8,5 60

8,5 9,0 60

9,0 9,5 77 46

9,5 10,0 F3 77 46

10,0 10,5 F4/3 77 46

10,5 11,0 F4/3 100 40

11,0 11,5 F4/3 100 40

11,5 12,0 100 40

12,0 12,5 95

12,5 13,0 95

13,0 13,5 95

fracturas a 60º com vestigios de percolação

de água

laivos acinzentados; por vezes com

passagens um pouco arenosas; com

vestigios de carsificação e oxidação de cor

acastanhada

arenito fina a média castanho esbranquiçadofragmentos de conchas dispersos e finos

preenchimentos argilosos

aterro; pequenos fragmentos de cerâmica

areia

jurrásico

areia fina amarelado fragmentos areniticos

acastanhado aterro; por vezes argilosa

areia-argilosa castanho acinzentado aterro

argila

arenosacastanho alaranjado laivos castanhos escuros

argila

margosa

Profundidade

(m)

C12

recente

areia castanho acinzentado

cinzento esverdeado

marga acinzentado

S1 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDObservações complementares

de cariz geológico-geotécnico

0,0 0,5 4

0,5 1,0 4

1,0 1,5 4

1,5 2,0

2,0 2,5 37

2,5 3,0 37

3,0 3,5 areia siltosa fina castanho amarelado micácea

3,5 4,0 19

4,0 4,5 19

4,5 5,0

5,0 5,5 2

5,5 6,0 2

6,0 6,5 areia fina a média acastanhado quartzosa

6,5 7,0 4

7,0 7,5 4

7,5 8,0 areia argilosa fina a média micácea; finas passagens argilosas

8,0 8,5 82

8,5 9,0 82

9,0 9,5

9,5 10,0 F3 100 100

10,0 10,5 F5 100 44

10,5 11,0 grossa F4 100 88

11,0 11,5 F3 100

11,5 12,0 100

12,0 12,5 100

12,5 13,0 100

13,0 13,5 100

micácea; algo friável

passagens arroxeadas

arenitofina a média

alaranjado cor alaranjado devido à oxidação; micáceo

passagem a areia média castanha

areia fragmentos areniticos subangulosos

areia argilosa média begeC13

depósitos de

vertente (?) /

jurássico -

J3AP (?)

areia siltosa fina cinzento amarelado

argila

margosacinzento

jurássico -

J3AP - Grés,

margas e

arenitos da

praia da

Amoreira e

Porto Novo

marga cinzento

marga cinzento

Profundidade

(m)

passagens argilosas

arenito fina castanho amarelado

cimento carbonatado; micáceo; finas

passagens margosas cinzentas escuras

(blocos/ depósito de vertente?)

Processamento dos dados

62

Figura 56 – Tabela Resumo da Classificação C14 S1

6.1.2 Sondagem S2

Figura 57 – Tabela Resumo da Classificação C1 S2

S1 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDObservações complementares

de cariz geológico-geotécnico

0,0 0,5

0,5 1,0

1,0 1,5

1,5 2,0 areia siltosa fina amarelado

2,0 2,5 30 16

2,5 3,0 30 16

3,0 3,5 areia siltosa fina amarelado

3,5 4,0 20

4,0 4,5 20

4,5 5,0arenito silto-

argilosofina cinzento-acastanhado

5,0 5,5 0

5,5 6,0 0

6,0 6,5 areia média amarelado

6,5 7,0 5

7,0 7,5 5

7,5 8,0 areia média amarelado

8,0 8,5 60

8,5 9,0 60

9,0 9,5 60

9,5 10,0 100 64

10,0 10,5 100 64

10,5 11,0 100 64

11,0 11,5 100

11,5 12,0 100

12,0 12,5 100

12,5 13,0 100

13,0 13,5 100

amarelado fossilifero

arenito

siltosofina acinzentado

argila

margosacinzento esverdeado laivos avermelhados

arenito média amarelado

intercalações de grão grosseiro;

laminações micáceas com inclinações de

20º com o eixo da sondagem

amarelado raizes (aterro?)

jurássico

arenito média a fina amarelado

passando a arenito fino siltoso micáceo,

com orientação (laminação) das micas com

20 a 25º com o eixo da sondagem

arenito silto-

argilosofina cinzento

arenito

siltosofina amarelado micáceo

calcarenito

Profundidade

(m)

C14

recente (at) areia siltosa fina

média

S2 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDobservações complementares

de cariz geológico-geotécnico

0,0 0,5 27

0,5 1,0 27

1,0 1,5 27

1,5 2,0 W5/4 33

2,0 2,5 W5/4 33

2,5 3,0 W5/4 33

3,0 3,5 W5/4 20

3,5 4,0 W5/4 20

4,0 4,5 W5/4 20

4,5 5,0 W4 F5/4 60

5,0 5,5 W4 F5/4 100

5,5 6,0 W4 F5/4 100

6,0 6,5 W4 F5/4 80

6,5 7,0 W4 F5/4 70

7,0 7,5 W4 F5/4 70

7,5 8,0 W4 F5/4 100

8,0 8,5 W4 F5/4 38

8,5 9,0 W5/4 F5 38

9,0 9,5 W5/4 F5 50

9,5 10,0 W5/4 F5 50

10,0 10,5 W5/4 F5 50

10,5 11,0 W3/2 F5 100

11,0 11,5 W3/2 F4/5 100

11,5 12,0 W3/2 F4/5 60

12,0 12,5 W2 F4/5 100

12,5 13,0 W2 F4 100

13,0 13,5 W2 F4 100 17

13,5 14,0 W2 F4 100 34

14,0 14,5 W2 F4 100 20

14,5 15,0 W2 F4 100

Profundidade

(m)

depósito de

coberturaacastanhado

xisto

fragmentos de xisto e restos de raizes no

topo (depósito de cobertura)

acastanhado e

acinzentado

decomposto a muito alterado recuperado

como argila siltosa

acastanhado

muito alterado; xistosidade a inclinar cerca

de 40º com o eixo; fracturas quando

identificaveis a inclinar cerca de 40º com o

eixo; de bordos lisos a ligeiramente

irregulares, oxidados e com preenchimento

argiloso

acinzentado e

acastanhado

xistosidade a inclinar cerca de 40º com o

eixo da sondagem; fracturas quando

identificáveis a inclinar cerca de 40º em

relação ao eixo da sondagem, de bordos

lisos e planos com ligeira patine argilosa;

presença de pequenas massas e filonetes

de quartzo dispersos

cinzento escuro

decomposto a muito alterado; recuperado

como argila siltosa; fragmentos de xisto e

quartzo dispersos (zona de falha?)

C1carbónico

xisto

silte argiloso

xisto

xisto

Processamento dos dados

63

Figura 58 – Tabela Resumo da Classificação C2 S2

Figura 59 – Tabela Resumo da Classificação C3 S2

S2 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDobservações complementares

de cariz geológico-geotécnico

0,0 0,5 20

0,5 1,0 20

1,0 1,5 20

1,5 2,0 silte argilosocalhaus de xisto; horizonte de rocha

decomposta

2,0 2,5 W4/5 F5 50

2,5 3,0 W4/5 F5 50

3,0 3,5 xisto castanho avermelhado decomposto

3,5 4,0 W4/5 F5 24

4,0 4,5 W4/5 F5 24

4,5 5,0 W4 F5 38

5,0 5,5 W4 F5 50

5,5 6,0 W3/4 F4/5 100

6,0 6,5 W3/4 F4/5 100

6,5 7,0 W3/4 F4/5 75

7,0 7,5 W3/4 F4/5 75

7,5 8,0 W3/4 F4/5 100

8,0 8,5 W3/4 F4/5 50

8,5 9,0 W3/4 F4/5 50

9,0 9,5 W3/4 F4/5

9,5 10,0 W3/4 F4/5 85

10,0 10,5 W3/4 F4/5 33

10,5 11,0 W3/4 F4/5 100 33

11,0 11,5 W3/4 F4/5 100

11,5 12,0 W3/4 F4/5 40

12,0 12,5 W3/4 F4/5 100

12,5 13,0 W3/4 F4/5 100

13,0 13,5 W3/4 F4/5 100 43

13,5 14,0 W3/4 F4/5 100 45

14,0 14,5 W3/4 F4/5 100 30

14,5 15,0 W3/4 F4/5 100 30

intensamente fracturado e com clivagem

intensa pelos planos de foliação formando

lascas, com passagens argilificadas entre

as seguintes profundidade: 6,00-6,07m;

7,50-7,59m; 9,00-9,20m

xisto cinzento escuro

(carbonatado), pontualmente injectado por

vénulas de quartzo, com clivagem intensa

pelos planos de foliação formando lascas.

As superfícies resultantes da clivagem pela

foliação apresentam-se lisas e polidas

muito alterado e muito fracturado com

passagens argilosas

xisto castanho avermelhadomuito alterado e muito fracturado com

passagens argilosas

xisto castanho acinzentado

muito alterado e muito fracturado; parte

facilmente pelos planos de foliação

formando lascas

Profundidade

(m)

C2

recente (dc)calhaus de

xistocastanho avermelhado

carbónico

xisto castanho avermelhado

xistoacinzentado e castanho

avermelhado

S2 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDobservações complementares

de cariz geológico-geotécnico

0,0 0,5 25

0,5 1,0 25

1,0 1,5 25

1,5 2,0frag xisto

grauváquicosacastanhado 35

fragmentos rochosos (<3 cm); laivos

amarelados e avermelhados

2,0 2,5 35

2,5 3,0 35

3,0 3,5frag xisto

grauváquicosacastanhado 21

fragmentos rochosos (<3 cm); laivos

amarelados e avermelhados

3,5 4,0 21

4,0 4,5 21

4,5 5,0fragmentos

xistentosnegro W3/2 F5 62 muito fracturados e friáveis à mão (<3 cm)

5,0 5,5fragmentos

grauváquicoscastanho W3/2 F5 100

natureza xistenta, luzente, negra; laivos

amarelados

5,5 6,0 W3/2 F5 100

6,0 6,5 W3/2 F5 86

6,5 7,0 W3/2 F5 77

7,0 7,5 W3/2 F5 100

7,5 8,0 W3/2 F5 100

8,0 8,5 W3/2 F5 48

8,5 9,0 W3/2 F5 48

9,0 9,5fragmentos

quartzososacinzentado W3/2 F5 60 matriz argilo-siltosa

9,5 10,0 W3/2 F5 60

10,0 10,5 W3 F5 83

10,5 11,0 W1 F4/5 100

11,0 11,5 W1 F5 96

11,5 12,0 W1 F5 64

12,0 12,5 W1 F5 100

12,5 13,0 W1 F5 100

13,0 13,5 W1 F3/5 100 26

13,5 14,0 W1 F3/5 100 26

14,0 14,5 W1 F3/5 100 15

14,5 15,0 W1 F4/3 100 15

Profundidade

(m)

C3carbónico -

Formação de

Mira (HMi)

fragmentos

grauváquicoscastanho

xisto negro

fragmentos rochosos; laivos amarelados e

avermelhados

fragmentos

grauváquicoscastanho

fragmentos rochosos; laivos amarelados e

avermelhados

fragmentos

grauváquicoscastanho

fragmentos de xisto; silicioso; entre 14.9 e

15.0m com presença de quartzo

fragmentos rochosos; laivos amarelados e

avermelhados

fragmentos

xistentosnegro luzentes

fragmentos

xistentosnegro

luzentes; entre 9.8 e 9.9m dim<2cm; entre

10.2 e 10.5m dim<6cm

Processamento dos dados

64

Figura 60 – Tabela Resumo da Classificação C4 S2

Figura 61 – Tabela Resumo da Classificação C5 S2

S2 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDobservações complementares

de cariz geológico-geotécnico

0,0 0,5 W4/5 F5/4 25

0,5 1,0 W4/5 F5/4 25

1,0 1,5 W4/5 F5/4 25

1,5 2,0 W4/5 F5/4 35

2,0 2,5 W4/5 F5/4 35

2,5 3,0 W4/5 F5/4 35

3,0 3,5 W4/5 F5/4 20

3,5 4,0 W4/5 F5/4 20

4,0 4,5 W4/5 F5/4 20

4,5 5,0 W4 F5/4 44

5,0 5,5 W4 F5/4 87

5,5 6,0 W4 F5/4 100

6,0 6,5 W4 F5/4 70

6,5 7,0 W4 F5/4 75

7,0 7,5 W4 F5/4 75

7,5 8,0 W4 F5/4 100

8,0 8,5 W4/5 F5/4 19

8,5 9,0 W4/5 F5/4 19

9,0 9,5 W4/5 F5/4 31

9,5 10,0 W4/5 F5/4 31

10,0 10,5 W4/5 F5/4 42

10,5 11,0 W3 F5/4 100 33

11,0 11,5 W3 F5/4 60

11,5 12,0 W3 F5/4 50

12,0 12,5 W2 F5/4 100

12,5 13,0 W2 F5/4 100

13,0 13,5 W2 F4/5 100 36

13,5 14,0 W2 F4/5 100 43

14,0 14,5 W2 F4/5 100 20

14,5 15,0 W2 F4/5 100

Profundidade

(m)

muito fracturado; filonentes de quartzo;

xistosidade e fracturação a 45º com o eixo

da sondagem

C4 carbónico

xisto acastanhado

muito fracturado e muito alterado;

preenchimento argiloso nas fracturas; por

vezes passagens decompostas; menos

alterado para a base; xistosidade e

fracturação a 45º com eixo da sondagem

xisto cinzento escuro

S2 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDobservações complementares

de cariz geológico-geotécnico

0,0 0,5 W4/3 F5 19

0,5 1,0 W4/3 F5 19

1,0 1,5 W4/3 F5 19

1,5 2,0 W4/5 F5/4

2,0 2,5 W4/5 F5/4 46

2,5 3,0 W4/5 F5 46

3,0 3,5 W5 F5

3,5 4,0 W5 F5 20

4,0 4,5 W5 F5 20

4,5 5,0 xisto argilosoacastanhdo e

acinzentadoW3/4 F5 38

fracturação/xistosidade subhorizontais e a

45º; oxidação nas fracturas

5,0 5,5 xisto argilosoacastanhdo e

acinzentadoW4/5 F5 83

laivos alaranjados; passagens silto-

argilosas

5,5 6,0 W3/4 F5 100

6,0 6,5 W3/4 F5 63

6,5 7,0 W3/4 F5 60

7,0 7,5 W3/4 F5 60

7,5 8,0 W3/4 F5 100

8,0 8,5 W4/5 F5 23

8,5 9,0 W4/5 F5 23

9,0 9,5 W3/4 F5

9,5 10,0 W3/4 F5 63

10,0 10,5 W3 F5 33

10,5 11,0 W2/3 F4/5 83 33

11,0 11,5 W2/3 F5 72

11,5 12,0 W2/3 F5 38

12,0 12,5 W2/3 F5 100

12,5 13,0 W2/3 F5 100

13,0 13,5 W2/3 F5/4 100 33

13,5 14,0 W2/3 F5/3 73 31

14,0 14,5 W2/4 F5/4 72 20

14,5 15,0 W2/4 F5/4 93

Profundidade

(m)

xisto grafitoso cinzento escuro a negro

delgados veios irreguares de quartzo

esbran1uiçado e com sulfuretos (pirite);

predominância de xistosidade/fracturação a

45º com eixo da sondagem

C5 carbónico

xistoacastanhado e

acinzentado

algo grauvacoide; com laivos alaranjados;

micáceo; intensamente fracturado

xistocastanho alaranajdo e

acinzentado

algo grauvacóide; micáceo; muito alterado a

decomposto; passagens silto-argilosas e

fracturas subhorizontais

xisto castanho acinzentado

decomposto; adquirindo carácter silto-

argiloso com fragmentos liticos; com laivos

alaranjados

xisto argiloso cinzento acastanhado

Processamento dos dados

65

Figura 62 – Tabela Resumo da Classificação C6 S2

Figura 63 – Tabela Resumo da Classificação C7 S2

S2 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDobservações complementares

de cariz geológico-geotécnico

0,0 0,5 W3/4 F5 27

0,5 1,0 W3/4 F5/4 27

1,0 1,5 W3/4 F5/4 27

1,5 2,0 W3/5 F5/4

2,0 2,5 W3/5 F5/4 53

2,5 3,0 W3/5 F5/4 53

3,0 3,5 W4/5 F5/4

3,5 4,0 W4/5 F5/4 29

4,0 4,5 W4/5 F5/4 29

4,5 5,0 W3/4 F5 64

5,0 5,5 W4/5 F5 100

5,5 6,0 W3/4 F5 100

6,0 6,5 W3/4 F5 70

6,5 7,0 W3/4 F5 76

7,0 7,5 W3/4 F5 76

7,5 8,0 W3/4 F5 100

8,0 8,5 W3/5 F5 45

8,5 9,0 W3/5 F5 45

9,0 9,5 W3/4 F5

9,5 10,0 xisto argiloso cinzento W3/4 F5 84

laivos amarel e averm; intercalações

grauvaque e veios de quartzo; oxidação nas

fracturas e superficies de xistosidade;

medianamente a muito alterado

10,0 10,5 xisto argiloso cinzento escuro W3 F5 50veios e filonetes de quartzo; em geral

medianamente alterado

10,5 11,0 W2/3 F5/4 100 37

11,0 11,5 W2/3 F5 100

11,5 12,0 W2/3 F5 66

12,0 12,5 W2/3 F5 100

12,5 13,0 W2/3 F5 100

13,0 13,5 W2/3 F4/5 100 34

13,5 14,0 W2/3 F3/5 100 31

14,0 14,5 W2/4 F5/4 100 20

14,5 15,0 W2/4 F5/4 100

cinzento acastanhado

delgadas intercalações de grauvaque;

evidências de oxidação nas fracturas e

superfícies de xistosidade; medianamente a

muito alterado; com passagens

decompostas; fracturação/xistosidade a 45º

e raras fracturas subverticais

xisto argiloso cinzento escuro

intercalações de grauvaque e presença de

pirite; pouco a medianamente alterado;

fracturas subhorizontais e obliquas em

relação ao eixo da sondagem

Profundidade

(m)

C6

xisto cinzento

intercalação de grauvaque; tonalidades

avermelhadas e alaranjadas devido à

oxidação; medianamente a muito alterado

xisto cinzento avermelhado

intercalação de grauvaque; tonalidades

avermelhadas e alaranjadas; micáceo;

muito alterado a decomposto; adquirindo

um carácter silto-argiloso com fragmentos

liticos

xisto argilosoacinzentado e

acastanhado

delgadas intercalações de grauvaque;

evidências de oxidação nas fracturas e

superfícies de xistosidade; medianamente a

muito alterado; com passagens

decompostas silto-argilosas; laivos

alaranjados; fracturação/xistosidade

subhorizontal e a 45º

xisto argiloso cinzento escuro

carbónico

interecalação de grauvaque; veios de

quartzo; pouco a medianamente alterado;

passagens muito alteradas

xisto argiloso

S2 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDobservações complementares

de cariz geológico-geotécnico

0,0 0,5 recente (dc)coluvião

fragmen xistoacastanhado 25

fragmentos de xisto envoltos por silte

argiloso

0,5 1,0 W4/3 F5 25

1,0 1,5 W4/3 F5 25

1,5 2,0 W4/3 F5 35

2,0 2,5 W4/3 F5 35

2,5 3,0 W4/3 F5 35

3,0 3,5 W4/3 F5 20

3,5 4,0 W4/3 F5 20

4,0 4,5 W4/3 F5 20

4,5 5,0 W4/3 F5 50

5,0 5,5 W4/3 F5 100

5,5 6,0 W3 F5 100

6,0 6,5 W3 F5 76

6,5 7,0 W3 F5 80

7,0 7,5 W3 F5 80

7,5 8,0 W3 F5 100

8,0 8,5 W3 F5 48

8,5 9,0 W3 F5 48

9,0 9,5 W3 F5 67

9,5 10,0 W3 F5 67

10,0 10,5 W3 F5 57

10,5 11,0 W2/1 F5 67

11,0 11,5 W2/1 F4/5 74

11,5 12,0 W2/1 F4/5 64

12,0 12,5 W2/1 F4/5 100

12,5 13,0 W2/1 F4/5 100

13,0 13,5 W2/1 F4/5 100 14

13,5 14,0 W2/1 F4/5 100 29

14,0 14,5 W2/1 F4/5 100 20

14,5 15,0 W2/1 F4/5 100

C7carbónico

xisto acastanho

laivos rosados; muito fracturado;

intercalações decimétricas de xisto

decomposto, recuperado como argila de

tons acastanhados claros; xistosidade com

inclinação de 50º em relação ao eixo,

coincidente com a maioria das fracturas;

fracturas muito oxidadas pontualmente com

preenchimento argiloso

xistoacinzentado e

acastanhado claro

Profundidade

(m)

medianamente alterado; xistosidade a 50º

coincidente com a maioria das fracturas;

fracturas muito oxidadas com

preenchimento argiloso; passagem de

quartzo entre 9.0 e 9.8m; fim da zona de

alteração superficial (zona oxidada)

xisto

grauvacóide

acinzentado escuro a

negro

superficies de xistosidade lisas e pouco

onduladas com inclinação de 60º em

relação ao eixo da sondagem; fracturas

subverticais ligeiramente onduladas, lisas;

nos últimos 0,3m com presença de argila

de falha (?)

Processamento dos dados

66

Figura 64 – Tabela Resumo da Classificação C8 S2

Figura 65 – Tabela Resumo da Classificação C9 S2

S2 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDobservações complementares

de cariz geológico-geotécnico

0,0 0,5 23

0,5 1,0 23

1,0 1,5 23

1,5 2,0

2,0 2,5 48

2,5 3,0 48

3,0 3,5

3,5 4,0 43

4,0 4,5 43

4,5 5,0 W3 F5 49

5,0 5,5 W3 F5 100

5,5 6,0 W3 F5 100

6,0 6,5 W3 F5 70

6,5 7,0 W3 F5 70

7,0 7,5 W3 F5 70

7,5 8,0 W3 F5 97

8,0 8,5 W3 F5 25

8,5 9,0 W5 25

9,0 9,5 W5

9,5 10,0 W4/3 F5 100

10,0 10,5 W4/3 F5 64

10,5 11,0 W4/3 F5 100 40

11,0 11,5 W4/3 F5 90

11,5 12,0 W4/3 F5 60

12,0 12,5 W2 F5/4 99

12,5 13,0 W2 F5/4 99

13,0 13,5 W2 F5/4 96 34

13,5 14,0 W2 F5/4 96 34

14,0 14,5 W2 F5/4 100 15

14,5 15,0 W2 F5/4 100 15

Profundidade

(m)

C8

recente (dc)

depósito/

aterro

cascalho de

xisto

cinzento amareladocascalho de xisto envolto numa matriz

sito-argilosa

carbónico

xisto argilosoacinzentado e cinzento

escuro

grauvacóide, muito alterado e fracturado

fundamentalmente pela xistosidade;

xistosdade oblíqua; fracturas lisas com

película ferruginosa

silte argiloso cinzentomicáceo, com fragmentos de xisto: xisto

esmagado e decomposto

xisto argilosocinzento a cinzento

escuro

grauvacóide, com filonetes de quartzo

leitoso; ocorrem passagens centimétricas

esmagadas e brecheficadas

grauvaquecinzento a cinzento

escuro

laminações de xisto argiloso cinzento

escuro; facturas sinxistosas predominantes,

oblíquas, lisas e com escasso

preenchimento; ocorrem mineralizações de

sulfuretos disseminadas no folheto xistoso

S2 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDobservações complementares

de cariz geológico-geotécnico

0,0 0,5 23

0,5 1,0 23

1,0 1,5 W5/4 23

1,5 2,0 W5/4 30

2,0 2,5 W5/4 30

2,5 3,0 W5/4 30

3,0 3,5 W5/4 18

3,5 4,0 W5/4 18

4,0 4,5 W5/4 18

4,5 5,0 W5/4 60

5,0 5,5 W5/4 100

5,5 6,0 W3 F5 92

6,0 6,5 W3 F5 80

6,5 7,0 W3 F5 67

7,0 7,5 W3 F5 67

7,5 8,0 W3 F5 100

8,0 8,5 W3 F5 40

8,5 9,0 W5/4 40

9,0 9,5 W5/4 50

9,5 10,0 W5/4 50

10,0 10,5 W5/4 50

10,5 11,0 W1 F5 100

11,0 11,5 W1 F5 60

11,5 12,0 W1 F5 60

12,0 12,5 W1 F5 95

12,5 13,0 W1 F5 100

13,0 13,5 W1 F5 100 43

13,5 14,0 W1 F4 100 29

14,0 14,5 W1 F3 92

14,5 15,0 W1 F3 100

acinzentado

zona muito alterada com presença de argila

de tons acinzentados, fragmentos de xisto e

quartzo (zona de falha?); zona com perda

significativa de amostra

xisto cinzento escuro a negro

níveis intercalados de espessura

decimétrica de tons mais claros

correspondentes a zonas ligeiramente mais

grosseiras (metassiltitos); estratificação

inclinada cerca de 40-50º em relação ao

eixo da sondagem, muito próxima,

provocando desplacamento; fracturas

coincidentes com a xistosidade; presença

de quartzo de cor branca nos ultimos 10cm

da sondagem

Profundidade

(m)

C9

actualdepósito de

coberturanão recuperado

carbónico

xisto acastanhadodecomposto a muito alterado, com

frequentes zonas argilisadas

xisto acastanhado

estratificação inclinada 20º, muito apertada,

provocando desplacamento; fracturas

coincidentes com a estratificação, de bordos

planos, lisos e frequentemente oxidados, c/

presença de minerais de tons alaranjados;

localmente observam-se fracturas pouco

extensas subparalelas ao eixo, de bordos

irregulares e rugosos

xisto / argila

Processamento dos dados

67

Figura 66 – Tabela Resumo da Classificação C10 S2

Figura 67 – Tabela Resumo da Classificação C11 S2

S2 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDobservações complementares

de cariz geológico-geotécnico

0,0 0,5 W4/5 F5 23

0,5 1,0 W4/5 F5 23

1,0 1,5 W4/5 F5 23

1,5 2,0 W4/5 F5 33

2,0 2,5 W4/5 F5 33

2,5 3,0 W4/5 F5 33

3,0 3,5 W4/5 F5 18

3,5 4,0 W4/5 F5 18

4,0 4,5 W4/5 F5 18

4,5 5,0 W4 F5 46

5,0 5,5 W4 F5 100

5,5 6,0 W4 F5 100

6,0 6,5 W4 F5 80

6,5 7,0 W4 F5 75

7,0 7,5 W4 F5 75

7,5 8,0 W4 F5 100

8,0 8,5 W4 F5 25

8,5 9,0 W4 F5 25

9,0 9,5 W4 F5 75

9,5 10,0 W4 F5 42

10,0 10,5 W4/3 F5 43

10,5 11,0 W3 F5 100 50

11,0 11,5 W3 F5 100

11,5 12,0 W3 F5 50

12,0 12,5 W3/2 F4/5 100

12,5 13,0 W3/2 F4/5 100

13,0 13,5 W3/2 F4/5 100 51

13,5 14,0 W3/2 F4/5 100 57

14,0 14,5 W3/2 F4/5 100 23

14,5 15,0 W3/2 F4/5 100 23

Profundidade

(m)

alterado a pouco alterado; apresenta

xitosidade intensa com textura sedosa no

interior dos planos de xistosidade

C10 carbónico

xisto-

grauvaqueacastanhado

muito alterado a decomposto; resulta num

solo predominantemente siltoso com

fragmentos xistosos dispersos

xisto-

grauvaquecinzento acastanhado

alterado a muito alterado; apresenta

xitosidade intensa com textura sedosa no

interior dos planos de xistosidade

xisto-

grauvaquecinzento a negro

S2 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDobservações complementares

de cariz geológico-geotécnico

0,0 0,5 W4/5 F5 23

0,5 1,0 W4/5 F5 23

1,0 1,5 W4/5 F5 23

1,5 2,0 W4/5 F5 33

2,0 2,5 W4/5 F5 33

2,5 3,0 W4/5 F5 33

3,0 3,5 W4/5 F5 18

3,5 4,0 W4/5 F5 18

4,0 4,5 W4/5 F5 18

4,5 5,0 W4/5 F5 40

5,0 5,5 W4/5 F5 100

5,5 6,0 W4/3 F5 100

6,0 6,5 W4/3 F5 86

6,5 7,0 W4/3 F5 70

7,0 7,5 W4/3 F5 70

7,5 8,0 W4/3 F5 100

8,0 8,5 W4 F5 35

8,5 9,0 W4 F5 35

9,0 9,5 W4/5 F5 50

9,5 10,0 W4/5 F5 100

10,0 10,5 W4/5 F5 50

10,5 11,0 W4/5 F5 100 43

11,0 11,5 W4/3 F5 92

11,5 12,0 W4/3 F5 66

12,0 12,5 W4/3 F5 95

12,5 13,0 W3/2 F5 100 58

13,0 13,5 W3/2 F4/5 100 24

13,5 14,0 W3/2 F4/5 100 79

14,0 14,5 W3/2 F4/5 100 30

14,5 15,0 W3/2 F4/5 100

Profundidade

(m)

C11

xisto castanho acinzentado

abundantes preenchimentos argilosos

acastanhados; com passagens argilosas

regra geral entre os 9,00 - 9,45m; por vezes

com finos veios de quartzo; fraturas a 0-10º,

25-35º, 45º e 80-90º, com vestigios de

oxidação acastanhados e finos

preenchimentos argilosos; xistosidade

regra geral a 45º

xisto cinzento escuro

por vezes com finos preenchimentos

argilosos acinzentados; com finos veios de

quartzo; fracturas a 0-10º, 30º, 45º, 65º e 80-

90º, por vezes com finos preenchimentos

argilosos; xistosidade regra geral a 45º

Processamento dos dados

68

Figura 68 – Tabela Resumo da Classificação C12 S2

Figura 69 – Tabela Resumo da Classificação C13 S2

S2 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDobservações complementares

de cariz geológico-geotécnico

0,0 0,5 W4/5 F5 21

0,5 1,0 W4/5 F5 21

1,0 1,5 W4/5 F5 21

1,5 2,0 W4/5 F5

2,0 2,5 W4/5 F5 48

2,5 3,0 W4/5 F5 48

3,0 3,5 W4/5 F5

3,5 4,0 W4/5 F5 23

4,0 4,5 W4/5 F5 23

4,5 5,0 W4/5 F5 51

5,0 5,5 W4/5 F5 83

5,5 6,0 W4/5 F5 100

6,0 6,5 W3/4 F5 50

6,5 7,0 W3/4 F5 70

7,0 7,5 W3/4 F5 70

7,5 8,0 W3/4 F4/5 100

8,0 8,5 W4/5 F5 25

8,5 9,0 W4/5 F5 25

9,0 9,5 W4/5 F5

9,5 10,0 W4/5 F5 86

10,0 10,5 W4/5 F5 20

10,5 11,0 W3/4 F4/5 100 37

11,0 11,5 W3/4 F5 82

11,5 12,0 W3/4 F5 50

12,0 12,5 W3/4 F5 94

12,5 13,0 W3/4 F4/5 100

13,0 13,5 W3/4 F5 100 39

13,5 14,0 W3/4 F3 93 33

14,0 14,5 W3/4 F4/5 84 26

14,5 15,0 W3/4 F5 100 0

Profundidade

(m)

C12HMi -

Formação de

Mira

xisto bege alaranjado

xisto cinzento

muito alterado a decomposto; com

passagens argilosas e oxidação alaranjada

nos planos de xistosidade; entre os 10,20m

e os 10,50 interceptou-se veio quartzo

esbranquiçado

xisto grafitoso cinzento

medianamente alterado; com xistosidade

muito penetrativa e com cerca de 50º ao eixo

do tarolo. Observam-se intercalações

xistentas, milimétricas a centimétricas, de

cor cinzenta-escura, com intercalações

grauvaquóides, mais claras e centimétricas

e finos veios quartzosos esbranquiçados.

Aos 14,90m interceptou-se veio quartzoso

esbranquiçado com 3cm de espessura

muito alterado a decomposto; argilificado;

com intercalações argilosas centimétricas

xisto cinzento

muito alterado a decomposto; xistosidade

muito fina; planos de xistosidade com

oxidação alaranjada

xisto cinzento

medianamente a muito alterado; oxidado;

planos de xistosidade com cerca de 50º de

inclinação em relação ao eixo do tarolo

S2 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDobservações complementares

de cariz geológico-geotécnico

0,0 0,5 W4 F4 25

0,5 1,0 W4 F4 25

1,0 1,5 W4 F4 25

1,5 2,0fragmentos

idemacastanhdo W4 F4

laivos amarelados e avermelhados;

dimensão<3cm

2,0 2,5 W4 F4 35

2,5 3,0 W4 F4 35

3,0 3,5fragmentos

idemacastanhdo W4 F4/5

laivos amarelados e avermelhados;

dimensão<3cm

3,5 4,0 W4 F4/5 21

4,0 4,5 W4 F4/5 21

4,5 5,0 W3 F5 75

5,0 5,5 W5 F4 100

5,5 6,0 W2 F4 86

6,0 6,5 W2 F4 90

6,5 7,0 W2 F4 75

7,0 7,5 W2 F4 75

7,5 8,0 W2 F4 100

8,0 8,5 W3/4 F5 50

8,5 9,0 W3/4 F5 50

9,0 9,5frag líticos nat

quartzosanegro W3 F5

dimensão<3cm; matriz argilo-siltosa

acinzentada

9,5 10,0frag litic nat

xistenta e qznegro W3 F5 80

dim variadas; fraqueza estrutural por

contacto litológico

10,0 10,5fragmentos

xistonegro W3 F5 60

veios de quartzo; fracturação e moagem

mecânica

10,5 11,0 W2 F4 100fracturas paralelas à xistosidade; 40º em

relação eixo

11,0 11,5 W3/2 F5 95fracturação generalizada em diferentes

direcções (fracturação mecânica)

11,5 12,0 W3/2 F5 65fracturas paralelas à xistosidade; 40º em

relação eixo

12,0 12,5 W2 F5/4 100fracturas paralelas à xistosidade; 30º em

relação eixo

12,5 13,0 W2 F5/4 100 idem com algumas fracturas mecânicas

13,0 13,5 W1 F4/4 100 25

13,5 14,0 W1 F4/3 100 55

14,0 14,5 W2/3 F4 100 45

14,5 15,0 W3 F4 100 0 idem com veios de quartzo

Profundidade

(m)

xisto negro

fracturas paralelas à xistosidade, 40º em

relação ao eixo da carote

C13carbónico

Formação de

Mira (Hmi)

fragmentos

xisto

grauváquicos

castanho amareladoóxidos de ferro; micáceo; o xisto possui

sericite; fracturas paralelas à xistosidade

fragmentos

xisto

grauváquicos

castanho amareladoóxidos de ferro; micáceo; o xisto possui

sericite; fracturas paralelas à xistosidade

fragmentos

xisto

grauváquicos

castanho amareladoóxidos de ferro; micáceo; o xisto possui

sericite; fracturas mecânicas

xisto sericitico esverdeado avermelhado

ferruginizado; fract paralelas à xistosidade;

55º com o eixo

ferruginizado; fract paralelas à xistosidade;

55º com o eixo; vestigios de veios

quartzosos (fragmentos soltos)

Processamento dos dados

69

Figura 70 – Tabela Resumo da Classificação C14 S2

6.2 Tabelas resumo do parâmetro, tabelas numéricas do parâmetro e

representação gráfica

Nos itens seguintes é demonstrado o processamento da informação obtida das 14

classificações de cada sondagem, parâmetro a parâmetro, com recurso à respectiva

tabela de correlação quando aplicável, incluindo a representação gráfica dos resultados.

S2 estratigrafia litologia granularidade cor W F %rec RQDobservações complementares

de cariz geológico-geotécnico

0,0 0,5 W5

0,5 1,0 W5

1,0 1,5 W4/5 F5 30

1,5 2,0 50

2,0 2,5 50

2,5 3,0 50

3,0 3,5 30

3,5 4,0 30

4,0 4,5 30

4,5 5,0 W4 F5 50

5,0 5,5 W4 F5 100

5,5 6,0 W4 F5 100

6,0 6,5 W4 F5 100

6,5 7,0 W4 F5 75

7,0 7,5 W4 F5 75

7,5 8,0 W4 F5 75

8,0 8,5 W4 F5 30

8,5 9,0 W4 F5 30

9,0 9,5 W4 F5 25

9,5 10,0 50

10,0 10,5 W3 F4/5 40

10,5 11,0 W1/2 F2/3 100 63

11,0 11,5 W1/2 F2/3 100 63

11,5 12,0 W1/2 F2/3 100 63

12,0 12,5 W1/2 F2/3 100 63

12,5 13,0 W1/2 F2/3 100 63

13,0 13,5 W1/2 F2/3 100 63

13,5 14,0 W1/2 F2/3 100 63

14,0 14,5 W1/2 F2/3 100 63

14,5 15,0 W1/2 F2/3 100 63

Profundidade

(m)

C14

xisto decomposto

xisto argiloso amarelo acastanhado intercalações argilosas

xisto argiloso castanho acinzentado

inclinação máxima 45º com eixo da

sondagem; com veios de quartzo entre 9,45 -

9,80m

xisto argiloso cinzento a negro

carbonoso; finamente laminado; com veios

de quartzo em especial na base;

xistosidade a 45º com o eixo da sondagem;

presença de intercalações negras,

carbonosas ou grafitosas com muito baixa

resistência ao deslizamento (ângulo de

atrito da ordem de 20º)

carbónico

Formação de

Mira

Processamento dos dados

70

6.2.1 Sondagem S1

6.2.1.1 Parâmetro “Estratigrafia”

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5

0,5 1,0

1,0 1,5

1,5 2,0

2,0 2,5

2,5 3,0

3,0 3,5

3,5 4,0

4,0 4,5

4,5 5,0

5,0 5,5

5,5 6,0

6,0 6,5

6,5 7,0

7,0 7,5

7,5 8,0

8,0 8,5

8,5 9,0

9,0 9,5

9,5 10,0

10,0 10,5

10,5 11,0

11,0 11,5

11,5 12,0

12,0 12,5

12,5 13,0

13,0 13,5

S1 - Estratigrafia - Tabela Resumo de Parâmetro

moderno

jurássico -

J4

aterro

actual

jurássico

superior –

Kimeridgi

ano

Grés,

margas e

arenitos

da Praia

da

Amoreira-

Porto

Novo

(J3AP)

Profundidade

(m)

recente

(at)

jurássico,

possivelm

ente

Kimeridgi

ano-

Pteroceria

no (J4)

jurrásico

superiorjurrásico

recente

(dc)

J3AP -

Grés,

margas e

arenitos

da Praia

da Moreira

e Porto

Novo

depósitos

de

vertente

(?) /

jurássico -

J3AP (?)

jurássico -

J3AP -

Grés,

margas e

arenitos

da praia

da

Amoreira

e Porto

Novo

recente

(at)

jurássico

aterro

jurássico

superior -

J3AP -

Grés,

Margas e

Arenitos

daPraia

da

Amoreira -

Porto

Novo

jurrásico

recente

(at)

jurássico

J3AP -

Grés,

Margas e

arenitos

da Praia

da

Amoreira

e Porto

Novo

recente

jurrásico

recente

(at)

jurrásico

recente

(dc)

jurrásico

Parâmetro Dados da classificação Valor para

representação gráfica

jurássico - J4 90

jurássico 80

actual; aterro 60

recente 50

moderno 40

depositos vertente?/jurássico? 20

Estratigrafia

(S1)

jurássico superior - J3AP -

Grés, margas e arenitos da

Praia da Amoreira - Porto Novo

100

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5 50 50 100 80 50 40 60 50 60 80 50 50 20 50

0,5 1,0 50 50 100 80 50 40 60 50 60 80 50 50 20 50

1,0 1,5 50 50 100 80 50 40 60 50 60 80 50 50 20 50

1,5 2,0 80 50 100 80 100 40 60 50 100 80 50 50 20 80

2,0 2,5 80 90 100 80 100 40 100 80 100 80 100 50 20 80

2,5 3,0 80 90 100 80 100 40 100 80 100 80 100 50 20 80

3,0 3,5 80 90 100 80 100 40 100 80 100 80 100 50 20 80

3,5 4,0 80 90 100 80 100 40 100 80 100 80 100 50 20 80

4,0 4,5 80 90 100 80 100 40 100 80 100 80 100 50 20 80

4,5 5,0 80 90 100 80 100 40 100 80 100 80 100 80 20 80

5,0 5,5 80 90 100 80 100 40 100 80 100 80 100 80 20 80

5,5 6,0 80 90 100 80 100 40 100 80 100 80 100 80 20 80

6,0 6,5 80 90 100 80 100 40 100 80 100 80 100 80 20 80

6,5 7,0 80 90 100 80 100 90 100 80 100 80 100 80 20 80

7,0 7,5 80 90 100 80 100 90 100 80 100 80 100 80 20 80

7,5 8,0 80 90 100 80 100 90 100 80 100 80 100 80 100 80

8,0 8,5 80 90 100 80 100 90 100 80 100 80 100 80 100 80

8,5 9,0 80 90 100 80 100 90 100 80 100 80 100 80 100 80

9,0 9,5 80 90 100 80 100 90 100 80 100 80 100 80 100 80

9,5 10,0 80 90 100 80 100 90 100 80 100 80 100 80 100 80

10,0 10,5 80 90 100 80 100 90 100 80 100 80 100 80 100 80

10,5 11,0 80 90 100 80 100 90 100 80 100 80 100 80 100 80

11,0 11,5 80 90 100 80 100 90 100 80 100 80 100 80 100 80

11,5 12,0 80 90 100 80 100 90 100 80 100 80 100 80 100 80

12,0 12,5 80 90 100 80 100 90 100 80 100 80 100 80 100 80

12,5 13,0 80 90 100 80 100 90 100 80 100 80 100 80 100 80

13,0 13,5 80 90 100 80 100 90 100 80 100 80 100 80 100 80

S1 - Estratigrafia - Tabela Numérica do Parâmetro

Profundidade

(m)

Processamento dos dados

71

Figura 71 – Variação da “estratigrafia” com a profundidade nas classificações da sondagem S1

6.2.1.2 Parâmetro “Litologia”

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5

0,5 1,0

1,0 1,5

1,5 2,0 areia silto- areia areia areia areia

2,0 2,5 calcarenit

2,5 3,0 arenito bloco de

3,0 3,5 areia areia areia areia arenito/silt areia areia

3,5 4,0

4,0 4,5

4,5 5,0 silte argila argila argila arenito

5,0 5,5

5,5 6,0

6,0 6,5 areia areia areia areia areia areia areia areia areia

6,5 7,0

7,0 7,5

7,5 8,0 areia areia areia areia areia areia

8,0 8,5

8,5 9,0

9,0 9,5 argila argila argila argila

9,5 10,0

10,0 10,5

10,5 11,0 solo

11,0 11,5

11,5 12,0 marga

12,0 12,5 argila

12,5 13,0

13,0 13,5

arenito

siltosomargaargila

margosaargilito

argila

argilito

arenoso

silte areno

margoso

argila

argila/argil

ito

arenito /

siltitomarga

arenitoarenito

argilaarenito arenito

arenito

arenito

argila

marga

argilosa argila argila

arenito arenitocalcarenit

oarenito calcarenit

o

arenito

siltito

margosoarenito

argila

margosamarga

arenito arenito

argilito argila

margosa

argilaargila

argila

siltosa

argila

margosa

marga

argilosa argila

areia

argilosa

argila

arenosa

areia

argilosa

calcarenit

o

argilito

siltosoareia

areia

argilosa

margaargila

margosa

arenito arenito areia areia

siltosa

areiaareia

arenito

areia

areia

siltosaareia

areia

marga

argilosa

argila

siltosa

argila

margosaargilito

argila silto-

margosaareia

siltosaareia

areiaareia

argilosa

argilaargila

silte

areia

siltosa

silte

Silte

areia areia areia

siltosa

arenito arenitoareia

siltosa

argila

margosa

arenito

silto-

areia areiaarenito

siltosoareia

areia

siltosa

S1 - Litologia - Tabela Resumo de Parâmetro

Profundidade

(m)

silte

arenososilte

arenoso

areia

siltosa

areia

siltosa

areia

siltosa areiaareia

areia

siltosa

areiaareia

arenitogrés

blocos de

arenitoarenito arenito

solo

arenizado

Processamento dos dados

72

Figura 72 – Variação da “litologia” com a profundidade nas classificações da sondagem S1

