CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DA ESCALA DE AVALIAÇÃO DA COMPREENSÃO DO PACIENTE...
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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
MESTRADO
REDNAJ JAURE BACURY SOUZA MOTA
CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DA ESCALA DE AVALIAÇÃO DA
COMPREENSÃO DO PACIENTE SOBRE ORIENTAÇÕES DE ALTA
GUARULHOS
2016
2
REDNAJ JAURE BACURY SOUZA MOTA
CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DA ESCALA DE AVALIAÇÃO DA
COMPREENSÃO DO PACIENTE SOBRE ORIENTAÇÕES DE ALTA
Dissertação apresentada ao Programa
de Pós-Graduação em Enfermagem da
Universidade Guarulhos para obtenção
do título de Mestre em Ciências.
Orientadora: Profa. Dra. Ana Cláudia
Giesbrecht Puggina
GUARULHOS
2016
Ficha catalográfica elaborada pelo Sistema de Bibliotecas Fernando Gay da Fonseca
M917c
Mota, Rednaj Jaure Bacury Souza Construção e validação da escala de avaliação da compreensão do
paciente sobre orientações de alta. / Rednaj Jaure Bacury Souza Mota. -- 2016.
97 f.; 31 cm.
Orientador: Profª. Drª. Ana Cláudia Giesbrecht Puggina
Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Centro de Pós-
Graduação e Pesquisa e Extensão, Universidade Guarulhos, Guarulhos, SP, 2016.
1. Comunicação. 2. Segurança do paciente 3. Estudo de validação. 4. Alta do paciente. I. Título II. Puggina, Cláudia Giesbrecht (Orientador). III. Universidade Guarulhos
CDD. 610.73
4
DEDICATÓRIA
Aos meus pais
Jander Jaure Câmara Mota
Sigrid Rosana Bacury Souza Mota
À minha irmã
Tágids Janine Bacury Souza Mota
Aos meus filhos
André Jaure Pedrosa Mota
Natália Anália Pedrosa Mota
À minha esposa
Sheenia Anália Pedrosa Mota
“E ainda que tivesse o dom de profecia,
e conhecesse todos os mistérios e toda
a ciência, e ainda que tivesse toda fé,
de maneira tal que transportasse os
montes, e não tivesse amor, nada
seria”.
(I Coríntios 13:2)
5
AGRADECIMENTOS
À Deus, por ser tão bom comigo.
À minha orientadora Professora Dra Ana Cláudia Puggina, pelos
ensinamentos, compreensão e disposição.
À minha amiga Tatiane Fernandes, pelo valioso auxílio na coleta de dados.
À Mitti, por todo suporte estatístico.
Aos meus colegas e amigos da turma de mestrado, que vivenciaram essa
jornada ao meu lado.
Aos Juízes, que compartilharam suas experiências e sabedoria em prol deste
estudo.
A toda minha família que muito me auxiliou e compreendeu minha ausência.
6
Mota RJBS, Puggina AC. Construção e Validação da escala de avaliação da
compreensão do paciente sobre orientações de alta. [Dissertação].
Guarulhos (SP): Universidade Guarulhos; 2016.
RESUMO
Introdução: A comunicação na segurança do paciente desempenha um papel
de destaque na área da saúde. A adequada orientação ao paciente em alta
hospitalar é necessária para evitar, minimizar ou detectar precocemente
eventos adversos. Objetivo: Construir e avaliar as propriedades psicométricas
de uma escala de avaliação da compreensão do paciente sobre as orientações
de alta. Método: Trata-se de um estudo metodológico quantitativo cujos
participantes foram 72 pacientes adultos com pelo menos o fundamental
completo e 2 observadores/enfermeiros. O processo de validação do
instrumento baseou-se no modelo de Pasquali: procedimentos teóricos,
procedimentos empíricos e procedimentos analíticos. A validação foi avaliada
pela análise fatorial e correlação intra-classe. A consistência interna foi
verificada pelo Alpha de Cronbach. Resultados: A escala foi construída em
duas partes: a parte I (14 itens) refere-se a compreensão referida e é
respondida pelo paciente, a parte II (8 itens) refere-se a compreensão
percebida e é respondida por um observador. A consistência interna foi
considerada excelente (α=0,918) na parte I e aceitáveis na parte II tanto para
observador 1 (α=0,724) quanto para o observador 2 (α=0,749). A
reprodutibilidade inter-observador foi aceitável (r=0,824). A análise fatorial da
parte I determinou quatro fatores: (1) compreensão sobre medicamentos; (2)
compreensão sobre tratamento e diagnóstico; (3) compreensão sobre restrição
e (4) compreensão sobre retorno. Nenhum item foi eliminado com o processo
de validação. Conclusão: A escala “Avaliação da compreensão do paciente
sobre orientações de alta” é confiável para utilização por
profissionais/instituições de saúde.
Descritores: Comunicação em Saúde; Comunicação Não Verbal, Segurança
do Paciente; Estudo de Validação; Alta do Paciente.
7
Mota RJBS, Puggina AC. Construction and Validation of the scale of patient
understanding about discharge guidance. [Thesis]. Guarulhos (SP):
University of Guarulhos; 2016.
ABSTRACT
Introduction: the communication in patient safety plays an important role in
health. Proper guidance to the hospital patient is required to avoid, minimize or
detect early adverse events. Objective: To construct and to evaluate the
psychometric properties of scale of evaluation of the patient's understanding of
the discharge guidelines. Method: This is a quantitative methodological study
whose participants were 72 adult patient with at last the elementary school
complete and 2 observer / nurses. The validation process of the instrument was
based on Pasquali's model: theoretical procedures, empirical procedures and
analytical procedures. Validation was assessed by factorial analysis and intra-
class correlation. The internal consistency was verified by Cronbach's Alpha.
Results: The scale was constructed in two parts: part I (14 items) refers to the
understanding referred to and is answered by the patient, part II (8 items) refers
to the perceived understanding and is answered by an observer. The internal
consistency was considered excellent (α = 0.918) in part I and acceptable in
part II for both observer 1 (α = 0.724) and observer 2 (α = 0.749). The
interobserver reproducibility was acceptable (r = 0.824). The factorial analysis
of part I determined four factors: (1) understanding about drugs; (2)
understanding of treatment and diagnosis; (3) understanding of constraint and
(4) understanding of feedback. No items were deleted with the validation
process. Conclusion: The scale "Assessment of patient understanding about
discharge guidelines" is reliable for use by professionals / institutions health.
Descriptors: Health Communication, Nonverbal Communication, Patient
safety; Validation Studies; Patient discharge.
8
Mota RJBS, Puggina AC. La construcción y validación escala de
evaluación de la comprensión del paciente sobre la orientación de
descarga. [Disertación]. Guarulhos (SP): Universidade Guarulhos; 2016.
RESUMEN
Introducción: El la comunicación en la seguridad del paciente juega un papel
importante en la salud. Es necesaria una orientación adecuada para el paciente
del hospital para evitar, minimizar o detectar eventos adversos tempranos.
Objetivo: Desarrollar yevaluar las propiedades psicométricas de una escala
para evaluar la comprensión del paciente sobre la orientación de descarga.
Método: Se trata de un estudio metodológico cuantitativo cuyos participantes
fueron 72 pacientes adultos con al menos primaria completa y 2 observadores /
enfermeras. El proceso de validación del instrumentose basa en el modelo
Pasquali: procedimientos teóricos, procedimientos empíricos y procedimientos
analíticos. La validación se evaluó mediante análisis factorial y la correlación
intra-clase. La consistencia interna se evaluó mediante el Alpha de Cronbach.
Resultados: La escala fue construido en dos partes: Parte I (14 artículos) se
refiere a la comprensión y es respondida por el paciente, Parte II (8 artículos)
se refiere a la comprensión y la percepción es contestada por un observador.
La consistencia interna se considera excelente (α=0,918) en la Parte I y Parte II
aceptable en tanto el observador 1 (α=0,724) y para el observador 2 (α=0,749).
La reproducibilidad entre observadores fue aceptable (r=0,824). El análisis
factorial de la Parte I determinó cuatro factores: (1) la comprensión de los
medicamentos; (2) la comprensión del tratamiento y el diagnóstico; (3) la
comprensión de restricción y (4) la comprensión de retorno. No hay elementos
fueron eliminados con el proceso de validación. Conclusión: La escala "La
evaluación de la comprensión del paciente sobre orientación de alta" es fiable
para su uso por las instituciones / profesionales de la salud.
Descriptores: Comunicación en Salud; Comunicación no Verbal, Seguridad
del Paciente; Estudios de Validación; Alta del Paciente.
9
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 11
1.1 Segurança do paciente ..................................................................................... 11
1.2 Comunicação efetiva ........................................................................................ 13
1.3 Orientações de alta ........................................................................................... 15
1.4 Construção da escala ....................................................................................... 17
1.5 Metodologias no processo de validação de instrumento de medida ................ 18
1.5.1 Confiabilidade ................................................................................................ 18
1.5.2 Validade ......................................................................................................... 19
1.6 Justificativa do estudo........................................................................................ 21
2. OBJETIVOS........................................................................................................ 22
2.1 Geral ................................................................................................................. 22
2.2 Específicos ........................................................................................................ 22
3. MÉTODO............................................................................................................. 23
3.1 Tipo do estudo .................................................................................................. 23
3.2 Local do estudo ................................................................................................. 23
3.3 Amostra ............................................................................................................. 23
3.3.1 Recrutamento dos participantes .................................................................... 24
3.3.2 Critérios de inclusão e exclusão .................................................................... 24
3.4 Escala e instrumentos........................................................................................ 25
3.5 Procedimentos de coleta de dados ................................................................... 26
3.6 Tratamento dos dados e metodologia estatística.............................................. 28
3.7 Procedimentos éticos ........................................................................................ 30
3.8 Considerações éticas ........................................................................................ 31
4. RESULTADOS ................................................................................................... 32
Artigo–Construção e validação da escala “Avaliação da compreensão do
paciente sobre orientações de alta” ........................................................................
32
5. CONCLUSÕES ................................................................................................... 51
REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 52
APÊNDICES ........................................................................................................... 58
Apêndice 1 - Instrumento de caracterização dos participantes (profissional) ......... 58
Apêndice 2 – Instrumento de caracterização dos participantes (paciente) ............ 59
10
Apêndice 3 - Escala de avaliação da Compreensão do paciente sobre
orientações de alta (versão final) ............................................................................
60
Apêndice 4 - Escala de avaliação da Compreensão do paciente sobre
orientações de alta (versão 1) ................................................................................
64
Apêndice 5 - Instrumento de validação por Juízes ................................................. 68
Apêndice 6 – Termo de consentimento livre e esclarecido (Fase Procedimentos
teóricos - Paciente) .................................................................................................
70
Apêndice 7 – Termo de consentimento livre e esclarecido (Fase Procedimentos
teóricos – profissional) ............................................................................................
72
Apêndice 8 – Instrumento de Avaliação da Escala ................................................. 74
Apêndice 9 – Termo de consentimento livre e esclarecido (Fase Procedimentos
empíricos) ...............................................................................................................
75
Apêndice 10 – Termo de consentimento após esclarecimento .............................. 77
Apêndice 11 – Tabelas e gráficos ........................................................................... 79
ANEXOS ................................................................................................................. 93
Anexo 1 – Autorização Institucional ........................................................................ 93
Anexo 2 – Aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa ........................................ 94
11
1. INTRODUÇÃO
Ao longo da caminhada profissional na área da saúde podem-se
encontrar diversas situações consideradas incompatíveis às normas e padrões
satisfatórios de assistência. Dentre essas situações, destaca-se às orientações
acerca da alta hospitalar, ao qual para muitos pacientes são passadas de
forma vaga, imprecisa e precária, provocando a volta pelo mesmo motivo.
Várias dúvidas surgiram sobre onde estariam as falhas nas orientações
feitas pelos profissionais de saúde. Percebeu-se que a partir das interações
com alguns pacientes, os motivos que provocavam a recidiva da sua situação
clínica poderiam ser explicados por falhas na comunicação do profissional de
saúde que os orientou.
A utilização de uma comunicação efetiva na orientação da alta hospitalar
é essencial na redução de eventos adversos e fundamental na segurança do
paciente no ambiente de cuidado. Entretanto, há uma dificuldade de se
estabelecer uma comunicação efetiva com o paciente, pois uma comunicação
interpessoal efetiva é um processo complexo, bidirecional e subjetivo em que
devem ser levados em consideração o conteúdo da informação, a intenção e a
interpretação.
Buscando, portanto a comunicação segura entre profissionais de saúde
e pacientes, assim como um maior esclarecimento sobre o tema, percebe-se a
necessidade de construir um instrumento como forma de avaliar as orientações
dadas por profissionais de saúde aos pacientes sobre o seu tratamento pós-
alta. O presente estudo é uma iniciativa importante na abordagem de um tema
que pode ter tantas implicações iatrogênicas para os pacientes.
1.1 Segurança do paciente
A questão da segurança do paciente desempenha um papel de
destaque na área da saúde. Os problemas relacionados à segurança do
paciente no ambiente hospitalar têm levado as organizações em todo o mundo
a investigar suas causas, visando conscientizar os profissionais desses
problemas e propor medidas para reduzir os riscos de danos aos pacientes,
tornando-se um dos assuntos prioritários abordados atualmente.
Para o Instituto de Medicina (IOM), dos Estados Unidos da América
(EUA), a segurança do paciente corresponde a evitar lesões e danos nos
12
pacientes decorrentes do cuidado que tem como objetivo ajudá-los1. Já
Organização Mundial de Saúde (OMS), atribui a segurança do paciente como à
redução do risco, associados à assistência em saúde, até um mínimo
aceitável2.
Em 2000, o relatório “To Err is Human: building a safer health system”
desperta a atenção das instituições de saúde ao apontar dados substanciais
sobre eventos adversos evitáveis que causaram milhões de danos a pacientes
nos EUA. Dentre esses dados, em um estudo destaca-se o fato de que 44.000
a 98.000 mil pacientes morriam a cada ano em virtude dos danos causados
durante a prestação de cuidados a saúde3.
Em 2004 foi criada uma Aliança Mundial para a Segurança do Paciente,
cujos objetivos principais envolvem o desenvolvimento de normas globais,
protocolos e orientações para detectar e aprender com problemas de
segurança do paciente, reduzindo os riscos para os futuros usuários dos
serviços de saúde. Além disso, deve-se promover uma cultura de segurança
nos sistemas de saúde por meio de mecanismos para melhorar a segurança do
paciente2.
No Brasil, a incidência de EA é alta. A ocorrência desse tipo de incidente
no País é de 7,6%, dos quais 66% são considerados evitáveis4. Um estudo
Ibero-Americano de Eventos Adversos na Atenção (IBEAS) realizado em cinco
países da América Latina mostrou que 10,5% dos pacientes hospitalizados
sofrem algum tipo de Evento Adverso (EA), e destes, 58,9% poderiam ter sido
evitados5.
Recentemente, no Brasil, o Ministério da Saúde por meio da portaria Nº
529 de 1º de Abril de 2013, institui o Programa Nacional de Segurança do
Paciente (PNSP), com intuito de contribuir para a qualificação do cuidado em
saúde em todos os estabelecimentos de saúde do território nacional6.
Em complemento, está prevista na RDC nº 36, publicada em julho de
2013 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), ações para a
promoção da segurança do paciente e a melhoria da qualidade nos serviços de
saúde. Destaca-se ainda a obrigatoriedade de constituição dos Núcleos de
Segurança do paciente (NSP) nos serviços de saúde, servindo como instância
promotora de prevenção, controle e redução de eventos adversos7.
13
Por fim, a Portaria nº 2.095, de setembro de 2013, aprova os Protocolos
Básicos de Segurança do Paciente, compostos pelo Protocolo de Prevenção
de Quedas; o Protocolo de Identificação do Paciente e o Protocolo de
Segurança na Prescrição e de Uso e Administração de Medicamentos,
devendo ser utilizado por todas as unidades de Saúde do Brasil8.
1.2 Comunicação efetiva
Dentre as metas de segurança internacional do paciente inclui-se a
comunicação segura como cultura a ser adotada para redução de eventos
adversos9.
A comunicação efetiva melhora o fluxo de informações, intervenções,
aumento da melhoria da segurança, satisfação do paciente e família, e diminui
o tempo de permanência hospitalar9. Partindo desse pressuposto é que se
inicia definições que envolvem um processo de comunicação eficaz necessário
para a segurança do paciente.
A comunicação antes de tudo é um processo de compreender,
compartilhar mensagens enviadas e recebidas, sendo que as próprias
mensagens e o modo em que se dá seu intercâmbio exercem influência no
comportamento das pessoas nela envolvidas, a curto, médio ou longo prazo10.
Por uma questão didática, a comunicação pode ser dividida em verbal e
não verbal, porém, na realidade, ambas acontecem concomitantemente,
podendo ou não serem congruentes10.
Essas duas dimensões são definidas como: a linguagem verbal,
referindo-se as palavras ditas ou escritas; e não-verbal, aquelas associadas
aos gestos, silêncios, expressões faciais, entonação e timbre de voz, toque,
aparência física, condições ambientais, posturas corporais, posição e distância
corporal11.
O desenvolvimento da percepção da comunicação para o profissional de
saúde é fundamental, pois melhora a interação com o paciente facilitando sua
avaliação por meio de identificações mais fidedignas de suas necessidades; e,
que esta habilidade é passível de aprendizagem por parte dos profissionais
uma vez que a comunicação interpessoal permeia toda e qualquer atividade
humana12.
14
A comunicação interpessoal é desenvolvida em situações sociais
relativamente informais em que pessoas, em encontros face a face, sustentam
uma interação concentrada por meio da permuta recíproca de pistas verbais e
não-verbais13.
Do processo de interação interpessoal, a maior parte da comunicação é
não-verbal, em que apenas 7% dos pensamentos são transmitidos por
palavras, 38% por sinais paralinguísticos (entonação de voz, velocidade com
que as palavras são ditas) e 55% pelos sinais do corpo11. Portanto, a
comunicação verbal, por si só, é insuficiente para interpretar a compreensão do
paciente em uma conversa terapêutica.
De acordo com a classificação adotada por Silva11, a comunicação não-
verbal é representada por alguns fenômenos como: paralinguagem, cinésica,
proxêmica, características físicas, fatores do meio ambiente e tacêsica.
A paralinguagem é qualquer som produzido pelo aparelho fonador que
não faça parte do sistema sonoro da língua usada. A cinésica é a linguagem do
corpo, ou seja, seus movimentos, desde os gestos manuais, movimentos dos
membros, meneios de cabeça, até expressões mais sutis, como as faciais. A
proxêmica é o espaço entre os comunicadores, ou seja, a distância mantida
entre os participantes de uma interação que pode indicar o tipo de relação que
existe entre eles11.
As características físicas são a própria forma e aparência de um corpo e
transmite informações de faixa etária, sexo, origem étnica e social, estado de
saúde. Os fatores do meio ambiente são à disposição dos objetos no espaço e
as características do próprio espaço, como cor, forma e tamanho. A tacêsica é
tudo que envolve a comunicação tátil: pressão exercida, local onde se toca,
idade e sexo dos comunicadores11.
