Consultoria em Comunicação Institucional e Governamental · O desafio de extrair o máximo de...
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Consultoria em Comunicação Institucional e
Governamental
Prof. Dr. Leandro Marshall
Consultor
O que é?
É um profissional de atuação específica que orienta e fornece
conhecimento como alternativa de conseguir um objetivo de uma
forma mais eficiente e eficaz ao que já vinha sendo feito
Qual a etimologia?
A origem da palavra consultor vem do latim consultare, que
significa ―dar ou receber conselhos, aconselhar e também ser aconselhado‖
(PEREIRA, 1999, p. 39, apud BOM SUCESSO, 2002), prática que
remonta aos primórdios da humanidade, na qual sempre existiram
―conselheiros‖, seja de imperadores, reis, caciques, faraós ou mesmo de
pessoas comuns necessitadas de ajuda.
con.sul.tor
1. membro do clero que aconselha um bispo
2. especialista que aconselha a Cúria Romana
Qual o conceito?
Segundo o Instituto Brasileiro de Consultores de Organização –
IBCO (2004), Consultoria é definida assim:
―Entende-se Consultoria Organizacional (CO) a atividade que visa à
investigação, identificação, estudo e solução de problemas, gerais ou
parciais, atinentes à estrutura, ao funcionamento e à administração de
empresas e entidades privadas ou estatais‖.
Quais os tipos?
De uma maneira geral, a consultoria está compartimentada em dois
tipos: externa e interna.
Em linhas gerais, a consultoria externa é uma atividade temporária,
exercida por profissionais especializados, específicos, autônomos ou
integrantes de organizações preparadas para prestação de serviços, sem
qualquer vínculo empregatício com a organização contratante.
Já a consultoria interna utiliza o(s) colaborador(es) da própria
organização. Em alguns casos a organização implementa uma assessoria
especial para esse fim. De acordo com o tipo de atividade organizacional, a
assessoria pode contar, ainda, com grupos adhocráticos, ou seja, grupos que
se constituem para atingir um determinado objetivo e se dissolvem após
atingi-lo. Isso é uma prática recente, surgida dentre várias formas de
dinamizar as relações de ajuda dentro da organização, na qual
colaboradores, a partir de suas competências especificas, passam a atuar
como consultores, orientando gestores, chefes, e outros colaboradores
internos.
Qual a tarefa?
A tarefa é desafiadora. Nem sempre o consultor é bem recebido na
organização. Na medida em que a organização valoriza o papel do
consultor, profissional intelectualmente capacitado (tanto generalista
quanto especialista), com habilidade em se inter- relacionar e ajudar na
solução de problemas, aumenta a sua responsabilidade.
De acordo com BOM SUCESSO (2002), a função do consultor
torna-se também perigosa, uma vez que seu exercício envolve
compromissos morais e éticos, além de responsabilidades estratégicas que
podem tanto alavancar quanto prejudicar os resultados da empresa-cliente.
Uma pesquisa realizada entre os mais bem-sucedidos consultores
dos Estados Unidos (QUINTELA. 1994), revelou que 100% deles são
pós-graduados, 30% têm mestrado e 60% têm doutorado, mas somente
30% dos consultores mantêm projetos ou contratos com universidades.
Sem dúvida, o nível acadêmico continua sendo relevante, mas
não é o único parâmetro considerado. A experiência no assunto que se
vai prestar a consultoria é também fundamental.
Entretanto, sugere-se que os consultores mantenham permanente
ligação com as universidades, com a literatura técnica e a evolução
corporativa das principais organizações que estão no ramo de negócio de
sua área de conhecimento.
Segundo KUBR (1986, p. 261), ―a experiência anterior de trabalho
em empresas é exigida por todas as empresas de consultoria‖.
Segundo BOM SUCESSO (2002), os requisitos mais valorizados
pelas organizações, no momento da contratação, são:
• competência técnica (96%);
• formação acadêmica (68%);
• competência interpessoal (64%); e
• análise da prática pessoal na profissão (60%).