Parâmetro Dados da classificação Valor para

representação gráfica

calcarenito; arenito; arenito

siltoso; grés100

marga; marga argilosa 80

argilito; argilito siltoso; argilito

arenoso70

siltito margoso; silte areno-

margoso60

argila; argila siltosa; argila

margosa; argila silto-margosa40

areia argilosa; argila arenosa 30

areia; solo arenizado; areia

siltosa; areia silto argilosa20

silte; silte arenoso 10

bloco de arenito; bloco de

calcário0

Litologia

(S1)

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5 10 10 20 20 20 20 20 20 10 10 20 20 20 20

0,5 1,0 10 10 20 20 20 20 20 20 10 10 20 20 20 20

1,0 1,5 10 10 20 20 20 20 20 20 10 10 20 20 20 20

1,5 2,0 20 10 20 20 20 20 20 20 20 10 20 20 20 20

2,0 2,5 20 100 100 20 100 0 100 100 20 10 20 20 100 100

2,5 3,0 20 100 20 20 100 0 100 100 20 100 20 0 100 100

3,0 3,5 70 100 20 20 20 20 20 20 20 100 20 30 20 20

3,5 4,0 70 80 40 20 40 20 70 40 40 40 10 30 40 100

4,0 4,5 70 80 40 20 40 20 70 40 40 40 10 30 40 100

4,5 5,0 70 80 40 20 10 20 40 40 40 40 10 40 40 100

5,0 5,5 70 100 20 20 20 20 20 40 20 20 10 20 20 100

5,5 6,0 70 100 20 20 20 20 20 40 20 20 20 20 20 100

6,0 6,5 100 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20

6,5 7,0 100 100 20 20 20 20 20 20 20 20 30 30 30 100

7,0 7,5 100 100 20 20 20 20 20 20 20 30 30 30 30 100

7,5 8,0 100 20 20 20 20 20 20 20 20 30 30 30 20 20

8,0 8,5 40 80 40 40 80 40 70 40 40 40 40 40 80 40

8,5 9,0 40 80 40 40 80 40 70 40 40 40 40 40 80 40

9,0 9,5 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 40 80 40

9,5 10,0 100 100 100 100 100 100 100 100 40 100 100 100 100 100

10,0 10,5 100 100 100 100 100 100 100 100 40 100 100 100 100 100

10,5 11,0 100 100 100 100 100 100 100 100 20 100 100 100 100 100

11,0 11,5 60 100 40 80 100 70 100 60 40 70 100 100 80 100

11,5 12,0 60 100 40 80 80 70 100 60 40 70 100 80 80 100

12,0 12,5 60 100 40 80 40 70 70 60 40 70 100 80 80 100

12,5 13,0 60 100 40 80 40 70 70 60 40 70 100 80 80 100

13,0 13,5 60 100 40 80 40 70 70 60 40 70 100 80 80 100

S1 - Litologia - Tabela Numérica do Parâmetro

Profundidade

(m)

Processamento dos dados

73

6.2.1.3 Parâmetro “Granularidade”

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5

0,5 1,0

1,0 1,5

1,5 2,0 fina fina fina

2,0 2,5 fina

2,5 3,0 fina

3,0 3,5 fina fina fina fina fina fina

3,5 4,0

4,0 4,5

4,5 5,0 fina

5,0 5,5

5,5 6,0

6,0 6,5 media méd a gr méd a fina méd a fina méd a fina grossa fina médfina a

médiamédia

6,5 7,0

7,0 7,5

7,5 8,0 méd a gr méd a gr fina a méd grossa fina a méd média

8,0 8,5

8,5 9,0

9,0 9,5

9,5 10,0

10,0 10,5

10,5 11,0 grossa

11,0 11,5

11,5 12,0

12,0 12,5

12,5 13,0

13,0 13,5

Profundidade

(m)

média

fina

média a

fina

fina

fina

médiamédia

média

média

média

fina

média

fina

S1 - Granularidade - Tabela Resumo do Parâmetro

média a

fina

média

fina

fina

média

média a

fina

fina

fina a

média

fina

fina

média

fina a

média

média a

fina

média a

fina

fina

fina

fina a

média

fina

fina a

média

fina

fina a

média

fina

fina a

média

finafina

fina

fina a

média

média a

grossa

fina a

média

fina a

média

fina a

grossa

média a

grossa

fina

fina

fina

média

fina

fina a

média

fina

fina a

média

Parâmetro Dados da classificação Valor para

representação gráfica

muito grossa 100

grossa 85

média a grossa; grossa a média 70

média 55

fina a média; média a fina 40

fina 25

muito f ina 10

outro 0

Granularidade

(S1 e S2)

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5 25 25 40 25 25 25 25 25

0,5 1,0 25 25 40 25 25 25 25 25

1,0 1,5 25 25 40 25 25 25 25 25

1,5 2,0 25 25 25 40 25 25 25 25 25

2,0 2,5 25 40 25 25 25 25 25 25 40

2,5 3,0 25 40 25 25 25 25 25 25 25 40

3,0 3,5 40 25 25 40 25 25 25 25 25 25

3,5 4,0 25 40 25

4,0 4,5 40 40 25

4,5 5,0 40 40 25

5,0 5,5 40 55 40 40 40 25 25 40 25 25

5,5 6,0 40 55 40 40 40 25 25 40 55 25 25

6,0 6,5 40 55 55 40 40 40 40 40 85 40 55 40 40 55

6,5 7,0 40 40 55 40 70 0 55 55 55 55 55

7,0 7,5 40 40 55 40 70 0 55 55 55 55 55

7,5 8,0 40 70 55 40 70 0 40 55 85 55 40 55

8,0 8,5

8,5 9,0

9,0 9,5

9,5 10,0 25 40 40 25 40 70 55 40 55 40 40 55

10,0 10,5 25 40 40 25 40 70 55 40 55 40 40 55

10,5 11,0 25 40 40 25 40 70 55 40 55 40 85 55

11,0 11,5 25 40 55 25 40 25

11,5 12,0 25 55 25 25

12,0 12,5 25 25 25

12,5 13,0 25 25 25

13,0 13,5 25 25 25

S1 - Granularidade - Tabela Numérica do Parâmetro

Profundidade

(m)

Processamento dos dados

74

Figura 73 – Variação da “granularidade” com a profundidade nas classificações da sondagem S1

6.2.1.4 Parâmetro “Cor”

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5

0,5 1,0

1,0 1,5

1,5 2,0 acastanhadocastanho

esverdeado

castanho

claroacastanhada amarelada

2,0 2,5tons cremes

e laivos

2,5 3,0creme

acinzentado

3,0 3,5 acastanhadocastanho

claro

castanha

com laivos

castanho

claro

creme

acinzentado

castanho

amareladoamarelada

3,5 4,0

4,0 4,5

4,5 5,0castanho

amarelado cinzento

cinzento

escuro

cinzento

escuro a

cinzento-

acastanhado

5,0 5,5

5,5 6,0

6,0 6,5 amarelado acastanhado amarelado alaranjadoamarelado e

castanho

castanho

amareladoamarelado acastanhado amarelado

6,5 7,0

7,0 7,5

7,5 8,0castanho

alaranjado

amarelo

alaranjadoacinzentado alaranjado

castanho

amareladoamarelado

8,0 8,5

8,5 9,0

9,0 9,5 cinzentoacinzentado

e cinzento

cinzento

escuro

9,5 10,0

10,0 10,5

10,5 11,0 beje rosado

11,0 11,5

11,5 12,0acinzentado

cinzento

12,0 12,5 cinzento

12,5 13,0

13,0 13,5

S1 - Cor - Tabela Resumo do Parâmetro

Profundidade

(m)

amarelada

acastanhado

amarelo

acinzentado

branco

acinzentado

esbranquiçad

o a

acinzentado

cinzento

claro a

acastanhado

castanho

amareladoamarelada

acinzentado

acinzentado

e beje

cinzento

amarelo

acastanhado

acinzentado

e amarelado

acastanhado

cinzento

acastanhadoamarelado amarelado amarelado

amarelado

cinzento

esverdeado

castanho

amarelado a

esbranquiçad

o

tons cremes

com laivos

acastanhado

s escuros

amareladocastanho

amarelado

amarelado

amarelo

esbranquiçad

o

amareladocastanha

amarelado beje e

cinzento

alaranjado e

amarelado

com laivos

acastanhado

s

castanho

alaranjado

cinzento

claro

cinzento

castanho

acastanhado

e

acinzentado

acastanhado

cinzento

escuro

cinzento com

níveis de

negro

amarelado

acastanhado

acinzentado

acinzentado

acinzentado

a

acastanhado

acinzentado

cinzento

acinzentado

amarelado e

esbranquiçad

o

creme

acastanhdocastanho

esbranquiçad

o

amarelado

castanho

amarelado

bege

acastanhado

acastanhado

cinzento a

castanho

avermelhado

acinzentado

acinzentado

cinza

esverdeado

acinzentado

cinzento

esverdeado

acinzentado

acinzentado

esverdeados

e

acinzentados

acinzentados

escuros

acastanhado

cinzento

esverdeado

acinzentado

acastanhado

bege

cinzento

escuro

cinzento

acastanhado

cinzento

acastanhado

castanho

acinzentado

cinzenta

acastanhado

cinza

alaranjado

cinzento

esverdeado

acastanhado

cinzento

escuro

acastanhado

cinzento

cinzento

cinzento

amarelado

cinzento

cinzento

alaranjado

cinzento

acastanhado

acinzentado

acinzentado

amarelado

castanho

acinzentado

acastanhado

castanho

acinzentado

castanho

alaranjado

cinzento

esverdeado

alaranjado

creme

acinzentado

acinzentado

acastanhado

acastanhado

cinzento

claro

levemente

esverdeado

Processamento dos dados

75

Figura 74 – Variação da “cor” com a profundidade nas classificações da sondagem S1

Parâmetro Dados da classificação Valor para

representação gráfica

cinzento esverdeado; castanho

esverdeado100

cinzento; acinzentado; cinzento

claro; cinzento escuro90

castanho acinzentado; cinzento

acastanhado80

castanho; acastanhdo 60

castanho amarelado; amarelo

acastanhado; amarelo

acinzentado; castanho

alaranjado; esbranquiçado

acinzentado; creme acinzentado;

castanho claro; beje; creme

40

amarelo esbranquiçado; amarelo;

amarelado; amarelo alaranjado;

alaranjado; creme acastanhado;

castanho esbranquiçado

20

sem indicação sem valor

Cor

(S1)

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5 60 40 90 60 60 90 80 60 60 40 80 40 20

0,5 1,0 60 40 90 60 60 90 80 60 60 40 80 40 20

1,0 1,5 60 40 90 60 60 90 80 60 60 40 80 40 20

1,5 2,0 60 40 90 60 60 90 100 60 40 40 60 60 40 20

2,0 2,5 60 40 40 60 40 40 80 40 40 60 60 40 20

2,5 3,0 60 40 90 60 40 40 80 40 40 60 40 20

3,0 3,5 80 40 90 60 60 90 40 40 40 40 60 80 40 20

3,5 4,0 80 90 90 60 60 90 90 80 90 90 90 80 90 90

4,0 4,5 80 90 90 40 60 90 90 80 90 90 90 80 90 90

4,5 5,0 80 90 90 40 40 90 90 80 90 90 90 90 90 80

5,0 5,5 80 40 60 40 80 90 20 80 60 90 20 20

5,5 6,0 80 40 60 40 80 90 20 80 60 20 20 20

6,0 6,5 60 20 60 40 60 20 20 20 60 60 20 20 60 20

6,5 7,0 60 20 60 40 40 40 20 20 60 60 20 40 40 20

7,0 7,5 60 20 60 40 40 40 20 20 60 60 20 40 40 20

7,5 8,0 40 20 60 40 90 40 20 20 40 60 20 40 20

8,0 8,5 90 100 100 100 80 100 100 90 80 100 90 100 90 100

8,5 9,0 90 100 100 100 80 100 100 90 80 100 90 100 90 100

9,0 9,5 90 90 100 100 80 100 90 90 90 100 90 100 90 100

9,5 10,0 60 20 40 20 40 20 20 20 80 20 20 20 20 20

10,0 10,5 60 20 40 20 40 20 20 20 80 20 20 20 20 20

10,5 11,0 60 20 40 20 40 20 40 20 40 20 20 20 20 20

11,0 11,5 90 90 90 90 40 90 40 90 80 90 80 20 90 90

11,5 12,0 90 90 90 90 90 90 40 90 80 90 80 90 90 90

12,0 12,5 90 90 90 90 90 90 90 90 90 90 80 90 90 90

12,5 13,0 90 90 90 90 90 90 90 90 90 90 80 90 90 90

13,0 13,5 90 90 90 90 90 90 90 90 90 90 80 90 90 90

S1 - Cor - Tabela Numérica do Parâmetro

Profundidade

(m)

Processamento dos dados

76

6.2.1.5 Parâmetro “Alteração”

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5

0,5 1,0

1,0 1,5

1,5 2,0

2,0 2,5 W4/3 W3 W2 W3/4

2,5 3,0 W4/3 W3 W2 W3/4

3,0 3,5

3,5 4,0 W5/4 W4

4,0 4,5 W5/4 W4

4,5 5,0

5,0 5,5 W5

5,5 6,0 W5

6,0 6,5

6,5 7,0

7,0 7,5

7,5 8,0

8,0 8,5 W5/4 W2/3

8,5 9,0 W5/4 W2/3

9,0 9,5

9,5 10,0 W3 W3 W2 W3/2

10,0 10,5 W3 W3 W2 W3/2

10,5 11,0 W3 W3 W2 W3/2 W3

11,0 11,5 W3/4 W3 W2

11,5 12,0 W3/4 W4 W2

12,0 12,5 W3/4 W2

12,5 13,0 W3/4 W2

13,0 13,5 W3/4 W2

Profundidade

(m)

S1 - Alteração - Tabela Resumo do Parâmetro

Parâmetro Dados da classificação Valor para

representação gráfica

W1 100

W2/1; W1/2 90

W2 80

W3/2; W2/3 70

W3 60

W4/3; W3/4 50

W4 40

W5/4; W4/5 30

W5 20

outro 0

Alteração

(S1 e S2)

Processamento dos dados

77

Figura 75 – Variação da “alteração” com a profundidade nas classificações da sondagem S1

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5

0,5 1,0

1,0 1,5

1,5 2,0

2,0 2,5 50 60 80 50

2,5 3,0 50 60 80 50

3,0 3,5

3,5 4,0 30 40

4,0 4,5 30 40

4,5 5,0

5,0 5,5 20

5,5 6,0 20

6,0 6,5

6,5 7,0

7,0 7,5

7,5 8,0

8,0 8,5 30 70

8,5 9,0 30 70

9,0 9,5

9,5 10,0 60 60 80 70

10,0 10,5 60 60 80 70

10,5 11,0 60 60 80 70 60

11,0 11,5 50 60 80

11,5 12,0 50 40 80

12,0 12,5 50 80

12,5 13,0 50 80

13,0 13,5 50 80

S1 - Alteração - Tabela Numérica do Parâmetro

Profundidade

(m)

Processamento dos dados

78

6.2.1.6 Parâmetro “Fracturação”

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5

0,5 1,0

1,0 1,5

1,5 2,0

2,0 2,5 F4/5 F4/3 F3/4 F3 F4

2,5 3,0 F4/5 F3/4 F3 F4 F4

3,0 3,5

3,5 4,0 F5

4,0 4,5 F5

4,5 5,0

5,0 5,5

5,5 6,0

6,0 6,5

6,5 7,0

7,0 7,5

7,5 8,0

8,0 8,5 F4/5 F3

8,5 9,0 F4/5 F3

9,0 9,5

9,5 10,0 F3 F4/3 F3 F4/3 F3/4 F3 F3 F4/3 F3 F3 F3

10,0 10,5 F4/5 F5/4 F5 F4/3 F3/4 F3 F3 F4/3 F4/5 F4/3 F5

10,5 11,0 F3 F5/4 F4/3 F4/3 F3/4 F4 F3 F4/3 F3/4 F3/4 F4/3 F4

11,0 11,5 F3 F4/3 F4 F3/4 F3 F4/3 F3

11,5 12,0 F3 F4/3 F4 F4/5 F3

12,0 12,5 F3 F4/3 F4 F3

12,5 13,0 F3 F4/3 F4 F3

13,0 13,5 F3 F4/3 F4 F3

S1 - Fracturação - Tabela Resumo do Parâmetro

Profundidade

(m)

Parâmetro Dados da classificação Valor para

representação gráfica

F1 100

F2/1; F1/2 90

F2 80

F3/2; F2/3 70

F3 60

F4/3; F3/4 50

F4 40

F5/4; F4/5 30

F5 20

outro 0

Fracturação

(S1 e S2)

Processamento dos dados

79

Figura 76 – Variação da “fracturação” com a profundidade nas classificações da sondagem S1

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5

0,5 1,0

1,0 1,5

1,5 2,0

2,0 2,5 30 50 50 60 40

2,5 3,0 30 50 60 40 40

3,0 3,5

3,5 4,0 20

4,0 4,5 20

4,5 5,0

5,0 5,5

5,5 6,0

6,0 6,5

6,5 7,0

7,0 7,5

7,5 8,0

8,0 8,5 30 60

8,5 9,0 30 60

9,0 9,5

9,5 10,0 60 50 60 50 50 60 60 50 60 60 60

10,0 10,5 30 30 20 50 50 60 60 50 30 50 20

10,5 11,0 60 30 50 50 50 40 60 50 50 50 50 40

11,0 11,5 60 50 40 50 60 50 60

11,5 12,0 60 50 40 30 60

12,0 12,5 60 50 40 60

12,5 13,0 60 50 40 60

13,0 13,5 60 50 40 60

S1 - Fracturação - Tabela Numérica do Parâmetro

Profundidade

(m)

Processamento dos dados

80

6.2.1.7 Parâmetro “Percentagem de Recuperação”

Figura 77 – Variação da “percentagem de recuperação” com a profundidade nas classificações da sondagem

S1

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14 CS CM

0,0 0,5 20 10 7 7 7 9 10 7 12 5 10 7 4 7 9

0,5 1,0 20 10 7 7 7 9 10 7 12 5 10 7 4 7 9

1,0 1,5 20 10 7 7 7 9 10 7 12 5 10 7 4 7 9

1,5 2,0 27 29 25 25 27 28 27 27

2,0 2,5 27 38 29 25 36 36 36 35 35 25 27 28 37 30 27 32

2,5 3,0 27 38 29 25 36 36 36 35 35 25 27 28 37 30 27 32

3,0 3,5 20 17 13 8 15 13 10 14

3,5 4,0 20 24 17 13 19 10 21 19 18 8 15 13 19 20 10 17

4,0 4,5 20 24 17 13 19 10 21 19 18 8 15 13 19 20 10 17

4,5 5,0 20 7 7 7 3 3 7 8

5,0 5,5 20 6 7 7 5 5 5 4 8 7 3 3 2 0 7 6

5,5 6,0 20 6 7 7 5 5 5 4 8 7 3 3 2 0 7 6

6,0 6,5 20 7 7 5 3 3 7 8

6,5 7,0 20 8 7 7 5 5 7 5 10 5 3 3 4 5 7 7

7,0 7,5 20 8 7 7 5 5 7 5 10 5 3 3 4 5 7 7

7,5 8,0 60 60 59 60 57 60 60 59

8,0 8,5 60 83 60 59 81 84 84 80 80 60 57 60 82 60 60 71

8,5 9,0 60 83 60 59 81 84 84 80 80 60 57 60 82 60 60 71

9,0 9,5 77 78 71 77 73 77 60 77 73

9,5 10,0 77 100 78 71 80 100 100 91 95 77 73 77 100 100 77 87

10,0 10,5 77 100 78 71 100 100 100 100 95 77 73 77 100 100 77 89

10,5 11,0 100 100 100 95 100 99 100 93 95 100 100 100 100 100 100 99

11,0 11,5 100 100 100 95 100 89 100 93 95 100 100 100 100 100 100 98

11,5 12,0 100 100 100 95 100 89 100 93 95 100 100 100 100 100 100 98

12,0 12,5 97 100 100 96 100 100 100 94 100 95 97 95 100 100 97 98

12,5 13,0 97 100 100 96 100 100 100 94 100 95 97 95 100 100 97 98

13,0 13,5 97 100 100 96 100 100 100 94 100 95 97 95 100 97 97 98

Profundidade

(m)

S1 - Percentagem de recuperação - Tabela Resumo / Numérica do Parâmetro

Processamento dos dados

81

6.2.1.8 Parâmetro “RQD”

Figura 78 – Variação do “índice RQD” com a profundidade nas classificações da sondagem S1

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14 CM

0,0 0,5

0,5 1,0

1,0 1,5

1,5 2,0 19 20 20

2,0 2,5 18 19 16 25 16 20 16 19

2,5 3,0 18 19 16 25 16 20 16 19

3,0 3,5

3,5 4,0

4,0 4,5

4,5 5,0

5,0 5,5

5,5 6,0

6,0 6,5

6,5 7,0

7,0 7,5

7,5 8,0

8,0 8,5 43 26 35

8,5 9,0 43 26 35

9,0 9,5 45 33 53 46 44

9,5 10,0 42 81 45 58 80 82 73 73 33 53 46 100 64 64

10,0 10,5 42 44 45 58 44 44 40 44 33 53 46 44 64 46

10,5 11,0 87 71 45 64 41 54 45 37 87 40 88 64 60

11,0 11,5 87 71 45 64 41 45 37 87 40 57

11,5 12,0 87 71 45 64 49 45 37 87 40 58

12,0 12,5 71 43 39 38 71 52

12,5 13,0 71 43 39 38 71 52

13,0 13,5 43 39 38 71 48

Profundidade

(m)

S1 - RQD - Tabela Resumo / Numérica do Parâmetro

Processamento dos dados

82

6.2.1.9 Parâmetro “Observações complementares de cariz geológico-geotécnico”

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5

0,5 1,0

1,0 1,5

1,5 2,0

litoclastica;

fragmentos

liticos e

cerâmicos

<2cm

nódulos argilo-

siltosos cinz e

frag líticos

dim<2cm

blocos de

arenito

carbonatado

2,0 2,5

Fr a 80º pouco

onduladas,

rugosas,

preen argiloso

2,5 3,0

estrat por finos

leitos negros

(mat carb) incl

5- 10º

aterro

3,0 3,5 solta

micácea;

ligeiram.

consolidada;

nódulos

siltosos

micácea

nódulos argilo-

siltosos cinz e

frag líticos

dim<3cm

ligeiram

micáceo c/

zonas menos

consolidadas

micácea

3,5 4,0

4,0 4,5

4,5 5,0 muito plásticaalguma

plastic idade

fragmentos de

carvão

5,0 5,5

5,5 6,0

6,0 6,5alguma

componente

siltosa

depósito de

praia / aterro ?

litoclástica;

nódulos

argilosos

cinzentos

nódulos

argilosos cinz

<1cm; alguma

plastic idade

quartzosa

6,5 7,0

7,0 7,5

7,5 8,0arenito

decomposto

matriz

argilosa, baixa

plastic idade

litoclástica;

componente

siltosa

laivos

castanhos

micácea; finas

passagens

argilosas

8,0 8,5

8,5 9,0

9,0 9,5

comp

arenosa;

plástica; mat

vegetal incarb

base

nódulos silto-

arenosos;

veios

avermelhados

plástica

9,5 10,0

10,0 10,5

10,5 11,0

micas,

nódulos

negros e

carbonatos

11,0 11,5

11,5 12,0

Fr 0º e 20º,

onduladas,

rugosas, sem

preenchim

12,0 12,5componente

arenosa fina

12,5 13,0

13,0 13,5

freável

zonas mais

alaranjadas

resultantes de

fenómenos de

oxidação;

ocorrências

carbonatadas

(fósséis?)

micácea;

componente

margosa;

presença de

elementos

estranhos

(restos de

cerâmica)

plástica;

concreções

carbonatadas

esbranquiçad

as; com laivos

esverdeados

e

alaranjados/a

vermelhados

laivos

acatanhdos e

amarelados;

duronódulos

carbonatados

fragmentos

areniticos;

restos de

cerâmica

componente

arenosa

micácea;

concreções

carbonatadasmargosa?

passagem de

arenito

compacto 2.6

a 3.0

cascalho

dissiminado e

raizes fragmentos de

cerâmicas

dispersos

(aterro?)

laivos

avermelhados

; argilito muito

descomprimid

o

grãos de

cascalho fino

micáceo;

impregnações

carbonatadas

micas, rijo,

com alguma

componente

arenosa fina a

média

intercalações

de grão

grosseiro;

laminações

micáceas com

inclinações de

20º com o eixo

da sondagem

plástica dura

laivos

acinzentados;

por vezes com

passagens um

pouco

arenosas;

com vestigios

de

carsificação e

oxidação de

cor

acastanhada

passagens

arroxeadas

laivos

avermelhados

cimento

carbonatado;

fracturas a 60º

bordos

irregulares

rugosos

cimento

carbonatado;

veios matéria

vegetal

incarbonizada

evidência de

circulação de

água; fr a 80°,

muito

oxidadas, por

vezes com

óxidos negros,

ligeiramente

onduladas,

rugosas

compacto;

c imento

carbonatado,

passagens

mais

grosseiras

fracturas com

ângulos entre

20º e 45º com

o eixo da

sondagem,

onduladas,

rugosas, sem

preenchiment

o

cimento

carbonatado;

fragmentos

liticos (<1cm);

micáceo;

ferruginoso;

nucleos

argilosos na

base

ligeiramente

compacto a

friável; matéria

orgânica

incarbonizada

;

intercalações

arenosas;

fracturas a 30º

com bordos

irregulares

cimento argilo-

margoso;

micáceo;

fracturas sub-

horizontais a

oblíquas e por

vezes com

evidências de

oxidação

muito rija, com

fracturas

incipientes

inclinadas 45°

em relação ao

eixo da

sondagem

(marga?)

ligeiramente

areniticamicáceo

micáceo;

restos de

matéria

vegetal

incarbonizada

negra

cimento

carbonatado;

fracturas com

escasso

preenchiment

o e

subhorizontais

micáceo;

c imento

carbonatado;

evidência de

circulação de

água; grão

mais fino na

base

cimento

carbonatado;

passagens de

areia grossa;

fracturas

subhorizontais

e raras

obliquas;

evidências de

dissolução e

oxidação

rijo, com forte

componente

arenosa

grosseira

ligeiramente

micáceo, com

zonas

ligeiramente

margosas;

fracturas,

quando

identificáveis,

inclinadas

cerca de 30º,

bordos

ligeiramente

irregulares e

rugosos

arenito fino /

siltito;

micáceo

micácea; algo

friável

fragmentos

líticos

dimensão

<5cm, de

natureza

carbonatada,

amarelados

arenito friável

resultando em

areia média

argilosa com

passagens

silto- argilosas

acizentadas

laivos

castanhos

escuros

fracturas a 60º

com vestigios

de percolação

de água

fragmentos de

conchas

dispersos e

finos

preenchiment

os argilosos

cor alaranjado

devido à

oxidação;

micáceo

laivos amarel e

acastanh

(duro), até

9,59 m; A

partir de 9,59

m: solo

completament

e arenizado,

de tons

bege/rosado,

com micas,

nódulos

negros e

carbonatos

fractura (?)

inclinada

cerca de 70º

em relação ao

eixo da

sondagem, de

bordos

irregulares e

rugosos

carbonatado;

com

abundantes

bioclastos;

entre 10.90 e

11.20

apresenta

núcleos

argilosos

dispersos na

matriz arenosa

fossilifero

ligeiramente

alaranjado;

zona com

perda

significativa

de amostra

fragmentos

areniticos

fragmentos

areniticos

subangulosos

micáceo

laivos silto-

argilosos

acinzentados

desagregadoalgo micáceo;

c imento

margoso

matriz

parcialmente

cimentada,

desagregável

arcósia; grés

muito

descomprimid

o e friável

semi-

consolidada;

litoclástica;

facilmente

freável; com

fragmentos

calcários

<5cm

algo argilosa;

levemente

micácea; com

oxidação

siltito friável;

com

passagens

finas arenosas

passagem a

areia média

castanha

passagens

argilosas

micáceo;

c imento

margoso

calhaus

dispersos

solta;

litoclástica;

com

fragmentos

areniticos e

elementos

quartzosos

(d<2cm)

fragm líticos

dim<5cm,

completament

e arenizados,

com nódulos

negros,

algumas

micas e

carbonatos

ligeiramente

alaranjado;

zona com

perda

significativa

de amostra

desagregado;

ligeiramente

arenoso e

margoso

fragmentos de

cerâmica e

argila margosa

(aterro?)

aterro

micáceo;

componente

arenosa;

elevado teor

de água

(plástica)

transição para

marga

gresosa aos

4.30m

rijo; finamente

estratificado;

reage

fortemente ao

HCL (contem

componente

carbonatada)

levemente

micácea; rara

matéria

vegetal

incarbonizada

presença de

micas; não

plástico

ligeiramente

silto- arenosa;

zona com

perda

significativa

de amostra

cascalho de

dimensão

variada e

fragmentos de

alvenaria

(tijolo):

material de

aterro

ligeiramente

arenoso

aterro

essencialment

e arenoso fino

com

pequenos

fragmentos de

tijolo

aterro; com

pequenos

fragmentos de

cerâmicapassagens

argilosas

raizes

(aterro?)

cimento

carbonatado;

micáceo; finas

passagens

margosas

cinzentas

escuras

(blocos/dep

vertente?)

passando a

arenito fino

siltoso

micáceo, com

orientação

(laminação)

das micas

com 20 a 25º

com o eixo da

sondagem

S1 - Observações complementares de cariz geológico-geotécnico - Tabela Resumo do Parâmetro

Profundidade

(m)

micácea;

compacta

entre 2,6 e

3,0m

aterro; por

vezes argilosa

micáceo;

c imento

margoso;

níveis de

matéria

vegetal

incarbonizada

estrutura

estratificada e

matérias

carbonosas

micáceo,

aterro

pedregoso ?

micáceo;

c imento

carbonatado;

bandado

negro

finamente

estratificado

(horizontal)

margoso;

estratificação

fina; matéria

vegetal

incarbonizada

anegrada;

fortemente

micáceo

compacto,

micáceo,

laivos negros;

presença de

carbonatos

(efervescênci

a com HCl)

micáceo;

laivos

acinzentados

Processamento dos dados

83

Figura 79 – Variação das “observações complementares” com a profundidade nas classificações da sondagem

S1

Parâmetro Dados da classificação Valor para

representação gráfica

mais que 2 aspectos 100

características das fracturas 80

resistência; consistência 70

natureza do cimento 60

componente ou passagem

(micacea, argilosa, arenosa,

siltosa, margosa, etc)

50

materiais de aterro 30

nódulos; concreções;

impregnações; granularidade;

fossilifero

20

cores; estratif icação 10

Observações

complementares de cariz

geológico-geotécnico

(S1)

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5 30 50 30 30 70 100 30 50 30 30 50 30

0,5 1,0 30 50 30 30 70 100 30 50 30 30 50 30

1,0 1,5 30 50 30 30 70 100 30 50 30 30 50 30

1,5 2,0 50 30 50 30 70 100 20 50 20 30 50

2,0 2,5 50 100 80 50 10 30 100 100 100 50 50 30 100 50

2,5 3,0 50 100 50 10 30 100 100 100 10 50 30 100 50

3,0 3,5 70 100 50 70 30 100 50 20 70 50 30 50

3,5 4,0 70 50 50 50 30 100 50 50 70 70 30 50

4,0 4,5 70 50 50 50 30 100 50 50 70 70 30 50

4,5 5,0 70 50 50 30 70 50 70 70 70 20 50

5,0 5,5 70 60 50 20 30 100 50 100 70 70 20 50 50

5,5 6,0 70 60 50 20 30 100 50 100 70 50 20 50 50

6,0 6,5 70 50 50 30 20 20 70 50 50

6,5 7,0 70 60 50 70 70 100 50 100 70 70 10 20

7,0 7,5 70 60 50 70 70 100 50 100 70 70 10 20

7,5 8,0 70 70 50 70 70 50 50 10 70 70 10 50

8,0 8,5 20 50 50 70 10 100 10 70 70 100 50 10

8,5 9,0 20 50 50 70 10 100 10 70 70 100 50 10

9,0 9,5 20 50 50 70 100 100 70 70 70 100 50 10

9,5 10,0 60 60 80 100 80 60 100 100 100 80 100 20 50 20

10,0 10,5 60 60 80 100 80 60 100 100 100 80 100 20 50 20

10,5 11,0 60 60 80 100 80 60 100 100 100 80 100 20 50 20

11,0 11,5 100 100 100 50 80 50 100 50 100 100 50 20 50

11,5 12,0 100 100 100 50 80 50 100 50 100 100 50 80 50

12,0 12,5 100 100 100 50 80 50 50 50 50 100 50 80 50

12,5 13,0 100 100 100 50 20 50 50 50 100 100 50 80 50

13,0 13,5 100 100 100 50 20 50 50 50 100 100 50 80 50

S1 - Observações complementares de cariz geológico-geotécnico - Tabela Numérica do Parâmetro

Profundidade

(m)

Processamento dos dados

84

6.2.2 Sondagem S2

6.2.2.1 Parâmetro “Estratigrafia”

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5 actual

0,5 1,0

1,0 1,5

1,5 2,0

2,0 2,5

2,5 3,0

3,0 3,5

3,5 4,0

4,0 4,5

4,5 5,0

5,0 5,5

5,5 6,0

6,0 6,5

6,5 7,0

7,0 7,5

7,5 8,0

8,0 8,5

8,5 9,0

9,0 9,5

9,5 10,0

10,0 10,5

10,5 11,0

11,0 11,5

11,5 12,0

12,0 12,5

12,5 13,0

13,0 13,5

13,5 14,0

14,0 14,5

14,5 15,0

Profundidade

(m)

S2 - Estratigrafia - Tabela Resumo do Parâmetro

depósito

cobertura

carbónico

recente

(dc)

HMi -

Formação

de Mira

(Grupo do

Flysch do

Baixo

Alentejo)

carbónico -

Formação

de Mira

(HMi)

carbónico

HMI -

Formação

de Mira

(Grupo do

Flysch do

Baixo

Alentejo)

HMi -

Formação

de Mira

carbónico

Formação

de Mira

(Hmi)

carbónico

Formação

de Mira

carbónico carbónico carbónico

inferior

moderno

carbónico -

HMI

actual

carbónico

carbónico

Parâmetro Dados da classificaçãoValor para

representação gráfica

carbónico inferior 90

carbónico 80

actual 60

recente 50

moderno 40

depósitos de cobertura 20

Estratigrafia

(S2)

HMi - Formação de Mira (Grupo

do Flysch do Baixo Alentejo)100

Processamento dos dados

85

Figura 80 – Variação da “estratigrafia” com a profundidade nas classificações da sondagem S2

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5 20 50 100 80 80 80 60 40 60 100 100 100 100

0,5 1,0 20 50 100 80 80 80 90 40 60 100 100 100 100

1,0 1,5 20 50 100 80 80 80 90 40 80 100 100 100 100

1,5 2,0 80 100 100 80 80 80 90 40 80 100 100 100 100

2,0 2,5 80 100 100 80 80 80 90 40 80 100 100 100 100

2,5 3,0 80 100 100 80 80 80 90 40 80 100 100 100 100

3,0 3,5 80 100 100 80 80 80 90 40 80 100 100 100 100

3,5 4,0 80 100 100 80 80 80 90 40 80 100 100 100 100

4,0 4,5 80 100 100 80 80 80 90 40 80 100 100 100 100

4,5 5,0 80 100 100 80 80 80 90 100 80 100 100 100 100

5,0 5,5 80 100 100 80 80 80 90 100 80 100 100 100 100

5,5 6,0 80 100 100 80 80 80 90 100 80 100 100 100 100

6,0 6,5 80 100 100 80 80 80 90 100 80 100 100 100 100

6,5 7,0 80 100 100 80 80 80 90 100 80 100 100 100 100

7,0 7,5 80 100 100 80 80 80 90 100 80 100 100 100 100

7,5 8,0 80 100 100 80 80 80 90 100 80 100 100 100 100

8,0 8,5 80 100 100 80 80 80 90 100 80 100 100 100 100

8,5 9,0 80 100 100 80 80 80 90 100 80 100 100 100 100

9,0 9,5 80 100 100 80 80 80 90 100 80 100 100 100 100

9,5 10,0 80 100 100 80 80 80 90 100 80 100 100 100 100

10,0 10,5 80 100 100 80 80 80 90 100 80 100 100 100 100

10,5 11,0 80 100 100 80 80 80 90 100 80 100 100 100 100

11,0 11,5 80 100 100 80 80 80 90 100 80 100 100 100 100

11,5 12,0 80 100 100 80 80 80 90 100 80 100 100 100 100

12,0 12,5 80 100 100 80 80 80 90 100 80 100 100 100 100

12,5 13,0 80 100 100 80 80 80 90 100 80 100 100 100 100

13,0 13,5 80 100 100 80 80 80 90 100 80 100 100 100 100

13,5 14,0 80 100 100 80 80 80 90 100 80 100 100 100 100

14,0 14,5 80 100 100 80 80 80 90 100 80 100 100 100 100

14,5 15,0 80 100 100 80 80 80 90 100 80 100 100 100 100

Profundidade

(m)

S2 - Estratigrafia - Tabela Numérica do Parâmetro

Processamento dos dados

86

6.2.2.2 Parâmetro “Litologia”

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5coluvião

fragmen xisto

0,5 1,0

1,0 1,5

1,5 2,0 silte argilosofrag xisto

grauváquicos

fragmentos

idem

2,0 2,5

2,5 3,0

3,0 3,5 xistofrag xisto

grauváquicos

fragmentos

idem

3,5 4,0

4,0 4,5

4,5 5,0fragmentos

xistentosxisto argiloso

5,0 5,5frag

grauváquicosxisto argiloso

5,5 6,0

6,0 6,5

6,5 7,0

7,0 7,5

7,5 8,0

8,0 8,5

8,5 9,0

9,0 9,5frag

quartzosos

frag líticos

nat quartzosa

9,5 10,0 xisto argilosofrag litic nat

xistenta e qz

10,0 10,5 xisto argilosofragmentos

xisto

10,5 11,0

11,0 11,5

11,5 12,0

12,0 12,5

12,5 13,0

13,0 13,5

13,5 14,0

14,0 14,5

14,5 15,0

xisto

xisto

xisto

xisto argiloso

xisto

xisto

xisto

xisto argiloso

xisto

grafitoso

fragmentos

xistentos

fragmentos

xistentos

xisto argiloso

xisto argiloso

xisto argiloso

S2 - Litologia - Tabela Resumo do Parâmetro

Profundidade

(m)

silte argilosocalhaus de

xisto

depósito/aterr

o cascalho

de xisto

depósito

cobertura

xisto

xisto

xisto

xisto

xisto

fragmentos

grauváquicos

fragmentos

grauváquicos

fragmentos

grauváquicos

xisto

xisto

xisto

xisto

xisto

grauvacóide

xisto argiloso

silte argiloso

xisto argiloso

grauvaque

xisto

fragmentos /

argila

xisto

xisto-

grauvaque

xisto-

grauvaque

xisto-

grauvaque

xisto

xisto argiloso

xisto argiloso

xisto argiloso

xisto

xisto

xisto

xisto

xisto

xisto

xisto

xisto

xisto

xisto

grafitoso

xisto

fragmentos

xisto-

grauváquicos

fragmentos

xisto-

grauváquicos

fragmentos

xisto-

grauváquicos

xisto

sericitico

xistoxisto

Parâmetro Dados da classificaçãoValor para

representação gráfica

grauvaque 100

xisto grauvaque 90

xisto 80

xisto argiloso; xisto grafitoso;

xisto sericitico70

fragmentos de xisto,

graváquicos, quartzosos50

silte; silte argiloso 30

depósito cobertura; aterro;

coluvião10

Litologia

(S2)

Processamento dos dados

87

Figura 81 – Variação da “litologia” com a profundidade nas classificações da sondagem S2

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5 30 50 50 80 80 80 10 10 10 90 80 80 50 80

0,5 1,0 30 50 50 80 80 80 80 10 10 90 80 80 50 80

1,0 1,5 30 50 50 80 80 80 80 10 80 90 80 80 50 70

1,5 2,0 80 30 50 80 80 80 80 10 80 90 80 80 50 70

2,0 2,5 80 80 50 80 80 80 80 10 80 90 80 80 50 70

2,5 3,0 80 80 50 80 80 80 80 10 80 90 80 80 50 70

3,0 3,5 80 80 50 80 80 70 80 10 80 90 80 80 50 70

3,5 4,0 80 80 50 80 80 70 80 10 80 90 80 80 50 70

4,0 4,5 80 80 50 80 80 70 80 10 80 90 80 80 50 70

4,5 5,0 80 80 50 80 70 70 80 70 80 90 80 80 70 70

5,0 5,5 80 80 50 80 70 70 80 70 80 90 80 80 70 70

5,5 6,0 80 80 50 80 70 70 80 70 80 90 80 80 70 70

6,0 6,5 80 80 50 80 70 70 80 70 80 90 80 80 70 70

6,5 7,0 80 80 50 80 70 70 80 70 80 90 80 80 70 70

7,0 7,5 80 80 50 80 70 70 80 70 80 90 80 80 70 70

7,5 8,0 80 80 50 80 70 70 80 70 80 90 80 80 70 70

8,0 8,5 80 80 50 80 70 70 80 70 80 90 80 80 70 70

8,5 9,0 80 80 50 80 70 70 80 30 50 90 80 80 70 70

9,0 9,5 80 80 50 80 70 70 80 30 50 90 80 80 50 70

9,5 10,0 80 80 50 80 70 70 80 70 50 90 80 80 50 70

10,0 10,5 80 80 50 80 70 70 90 70 50 90 80 80 50 70

10,5 11,0 80 80 80 80 70 70 90 70 80 90 80 70 80 70

11,0 11,5 80 80 80 80 70 70 90 70 80 90 80 70 80 70

11,5 12,0 80 80 80 80 70 70 90 70 80 90 80 70 80 70

12,0 12,5 80 80 80 80 70 70 90 100 80 90 80 70 80 70

12,5 13,0 80 80 80 80 70 70 90 100 80 90 80 70 80 70

13,0 13,5 80 80 80 80 70 70 90 100 80 90 80 70 80 70

13,5 14,0 80 80 80 80 70 70 90 100 80 90 80 70 80 70

14,0 14,5 80 80 80 80 70 70 90 100 80 90 80 70 80 70

14,5 15,0 80 80 80 80 70 70 90 100 80 90 80 70 80 70

S2 - Litologia - Tabela Numérica do Parâmetro

Profundidade

(m)

Processamento dos dados

88

6.2.2.3 Parâmetro “Granularidade”

Na sondagem S2, em nenhuma das classificações foi utlizado este parâmetro.