A interpretação e expressão adequadas da comunicação verbal e não-
verbal, portanto, são aspectos fundamentais para o processo de orientação de
alta, situação na qual o profissional de saúde identifica e se adapta às
necessidades de aprendizagem do paciente14. A utilização de uma
comunicação efetiva na orientação da alta hospitalar é essencial na redução de
eventos adversos e fundamental na segurança do paciente no ambiente de
cuidado15.
15
1.3 Orientações de alta
O momento da alta hospitalar costuma trazer, ao paciente, sentimentos
ambíguos, como satisfação e medo. Satisfação por estar se recuperando e por
voltar para casa, e medo por sentir-se inseguro sem o suporte da equipe de
saúde16.
A adequada orientação ao paciente em alta hospitalar é necessária para
evitar, minimizar ou detectar precocemente eventos adversos, contribuindo
para o sucesso na continuidade do tratamento no domicílio17.
A definição de alta hospitalar, segundo ponto de vista médico, refere-se
ao ato que determina a finalização da modalidade de assistência que vinha
sido prestada ao paciente. O paciente pode receber alta curada, melhorada,
por pedido, transferência ou com seu estado de saúde inalterado18.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define alta como sendo a
liberação de um paciente de um centro de cuidados, usualmente referindo-se a
data em que o paciente deixa o hospital19.
Na enfermagem entende-se por alta a transferência de cuidados do
cliente que se encontra no hospital para outros contextos, como o domicílio. A
alta hospitalar tem por finalidade fazer uma transferência segura, sem
dificuldades para o cliente e para seus cuidadores, além de diminuir as
chances de reinternações e, em consequência, evitar custos desnecessários
para o sistema de saúde20.
Em estudo realizado nos EUA, 19,6% dos pacientes da rede de saúde
que receberam alta do hospital foram hospitalizados novamente dentro de 30
dias, o que corresponde a 15 bilhões de dólares em gastos. Cerca de 76%
dessas internações poderiam ser potencialmente evitadas21,22.
O alto custo das hospitalizações tem abreviado o tempo de internação e
o planejamento da alta do paciente tem sido uma das principais preocupações
para assegurar a continuidade do tratamento e evitar a reinternação21.
Além disso, o tempo de permanência hospitalar reduziu acentuadamente
nas últimas décadas, diminuindo o tempo disponível para a equipe de saúde
preparar adequadamente os pacientes para a alta hospitalar23.
Visto a diminuição do tempo de internação dos pacientes, é importante
que haja um planejamento multiprofissional de alta, para facilitar a transição do
16
hospital para casa e/ou para evitar ou diminuir os problemas após a alta
hospitalar como a recidiva hospitalar.
O planejamento de alta é um processo composto de várias etapas ou
fases cujo objetivo imediato é antecipar mudanças a curto e longo prazo nas
necessidades de assistência ao paciente, garantindo a continuidade dos
cuidados de saúde24.
A enfermagem tem um papel importante, como integrante da equipe de
saúde, no planejamento de alta. Segundo o art. 8º do Decreto nº 94.406/87,
cabe ao enfermeiro, privativamente: Planejamento, organização, coordenação,
execução e avaliação dos serviços da assistência de enfermagem, cuidados de
enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos
científicos adequados e capacidade de tomar decisões imediatas, participação
na elaboração, execução e avaliação dos planos assistenciais de saúde25.
O planejamento é uma ação fundamental para a Sistematização da
Assistência de Enfermagem (SAE), que direciona o plano e a implementação
das ações, no decorrer do período entre a admissão e a alta hospitalar, com
finalidade de prever a continuidade do cuidado ao paciente no domicilio, ou
seja, o planejamento de alta deve ter início no momento da admissão hospitalar
e tem o objetivo de dar continuidade ao cuidado recebido pelo paciente no
hospital16,26.
Conforme o parecer da Câmara de Apoio Técnico - CAT Nº023/2010, do
Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo, o planejamento de alta é
uma atividade interdisciplinar, sendo o enfermeiro responsável por elaborar o
plano de alta de enfermagem, executado em conjunto com os demais membros
da equipe de enfermagem (Técnicos/Auxiliares de Enfermagem) que assistiram
o paciente durante a hospitalização; porém, a entrega e a orientação do plano
de alta ao paciente e família são atividades do enfermeiro27.
As falhas mais comuns que prejudicam o autocuidado após a alta
hospitalar com seguimento no domicílio estão relacionadas ao déficit de
conhecimento da doença e do tratamento; à falta de adesão ao tratamento e
manifestações clínicas da doença; não aceitação da doença; ausência de apoio
familiar; discreta melhora dos sintomas; terapêutica medicamentosa complexa;
efeitos colaterais dos medicamentos e tratamento prolongado sem
possibilidade de cura28.
17
Instruções para o plano de alta escrito ou material educacional dado
para pacientes são essenciais para melhor compreensão da alta e devem
conter: atividades sociais, dieta, lista de medicamento com a dosagem, sinais e
sintomas de piora29.
Cabe, então, ao enfermeiro orientar o paciente sobre vários aspectos,
tais como alimentação, repouso, atividade física, exames, cuidados especiais
determinados pela enfermidade e pelas condições do paciente, agendamento
de retornos, medicamentos, entre outros16.
1.4 Construção da escala
A “Escala de Avaliação da Compreensão do Paciente sobre Orientações
de alta” foi pré-construída como resultado da linha de pesquisa “Comunicação
em Saúde” da orientadora ativa desde 2004, bem como foi fundamentada pelo
trabalho de pós-doc em que a mesma realizou a validação e adaptação cultural
para o português da Interpersonal Communication Competence Scale30.
A ideia da construção da escala surgiu devido a necessidade da
avaliação tanto da comunicação verbal (referida) quanto não verbal (percebida)
no processo de compreensão dos pacientes nas interações com a equipe de
saúde durante situações de alta hospitalar, em que a comunicação efetiva é tão
importante para adesão ao tratamento e prevenção de iatrogenias. A estrutura
geral e os itens desenvolvidos na escala direcionam sua utilização para um
grupo de pacientes: adultos com pelo menos fundamental completo, pois foi
necessário que o participante respondesse a escala compreendendo cada um
dos itens e por tratar de uma escala autoaplicável, sem interação com
observador.
Os referenciais teóricos utilizados na construção da escala foram o livro
“Comunicação tem remédio: a comunicação nas relações interpessoais em
saúde” (Silva 2012)11 e o Programa Nacional de Segurança do Paciente
(Ministério da Saúde 2013)6.
18
1.5 Metodologia no processo de validação de instrumento de medida
A construção adequada de um instrumento de medida deve basear-se
em três itens, denominados: procedimentos teóricos, procedimentos empíricos
(experimentais) e procedimentos analíticos (estatísticos)31.
O primeiro procedimento contempla a fundamentação teórica sobre o
construto para o qual se quer elaborar um instrumento de medida, isto é, a
definição das suas propriedades, a concepção da dimensionalidade desses
atributos, bem como a definição constitutiva e operacional desses, a
construção dos itens e a validação de conteúdo. O segundo consiste nas
etapas e técnicas de aplicação do instrumento piloto, bem como na colheita de
informações que possam avaliar as propriedades psicométricas do instrumento;
e o terceiro são os procedimentos analíticos, que determinam as análises
estatísticas dos dados com vista à validação do instrumento desenvolvido31.
Um instrumento não é considerado válido até que suas propriedades
psicométricas, confiabilidade e validade, sejam confirmadas31. Para tanto deve-
se avaliar a validade e a confiabilidade.
1.5.1 Confiabilidade
Confiabilidade ou fidedignidade envolve aspectos diferentes de um
teste, mas todos eles se referem a quanto os escores de um sujeito ou objeto
se mantêm idênticos em diferentes ocasiões, ou seja, o quanto o escore obtido
no teste se aproxima do escore verdadeiro do sujeito em um traço qualquer,
isto é, a confiabilidade de um teste está intimamente ligada ao conceito de
variância erro, sendo este definido como a variabilidade nos escores produzida
por fatores estranhos ao construto que o teste mede31.
Quando se fala em confiabilidade de uma medida quantitativa, três
aspectos devem ser levados em consideração: estabilidade, consistência
interna e equivalência31.
A estabilidade é investigada por meio do desenho teste-reteste, que
consiste na aplicação do instrumento que está sendo avaliado a uma mesma
amostra de sujeitos em dois momentos diferentes após determinado período de
tempo31,32.
A análise de consistência interna de um teste tem por objetivo verificar
o quanto de verdade existe nesta hipótese a respeito de determinado teste.
19
Pode ser avaliada pelas técnicas de divisão pela metade e alpha de
cronbach32. O coeficiente Alpha é certamente uma das ferramentas estatísticas
mais importantes e difundidas em pesquisas envolvendo a construção de
testes, por ser um método mais sofisticado e exato de computar a consistência
interna33.
Pode conceituar este coeficiente como a medida pela qual algum
constructo, conceito ou fator medido está presente em cada item. Em outras
palavras, o Alpha de Cronbach é a média das correlações entre os itens que
fazem parte de um instrumento. Geralmente um grupo de itens que explora um
fator comum mostra um elevado valor de Alpha de Cronbach34,35.
Quanto mais alto o valor do coeficiente que varia de 0,00 a 1,00, mais
exata é a medida. Valores de Alpha inferiores a 0,50 são indicativos de
inconsistência, coeficientes acima de 0,70 são considerados satisfatórios sendo
usualmente preferíveis valores em torno de 0,85 a 0,9532,36.
A equivalência é investigada por meio da consistência ou equivalência
do instrumento entre diferentes observadores, na qual os mesmos sujeitos da
pesquisa são avaliados por dois ou mais entrevistadores, com objetivo de
investigar a concordância de aplicação e/ou de interpretação de resultados37.
1.5.2 Validade
Em termos gerais, a validade se refere ao grau em que um instrumento
realmente mede a variável que pretende medir38. A questão fundamental para
se admitir a validade de um instrumento de medidas é dada pela resposta a
seguinte pergunta: O instrumento mede o que se crê que deve ser medido? Se
a resposta é sim, sua medida válida, se não, não é válida39.
As técnicas mais conhecidas sem validação de instrumentos de medidas
são: validade de aparência; validade de conteúdo; validade de critério e
validade de constructo38.
A validade de aparência é uma técnica simples, porém menos
satisfatória e menos sofisticada, visto considerar apenas a definição teórica de
uma variável e, avaliada por um juiz ou grupo de juízes, ou seja, a validade de
aparência não basta para se concluir se uma medida é de fato válida38.
A validade de conteúdo é a determinação da representatividade de
itens que expressam um conteúdo, que pode ser baseada no julgamento de
20
especialistas em uma área específica40. Para realizar essa tarefa os
especialistas eleitos (juízes) devem ser peritos no assunto em questão, com
intuito de ajuizar se os itens estão ou não relacionados ao construto. Um
número de seis juízes é suficiente para esse julgamento, devendo haver
concordância de, no mínimo, 80% entre eles para cada item, sendo o padrão
para estabelecer excelência de validade deve ser de 90%31,32.
Estudos de validade de constructo são frequentes quando não há
instrumentos de referência para o contraste41. Trata-se da evidência mais
importante, pois se refere ao grau que uma medição se relaciona, de forma
coerente, a outras medições vinculadas a uma teoria. Para a validade do
constructo empregam-se tanto procedimentos lógicos quanto empíricos, e
geralmente ela é determinada por procedimentos denominados análise fatorial.
Análise fatorial é um dos procedimentos psicométricos mais
frequentemente utilizados tanto na construção, quanto na revisão e avaliação
de instrumentos psicológicos, como no desenvolvimento de teorias
psicológicas31.
A análise fatorial é o método mais conhecido para investigar a
dependência de um conjunto de variáveis respostas a um número menor de
variáveis latentes. Costuma-se empregar esta análise quando há interesse no
comportamento de uma variável ou em grupos de variáveis e sua correlação
com outras de interesse31.
A validade de critério considera se a escala tem associações empíricas
com critérios externos relacionados às medidas de outros instrumentos com
validades confirmadas e que avaliam o mesmo constructo. Pode ser preditiva
ou concorrente, a diferença entre elas refere-se ao momento da obtenção das
aferições em relação a determinado critério32.
A validade concorrente é obtida por meio da aplicação de dois
instrumentos equivalentes ao mesmo tempo nos mesmos sujeitos, para
posterior comparação. A validade preditiva é obtida por meio da comparação
em dois momentos da aplicação do instrumento no início com o critério no
futuro31.
21
1.6 Justificativa do estudo
A comunicação é um fator presente na orientação de alta hospitalar e os
profissionais da área da saúde devem utilizá-la adequadamente, a fim de fazer
com que o paciente se torne ativo e colaborativo durante o processo e
compreenda o que lhe foi orientado e solicitado. A habilidade de comunicação
é algo difícil de ser mensurado por envolver vários fatores pessoais da
comunicação não verbal como expressões faciais, gestos corporais, postura,
capacidade de escuta, assim como fatores externos e o ambiente.
Portanto, este estudo consiste na construção de uma nova ferramenta
para uma melhor avaliação da compreensão do paciente em um momento tão
crítico para sua saúde, a alta hospitalar, e oferece subsídios para que os
profissionais da saúde consigam avaliar melhor as orientações de alta e
intervenham em tempo de prevenir iatrogenias, visando à preparação do
cuidado em domicílio.
Além disso, há atualmente uma preocupação das instituições de saúde
na formação de profissionais competentes com habilidades de comunicação
nas orientações de alta e é escasso o número de instrumentos validados que
mensure esse tipo de habilidade.
22
2. OBJETIVOS
2.1 Geral
Construir e avaliar as propriedades psicométricas de uma escala de
avaliação da compreensão do paciente sobre as orientações de alta.
2.2 Específicos
1. Realizar a validação de conteúdo pela técnica análise de juízes;
2. Validar os constructos da Parte I da escala por meio da análise fatorial;
3. Avaliar a coerência interna do instrumento pelo coeficiente de Alpha de
Cronbach;
4. Determinar a confiabilidade de concordância inter-observadores pela
correlação intra-classe;
5. Avaliar a correlação entre a compreensão referida e percebida.
23
3. MÉTODO
3.1 Tipo do estudo
Trata-se de um estudo metodológico transversal quantitativo.
O estudo metodológico busca investigar os métodos de obtenção,
organização e análise de dados, tratando da elaboração, validação e avaliação
dos instrumentos e técnicas de pesquisa32.
3.2 Local do estudo
O estudo foi realizado nas unidades de internação (2ºA, 2ºB, 3ºA, 3ºB,
4ºA e 4ºB) de um Hospital filantrópico de grande porte da zona leste da cidade
de São Paulo. As especificações de cada unidade justificam-se pela
rotatividade de pacientes, que estão diariamente recebendo alta hospitalar. As
características de cada unidade estão descritas no quadro 1.
Quadro 1. Caracterização do local de estudo por unidade, número de leitos,
especialidade atendida, categoria profissional e números de profissionais. São
Paulo, 2015.
Unidade Nº Leitos Especialidades Categoria e Nº de profissionais
2ºA 38 Cirurgia vascular, endócrina, gastroclínica e cirurgia do fígado
Auxiliares: 28 Enfermeiros:08 Médicos:12
2ºB 28 Moléstias infecciosas, urologia
Auxiliares: 24 Enfermeiros: 08 Médicos: 10
3ºA 30 Clínica médica e geriatria
Auxiliares: 26 Enfermeiros: 08 Médicos: 08
3ºB 36 Cirurgia cardíaca, cardiologia clínica, cirurgia torácica e pneumologia
Auxiliares: 30 Enfermeiros: 08 Médicos:14
4ºA 39 Cirurgia da cabeça e pescoço e clínica cirúrgica
Auxiliares: 30 Enfermeiros: 08 Médicos: 10
4ºB 35 Pacientes pré e pós-operatório de cirurgia ortopédica e neurológica
Auxiliares: 26 Enfermeiros: 08 Médicos: 12
3.3 Amostra
Na fase dos procedimentos teóricos, a amostra foi composta por 10
pacientes e 10 enfermeiros, tendo como finalidade saber quais os pontos
duvidosos e questionáveis da escala.
24
Na fase dos procedimentos empíricos, os participantes responderam o
instrumento tendo como finalidade avaliar a confiabilidade do constructo. O
cálculo da amostra mínima para validação do instrumento nesta fase foi obtido
com o critério preconizado de cinco sujeitos por item da escala elaborada42.
Pelo fato da escala possuir 14 itens na PARTE I, que avalia a
compreensão do paciente em relação às orientações de alta hospitalar, o
cálculo da amostra foi estabelecido com um mínimo de 70 pacientes
participantes.
A PARTE II da escala composta por 8 itens, que avalia a frequência de
sinais não verbais do paciente durante o preenchimento da PARTE I, foi
preenchida por dois observadores.
3.3.1 Recrutamento da amostra
A amostra, estabeleceu-se por conveniência e os participantes foram
recrutados individualmente, de acordo com a disponibilidade do participante.
Os pacientes foram recrutados no leito de cada unidade de internação.
As altas foram identificadas no próprio setor por meio da prescrição médica de
alta e orientadas conforme planejamento de alta do profissional da saúde.
A amostra atendeu os critérios de inclusão e exclusão estabelecidos
mencionados a seguir.
3.3.2 Critérios de inclusão e exclusão
Critérios de inclusão:
1. Adultos entre 18 e 60 anos de ambos os sexos;
2. Pacientes que estiverem internados nas unidades de internação
escolhidas para o estudo;
3. Escolaridade mínima completa: fundamental.
Critérios de exclusão:
1. Pacientes com mais de 60 anos, pois como a avaliação é sobre
compreensão, a coleta de dados destes pacientes implicaria na aplicação
do Mini Exame do Estado Mental (MEEM);
2. Pacientes com diagnóstico de síndrome demencial e transtornos
psiquiátricos;
25
3. Pacientes que apresentem impossibilidade de responder a escala.
3.4 Escala e instrumentos
Foram utilizados dois instrumentos: instrumento de caracterização da
amostra (Apêndice 1) e (Apêndice 2) e a escala validada (Apêndice 3).
O instrumento de caracterização da amostra para pacientes (Apêndice
1) possui 13 questões. Destas 6 são questões fechadas sobre sexo, estado
civil, escolaridade, religião, local de internação hospitalar e profissional que
orientou a alta. As demais questões são abertas sobre idade, ocupação,
naturalidade, profissão, tempo de internação hospitalar, diagnóstico médico e
renda. O instrumento de caracterização da amostra para profissionais
(Apêndice 2) foi usado apenas na fase dos procedimentos teóricos e este
contém 9 questões sobre idade, sexo, naturalidade, estado civil, tempo de
formação, local de trabalho, profissão e religião.
A “Escala de avaliação da compreensão do paciente sobre orientações
de alta” tem como objetivo mensurar o entendimento de orientações de alta
dadas pelo profissional de saúde, sobre diversos aspectos comuns e cabíveis
para o tratamento domiciliar, e relacionar a efetividade da comunicação
interpessoal desses profissionais com a segurança do paciente.