Os dados apontaram para a importância da formação profissional
anterior ao exercício da consultoria. Portanto, formação profissional e
experiência são fundamentais na atividade de consultoria.
Como em todas as profissões de ponta, o consultor deve adquirir um
hábito de se atualizar permanentemente, ao longo de toda a vida,
caracterizada pelo ―desejo de continuar a aprender‖ (DELORS et al., p.
105).
A gestão do risco e do conhecimento são primordiais para gerenciar
negócios e pessoas, devido às constantes mudanças no cenário econômico,
à revolução da tecnologia, à exigência de inovação e de maior
competitividade, à necessidade de reduzir custos e otimizar resultados.
Quem não se questiona entrega-se aos fatos;
quem se questiona gera os fatos ... Quem sabe
ler e não lê é tão analfabeto quanto quem não
sabe ler. Quem tem vida e não vive para
torná-la um feito promissor apenas existe...
As vitórias e as desilusões sempre mostram o
caminho quando estão juntas na vida de
alguém, são irmãs gêmeas da jornada da vida,
são a bússola do equilíbrio de nosso destino...
Vencer o ego é o maior desafio humano...
Não se ama o desconhecido. Quando se tem
essa sensação, o sentimento não é amor, mas
admiração. Temos duas escolhas em nossa
vida: amar ou admirar.... Não se aproxime de
alguém com quintas intenções; aproxime-se
das pessoas pela identificação de princípios
morais e existenciais que tem com ela. É
assim que duas pessoas amigas se encontram
e permanecem pela vida... Quem não tem
compromisso com o que quer vai
experimentar o que não quer.
(ROMÃO 2007).
Exige-se do consultor o compromisso e discrição. Ao contrário de
ativos materiais, os ativos do conhecimento e da inteligência emocional
crescem de importância.
O desafio de extrair o máximo de valor do conhecimento
organizacional e sentir o clima organizacional são fundamentais na
economia globalizada. Embora intangível, podem constituir-se na a maior
vantagem competitiva da empresa.
O trabalho em equipe!
Todo tirano, todo corrupto, todo predador,
todo agressor, todo covarde, todo calhorda é
um egoísta. Levam sofrimento aos outros e
também a si mesmos...O centro do mundo é
seu ego mesquinho, inseguro, imaturo e
insaciável. Isto o torna invejoso, ciumento,
cruel, insatisfeito, tenso, desconfiado,
intranqüilo, agressivo e sofredor...
Imediatistas são egoístas construtores de um
mundo sem solidariedade, sem base de
apoio, sem sustentação e sem amanhã...
Imediatistas nada inventam sem sim
mesmos, são apenas consumidores do
esforço alheio...Fazendo barulho com
conversas rasas, falando de pessoas ao invés
de falar de idéias (LUNA 2007).
O consultor deve ter em mente que trabalhar colaborativamente é um
dos maiores desafios do mundo organizacional, em todos os tempos. Isso
não é problema de hoje, embora alguns assim pensem.
Aprender a conviver com o outro, com as diferenças, saber
compartilhar conhecimentos e experiências pessoais, deixar de gerenciar os
iguais como talentos humanos são alguns dos obstáculos ao trabalho em
equipe.
O burnout (esgotamento profissional) é
definido como uma síndrome psicológica
decorrente da tensão emocional crônica no
trabalho.
Trata-se de uma experiência subjetiva
interna que gera sentimentos e atitudes
negativas no relacionamento do indivíduo
com o seu trabalho (insatisfação, desgaste,
perda do comprometimento), minando o
seu desempenho profissional e trazendo
conseqüências indesejáveis para a
organização (absenteísmo, abandono do
emprego, baixa produtividade)
(TAMAYO & TRÓCCOLI, 2002, p. 37)
.
O aprendizado do Consultor!
