CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

72
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO - CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – ICS CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA _________________________________________________________________________________ CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E CONTRIBUIÇÃO DO FARMACÊUTICO NO ACOMPANHAMENTO DE PACIENTES COM PROBLEMAS DE SAÚDE ANA PAULA MELGAREJO Sinop-MT (2018/2)

Transcript of CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

Page 1: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO - CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – ICS CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA

_________________________________________________________________________________

CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E CONTRIBUIÇÃO

DO FARMACÊUTICO NO ACOMPANHAMENTO DE PACIENTES

COM PROBLEMAS DE SAÚDE

ANA PAULA MELGAREJO

Sinop-MT

(2018/2)

Page 2: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO - CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – ICS CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA

_________________________________________________________________________________

CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E CONTRIBUIÇÃO

DO FARMACÊUTICO NO ACOMPANHAMENTO DE PACIENTES

COM PROBLEMAS DE SAÚDE

ANA PAULA MELGAREJO

Trabalho de Curso apresentado ao Curso de

Farmácia da Universidade Federal de Mato

Grosso – UFMT, campus de Sinop como requisito

parcial para obtenção do título de Farmacêutico,

sob a orientação do Professor (a): Dra. Rafaela

Grassi Zampieron e co-orientação do Prof. Dr. Lee

Yun Sheng.

Sinop-MT

(2018/2)

Page 3: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …
Page 4: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …
Page 5: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO - CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – ICS CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA

_________________________________________________________________________________

Dedico este trabalho à Deus, à minha família e ao

meu amor William, os quais não medem esforços

para permitir a realização dos meus sonhos,

fazendo deles os seus.

Page 6: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

AGRADECIMENTOS

“Agradeço primeiramente à Deus pela minha vida, por seu amor infinito, pelos presentes

diários e forças para vencer os desafios. Sem Deus não chegaria até aqui. Obrigada senhor por

não desistir de mim. E lhe agradeço principalmente pela saúde física, mental e emocional que

tenho hoje.

A minha amada mãe Célia e meu amado pai Idegar, por todo amor, confiança, exemplo

de vida e de caráter. Obrigada por sempre acreditarem em mim e por todo esforço que fizeram

para que não me faltasse nada durante a graduação.

Ao meu irmão Luis Henrique, minha vó Maria, tia Elza e bisavô Diolindo, obrigada

pelas palavras de incentivo e pelas orações diárias.

Ao meu amor, William, obrigada por tanto amor, incentivo, apoio e compreensão.

As minhas amigas de graduação, Mariana Conciani Zago e Thais Furlan, que foram

parceiras de luta durante os cinco anos que estivemos juntas.

A minha futura chefe Luciene e minhas futuras colegas de trabalho, Fábia, Amanda,

Tailine, Mari e Clara, pela amizade, pelos conselhos e ensinamentos compartilhados

diariamente.

As minhas amigas e parceiras de projeto, Vânia e Laryza, por toda contribuição e

dedicação.

A minha querida orientadora e amiga Rafaela por todo o carinho, apoio, paciência,

incentivo e exemplo.

Ao meu co-orientador Lee por toda a ajuda e conhecimento transmitido.

A todos os bons professores que já tive, tanto na escola quanto na graduação, com os

quais muito aprendi e que continuo a aprender por toda a minha vida profissional.”

Page 7: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

A única maneira de fazer um bom trabalho

é amando o que você faz. Se você ainda não

encontrou, continue procurando. Não se

desespere. Assim como no amor, você

saberá quando tiver encontrado.

(Steve Jobs)

Page 8: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

RESUMO

MELGAREJO, Ana Paula. Consultório Farmacêutico: Atuação e contribuição do

farmacêutico no acompanhamento de pacientes com problemas de saúde. 2019. 72 p.

Trabalho de Curso de Farmácia – Universidade Federal de Mato Grosso, Campus de Sinop.

Palavras-chaves: Consultório Farmacêutico, Atenção Farmacêutica, Qualidade de vida.

Atualmente a maioria da população convive com pelo menos um problema de saúde, o que

muitas vezes necessita de medicação, por isso o farmacêutico é de fundamental relevância

quanto ao acompanhamento farmacoterapêutico, uma vez que o paciente necessita de cuidados

e orientação quanto ao uso racional de medicamentos e hábitos de vida adequados para o

controle de suas doenças. Diante disso, foram acompanhados pacientes que buscaram o

consultório farmacêutico da Farmácia Regional André Maggi (Farmácia Regional I) de

Sinop/MT. O intuito foi a realização do cuidado farmacêutico e orientações farmacêuticas, em

prol da melhoria da qualidade de vida e adesão farmacoterapêutica. O Formulário Padronizado

(Prontuário) foi utilizado para realização da consulta farmacêutica, a qual consiste no

preenchimento deste documento norteador de todo o trabalho desenvolvido, sendo que este

foi utilizado para a análise individual de cada paciente quanto as intervenções farmacêuticas

realizadas. Por meio da atenção farmacêutica, 104 pacientes foram atendidos entre 2016 e

2018, destes, a maioria dos pacientes portadores de diabetes (DM) (68 pacientes) e hipertensão

arterial sistêmica (HAS) (75 pacientes), sendo que 47 participantes possuíam as duas doenças

associadas (DM e HAS). Foi avaliada a correlação entre a HAS e os fatores de risco tabagismo

e dislipidemias, observando que os resultados não foram significativos, em razão do número

de fumantes e ex-fumantes declarados, mas que podem vir a ser problemáticos no futuro.

Constatou-se que 72 pacientes possuem problemas relacionados aos medicamentos (PRMs) e

apenas 32 não possuem PRMs. O PRM mais identificado foi do tipo 2 que está relacionado a

administração e adesão do paciente ao tratamento. Diante dos PRMs encontrados durante as

consultas e as condições de saúde apresentadas pelos participantes, intervenções foram

propostas, sendo que a maioria foi aceita e realizada, tanto aquela sendo farmacêutico –

paciente quanto a outra envolvendo farmacêutico – paciente – médico, havendo retornos

positivos tanto na farmacoterapia, nos hábitos alimentares e no controle de certos parâmetros,

como os valores da pressão arterial e da glicemia capilar dos pacientes, o que

consequentemente gera melhoria na qualidade de vida devido melhor adesão ao tratamento.

Page 9: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Dados sociodemográficos dos pacientes atendidos no consultório

farmacêutico localizado na farmácia regional André Maggi de Sinop/MT, no

período de 2016, 2017 e 2018. ..................................................................................... 25

Tabela 2 – Dados acerca de pacientes com hipertensão arterial sistêmica, diabetes

mellitus e as duas doenças. ......................................................................................... 26

Tabela 3 – Relação entre o número de pacientes com hipertensão arterial sistêmica e/ou

dislipidemia................................................................................................................. 26

Tabela 4 – Relação entre o número de pacientes hipertensos, tabagistas e dislipidêmicos.

..................................................................................................................................... 27

Tabela 5 – Quantidade de problemas relacionados aos medicamentos (PRMs)

identificados por tipo e por pessoas. .......................................................................... 28

Tabela 6 – Número de intervenções farmacêuticas realizadas e resultados. ................... 30

Tabela 7 – Tabela detalhada para controle dos horários de administração da medicação

pelo paciente. .............................................................................................................. 39

Tabela 8 – Tabela para registro/controle de pârametros aferidos durante as consultas

farmacêuticas, para complementação do Formulário Padronizado ........................ 40

Page 10: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

LISTA DE ABREVIATURAS

AF – Assistência farmacêutica

CFF – Conselho federal de farmácia

CIES – Comissão de integração ensino serviço

CNS – Conselho nacional de saúde

CAAE –Certificado de apresentação para apreciação ética

DCNTs – Doenças crônicas não transmissíveis

DCV – Doença cardiovascular

DM – Diabetes mellitus

FR – Fatores de risco

HAS – Hipertensão arterial sistêmica

MT – Mato Grosso

PA – Pressão arterial

PRMs – Problemas relacionados aos medicamentos

SAF – Serviço de atenção farmacêutica

SBC – Sociedade brasileira de cardiologia

SIEX – Sistema de extensão

URM – Uso racional de medicamentos

Page 11: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 12

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................ 13

2.1 Assistência e atenção farmacêutica .................................................................... 13

2.2 O farmacêutico no cuidado ao paciente ............................................................. 14

2.3 Consultório Farmacêutico .................................................................................. 15

2.3.1 Problemas de saúde prevalentes e passíveis de orientação no consultório

farmacêutico ........................................................................................................... 15

2.3.1.1 Diabetes mellitus ..................................................................................... 16

2.3.1.2 Hipertensão Arterial Sistêmica ................................................................. 17

2.3.1.3 Outros problemas de saúde ...................................................................... 19

3. OBJETIVOS ........................................................................................................... 20

3.1 OBJETIVO GERAL ......................................................................................... 20

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................ 20

4. MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................... 21

4.1 Período e local do estudo ................................................................................... 21

4.2 Desenho do estudo ............................................................................................ 21

4.2.1 Tipo de estudo ............................................................................................ 21

4.2.2 Critérios de inclusão e exclusão .................................................................. 21

4.3 Considerações Éticas da Pesquisa ...................................................................... 22

4.4 População-alvo e avaliação de formulário .......................................................... 22

4.5 Coleta de dados ................................................................................................. 22

4.5.1 Instrumentos ............................................................................................... 22

4.5.2 Fontes de dados .......................................................................................... 23

4.6 Organização dos dados ...................................................................................... 23

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 25

6. CONCLUSÕES ...................................................................................................... 32

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 33

ANEXOS ........................................................................................................................ 39

Page 12: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

ANEXO A ...................................................................................................................... 39

ANEXO B....................................................................................................................... 40

ANEXO C ....................................................................................................................... 41

ANEXO D ...................................................................................................................... 54

ANEXO E ....................................................................................................................... 55

ANEXO F ....................................................................................................................... 58

ANEXO G ...................................................................................................................... 62

Page 13: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

12

1. INTRODUÇÃO

As atividades clínicas do farmacêutico podem ser realizadas em todos os níveis de

atenção à saúde, exigindo-se para tal o perfil adequado do profissional. Nesse contexto, o

farmacêutico deve atuar no cuidado direto ao paciente através de orientações quanto ao uso

racional de medicamentos e de outras tecnologias em saúde, otimização da farmacoterapia,

quando necessário, e promover a educação em saúde, além de poder realizar outras atribuições

que lhe são conferidas (BRASIL, 2013a).

Em uma sala, o consultório farmacêutico, é atribuído ao profissional a realização da

consulta farmacêutica, sendo garantido nesse espaço um atendimento com privacidade ao

paciente, possibilitando assim que o farmacêutico atue mediante exercício legal da profissão

(BRASIL, 2013a).

Os problemas de saúde autolimitados são aqueles de sintomas/distúrbios menores, os

quais não necessitam de diagnóstico médico e que começam e terminam com o tratamento do

sintoma descrito pelo paciente, sendo de cura espontânea, com menos de 7 dias de evolução.

Nesses casos o farmacêutico pode realizar indicação farmacêutica, ou seja, indicação de

medicamento isento de prescrição (MIP) em caso de comprovada necessidade, caso contrário

deve-se realizar o encaminhamento ao médico (MARQUES, 2008).