6.2.2.4 Parâmetro “Cor”

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5

0,5 1,0

1,0 1,5

1,5 2,0

2,0 2,5

2,5 3,0

3,0 3,5

3,5 4,0

4,0 4,5

4,5 5,0

5,0 5,5

5,5 6,0

6,0 6,5

6,5 7,0

7,0 7,5

7,5 8,0

8,0 8,5

8,5 9,0

9,0 9,5

9,5 10,0

10,0 10,5

10,5 11,0

11,0 11,5

11,5 12,0

12,0 12,5

12,5 13,0

13,0 13,5

13,5 14,0

14,0 14,5

14,5 15,0

S2 - Granularidade - Tabela Resumo do Parâmetro

Profundidade

(m)

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5 acastanhado

0,5 1,0

1,0 1,5

1,5 2,0 acastanhado acastanhdo

2,0 2,5

2,5 3,0

3,0 3,5castanho

avermelhadoacastanhado acastanhdo

3,5 4,0

4,0 4,5

4,5 5,0 negroacastanhado

acinzentado

5,0 5,5 castanhoacastanhado

acinzentado

5,5 6,0

6,0 6,5

6,5 7,0

7,0 7,5

7,5 8,0

8,0 8,5

8,5 9,0

9,0 9,5 acinzentado negro

9,5 10,0 cinzento negro

10,0 10,5cinzento

escuronegro

10,5 11,0

11,0 11,5

11,5 12,0

12,0 12,5

12,5 13,0

13,0 13,5

13,5 14,0

14,0 14,5

14,5 15,0

S2 - Cor - Tabela Resumo do Parâmetro

Profundidade

(m)

acastanhado

acastanhado

e

acinzentado

acastanhado

acinzentado

e

acastanhado

cinzento

escuronegro

castanho

avermelhado

castanho

avermelhado

castanho

avermelhado

castanho

acinzentado

acinzentado

e castanho

avermelhado

cinzento

escuro

castanho

castanho

castanho

negro

negro

cinzento

escuro

acastanhado

cinzento

escuro

acastanhado

acinzentado

castanho

alaranajdo e

acinzentado

castanho

acinzentado

cinzento

acastanhado

cinzento

escuro a

negro

cinzento

cinzento

avermelhado

acinzentado

e

acastanhado

cinzento

acastanhado

cinzento

escuro

acastanho

acinzentado

e

acastanhado

claro

acinzentado

escuro a

negro

cinzento

amarelado

acinzentado

e cinzento

escuro

cinzento

cinzento a

cinzento

escuro

cinzento a

cinzento

escuro

cinzento

cinzento

acastanhado

acastanhado

acinzentado

cinzento

escuro a

negro

acastanhado

cinzento

acastanhado

cinzento a

negro

castanho

amarelado

castanho

amarelado

castanho

amarelado

esverdeado

avermelhado

negro

amarelo

acastanhado

castanho

acinzentado

cinzento a

negro

castanho

acinzentado

cinzento

escuro

bege

alaranjado

cinzento

cinzento

Processamento dos dados

89

Figura 82 – Variação da “cor” com a profundidade nas classificações da sondagem S2

Parâmetro Dados da classificaçãoValor para

representação gráfica

cinzento escuro; negro 100

cinzento; acinzentado 90

castanho acinzentado; cinzento

acastanhado; cinzento

avermelhado; acinzentado e

castanho avermelhado

80

castanho; acastanhado 60

cinzento amarelado; bege

alaranjado; amarelo

acastanhado; castanho

amarelado

40

esverdeado avermelhado 20

sem indicação sem valor

Cor

(S2)

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5 60 80 60 60 80 90 60 40 60 80 40 40

0,5 1,0 60 80 60 60 80 90 60 40 60 80 40 40

1,0 1,5 60 80 60 60 80 90 60 40 60 60 80 40 40 40

1,5 2,0 80 60 60 80 80 60 40 60 60 80 40 60 40

2,0 2,5 80 80 60 60 80 80 60 40 60 60 80 40 40 40

2,5 3,0 80 80 60 60 80 80 60 40 60 60 80 40 40 40

3,0 3,5 80 80 60 60 80 80 60 40 60 60 80 40 60 40

3,5 4,0 80 80 60 60 80 80 60 40 60 60 80 40 40 40

4,0 4,5 80 80 60 60 80 80 60 40 60 60 80 40 40 40

4,5 5,0 60 80 100 60 80 80 60 80 60 80 80 90 20 80

5,0 5,5 60 80 60 60 80 80 60 80 60 80 80 90 20 80

5,5 6,0 60 80 100 60 80 80 80 80 60 80 80 90 20 80

6,0 6,5 60 80 100 60 80 80 80 80 60 80 80 90 20 80

6,5 7,0 60 80 100 60 80 80 80 80 60 80 80 90 20 80

7,0 7,5 60 80 100 60 80 80 80 80 60 80 80 90 20 80

7,5 8,0 60 80 100 60 80 80 80 80 60 80 80 90 20 80

8,0 8,5 60 80 100 60 100 80 80 80 60 80 80 90 20 80

8,5 9,0 80 80 100 60 100 80 80 90 90 80 80 90 20 80

9,0 9,5 80 80 90 60 100 80 80 90 90 80 80 90 100 80

9,5 10,0 80 80 100 60 100 90 80 100 90 80 100 90 100 80

10,0 10,5 80 80 100 100 100 100 100 100 90 100 100 90 100 100

10,5 11,0 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 90 100 100

11,0 11,5 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 90 100 100

11,5 12,0 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 90 100 100

12,0 12,5 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 90 100 100

12,5 13,0 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 90 100 100

13,0 13,5 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 90 100 100

13,5 14,0 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 90 100 100

14,0 14,5 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 90 100 100

14,5 15,0 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 90 100 100

S2 - Cor - Tabela Numérica do Parâmetro

Profundidade

(m)

Processamento dos dados

90

6.2.2.5 Parâmetro “Alteração”

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5 W4/5 W4/3 W3/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4 W5

0,5 1,0 W4/5 W4/3 W3/4 W4/3 W4/5 W4/5 W4/5 W4 W5

1,0 1,5 W4/5 W4/3 W3/4 W4/3 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4 W4/5

1,5 2,0 W5/4 W4/5 W4/5 W3/5 W4/3 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4

2,0 2,5 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W3/5 W4/3 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4

2,5 3,0 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W3/5 W4/3 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4

3,0 3,5 W5/4 W4/5 W5 W4/5 W4/3 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4

3,5 4,0 W5/4 W4/5 W4/5 W5 W4/5 W4/3 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4

4,0 4,5 W5/4 W4/5 W4/5 W5 W4/5 W4/3 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4

4,5 5,0 W4 W4 W3/2 W4 W3/4 W3/4 W4/3 W3 W5/4 W4 W4/5 W4/5 W3 W4

5,0 5,5 W4 W4 W3/2 W4 W4/5 W4/5 W4/3 W3 W5/4 W4 W4/5 W4/5 W5 W4

5,5 6,0 W4 W3/4 W3/2 W4 W3/4 W3/4 W3 W3 W3 W4 W4/3 W4/5 W2 W4

6,0 6,5 W4 W3/4 W3/2 W4 W3/4 W3/4 W3 W3 W3 W4 W4/3 W3/4 W2 W4

6,5 7,0 W4 W3/4 W3/2 W4 W3/4 W3/4 W3 W3 W3 W4 W4/3 W3/4 W2 W4

7,0 7,5 W4 W3/4 W3/2 W4 W3/4 W3/4 W3 W3 W3 W4 W4/3 W3/4 W2 W4

7,5 8,0 W4 W3/4 W3/2 W4 W3/4 W3/4 W3 W3 W3 W4 W4/3 W3/4 W2 W4

8,0 8,5 W4 W3/4 W3/2 W4/5 W4/5 W3/5 W3 W3 W3 W4 W4 W4/5 W3/4 W4

8,5 9,0 W5/4 W3/4 W3/2 W4/5 W4/5 W3/5 W3 W5 W5/4 W4 W4 W4/5 W3/4 W4

9,0 9,5 W5/4 W3/4 W3/2 W4/5 W3/4 W3/4 W3 W5 W5/4 W4 W4/5 W4/5 W3 W4

9,5 10,0 W5/4 W3/4 W3/2 W4/5 W3/4 W3/4 W3 W4/3 W5/4 W4 W4/5 W4/5 W3

10,0 10,5 W5/4 W3/4 W3 W4/5 W3 W3 W3 W4/3 W5/4 W4/3 W4/5 W4/5 W3 W3

10,5 11,0 W3/2 W3/4 W1 W3 W2/3 W2/3 W2/1 W4/3 W1 W3 W4/5 W3/4 W2 W1/2

11,0 11,5 W3/2 W3/4 W1 W3 W2/3 W2/3 W2/1 W4/3 W1 W3 W4/3 W3/4 W3/2 W1/2

11,5 12,0 W3/2 W3/4 W1 W3 W2/3 W2/3 W2/1 W4/3 W1 W3 W4/3 W3/4 W3/2 W1/2

12,0 12,5 W2 W3/4 W1 W2 W2/3 W2/3 W2/1 W2 W1 W3/2 W4/3 W3/4 W2 W1/2

12,5 13,0 W2 W3/4 W1 W2 W2/3 W2/3 W2/1 W2 W1 W3/2 W3/2 W3/4 W2 W1/2

13,0 13,5 W2 W3/4 W1 W2 W2/3 W2/3 W2/1 W2 W1 W3/2 W3/2 W3/4 W1 W1/2

13,5 14,0 W2 W3/4 W1 W2 W2/3 W2/3 W2/1 W2 W1 W3/2 W3/2 W3/4 W1 W1/2

14,0 14,5 W2 W3/4 W1 W2 W2/4 W2/4 W2/1 W2 W1 W3/2 W3/2 W3/4 W2/3 W1/2

14,5 15,0 W2 W3/4 W1 W2 W2/4 W2/4 W2/1 W2 W1 W3/2 W3/2 W3/4 W3 W1/2

S2 - Alteração - Tabela Resumo do Parâmetro

Profundidade

(m)

Parâmetro Dados da classificação Valor para

representação gráfica

W1 100

W2/1; W1/2 90

W2 80

W3/2; W2/3 70

W3 60

W4/3; W3/4 50

W4 40

W5/4; W4/5 30

W5 20

outro 0

Alteração

(S1 e S2)

Processamento dos dados

91

Figura 83 – Variação da “alteração” com a profundidade nas classificações da sondagem S2

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5 30 50 50 30 30 30 40 20

0,5 1,0 30 50 50 50 30 30 30 40 20

1,0 1,5 30 50 50 50 30 30 30 30 40 30

1,5 2,0 30 30 30 0 50 30 30 30 30 40

2,0 2,5 30 30 30 30 0 50 30 30 30 30 40

2,5 3,0 30 30 30 30 0 50 30 30 30 30 40

3,0 3,5 30 30 20 30 50 30 30 30 30 40

3,5 4,0 30 30 30 20 30 50 30 30 30 30 40

4,0 4,5 30 30 30 20 30 50 30 30 30 30 40

4,5 5,0 40 40 70 40 50 50 50 60 30 40 30 30 60 40

5,0 5,5 40 40 70 40 30 30 50 60 30 40 30 30 20 40

5,5 6,0 40 50 70 40 50 50 60 60 60 40 50 30 80 40

6,0 6,5 40 50 70 40 50 50 60 60 60 40 50 50 80 40

6,5 7,0 40 50 70 40 50 50 60 60 60 40 50 50 80 40

7,0 7,5 40 50 70 40 50 50 60 60 60 40 50 50 80 40

7,5 8,0 40 50 70 40 50 50 60 60 60 40 50 50 80 40

8,0 8,5 40 50 70 30 30 0 60 60 60 40 40 30 50 40

8,5 9,0 30 50 70 30 30 0 60 20 30 40 40 30 50 40

9,0 9,5 30 50 70 30 50 50 60 20 30 40 30 30 60 40

9,5 10,0 30 50 70 30 50 50 60 50 30 40 30 30 60

10,0 10,5 30 50 60 30 60 60 60 50 30 50 30 30 60 60

10,5 11,0 70 50 100 60 70 70 90 50 100 60 30 50 80 90

11,0 11,5 70 50 100 60 70 70 90 50 100 60 50 50 70 90

11,5 12,0 70 50 100 60 70 70 90 50 100 60 50 50 70 90

12,0 12,5 80 50 100 80 70 70 90 80 100 70 50 50 80 90

12,5 13,0 80 50 100 80 70 70 90 80 100 70 70 50 80 90

13,0 13,5 80 50 100 80 70 70 90 80 100 70 70 50 100 90

13,5 14,0 80 50 100 80 70 70 90 80 100 70 70 50 100 90

14,0 14,5 80 50 100 80 0 0 90 80 100 70 70 50 70 90

14,5 15,0 80 50 100 80 0 0 90 80 100 70 70 50 60 90

S2 - Alteração - Tabela Numérica do Parâmetro

Profundidade

(m)

Processamento dos dados

92

6.2.2.6 Parâmetro “Fracturação”

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F4

0,5 1,0 F5/4 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F4

1,0 1,5 F5/4 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F4 F5

1,5 2,0 F5/4 F5/4 F5/4 F5 F5 F5 F5 F4

2,0 2,5 F5 F5/4 F5/4 F5/4 F5 F5 F5 F5 F4

2,5 3,0 F5 F5/4 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F4

3,0 3,5 F5/4 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F4/5

3,5 4,0 F5 F5/4 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F4/5

4,0 4,5 F5 F5/4 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F4/5

4,5 5,0 F5/4 F5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5

5,0 5,5 F5/4 F5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F4 F5

5,5 6,0 F5/4 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F4 F5

6,0 6,5 F5/4 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F4 F5

6,5 7,0 F5/4 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F4 F5

7,0 7,5 F5/4 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F4 F5

7,5 8,0 F5/4 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F4/5 F4 F5

8,0 8,5 F5/4 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5

8,5 9,0 F5 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5

9,0 9,5 F5 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5

9,5 10,0 F5 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5

10,0 10,5 F5 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F4/5

10,5 11,0 F5 F4/5 F4/5 F5/4 F4/5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F4/5 F4 F2/3

11,0 11,5 F4/5 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F4/5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F2/3

11,5 12,0 F4/5 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F4/5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F2/3

12,0 12,5 F4/5 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F4/5 F5/4 F5 F4/5 F5 F5 F5/4 F2/3

12,5 13,0 F4 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F4/5 F5/4 F5 F4/5 F5 F4/5 F5/4 F2/3

13,0 13,5 F4 F4/5 F3/5 F4/5 F5/4 F4/5 F4/5 F5/4 F5 F4/5 F4/5 F5 F4/3 F2/3

13,5 14,0 F4 F4/5 F3/5 F4/5 F5/3 F3/5 F4/5 F5/4 F4 F4/5 F4/5 F3 F4/3 F2/3

14,0 14,5 F4 F4/5 F3/5 F4/5 F5/4 F5/4 F4/5 F5/4 F3 F4/5 F4/5 F4/5 F4 F2/3

14,5 15,0 F4 F4/5 F4/3 F4/5 F5/4 F5/4 F4/5 F5/4 F3 F4/5 F4/5 F5 F4 F2/3

S2 - Fracturação - Tabela Resumo do Parâmetro

Profundidade

(m)

Parâmetro Dados da classificação Valor para

representação gráfica

F1 100

F2/1; F1/2 90

F2 80

F3/2; F2/3 70

F3 60

F4/3; F3/4 50

F4 40

F5/4; F4/5 30

F5 20

outro 0

Fracturação

(S1 e S2)

Processamento dos dados

93

Figura 84 – Variação da “fracturação” com a profundidade nas classificações da sondagem S2

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5 30 20 20 20 20 20 40

0,5 1,0 30 20 30 20 20 20 20 40

1,0 1,5 30 20 30 20 20 20 20 40 20

1,5 2,0 30 30 30 20 20 20 20 40

2,0 2,5 20 30 30 30 20 20 20 20 40

2,5 3,0 20 30 20 30 20 20 20 20 40

3,0 3,5 30 20 30 20 20 20 20 30

3,5 4,0 20 30 20 30 20 20 20 20 30

4,0 4,5 20 30 20 30 20 20 20 20 30

4,5 5,0 30 20 20 30 20 20 20 20 20 20 20 20 20

5,0 5,5 30 20 20 30 20 20 20 20 20 20 20 40 20

5,5 6,0 30 30 20 30 20 20 20 20 20 20 20 20 40 20

6,0 6,5 30 30 20 30 20 20 20 20 20 20 20 20 40 20

6,5 7,0 30 30 20 30 20 20 20 20 20 20 20 20 40 20

7,0 7,5 30 30 20 30 20 20 20 20 20 20 20 20 40 20

7,5 8,0 30 30 20 30 20 20 20 20 20 20 20 30 40 20

8,0 8,5 30 30 20 30 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20

8,5 9,0 20 30 20 30 20 20 20 20 20 20 20 20

9,0 9,5 20 30 20 30 20 20 20 20 20 20 20 20

9,5 10,0 20 30 20 30 20 20 20 20 20 20 20 20

10,0 10,5 20 30 20 30 20 20 20 20 20 20 20 20 30

10,5 11,0 20 30 30 30 30 30 20 20 20 20 20 30 40 70

11,0 11,5 30 30 20 30 20 20 30 20 20 20 20 20 20 70

11,5 12,0 30 30 20 30 20 20 30 20 20 20 20 20 20 70

12,0 12,5 30 30 20 30 20 20 30 30 20 30 20 20 30 70

12,5 13,0 40 30 20 30 20 20 30 30 20 30 20 30 30 70

13,0 13,5 40 30 0 30 30 30 30 30 20 30 30 20 50 70

13,5 14,0 40 30 0 30 0 0 30 30 40 30 30 60 50 70

14,0 14,5 40 30 0 30 30 30 30 30 60 30 30 30 40 70

14,5 15,0 40 30 50 30 30 30 30 30 60 30 30 20 40 70

S2 - Fracturação - Tabela Numérica do Parâmetro

Profundidade

(m)

Processamento dos dados

94

6.2.2.7 Parâmetro “Percentagem de Recuperação”

Figura 85 – Variação da “percentagem de recuperação” com a profundidade nas classificações da sondagem

S2

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14 CS CM

0,0 0,5 27 20 25 25 19 27 25 23 23 23 23 21 25 27 24

0,5 1,0 27 20 25 25 19 27 25 23 23 23 23 21 25 27 24

1,0 1,5 27 20 25 25 19 27 25 23 23 23 23 21 25 30 27 24

1,5 2,0 33 35 35 35 30 33 33 50 33 36

2,0 2,5 33 50 35 35 46 53 35 48 30 33 33 48 35 50 33 40

2,5 3,0 33 50 35 35 46 53 35 48 30 33 33 48 35 50 33 40

3,0 3,5 20 21 20 20 18 18 18 30 20 21

3,5 4,0 20 24 21 20 20 29 20 43 18 18 18 23 21 30 20 23

4,0 4,5 20 24 21 20 20 29 20 43 18 18 18 23 21 30 20 23

4,5 5,0 60 38 62 44 38 64 50 49 60 46 40 51 75 50 60 52

5,0 5,5 100 50 100 87 83 100 100 100 100 100 100 83 100 100 100 93

5,5 6,0 100 100 100 100 100 100 100 100 92 100 100 100 86 100 100 98

6,0 6,5 80 100 86 70 63 70 76 70 80 80 86 50 90 100 80 79

6,5 7,0 70 75 77 75 60 76 80 70 67 75 70 70 75 75 70 73

7,0 7,5 70 75 100 75 60 76 80 70 67 75 70 70 75 75 70 74

7,5 8,0 100 100 100 100 100 100 100 97 100 100 100 100 100 75 100 98

8,0 8,5 38 50 48 19 23 45 48 25 40 25 35 25 50 30 30 36

8,5 9,0 38 50 48 19 23 45 48 25 40 25 35 25 50 30 30 36

9,0 9,5 50 60 31 67 50 75 50 25 60 51

9,5 10,0 50 85 60 31 63 84 67 100 50 42 100 86 80 50 50 68

10,0 10,5 50 33 83 42 33 50 57 64 50 43 50 20 60 40 50 48

10,5 11,0 100 100 100 100 83 100 67 100 100 100 100 100 100 100 100 96

11,0 11,5 100 100 96 60 72 100 74 90 60 100 92 82 95 100 100 87

11,5 12,0 60 40 64 50 38 66 64 60 60 50 66 50 65 100 60 60

12,0 12,5 100 100 100 100 100 100 100 99 95 100 95 94 100 100 100 99

12,5 13,0 100 100 100 100 100 100 100 99 100 100 100 100 100 100 100 100

13,0 13,5 100 100 100 100 100 100 100 96 100 100 100 100 100 100 100 100

13,5 14,0 100 100 100 100 73 100 100 96 100 100 100 93 100 100 100 97

14,0 14,5 100 100 100 100 72 100 100 100 92 100 100 84 100 100 100 96

14,5 15,0 100 100 100 100 93 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Profundidade

(m)

S2 - Percentagem de Recuperação - Tabela Resumo / Numérica do Parâmetro

Processamento dos dados

95

6.2.2.8 Parâmetro “RQD”

Figura 86 – Variação do “índice RQD” com a profundidade nas classificações da sondagem S2

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14 CM

0,0 0,5

0,5 1,0

1,0 1,5

1,5 2,0

2,0 2,5

2,5 3,0

3,0 3,5

3,5 4,0

4,0 4,5

4,5 5,0

5,0 5,5

5,5 6,0

6,0 6,5

6,5 7,0

7,0 7,5

7,5 8,0

8,0 8,5

8,5 9,0

9,0 9,5

9,5 10,0

10,0 10,5

10,5 11,0 33 33 33 37 40 50 43 37 63 41

11,0 11,5 63

11,5 12,0 63

12,0 12,5 63

12,5 13,0 58 63

13,0 13,5 17 43 26 36 33 34 14 34 43 51 24 39 25 63 34

13,5 14,0 34 45 26 43 31 31 29 34 29 57 79 33 55 63 42

14,0 14,5 20 30 15 20 20 20 20 15 23 30 26 45 63 27

14,5 15,0 30 15 15 23 63 29

Profundidade

(m)

S2 - RQD - Tabela Resumo / Numérica do Parâmetro

Processamento dos dados

96

6.2.2.9 Parâmetro “Observações complementares de cariz geológico-geotécnico

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5

fragmentos de

xisto envoltos

por silte argiloso

0,5 1,0

1,0 1,5

1,5 2,0

calhaus de

xisto; horizonte

de rocha

decomposta

fragmentos

rochosos (<3

cm); laivos

amarelados e

avermelhados

laivos

amarelados e

avermelhados;

dimensão<3cm

2,0 2,5

2,5 3,0

3,0 3,5 decomposto

fragmentos

rochosos (<3

cm); laivos

amarelados e

avermelhados

com laivos

amarelados e

avermelhados;

dimensão<3cm

3,5 4,0

4,0 4,5

4,5 5,0

muito

fracturados e

friáveis à mão

(<3 cm)

fracturação/xist

osidade sub HZ

e a 45º;

oxidação fr

5,0 5,5

natureza

xistenta,

luzente, negra;

laivos

laivos

alaranjados;

passagens silto-

argilosas

5,5 6,0

6,0 6,5

6,5 7,0

7,0 7,5

7,5 8,0

8,0 8,5

8,5 9,0

9,0 9,5matriz argilo

siltosa

dimensão<3cm;

matriz argilo-

siltosa

acinzentada

9,5 10,0

laivos amarel e

averm;

intercalações

grauvaque e veios

de qz; oxidação

nas fract e

superficies

xistosidade;

median a muito alt

dim variadas;

fraqueza

estrutural por

contacto

litológico

10,0 10,5

veios e f ilonetes

de quaz; em geral

median alterado

veios de

quartzo; fractur

e moagem

mecânica

10,5 11,0

fracturas

paralelas à

xistosidade; 40º

em relação eixo

11,0 11,5

fract

generalizada em

dif direcções

(fract mecânica)

11,5 12,0

fracturas

paralelas à

xistosidade; 40º

em relação eixo

12,0 12,5

fracturas

paralelas à

xistosidade; 30º

em relação eixo

12,5 13,0

idem com

algumas

fracturas

mecânicas

13,0 13,5

13,5 14,0

14,0 14,5

14,5 15,0idem com veios

de quartzo

S2 - Observações complementares de cariz geológico-geotécnico - Tabela Resumo do Parâmetro

Profundidade

(m)

fragmentos de

xisto; silicioso;

entre 14.9 e

15.0 com

presença de

quartzo

muito fracturado

e muito alterado;

preenchimento

argiloso nas

fracturas; por

vezes

passagens

decompostas;

menos alterado

para a base;

xistosidade e

fracturação a

45º com eixo da

sondagem

muito

fracturado;

f ilonentes de

quartzo;

xistosidade e

fracturação a

45º com o eixo

da sondagem

algo

grauvacoide;

com laivos

alaranjados;

micáceo;

intensamente

fracturado

algo

grauvacóide;

micáceo; muito

alterado a

decomposto;

passagens silto-

argilosas e

fracturas

subhorizontais

decomposto;

adquirindo

carácter silto-

argiloso com

fragmentos

liticos; com

laivos

alaranjados

delgados veios

irreguares de

quartzo

esbranquiçado e

com sulfuretos

(pirite);

predominância

de

xistosidade/fract

uração a 45º

com eixo da

sondagem

intercalação de

grauvaque;

tonalidades

avermelhadas e

alaranjadas devido

à oxidação;

medianamente a

muito alterado

intercalação de

grauvaque;

tonalidades

avermelhadas e

alaranjadas;

micáceo; muito

alterado a

decomposto;

adquirindo um

carácter silto-

argiloso com

fragmentos liticos

fragmentos

rochosos; laivos

amarelados e

avermelhados

fragmentos

rochosos; laivos

amarelados e

avermelhados

fragmentos

rochosos; laivos

amarelados e

avermelhados

luzentes

luzentes; entre

9.8 e 9.9 < 2cm;

entre 10.2 e

10.5 < 6cm

muito alterado e

muito fracturado

com passagens

argilosas

muito alterado e

muito fracturado

com passagens

argilosas

muito alterado e

muito

fracturado;

parte facilmente

pelos planos de

foliação

formando lascas

intensamente

fracturado e

com clivagem

intensa pelos

planos de

foliação

formando

lascas, com

passagens

argilif icadas

entre as

seguintes

profundidade:

6,00-6,07m; 7,50-

7,59m; 9,00-

9,20m.

(carbonatado),

pontualmente

injectado por

vénulas de

quartzo, com

clivagem intensa

pelos planos de

foliação

formando

lascas. As

superfícies

resultantes da

clivagem pela

foliação

apresentam-se

lisas e polidas.

fragmentos de

xisto e restos de

raizes no topo

(depósito de

cobertura)

decomposto a

muito alterado

recuperado

como argila

siltosa;

muito alterado;

xistosidade a

inclinar cerca de

40º com o eixo;

fracturas

quando

identif icaveis a

inclinar cerca de

40º com o eixo;

de bordos lisos

a ligeiramente

irregulares,

oxidados e com

preenchimento

argiloso

decomposto a

muito alterado;

recuperado

como argila

siltosa;

fragmentos de

xisto e quartzo

dispersos (zona

de falha?)

xistosidade a

inclinar cerca de

40º com o eixo

da sondagem;

fracturas

quando

identif icáveis a

inclinar cerca de

40º em relação

ao eixo da

sondagem, de

bordos lisos e

planos com

ligeira patine

argilosa;

presença de

pequenas

massas e

f ilonetes de

quartzo

dispersos.

delgadas

intercalações de

grauvaque;

evidências de

oxidação nas

fracturas e

superfícies de

xistosidade;

medianamente a

muito alterado;

com passagens

decompostas silto-

argilosas; laivos

alaranjados;

fracturação/xistosi

dade

subhorizontal e a

45º

delgadas

intercalações de

grauvaque;

evidências de

oxidação nas

fracturas e

superfícies de

xistosidade;

medianamente a

muito alterado;

com passagens

decompostas;

fracturação/xistosi

dade a 45º e raras

fracturas

subverticais

intercalações de

grauvaque e

presença de pirite;

pouco a

medianamente

alterado; fracturas

subhorizontais e

obliquas em

relação ao eixo da

sondagem

interecalação de

grauvaque; veios

de quartzo; pouco

a median alterado;

passagens muito

alteradas

laivos rosados;

muito

fracturado;

intercalações

decimétricas de

xisto

decomposto,

recuperado

como argila de

tons

acastanhados

claros;

xistosidade com

inclinação de

50º em relação

ao eixo,

coincidente com

a maioria das

fracturas;

fracturas muito

oxidadas

pontualmente

com

preenchimento

argiloso

medianamente

alterado;

xistosidade a

50º coincidente

com a maioria

das fracturas;

fracturas muito

oxidadas com

preenchimento

argiloso;

passagem de

quartzo entre

9.0 e 9.8m; f im

da zona de

alteração

superficial (zona

oxidada)

superficies de

xistosidade lisas

e pouco

onduladas com

inclinação de

60º em relação

ao eixo da

sondagem;

fracturas

subverticais

ligeiramente

onduladas, lisas;

nos últimos 0,3m

com presença

de argila de

falha (?)

cascalho de

xisto envolto

numa matriz sito-

argilosa

grauvacóide,

muito alterado e

fracturado

fundamentalmen

te pela

xistosidade;

xistosdade

oblíqua;

fracturas lisas

com película

ferruginosa

micáceo, com

fragmentos de

xisto: xisto

esmagado e

decomposto

grauvacóide,

com filonetes de

quartzo leitoso;

ocorrem

passagens

centimétricas

esmagadas e

brecheficadas

laminações de

xisto argiloso

cinzento escuro;

facturas

sinxistosas

predominantes,

oblíquas, lisas e

com escasso

preenchimento;

ocorrem

mineralizações

de sulfuretos

disseminadas no

folheto xistoso

não recuperado

decomposto a

muito alterado,

com frequentes

zonas

argilisadas

estratif icação

inclinada 20º,

muito apertada,

provocando

desplacamento;

fracturas

coincidentes

com a

estratif icação,

de bordos

planos, lisos e

frequentemente

oxidados, c/

presença de

minerais de tons

alaranjados;

localmente

observam-se

fracturas pouco

extensas

subparalelas ao

eixo, de bordos

irregulares e

rugosos

zona muito

alterada com

presença de

argila de tons

acinzentados,

fragmentos de

xisto e quartzo

(zona de

falha?); zona

com perda

signif icativa de

amostra

níveis

intercalados de

espessura

decimétrica de

tons mais claros

correspondente

s a zonas

ligeiramente

mais grosseiras

(metassiltitos);

estratif icação

inclinada cerca

de 40-50º em

relação ao eixo

da sondagem,

muito próxima,

provocando

desplacamento;

fracturas

coincidentes

com a

xistosidade;

presença de

quartzo de cor

branca nos

ultimos 10cm da

sondagem

muito alterado a

decomposto;

resulta num solo

predominanteme

nte siltoso com

fragmentos

xistosos

dispersos

alterado a muito

alterado;

apresenta

xitosidade

intensa com

textura sedosa

no interior dos

planos de

xistosidade

alterado a pouco

alterado;

apresenta

xitosidade

intensa com

textura sedosa

no interior dos

planos de

xistosidade.

abundantes

preenchimentos

argilosos

acastanhados;

com passagens

argilosas regra

geral entre os

9,00 - 9,45m;

por vezes com

finos veios de

quartzo;

fracturas a 0-

10º, 25-35º, 45º

e 80-90º, com

vestigios de

oxidação

acastanhados e

f inos

preenchimentos

argilosos;

xistosidade

regra geral a

45º

por vezes com

finos

preenchimentos

argilosos

acinzentados;

com finos veios

de quartzo;

fracturas a 0-

10º, 30º, 45º,

65º e 80-90º,

por vezes com

finos

preenchimentos

argilosos;

xistosidade

regra geral a

45º

muito alterado a

decomposto;

argilif icado; com

intercalações

argilosas

centimétricas

muito alterado a

decomposto;

xistosidade

muito f ina;

planos de

xistosidade com

oxidação

alaranjada

medianamente a

muito alterado;

oxidado; planos

de xistosidade

com cerca de

50º de

inclinação em

relação ao eixo

do tarolo

muito alterado a

decomposto;

com passagens

argilosas e

oxidação

alaranjada nos

planos de

xistosidade;

entre os 10,20m

e os 10,50

interceptou-se

veio quartzo

esbranquiçado

medianamente

alterado; com

xistosidade

muito

penetrativa e

com cerca de

50º ao eixo do

tarolo.

Observam-se

intercalações

xistentas,

milimétricas a

centimétricas,

de cor cinzenta-

escura, com

intercalações

grauvaquóides,

mais claras e

centimétricas e

f inos veios

quartzosos

esbranquiçados.

Aos 14,90m

interceptou-se

veio quartzoso

esbranquiçado

com cerca de

3cm de

espessura

fracturas

paralelas à

xistosidade, 40º

em relação ao

eixo da carote

decomposto

intercalações

argilosas

inclinação

máxima 45º com

eixo da

sondagem; com

veios de quartzo

entre 9,45 - 9,80

m

carbonoso;

f inamente

laminado; com

veios de quartzo

em especial na

base;

xistosidade a

45º com o eixo

da sondagem;

presença de

intercalações

negras,

carbonosas ou

grafitosas com

muito baixa

resistência ao

deslizamento

(ângulo de atrito

da ordem de

20º)

óxidos de ferro;

micáceo; o xisto

possui sericite;

fracturas

paralelas à

xistosidade

óxidos de ferro;

micáceo; o xisto

possui sericite;

fracturas

paralelas à

xistosidade

óxidos de ferro;

micáceo; o xisto

possui sericite;

fracturas

mecânicas

ferruginizado;

fract paralelas à

xistosidade; 55º

c/ eixo

ferruginizado;

fract paralelas à

xistosidade; 55º

c/ eixo; vestigios

de veios

quartzosos

(fragmentos

soltos)

Processamento dos dados

97

Figura 87 – Variação das “observações complementares” com a profundidade nas classificações da sondagem

S2

Parâmetro Dados da classificação Valor para

representação gráfica

mais que 2 aspectos com

ênfase na descrição das

fracturas

100

alteração, fracturação e outros

aspectos80

alteração ou fracturação 50

cores; litologia complementar;

não recuperado10

Observações

complementares de cariz

geológico-geotécnico

(S2)

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5 10 10 100 80 80 10 10 10 50 100 50 80 50

0,5 1,0 10 10 100 80 80 100 10 10 50 100 50 80 50

1,0 1,5 10 10 100 80 80 100 10 50 50 100 50 80 10

1,5 2,0 50 50 10 100 80 80 100 10 50 50 100 50 10 10

2,0 2,5 50 50 10 100 80 80 100 10 50 50 100 50 80 10

2,5 3,0 50 50 10 100 80 80 100 10 50 50 100 50 80 10

3,0 3,5 50 50 10 100 80 100 100 10 50 50 100 50 10 10

3,5 4,0 50 50 10 100 80 100 100 10 50 50 100 50 80 10

4,0 4,5 50 50 10 100 80 100 100 10 50 50 100 50 80 10

4,5 5,0 100 50 50 100 80 100 100 100 50 80 100 50 80 80

5,0 5,5 100 50 10 100 10 100 100 100 50 80 100 50 80 80

5,5 6,0 100 100 10 100 100 100 100 100 80 100 50 80 80

6,0 6,5 100 100 10 100 100 100 100 100 80 100 80 80 80

6,5 7,0 100 100 10 100 100 100 100 100 80 100 80 80 80

7,0 7,5 100 100 10 100 100 100 100 100 80 100 80 80 80

7,5 8,0 100 100 10 100 100 100 100 100 80 100 80 80 80

8,0 8,5 100 100 10 100 100 100 100 100 100 80 100 80 80 80

8,5 9,0 80 100 10 100 100 100 100 80 80 80 100 80 80 80

9,0 9,5 80 100 10 100 100 100 100 80 80 80 100 80 10 80

9,5 10,0 80 100 10 100 100 100 100 80 80 80 100 80 10 80

10,0 10,5 80 100 10 80 100 50 100 80 80 80 100 80 50 100

10,5 11,0 100 100 10 80 100 100 100 80 100 80 100 100 50 100

11,0 11,5 100 100 10 80 100 100 100 80 100 80 100 100 80 100

11,5 12,0 100 100 10 80 100 100 100 80 100 80 100 100 80 100

12,0 12,5 100 100 10 80 100 100 100 100 100 80 100 100 80 100

12,5 13,0 100 100 10 80 100 100 100 100 100 80 100 100 80 100

13,0 13,5 100 100 10 80 100 100 100 100 100 80 100 100 80 100

13,5 14,0 100 100 10 80 100 100 100 100 100 80 100 100 80 100

14,0 14,5 100 100 10 80 100 80 100 100 100 80 100 100 80 100

14,5 15,0 100 100 10 80 100 80 100 100 100 80 100 100 80 100

S2 - Observações complementares de cariz geológico-geotécnico - Tabela Resumo do Parâmetro

Profundidade

(m)

Análise e interpretação dos resultados

99

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5

0,5 1,0

1,0 1,5

1,5 2,0

2,0 2,5

2,5 3,0

3,0 3,5

3,5 4,0

4,0 4,5

4,5 5,0

5,0 5,5

5,5 6,0

6,0 6,5

6,5 7,0

7,0 7,5

7,5 8,0

8,0 8,5

8,5 9,0

9,0 9,5

9,5 10,0

10,0 10,5

10,5 11,0

11,0 11,5

11,5 12,0

12,0 12,5

12,5 13,0

13,0 13,5

S1 - Estratigrafia - Tabela Resumo de Parâmetro

moderno

jurássico -

J4

aterro

actual

jurássico

superior –

Kimeridgi

ano

Grés,

margas e

arenitos

da Praia

da

Amoreira-

Porto

Novo

(J3AP)

Profundidade

(m)

recente

(at)

jurássico,

possivelm

ente

Kimeridgi

ano-

Pteroceria

no (J4)

jurrásico

superiorjurrásico

recente

(dc)

J3AP -

Grés,

margas e

arenitos

da Praia

da Moreira

e Porto

Novo

depósitos

de

vertente

(?) /

jurássico -

J3AP (?)

jurássico -

J3AP -

Grés,

margas e

arenitos

da praia

da

Amoreira

e Porto

Novo

recente

(at)

jurássico

aterro

jurássico

superior -

J3AP -

Grés,

Margas e

Arenitos

daPraia

da

Amoreira -

Porto

Novo

jurrásico

recente

(at)

jurássico

J3AP -

Grés,

Margas e

arenitos

da Praia

da

Amoreira

e Porto

Novo

recente

jurrásico

recente

(at)

jurrásico

recente

(dc)

jurrásico

7. Análise e interpretação dos resultados

7.1 Sondagem S1

7.1.1 Parâmetro “Estratigrafia”

A análise e interpretação dos resultados deste parâmetro é apoiada pelos seguintes

elementos, já apresentados no capítulo “6. Processamento dos dados”:

Relativamente à análise dos resultados, é de considerar desde logo dois aspectos em

apreciação: o que é indicado e até que profundidade.

Nas classificações da sondagem S1 distinguem-se genericamente dois grupos de dados:

idade mais recente (valores ≤ 60) e idade jurássica (valores ≥ 80). Das 14 classificações,

11 indicam estes dois grupos de dados. As restantes 3 indicam somente “materiais de

idade jurássica” (valores ≥ 80). Cada um destes dois grupos de dados mereceu termos

diferentes nas várias classificações, tendo sido utilizados os seguintes termos:

Parâmetro Dados da classificação Valor para

representação gráfica

jurássico - J4 90

jurássico 80

actual; aterro 60

recente 50

moderno 40

depositos vertente?/jurássico? 20

Estratigrafia

(S1)

jurássico superior - J3AP -

Grés, margas e arenitos da

Praia da Amoreira - Porto Novo

100

Análise e interpretação dos resultados

100

Idade mais recente: moderno; recente; actual; aterro

Idade jurássica: jurássico; jurássico J4; jurássico J3AP Grés, margas e arenitos da

Praia da Amoreira - Porto Novo

Apesar da utilização de diferentes termos para a mesma “informação”, do ponto de vista

técnico, todos os termos utilizados em ambos os casos, classificam aquilo a que dizem

respeito (materiais de idade recente e materiais de idade jurássica), sendo portanto

representativos, embora seja de referir que a designação “aterro” não seja uma

designação verdadeiramente estratigráfica (cronostratigráfica).

Relativamente ao primeiro grupo de dados, o termo mais usado nas classificações foi o

“recente” (valor 50). No segundo grupo, os termos mais utilizados foram o “jurássico”

(valor 80) e o “jurássico J3AP Grés, margas e arenitos da Praia da Amoreira – Porto

Novo” (valor 100), tendo ambos os termos sido utilizados em 6 classificações.

Relativamente à profundidade a que foi definido cada um dos grupos de dados, existiu

maior discrepância de resultados. Em 3 classificações, não foi considerada a existência

de materiais de idade recente; em 8 classificações foi considerado que estes ocorriam até

1,5 m a 2,0 m de profundidade; nas restantes 3 classificações foi considerado que estes

ocorriam até profundidades de 4,5 m, 6,5 m e 7,5 m, respectivamente.

Em suma, verifica-se uma consistência assinalável neste parâmetro, dado que

genericamente todas as classificações indicam informação semelhante relativamente à

“estratigrafia” dos terrenos atravessados, indicando “grosso modo” a mesma idade do

maciço in situ (jurássica) e a profundidade a que estes terrenos ocorrem. Excepção feita

a 3 classificações, que consideram que os materiais de idade jurássica ocorriam a partir

de profundidades consideravelmente superiores às restantes.

7.1.2 Parâmetro “Litologia”

A análise e interpretação dos resultados deste parâmetro é apoiada pelos seguintes

elementos, já apresentados no capítulo “6. Processamento dos dados”:

Análise e interpretação dos resultados

101

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5

0,5 1,0

1,0 1,5

1,5 2,0areia silto-

argilosa

areia

siltosa

areia

siltosa

areia

siltosa

areia

siltosa2,0 2,5 calcarenit

2,5 3,0 arenitobloco de

calcário

3,0 3,5areia

siltosaareia

areia

argilosa

areia

siltosa

arenito/silt

ito

areia

siltosa

areia

siltosa3,5 4,0

4,0 4,5

4,5 5,0silte

argilosoargila argila argila

arenito

silto-5,0 5,5

5,5 6,0

6,0 6,5 areia areia areia areia areia areia areia areia areia

6,5 7,0

7,0 7,5

7,5 8,0areia

argilosa

areia

argilosa

areia

argilosa

areia

argilosa

areia

argilosaareia

8,0 8,5

8,5 9,0

9,0 9,5argila

margosa

argila

siltosaargila argila

9,5 10,0

10,0 10,5

10,5 11,0solo

arenizado11,0 11,5

11,5 12,0marga

gresosa12,0 12,5 argila

12,5 13,0

13,0 13,5

arenito

siltosomargaargila

margosaargilito

argila

argilito

arenoso

silte areno

margoso

argila

argila/argil

ito

arenito /

siltitomarga

arenito

arenito

argila

arenito arenitoarenito

arenito

argila

marga

argilosaargila argila

arenito arenitocalcarenit

oarenito calcarenit

o

arenito

siltito

margosoarenito

argila

margosamarga

arenito arenito

argilitoargila

margosa

argila

argilaargila

siltosa

argila

margosa

marga

argilosaargila

argila

arenosa

areia

argilosa

calcarenit

o

argilito

siltosoareia

areia

argilosa

margaargila

margosa

arenitoarenito areia

areia

siltosa

areia

areia

arenito

areia

areia

siltosaareia

areia

marga

argilosa

argila

siltosa

argila

margosaargilito

argila silto-

margosa

areia

siltosaareia

areia

areia

argilosa

argila

argilasilte

areia

siltosa

silte

Silte

areia

areia

argilosa

areiaareia

siltosa

arenito arenitoareia

siltosa

argila

margosa

arenito

silto-

areia areiaarenito

siltosoareia

areia

siltosa

S1 - Litologia - Tabela Resumo de Parâmetro

Profundidade

(m)

silte

arenoso silte

arenoso

areia

siltosa

areia

siltosa

areia

siltosaareia

areiaareia

siltosa

areiaareia

arenitogrés

blocos de

arenitoarenito arenito

solo

arenizado

O parâmetro “litologia” é um dos parâmetros em que se verifica maior discrepância de

critérios e termos aplicados, tendo sito utilizados cerca de 25 termos litológicos distintos

nas classificações da sondagem S1. Devido à variedade de termos considerável,

procurou-se agrupar termos similares, ou termos que pela sua proximidade geológica

possam ser aplicados quase em paralelo, sendo em geral subtil, e consequentemente

subjectiva, a sua distinção em contexto de classificação macroscópica. São exemplo

deste tipo de situação termos como “areia argilosa” e “argila arenosa” (agrupados no

valor 30), ou “calcarenito” e “arenito de cimento carbonatado” (agrupados no valor 100).

Há no entanto termos, que apesar de serem agrupados no mesmo valor, têm significados

geológico-geotécnicos ligeiramente distintos, como por exemplo “areia”, “areia siltosa” e

“areia silto-argilosa” (agrupados no valor 20).

Parâmetro Dados da classificação Valor para

representação gráfica

calcarenito / arenito /

arenito siltoso / grés100

marga / marga argilosa 80

argilito / argilito siltoso /

argilito arenoso70

siltito margoso / silte

areno-margoso60

argila / argila siltosa /

argila margosa / argila

silto-margosa

40

areia argilosa / argila

arenosa30

areia / solo arenizado /

areia siltosa / areia silto

argilosa

20

silte / silte arenoso 10

bloco de arenito / bloco de

calcário0

Litologia

(S1)

Análise e interpretação dos resultados

102

Esta abordagem procura naturalmente simplificar o tratamento da informação e evitar

introduzir excessiva discriminação e “estanqueidade” em termos litológicos, situação que

muitas vezes nem sequer existe, aquando da realização de uma classificação. Exemplo

disso, é o facto de serem comuns, na classificação macroscópica de sondagens,

abordagens mais abrangentes, menos “estanques” e por isso mais representativas,

como: “areia siltosa, por vezes ligeiramente argilosa.”

Relativamente à consistência dos resultados, analisam-se os termos aplicados e a

profundidade a que são utilizados, ou seja os limites litológicos. Complementarmente,

para esta análise, foi construído um gráfico acessório, que sistematiza a quantidade e

espessura das camadas litológicas definidas em cada uma das classificações.