A Quinta Disciplina de Peter Senge, cuja ênfase é um modelo
que busca o constante aprendizado, garantindo a evolução e a
perenidade das empresas, é apresentada por meio de cinco
disciplinas:
a. Raciocínio sistêmico: possibilita a percepção ampliada da
realdade, enfocando o todo, as relações entre as partes e a
dinâmica desse conjunto.
b. Maestria pessoal: baseia-se na habilidade, competência,
abertura pessoal e utilização das forças da mudança para
alcançar o propósito da aprendizagem contínua.
c. Modelos mentais: idéias profundamente arraigadas que
influenciam nosso modo de encarar o mundo e nossas
atitudes.
d. Objetivo comum: explicitação do que se quer criar,
buscando o engajamento genuíno para a construção
compartilhada do futuro.
e. Aprendizado em grupo: capacidade de analisar com
discernimento as questões complexas e enxergar além dos
limites das próprias perspectivas pessoais.
Há pesquisadores de mercado de olho em
tudo isso, registrando dados que irão mapear
um “futuro-agora” de um mercado
crescente. São padrões de consumo de um
número cada vez maior de pessoas da “era
da incerteza”, que tendem a valorizar
experiências escapistas e, principalmente,
produtos e serviços que proporcionem
gratificações imediatas. Esses consumidores
já não compram mais bens, mas sim, idéias e
emoções, e estão redefinindo o formato de
importantes seguimentos do mercado
(LUNA 2007).
Mercado de Comunicação Corporativa no Brasil
(Associação Brasileira das Agências de Comunicação)
Há também milhares de profissionais trabalhando em
organizações públicas e em organizações privadas em todo o Brasil
ABRACOM
MIX DE SERVIÇOS
Mercado das Agências de Comunicação no Brasil Tese de Doutorado de Tiago Mainieri
A importância do mercado das agências de comunicação é revelada não
apenas pelos números crescentes desse segmento, mas pelo potencial que o
mercado apresenta na inserção de novos profissionais no mercado de
trabalho.
Infelizmente ainda são poucos estudos e pesquisas sistemáticas no sentido
de monitorar o comportamento desse mercado. Porém, podemos destacar
duas importantes entidades no contexto do mercado da comunicação
organizacional, a Abracom e a Aberje.
O papel dessas entidades tem de forma consistente tentado qualificar esse
segmento e divulgar o caráter estratégico da comunicação nas
organizações.
Talvez não possamos avaliar como uma conseqüência direta dessa
mudança, mas temos observado um crescimento acelerado do mercado das
agências de comunicação.
Evidentemente ainda longe dos números e desempenho do mercado das
agências de publicidade. Outro dado revelador desse segmento é a alta
concentração do mercado.
Ao mesmo tempo em que observamos um crescimento acelerado desse
mercado, poucas agências detêm uma fatia considerável do mercado.
Para sermos precisos, os dados da Aberje mostram que 10% das
agências de comunicação (as maiores) concentram 80% das maiores
empresas do país como suas clientes.
Essa desproporção leva os outros 20% do mercado (das maiores
empresas) a ser disputado pelas mais de 1500 agências que estima-se
estejam em operação no país.
O panorama no Brasil não é muito diferente de outros mercados como o
dos EUA, onde também existe uma grande concentração.
Segundo uma pesquisa realizada pelo Council of Public Relations Firm
(entidade americana que reúne as principais agências de relações públicas
dos EUA), em 2001 a indústria de relações públicas americana faturou
cerca de 4,5 bilhões de dólares.
As 50 principais firmas de relações públicas americanas faturaram cerca de
85% desse valor e as dez principais cerca de 57%.
Esses dados demonstram a alta concentração do mercado americano das
agências de relações públicas.
Assim como no Brasil, o mercado das agências de relações públicas nos
EUA está aquém do publicitário que faturou cerca de 31 bilhões de dólares
neste mesmo ano; ou seja, o mercado publicitário superou em sete vezes a
indústria de relações públicas.
Porém, cabe destacar que, em meados da década de 90, nos EUA, o
mercado publicitário superava em 12 vezes a indústria de relações públicas.