Com base na importância do profissional, o presente estudo teve como propósito

realizar, na prática, as atribuições pertinentes ao farmacêutico em um ambiente público e

carente de informações farmacológicas e não farmacológicas, as quais podem melhorar a

qualidade de vida dos pacientes.

Page 14: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

13

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Assistência e atenção farmacêutica

A Assistência Farmacêutica (AF) é compreendida como um conjunto de ações,

desenvolvidas pelo farmacêutico em parceria com outros profissionais de saúde, focadas no

medicamento (desde sua seleção até a dispensação), voltadas à promoção, à proteção e à

recuperação da saúde (BRASIL, 2012a; IVAMA et al., 2002). Incluída no âmbito da AF existe

a Atenção Farmacêutica (MENEZES, 2000), a qual envolve ações específicas do farmacêutico

relacionada a assistência ao paciente, visando à promoção do uso racional de medicamentos

(URM), melhoria da qualidade de vida do paciente através do acompanhamento

farmacoterapêutico (IVAMA et al., 2002; CORRER; OTUKI, 2013) e aumento da efetividade

do tratamento medicamentoso, concomitante à detecção de problemas relacionados a

medicamentos (PRMs) (LOPES, 2017). A orientação do farmacêutico através da atenção

farmacêutica proporciona inúmeras vantagens, tais como: diminuição da necessidade de

assistência médica, economia para o sistema público e privado de saúde com medicamentos e

atendimentos médicos, resolução de problemas relacionados aos medicamentos (PRMs), maior

segurança para o paciente, melhor adesão e qualidade ao tratamento, manutenção de objetivos

terapêuticos e promoção do autocuidado para melhoria da qualidade de vida, detecção de

reações adversas e promoção do uso racional de medicamentos (MENEZES, 2000).

Um estudo realizado com idosos no Brasil constatou que intervenções educativas foram

capazes de melhorar o uso de medicamentos, o que consequentemente foi vantajoso, pois

resultou na resolução e prevenção de aproximadamente 70% dos PRMs identificados e um

aumento de 35% na adesão a farmacoterapia. Os resultados humanísticos também foram

satisfatórios, visto que os idosos após o estudo manifestaram melhoras significativas em seus

índices de qualidade de vida (LYRA-JÚNIOR; PELÁ, 2005).

Com base nos fundamentos da atenção farmacêutica é importante um acordo entre o

paciente e o farmacêutico. O profissional fornece ao paciente compromisso e competência de

suas funções farmacêuticas durante o tratamento, estabelecendo-se ao longo do tratamento um

vínculo que sustenta a relação terapêutica, permitindo que sejam identificadas as funções

comuns, as responsabilidades do farmacêutico e do paciente, além da importância da

participação ativa (LOPES, 2017).

Page 15: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

14

2.2 O farmacêutico no cuidado ao paciente

O farmacêutico é um profissional da saúde, que tem como compromisso executar todas

as atividades inerentes à sua profissão, de modo a contribuir para a salvaguarda da saúde e,

ainda, realizar ações de educação dirigidas à coletividade na promoção da saúde (BRASIL,

2014a).

Após o fenômeno industrial, esse profissional começou a ser visto pela sociedade apenas

como um dispensador de medicamentos, levando a um distanciamento do cuidado ao paciente.

Com o aparecimento dos medicamentos industrializados e de uma grande variedade de produtos

farmacêuticos surgiu a necessidade desse profissional ter responsabilidade pela farmacoterapia

do paciente, devido a um aumento da prática da automedicação, o uso sem necessidade de

medicamentos e a utilização de fármacos em situações contraindicadas, práticas que se

tornaram comuns e que geram riscos de ocorrência de reações adversas, mascaramento de

condições clínicas mais graves e/ou evolutivas, interações medicamentosas e intoxicações

(FREITAS; RAMALHO-DE-OLIVEIRA; PERINI, 2006; MENEZES, 2000).

O farmacêutico consiste no último elo entre a prescrição e a administração do

medicamento, ressaltando seu importante papel diante de sua atuação clínica em conjunto com

outros profissionais da saúde levando a uma melhor contribuição na farmacoterapia com

consequente obtenção de resultados clínicos, humanísticos e econômicos satisfatórios

(TAULOIS, 2011). E isso pode ser alcançado através de sua formação sólida em medicamentos,

o que confere ao farmacêutico ser o profissional de saúde com maior conhecimento sobre os

medicamentos e seus efeitos no paciente. Esse conhecimento proporciona maior discernimento

na detecção dos PRMs, sobretudo na orientação e educação do paciente (autocuidado), visando

à adesão e eficiência do tratamento, com uma recuperação contínua e progressiva, a diminuição

dos possíveis incômodos ou efeitos indesejáveis durante o tratamento (LOPES, 2017).

Proporciona ainda informações para uma melhor qualidade de vida do paciente, redução do

número de hospitalizações e consultas médicas, redução nos custos e no número de

medicamentos utilizados e redução no absenteísmo no trabalho (TAULOIS, 2011).

A presença ativa é condição primordial para uma boa comunicação e para o

farmacêutico a comunicação é um instrumento importantíssimo para seu trabalho de promoção

da saúde, pois ela lhe permite compreender a realidade de cada paciente (LYRA-JÚNIOR;

PELÁ, 2005) e consequentemente identificar os problemas que preocupam o paciente. Dessa

forma podendo assim auxiliar através da elaboração de hipóteses para solução dos problemas,

Page 16: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

15

com um plano de cuidados baseado em fundamentação teórica dos problemas identificados

(LOPES, 2017).

2.3 Consultório Farmacêutico

O Consultório Farmacêutico é um local onde o farmacêutico realiza com privacidade a

consulta farmacêutica, a qual é destinada ao atendimento de pacientes, familiares e cuidadores

(BRASIL, 2013a). Dentro deste espaço, durante o atendimento, respeita os princípios éticos e

profissionais, com o propósito de obter os melhores resultados com a farmacoterapia e com as

orientações quanto ao uso racional de medicamentos e de outras tecnologias em saúde. Além

disso, o consultório pode funcionar de modo autônomo ou como dependência de hospitais,

ambulatórios, farmácias comunitárias, unidades multiprofissionais de atenção à saúde,

instituições de longa permanência e demais serviços de saúde, no âmbito público e privado

(BRASIL, 2013a).

Nesse local são realizadas atribuições clínicas do farmacêutico relativas ao cuidado à

saúde, nos âmbitos individual e coletivo, além de atribuições relacionadas à comunicação e

educação em saúde, e à gestão da prática, produção e aplicação do conhecimento (BRASIL,

2013a). Há orientações quanto a medicação (posologia, dosagem e horários), sobre interações

e desconfortos inerentes ao medicamento e a doença, e avaliação da prescrição médica. Na

avaliação da prescrição médica entende-se como auxílio na interpretação da mesma, garantindo

conhecimento sobre função dos medicamentos bem como doenças diagnosticadas e não

diagnosticadas, colaborando assim com o médico e outros profissionais da saúde em diversos

aspectos do tratamento (LOPES, 2017).

A implantação de consultas farmacêuticas vem proporcionando a realização de um

atendimento mais humanizado ao paciente, o que consequentemente permite gerar valorização

profissional, maior adesão e eficácia aos tratamentos recomendados (LOPES, 2017).

2.3.1 Problemas de saúde prevalentes e passíveis de orientação no consultório

farmacêutico

Em um consultório os cuidados farmacêuticos são realizados com pacientes que podem

apresentar variados problemas de saúde. No entanto, há duas doenças que são muito comuns de

serem prevalentes, o Diabetes mellitus e a Hipertensão Arterial Sistêmica, as quais são

Page 17: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

16

problemas de saúde que necessitam dos serviços farmacêuticos de forma contínua, visto que

são doenças que geralmente demandam a utilização prolongada de diversos medicamentos, o

que pode gerar dificuldades na adesão ao tratamento.

2.3.1.1 Diabetes mellitus

O Diabetes mellitus (DM) consiste em um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos

que apresenta em comum a hiperglicemia, decorrente de defeitos na ação da insulina, na

secreção de insulina ou em ambas (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2016). Há

dois tipos prevalentes de diabetes, o diabetes mellitus insulino-dependente (tipo 1) e o diabetes

mellitus insulino resistente (tipo 2), sendo que ambos manifestam comprometimento da

regulação da glicemia por ação da insulina (FIGUEIREDO; RABELO, 2009).

Considerado um importante problema de saúde pública, o diabetes pode acarretar em

maior risco de desenvolvimento de hipertensão arterial, obesidade, doença cardiovascular e

dislipidemias, principalmente na presença de tabagismo (LASERI; DE SOUZA, 2007).

O DM devido a sua natureza crônica, a gravidade das complicações e os meios

necessários para controlá-las, torna-se uma doença que onera não apenas os indivíduos afetados

mas suas famílias e todo o sistema de saúde. Nos Estados Unidos, foram estimados em duas ou

três vezes maiores os custos dos cuidados de saúde para indivíduos portadores de DM do que

para não portadores. Esses custos afetam o indivíduo, a família e a sociedade quanto ao aspecto

econômico bem como no âmbito da qualidade de vida, como sendo: dor, ansiedade,

inconveniência entre outros que causam grande impacto na vida do diabético e de seus

familiares, impacto este que é difícil de quantificar (SOCIEDADE BRASILEIRA DE

DIABETES, 2016).

Muitos diabéticos ficam incapacitados de continuar a trabalhar em virtude de

complicações crônicas ou permanecem com alguma limitação no desempenho profissional. Não

é fácil estimar o custo social dessa perda de produtividade e em algumas situações nas quais se

tem feito esse cálculo, tais custos representam uma importante parcela dos gastos

(SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2016).

A prevalência de DM só tem aumentado, sendo este aumento relacionado ao

crescimento e ao envelhecimento populacional, maior urbanização, crescente prevalência da

obesidade, sedentarismo e maior sobrevida do paciente diabético. Estimativas indicam que o

DM em 1995, atingia 4% da população adulta mundial e que, em 2025, alcançará o montante

Page 18: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

17

de 5,4%. Outros autores sugerem como número de indivíduos diabéticos a estimativa de

aproximadamente 366 milhões para o ano de 2030, sendo que destes 90% serão diabéticos do

tipo 2 (FERREIRA; FERREIRA, 2009).

Em Marronato (2006) é relatada a prevalência de 7,6% de DM no Brasil em indivíduos

com idade entre 30 e 69 anos, afetando igualmente ambos os gêneros, demonstrando também

que o risco de desenvolvimento aumenta com a idade (MARRONATO, 2006).

Estima-se que o Brasil passe da 8ª posição em 2000, para a 6ª posição em 2030 em

número de casos. Entre os fatores de risco associados estão os maus hábitos alimentares e estilo

de vida sedentário da população (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2003).

Devido ao não tratamento ou tratamento incorreto do diabetes complicações crônicas

surgem em ritmo perigoso tais como: infecções, retinopatia, nefropatia, neuropatia, pé

diabético, infarto do miocárdio e acidentes vasculares (PLÁCIDO; FERNANDES; GUARIDO,

2009).

Os resultados de um estudo com uma equipe interdisciplinar mostraram que o

tratamento dos pacientes com DM foi mais eficaz, com um melhor controle da glicemia

impedindo ou retardando o surgimento ou progressão das complicações agudas e crônicas desta

doença (BIRAL; CARDOSO; GRUNSPAN, 2005).