Para a análise dos resultados, devido à discrepância de critérios em especial em algumas

profundidades, utiliza-se a tabela resumo colorida, como elemento de interpretação

auxiliar, ao gráfico dos resultados.

Na maioria das classificações distinguem-se genericamente 4 grupos de materiais,

associados a 4 profundidades diferentes, sendo: “areia” até aos 8,0 m (com passagens

argilosas e areníticas), “argilas” dos 8,0 m aos 9,5 m, “arenitos” dos 9,5 m aos 11,0 m, e

dos 11,0 m para a base, “margas”, “argilitos”, “argilas margosas”, “siltitos” e “arenitos”.

Existem no entanto duas zonas ou profundidades, em que a discrepância de critérios e

consequente variedade de termos aplicados, foi maior. Entre os 3,5 m e os 5,0 m de

profundidade são atribuídos 6 termos distintos (6 grupos de termos): “argilito siltoso”,

“marga argilosa”, “argila siltosa”, “areia”, “silte argiloso” “arenito siltoso”. Na base da

sondagem, são atribuídos 5 termos distintos (5 grupos de termos): “margas”, “argilitos”,

“argilas margosas”, “siltitos” e “arenitos”. A considerável discrepância de critérios nestas

duas zonas específicas, terá como origem dois factores distintos.

No primeiro caso (3,5 m a 5,0 m), trata-se de uma zona da sondagem com percentagem

de recuperação de amostra inferior a 20%, portanto em que a classificação se baseia

sobretudo na interpretação daquilo que não é recuperado, ao invés de classificar

directamente a amostra recuperada, embora exista, naturalmente, a informação da

amostra recuperada no ensaio SPT (Standard Penetration Test) iniciado aos 4,5 m de

profundidade.

Análise e interpretação dos resultados

103

Figura 88 – Gráfico da percentagem de recuperação e fotografia de caixa de amostra da sondagem S1

No caso da base da sondagem, e existindo recuperação total de amostra, a discrepância

de critérios e termos aplicados, resultará da proximidade de diversos termos litológicos,

no que diz respeito à sua constituição mineralógica e granulométrica. Na prática, trata-se

de rochas brandas, sedimentares, de granulometria muito fina, em que por vezes a

distinção em amostra de mão, não é fácil, uma vez que se baseia numa interpretação

subjectiva, e com as limitações inerentes à classificação nestas condições.

Embora, termos como “marga” e “argilito”, apesar de muito próximos nos aspectos

granulométricos e texturais, possam em geral ser distintos com recurso à aplicação de

ácido clorídrico.

Em suma, existe uma consistência razoável nas classificações na definição dos 4 grupos

de materiais ao longo da sondagem (“zonamento”), com os limites de profundidades

coerentes entre si. Existem no entanto duas zonas em que a discrepância relativamente a

critérios e termos de classificação litológica é considerável.

Relativamente à individualização de camadas, existem igualmente discrepâncias

consideráveis nas 14 classificações. Os gráficos seguintes representam o número de

camadas individualizadas em cada classificação e respectiva espessura.

Figura 89 – Número de camadas individualizadas por classificação

Manobra 4.5 - 6.0m

Manobra 3.0 - 4.5m

Análise e interpretação dos resultados

104

O número de camadas individualizadas por classificação varia entre 5 e 17, sendo a

média de 11 (CM). Em termos de estatística descritiva, trata-se de um conjunto de dados

bimodal, sendo os valores que ocorrem com mais frequência o 9 e o 11, com 3

classificações a individualizarem estes números de camadas.

Figura 90 – Gráfico com a representação da espessura das camadas por classificação

As espessuras das camadas definidas nas classificações variam entre 0,5 m e 4,0 m. As

camadas com 0,5 m, na realidade dizem respeito às camadas individualizadas com as

amostras recuperadas nos ensaios SPT (45 cm).

A totalidade das classificações traduz-se em 148 camadas individualizadas em 189

metros de classificação (14 x 13,5 m), resultando numa espessura média por camada de

1,3 m.

7.1.3 Parâmetro “Granularidade”

A análise e interpretação dos resultados deste parâmetro é apoiada pelos seguintes

elementos, já apresentados no capítulo “6. Processamento dos dados”:

Análise e interpretação dos resultados

105

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5

0,5 1,0

1,0 1,5

1,5 2,0 fina fina fina

2,0 2,5 fina

2,5 3,0 fina

3,0 3,5 fina fina fina fina fina fina

3,5 4,0

4,0 4,5

4,5 5,0 fina

5,0 5,5

5,5 6,0

6,0 6,5 media méd a gr méd a fina méd a fina méd a fina grossa fina médfina a

médiamédia

6,5 7,0

7,0 7,5

7,5 8,0 méd a gr méd a gr fina a méd grossa fina a méd média

8,0 8,5

8,5 9,0

9,0 9,5

9,5 10,0

10,0 10,5

10,5 11,0 grossa

11,0 11,5

11,5 12,0

12,0 12,5

12,5 13,0

13,0 13,5

Profundidade

(m)

média

fina

média a

fina

fina

fina

médiamédia

média

média

média

fina

média

fina

S1 - Granularidade - Tabela Resumo do Parâmetro

média a

fina

média

fina

fina

média

média a

fina

fina

fina a

média

fina

fina

média

fina a

média

média a

fina

média a

fina

fina

fina

fina a

média

fina

fina a

média

fina

fina a

média

fina

fina a

média

finafina

fina

fina a

média

média a

grossa

fina a

média

fina a

média

fina a

grossa

média a

grossa

fina

fina

fina

média

fina

fina a

média

fina

fina a

média

No parâmetro “granularidade” distinguem-se essencialmente 3 grupos de dados, sendo

estes, respectivamente:

fina: valor 25

fina a média / média a fina: valor 40

média: valor 55

Relativamente ao “zonamento” da sondagem em profundidade, no que diz respeito aos

termos utilizados e consistência de resultados, distinguem-se 5 zonas, definindo-se estas,

entre os seguintes intervalos de profundidade:

0,0 – 6,0 m:

6,0 – 8,0 m

8,0 – 9,5 m

9,5 – 11,0 m

11,0 – 13,5 m

Parâmetro Dados da classificação Valor para

representação gráfica

muito grossa 100

grossa 85

média a grossa; grossa a média 70

média 55

fina a média; média a fina 40

fina 25

muito f ina 10

outro 0

Granularidade

(S1 e S2)

Análise e interpretação dos resultados

106

Até aos 6,0 m de profundidade, a generalidade das classificações utiliza os termos “fina”

e “fina a média”, pelo que os resultados demonstram uma boa consistência de critérios.

Entre os 6,0 m e os 8,0 m, não é utilizado o termo “fina” por nenhuma classificação, mas

são utilizados 5 termos distintos: fina a média (valor 40); média (valor 55); média a grossa

(valor 70); grossa (valor 85) e fina a grossa (valor 0). Acresce que duas classificações

não caracterizam sequer o material neste intervalo.

A grande variedade de termos utilizados para classificar a mesma amostra, praticamente

de extremo a extremo da classificação granulométrica, estará relacionada com o facto de

esta zona ser a que tem menor recuperação de amostra na sondagem (<10%), embora

exista a amostra recolhida com o ensaio SPT dos 7,5 m de profundidade.

Figura 91 – Gráfico da percentagem de recuperação e fotografia de caixa de amostra da sondagem S1

Entre os 8,0 m e os 9,5 m de profundidade, nenhuma das classificações caracterizou a

granulometria da amostra, pelo que nesta zona da sondagem, a consistência dos critérios

é total (no gráfico, o intervalo lê-se entre os 8,0 m e os 10,0 m, uma vez que a informação

seguinte relativa ao intervalo 9,5-10,0 m, é representada graficamente na profundidade

10,0 m).

Entre os 9,5 m e os 11,0 m de profundidade, são utilizados 5 termos distintos: fina (valor

25) fina a média (valor 40); média (valor 55); média a grossa (valor 70); grossa (valor 85).

Acresce que duas classificações não caracterizam sequer o material neste intervalo.

Nesta zona o material ocorrente foi caracterizado pela generalidade das classificações

como “arenito”, pelo que a discrepância de critérios é invulgar, podendo no entanto

resultar da ocorrência de variações granulométricas na amostra, comuns em rochas

sedimentares detríticas, e que terão sido valorizadas de forma distinta nas várias

classificações, mercê da subjectividade natural associada a este tipo de contexto.

Entre os 11,0 m e os 13,5 m de profundidade, somente 3 classificações indicaram

granulometria (classificaram “arenito”), sendo em todas utilizado o termo “fina” (valor 25).

Manobra 6.0 - 7.5m Manobra 4.5 - 6.0m

Análise e interpretação dos resultados

107

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5

0,5 1,0

1,0 1,5

1,5 2,0acastanhad

o

castanho

esverdeado

castanho

claro

acastanhad

aamarelada

2,0 2,5tons

cremes e

2,5 3,0creme

acinzentado

3,0 3,5acastanhad

o

castanho

claro

castanha

com laivos

castanho

claro

creme

acinzentado

castanho

amareladoamarelada

3,5 4,0

4,0 4,5

4,5 5,0castanho

amarelado cinzento

cinzento

escuro

cinzento

escuro a

cinzento-

acastanhad5,0 5,5

5,5 6,0

6,0 6,5 amareladoacastanhad

oamarelado alaranjado

amarelado

e castanho

castanho

amareladoamarelado

acastanhad

oamarelado

6,5 7,0

7,0 7,5

7,5 8,0castanho

alaranjado

amarelo

alaranjadoacinzentado alaranjado

castanho

amareladoamarelado

8,0 8,5

8,5 9,0

9,0 9,5 cinzentoacinzentado

acastanhadcinzento

cinzento

escuro

9,5 10,0

10,0 10,5

10,5 11,0 beje rosado

11,0 11,5

11,5 12,0acinzentado

cinzento 12,0 12,5 cinzento

12,5 13,0

13,0 13,5

S1 - Cor - Tabela Resumo do Parâmetro

Profundidade

(m)

amarelada

acastanhad

oamarelo

acinzentado

branco

acinzentado

esbranquiç

ado a

acinzentado

cinzento

claro a

acastanhad

o

castanho

amareladoamarelada

acinzentado

acinzentado

e beje

cinzento

amarelo

acastanhad

o

acinzentado

e

amarelado

acastanhad

o

cinzento

acastanhad

o

amarelado amarelado amarelado

amarelado

cinzento

esverdeado

castanho

amarelado

a

esbranquiç

ado

creme amarelado castanho

amarelado

amarelado

amarelo

esbranquiç

ado

amareladocastanha

amarelado beje e

cinzento

alaranjado

e

amarelado

com laivos

castanhoalaranjado

cinzento

clarocinzento

castanho

acastanhad

o e

acinzentado

acastanhad

o

cinzento

escuro

cinzento

com níveis

de negro

amarelado

acastanhad

o

acinzentado

acinzentado

acinzentado

a

acastanhad

o

acinzentado

cinzento

acinzentado

amarelado

e

esbranquiç

ado

creme

acastanhdo

castanho

esbranquiç

ado

amarelado

castanho

amarelado

bege

acastanhad

o

acastanhad

o

cinzento a

castanho

avermelhad

o

acinzentado

acinzentado

cinza

esverdeado

acinzentado

cinzento

esverdeado

acinzentado

acinzentado

esverdeado

acinzentado

acinzentado

s escuros

acastanhad

o

cinzento

esverdeado

acinzentado

acastanhad

o

bege

cinzento

escuro

cinzento

acastanhad

o

cinzento

acastanhad

o

castanho

acinzentado

cinzenta

acastanhad

o

cinza

alaranjado

cinzento

esverdeado

acastanhad

o

cinzento

escuro

acastanhad

o

cinzento

cinzento

cinzento

amarelado

cinzento

cinzento

alaranjado

cinzento

acastanhad

o

acinzentado

acinzentado

amarelado

castanho

acinzentado

acastanhad

o

castanho

acinzentado

castanho

alaranjado

cinzento

esverdeado

alaranjado

creme

acinzentado

acinzentado

acastanhad

o

acastanhad

o

cinzento

claro

levemente

esverdeado

7.1.4 Parâmetro “Cor”

A análise e interpretação dos resultados deste parâmetro é apoiada pelos seguintes

elementos, já apresentados no capítulo “6. Processamento dos dados”:

O parâmetro “cor” é um dos parâmetros em que se verifica maior discrepância de termos

aplicados, tendo sito utilizados mais de 25 termos distintos. Devido à variedade de termos

considerável, procurou-se agrupar termos similares ou aproximados em termos

cromáticos, de modo a simplificar o tratamento da informação, evitando discriminar

excessivamente termos que pela sua proximidade são por vezes aplicados como

alternativa uns aos outros (em amostra de mão), sendo normalmente subtil e subjectiva a

diferenciação entre eles (por exemplo “castanho amarelado” e “amarelo acastanhado”),

até porque frequentemente, uma mesma amostra não apresenta exactamente o mesmo

tom, em toda a sua área, nem apresenta o mesmo tom no estado seco ou húmido.

Parâmetro Dados da classificação Valor para

representação gráfica

cinzento esverdeado; castanho

esverdeado100

cinzento; acinzentado; cinzento

claro; cinzento escuro90

castanho acinzentado; cinzento

acastanhado80

castanho; acastanhdo 60

castanho amarelado; amarelo

acastanhado; amarelo

acinzentado; castanho

alaranjado; esbranquiçado

acinzentado; creme

acinzentado; castanho claro;

beje; creme

40

amarelo esbranquiçado;

amarelo; amarelado; amarelo

alaranjado; alaranjado; creme

acastanhado; castanho

esbranquiçado

20

sem indicação sem valor

Cor

(S1)

Análise e interpretação dos resultados

108

A consistência dos resultados neste parâmetro é portanto reduzida, tendo normalmente

sido utilizados diversos termos distintos para classificar uma mesma amostra,

relativamente à cor. De forma geral, até aos 8,0 m, foram usados entre 3 e 5 termos

distintos para classificar o mesmo material, não sobressaindo um termo de utilização

mais frequente, exceptuando entre os 3,5 m e os 5,0 m, em que 10 classificações

utilizaram o “grupo dos cinzentos” (valor 90). Pelo contrário, dos 8,0 m de profundidade

em diante, existe uma maior consistência nos resultados, tendo sido em geral utilizados

os grupos dos “cinzentos” e dos “cinzentos esverdeados” (valores 90 e 100,

respectivamente), exceptuando entre os 9,5 m e os 11,0 m, em que na maioria das

classificações (10), foi utilizado o grupo dos “amarelos” (valor 20).

Apesar da dispersão de resultados no cômputo geral das classificações, em cada uma

individualmente, foram somente utilizados em média 5 termos (CM), sendo a moda, em

termos de estatística descritiva, 4 termos.

Figura 92 – Grupos de cores utilizados por classificação

Este aspecto, leva a crer que a dispersão de resultados estará sobretudo relacionada

com o facto de existir um vasto conjunto de termos cromáticos na língua portuguesa, a

que acresce o facto de ser comum conjugar dois ou mais termos como “castanho

acinzentado”, ou ainda “castanho escuro acinzentado”, tornado a eleição do, ou dos

termos mais representativos para cada amostra, consideravelmente subjectiva. Na

prática, cada técnico elegerá, dentro dos muitos termos existentes, aqueles com os quais

prefere trabalhar, com o intuído de melhor classificar a amostra relativamente à cor,

podendo coexistir diferentes critérios e consequentemente diferentes grupos de cores,

para técnicos diferentes.

Análise e interpretação dos resultados

109

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5

0,5 1,0

1,0 1,5

1,5 2,0

2,0 2,5 W4/3 W3 W2 W3/4

2,5 3,0 W4/3 W3 W2 W3/4

3,0 3,5

3,5 4,0 W5/4 W4

4,0 4,5 W5/4 W4

4,5 5,0

5,0 5,5 W5

5,5 6,0 W5

6,0 6,5

6,5 7,0

7,0 7,5

7,5 8,0

8,0 8,5 W5/4 W2/3

8,5 9,0 W5/4 W2/3

9,0 9,5

9,5 10,0 W3 W3 W2 W3/2

10,0 10,5 W3 W3 W2 W3/2

10,5 11,0 W3 W3 W2 W3/2 W3

11,0 11,5 W3/4 W3 W2

11,5 12,0 W3/4 W4 W2

12,0 12,5 W3/4 W2

12,5 13,0 W3/4 W2

13,0 13,5 W3/4 W2

Profundidade

(m)

S1 - Alteração - Tabela Resumo do Parâmetro

7.1.5 Parâmetro “Alteração”

A análise e interpretação dos resultados deste parâmetro é apoiada pelos seguintes

elementos, já apresentados no capítulo “6. Processamento dos dados”:

Nas classificações da sondagem S1, o parâmetro “alteração” reveste-se de especial

importância na análise da consistência dos resultados, uma vez que, desde logo, põe em

evidência um critério de base, que é a aplicabilidade deste parâmetro aos materiais

ocorrentes.

Com efeito, menos de metade das classificações (5) utilizaram este parâmetro de

classificação devido à natureza dos materiais (solos e rochas sedimentares detríticas).

Portanto, a maior parte das classificações (9) considerou este parâmetro não aplicável

nos materiais em causa, o que por si só evidencia alguma consistência de critérios.

Parâmetro Dados da classificação Valor para

representação gráfica

W1 100

W2/1; W1/2 90

W2 80

W3/2; W2/3 70

W3 60

W4/3; W3/4 50

W4 40

W5/4; W4/5 30

W5 20

outro 0

Alteração

(S1 e S2)

Análise e interpretação dos resultados

110

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5

0,5 1,0

1,0 1,5

1,5 2,0

2,0 2,5 F4/5 F4/3 F3/4 F3 F4

2,5 3,0 F4/5 F3/4 F3 F4 F4

3,0 3,5

3,5 4,0 F5

4,0 4,5 F5

4,5 5,0

5,0 5,5

5,5 6,0

6,0 6,5

6,5 7,0

7,0 7,5

7,5 8,0

8,0 8,5 F4/5 F3

8,5 9,0 F4/5 F3

9,0 9,5

9,5 10,0 F3 F4/3 F3 F4/3 F3/4 F3 F3 F4/3 F3 F3 F3

10,0 10,5 F4/5 F5/4 F5 F4/3 F3/4 F3 F3 F4/3 F4/5 F4/3 F5

10,5 11,0 F3 F5/4 F4/3 F4/3 F3/4 F4 F3 F4/3 F3/4 F3/4 F4/3 F4

11,0 11,5 F3 F4/3 F4 F3/4 F3 F4/3 F3

11,5 12,0 F3 F4/3 F4 F4/5 F3

12,0 12,5 F3 F4/3 F4 F3

12,5 13,0 F3 F4/3 F4 F3

13,0 13,5 F3 F4/3 F4 F3

S1 - Fracturação - Tabela Resumo do Parâmetro

Profundidade

(m)

Nas classificações que aplicaram o parâmetro, a consistência dos resultados é reduzida,

provavelmente devido à subjectividade e consequente dificuldade de aplicar este critério

neste tipo de materiais. Exemplo disso, é o facto de sistematicamente existirem

discrepâncias consideráveis nos termos utilizados nas duas classificações que aplicaram

com maior persistência este parâmetro. Entre os 2,0 m e 3,0 m de profundidade, foram

utilizados os termos W4/3 e W2 na mesma amostra (valores 50 e 80, respectivamente).

Entre os 8,0 m e os 9,0 m, foram utilizados os termos W5/4 e W2/3 na mesma amostra

(valores 30 e 70, respectivamente). Nos últimos 3,5 m da sondagem foram utilizados os

termos W3/4 e W2 na mesma amostra (valores 50 e 80, respectivamente).

Em suma, a consistência de critérios existe somente quando o parâmetro não é

considerado aplicável por todas as classificações, uma vez que, sempre que é aplicado

por algumas classificações, é evidente a discrepância de critérios. De salientar ainda o

facto de este parâmetro, de acordo com as recomendações da ISRM (International

Society of Rock Mechanics) ser aplicável somente a rochas ígneas e metamórficas.

7.1.6 Parâmetro “Fracturação”

A análise e interpretação dos resultados deste parâmetro é apoiada pelos seguintes

elementos, já apresentados no capítulo “6. Processamento dos dados”:

Parâmetro Dados da classificação Valor para

representação gráfica

F1 100

F2/1; F1/2 90

F2 80

F3/2; F2/3 70

F3 60

F4/3; F3/4 50

F4 40

F5/4; F4/5 30

F5 20

outro 0

Fracturação

(S1 e S2)

Análise e interpretação dos resultados

111

À semelhança do parâmetro “alteração”, no parâmetro “fracturação”, um dos primeiros

aspectos a analisar na consistência de resultados, é a aplicabilidade deste critério de

classificação de rochas. Com efeito, até aos 9,5 m de profundidade, metade das

classificações não considerou o parâmetro aplicável. Este facto está relacionado com a

natureza dos materiais, essencialmente solos até à profundidade em causa, com

algumas passagens compactas ou consolidadas, passíveis de serem interpretadas como

maciço rochoso.

Entre os 2,0 m e os 3,0 m de profundidade, as 6 classificações que aplicaram este

parâmetro, utilizaram termos entre F4/5 e F3 (valores de 30 e 60, respectivamente).

Entre os 4,0 m e os 5,0 m de profundidade, somente uma classificação aplicou este

parâmetro, tendo utilizado o termo F5 (valor 20).

Entre os 8,0 m e os 9,0 m de profundidade, somente duas classificações aplicaram este

parâmetro, tendo utilizado novamente os termos acima referidos (F4/5 e F3).

Dos 9,5 m de profundidade para a base, as classificações utilizaram predominantemente

os termos F3 e F4/3 (valores 50 e 60, respectivamente), embora dos 12,0 m em diante

somente 4 classificações tenham aplicado este parâmetro.

Nos restantes intervalos de profundidades, não mencionados, nenhuma classificação

aplicou o parâmetro “fracturação”.

Em suma, e tal como verificado no parâmetro “fracturação”, só existe consistência de

critérios quando o parâmetro não é considerado aplicável, uma vez que, sempre que é

aplicado por algumas classificações, a discrepância de critérios é evidente.

Análise e interpretação dos resultados

112

7.1.7 Parâmetro “Percentagem de recuperação”

A análise e interpretação dos resultados deste parâmetro é apoiada pelos seguintes

elementos, já apresentados no capítulo “6. Processamento dos dados”:

A percentagem de recuperação tem a particularidade de ser habitualmente determinada

pelo sondador, ao invés de pelo técnico. Por esta razão considerou-se pertinente incluir

neste estudo os valores de percentagem de recuperação constantes nas partes diárias

da sondagem. Estes valores correspondem à classificação “CS” e a sua inclusão teve

como objectivo perceber se estes estariam de acordo com os valores determinados pelos

técnicos e se são portanto representativos da percentagem de recuperação da amostra.

Genericamente, existe uma boa consistência dos resultados das classificações neste

parâmetro, sendo, na sondagem S1, aquele em que se verifica maior consistência. O

intervalo de variação dos valores é em geral da ordem dos 10%, excepção feita em dois

intervalos de profundidade: entre os 8,0 m e os 9,0 m e entre os 10,0 m e os 11,0 m, em

que o intervalo de variação é de cerca de 25% e 30%, respectivamente.

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14 CS CM

0,0 0,5 20 10 7 7 7 9 10 7 12 5 10 7 4 7 9

0,5 1,0 20 10 7 7 7 9 10 7 12 5 10 7 4 7 9

1,0 1,5 20 10 7 7 7 9 10 7 12 5 10 7 4 7 9

1,5 2,0 27 29 25 25 27 28 27 27

2,0 2,5 27 38 29 25 36 36 36 35 35 25 27 28 37 30 27 32

2,5 3,0 27 38 29 25 36 36 36 35 35 25 27 28 37 30 27 32

3,0 3,5 20 17 13 8 15 13 10 14

3,5 4,0 20 24 17 13 19 10 21 19 18 8 15 13 19 20 10 17

4,0 4,5 20 24 17 13 19 10 21 19 18 8 15 13 19 20 10 17

4,5 5,0 20 7 7 7 3 3 7 8

5,0 5,5 20 6 7 7 5 5 5 4 8 7 3 3 2 0 7 6

5,5 6,0 20 6 7 7 5 5 5 4 8 7 3 3 2 0 7 6

6,0 6,5 20 7 7 5 3 3 7 8

6,5 7,0 20 8 7 7 5 5 7 5 10 5 3 3 4 5 7 7

7,0 7,5 20 8 7 7 5 5 7 5 10 5 3 3 4 5 7 7

7,5 8,0 60 60 59 60 57 60 60 59

8,0 8,5 60 83 60 59 81 84 84 80 80 60 57 60 82 60 60 71

8,5 9,0 60 83 60 59 81 84 84 80 80 60 57 60 82 60 60 71

9,0 9,5 77 78 71 77 73 77 60 77 73

9,5 10,0 77 100 78 71 80 100 100 91 95 77 73 77 100 100 77 87

10,0 10,5 77 100 78 71 100 100 100 100 95 77 73 77 100 100 77 89

10,5 11,0 100 100 100 95 100 99 100 93 95 100 100 100 100 100 100 99

11,0 11,5 100 100 100 95 100 89 100 93 95 100 100 100 100 100 100 98

11,5 12,0 100 100 100 95 100 89 100 93 95 100 100 100 100 100 100 98

12,0 12,5 97 100 100 96 100 100 100 94 100 95 97 95 100 100 97 98

12,5 13,0 97 100 100 96 100 100 100 94 100 95 97 95 100 100 97 98

13,0 13,5 97 100 100 96 100 100 100 94 100 95 97 95 100 97 97 98

Profundidade

(m)

S1 - Percentagem de recuperação - Tabela Resumo / Numérica do Parâmetro

Análise e interpretação dos resultados

113

Com efeito, no intervalo dos 8,0 m aos 9,0 m, metade das classificações consideraram

valores de percentagem de recuperação entre os 80% e os 84% e a restante metade

considerou valores entre os 57% e os 60%.

No intervalo dos 10,0 m aos 11,0 m, 8 classificações consideraram valores da ordem dos

100% e as restantes classificações (6) consideraram valores entre os 71% e os 80%.

Este facto estará sobretudo relacionado com a forma como é considerada a manobra,

pela qual se divide o comprimento da amostra recuperada. Para o mesmo comprimento

de amostra, 6 classificações consideraram que a manobra se iniciava aos 9,0 m e 8

classificações consideraram que a manobra se iniciava aos 9,45 m, i.e. após o ensaio

SPT dos 9,0 m.

Figura 93 – Fotografia de caixa de amostra da sondagem S1 (caixa 1)

Para além deste aspecto, algumas classificações consideraram que a manobra terminava

aos 10,0 m (fim da caixa da sondagem), enquanto outras consideraram que a manobra

terminava aos 10,5 m. Esta diferença de critério, no entanto, só interferiria,

significativamente nos resultados, se uma classificação que tivesse considerado o início

da manobra aos 9,0 m, considerasse o fim da mesma aos 10,0 m, pois neste cenário,

com um comprimento de amostra recuperado de cerca de 50 a 55 cm, o valor de

percentagem de recuperação reduziria drasticamente para os 50%.

Figura 94 – Fotografia de caixa de amostra da sondagem S1 (caixa 2)

SPT dos 9.0m

Fim da manobra

Análise e interpretação dos resultados

114

Em suma, os comprimentos de manobra considerados nas classificações foram dos

9,0 m aos 10,5 m (150 cm), e dos 9,45 m aos 10,5 m (105 cm).

O Quadro 8 esquematiza a forma como o comprimento de amostra recuperado (entre 100

a 105 cm), se relaciona com os 2 comprimentos de manobra considerados, e como estes

interferem com o valor de percentagem de recuperação.

Manobra com

105 cm Manobra com

150 cm

Amostra com 105 cm

100% 70%

Amostra com 100 cm

95% 67%

Amostra com 10 cm

10% 7%

Quadro 8 – Relação entre os comprimentos de amostra recuperada e o da manobra

A subtracção do comprimento penetrado no ensaio SPT, verificou-se em 8 das 14

classificações, na generalidade das manobras em que foi realizado o ensaio e que a

penetração foi de 45 cm, portanto nas manobras dos 1,5 m, 3,0 m, 4,5 m, 6,0 m, 7,5 m e

9,0 m. No entanto, esta situação só tem visibilidade em termos de consistência dos

resultados, quando a quantidade de amostra recuperada na manobra subsequente ao

ensaio SPT tem expressão. Pois a redução do comprimento da manobra em cerca de

30% (150 cm para 105 cm), resulta num aumento de 50% (em percentagem) do valor de

percentagem de recuperação. Como até aos 7,5 m de profundidade a percentagem de

recuperação foi baixa, esta divergência de critérios não afectou, de forma visível, a

consistência dos resultados até esta profundidade. No Quadro 8, demonstra-se

igualmente a reduzida influência desta divergência de critérios, para uma recuperação de

amostra de 10 cm.

Os valores CM (classificação média) são os valores médios de percentagem de

recuperação, calculados para cada intervalo de 0,5 m, considerando somente as

classificações que atribuíram valor nesse intervalo. As únicas duas zonas da sondagem

em que a CM não se encontra consistente com os valores das classificações, são

precisamente nos dois intervalos anteriormente referidos, pois os valores médios,

ocorrem “a meio” das duas gamas de valores gerados com base na dualidade de critérios

anteriormente referidos.

Análise e interpretação dos resultados

115

Os valores CS (classificação do sondador), são consistentes com a generalidade dos

valores das classificações, embora, nos dois intervalos anteriormente referidos, se

alinhem com as classificações que consideraram as manobras de 1,5 m, portanto, as que

não subtraíram o comprimento dos ensaios SPT.

7.1.8 Parâmetro “RQD”

A análise e interpretação dos resultados deste parâmetro é apoiada pelos seguintes

elementos, já apresentados no capítulo “6. Processamento dos dados”:

À semelhança do parâmetro “alteração”, nas classificações da sondagem S1, o primeiro

critério a analisar no âmbito da consistência de resultados, é desde logo a aplicabilidade

do parâmetro aos materiais ocorrentes.

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14 CM

0,0 0,5

0,5 1,0

1,0 1,5

1,5 2,0 19 20 20

2,0 2,5 18 19 16 25 16 20 16 19

2,5 3,0 18 19 16 25 16 20 16 19

3,0 3,5

3,5 4,0

4,0 4,5

4,5 5,0

5,0 5,5

5,5 6,0

6,0 6,5

6,5 7,0

7,0 7,5

7,5 8,0

8,0 8,5 43 26 35

8,5 9,0 43 26 35

9,0 9,5 45 33 53 46 44

9,5 10,0 42 81 45 58 80 82 73 73 33 53 46 100 64 64

10,0 10,5 42 44 45 58 44 44 40 44 33 53 46 44 64 46

10,5 11,0 87 71 45 64 41 54 45 37 87 40 88 64 60

11,0 11,5 87 71 45 64 41 45 37 87 40 57

11,5 12,0 87 71 45 64 49 45 37 87 40 58

12,0 12,5 71 43 39 38 71 52

12,5 13,0 71 43 39 38 71 52

13,0 13,5 43 39 38 71 48

Profundidade

(m)

S1 - RQD - Tabela Resumo / Numérica do Parâmetro

Análise e interpretação dos resultados

116

Com efeito, uma das classificações não considerou este parâmetro aplicável em toda a

sondagem, em virtude de ter considerado a totalidade dos materiais ocorrentes como

solo. Acresce que entre os 2,0 m e os 3,0 m profundidade, somente metade das

classificações consideraram este parâmetro aplicável.

Entre os 3,0 m e os 8,0 m de profundidade, nenhuma classificação considerou este

parâmetro aplicável e entre os 8,0 m e os 9,0 m, somente 2 classificações o aplicaram.

Dos 9,5 m de profundidade para a base, a maioria das classificações aplicou o

parâmetro, no entanto, por vezes em intervalos de profundidades diferentes. Somente

entre os 9,5 m e os 11,0 m de profundidade houve consistência no que diz respeito à

aplicabilidade do parâmetro, uma vez que a quase totalidade das classificações o aplicou.

A consistência dos resultados no âmbito da aplicabilidade do parâmetro, está

intimamente ligada com o critério de classificação litológica do material, uma vez que o

parâmetro “RQD” é unicamente aplicável a rochas. Ou seja, nas zonas da sondagem

onde se verificou discrepância de critérios relativamente à classificação do material,

nomeadamente na distinção solo/rocha, verifica-se naturalmente discrepância de

resultados relativamente à aplicação do parâmetro “RQD”.

No caso concreto desta sondagem, este aspecto é potenciado pelo facto dos materiais

ocorrentes se tratarem genericamente de solos e de rochas sedimentares detríticas,

brandas, muitas vezes freáveis, revestindo-se por isso a distinção entre estes materiais

de alguma subjectividade, transposta directamente, para a aplicabilidade deste parâmetro

de classificação. Tanto mais que, neste tipo de material, é frequente a existência de

termos intermédios entre os dois estados absolutos, solo e rocha, de difícil distinção em

amostra de mão, em especial após os efeitos do processo de furação na estrutura da

amostra. São exemplo deste tipo de situação, materiais como “marga argilosa” e “argila

margosa”, em que a decisão de considerar rocha, ou solo, afecta desde logo a

aplicabilidade do parâmetro “RQD” (embora não seja linear que numa marga argilosa se

deva aplicar indiscriminadamente o índice RQD).

Para além disso, em rochas como argilitos ou siltitos, nem sempre é fácil decidir aplicar o

parâmetro, dado o cariz friável e desagregável do material, optando-se muitas vezes por

caracterizar em detalhe o material e respectiva resistência ou compacidade, em

detrimento de aplicar um critério reconhecidamente aplicável a rochas compactas, em

cujo estado de alteração seja menor que W4, critério este (alteração), nem sequer

aplicável a este tipo de rochas, conforme referido anteriormente na análise dos resultados

do parâmetro “alteração”.

Análise e interpretação dos resultados

117

Relativamente à consistência dos resultados em termos de valores de RQD propriamente

ditos, entre os 2,0 m e os 3,0 m, os valores são da ordem dos 20%, variando entre o valor

mínimo de 16% e o valor máximo de 25%.

No intervalo entre os 8,0 m e os 9,0 m, as duas classificações que apresentam valores,

diferem de critério, apresentando valores de 26% e 43%.

Dos 9,0 m de profundidade para a base, verifica-se uma dispersão considerável dos

resultados, registando-se valores compreendidos entre os 33% e os 100%,

inclusivamente no mesmo intervalo de profundidade, ou seja relativamente à mesma

amostra. Esta situação, à semelhança do verificado no parâmetro “percentagem de

recuperação” estará sobretudo relacionada com o intervalo considerado para o cálculo do

índice RQD.

Com efeito, nas diferentes classificações são considerados diferentes intervalos para o

cálculo do índice RQD, com base nos critérios enunciados no Quadro 9, existindo ainda

situações em que o critério utilizado resulta da conjugação de dois dos critérios

seguidamente enunciados:

Critério Características Comprimento do intervalo

Intervalos coincidentes com as manobras de furação

habituais

comprimento e intervalos “habituais”

150 cm

Intervalos coincidentes com manobras de furação

subtraídos do ensaio SPT

comprimento subtraído da penetração do ensaio SPT

(45 cm) 105 cm

Intervalos menores (fracturação)

intervalo definido com base na variação da fracturação

variável e geralmente inferior a 150 cm

Intervalos menores (tipo de material)

intervalo definido com base na variação do tipo de material

(solo vs rocha; litologia; alteração)

variável e geralmente inferior a 150 cm

Quadro 9 – Critérios usados nas classificações na definição do intervalo de cálculo do RQD

É no entanto de salientar que, nos critérios alternativos ao critério utilizado por defeito em

contextos homogéneos (primeiro do Quadro 9), a sensibilidade do valor de RQD aumenta

consideravelmente, resultado da diminuição do comprimento do intervalo para cálculo do

índice RQD, uma vez que este comprimento é o denominador do quociente.

Análise e interpretação dos resultados

118

Exemplo disso, é o facto de um mesmo tarolo de 30 cm de rocha, poder traduzir-se num

valor de índice RQD de 20%, 29%, 60%, ou mesmo 100%, se os intervalos considerados

para cálculo forem de 150 cm, 105 cm, 50 cm e 30 cm, respectivamente.

Acresce que as recomendações da ISRM, são precisamente nesse sentido, portanto

sugerindo que o técnico opte, sempre que considere pertinente, por determinar o índice

RQD para intervalos menores (manobras artificiais), em detrimento de utilizar

indiscriminadamente as manobras habituais de furação, de 150 cm. Esta recomendação

vem no sentido de evitar que passagens menos competentes do maciço (decompostas,

fracturadas, desagregáveis, falhas, ou solos) sejam “camufladas” num intervalo de

cálculo maior, quando na realidade, e a favor da segurança, deveriam sobressair e ter

leitura directa num log de sondagem, por exemplo. Embora, na prática, por vezes, este

objectivo tenha um efeito perverso, e paradoxal, pois na tentativa de aumentar a

representatividade e a leitura da “passagem decomposta”, fazendo-o à custa de uma

redução considerável do intervalo, introduz-se uma incontornável subjectividade. Pois,

cada técnico poderá, no limite, definir um intervalo de cálculo diferente, e por conseguinte

a relação entre a passagem decomposta vs maciço competente, resultará num valor

diferente de RQD, de técnico para técnico, e consequentemente num valor de RQD

menos representativo, na medida em que deriva de um critério de cariz marcadamente

pessoal, em detrimento de um critério de “âmbito universal”. Na prática o valor de RQD, é

muito dependente da interpretação pessoal do técnico, que passa a conseguir atribuir

“quase o valor que quiser” a este parâmetro, dado este subterfugio.

Para além dos aspectos acima referidos, há ainda dois aspectos que interferem com a

consistência dos resultados do parâmetro “RQD”. São eles a medição propriamente dita

dos tarolos e a consideração ou não, das fracturas induzidas pelas operações da

sondagem (resultantes da furação, manuseamento e armazenamento da amostra).

O primeiro aspecto, de todos os já mencionados é o que menos interfere com a

consistência de resultados, uma vez que a variação das medições é reduzida, quando

comparada com o efeito determinante dos restantes aspectos e critérios enunciados.

A manobra dos 9,0 m para os 10,5 m, demonstra isso mesmo, uma vez que

relativamente a outras manobras, tem a vantagem de apresentar uma amostra de

natureza litológica constante, não estando por isso exposta à criação de intervalos de

medição distintos, derivado a mudanças de litologia. Esta manobra foi inclusivamente

subdividida em algumas classificações, derivado ao fim da caixa coincidir com um valor

certo (10,0 m), mas apresenta comprimentos de amostra para RQD, bastante

consistentes.

Análise e interpretação dos resultados

119

No entanto, e apesar da boa consistência dos resultados em termos de comprimento da

amostra medidos, devido aos diferentes intervalos considerados para cálculo, os valores

de RQD diferem consideravelmente, sendo os valores, mínimo e máximo, de 33% e

100%, respectivamente.

No Quadro 10, indicam-se, para as várias classificações, os valores dos comprimentos de

amostra medida para cálculo do RQD, entre os 9,0 m e os 10,5 m.

Classificações Comprimento da amostra

em centímetros Observações

C1 65

C2 67

C3 68

C4 (112) calculou RQD para intervalo

9,60 – 11,20 m

C5 62

C6 67

C7 60

C8 62

C9 não aplicou RQD na

sondagem

C10 50

C11 80

C12 69

C13 65

C14 (106) calculou RQD para intervalo

9,55 – 11,20 m

Quadro 10 – Comprimento das amostras na manobra dos 9,0 m para os 10,5 m

Portanto, apesar dos comprimentos de amostra medidos variarem em geral entre os 60 e

os 69 cm, os valores de RQD variam consideravelmente, devido aos diferentes intervalos

de cálculo considerados em cada classificação.

Figura 95 – Excerto da Tabela Resumo / Numérica do Parâmetro “RQD”

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14 CM

9,0 9,5 45 33 53 46 44

9,5 10,0 42 81 45 58 80 82 73 73 33 53 46 100 64 64

10,0 10,5 42 44 45 58 44 44 40 44 33 53 46 44 64 46

10,5 11,0 87 71 45 64 41 54 45 37 87 40 88 64 60

Profundidade

(m)

S1 - RQD - Tabela Resumo / Numérica do Parâmetro

Análise e interpretação dos resultados

120

O último aspecto, mas não menos importante, porque é especialmente determinante em

rochas brandas, é o critério das fracturas artificiais da amostra. Com efeito, os valores de

RQD variam consideravelmente dependendo se se considera as fracturas artificiais, ou

se não se considera, assumindo desta forma a amostra como íntegra, para medição do

respectivo comprimento, e aumentando o número de tarolos com comprimento superior a

10 cm. No caso da amostra recolhida entre os 10,0 m e os 11,0 m de profundidade, a

maioria das fracturas são artificiais, portanto induzidas pelo processo de furação, retirada

da amostra do interior do amostrador e respectivo armazenamento na caixa. Nesta

situação em concreto, os valores de RQD variam consideravelmente caso se considere

as fracturas artificiais, ou, caso contrário, estas não sejam consideradas.

Figura 96 – Fotografia de caixa de amostra da sondagem S1 (caixa 2)

Em suma, apesar da medição dos comprimentos dos tarolos não ser especialmente

crítica para a consistência dos resultados, os restantes critérios relativos à forma de

aplicação e determinação do índice RQD, condicionam consideravelmente a consistência

dos mesmos. Este aspecto é demonstrado, pelo facto dos valores médios de RQD

(classificação CM), no gráfico, não coincidirem com nenhuma classificação ou conjunto

de classificações, materializando maioritariamente, valores intermédios entre os extremos

discrepantes dos valores registados.