Isso nos revela que o mercado da comunicação, tanto nos EUA como no
Brasil, vem ampliando e abrigando outros segmentos para além do
publicitário.
Outro dado comparativo no levantamento realizado pelo Council of Public
Relations Firm, mostra que o mercado publicitário é também altamente
concentrado. As dez maiores agências de publicidade americanas
concentram 45% do total faturado no setor, enquanto as de relações
públicas 57% com já mencionado acima.
Uma análise do crescimento do mercado americano de relações públicas
aponta a entrada de novos competidores nesse mercado atraídos pelo rápido
crescimento desse segmento.
Empresas de consultoria em gestão como KPMG, Deloitte, Booz, Allen,
Hamilton, entre outras têm investido no domínio da comunicação e
competido com as firmas de relações públicas por um espaço nesse
mercado.
A entrada de agências de comunicação/relações públicas internacionais
no Brasil, seja por meio de associação/parceria com agências nacionais
ou por meio da instalação de estruturas próprias, já é uma realidade.
A exemplo do cenário americano,é possível também que tenhamos as
mesmas consultorias americanas de olho no mercado da comunicação no
Brasil. A grande maioria dessas consultorias já tem estruturas no Brasil,
tudo depende do interesse em nosso mercado e da ampliação de seus
portifólios para atender essa demanda.
Assessoria de Comunicação
Assessoria de Comunicação é uma atividade de Comunicação Social que estabelece
uma ligação entre uma entidade (indivíduo ou instituição) e o público (a sociedade
exposta à mídia). Em outras palavras, Assessoria de Comunicação é administração de
informação.
As atividades de Assessoria de Comunicação Social são geralmente subdivididas em
três:
1. Assessoria de Imprensa
2. Publicidade & Propaganda
3. Relações Públicas
Há ainda outras atividades relacionadas à Assessoria de Comunicação que, no entanto,
não devem ser confundidas por terem outras especificidades: Marketing,
Endomarketing, Webmarketing, Marketing de Permissão, Comunicação Interna,
Comunicação Empresarial, Jornalismo Empresarial, Pesquisa de Mercado, Auditoria de
Imagem, Marketing cultural, político, educacional, esportivo, rural, de responsabilidade
social e Lobby.
Clientes
Os potenciais clientes das Assessorias de Comunicação podem ser empresas privadas,
estatais, autarquias, governos, partidos, sindicatos, clubes, ONGs, ou indivíduos, entre
outros.
Estrutura da Assessoria de Comunicação
A Assessoria de Comunicação engloba as três subdivisões (Assessoria de Imprensa,
Publicidade & Propaganda e Relações Públicas) e se submete à autoridade da diretoria
institucional ou do cliente que a contratou.
Relações Públicas
O profissional de Relações Públicas é responsável pelo relacionamento da
instituição/personalidade privada ou pública para com seus públicos.
Entende-se como público o grupo de pessoas que interfere diretamente nas atividades
desta instituição, podendo ser: funcionários, clientes, fornecedores, comunidade,
governo, imprensa, entidades de classe, dados como exemplo.
Existem inúmeras ferramentas utilizadas por estes profissionais para que alcancem o
equilíbrio entre estes relacionamentos, exemplos:
Funcionários ou público interno: jornal mural, intranet, boletins, jornal impresso,
eventos de confraternização, canal de tv ou rádio;
Clientes: Email marketing, mala direta, newsletter, informativos, convenções,
portas abertas;
Imprensa: Press Kit, release, mídia tour, coletiva;
O mais importante para definir quais destas ferramentas serão as mais assertivas é o
levamento de pesquisas por meio de uma metologia adequada, um diagnóstico preciso,
e um programa com estratégias e ações integradas entre as demais áreas da
comunicação: jornalismo, publicidade e propaganda e marketing.