2.3.1.2 Hipertensão Arterial Sistêmica

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) representa uma condição clínica multifatorial

caracterizada por elevação sustentada da pressão arterial (PA). Frequentemente está associada

a alterações funcionais e/ou estruturais do coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos, além de

alterações metabólicas, aumentando-se assim o risco de eventos cardiovasculares fatais e não

fatais (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2010).

A HAS é considerada um dos principais fatores de risco (FR) modificáveis e um dos

mais importantes problemas de saúde pública. A elevação da PA a partir de 115/75 mmHg de

forma linear, contínua e independente é um fator de risco para mortalidade por doença

cardiovascular (DCV) (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2006).

Em relação aos fatores de risco para HAS: (a) a idade está diretamente e linearmente

relacionada, sendo a prevalência de HAS superior a 60% em indivíduos com idade acima de 65

anos; (b) entre os gêneros feminino e masculino a prevalência global é semelhante, embora seja

mais elevada no gênero masculino até a idade de 50 anos, invertendo-se a partir da quinta

Page 19: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

18

década; (c) sobrepeso gera maior risco de desenvolver hipertensão desde idades jovens. A

obesidade central também se associa com a PA; (d) hábitos alimentares ricos em sal, açúcar e

gorduras são preocupantes. A ingestão excessiva de sódio tem sido correlacionada com

elevação da PA; (e) consumo de álcool por períodos prolongados de tempo pode contribuir

como o descontrole da PA. O uso de etanol de forma excessiva está associado com a ocorrência

de HAS de forma independente das características demográficas (SOCIEDADE BRASILEIRA

DE CARDIOLOGIA, 2006; CESARINO et al., 2008; MARTINEZ et al., 2006; LESSA et al.,

2001; SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2010; SCHERR; RIBEIRO, 2009).

Em uma revisão sistemática de 1990 a 2002 feita por Roughead e colaboradores em

2003, foram analisados 70 estudos de diferentes serviços farmacêuticos, os quais o autor

constatou que em alguns desses estudos com foco em hipertensão houve redução

estatisticamente significativa dos níveis pressóricos dos pacientes que tiveram acesso aos

cuidados farmacêuticos. Roughead e colaboradores também avaliaram nesta revisão o serviço

farmacêutico de educação e aconselhamento de pacientes, observando que existia maior nível

de controle da hipertensão nos pacientes que aderiam a intervenção farmacêutica (CORREA,

2009).

No ano 2000, os autores Morrison e colaboradores avaliaram intervenções, verificando

que estas melhoraram a adesão ao tratamento anti-hipertensivo. Nessa revisão, consta relato de

intervenção com a participação do farmacêutico na equipe multiprofissional, na qual o mesmo

participa tomando decisões em conjunto com essa equipe sobre a terapêutica do paciente,

permitindo ao autor demonstrar que os serviços clínicos farmacêuticos são efetivos (CORREA,

2009).

Quanto as medidas farmacológicas foram avaliadas a eficácia e a segurança de

medicamentos na prevenção da HAS, constatando-se que a estratégia medicamentosa foi bem

tolerada e preveniu o desenvolvimento de HAS em populações jovens de alto risco. É

recomendado para indivíduos com comportamento limítrofe da PA, o tratamento

medicamentoso apenas em condições de risco cardiovascular global alto ou muito alto. Vale

ressaltar que até o momento, nenhum estudo já realizado tem poder suficiente para recomendar

um tratamento medicamentoso à indivíduos com PA limítrofe sem evidências de doença

cardiovascular (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2010; NEVES; OIGMAN

2009).

Page 20: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

19

2.3.1.3 Outros problemas de saúde

Em um consultório farmacêutico podem ser atendidos pacientes com problemas de

saúde variados, agudos ou crônicos, com ou sem diagnóstico médico. Dentre estes problemas,

além de DM e HAS (Doenças crônicas não transmissíveis – DCNTs) também são sugeridos

acompanhamentos a pacientes obesos e tabagistas (BRASIL, 2013b ; MACHUCA;

FERNÁNDEZ-LLIMÓS; FAUS, 2003).

A escolha em acompanhar ou não um paciente cabe ao farmacêutico, o qual pode

realizar uma orientação mais detalhada ou então sugerir e/ou oferecer o acompanhamento. O

farmacêutico precisa se interar do problema do paciente para contribuir com o processo de

tratamento do mesmo (MACHUCA; FERNÁNDEZ-LLIMÓS; FAUS, 2003).

É importante ressaltar que em uma consulta farmacêutica cabe ao profissional atuar

mediante suas atribuições clínicas (BRASIL, 2013a), ou seja, realizar atividades constantes

com as diretrizes vigentes da profissão.

Outras doenças, além das DCNTs podem surgir para que o farmacêutico auxilie no

autocuidado como por exemplo problemas de saúde autolimitados (MARQUES, 2013), os

quais podem ser tratados no intuido de amenizar sintomas que geram desconforto (resfriado,

hemorróidas, tosse, entre outros).

Ressalta-se também a importância do farmacêutico estar interado com a comunidade na

qual trabalha para entender sobre doenças prevalentes e incidentes do local, auxiliando assim

na prevenção de doenças (malária, hanseníase, dengue, zika, chikungunya, doença de Chagas

entre outras), atendendo às suas atribuições previstas pelo Conselho Federal de Farmácia

(BRASIL, 2013a).

Page 21: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

20

3. OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Realizar, documentar, promover e avaliar os serviços de atenção farmacêutica prestados

no consultório farmacêutico da farmácia pública André Maggi (Farmácia Regional I) de

Sinop/MT, em prol da melhoria da qualidade de vida e adesão farmacoterapêutica.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Realizar acolhimento de pacientes da demanda de uma farmácia pública;

Realizar a triagem de pacientes que necessitam de acompanhamento

farmacoterapêutico;

Documentar os dados obtidos dos pacientes convidados a realizarem o

acompanhamento farmacoterapêutico;

Promover a educação em saúde no monitoramento de seus problemas de saúde (sendo

crônicos diagnosticados ou autolimitados);

Orientar sobre o uso racional de medicamentos;

Intervir na terapia medicamentosa, quando necessário;

Participar, junto ao paciente, da elaboração de um plano de cuidado.

Page 22: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

21

4. MATERIAIS E MÉTODOS

4.1 Período e local do estudo

O trabalho foi realizado na farmácia pública André Maggi (Farmácia regional I) de

Sinop/ MT, mais precisamente em uma sala na qual foi então instituído o consultório

farmacêutico. O período de análise dos resultados considerou o início do trabalho em maio de

2016 e fechamento para este fim em dezembro de 2018, lembrando que o serviço apenas

interrompeu em férias dos servidores e acadêmicos. Este presente estudo esteve vinculado no

projeto de extensão “Serviço de atendimento farmacêutico”, cadastrado no SIEX/UFMT

(ANEXO F), desde fevereiro de 2014.

4.2 Desenho do estudo

4.2.1 Tipo de estudo

O modelo de investigação aplicado foi de um estudo quasi-experimental, longitudinal,

prospectivo e com intervenção. Foi utilizada a metodologia Dáder para o seguimento

(acompanhamento) farmacoterapêutico, por meio de formulário/prontuário previamente

estabelecido. O método de abordagem escolhido foi abordagem qualitativa sendo mais

adequado para apurar opiniões e atitudes implícitas dos pacientes entrevistados, pois utilizam

instrumentos padronizados (formulários). Este instrumento padronizado, o formulário

padronizado para realização da consulta farmacêutica (ANEXO C) foi publicado pelo

Ministério da Saúde em 2014.

4.2.2 Critérios de inclusão e exclusão

Como critérios de inclusão, foram considerados os pacientes já diagnosticados com um

ou mais problemas de saúde, os que faziam uso de uma ou mais medicações, os que pegavam

ou não medicamentos na farmácia regional André Maggi, os que eram indicados por outros

profissionais a participarem do acompanhamento, e que concordaram em participar de forma

Page 23: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

22

voluntária deste estudo no período de 2016, 2017 e 2018. Quanto a exclusão, foram

desconsiderados aqueles que abandonaram o estudo.

4.3 Considerações Éticas da Pesquisa

Os princípios éticos foram respeitados, protegendo os direitos dos pesquisadores em

atenção às determinações das “Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisas

envolvendo Seres Humanos”, estabelecidas pela Resolução 466, de 12 de dezembro de 2012 do

Conselho Nacional de Saúde – CNS (BRASIL, 2012b). Segue o parecer CAAE, número

37581214.0.0000.5541, do INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO E SAÚDE SINOP

EIRELI, com comprovante número 921.127 (ANEXO E).

4.4 População-alvo e avaliação de formulário

Os atendimentos foram avaliados mediante participação de pacientes de forma

voluntária.

Foram realizadas as triagens das seguintes maneiras:

a) demanda normal dos atendimentos da farmácia, por meio das atendentes;

b) divulgação do “Serviço de atenção farmacêutica – SAF” nas “Farmácias Regionais”

da cidade, pelos farmacêuticos responsáveis por essas unidades de saúde;

c) convite realizado por acadêmicos e professoras via telefone (contatos cadastrados

na farmácia);

d) convite aos pacientes diabéticos em campanhas (projetos de extensão) realizados em

farmácias particulares parceiras.

Foi obtida uma amostra por conveniência e não probabilística, composta por 104

pacientes de ambos os gêneros.

4.5 Coleta de dados

4.5.1 Instrumentos

4.5.1.1 - Formulário e termo de consentimento livre e esclarecido.

Page 24: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

23

Para prosseguir com a coleta de dados, inicialmente foi garantido o sigilo das

informações e o direito de não participação aos pacientes que se recusassem. Após esclarecido

o objetivo do trabalho e a forma como seriam conduzidas as informações, todos os pacientes

concordantes em participar do estudo assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido

(ANEXO D).

4.5.1.2 - Ficha de Seguimento Farmacoterapêutico.

Foram realizados atendimentos duas vezes na semana (terça e quinta-feira), das 07 horas

as 10 horas utilizando o formulário previamente estabelecido, conforme ANEXO C (BRASIL,

2014b), para registro das informações obtidas, durante o período de 2016, 2017 e 2018. Ao

longo dos atendimentos foram obtidos dados farmacoterapêuticos, sociodemográficos e

clínicos (glicemia capilar, pressão arterial, entre outros), sendo que este último era registrado

em uma tabela (ANEXO B) elaborada para registro/controle de parâmetros aferidos durante as

consultas farmacêuticas, para complementação do formulário padronizado.

No formulário (ANEXO C) os problemas relacionados aos medicamentos (PRMs)

foram categorizados em 9 tipos, sendo eles: Tipo 1 (problemas envolvendo seleção e

prescrição); Tipo 2 (administração e adesão do paciente ao tratamento); Tipo 3 (erro de

dispensação ou manipulação); Tipo 4 (discrepâncias entre níveis de atenção à saúde); Tipo 5

(problemas na qualidade do medicamento); Tipo 6 (monitoramento); Tipo 7 (tratamento não

efetivo); Tipo 8 (reação adversa a medicamento); Tipo 9 (intoxicação por medicamentos).

4.5.2 Fontes de dados

Entre as fontes de dados incluíram: entrevista direta com o paciente; prescrições médicas

fornecidas pelo paciente; resultados de exames laboratoriais/complementares do paciente,

fornecidos pelo próprio paciente; discussão dos casos com a professora orientadora após os

atendimentos.