A escala do tipo Likert 5 pontos (Apêndice 3), possui 22 itens sendo
divididos em 2 partes. A primeira parte contém 14 itens que avalia a percepção
dos pacientes sobre sua compreensão em relação às orientações de alta. A
segunda parte possui 8 itens e o observador avalia a frequência de sinais não
verbais do paciente durante o preenchimento da primeira parte do instrumento.
Dos 22 itens da escala,18 itens possuem perguntas positivas e 4 itens
negativos (código reverso). Os itens 16, 17, 19 e 21 precisam ser recodificados
antes do escore final. Portanto, num item com código reverso, a pontuação
cinco receberia uma pontuação de um no escore final (5=1, 4=2, 3=3, 2=4,
1=5). Quanto maior o escore maior a percepção de compreensão do paciente
em relação ao seu tratamento, ou seja, a comunicação interpessoal profissional
de saúde e paciente pode ser indiretamente considerada mais efetiva e segura.
26
3.5 Procedimentos de Coleta dos dados
Há diferentes métodos para a realização do processo de construção e
validação de um instrumento, entretanto as etapas utilizadas basearam-se no
modelo de Pasquali compostas por: procedimentos teóricos, procedimentos
empíricos (experimentais) e procedimentos analíticos (estatísticos)31.
Procedimentos Teóricos
Nesta etapa, a versão preliminar da escala foi encaminhada para a
avaliação do comitê de juízes para avaliação do significado das palavras
empregadas, do uso de expressões e da coerência do instrumento. O nível
concordância considerado como aceitável para a escala como um todo foi de
80%32.
A composição do comitê de juízes é muito importante no processo de
validação do instrumento. Foram convidados para o comitê: 4 profissionais de
saúde/ alunos do curso de mestrado em enfermagem; 2 professores e 2 leigos.
Foi entregue a versão 1 da escala a ser validada (Apêndice 4) e um
instrumento de validação de juízes (Apêndice 5). O comitê propôs sugestões
para a versão 1 da escala.
Optou-se, também, por explorar o construto junto à população alvo, com
o objetivo de verificar se eles entenderam o significado das questões, se
responderam adequadamente ou tiveram dificuldade de compreensão.
Portanto, o instrumento foi aplicado em 20 pessoas do grupo alvo, neste
caso por conveniência 10 pacientes e 10 enfermeiros. Primeiramente os
participantes responderam o questionário de caracterização da amostra para
pacientes (Apêndice 6) e enfermeiros (Apêndice 7) e depois um questionário
com 4 perguntas (Apêndice 8). As respostas a esses questionários foram
utilizadas para posterior transcrição e análise.
Caso houvesse dúvidas por parte dos respondentes, em um
determinado item, poder-se-ia voltar ao comitê de juízes para consulta das
possíveis alterações. As questões com mais de 15% de respondentes com
dúvidas ou que não entenderam o significado da afirmativa, poderiam ser
revistas pelo comitê e reaplicadas em outros respondentes.
27
Procedimentos empíricos (experimentais)
Após revisão das questões que foram questionadas, a escala foi
aplicada em uma amostra maior, para verificação das propriedades
psicométricas.
A escala foi aplicada em 72 participantes (pacientes). Os participantes
responderam o questionário de caracterização da amostra e na sequência a
primeira parte da escala, sendo que foram avaliados por 2 observadores
simultaneamente, que responderam a PARTE II da escala, a frequência de
sinais não-verbais dos pacientes durante o preenchimento da PARTE I.
Um dos observadores foi o próprio pesquisador, o outro um profissional
de saúde, aluno do Mestrado em Enfermagem, que cursou a disciplina de pós-
graduação “Comunicação interpessoal em saúde” e não atua no hospital de
coleta dos dados. Esse procedimento permitiu obter um escore total para
análise estatística de cada instrumento aplicado.
Os eventos a seguir descrevem a coleta de dados passo a passo:
1- O paciente foi abordado no quarto onde se encontrava internado, para
saber se gostaria participar da pesquisa. Essa abordagem ocorreu dentro de
um intervalo de tempo em que o acompanhante/responsável foi entregar o
resumo de alta ao setor de internação para fazer o registro de saída e receber
a autorização de alta hospitalar. Isso levava em torno de 10 minutos. Esse
tempo permitiu que a aplicação da escala não interferisse o paciente para seu
regresso domiciliar.
2- Se ele/ela aceitasse deveria, portanto, sentar-se na poltrona situada
dentro do quarto e munido de uma prancheta, responder o instrumento de
caracterização da amostra e o TCLE;
3- O paciente recebe as últimas orientações de alta por um profissional
do hospital (médico ou enfermeiro), lembrando que as orientações podem
ocorrer não somente neste momento, mas no processo de internação;
4- O paciente não pode ver a escala “Avaliação da compreensão do
paciente sobre orientações de alta”, a ser preenchido antes da coleta;
5-Após as orientações foram entregues a parte I da escala para o
paciente contendo 14 questões, e a parte II para os observadores contendo 8
questões;
28
6- Após lerem as informações contidas no instrumento, o paciente,
sentado na poltrona, posicionava-se com o corpo voltado para os observadores
com a prancheta em suas mãos. Os observadores então posicionavam-se a
frente do paciente, em pé, a uma distância mínima de dois passos largos (3
metros), de modo a visualizar a face como um todo do paciente;
7-O preenchimento da parte I e da parte II do instrumento ocorreu ao
mesmo tempo tanto pelos observadores quanto do paciente;
8- Ao final do preenchimento do instrumento, estes foram entregues
imediatamente ao pesquisador responsável pela coleta.
Procedimentos analíticos (estatísticos)
Os dados obtidos na fase anterior foram submetidos a análises e testes
estatísticos com a finalidade de validação do instrumento.
3.6 Tratamento de dados e metodologia estatística
Inicialmente os perfis dos pacientes foram analisados descritivamente.
Para as variáveis categóricas foram apresentadas as frequências absolutas e
relativas e para as variáveis numéricas, medidas-resumo (média, quartis,
mínimo, máximo e desvio padrão).
As associações lineares entre duas variáveis numéricas foram avaliadas
via correlação de Pearson.
Para a escala de compreensão do paciente sobre as orientações de alta
composta por 14 itens, por tratar-se de uma escala não validada, procedeu-se
à avaliação de sua dimensionalidade utilizando-se a análise fatorial pelo
método por componentes principais e rotação ortogonal VARIMAX.
O critério para a seleção do número de fatores foi de autovalores acima
do valor um. Foram utilizados como critério de exclusão dos itens, aqueles
cujas comunalidades, foram inferiores a 0,5 e cargas fatoriais (Correlação de
Pearson entre o item e fatores comuns) inferiores a 0,5.
A análise fatorial permite a decomposição da variância de cada item em
duas partes: parte comum e parte específica. A parcela da variância comum –
devida a fatores comuns – é denominada de comunalidade. Dessa forma, itens
cuja variância devido a fatores comuns forem inferiores a 50% foram excluídos
por estarem pouco representados na análise fatorial42.
29
Foram apresentados coeficiente de adequação da amostra de Kaiser-
Meyer-Olkin (KMO) e o teste de esfericidade Bartlett que avalia a significância
global de todas as correlações entre os itens da escala considerados.
Em seguida, foram calculados os coeficientes Alpha de Cronbach para
se avaliar a consistência interna dos itens que compunham cada fator. O Alpha
de Cronbach é um coeficiente confiabilidade (ou consistência) e mensura o
quão bem um conjunto de itens mensura um único constructo latente, cujo
valor depende do número de itens e da média das correlações entre os itens,
não sendo considerado um teste estatístico. Quanto maior o número de itens
ou quanto maior for a média das correlações entre os itens, maior é valor de
Alpha de Cronbach que varia normalmente entre 0 e 1. Entretanto, na realidade
não há limite inferior para este coeficiente. Quanto mais próximo de 1, maior é
a consistência entre os itens de uma escala. George e Mallery43, fornecem
algumas regras para este coeficiente: acima de 0.9 – Excelente; De 0.8 a 0.9
(inclusive) – Bom; De 0,7 a 0,8 (inclusive) - Aceitável; De 0,5 a 0,7 (inclusive) –
Pobre e abaixo de 0,5 – Inaceitável.
A consistência interna dos oito itens da escala de compreensão do
paciente sobre as orientações de alta na percepção do profissional de saúde foi
avaliada via coeficiente Alpha de Cronbach. Para esta escala, não se avaliou a
sua dimensionalidade pelo fato de compreender poucos itens e metade desses
itens corresponderem (praticamente) às frases no sentido negativo das demais.
Com a finalidade de se avaliar a reprodutibilidade dessa escala, um mesmo
paciente foi avaliado por dois profissionais. A concordância dos itens foi
avaliada via correlação intra-classe.
A correlação intra-classe quantifica a concordância global a nível
individual entre questionários aplicados por dois pesquisadores ou mesmo
pesquisador em dois momentos. Valores próximos de 1 da correlação intra-
classe apontam uma boa concordância entre as respostas. Para facilitar a
visualização das duas medidas inter-observador foi apresentado o gráfico de
Bland-Altman.
Tanto para o escore do paciente como do profissional, o escore bruto foi
obtido via soma aritmética das pontuações atribuídas aos itens. Em seguida,
para tornar todos os escores comparáveis, os escores brutos foram re-
escalonados de tal forma que variassem de 0 a 100 pontos.
30
A comparação de médias dos escores de entre dois grupos foram
realizadas utilizando-se o teste t de Student para amostras independentes. De
acordo com o teorema do Limite Central, para as amostras suficientemente
grandes (N ≥ 30), a média das variáveis tende a apresentar distribuição normal
– desta forma, para comparação de duas médias com mais de 30 casos por
grupo não foi necessário realizar o teste de normalidade.
Para se comparar mais de duas médias, empregou-se a Análise de
Variâncias (ANOVA). Tanto a ANOVA como o teste t de Student têm como
pressupostos a normalidade na distribuição dos dados e a homocedasticidade
(igualdade de variância entre os grupos), os quais foram verificados utilizando-
se o teste de Kolmogorov-Smirnov e teste de Levene, respectivamente. Em
caso de violação da suposição de homocedasticidade, os graus de liberdade
da estatística foram corrigidos utilizando-se a correção de Brown-Forsythe44.
Em caso de violação da normalidade dos dados, as médias foram comparadas
empregando-se o teste não-paramétrico de Mann-Whitney (comparação de
duas médias) ou de Kruskal-Wallis (mais de duas médias). Uma vez detectada
as diferenças de médias no teste de Kruskal-Wallis, a localização das
diferenças foi realizada via testes de Dunn-Bonferroni45 mantendo-se o nível de
significância global.
A comparação entre os escores de compreensão total dos pacientes e
dos profissionais foi realizada via teste t de Student para amostras pareadas.
As análises foram realizadas utilizando-se o pacote estatístico SPSS
20.0. Para todos os testes estatísticos foram adotados um nível de significância
de 5%.
3.7 Procedimentos éticos
O desenvolvimento do estudo atendeu as normas nacionais e
internacionais de ética em pesquisa envolvendo seres humanos. O
presente estudo obedeceu aos preceitos éticos e legais relativos à pesquisa
com sujeitos humanos, conforme as determinações da Resolução 466/12 do
Conselho Nacional de Saúde46.
O projeto de pesquisa foi encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa
(CEP) da Universidade Guarulhos tendo como instituição co-participante a
31
Casa de Saúde Santa Marcelina (Anexo 1). A coleta iniciou-se após aprovação
do CEP (Anexo 2).
Os participantes da pesquisa foram informados sobre o objetivo do
estudo, a garantia de sigilo das informações e sobre a opção de retirar seus
dados da pesquisa a qualquer momento, sob nenhuma penalidade, e os que
estiveram de acordo, assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(TCLE).
Foram elaborados um TCLE para a fase dos procedimentos teóricos
tanto para os pacientes (Apêndice 6) quanto para os profissionais (Apêndice 7)
e um para fase de procedimentos empíricos (Apêndice 9) e termo de
consentimento após esclarecimento (Apêndice 10).
3.8 Considerações éticas
Descrição de métodos que afetem os participantes da pesquisa: Na fase
dos procedimentos teóricos foi entregue um questionário constando 4 questões
abertas sobre a compreensão do instrumento. Na fase dos procedimentos
empíricos, os participantes responderam um questionário com 22 questões
fechadas.
Descrição de riscos com avaliação de gravidade: O risco considerado da
pesquisa foi mínimo, tanto para os profissionais quanto para os pacientes, visto
que poderia provocar um desconforto pelo tempo exigido e/ou um
constrangimento pelo teor dos questionamentos.
Medidas de proteção de riscos e à confidencialidade: foi garantido o
sigilo quanto à identificação do participante e este poderia desistir da pesquisa
sem qualquer prejuízo.
Previsão de ressarcimento de gastos: não houve ressarcimento.
Análise crítica de riscos e benefícios: O benefício foi considerado indireto
tanto para o paciente quanto para o profissional, visto que este pode servir de
subsídios para os profissionais de saúde como ferramenta para avaliação de
orientações de alta hospitalar e trazer futuras melhorias na segurança do
paciente.
32
4. RESULTADOS
Os resultados deste estudo possibilitaram a elaboração do artigo
científico intitulado “Construção e validação da escala: Avaliação da
compreensão do paciente sobre orientações de alta” submetido na Revista
Texto & Contexto Enfermagem.
_______________________________________________________________
ARTIGO
Construção e validação da escala: “Avaliação da compreensão do
paciente sobre orientações de alta”
Construction and validation of the scale: "Assessment of patient
understanding about discharge guidance"
La construcción y validación de la escala: "La evaluación de la
comprensión del paciente sobre orientación de alta"
Rednaj Jaure Bacury Souza Mota
Ana Cláudia Giesbrecht Puggina
RESUMO Objetivo: Construir e avaliar as propriedades psicométricas da escala “Avaliação da compreensão do paciente sobre orientações de alta”. Métodos: estudo metodológico quantitativo realizado com 72 pacientes e 2 observadores. A validação foi avaliada pela análise fatorial e correlação intra-classe. A consistência interna foi verificada pelo Alpha de Cronbach. Resultados: A escala foi construída em duas partes: a parte I (14 itens) refere-se a compreensão referida e é respondida pelo paciente, a parte II (8 itens) refere-se a compreensão percebida e é respondida por um observador. A consistência interna foi considerada excelente (α=0,918) na parte I e aceitáveis na parte II tanto para observador 1 (α=0,724) quanto para o observador 2 (α=0,749). A reprodutibilidade inter-observador foi aceitável (r=0,824). A análise fatorial da parte I determinou quatro fatores: (1) compreensão sobre medicamentos; (2) compreensão sobre tratamento e diagnóstico; (3) compreensão sobre restrição e (4) compreensão sobre retorno. Nenhum item foi eliminado com o processo de validação. Conclusão: A escala proposta é confiável para utilização por profissionais/instituições de saúde. Descritores: Comunicação em Saúde; Comunicação Não Verbal, Segurança do Paciente; Estudo de Validação; Alta do Paciente. ABSTRACT Objective: To construct and to evaluate the psychometric properties the scale "Evaluation of the patient's understanding of high guidelines". Methods: quantitative methodological study with 72 patients and 2 observers. Validation was assessed by factorial analysis and intra-class correlation. The internal consistency was verified by Cronbach's Alpha. Results: The scale was constructed in two parts: part I (14 items) refers to the referred understanding and is answered by the patient, part II (8 items) refers to the perceived understanding and is answered by an
33
observer. The internal consistency was considered excellent (α = 0.918) in part I and acceptable in part II for both observer 1 (α = 0.724) and observer 2 (α = 0.749). The interobserver reproducibility was acceptable (r = 0.824). The factorial analysis of part I determined four factors: (1) understanding about drugs; (2) understanding of treatment and diagnosis; (3) understanding of constraint and (4) understanding of feedback. No items were deleted with the validation process. Conclusion: The proposed scale is reliable for use by professionals / health institutions. Descriptors: Health Communication, Nonverbal Communication, Patient safety; Validation Studies; Patient discharge. RESUMEN Objetivo: Desarrollar y evaluar las propiedades psicométricas la escala "La evaluación de la comprensión del paciente sobre orientación de alta". Métodos: Estudio metodológico cuantitativo de 72 pacientes y 2 observadores. La validación se evaluó mediante análisis factorial y la correlación intra-clase. La consistencia interna se evaluó mediante el Alpha de Cronbach. Resultados: La escala fue construido en dos partes: Parte I (14 artículos) se refiere a la comprensión referida y es respondida por el paciente, Parte II (8 artículos) se refiere a la comprensión percibida y es respondida por un observador. La consistencia interna fue considerada excelente (α = 0,918) en la Parte I y Parte II aceptable en tanto el observador 1 (α = 0,724) y para el observador 2 (α = 0,749). La reproducibilidad entre observadores fue aceptable (r = 0,824). El análisis factorial de la Parte I determinó cuatro factores: (1) la comprensión de los medicamentos; (2) la comprensión del tratamiento y el diagnóstico; (3) la comprensión de restricción y (4) la comprensión de retorno. No hay elementos eliminados con el proceso de validación. Conclusión: La escala propuesta es fiable para su uso por las instituciones / profesionales de la salud. Descriptores: Comunicación en Salud; Comunicación no Verbal, Seguridad del Paciente; Estudios de Validación; Alta del Paciente.
INTRODUÇÃO
Os problemas relacionados à segurança do paciente no ambiente
hospitalar têm levado as organizações em todo o mundo a investigar suas
causas, visando conscientizar os profissionais desses problemas e propor
medidas para reduzir os riscos de danos/eventos adversos aos pacientes,
tornando-se um dos assuntos prioritários abordados atualmente.
Em 2000, o relatório “To Err is Human: building a safer health system”
desperta a atenção das instituições de saúde ao apontar dados substanciais
sobre eventos adversos evitáveis que causaram milhões de danos a pacientes
nos Estados Unidos da América (EUA).1 Diante os resultados alarmantes, o
tema ganhou relevância e em 2004 foi criada uma Aliança Mundial para a
Segurança do Paciente. Os objetivos desse programa, (que passou a chamar-
se Patient Safety Program) foram, entre outros, organizar os conceitos e as
definições sobre segurança do paciente e propor medidas para reduzir os
riscos e mitigar os eventos adversos.2
No Brasil, o Ministério da Saúde por meio da portaria Nº 529 de 1º de
Abril de 2013, institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP),
34
com intuito de contribuir para a qualificação do cuidado em saúde em todos os
estabelecimentos de saúde do território nacional e para fins dessa portaria
define segurança do paciente como redução, a um mínimo aceitável, do risco
de dano desnecessário associado ao cuidado de saúde.3
A partir de então foram criadas várias ações para reduzir os riscos
difundidas por organizações que conduzem o processo de acreditação em
unidades de saúde, como por exemplo, em nível internacional a Joint
Comission on Acreditation of Health care Organizations (JCAHO),4 que se
baseia nas seis Metas Internacionais de Segurança do Paciente. Estas metas
incluem: identificar os pacientes corretamente; melhorar a comunicação efetiva;
melhorar a segurança dos medicamentos de alta vigilância; assegurar cirurgias
com local de intervenção correto, procedimento correto e paciente correto;
reduzir o risco de infecções associadas aos cuidados de saúde; e ainda reduzir
o risco de lesões ao paciente decorrente de quedas.