7.1.9 Parâmetro “Observações complementares de cariz geológico-

geotécnico”

A análise e interpretação dos resultados deste parâmetro é apoiada pelos seguintes

elementos, já apresentados no capítulo “6. Processamento dos dados”:

Análise e interpretação dos resultados

121

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5

0,5 1,0

1,0 1,5

1,5 2,0

litoclastica;

fragmentos

liticos e

cerâmicos

<2cm

nódulos argilo-

siltosos cinz e

frag líticos

dim<2cm

blocos de

arenito

carbonatado

2,0 2,5

Fr a 80º pouco

onduladas,

rugosas,

preen argiloso

2,5 3,0

estrat por finos

leitos negros

(mat carb) incl

5- 10º

aterro

3,0 3,5 solta

micácea;

ligeiram.

consolidada;

nódulos

siltosos

micácea

nódulos argilo-

siltosos cinz e

frag líticos

dim<3cm

ligeiram

micáceo c/

zonas menos

consolidadas

micácea

3,5 4,0

4,0 4,5

4,5 5,0 muito plásticaalguma

plastic idade

fragmentos de

carvão

5,0 5,5

5,5 6,0

6,0 6,5alguma

componente

siltosa

depósito de

praia / aterro ?

litoclástica;

nódulos

argilosos

cinzentos

nódulos

argilosos cinz

<1cm; alguma

plastic idade

quartzosa

6,5 7,0

7,0 7,5

7,5 8,0arenito

decomposto

matriz

argilosa, baixa

plastic idade

litoclástica;

componente

siltosa

laivos

castanhos

micácea; finas

passagens

argilosas

8,0 8,5

8,5 9,0

9,0 9,5

comp

arenosa;

plástica; mat

vegetal incarb

base

nódulos silto-

arenosos;

veios

avermelhados

plástica

9,5 10,0

10,0 10,5

10,5 11,0

micas,

nódulos

negros e

carbonatos

11,0 11,5

11,5 12,0

Fr 0º e 20º,

onduladas,

rugosas, sem

preenchim

12,0 12,5componente

arenosa fina

12,5 13,0

13,0 13,5

micácea; algo

friávelfracturas a 60º

com vestigios

de percolação

de águagrãos de

cascalho fino

micáceo;

impregnações

carbonatadas

micas, rijo,

com alguma

componente

arenosa fina a

média

cor alaranjado

devido à

oxidação;

micáceo

intercalações

de grão

grosseiro;

laminações

micáceas com

inclinações de

20º com o eixo

da sondagem

cimento

carbonatado;

fragmentos

liticos (<1cm);

micáceo;

ferruginoso;

nucleos

argilosos na

base

ligeiramente

compacto a

friável; matéria

orgânica

incarbonizada

;

intercalações

arenosas;

fracturas a 30º

com bordos

irregulares

cimento argilo-

margoso;

micáceo;

fracturas sub-

horizontais a

oblíquas e por

vezes com

evidências de

oxidação

muito rija, com

fracturas

incipientes

inclinadas 45°

em relação ao

eixo da

sondagem

(marga?)

ligeiramente

areniticamicáceo

micáceo;

restos de

matéria

vegetal

incarbonizada

negra

rijo, com forte

componente

arenosa

grosseira

micáceo;

c imento

carbonatado;

evidência de

circulação de

água; grão

mais fino na

base

cimento

carbonatado;

passagens de

areia grossa;

fracturas

subhorizontais

e raras

obliquas;

evidências de

dissolução e

oxidação

laivos amarel e

acastanh

(duro), até

9,59 m; A

partir de 9,59

m: solo

completament

e arenizado,

de tons

bege/rosado,

com micas,

nódulos

negros e

carbonatos

fractura (?)

inclinada

cerca de 70º

em relação ao

eixo da

sondagem, de

bordos

irregulares e

rugosos

carbonatado;

com

abundantes

bioclastos;

entre 10.90 e

11.20

apresenta

núcleos

argilosos

dispersos na

matriz arenosa

fragmentos de

conchas

dispersos e

finos

preenchiment

os argilosos

ligeiramente

micáceo, com

zonas

ligeiramente

margosas;

fracturas,

quando

identificáveis,

inclinadas

cerca de 30º,

bordos

ligeiramente

irregulares e

rugosos

arenito fino /

siltito;

micáceo

cimento

carbonatado;

fracturas a 60º

bordos

irregulares

rugosos

cimento

carbonatado;

veios matéria

vegetal

incarbonizada

evidência de

circulação de

água; fr a 80°,

muito

oxidadas, por

vezes com

óxidos negros,

ligeiramente

onduladas,

rugosas

compacto;

c imento

carbonatado,

passagens

mais

grosseiras

fracturas com

ângulos entre

20º e 45º com

o eixo da

sondagem,

onduladas,

rugosas, sem

preenchiment

o

cimento

carbonatado;

fracturas com

escasso

preenchiment

o e

subhorizontais

laivos

acatanhdos e

amarelados;

duro

plástica dura

laivos

acinzentados;

por vezes com

passagens um

pouco

arenosas;

com vestigios

de

carsificação e

oxidação de

cor

acastanhada

passagens

arroxeadas

laivos

avermelhados

nódulos

carbonatados

componente

arenosa

micácea;

concreções

carbonatadasmargosa?

laivos

avermelhados

; argilito muito

descomprimid

o

zonas mais

alaranjadas

resultantes de

fenómenos de

oxidação;

ocorrências

carbonatadas

(fósséis?)

plástica;

concreções

carbonatadas

esbranquiçad

as; com laivos

esverdeados

e

alaranjados/a

vermelhados

arenito friável

resultando em

areia média

argilosa com

passagens

silto- argilosas

acizentadas

laivos

castanhos

escuros

fossilifero

ligeiramente

alaranjado;

zona com

perda

significativa

de amostra

desagregadoalgo micáceo;

c imento

margoso

matriz

parcialmente

cimentada,

desagregável

arcósia; grés

muito

descomprimid

o e friável

semi-

consolidada;

litoclástica;

facilmente

freável; com

fragmentos

calcários

<5cm

algo argilosa;

levemente

micácea; com

oxidação

passando a

arenito fino

siltoso

micáceo, com

orientação

(laminação)

das micas

com 20 a 25º

com o eixo da

sondagem

desagregado;

ligeiramente

arenoso e

margoso

fragmentos de

cerâmica e

argila margosa

(aterro?)

aterro

micáceo;

componente

arenosa;

elevado teor

de água

(plástica)

transição para

marga

gresosa aos

4.30m

passagens

argilosas

micáceo;

c imento

margoso

calhaus

dispersos

solta;

litoclástica;

com

fragmentos

areniticos e

elementos

quartzosos

(d<2cm)

fragm líticos

dim<5cm,

completament

e arenizados,

com nódulos

negros,

algumas

micas e

carbonatos

ligeiramente

alaranjado;

zona com

perda

significativa

de amostra

fragmentos

areniticos

fragmentos

areniticos

subangulosos

micáceo

rijo; finamente

estratificado;

reage

fortemente ao

HCL (contem

componente

carbonatada)

levemente

micácea; rara

matéria

vegetal

incarbonizada

presença de

micas; não

plástico

ligeiramente

silto- arenosa;

zona com

perda

significativa

de amostra

siltito friável;

com

passagens

finas arenosas

passagem a

areia média

castanha

laivos silto-

argilosos

acinzentados

fragmentos

líticos

dimensão

<5cm, de

natureza

carbonatada,

amarelados

S1 - Observações complementares de cariz geológico-geotécnico - Tabela Resumo de Parâmetro

Profundidade

(m)

fragmentos

areniticos;

restos de

cerâmica

passagem de

arenito

compacto 2.6

a 3.0

cascalho

dissiminado e

raizes fragmentos de

cerâmicas

dispersos

(aterro?)

freável

micácea;

componente

margosa;

presença de

elementos

estranhos

(restos de

cerâmica)

cascalho de

dimensão

variada e

fragmentos de

alvenaria

(tijolo):

material de

aterro

ligeiramente

arenoso

aterro

essencialment

e arenoso fino

com

pequenos

fragmentos de

tijolo

aterro; com

pequenos

fragmentos de

cerâmicapassagens

argilosas

raizes

(aterro?)

micácea;

compacta

entre 2,6 e

3,0m

aterro; por

vezes argilosa

micáceo;

c imento

margoso;

níveis de

matéria

vegetal

incarbonizada

estrutura

estratificada e

matérias

carbonosas

micáceo,

aterro

pedregoso ?

micáceo;

c imento

carbonatado;

bandado

negro

finamente

estratificado

(horizontal)

margoso;

estratificação

fina; matéria

vegetal

incarbonizada

anegrada;

fortemente

micáceo

compacto,

micáceo,

laivos negros;

presença de

carbonatos

(efervescênci

a com HCl)

micáceo;

laivos

acinzentados

cimento

carbonatado;

micáceo; finas

passagens

margosas

cinzentas

escuras

(blocos/dep

vertente?)

Análise e interpretação dos resultados

122

O parâmetro “observações complementares de cariz geológico-geotécnico” é um

parâmetro particular, pois contrariamente aos demais parâmetros de classificação

considerados neste estudo, que dizem respeito especificamente a um critério ou aspecto

da classificação de sondagens, este, versa potencialmente sobre todos os aspectos,

incluindo os que já são abrangidos pelos demais parâmetros. Acresce que o âmbito

destas observações complementares é por demais abrangente, pois, no fundo, depende

daquilo que cada técnico considere pertinente identificar e descrever.

Apesar do agrupamento de informações complementares, em conjuntos de dados do

mesmo tipo, é natural alguma dispersão de resultados neste parâmetro, dada a natureza

e objectivo do mesmo.

Acresce que cada classificação aplica por vezes mais do que um conjunto de dados ou

informações, dependendo dos aspectos geológico-geotécnicos que se revelem mais

pertinentes, em cada zona da sondagem.

Parâmetro Dados da classificação Valor para

representação gráfica

mais que 2 aspectos 100

características das fracturas 80

resistência; consistência 70

natureza do cimento 60

componente ou passagem

(micacea, argilosa, arenosa,

siltosa, margosa, etc)

50

materiais de aterro 30

nódulos; concreções;

impregnações; granularidade;

fossilifero

20

cores; estratif icação 10

Observações

complementares de cariz

geológico-geotécnico

(S1)

Análise e interpretação dos resultados

123

Ou seja, uma dada classificação poderá complementar a descrição litológica com

identificação de passagens de litologia diferente até determinada profundidade, em que

estas ocorrem, e para o final da sondagem complementar a descrição do material com a

caracterização das fracturas, caso estas, nesta profundidade, justifiquem maior detalhe

descritivo.

Por esta razão, a representação gráfica deste parâmetro não é a melhor forma de

analisar e interpretar os resultados, embora permita desde logo pôr em evidência a

abrangência das abordagens técnicas, em todas as profundidades, no fundo, resultado

dos diferentes aspectos e critérios, que cada classificação privilegiou.

O grupo de dados com valor 100, engloba observações complementares de qualquer

tipo, em que a descrição diz respeito a mais do que dois grupos. Ou seja, uma

classificação em que, num mesmo intervalo de profundidade, caracterize a título de

informação complementar, aspectos como por exemplo “tipo de cimento”, “cores” e

“fracturas”.

Globalmente, as classificações versaram predominantemente sobre a caracterização

complementar da litologia principal, identificado passagens ou a existência de

componente de litologia diferente. Cerca de 30% das observações complementares

foram relativas a este “grupo informação”, com valor 50 (considerando informação

exclusiva relativamente a este grupo, portanto não considerando a informação contida no

grupo “mais que 2 aspectos”).

A “natureza do cimento” e a “cores; estratificação” foram os grupos de informação

complementar menos utilizados na globalidade da sondagem, com 4%.

No Quadro 11, encontram-se representados os grupos de informação e a respectiva

frequência de aplicação (representatividade) no global das classificações.

Análise e interpretação dos resultados

124

Grupos de informação Valor Frequência de

aplicação

mais que 2 aspectos 100 22%

características das fracturas 80 5%

resistência; consistência 70 15%

natureza do cimento 60 4%

componente ou passagem (micácea, argilosa, arenosa,

siltosa, margosa, etc) 50 31%

materiais de aterro 30 11%

nódulos; concreções; impregnações;

granularidade; fossilífero 20 8%

“cores; estratificação” 10 4%

Quadro 11 – Representatividade dos grupos de dados na globalidade da sondagem

No entanto, esta distribuição não é linear em toda a sondagem, variando a

representatividade de cada um dos grupos de dados ao longo da mesma, função do tipo

de material ocorrente. Dos 8,0 m de profundidade em diante, com a alteração do tipo de

material predominante, de solo para rocha, alterou-se igualmente o tipo de informação

complementar constante nas classificações.

Figura 97 – Tabela Resumo do Parâmetro “litologia” da sondagem S1 (colorida)

No Quadro 12, apresenta-se a frequência de aplicação de cada grupo de dados, antes e

depois dos 8,0 m de profundidade.

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5

0,5 1,0

1,0 1,5

1,5 2,0areia silto-

argilosa

areia

siltosa

areia

siltosa

areia

siltosa

areia

siltosa2,0 2,5 calcarenit

2,5 3,0 arenitobloco de

calcário

3,0 3,5areia

siltosaareia

areia

argilosa

areia

siltosa

arenito/silt

ito

areia

siltosa

areia

siltosa3,5 4,0

4,0 4,5

4,5 5,0silte

argilosoargila argila argila

arenito

silto-5,0 5,5

5,5 6,0

6,0 6,5 areia areia areia areia areia areia areia areia areia

6,5 7,0

7,0 7,5

7,5 8,0areia

argilosa

areia

argilosa

areia

argilosa

areia

argilosa

areia

argilosaareia

8,0 8,5

8,5 9,0

9,0 9,5argila

margosa

argila

siltosaargila argila

9,5 10,0

10,0 10,5

10,5 11,0solo

arenizado11,0 11,5

11,5 12,0marga

gresosa12,0 12,5 argila

12,5 13,0

13,0 13,5

arenito

siltosomargaargila

margosaargilito

argila

argilito

arenoso

silte areno

margoso

argila

argila/argil

ito

arenito /

siltitomarga

arenito

arenito

argila

arenito arenitoarenito

arenito

argila

marga

argilosaargila argila

arenito arenitocalcarenit

oarenito calcarenit

o

arenito

siltito

margosoarenito

argila

margosamarga

arenito arenito

argilitoargila

margosa

argila

argilaargila

siltosa

argila

margosa

marga

argilosaargila

argila

arenosa

areia

argilosa

calcarenit

o

argilito

siltosoareia

areia

argilosa

margaargila

margosa

arenitoarenito areia

areia

siltosa

areia

areia

arenito

areia

areia

siltosaareia

areia

marga

argilosa

argila

siltosa

argila

margosaargilito

argila silto-

margosa

areia

siltosaareia

areia

areia

argilosa

argila

argilasilte

areia

siltosa

silte

Silte

areia

areia

argilosa

arenito arenitoareia

siltosa

argila

margosa

arenito

silto-

areia areiaarenito

siltosoareia

areia

siltosa

S1 - Litologia - Tabela Resumo de Parâmetro

Profundidade

(m)

silte

arenoso silte

arenoso

areia

siltosa

areia

siltosa

areia

siltosaareia

areiaareia

siltosa

areiaareia

arenitogrés

blocos de

arenitoarenito arenito

solo

arenizado

areiaareia

siltosa

Análise e interpretação dos resultados

125

Grupos de informação Valor Totalidade da

sondagem Até 8,0 m de profundidade

Dos 8,0 m para a base

mais que 2 aspectos 100 22% 14% 34%

características das fracturas 80 5% < 1% 11%

resistência; consistência 70 15% 21% 7%

natureza do cimento 60 4% 2% 6%

componente ou passagem (micácea, argilosa, arenosa,

siltosa, margosa, etc) 50 31% 33% 29%

materiais de aterro 30 11% 20% 0%

nódulos; concreções; impregnações;

granularidade; fossilífero 20 8% 6% 9%

“cores; estratificação” 10 4% 4% 5%

Quadro 12 – Evolução da representatividade dos grupos de informação ao longo da sondagem

É de salientar a consistência da frequência de aplicação das informações

complementares relativas às variações litológicas (“passagens ou componente”), embora

se verifique um aumento considerável do grupo de dados alusivo a “mais que 2

aspectos”, no intervalo dos 8,0 m em diante, sendo nesta zona da sondagem de 34%. Ou

seja, dos 8,0 m de profundidade para a base, mais de um terço das informações

complementares da totalidade das classificações, dizem respeito a mais que dois

aspectos, revelador da preocupação dos técnicos em caracterizar o mais detalhadamente

possível, diversos aspectos da classificação dos materiais.

Digno de registo, é igualmente o aumento extraordinário das informações relativas às

“características das fracturas”, de menos que 1% para 11%, do primeiro para o segundo

intervalo, respectivamente. Este incremento, está em total coerência com a alteração do

tipo de material predominante nestes dois intervalos, de solo para rocha,

respectivamente.

As informações complementares relativas a “resistência; consistência”, reduzem também

consideravelmente do primeiro para o segundo intervalo, de 21% para 7%, resultado da

alteração do tipo de material predominante.

Análise e interpretação dos resultados

126

Aspecto igualmente importante, no que diz respeito à consistência dos critérios entre

classificações, é a frequência de utilização de observações complementares em cada

classificação, uma vez que existem classificações que fizeram uso constante desta

possibilidade, e outras que nem sempre complementaram a descrição dos restantes

parâmetros, com informações complementares.

Classificações Frequência de utilização de

informações complementares

C1 89%

C2 100%

C3 44%

C4 89%

C5 78%

C6 100%

C7 100%

C8 96%

C9 100%

C10 100%

C11 100%

C12 96%

C13 93%

C14 56%

Quadro 13 – Frequência de utilização de “observações complementares de cariz geológico-geotécnico”, por

classificação

No que diz respeito ao tipo de informação agrupada no grupo que incide sobre “mais que

2 aspectos”, verifica-se uma predominância absoluta de informações relativas a

“componente ou passagem” de litologia distinta da principal. Das 27 zonas (figura 98) em

que, nas diversas classificações, este grupo foi utilizado, este tipo de informação foi

utilizada em 26, portanto em 96% de todas as informações complementes em que são

focados “mais que 2 aspectos”. A figura 98, representa as 27 zonas em que foram

descritos “mais que 2 aspectos (valor 100)”.

Análise e interpretação dos resultados

127

Figura 98 – Representação das 27 zonas em que foram descritos “mais que 2 aspectos”

A informação complementar relativa a “passagens ou componente” de litologia diferente,

passa de 31% (considerando alusão em exclusivo a este aspecto; Quadro 11) para 46%,

considerando a globalidade das observações complementares, de todas as

classificações. Em suma, de todas as observações complementares de cariz geológico-

geotécnico realizadas nas classificações, em 46% dessas observações são focados

aspectos relacionados com a descrição complementar do tipo de litologia, como

passagens ou componente de outro tipo litológico. Embora, esta representatividade se

deva sobretudo às classificações que utilizaram o grupo “mais que 2 aspectos” diversas

vezes, uma vez que em 3 classificações este grupo não foi sequer utilizado.

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5

0,5 1,0

1,0 1,5

1,5 2,0

2,0 2,5

2,5 3,0

3,0 3,5 7

3,5 4,0

4,0 4,5

4,5 5,0

5,5

5,5 6,0

6,0 6,5

6,5 7,0

7,0 7,5

7,5 8,0

8,0 8,5

8,5 9,0

9,0 9,5

9,5 10,0

10,0 10,5

10,5 11,0 21

11,0 11,5

11,5 12,0

12,0 12,5

12,5 13,0

13,0 13,5

S1 - Observações complementares de cariz geológico-geotécnico - Tabela Resumo de Parâmetro

Profundidade

(m)

2

1

3 4 5 6

9 10

8

1112

1312

17

24 25 26

22

16

18

19

20

27

15

23

Análise e interpretação dos resultados

128

No Quadro 14, indica-se para cada grupo de informação, a sua representatividade inicial

(não considerando a sua inclusão no grupo “mais que 2 aspectos”), a sua

representatividade dentro do grupo “mais que 2 aspectos”, e a sua representatividade

total em termos de observações complementares.

Grupos de informação Representatividade

“inicial” do grupo de informação

Representatividade dentro do grupo

“mais que 2 aspectos”

Representatividade total em termos de

informações complementares

características das fracturas 5% 19% 8%

resistência; consistência 15% 59% 25%

natureza do cimento 4% 37% 11%

componente ou passagem (micácea, argilosa, arenosa,

siltosa, margosa, etc)

31% 96% 46%

materiais de aterro 11% 7% 12%

nódulos; concreções; impregnações;

granularidade; fossilífero 8% 44% 15%

“cores; estratificação” 4% 37% 11%

Quadro 14 – Representatividade dos vários grupos de informação

De salientar, que apesar da aparente dispersão de critérios neste parâmetro,

considerando o tipo de informação e respectiva profundidade, define-se contudo uma

certa consistência relativamente ao tipo de informação preferencial, uma vez que quase

metade das observações complementares (considerando a totalidade das classificações),

incidem na descrição litológica, detalhando aspectos como passagens de litologia

diferente, ou a presença de componente de material diferente da litologia principal.

7.1.10 Resumo da análise da sondagem S1

No cômputo geral, os parâmetros de classificação analisados, apresentam uma

discrepância assinalável, excepção feita aos parâmetros “estratigrafia”, “granularidade”,

“percentagem de recuperação” e pontualmente “observações complementares de cariz

geológico-geotécnico”, cujos resultados apresentam uma relativa consistência. Contudo,

é de ter em consideração que nos parâmetros em que se verificaram as discrepâncias

mais significativas, como “litologia”, “cor”, “alteração”, “fracturação” e “RQD”, esta deve-

se, pelo menos em parte, ao contexto específico desta sondagem, genericamente

caracterizado por solos e rochas sedimentares brandas, fértil portanto em situações

dúbias em classificação macroscópica, devido aos termos litológicos intermédios.

Análise e interpretação dos resultados

129

Contexto este, que condiciona fortemente a aplicabilidade de parâmetros como

“alteração”, “fracturação” e “RQD”, tornando a classificação mais subjectiva, pois assenta

sobremaneira na interpretação pessoal do técnico.

Figura 99 – Variação dos “parâmetros” com a profundidade nas classificações da sondagem S1

Análise e interpretação dos resultados

130

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5 actual

0,5 1,0

1,0 1,5

1,5 2,0

2,0 2,5

2,5 3,0

3,0 3,5

3,5 4,0

4,0 4,5

4,5 5,0

5,0 5,5

5,5 6,0

6,0 6,5

6,5 7,0

7,0 7,5

7,5 8,0

8,0 8,5

8,5 9,0

9,0 9,5

9,5 10,0

10,0 10,5

10,5 11,0

11,0 11,5

11,5 12,0

12,0 12,5

12,5 13,0

13,0 13,5

13,5 14,0

14,0 14,5

14,5 15,0

Profundidade

(m)

S2 - Estratigrafia - Tabela Resumo do Parâmetro

depósito

cobertura

carbónico

recente

(dc)

HMi -

Formação

de Mira

(Grupo do

Flysch do

Baixo

Alentejo)

carbónico -

Formação

de Mira

(HMi)

carbónico

HMI -

Formação

de Mira

(Grupo do

Flysch do

Baixo

Alentejo)

HMi -

Formação

de Mira

carbónico

Formação

de Mira

(Hmi)

carbónico

Formação

de Mira

carbónico carbónico carbónico

inferior

moderno

carbónico -

HMI

actual

carbónico

carbónico

7.2 Sondagem S2

7.2.1 Parâmetro “Estratigrafia”

A análise e interpretação dos resultados deste parâmetro é apoiada pelos seguintes

elementos, já apresentados no capítulo “6. Processamento dos dados”:

Nas classificações distinguem-se genericamente dois grupos de dados: idade mais

recente (valores ≤ 60) e idade carbónica (valores ≥ 80). Das 14 classificações, uma não

classificou este parâmetro, oito classificaram a totalidade da amostra como sendo de

idade carbónica, e as restantes cinco, utilizaram termos das duas idades, recente e

carbónica.

Foram no entanto utilizados mais do que um termo, em cada um dos grupos de dados,

embora com significados aproximados:

Parâmetro Dados da classificaçãoValor para representação

gráfica

carbónico inferior 90

carbónico 80

actual 60

recente 50

moderno 40

depósitos de cobertura 20

Estratigrafia

(S2)

HMi - Formação de Mira (Grupo

do Flysch do Baixo Alentejo)100

Análise e interpretação dos resultados

131

Idade mais recente: depósito de cobertura; moderno; recente; actual

Idade carbónica: carbónico; carbónico inferior; HMi - Formação de Mira (Grupo do Flysch do Baixo Alentejo)

Apesar da utilização de diferentes termos para a mesma “informação”, do ponto de vista

técnico, todos os termos utilizados em ambos os casos, classificam aquilo a que dizem

respeito (materiais de idade recente e materiais de idade carbónica), sendo portanto

genericamente representativos, embora seja de referir que a designação “depósito de

cobertura” não seja uma designação verdadeiramente estratigráfica (cronostratigráfica).

Relativamente à frequência de utilização de cada termo, no que diz respeito aos materiais

mais recentes, somente o termo “actual” (valor 60) foi utilizado duas vezes, tendo os

restantes sido utilizados apenas uma vez (valores 20, 40 e 50).

No segundo grupo, o termo mais utilizado foi “HMi - Formação de Mira (Grupo do Flysh

do Baixo Alentejo), portanto o termo que identifica a formação. Este termo, com valor

100, foi utilizado por 7 classificações. O termo “carbónico”, com valor 80, é o mais

genérico dos três, e foi utlizado em cinco classificações. O termo menos utilizado foi

“carbónico inferior” (valor 90), tendo sido utilizado somente por uma classificação.

Relativamente à profundidade a que foi definido cada um dos grupos de dados, existiu

genericamente uma boa consistência, uma vez que mesmo nas classificações em que

foram distinguidos materiais mais recentes, estes foram-no somente até reduzidas

profundidades (1,5 m), pelo que a globalidade da amostra foi classificada como sendo de

idade carbónica. Excepção feita, contudo, a uma das classificações, em que o termo

“moderno” foi utilizado até aos 4,5 m de profundidade.

No global, existe uma boa consistência em relação à classificação estratigráfica dos

materiais desta sondagem, uma vez que a generalidade das classificações classifica a

maior parte da amostra, como sendo de idade carbónica.

7.2.2 Parâmetro “Litologia”

A análise e interpretação dos resultados deste parâmetro é apoiada pelos seguintes

elementos, já apresentados no capítulo “6. Processamento dos dados”:

Análise e interpretação dos resultados

132

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5coluvião

fragmen

0,5 1,0

1,0 1,5

1,5 2,0 silte argilosofrag xisto

grauváquico

fragmentos

idem

2,0 2,5

2,5 3,0

3,0 3,5 xistofrag xisto

grauváquico

fragmentos

idem

3,5 4,0

4,0 4,5

4,5 5,0fragmentos

xistentosxisto argiloso

5,0 5,5frag

grauváquicoxisto argiloso

5,5 6,0

6,0 6,5

6,5 7,0

7,0 7,5

7,5 8,0

8,0 8,5

8,5 9,0

9,0 9,5frag

quartzosos

frag líticos

nat

9,5 10,0 xisto argilosofrag litic nat

xistenta e qz

10,0 10,5 xisto argilosofragmentos

xisto

10,5 11,0

11,0 11,5

11,5 12,0

12,0 12,5

12,5 13,0

13,0 13,5

13,5 14,0

14,0 14,5

14,5 15,0

xisto

fragmentos

xisto-

grauváquico

s

fragmentos

xisto-

grauváquico

s

fragmentos

xisto-

grauváquico

s

xisto

sericitico

xisto

xisto

xisto argiloso

xisto argiloso

xisto argiloso

xisto

xisto

xisto

xisto

xisto

xisto

xisto

xisto

xisto

xisto

grafitoso

xisto

xisto

fragmentos /

argila

xisto

xisto-

grauvaque

xisto-

grauvaque

xisto-

grauvaque

xisto

xisto

grauvacóide

xisto argiloso

silte argiloso

xisto argiloso

grauvaque

S2 - Litologia - Tabela Resumo do Parâmetro

Profundidade

(m)

silte argilosocalhaus de

xisto

depósito/ater

ro cascalho

de xisto

depósito

cobertura

xisto

xisto

xisto

xisto

xisto

fragmentos

grauváquico

s

fragmentos

grauváquico

s

fragmentos

grauváquico

s

xisto

xisto

xisto

xisto

xisto

xisto argiloso

xisto

xisto

xisto

xisto argiloso

xisto

grafitoso

fragmentos

xistentos

fragmentos

xistentos

xisto argiloso

xisto argiloso

xisto argiloso

xisto

Genericamente verifica-se uma certa consistência nos resultados obtidos, apesar de até

aos 4,5 m de profundidade existirem 5 termos diferentes, para classificar a mesma

amostra (“xisto”; “xisto grauvaque”; “xisto-argiloso”; “fragmentos de …”; “depósito de

cobertura/aterro”).

No cômputo geral das 14 classificações, o termo “xisto” (valor 80) foi o mais utilizado,

com 51%, seguido do termo “xisto argiloso…” (valor 70) com 25%. O terceiro termo mais

utlizado foi o “xisto-grauvaque” (valor 90) com 10%.

Relativamente à consistência dos resultados, analisam-se os termos aplicados e a

profundidade a que são utilizados, ou seja os limites litológicos. No entanto, nesta

sondagem, não existe uma sequência litológica complexa ou diversificada, pelo que a

generalidade das classificações, utiliza maioritariamente um termo.

Parâmetro Dados da classificaçãoValor para

representação gráfica

grauvaque 100

xisto grauvaque 90

xisto 80

xisto argiloso; xisto grafitoso;

xisto sericitico70

fragmentos de xisto,

graváquicos, quartzosos50

silte; silte argiloso 30

depósito cobertura; aterro;

coluvião10

Litologia

(S2)

Análise e interpretação dos resultados

133

Nesse sentido, a discrepância, quando existe, é relativa ao termo aplicado

maioritariamente, em cada classificação. Trata-se portanto de uma questão de critério

quando à designação da amostra e não tanto quanto às profundidades de cada transição

litológica.

Complementarmente, para esta análise, foi construído um gráfico acessório, que

sistematiza a quantidade e espessura das camadas litológicas definidas em cada uma

das classificações.

A maior discrepância de critérios verificada nas classificações, tem sobretudo a ver com o

facto de 4 classificações não classificarem explicitamente a amostra como sendo de

maciço in situ, até profundidades consideráveis, tendo o material sido classificado

genericamente como “fragmentos” (xistosos, grauváquicos, xisto-grauváquicos,

quartzosos), e “depósito de cobertura/aterro” no caso de uma das classificações. Apesar

de, nas classificações que consideraram “fragmentos”, estes materiais terem sido

classificados como sendo do carbónico (Formação de Mira), no parâmetro “estratigrafia”.

Esta discrepância de critérios estará relacionada com o facto do material (genericamente

xisto) se apresentar muito fracturado e muito alterado, em especial na primeira metade da

sondagem.

Figura 100 – Fotografia de caixa de amostra da sondagem S2 (caixa 1)

Na parte final da sondagem, dos 10,5 m de profundidade em diante, verificam-se

igualmente critérios distintos, embora, maioritariamente dentro do mesmo tipo genérico

de rocha. Esta discrepância terá somente a ver com o critério pessoal de cada técnico,

pois para a mesma amostra foram utilizados termos como “xisto”, “xisto grafitoso”, xisto

argiloso”, xisto grauvacóide”, “xisto-grauvaque” e “grauvaque”.

Figura 101 – Fotografia de caixa de amostra da sondagem S2 (caixa 3)

Análise e interpretação dos resultados

134

Relativamente à individualização de camadas, existem discrepâncias consideráveis nas

14 classificações. Os gráficos seguintes representam o número de camadas

individualizadas em cada classificação e respectiva espessura.

Figura 102 – Número de camadas individualizadas por classificação

O número de camadas individualizadas por classificação varia entre 2 e 11, sendo a

média de 6 (CM). Em termos de estatística descritiva, a moda, o valor que ocorre com

mais frequência, é o 5, com 4 classificações a individualizarem estes números de

camadas.

Figura 103 – Gráfico com a representação da espessura das camadas por classificação

Análise e interpretação dos resultados

135

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5 acastanhado

0,5 1,0

1,0 1,5

1,5 2,0 acastanhado acastanhdo

2,0 2,5

2,5 3,0

3,0 3,5castanho

avermelhadoacastanhado acastanhdo

3,5 4,0

4,0 4,5

4,5 5,0 negroacastanhado

acinzentado

5,0 5,5 castanhoacastanhado

acinzentado

5,5 6,0

6,0 6,5

6,5 7,0

7,0 7,5

7,5 8,0

8,0 8,5

8,5 9,0

9,0 9,5 acinzentado negro

9,5 10,0 cinzento negro

10,0 10,5cinzento

escuronegro

10,5 11,0

11,0 11,5

11,5 12,0

12,0 12,5

12,5 13,0

13,0 13,5

13,5 14,0

14,0 14,5

14,5 15,0

castanho

amarelado

castanho

amarelado

castanho

amarelado

esverdeado

avermelhado

negro

amarelo

acastanhado

castanho

acinzentado

cinzento a

negro

castanho

acinzentado

cinzento

escuro

bege

alaranjado

cinzento

cinzento

cinzento

cinzento

acastanhado

acastanhado

acinzentado

cinzento

escuro a

negro

acastanhado

cinzento

acastanhado

cinzento a

negro

acastanho

acinzentado

e

acastanhado

claro

acinzentado

escuro a

negro

cinzento

amarelado

acinzentado

e cinzento

escuro

cinzento

cinzento a

cinzento

escuro

cinzento a

cinzento

escurocinzento

escuro

acastanhado

cinzento

escuro

acastanhado

acinzentado

castanho

alaranajdo e

acinzentado

castanho

acinzentado

cinzento

acastanhado

cinzento

escuro a

negro

cinzento

cinzento

avermelhado

acinzentado

e

acastanhado

cinzento

acastanhado

cinzento

escuro

acinzentado

e castanho

avermelhado

cinzento

escuro

castanho

castanho

castanho

negro

negro

S2 - Cor - Tabela Resumo do Parâmetro

Profundidade

(m)

acastanhado

acastanhado

e

acinzentado

acastanhado

acinzentado

e

acastanhado

cinzento

escuronegro

castanho

avermelhado

castanho

avermelhado

castanho

avermelhado

castanho

acinzentado

As espessuras das camadas definidas nas classificações variam entre 0,5 m e 10,0 m. As

camadas com 0,5 m, na realidade dizem respeito às camadas individualizadas com as

amostras recuperadas nos ensaios SPT (45 cm).

A totalidade das classificações traduz-se em 79 camadas individualizadas em 210 metros

de classificação (14 x 15,0 m), resultando numa espessura média por camada de 2,7 m.

7.2.3 Parâmetro “Granularidade”

Nesta sondagem, nenhuma classificação utilizou este parâmetro, pelo que a consistência

de critérios foi absoluta.

7.2.4 Parâmetro “Cor”

A análise e interpretação dos resultados deste parâmetro é apoiada pelos seguintes

elementos, já apresentados no capítulo “6. Processamento dos dados”:

Parâmetro Dados da classificaçãoValor para

representação gráfica

cinzento escuro; negro 100

cinzento; acinzentado 90

castanho acinzentado; cinzento

acastanhado; cinzento

avermelhado; acinzentado e

castanho avermelhado

80

castanho; acastanhado 60

cinzento amarelado; bege

alaranjado; amarelo

acastanhado; castanho

amarelado

40

esverdeado avermelhado 20

sem indicação sem valor

Cor

(S2)

Análise e interpretação dos resultados

136

O parâmetro “cor” reveste-se de alguma particularidade, pois apesar dos inúmeros

termos passiveis de serem usados na caracterização da cor da amostra, e de por essa

razão, poder surgir alguma discrepância de resultados, na verdade, do ponto de vista

técnico, tratando-se de termos por vezes muito aproximados, este aspecto não interfere

em geral com a representatividade da classificação.

Na classificação da cor da sondagem S2 foram usados 16 termos, agrupados de acordo

com a proximidade ou significado.

No que diz respeito à consistência dos resultados, esta varia consoante a profundidade

da sondagem, sendo menor até aos 10,5 m de profundidade e consideravelmente

superior, dessa profundidade em diante.

Com efeito, até aos 10,5 m de profundidade, verifica-se alguma dispersão dos resultados,

que tem maior expressão entre os 4,5 m e os 9,0 m de profundidade, onde foram

aplicados 5 termos distintos na mesma amostra (“acastanhado”; “negro”; “cinzento

acastanhado”; “cinzento”; “esverdeado avermelhado”), com valores de 20 até 100.

Em oposição, dos 10,5 m de profundidade para a base, a consistência dos resultados é

quase total, tendo 13 classificações utilizado termos como “cinzento escuro a negro”

(valor 100), e somente uma, utlizado o termo “cinzento” (valor 90).

Apesar da dispersão de resultados na parte inicial da sondagem, em cada uma das

classificações, individualmente, foram somente utilizados em média 3 termos (CM).

sendo este igualmente o valor da moda (em estatística descritiva), com uma frequência

de 7 observações.

Análise e interpretação dos resultados

137

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5 W4/5 W4/3 W3/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4 W5

0,5 1,0 W4/5 W4/3 W3/4 W4/3 W4/5 W4/5 W4/5 W4 W5

1,0 1,5 W4/5 W4/3 W3/4 W4/3 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4 W4/5

1,5 2,0 W5/4 W4/5 W4/5 W3/5 W4/3 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4

2,0 2,5 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W3/5 W4/3 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4

2,5 3,0 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W3/5 W4/3 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4

3,0 3,5 W5/4 W4/5 W5 W4/5 W4/3 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4

3,5 4,0 W5/4 W4/5 W4/5 W5 W4/5 W4/3 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4

4,0 4,5 W5/4 W4/5 W4/5 W5 W4/5 W4/3 W5/4 W4/5 W4/5 W4/5 W4

4,5 5,0 W4 W4 W3/2 W4 W3/4 W3/4 W4/3 W3 W5/4 W4 W4/5 W4/5 W3 W4

5,0 5,5 W4 W4 W3/2 W4 W4/5 W4/5 W4/3 W3 W5/4 W4 W4/5 W4/5 W5 W4

5,5 6,0 W4 W3/4 W3/2 W4 W3/4 W3/4 W3 W3 W3 W4 W4/3 W4/5 W2 W4

6,0 6,5 W4 W3/4 W3/2 W4 W3/4 W3/4 W3 W3 W3 W4 W4/3 W3/4 W2 W4

6,5 7,0 W4 W3/4 W3/2 W4 W3/4 W3/4 W3 W3 W3 W4 W4/3 W3/4 W2 W4

7,0 7,5 W4 W3/4 W3/2 W4 W3/4 W3/4 W3 W3 W3 W4 W4/3 W3/4 W2 W4

7,5 8,0 W4 W3/4 W3/2 W4 W3/4 W3/4 W3 W3 W3 W4 W4/3 W3/4 W2 W4

8,0 8,5 W4 W3/4 W3/2 W4/5 W4/5 W3/5 W3 W3 W3 W4 W4 W4/5 W3/4 W4

8,5 9,0 W5/4 W3/4 W3/2 W4/5 W4/5 W3/5 W3 W5 W5/4 W4 W4 W4/5 W3/4 W4

9,0 9,5 W5/4 W3/4 W3/2 W4/5 W3/4 W3/4 W3 W5 W5/4 W4 W4/5 W4/5 W3 W4

9,5 10,0 W5/4 W3/4 W3/2 W4/5 W3/4 W3/4 W3 W4/3 W5/4 W4 W4/5 W4/5 W3

10,0 10,5 W5/4 W3/4 W3 W4/5 W3 W3 W3 W4/3 W5/4 W4/3 W4/5 W4/5 W3 W3

10,5 11,0 W3/2 W3/4 W1 W3 W2/3 W2/3 W2/1 W4/3 W1 W3 W4/5 W3/4 W2 W1/2

11,0 11,5 W3/2 W3/4 W1 W3 W2/3 W2/3 W2/1 W4/3 W1 W3 W4/3 W3/4 W3/2 W1/2

11,5 12,0 W3/2 W3/4 W1 W3 W2/3 W2/3 W2/1 W4/3 W1 W3 W4/3 W3/4 W3/2 W1/2

12,0 12,5 W2 W3/4 W1 W2 W2/3 W2/3 W2/1 W2 W1 W3/2 W4/3 W3/4 W2 W1/2

12,5 13,0 W2 W3/4 W1 W2 W2/3 W2/3 W2/1 W2 W1 W3/2 W3/2 W3/4 W2 W1/2

13,0 13,5 W2 W3/4 W1 W2 W2/3 W2/3 W2/1 W2 W1 W3/2 W3/2 W3/4 W1 W1/2

13,5 14,0 W2 W3/4 W1 W2 W2/3 W2/3 W2/1 W2 W1 W3/2 W3/2 W3/4 W1 W1/2

14,0 14,5 W2 W3/4 W1 W2 W2/4 W2/4 W2/1 W2 W1 W3/2 W3/2 W3/4 W2/3 W1/2

14,5 15,0 W2 W3/4 W1 W2 W2/4 W2/4 W2/1 W2 W1 W3/2 W3/2 W3/4 W3 W1/2

S2 - Alteração - Tabela Resumo do Parâmetro

Profundidade

(m)

Figura 104 – Grupos de cores utilizados por classificação

Este aspecto, leva a crer que a dispersão de resultados até aos 10,5 m de profundidade,

estará sobretudo relacionada com o facto de existir um vasto conjunto de termos

cromáticos na língua portuguesa, a que acresce o facto de ser comum conjugar dois ou

mais termos como “cinzento acastanhado”, ou ainda “cinzento escuro”, tornando a

eleição do, ou dos termos mais representativos para cada amostra, consideravelmente

subjectiva. Na prática, cada técnico elegerá, dentro dos muitos termos existentes,

aqueles com os quais prefere trabalhar, com o intuído de melhor classificar a amostra

relativamente à cor, podendo coexistir diferentes critérios e consequentemente diferentes

grupos de cores, para técnicos diferentes.

7.2.5 Parâmetro “Alteração”

A análise e interpretação dos resultados deste parâmetro é apoiada pelos seguintes

elementos, já apresentados no capítulo “6. Processamento dos dados”:

Parâmetro Dados da classificação Valor para

representação gráfica

W1 100

W2/1; W1/2 90

W2 80

W3/2; W2/3 70

W3 60

W4/3; W3/4 50

W4 40

W5/4; W4/5 30

W5 20

outro 0

Alteração

(S1 e S2)

Análise e interpretação dos resultados

138

O parâmetro “alteração” nesta sondagem em concreto, sofre interferência de dois outros

aspectos intrínsecos ao tipo de rocha em questão, como sendo a fracturação intensa

(natural ou artificial) promovida pela xistosidade, e a resistência da rocha, pelo facto de

esta ser branda, inclusive no seu estado são. Verifica-se assim alguma dispersão de

resultados, que se admitem relacionados com estes aspectos, uma vez que estes

sugerem uma abordagem mais conservadora durante a classificação, introduzindo assim

um factor acrescido de subjectividade.

Genericamente, os resultados distinguem-se em três grupos ou intervalos de

profundidade, com graus de alteração médios decrescentes com o aumento da

profundidade, coerente com o “horizonte esquemático típico“ de alteração das rochas.

Estes intervalos de profundidade são: dos 0,0 m aos 5,0 m; dos 5,0 m aos 11,0 m; dos

11,0 m para a base.

Entre os 0,0 m e os 5,0 m de profundidade, os resultados caracterizam-se por uma ligeira

dispersão entre os termos W5 e W3/4 (valores 20 a 50, respectivamente), embora esta

dispersão tenha a ver com o critério de cada classificação, pois cada uma elege em geral

somente um dos termos, não existindo variação do mesmo, dentro do intervalo em causa.

No entanto, a maioria das classificações (9) optou pelos termos W5/4 e W4/5 (valor 30).

Figura 105 – Fotografia de caixa de amostra da sondagem S2 (caixa 1)

Análise e interpretação dos resultados

139

Entre os 5,0 m e os 11,0 m de profundidade, os resultados caracterizam-se por uma

dispersão entre os termos W4/5 e W2 (valores 30 a 80, respectivamente), embora a larga

maioria das classificações (12) aplique termos de W4 a W3 (valores 40 a 60,

respectivamente). Excepção feita entre os 8,5 m e os 10,5 m, em que mais de metade

das classificações (8) consideram um aumento do grau de alteração, utilizando termos de

W5 a W4/5 (valores 20 a 30, respectivamente).

Figura 106 – Fotografia de caixa de amostra da sondagem S2 (caixa 2)

Entre os 11,0 m e a base da sondagem, os resultados caracterizam-se por uma redução

geral do grau de alteração na maioria das classificações, variando os termos de W3/4 a

W1 (valores 50 a 100, respectivamente), sendo na maioria das classificações (12), os

termos predominantes entre W3/2 a W1 (valores 70 a 100, respectivamente).

Figura 107 – Fotografia de caixa de amostra da sondagem S2 (caixa 3)

Foram ainda utilizados em duas classificações, termos compostos, conjugando 2 termos

não consecutivos, como W2/4 e W3/5 (valor 0). Estes termos não são comuns, nem se

encontram recomendados pela ISRM (International Society of Rock Mechanics).

Em suma, e apesar de se verificar alguma dispersão dos resultados em virtude de

algumas classificações utilizarem critérios distintos, no geral, e na maioria das

classificações existe uma consistência de resultados e critérios, sendo a variação dos

mesmos, ligeira e dentro de um intervalo limitado.

Análise e interpretação dos resultados

140

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F4

0,5 1,0 F5/4 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F4

1,0 1,5 F5/4 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F4 F5

1,5 2,0 F5/4 F5/4 F5/4 F5 F5 F5 F5 F4

2,0 2,5 F5 F5/4 F5/4 F5/4 F5 F5 F5 F5 F4

2,5 3,0 F5 F5/4 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F4

3,0 3,5 F5/4 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F4/5

3,5 4,0 F5 F5/4 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F4/5

4,0 4,5 F5 F5/4 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F4/5

4,5 5,0 F5/4 F5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5

5,0 5,5 F5/4 F5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F4 F5

5,5 6,0 F5/4 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F4 F5

6,0 6,5 F5/4 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F4 F5

6,5 7,0 F5/4 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F4 F5

7,0 7,5 F5/4 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F4 F5

7,5 8,0 F5/4 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F4/5 F4 F5

8,0 8,5 F5/4 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5

8,5 9,0 F5 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5

9,0 9,5 F5 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5

9,5 10,0 F5 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5

10,0 10,5 F5 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F4/5

10,5 11,0 F5 F4/5 F4/5 F5/4 F4/5 F5/4 F5 F5 F5 F5 F5 F4/5 F4 F2/3

11,0 11,5 F4/5 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F4/5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F2/3

11,5 12,0 F4/5 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F4/5 F5 F5 F5 F5 F5 F5 F2/3

12,0 12,5 F4/5 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F4/5 F5/4 F5 F4/5 F5 F5 F5/4 F2/3

12,5 13,0 F4 F4/5 F5 F5/4 F5 F5 F4/5 F5/4 F5 F4/5 F5 F4/5 F5/4 F2/3

13,0 13,5 F4 F4/5 F3/5 F4/5 F5/4 F4/5 F4/5 F5/4 F5 F4/5 F4/5 F5 F4/3 F2/3

13,5 14,0 F4 F4/5 F3/5 F4/5 F5/3 F3/5 F4/5 F5/4 F4 F4/5 F4/5 F3 F4/3 F2/3

14,0 14,5 F4 F4/5 F3/5 F4/5 F5/4 F5/4 F4/5 F5/4 F3 F4/5 F4/5 F4/5 F4 F2/3

14,5 15,0 F4 F4/5 F4/3 F4/5 F5/4 F5/4 F4/5 F5/4 F3 F4/5 F4/5 F5 F4 F2/3

S2 - Fracturação - Tabela Resumo do Parâmetro

Profundidade

(m)

7.2.6 Parâmetro “Fracturação”

A análise e interpretação dos resultados deste parâmetro é apoiada pelos seguintes

elementos, já apresentados no capítulo “6. Processamento dos dados”:

O parâmetro “facturação” reveste-se de especial importância na classificação desta

sondagem, dado o estado de fracturação intenso da amostra, que deriva do tipo de

rocha, e respectiva reduzida resistência, em especial nos planos de xistosidade.