O profissional de Relações Públicas possui registro no CONFERP pois estuda quatro
anos para aprender planejar, elaborar, aplicar e avaliar estes processos de forma
adequada e coesa.
Assessoria de Imprensa
A Assessoria de Imprensa trabalha com informação jornalística, lidando com
jornalistas, preparando press-releases (comunicados de imprensa) e procurando
controlar (aumentar ou restringir) o fluxo de informação que é veiculado na mídia sobre
o assessorado.
Publicidade & Propaganda
Publicidade & Propaganda – campanha publicitária, comercial, anúncios, outdoors
Publicidade & Propaganda – comercialização de serviços públicos
Organização da Assessoria de Comunicação
Política de Comunicação Social
As diretrizes gerais da Política de Comunicação Social são estabelecidas pelo centro
diretivo do assessorado (ou seja, pela diretoria da empresa, pelo conselho diretor, pela
presidência de um instituto, etc.). Nela devem estar contidos princípios amplos porém
claros sobre os objetivos a serem perseguidos pelas atividades da Assessoria de
Comunicação.
Confiança→ necessidade de demonstrar a utilidade e os benefícios das
atividades do assessorado, fazendo com que ele seja uma fonte de informação
confiável.
Legitimidade→ constitui-se no respeito às instituições nacionais e à ordem
política vigente, de modo que as atividades do assessorado sejam apresentadas e
vistas alinhadas aos objetivos nacionais e, principalmente, que sejam
consideradas positivas para a sociedade e jamais sofram suspeitas de serem
danosas ou ilícitas.
Responsabilidade Social→ por meio de identificação do assessorado com o
interesse público através do desempenho de sua função social.
Verdade→ a convicção de que os produtos de Comunicação se sustentam na
ética do assessorado em todos os seus ramos de atividade.
O caso do Inmetro e os testes exibidos pelo programa Fantástico, da Rede Globo de
televisão, é um caso de relação entre assessoria de entidade privada e assessoria de
órgão oficial.
Plano de Comunicação Social
O Plano de Comunicação Social é um documento escrito que tem o objetivo e a
função de estruturar concretamente as principais idéias e programações para todas as
atividades futuras da Assessoria de Imprensa. Esse plano se constitui numa resposta às
necessidades do assessorado com as atitudes que corriqueiramente deverão ser
implantadas e decorre do Planejamento estratégico de comunicação. O Plano tem três
funções relevantes:
1. avaliar as atividades de Comunicação na teia midiática nos seus aspectos
técnico, mercadológico, organizacional, financeiro e jurídico;
2. avaliar a evolução das atividades ao longo de sua implantação, possibilitando
alternativas de correção.
3. programar as ações comunicacionais a serem desenvolvidas pela organização.
A elaboração do Plano de Comunicação Social é responsabilidade da Assessoria de
Comunicação.
Planejamento de Comunicação Social
O Planejamento de Comunicação Social é a elaboração, por etapas,com bases
técnicas, de planos e programas comunicacionais com objetivos definidos envolvendo
os seguintes aspectos:
sazonalidade
efeitos da economia
controles legais e governamentais
presença ou ausência de monopólios
fatores de retração ou estagnação no contexto social e econômico (histórico)
A elaboração do Planejamento de Comunicação Social é responsabilidade da Assessoria
de Comunicação.
O Planejamento é dividido em quatro etapas:
Análise (conhecimento pelo assessor das particularidades do assessorado e do
contexto)
Adaptação (ajusta as previsões do plano a realidade)
Ativação
Avaliação
Análise é o momento de verificar possíveis falhas e problemas da informação e seu
tratamento no contexto comunicativo. A Adaptação é o momento em que se utiliza o
que foi obtido na análise para ajustar à realidade detectada as projeções de ação do
Plano de Comunicação Social, verificando particularidades do Plano. Ativação coloca
em prática as diversas etapas das propostas e determinações do Planejamento, em
seqüência ou ao mesmo tempo, criando e/ou modificando produtos comunicacionais —
é botar a banda na rua. Avaliação é um estudo de resultados e tentativa de previsão de
conseqüências a médio e longo prazo dos produtos utilizados na ativação, buscando
constatar se foram ou não adequados aos objetivos propostos.