4.6 Organização dos dados

Visando melhoria no atendimento da população, foram realizados a caracterização dos

dados referente a faixa etária, sexo, os problemas de saúde relatados, hábitos de vida

Page 25: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

24

apresentados (tabaco) e outros. Além disso, junto ao formulário foram realizadas orientações

sobre o plano de condutas, intervenções farmacêuticas, aferição de parâmetros e sobre suas

dúvidas quanto aos medicamentos e doenças.

Os formulários preenchidos pelos pesquisadores foram carregados em formato tabular

no programa Calc do pacote do LibreOffice 6.1.4, já usando-se da conferência dupla cega,

garantindo a integralidade dos dados. Após o carregamento dos dados, estes foram

organizados/analisados em forma de tabelas, utilizando-se novamente o programa mencionado

anteriormente.

Page 26: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

25

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

No presente estudo foram atendidos 104 pacientes, sendo que deste total 45 eram do

sexo masculino e 59 do sexo feminino. A faixa etária predominante em ambos os sexos foi de

“acima de 50 anos” de idade. Dos bairros aos quais os participantes mencionaram participar, o

de maior frequência foi o bairro Violetas, seguido do bairro Boa Esperança. Esses dados podem

ser observados na Tabela 1.

Tabela 1 – Dados sociodemográficos dos pacientes atendidos no consultório farmacêutico localizado na

farmácia regional André Maggi de Sinop/MT, no período de 2016, 2017 e 2018.

Fonte: Elaborada pela autora.

*As idades foram categorizadas com base na faixa etária considerada pelo IBGE.

Em relação aos problemas de saúde, DM e HAS foram os que obtiveram maiores

números de portadores. Conforme observado na Tabela 2, 68 pacientes apresentavam DM, 75

HAS e 47 possuíam as duas doenças (DM e HAS), o que caracteriza um agravante a cada

paciente devido ao aumento no número de medicamentos que utilizam e os riscos da não adesão

ao tratamento. Estes dados direcionaram as intervenções realizadas e permitiram criar uma

relação com o paciente para o acompanhamento em consultas de retorno, visto que são

problemas de saúde que necessitam de melhor acompanhamento e orientações quanto a terapia

Total geral

Bairros F M F M F M F M

Boa Esperança 1 - 2 - 5 4 - 1 13

Camping Club - - - - 1 - - - 1

Gente Feliz - - - - 2 1 - - 3

Gleba Mercedes - - - - - 1 - - 1

Ibirapuera - - - - - 1 - - 1

Menino Jesus - - - 1 - - - - 1

Nações - - - - - 1 1 - 2

Oliveiras 1 - 1 - 2 2 - - 6

Palmeiras - - - 1 - 1 1 - 3

Primaveras - - - - 1 2 - - 3

Sebastião de Matos - - 1 - - - - - 1

Sholtão - - - 1 - - - - 1

União - - - - 1 1 - - 2

Violetas - - - 1 12 2 1 - 16

Vitória Régia - - - - 2 1 - - 3

Não Informado 3 1 3 3 11 14 7 5 47

Total geral 5 1 7 7 37 31 10 6 104

Abaixo de 34 anos 35 a 49 anos Acima de 50 anos Idade não informada

FAIXA ETÁRIA POR SEXO

Page 27: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

26

tanto farmacológica quanto a não farmacológica, as quais podem significativamente evitar

complicações a curto e longo prazo.

Tabela 2 – Dados acerca de pacientes com hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e as duas

doenças.

Fonte: Elaborada pela autora.

Além destes problemas de saúde (DM e HAS) foi possível identificar outros problemas

que levam a um agravamento da saúde do paciente, como por exemplo: câncer, hanseníase,

hipotireoidismo e hipertireoidismo, labirintite, bronquite, desgastes ósseos e articulares, doença

de Chagas, fibromialgia, problemas de próstata, osteoporose, esteatose hepática, problemas

emocionais e psíquicos, além de outros. Dentre estes o que chamou atenção e que pode ser

observado nas Tabelas 3 e 4 é o número de pacientes com hipertensão associada a dislipidemias

e ao tabaco, ressaltando aqui o uso do tabaco (mesmo que o usuário já tenha cessado o uso).

Na Tabela 3, foi observado que 54 pacientes hipertensos não apresentam dislipidemias

e 21 possuem dislipidemias. Apesar de ser maior o número de pacientes hipertensos sem

dislipidemias, vale ressaltar que estes podem vir a desenvolver dislipidemias, que são um dos

fatores de risco para o agravamento de doenças cardiovasculares, prejudicando assim a

qualidade de vida.

Tabela 3 – Relação entre o número de pacientes com hipertensão arterial sistêmica e/ou dislipidemia.

Fonte: Elaborada pela autora.

HAS Não Sim Total Geral

Não 8 21 29

Sim 28 47 75

Total Geral 36 68 104

DM

Dislipidemia Não Sim Total geral

Não 23 54 77

Sim 6 21 27

Total geral 29 75 104

HAS

Page 28: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

27

Estudos epidemiológicos verificaram que há associação da HAS com características

sociodemográficas, consumo de álcool, ingestão de sódio, estresse, diabetes, obesidade e

sedentarismo. Alguns fatores de risco como o tabagismo e as dislipidemias também estão

associados, podendo estes interagir com a PA e aumentar o risco de desenvolvimento de

doenças cardiovasculares. Em um estudo realizado em 2010, os pesquisadores identificaram

correlação significante entre a HAS e o tabagismo, destacando que a prevalência de HAS foi

maior entre os ex-tabagistas e tabagistas do que entre os não tabagistas (NASCENTE et al.,

2010).

O uso do tabaco além de provocar vício devido a nicotina e outras substâncias tóxicas

presentes no cigarro, pode provocar aumento do risco de isquemia e infarto agudo do miocárdio,

além de maior progressão de doenças pulmonares, como bronquite crônica e enfisema

pulmonar. Os fumantes, de modo geral, são portadores de maior quantidade de doenças do que

a população em geral (CARDOSO et al., 2010).

No presente estudo, conforme indica a Tabela 4, diferentemente da correlação

mencionada no estudo de Nascente et al., (2010), não foi representativo entre a HAS e o

tabagismo, visto que a prevalência foi maior em pacientes que não informaram se faziam uso

ou não de tabaco, seguido dos que não fumavam. No entanto, sabe-se que o uso de tabaco por

pessoas hipertensas gera interação com a PA, aumentando-se assim o risco de desenvolvimento

de doenças no sistema cardiovascular.

Tabela 4 – Relação entre o número de pacientes hipertensos, tabagistas e dislipidêmicos.

Fonte: Elaborada pela autora.

Em 104 prontuários avaliados foi possível constatar que 72 pacientes possuem PRMs e

apenas 32 não possuem nenhum PRM. Esses PRMs identificados foram categorizados em 9

tipos (Tabela 5), sendo eles: Tipo 1 (problemas envolvendo seleção e prescrição); Tipo 2

HAS Positiva

TABACO Não Sim Total geral

Fumava 7 3 10

Não fuma 17 9 26

Não informou 27 9 36

Sim 2 - 2

Total geral 53 21 74

Dislipidemia

Page 29: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

28

(administração e adesão do paciente ao tratamento); Tipo 3 (erro de dispensação ou

manipulação); Tipo 4 (discrepâncias entre níveis de atenção à saúde); Tipo 5 (problemas na

qualidade do medicamento); Tipo 6 (monitoramento); Tipo 7 (tratamento não efetivo); Tipo 8

(reação adversa a medicamento); Tipo 9 (intoxicação por medicamentos).

Tabela 5 – Quantidade de problemas relacionados aos medicamentos (PRMs) identificados por tipo e por

pessoas.

Fonte: Elaborada pela autora.

Conforme Tabela 5, foram identificados 18 vezes o PRM do tipo 1, o qual indica

problemas envolvendo seleção e prescrição de medicamentos. Destas 18 vezes, 17 pacientes

tinham 1 PRM do tipo 1, enquanto apenas 1 paciente apresentou ter 2 PRMs do tipo 1. Neste

contexto, foram identificados PRMs do tipo 1 como: prescrição de medicamento inapropriado

ou contraindicado; interação medicamento-medicamento; interação medicamento-alimento;

condição clínica sem tratamento; necessidade de medicamento adicional; e disponibilidade de

alternativa mais custo-efetiva.

Em análise ao PRM tipo 2, quanto a administração e adesão do paciente ao tratamento,

foram identificados na Tabela 5 48 vezes esse PRM, sendo que deste tipo de PRM 39 pessoas

apresentaram apenas 1 PRM, 5 pessoas tiveram 2 PRMs, 3 pessoas apresentaram 3 PRMs,

enquanto apenas 1 pessoa apresentou 4 PRMs do tipo 2. Neste caso, foram identificados

problemas como: omissão ou adição de doses (subdosagem ou sobredosagem, respectivamente)

pelo paciente; técnica de administração do paciente incorreta; frequência ou horário de

Tipo de PRM

identificado1 2 3 4 Total

Tipo 1 17 1 - - 18

Tipo 2 39 5 3 1 48

Tipo 3 - - - - 0

Tipo 4 1 - - - 1

Tipo 5 - - - - 0

Tipo 6 20 11 9 - 40

Tipo 7 13 - - - 13

Tipo 8 8 - - - 8

Tipo 9 - - - - 0

Total 98 17 12 1

Quantidade PRM por pessoas

Page 30: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

29

administração incorreto, sem alterar dose diária; descontinuação indevida do medicamento;

continuação indevida do medicamento; redução abrupta de dose; e automedicação indevida.

Conforme indica a Tabela 5, os PRMs do tipo 3, 5 e 9, os quais se referem

respectivamente a erro de dispensação ou manipulação, problemas na qualidade do

medicamento, e intoxicação por medicamentos, não foram detectados em nenhum paciente.

Em relação ao PRM do tipo 4, este foi identificado na Tabela 5 apenas 1 vez, indicando

que em um paciente havia discrepâncias entre níveis de atenção à saúde, pois foi verificado que

o paciente possuía duplicidade terapêutica entre as prescrições que tinha em mãos.

O PRM do tipo 6, conforme a Tabela 5, foi identificado 40 vezes, sendo que destas 40

vezes, 20 se referiram a pessoas que tiveram apenas 1 PRM do tipo 6, 11 pessoas manifestaram

ter 2 dos problemas que pertencem ao tipo 6 e 9 pessoas tiveram 3 PRMs deste tipo. Neste caso,

os problemas envolviam a necessidade de monitoramento laboratorial e/ou não laboratorial,

além de auto monitoramento.

Na Tabela 5, constatou-se que 13 vezes um dos PRMs do tipo 7 foi identificado,

demonstrando que 13 pessoas não tiveram um tratamento efetivo, porém a causa não foi

definida.

No PRM do tipo 8, a Tabela 5 indica que 8 vezes um dos PRMs deste tipo foi

identificado nos pacientes atendidos, sendo que esse PRM envolvia reação adversa dose-

dependente (tipo A).

Dentre os pacientes que foram acompanhados no estudo, 31 destes afirmaram utilizar

algum tipo de planta medicinal, marcado como terapia alternativa. Dentre as diversas

associações, percebeu-se que algumas plantas são consideradas seguras, devido aos estudos já

realizados, dentre estas a “pata-de-vaca e a camomila”, enquanto outras demandam um cuidado

maior, como a “carqueja e a mão-de-Deus”, pois estas não foram estudadas como

hipoglicemiantes.