Este parâmetro apresenta uma boa consistência, sendo que até aos 11,0 m de

profundidade, os termos aplicados na generalidade das classificações (13) variou de F5 a

F4/5 (valores 20 e 30 respectivamente).

Parâmetro Dados da classificação Valor para

representação gráfica

F1 100

F2/1; F1/2 90

F2 80

F3/2; F2/3 70

F3 60

F4/3; F3/4 50

F4 40

F5/4; F4/5 30

F5 20

outro 0

Fracturação

(S1 e S2)

Análise e interpretação dos resultados

141

A partir dos 11,0 m de profundidade, apesar de se manter a consistência na generalidade

das classificações, verifica-se um ligeiro aumento da discrepância de critérios, tendo sido

pontualmente utilizados termos como F4, F4/3, F3 e F2/3 (valores, 40, 50, 60 e 70,

respectivamente), para além dos mencionados F5 e F4/5.

À semelhança do ocorrido no parâmetro “alteração”, foram pontualmente utilizados em

três classificações, termos compostos, conjugando 2 termos não consecutivos, como

F3/5 e F5/3 (valor 0). Estes termos não são comuns, nem se encontram recomendados

pela ISRM (International Society of Rock Mechanics).

Relativamente à consistência dos resultados, é ainda, no entanto, de salientar dois

aspectos. Se, por um lado, o intenso estado de fracturação é susceptível de promover

uma maior consistência dos resultados, limitando a classificação à aplicação de termos

como F4/5, que abrangem a quase totalidade do afastamento das fracturas na sondagem

(≤ 20 cm), por outro lado, o intenso estado de fracturação engloba um aspecto com uma

carga subjectiva considerável, que é a avaliação das fracturas artificiais. Este aspecto, é

aliás determinante para a consistência dos resultados, uma vez que poderia alargar

consideravelmente o afastamento entre fracturas, função da avaliação que cada técnico

fizesse relativamente à origem das mesmas.

Contudo, e apesar de existir essa possibilidade no contexto em questão, os resultados

são consistentes, uma vez que a generalidade dos técnicos pautou a sua avaliação

relativamente à origem das fracturas por uma abordagem conservadora.

7.2.7 Parâmetro “Percentagem de recuperação”

A análise e interpretação dos resultados deste parâmetro é apoiada pelos seguintes

elementos, já apresentados no capítulo “6. Processamento dos dados”:

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14 CS CM

0,0 0,5 27 20 25 25 19 27 25 23 23 23 23 21 25 27 24

0,5 1,0 27 20 25 25 19 27 25 23 23 23 23 21 25 27 24

1,0 1,5 27 20 25 25 19 27 25 23 23 23 23 21 25 30 27 24

1,5 2,0 33 35 35 35 30 33 33 50 33 36

2,0 2,5 33 50 35 35 46 53 35 48 30 33 33 48 35 50 33 40

2,5 3,0 33 50 35 35 46 53 35 48 30 33 33 48 35 50 33 40

3,0 3,5 20 21 20 20 18 18 18 30 20 21

3,5 4,0 20 24 21 20 20 29 20 43 18 18 18 23 21 30 20 23

4,0 4,5 20 24 21 20 20 29 20 43 18 18 18 23 21 30 20 23

4,5 5,0 60 38 62 44 38 64 50 49 60 46 40 51 75 50 60 52

5,0 5,5 100 50 100 87 83 100 100 100 100 100 100 83 100 100 100 93

5,5 6,0 100 100 100 100 100 100 100 100 92 100 100 100 86 100 100 98

6,0 6,5 80 100 86 70 63 70 76 70 80 80 86 50 90 100 80 79

6,5 7,0 70 75 77 75 60 76 80 70 67 75 70 70 75 75 70 73

7,0 7,5 70 75 100 75 60 76 80 70 67 75 70 70 75 75 70 74

7,5 8,0 100 100 100 100 100 100 100 97 100 100 100 100 100 75 100 98

8,0 8,5 38 50 48 19 23 45 48 25 40 25 35 25 50 30 30 36

8,5 9,0 38 50 48 19 23 45 48 25 40 25 35 25 50 30 30 36

9,0 9,5 50 60 31 67 50 75 50 25 60 51

9,5 10,0 50 85 60 31 63 84 67 100 50 42 100 86 80 50 50 68

10,0 10,5 50 33 83 42 33 50 57 64 50 43 50 20 60 40 50 48

10,5 11,0 100 100 100 100 83 100 67 100 100 100 100 100 100 100 100 96

11,0 11,5 100 100 96 60 72 100 74 90 60 100 92 82 95 100 100 87

11,5 12,0 60 40 64 50 38 66 64 60 60 50 66 50 65 100 60 60

12,0 12,5 100 100 100 100 100 100 100 99 95 100 95 94 100 100 100 99

12,5 13,0 100 100 100 100 100 100 100 99 100 100 100 100 100 100 100 100

13,0 13,5 100 100 100 100 100 100 100 96 100 100 100 100 100 100 100 100

13,5 14,0 100 100 100 100 73 100 100 96 100 100 100 93 100 100 100 97

14,0 14,5 100 100 100 100 72 100 100 100 92 100 100 84 100 100 100 96

14,5 15,0 100 100 100 100 93 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Profundidade

(m)

S2 - Percentagem de Recuperação - Tabela Resumo / Numérica do Parâmetro

Análise e interpretação dos resultados

142

Conforme já referido relativamente à sondagem S1, a percentagem de recuperação tem a

particularidade de ser habitualmente determinada pelo sondador, ao invés de pelo

técnico, razão pela qual se considerou pertinente incluir neste estudo os valores de

percentagem de recuperação constantes nas partes diárias da sondagem. Estes valores

correspondem à classificação “CS” e a sua inclusão tem como objectivo perceber se

estes estão de acordo com os valores determinados pelos técnicos e se são portanto

representativos da percentagem de recuperação da amostra.

Neste parâmetro, verifica-se em geral uma dispersão de resultados assinalável, existindo

em cada profundidade, valores de várias ordens de grandeza. Excepção feita em dois

intervalos, em que existe uma boa consistência de resultados. Esses intervalos

correspondem genericamente ao início e ao fim da sondagem.

Com efeito, entre os 0,0 m e os 1,5 m de profundidade, verifica-se uma consistência

assinalável nos resultados, com valores máximos e mínimos de percentagem de

recuperação de 27% e 19%, respectivamente, sendo a média de 24%.

Dos 12,0 m para a base da sondagem, verifica-se igualmente uma boa consistência, com

valores de percentagem de recuperação, em geral da ordem dos 100%.

Contudo, no intervalo definido entre os 1,5 m e os 12,0 m de profundidade, os valores de

percentagem de recuperação variam consideravelmente, existindo intervalos em que os

valores variam entre 25% e 100%.

Análise e interpretação dos resultados

143

À semelhança do verificado na sondagem S1, esta discrepância está sobretudo

relacionada com a forma como é considerada a manobra de furação, para a

determinação do valor de percentagem de recuperação. Desde logo, e nas situações em

que o ensaio SPT penetra 45 cm, nas classificações que subtraem o comprimento do

ensaio à manobra, verifica-se uma redução de cerca de 30% no comprimento da mesma,

traduzindo-se este facto num aumento de 50% (em percentagem) do valor de

percentagem de recuperação.

Esta situação interfere com a consistência dos resultados, nas manobras realizadas após

os ensaios SPT dos 1,5 m, 3,0 m e 9,0 m de profundidade. Nos restantes ensaios a

diferença gerada não tem expressão, uma vez que os comprimentos dos ensaios são

≤ 11 cm. Para as 6 classificações cujo critério foi este, as respectivas manobras tiveram

início aos 1,95 m, 3,45 m e 9,45 m de profundidade, em detrimento das profundidades

anteriormente indicadas.

A discrepância dos resultados é agravada sempre que as manobras têm comprimento

reduzido, como acontece nesta sondagem, em que foram realizadas manobras com

comprimentos inferiores a 50 cm, devido à intensa fracturação do maciço, que obriga ao

constante revestimento do furo.

É o caso da manobra dos 9,00 m de profundidade (ou 9,45 m após o ensaio SPT). Nesta

situação em concreto, acresce ainda que existe uma manobra de 20 cm, entre os 9,0 m e

os 9,2 m de profundidade. Esta manobra “imprevista” terá resultado do facto da

“ferramenta entalar” enquanto se fazia a rectificação do furo na zona do ensaio SPT.

Figura 108 – Fotografia de caixa de amostra da sondagem S2 (caixa 2)

SPT dos 9.0m Fim da primeira manobra após o ensaio SPT

Análise e interpretação dos resultados

144

Neste contexto, e considerando a totalidade das classificações, no intervalo dos 9,0 m

aos 9,8 m foram considerados 9 comprimentos de manobras distintos para a

determinação da percentagem de recuperação.

No Quadro 15, encontram-se indicadas as manobras (e intervalos) consideradas nas

classificações, bem como os respectivos comprimentos, e os valores de percentagem de

recuperação obtidos.

Manobra/Intervalo (m)

Comprimento do intervalo

Valores de percentagem de

recuperação

9,00 – 9,20 20 cm 100%; 100%; 90%;

100%; 75%

9,20 – 9,80 60 cm 50%; 67%; 50%;

42%; 50%

9,00 – 9,80 80 cm 31%

9,45 – 9,70 25 cm 56%; 84%

9,70 – 9,80 10 cm 100%; 100%

9,00 – 9,45 45 cm 25%

9,45 – 9,80 35 cm 85%; 60%; 100%; 86%; 80%; 50%

Quadro 15 – Diferentes comprimentos de manobras e respectivos valores resultantes

À semelhança do verificado na sondagem S1, a discrepância dos valores de

percentagem de recuperação, não resulta na maioria dos casos da medição da amostra

recuperada, resultando isso sim, do intervalo considerado para o cálculo. A discrepância

de critérios está portanto relacionada sobretudo com o intervalo considerado, embora,

pontualmente, se verifiquem diferenças na medição da amostra num mesmo intervalo,

que deverão resultar do facto da amostra se encontrar muito fracturada e/ou

desagregada e “espalhada” na caixa, sendo assim necessário interpretar ou estimar o

seu comprimento efectivo.

Os valores CM (classificação média) são os valores médios de percentagem de

recuperação, calculados para cada intervalo de 0,5 m, considerando somente as

classificações que atribuíram valor nesse intervalo. Nos intervalos em que existe uma

consistência de resultados assinalável (0,0 m a 1,5 m e 12,0 m em diante), os valores CM

são consistentes com a maioria das classificações. Pelo contrário, no intervalo entre

1,5 m e os 12,0 m de profundidade, existem gamas de valores consideravelmente

superiores e inferiores à CM.

Análise e interpretação dos resultados

145

É ainda de salientar que os valores CS (classificação do sondador), são em geral muito

consistentes com os valores da CM, registando-se normalmente diferenças inferiores a

10% (em valor) entre ambos.

7.2.8 Parâmetro “RQD”

A análise e interpretação dos resultados deste parâmetro é apoiada pelos seguintes

elementos, já apresentados no capítulo “6. Processamento dos dados”:

À semelhança do parâmetro “fracturação”, a forma como as fracturas são consideradas

relativamente à sua origem, naturais ou artificiais, é susceptível de interferir sobremaneira

com a consistência dos resultados.

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14 CM

0,0 0,5

0,5 1,0

1,0 1,5

1,5 2,0

2,0 2,5

2,5 3,0

3,0 3,5

3,5 4,0

4,0 4,5

4,5 5,0

5,0 5,5

5,5 6,0

6,0 6,5

6,5 7,0

7,0 7,5

7,5 8,0

8,0 8,5

8,5 9,0

9,0 9,5

9,5 10,0

10,0 10,5

10,5 11,0 33 33 33 37 40 50 43 37 63 41

11,0 11,5 63

11,5 12,0 63

12,0 12,5 63

12,5 13,0 58 63

13,0 13,5 17 43 26 36 33 34 14 34 43 51 24 39 25 63 34

13,5 14,0 34 45 26 43 31 31 29 34 29 57 79 33 55 63 42

14,0 14,5 20 30 15 20 20 20 20 15 23 30 26 45 63 27

14,5 15,0 30 15 15 23 63 29

Profundidade

(m)

S2 - RQD - Tabela Resumo / Numérica do Parâmetro

Análise e interpretação dos resultados

146

Neste caso, e apesar de existir alguma dispersão dos resultados nos últimos 4 m de

sondagem, até aos 11,0 m de profundidade verifica-se uma total consistência de critérios.

Com efeito, entre os 0,0 m e os 11,0 m de profundidade, a amostra encontra-se

extremamente fracturada (F5 a F4/5), não tendo nenhuma das classificações considerado

existirem tarolos com comprimento superior a 10 cm.

Cerca dos 11,0 m, nove classificações consideraram aplicável este parâmetro, variando

os valores de RQD entre os 33% e os 63%, sendo a média de 41%.

Entre os 11,0 m e os 12,5 m, somente uma classificação aplicou o parâmetro, em virtude

de ter optado por atribuir um valor médio de 63% a todo este troço final de sondagem.

Dos 13,0 m de profundidade em diante, a totalidade das classificações aplicou este

parâmetro, registando-se uma discrepância da ordem dos 30%, em cada profundidade.

A discrepância de resultados e por conseguinte de critérios, no que diz respeito à

determinação do RQD, está sobretudo relacionada com a forma como são consideradas

as fracturas mecânicas, a que acresce, o facto das manobras serem muito curtas, por

vezes de 40 cm, o que resulta numa maior sensibilidade dos valores, e consequentes

variações bruscas dos mesmos.

Portanto, contrariamente ao verificado na percentagem de recuperação, a discrepância

dos valores não está relacionada nem com os ensaios SPT, nem com a consideração de

diferentes comprimentos de manobras, uma vez que na larga maioria das classificações,

estes foram os mesmos.

O tipo de rocha em questão, genericamente xisto, devido à sua baixa resistência

intrínseca em especial nos planos de xistosidade, é altamente propenso ao surgimento

de fracturas artificiais, normalmente produzidas durante o processo de furação, e/ou

durante o manuseamento da amostra. A forma como estas fracturas são consideradas ou

ignoradas na medição do comprimento dos tarolos é determinante para o valor de RQD,

existindo classificações que abordaram de forma distinta esta temática.

Com efeito, os valores obtidos de RQD, indicam que algumas classificações

consideraram uma parte significativa das fracturas como sendo artificiais, resultando em

valores de RQD superiores. Pelo contrário, em algumas classificações, os valores

consideravelmente menores, para a mesma amostra e no mesmo intervalo, indicam que

as fracturas foram todas consideradas como sendo naturais.

Análise e interpretação dos resultados

147

Portanto, a homogeneidade de critérios verificada no parâmetro “fracturação” no que diz

respeito à origem das fracturas (naturais ou mecânicas), não se verifica de forma tão

expressa neste parâmetro.

É ainda de salientar, que no contexto particular desta sondagem, em que a avaliação da

origem das fracturas interfere sobremaneira com os resultados, é natural que exista

alguma discrepância nos mesmos, derivado à subjectividade desta avaliação, tanto mais

que, o grau de dificuldade desta avaliação é considerável no contexto específico em

causa, especialmente devido à persistência e quantidade de fracturas.

Relativamente à avaliação das fracturas e respectiva ponderação no cálculo do índice

RQD, a recomendação da ISRM é de ignorar as fracturas artificiais, portanto considerar a

amostra íntegra, embora, a favor da segurança, não seja comum os técnicos trabalharem

dessa forma, generalizadamente.

7.2.9 Parâmetro “Observações complementares de cariz geológico-

geotécnico”

A análise e interpretação dos resultados deste parâmetro é apoiada pelos seguintes

elementos, já apresentados no capítulo “6. Processamento dos dados”:

Análise e interpretação dos resultados

148

C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14

0,0 0,5

fragmentos de

xisto envoltos

por silte argiloso

0,5 1,0

1,0 1,5

1,5 2,0

calhaus de xisto;

horizonte de

rocha

decomposta

fragmentos

rochosos (<3

cm); laivos

amarelados e

avermelhados

laivos

amarelados e

avermelhados;

dimensão<3cm

2,0 2,5

2,5 3,0

3,0 3,5 decomposto

fragmentos

rochosos (<3

cm); laivos

amarelados e

com laivos

amarelados e

avermelhados;

dimensão<3cm

3,5 4,0

4,0 4,5

4,5 5,0

muito

fracturados e

friáveis à mão

(<3 cm)

fracturação/xisto

sidade sub HZ e

a 45º; oxidação

fr

5,0 5,5

natureza

xistenta, luzente,

negra; laivos

amarelados

laivos

alaranjados;

passagens silto-

argilosas

5,5 6,0

6,0 6,5

6,5 7,0

7,0 7,5

7,5 8,0

8,0 8,5

8,5 9,0

9,0 9,5matriz argilo

siltosa

dimensão<3cm;

matriz argilo-

siltosa

9,5 10,0

laivos amarel e

averm; intercal.

grauvaque e

veios qz; oxid.

nas fracturas e

superficies

xistosidade;

median a muito

alterado

dim variadas;

fraqueza

estrutural por

contacto

litológico

10,0 10,5

veios e f ilonetes

de quaz; em

geral median

alterado

veios de quartzo;

fracturação e

moagem

mecânica

10,5 11,0

fracturas

paralelas à

xistosidade; 40º

em relação eixo

11,0 11,5

fract

generalizada em

dif direcções

(fract mecânica)

11,5 12,0

fracturas

paralelas à

xistosidade; 40º

em relação eixo

12,0 12,5

fracturas

paralelas à

xistosidade; 30º

em relação eixo

12,5 13,0

idem com

algumas

fracturas

mecânicas

13,0 13,5

13,5 14,0

14,0 14,5

14,5 15,0idem com veios

de quartzo

S2 - Observações complementares de cariz geológico-geotécnico - Tabela Resumo do Parâmetro

Profundidade

(m)

fragmentos de

xisto; silicioso;

entre 14.9 e 15.0

com presença de

quartzo

muito fracturado

e muito alterado;

preenchimento

argiloso nas

fracturas; por

vezes

passagens

decompostas;

menos alterado

para a base;

xistosidade e

fracturação a

45º com eixo da

sondagem

muito fracturado;

f ilonentes de

quartzo;

xistosidade e

fracturação a

45º com o eixo

da sondagem

algo

grauvacoide;

com laivos

alaranjados;

micáceo;

intensamente

fracturado

algo

grauvacóide;

micáceo; muito

alterado a

decomposto;

passagens silto-

argilosas e

fracturas

subhorizontais

decomposto;

adquirindo

carácter silto-

argiloso com

fragmentos

liticos; com

laivos

alaranjados

delgados veios

irreguares de

quartzo

esbranquiçado e

com sulfuretos

(pirite);

predominância

de

xistosidade/fract

uração a 45º

com eixo da

sondagem

intercalação de

grauvaque;

tonalidades

avermelhadas e

alaranjadas

devido à

oxidação;

medianamente a intercalação de

grauvaque;

tonalidades

avermelhadas e

alaranjadas;

micáceo; muito

alterado a

decomposto;

adquirindo um

carácter silto-

argiloso com

fragmentos

rochosos; laivos

amarelados e

avermelhados

fragmentos

rochosos; laivos

amarelados e

avermelhados

fragmentos

rochosos; laivos

amarelados e

avermelhados

luzentes

luzentes; entre

9.8 e 9.9 < 2cm;

entre 10.2 e 10.5

< 6cm

muito alterado e

muito fracturado

com passagens

argilosas

muito alterado e

muito fracturado

com passagens

argilosas

muito alterado e

muito fracturado;

parte facilmente

pelos planos de

foliação

formando lascas

intensamente

fracturado e com

clivagem intensa

pelos planos de

foliação

formando lascas,

com passagens

argilif icadas

entre as

seguintes

profundidade:

6,00-6,07m; 7,50-

7,59m; 9,00-

9,20m.

(carbonatado),

pontualmente

injectado por

vénulas de

quartzo, com

clivagem intensa

pelos planos de

foliação

formando lascas.

As superfícies

resultantes da

clivagem pela

foliação

apresentam-se

lisas e polidas.

fragmentos de

xisto e restos de

raizes no topo

(depósito de

cobertura)

decomposto a

muito alterado

recuperado

como argila

siltosa;

muito alterado;

xistosidade a

inclinar cerca de

40º com o eixo;

fracturas quando

identif icaveis a

inclinar cerca de

40º com o eixo;

de bordos lisos a

ligeiramente

irregulares,

oxidados e com

preenchimento

argiloso

decomposto a

muito alterado;

recuperado

como argila

siltosa;

fragmentos de

xisto e quartzo

dispersos (zona

de falha?)

xistosidade a

inclinar cerca de

40º com o eixo

da sondagem;

fracturas quando

identif icáveis a

inclinar cerca de

40º em relação

ao eixo da

sondagem, de

bordos lisos e

planos com

ligeira patine

argilosa;

presença de

pequenas

massas e

f ilonetes de

quartzo

dispersos.

delgadas

intercalações de

grauvaque;

evidências de

oxidação nas

fracturas e

superfícies de

xistosidade;

medianamente a

muito alterado;

com passagens

decompostas

silto-argilosas;

laivos

alaranjados;

fracturação/xisto

sidade

subhorizontal e a

45º

delgadas

intercalações de

grauvaque;

evidências de

oxidação nas

fracturas e

superfícies de

xistosidade;

medianamente a

muito alterado;

com passagens

decompostas;

fracturação/xisto

sidade a 45º e

raras fracturas

subverticais

intercalações de

grauvaque e

presença de

pirite; pouco a

medianamente

alterado;

fracturas

subhorizontais e

obliquas em

relação ao eixo

da sondagem

interecalação de

grauvaque; veios

de quartzo;

pouco a median

alterado;

passagens muito

alteradas

laivos rosados;

muito fracturado;

intercalações

decimétricas de

xisto

decomposto,

recuperado

como argila de

tons

acastanhados

claros;

xistosidade com

inclinação de 50º

em relação ao

eixo, coincidente

com a maioria

das fracturas;

fracturas muito

oxidadas

pontualmente

com

preenchimento

argiloso

medianamente

alterado;

xistosidade a 50º

coincidente com

a maioria das

fracturas;

fracturas muito

oxidadas com

preenchimento

argiloso;

passagem de

quartzo entre 9.0

e 9.8m; f im da

zona de

alteração

superficial (zona

oxidada)

superficies de

xistosidade lisas

e pouco

onduladas com

inclinação de 60º

em relação ao

eixo da

sondagem;

fracturas

subverticais

ligeiramente

onduladas, lisas;

nos últimos 0,3m

com presença de

argila de falha

(?)

cascalho de

xisto envolto

numa matriz sito-

argilosa

grauvacóide,

muito alterado e

fracturado

fundamentalment

e pela

xistosidade;

xistosdade

oblíqua;

fracturas lisas

com película

ferruginosa

micáceo, com

fragmentos de

xisto: xisto

esmagado e

decomposto

grauvacóide,

com filonetes de

quartzo leitoso;

ocorrem

passagens

centimétricas

esmagadas e

brecheficadas

laminações de

xisto argiloso

cinzento escuro;

facturas

sinxistosas

predominantes,

oblíquas, lisas e

com escasso

preenchimento;

ocorrem

mineralizações

de sulfuretos

disseminadas no

folheto xistoso

não recuperado

decomposto a

muito alterado,

com frequentes

zonas

argilisadas

estratif icação

inclinada 20º,

muito apertada,

provocando

desplacamento;

fracturas

coincidentes com

a estratif icação,

de bordos

planos, lisos e

frequentemente

oxidados, c/

presença de

minerais de tons

alaranjados;

localmente

observam-se

fracturas pouco

zona muito

alterada com

presença de

argila de tons

acinzentados,

fragmentos de

xisto e quartzo

(zona de falha?);

zona com perda

signif icativa de

amostra

níveis

intercalados de

espessura

decimétrica de

tons mais claros

correspondentes

a zonas

ligeiramente mais

grosseiras

(metassiltitos);

estratif icação

inclinada cerca

de 40-50º em

relação ao eixo

da sondagem,

muito próxima,

provocando

desplacamento;

fracturas

coincidentes com

a xistosidade;

presença de

quartzo de cor

branca nos

ultimos 10cm da

sondagem

muito alterado a

decomposto;

resulta num solo

predominanteme

nte siltoso com

fragmentos

xistosos

dispersos

alterado a muito

alterado;

apresenta

xitosidade

intensa com

textura sedosa

no interior dos

planos de

xistosidade

alterado a pouco

alterado;

apresenta

xitosidade

intensa com

textura sedosa

no interior dos

planos de

xistosidade.

abundantes

preenchimentos

argilosos

acastanhados;

com passagens

argilosas regra

geral entre os

9,00 - 9,45m; por

vezes com finos

veios de quartzo;

fracturas a 0-

10º, 25-35º, 45º

e 80-90º, com

vestigios de

oxidação

acastanhados e

f inos

preenchimentos

argilosos;

xistosidade regra

geral a 45º

por vezes com

finos

preenchimentos

argilosos

acinzentados;

com finos veios

de quartzo;

fracturas a 0-

10º, 30º, 45º,

65º e 80-90º, por

vezes com finos

preenchimentos

argilosos;

xistosidade regra

geral a 45º

muito alterado a

decomposto;

argilif icado; com

intercalações

argilosas

centimétricas

muito alterado a

decomposto;

xistosidade muito

f ina; planos de

xistosidade com

oxidação

alaranjada

medianamente a

muito alterado;

oxidado; planos

de xistosidade

com cerca de

50º de inclinação

em relação ao

eixo do tarolo

muito alterado a

decomposto;

com passagens

argilosas e

oxidação

alaranjada nos

planos de

xistosidade;

entre os 10,20m

e os 10,50

interceptou-se

veio quartzo

esbranquiçado

medianamente

alterado; com

xistosidade muito

penetrativa e

com cerca de

50º ao eixo do

tarolo. Observam-

se intercalações

xistentas,

milimétricas a

centimétricas, de

cor cinzenta-

escura, com

intercalações

grauvaquóides,

mais claras e

centimétricas e

f inos veios

quartzosos

esbranquiçados.

Aos 14,90m

interceptou-se

veio quartzoso

esbranquiçado

com cerca de

3cm de

espessura

fracturas

paralelas à

xistosidade, 40º

em relação ao

eixo da carote

decomposto

intercalações

argilosas

inclinação

máxima 45º com

eixo da

sondagem; com

veios de quartzo

entre 9,45 - 9,80

m

carbonoso;

f inamente

laminado; com

veios de quartzo

em especial na

base;

xistosidade a 45º

com o eixo da

sondagem;

presença de

intercalações

negras,

carbonosas ou

grafitosas com

muito baixa

resistência ao

deslizamento

(ângulo de atrito

da ordem de 20º)

óxidos de ferro;

micáceo; o xisto

possui sericite;

fracturas

paralelas à

xistosidade

óxidos de ferro;

micáceo; o xisto

possui sericite;

fracturas

paralelas à

xistosidade

óxidos de ferro;

micáceo; o xisto

possui sericite;

fracturas

mecânicas

ferruginizado;

fract paralelas à

xistosidade; 55º

c/ eixo

ferruginizado;

fract paralelas à

xistosidade; 55º

c/ eixo; vestigios

de veios

quartzosos

(fragm soltos)

Parâmetro Dados da classificação Valor para

representação gráfica

mais que 2 aspectos com

enfase na descrição das

fracturas

100

alteração, fracturação e outros

aspectos80

alteração ou fracturação 50

cores; litologia complementar;

não recuperado10

Observações

complementares de cariz

geológico-geotécnico

(S2)

Análise e interpretação dos resultados

149

Conforme referido aquando da sondagem S1, o parâmetro “observações complementes

de cariz geológico-geotécnico” é um parâmetro particular, pois contrariamente aos

demais parâmetros de classificação considerados neste estudo, que dizem respeito

especificamente a um critério ou aspecto da classificação de sondagens, este, versa

potencialmente sobre todos os aspectos, incluindo os que já são incluídos nos demais

parâmetros. Acresce que o âmbito destas observações complementares é por demais

abrangente, pois, no fundo, depende daquilo que cada técnico considere pertinente

identificar e descrever.

Apesar do agrupamento de informações complementares, em conjuntos de dados do

mesmo tipo, é natural alguma dispersão de resultados neste parâmetro, dada a natureza

e objectivo do mesmo.

Acresce que cada classificação aplica por vezes mais do que um conjunto de dados ou

informações, dependendo da informação que se revele mais pertinente, em cada zona da

sondagem. Ou seja, uma dada classificação poderá complementar a descrição litológica

com identificação de passagens de litologia diferente até determinada profundidade, em

que estas ocorrem, e para o final da sondagem complementar a descrição do material

com a caracterização das fracturas, caso estas, nesta profundidade, justifiquem maior

detalhe descritivo.

Por esta razão, a representação gráfica deste parâmetro não é a melhor forma de

analisar e interpretar os resultados, embora permita desde logo pôr em evidência a

abrangência das abordagens técnicas, no fundo resultado dos diferentes aspectos e

critérios, que cada classificação privilegiou em cada profundidade.

Análise e interpretação dos resultados

150

Dado o contexto específico da sondagem S2, em que o tipo de material predominante é

rocha, alterada e muito fracturada, a maioria das observações complementares incide

precisamente sobre estes aspectos, embora com abordagens distintas, desde as mais

sucintas até às consideravelmente mais extensas e pormenorizadas. Por esta razão, 3

dos 4 grupos de observações complementares são relativos a estes aspectos,

procurando-se distinguir as diferentes abordagens.

Globalmente, as observações complementares relativas à fracturação e alteração,

representam 86% da totalidade das informações, portanto somente 14% das informações

complementares incidem exclusivamente sobre outros aspectos.

No Quadro 16, encontram-se representados os grupos de informação e a respectiva

frequência de aplicação (representatividade) no global das classificações.

Grupos de informação Valor Frequência de

aplicação

mais que 2 aspectos com ênfase na descrição das

fracturas 100 48%

alteração, fracturação e outros aspectos

80 28%

alteração ou fracturação 50 11

cores; litologia complementar; não

recuperado 10 14%

Quadro 16 – Representatividade dos grupos de informação na globalidade da sondagem

No entanto, esta distribuição não é linear em toda a sondagem, variando a

representatividade de cada um dos grupos de dados ao longo da mesma, função do tipo

e estado do material ocorrente. Dos 6,0 m de profundidade em diante, verifica-se um

aumento de observações com ênfase na descrição das fracturas.

No Quadro 17, apresenta-se a frequência de aplicação de cada grupo de informações,

antes e após os 6,0 m de profundidade.

Análise e interpretação dos resultados

151

Grupos de informação Valor Totalidade da

sondagem Até 6,0 m de profundidade

Dos 6,0 m para a base

mais que 2 aspectos com ênfase na descrição das

fracturas 100 48% 30% 60%

alteração, fracturação e outros aspectos

80 28% 23% 31%

alteração ou fracturação 50 11% 25% 1%

cores; litologia complementar; não

recuperado 10 14% 22% 8%

Quadro 17 – Evolução da representatividade dos grupos de informação ao longo da sondagem

É de salientar o aumento considerável, de 30% para 60%, da frequência das

observações complementares com ênfase na descrição das fracturas (valor 100), a partir

dos 6,0 m de profundidade. De salientar igualmente, é a redução drástica das

informações complementes relativas somente à “alteração ou fracturação” (valor 50), de

11% no global da sondagem, para 1% a partir dos 6,0 m.

Neste aspecto, verifica-se uma boa consistência dos critérios de classificação utilizados

na generalidade das classificações, uma vez que a partir dos 6,0 m de profundidade, a

descrição “detalhada” das fracturas assume um papel preponderante na caracterização

complementar dos materiais ocorrentes, em detrimento dos demais aspectos.

Aspecto igualmente importante, no que diz respeito à consistência dos critérios entre

classificações, é a frequência de utilização de observações complementares em cada

classificação. Nesta sondagem, a generalidade das classificações utilizou

constantemente “informações complementares” na descrição dos materiais e respectivas

características, existindo apenas duas classificações em que essa utilização não foi na

totalidade da sondagem.

Análise e interpretação dos resultados

152

Classificações Frequência de utilização de

informações complementares

C1 100%

C2 90%

C3 100%

C4 100%

C5 83%

C6 100%

C7 100%

C8 100%

C9 100%

C10 100%

C11 100%

C12 100%

C13 100%

C14 100%

Quadro 18 – Frequência de utilização de “observações complementares de cariz geológico-geotécnico”, por

classificação

Em suma, neste parâmetro, verifica-se uma consistência assinalável nos resultados e

critérios, sendo evidente que a generalidade das classificações atribuiu maior importância

à descrição das fracturas, devido à sua persistência e importância em termos de

caracterização geotécnica do maciço.

7.2.10 Resumo da análise da sondagem S2

No cômputo geral, os parâmetros de classificação analisados apresentam uma

consistência assinalável, excepção feita aos parâmetros “percentagem de recuperação” e

“RQD”, em que a consistência é menor.

Análise e interpretação dos resultados

153

Nestes dois parâmetros, o contexto específico da sondagem, com uma rocha de fraca

resistência, xistosa, e muito fracturada, introduz um factor de dificuldade acessório, uma

vez que as condições do maciço implicaram, diversas vezes, a realização de manobras

de furação de reduzida dimensão, tornando os valores mais sensíveis, e

consequentemente, quase inevitável uma certa dispersão de resultados. A este aspecto,

acresce o facto de existir uma discrepância de critérios, de base, relativamente à forma

como são consideradas as manobras, nomeadamente, com ou sem a inclusão do

comprimento penetrado durante o ensaio SPT (para o caso da percentagem de

recuperação).

Para além disso, o tipo de rocha, com zonas de fraqueza preferencial nos planos de

xistosidade, induz à ocorrência de inúmeras fracturas artificiais, durante o processo de

furação e manuseamento da amostra, cuja forma como são consideradas, ou

desconsideradas, relativamente à sua natureza, é determinante para o valor de RQD.

Análise e interpretação dos resultados

154

Figura 109 – Variação dos “parâmetros” com a profundidade nas classificações da sondagem S2

7.3 Comparação dos resultados das duas sondagens

A comparação dos resultados das duas sondagens, é um exercício que tem como

objectivo validar os resultados obtidos, enquadrando-os num determinado contexto, o

contexto de cada sondagem.

Com efeito, apesar de ambas as sondagens terem sido classificadas pelos mesmos

técnicos, existem diferenças apreciáveis nos resultados obtidos, relativamente à

consistência de critérios, num mesmo parâmetro.

Analisa-se portanto, parâmetro a parâmetro, os principais aspectos dos resultados

obtidos em ambas as sondagens:

Estratigrafia

Figura 110 – Gráficos do parâmetro “estratigrafia” de ambas as sondagens, S1 e S2

Análise e interpretação dos resultados

155

Em ambas as sondagens, existe uma consistência apreciável dos resultados das várias

classificações, embora seja superior na sondagem S2. Este aspecto estará relacionado

com o facto dos materiais ocorrentes nesta sondagem serem mais homogéneos desde a

superfície, genericamente materiais de natureza xistosa, e o contexto estratigráfico mais

monótono e consequentemente menos subjectivo, e ainda, mais abrangente em termos

geográficos.

Litologia

Figura 111 – Gráficos do parâmetro “litologia” de ambas as sondagens, S1 e S2

A consistência dos resultados nas duas sondagens é consideravelmente diferente, sendo

superior na sondagem S2. Esta situação, dever-se-á à maior heterogeneidade dos

materiais da sondagem S1, bem como, ao facto de nesta existirem inúmeras variações

graduais e termos litológicos intermédios, contexto que introduz uma subjectividade

acrescida na classificação litológica macroscópica, e por conseguinte, uma acrescida

discrepância de critérios. A diferença entre o número de camadas individualizadas em

cada uma das sondagens, é indicativo deste contexto, pois na sondagem S1, com 189 m

de classificações, foram individualizadas 148 camadas, e na sondagem S2, com 210 m

de classificações (mais 11%), foram individualizadas apenas 79 camadas (menos 54%),

o que atesta da maior homogeneidade dos materiais da sondagem S2.

Granularidade

Figura 112 – Gráficos do parâmetro “granularidade” de ambas as sondagens, S1 e S2

Análise e interpretação dos resultados

156

Na sondagem S2 nenhuma classificação utilizou este parâmetro, uma vez que no

material em causa, genericamente rocha de natureza xistosa, o mesmo não é aplicável, e

assim foi considerado na totalidade das classificações. Na sondagem S1, verifica-se uma

boa consistência de resultados em três intervalos (0,0 m a 6,0 m, 8,0 m a 9,5 m e 11,0 m

a 13,5 m) e uma dispersão assinalável dos mesmos nos restantes dois intervalos (6,0 m

a 8,0 m e 9,5 m a 11,0 m). Esta dispersão dos resultados, está relacionada com causas

distintas nos dois intervalos. No primeiro, está relacionada com a reduzida percentagem

de recuperação de amostra (<10%), e no segundo, com variações granulométricas

graduais na amostra, passiveis de serem interpretadas de forma distinta.

Cor

Figura 113 – Gráficos do parâmetro “cor” de ambas as sondagens, S1 e S2

Na sondagem S2, verifica-se uma maior consistência de resultados, devido ao facto da

amostra ser consideravelmente mais homogénea, em termos litológicos e cromáticos. A

gama de cores é por isso consideravelmente menor na sondagem S2, tendo sido

utlizados nesta sondagem apenas 16 termos, em contraste com os 25 utilizados na

sondagem S1. A maior gama de cores existente na sondagem S1 e a consequente maior

dispersão de resultados, resultam da heterogeneidade dos materiais ocorrentes, e do

facto de existirem termos litológicos, e por vezes cromáticos, intermédios, para além de

variações litológicas graduais, factores que introduzem uma subjectividade acrescida na

classificação.

Análise e interpretação dos resultados

157

Alteração

Figura 114 – Gráficos do parâmetro “alteração” de ambas as sondagens, S1 e S2

Este parâmetro foi aplicado na generalidade da sondagem S2, e apenas parcialmente na

sondagem S1, e só por algumas classificações, em virtude do material ocorrente nesta

sondagem, se caracterizar por solo ou rocha sedimentar detrítica. A subjectividade e a

inaplicabilidade deste parâmetro nos materiais da sondagem S1, traduzem-se numa

dispersão de resultados e discrepância de critérios. Na sondagem S2, apesar de se

verificar alguma dispersão dos resultados devido a uma minoria de classificações mais,

ou menos, conservadora, a maioria das classificações apresenta alguma consistência de

critérios.

Fracturação

Figura 115 – Gráficos do parâmetro “fracturação” de ambas as sondagens, S1 e S2

À semelhança do verificado no parâmetro “alteração”, também neste parâmetro, a

consistência dos resultados é consideravelmente superior na sondagem S2, resultado da

subjectividade e inaplicabilidade deste parâmetro, a alguns dos materiais ocorrentes na

sondagem S1 (especialmente solos). Na sondagem S2, a variação de termos aplicados é

muito reduzida, variando em geral entre F5 e F4/5, devido à grande persistência da

fracturação, que adquire, ao longo da sondagem, um caracter grosso modo homogéneo.

Análise e interpretação dos resultados

158

Percentagem de recuperação

Figura 116 – Gráficos do parâmetro “percentagem de recuperação” de ambas as sondagens, S1 e S2

Este é o único parâmetro em que a consistência dos resultados é superior na sondagem

S1. Para esta situação, para além naturalmente da boa consistência dos resultados na

sondagem S1, concorre também, o facto de na sondagem S2 existirem manobras muito

reduzidas (por vezes com 30 cm), que tornam o cálculo dos valores muito mais sensível e

consequentemente, mais propenso à dispersão de resultados.

RQD

Figura 117 – Gráficos do parâmetro “RQD” de ambas as sondagens, S1 e S2

Neste parâmetro, verifica-se em ambas as sondagens uma considerável dispersão de

resultados, embora seja mais evidente na sondagem S1. São no entanto distintos, os

factores que lhes deram origem, em cada sondagem. A dispersão dos resultados na

sondagem S1, à semelhança do verificado relativamente aos parâmetros “alteração” e

“fracturação”, está sobretudo relacionada com a subjectividade e inaplicabilidade deste

parâmetro ao tipo de materiais ocorrentes. Para além desde aspecto de base, os

diferentes comprimentos de manobras considerados para o cálculo do RQD (subtraindo o

comprimento do SPT, por exemplo) também promovem a dispersão dos resultados. Na

sondagem S2, a dispersão de resultados verificada a partir dos 11,0 m, está sobretudo

relacionada com a forma como são consideradas as fracturas artificiais, ou seja, se são

ignoradas, contabilizando-se a amostra como um todo, ou se são valorizadas como

fracturas naturais.

Análise e interpretação dos resultados

159

Observações complementares de cariz geológico-geotécnico

Figura 118 – Gráficos do parâmetro “observações complementares” de ambas as sondagens, S1 e S2

Neste parâmetro, a distinta dispersão de resultados obtidos em ambas as sondagens,

implicou deste logo que as tabelas de correlação tivessem número de termos distintos.

Na sondagem S1, a tabela de correlação distingue 8 termos e na sondagem S2, distingue

apenas 4 termos. Para além deste aspecto, este parâmetro, pela sua natureza e

objectivo, está intimamente ligado ao contexto geológico-geotécnico de cada sondagem.

Nesse sentido, em cada uma das sondagens, as observações complementares versaram

predominantemente sobre um aspecto, ao qual as classificações atribuíram maior

relevância em termos geológico-geotécnicos. Na sondagem S1, o enfoque das

observações complementares incidiu predominantemente nas passagens de litologias

distintas da principal, aspecto especialmente comum e relevante em solos e rochas

sedimentares detríticas. Na sondagem S2, devido à intensa fracturação da amostra, o

enfoque foi predominantemente na caracterização das fracturas. Apesar dos resultados

da sondagem S2 apresentarem uma maior consistência de resultados, em rigor, este

parâmetro, não deve ser directamente comparado entre sondagens, uma vez que o

âmbito das observações complementares, em cada sondagem, varia em tipo, quantidade

e dispersão, função do contexto geológico-geotécnico específico.

Em suma, na sondagem S2, a consistência de resultados é muito superior à sondagem

S1, o que indica que a consistência dos critérios de classificação, está por demais

relacionada com o contexto geológico-geotécnico. Um contexto geológico-geotécnico

mais homogéneo, e menos subjectivo em aspectos determinantes como litologia por

exemplo, permite interpretações mais “alinhadas”, por não existirem, para cada

parâmetro, critério ou aspecto em observação, diversas opções de avaliação e

interpretação

.

Considerações finais e recomendações

161

8. Considerações finais e recomendações

Neste trabalho pretendeu-se estudar a consistência das classificações macroscópicas de

sondagens geológico-geotécnicas, comparando 14 classificações da mesma sondagem,

realizadas por diferentes técnicos. No sentido de perseguir uma maior representatividade

dos resultados, foram classificadas duas sondagens, de contextos geológico-geotécnicos

distintos, genericamente, solo e rocha.

Após o tratamento da informação das 28 classificações de sondagem, e respectiva

análise de resultados, tecem-se alguns comentários, necessários no sentido de

enquadrar, contextualizar e validar a representatividade dos resultados, e apresentam-se

as considerações finais e algumas recomendações e sugestões que se julgam

pertinentes.