Das seis metas elencadas, as instituições de saúde encontram
dificuldades na comunicação segura como cultura a ser adotada para redução
de eventos adversos relacionados à assistência. Sabe-se que a comunicação
efetiva melhora o fluxo de informações e intervenções, aumenta a melhoria da
segurança, da satisfação do paciente e família, e diminui o tempo de
permanência hospitalar.4
Habilidade em comunicação é fundamental para o profissional de saúde,
pois melhora a interação com o paciente e facilita a avaliação por meio de
identificações mais fidedignas de suas necessidades, sendo passível de
aprendizagem e aprimoramento uma vez que a comunicação interpessoal
permeia toda e qualquer atividade humana.5
Comunicação e segurança do paciente assumem particular importância
em situações de transição do cuidado, como a alta hospitalar. O momento da
alta hospitalar costuma trazer ao paciente, sentimentos ambíguos, tais como
satisfação e medo. Satisfação por estar se recuperando e voltando para casa,
e medo por sentir-se sem o suporte da equipe de saúde, já que, geralmente,
este dá continuidade sozinho aos procedimentos.6
É no sentido de prevenir, reduzir e detectar os riscos potenciais
de eventos adversos que a adequada orientação ao paciente em alta
35
hospitalar é necessária para o sucesso na continuidade do tratamento no
regresso domiciliar.
Considerando a necessidade de instrumentos para avaliação da
compreensão do paciente sobre orientações de alta, o presente estudo teve
como objetivo construir e avaliar as propriedades psicométricas da escala
“Avaliação da compreensão do paciente sobre orientações de alta”.
MÉTODOS
O estudo foi realizado em unidades de internação de um hospital
filantrópico de grande porte da zona leste da cidade de São Paulo. Trata-se de
um estudo metodológico quantitativo.
Os referenciais teóricos utilizados na construção da escala “Avaliação da
compreensão do paciente sobre orientações de alta” foram o livro
“Comunicação tem remédio: a comunicação nas relações interpessoais em
saúde” (Silva 2012)7 e o Programa Nacional de Segurança do Paciente
(Ministério da Saúde 2013).3
Os objetivos específicos da escala são (1) mensurar o processo de
comunicação profissionais-paciente por meio da compreensão do paciente em
relação às orientações de alta hospitalar e (2) proporcionar maior segurança
para o paciente no momento de alta hospitalar em que ele deve ter plena
compreensão do seu tratamento, pois dúvidas referidas ou percebidas foram
abordadas novamente com o paciente após a aplicação da escala.
Considerando que as orientações de alta hospitalar podem ser
realizadas durante o tratamento, em um processo contínuo, a escala não se
limita a avaliação de um profissional num momento específico. Sendo assim,
tem-se como finalidade a avaliação de um processo de comunicação e não
exatamente de uma relação interpessoal.
A escala foi construída em duas partes: a parte I refere-se a
compreensão referida e é respondida pelo paciente, a parte II refere-se a
compreensão percebida em que os indicadores são os sinais não verbais do
paciente e é respondida por um observador enfermeiro.
A parte I contém 14 itens, a mensuração é feita por meio de uma Likert
que variou entre 1 “não recebi orientação” a cinco “concordo” e após o
36
preenchimento o paciente tem a opção de escrever por extenso se há dúvidas
em relação as orientações de alta.
A parte II da escala contém 8 itens, a variação da Likert ocorre de 1
“nunca” a cinco “sempre”, o observador avalia a frequência de sinais não
verbais do paciente durante o preenchimento da primeira parte do instrumento,
bem como, controla o tempo de preenchimento da parte I. Essa parte contém
pictogramas, símbolos que representam um objeto ou um conceito por meio de
desenhos figurativos, para facilitar a identificação dos sinais não verbais. Outro
indicador é a identificação do item em que o paciente teve maior hesitação em
responder. Após a observação, o profissional teve a oportunidade de identificar
e registrar o que deve ser orientado novamente as dúvidas.
A escala tem 4 itens negativos (Q16, Q17, Q19 e Q21) e o escore total é
obtido pela soma após reversão desses itens e pelo re-escalonamento de cada
fator e parte do instrumento (I e II) de 0 a 100, sendo assim quanto maior o
escore maior a percepção de compreensão do paciente em relação ao seu
tratamento e alta no fator estudado.
O processo de construção e validação do instrumento baseou-se no
modelo proposto por Pasquali,8 composto por três etapas: procedimentos
teóricos, procedimentos empíricos (experimental) e procedimentos analíticos
(estatísticos).
Na fase dos procedimentos teóricos, o comitê de juízes foi composto por
4 enfermeiros; 2 professores e 2 leigos, totalizando 8 participantes. Os
membros do comitê foram orientados a verificarem a equivalência semântica,
cultural, conceitual e objetividade dos itens.
Ainda na fase dos procedimentos teóricos, o instrumento foi aplicado em
20 pessoas do grupo alvo por conveniência: 10 pacientes e 10 enfermeiros. A
escala foi aplicada de forma individual para que cada participante relatasse
suas dificuldades e facilidades no seu preenchimento e sugerisse modificações
na redação das questões, caso necessário. Por fim, foi realizada uma revisão
do processo de validação de conteúdo e os pesquisadores procederam
adequações necessárias elaborando a versão para fase de procedimentos
empíricos.
Na fase dos procedimentos empíricos, o cálculo da amostra mínima para
validação do instrumento nesta etapa foi obtido com o critério preconizado de
37
cinco sujeitos por item da parte I escala elaborada9 e foi estabelecido com um
mínimo de 70 pacientes participantes.
Os critérios de inclusão foram pacientes internados nas unidades de
internação escolhidas para o estudo, adultos entre 18 e 60 anos de ambos os
sexos e escolaridade mínima completa 5º ano do ensino fundamental. Uma
escolaridade mínima foi proposta pelas próprias características do instrumento
e por tratar-se de uma avaliação da compreensão por meio de um instrumento
escrito.
Os critérios de exclusão foram pacientes com mais de 60 anos, pois
como a avaliação é sobre compreensão, a coleta de dados destes pacientes
implicaria na aplicação do Mini Exame do Estado Mental (MEEM) e pacientes
com diagnóstico de síndrome demencial ou transtornos psiquiátricos.
Participaram dessa fase dois observadores. Um dos observadores foi o
próprio pesquisador, o outro foi uma enfermeira treinada na decodificação dos
sinais não verbais e que não atuava no hospital selecionado.
Os dois observadores responderam simultaneamente a parte II da
escala (compreensão percebida) e avaliaram a frequência de sinais não-
verbais dos pacientes enquanto os mesmos respondiam a parte I
(compreensão referida). A coleta de dados foi realizada entre junho a
dezembro de 2015.
Na coleta de dados, os pacientes receberam instruções de marcar a
resposta que melhor reflete a compreensão das orientações de alta durante
toda sua internação até agora, marcar somente uma alternativa em cada item e
não deixe nenhuma questão em branco, não conversar com o profissional
durante o preenchimento, as dúvidas foram colocadas depois, mas durante o
preenchimento isso interfere no objetivo da escala. O paciente foi instruído que
“não ter medicação”, “não ter restrição física ou alimentar” ou “não ter cuidados
especiais e/ou procedimentos” são consideradas orientações. Além disso, os
pacientes tinham a oportunidade de escrever por extenso se haviam outras
dúvidas em relação as orientações de alta.
Os observadores tiveram que ler atentamente e mais de uma vez todos
os itens antes de preencher a escala com o paciente, mantiveram uma
distância mínima de aproximadamente 2 passos largos do paciente e em uma
posição que possibilitasse a visualização da face do paciente e foram
38
orientados a não fixar o olhar na face do paciente por um tempo prolongado.
Essa recomendação tem como finalidade diminuir a probabilidade do paciente
se sentir invadido no espaço pessoal, além de permitir a identificação por parte
do observador a compreensão percebida do item em que o paciente teve maior
hesitação em responder.
Outras orientações importantes para a aplicação da escala: o
profissional que realizou a última orientação não deve ser o mesmo que
observa para evitar o viés de constrangimento do paciente em assumir que não
compreendeu as orientações imediatas. Durante o preenchimento, não interaja
com o paciente. Ao identificar incompreensão referida ou percebida, o
profissional deve, por uma questão ética, esclarecer as dúvidas do paciente.
Na fase dos procedimentos analíticos os dados foram analisados por
meio da análise descritiva e inferencial com o uso do software SPSS (Software
Package used for Statistical Analysis) versão 20.0. Para as variáveis
categóricas foram apresentadas as frequências absolutas e relativas e para as
variáveis numéricas, medidas-resumo (média, quartis, mínimo, máximo e
desvio padrão). As associações lineares entre duas variáveis numéricas foram
avaliadas por Correlação de Pearson.
Para fins estatísticos, as respostas omissas (missing data), ou sejas, as
respostas ao item “Não recebeu orientação” foram desconsideradas apenas da
análise do processo de validação; mas não deve ser excluído na aplicação do
instrumento. Um método difundido amplamente é excluir os sujeitos com algum
dado omisso em alguma das variáveis analisadas, tornando a análise de casos
completos ou de casos disponíveis a mais comum.10
Procedeu-se à avaliação da dimensionalidade utilizando-se a análise
fatorial pelo método por componentes principais e rotação ortogonal VARIMAX.
A concordância inter-observadores do escore total, foi avaliado via correlação
intra-classe. Para todos os testes estatísticos foram adotados um nível de
significância de 5%.
Em seguida, foram calculados os coeficientes Alpha de Cronbach para
se avaliar a consistência interna dos itens que compunham cada fator. Para
avaliação da consistência interna dos itens em cada fator, usou o referencial de
George e Mallery11 em que Alpha de Cronbach acima de 0,9 é considerado
39
excelente; de 0,8 a 0,9 (inclusive) bom; de 0,7 a 0,8 (inclusive) aceitável; de 0,5
a 0,7 (inclusive) pobre; e abaixo de 0,5 é considerado inaceitável.
O desenvolvimento do estudo atendeu as normas nacionais e
internacionais de ética em pesquisa envolvendo seres humanos e foi aprovado
pelo Comitê de Ética e Pesquisa da instituição proponente CAAE
39325414.9.0000.5506 sob o número de parecer 947.654 e da instituição co-
participante CAAE 39325414.9.3001.0066 sob o número de parecer
1.001.679.
RESULTADOS
Descrição amostral
A escala “Avaliação da compreensão do paciente sobre orientações de
alta” foi submetida à avaliação do seu perfil psicométrico e, para isso,
participaram 72 pacientes e 2 observadores. A média de idade dos pacientes
foi de 43,1 anos (±12,6), tempo de internação médio 10,7 dias (±5,7), a maior
parte dos diagnósticos médicos era do sistema cardiovascular (n=15; 20,8%)
seguido do sistema digestório (n=14; 19,4%) e a maioria dos pacientes recebeu
a última informação de enfermeiros (n=52;72,2%).
Houve participações similares de homens e mulheres (p=0,480 – Teste
de Qui-Quadrado), sendo 54,2% do sexo masculino e 45,8% do sexo feminino.
A maioria eram naturais do estado de São Paulo (n=48;66,7%), metade dos
pacientes referiram-se católicos (n=36; 50%) e maiores frequências foram
encontradas de casados (n=34;47,2%) e que possuíam até o ensino
fundamental 2 completo (n=31; 43,1%).
Confiabilidade e validade
A análise fatorial da parte I resultou em 4 fatores que explicam 77,9% da
variância total dos dados. A escolha deste número de fatores deu-se a partir do
número de autovalores da matriz de correlação maiores do que um, já que um
autovalor pequeno sugere uma pequena contribuição do fator na explicação
das variações das variáveis originais. Os resultados da análise fatorial podem
ser interpretados por meio das “cargas fatoriais”. Cada uma das “cargas
fatoriais” representa a medida de correlação entre o fator derivado da análise e
40
os itens originais, podendo ser interpretada como se faz com um coeficiente de
correlação de Pearson (Tabela 1).
A análise fatorial permite a decomposição da variância de cada item em
duas partes: parte comum e parte específica. A parcela da variância comum –
devida a fatores comuns – é denominada de comunalidade. Dessa forma, itens
cuja variância devido a fatores comuns for inferior a 50% devem ser excluídos
por estarem pouco representados na análise fatorial, o que não aconteceu com
nenhum item da escala (Tabela 1).9
O fator 1 foi nomeado “compreensão sobre medicamentos” e é formado
por quatro itens (Q.3, Q.4, Q.5 e Q.6). O fator 2 nomeado “compreensão sobre
tratamento e diagnóstico” é composto por 5 itens (Q.1, Q.2, Q.12, Q.13 e Q.14).
O Fator 3 foi nomeado “compreensão sobre restrição” e é formado por 3 itens
(Q.9, Q.10 e Q.11). O último fator, o fator 4, foi nomeado “compreensão sobre
retorno” e é formado apenas por 2 itens (Q.7 e Q.8). Valores altos nestes
fatores, apontam concordância com relação aos itens (Tabela 1).
Tabela 1 - Cargas fatoriais rotacionadas pela transformação VARIMAX e comunalidades dos itens da parte I da escala “Avaliação da compreensão do paciente sobre orientações de alta”. São Paulo, SP, Brasil, 2015.
Fatores Comunalidades
1 2 3 4
Q.5 Compreendi até quando devo tomar ou aplicar cada uma das minhas medicações.
0,885 0,206 0,158 0,095 0,860
Q.4 Compreendi os horários diários e os intervalos em que devo tomar cada uma das minhas medicações.
0,857 0,332 0,199 0,000 0,884
Q.3 Compreendi quantas medicações precisarei tomar ou aplicar.
0,839 0,377 0,142 0,111 0,879
Q.6 Compreendi para que serve cada uma das minhas medicações, ou seja, o benefício de tomar cada uma delas.
0,776 0,209 0,191 0,184 0,716
Q.13 Compreendi as orientações sobre o meu tratamento.
0,177 0,758 0,247 0,106 0,678
Q.2 Saberei explicar para os outros o meu problema de saúde.
0,376 0,754 0,165 0,092 0,745
Q.14 Fui esclarecido em minhas dúvidas 0,235 0,741 0,261 0,128 0,688
Q.1 Compreendi o meu diagnóstico médico. 0,394 0,728 0,136 0,149 0,726
Q.12 Compreendi o período total do meu tratamento, ou seja, até quando devo seguir as orientações dadas.
0,197 0,719 0,387 0,101 0,717
Q.10 Compreendi a necessidade de restrição ou estímulo à atividade física no meu tratamento.
0,116 0,231 0,854 0,176 0,827
41
Q.11 Compreendi cuidados especiais e/ou procedimentos que devo realizar após minha alta
0,238 0,242 0,828 0,015 0,802
Q.9 Compreendi cuidados que devo ter com a minha alimentação diária.
0,213 0,338 0,803 0,036 0,806
Q.7 Compreendi se é preciso e quando deve ser o meu retorno para acompanhamento.
0,097 0,140 -0,078 0,887 0,823
Q.8 Compreendi quais os sinais de piora da minha doença, ou seja, quando devo procurar um serviço de emergência.
0,143 0,146 0,320 0,783 0,757
Autovalores 3,39 3,34 2,61 1,56 Alpha de Cronbach 0,919 0,868 0,884 0,650
* N=70. A medida de Kaiser-Meyer-Olkin (KMO) verificou a adequação amostral para a análise (KMO=0,779). O teste de esfericidade de Bartlett [Qui-quadrado (91) = 762,66, (p<0,001)], indicou que as correlações entre os itens são suficientes para a realização da análise. Nenhum autovalor foi menor que 1, portanto nenhum fator deve ser excluído.
Verificou-se consistência interna excelente no fator “compreensão sobre
medicamentos” (α=0,919) e boa nos fatores “compreensão sobre tratamento e
diagnóstico” (α=0,868) e “compreensão sobre restrição” (α=0,884). Exceto o
fator “compreensão sobre retorno” (α=0,650) apresentou moderada
consistência interna. O valor de Alpha de Cronbach global para escala foi
considerada excelente (α=0,918).
Para a parte II da escala, procedeu-se a análise fatorial pelo método por
componentes principais e rotação ortogonal VARIMAX, entretanto estabeleceu-
se uma fraca interdependência entre as variáveis, não sendo possível
identificar fatores com um grau razoável de interpretação. Portanto, optou-se
pelo uso da parte II como um fator único.
Na parte II, verificou-se consistências internas aceitáveis para os dois
observadores. Nota-se ainda que, apesar dos itens Q.17 e Q.22 apresentarem
correlações item-total valores inferiores a 0,30 (correlação fraca), a exclusão
desses itens acarreta uma pequena elevação na consistência interna. Por isso,
nenhum item é sugestivo de eliminação (Tabela 2).
Tabela 2 – Correlação de cada item com o total do instrumento, Alpha de Cronbach global se o item for excluído na parte II da escala “Avaliação da compreensão do paciente sobre orientações de alta”. São Paulo, SP, Brasil, 2015.
Itens Correlação Item - total
Alpha de Cronbach se
o item for excluído
Observador 1 (Alpha de Cronbach global = 0,724)
Q15. Expressão facial sorridente, mostrando satisfação ou compreensão. 0,356 0,707
Q16. Expressão facial de dúvida, sobrancelhas franzidas ou boca cerrada. 0,499 0,681
42
Q17. Pára para pensar na resposta, olhando para cima ou direcionando o olhar para alguma direção.
0,183 0,745
Q18. Meneio positivo com a cabeça, ou seja, dar sim com a cabeça. 0,433 0,692
Q19. Meneio negativo com a cabeça, ou seja, dar não com a cabeça. 0,406 0,698
Q20. Postura relaxada, mas atenta. 0,623 0,649
Q21. Postura rígida, tensa ou mostrando preocupação. 0,537 0,668
Q22. Responde prontamente as questões. 0,315 0,715
Observador 2 (Alpha de Cronbach global = 0,749)
Q15. Expressão facial sorridente, mostrando satisfação ou compreensão. 0,364 0,738
Q16. Expressão facial de dúvida, sobrancelhas franzidas ou boca cerrada. 0,467 0,721
Q17. Pára para pensar na resposta, olhando para cima ou direcionando o olhar para alguma direção.
0,417 0,728
Q18. Meneio positivo com a cabeça, ou seja, dar sim com a cabeça. 0,519 0,708
Q19. Meneio negativo com a cabeça, ou seja, dar não com a cabeça. 0,397 0,732
Q20. Postura relaxada, mas atenta. 0,653 0,682
Q21. Postura rígida, tensa ou mostrando preocupação. 0,573 0,696
Q22. Responde prontamente as questões. 0,200 0,769
* N=72. Os itens Q16, Q17, Q19 e Q21 tem codificação reversa.
A concordância entre os observadores na parte II do instrumento, obteve
um coeficiente de correlação Intra-classe = 0,824 (IC95%: 0,734-0,886) e
apontou uma boa reprodutibilidade inter-observador. Corroborando com esse
resultado, verificou-se uma forte correlação (r =0,826, p<0,001– Correlação de
Pearson) entre os escores da parte II pontuados pelos observadores 1 e 2
(Gráfico 1).
Gráfico 1 – Gráfico de dispersão dos escores brutos da parte II da escala “Avaliação da compreensão do paciente sobre orientações de alta”, ou seja, aqueles atribuídos aos pacientes pelos observadores. São Paulo, SP, Brasil, 2015.