Diante dos PRMs encontrados durante as consultas e as condições de saúde apresentadas

pelos participantes, algumas intervenções foram propostas. No acompanhamento

farmacoterapêutico uma das intervenções realizadas era a redução na quantidade de ingestão de

plantas medicinais, ou seja, dos produtos “naturais”, pois além do risco de intoxicação foi

possível identificar o mau uso (preparo), o risco (quanto a identificação) e a automedicação (no

caso das garrafadas). Foram intervenções positivas pois houve aceite e seguimento do paciente.

Page 31: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

30

Dentre as intervenções possíveis de serem realizadas neste atendimento existe aquela

realizada entre o farmacêutico e o paciente (Intervenção F-P), como uma forma cooperativa e

de extrema/ total participação do paciente, além de uma negociação compartilhada entre o que

é proposto pelo farmacêutico e o que é aceito pelo paciente. Também existe a intervenção na

qual o médico é envolvido (Intervenção F-P-M), sendo que, esta deve ser realizada quando se

torna necessário uma nova avaliação dos medicamentos prescritos pelo médico, tanto para

inclusão e/ou exclusão de medicamentos, ou até mesmo avaliação de uma provável ineficiência

da terapia farmacológica.

No presente estudo, ambas as intervenções mencionadas anteriormente foram

realizadas, sendo observadas as quantidades de cada uma e seus resultados na Tabela 6.

Tabela 6 – Número de intervenções farmacêuticas realizadas e resultados.

Fonte: Elaborada pela autora.

Das intervenções realizadas, a que teve maiores resultados positivos, sendo a mais

praticada, foi a intervenção farmacêutico-paciente, por meio de aconselhamentos, informações

e orientações quanto aos problemas de saúde, armazenamento, ingestão e/ou a aplicação de

medicação (aplicação no caso de insulina), autocuidado, fatores de risco e a importância de

adquirir hábitos de vida saudáveis. Além disso, para casos especiais (pacientes analfabetos,

idosos que tinham muitos medicamentos e pacientes que esqueciam de tomar a medicação por

conta de esquecer o medicamento em casa quando iam para o trabalho) foram desenvolvidas e

entregues caixas organizadoras de medicamentos (conforme ANEXO G) para auxiliar na

adesão ao tratamento. Em alguns casos, também foram realizadas sugestões de alteração na

terapia para melhor adesão do paciente ao tratamento (casos em que a condição financeira

influenciava na adesão). Encaminhamentos à médicos e nutricionistas foram realizados,

havendo retornos positivos tanto na farmacoterapia, nos hábitos alimentares e no controle de

certos parâmetros, como os valores da pressão arterial e da glicemia capilar dos pacientes

Intervenções realizadas Negativa Positiva Total geral

Intervenção F-P - 93 93

Intervenção F-P-M 2 9 11

Total geral 2 102 104

Resultados das intervenções

Page 32: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

31

Através do controle glicêmico as complicações do DM podem ser reduzidas de maneira

significativa, demonstrando a importância do autoconhecimento da DM para melhor

autocuidado. Estes cuidados levam a realização de ajustes necessários do tratamento

(SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2016).

Para evitar as complicações do DM, o tratamento correto também inclui mudança do

estilo de vida com hábitos saudáveis. E, ao analisar o curso do DM é possível aproximar à

importância do acompanhamento farmacoterapêutico bem como da equipe multiprofissional

para que a adesão ao tratamento proposto seja satisfatória e eficiente (PLÁCIDO;

FERNANDES; GUARIDO, 2009).

Ao desenvolver o acompanhamento farmacoterapêutico, ferramenta essencial, é

possível amparar o paciente com cuidados inerentes a esta doença complexa, a qual envolve

cuidados com esquema posológico, armazenamento de insulina, mudanças de hábitos de vida,

entre outros (PLÁCIDO; FERNANDES; GUARIDO, 2009).

A participação ativa do farmacêutico contribui para a adesão à terapia proposta, pois

permite a orientação individual do paciente e o acompanhamento terapêutico, diminuindo o

número de reações adversas relacionadas ao uso dos hipoglicemiantes (LASERI; DE SOUZA,

2007).

Na HAS, a prevenção primária por meio de medidas farmacológicas ou não, além da

detecção precoce, são formas bem efetivas de prevenção e devem ser metas prioritárias dos

profissionais de saúde. Segundo SBC, as medidas não farmacológicas incluem mudanças de

estilo de vida, adoção de hábitos saudáveis, estímulo para crianças e adolescentes nestas ações

incluindo a alimentação saudável, consumo controlado de sódio e de álcool, ingestão de

potássio e combate ao tabagismo e ao sedentarismo (SOCIEDADE BRASILEIRA DE

CARDIOLOGIA, 2010).

O número de intervenções farmacêutico-paciente-médico por meio de

encaminhamentos e/ou sugestões na farmacoterapia, não foi muito grande, porém foram

significantes pois além de incentivar a troca de experiência e reforço do trabalho colaborativo,

centrado no paciente, levaram na maioria dos casos a uma melhora nas condições de saúde do

paciente e relacionamento dos profissionais.

Page 33: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

32

6. CONCLUSÕES

O estudo possibilitou concluir que dos 104 pacientes avaliados houve uma

predominância de pacientes hipertensos e diabéticos, e que 74 pacientes apresentaram

problemas relacionados aos medicamentos que utilizavam. Dos PRMs identificados, o tipo 2

foi o predominante, sendo relacionado a administração e adesão do paciente ao tratamento. A

atuação do farmacêutico nesses casos foi fundamental para o sucesso da farmacoterapia de cada

paciente.

Mediante os resultados apresentados, a quantidade de PRMs identificados e as

intervenções realizadas, entende-se que é necessário a atuação do farmacêutico no

acompanhamento farmacoterapêutico de pacientes, principalmente para aqueles que necessitam

de maior atenção (analfabetos, idosos e pacientes com mais de um problema de saúde). Além

disso, é de fundamental importância que o paciente chegue ao consultório farmacêutico com

seu diagnóstico e prescrição corretos, pois são estes que nortearão o trabalho de atenção

farmacêutica.

Vale ressaltar que o profissional pode construir uma grande influência sobre a adesão

ao tratamento através dos serviços de cuidados, por meio de um acolhimento adequado ao

paciente, de forma humanizada, respeitando as técnicas de comunicação, buscando assim a

construção de uma relação de confiança, aceitação e empatia, a qual contribui para a obtenção

de informações que são extremamente importantes para o profissional ajudá-lo a compreender

suas condições de saúde e respectivos tratamentos, e assim conscientizá-lo e orientá-lo não só

quanto ao uso racional de medicamentos, mas também quanto a hábitos alimentares e hábitos

de vida saudáveis.

Diante disso, pode-se entender que os cuidados farmacêuticos são imprescindíveis, tanto

quanto ao acesso ao medicamento, quanto ao uso racional, pois juntamente com outros

profissionais de saúde, o farmacêutico pode realizar o acompanhamento da terapia e realizar

orientações farmacológicas e não farmacológicas que poderão melhorar a adesão ao tratamento

bem como a qualidade de vida do paciente.

Para estudos futuros, sugere-se a aplicação das intervenções farmacêuticas apresentadas

nesse trabalho por outros farmacêuticos, em todos os níveis de atenção à saúde, para avaliação

da efetividade da contribuição do farmacêutico no acompanhamento farmacoterapêutico e na

qualidade de vida dos pacientes.

Page 34: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

33

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BIRAL, Adriana Manrubia; CARDOSO, Priscila Marques; GRUNSPAN, Simone. A

importância do educador em diabetes mellitus. Diabetes clínica, v. 9, n. 3, p. 205-211, 2005.

BRASIL. Ministério da Saúde. A assistência farmacêutica nas Redes de

Atenção à Saúde do SUS. Brasília, 2012a. 25 p. Documento técnico apresentado

ao DAF/SCTIE/MS, não publicado na íntegra.

BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução Nº 466 de 12 de

dezembro de 2012. Aprova diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo

seres humanos. 2012b Disponível em: <

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2013/res0466_12_12_2012.html> Acesso em:

05 dez. 2018

BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução Nº 585 de 29 de agosto de 2013.

Regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico e dá outras providências. 2013a.

Disponível em: < http://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/585.pdf> Acesso em: 16 jan.

2019

BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução Nº 586 de 29 de agosto de 2013. Regula

a prescrição farmacêutica e dá outras providências. 2013b. Disponível em:<

http://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/586.pdf> Acesso em: 16 jan.2019

BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução Nº 596 de 21 de fevereiro de 2014.

Dispõe sobre o Código de Ética Farmacêutica, o Código de Processo Ético e estabelece as

Page 35: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

34

infrações e as regras de aplicação das sanções disciplinares. 2014a. Disponível em: <

http://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/596.pdf> Acesso em: 16 jan. 2019

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.

Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Capacitação para

implantação dos serviços de clínica farmacêutica / Ministério da Saúde, Secretaria de

Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e

Insumos Estratégicos. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014b. 308 p.: il. (Cuidado

farmacêutico na atenção básica; caderno 2). Disponível em:

<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cuidado_farmaceutico_atencao_basica_saude_2.p

df> Acesso em: 1 jun. 2018

CARDOSO, Diogo Barbalho et al. Fatores relacionados ao tabagismo e ao seu abandono.

Revista de Medicina, v. 89, n. 2, p. 76-82, 2010. Disponível em: <

https://www.revistas.usp.br/revistadc/article/view/46277/49931> Acesso em: 10 jan. 2019

CESARINO, Claudia Bernardi et al. Prevalência e fatores sociodemográficos em hipertensos

de São José do Rio Preto. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 91, n. 1, p. 31-35, 2008.

CORREA, Paulo Maximiliano. Determinação da efetividade da atenção farmacêutica em

pacientes hipertensos não-controlados: um ensaio clínico randomizado/Paulo

Maximiliano Correa; orient. Flávio Danni Fuchs; co-orient. Mauro Silveira de Castro. – 2009.

89 f. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de

Medicina. Programa de Pós-Graduação em Medicina: Ciências Médicas, Porto Alegre, BR-

RS,2009. Disponível em: <

https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/16361/000695729.pdf?sequence=1&isAll

owed=y> Acesso em: 01 dez. 2018

CORRER, Cassyano J.; OTUKI, Michel F. A prática farmacêutica na farmácia

comunitária. Artmed Editora, 2013. 435 p.

Page 36: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

35

FERREIRA, Celma Lúcia Rocha Alves.; FERREIRA, Márcia Gonçalves. Características

epidemiológicas de pacientes diabéticos da rede. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e

Metabologia, v. 53, n. 1, p. 1-80, 2009.

FIGUEIREDO, Danielly Mesquita; RABELO, Flávia Lúcia Abreu. Diabetes insipidus:

principais aspectos e análise comparativa com diabetes mellitus. Semina: Ciências

Biológicas e da Saúde, v. 30, n. 2, p. 155-162, 2009.

FREITAS, Erika Lourenço de; RAMALHO-DE-OLIVEIRA, Djenane; PERINI, Edson.

Atenção Farmacêutica - Teoria e Prática: um Diálogo Possível?. Acta Farmaceutica

Bonaerense, v. 25, n. 3, p. 447-453, 2006.

IVAMA, Adriana Mitsue et al. Consenso brasileiro de atenção farmacêutica: proposta.

Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde; 2002. 24 p.