É certo que a classificação de sondagens é um exercício de interpretação, que tem por

base, não só sistemas, parâmetros e critérios de classificação definidos por organizações

internacionais, como também, aquela que é a experiência, sensibilidade e modo de

trabalhar de cada técnico que classifica sondagens. Nesse sentido, uma das conclusões

naturais deste trabalho, não podia deixar de ser que, existem de facto, algumas variações

de critério e na forma de trabalhar dos técnicos que classificam sondagens, que, função

do contexto geológico-geotécnico, poderão ser potenciadas ou diluídas, dependendo do

grau de heterogeneidade e subjectividade do referido contexto. Esta realidade, é, de

resto, há muito reconhecida e frequentemente comentada, porque aqueles que trabalham

na área, portanto, até este ponto, nada de “muito novo” acrescentou este trabalho.

No entanto, da análise dos resultados, parâmetro a parâmetro, e da comparação entre

estes nas duas sondagens, procurou-se perceber que motivos estão na origem de

divergências de critérios ocasionais, e nesse sentido, obtiveram-se informações

interessantes, criando uma oportunidade para se perseguir alguma melhoria na

uniformização de critérios e metodologia de classificar sondagens. Embora, em rigor,

muitos dos motivos que estão habitualmente na origem da dispersão de critérios, também

fossem já conhecidos por cada técnico individualmente, pois todos os que possuem a

experiência de anos e quilómetros de classificação de sondagens, já por vezes, por

razões várias, classificaram a mesma sondagem mais que uma vez, convivendo portanto

com a dificuldade de manter a consistência de um critério, numa avaliação e

interpretação, assente em alguma subjectividade.

Considerações finais e recomendações

162

Portanto, e pretendendo promover alguma evolução relativamente ao atrás referido, o

impulso para a realização deste trabalho, neste tema, vem precisamente do objectivo de

estudar e perceber, numa perspectiva mais alargada e menos individual, que aspectos

condicionam maioritariamente a consistência de critérios, entre técnicos, colectivamente.

Distinguem-se portanto vários aspectos, incontornáveis, no sentido de contextualizar e

comentar os resultados.

Classificação de uma única sondagem

Desde logo, é importante salientar que, classificar uma única sondagem

descontextualizada, é diferente de classificar um conjunto de sondagens de um mesmo

projecto. Pois, na classificação de uma única sondagem, não há a ajuda dada pelo

contexto que se define e redefine à medida que vão sendo classificadas as restantes

sondagens do mesmo projecto. Esta evolução, resulta numa espécie de uniformização e

“amadurecimento” do nosso próprio critério, tornando-o sucessivamente mais assertivo à

medida que o vamos reajustando com base na informação das sondagens seguintes. É

comum reajustar-se, “no final”, a classificação das primeiras sondagens classificadas no

âmbito de um projecto, depois do contexto geológico-geotécnico estar consideravelmente

mais bem definido, portanto com menor subjectividade. Classificar uma única sondagem

descontextualizada, subverte por isso, este princípio básico no esquema de trabalho de

um geotécnico, daí advindo, potencialmente, menor consistência de critérios entre

técnicos. Exemplo de uma situação relacionada, é a discrepância de critérios na

sondagem S1, relativamente ao parâmetro “litologia”, em que entre os 3,5 m a 5,0 m de

profundidade, a discrepância de critérios foi das mais evidentes. Facto que estará

relacionado com a muito reduzida percentagem de recuperação (< 20%) neste intervalo,

portanto em que a classificação se baseia sobretudo na interpretação daquilo que não é

recuperado, ao invés de classificar directamente a amostra recuperada. Nesta situação,

existindo várias sondagens, aumentaria a informação sobre esta camada (por hipótese

com uma sondagem em que a percentagem de recuperação fosse maior neste mesmo

material), e o grau de subjectividade da classificação diminuiria substancialmente,

promovendo, potencialmente, uma maior consistência de critérios entre os diversos

técnicos.

Considerações finais e recomendações

163

Ajuste de critérios com a execução do log de sondagem

É importante no estudo da consistência de critérios de classificação de sondagens, ter a

noção que, o refinamento do critério de cada técnico, bem como a correcção de alguns

erros, ou incoerências de critérios, ocorre normalmente aquando da execução do log de

sondagem, altura em que, graficamente, os diversos critérios e parâmetros considerados,

têm leitura directa e sobreposta. É comum por isso, detectarem-se somente nesta fase,

ligeiras incoerências, ou até gralhas, em aspectos como a proporção entre a

percentagem de recuperação e o valor de RQD, a coerência entre a litologia e a

aplicabilidade do índice RQD, a coerência entre a fracturação e o valor de RQD, entre

outros. Neste estudo, esta possibilidade não existiu, podendo pontualmente este facto ter

contribuído para uma maior discrepância de um ou outro critério. Contudo, algumas

“gralhas” foram detectadas, tendo sido solicitado aos autores, a respectiva revisão dos

dados.

Complexidade do contexto geológico-geoténico

Cada contexto geológico-geotécnico em que é realizada uma sondagem, insere um

determinado tipo de dificuldades ou aspectos mais relevantes, razão pela qual, nas

observações complementares das classificações das duas sondagens, são abordados

predominantemente aspectos distintos (passagens de litologia diferente na S1 e

caracterização das fracturas na S2). Portanto, a consistência de critérios de classificação

entre técnicos, estará normalmente dependente do contexto geológico-geotécnico, que

poderá ser mais, ou menos objectivo, mais, ou menos monótono, no fundo, mais, ou

menos complexo. O mesmo é dizer que, não se deverão extrapolar os resultados obtidos

de forma generalizada, uma vez que, em contextos menos complexos, é de esperar uma

maior consistência de critérios de classificação. Exemplo disso, é o facto da consistência

dos critérios nas classificações da sondagem S2, ser consideravelmente superior às da

S1, cujo contexto é mais complexo e fértil em situações dúbias. De igual forma, a

consistência de parâmetro para parâmetro, variará, função da complexidade do contexto

geológico-geotécnico, em cada parâmetro.

Considerações finais e recomendações

164

Importância geotécnica de cada parâmetro

A importância dos diversos parâmetros considerados neste estudo, no que diz respeito à

sua importância do ponto de vista geotécnico, é distinta de parâmetro para parâmetro.

Com efeito, e apesar da classificação de sondagens assentar na classificação de

diversos aspectos, e de a mesma, por definição, resultar do seu conjunto, é indiscutível

que a importância do valor de RQD ou do estado de alteração, é superior à importância

da cor da amostra. Nesse sentido, era importante perceber se os parâmetros com maior

consistência de critérios, seriam ou não, dos mais importantes em termos geotécnicos,

até porque, para parâmetros como a alteração ou fracturação, existem tabelas de termos

definidos, limitando assim, em teoria, a dispersão de resultados. No entanto, da análise

dos resultados das 28 classificações de ambas as sondagens, percebe-se que a maior ou

menor consistência de cada parâmetro, depende sobretudo da complexidade e

subjectividade do contexto geológico-geotécnico, especificamente em cada parâmetro.

Discrepância de critérios

Da análise das 28 classificações, identificaram-se diversos aspectos em que de facto

existe divergência de critérios e diferentes metodologias de trabalho entre técnicos,

situações que, naturalmente, contribuem directamente para uma maior dispersão de

resultados.

Um dos exemplos mais evidentes, é a forma como é definida a manobra ou intervalo de

cálculo do valor de RQD, pois apesar de não existirem diferenças substanciais na

medição do comprimento da amostra, existem diferentes critérios para definir os

intervalos de cálculo, que dão origem a valores totalmente diferentes de Índice RQD.

Definir os intervalos de cálculo com base nas manobras de furação, ou com base nestas,

mas subtraindo o comprimento do ensaio SPT, ou definir com base na fracturação, ou

ainda definir com base nas variações de litologia, resulta em inúmeras, ou até

demasiadas, possibilidades para a criação de um valor que se pretende representativo da

qualidade da rocha, mas que afinal poderá ser “produzido” de acordo com a sensibilidade

do técnico. No entanto, estas diversas possibilidades estão consagradas na metodologia

de aplicação do índice RQD, pelo que a discrepância de critérios, neste aspecto, não

advém de qualquer erro das classificações, mas tem sim origem no facto de existirem

diversas formas de abordar este tema.

Considerações finais e recomendações

165

A definição de novas camadas litológicas com base unicamente nas amostras recolhidas

nos ensaios SPT, representa igualmente uma diferença de critérios, pois estas camadas

são criadas por vezes em materiais “virtualmente iguais” aos anteriores e posteriores,

unicamente por se apresentarem de modo diferente, em virtude de terem sido recolhidos

por um processo diferente (à rotação com amostrador duplo vs à percussão com

amostrador Terzaghi). Na prática, tratam-se dos mesmos materiais, muitas vezes com

descrições equivalentes, sendo portanto, até certo ponto, “camadas arbitrárias”

resultando da observação de detalhes valorizados apenas pelo próprio técnico. Embora

não se discuta a existência de cada um desses detalhes, que sem dúvida existem,

questiona-se se a sua indicação favorece a representatividade “universal” da

classificação, ou se pelo contrário, a torna mais pessoal e individual. A introdução destas

“novas” camadas por este motivo, traduz-se numa maior compartimentação do maciço,

apesar de este, em termos mais gerais, até se poder caracterizar por alguma monotonia.

É exemplo desta discrepância de critérios, o número de camadas individualizadas em

cada sondagem, que varia drasticamente, entre 5 e 17 camadas na sondagem S1, e

entre 2 e 11 camadas na sondagem S2.

A atribuição do estado de alteração em rochas sedimentares, é também um critério que

não reúne consenso entre os técnicos, apesar de a este respeito existirem

recomendações expressas da ISRM relativas ao seu modo de aplicação. Das 14

classificações da sondagem S1, 5 aplicaram este parâmetro em contraste com as

restantes 9 que não o aplicaram, encontrando-se estas últimas alinhadas com as

recomendações da ISRM, relativamente à aplicação deste parâmetro em rochas

sedimentares.

O grau de pormenor com que cada técnico classifica e sistematiza o estado de alteração

e fracturação do maciço, também difere, função da representatividade que cada um

pretende atribuir à classificação destes aspectos em cada zona. Se por um lado, há quem

opte pela utilização de termos compostos como F3/4 para um intervalo maior, há também

quem opte pela utilização dos termos F3 e F4 em separado, para intervalos menores e

sucessivamente alternados. Desta última abordagem, resulta por vezes a individualização

de intervalos reduzidos, por exemplo de 20 cm, com um determinado estado de

fracturação. Abordagem idêntica ocorre igualmente para o estado de alteração do

maciço. Relativamente a estas duas abordagens distintas, não há indicação expressa e

objectiva sobre como proceder, ficando novamente ao critério dos técnicos classificar de

acordo com a sua sensibilidade e interpretação, que já se percebeu, por vezes difere, até

porque existe margem para que tal aconteça.

Considerações finais e recomendações

166

É de salientar que na larga maioria das situações em que existe divergência de critérios

entre classificações, esta deriva da subjectividade e das diversas possibilidades de

abordagem na aplicação de parâmetros, e não de erros de classificação.

Aspectos não abordados no trabalho relativos à consistência de critérios

Este trabalho não entrou no detalhe das diferentes formas de utilizar a escala de

alteração e fracturação. Com efeito, existem contextos em que, substituindo a alternância

em intervalos reduzidos de termos como W3, W4, W3, W4, etc, se utiliza de forma mais

abrangente W3/4 ou W4/3, função do que se considere mais representativo para o

intervalo no seu global. Para além deste contexto, existem contextos em que se

considera que o material não é francamente um W3, nem um W4, razão pela qual, se

opta por um termo composto como W3/4 (ou W4/3), que na prática é utilizado como se de

um termo intermédio, “W3 e meio”, se tratasse.

Outro aspecto não abordado neste trabalho, mas importante relativamente à consistência de

resultados, é a qualidade do trabalho de prospecção propriamente dito. Algumas das zonas

das sondagens em que há menor consistência dos resultados, são precisamente zonas

onde há muito menor recuperação de amostra, o que só reforça a ideia de que a qualidade

do trabalho de prospecção é determinante para uma boa classificação e caracterização

geológico-geotécnica. Contudo, é de considerar que na maioria das vezes, a reduzida

percentagem de recuperação está sobretudo relacionada com a qualidade e características

do maciço amostrado.

A qualidade individual das classificações em termos técnicos, não foi igualmente um aspecto

abordado neste estudo, uma vez que não foi pretensão do mesmo, avaliar, corrigir ou

valorizar as classificações, que, no âmbito deste estudo têm todas precisamente o mesmo

valor, ou seja, 1/14 da amostra, para cada sondagem.

Uniformização da metodologia de classificação de sondagens

A metodologia de classificação de sondagens há muito que está genericamente definida

e que tem cumprido, no essencial, o propósito para que foi desenvolvida. Razão pela

qual, talvez não tenha suscitado à comunidade geotécnica nenhum esforço adicional,

sequer de avaliação do desempenho da metodologia, que tem sido tacitamente admitida

como adequada ao objectivo em causa.

Considerações finais e recomendações

167

No entanto, a existência de alguma dispersão de critérios na classificação de sondagens,

há muito que é reconhecida por quem trabalha na área, uma vez que a dispersão tem

sobretudo a ver com a subjectividade de aplicação de alguns critérios e parâmetros, que

“persistem” em ter diversas formas de serem aplicados, para além de não serem imunes

a alguma subjectividade. Esta possibilidade, de vários parâmetros serem utilizados e

ajustados pelos técnicos função da sua interpretação pessoal, para além de ter a

vantagem óbvia de dar ao técnico “margem de manobra” para construir a classificação da

sondagem de acordo com a sua sensibilidade e critério, tem por outro lado,

paradoxalmente, a desvantagem de, dessa forma, contribuir para a diluição da

objectividade e representatividade “universal” da classificação, uma vez que esta assenta

essencialmente no critério pessoal e individual, em detrimento de em avaliações mais

objectivas e sistematizadas numa metodologia mais uniformizada.

De resto, na bibliografia internacional, os artigos encontrados sobre este tema, dão por

vezes algum enfoque sobre a necessidade de uniformizar e universalizar o mais possível

a metodologia de classificação de sondagens. Exemplo disso é a frase de Douglas A.

Williamson e C. Rodney Kuhn (1988): “If no collective system and method exists, so much

detail is usually recorded as to obscure the essential data needed for design."

E em rigor, não existe um manual ou algo equiparado, publicado por entidade

reconhecida, que verse exclusivamente sobre a classificação de sondagens, e explique e

exemplifique, em detalhe, a metodologia a seguir na classificação de sondagens, tanto

genericamente, como para diversos contextos geológico-geotécnicos. A existência de tal

publicação, permitiria aos técnicos uniformizar critérios e formas de trabalhar,

contribuindo seguramente para uma maior representatividade da classificação

macroscópica de sondagens geológico-geotécnicas, enquanto trabalho técnico.

Considera-se por isso justificável e recomendável, não só à luz dos resultados obtidos

neste trabalho, como tendo igualmente em consideração aquele que é o conhecimento

geral dos profissionais desta área, o desenvolvimento de esforços no sentido de

uniformizar a metodologia de classificação de sondagens, em que a subjectividade seja

reduzida quanto possível, e que, sobretudo, seja reajustado o modo de aplicação dos

vários parâmetros e critérios, no sentido de limitar as distintas abordagens possíveis, a

par de algumas recomendações sobre o que deverá ser considerado essencial, em

detrimento do que deverá ser considerado acessório, na descrição dos materiais

ocorrentes. Esta recomendação, resulta da convicção plena de que a valência técnica

dos profissionais desta área, é por demais adequada ao trabalho específico de que se

trata neste estudo, carecendo no entanto, do apoio resultante da uniformização de

metodologias de trabalho para a convergência de critérios.

Considerações finais e recomendações

168

Em suma, e apesar da validade e representatividade das classificações nunca estar em

causa, até pelo longo historial de aplicação com sucesso em casos práticos, considera-se

que existe uma margem significativa de melhoria, no sentido de promover a

representatividade da classificação de sondagens, enquanto trabalho técnico, criando

uma metodologia mais “uniformizada”, de forma a ser transversal a todos os técnicos, em

detrimento de cada um ter a sua “abordagem”, por muito completa e rigorosa que seja.

Sugestões para futuros desenvolvimentos

Tendo em consideração a representatividade dos resultados obtidos neste trabalho,

indissociáveis dos contextos geológico-geotécnicos de que derivam, seria interessante

estudar complementarmente a consistência das classificações de sondagens em

cenários distintos, cujas especificidades resultariam em problemáticas distintas em

termos de consistência de critérios de classificação. Estudos que englobassem por

exemplo:

3 Sondagens com a mesma litologia, mas com 3 diferentes estados de alteração W4/5, W3/4 e W2/1,

Sondagens com litologias diferentes como granito, calcário e basalto

Sondagens com rochas sedimentares como brechas, arenitos, siltitos, argilitos

Sondagens com reduzida recuperação (<30%)

Sondagens com elevada recuperação (>90%)

Sondagens à percussão ou a trado

Sondagens em rochas vulcânicas

Sondagens com comprimento >200 m

Limitações deste estudo

A abordagem proposta neste trabalho para a avaliação da consistência das classificações

de sondagens, permite uma visão sobre esta problemática, apesar de não ser imune a

algumas limitações, que se prendem com a subjectividade da correlação numérica de

alguns dados (sobretudo estratigrafia, litologia, cor e observações complementares). Em

oposição, parâmetros como a “percentagem de recuperação” e “RQD”, assentam na

representação directa do seu valor numérico, pelo que estão isentos de qualquer

subjectividade interpretativa.

Considerações finais e recomendações

169

Contudo, é de ter presente que muito do desenvolvimento deste trabalho, é interpretativo,

portanto assenta na interpretação do autor, e isso implica conviver neste estudo com

alguma subjectividade. No entanto, a larga maioria dos pressupostos do estudo,

nomeadamente as tabelas de correlação e os respectivos termos de valorização relativa,

foram desenvolvidos e optimizados até à sua versão final, depois da recepção da

totalidade das classificações, de forma a perseguir-se a melhor representatividade

possível dos resultados das classificações. Considera-se portanto que a informação

produzida é representava e objectiva quanto possível, podendo concluir-se que a

discrepância de critérios existe, e é devida aos factores indicados.

Comentário final

Tendo em consideração tudo o que foi atrás escrito, considera-se que deveriam as

entidades com responsabilidade e representatividade nacional (e internacional) nesta

área, envidar esforços no sentido de promover reajustes nalguns procedimentos e

critérios de classificação de sondagens, procurando redesenhar uma metodologia mais

objectiva, mais sistemática e por conseguinte mais representativa e “universal”, de modo

a que esta se traduza num maior apoio para os técnicos que classificam sondagens, e

numa maior consistência das classificações geológico-geotécnicas.

“… there is no substitute for geological knowledge; you either

acquire it before the engineering work starts or suffer the painful,

and often expensive, lesson of being taught it as work proceeds”

David George Price, 1932–1999

Bibliografia

171

9. Bibliografia

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Bibliografia

173

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(1977) – Commission on Standardization of Laboratory and Field Tests – International

Society for Rock Mechanics

Anexos

175

10. Anexos

- Classificações no layout original da sondagem S1

- Classificações no layout original da sondagem S2

- E-mail de convite formal aos técnicos que classificaram as duas sondagens

S1

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Sondagem S1

Descrições e Espessuras:

0.00-1.90 m de profundidade:

Aterro: Silte arenoso, de tom amarelado, com cimento margoso, tornando-se numa areia siltosa,

micácea, com fragmentos areníticos, de tom amarelo com tonalidades acastanhadas,com a presença

de elementos estranhos (ex: restos de cerâmica).

1.90-3.45 m de profundidade:

Arenito fino a médio, micáceo, com cimento margoso, de tom acinzentado a amarelo-acinzentado, com

delgados níveis de matéria vegetal incarbonizada anegrada (arenito decomposto a muito alterado).

3.45-4.95 m de profundidade:

Marga argilosa, acinzentada, com componente arenosa e micácea, passando a partir dos 4.5 m de pro-

fundidade para argila margosa, cinzenta, micácea, com elevado teor em água (plástica).

4.95-6.00 m de profundidade:

Arenito fino a médio, micáceo, com cimento margoso, de tom acinzentado com tonalidades amareladas

(decomposto).

6.00-6.45 m de profundidade:

Areia média, de tom amarelado, com alguma/rara componente siltosa.

6.45-7.50 m de profundidade:

Arenito decomposto, de grão médio a fino, com cimento margoso, algo micáceo e de tom amarelado.

7.50-7.95 m de profundidade:

Areia argilosa, de tom amarelo-alaranjado, de grão médio a grosseiro (arenito decomposto).

7.95-9.00 m de profundidade:

Marga argilosa, cinzento-esverdeada, com laivos amarelados e avermelhados, por vezes com compo-

nente arenosa, micácea e com concreções de natureza carbonatada.

9.00-9.60 m de profundidade:

Argila margosa, de tom cinzento, com alguma componente arenosa, plástica (com um teor em água mais

elevado) e com a presença de matéria vegetal incarbonizada junto à base.

9.60-11.20 m de profundidade:

Arenito, médio a fino, micáceo, de tom amarelado a esbranquiçado com tonalidades acastanhadas, de

cimento carbonatado, com delgados veios de matéria vegetal incarbonizada.

11.20-13.50 m de profundidade:

Arenito fino, de cimento argilo-margoso, micáceo, de tom acinzentado, pontualmente decomposto,

com fraturas subhorizontais a oblíquas e por vezes com evidências de oxidação.

Profundidade total da sondagem - 13.50 m

Ensaios SPT realizados:

Profundidades Fases do ensaio Penet. total NSPT

1.50 - 1.90 m 15+31+29 40cm

3.00 - 3.45 m 6+4+4 45cm 8

4.50 - 4.95 m 5+3+4 45cm 7

6.00 - 6.45 m 6+7+7 45cm 14

7.50 - 7.95 m 15+14+14 45cm 28

9.00 - 9.45 m 3+7+12 45cm 19

12.00 - 12.10 m 60+0+0 10cm

Valores obtidos da Percentagem de Recuperação e RQD, Estados Alteração e de Fraturação:

cm cm % cm %

150 0,00 1,50 15 10 0 0

110 1,90 3,00 42 38 19,5 18 1,90 3,00 W4-3 1,90 3,00 F4-5

105 3,45 4,50 25 24 0 0 3,00 3,45 W5-4

105 4,95 6,00 6 6 0 0 4,95 6,00 W5

105 6,45 7,50 8 8 0 0

105 7,95 9,00 87 83 45 43 7,95 9,00 W5-4 7,95 9,00 F4-5

55 9,45 10,00 55 100 44,5 81 9,45 10,00 W5-3 9,45 10,00 F4-3

50 10,00 10,50 50 100 22 44 10,00 11,20 W3 10,00 11,20 F5-3

150 10,50 12,00 150 100 106 71 11,20 13,50 W3-5 11,20 13,50 F4-3

140 12,10 13,50 140 100 60 43

9,45 - 11,20 m - W3  ...... W5 vem de uma zona de topo muito alterada a decomposta a cerca dos 9.50 m de profundidade

11,20 - 13,50 m - W3-4 ..... W5 pontual

9,45 - 10,00 m -  F4-3

10,00 - 11,20 m - F5-4, F3 pontualmente

11,20 - 13,50 m - F4-3 e F5 pontualmente

Estratigrafia: Idade Jurássica, possivelmente Kimeridgiano-Pteroceriano (J4)

Furadarec RQD

Prof.

60 (2ª e 3ª fases)

60 (1ª fase)

W Prof. F

Topo Base Descrição Estratigrafia

0,00 1,90 Areia de grão fino, siltosa, de tons acinzentados

1,90 2,20

Calcarenito de grão fino, de tons cremes com laivos de tons negros. Fracturas

com inclinação de 80 em relação ao eixo da sondagem, pouco onduladas,

rugosas, com preenchimento argiloso de tons acinzentados.

2,20 3,50 Areia de grão fino, siltosa, de tons acinzentados.

3,50 5,00 Argila siltosa de tons acinzentados.

5,00 8,10 Areia de grão médio, ligeiramente argilosa, de tons acastanhados.

8,10 9,50 Argila siltosa de tons esverdeados a acinzentados (margosa?).

9,50 11,20

Calcarenito de tons cremes com laivos acastanhados escuros, normalmente

próximo das fracturas (evidência de circulação de água). Fracturas

subhorizontais ou com inclinação de 80° em relação ao eixo da sondagem,

muito oxidadas, por vezes com óxidos negros, ligeiramente onduladas, rugosas.

11,20 13,50Argila margosa, muito rija, de tons acinzentados escuros, com fracturas

incipientes inclinadas 45° em relação ao eixo da sondagem (marga?).

Jurá

ssic

o S

uperior

Inicio (m) Fim (m) Diferença (m) Comprimento (m) % Rec.

0,00 1,50 1,50 0,10 7

1,50 3,00 1,50 0,44 29

3,00 4,50 1,50 0,25 17

4,50 6,00 1,50 0,10 7

6,00 7,50 1,50 0,10 7

7,50 9,00 1,50 0,90 60

9,00 10,50 1,50 1,17 78

10,50 12,00 1,50 1,50 100

12,00 13,50 1,50 1,50 100

Inicio (m) Fim (m) Diferença (m)Comprimento

superior a 0,1 m (m)% R.Q.D.

0,00 1,50 1,50 0,00 0

1,50 3,00 1,50 0,28 19

3,00 4,50 1,50 0,00 0

4,50 6,00 1,50 0,00 0

6,00 7,50 1,50 0,00 0

7,50 9,00 1,50 0,00 0

9,00 10,50 1,50 0,68 45

10,50 12,00 1,50 0,67 45

12,00 13,50 1,50 0,00 0

PERCENTAGEM DE RECUPERAÇÃO

R.Q.D.

Topo Base Alteração (W) Topo Base Fracturação (F)

1,90 2,20 4-3

9,50 9,90 3

9,90 10,30 5

10,30 11,20 4-3

Alteração Fracturação

Não aplicável em rochas

sedimentares

Profundidade 1ª Fase

(Pancada

Penetração

1ª Fase (cm)

2ª Fase

(Pancadas)

Penetração

2ª Fase (cm)

3ª Fase

(Pancadas)

Penetração

2ª Fase (cm)

1,5 15 15 31 15 29 10

3 6 15 4 15 4 15

4,5 5 15 3 15 4 15

6 6 15 7 15 7 15

7,5 15 15 14 15 14 15

9 3 15 7 15 12 15

12 60 10

Ensaios SPT

0.00

Areia fina siltosa acastanhada, com passagem de arenito compacto acinzentado entre os 2,6 e os 3,0m

4.00

Areia fina a média amarela-acastanhada com passagens argilosas

8.00

Argila cizenta esverdeada

9.60

Arenito de grão fino compacto, amarelado, de cimento carbonatado, pontualmente com passagens mais grosseiras

11.20

Marga acizentada ligeiramente arenitica

13.50

FIM

Fracturação RQD %rec Estratigrafia

9.60 9.60 0.00 Jurassico

F4/3 112cm 70% 10cm 7%

11.20 11.20 1.50

F4 38cm 25%

13.50 3.00

20cm 13%

4.50

10cm 7%

6.00

10cm 7%

7.50

88cm 59%

9.00

106cm 71%

10.50

142cm 95%

12.00

144cm 96%

13.50

0,00

10cm 0,0-1,5 7%

1.50 1,5-3,0 25%

38cm 3,0-4,5 13%

3.00 4,5-6,0 7%

20cm 6,0-7,5 7%

4.50 7,5-9,0 59%

10cm 9,0-9,6 17%

6.00 9,6-10,5 100%

10cm 10,5-12,0 95%

7.50 12,0-13,5 96%

88cm

9.00

10cm

9.60

90cm

10.50

142cm

12.00

144cm

13.50

Sondagem:

NSPT LU

0,00 1,50

Depósito

s

recente

s

7% - - - -Areia siltosa com cascalho dessiminado e raízes,

acastanhada

1,50 1,90 100% - - - - Areia silto-argilosa, acastanhada 60

1,90 3,00 36% 16% 3 W3 F3-4

Grés de grão fino, com estrutura estratif icada, com

matérias carbonosas, branco acizentado com

intercalações negras

3,00 3,45 100% - - - - Areia siltosa, solta, acastanhada 8

3,45 4,50 19% 0% - W4 F5

Argila margosa acastanhada, com transição para

marga gresosa acizentada aos 4,30m de

profundidade

4,50 4,95 100% - - - -Silte argiloso, castanho amarelado e cinzento

escuro7

4,95 6,00 5% - - - -Areia siltosa com calhaus dispersos de grés de

grão fino a médio

6,00 7,50 90% - - - -

Areia de grão médio a grosseiro, com matriz

parcialmente cimentada, desagregável, castanho-

amarelada

28

7,50 7,95 100% - - - -Areia de grão médio a grosseiro, com matriz

argilosa, baixa plasticidade, acizentada

7,95 9,00 81% - - - - Marga argilosa, cinzenta a castanho-avermelhada.

9,00 9,50 100% - - - - Argila siltosa, acizentada e acastanhada 19

9,50 10,00 80% 80%

10,00 10,50 100% 44%

10,50 11,35 100% 41%

11,35 12,00 100% 49% - W4 F4-5

Marga gresosa, acizentada e cinzento-amarelada.

Fracturas com ângulos entre 0º e 20º com o eixo

da sondagem, onduladas, rugosas, sem

preenchimento

12,00 13,50 100% - - - -Argila margosa, com grãos de cascalho f ino,

acizentada.60(10cm)

J3A

P -

Gré

s, m

arg

as e

are

nito

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a P

raia

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ira e

Port

o N

ovo

15

Classificação de Sondagem

Obra: S1

PROF. DESCRIÇÃO GERAL DAS AM OSTRAS

Ensaios

Estratigrafia%

RecupRQD

Fractur

as

W3 F3-4

Calcarenito de grão fino a médio, castanho-

amarelado. Fracturas com ângulos entre 20º e 45º

com o eixo da sondagem, onduladas, rugosas, sem

W F

4,95-6,00: a Descrição passa a ser: " Areia siltosa com calhaus dispersos, de grão fino a médio, cinzento-acastanhada

6,00-6,45: Descrição: " areia de grão médio a grosseiro, acastanhada". Recuperação = 100%

6,45-7,50: Descrição: "Areia de grão médio a grosseiro, com matriz parcialmente cimentada, desagregável, castanho-amarelada". Recuperação = 5 %

7,50-7,95: Descrição mantem-se. Recuperação=100%; SPT=28

Sc1

Pro

fun

did

ade

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)D

esc

riçã

o/

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logi

aEs

trat

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Pro

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m)

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m)

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J3A

P)

PR

OF

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)

Estaratigrafia

Formação

NIV

EL

FR

TIC

O

Aterro: material arenoso, granularidade fina, freável, de cor

cinzenta acastanhada

SPT: Areia de granularidade fina, litoclástica, siltosa, castanha esverdeada,

com fragmentos líticos e cerâmicos com dimensão < 2 cm.

Arenito, de grão fino, micáceo, de cimento carbonatado, com

bandado negro finamento estratificado (horizontal) de tons

esbranquiçados (topo) a acinzentados.

SPT: Areia fina, micácea, de tons castanhos claros, ligeiramente

consolidada, com nódulos siltosos cinzentos

Argilito cinzento esverdeado, com zonas mais alaranjadas

resultantes de fenómenos de oxidação, com ocorrências

carbonatadas (fósseis?)

SPT: Areia litoclástica, argilosa, de granularidade fina a média, de tons

alaranjados com componente siltosa.

Areia semi-consolidada, litoclástica, facilmente freável, de tons

alaranjados com fragmentos calcários (d<5cm)

SPT: Areia litoclástica, média a fina, alaranjada, húmida, com nódulos

argilosos cinzentos

DESCRIÇÃO LITOLÓGICA

Argilito cinza, rijo, finamente estratificado. Reaje fortemente ao

HCL (contém componente carbonatada).

Argilito micáceo com impregnações carbonatadas de tons cinzentos

SPT: argilito com ligeira componente arenosa fina

Topo: arenito, castanho amarelado, de cimento carbonatado,

de grão médio com fragmentos líticos (d<1cm), micáceo,

ferriginizado, com evidências de circulação de agua. Em

profundidade encontra-se menos alterado, com grão mais fino.

Na base (11,90m) encontra-se com núcleos argilosos

Arenito (topo) de grão médio, com fragmentos líticos, micáceo,

ferruginizado, com evidências de circulação de água, na base

o grão é mais fino

Topo - material argiloso com restos de fósseis (carbonatados)

passando a arenito micáceo de tons amarelados/esbranquiçados

com cimento carbonatado. Evidência de circulação de água.

SPT: Argila com nódulos silto-arenosos, de tons cinzentos com veios

avermelhados (óxidos)

Areia fina solta, litoclástica, de tons amarelados, com

fragmentos areníticos e elementos quartzosos (d<2cm)

15

CL

AS

SIF

ICA

ÇÃ

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DIÂ

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O (

mm

)

6

15

3

SPT: Argila cinzenta muito plástica

MC

S

md

mC

mC

MD

6

5

F3

Sondagem

S1

PROJECTO DE CLASSIFICAÇÃO DE SONDAGENS - TESE DE MESTRADO DE PEDRO JORDÃO

CLIENTE: Observações: todas as cores são descritas tendo em conta a aparência seca

SPT

(N15)

SPT

(N30 - I)

SPT

(N30 - II)

GR

AU

FR

AC

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R.Q

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RE

CU

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ÇÃ

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%)

BA

TE

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GR

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31 29 (10)

7 15

14 14

7 12

4 4

3 4

5

7

84 26 II-III F3

10

36

21

25 II

100 45 II F3

100 38 II F3

100 73 II F3

100 40 II F3

Sondagem S1

Descrições e Espessuras:

0.00-1.90 m de profundidade:

Aterro: Areia fina siltosa, acastanhada, micácea, com componente margosa, com a

presença de elementos estranhos (ex: restos de cerâmica).

1.90-3.00 m de profundidade:

Arenito fino, margoso, cinzento claro a acastanhado, com estratificação fina, com

matéria vegetal incarbonizada anegrada e fortemente micáceo.

3.00-3.45 m de profundidade:

Areia fina, argilosa, castanha com laivos alaranjados, micácea.

3.45-6.00 m de profundidade:

Argila silto-margosa, cinzento-escura acastanhada, levemente micácea, com rara

matéria vegetal incarbonizada.

6.00-6.45 m de profundidade:

Areia média a fina, amarelada e castanha-clara, siltosa.

6.45-7.95 m de profundidade:

Areia média, alaranjada e amarelada com laivos acastanhados, algo argilosa, levemente

micácea, com oxidação.

7.95-9.50 m de profundidade:

Argila margosa, cinzenta com laivos esverdeados e alaranjados/avermelhados, plástica,

com concreções carbonatadas esbranquiçadas.

9.50-11.15 m de profundidade:

Arenito médio a fino, de cimento carbonatado, amarelado e esbranquiçado,com passagens

de areia grosseira, com fracturas sub-horizontais e raras oblíquas, com evidências

de dissolução e de oxidação.

11.15-13.50 m de profundidade:

Silte areno-margoso, cinzento, micáceo, com restos de matéria vegetal incarbonizada

negra.

Profundidade total da sondagem - 13.50 m

Ensaios SPT realizados:

Profundidades Penetração (cm)

1.50 - 1.90 m 15 + 15 + 10

3.00 - 3.45 m 15 + 15 + 15

4.50 - 4.95 m 15 + 15 + 15

6.00 - 6.45 m 15 + 15 + 15

7.50 - 7.95 m 15 + 15 + 15

9.00 - 9.45 m 15 + 15 + 15

12.00 - 12.10 m 10 + 0 + 0

6 + 7 + 7

15 + 14 + 14

3 + 7 + 12

60 + 0 + 0

Fases do ensaio

Nega (1ª fase)

NSPT

60

8

7

14

28

19

15 + 31 + 29

6 + 4 + 4

5 + 3 + 4

Valores obtidos da Percentagem de Recuperação e RQD, Estados Alteração e de Fraturação:

cm cm % cm %

150 0,00 1,50 11 7 0 0

110 1,90 3,00 39 35 18 16 1,90 3,00 W3-4 1,90 3,00 F4

105 3,45 4,50 20 19 0 0

105 4,95 6,00 4 4 0 0

105 6,45 7,50 5 5 0 0

105 7,95 9,00 84 80 0 0

55 9,45 10,00 50 91 40 73 9,45 10,00 9,45 10,00

50 10,00 10,50 50 100 22 44 10,00 11,15 10,00 11,15

150 10,50 12,00 140 93 56 37

140 12,10 13,50 131 94 0 0

jurássico

W Prof. FFuradarec RQD

Prof.

W3-2 F4-3

CO

TA

STIP

OPeneiro

2 m

m

Peneiro

0.0

8 m

mW

LW

PI P

.

MC S md

mC

mC

MD R

100

PROF. (m)

CO

LUN

A

ES

TR

AT

.

NIVEL FREÁTICO

DE

SC

RIÇ

ÃO

LIT

OL

ÓG

ICA

GRAU FRACT.

CO

MP

.

SIM

P.

"qu"

kp/c

m2

BATERIA

COROA

CLASSIFICAÇÃO

DIÂMETRO (mm)

PR

OJE

CT

O D

E C

LA

SS

IFIC

ÃO

DE

SO

ND

AG

EN

S -

TE

SE

DE

ME

ST

RA

DO

DE

PE

DR

O J

OR

O

CLIE

NTE

:

SPT

(N15)

SPT

(N30 -

I)

SPT

(N30 -

II)

GRAU ALTER.

35

12

R.Q.D.

RECUPERAÇÃO (%)

ATERRO JURÁSSICO SUPERIOR - J3AP - GRÉS, MARGAS E ARENITOS DA PRAIA DA AMOREIRA - PORTO NOVOESTRATIGRAFIA

8 10

80

95

95

AM

OS

TR

AS

E

EN

SA

IOS

DE

NS

ID.

SE

CA

"sd"

gr/

cm

3

GR

AN

UL

OM

ET

RIA

% Q

UE

PA

SS

A

LIM

ITE

S

DE

ATTE

RB

ER

G

HUMIDADE

"W" (%)

PE

SO

ES

PE

C.

18

8 9 104 5 6 71 2 3 16

17

18

19

12

13

14

15

11

15

(1

5)

31

(1

5)

29

(1

0)

SPT:

Are

ia f

ina

sil

tosa

,ca

sta

nh

a cl

ara,

co

m n

ód

ulo

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rgil

o-s

ilto

sos

cin

zen

tos

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agm

ento

s lí

tico

s d

e d

imen

são

< 2

cm

.

6 (

15

)4

(1

5)

4 (

15

)SP

T: A

reia

fin

a s

ilto

sa,c

ast

an

ha

clar

a, c

om

du

los

arg

ilo

-silt

oso

s ci

nze

nto

s e

fra

gmen

tos

líti

cos

de

dim

ensã

o <

3 c

m.

5 (

15

)3

(1

5)

4 (

15

)SP

T: A

rgil

a c

inze

nta

escu

ra c

om

alg

um

a p

last

icid

ad

e.

6 (

15

)7

(1

5)

7 (

15

)SP

T: A

reia

ca

sta

nh

a a

ma

rela

da

gro

ssei

ra (a

reã

o),

co

m n

ód

ulo

s a

rgil

oso

s ci

nze

nto

s d

e p

equ

ena

dim

ensã

o(<

1 c

m)

e co

m a

lgu

ma

pla

stic

ida

de.

15

(1

5)

14

(1

5)

14

(1

5)

SPT:

Are

ia a

rgil

osa

ca

sta

nh

aa

ma

rela

da

co

m la

ivo

s ca

sta

nh

os

(co

mp

on

ente

a

ren

osa

gro

ssei

ra).

3 (

15

)7

(1

5)

12

(1

5)

SPT:

Arg

ila

plá

stic

aci

nze

nto

esc

uro

.

60

(1

0)

--

SPT:

Arg

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cin

zen

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om

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are

no

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na

.

Fim

da

So

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m

Solo

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nu

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oso

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ns

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e d

ime

nsã

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e fr

agm

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tos

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alv

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ria

(tijo

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m

ate

rial

de

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rro

.

Solo

co

mp

leta

me

nte

are

niz

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acto

, mic

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e to

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ge e

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ivo

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Pre

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e c

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Cl)

.

Solo

arg

ilo

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.

Frag

me

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nsã

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5 c

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en

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los

ne

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.

Frag

me

nto

s lít

ico

s d

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nsã

o <

5 c

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reza

carb

on

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a,

amar

ela

do

s, e

m m

atri

z ar

en

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de

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s ca

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ho

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nu

lari

dad

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.

Solo

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loso

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to a

cast

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Solo

argi

loso

cin

zen

to a

cast

anh

ado

co

m la

ivo

s am

are

lad

os e

ac

asta

nh

ado

s (d

uro

), a

té 9

,59

m. A

par

tir

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9,5

9 m

de

pro

fun

did

ade:

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icas

, n

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ulo

s n

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os

e c

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on

ato

s.

Até

11,

20 m

de

pro

fun

did

ade:

so

lo c

om

ple

tam

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niz

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ton

s b

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sad

o, c

om

mic

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ulo

s n

egr

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on

ato

s. A

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tir d

e

11,2

0 m

de

pro

fun

did

ade:

so

los

argi

loso

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Solo

arg

ilo

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o, e

co

m a

lgu

ma

com

po

ne

nte

ar

en

osa

fin

a a

dia

.

Sondagem De A Descrição

0 2,65 Silte ligeiramente arenoso de tom creme acinzentado

2,65 3

Arenito de grão fino de tom creme acinzentado.

Estratificação definida por finos leitos de cor negra

(matéria carbonosa), inclinada cerca de 5-10º

3 3,5

Arenito de grão fino/siltito arenoso, ligeiramente

micáceo, de tom creme acinzentado, por vezes com

zonas menos consolidadas.

3,5 5Argila ligeiramente silto-arenosa de tons acinzentados.

Zona com perda significativa de amostra

5 7

Areia de grão médio a fino de tons acastanhados,

ligeiramente alaranjados. Zona com perda significativa

de amostra

7 8,1

Areia argilosa de tons acastanhados, ligeiramente

alaranjados. Zona com perda significativa de amostra

8,1 9,5

Argila plástica de cor cinzento claro levemente

esverdeado

9,5 11,2

Arenito de grão médio de tom creme acastanhado.

Fractura (?) inclinada cerca de 70º em relação ao eixo

da sondagem, de bordos irregulares e rugosos

11,2 13,5

Argila/argilito ligeiramente micáceo de cor cinzento

claro, com zonas ligeiramente margosas. Fracturas,

quando identificáveis, inclinadas cerca de 30º em

relação ao eixo da sondagem, de bordos ligeiramente

irregulares e ligeiramente rugosos

2,65 3 F4

9,5 9,8 F3

9,8 10 F4-5

10 10,22 F5

10,22 10,7 F3

10,7 10,94 F4

10,94 11,2 F3

% recuperação

0 1,5 0,05

1,5 3 0,25

3 4,5 0,08

4,5 6 0,07

6 7,5 0,05

7,5 9 0,60

9 10,5 0,77

10,5 12 1,00

12 13,5 0,95

RQD

0 1,5

1,5 3 0,2

3 4,5

4,5 6

6 7,5

7,5 9

9 10,5 0,33

10,5 12 0,87

12 13,5 0,71

Estratigrafia

0 13,5 Jurássico (?)

Fracturação

1

Estr

itgr

afia

Alt

era

ção

Frac

tura

ção

REC

(%

)R

QD

(%

)

10.5

011

.20

W3

10.5

011

.20

F3-4

01,

510

,0-

1,5

326

,7-

34,

515

,3-

4,5

63,

3-

67,

53,

3-

7,5

956

,7-

910

,573

,353

.3

10,5

1210

0,0

-

1213

,596

,7-

Blo

cos

de

are

nit

o c

arb

on

ata

do

.1.

902.

20

Pro

fun

did

ade

1.50

1.90

Solo

are

no

sil

toso

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ton

s a

cast

an

ha

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s.

Pro

fun

did

ade

Pro

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ade

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ente

are

no

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co

m

peq

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os

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gmen

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de

tijo

lo.

0.00

1.50

Pro

fun

did

ade

Lito

logi

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8.20

Are

nit

o f

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vel

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lta

nd

o e

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ilo

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pa

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gen

s

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o-a

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osa

s a

cize

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da

s

2.20

3,45

Solo

are

no

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toso

mic

áce

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ns

aca

sta

nh

ad

os

com

la

ivo

s a

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zen

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os

3,45

5,50

Silt

ito

fri

áve

l, r

esu

lta

nd

o e

m s

ilte

de

ton

s

cin

zas

com

pa

ssa

gen

s fi

na

s a

ren

osa

s

11,2

013

,50

Are

nit

o f

ino

/Sil

tito

, mic

áce

o d

e to

ns

aci

nze

nta

do

s a

aca

sta

nh

ad

os.