43
Dados descritivos da aplicação da escala e associações
A análise descritiva, média e desvio padrão, de cada item da escala
“Avaliação da compreensão do paciente sobre orientações de alta” identificou
que os pacientes tiveram menor média no escore do item Q.6 “Compreendi
para que serve cada uma das minhas medicações, ou seja, o benefício de
tomar cada uma delas” (µ=3,8; dp=1,1). Esse dado mostra que os pacientes
podem até entender quais e quando devem tomar as medicações, mas ainda
tem muita dificuldade de entender o porquê de cada medicação, outra
explicação seria a não valorização dessas orientações pelos profissionais
durante a internação.
Os pacientes tiveram a maior média no item Q.7 (µ=4,7; dp=0,7)
mostrando que eles conseguem compreender se é preciso e quando devem
retornar para acompanhamento.
Tanto para o observador 1 quanto para observador 2, a menor média na
parte II foi no item 19, mostrando que ambos observadores perceberam um
número menor de meneios negativos com a cabeça, enquanto a maior média
para o observador 1 foi no item Q.20 e para o observador 2 foi o item Q.22,
mostrando respectivamente que os pacientes mantiveram uma postura
relaxada, mas atenta e responderam prontamente as questões da parte I do
instrumento (Tabela 3).
Tabela 3 – Análise descritiva das respostas dos participantes ao instrumento. São Paulo, SP, Brasil, 2015. PACIENTES OBSERVADOR 1 OBSERVADOR 2 Item Média Mediana DP Item Média Mediana DP Média Mediana DP
Q.1 4,5 5 0,9 Q.15 3,2 3 1,1 3,1 3 1,1 Q.2 4,6 5 0,8 Q.16 2,6 3 1,1 2,5 3 0,9 Q.3 4,3 5 0,8 Q.17 2,5 2 1,3 2,3 2 1,0 Q.4 4,3 4 0,8 Q.18 2,8 3 1,3 2,7 3 1,2 Q.5 4,1 4 0,9 Q.19 2,2 2 1,2 2,1 2 1,0 Q.6 3,8 4 1,1 Q.20 3,6 4 1,3 3,2 3,5 1,1 Q.7 4,7 5 0,7 Q.21 2,4 2 1,4 2,3 2 1,3 Q.8 4,5 5 0,7 Q.22 3,5 3 1,2 3,6 4 1,2 Q.9 4,1 4 1,1 Q.10 4,0 4 1,0 Q.11 4,1 4 1,0 Q.12 4,5 5 0,8 Q.13 4,6 5 0,7 Q.14 4,4 5 0,8
44
O tempo médio de preenchimento da parte I pelos pacientes foi de 5,9
(±1,9) minutos, variando de 3 a 10 minutos, e o item percebido pelo observador
com maior hesitação de resposta foi o Q.6 “Compreendi para que serve cada
uma das minhas medicações, ou seja, o benefício de tomar cada uma delas”, o
que reforça a incompreensão sobre esse aspecto da medicação pelos
pacientes.
Tanto para o escore do paciente como do observador, o escore bruto foi
obtido via soma das pontuações atribuídas aos itens. Em seguida, para tornar
todos os escores comparáveis, os escores brutos foram re-escalonados de tal
forma que variassem de 0 a 100 pontos (Tabela 4).
Tabela 4 – Medidas-resumo dos escores da escala “Avaliação da compreensão do paciente sobre orientações de alta”. São Paulo, SP, Brasil, 2015.
Escore Média Desvio Padrã
o
Mínimo
Máximo
Mediana N
Parte I - paciente
Total 77,4 19,2 23,8 100,0 79,8 70
Compreensão sobre medicamentos 71,4 26,9 0,0 100,0 75,0 72
Compreensão sobre tratamento e diagnóstico
83,4 20,2 20,0 100,0 93,3 71
Compreensão sobre restrição 69,0 29,9 0,0 100,0 77,8 71
Compreensão sobre retorno 87,6 17,8 33,3 100,0 100,0 71
Parte II - observador Total 61,3 18,2 28,1 90,6 64,1 72
Foram comparadas as percepções sobre compreensão da orientação de
alta dos pacientes (total parte I) e dos observadores (total parte II) e observou-
se uma correlação positiva entre os dois escores de compreensão (r=0,439,
p<0,001), entretanto fraca. Sendo assim, quanto maior a percepção de
compreensão sobre orientação de alta referida pelos pacientes mais os
observadores perceberam essa compreensão pela decodificação dos sinais
não verbais.
Verificou-se correlações fracas positivas entre os escores totais dos
observadores (parte II) e os fatores “compreensão sobre medicação” (r=0,428,
p<0,001), “compreensão sobre tratamento e diagnóstico” (r=0,421, p<0,001) e
“compreensão sobre retorno” (r=0,254, p=0,032). Não se verificou correlação
significativa entre o escore total do observador (parte II) e o fator “compreensão
sobre restrição” (r=0,226, p=0,058).
45
Essas correlações estatisticamente significativas entre os sinais não
verbais percebidos nos pacientes pelos observadores e a compreensão
referida em relação a medicação, tratamento/diagnóstico e as condições de
retorno reforçam a necessidade de os profissionais ficarem atentos para além
da comunicação verbal dos pacientes, ou seja, os sinais não verbais são
indicadores mais seguros nas relações interpessoais.
Houve associação estatisticamente significativa entre o fator
“compreensão sobre retorno” e o local de internação (p=0,005), em que os
pacientes do 3° andar apresentaram, em média, maior escore de compreensão
sobre retorno do que os pacientes do 4° andar. Acredita-se que pelo
quantitativo proporcionalmente maior de profissionais da enfermagem e
médicos no 3º andar e menor números de leitos se comparados aos do 4º
andar, a qualidade das orientações de alta seja melhor, assim como ter mais
pacientes com patologias crônicas, ou seja, com maior entendimento sobre
sinais de piora da doença.
Houve correlação fraca e negativa (r=-0,261, p=0,028) entre o fator
“compreensão sobre restrição” e idade, sugerindo que quanto maior a idade,
menor é a compreensão de alta sobre restrição.
Na associação entre os fatores da escala e as características sócio-
demográficas e clínicas (sexo, estado civil, escolaridade, renda, religião, região,
diagnóstico e profissional que orientou a alta) não houve diferenças
estatisticamente significativas.
DISCUSSÃO
Uma limitação encontrada no estudo, refere-se à exclusão dos
indivíduos analfabetos ou com baixa escolaridade e pacientes com idades
acima de 60 anos. Mesmo que representem parcela relativamente expressiva
da população brasileira, e representarem grande parte dos usuários do sistema
de saúde, a inclusão de indivíduos traria o risco de respostas imprecisas e
pouco confiáveis, devido à alfabetização e escrita e não em relação as
orientações dadas, ou seja, ao objetivo da escala.
Neste estudo, compreensão referida e compreensão percebida
correlacionam-se e mostram-se complementares na avaliação do que o
paciente compreendeu em relação a suas medicações, tratamento/diagnóstico
46
e retorno, ou seja, a compreensão sobre orientação de alta referida pelos
pacientes e os sinais não verbais expressos pelos mesmos estão diretamente
relacionados.
Do processo de interação interpessoal, a maior parte da comunicação é
não-verbal, em que apenas 7% dos pensamentos são transmitidos por
palavras, 38% por sinais paralinguísticos (entonação de voz, velocidade com
que as palavras são ditas) e 55% pelos sinais do corpo.7 Portanto, a
comunicação verbal, por si só, é insuficiente para interpretar a compreensão do
paciente em uma conversa terapêutica.
A comunicação não-verbal ocorre na interação de pessoa-a-pessoa,
exceto as palavras por elas mesmas, bem como toda informação obtida por
meio de gestos, posturas, expressões faciais, orientações do corpo,
singularidades somáticas, naturais ou artificiais, organização dos objetos no
espaço e até pela relação de distância mantida entre os indivíduos.7
A correta decodificação e interpretação da comunicação não verbal
requerem prática capacitação, treino, adaptação, atenção e observação
constantes, pois diversos sinais não verbais são emitidos, ao mesmo tempo em
que se verbaliza.12 Cabe então, ao profissional, ficar atento para esses
aspectos e propor o estabelecimento de uma comunicação terapêutica
adequada ao indivíduo que se encontra sob sua responsabilidade.13 Portanto, o
estudo da linguagem corporal, assume um papel importante na decodificação
das mensagens recebidas durante as interações profissionais ou pessoais.
Confirmar o entendimento dos pacientes sobre o tratamento e
diagnóstico é essencial para motivar o autocuidado e o controle da doença.
Validar ou realizar feedback das orientações dadas aos pacientes com a
doença é uma forma de identificar a necessidade de reorientação das ações
educativas e planejar cuidados condizentes com as suas necessidades reais e
potenciais.14
Encontrou-se neste estudo que os pacientes pouco compreendem para
que serve cada uma das medicações e o benefício de tomar cada uma delas,
essa incompreensão é muito séria pois pode interferir na adesão do paciente
ao próprio tratamento e consequentemente na sua segurança.
Estudos tem demostrado que os pacientes apresentam baixos níveis de
conhecimento sobre seu tratamento, especialmente sobre terapia
47
medicamentosa. 15-16 A adequada orientação sobre medicação é um fator
importante para prevenir iatrogenias pós alta hospitalar, evitando sua recidiva.
É importante ressaltar que o conhecimento sobre o nome, a indicação,
dosagem, frequência e efeitos colaterais dos medicamentos são consideradas
informações básicas e essenciais que os pacientes devem conhecer sobre os
seus medicamentos.16
Alguns estudos retratam a má qualidade nas orientações de alta
hospitalar. Em um estudo alguns pacientes apresentaram dúvidas durante a
orientação final de enfermagem, sendo essas principalmente a respeito do
medicamento prescrito e os horário em que deve tomar cada uma delas.17
Há evidências de que o uso adequado de medicamentos é determinado
primariamente pela natureza e qualidade da comunicação entre a equipe de
saúde e o paciente.18 A falta de compromisso e não valorização dos
profissionais com a continuidade do cuidado dessas orientações sobre
medicações durante a internação pode comprometer a integridade física e
causar danos irreversíveis a saúde.
Pacientes com déficits de conhecimento sobre seu próprio regime
terapêutico e sua doença podem ser menos envolvidos com seu próprio
cuidado, podem não ser capazes de compreender as instruções para o regime
terapêutico e podem ter maior probabilidade de não-adesão. Uma estudo
descreveu que os pacientes com melhor auto-percepção de saúde têm melhor
aderência ao tratamento, o que pode ajudar a reduzir o agravamento dos
pacientes.19
Um estudo detectou abandono do acompanhamento ambulatorial na
ordem de 73,9% de pacientes asmáticos. Neste caso, os fatores relacionados
ao abandono referem-se a baixa gravidade da doença, melhora da doença e
pessoas de menor idade.20 A comunicação inadequada implica uma baixa
compreensão do tratamento e falha no processo de autocuidado pós-alta.
Além disso, um estudo apresentou que cerca de dois terços das
informações prestadas pelos profissionais de saúde são esquecidas
imediatamente e 50% da informação que parece ter sido memorizada é
recordada erradamente pelos pacientes. É provável que o esquecimento
aumente com o tempo e os motivos estejam relacionados com a idade, o nível
de ansiedade, o stress, a percepção da importância da informação, o tipo de
48
comunicação (verbal ou escrito), bem como a quantidade de informações
fornecidas pela equipe de saúde e a qualidade da interação entre pacientes e
de quem o orientou.21
Uma recomendação para a alta é que os pacientes recebam um material
educativo contendo informações sobre necessárias para continuidade do
tratamento em domicílio. Faz-se necessário acompanhamento após a alta para
continuar a educação em saúde do paciente, com uso de livros, áudio, vídeo,
computador e jornal, já que o volume de informações dadas, na alta hospitalar,
é elevado.22
Este estudo contribui para uma melhor avaliação da compreensão do
paciente em um momento tão crítico para sua saúde, a alta hospitalar, e
oferece subsídios para que os profissionais da saúde consigam avaliar melhor
esse melhor e intervenham em tempo de prevenir iatrogenias.
CONCLUSÃO
A escala “Avaliação da compreensão do paciente sobre orientações de
alta” é um instrumento confiável para avaliar as orientações dadas por
profissionais de saúde aos pacientes sobre o seu tratamento pós-alta.
Correlações existentes entre os sinais não verbais e a compreensão
referida reforçam a importância e necessidade do uso da parte II da escala, a
parte I (compreensão referida) e a parte II (compreensão percebida) são
complementares e devem ser utilizadas como um instrumento único.
REFERÊNCIAS
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51
5. CONCLUSÕES
Assim, pode-se afirmar que a escala “Avaliação da compreensão do
paciente sobre orientações de alta” apresenta boa confiabilidade sendo um
instrumento confiável para avaliar as orientações dadas por profissionais de
saúde aos pacientes sobre o seu tratamento pós-alta.
Correlações existentes entre os sinais não verbais e a compreensão
referida reforçam a importância e necessidade do uso da parte II da escala, a
parte I (compreensão referida) e a parte II (compreensão percebida) são
complementares e devem ser utilizadas como um instrumento único.
52
REFERÊNCIAS
1. Institute of Medicine. Crossing the Quality Chasm. A new health system for
the 21st century. Washington (DC): National Academy Press, 2001.
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http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf
58
APÊNDICES
Apêndice 1 – Instrumento de caracterização dos participantes
Profissional
Participante n°: _______
1. Idade: _______anos
2. Sexo: Feminino Masculino
3. Naturalidade (nascido em cidade/estado): ____________________________________
4. Estado civil: Solteiro
Casado
Convivente
Separado/Divorciado
Viúvo
5. Escolaridade completa: Ensino superior
Especialista
Mestre
Doutor
6. Profissão: médico enfermeiro
7. Tempo de formação: ______ anos completos
8. Religião: Católica
Evangélica
Espírita
Outra:______________________
9. Local de trabalho: 2º A 2º B
3º A 3º B
4º A 4º B
59
Apêndice 2 – Instrumento de caracterização dos participantes
Paciente
Participante n°: _______
1. Idade: _______anos
2. Sexo: Feminino Masculino
3. Naturalidade (nascido em cidade/estado): ____________________________________
4. Estado civil: Solteiro
Casado
Convivente
Separado/Divorciado
Viúvo
5. Escolaridade completa: Ensino fundamental 1
Ensino fundamental 2
Ensino Médio
Ensino Técnico
Ensino superior
Especialista
Mestre
Doutor
6. Profissão: (relacionada à formação profissional) _________________________
7. Ocupação: (o que você faz profissionalmente) ___________________________
8. Renda em salários mínimos (salário mínimo = R$ 788,00): _______________
9. Religião: Católica
Evangélica
Espírita
Outra:______________________
10. Dias de internação hospitalar: ____________
11. Diagnósticos Médicos1:
_________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________
12. Profissional que fez a última orientação: médico enfermeiro
13. Local de internação: 2º A 2º B 3º A 3º B
4º A 4º B
1 Essa variável foi respondida pelo paciente e confirmada no prontuário pelo pesquisador.
60
Apêndice 3 - Escala de Avaliação da Compreensão do Paciente sobre
Orientações de alta (Versão Final)
Objetivos específicos da Escala:
(1) mensurar o processo de comunicação profissionais-paciente por meio da compreensão do
paciente em relação às orientações de alta hospitalar. Considerando que estas orientações
podem ser realizadas durante o tratamento, em um processo contínuo, a escala não se limita a
avaliação de um profissional num momento específico. Sendo assim, tem-se como finalidade a
avaliação de um processo de comunicação e não exatamente de uma relação interpessoal;
(2) proporcionar maior segurança para o paciente no momento de alta hospitalar em que ele
deve ter plena compreensão do seu tratamento, pois dúvidas referidas ou percebidas serão
abordadas novamente com o paciente após a aplicação da escala.
Instruções gerais da escala:
Esta escala é dividida em duas partes. A parte I “Compreensão referida” refere-se à percepção
do paciente sobre sua compreensão em relação às orientações de alta e deverá ser
preenchida pelo paciente como forma de questionário, ou seja, ele lê e responde cada um dos
itens. A parte II “Compreensão percebida” refere-se à percepção do observador sobre a
comunicação não verbal do paciente durante o preenchimento da parte I do instrumento deverá
ser preenchida por meio de observação. Antes do preenchimento, profissionais e pacientes
deverão ler ou serem devidamente instruídos sobre as instruções específicas em cada uma
das partes.
Participante n°: _______
Instruções para o preenchimento da Parte I:
Para cada afirmação marque um X na resposta que melhor reflete sua compreensão das
orientações de alta durante toda sua internação até agora.
Marque só uma alternativa em cada item e não deixe nenhuma questão em branco.
Durante o preenchimento, não converse com o profissional, você poderá tirar suas dúvidas
depois, mas durante o preenchimento isso poderá interferir no objetivo da escala.
Seja honesto em suas respostas e reflita com muito cuidado.
ATENÇÃO: Ser orientado de “não ter medicação”, “não ter restrição física ou alimentar” ou
“não ter cuidados especiais e/ou procedimentos”, são consideradas orientações.
61
Parte I – Percepção do paciente sobre sua compreensão em relação
às orientações de alta (compreensão referida)
1 2 3 4 5
Não r
ece
bei orie
nta
çã
o
Dis
cord
o
Dis
cord
o p
arc
ialm
ente
Concord
o p
arc
ialm
ente
Concord
o
1 Compreendi o meu diagnóstico médico.
1
2 Saberei explicar para os outros o meu problema de saúde.
2
3 Compreendi quantas medicações precisarei tomar ou aplicar.
3
4 Compreendi os horários diários e os intervalos em que devo tomar cada uma das minhas medicações.
4
5 Compreendi até quando devo tomar ou aplicar cada uma das minhas medicações.
5
6 Compreendi para que serve cada uma das minhas medicações, ou seja, o benefício de tomar cada uma delas.
6
7 Compreendi se é preciso e quando deve ser o meu retorno para acompanhamento.
7
8 Compreendi quais os sinais de piora da minha doença, ou seja, quando devo procurar um serviço de emergência.
8
9 Compreendi cuidados que devo ter com a minha alimentação diária.
9
10 Compreendi a necessidade de restrição ou estímulo à atividade física no meu tratamento.
10
11 Compreendi cuidados especiais e/ou procedimentos que devo realizar após minha alta (ex.: curativo, sonda nasoenteral, sonda vesical de demora, oxigenioterapia...)
11
12 Compreendi o período total do meu tratamento, ou seja, até quando devo seguir as orientações dadas.
12
13 Compreendi as orientações sobre o meu tratamento. 13
14 Fui esclarecido em minhas dúvidas 14
Quais foram suas dúvidas em relação as orientações de alta:
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
62
Observador I Observador II
Instruções para o preenchimento da Parte II:
Para cada afirmação marque um X na resposta que melhor reflete sua percepção sobre a
frequência de sinais não verbais do paciente durante o preenchimento da parte I da escala.
Marque só uma alternativa em cada item. Não deixe nenhuma questão em branco.