LASERI, Denis Dogo; DE SOUZA, Paula Regina Knox. Atenção farmacêutica e o tratamento

de diabetes mellitus pharmaceutical care and diabetes mellitus treatment. Revista de Atenção

à Saúde (antiga Rev. Bras. Ciên. Saúde), v. 5, n. 14, 2007.

LESSA, Ínes et al. Epidemiologia da hipertensão arterial sistêmica e da insuficiência cardíaca

no Brasil. Rev bras hipertens, v. 8, n. 4, p. 383-92, 2001.

LOPES, Denise Aparecida Moreira Gollner. ATENÇÃO FARMACÊUTICA E

CONSULTÓRIOS FARMACÊUTICOS. Revista Acadêmica Oswaldo Cruz, ano 4, n.16

outubro-dezembro 2017 ISSN 2357-81873 (versão on-line). Disponível em:<

http://revista.oswaldocruz.br/Artigos> Acesso em: 01 jan. 2019

Page 37: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

36

LYRA-JÚNIOR, Divaldo Pereira de; PELÁ, Irene Rosemir. Impacto de um programa de

Atenção Farmacêutica, no cuidado de um grupo de idosos atendidos na Unidade Básica

Distrital de Saúde Dr. Ítalo Baruffi, Ribeirão Preto (SP). Ribeirão Preto (SP): Faculdade

de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo; 2005. 192 p.

MACHUCA, Manuel; FERNÁNDEZ-LLIMÓS, Fernando; FAUS, Maria José. Método

Dáder: manual de acompanhamento farmacoterapêutico (versão em português).

Granada: Grupo de Investigación em Atención Farmacéutica-Universidad de Granada; 2003.

Traduzido do original em espanhol. Versão Brasil: 2004. 45 p.

MARQUES, Luciene Alves Moreira. Atenção Farmacêutica em Disturbios Menores. 2. ed.

São Paulo: Medfarma, 2008. v. 1. 296p .

MARQUES, Luciene Alves Moreira. Atenção Farmacêutica em disturbios maiores. 2. ed.

São Paulo: Medfarma, 2013. v. 1. 444p .

MARRONATO, Graziele. O Brasil dos diabéticos. Revista COREN-SP, n. 63, p. 6-7,

maio/junho de 2006. Disponível em: < https://www.coren-

sp.gov.br/sites/default/files/63_0.pdf>. Acesso em: 12 nov. 2018

MARTINEZ, Maria Carmen et al. Fatores de risco para hipertensão arterial e diabete melito

em trabalhadores de empresa metalúrgica e siderúrgica Risk factors for hypertension and

diabetes mellitus in metallurgic and siderurgic company's workers. Arquivos Brasileiros de

Cardiologia, v. 87, n. 4, p. 471-479, 2006.

Page 38: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

37

MENEZES, Elber Barboza Bezerra de. Atenção farmacêutica em xeque. Revista Pharmacia

Brasileira, v. 22, p. 28, 2000.

NASCENTE, Flávia Miquetichuc Nogueira et al. Hipertensão arterial e sua correlação com

alguns fatores de risco em cidade brasileira de pequeno porte. Arquivos Brasileiros de

Cardiologia, v. 95, n. 4, p. 502-9, 2010.

NEVES, Mario Fritsch; OIGMAN, Wille. Pré-hipertensão: uma visão contra o tratamento

medicamentoso. Revista Brasileira de Hipertensão, v. 16, n. 2, p. 112-5, 2009.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Cuidados inovadores para condições

crônicas: componentes estruturais de ação: relatório mundial / Organização Mundial da

Saúde – Brasília, 2003.

PLÁCIDO, Viviane Butara de; FERNANDES, Leonardo Parr dos Santos; GUARIDO,

Cristiane Fátima. Contribuição da Atenção Farmacêutica para pacientes portadores de

diabetes atendidos no ambulatório de endocrinologia da UNIMAR. Revista Brasileira de

Farmácia, v. 90, n. 3, p. 258-263, 2009. Disponível

em:<http://www.ceatenf.ufc.br/Artigos/23.pdf>. Acesso em: 01 jun. 2017.

SCHERR, Carlos; RIBEIRO, Jorge Pinto. Gênero, idade, nível social e fatores de risco

cardiovascular: considerações sobre a realidade brasileira. Arquivos brasileiros de

cardiologia, v. 93, n. 3, p. 54-56, 2009.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão

arterial. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, p. 1-48, 2006.

Page 39: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

38

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão.

Revista Brasileira de Hipertensão, v.17, n. 1, p. 1-69, 2010.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Diretrizes da Sociedade Brasileira de

Diabetes (2015-2016) / Adolfo Milech...[et. al.]; organização José Egidio Paulo de Oliveira,

Sérgio Vencio - São Paulo: A.C. Farmacêutica, 2016. Disponível em:

<http://www.diabetes.org.br/profissionais/images/docs/DIRETRIZES-SBD-2015-2016.pdf >.

Acesso em: 01 jun. 2017.

TAULOIS, Júlia Carneiro. O cuidado farmacêutico no tratamento do Diabetes Mellitus.

2011. 60p. Trabalho de Conclusão de Curso (Farmácia) – Universidade Católica de Brasília,

Taguatinga, 2011 .Disponível em :

https://repositorio.ucb.br/jspui/bitstream/123456789/6764/5/J%C3%BAlia%20Carneiro%20T

aulois.pdf> .Acesso em: 05 dez. 2018.

Page 40: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

39

ANEXOS

ANEXO A

Tabela 7 – Tabela detalhada para controle dos horários de administração da medicação pelo paciente.

Fonte: Adaptado de GIV (Grupo de Incentivo à Vida). Disponível em:

<http://www.giv.org.br/medicamentos/tabela.htm>

Page 41: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

40

ANEXO B

Tabela 8 – Tabela para registro/controle de pârametros aferidos durante as consultas

farmacêuticas, para complementação do Formulário Padronizado

Perfil do paciente: Ansioso ( ) Nervoso ( ) Depressivo ( ) Outros:

Padrão do sono:

Histórico familiar de patologias:

Fonte: Elaborada pela autora

Page 42: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

41

ANEXO C

FORMULÁRIO PADRONIZADO PARA REALIZAÇÃO DA CONSULTA FARMACÊUTICA

(PRONTUÁRIO)

SERVIÇO DE CLÍNICA FARMACÊUTICA

PERFIL DO PACIENTE

Unidade de Saúde: Data e horário da 1ª consulta:

Origem: Local de atendimento: [ ] Consultório [ ]

Domicílio

Nome do paciente:

Data de nascimento: Idade: Gênero: [ ] Masculino [ ] Feminino

Escolaridade: Ocupação:

Telefone: Peso:Altura: IMC:

Endereço:

Com quem mora?

Limitações: [ ] Nenhuma [ ] Locomoção [ ] Fala [ ] Visão [ ] Audição [ ] Outras:

Autonomia na gestão dos medicamentos:

[ ] Toma medicamentos sem assistência [ ] Necessita de lembretes ou de assistência [ ] Incapaz de tomar

sozinho

Tem cuidador? [ ] Não [ ] Sim Nome:

_______________________________________________________

Parentesco: _______________ Telefone:

___________________________

Locais de armazenamento dos medicamentos em casa:

HISTÓRIA SOCIAL

Bebidas alcoólicas: [ ] Não [ ] Sim. Qual

(is)?_______________________________________________________

Quantidade ingerida: __________________ Frequência de uso: ______________________ Tempo de uso:

_________

Tabaco (cigarro, charuto, narguile): [ ] Não [ ] Fumava, mas parou há _______________

[ ] Sim

Qual(is)? _______________________ Quantidade / dia________________ Anos de uso _______ Anos /

maço: ______

Exercício físico: [ ] Não [ ] Sim. Tipo de atividade:

___________________________________________________

Duração: __________ Frequência: _____________________ Sente algum incômodo? _________

Hábitos alimentares (restrições, consumo de

água e alimentos):

Rotina (horários e observações importantes)

Acorda Café Lanche Almoço Lanche Jantar Dormir

Page 43: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

42

PROBLEMAS DE SAÚDE / QUEIXAS

Problemas de

saúde do

paciente

Registrar exames, sinais e sintomas do paciente relativos a cada doença

Fazer HDA quando houver queixas (Tempo – início, frequência e duração-,

Localização, Característica, Gravidade, Ambiente, Fatores que agravam ou que aliviam, Sintomas associados)

Estado

Clínico

Atual *

1.

2.

3.

4.

5.

6.

7.

8.

9.

* Curado (CUR) / Controlado (CON) / Melhora parcial (MPA) / Piora Parcial (PPA) / Não controlado (NCO) / Sob avaliação diagnóstica (SAD) /

Desconhecido (DES)

PERCEPÇÃO GERAL DE SAÚDE

Nota: Motivo:

QUALIDADE DE VIDA

Nota: Motivo:

ACESSO AOS MEDICAMENTOS

Setor público Setor privado Quanto gasta com medicamentos mensalmente?

___________________________________________

Dificuldades de acesso: [ ] Não [ ] Sim:

___________________________________________

___________________________________________

[ ] Unidades de saúde

[ ] Rede Farmácia

Popular

[ ] F. comunitária

pública

[ ] F. especial /

ambulatorial

[ ] Farmácias privadas

[ ] Farmácias

magistrais

[ ] Programa “Aqui

tem Farmácia Popular”

Page 44: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

43

* Como esse medicamento funciona para você? 1 = Funciona Bem; 2 = Funciona Regular; 3 = Não Funciona Bem; 9 = Não Sei

FARMACOTERAPIA ATUAL

Princípio ativo /

Concentração

Posologi

a

Prescrita

Origem

da

prescrição

Para

que

você

utiliza?

Posologia utilizada

Tempo

de uso

Como

funciona

p/ você?

*

Café Almoço Lanche Janta HD SN

A D A D A D A D - -

1.

2.

3.

4.

5.

6.

7.

8.

9.

10.

11.

12.

13.

14.

15.

16.

17.

18.

19.

Page 45: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

44

ADESÃO AO TRATAMENTO

A maioria das pessoas têm dificuldades para tomar seus comprimidos, o (a) senhor (a) tem

alguma dificuldade para tomar os seus?

Quantas vezes, nos últimos 7 dias, o (a) senhor (a) deixou de tomar os

medicamentos?

O (a) senhor (a) já esqueceu alguma vez de tomar os medicamentos? [ ] Não

[ ] Sim

O (a) senhor (a) toma os medicamentos na hora indicada? [ ] Não

[ ] Sim

Quando o (a) senhor (a) se encontra bem, deixa de tomar seus medicamentos? [ ] Não

[ ] Sim

Quando o (a) senhor (a) se sente mal, deixa de tomar seus medicamentos? [ ] Não

[ ] Sim

ALGUM DOS SEUS MEDICAMENTOS INCOMODA VOCÊ? [ ] Não [ ] Sim

Se SIM, por favor, liste os nomes dos medicamentos e o quanto eles o(a) incomodam:

Medicamento Muit

o

Um

pouc

o

Muit

o

pouc

o

Nunc

a

De que forma

incomoda?