Estratégias de Comunicação Social
As Estratégias são ações adotadas ordinariamente ou extraordinariamente, baseadas nas
conclusões do Planejamento e nas proposições do Plano, para a construção dos produtos
midiáticos que atendam às necessidades do assessorado. Estratégia é escolher realmente
o que fazer, como fazer e quando fazer.
A elaboração das Estratégias de Comunicação Social e sua implementação é
responsabilidade das subdivisões Relações Públicas, Assessoria de Imprensa,
Publicidade & Propaganda ou Produção em Comunicação e Cultura. Os profissionais
destas áreas é que vão lidar direta e cotidianamente com as atividades de assessoria.
Fatores de Implementação:
(aspectos a considerar para colocar o Planejamento em prática)
1. conhecimento do ramo
2. rastreamento do ambiente de concorrência
3. rastreamento do mercado consumidor
4. rastreamento do mercado fornecedor
5. definição dos produtos de Comunicação
6. análise do "meio ambiente" no qual o assessorado está inserido
7. busca dos princípios de Marketing
8. detalhamento do processo operacional dos produtos de Comunicação
9. projeção dos resultados dos produtos de Comunicação
10. projeção das vinculações pessoais quanto aos produtos de Comunicação
11. análise financeira dos produtos de Comunicação
Controle e Fluxo de Informação
Uma das tarefas do profissional desta área é controlar o fluxo de informação veiculado
sobre o assessorado (não só na mídia, mas por exemplo em boatos).
A implementação das atividades da Assessoria de Imprensa ou da Assessoria de
Comunicação Social dentro do sistema integrado de Comunicação Social envolve a
busca das informações relevantes junto às diversas fontes de insumo (captação de
informação): governos, sindicatos, empresas, empregados, comunidade e mercado.
Estes insumos serão processados conforme as regras estabelecidas no Planejamento-
Plano-Estratégia de modo a se conseguir o seguinte:
1. evitar a dispersão de meios e esforços;
2. possibilitar uma visão geral e integral dos problemas e a viabilização das
possíveis soluções;
3. pormenorizar as vantagens, estabelecidas pelos objetivos do público a que se
deseja atingir;
4. evitar improvisações;
5. definir metas e responsabilidades;
6. possibilitar a flexibilização e a ação integrada de diversos setores;
7. estabelecer uma unidade de discurso nas mensagens.
Logística de Comunicação
Logística de Comunicação, vinculada às atividades de Assessoria de Imprensa ou de
Assessoria de Comunicação Social, é uma atividade de estrutura lógico-formal que
contempla as características do assessorado, as particularidades do contexto em que o
mesmo está inserido e as particularidades da teia midiática para que se construa um
fluxo permanente de informação quer atenda a objetivos previamente estabelecidos.
Modelos de Planejamento de Comunicação
Constitui-se o planejamento de três partes,
conforme observado nos modelos
analisados, sendo elas:
informativa, de análise e estratégica.
MODELO DE KUNSCH
Kunsch (2003) indica doze etapas básicas para a realização de um planejamento,
independente da área ou situação aplicada. As fases correspondem à: identificação da
realidade situacional:
1. levantamento de informações;
2. análise dos dados
3. construção de um diagnóstico;
4. identificação dos públicos envolvidos;
5. determinação de objetivos e metas;
6. adoção de estratégias;
7. previsão de formas alternativas de ação;
8. estabelecimento de ações necessárias;
9. definição de recursos a serem alocados;
10. fixação de técnicas de controle;
11. implantação do planejamento;
12. avaliação dos resultados.
(KUNSCH, 2003)
MODELO DE LUPETTI
Lupetti (2000) acredita que há duas formas distintas de elaborar um
planejamento de comunicação, sendo um para clientes novos, onde o mercado ainda é
desconhecido para a agência, e outro para clientes antigos, onde se presume que já haja
uma noção maior a respeito do mercado.