Leia atentamente e mais de uma vez TODOS os itens antes de preencher a escala com o
paciente, assim você terá uma visão geral do que irá avaliar.
Mantenha uma distância mínima de aproximadamente 2 passos largos do paciente e em
uma posição em que você possa visualizar a face como um todo do paciente. Essa
recomendação irá diminuir a probabilidade do paciente se sentir invadido no espaço
pessoal e irá permitir que você o observe como um todo.
Tente não fixar o olhar na face do paciente por um tempo prolongado, isso poderá
incomodá-lo e você precisa observar também outros sinais.
O profissional que realizou a última orientação não deve ser o mesmo que irá observar
para evitar o viés de constrangimento do paciente em assumir que não compreendeu as
orientações imediatas.
Durante o preenchimento, não interaja com o paciente.
Ao identificar incompreensão referida ou percebida, o profissional deverá, por uma questão
ética, esclarecer as dúvidas do paciente.
Tempo inicial do paciente no preenchimento da parte I: ___:___
Parte II – Percepção do observador sobre a
comunicação não verbal do paciente durante o preenchimento da parte I do instrumento
(compreensão percebida)
1 2 3 4 5
Pictograma ilustrativo
Nunca
Quase n
unca
Às v
ezes
Quase s
em
pre
Sem
pre
15 Expressão facial sorridente, mostrando satisfação ou compreensão.
16* Expressão facial de dúvida, sobrancelhas franzidas ou boca cerrada.
17* Pára para pensar na resposta, olhando para cima ou direcionando o olhar para alguma direção.
63
18 Meneio positivo com a cabeça, ou seja, dar sim com a cabeça.
19* Meneio negativo com a cabeça, ou seja, dar não com a cabeça.
20 Postura relaxada, mas atenta.
21* Postura rígida, tensa ou mostrando preocupação.
22 Responde prontamente as questões.
Fotos e ilustrações isentos de royalties. Fonte: Clip-art do Office.com
Tempo final do paciente no preenchimento da parte I: ___:___
Qual foi o item de maior hesitação? __________
O que será necessário orientar novamente após a aplicação da escala e considerando as
dúvidas apresentadas?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
Tempo de preenchimento
do paciente na parte I:
Escore Parte I
Escore Parte II
Escore Total
64
Apêndice 4 - Escala de Avaliação da Compreensão do Paciente sobre
Orientações de alta (versão 1)
Objetivos da Escala:
(1) mensurar o processo de comunicação profissionais-paciente por meio da compreensão do
paciente em relação às orientações de alta hospitalar. Visto que estas orientações podem ser
realizadas também durante o tratamento e em um processo contínuo, a escala não se limita a
avaliação de um profissional onde um momento específico, sendo assim, tem-se como
finalidade a avaliação de um processo de comunicação e não exatamente de uma relação
interpessoal;
(2) proporcionar maior segurança para o paciente no momento de alta hospitalar em que ele
deve ter plena compreensão do seu tratamento, pois dúvidas referidas ou percebidas serão
abordadas novamente com o paciente após a aplicação da escala.
Instruções gerais da escala:
Esta escala é dividida em duas partes. A parte I “Percepção do paciente sobre sua
compreensão em relação às orientações de alta” deverá ser preenchida pelo paciente como
forma de questionário, ou seja, ele lê e responde cada um dos itens. A parte II “Percepção do
observador sobre a comunicação não verbal do paciente durante o preenchimento da parte I do
instrumento” deverá ser preenchida por meio de observação. Antes do preenchimento,
profissionais e pacientes deverão ler ou serem devidamente instruídos sobre as instruções
específicas em cada uma das partes.
Participante n°: _______
Instruções para o preenchimento da Parte I:
Para cada afirmação marque um X na resposta que melhor reflete sua compreensão das
orientações de alta durante toda sua internação até agora.
Marque só uma alternativa em cada item. Não deixe nenhuma questão em branco. Pode
ser honesto em suas respostas e reflita com muito cuidado.
Durante o preenchimento, não interaja com o profissional, você poderá tirar suas dúvidas
depois, mas durante o preenchimento isso poderá interferir no objetivo da escala.
ATENÇÃO: Ser orientado de “não ter medicação” ou “não ter restrição física ou alimentar”
são consideradas orientações.
65
Parte I - Percepção do paciente sobre sua compreensão em relação
às orientações de alta
1 2 3 4 5
Não r
ece
beu o
rie
nta
çã
o
Dis
cord
o
Dis
cord
op
arc
ialm
en
te
Concord
oparc
ialm
ente
Concord
o
1 Compreendi o meu diagnóstico médico.
2 Saberei explicar para os outros o meu problema de saúde.
3 Compreendi quantas medicações precisarei tomar ou aplicar.
4 Compreendi os horários diários (ex.: 6h, 14h, 22h) e os intervalos (ex.: 4/4h, 8/8h, 12h/12h) em que devo tomar cada uma das minhas medicações.
5 Compreendi até quando devo tomar ou aplicar cada uma das minhas medicações.
6 Compreendi para que serve cada uma das minhas medicações, ou seja, o benefício de tomar cada uma delas.
7 Compreendi se é preciso e quando deve ser o meu retorno para acompanhamento.
8 Compreendi quais os sinais de piora da minha doença, ou seja, quando devo procurar um serviço de emergência.
9 Compreendi cuidados que devo ter com a minha alimentação diária.
10 Compreendi a necessidade de restrição ou estímulo à atividade física no meu tratamento.
11 Compreendi o período total do meu tratamento, ou seja, até quando devo seguir as orientações dadas.
12 Compreendi as orientações sobre o meu tratamento.
13 Fui esclarecido em minhas dúvidas
Quais foram suas dúvidas em relação as orientações de alta:
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
66
Observador I Observador II
Instruções para o preenchimento da Parte II:
Para cada afirmação marque um X na resposta que melhor reflete sua percepção sobre a
frequência de sinais não verbais do paciente durante o preenchimento da PARTE I da
escala.
Marque só uma alternativa em cada item. Não deixe nenhuma questão em branco.
Leia atentamente e mais de uma vez TODOS os itens antes de preencher a escala com o
paciente, assim você terá uma visão geral do que irá avaliar.
Mantenha uma distância mínima de aproximadamente 2 passos largos do paciente e em
uma posição em que você possa visualizar a face como um todo do paciente. Essa
recomendação irá diminuir a probabilidade do paciente se sentir invadido no espaço
pessoal e irá permitir que você o observe como um todo.
Tente não fixar o olhar na face do paciente por um tempo prolongado, isso poderá
incomodá-lo e você precisa observar também outros sinais.
O profissional que realizou a última orientação não deve ser o mesmo que irá observar
para evitar o viés de constrangimento do paciente em assumir que não compreendeu as
orientações imediatas.
Durante o preenchimento, não interaja com o paciente.
Ao identificar incompreensão referida ou percebida, o profissional deverá por uma questão
ética esclarecer as dúvidas do paciente.
A pontuação das respostas aos itens com asterisco deve ter codificação invertida na
formulação do escore.
O que será necessário orientar novamente após a aplicação da escala e considerando as
dúvidas apresentadas?
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
Tempo Inicial
Tempo Final
Tempo de preenchimento
Escore Parte I
Escore Parte II
Escore Total
67
Parte II – Percepção do observador sobre a
comunicação não verbal do paciente durante o preenchimento da parte I do instrumento
1 2 3 4 5
Pictograma ilustrativo
Nunca
Quase n
unca
Às v
ezes
Quase s
em
pre
Sem
pre
14 Expressão facial sorridente, mostrando satisfação ou compreensão.
15* Expressão facial de dúvida, sobrancelhas franzidas ou boca cerrada.
16* Pára para pensar na resposta, olhando para cima ou direcionando o olhar para alguma direção.
17 Meneio positivo com a cabeça, ou seja, dar sim com a cabeça.
18* Meneio negativo com a cabeça, ou seja, dar não com a cabeça.
19 Postura relaxada, mas atenta.
20* Postura rígida, tensa ou mostrando preocupação.
21 Responde prontamente as questões.
Fotos e ilustrações isentos de royalties. Fonte: Clip-art do Office.com
68
Apêndice 5 - Instrumento de validação por Juízes
(Instrumento elaborado pelos autores)
Título da dissertação (provisório): Validação da escala de avaliação da
compreensão do paciente sobre orientações de alta Instruções: Os juízes neste
estágio deverão avaliar a relevância e adequação dos itens, a equivalência semântica
(significado das palavras) e a equivalência conceitual (coerência dos itens), a fim de
verificar dúvidas, expressões confusas ou ambíguas. Pequenas sugestões de
ortografia e concordância não devem invalidar o item (discordo), mas serão
bem-vindas.
a) Você teve alguma dificuldade de compreensão em algum item da escala?
( ) NÃO ( ) SIM Qual (is):
Em caso de resposta afirmativa, quais suas sugestões para facilitar a compreensão
desse item?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Assinale com um X nas colunas da direita se você concorda (C) ou discorda (D) EM GERAL com cada uma das partes que compõe a escala:
C D Se discordar, justifique.
1. Título
2. Objetivos
3. Instruções gerais
4. Instruções para o preenchimento da parte I
5. Os itens (questões) da parte I
6. Respostas psicométricas tipo Likert da parte I
7. Instruções para o preenchimento da parte II
8. Itens (questões) da parte II
9. Respostas psicométricas tipo Likert da parte II
10. Pictogramas ilustrativos
69
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
b) Teve algum item que você leu mais de uma vez para entender?
( ) NÃO ( ) SIM Qual (is):
Em caso de resposta afirmativa, quais suas sugestões para facilitar a leitura desse
item?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
c) Recomendaria a exclusão de alguma questão (item)?
( ) NÃO ( ) SIM Qual (is):
Em caso de resposta afirmativa, por quê?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
d) Caso queira fazer algum comentário ou sugestões:
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Muito obrigado pela participação!
70
Apêndice 6 - Termo de consentimento livre e esclarecido
(Fase- Procedimentos teóricos)
Prezado participante (paciente),
Estamos desenvolvendo uma pesquisa intitulada “Construção e validação da
escala de avaliação da compreensão do paciente sobre orientações de alta”,
pelos pesquisadores responsáveis: aluno de mestrado Rednaj Jaure Bacury Souza
Mota e professora Ana Cláudia Puggina da Universidade Guarulhos (UNG).
1. Objetivos: (1) mensurar o processo de comunicação por meio da
compreensão do participante da pesquisa em relação às orientações de alta hospitalar
e (2) validar o instrumento como nova ferramenta para que possa ser utilizada por
profissionais da área da saúde.
2. Procedimentos: você irá responder os dados de caracterização da amostra
com 13 questões e um questionário com 14 questões. Em seguida será verificada sua
compreensão em relação aos significados das questões por meio de um instrumento
de avaliação contendo 4 questões abertas.
3. Desconfortos e riscos: O seu risco na pesquisa pode ser considerado
mínimo, visto que pode provocar um desconforto pelo tempo exigido e/ou um
constrangimento pelo teor dos questionamentos.
4. Benefícios: Os resultados desta pesquisa irão te beneficiar indiretamente no
momento da pesquisa, entretanto os achados poderão servir de ajuda para os
profissionais de saúde como ferramenta para avaliação de orientações de alta
hospitalar e trazer futuras melhorias na segurança do paciente.
5. Ressarcimento: Liberdade de recusar ou retirar o consentimento: Você
tem total liberdade participar ou não da pesquisa. Informo que você não terá
despesas, nem prejuízo e compensações; e que seu nome não será citado no
trabalho.
6. Confidencialidade e privacidade: Você será identificado por um número, as
informações obtidas serão analisadas em conjunto, não sendo divulgada nenhuma
análise individual e os resultados do estudo serão utilizados exclusivamente para fins
científicos. Caso seja de sua vontade, você poderá abandonar a pesquisa em
qualquer momento, pois não ocorrerá nenhum tipo de repressão.
71
7. Uso de depoimento: você não terá que tirar fotos ou gravar depoimentos
neste estudo.
8. Participantes analfabetos ou inconscientes: não serão utilizados
participantes analfabetos ou inconscientes neste estudo.
9. Acompanhamento Assistencial: Caso haja novas perguntas sobre este
assunto, você pode entrar em contato com o aluno Rednaj Jaure Bacury Souza Mota
por e-mail [email protected], telefone: (11) 2521- 5716, celular: (11) 94827-6176
ou com o professor responsável pelo estudo, Profa. Dra. Ana Cláudia Puggina (11)
99450-0502 e-mail: [email protected].
Após ser esclarecido (a) sobre a pesquisa e a sua participação como
participante, e havendo uma confirmação livre e espontânea em aceitar a participar,
você deverá assinar ao final deste documento, em duas vias. Uma das vias ficará com
você a outra via permanecerá com o pesquisador responsável.
Em caso de dúvida em relação a este documento, você poderá procurar o
Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Santa Marcelina, localizado na Rua Santa
Marcelina, 177, telefone (11) 2070.6433 e e-mail ([email protected]) de
segunda a quinta 09h as 17h e sexta 08h às 16h, e/ou o pesquisador responsável pela
pesquisa por meio do telefone fixo(11) 2521- 5716, celular (11) 94827-6176ou por e-
mail [email protected]
72
Apêndice 7 - Termo de consentimento livre e esclarecido
(Fase- Procedimentos teóricos)
Prezado participante (Enfermeiro/médico),
Estamos desenvolvendo uma pesquisa intitulada “Construção e validação da
escala de avaliação da compreensão do paciente sobre orientações de alta”,
pelos pesquisadores responsáveis: aluno de mestrado Rednaj Jaure Bacury Souza
Mota e professora Ana Cláudia Puggina da Universidade Guarulhos (UNG).
1. Objetivos: (1) mensurar o processo de comunicação por meio da
compreensão do participante da pesquisa em relação às orientações de alta hospitalar
e (2) validar o instrumento como nova ferramenta para que possa ser utilizada por
profissionais da área da saúde.
2. Procedimentos: você irá responder os dados de caracterização da amostra
com 9 questões e um questionário com 08 questões. Em seguida será verificada sua
compreensão em relação aos significados das questões por meio de um instrumento
de avaliação da escala contendo 4 questões abertas.
3. Desconfortos e riscos: O seu risco na pesquisa pode ser considerado
mínimo, visto que pode provocar um desconforto pelo tempo exigido e/ou um
constrangimento pelo teor dos questionamentos.
4. Benefícios: Os resultados desta pesquisa irão te beneficiar indiretamente no
momento da pesquisa, entretanto os achados poderão servir de ajuda para os
profissionais de saúde como ferramenta para avaliação de orientações de alta
hospitalar e trazer futuras melhorias na segurança do paciente.
5. Ressarcimento: Liberdade de recusar ou retirar o consentimento: Você
tem total liberdade participar ou não da pesquisa. Informo que você não terá
despesas, nem prejuízo e compensações; e que seu nome não será citado no
trabalho.
6. Confidencialidade e privacidade: Você será identificado por um número, as
informações obtidas serão analisadas em conjunto, não sendo divulgada nenhuma
análise individual e os resultados do estudo serão utilizados exclusivamente para fins
científicos. Caso seja de sua vontade, você poderá abandonar a pesquisa em
qualquer momento, pois não ocorrerá nenhum tipo de repressão.
7. Uso de depoimento: você não terá que tirar fotos ou gravar depoimentos
neste estudo.
73
8. Participantes analfabetos ou inconscientes: não serão utilizados
participantes analfabetos ou inconscientes neste estudo.
9. Acompanhamento Assistencial: Caso haja novas perguntas sobre este
assunto, você pode entrar em contato com o aluno Rednaj Jaure Bacury Souza Mota
por e-mail [email protected], telefone: (11) 2521- 5716, celular: (11) 94827-6176
ou com o professor responsável pelo estudo, Profa. Dra. Ana Cláudia Puggina (11)
99450-0502 e-mail: [email protected].
Após ser esclarecido (a) sobre a pesquisa e a sua participação como
participante, e havendo uma confirmação livre e espontânea em aceitar a participar,
você deverá assinar ao final deste documento, em duas vias. Uma das vias ficará com
vocêe a outra via permanecerá com o pesquisador responsável.
Em caso de dúvida em relação a este documento, você poderá procurar o
Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Santa Marcelina, localizado na Rua Santa
Marcelina, 177, telefone (11) 2070.6433 e e-mail ([email protected]) de
segunda a quinta 09h as 17h e sexta 08h às 16h, e/ou o pesquisador responsável pela
pesquisa por meio do telefone fixo(11) 2521- 5716, celular (11) 94827-6176ou por e-
mail [email protected]
74
Apêndice 8 – Instrumento de Avaliação da Escala
(Fase- Procedimentos teóricos)
Profissional Paciente
Participante n°: _______
1) Você teve alguma dificuldade de compreensão em algum item da escala?
( ) NÃO ( ) SIM Qual (is):
Em caso de resposta afirmativa, quais suas sugestões para facilitar a compreensão desse
item?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
2) Teve algum item que você leu mais de uma vez para entender?
( ) NÃO ( ) SIM Qual (is):
Em caso de resposta afirmativa, quais suas sugestões para facilitar a leitura desse item?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
3) Recomendaria a exclusão de alguma questão (item)?
( ) NÃO ( ) SIM Qual (is):
Em caso de resposta afirmativa, por quê?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
4) Caso queira fazer algum comentário ou sugestões:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Muito obrigado pela participação.
75
Apêndice 9 - Termo de consentimento livre e esclarecido
(Fase- Procedimentos empíricos)
Estamos desenvolvendo uma pesquisa intitulada “Construção e Validação da
escala de avaliação da compreensão do paciente sobre orientações de alta”,
pelos pesquisadores responsáveis Rednaj Jaure Bacury Souza Mota e professora Ana
Cláudia Puggina.
1. Objetivos: (1) mensurar o processo de comunicação por meio da
compreensão do participante da pesquisa em relação às orientações de alta hospitalar
e (2) validar o instrumento como nova ferramenta para que possa ser utilizada por
profissionais da área da saúde.
2. Procedimentos: Você será convidado a responder um questionário de
caracterização da amostra com 13 questões. Após o preenchimento será entregue um
questionário com 14 questões para ser preenchido sobre a orientação de alta. Esses
procedimentos levarão cerca de 6 minutos.
3. Desconfortos e riscos: O seu risco na pesquisa pode ser considerado
mínimo, visto que pode provocar um desconforto pelo tempo exigido e/ou um
constrangimento pelo teor dos questionamentos.
4. Benefícios: Os resultados desta pesquisa irão te beneficiar indiretamente no
momento da pesquisa, entretanto os achados poderão servir de ajuda para os
profissionais de saúde como ferramenta para avaliação de orientações de alta
hospitalar e trazer futuras melhorias na segurança do paciente.
5. Ressarcimento: Liberdade de recusar ou retirar o consentimento: Você
tem total liberdade participar ou não da pesquisa. Informo que você não terá
despesas, nem prejuízo e compensações; e que seu nome não será citado no
trabalho.
6. Confidencialidade e privacidade: Você será identificado por um número, as
informações obtidas serão analisadas em conjunto, não sendo divulgada nenhuma
análise individual e os resultados do estudo serão utilizados exclusivamente para fins
científicos. Caso seja de sua vontade, você poderá abandonar a pesquisa em
qualquer momento, pois não ocorrerá nenhum tipo de repressão.