ESTÁ SENTINDO OU JÁ SENTIU ALGUM DOS SINTOMAS ABAIXO, NOS

ÚLTIMOS MESES? [ ] Não [ ] Sim

[ ] Dor de cabeça

1. [ ] Coceira / Urticária

2. [ ] Problemas de sono

3. [ ] Problema gastrointestinal

[ ] Tontura / Desequilíbrio

[ ] Incontinência / Problema

urinário

[ ] Problema sexual

[ ] Dor muscular

1. [ ] Fadiga / Cansaço

2. [ ] Mudança no

humor

AGORA, CITAREI UMA LISTA DE PROBLEMAS QUE AS PESSOAS, ÀS VEZES,

TÊM COM SEUS MEDICAMENTOS

Quanto é difícil para você: Muito

difícil

Um

pouco

difícil

Nada

difícil

Comentário

(Qual

medicamento)

Abrir ou fechar a embalagem

Ler o que está escrito na embalagem

Lembrar de tomar o medicamento

Conseguir o medicamento

Tomar tantos comprimidos ao mesmo

tempo

Page 46: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

45

TERAPIAS ALTERNATIVAS / COMPLEMENTARES (ex.:acupuntura, homeopatia,

remédios caseiros)

Terapia alternativa Indicação Frequência de utilização Modo de

preparo /

utilização

ALERGIAS

Alergias conhecidas [ ] Não [ ] Sim:

Page 47: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

46

PROBLEMAS RELACIONADOS À FARMACOTERAPIA MEDICAMENTO(S)

ENVOLVIDO(S)

PROBLEMAS ENVOLVENDO SELEÇÃO E PRESCRIÇÃO

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

Prescrição de medicamento inapropriado ou contraindicado

Prescrição de medicamento sem indicação clínica definida

Prescrição em subdose

Prescrição em sobredose

Forma farmacêutica ou via de administração prescrita inadequada

Frequência ou horários de administração prescritos inadequados

Duração do tratamento prescrita inadequada

Interação medicamento-medicamento

Interação medicamento-alimento

Condição clínica sem tratamento

Necessidade de medicamento adicional

Disponibilidade de alternativa mais custo-efetiva

Outros problemas de seleção e prescrição

ADMINISTRAÇÃO E ADESÃO DO PACIENTE AO TRATAMENTO

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

Omissão de doses (subdosagem) pelo paciente

Adição de doses (sobredosagem) pelo paciente

Técnica de administração do paciente incorreta

Forma farmacêutica ou via de administração incorreta

Frequência ou horário de administração incorreto, sem alterar dose

diária

Duração do tratamento seguida pelo paciente incorreta

Descontinuação indevida do medicamento pelo paciente

Continuação indevida do medicamento pelo paciente

Redução abrupta de dose pelo paciente

Paciente não iniciou o tratamento

Uso abusivo do medicamento

Automedicação indevida

Outros problemas de administração ou adesão não especificados

ERRO DE DISPENSAÇÃO OU MANIPULAÇÃO

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

Dispensação de medicamento incorreto

Dispensação de dose incorreta

Dispensação de forma farmacêutica incorreta

Dispensação de quantidade incorreta

Medicamento em falta no estoque (não dispensado)

Outros erros de dispensação ou manipulação não especificados

DISCREPÂNCIAS ENTRE NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDE

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

Omissão de medicamento prescrito

Medicamentos discrepantes

Duplicidade terapêutica entre prescrições

Doses discrepantes

Formas farmacêuticas ou vias de administração discrepantes

Duração de tratamentos discrepantes

Outras discrepâncias não especificadas

PROBLEMAS NA QUALIDADE DO MEDICAMENTO

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

Desvio de qualidade aparente

Uso de medicamento vencido

Armazenamento incorreto

Outros problemas relacionados à qualidade

MONITORAMENTO

[ ]

[ ]

[ ]

Necessidade de monitoramento laboratorial

Necessidade de monitoramento não laboratorial

Necessidade de auto monitoramento

TRATAMENTO NÃO EFETIVO

[]

[]

Tratamento não efetivo com causa identificada

Tratamento não efetivo sem causa definida

REAÇÃO ADVERSA A MEDICAMENTO

Page 48: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

47

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

Reação adversa dose-dependente (tipo A)

Reação alérgica ou idiossincrática (tipo B)

Reação por exposição crônica ao medicamento (tipo C)

Reação retardada / Teratogênese (tipo D)

Efeitos de descontinuação de um medicamento (tipo E)

Reação adversa não especificada

INTOXICAÇÃO POR MEDICAMENTOS

[ ]

[ ]

Overdose / Intoxicação medicamentosa acidental

Overdose / Intoxicação medicamentosa intencional

[ ] Nenhum problema relacionado à farmacoterapia neste momento

Page 49: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

48

INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS OBSERVAÇÕES

INFORMAÇÃO E ACONSELHAMENTO

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

Aconselhamento ao paciente/cuidador sobre tratamento específico

Aconselhamento ao paciente/cuidador sobre tratamentos de forma geral

Aconselhamento ao paciente/cuidador sobre medidas não farmacológicas

Aconselhamento ao paciente/cuidador sobre condição de saúde específica

Aconselhamento ao paciente/cuidador sobre condições de saúde de forma geral

Aconselhamento ao paciente/cuidador sobre auto monitoramento

Aconselhamento ao paciente/cuidador sobre acesso aos medicamentos

Aconselhamento ao paciente/cuidador sobre armazenamento dos medicamentos

Outro aconselhamento não especificado

ALTERAÇÃO OU SUGESTÃO DE ALTERAÇÃO NA TERAPIA

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

Início de novo medicamento

Suspensão de medicamento

Substituição de medicamento

Alteração de forma farmacêutica

Alteração de via de administração

Alteração na frequência ou horário de adm. sem alteração da dose diária

Aumento da dose diária

Redução de dose diária

Outras alterações na terapia não especificadas

MONITORAMENTO

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

Recomendação de monitoramento laboratorial

Recomendação de monitoramento não laboratorial

Recomendação de auto monitoramento

Outras recomendações de monitoramento não especificadas

ENCAMINHAMENTO

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

Encaminhamento a outro serviço farmacêutico

Encaminhamento ao médico

Encaminhamento ao enfermeiro

Encaminhamento ao psicólogo

Encaminhamento ao nutricionista

Encaminhamento ao fisioterapeuta

Encaminhamento a serviço de suporte social

Encaminhamento a programa de educação estruturada

Encaminhamento ao pronto-atendimento

Outros encaminhamentos não especificados

PROVISÃO DE MATERIAIS

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

Lista ou Calendário posológico de medicamentos

Rótulos / Instruções pictóricas

Informe terapêutico/ carta ao médico ou outros profissionais

Material educativo impresso / Panfleto

Informação científica impressa

Diário para auto monitoramento

Organizador de comprimidos ou dispositivo para auxiliar na adesão ao tratamento

Dispositivo para auto monitoramento

Provisão de materiais não especificados

[ ] Nenhuma intervenção realizada neste momento

OUTRAS AÇÕES PACTUADAS COM O PACIENTE

Page 50: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

49

REGISTRO DE CONSULTA - RETORNO

Paciente: Data: Hora Início:

RESULTADOS DAS INTERVENÇÕES ANTERIORES

MUDANÇAS DESDE A ÚLTIMA

CONSULTA Evolução / O que aconteceu:

Mudanças no comportamento e

adesão do paciente ao tratamento

Alterações na farmacoterapia

realizadas

Exames de monitoramento

realizados

Consultas realizadas com médico e

outros profissionais

PROBLEMAS DE SAÚDE / QUEIXAS - RETORNO

Problemas de

saúde do

paciente

Registrar exames, sinais e sintomas do paciente relativos a

cada doença

Fazer HDA quando houver queixas (Tempo – início, frequência e

duração-, Localização, Característica, Gravidade, Ambiente, Fatores que agravam

ou que aliviam, Sintomas associados)

Estado

Clínico

Atual*

1.

2.

3.

4.

5.

6.

7.

8.

9.

Curado (CUR) / Controlado (CON) / Melhora parcial (MPA) / Piora Parcial (PPA) / Não controlado (NCO) / Sob avaliação

diagnóstica (SAD) / Desconhecido (DES)

FINALIZAÇÃO E AGENDAMENTO

Tempo da consulta (min): Farmacêutico / Assinatura:

Data e horário da

próxima consulta:

Page 51: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

50

* Como esse medicamento funciona para você? 1 = Funciona Bem; 2 = Funciona Regular; 3 = Não Funciona Bem; 9 = Não Sei

FARMACOTERAPIA ATUAL – RETORNO

Princípio

ativo /

Concentração

Posologia

Prescrita

Origem da

prescrição

Para

que

você

utiliza?

Posologia utilizada

Tempo

de uso

Como

funciona

p/ você? *

Café Almoço Lanche Janta HD SN

A D A D A D A D - -

1.

2.

3.

4.

5.

6.

7.

8.

9.

10.

11.

12.

13.

14.

15.

16.

17.

18.

19.

Page 52: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

51

ADESÃO AO TRATAMENTO

A maioria das pessoas têm dificuldades para tomar seus comprimidos, o (a) senhor (a) tem alguma dificuldade para

tomar os seus?

_________________________________________________________________________________________________

Quantas vezes, nos últimos 7 dias, o (a) senhor (a) deixou de tomar os medicamentos?

O (a) senhor (a) já esqueceu alguma vez de tomar os medicamentos? [ ] Não [ ] Sim

O (a) senhor (a) toma os medicamentos na hora indicada? [ ] Não [ ] Sim

Quando o (a) senhor (a) se encontra bem, deixa de tomar seus medicamentos? [ ] Não [ ] Sim

Quando o (a) senhor (a) se sente mal, deixa de tomar seus medicamentos? [ ] Não [ ] Sim

ALGUM DOS SEUS MEDICAMENTOS INCOMODA VOCÊ? [ ] Não [ ] Sim

Se SIM, por favor, liste os nomes dos medicamentos e o quanto eles o(a) incomodam:

Medicamento Muito Um

pouco

Muito

pouco Nunca De que forma incomoda?