J3AP - Grés, Margas e arenitos da Praia da Amoreira e Porto Novo

(Jurássico)

at

at (

?)

8,20

9,50

Arg

ila

sil

tosa

, du

ra, d

e to

ns

cin

zas.

9,50

11,2

0

Are

nit

o c

arb

on

ata

do

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m a

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nd

an

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bio

cla

sto

s d

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ns

am

are

lad

os.

En

tre

os

10

.90

e o

s 1

1.2

0 a

pre

sen

ta n

úcl

eos

arg

ilo

sos

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sos

na

ma

triz

are

no

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5,50

6,50

Are

ia m

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de

ton

s la

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com

la

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s si

lto

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arg

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do

s

6.50

% R

ecupera

ção

%R

QD

Pro

fundid

ades

Estr

atr

igra

fia

01,5

70

9,5

9,8

F3

Jurá

ssic

o

1,5

328

09,8

11,2

5F

4-3

34,5

13

0

4,5

63

0

67,5

30

7,5

960

0

910,5

77

46

10,5

12

100

40

12

13,5

95

0

Litolo

gia

s

Pro

fundid

ades

01,5

Ate

rro a

renoso c

asta

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cin

zenta

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com

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gm

ento

s d

e c

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mic

a

1,5

2,6

5A

terr

o a

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or

vezes a

rgilo

so d

e c

or

acasta

nhada

2,6

53

Ate

rro (

Blo

co d

e c

alc

ário ?

)

34,5

Ate

rro a

reno-a

rgilo

so d

e c

or

casta

nha a

cin

zenta

da

4,5

4,9

5A

rgila

cin

zenta

escura

a e

sve

rdeada c

om

fra

gm

ento

s d

e c

arv

ão

4,9

56

Are

ia fin

a a

mare

lada c

om

fra

gm

ento

s d

e a

renitos

66,4

5A

reia

fin

a a

média

am

are

lada

6,4

58,1

Arg

ila a

renosa c

asta

nha-a

lara

nja

da,

com

laiv

os c

asta

nhos e

scuro

s

8,1

9,5

Arg

ila m

arg

osa c

inzenta

esve

rdeada,

com

laiv

os a

cin

zenta

dos,

por

vezes c

om

passagens u

m p

ouco a

renosas,

com

vestigio

s d

e c

ars

ificação e

oxid

ação d

e c

or

acasta

nhada

9,5

11,2

5A

renito d

e g

rão fin

o a

médio

de c

or

casta

nha e

sbra

nquiç

ado c

om

fra

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ento

s d

e c

onchas d

ispers

os e

fin

os p

reenchim

ento

s a

rgilo

sos

11,2

513,5

Marg

as a

cin

zenta

das.

Fra

ctu

ras a

60º,

com

vestigio

s d

e p

erc

ola

ção d

e á

gua

Pro

fundid

ades

F

S1

Co

mp

rim

en

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ano

bra

REC

(cm

)

RQ

D

(cm

)R

EC %

RQ

D %

Lito

est

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graf

iaLi

tolo

gia

1ªfa

se2ª

fase

3ª f

ase

N (

SPT)

01,

515

06

40

1,9

Are

ia f

ina

, sil

tosa

m c

inze

nto

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are

lad

a co

m f

inas

pas

sage

ns

argi

losa

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1531

2960

1,5

1,9

401,

93

Are

nit

o d

e f

ino

, co

m c

ime

nto

car

bo

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, mic

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o, c

om

fin

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s

mar

gosa

s ci

nze

nta

s e

scu

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(Blo

cos/

de

po

sito

de

ve

rte

nte

?)

9,57

9,89

F3

1,9

311

041

373

3,45

Are

ia f

ina,

sil

tosa

, mic

áce

a, c

asta

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o a

mar

ela

da

9,89

10,0

6F4

64

48

33,

4545

3,45

4,95

Arg

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mar

gosa

, cin

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ta, c

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sage

m a

are

ia m

éd

ia c

asta

nh

a.10

,06

10,2

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3,45

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105

2019

4,95

6A

reia

co

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en

tos

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s su

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10,2

110

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4,95

456

6,45

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ia f

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cast

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10,4

410

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457,

5A

reia

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10,9

5F4

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105

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7,95

9,57

Mar

ga c

inze

nta

co

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assa

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s ar

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1514

1428

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7,95

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ren

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de

grã

o f

ino

a m

éd

io,d

e c

or

alar

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vid

o a

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ão, m

icác

eo

.

7,95

910

586

8210

,511

,18

Ide

m,

com

inte

rcal

açõ

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de

grã

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ross

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o.

37

1219

99,

4545

11,1

813

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arga

mic

áce

a, d

e c

or

cin

zen

ta, a

lgo

fri

áve

l.

9,45

9,57

1212

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SP

T

Sondagem 1

Profundidade

(m) Litologia SPT Alteração Fracturação

Recuperação

(%)

RQD

(%)

0.00-1.50 Areia fina, siltosa, amarelada

com raízes (aterro?) -- -- -- -- --

1.50-1.90 Areia fina, siltosa, amarelada X -- -- -- --

1.90-3.00

Arenito de grão médio a fino,

amarelado, passando a arenito

fino siltoso micáceo, com

orientação (laminação) das

micas com 20 a 25º com o eixo

da sondagem.

-- -- -- 30 16

3.00-3.45 Areia média a fina, siltosa,

amarelada X -- -- -- --

3.45-4.50 Arenito fino, silto-argiloso,

cinzento -- -- -- 20 --

4.50-4.95 Arenito fino, silto-argiloso,

cinzento/ acastanhado X -- -- -- --

4.95-6.00 Arenito fino, siltoso, micáceo,

amarelado -- -- -- 0 --

6.00-6.45 Areia média, amarelada X -- -- -- --

6.45-7.50 Calcarenito de grão médio,

fossilífero (?), amarelado -- -- -- 5 --

7.50-7.95 Areia média, amarelada X -- -- -- --

7.95-9.55

Argila margosa,

cinzenta/esverdeada com laivos

avermelhados

-- -- -- 60 --

9.55-11.20

Arenito de grão médio,

amarelado, com intercalações de

grão grosseiro. Laminações

micáceas com inclinação de 20º

com o eixo da sondagem.

-- -- -- 100 64

11.20-12.00

Arenito fino siltoso, acinzentado

-- -- -- 100 --

12.00-12.10 X -- -- -- --

12.10-13.50 -- -- -- 100 --

S2

01,5

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F4-5

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12

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--

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W4

99,2

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W5-4

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10

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W5-4

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10,5

12

W3-2

10,5

10,7

100

12

15

W2

10,7

11

100

11

11,5

100

11,5

12

60

12

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100

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100

12,8

13,5

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Sondagem:

NSPT LU

0,00 1,50

Depósito

s

Recente

s

20% - - - - Calhaus de xisto castanho avermelhados

1,50 1,95 100% 0%Silte argiloso com calhaus de xisto - horizonte de

rocha xistente decomposta18

1,95 3,00 50% 0% W4-5 F5Xisto muito alterado e muito fracturado com

passagens argilosas, castanho avermelhado

3,00 3,45 100% 0% Xisto decomposto, castanho avermelhado 12

3,45 4,50 24% 0% W4-5 F5Xisto muito alterado e muito fracturado com

passagens argilosas, castanho avermelhado

4,50 4,61 100% 0% Xisto decomposto, castanho acizentado 60(11cm)

4,61 5,00 38% 0%

5,00 5,30 50% 0%

5,30 5,60 100% 0%

5,60 6,00 100% 0%

6,00 6,07 100% 0% 60(7cm)

6,07 6,10 100% 0%

6,10 6,50 100% 0%

6,50 7,50 75% 0%

7,50 7,59 100% 0% 60(9cm)

7,59 7,90 100% 0%

7,90 8,20 100% 0%

8,20 9,00 50% 0%

9,00 9,45 100% 0% 53

9,45 9,80 85% 0%

9,80 10,20 85% 0%

10,20 10,50 33% 0%

10,50 10,55 100% 0% 60(2cm)

10,55 10,70 100% 0%

10,70 11,00 100% 33%

11,00 11,50 100% 0%

11,50 12,00 40% 0%

12,00 12,04 100% 0% 60(4cm)

12,04 12,40 100% 0%

12,40 12,80 100% 0%

12,80 13,50 100% 43%

13,50 14,20 100% 45%

14,20 14,70 100% 30%

14,70 15,00 100% 30%

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RQD

Fractur

as

Xisto alterado e muito fracturado. Parte facilmente

pelos planos de foliação, formando lascas.F5W4

Xisto acinzentado e castanho avermelhado,

intensamente fracturado e com clivagem intensa

pelos planos de foliação formando lascas, com

passagens argilif icadas entre as seguintes

profundidade: 6,00-6,07m; 7,50-7,59m; 9,00-9,20m.

Xisto cinzento escuro (carbonatado), pontualmente

injectado por vénulas de quartzo, com clivagem

intensa pelos planos de foliação formando lascas.

As superfícies resultantes da clivagem pela

foliação apresentam-se lisas e polidas.

Os planos da foliação fazem um ângulo de

aproximadamente 45º com o eixo da sondagem.

Ocorre uma passagem grauvacóide entre os 13,50

e os 14,50 m de profundidade.

W3-4 F4-5

W3-4 F4-5

Classificação de Sondagem

Obra: S2

PROF. DESCRIÇÃO GERAL DAS AM OSTRASW F

Ensaios

Estratigrafia%

Recup

Relativamente à cor refiro o seguinte:

1,50-1,95: Não tomei nota da cor. Não pretendo indicar

4,50-4,61: Está indicada a cor

4,61-5,30: Castanho acizentado

Relativamente ao RQD foi indicado, por lapso, o intervalo 10,50-14,70 e um RQD de 75%. Deverá ler-se "14,20-14,70", sendo o respectivo RQD de 30%. Peço desculpa pela gralha.

.

mC

mC

MC 62

100

MC 86

MC

C

MC

MC

SPT

(N15)

SPT

(N30 - I)

SPT

(N30 - II)

PROJECTO DE CLASSIFICAÇÃO DE SONDAGENS - TESE DE MESTRADO DE PEDRO JORDÃO

25

35

21

77

CLIENTE:

R.Q

.D.

(%)

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DESCRIÇÃO LITOLÓGICA

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8

9

10

4

5

6

7

1

2

3

16

17

18

19

12

13

14

15

11

9 (15) 6 (15) 12 (15)SPT: Fragmentos de natureza xisto-grauváquica, de tons acastanhados, com laivos amarelados e avermelhados, de dimensão < 3 cm.

7 (15) 9 (15) 7 (15)SPT: Fragmentos de natureza xisto-grauváquica, de tons acastanhados, com laivos amarelados e avermelhados de dimensão < 3 cm.

60 (10) - -SPT: Fragmentos de natureza xistenta, negros, muito fracturados e friáveis à mão, de dimensão < 3 cm.

60 (7) - -SPT: Fragmentos de natureza xistenta, negros, muito fracturados e friáveis à mão, de dimensão < 3 cm.

60 (9) - -SPT: Fragmentos de natureza xistenta, negros, de dimensão < 5 cm.

19 (15) 32 (15) 21 (15)SPT: Fragmentos l íticos de natureza quartzosa, de dimensão < 3 cm, em matriz argilo-siltosa acinzentada.

60 (4) - -SPT: Fragmentos de xisto negro silicioso.

Fim da Sondagem

Fragmentos rochosos de natureza grauváquica de tons castanhos com laivos amarelados e avermelhados.

Fragmentos rochosos de natureza grauváquica de tons castanhos com laivos amarelados e avermelhados.

Fragmentos rochosos de natureza grauváquica de tons castanhos com laivos amarelados e avermelhados.

Fragmentos rochosos de natureza grauváquica de tons castanhos e laivos amarelados e tons ferrugem (alteração) e natureza

Fragmentos rochosos de natureza xistenta, luzentes, de cor negra.

Fragmentos rochosos de natureza xistenta, luzentes, de cor negra.

Fragmentos rochosos de natureza xistenta, luzentes, de cor negra. Entre 9,80 m e 9,90 m são de dimensão < 2 cm e entre 10,20 m e 10,50 m são de dimensão < 6 cm.

Xisto negro silicioso.

Xisto negro silicioso (entre 14,90 m e 15,00 m presença de quartzo).

SPT: Fragmentos de xisto negro sil icioso. 60 (2) - -

5,30Fragmentos rochosos de natureza xistenta, luzentes, de cor negra.

5,60Fragmentos rochosos de natureza xistenta, luzentes, de cor negra.

6,50

7,50

7,90

8,20

Fragmentos rochosos de natureza xistenta, luzentes, de cor negra.

100

100

100

100

48

100

60

83

100

100

96

64

100

100

100

26

15

W3-2 F5

W3 F5

W3-2 F5

W1 F4-5

W1 F5

W1 F5

W1 F5

W1 F3-5

W1 F4-3

0.00

9.80

15.00

FIM %rec

0.00

38cm 25,3

Fracturação Alteração RQD 1.50

0.00 0.00 0.00 52cm 34,7

F5/4 W4/5 0cm 3.00

12.80 4.60 10.70 30cm 20,0

F4/5 W4 10cm 33,3 4.50

15.00 8.20 11.00 22cm 44,0

W4/5 5.00

10.60 12.80 26cm 86,7

W3 25cm 35,7 5.30

12.00 13.50 29cm 96,7

W2 30cm 42,9 5.60

15.00 14.20 40cm 100,0

10cm 20 6.00

14.70 35cm 70,0

6.50

75cm 75,0

Estratigrafia 7.50

Carbónico 40cm 100,0

7.90

30cm 100,0

8.20

15cm 18,8

9.00

25cm 31,3

9.80

20cm 50,0

10.20

10cm 33,3

10.50

10cm 50,0

10.70

30cm 100,0

11.00

30cm 60,0

11.50

25cm 50,0

12.00

40cm 100,0

12.40

40cm 100,0

12.80

70cm 100,0

13.50

70cm 100,0

14.20

80cm 100,0

15.00

Xisto acastanhado, muito fracturado e muito alterado, com preenchimento argiloso nas fracturas, por

vezes com passagens decompostas, tornando-se menos alterado para base. Xistosidade e

fracturação a 45º com o eixo da sondagem.

Xisto cizento escuro muito fracturado, com filonetes de quartzo. Xistosidade e fracturação a 45º com

o eixo da sondagem.

Sondagem S2Descrições e Espessuras:

0.00-1.50 m de profundidade:

Xisto, algo grauvacóide, de tonalidade acastanhada e acinzentada com laivos alaranjados, micáceo,

intensamente fraturado.

1.50-3.00 m de profundidade:

Xisto, algo grauvacóide, micáceo, muito alterado a decomposto, de tom castanho-alaranjado e acinzentado, com

passagens silto-argilosas e com fraturas subhorizontais.

3.00-4.50 m de profundidade:

Xisto decomposto, de tom castanho-acinzentado com laivos alaranjados, adquirindo um caráter silto-argiloso

com fragmentos líticos.

4.50-5.00 m de profundidade:

Xisto argiloso, medianamente a muito alterado, de tons acastanhado e acinzentado, com fraturação/xistosidade

subhorizontal e a 45º em relação ao eixo da sondagem e com oxidação anegrada nas fraturas.

5.00-5.30 m de profundidade:

Xisto argiloso, nuito alterado a decomposto, de tons acinzentado e acastanhado com laivos alaranjados,

com passagens silto-argilosas.

5.30-8.20 m de profundidade:

Xisto argiloso, de tom cinzento-acastanhado com laivos alaranjados e avermelhados, medianamente a muito alterado,

com oxidação anegrada e por vezes com preenchimentos nas imediações das fraturas de natureza silto-argilosa e

com tonalidades alaranjadas e acinzentadas. Fraturação/xistosidade a 45º e raras fraturas subverticais.

8.20-9.45 m de profundidade:

Xisto argiloso, de tom cinzento-acastanhado com laivos alaranjados e avermelhados, muito alterado a decomposto, c/

filonetes quartzosos brancos, adquirindo um caráter areno-argiloso cinzento-acastanhado com laivos alaranjados.

9.45-9.80 m de profundidade:

Xisto grauvacóide, de tom cinzento-acastanhado com laivos alaranjados, com passagens de grauvaque e a

presença abundante de filonetes e veios quartzosos esbranquiçados. Fraturas irregulares subhorizontais e

subverticais, com oxidação de tonalidade alaranjada.

9.80-10.20 m de profundidade:

Xisto grafitoso, de tom cinzento escuro a negro, medianamente alterado e muito fraturado.

10.20-10.50 m de profundidade:

Intercalação de xisto grauvacóide, de tom cinzento-acastanhado com laivos avermelhados, com veios de quartzo

esbranquiçado, pouco a medianamente alterado.

10.50-12.04 m de profundidade:

Xisto grafitoso, de tom cinzento escuro a negro, medianamente alterado, com a presença de sulfuretos (pirite?).

Fraturação/xistosidade predominante a 45º em relação ao eixo da sondagem.

12.04-15.00 m de profundidade:

Xisto grafitoso, de tom cinzento escuro a negro, medianamente a pouco alterado, com delgados veios irregulares

de quartzo esbranquiçado e com sulfuretos (pirite?). Predominância da xistosidade/fraturação a 45º em relação ao

eixo da sondagem.

Profundidade total da sondagem - 15.00 mEnsaios SPT realizados:

Profundidades Fases do ensaio Penetração (cm) NSPT

1.50 - 1.95 m 8 + 6 + 12 15 + 15 + 15 18

3.00 - 3.45 m 7 + 5 + 7 15 + 15 + 15 12

4.50 - 4.61 m 60 + 0 + 0 11 + 0 + 0 Nega (1ª fase)

6.00 - 6.07 m 60 + 0 + 0 7 + 0 + 0 Nega (1ª fase)

7.50 - 7.59 m 60 + 0 + 0 9 + 0 + 0 Nega (1ª fase)

9.00 - 9.45 m 19 + 32 + 21 15 + 15 + 15 53

10.50 - 10.52 m 60 + 0 + 0 2 + 0 + 0 Nega (1ª fase)

12.00 - 12.04 m 60 + 0 + 0 4 + 0 + 0 Nega (1ª fase)

Valores obtidos da Percentagem de Recuperação e RQD, Estados Alteração e de Fraturação:

cm cm % cm %

150 0,00 1,50 28 19 0 0 0,00 1,50 W4-3 0,00 1,50 F5

105 1,95 3,00 48 46 0 0 1,95 3,00 W4-5 1,95 3,00 F5-4

105 3,45 4,50 21 20 0 0 3,45 4,50 W5 3,45 4,50

39 4,61 5,00 15 38 0 0 4,61 5,00 W3-4 4,61 5,00

30 5,00 5,30 25 83 0 0 5,00 5,30 W4-5 5,00 5,30

30 5,30 5,60 28 93 0 0 5,30 5,60 5,30 5,60

40 5,60 6,00 40 100 0 0 5,60 6,00 5,60 6,00

43 6,07 6,50 27 63 0 0 6,07 6,50 6,07 6,50

100 6,50 7,50 60 60 0 0 6,50 7,50 6,50 7,50

31 7,59 7,90 31 100 0 0 7,59 7,90 7,59 7,90

30 7,90 8,20 26 87 0 0 7,90 8,20 7,90 8,20

80 8,20 9,00 18 23 0 0 8,20 9,00 W4-5 8,20 9,00

25 9,45 9,70 14 56 0 0 9,45 9,70 9,45 9,70

10 9,70 9,80 10 100 0 0 9,70 9,80 9,70 9,80

40 9,80 10,20 25 63 0 0 9,80 10,20 9,80 10,20

30 10,20 10,50 10 33 0 0 10,20 10,50 10,20 10,50

18 10,52 10,70 15 83 0 0 10,52 10,70 10,52 10,70

30 10,70 11,00 26 87 10 33 10,70 11,00 10,70 11,00

50 11,00 11,50 36 72 0 0 11,00 11,50 11,00 11,50

50 11,50 12,00 19 38 0 0 11,50 12,00 11,50 12,00

36 12,04 12,40 36 100 0 0 12,04 12,40 12,04 12,40

40 12,40 12,80 40 100 0 0 12,40 12,80 12,40 12,80

70 12,80 13,50 70 100 23 33 12,80 13,50 12,80 13,50 F5-4

70 13,50 14,20 51 73 22 31 13,50 14,20 13,50 14,20 F5-3

50 14,20 14,70 36 72 10 20 14,20 14,70 14,20 14,70

30 14,70 15,00 28 93 0 0 14,70 15,00 14,70 15,00

W Prof. FFuradaRecuperação RQD

Prof.

W2-4

F5

F5-4

W3-4

W3

F5

W3-4

W2-3

F4-5

Sondagem S2

Descrições e Espessuras:

0.00-1.50 m de profundidade:

Xisto com intercalação de grauvauqe, de tom cinzento com tonalidades avermelhadas e alaranjadas

devido à oxidação, medianamente a muito alterado.

1.50-3.00 m de profundidade:

Xisto com intercalação de grauvaque, micáceo, de tons cinzento-avermelhado e cinzento com tonalidades avermelhadas e alaranjadas,

muito alterado a decomposto, adquirindo um caráter silto-argiloso com fragmentos líticos.

3.00-6.10 m de profundidade:

Xisto argiloso, pontualmente com delgadas intercalações de grauvaque, com evidências de oxidação nas fraturas e superfícies de

xistosidade, medianamente a muito alterado, com passagens decompostas silto-argilosas, de tons acinzentado e

acastanhado com laivos alaranjados. Fraturação/xistosidade subhorizontal e a 45º em relação ao eixo da sondagem.

6.10-9.45 m de profundidade:

Xisto argiloso, de tom cinzento-acastanhado, pontualmente com delgadas intercalações de grauvaque, com evidências

de oxidação nas fraturas e superfícies de xistosidade, medianamente a muito alterado, apresentando por vezes passagens

decompostas intercaladas. Fraturação/xistosidade a 45º e raras fraturas subverticais.

9.45-9.80 m de profundidade:

Xisto argiloso, de tom cinzento com laivos amarelados e avermelhados, com intercalações de grauvaque,

fi lonetes e veios de quartzo e por vezes com oxidação nas fraturas e superfícies de xistosidade, medianamente a muito alterado.

9.80-10.70 m de profundidade:

Xisto argiloso, de tom cinzento escuro, com veios e fi lonetes de quartzo, em geral medianamente alterado.

10.70-14.20 m de profundidade:

Xisto argiloso, de tom cinzento escuro, com a intercalações de grauvaques e a presença de pirite, pouco a medianamente alterado.

Fraturas subhoriontais e oblíquas em relação ao eixo da sondagem.

14.20-15.00 m de profundidade:

Xisto argiloso, de tom cinzento escuro, com a intercalação de grauvaque, por vezes com veios de quartzo, pouco a medianamente alterado,

por vezes com passagens muito alteradas.

Profundidade total da sondagem - 15.00 m

Ensaios SPT realizados:

Profundidades Fases do ensaio Penet. total NSPT

1.50 - 1.95 m 45 cm 18

3.00 - 3.45 m 45 cm 12

4.50 - 4.61 m 11 cm 60 (1ª fase)

6.00 - 6.07 m 7 cm 60 (1ª fase)

7.50 - 7.59 m 9 cm 60 (1ª fase)

9.00 - 9.45 m 45 cm 53

10.50 - 10.52 m 2 cm 60 (1ª fase)

12.00 - 12.04 m 4 cm 60 (1ª fase)

Estratigrafia: carbónico

8 + 6 + 12

7 + 5 + 7

60 + 0 + 0

60 + 0 + 0

60 + 0 + 0

19 + 32 + 21

60 + 0 + 0

60 + 0 + 0

Valores obtidos da Percentagem de Recuperação e RQD, Estados Alteração e de Fraturação:

cm cm % cm %

150 0,00 1,50 40 27 0 0 0,00 1,50 W3-4 0,00 1,50 F5

105 1,95 3,00 56 53 0 0 1,95 3,00 W3-5 1,95 3,00

105 3,45 4,50 30 29 0 0 3,45 4,50 W4-5 3,45 4,50

39 4,61 5,00 25 64 0 0 4,61 5,00 W3-4 4,61 5,00

30 5,00 5,30 30 100 0 0 5,00 5,30 W4-5 5,00 5,30

30 5,30 5,60 30 100 0 0 5,30 5,60 5,30 5,60

40 5,60 6,00 40 100 0 0 5,60 6,00 5,60 6,00

3 6,07 6,10 3 100 0 0 6,07 6,10 6,07 6,10

40 6,10 6,50 28 70 0 0 6,10 6,50 6,10 6,50

100 6,50 7,50 76 76 0 0 6,50 7,50 6,50 7,50

31 7,59 7,90 31 100 0 0 7,59 7,90 7,59 7,90

30 7,90 8,20 30 100 0 0 7,90 8,20 7,90 8,20

80 8,20 9,00 36 45 0 0 8,20 9,00 W3-5 8,20 9,00

25 9,45 9,70 21 84 0 0 9,45 9,70 9,45 9,70

10 9,70 9,80 10 100 0 0 9,70 9,80 9,70 9,80

40 9,80 10,20 40 100 0 0 9,80 10,20 9,80 10,20

30 10,20 10,50 15 50 0 0 10,20 10,50 W3 10,20 10,50

18 10,52 10,70 18 100 0 0 10,52 10,70 10,52 10,70

30 10,70 11,00 30 100 11 37 10,70 11,00 10,70 11,00 F5-4

50 11,00 11,50 48 96 0 0 11,00 11,50 11,00 11,50

50 11,50 12,00 33 66 0 0 11,50 12,00 11,50 12,00

36 12,04 12,40 36 100 0 0 12,04 12,40 12,04 12,40

40 12,40 12,80 40 100 0 0 12,40 12,80 12,40 12,80

70 12,80 13,50 70 100 24 34 12,80 13,50 12,80 13,50 F4-5

70 13,50 14,20 70 100 22 31 13,50 14,20 13,50 14,20 F5-3

50 14,20 14,70 50 100 10 20 14,20 14,70 14,20 14,70

30 14,70 15,00 30 100 0 0 14,70 15,00 14,70 15,00

W Prof. FFuradarec RQD

Prof.

W2-4

F5

F5-4

F5-4

W3-4

W3-4

F5

W2-3

Topo Base Descrição Estratigrafia

0,00 0,50Coluvião (?) constituído por fragmentos de xisto envoltos por silte-argiloso de

tons acastanhados.Actual

0,50 5,30

Xisto de tons acastanhados com laivos rosados, muito fracturado, com

intercalaçãoes decimétricas de xisto decomposto, recuperado como argila de

tons acastanhados claros. Xistosidade com inclinação de 50° em relação ao

eixo da sondagem, coincidente com a maioria das fracturas. Fracturas muito

oxidadas pontualmente com preenchimento argiloso.

5,30 10,00

Xisto medianamente alterado, de tons acinzentados a acastanhados claros.

Xistosidade com inclinação de 50° em relação ao eixo da sondagem,

coincidente com a maioria das fracturas. Fracturas muito oxidadas

pontualmente com preenchimento argiloso. Passagem de quartzo entre 9,0 m e

9,8 m. Fim da zona de alteração superficial (zona oxidada).

10,00 15,00

Xisto grauvacóide de tons acinzentados escuros a negros. Superfícies de

xistosidade lisas e pouco onduladas com inlcinação de 60° em relação ao eixo

da sondagem. Fracturas subverticais ligeiramente onduladas, lisas. Nos últimos

0,3 m presença de argila de falha (?).

Carb

ónic

o I

nfe

rior

Inicio (m) Fim (m) Diferença (m) Comprimento (m) % Rec.

0,00 1,50 1,50 0,38 25

1,50 3,00 1,50 0,52 35

3,00 4,50 1,50 0,30 20

4,50 5,00 0,50 0,25 50

5,00 5,30 0,30 0,30 100

5,30 5,60 0,30 0,30 100

5,60 6,00 0,40 0,40 100

6,00 6,50 0,50 0,38 76

6,50 7,50 1,00 0,80 80

7,50 7,90 0,40 0,40 100

7,90 8,20 0,30 0,30 100

8,20 9,00 0,80 0,38 48

9,00 9,20 0,20 0,20 100

9,20 9,80 0,60 0,40 67

9,80 10,50 0,70 0,40 57

10,50 10,70 0,20 0,18 90

10,70 11,00 0,30 0,20 67

11,00 11,50 0,50 0,37 74

11,50 12,00 0,50 0,32 64

12,00 12,40 0,40 0,40 100

12,40 12,80 0,40 0,40 100

12,80 13,50 0,70 0,70 100

13,50 14,20 0,70 0,70 100

14,20 14,70 0,50 0,50 100

14,70 15,00 0,30 0,30 100

Inicio (m) Fim (m) Diferença (m)Comprimento

superior a 0,1 m (m)% R.Q.D.

12,80 13,50 0,70 0,10 14

13,50 14,20 0,70 0,20 29

14,20 14,70 0,50 0,10 20

PERCENTAGEM DE RECUPERAÇÃO

R.Q.D.

Topo Base Alteração (W) Topo Base Fracturação (F)

0,50 5,30 4-3 0,50 10,80 5

5,30 10,55 3 10,80 15,00 4-5

10,55 15,00 2-1

Alteração Fracturação

Profundidade 1ª Fase

(Pancada

Penetração

1ª Fase (cm)

2ª Fase

(Pancadas)

Penetração

2ª Fase (cm)

3ª Fase

(Pancadas)

Penetração

2ª Fase (cm)

1,5 5 15 6 15 12 15

3 7 15 5 15 7 15

4,5 60 11

6 60 7

7,5 60 9

9 19 15 32 15 21 15

10,5 60 2

12 60 4

Ensaios SPT

Sc2

Profundidade

(m) Descrição/ litologia Estratigrafia Profundidade (m) W F início (m) fim (m) Recup (m) %recup RQD (m) %RQD

0,0-4,5Cascalho de xisto envolto numa matriz silto-argilosa, cinzento

e amarelado: Depósito/Aterro (?)Moderno

0 1,5 0,35 23,3 0,0

4,5-8,3

Xisto argiloso, grauvacóide, muito alterado e fracturado

fundamentalmente pela xistosidade. Xistosidade oblíqua.

Fracturas lisas com película ferruginosa.*

4,5-8,3 w3 f5 1,95 3 0,5 47,6 0,0

8,3-9,45Silte argiloso, micáceo, com fragmentos de xisto, cinznto: xisto

esmagado e decomposto.

8,3-9,45 w5 3,45 4,5 0,45 42,9 0,0

9,45-12,04

Xisto argiloso, grauvacóide, cinzento a cinzento escuro, com

filonetes de quartzo leitoso. Ocorrem passagens

centim+etricas esmagadas e brecheficadas. 9,45-12,04 w4-3 f5 4,61 5 0,19 48,7 0,0

12,04-15

Grauvaque cinzento, com laminações de xisto argiloso

cinzento escuro. Fracturas sinxistosas predominantes,

oblíquas, lisas e com escasso preenchimento. Ocorrem

mineralizações de sulfuretos disseminadas no folheto xistoso.12,04-15 w2 f5-4 5 5,3 0,3 100,0 0,0

Fim da

sondagem 5,3 5,6 0,25 83,3 0,0

*A cor é acinzentado e cinzento escuro 5,6 6 0,4 100,0 0,0

6,07 6,5 0,3 69,8 0,0

6,5 7,5 0,7 70,0 0,0

Observações:Orientações das descontinuidades, relativas ao eixo da

sondagem.

7,59 7,9 0,3 96,8 0

7,9 8,2 0,3 100,0 0

8,2 9 0,2 25,0 0,0

9,45 9,8 0,35 100,0 0,0

9,8 10,5 0,45 64,3 0,0

10,55 10,7 0,15 100,0 0,0

10,7 11 0,3 100,0 0,12 40,0

11 11,5 0,45 90,0 0,0

11,5 12 0,3 60,0 0,0

12,04 12,8 0,75 98,7 0,0

12,8 14,2 1,35 96,4 0,48 34,3

14,2 15 0,8 100,0 0,12 15,0

Manobra

Carbónico -

HMI

Sondagem De A Descrição

0 1,2 Depósito de cobertura não recuperado

1,2 5,3Xisto decomposto a muito alterado de tons acastanhados, com frequentes

zonas argil isadas

5,3 8,35

Xisto de tons acastanhados. Estratificação inclinada cerca de 20º em

relação ao eixo da sondagem, muito apertada, provocando

desplacamento. Fracturas coincidentes com a estratificação, de bordos

planos, l isos e frequentemente oxidados, com presença de minerais de

tons alaranjados. Localmente observam-se fracturas pouco extensas

subparalelas ao eixo da sondagem, de bordos irregulares e rugosos.

8,35 10,6

Zona muito alterada com presença de argila de tons acinzentados,

fragmentos de xisto e quartzo. (zona de falha?). Zona com perda

significativa de amostra

10,6 15

Xisto de cor cinzento escuro a negro, com níveis intercalados de espessura

decimétrica de tons mais claros correspondentes a zonas l igeiramente

mais grosseiras (metassiltitos). Estratificação inclinada cerca de 40-50º

em relação ao eixo da sondagem, muito próxima, provocandp

desplacamento. Fracturas coincidentes com a xistosidade. Presença de

quartzo de cor branca nos ultimos 10cm da sondagem.

1,2 5,3 W5-45,3 8,35 W3

8,35 10,6 W5-410,6 15 W1

5,3 8,35 F510,6 12,8 F512,8 13,1 F413,1 13,6 F513,6 13,8 F413,8 15 F3

% recuperação0 1,5 0,23

1,5 3 0,303 4,5 0,18

4,5 5 0,605 5,3 1,00

5,3 5,6 1,005,6 6 0,92

6 6,5 0,806,5 7,5 0,677,5 7,9 1,007,9 8,2 1,008,2 9 0,40

9 9,2 0,909,2 9,8 0,509,8 10,2 1,00

10,2 10,5 0,5010,5 10,7 0,8510,7 11 1,00

11 11,5 0,6011,5 12 0,60

12 12,4 0,9512,4 12,8 1,0012,8 13,5 1,0013,5 14,2 1,0014,2 14,7 0,9214,7 15 1,00

RQD

0 1,51,5 3

3 4,54,5 5

5 5,35,3 5,65,6 6

6 6,56,5 7,57,5 7,97,9 8,28,2 9

9 9,29,2 9,89,8 10,2

10,2 10,510,5 10,710,7 11

11 11,511,5 12

12 12,412,4 12,812,8 13,5 0,4313,5 14,2 0,2914,2 14,714,7 15

Estratigrafia

0 1,2 Actual1,2 15 Carbónico

Fracturação

Alteração

2

Estr

itgr

afia

Alt

era

ção

Frac

tura

ção

REC

(%

)R

QD

(%

)

0.0

4.5

W4-

50.

012

.0F5

01,

523

,30

4.5

9.8

W4

12.0

15.0

F4-5

1,5

333

,30

9.8

10.5

W4-

33

4,5

18,0

0

10.5

12W

34,

55

46,0

0

1215

W3-

25

5,3

100,

00

5,3

5,6

100,

00

5,6

610

0,0

0

66,

580

,00

6,5

7,5

75,0

0

7,50

7,90

100,

00

7,90

8,20

100,

00

8,20

9,00

25,0

0

9,00

9,20

75,0

0

9,20

9,80

41,7

0

9,80

10,5

042

,90

10,5

010

,70

100,

050

10,7

011

,00

100,

00

11,0

011

,50

100,

00

11,5

012

,00

50,0

0

12,0

012

,40

100,

00

12,4

012

,80

100,

00

12,8

013

,50

100,

051

,4

13,5

014

,20

100,

057

,1

14,2

015

,00

100,

022

,5

15,0

0

Pro

fun

did

ade

Pro

fun

did

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Pro

fun

did

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Lito

logi

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nd

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Ma

ciço

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s. R

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Ma

ciço

xis

to-g

rau

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lter

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era

do

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rese

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xito

sid

ad

e in

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HMI - Formação de Mira (Grupo do Flysch do Baixo

Alentejo) - Carbónico

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SPT

Xisto negro com fracturas paralelas à xistosidade, 30º em relação

ao eixo da carote100 0 II

idem 65 0 III-II

idem, fracturação generalizada em diferentes direcções

(fracturação mecânica?)95 0 III-II F5

Xisto negro com fracturas paralelas à xistosidade, 40º em relação

ao eixo da carote100 0 II F4

idem e fragmentos quartzosos 80 0 III F5

SPT: fragmentos de xisto negro

Fragmentos de xisto negro com veios de quartzo (alguma fracturação e

moagem mecânica)60 0 III

Fragmentos líticos de dimensões variadas de natureza xistenta (negra)

e quartzosos. Fraqueza estrutural por contacto litológico.80 0 III F5

SPT: Fragmentos líticos de natureza quartzosa, de dimensão < 3 cm, em matriz

argilo-siltosa acinzentada. 19 32 21 MC

idem com restícios de veios quartzosos (fragmentos soltos) 50 0 III-IV F5

II F4

100 0 II F4

SPT: idem

idem

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SPT: Fragmentos nat xistenta, negros, muito fracturados e friáveis à mão, dim<3cm60 (11) MC

F4

Xisto sericítico ferruginizado com fracturas paralelas à xistosidade de tons

esverdeados avermelhados (óxidos de ferro), obliquas ao eixo da carote (55º) 100 0 III F4

F5

idem, mas mais alterado, com intercalações grauvacóides 100 0 V

Fragmentos rochosos de natureza xisto-grauváquica de tons

castanhos amarelados, com óxidos de ferro, micáceo. O xisto

possui sericite.Fracturas paralelas à xistosidade.

9 6 12SPT: Fragmentos de natureza xisto-grauváquica, de tons acastanhados, com

laivos amarelados e avermelhados, de dimensão < 3 cm.

Fragmentos rochosos de natureza xisto-grauváquica de tons

castanhos amarelados, com óxidos de ferro, micáceo. O xisto

possui sericite. Fracturas paralelas à xistosidade

SPT: Fragmentos de natureza xisto-grauváquica, de tons acastanhados, com

laivos amarelados e avermelhados de dimensão < 3 cm.

Fragmentos rochosos de natureza xisto-grauváquica de tons

castanhos amarelados, com óxidos de ferro, micáceo. O xisto

possui sericite. Fracturas mecânicas.

7 15 7

Xisto sericítico ferruginizado com fracturas paralelas à xistosidade de tons

esverdeados avermelhados (óxidos de ferro), obliquas ao eixo da carote (55º)

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Sondagem

S2PROJECTO DE CLASSIFICAÇÃO DE SONDAGENS - TESE DE MESTRADO DE PEDRO JORDÃO

CLIENTE:

SPT

(N15)

SPT

(N30 - I)

SPT

(N30 - II)

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3.00-4.61 -- -- -- 30

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Xisto argiloso, castanho/acinzentado.

Inclinação máxima 45º com o eixo da sondagem

--

W4 F5

50

5.00-5.30 -- 100

5.30-6.00 -- 100

6.00-6.50 -- 100

6.50-8.20 -- 75

8.20-9.00 -- 30

9.00-9.45 -- 25

9.45-9.80 Idem, com veios de quartzo -- -- -- 50

9.80-

10.20

Xisto argiloso, cinzento a negro, carbonoso,

finamente laminado.

Com eventuais veios de quartzo.

Inclinação de 45º com o eixo da sondagem

W3 F4-5 40

10.20-

10.70 --

10.70-

15.00

Xisto argiloso, cinzento a negro, carbonoso,

finamente laminado.

Com veios de quartzo na base.

Inclinação de 45º com o eixo da sondagem

-- W1-2 F2-3 100 50 a 75

Pedro Jordão

De: Pedro Jordão <[email protected]>

Enviado: segunda-feira, 26 de Março de 2012 01:23

Para: Pedro Jordão

Assunto: Colaboração dos Colegas Geotécnicos na Tese de Mestrado

Caros Colegas, Antes de mais, agradeço a Vossa disponibilidade para participar neste trabalho, que se enquadra na minha Tese de Mestrado, a apresentar à Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, e cujo Orientador é o Professor Fernando Marques, da mesma Instituição. Tentarei abaixo sistematizar e formalizar aquilo que Vos transmiti telefonicamente, relativamente à Vossa inestimável colaboração neste trabalho, sem prejuízo de estar totalmente disponível para esclarecer telefonicamente qualquer dúvida que surja durante todo este “processo”. Conforme já Vos transmiti telefonicamente, a Tese versa genericamente sobre a consistência da classificação de sondagens geotécnicas. Proponho me portanto estudar a consistência de classificações de sondagens realizadas por diferentes técnicos, e, entre estas e uma classificação de referência, realizada por 3 técnicos de créditos reconhecidos na área, pertencentes a Instituições públicas de referência. Em suma: -estudar a consistência entre si de classificações de sondagens realizadas por diferentes técnicos; -estudar a consistência entre as classificações dos técnicos e a “classificação de referência”. Para o efeito, os dados resultantes das classificações (litologia, estratigrafia, alteração, fracturação, RQD, %rec, etc) serão convertidos para a forma numérica (os que não o são) através de tabelas de correlação, de forma a serem processados graficamente e por este meio passarem a ter leitura directa relativa à sua consistência, nas várias classificações. Os Colegas que tiverem interesse em saber mais pormenores, ou simplesmente trocar impressões sobre a metodologia proposta para levar a cabo este estudo, não hesitem em contactar me, pois o Vosso interesse e feedback é bem vindo. Em termos práticos, tratam-se de 2 sondagens (uma de solo e uma de rocha) a serem classificadas por 16 Colegas (nos quais eu me incluo), oriundos de diversas empresas nacionais do sector. Conforme Vos transmiti telefonicamente, um dos pressupostos de base deste estudo é o de que as classificações sejam realizadas individualmente e de forma anónima i.e. com origem não rastreável.

Com esse objectivo, estabelece-se o seguinte procedimento: 1. Classificação de sondagens entre 26MAR e 20ABR, função da disponibilidade de cada Colega 2. Passagem das 2 classificações realizadas para 2 ficheiros Excel distintos (1 ficheiro para cada sondagem de

forma a que as 2 classificações não possam ser associadas a um mesmo Técnico) 3. Cada Técnico deverá criar 2 contas distintas de e-mail da seguinte família [email protected] em que X é

um número de 1 a 99 escolhido por cada Técnico (por exemplo: [email protected]; [email protected]; [email protected], etc)

4. Após todos os Técnicos terem realizado as classificações, eu solicitarei o envio das mesmas, de forma a receber todos os 30 mailes no mesmo dia (o objectivo é que o dia em que é realizada a classificação não seja correlacionável com o dia em que é enviado o mail)

5. Pela mesma razão, a data de criação dos ficheiros Excel com a classificação, também deverá corresponder grosso modo, ao dia de envio, de forma a não ser correlacionável com o dia em que é realizada a classificação

6. Caso me surja alguma dúvida relativamente a uma dada classificação, contactarei o respectivo autor através do email “mtpnjX” (será o único que me ligará ao autor!), pelo que agradeço que após o envio das classificações, os Colegas verifiquem a caixa de correio, se possível, de 3 em 3 dias, até eu enviar confirmação de que a classificação foi processada com sucesso, altura em que a Vossa preciosa colaboração neste trabalho, cessará.

7. A identidade dos Colegas e respectivas Empresas que participam neste trabalho será confidencial até ao fim do estudo, altura em que os mesmos, salvo indicação Vossa em contrário, serão referenciados no “capítulo dos agradecimentos”. Portanto, caso os Colegas ou as respectivas Empresas, ou ambos, pretendam total e permanente confidencialidade, agradeço que o indiquem, de forma a nunca serem mencionados em parte alguma deste trabalho.

Informo ainda que as duas sondagens, de 13 e 15m, se encontram no Estaleiro da Tecnasol na Rua das Fontaínhas 58 (Amadora), e que já estão disponíveis para classificação, de acordo com a Vossa disponibilidade, bastando para o efeito avisarem me com ligeira antecedência, do dia em que pretendem fazer a classificação. Abaixo encontram-se as coordenadas das sondagens de forma a que, através da Carta Geológica, obtenham informação relativa ao contexto geológico e litologias expectáveis, e indicar a estratigrafia..

Sondagem M P Cota Obs

S1 -105558.2 -53449.7 48,1 Solos

S2 -30913.7 -239443.8 52,6 Rocha

Por fim, agradeço ainda que a percentagem de recuperação seja calculada por Vós, apesar de habitualmente ser indicada nas partes diárias de furação, uma vez que este é um dos itens em estudo. Estou naturalmente ao Vosso dispor para qualquer esclarecimento ou informação adicional e fico a aguardar indicação do dia em que pretendem efectuar a classificação. Cumprimentos. Pedro Jordão 966474702