7. Uso de imagem e/ou depoimento: você não terá que tirar fotos ou gravar
depoimentos neste estudo.
76
8. Participantes analfabetos ou inconscientes: não serão utilizados
participantes analfabetos ou inconscientes neste estudo.
9. Acompanhamento Assistencial: Caso haja novas perguntas sobre este
assunto, você pode entrar em contato com o aluno Redna jJaure Bacury Souza Mota
por e-mail [email protected], telefone: (11) 2521- 5716, celular: (11) 94827-6176
ou com o professor responsável pelo estudo, Profa. Dra. Ana Cláudia Puggina (11)
99450-0502 e-mail: [email protected].
Após ser esclarecido (a) sobre a pesquisa e a sua participação como
participante, e havendo uma confirmação livre e espontânea em aceitar a participar,
você deverá assinar ao final deste documento, em duas vias. Uma das vias ficará com
você e a outra via permanecerá com o pesquisador responsável.
Em caso de dúvida em relação a este documento, você poderá procurar o
Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Santa Marcelina, localizado na Rua Santa
Marcelina, 177, telefone (11) 2070.6433 e e-mail ([email protected]) de
segunda a quinta 09h as 17h e sexta 08h às 16h, e/ou o pesquisador responsável pela
pesquisa por meio do telefone fixo(11) 2521- 5716, celular (11) 94827-6176ou por e-
mail [email protected]
77
Apêndice 10 - Termo de consentimento após esclarecimento
Eu, _____________________________________________________________, li
e/ou ouvi a leitura dos esclarecimentos acima e compreendi para que serve o estudo
“Validação da escala de avaliação da compreensão do paciente sobre
orientações de alta”, e qual procedimento a que serei submetido. A explicação que
recebi esclarece os riscos e benefícios do estudo. Eu entendi que sou livre para
interromper minha participação a qualquer momento, sem justificar minha decisão e
que isso não afetará meu tratamento. Sei que meu nome não será divulgado, que não
terei despesas e não receberei dinheiro por participar do estudo.
Concordo em participar do estudo.
São Paulo, ______ de _______________ de 20______.
Nome do participante de pesquisa: ...........................................................................................
RG: ...................................................................
CPF: .................................................................
Assinatura:
Nome do representante legal:
................................................................................
Parentesco: ...........................................................
RG: ...........................CPF: .....................................
Assinatura:
Nome do pesquisador responsável:
................................................................................
RG: ............................CPF:....................................
Assinatura:
Nome da testemunha: .................................................................................................................................
RG: ..................................CPF:.........................................
Este formulário foi lido para .............................................................. (nome do participante da pesquisa)
em ........../............/............ (data), pelo .................................................................................. (nome do
pesquisador), enquanto eu estava presente.
Assinatura:
78
Apêndice 11 – Tabelas e gráficos
Tabela 1 – Distribuição dos pacientes por características. São Paulo, 2015.
N %
Sexo 72 100,0
Feminino 33 45,8
Masculino 39 54,2
Estado Civil 72 100,0
Solteiro 21 29,2
Casado/unido 34 47,2
Separado/divorciado/viúvo 17 23,6
Escolaridade 72 100,0
Ensino fundamental 2 31 43,1
Ensino Médio 27 37,5
Ensino Técnico 5 6,9
Ensino superior/Especialista 9 12,5
Renda 72 100,0
Sem renda 9 12,5
1 SM 11 15,3
2 SM 23 31,9
3 SM 18 25,0
4 SM ou mais 11 15,3
Religião 72 100,0
Católica 36 50,0
Evangélica 29 40,3
Outras 7 9,7
Estado 72 100,0
Demais estados 24 33,3
SP 48 66,7
Diagnóstico médico 72 100,0
Sistema Nervoso 10 13,9
Respiratório 8 11,1
Cardiovascular 15 20,8
Endócrino 8 11,1
Digestório 14 19,4
Outros (muscular, tegumentar, esquelético, imunológico, etc.)
17 23,6
Local de internação 72 100,0
2° andar 28 38,9
3° andar 30 41,7
4° andar 14 19,4
Profissional que fez a última orientação 72 100,0
Médico 20 27,8
Enfermeiro 52 72,2
79
Tabela 2 – Medidas –resumo da idade e tempo de internação. São Paulo, 2015.
Média Desvio Padrão
Mínimo Máximo 1°
Quartil Mediana
3° Quartil
N
Idade (anos) 43,1 12,6 20,0 60,0 30,0 44,0 55,0 72
Tempo de internação (dias) 10,7 5,7 2,0 30,0 6,3 10,0 14,5 72
Tabela 3 - Correlação item-total corrigida, Alpha de Cronbach global e se o item for
excluído para escala de compreensão total do paciente. São Paulo, 2015.
Itens Correlação
Item - Total
Alpha de Cronbach se
o item for excluído
Alpha de Cronbach global =0,918
Q.1 Compreendi o meu diagnóstico médico. 0,713 0,909
Q.2 Saberei explicar para os outros o meu problema de saúde. 0,722 0,909
Q.3 Compreendi quantas medicações precisarei tomar ou aplicar. 0,768 0,907
Q.4 Compreendi os horários diários e os intervalos em que devo tomar cada uma das minhas medicações.
0,748 0,908
Q.5 Compreendi até quando devo tomar ou aplicar cada uma das minhas medicações.
0,686 0,910
Q.6 Compreendi para que serve cada uma das minhas medicações, ou seja, o benefício de tomar cada uma delas.
0,655 0,912
Q.7 Compreendi se é preciso e quando deve ser o meu retorno para acompanhamento.
0,262 0,922
Q.8 Compreendi quais os sinais de piora da minha doença, ou seja, quando devo procurar um serviço de emergência.
0,458 0,917
Q.9 Compreendi cuidados que devo ter com a minha alimentação diária. 0,677 0,911
Q.10 Compreendi a necessidade de restrição ou estímulo à atividade física no meu tratamento.
0,609 0,913
Q.11 Compreendi cuidados especiais e/ou procedimentos que devo realizar após minha alta
0,631 0,913
Q.12 Compreendi o período total do meu tratamento, ou seja, até quando devo seguir as orientações dadas.
0,708 0,910
Q.13 Compreendi as orientações sobre o meu tratamento. 0,646 0,912
Q.14 Fui esclarecido em minhas dúvidas 0,682 0,911
N=70
80
Tabela 4 - Correlação item-total corrigida, Alpha de Cronbach global e se o item for
excluído para escala de compreensão do paciente por aspectos. São Paulo, 2015.
Itens Correlação Item - Total
Alpha de Cronbach se o
item for excluído
Medicação (Alpha de Cronbach Global= 0,919)
Q.5 Compreendi até quando devo tomar ou aplicar cada uma das minhas medicações.
0,849 0,883
Q.4 Compreendi os horários diários e os intervalos em que devo tomar cada uma das minhas medicações.
0,860 0,880
Q.3 Compreendi quantas medicações precisarei tomar ou aplicar. 0,863 0,880
Q.6 Compreendi para que serve cada uma das minhas medicações, ou seja, o benefício de tomar cada uma delas.
0,724 0,938
Tratamento e diagnósticos (Alpha de Cronbach Global= 0,868)
Q.13 Compreendi as orientações sobre o meu tratamento. 0,630 0,855
Q.2 Saberei explicar para os outros o meu problema de saúde. 0,760 0,824
Q.14 Fui esclarecido em minhas dúvidas 0,680 0,844
Q.1 Compreendi o meu diagnóstico médico. 0,716 0,837
Q.12 Compreendi o período total do meu tratamento, ou seja, até quando devo seguir as orientações dadas.
0,696 0,842
Restrição (Alpha de Cronbach Global= 0,884)
Q.9 Compreendi cuidados que devo ter com a minha alimentação diária. 0,784 0,828
Q.10 Compreendi a necessidade de restrição ou estímulo à atividade física no meu tratamento.
0,788 0,825
Q.11 Compreendi cuidados especiais e/ou procedimentos que devo realizar após minha alta
0,753 0,856
Retorno (Alpha de Cronbach Global= 0,650)
Q.7 Compreendi se é preciso e quando deve ser o meu retorno para acompanhamento.
0,498 -
Q.8 Compreendi quais os sinais de piora da minha doença, ou seja, quando devo procurar um serviço de emergência.
0,498 -
N=71, exceto para Medicação (N=72)
Tabela 5 – Medidas – resumo dos escores de compreensão sobre orientação de alta
dos pacientes e do profissional atribuído ao paciente. São Paulo, 2015.
Média Desvio Padrão
Mínimo Máximo 1°
Quartil Mediana
3° Quartil
N
Paciente 77,4 19,2 23,8 100,0 63,7 79,8 95,2 70
Profissional 61,3 18,4 28,1 90,6 46,9 64,1 78,1 70
Paciente - Profissional 16,1 19,9 -38,4 62,5 2,7 16,0 29,5 70
t(69)=6,75 (p<0,001)
81
Tabela 6 – Correlação de Pearson entre os aspectos do escore de compreensão
sobre orientação da alta e o escore total do profissional atribuído ao paciente. São
Paulo, 2015.
*p<0,050. ***p<0,001.
Tabela 7 – Medidas-resumo dos escores de compreensão sobre orientação de alta
dos pacientes (total e aspectos) e do profissional atribuído ao paciente por sexo. São
Paulo, 2015.
Média Desvio Padrão
Mínimo Máximo 1°
Quartil Mediana
3° Quartil
N p
Escore de Compreensão sobre Medicamentos (paciente)
0,391
Feminino 68,4 28,0 8,3 100,0 45,8 66,7 100,0 33
Masculino 73,9 25,9 0,0 100,0 50,0 83,3 100,0 39
Escore de Compreensão sobre Tratamento (paciente)
0,520
Feminino 85,1 19,4 46,7 100,0 66,7 93,3 100,0 33
Masculino 81,9 21,0 20,0 100,0 65,0 86,7 100,0 38
Escore de Compreensão sobre Restrição (paciente)
0,710
Feminino 70,5 29,7 0,0 100,0 55,6 72,2 100,0 32
Masculino 67,8 30,4 0,0 100,0 44,4 77,8 100,0 39
Escore de Compreensão sobre Retorno (paciente)
0,199
Feminino 90,4 13,8 50,0 100,0 83,3 100,0 100,0 33
Masculino 85,1 20,4 33,3 100,0 66,7 100,0 100,0 38
Escore de Compreensão Total (paciente)
0,769
Feminino 78,1 17,8 38,1 100,0 66,7 81,0 95,2 32
Masculino 76,8 20,5 23,8 100,0 60,7 76,2 95,8 38
Escore de Compreensão Total (profissional)
0,514
Feminino 62,7 17,7 28,1 90,6 46,9 68,8 76,6 33
Masculino 59,9 18,7 31,3 90,6 43,8 62,5 81,3 39
p – Nível descritivo do teste t de Student
Compreensão r p N
Medicação 0,428*** <0,001 72
Tratamento 0,421*** <0,001 71
Cuidados 0,226 0,058 71
Retorno 0,254* 0,032 71
82
Tabela 8 – Medidas-resumo dos escores de compreensão sobre orientação de alta
dos pacientes (total e aspectos) e do profissional atribuído ao paciente por estado civil.
São Paulo, 2015.
Média Desvio Padrão
Mínimo Máximo 1°
Quartil Mediana
3° Quartil
N p
Escore de Compreensão sobre Medicamentos (paciente)
0,849
Solteiro 74,2 30,9 0,0 100,0 66,7 83,3 100,0 21
Casado/unido 70,6 24,4 25,0 100,0 50,0 70,8 93,8 34
Separado/divorciado/viúvo 69,6 27,6 25,0 100,0 50,0 66,7 100,0 17
Escore de Compreensão sobre Tratamento (paciente)
0,281
a
Solteiro 82,9 23,1 20,0 100,0 66,7 93,3 100,0 21
Casado/unido 87,3 17,3 40,0 100,0 80,0 93,3 100,0 33
Separado/divorciado/viúvo 76,5 21,0 46,7 100,0 56,7 73,3 100,0 17
Escore de Compreensão sobre Restrição (paciente)
0,138
Solteiro 77,8 25,0 11,1 100,0 66,7 83,3 100,0 20
Casado/unido 69,3 28,2 11,1 100,0 44,4 77,8 100,0 34
Separado/divorciado/viúvo 58,2 36,1 0,0 100,0 27,8 66,7 100,0 17
Escore de Compreensão sobre Retorno (paciente)
0,979
a
Solteiro 88,1 17,6 50,0 100,0 75,0 100,0 100,0 21
Casado/unido 87,4 18,2 33,3 100,0 83,3 100,0 100,0 33
Separado/divorciado/viúvo 87,3 18,2 50,0 100,0 75,0 100,0 100,0 17
Escore de Compreensão Total (paciente)
0,408
Solteiro 80,4 20,6 23,8 100,0 67,3 90,5 97,0 20
Casado/unido 78,3 17,2 42,9 100,0 66,7 81,0 92,9 33
Separado/divorciado/viúvo 72,1 21,3 38,1 100,0 56,0 69,0 95,2 17
Escore de Compreensão Total (profissional)
0,889
Solteiro 60,6 19,0 28,1 90,6 45,3 65,6 76,6 21
Casado/unido 60,6 17,2 31,3 87,5 46,9 62,5 78,1 34
Separado/divorciado/viúvo 63,1 20,1 31,3 90,6 42,2 68,8 79,7 17
p – nível descritivo da Análise de Variâncias ou do teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis (a)
83
Tabela 9 – Medidas-resumo dos escores de compreensão sobre orientação dealta dos
pacientes (total e aspectos) e do profissional atribuído ao paciente por escolaridade.
São Paulo, 2015.
Média Desvio Padrão
Mínimo Máximo 1°
Quartil Mediana
3° Quartil
N p
Escore de Compreensão sobre Medicamentos (paciente)
0,937
Ensino fundamental 2 69,4 29,7 0,0 100,0 41,7 66,7 100,0 31
Ensino Médio 73,8 24,6 8,3 100,0 58,3 83,3 100,0 27
Ensino Técnico 73,3 27,3 33,3 100,0 45,8 83,3 95,8 5
Ensino superior/Especialista
70,4 26,7 25,0 100,0 50,0 75,0 95,8 9
Escore de Compreensão sobre Tratamento (paciente)
0,590
a
Ensino fundamental 2 79,6 21,7 20,0 100,0 60,0 83,3 100,0 30
Ensino Médio 84,4 20,6 40,0 100,0 66,7 93,3 100,0 27
Ensino Técnico 86,7 14,1 66,7 100,0 73,3 86,7 100,0 5
Ensino superior/Especialista
91,1 15,6 53,3 100,0 86,7 100,0 100,0 9
Escore de Compreensão sobre Restrição (paciente)
0,498
Ensino fundamental 2 65,6 32,6 0,0 100,0 33,3 66,7 100,0 31
Ensino Médio 76,1 26,4 0,0 100,0 63,9 83,3 100,0 26
Ensino Técnico 66,7 11,1 55,6 77,8 55,6 66,7 77,8 5
Ensino superior/Especialista
61,7 36,1 11,1 100,0 22,2 66,7 100,0 9
Escore de Compreensão sobre Retorno (paciente)
0,222
a
Ensino fundamental 2 93,3 11,2 66,7 100,0 83,3 100,0 100,0 30
Ensino Médio 82,7 20,4 33,3 100,0 66,7 83,3 100,0 27
Ensino Técnico 80,0 27,4 50,0 100,0 50,0 100,0 100,0 5
Ensino superior/Especialista
87,0 18,2 50,0 100,0 75,0 100,0 100,0 9
Escore de Compreensão Total (paciente)
0,864
Ensino fundamental 2 75,2 20,5 23,8 100,0 58,9 77,4 95,2 30
Ensino Médio 79,6 19,2 42,9 100,0 64,9 86,9 95,8 26
Ensino Técnico 77,6 15,1 54,8 95,2 64,3 78,6 90,5 5
Ensino superior/Especialista
78,3 19,0 38,1 100,0 69,0 81,0 95,2 9
Escore de Compreensão Total (profissional)
0,071
Ensino fundamental 2 56,1 17,0 31,3 90,6 40,6 53,1 68,8 31
Ensino Médio 64,0 19,5 28,1 90,6 46,9 71,9 81,3 27
Ensino Técnico 56,3 15,5 37,5 75,0 42,2 53,1 71,9 5
Ensino superior/Especialista
72,6 14,4 37,5 87,5 70,3 75,0 81,3 9
p – nível descritivo da Análise de Variâncias ou do teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis (a)
84
Tabela 10 – Medidas-resumo dos escores de compreensão sobre orientação de alta
dos pacientes (total e aspectos) e do profissional atribuído ao paciente por renda. São
Paulo, 2015.
Média Desvio Padrão
Mínimo Máximo 1°
Quartil Mediana
3° Quartil
N p
Escore de Compreensão sobre Medicamentos (paciente)
0,105
Sem renda 58,3 29,2 8,3 100,0 33,3 66,7 79,2 9
1 SM 71,2 37,3 0,0 100,0 41,7 100,0 100,0 11
2 SM 80,4 20,5 33,3 100,0 66,7 83,3 100,0 23
3 SM 61,1 26,4 25,0 100,0 33,3 62,5 91,7 18
4 SM ou mais 80,3 18,0 41,7 100,0 66,7 83,3 100,0 11
Escore de Compreensão sobre Tratamento (paciente)
0,807
a
Sem renda 77,5 23,6 46,7 100,0 51,7 80,0 100,0 8
1 SM 80,0 29,7 20,0 100,0 60,0 100,0 100,0 11
2 SM 85,2 19,1 46,7 100,0 66,7 100,0 100,0 23
3 SM 82,2 17,9 53,3 100,0 65,0 90,0 100,0 18
4 SM ou mais 89,1 12,4 60,0 100,0 80,0 93,3 100,0 11
Escore de Compreensão sobre Restrição (paciente)
0,717
Sem renda 72,8 31,0 11,1 100,0 55,6 66,7 100,0 9
1 SM 61,6 38,3 0,0 100,0 33,3 77,8 100,0 11
2 SM 70,2 27,1 0,0 100,0 55,6 72,2 100,0 22
3 SM 64,8 30,8 11,1 100,0 33,3 66,7 91,7 18
4 SM ou mais 77,8 25,8 22,2 100,0 55,6 77,8 100,0 11
Escore de Compreensão sobre Retorno (paciente)
0,168
a
Sem renda 93,8 12,4 66,7 100,0 87,5 100,0 100,0 8
1 SM 95,5 10,8 66,7 100,0 100,0 100,0 100,0 11
2 SM 88,4 17,0 50,0 100,0 83,3 100,0 100,0 23
3 SM 78,7 23,4 33,3 100,0 50,0 83,3 100,0 18
4 SM ou mais 87,9 13,1 66,7 100,0 83,3 83,3 100,0 11
Escore de Compreensão Total (paciente)
0,366
Sem renda 71,4 16,8 52,4 92,9 55,4 67,9 89,9 8
1 SM 75,8 29,0 23,8 100,0 45,2 95,2 100,0 11
2 SM 81,5 17,6 42,9 100,0 66,1 85,7 95,8 22
3 SM 72,0 18,4 38,1 100,0 56,5 75,0 85,1 18
4 SM ou mais 84,0 10,7 69,0 100,0 73,8 81,0 92,9 11
Escore de Compreensão Total (profissional)
0,060
Sem renda 56,9 18,3 28,1 81,3 42,2 56,3 73,4 9
1 SM 61,6 19,1 34,4 90,6 43,8 65,6 78,1 11
2 SM 63,9 16,3 34,4 84,4 46,9 68,8 78,1 23
3 SM 52,8 19,3 31,3 87,5 36,7 48,4 72,7 18
4 SM ou mais 72,2 14,3 37,5 90,6 65,6 71,9 81,3 11
p – nível descritivo da Análise de Variâncias ou do teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis (a)
85
Tabela 11 – Medidas-resumo dos escores de compreensão sobre orientação de alta
dos pacientes (total e aspectos) e do profissional atribuído ao paciente por religião.