ESTÁ SENTINDO OU JÁ SENTIU ALGUM DOS SINTOMAS ABAIXO, NOS ÚLTIMOS MESES? [ ] Não

[ ] Sim

[ ] Dor de cabeça

4. [ ] Coceira / Urticária

5. [ ] Problemas de sono

6. [ ] Problema gastrointestinal

[ ] Tontura / Desequilíbrio

[ ] Incontinência / Problema urinário

[ ] Problema sexual

[ ] Dor muscular

3. [ ] Fadiga / Cansaço

4. [ ] Mudança no humor

AGORA, CITAREI UMA LISTA DE PROBLEMAS QUE AS PESSOAS, ÀS VEZES, TÊM COM SEUS

MEDICAMENTOS

Quanto é difícil para você: Muito

difícil

Um pouco

difícil

Nada

difícil

Comentário

(Qual medicamento)

Abrir ou fechar a embalagem

Ler o que está escrito na embalagem

Lembrar de tomar o medicamento

Conseguir o medicamento

Tomar tantos comprimidos ao mesmo tempo

TERAPIAS ALTERNATIVAS / COMPLEMENTARES (ex.:acupuntura, homeopatia, remédios caseiros)

Terapia alternativa Indicação Frequência de utilização Modo de preparo / utilização

Page 53: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

52

PROBLEMAS RELACIONADOS À FARMACOTERAPIA MEDICAMENTO(S) ENVOLVIDO(S)

PROBLEMAS ENVOLVENDO SELEÇÃO E PRESCRIÇÃO

[ ] [ ]

[ ]

[ ] [ ]

[ ]

[ ] [ ]

[ ]

[ ] [ ]

[ ]

[ ]

Prescrição de medicamento inapropriado ou contraindicado Prescrição de medicamento sem indicação clínica definida

Prescrição em subdose

Prescrição em sobredose Forma farmacêutica ou via de administração prescrita inadequada

Frequência ou horários de administração prescritos inadequados

Duração do tratamento prescrita inadequada Interação medicamento-medicamento

Interação medicamento-alimento

Condição clínica sem tratamento Necessidade de medicamento adicional

Disponibilidade de alternativa mais custo-efetiva

Outros problemas de seleção e prescrição

ADMINISTRAÇÃO E ADESÃO DO PACIENTE AO TRATAMENTO

[ ] [ ]

[ ]

[ ] [ ]

[ ]

[ ] [ ]

[ ] [ ]

[ ]

[ ] [ ]

Omissão de doses (subdosagem) pelo paciente Adição de doses (sobredosagem) pelo paciente

Técnica de administração do paciente incorreta

Forma farmacêutica ou via de administração incorreta Frequência ou horário de administração incorreto, sem alterar dose diária

Duração do tratamento seguida pelo paciente incorreta

Descontinuação indevida do medicamento pelo paciente Continuação indevida do medicamento pelo paciente

Redução abrupta de dose pelo paciente Paciente não iniciou o tratamento

Uso abusivo do medicamento

Automedicação indevida Outros problemas de administração ou adesão não especificados

ERRO DE DISPENSAÇÃO OU MANIPULAÇÃO

[ ]

[ ]

[ ] [ ]

[ ]

[ ]

Dispensação de medicamento incorreto

Dispensação de dose incorreta

Dispensação de forma farmacêutica incorreta Dispensação de quantidade incorreta

Medicamento em falta no estoque (não dispensado)

Outros erros de dispensação ou manipulação não especificados

DISCREPÂNCIAS ENTRE NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDE

[ ] [ ]

[ ]

[ ] [ ]

[ ]

[ ]

Omissão de medicamento prescrito Medicamentos discrepantes

Duplicidade terapêutica entre prescrições

Doses discrepantes Formas farmacêuticas ou vias de administração discrepantes

Duração de tratamentos discrepantes

Outras discrepâncias não especificadas

PROBLEMAS NA QUALIDADE DO MEDICAMENTO

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

Desvio de qualidade aparente

Uso de medicamento vencido

Armazenamento incorreto

Outros problemas relacionados à qualidade

MONITORAMENTO

[ ] [ ]

[ ]

Necessidade de monitoramento laboratorial Necessidade de monitoramento não laboratorial

Necessidade de auto monitoramento

TRATAMENTO NÃO EFETIVO

[ ]

[ ]

Tratamento não efetivo com causa identificada

Tratamento não efetivo sem causa definida

REAÇÃO ADVERSA A MEDICAMENTO

[ ]

[ ] [ ]

[ ]

[ ] [ ]

Reação adversa dose-dependente (tipo A)

Reação alérgica ou idiossincrática (tipo B) Reação por exposição crônica ao medicamento (tipo C)

Reação retardada / Teratogênese (tipo D)

Efeitos de descontinuação de um medicamento (tipo E) Reação adversa não especificada

INTOXICAÇÃO POR MEDICAMENTOS

[ ]

[ ]

Overdose / Intoxicação medicamentosa acidental

Overdose / Intoxicação medicamentosa intencional

[ ] Nenhum problema relacionado à farmacoterapia neste momento

Page 54: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

53

INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS OBSERVAÇÕES

INFORMAÇÃO E ACONSELHAMENTO

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

Aconselhamento ao paciente/cuidador sobre tratamento específico

Aconselhamento ao paciente/cuidador sobre tratamentos de forma geral

Aconselhamento ao paciente/cuidador sobre medidas não farmacológicas

Aconselhamento ao paciente/cuidador sobre condição de saúde específica

Aconselhamento ao paciente/cuidador sobre condições de saúde de forma geral

Aconselhamento ao paciente/cuidador sobre auto monitoramento

Aconselhamento ao paciente/cuidador sobre acesso aos medicamentos

Aconselhamento ao paciente/cuidador sobre armazenamento dos medicamentos

Outro aconselhamento não especificado

ALTERAÇÃO OU SUGESTÃO DE ALTERAÇÃO NA TERAPIA

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

Início de novo medicamento

Suspensão de medicamento

Substituição de medicamento

Alteração de forma farmacêutica

Alteração de via de administração

Alteração na frequência ou horário de adm. sem alteração da dose diária

Aumento da dose diária

Redução de dose diária

Outras alterações na terapia não especificadas

MONITORAMENTO

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

Recomendação de monitoramento laboratorial

Recomendação de monitoramento não laboratorial

Recomendação de auto monitoramento

Outras recomendações de monitoramento não especificadas

ENCAMINHAMENTO

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

Encaminhamento a outro serviço farmacêutico

Encaminhamento ao médico

Encaminhamento ao enfermeiro

Encaminhamento ao psicólogo

Encaminhamento ao nutricionista

Encaminhamento ao fisioterapeuta

Encaminhamento a serviço de suporte social

Encaminhamento a programa de educação estruturada

Encaminhamento ao pronto-atendimento

Outros encaminhamentos não especificados

PROVISÃO DE MATERIAIS

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

[ ]

Lista ou Calendário posológico de medicamentos

Rótulos / Instruções pictóricas

Informe terapêutico/ carta ao médico ou outros profissionais

Material educativo impresso / Panfleto

Informação científica impressa

Diário para auto monitoramento

Organizador de comprimidos ou dispositivo para auxiliar na adesão ao

tratamento

Dispositivo para auto monitoramento

Provisão de materiais não especificados

[ ] Nenhuma intervenção realizada neste momento

OUTRAS AÇÕES PACTUADAS COM O PACIENTE

FINALIZAÇÃO E AGENDAMENTO

Tempo da consulta (min): Farmacêutico / Assinatura:

Data e horário da

próxima consulta:

Page 55: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

54

ANEXO D

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

Instituto de Ciências da Saúde / Campus Universitário de Sinop

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Você está sendo convidado (a) como voluntário (a) a participar da pesquisa “Acompanhamento

farmacoterapêutico dos pacientes diabéticos que frequentam a Farmácia Regional do SUS, Sinop/MT”. Após ser

esclarecido (a) sobre as informações a seguir, no caso de aceitar fazer parte do estudo, assine ao final deste

documento, que está em duas vias. Uma delas é sua e a outra é do pesquisador responsável. Em caso de recusa

você não será penalizado (a) de forma alguma.

INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA

Título do Projeto: “Acompanhamento farmacoterapêutico dos pacientes diabéticos que frequentam a Farmácia

Regional do SUS, Sinop/MT”.

Pesquisadores Responsáveis: Profª. Rafaela Grassi Zampieron – telefone: (66) 99994-6084.

Pesquisador Participante: Acadêmica Ana Paula Melgarejo.

Telefones para contato (inclusive a cobrar): (66) 99620-5642.

Telefone do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da UFMT, para contato em casos onde o sujeito da pesquisa

se sinta lesado ou prejudicado: (65) 3615-8254.

O objetivo desta pesquisa é realizar acompanhamento e orientação farmacêutica para os pacientes

diabéticos que frequentam a farmácia regional do SUS, Sinop, MT, conforme indicação do Ministério de Saúde.

Caso você participe será necessário responder perguntas sobre sua saúde, os “remédios” que utiliza e seu estilo de

vida. As entrevistas serão realizadas em local reservado, estando presente somente você e o pesquisador. Os

desconfortos desta pesquisa para você poderão ser: tempo de aproximadamente 15 minutos. Sua participação irá

contribuir de forma efetiva, pois através dela poderemos diminuir efeitos “ruins” de alguns “remédios” e melhorar

seu tratamento, contribuindo com os atendimentos realizados na Farmácia Regional.

Sendo um participante voluntário, você poderá retirar-se do estudo em qualquer momento da pesquisa e

não há nenhum pagamento e/ou despesa referente à sua participação. Os dados obtidos serão utilizados apenas

para fins desta pesquisa. Em nenhum momento seu nome será divulgado, sendo representado por letras e números.

Sinop,___de_______________2017.

_____________________________________________________________

Assinatura do pesquisador responsável:

CONSENTIMENTO DA PARTICIPAÇÃO DO SUJEITO

Eu,________________________________________________________________________________,

RG nº:_____________________, ______________ (órgão emissor),abaixo assinado, concordo voluntariamente

em participar do estudo acima descrito, como sujeito. Declaro ter sido devidamente informado e esclarecido pelo

(a) pesquisador (a) ___________________________________ sobre os objetivos e os procedimentos nela

envolvidos, assim como os possíveis riscos e benefícios envolvidos na minha participação. Foi me dada

oportunidade de fazer perguntas e recebi telefones para entrar em contato, inclusive a cobrar, caso tenha dúvidas.

Fui orientado para entrar em contato com o Comitê de Ética Em Pesquisa – CEP/UFMT (65) 3615-8254, caso me

sinta lesado ou prejudicado. Foi-me garantido que não sou obrigado a participar da pesquisa e posso desistir a

qualquer momento, sem qualquer penalidade. Recebi uma cópia deste documento.

Sinop,__________ de ________________________________de 2017.

____________________________________

Assinatura do(a) entrevistado(a)

Page 56: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

55

ANEXO E

Page 57: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

56

Page 58: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

57

Page 59: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

58

ANEXO F

Page 60: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

59

Page 61: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

60

Page 62: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

61

Page 63: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

62

ANEXO G

Figura 1 – Caixa organizadora de medicamentos

Figura 2 – Entrega da caixa organizadora de medicamentos

Page 64: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

63

Figura 3 – Entrega da caixa organizadora de medicamentos

Figura 4 – Entrega da caixa organizadora de medicamentos

Page 65: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

64

Figura 5 – Caixa organizadora de medicamentos

Figura 6 – Entrega da caixa organizadora de medicamentos

Page 66: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

65

Figura 7 – Entrega da caixa organizadora de medicamentos

Figura 8 – Caixa organizadora de medicamentos

Page 67: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

66

Figura 9 – Caixa organizadora de medicamentos

Figura 10 – Entrega da caixa organizadora de medicamentos

Page 68: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

67

Figura 11 – Caixa organizadora de medicamentos

Figura 12 – Entrega da caixa organizadora de medicamentos

Page 69: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

68

Figura 13 – Caixa organizadora de medicamentos

Figura 14 – Educação em saúde e atenção farmacêutica para paciente que necessita de orientações

específicas em relação a organização e as informações contidas na caixa organizadora de medicamentos

Page 70: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

69

Figura 15 – Educação em saúde e atenção farmacêutica para paciente que necessita de orientações

específicas em relação a organização e as informações contidas na caixa organizadora de medicamentos

Figura 16 – Educação em saúde e atenção farmacêutica para paciente que necessita de orientações

específicas em relação a organização e as informações contidas na caixa organizadora de medicamentos

Page 71: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

70

Figura 17 – Educação em saúde e atenção farmacêutica para paciente que necessita de orientações

específicas em relação a organização e as informações contidas na caixa organizadora de medicamentos

Figura 18 – Após orientações, entrega da caixa organizadora de medicamentos

Page 72: CONSULTÓRIO FARMACÊUTICO: ATUAÇÃO E …

71