O planejamento para clientes novos caracteriza-se por ser mais completo, com
pontos semelhantes ao descrito no modelo acima, compreendendo diversas etapas
básicas, como:
1. levantamento de informações;
2. análise situacional,
3. decisões e definições– definição/redefinição dos objetivos e metas,
4. definição de estratégias,
5. definição de tipos de campanhas;
6. implantação;
7. execução;
8. controle;
9. avaliação.
(LUPETTI, 2000, p. 90)
MODELO DE CORREA
Essas etapas possuem similaridade com o modelo de planejamento de
propaganda proposto por Corrêa (2002), que abrange questões do planejamento de
marketing e comunicação.
Esse roteiro ampliado costuma ser utilizado nas faculdades de comunicação,
prevendo a necessidade de resgatar informações básicas sobre a empresa para então
elaborar o planejamento de propaganda.
As etapas sugeridas são:
1. resumo técnico,
2. histórico da empresa,
3. ambiente externo,
4. ambiente interno,
5. mercado,
6. diagnóstico,
7. definição do problema,
8. definição do público-alvo,
9. posicionamento,
10. marketing (objetivos e estratégias),
11. comunicação (objetivos e estratégias),
12. criação (objetivos, estratégias e criação),
13. mídia (objetivos, estratégias, justificativas e táticas),
14. cronograma,
15. resumo financeiro,
16. fluxo de caixa,
17. demonstrativo dos resultados,
18. sistema de avaliação
19. comentários adicionais.
MODELO WIKIPÉDIA
É necessário que seja seguido um Roteiro de um Plano de Comunicação com as
seguintes etapas:
1. Análise das forças externas: Deve ser feita uma breve análise das condições
econômicas, legislação sócio culturais, climas político, ideológico, governamental e
psicológico e todas as tendências que possam influenciar a empresa e o produto.
2. Histórico da empresa: Resumir os dados importantes, com ênfase na filosofia do
cliente.
3. Mercado: Listar concorrentes diretos e indiretos. Descrever a potencialidade,
evolução, sazonalidade e distribuição geográfica.
4. Identificação do público-alvo: Envolvendo não apenas a determinação de quem são
as pessoas com as quais queremo nos comunicar, mas também uma avaliação de todo o
conjunto de crenças e atitudes destas pessoas e da imagem que têm a organização.
5. Determinação dos objetivos da comunicação: Definir o que se pretende atingir com
a comunicação para cada um dos públicos selecionados. Este objetivo deverá estar
integrado na missão da organização, nos seus objetivos globais e na sua estratégia de
desenvolvimento.
6. Elaboração da mensagem: Qual a mensagem (e respectivo conteúdo) que se
pretende fazer passar de forma a atingir os objetivos pretendidos. Conteúdo, estrutura e
formato.
7. Seleção dos meios de comunicação: Quem deve ser o emissor da mensagem, quais
deverão ser os suportes e canais de comunicação para transmitir eficazmente a
mensagem e qual deverá ser o momento para a sua transmissão. Podendo a
comunicação ser pessoal, por telefone, por e-mail - ou através de mídias (propaganda,
relações públicas, marketing direto), eventos e outras atividades. Todo meio de
comunicação tem um benefício e um custo diferente.
8. Avaliação dos resultados do sistema de comunicação: Medição do impacto que o
plano de comunicação gerou no seu público-alvo, quanto custou, o que poderia ser
melhorado e efetuar os ajustes necessários, explorando ao máximo a potencialidade
desta ferramenta do marketing.
MODELO DE PESQUISA CIENTÍFICA
1. Introdução 2. Objetivos:
Gerais Específicos
3. Justificativa 4. Metodologia 5. Técnicas 6. Revisão de Conteúdo 7. Conclusão
MODELO DE PESQUISA EM COMUNICAÇÃO O que? Como? Porque?