São Paulo, 2015.
Média Desvio Padrão
Mínimo Máximo 1°
Quartil Mediana
3° Quartil
N p
Escore de Compreensão sobre Medicamentos (paciente)
0,651
Católica 69,4 27,5 8,3 100,0 43,8 70,8 97,9 36
Evangélica 71,8 27,5 0,0 100,0 58,3 66,7 100,0 29
Outras 79,8 22,0 41,7 100,0 66,7 75,0 100,0 7
Escore de Compreensão sobre Tratamento (paciente)
0,915
a
Católica 83,8 18,2 40,0 100,0 66,7 86,7 100,0 35
Evangélica 82,5 22,5 20,0 100,0 63,3 93,3 100,0 29
Outras 84,8 22,3 46,7 100,0 60,0 100,0 100,0 7
Escore de Compreensão sobre Restrição (paciente)
0,704
Católica 70,8 27,6 11,1 100,0 55,6 77,8 100,0 35
Evangélica 69,0 31,1 0,0 100,0 50,0 66,7 100,0 29
Outras 60,3 38,4 0,0 100,0 33,3 77,8 100,0 7
Escore de Compreensão sobre Retorno (paciente)
0,691
a
Católica 90,0 14,7 50,0 100,0 83,3 100,0 100,0 35
Evangélica 85,6 19,8 33,3 100,0 75,0 100,0 100,0 29
Outras 83,3 23,6 50,0 100,0 50,0 100,0 100,0 7
Escore de Compreensão Total (paciente)
0,990
Católica 77,6 17,8 38,1 100,0 66,7 79,8 91,7 34
Evangélica 77,0 20,6 23,8 100,0 58,3 76,2 95,2 29
Outras 77,9 23,1 42,9 95,2 47,6 90,5 95,2 7
Escore de Compreensão Total (profissional)
0,753
Católica 61,6 19,1 28,1 87,5 44,5 65,6 78,1 36
Evangélica 59,6 18,0 34,4 90,6 46,9 53,1 78,1 29
Outras 65,2 16,0 31,3 81,3 62,5 68,8 71,9 7
p – nível descritivo da Análise de Variâncias ou do teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis (a)
86
Tabela 12 – Medidas-resumo dos escores de compreensão sobre orientação de alta
dos pacientes (total e aspectos) e do profissional atribuído ao paciente por região. São
Paulo, 2015.
Média Desvio Padrão
Mínimo Máximo 1°
Quartil Mediana
3° Quartil
N p
Escore de Compreensão sobre Medicamentos (paciente)
1,000a
Demais estados 71,2 26,6 25,0 100,0 43,8 75,0 100,0 24
SP 71,5 27,3 0,0 100,0 58,3 70,8 100,0 48
Escore de Compreensão sobre Tratamento (paciente)
0,852a
Demais estados 84,1 19,1 46,7 100,0 66,7 93,3 100,0 23
SP 83,1 20,9 20,0 100,0 66,7 93,3 100,0 48
Escore de Compreensão sobre Restrição (paciente)
0,401
Demais estados 64,8 32,2 11,1 100,0 33,3 66,7 100,0 24
SP 71,2 28,7 0,0 100,0 55,6 77,8 100,0 47
Escore de Compreensão sobre Retorno (paciente)
0,989a
Demais estados 87,0 19,4 50,0 100,0 83,3 100,0 100,0 23
SP 87,8 17,1 33,3 100,0 83,3 100,0 100,0 48
Escore de Compreensão Total (paciente)
0,697
Demais estados 76,1 19,5 38,1 100,0 57,1 76,2 95,2 23
SP 78,0 19,2 23,8 100,0 66,7 81,0 95,2 47
Escore de Compreensão Total (profissional)
0,505
Demais estados 59,1 17,9 34,4 87,5 37,5 64,1 74,2 24
SP 62,2 18,5 28,1 90,6 46,9 64,1 80,5 48
p – nível descritivo do teste t de Student ou do teste não-paramétrico de Mann-Whitney (a)
87
Tabela 13 – Medidas-resumo dos escores de compreensão sobre orientação de alta
dos pacientes (total e aspectos) e do profissional atribuído ao paciente pordiagnóstico.
São Paulo, 2015.
Média Desvio Padrão
Mínimo Máximo 1°
Quartil Mediana
3° Quartil
N p
Escore de Compreensão sobre Medicamentos (paciente)
0,968
Sistema Nervoso 66,7 22,2 25,0 100,0 56,3 66,7 81,3 10
Respiratório 66,7 28,9 25,0 100,0 35,4 79,2 89,6 8
Cardiovascular 73,3 27,7 25,0 100,0 50,0 83,3 100,0 15
Endócrino 69,8 34,8 8,3 100,0 39,6 79,2 100,0 8
Digestório 72,0 32,9 0,0 100,0 41,7 87,5 100,0 14
Outros (muscular, tegumentar, esquelético, imunológico, etc.)
75,0 20,8 33,3 100,0 66,7 75,0 95,8 17
Escore de Compreensão sobre Tratamento (paciente)
0,368
a
Sistema Nervoso 77,3 21,8 46,7 100,0 53,3 83,3 100,0 10
Respiratório 85,0 19,1 60,0 100,0 61,7 96,7 100,0 8
Cardiovascular 86,7 14,5 53,3 100,0 80,0 86,7 100,0 15
Endócrino 87,5 20,0 46,7 100,0 73,3 96,7 100,0 8
Digestório 70,8 28,9 20,0 100,0 46,7 60,0 100,0 13
Outros (muscular, tegumentar, esquelético, imunológico, etc.)
91,0 11,8 66,7 100,0 83,3 100,0 100,0 17
Escore de Compreensão sobre Restrição (paciente)
0,495
Sistema Nervoso 57,8 34,3 0,0 100,0 22,2 61,1 91,7 10
Respiratório 66,7 37,6 0,0 100,0 36,1 77,8 100,0 8
Cardiovascular 72,6 22,2 33,3 100,0 55,6 77,8 100,0 15
Endócrino 72,2 31,4 11,1 100,0 55,6 77,8 100,0 8
Digestório 60,7 35,6 11,1 100,0 22,2 66,7 100,0 13
Outros (muscular, tegumentar, esquelético, imunológico, etc.)
78,4 23,7 33,3 100,0 66,7 77,8 100,0 17
Escore de Compreensão sobre Retorno (paciente)
0,139
a
Sistema Nervoso 73,3 22,5 33,3 100,0 50,0 83,3 87,5 10
Respiratório 95,8 7,7 83,3 100,0 87,5 100,0 100,0 8
Cardiovascular 87,8 18,3 50,0 100,0 83,3 100,0 100,0 15
Endócrino 89,6 19,8 50,0 100,0 75,0 100,0 100,0 8
Digestório 88,5 17,2 50,0 100,0 75,0 100,0 100,0 13
Outros (muscular, tegumentar, esquelético, imunológico, etc.)
90,2 14,5 66,7 100,0 75,0 100,0 100,0 17
Escore de Compreensão Total (paciente)
0,434
Sistema Nervoso 69,5 18,5 38,1 100,0 57,1 71,4 81,5 10
Respiratório 77,4 22,6 40,5 95,2 55,4 91,7 94,6 8
Cardiovascular 80,0 15,2 57,1 100,0 69,0 83,3 95,2 15
Endócrino 79,5 18,9 54,8 100,0 58,3 79,8 99,4 8
Digestório 70,4 27,9 23,8 100,0 45,8 71,4 98,8 12
Outros (muscular, 83,6 12,7 64,3 100,0 73,8 81,0 96,4 17
88
p – nível descritivo da Análise de Variâncias ou do teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis (a)
Tabela 14 – Medidas-resumo dos escores de compreensão sobre orientação de alta dos pacientes (total e aspectos) e do profissional atribuído ao paciente por local de internação. São Paulo, 2015.
Média Desvio Padrão
Mínimo Máximo 1°
Quartil Mediana
3° Quartil
N p
Escore de Compreensão sobre Medicamentos (paciente)
0,285
2° andar 67,0 27,4 8,3 100,0 41,7 66,7 91,7 28
3° andar 71,1 27,6 0,0 100,0 56,3 75,0 100,0 30
4° andar 81,0 23,4 25,0 100,0 66,7 91,7 100,0 14
Escore de Compreensão sobre Tratamento (paciente)
0,332
a
2° andar 79,8 21,5 40,0 100,0 60,0 90,0 100,0 28
3° andar 86,2 19,7 20,0 100,0 76,7 100,0 100,0 29
4° andar 84,8 18,8 53,3 100,0 65,0 93,3 100,0 14
Escore de Compreensão sobre Restrição (paciente)
0,539
2° andar 64,6 30,4 0,0 100,0 44,4 66,7 100,0 27
3° andar 70,0 31,9 0,0 100,0 33,3 77,8 100,0 30
4° andar 75,4 24,7 11,1 100,0 63,9 77,8 100,0 14
Escore de Compreensão sobre Retorno (paciente)
0,005
a
2° andar 78,6A 21,2 33,3 100,0 66,7 83,3 100,0 28
3° andar 94,3B 12,0 50,0 100,0 91,7 100,0 100,0 29
4° andar 91,7 12,7 66,7 100,0 83,3 100,0 100,0 14
Escore de Compreensão Total (paciente)
0,242
2° andar 72,8 19,1 38,1 100,0 54,8 73,8 90,5 27
3° andar 79,1 19,7 23,8 100,0 64,3 85,7 95,2 29
4° andar 82,7 17,7 42,9 100,0 68,5 88,1 97,6 14
Escore de Compreensão Total (profissional)
0,436
2° andar 58,4 19,4 28,1 87,5 39,1 53,1 77,3 28
3° andar 61,5 18,1 31,3 90,6 46,1 64,1 78,9 30
4° andar 66,1 15,8 37,5 90,6 50,0 70,3 78,1 14
p – nível descritivo da Análise de Variâncias ou do teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis (a).A e B
apresentam médias distintas segundo comparações múltiplas de Dunn-Bonferroni.
tegumentar, esquelético, imunológico, etc.)
Escore de Compreensão Total (profissional)
0,818
Sistema Nervoso 62,8 17,1 37,5 84,4 45,3 67,2 78,9 10
Respiratório 66,8 17,7 37,5 90,6 51,6 70,3 80,5 8
Cardiovascular 58,1 19,4 31,3 84,4 37,5 53,1 81,3 15
Endócrino 61,7 20,7 28,1 78,1 39,8 75,0 77,3 8
Digestório 56,9 17,9 31,3 90,6 42,2 56,3 68,0 14
Outros (muscular, tegumentar, esquelético, imunológico, etc.)
63,4 18,5 34,4 87,5 46,9 68,8 81,3 17
89
Tabela 15 – Medidas-resumo dos escores de compreensão sobre orientação dealta
dos pacientes (total e aspectos) e do profissional atribuído ao paciente por profissional
que orientou. São Paulo, 2015.
Média Desvio Padrão
Mínimo Máximo 1°
Quartil Mediana
3° Quartil
N p
Escore de Compreensão sobre Medicamentos (paciente)
0,650
Médico 73,8 25,4 25,0 100,0 58,3 70,8 100,0 20
Enfermeiro 70,5 27,6 0,0 100,0 50,0 75,0 97,9 52
Escore de Compreensão sobre Tratamento (paciente)
0,644
a
Médico 84,6 19,9 46,7 100,0 66,7 100,0 100,0 19
Enfermeiro 82,9 20,5 20,0 100,0 66,7 93,3 100,0 52
Escore de Compreensão sobre Restrição (paciente)
0,749
a
Médico 66,1 33,3 0,0 100,0 38,9 72,2 100,0 20
Enfermeiro 70,2 28,7 0,0 100,0 55,6 77,8 100,0 51
Escore de Compreensão sobre Retorno (paciente)
0,608
a
Médico 89,5 16,9 50,0 100,0 83,3 100,0 100,0 19
Enfermeiro 86,9 18,2 33,3 100,0 70,8 100,0 100,0 52
Escore de Compreensão Total (paciente)
0,961
Médico 77,6 20,6 38,1 100,0 66,7 81,0 95,2 19
Enfermeiro 77,3 18,9 23,8 100,0 61,9 78,6 95,2 51
Escore de Compreensão Total (profissional)
0,183
Médico 65,8 18,5 34,4 90,6 48,4 70,3 81,3 20
Enfermeiro 59,4 17,9 28,1 90,6 46,9 57,8 75,0 52
p – nível descritivo do teste t de Student ou do teste não-paramétrico de Mann-Whitney (a)
Tabela 16 –Correlação de Pearson (r) entre idade e tempo de internação e os escores de compreensão sobre orientação de alta dos pacientes (total e aspectos) e do profissional atribuído ao paciente por profissional. São Paulo, 2015.
Idade (anos) Tempo de
internação (dias) N
r p r p
Escore de Compreensão sobre Medicamentos (paciente) 0,030 0,803 -0,126 0,291 72
Escore de Compreensão sobre Tratamento (paciente) -0,006 0,959 -0,046 0,706 71
Escore de Compreensão sobre Restrição (paciente) -0,261* 0,028 -0,126 0,294 71
Escore de Compreensão sobre Retorno (paciente) 0,008 0,949 -0,073 0,545 71
Escore de Compreensão Total (paciente) -0,093 0,444 -0,132 0,277 70
Escore de Compreensão Total (profissional) -0,040 0,736 -0,047 0,696 72
90
Tabela 17 – Teste de Kolmogorov-Smirnov para normalidade dos dados. São Paulo, 2015.
Teste de Kolmogorov- Smirnov N
z p
Estado Civil
Escore de Compreensão sobre Medicamentos (paciente) 1,12 0,160 72
Escore de Compreensão sobre Tratamento (paciente) 1,65 0,009 71
Escore de Compreensão sobre Restrição (paciente) 1,25 0,087 71
Escore de Compreensão sobre Retorno (paciente) 2,88 <0,001 71
Escore de Compreensão Total (paciente) 0,91 0,376 70
Escore de Compreensão Total (profissional) 1,01 0,258 72
Escolaridade
Escore de Compreensão sobre Medicamentos (paciente) 1,17 0,131 72
Escore de Compreensão sobre Tratamento (paciente) 1,50 0,022 71
Escore de Compreensão sobre Restrição (paciente) 1,04 0,234 71
Escore de Compreensão sobre Retorno (paciente) 2,00 0,001 71
Escore de Compreensão Total (paciente) 0,94 0,335 70
Escore de Compreensão Total (profissional) 0,91 0,383 72
Renda
Escore de Compreensão sobre Medicamentos (paciente) 1,14 0,147 72
Escore de Compreensão sobre Tratamento (paciente) 1,81 0,003 71
Escore de Compreensão sobre Restrição (paciente) 1,11 0,171 71
Escore de Compreensão sobre Retorno (paciente) 2,04 <0,001 71
Escore de Compreensão Total (paciente) 1,05 0,217 70
Escore de Compreensão Total (profissional) 0,66 0,771 72
Religião
Escore de Compreensão sobre Medicamentos (paciente) 1,35 0,052 72
Escore de Compreensão sobre Tratamento (paciente) 1,87 0,002 71
Escore de Compreensão sobre Restrição (paciente) 1,31 0,064 71
Escore de Compreensão sobre Retorno (paciente) 2,55 <0,001 71
Escore de Compreensão Total (paciente) 1,09 0,186 70
Escore de Compreensão Total (profissional) 0,85 0,463 72
Estado
Escore de Compreensão sobre Medicamentos (paciente) 1,36 0,049 72
Escore de Compreensão sobre Tratamento (paciente) 1,90 0,001 71
Escore de Compreensão sobre Restrição (paciente) 1,32 0,063 71
Escore de Compreensão sobre Retorno (paciente) 2,89 <0,001 71
Escore de Compreensão Total (paciente) 1,05 0,217 70
Escore de Compreensão Total (profissional) 1,14 0,152 72
Diagnóstico médico
Escore de Compreensão sobre Medicamentos (paciente) 1,22 0,100 72
Escore de Compreensão sobre Tratamento (paciente) 1,44 0,032 71
Escore de Compreensão sobre Restrição (paciente) 0,98 0,291 71
Escore de Compreensão sobre Retorno (paciente) 2,36 <0,001 71
Escore de Compreensão Total (paciente) 0,83 0,490 70
Escore de Compreensão Total (profissional) 0,97 0,306 72
Local de internação
Escore de Compreensão sobre Medicamentos (paciente) 1,13 0,154 72
Escore de Compreensão sobre Tratamento (paciente) 2,17 <0,001 71
Escore de Compreensão sobre Restrição (paciente) 1,23 0,099 71
Escore de Compreensão sobre Retorno (paciente) 2,34 <0,001 71
Escore de Compreensão Total (paciente) 0,94 0,343 70
Escore de Compreensão Total (profissional) 0,83 0,497 72
Profissional que fez a última orientação
Escore de Compreensão sobre Medicamentos (paciente) 1,34 0,055 72
Escore de Compreensão sobre Tratamento (paciente) 1,94 0,001 71
91
Escore de Compreensão sobre Restrição (paciente) 1,37 0,046 71
Escore de Compreensão sobre Retorno (paciente) 2,70 <0,001 71
Escore de Compreensão Total (paciente) 1,14 0,146 70
Escore de Compreensão Total (profissional) 0,98 0,288 72
Gráfico 1 – Gráfico de dispersão dos escores brutos de compreensão atribuída aos
pacientes pelos profissionais. São Paulo, 2015.
Gráfico 2 – Gráfico de Bland-Altman para avaliação da concordância inter-observador
entre os escores brutos de compreensão atribuído aos pacientes pelo profissional. São
Paulo, 2015.
2,78% das observações apresentaram-se fora dos limites de concordância de 95% (-6,24; 6,77). A diferença média observada foi de 0,26 (Desvio Padrão=3,32). As médias dos escores variaram de 16,5 a 36,5.
-50
51
0
Difere
nça
entr
e e
sco
res (
ava
liad
or
1 -
avalia
do
r 2
)
10 15 20 25 30 35 40
Média dos escores dos dois avaliadores
92
Gráfico 3 - Gráfico de dispersão entre os escores dos quatro aspectos de
compreensão sobre orientação de alta dos pacientes e do profissional atribuído aos
pacientes. São Paulo,2015.
93
ANEXOS
Anexo 1 – Autorização Institucional
94
Anexo 2 – Aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa
95
96
97